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OS FLUXOS PARA AÇÕES PROVENIENTES DE INVESTIDORES DOMÉSTICOS

Ficaram Perto Dos 40 Mil Milh Es De D Lares At Outubro De 2022

lorização em relação ao dólar americano, apreciou-se em relação a outras moedas mundiais importantes como a libra esterlina, o euro e o iene japonês.

Mercado

Os resultados mais recentes apontam para um forte crescimento de receitas, mas com fortes pressões nas margens de lucro, dados os aumentos de preço em matérias-primas. No entanto, Rob Brewis, gestor de carteiras na Aubrey Capital Management, destaca a inversão da tendência de subida dos preços das mesmas na segunda metade de 2022. O gestor afirma, ainda, que a Índia tem “elevado potencial no que concerne energia solar, ao contrário do que acontece com o mais tradicional petróleo”. Um cenário que antevê positivo face à mudança de paradigma da energia que se antecipa.

Prevê-se, então, um crescimento nos ganhos do NIFTY 50 algures entre os 9% e os 10% para o ano financeiro que termina a março de 2023 e acima dos 15% para o ano seguinte. Isto num contexto em que o índice negoceia acima dos seus níveis de longo prazo, com um price to book ratio de 3,1 e um price to earnings de 21. Jigar Gandhi considera este “um risco chave no caso de qualquer mudança de sentimento e/ou desvio de liquidez para outros mercados”.

Numa perspetiva interna, denotou-se uma tendência relevante, as poupanças das famílias começaram a escoar para ativos de risco, tais como ações. Com os ativos tradicionais, como os bens imobiliários e o ouro, a providenciarem resultados insignificantes, e com os depósitos a produzirem retornos reais negativos. Os fluxos para ações provenientes de investidores domésticos ficaram perto dos 40 mil milhões de dólares até outubro de 2022, dos quais os planos de poupança regulares em fundos de investimento, representaram 18 mil milhões de dólares do total. Já os investidores estrangeiros retiraram mais de 20 mil milhões de dólares do mercado.

Vipul Mehta destaca outra qualidade do mercado indiano. A Índia “proporciona aos investidores uma diversificação equilibrada entre investimento privado, implicando uma grande parte de skin in the game, e investimento público, de um governo democrático”. Esta diversificação proporciona segurança aos investidores e reduz a volatilidade dos mercados.

Ambos os investidores concordam sobre o elevado potencial da Índia. “A atual história do renascimento da procura interna continua a ser um pilar fundamental dos nossos investimentos” afirma Jigar Gandhi. Embora destaque cautela face às tendências externas desfavoráveis, “a forte procura interna e políticas governamentais estáveis dão-nos confiança. Há sempre oportunidades disponíveis para os olhos atentos”, conclui.

OBRIGAÇÕES: RAZÕES QUE NOS FAZEM ESTAR OTIMISTAS

Será 2023 o ano de viragem esperado pelos investidores em obrigações depois de tanto tempo em sofrimento? Os mercados obrigacionistas vão, finalmente, oferecer rentabilidade depois de tantos anos difíceis? Acreditamos que os sinais apontam para uma alteração na tendência das obrigações. Prevemos que a atividade económica mundial desacelere no próximo ano até conduzir a uma recessão. Quando uma economia fica mais débil, esperase que a inflação caia, o que permitiria aos bancos centrais abrandar e, em última instância, reverter as subidas nas taxas de juro efetuadas até ao momento. Se este cenário económico se verificar, esperamos cortes significativos nas taxas de juro no final de 2023 ou início de 2024. Temos de ter em conta que é necessário aproveitar esta tendência, que pode favorecer o mercado de obrigações. Muitos investidores anteciparam-se a estas alterações e começaram a abandonar o investimento em ações cíclicas na direção de um investimento mais defensivo em obrigações. Se todas estas condições se cumprirem, devem criar um ano muito mais positivo para os investidores em obrigações. A dívida já não estava tão barata, comparativamente às ações, desde a bolha das dot com no início da década de 2000. É por esse motivo que acreditamos que os investidores a longo prazo devem começar a agir em conformidade em 2023.

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