ENTREVISTAS
MARCUS MORRIS-EYTON, CFA, ALLIANZ MAX ANDERL, UBS GLOBAL AM LEGISLAÇÃO
ISR: PROPORCIONALIDADE EM TEMPOS DE URGÊNCIA GESTÃO
FUNDOS DE AÇÕES AMERICANAS: O QUE MUDOU COM TRUMP? COM ESTILO
NÚMERO 31 MARÇO E ABRIL 2020
.
BALLET PARA ADULTOS ÁFRICA DO SUL E QUÉNIA
GESTORAS MAIS CONSISTENTES SÃO 62 AS ENTIDADES GESTORAS QUE POSICIONAM UM OU MAIS FUNDOS ENTRE OS FUNDOS COM SELO FUNDSPEOPLE 2020 PELA CLASSIFICAÇÃO DE CONSISTENTE. DESTAS, 44 SUPERAM A MÉDIA DA AMOSTRA CONSIDERADA PARA O CÁLCULO.
Com a colaboração do Allfunds
ANALISE AS PERSPECTIVAS DE MERCADO PARA 2020 COM O DWS Visite-nos em: go.dws.com/cio-view-pt
The Alphabet of Asset Management.
A DWS é uma das principais entidades gestoras de activos do Mundo. Em Portugal, a entidade responsável pela comercialização dos produtos e serviços da DWS é a DWS International GmbH e autorizado a exercer actividades de intermediação financeira em Portugal, em Regime de Livre Prestação e Serviços. Os clientes podem aceder aos produtos ou serviços da DWS através de uma ou mais entidades, que serão identificadas de acordo com os contratos, acordos, materiais promocionais ou outra documentação relativa aos produtos ou serviços oferecidos. Antes de tomar uma decisão de investimento, os investidores devem considerar, com ou sem a ajuda de um consultor, se os investimentos e estratégias descritos ou fornecidos pela DWS são apropriados, com base nas suas necessidades específicas de investimento, perfil de investidor, objectivos e circunstâncias financeiras. Por outro lado, este documento tem apenas a finalidade de informar, não constituindo uma oferta, recomendação ou pedido para concluir uma transacção, e não deve ser considerado como aconselhamento personalizado ou recomendação de investimento. Os investimentos com a DWS não são garantidos, a menos que o contrário seja expressamente especificado. A menos que seja notificado de outra forma para uma situação específica, os instrumentos financeiros não são garantidos por nenhuma entidade governamental nem pela DWS. Os investimentos estão sujeitos a vários riscos, incluindo flutuações de mercado, mudanças regulatórias, risco de contraparte, possíveis atrasos no reembolso e perdas de rendibilidades e do capital investido. O valor dos investimentos pode diminuir ou aumentar, e o investidor pode não recuperar o valor inicialmente investido durante o período de duração do investimento. Além disso, podem ocorrer flutuações substanciais no valor do investimento, mesmo em curtos períodos de tempo. Para tomar decisões de investimento, o investidor deve considerar toda a documentação final relativa à transacção (o Prospecto, as Informações Fundamentais Destinadas aos Investidores, os Relatórios anuais e semestrais, entre outros) e não apenas no resumo contido neste documento. Este documento não pode ser distribuído no Canadá, no Japão, nos Estados Unidos da América nem junto de qualquer pessoa que seja cidadão, residente ou local dos Estados Unidos da América. Rentabilidades passadas não são garantia de rentabilidades futuras. Nada do que é referido no presente documento constitui uma representação ou garantia quanto a rentabilidades futuras. A informação mencionada anteriormente pode ser obtida em formato digital ou físico, sem qualquer custo, junto do consultor financeiro, da DWS International GmbH, ou no endereço www.funds.dws.com/pt. CRC: 071333. Outubro 2019
31 I MARÇO E ABRIL 2020
EDI UMA COMUNIDADE TO QUE CRESCE CONSIGO RIAL A A FUNDSPEOPLE CONVERTEU-SE NUMA COMUNIDADE QUE PROVIDENCIA INFORMAÇÃO E ANÁLISE AOS SEUS MEMBROS. MAS NÃO É SÓ ISSO. NOS ÚLTIMOS ANOS TEM VINDO A CRESCER EM ÁREAS COMO A FORMAÇÃO, OS DADOS E EVENTOS.
FundsPeople converteu-se numa comunidade que providencia notícias e análise aos seus membros. Mas não é isso. Nos últimos anos tem vindo a crescer em áreas como a formação, os dados e os eventos. O sector da gestão de ativos sofreu uma mudança radical desde o estalar da crise de 2008. Assistimos a uma concentração de distribuidores e gestores, a um tsunami normativo, a transformação digital das entidades, à exaltação dos dados como um ativo quase tão valorizado como o património gerido, aos novos requisitos de formação dos banqueiros… Mudanças que, em muitos casos, fizeram evoluir a forma de trabalhar da comunidade de profissionais que formam a FundsPeople. Uma comunidade integrada não só por gestores, selecionadores e banqueiros, mas também por equipas de backoffice, depositários ou advogados. A mudança de imagem que acabámos de realizar reflete essa transformação do negócio e o salto de uma comunidade baseada na notícia para uma plataforma de serviços que vão desde a formação, aos eventos, passando pelos dados.
As notícias são o nosso primeiro pilar. Todos os meses são consumidos na nossa web mais de dois milhões e meio de conteúdos, lançamos um milhão de newsletters para os nossos subscritores e contamos com revistas em Espanha, Portugal e Itália com uma tiragem conjunta de 20.000 exemplares. Uma atividade integrada em FundsPeople News. A análise é o segundo pilar. Em 2012 criámos um departamento de Análise. Em 2016 lançámos o Selo FundsPeople para identificar os fundos que mais interesse despertam entre os selecionadores, os fundos supervendas, e os que se destacam pelos seus resultados a longo prazo. Este ano há 1.651 produtos com esta classificação no sul da Europa. Para além disso, todos os anos realizamos 10 análises monográficas no suplemento Ideias de Investimento e a nossa biblioteca de livros continua a aumentar. Esta atividade agrupa-se em FundsPeople Analysis. Os dados são o terceiro dos nossos valores. Nestes anos consolidaram-se como referências da indústria o Ranking de Banca Privada em Espanha, o Clube dos 500 que compila o negócio dos IIC de grupos internacionais ou as carteiras modelo de Smart Consensus e fundos perfilados. No futuro aprofundaremos mais nesta linha de negócio, atividade que se integra em FundsPeople Data. A formação é o nosso quarto pilar. O teste que aparece no final da revista em Espanha é uma via para que 6.000 profissionais consigam horas de certificação a cada mês. Para além disso, 10.000 leitores acedem ao nosso site de formação, que gera mais de 200 conteúdos ao ano. Uma área que continuará a crescer através do FundsPeople Learning. Os eventos são o quinto pilar da nossa estratégia graças aos mais de 20 encontros com banqueiros, 40 pequenos-almoços com selecionadores em Espanha, Portugal e Itália e um grande evento sobre o negócio de depositários para cerca de 200 participantes. Uma atividade integrada em FundsPeople Events. Todas estas áreas têm o seu reflexo no nosso sexto pilar, a comunidade: mais de 200.000 utilizadores únicos na web, 25.000 subscritores da revista e 50.000 subscritores no nosso sistema de web push são os dados da FundsPeople Community. Uma comunidade que cresce consigo. MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 3
IN DI CE 31 I MARÇO E ABRIL 2020
84
PANORAMA
14 No âmbito segurador muito movimento 16 A nova carteira Smart Consensus para 2020 19 Barómetro ABC 22 F órum APFIPP 26 Ranking Selo FundsPeople 40 C rescimento de pedra e cal
TENDÊNCIAS
44 S elo FundsPeople 2020. Gestoras mais Consistentes 50 Uma nova perspetiva sobre o efeito da volatilidade 54 F undos de ações americanas: o que mudou com Trump? 58 Pode-se participar em megatendências sem investir em ações? 62 S elo, Sello, Marchio FundsPeople 2020 - ABC 66 I nvestimento sustentável: a proporcionalidade em tempos de urgência 68 B ancas privadas em debate: MiFID II e MiFID III 72 A revolução da computação quântica nos mercados de capitais 76 Criptoactivos, tokens e tokenização: um nó górdio
80 86 90
ENTREVISTAS 80 84 86 90 94 96
Marcus Morris-Eyton, CFA aulo Joaquim P Max Anderl Ryan Staszewski Marcos Soares Ribeiro, CFA Andrew Norelli
94
PRODUTOS
100 A ções globais 106 Global high yield 110 O refúgio das obrigações chinesas 113 A alocação de ativos das seguradoras 116 ESG - desilusão no próximo bear market? 120 Ultrapassagem 124 A lternativos ano a ano
ESTILO DE VIDA
128 A minha história de amor com o Ballet para adultos 130 V iajar para lá da análise dos números de uma empresa 4 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
96
A COMUNIDADE DOS PROFISSIONAIS DA GESTÃO DE ATIVOS
1
2
3
2.500.000 conteúdos mensais vistos na web ——— 1.000.000 newsletters enviadas a cada mês ——— Uma tiragem de 20.000 revistas em Espanha, Portugal e Itália
1.650 fundos com selo em Espanha, Portugal e Itália ——— 10 análises monográficas a cada ano sobre as categorias de ativos que geram mais interesse ——— Uma biblioteca FundsPeople
6.000 profissionais certificados a cada mês com o teste EFPA da revista ——— Cerca de 10.000 profissionais visitam a cada mês o nosso site de formação ——— Mais de 200 conteúdos formativos a cada ano
SOMOS NOTÍCIAS
SOMOS ANÁLISE
SOMOS FORMAÇÃO
4
5
O ranking da Banca Privada em Espanha ——— O Clube dos 500 das OIC Internacionais ——— Carteiras Smart Consensus e de fundos perfilados
Mais de 20 eventos ao ano com banqueiros em Espanha, Portugal e Itália ——— Mais de 40 pequenosalmoços ao ano com selecionadores em Espanha, Portugal e Itália ——— O evento de referência do sector de depositários em Espanha
SOMOS DATA
SOMOS EVENTOS
6 Mais de 200.000 utilizadores únicos mensais na web ——— 25.000 subscritores diários na newsletter ——— 40.000 subscritores do serviço de web push ——— Mais de 1.000 participantes nas nossas festas
SOMOS COMUNIDADE
CO LABO RA DO RES 50
106
DAVID BLITZ
PILAR TÉLLEZ
Responsável de Quant Research, Robeco Uma nova perspetiva sobre o efeito da volatilidade
66
MARCOS GUEDES MARGARIDA AMADOR
Analista sénior de obrigações, Allfunds Obrigações global high yield
116 CATARINA QUARESMA FERREIRA
Equipa de bancário e financeiro, Pinto Ribeiro Advogados Investimento sustentável: a proporcionalidade em tempos de urgência
72
Gestora, Sixty Degrees Asset Management ESG – Desilusão no próximo bear market?
128
MARK JACKSON
ANA SERRA, CFA
Scientific Lead, Cambridge Quantum Computing A revolução da computação quântica nos mercados de capitais
76
CONTRIBUTOS DO MÊS 31 I MARÇO E ABRIL 2020
Nota de redação A Primer Decil Consultores y Editores S.L. informa-o que os seus dados de carácter pessoal, obtidos na sua condição de subscritor da revista FundsPeople fazem parte do ficheiro 397084/2010 inscrito na Agência Espanhola de Proteção de Dados, sendo os mesmos apenas utilizados para os fins de envio desta revista e outras informações sobre produtos e/ ou atividades da entidade e/ou daquelas com as quais sejam celebrados acordos, assim como produtos e/ou atividades
8 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
CARLOS FERNÁNDEZ HERRAIZ
Senior Advisor, Grant Thornton Criptoactivos, tokens e tokenização: um nó górdio
de patrocinadores e/ou colaboradores da revista e/ou da entidade, incluindo-se o envio de comunicações comerciais através de meios de comunicação à distância, efetuando, de igual modo, resumos estatísticos e/ou históricos. O leitor tem reconhecidos os direitos de acesso, retificação, cancelamento e oposição dos seus dados pessoais mediante comunicação individual que deverá enviar para o seguinte endereço de correio electrónico: protecciondatos@fundspeople.com n FundsPeople é uma revista dirigida exclusivamente a profissionais do sector financeiro e, em particular, a
Director, Head of Client Services, BMO GAM A minha história de amor com Ballet para adultos
130 JOÃO CARO SOUSA Portfolio Manager, BPI Gestão de Activos Viajar para lá dos número de uma empresa
entidades consideradas como contrapartes elegíveis ou investidores profissionais, ao abrigo da legislação aplicável. A informação sobre instituições de investimento coletivo ou outros instrumentos financeiros, constante da FundsPeople é apresentada unicamente com fins informativos e ilustrativos e nunca deve ser interpretada como uma oferta de venda ou uma recomendação de investimento. A informaçao não constitui uma descrição completa das instituições de investimento coletivo ou de outros instrumentos financeiros, mercados, ou desenvolvimentos a que se faz referência.
DEIXE PARA TRÁS AS DÚVIDAS, NÃO OS SEUS OBJETIVOS A incerteza do mercado não deve desviá-lo dos seus objetivos financeiros. Os fundos da Janus Henderson podem oferecer soluções para ajudá-lo a ultrapassar o ambiente de incerteza que se vive atualmente: JANUS HENDERSON HORIZON GLOBAL SUSTAINABLE EQUITY FUND A2 ACC EUR - LU1984711512
JANUS HENDERSON BALANCED FUND A ACC EUR HEDGED - IE0009514989
JANUS HENDERSON ABSOLUTE RETURN INCOME FUND (EUR) A ACC EUR - IE00BJ4SQF98
go.janushenderson.com/incerteza
Para fins promocionais. Apenas para investidores profissionais. O valor de um investimento e o rendimento do investimento podem aumentar ou diminuir e o investidor poderá não recuperar o montante do investimento original. Nada na presente publicidade deve ser interpretado como aconselhamento. Não é uma recomendação de venda ou compra de qualquer investimento. Leia todos os documentos relativos ao fundo antes de investir. A Janus Henderson Capital Funds Plc é um OICVM constituído ao abrigo da Lei irlandesa, com responsabilidade separada entre fundos. Avisa-se os investidores que só devem efetuar o seu investimento com base no Prospeto mais recente. Emitido na Europa pela Janus Henderson Investors. Janus Henderson Investors é o nome sob o qual são disponibilizados os serviços e produtos de investimento pela Janus Capital International Limited (n.º reg. 3594615), Henderson Global Investors Limited (n.º reg. 906355), Henderson Investment Funds Limited (n.º reg. 2678531), AlphaGen Capital Limited (n.º reg. 962757), Henderson Equity Partners Limited (n.º reg. 2606646) (cada uma delas registada na Inglaterra e no País de Gales, com domicílio em Bishopsgate, London EC2M 3AE, Inglaterra, e reguladas pela Financial Conduct Authority) e pela Henderson Management S.A. (n.º reg. B22848, com domicílio em 2 Rue de Bitbourg, L-1273, Luxemburgo, e regulada pela Commission de Surveillance du Secteur Financier). Janus Henderson, Janus, Henderson, Perkins, Intech, Alphagen, VelocityShares, Knowledge. Shared e Knowledge Labs são marcas comerciais da Janus Henderson Group plc ou de uma das suas subsidiárias. © Janus Henderson Group plc. CCAT_1307/0420
DI RE TÓ RIO ÍNDICE DE EMPRESAS
31 I MARÇO E ABRIL 2020
ABC
Aberdeen Standard Investments 19, 26, 44 Acatis 16, 19, 26, 44, 62 Ageas Pensões 22 Alger 124 AllianceBernstein 19, 26, 40, 44 Allianz Global Investors 14, 19, 26, 58, 80 Amundi 19, 26, 40, 44, 58 Aon 14 APFIPP 22 Atlantic 22 Aviva Investors 14 AXA IM 14, 16, 19, 26, 40, 44 Banco BPI 68 Bankinter 68 Bankinter Gestão de Ativos 22 Barclays 26, 44 Barings 40, 106 BBVA AM 68 BBVA Fundos 22 BlackRock 19, 26, 40, 44, 58, 120 Bluebay AM 19, 26, 106 BMO GAM 22, 26, 44 BMO Portugal 128 BNP Paribas AM 19, 26, 44, 58 BNY Mellon IM 19, 26, 40, 44, 100, 106, 124 BPI Gestão de Activos 22, 26, 44, 54, 130 BPI Vida e Pensões 22 Brown Advisory 19, 44, 62 Caixa Gestão de Ativos 22, 26, 44, 54 Candriam 19, 26, 44, 106 Capital Group 19, 26, 44 Capital Strategies 14 Carmignac 19, 26, 124 Casa4Funds 124
CGD Pensões China Asset Management Colchester Global Investors Columbia Threadneedle Investments CPR AM Credit Suisse Crédito Agrícola Gest
22 14 124 19, 26, 44, 90 19, 26, 58 26, 44, 68 22
DEF
DPAM 19, 26 Dunas Capital - Gestão de Activos 22 DWS 19, 26, 40, 44, 58 ECS - SGFII 22 Edmond De Rothschild AM 19, 26 Eleva 19, 44, 62 Eurizon 14, 16, 26, 44, 106, 110 Evli 19, 26, 44, 62 Exane Asset Management 124 Fibeira Fundos 22 Fidelidade - SGOII, S.A. 22 Fidelity International 16, 19, 26, 40, 44, 62, 100 First Eagle Investment Management 19, 26 Fisher Investments 44 Floresta Atlântica 22 Flossbach von Storch 16, 19, 26, 44 Franklin Templeton Investments 19, 26, 44 Fund Box - SGFII 22 Fundger 22 Fundiestamo 22 Fundsmith 44 Futuro 22
GHI
GAM 19, 26, 124 GAMCO Investors 124 Gef 22 Gesfimo 22 GFM Capital 22 GNB - SGFII 22 GNB - SGFIM 22 GNB - SGFP 22 GNB - SGP 22 GNB Gestão de Ativos 26, 44, 54, 84 Goldman Sachs AM 14, 19, 26, 44, 106, 124 H2O Asset Management 124 Hermes Fund Managers 19, 44 HSBC 19, 26, 40, 44 IM Gestão de Ativos 22, 26, 44, 54 Imofundos 22 Imopolis 22 Imorendimento 22 Insigneo Financial Group 14 Institutional Investment - Partners GmbH 22 Interfundos 22 Invesco 16, 19, 26, 40, 44, 120 Invest Gestão de Activos 19, 22, 44 Investec 26, 44 Investors Trust 14 iShares 40, 58, 120
JKL
J.P. Morgan AM 19, 26, 40, 44, 96,, 106 Janus Henderson 19, 26, 40, 44, 58 Jupiter AM 19, 26, 44, 62 Kames Capital 44 KBC Asset Management 40 La Financiere De L’Echiquier 26, 44 La Française 19, 26, 44, 124 Lazard AM 26, 44 Legg Mason AM 19, 26, 40, 124 LGT Capital Partners 40 Libertas 22
10 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
Lumyna Investments LYNX Asset Managers Lyxor Asset Management
124 22 40, 124
MN M&G Investments 19, 26, 44, 62, 106 Man Group 19, 40, 44 Marshall Wace 19 Merian Global Investors 26 Merrill Lynch IS 124 MFS IM 16, 19, 26, 44, 62 Mirabaud 19 Mirae Asset 26, 44 Montepio Gestão de Activos 22 Montepio Valor 22 MontLake Management 124 Morgan Stanley IM 16, 19, 26, 40, 44, 62, 100 Muzinich 19, 26, 44 Natixis 124 Neuberger Berman 19, 26, 44 Nevastar Finance 44 NN IP 19, 26 Nordea AM 16, 19, 26, 44, 62, 100, 124 Norfin 22 Northern Trust AM 40
OPQ Oddo BHF Asset Management 19, 26, 44, 62 Optimize Investment Partners 22, 26, 44 Permira 14 Pictet AM 19, 26, 44, 58, 62, 110, 124 PIMCO 14, 19, 26, 40, 44, 62, 124 Polar Capital 26, 44, 124 Popular Gestão de Activos 22 Profile - SGFIM 22
RST RAM Active Investments 124 Real Vida Seguros 22 Refundos 22 Robeco 19, 26, 50, 100 Ruffer 16, 19, 26 Salar Fund 19 Santander AM 22, 26, 54 Santander Pensões 22 Schroders 19, 26, 40, 44, 62, 106, 124 Seilern 19, 26, 100 SFS - Gestão de Fundos 22 SGF 22 Silar - SICAFI, SA 22 Silvip 22 Sixty Degrees 22, 116 Square Asset Management 22 StashAway 14 Swiss Re 40 T. Rowe Price 19, 26, 44, 106 TF Turismo Fundos 22
UWXYZ UB Asset Management 19, 26 UBP 44 UBS AM 26, 40, 44, 86, 106, 110, 120 Vanguard 26, 40, 44, 120 Veritas Asset Management 124 Victoria - Seguros de Vida, SA 22 Vila Gale Gest 22 Violas Ferreira - SICAFI, SA 22 Vontobel AM 19, 26, 44, 62 Wells Fargo AM 19, 26, 44 William Blair 124 Willis Towers Watson 14 Xtrackers 40
DIRETOR GONZALO FERNÁNDEZ gonzalof@fundspeople.com REDAÇÃO NACIONAL MARGARIDA PINTO margarida.pinto@fundspeople.com CATARINA VINAGRE catarina.vinagre@fundspeople.comvioleta mazo INTERNACIONAL ÓSCAR RODRÍGUEZ orodriguez@fundspeople.com ANA PALOMARES ana.palomares@fundspeople.com REGINA RIVERA regina.webb@fundspeople.com DAVIDE MOSCA davide.mosca@fundspeople.com FILIPPO LUINI filippo.luini@fundspeople.com ANÁLISE Diretora MARÍA FOLQUÉ mfolque@fundspeople.com MIGUEL RÊGO, CFA miguel.rego@fundspeople.com JOEL SILVA joel.silva@fundspeople.com MONTSERRAT FORMOSO mformoso@fundspeople.com SIMONE VIDOTTO simone.vidotto@fundspeople.com MARKETING Responsável Publicidade RAQUEL ALONSO raquel.alonso@fundspeople.com Responsável Negócio IÑIGO IMBERT iimbert@fundspeople.com Publicidade BORJA ANTÓN borja.anton@fundspeople.com Responsável Eventos Iberia AIDA CISNEROS aida.cisneros@fundspeople.com Responsável conteúdo patrocinado Iberia GEMA VELASCO gema.velasco@fundspeople.com Responsável Negócio Itália DAVIDE PASIMENI davide.pasimeni@fundspeople.com Resp. eventos e conteúdo patrocinado Itália GIOVANNA VAGALI giovanna.vagali@fundspeople.com Redação conteúdo patrocinado CRISTINA JAOUEN cristina@fundspeople.com PAGINAÇÃO: KEMBEKE. funds@kembeke.com FOTOGRAFIA: VITOR DUARTE E MÁXIMO GARCÍA IMPRESSÃO: RIVADENEYRA EDITADO por © Primer Decil Consultores y Editores S.L. Todos os direitos reservados. SUBSCRIÇÕES: pt.fundspeople.com DEPÓSITO LEGAL M-48220-2008 REDAÇÃO MADRID Velázquez, 126. 4 Izquierda. 28006 Madrid Tel. (+34) 91 755 35 58 redaccion@fundspeople.com es.fundspeople.com REDAÇÃO LISBOA Espaço Amoreiras . Rua D. João V, nº 24, 1.03, E.26 - 1250-091 Lisboa Tel. (+351) 210 415 957 portugal@fundspeople.com PUBLICIDADE publicidad@fundspeople.com
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31 I MARÇO E ABRIL 2020
NOTÍCIAS 1. Francisco Carneiro (Lisbon Family Office): “Penso que as bolsas vão continuar a subir com os habituais pânicos de tempos a tempos. Eu vou participar. Quero ter uma vida melhor”
O MAIS VISTO EM
2. A devastação que resulta do Corona Vírus – Estaremos a caminho de uma recessão ou depressão? 3. Porque é que o mais recente programa de estímulos da Fed não é a panaceia
4. Porque é que os mercados não responderam bem às ações dos bancos centrais? 5. Correção nos mercados e o petróleo: pontos-chave e consequências do que se está a passar 6. Prémios Morningstar: os vencedores de 2020 7. Reações das gestoras internacionais ao corte de taxas da Fed 8. As sete diferenças entre um fundo indexado e um ETF
Período de recolha de dados: 01/03/2020 - 30/03/2020 em pt.fundspeople.com
PERFIS
Jorge Sousa Teixeira, CFA BPI Gestão de Activos
Ana Gomes, CFA Tree-Family Office
Andre Themudo BlackRock
Luis Miguel Alvarenga, CFA BPI Gestão de Activos
José María Cazal Ribeiro Julius Baer
Rui Araújo, CFA BPI Gestão de Activos
Fernando de Figueiredo Ribeiro BMO GAM
João Pisco, CFA Bankinter
Morningstar
LM Capital Wealth Management
Interfundos
Haitong
Atrium Investimentos
Golden Wealth Management
BPI Reforma Acções PPR Fundo de Investimento Aberto
Alves Ribeiro PPR Fundo de Investimento Mobiliário Aberto
Fidelity Funds Global Technology Fund
M&G Emerging Markets Bond Fund
Optimize Cap Ref PPR Acções FIA
Caixagest Ações Líderes Globais F. I. Mobiliário Aberto de Ações
EMPRESAS
GNB Gestão de Ativos, Grupo Novo Banco
Profile – S. G. F. de Investimento Mobiliário, S.A
PRODUTOS
NSF SICAV Wealth Defender Global Equity Fund
AXA World Funds Framlington Switzerland
12 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
ALLIANZ GLOBAL SUSTAINABILITY Active is: GERAR RESULTADOS FINANCEIROS COM IMPACTO SOCIAL POSITIVO allianzgi.com
O investimento no Fundo envolve riscos. Os investimentos no Fundo e o rendimento obtido poderão oscilar para cima e para baixo, dependendo dos valores ou previsões existentes no momento do investimento e, portanto, poderá não recuperar o seu investimento na íntegra. O Allianz Global Sustainability é um subfundo da Allianz Global Investors Fund SICAV, uma sociedade de investimento aberta de capital variável constituída de acordo com a legislação luxemburguesa. O valor das unidades de participação/ações, que pertencem às Categorias de Unidades de Participação/Ações do Subfundo denominadas na divisa base, poderá estar sujeito a uma elevada volatilidade. É possível que a volatilidade de outras Categorias de Ações seja diferente e mais elevada. A existência de rendimentos no passado não constitui uma promessa ou garantia de rendimentos no futuro. Os produtos dos fundos de investimentos poderão não estar disponíveis em todas as jurisdições ou para certas categorias de investidores. Para obter uma cópia gratuita do prospecto, documentos de constituição, cotações diárias, informações fundamentais destinadas aos investidores e últimos relatórios financeiros anuais e semestrais, entre em contacto com a entidade gestora através do endereço abaixo indicado ou em www.allianzgi-regulatory.eu. Por favor leia atentamente estes documentos antes de investir, os quais são obrigatórios. Este material promocional foi elaborado pela Allianz Global Investors GmbH, www.allianzgi.com, uma sociedade de investimento de responsabilidade limitada, constituída na Alemanha, com sede em Bockenheimer Landstrasse 42-44, 60323 Frankfurt/M, com número de registo no tribunal local de Frankfurt/M, HRB 9340, autorizada pelo Bundesanstalt für Finanzdienstleistungsaufsicht (www.bafin.de). A presente comunicação não foi preparada de acordo com requisitos legais previstos para assegurar a imparcialidade das recomendações de investimento (estratégia) e não está sujeita a qualquer proibição de negociação antes da publicação de tais recomendações. 646085
PANORAMA RADAR INTERNACIONAL
EUA Aon compra Willis Towers Watson
A Aon fechou a compra da rival Willis Towers Watson. A operação, que totaliza cerca de 30.000 milhões de dólares, será realizada por meio de uma oferta pública de troca (OPC) sobre as ações da Willis. Após a fusão, o património da empresa resultante chegará aos 80 mil milhões de dólares.
EUA Insigneo aprova aconselhamento por WhatsApp
O Insigneo Financial Group, uma empresa de consultoria financeira independente com sede em Miami, deu luz verde à sua rede de consultores para comunicar e trocar documentos com os seus clientes através do WhatsApp Business. Este novo meio de comunicação está em conformidade com todos os requisitos de conformidade e registo impostos pela FINRA (Financial Industry Regulatory Authority).
EUA A Goldman Sachs aposta em capital de risco
O grupo norte-americano está em negociações para entrar no capital da empresa de private equity Permira. A operação será realizada por meio da sua divisão de investimentos alternativos Petershill, que pagará quase 500 milhões de euros por uma participação minoritária na Permira. Se finalmente for formalizado, o acordo avaliaria a Permira em 5.000 milhões de dólares.
REINO UNIDO Acordo entre Aviva Investors e Capital Strategies
A Aviva Investors, divisão de gestão de ativos da Aviva, assinou um acordo com a Capital Strategies Partners (CSP), uma empresa de distribuição com sede em Madrid, para oferecer soluções de investimento a clientes em Espanha, Portugal, Brasil e Uruguai. O CSP, que intermedeia ativos no valor de 5.000 milhões de dólares, concentrarse-á na distribuição dos produtos Aviva Investors nos canais grossista e institucional.
URUGUAI Aiva e Investors Trust unem forças na América Latina
A empresa uruguaia de administração de patrimónios Aiva e o grupo de seguros dos EUA Investors Trust chegaram a um acordo para expandir a sua oferta e fortalecer a sua presença na América Latina. Essa aliança permite que os consultores da Aiva comercializem os produtos de seguros e fundos de fundos Investors Trust . Dessa forma, o grupo segurador obtém acesso à rede de distribuição da empresa sediada em Montevideu.
NO ÂMBITO SEGURADOR
ESPANHA Eurizon abre filial em Espanha
A Eurizon Capital SGR abriu oficialmente a sua filial em Espanha. A principal empresa de gestão do grupo Intesa Sanpaolo registou-se na CNMV como sociedade gestora do Espaço Económico Europeu com sucursal. Da sede de Madrid, Bruno Patain será responsável pela entidade no mercado ibérico. Esta nova abertura faz parte do plano de desenvolvimento estratégico do grupo italiano para o triénio 2018-2021.
MUITO MOVIM 14 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
A OPINIÃO DE
ALEMANHA Allianz transfere a gestão da sua divisão imobiliária para a PIMCO
HONG KONG Ping An junta-se à Climate Bonds Initiative
A Allianz transfere a gestão da Allianz Real Estate para sua subsidiária PIMCO. O braço de investimento imobiliário da Allianz será integrado na plataforma de estratégias privadas da PIMCO, melhorando as suas capacidades em ações imobiliárias e dívida privada. A gestora americana tornase, assim, numa das maiores gestoras de ativos imobiliários do mundo, com 113.000 milhões de dólares em ativos.
A Ping An da China Asset Management (Hong Kong), a divisão de gestão de patrimónios offshore do grupo chinês Ping An Insurance, torna-se no primeiro investidor institucional asiático a ingressar na Climate Bonds Initiative (CBI). Esta iniciativa visa mobilizar o mercado global de títulos, avaliado em cerca de 100 biliões de dólares, para promover a transição para uma economia neutra em carbono.
FRANÇA AXA IM apresenta o seu novo modelo de negócios A AXA IM reorganiza o seu modelo de negócios de gestão de patrimónios e divide a sua atividade em duas unidades estratégicas: AXA IM Alts e AXA IM Core. A primeira será focada em investimentos alternativos e será liderada por Isabelle Scemama, enquanto a segunda será especializada em investimentos tradicionais e estará nas mãos de Hans Stoter.
SINGAPURA Acordo estratégico entre o roboadvisor StashAway e Calastone
A plataforma de consultoria automatizada, com sede em Singapura StashAway fez uma parceria com a Calastone, a rede global de fundos de investimento com sede em Londres. Assim, a asiática obtém acesso à infraestrutura de mercado distribuída (DMI) da sociedade inglesa, habilitada por blockchain. A Calastone possui mais de 2.100 clientes em 42 países e facilita investimentos no valor de mais de 330.000 milhões de dólares por mês.
ENTO
Várias das operações internacionais anunciadas no mês de março colocam em relevo o crescente interesse do sector segurador na indústria de gestão de ativos.
GUY BARNARD Gestor de Global Property Equities, Janus Henderson Investors
COVID-19: IMPACTO NOS MERCADOS IMOBILIÁRIOS COTADOS Desde janeiro que temos vindo a assistir a uma mudança de tendência nas bolsas globais; o surto do vírus Covid-19 travou uma possível recuperação do crescimento mundial. Para além do evidente impacto direto no setor hoteleiro e no comércio retalhista, há implicações e por conseguinte oportunidades a médio e a longo prazo para o sector. O surto de coronavírus levou muitas empresas a implementar diferentes planos de teletrabalho que evidenciam a viabilidade das soluções de espaços de trabalho flexíveis; poderia mudar a forma como as empresas concebem as suas necessidades de escritórios físicos. O aumento das compras pela Internet e a conectividade de dados, com as pessoas a permanecerem em casa, também contribui para a procura atual de infraestruturas, como por exemplo, espaços logísticos e centros de dados. Face a esta incerteza, é vantajoso contar com uma afetação a ações do sector imobiliário cotado numa carteira equilibrada. O ativo demonstra descorrelacionarse consistentemente face às ações e às obrigações em geral e tem características defensivas em época de maior volatilidade (beta inferior). MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 15
PANORAMA SMART CONSENSUS por María Folqué
A NOVA CARTEIRA DE SMART CONSENSUS PARA
2020
Apresentamos a nova carteira Smart Consensus, desenhada para seguir a evolução da distribuição de ativos e áreas de investimento dos melhores fundos multiativos.
E
m maio de 2017 redesenhámos a carteira Smart Consensus para obter uma carteira com a qual poderíamos seguir a evolução dos fundos multiativos e alternativos com melhores classificações no que toca à sua distribuição por classe de ativo, zonas geográficas e sectores. A carteira Smart Consensus é a mesma para Espanha, Portugal e Itália. Na seleção dos fundos que a compõem, a equipa de Análise da FundsPeople procura produtos que tenham selo FundsPeople nos três países. Recordamos que as classificações do selo são A, de favorito dos analistas; B de blockbuster, para os fundos supervendas; e C de consistente, para aqueles que alcançam determinados níveis de retorno e volatilidade em relação à média da sua categoria Morningstar. Desde 2019 que não se incluem fundos alternativos na carteira, uma vez que, devido às suas posições em derivados muitas vezes se refletirem
FUNDOS QUE COMPÕEM A CARTEIRA DE CONSENSO DA FUNDSPEOPLE EM 2020 (*) FUNDO
Acatis Gané Value Event Fonds
CATEGORIA MORNINGSTAR
Moderate Allocation
AXA World Funds Global Optimal Income
Flexible Allocation
Eurizon Fund Azioni Strategia Flessibile
Flexible Allocation
Fidelity Funds Global Multi Asset Income Fund Flossbach von Storch Multiple Opportunities II
Moderate Allocation Flexible Allocation
Invesco Global Income Fund
Moderate Allocation
MFS Meridian Funds Diversified Income Fund
Moderate Allocation
MSIF Global Balanced Income Fund
Flexible Allocation
Nordea 1 Stable Return Fund
Moderate Allocation
Ruffer SICAV Ruffer Total Return International
Moderate Allocation
16 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
SELO FUNDSPEOPLE 2020
fabc fabc fabc fabc fabc fabc fabc fabc fabc fabc
Capitalizando no trabalho que envolve o Selo FundsPeople, a nossa equipa de Análise construiu uma carteira de consenso Smart Consensus, que será a mesma para Espanha, Portugal e Itália. A carteira Smart Consensus é composta pelos fundos das categorias mistos moderados e mistos flexíveis que tiveram selo nos três países. O resultado é uma carteira formada por 10 fundos multiativos com o mesmo peso, seis moderados e quatro flexíveis. Fonte: elaboração própria com dados da Morningstar. Dados de 29 de fevereiro de 2020. (*) Carteira Smart Consensus FundsPeople 2020, com Selos FundsPeople 2020.
DISTRIBUIÇÃO POR ATIVOS OBRIGAÇÕES AÇÕES LIQUIDEZ E OBRIGAÇÕES A CURTO PRAZO OUTROS (DIVISAS, ALTERNATIVOS E IMOBILIÁRIOS)
70% 60% 50%
na parte de liquidez do portefólio, era produzida uma distorção considerável na informação sobre a distribuição dos ativos. Após termos compilado as listas de fundos com selo para 2019 nos três países, reconstruimos a carteira Smart Consensus, que será vigente até fevereiro de 2021.
40% 30% 20% 10% 0%
F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F
CARTEIRA 2020
A nova carteira Smart Consensus, tal como a de 2019, é composta por 10 fundos com o mesmo peso. Na eleição dos fundos foi dada prioridade aos que têm alguma classificação do Selo FundsPeople 2020 em Portugal, Espanha e Itália e pertencem às categorias Morningstar de fundos multiativos flexíveis e moderados. Pensamos que estas duas categorias são as mais adequadas para mostrar as alterações que poderão existir na alocação de ativos de um portefólio composto por ações, liquidez, obrigações e outros ativos. O resultado é uma carteira composta por seis fundos multiativos moderados (Acatis Gané Value Event Fonds, Fidelity Global Multi Asset Income Fund, Invesco Global Income Fund, MFS Meridian Funds Diversified Income Fund, Nordea 1 Stable Return Fund, Ruffer Total Return International) e quatro flexíveis (AXA Global Optimal Income, Eurizon Azioni Strategia Flessible, Flossbach von Storch Multiple Opportunities II y MSIF Global Balanced Income Fund). Dos dez fundos há seis que se repetem face ao ano passado (AXA Global Optimal Income, Eurizon Azioni Strategia Flessible, Nordea Stable Return, Acatis Gané Value Event Fonds, Fidelity Funds Global Multi Asset Income Fund, Invesco Global Income Fund), e quatro novidades. Entre os que se repetem, os três primeiros fazem-no pelo terceiro ano consecutivo.
2018
2019
2020
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DA COMPONENTE DE AÇÕES EUROPA (INCLUI REINO UNIDO)
AMÉRICA DO NORTE (EUA E CANADÁ)
EMERGENTES (INCLUI PAÍSES ASIÁTICOS DESENVOLVIDOS)
JAPÃO E AUSTRÁLIA
70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0%
F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F 2018
2019
2020
ALOCAÇÃO DA COMPONENTE DE OBRIGAÇÕES CORPORATIVAS
SOBERANAS
OUTRAS
70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0%
F F M M A A M M JJ JJ A A S S O O N N D D JJ FF M M A A M M JJ JJ A A SS O O N N D D JJ FF 2018 2018
2019 2019
2020 2020
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PANORAMA SMART CONSENSUS
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A OPINIÃO DE SIMON BOND Diretor da gestão de Carteiras de Investimento Responsável, Columbia Threadneedle
OBRIGAÇÕES VERDES: UM SECTOR EM EVOLUÇÃO
NA CARTEIRA DE 2020 HÁ SEIS FUNDOS QUE SE REPETEM E QUATRO NOVIDADES. SEIS FUNDOS SÃO MULTIATIVOS MODERADOS E QUATRO FLEXÍVEIS
Na seleção dos fundos para a carteira procura-se o maior número de classificações possível. Na carteira de 2020, apenas um fundo tem uma só classificação, neste caso a C de consistente, nos três países. O Acatis Gané Value destaca-se pela sua tripla classificação ABC em Espanha e Portugal, e a dupla AC em Itália. Oito dos dez fundos selecionados têm um património superior a 1.000 milhões de euros. Nenhum superava 18 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
os 10.000 milhões em ativos sob gestão no final de dezembro de 2019, ainda que o Nordea Stable Return tenha ficado perto, com 9.943 milhões. O património médio dos dez fundos ascende a 4.655 milhões de euros.
DISTRIBUIÇÃO
A carteira Smart Consensus 2019 terminou o ano com as ações a pesarem 43,65%, o máximo num ano em que esta percentagem oscilou entre os 38% e os 43%, face a exercícios anteriores em que chegou a cair até aos 30%. O peso das outras classes de ativos também foi bastante estável durante o ano. A ponderação das obrigações situou-se numa média de 37,7% e a da liquidez em 15% ao longo do exercício. No que toca à distribuição geográfica das ações, os títulos norte-americanos mantiveram uma ligeira predominância em relação aos europeus durante todo o 2019 (42% versus 40%, em média), num ano em que o mais notável foi a recuperação das ações de mercados emergentes desde o verão, terminando o ano com um peso de 11,60%. Nos meses que se seguem continuaremos a seguir a evolução das principais posições da carteira agregada Smart Consensus e contaremos com a visão dos gestores dos vários fundos. A composição do portefólio será revista anualmente, em função das classificações do Selo FundsPeople.
As obrigações verdes soberanas dominaram o mercado em 2019, e lideraram o universo de obrigações de impacto, que teve um volume de emissão maior, um aumento da inovação e um importante aumento da procura por parte dos clientes. O nosso negócio de gestão de obrigações sociais já superou os 500 milhões de USD em ativos sob gestão, graças ao crescimento das estratégias de obrigações sociais britânicas, europeias, americanas e mundiais. As mudanças climáticas e a desigualdade social estão a ter cada vez mais importância na consciência pública a nível mundial. Isto reflete-se nos mercados onde as obrigações verdes, sociais e sustentáveis crescem em número e em sofisticação. Após dois anos de planos, as obrigações verdes viveram uma segunda juventude em 2019, com um aumento das emissões. Também foi um ano positivo para o sector das obrigações sociais, ainda que o maior crescimento tenha sido observado nas obrigações sustentáveis, dado que o tema principal neste segmento era o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS). Na nossa opinião, em 2020 a história vai repetir-se. Além disso, é provável que surjam outras inovações durante o ano, até talvez a primeira emissão de uma obrigação de transição que financie a evolução de um negócio para um modelo mais sustentável.
PANORAMA BARÓMETRO
DESCUBRA OS FUNDOS COM SELO São produtos que contam com a preferência dos analistas, se destacam pela sua consistência ou por serem blockbuster.
N
um mercado como o português, que conta com mais de 2.500 fundos registados para venda, a FundsPeople divulga os fundos com Selo FundsPeople 2020. São 501 produtos com selo, que se destacam por um ou vários dos seguintes três critérios:
A Favoritos dos Analistas. Fundos
que acumulam um mínimo de cinco votos dos selecionadores dentro de cada questionário anual realizado em Portugal, Espanha e Itália, dirigido aos analistas de fundos, sobre os seus produtos favoritos. Existem 50 fundos que conseguem este selo.
B Blockbuster.
São os ‘super-vendas’ do mercado. Incluem-se os produtos com mais de 100 milhões de euros distribuídos no mercado ibérico ou 50 milhões de euros no caso dos produtos nacionais. Adicionalmente, a estes últimos exigem-se captações líquidas a três anos superiores ou iguais a um quarto dos AUM no fecho do ano: cerca de 349 fundos alcançam esta classificação.
C Consistentes. A equipa de Análise da FundsPeople, dirigida por Maria Folqué, desenvolveu um modelo de seleção próprio para destacar os produtos mais consistentes em cada categoria, a partir da base da Mornings-
tar Direct, com referência ao final do último ano. São analisados os fundos registados para venda em Portugal, com uma antiguidade mínima de três anos à data de referência da análise. De cada fundo é selecionada uma classe, a mais representativa segundo um conjunto de critérios. Esta classe selecionada será comparada com os restantes fundos da sua categoria através de dois scorecards. No primeiro, são considerados critérios de rentabilidade e volatilidade acumulada a 3 e 5 anos, e no segundo, dados individuais
dos últimos cinco anos civis. Em ambos os casos, a rentabilidade e a volatilidade têm um peso de 65% e 35%, respetivamente. Do modelo resultam os fundos que se situam no primeiro quintil em ambos os scorecards. Há 210 fundos com classificação Consistente FundsPeople. Nos três casos são excluídas da análise as categorias de fundos com garantia de capital, target date, do mercado monetário, obrigações de muito curto prazo e rentabilidade ou maturidade objetivo.
PRODUTOS COM A TRIPLA CLASSIFICAÇÃO DO SELO FUNDSPEOPLE 2020 FUNDO Acatis Gané Value Event Fonds Brown Advisory US Equity Growth Eleva UCITS F. - Fonds Eleva Abs. Ret. Europe Evli Short Corporate Bond Fidelity Funds - Gl. Multi Asset Income Fund Jupiter Global Fund - Jupiter Eur. Growth M&G (Lux) Optimal Income Fund
CATEGORIA Moderate Allocation US Equity Large Cap Growth Long/Short Equity Europe Fixed Income Moderate Allocation Europe Equity Large Cap Cautious Allocation
MFS Meridian F. - European Research Fund
Europe Equity Large Cap
MFS Meridian Funds - European Value Fund
Europe Equity Large Cap
MFS Meridian Funds - Prudent Wealth Fund
Aggressive Allocation
Morgan Stanley Invest. F. - Gl. Brands Fund
Global Equity Large Cap
Nordea 1 - European Covered Bond Fund
Europe Fixed Income
Nordea 1 - Global Climate and Envir. Fund
Global Equity Mid/Small Cap
Oddo BHF Avenir Europe
Europe Equity Mid/Small Cap
Pictet-Multi Asset Global Opportunities
Cautious Allocation
PIMCO GIS Income Fund
Global Fixed Income
Schroder Internat. Sel. F. EURO Corp. Bond Vontobel Fund - US Equity
Europe Fixed Income US Equity Large Cap Growth
MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 19
PANORAMA BARÓMETRO
OS FUNDOS INTERNACIONAIS ‘SUPER-VENDAS’ NA PENÍNSULA IBÉRICA
ara ter o selo de Blockbuster (B), os produtos internacionais devem alcançar os 100 milhões de euros de património distribuído no mercado P ibérico. Fonte: gestoras e diferentes entidades distribuidoras. 750
1.000
01 FIXED INCOME
500
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02 MULTIATIVOS E ALTERNATIVOS
250 UBAM - GLOBAL HY SOLUTION BGF EURO SHORT DURATION BOND FUND DEUTSCHE FLOATING RATE NOTES MUZINICH ENHANCEDYIELD SHORT DURATION FUND UBAM - DYNAMIC USD MS INVF - EURO CORPORATE BOND FUND CARMIGNAC SECURITE PIMCO GIS INCOME FUND AXA IM FIIS EUROPE SHORT DURATION HIGH YIELD MS INVF - SHORT MATURITY EURO BOND FUND CANDRIAM BONDS EURO SHORT TERM JUPITER DYNAMIC BOND GAM LOCAL EMERGING BD AXA IM FIIS US SHORT DURATION HIGH YIELD JPM US AGGREGATE BOND FUND GS EMD CARMIGNAC PORT. UNCONSTRAINED EURO FIXED INCOME AXA WF EURO CREDIT SHORT DURATION BLUEBAY INVESTMENT GRADE EURO GOV. BOND FUND MFS EMERGING MARKETS DEBT TOTAL INVESCO EURO SHORT TERM BOND FUND PIMCO GIS GLOBAL INVESTMENT GRADE CREDIT FUND VONTOBEL FUND - EUR CORPORATE BOND MID YIELD FIDELITY FUNDS - EURO SHORT TERM BOND FUND ALLIANZ ENHANCED SHORT TERM EURO UBAM - ABSOLUTE RETURN LOW VOL FI UBAM - DYNAMIC EURO VONTOBEL FUND - EMERGING MARKETS DEBT JANUS HENDERSON HORIZON EURO CORPORATE BOND FUND PIMCO GIS GLOBAL BOND FUND JPM INCOME OPPORTUNITY FUND MS INVF - GLOBAL FIXED INCOME OPPORTUNITIES FUND BNY MELLON EUROLAND BOND FUND MUZINICH SHORT DURATION HIGHYIELD FUND PICTET-EUR SHORT TERM CORPORATE BONDS NN (L) US CREDIT PICTET-SHORT TERM EMERGING CORPORATE BONDS EDRF BOND ALLOCATION BGF US DOLLAR SHORT DURATION BOND FUND INVESCO EURO CORPORATE BOND VONTOBEL FUND - TWENTYFOUR STRATEGIC INCOME FUND AMUNDI FUNDS BOND GLOBAL AGGREGATE BNP PARIBAS ENHANCED BOND 6M ALLIANZ ADVANCED FIXED INCOME SHORT DURATION TEMPLETON GLOBAL TOTAL RETURN FUND ALLIANZ FLOATING RATE NOTES PLUS AB AMERICAN INCOME MUZINICH GLOBAL TACTICAL CREDIT FUND MUZINICH EMERGING MARKETS SHORT DURATION FUND BGF EMERGING MARKETS LOCAL CURRENCY BOND FUND JPM GLOBAL STRATEGIC BOND MUZINICH AMERICAYIELD FUND CANDRIAM BONDS EMERGING MARKETS FRANKLIN U.S. LOW DURATION FUND NORDEA 1 - EUROPEAN COVERED BOND FUND PICTET-EMERGING LOCAL CURRENCY DEBT CANDRIAM BONDS EURO HIGH YIELD AXA IM FIIS US CORPORATE INTERMEDIATE BONDS
NORDEA 1 - STABLE RETURN FUND JPM GLOBAL INCOME FUND MERIAN GLOBAL EQUITY ABSOLUTE RETURN BSF FIXED INCOME STRATEGIES FUND JANUS HENDERSON UNITED KINGDOM ABSOLUTE RETURN FUND PICTET-MULTI ASSET GLOBAL OPPORTUNITIES INVESCO PAN EUROPEAN HIGH INCOME FUND JPM GLOBAL INCOME CONSERVATIVE FUND CANDRIAM BONDS CREDIT OPPORTUNITIES FIRST EAGLE AMUNDI INTERNATIONAL FUND M&G (LUX) DYNAMIC ALLOCATION FUND BGF GLOBAL ALLOCATION FUND LFIS VISION UCITS - PREMIA BSF EUROPEAN ABSOLUTE RETURN FUND PICTET TR-DIVERSIFIED ALPHA BNY MELLON GLOBAL REAL RETURN FUND (EUR) MARSHALL WACE TOPS MFS PRUDENT WEALTH TOTAL FRANKLIN K2 ALTERNATIVE STRATEGIES FUND MAN GLG ALPHA SELECT ALTERNATIVE SALAR FUND JPM GLOBAL CONVERTIBLES FUND FIDELITY FUNDS - GLOBAL MULTI ASSET INCOME FUND BSF GLOBAL EVENT DRIVEN FUND INVESTEC GLOBAL MULTI-ASSET INCOME PICTET TR-AGORA CARMIGNAC PATRIMOINE LEGG MASON WESTERN ASSET MACRO OPPORTUNITIES BOND ACATIS GANE VALUE EVENT
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250
20 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
500
750
250 JPM GLOBAL SHORT DURATION BOND FUND DWS INVEST EURO BONDS (SHORT) BNP PARIBAS EURO GOVERNMENT BOND JPM US SHORT DURATION BOND NN (L) EURO FIXED INCOME BGF FIXED INCOME GLOBAL OPPORTUNITIES FUND AMUNDI FUNDS BOND EURO CORPORATE AMUNDI FUNDS PIONEER US BOND NORDEA 1 - EMERGING MARKET BOND FUND JPM EM CORPORATE BOND FUND MUZINICH EUROPEYIELD FUND AMUNDI FUNDS EMERGING MARKETS BOND JPM EU GOVERNMENT BOND FUND M&G (LUX) GLOBAL FLOATING RATE HIGH YIELD FUND BGF EURO BOND FUND BNP PARIBAS EURO MEDIUM TERM BOND BNY MELLON EMERGING MKTS. DEBT LOCAL CURRENCY FUND JPM EM LOCAL CURRENCY DEBT FUND GS GLOBAL HIGH YIELD JPM INCOME FUND ODDO BHF EURO CREDIT SHORT DURATION MS INVF - EUROPEAN HIGH YIELD BOND FUND PICTET-USD SHORT MID-TERM BONDS LEGG MASON WESTERN ASSET US CORE PLUS BOND PICTET-EUR SHORT MID-TERM BONDS AB EUROPEAN INCOME FIDELITY FUNDS - US DOLLAR BOND FUND DWS INVEST SHORT DURATION CREDIT BGF EURO CORPORATE BOND FUND FIDELITY FUNDS - US HIGH YIELD FUND ABERDEEN STANDARD SICAV I - EMER. MARK. CRP. BOND FUND BNY MELLON GLOBAL SHORT-DATED HIGH YIELD BOND FUND AXA WF US HIGH YIELD BONDS CARMIGNAC PORTFOLIO UNCONSTRAINED GLOBAL BOND GAM STAR MBS TOTAL RETURN INV M&G (LUX) EMERGING MARKETS BOND FUND M&G (LUX) EURO CORPORATE BOND FUND NORDEA 1 - FLEXIBLE FIXED INCOME FUND PIMCO GIS CAPITAL SECURITIES FUND PIMCO GIS DYNAMIC BOND FUND PIMCO GIS LOW AVERAGE DURATION FUND PIMCO GIS TOTAL RETURN BOND FUND PIMCO GIS US HIGH YIELD BOND FUND AMUNDI FUNDS EURO AGGREGATE BOND AXA WF EMERGING MARKETS SHORT DURATION BONDS AXA WF GLOBAL STRATEGIC BONDS DPAM L BONDS EMERGING MARKETS SUSTAINABLE - F EVLI SHORT CORPORATE BOND FLOSSBACH VON STORCH - BOND OPPORTUNITIES FRANKLIN EUROPEAN TOTAL RETURN FUND FRANKLIN STRATEGIC INCOME FUND GAM STAR CREDIT OPPORTUNITIES EUR INV NEUBERGER BERMAN SHORT DURATION EMER. MRK.DEBT FUND NORDEA 1 - EUROPEAN HIGH YIELD BOND FUND PIMCO GIS DIVERSIFIED INCOME FUND PIMCO GIS EMERGING MARKETS BOND FUND PIMCO GIS EURO INCOME BOND FUND TEMPLETON GLOBAL BOND FUND
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GS GLOBAL STRATEGIC MACRO BOND PICTET-ABSOLUTE RETURN FIXED INCOME MFS GLOBAL TOTAL RETURN TOTAL MFS PRUDENT CAPITAL TOTAL JPM GLOBAL MACRO OPPORTUNITIES FUND BSF AMERICAS DIVERSIFIED EQUITY ABSOLUTE RETURN FUND ALLIANZ DYNAMIC MULTI ASSET STRATEGY 15 SRI INVESCO GLOBAL TARGETED RETURNS FUND UBS (LUX) STRATEGY FUND – YIELD (EUR) ALLIANZ DYNAMIC MULTI ASSET STRATEGY 50 SRI VONTOBEL FUND - TWENTYFOUR ABSOLUTE RETURN CREDIT ALLIANZ INCOME AND GROWTH INVESCO GLOBAL INCOME FUND ALLIANZ DYNAMIC ASSET STRATEGY 75 SRI MAN GLG EUROPEAN EQUITY ALTERNATIVE UBS (LUX) STRATEGY FUND – BALANCED (EUR) PICTET TR-ATLAS INVESCO BALANCED-RISK ALLOCATION FUND AXA WF GLOBAL OPTIMAL INCOME M&G (LUX) OPTIMAL INCOME FUND PIMCO GIS DYNAMIC MULTI-ASSET FUND RUFFER TOTAL RETURN INTERNATIONAL FUND AMUNDI RENDEMENT PLUS FLOSSBACH VON STORCH - MULTI ASSET - BALANCED FLOSSBACH VON STORCH - MULTI ASSET - DEFENSIVE FLOSSBACH VON STORCH - MULTIPLE OPPORTUNITIES II M&G (LUX) INCOME ALLOCATION FUND AMUNDI FUNDS ABSOLUTE RETURN MULTI-STRATEGY ELEVA ABSOLUTE RETURN FUND
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1.000
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1.000
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750
1.000
03 AÇÕES
250 MFS EUROPEAN VALUE TOTAL MS INVF - GLOBAL BRANDS FUND ALLIANZ EUROPE EQUITY GROWTH INVESCO PAN EUROPEAN EQUITY FUND ROBECO GLOBAL CONSUMER TRENDS EQUITIES MFS GLOBAL EQUITY TOTAL SCHRODER ISF EMERGING MARKETS MS INVF - US ADVANTAGE FUND DWS INVEST TOP DIVIDEND FIDELITY FUNDS - EUROPEAN DYNAMIC GROWTH FUND MS INVF - GLOBAL OPPORTUNITY FUND GS EM CORE EQUITY FIDELITY FUNDS - GLOBAL TECHNOLOGY FUND AXA ROSENBERG US ENHANCED INDEX EQUITY ALPHA FUND AMUNDI FUNDS PIONEER US EQUITY FUNDAMENTAL GROWTH SCHRODER ISF EURO CORPORATE BOND SCHRODER ISF EURO EQUITY PICTET-USA INDEX CAPITAL GROUP NEW PERSPECTIVE VONTOBEL FUND - US EQUITY JPM EM EQUITY FUND FIDELITY FUNDS - EMERGING MARKETS FUND MFS EUROPEAN RESEARCH TOTAL PICTET-EUROPE INDEX PICTET-SECURITY SEILERN WORLD GROWTH PICTET-ROBOTICS UBAM - 30 GLOBAL LEADERS EQUITY GAM STAR CONTINENTAL EUROPEAN EQUITY INVESTMENTS PICTET-GLOBAL MEGATREND SELECTION BNY MELLON LONG-TERM GLOBAL EQUITY FUND JPM EUROPE STARTEGIC VALUE FUND BGF CONTINENTAL EUROPEAN FLEXIBLE FUND AMUNDI FUNDS EUROLAND EQUITY MFS EUROPEAN SMALLER COMPANIES TOTAL ODDO BHF AVENIR EUROPE PICTET-WATER JPM US SELECT EQUITY FUND INVESCO JAPANESE EQUITY ADVANTAGE FUND JPM EUROPE EQUITY PLUS FUND FRANKLIN U.S. OPPORTUNITIES FUND JANUS HENDERSON HORIZON EUROLAND FUND BNP PARIBAS EUROPE SMALL CAP FIDELITY FUNDS - GLOBAL FINANCIAL SERVICES FUND NORDEA 1 - GLOBAL CLIMATE AND ENVIRONMENT FUND FIDELITY FUNDS - IBERIA FUND BGF WORLD HEALTHSCIENCE FUND FRANKLIN INDIA FUND TEMPLETON EUROLAND FUND VONTOBEL MTX SUSTAINABLE EMERGING MARKETS LEADERS PICTET-PREMIUM BRANDS AMUNDI FUNDS EUROPEAN EQUITY VALUE M&G (LUX) EUROPEAN STRATEGY VALUE FUND PICTET-DIGITAL SCHRODER ISF JAPANESE EQUITY FRANKLIN TECHNOLOGY FUND GS EUROPE CORE EQUITY BGF EURO-MARKETS FUND JANUS HENDERSON HORIZON GL. PROPERTY EQUITIES FUND AMUNDI INDEX MSCI NORTH AMERICA INVESCO PAN EURO STRUCTURED EQUITY FUND FIDELITY FUNDS - GLOBAL DIVIDEND FUND SCHRODER ISF EURO CREDIT CONVICTION FIDELITY FUNDS - AMERICA FUND M&G (LUX) GLOBAL DIVIDEND FUND SCHRODER ISF EMERGING MARKETS DEBT ABSOLUTE RETURN FIDELITY FUNDS - EUROPEAN GROWTH FUND FIDELITY FUNDS - ASIA FOCUS FUND MS INVF - GLOBAL PROPERTY FUND GS GLOBAL CORE EQUITY AB AMERICAN GROWTH JPM EUROPE DYNAMIC TECHNOLOGIES FUND
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250 GS JAPAN FIDELITY FUNDS - CHINA CONSUMER FUND SCHRODER GAIA SIRIOS US EQUITY JPM GLOBAL FOCUS FUND JUPITER EUROPEAN GROWTH LEGG MASON CLEARBRIDGE US LARGE CAP GROWTH PICTET-JAPANESE EQUITY OPPORTUNITIES NN (L) US ENHANCED CORE CONCENTRATED EQUITY JPM ASIA PACIFIC EQUITY FUND BGF EUROPEAN SPECIAL SITUATIONS FUND GS US CORE EQUITY CANDRIAM EQUITIES L BIOTECHNOLOGY SCHRODER GAIA EGERTON EQUITY SCHRODER ISF GLOBAL HIGH YIELD SCHRODER ISF ASIAN OPPORTUNITIES PICTET-NUTRITION JPM EUROPE EQUITY FUND UBS (LUX) EQUITY SICAV - LONG TERM THEMES (USD) SCHRODER ISF EURO BOND MS INVF - US GROWTH FUND JPM EUROPE STRATEGIC GROWTH FUND FIDELITY FUNDS - WORLD FUND JANUS HENDERSON HORIZON GLOBAL TECHNOLOGY FUND PICTET-GLOBAL ENVIRONMENTAL OPPORTUNITIES MFS US VALUE JPM EM SMALL CAP FUND JPM US TECHNOLOGY FUND JPM EUROLAND EQUITY FUND BSF EUROPEAN OPPORTUNITIES EXTENSION FUND BGF WORLD GOLD FUND LEGG MASON RARE INFRAESTRUCTURA VALUE BGF WORLD MINING FUND FIDELITY FUNDS - EUROPEAN LARGER COMPANIES FUND ABERDEEN STANDARD SICAV I - ASIA PACIFIC EQUITY FUND MIRABAUD GLOBAL FOCUS JPM EUROPE STARTEGIC DIVIDEND FUND ALLIANZ EUROPEAN EQUITY DIVIDEND FAST - EUROPE FUND AB EUROZONE EQUITY CAPITAL GROUP INVESTMENT COMPANY OF AMERICA ALLIANZ GLOBAL SUSTAINABILITY BMO RESPONSIBLE GLOBAL EQUITY JPM US VALUE FUND ABERDEEN STANDARD SICAV I – ASIAN SMALLER COMPANIES JPM JAPAN EQUITY FUND JANUS HENDERSON HORIZON PAN EUROP. SMALLER COMP. FUND ABERDEEN STANDARD SICAV I - JAPANESE EQUITY FUND ALLIANZ EUROLAND EQUITY GROWTH MS INVF - ASIA OPPORTUNITY FUND BNP PARIBAS JAPAN SMALL CAP BNP PARIBAS US SMALL CAP FIDELITY FUNDS - EURO BLUE CHIP FUND BROWN ADVISORY US EQUITY GROWTH FUND ELEVA EUROPEAN SELECTION FUND AMUNDI INDEX MSCI EMU AMUNDI INDEX S&P 500 AXA ROSENBERG GLOBAL EQUITY ALPHA FUND AXA ROSENBERG US EQUITY ALPHA FUND CPR INVEST - GLOBAL DISRUPTIVE OPPORTUNITIES MERIAN NORTH AMERICAN EQUITY MIRAE ASIA GREAT CONSUMER EQUITY FUND NEUBERGER BERMAN US MULTI CAP OPPORTUNITIES FUND T. ROWE PRICE FUNDS US BLUE CHIP T. ROWE PRICE FUNDS US EQUITY T. ROWE PRICE FUNDS US SMALLER COMPANIES TEMPLETON ASIAN GROWTH FUND TEMPLETON EMERGING MARKETS FUND TEMPLETON GLOBAL CLIMATE CHANGE FUND THREADNEEDLE (LUX) GLOBAL FOCUS FUND UBS (LUX) EQUITY FUND – CHINA OPPORTUNITY (USD) UBS (LUX) EQUITY SICAV – EURO COUNTRIES INCOME (EUR)
500
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1.000
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Fundos com mais de 1.000 milhões de euros nas mãos de clientes ibéricos.
OS FAVORITOS DOS ANALISTAS EUROPEUS EM 2020
Entre parêntesis o número total de votos. FUNDO Jupiter Dynamic Bond (24) Fidelity Funds European Dynamic Growth (18) MFS Meridian European Value (17) PIMCO GIS Income (16) Flossbach von Storch - Multiple Opp. II (16) Schroder EUR Corporate Bond (13) Morgan Stanley - US Advantage Fund (12) DWS Concept Kaldemorgen (11) Muzinich Enhanced Yield Short Term (11) Eleva European Selection (11) Vontobel US Equity (11) Franklin K2 Alternative Strategies (10) Morgan Stanley Global Brands (10) Morgan Stanley Global Opportunity (10) M&G Lux Optimal Income Fund (9) MFS Meridian Funds - Prudent Wealth Fund (9) Capital Group New Perspective Fund (9)
CATEGORIA Fixed Income Equity Equity Fixed Income Allocation Fixed Income Equity Alternative Fixed Income Equity Equity Alternative Equity Equity Allocation Allocation Equity
FUNDO Robeco Global Consumer Trends (9) Candriam Bonds Credit Opportunities (8) Fidelity Funds - Gl. Multi Asset Inc. Fund (8) Pictet-Multi Asset Global Opportunities (8) Salar Fund (8) Jupiter European Growth (8) Fundsmith Equity (8) Vontobel MTX Sustainable Em. Markets Leaders (8) Nordea 1 - Stable Return Fund (7) Invesco Pan European High Income (7) NB FCP Euro Bond (7) MFS Meridian European Research (7) Brown Advisory US Equity Growth (7) Eleva Absolute Return Europe (6) HSBC GIF Multi Asset Style Factors (6) Legg Mason Western Ass. Macro Opp. Bond Fund (6) Acatis - Gane Value Event Fonds (6)
CATEGORIA Equity Alternative Allocation Allocation Convertibles Equity Equity Equity Allocation Allocation Fixed Income Equity Equity Alternative Alternative Alternative Allocation
FUNDO Ruffer Total Return International (6) Nordea 1 - European Covered Bond Fund (6) Hermes Global Emerging Markets (6) Nordea 1 - Global Climate and Envir.Fund (6) Allianz Europe Equity Growth (6) Fidelity Global Dividend (6) Oddo Avenir Europe (5) Seilern World Growth (5) BlueBay Invest. Grade Euro Gov. Bond Fund (5) DPAM Bond Emerging Markets Sustainable (5) Evli Short Corporate Bond (5) BNY Mellon LT GLobal Equity (5) DPAM Equities NewGems Sustainable (5) Seilern America (5) Threadneedle Global Focus (5) Wells Fargo (Lux) WF U.S. All Cap Growth Fund (5)
CATEGORIA Allocation Fixed Income Equity Equity Equity Equity Equity Equity Fixed Income Fixed Income Fixed Income Equity Equity Equity Equity Equity
MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 21
PANORAMA FÓRUM APFIPP
TOTAL DE FUNDOS MOBILIÁRIOS PATRIMÓNIO
FUNDOS DE CURTO PRAZO HARMONIZADOS
CAPTAÇÕES LÍQUIDAS
14000
PATRIMÓNIO 400
CAPTAÇÕES LÍQUIDAS
2300
100 80 60 40 20 0 -20 -40 -60 -80 -100
350 300 13000
250 200 150
12000
2200 2100
100 50
2000
0 11000
-50
FEVEREIRO 2019
FEVEREIRO 2020
A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO NA GESTÃO DE
ATIVOS E DE FUNDOS DE PENSÕES Como em todos os sectores de atividade, é fundamental que os profissionais que atuam na indústria de gestão de ativos e de fundos de pensões sejam dotados de elevadas competências técnicas para as tarefas que realizam. A exigência justifica-se pela função que desempenham, e pela confiança que milhares de aforradores neles depositam para gerir as suas poupanças, muitas vezes o dinheiro que vai financiar (parte) da sua pensão de reforma.
22 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
1900
FEVEREIRO 2019
O
FEVEREIRO 2020
s legisladores e supervisores, igualmente atentos à especificidade da profissão, têm vindo a verter no enquadramento jurídico e regulamentar que norteia estas atividades, maiores obrigações em matéria de formação, inicial e contínua, para os dirigentes e colaboradores destes operadores. É disso exemplo a exigência, contemplada na DMIF II de formação inicial e contínua para todos os colaboradores dos intermediários financeiros, vertidas no Regulamento da CMVM n.º 3/2018, o qual se aplica, igualmente, aos colaboradores das Sociedades Gestoras de OIC, tal como previsto no Regulamento da CMVM n.º 2/2015, na sua recente redação, conferida pelo Regulamento da CMVM n.º 3/2020. De igual modo, em matéria de Prevenção do Branqueamento de Capitais e do Financiamento do Terrorismo, a Lei n.º 83/2017 impõe às “entidades obrigadas” (definição que inclui os Intermediários Financeiros, as Gestoras de OIC e as Entidades Gestoras de Fundos de Pensões) o dever de formação, que deve ser “proporcional à natureza, dimensão e complexidade das entidades obrigadas e das atividades por estas prosseguidas”. De referir, também, que a própria atividade legislativa, que nos últimos
FUNDOS DE OBRIGAÇÕES PATRIMÓNIO
FUNDOS MISTOS
CAPTAÇÕES LÍQUIDAS
2500
PATRIMÓNIO 120
FUNDOS DE AÇÕES CAPTAÇÕES LÍQUIDAS
5000
120
100
60 40
60
FEVEREIRO 2019
FEVEREIRO 2020
anos tem tido grande expressão no domínio financeiro, obriga os profissionais desta indústria a uma formação constante para se manterem a par das alterações ao enquadramento jurídico dos sectores em que operam e de outras áreas conexas. De facto, para além das legislações já identificadas, o Regime Geral dos OIC foi revisto em 2019, pelo Decreto-Lei n.º 144/2019, que procedeu à transferência para a CMVM das competências de supervisão das Sociedades Gestoras de Fundos de Investimento. Também o Regime Jurídico dos Fundos de Pensões será alterado brevemente, em resultado da necessidade de transposição da Diretiva IORP II, cujo diploma já se encontra em apreciação no Parlamento. Para além das exigências impostas pelos legisladores e supervisores, os operadores sentem, ainda, a necessidade de reforçar competências em matérias que têm vindo a ganhar um peso crescente nos mercados financeiros: falamos da necessidade de incorporar os fatores de sustentabilidade ambiental, social e de corporate governance (ESG) nos processos de definição de políticas de investimento e de implementação de estratégias e decisões de investimento. A própria fiscalidade está em constante mutação e exige uma monitorização próxima por parte dos operadores
1500
40 20
0 -20
2000
80 4000
20
1500
CAPTAÇÕES LÍQUIDAS
100
80 2000
PATRIMÓNIO
3000
0
FEVEREIRO 2019
FEVEREIRO 2020
1000
FEVEREIRO 2019
FEVEREIRO 2020
A FORMAÇÃO PROFISSIONAL, NO CONTEXTO DAS ATIVIDADES DE GESTÃO DE ATIVOS E DE FUNDOS DE PENSÕES, FAZ TODO O SENTIDO NA ATUAL CONJUNTURA
do mercado, de modo a poderem cumprir com as respetivas obrigações fiscais e prestarem apoio aos seus clientes. O atual momento muito particular que vivemos, em que uma ameaça invisível paira sobre todos e nos obriga ao recolhimento nas nossas casas, acaba por ser, igualmente, uma oportunidade para adquirir os novos conhecimentos e as competências que a profissão requer. Portanto, a formação profissional, no contexto das atividades de Gestão de Ativos e de Fundos de Pensões, faz todo o sentido na atual conjuntura. A APFIPP é, há vários anos, certificada pela DGERT - Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho como entidade formadora, e, nessa categoria, tem vindo a estabelecer-se como um parceiro das suas Associadas (mas não só) para dotar os respetivos colaboradores das competências MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 23
35 30 25 20 15 10 5 0 -5 -10 -15
PANORAMA FÓRUM APFIPP
técnicas que todas estas novas exigências impõem. Para 2020, a APFIPP delineou já um ambicioso plano formativo, destinado aos profissionais dos sectores que representa, que espera manter, apesar da atual situação, procurando para o efeito, neste período de maiores condicionantes ao nível da organização de formação em formato presencial, recorrer ao ensino à distância. Mantendo o seu compromisso de auxiliar as suas Associadas, a APFIPP encontra-se a
AS GESTORAS EM FEVEREIRO DE 2020
Dados de património em milhões de euros
FUNDOS DE PENSÕES Ageas Pensões CGD Pensões BPI Vida e Pensões GNB - SGFP S.G.F.P. Banco de Portugal Futuro Santander Pensões BBVA Fundos Real Vida Seguros SGF Previsão Victoria - Seguros de Vida, SA Total
DEZEMBRO 2019 5.975,90 4.099,81 3.095,33 2.340,19 2.049,51 1.723,12 1.161,31 506,94 251,23 79,60 79,45 16,58 21.378,96
QUOTA (%) 27,95 19,18 14,48 10,95 9,59 8,06 5,43 2,37 1,18 0,37 0,37 0,08
DEZEMBRO 2018 5.211,95 3.640,82 2.819,79 2.035,84 1.941,66 1.566,12 980,62 387,78 240,02 70,10 77,79 15,66 18.988,16
QUOTA (%)
VAR. (%) 2018
27,45 19,17 14,85 10,72 10,23 8,25 5,16 2,04 1,26 0,37 0,41 0,08
14,66 12,61 9,77 14,95 5,55 10,02 18,43 30,73 4,67 13,55 2,13 5,92 12,59
* - Dados Provisórios (Fonte: ASF). Nota: Amostra = 97,9% do total gerido por Fundos de Pensões (Em Dezembro de 2019)
GESTÃO DE PATRIMÓNIOS
FEVEREIRO 2020
Caixa Gestão de Activos BMO GAM (F&C Portugal) GNB - SGP Santander Asset Management BPI Gestão de Activos Montepio Gestão de Activos Crédito Agrícola Gest Bankinter Gestão de Ativos Optimize Investment Partners Dunas Capital - Gestão de Activos LYNX Asset Managers Total
22.046,38 15.152,64 6.161,05 5.999,67 3.206,57 1.530,93 1.359,66 542,94 104,49 15,90 5,37 56.125,60
QUOTA (%) 39,28 27,00 10,98 10,69 5,71 2,73 2,42 0,97 0,19 0,03 0,01
DEZEMBRO 2019 21.993,16 15.353,48 6.194,36 6.008,47 3.194,59 1.514,73 1.411,84 546,02 107,24 15,64 5,43 56.344,98
QUOTA (%)
VAR. (%) 2020
39,03 27,25 10,99 10,66 5,67 2,69 2,51 0,97 0,19 0,03 0,01
0,24 -1,31 -0,54 -0,15 0,37 1,07 -3,70 -0,56 -2,57 1,61 -0,99 -0,39
Nota: Amostra = 90,4% do total de activos da Gestão de Patrimónios (Em Fevereiro de 2020)
24 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
delinear novas linhas de ação para poder continuar a apoiar os profissionais dos sectores que representa, promovendo a sua formação e dando cumprimento aos requisitos legais neste domínio. Como no passado, as formações da APFIPP suportar-se-ão na expertise dos profissionais mais credenciados para manter o nível de excelência das suas formações e corresponder às expetativas de todos os participantes e das respetivas entidades empregadoras.
FUNDOS DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO
FEVEREIRO 2020
Interfundos Square Asset Management GNB - SGFII Fundger Norfin BPI Gestão de Activos Santander Asset Management Montepio Valor SFS - Gestão de Fundos Silvip Fidelidade - SGOII, S.A. Libertas Gef Imofundos LYNX Asset Managers Fundiestamo Institutional Invest. - Partners GmbH Profile - SGFIM Fund Box - SGFII TF Turismo Fundos Violas Ferreira - SICAFI, SA Imopolis Atlantic Refundos Gesfimo Vila Gale Gest ECS - SGFII Crédito Agrícola Gest Imorendimento Fibeira Fundos Floresta Atlântica Invest Gestão de Activos Silar - SICAFI, SA Total
1.311,85 1.130,15 1.080,69 765,85 711,30 550,71 421,96 404,45 400,98 398,80 336,84 296,30 295,65 289,67 280,53 274,12 252,03 220,80 187,66 161,95 160,30 98,15 93,30 77,82 62,53 61,21 44,33 35,55 30,99 26,73 24,82 16,83 11,31 10.516,17
FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO
FEVEREIRO 2020
Caixa Gestão de Activos BPI Gestão de Activos IM Gestão de Ativos Santander Asset Management GNB - SGFIM Montepio Gestão de Activos Bankinter Gestão de Ativos Optimize Investment Partners Invest Gestão de Activos Popular Gestão de Activos Dunas Capital - Gestão de Activos Crédito Agrícola Gest LYNX Asset Managers Sixty Degrees - SGFIM GFM Capital - SICAF IAF Total
4.377,48 2.637,48 2.559,82 2.367,03 583,49 180,95 153,92 138,90 90,24 89,74 43,25 20,02 12,40 4,78 4,75 13.264,24
QUOTA (%) 12,47 10,75 10,28 7,28 6,76 5,24 4,01 3,85 3,81 3,79 3,20 2,82 2,81 2,75 2,67 2,61 2,40 2,10 1,78 1,54 1,52 0,93 0,89 0,74 0,59 0,58 0,42 0,34 0,29 0,25 0,24 0,16 0,11
QUOTA (%) 33,00 19,88 19,30 17,85 4,40 1,36 1,16 1,05 0,68 0,68 0,33 0,15 0,09 0,04 0,04
DEZEMBRO 2019 1.308,83 1.144,80 1.096,47 796,36 976,92 553,11 420,80 400,77 399,51 503,57 334,49 27,92 296,50 286,38 275,75 270,97 144,27 221,23 187,32 161,41 152,22 97,50 92,51 76,46 63,86 71,15 4,32 35,64 30,92 26,62 24,56 17,48 11,27 10.511,89
DEZEMBRO 2019 4.385,73 2.603,99 2.386,02 2.322,81 573,29 189,40 132,94 135,92 82,95 98,94 44,82 19,99 12,39 3,26 5,33 12.997,77
QUOTA (%)
VAR. (%) 2020
12,45 10,89 10,43 7,58 9,29 5,26 4,00 3,81 3,80 4,79 3,18 0,27 2,82 2,72 2,62 2,58 1,37 2,10 1,78 1,54 1,45 0,93 0,88 0,73 0,61 0,68 0,04 0,34 0,29 0,25 0,23 0,17 0,11
0,23 -1,28 -1,44 -3,83 -27,19 -0,43 0,28 0,92 0,37 -20,81 0,70 961,23 -0,29 1,15 1,73 1,16 74,69 -0,20 0,18 0,33 5,31 0,67 0,85 1,78 -2,08 -13,96 925,79 -0,24 0,20 0,38 1,07 -3,72 0,40 0,04
QUOTA (%)
VAR. (%) 2020
33,74 20,03 18,36 17,87 4,41 1,46 1,02 1,05 0,64 0,76 0,34 0,15 0,10 0,03 0,04
-0,19 1,29 7,28 1,90 1,78 -4,46 15,78 2,19 8,79 -9,30 -3,49 0,17 0,10 46,64 -10,91 2,05
P
AR
P
R
TNE R
AR
TNE
A OPINIÃO DE BEGOÑA GÓMEZ Responsável de Vendas, Portugal, Invesco
A APFIPP ENCONTRA-SE A DELINEAR NOVAS LINHAS DE AÇÃO PARA APOIAR OS PROFISSIONAIS DOS SECTORES QUE REPRESENTA, PROMOVENDO A SUA FORMAÇÃO
ENTRADAS E SAÍDAS DOS FUNDOS MOBILIÁRIOS Dados em milhões de euros 1500
1.500 1.250 1000
1.000 750 500
500 250 00
-250 -500 -500
-750 -1000 -1000
JAN-FEV 2019
DESDE INÍCIO DO ANO
IM Gestão de Ativos
212,491
212,491
643,226
Caixa Gestão de Activos
111,773
111,773
309,202
FUNDOS DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO POR GESTORA
-1.500 -1500
CAPTAÇÕES JANEIRO A FEVEREIRO
ÚLTIMOS 12 MESES
Santander Asset Management
87,534
87,534
448,242
BPI Gestão de Activos
77,688
77,688
-176,646
Bankinter Gestão de Ativos
24,389
24,389
39,327
GNB - SGFIM
19,051
19,051
173,700
Invest Gestão de Activos
36,492
10,496
10,496
Optimize Investment Partners
6,622
6,622
12,601
LYNX Asset Managers
0,178
0,178
-0,416
Crédito Agrícola Gest
0,000
0,000
0,000 5,000
GFM Capital - SICAF IAF
0,000
0,000
Dunas Capital - Gestão de Activos
-1,052
-1,052
-2,741
Montepio Gestão de Activos
-2,530
-2,530
39,078
Popular Gestão de Activos
-7,537
-7,537
-42,230
n.d.
n.d.
n.d.
539,103
539,103
1.484,835
JAN-FEV 2019
DESDE INÍCIO DO ANO
ÚLTIMOS 12 MESES
Sixty Degrees - SGFIM Total
FUNDOS DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO POR CATEGORIA DE FUNDO Fundos PPR
158,291
158,291
F. Multi-Activos Defensivos
147,897
147,897
489,915
Fundos de Obrigações Euro
309,846
454,792
103,328
103,328
Outros F. Acções Internacionais
53,981
53,981
239,118
Fundos Flexíveis
50,196
50,196
286,630
Fundos de Obrigações Internacional
30,448
30,448
26,129
F. Obrigações Taxa Indexada Euro
24,591
24,591
126,525
F. Multi-Activos Equilibrados
22,450
22,450
113,199
4,200
4,200
6,237
1,186
1,186
-0,008 -0,490
F. Acções da América do Norte Fundos de Acções Sectoriais FIA Flexíveis
0,173
0,173
FIA de Retorno Absoluto
0,000
0,000
-8,716
Outros FIA
-0,101
-0,101
-49,644
-0,109
-0,393
Fundos PPA
-1.250
A OPORTUNIDADE CHINESA
-0,109
FIA de Obrigações
-0,274
-0,274
F. Multi-Activos Agressivos
-2,034
-2,034
2,281
Fundos de Acções Ibéricas
-2,610
-2,610
-6,705
4,446
Fundos de Acções Nacionais
-4,547
-4,547
-18,513
F. Acções da U.E., Suíça e Noruega
-6,799
-6,799
-23,511
F. Mercado Monetário Euro
-13,736
-13,736
18,167
Fundos de Curto Prazo Euro
-27,428
-27,428
-323,555
FIA Multi-Activos
-1,645
FIA de Curto Prazo
-179,882
Outros Fundos Total
20,611 539,103
539,103
1.484,835
Apesar de a China ser o país que desencadeou a crise do coronavírus e o mais afetado num primeiro momento, o certo é que foi o primeiro que começou a sua recuperação gradual. Após a descida dos seus indicadores económicos em fevereiro, a atividade começou a recuperar à velocidade de cruzeiro, como já mostraram os últimos índices PMI industriais. Os investidores previram que o governo chinês levaria a cabo importantes medidas fiscais e monetárias para recuperar o ritmo de crescimento e cumprir o seu objetivo para 2020: duplicar o tamanho do PIB em 10 anos. Neste cenário, o mercado onshore de ações chinesas de classe A caiu menos de 5% em março, um número muito abaixo dos valores de outros mercados ocidentais. Além disso, conta com dois efeitos a favor: 1) A atividade industrial pode recuperar níveis próximos do seu nível normal no próximo trimestre, pelo menos na maior parte das regiões do país; 2) As valorizações continuam a ser atrativas: o PER do índice de referência, o CSI 300, ainda se situa 12 vezes abaixo da sua média histórica. E isso sem contar com o impacto da incorporação plena dos mercados nos índices MSCI nos próximos anos. Para ter exposição a este mercado, a Invesco lançou o fundo Invesco China A-Share Quality Core Equity Fund. MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 25
PANORAMA BARÓMETRO
FUNDOS COM SELO FUNDSPEOPLE EM 2020 FUNDO
SELO
RENTABILIDADE ANUAL 5 ANOS
DADOS A 29-2-20
3 ANOS
1 ANO
VOLAT. 3 ANOS
3,87
15,57
6,43
Alfred Lap Chung Mui; Steven Wong;
GESTOR
ASIA FIXED INCOME HSBC GIF Asia Bond AC
ABC
EMERGING MARKETS FIXED INCOME AS SICAV I Frntr Mkts Bd X Acc USD BNY Mellon Em Mkts Corp Dbt USD X Acc AS SICAV I EM Corp Bd X Acc USD Vontobel Emerging Mkts Dbt N USD N euberger Berman EM DbtHrdCcy USD I C Candriam SRI Bond Em Mkts R USD Acc M&G (Lux) Em Mkts Bd C EUR Acc Candriam Bds Em Mkts R USD Cap P IMCO GIS Em Mkts Bdd E USD Inc Nordea 1 - Emerging Market Bond BP EUR M FS Meridian Emerging Mkts Dbt A2 USD D PAM L Bonds Emerging Markets Sust E EUR Pictet-Short Term Em Corp Bds Z USD Capital Group EM Lcl Ccy Dbt(LUX) Z GS Em Mkts Dbt Base Acc USD Neuberger Berman Shrt DurEM DbtUSD I Acc Fidelity Em Mkt Lcl Ccy Dbt Y-Acc-USD JPM Emerg Mkts Corp Bd A (acc) USD Amundi Fds Em Mkts Bd C EUR C Pictet-Emerging Local Ccy Dbt Z USD JPM Emerg Mkts Lcl Ccy Dbt A (acc) EUR BNY Mellon EM Dbt Lcl Ccy USD X Acc GAM Multibond Local Emerging Bond USD C Muzinich EmergingMktsShrtDur HEUR Acc A AXAWF Em Mkts Sh Dur Bds E Cap EUR H Schroder ISF EM Dbt Abs Rt C Acc USD BGF Emerging Markets Lcl Ccy Bd A2
ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC
8,42 7,95 7,27 7,23 6,70 6,46 5,96 5,35 6,13 4,43 3,71 4,78 2,53 5,22 4,27 1,97 4,40 4,91 1,89 0,92 1,49 1,84 1,90 1,46 2,08 1,38
6,86 6,14 5,40 5,03 4,93 4,71 4,50 4,07 3,72 3,67 3,18 3,08 2,90 2,82 2,74 2,70 2,55 2,47 2,31 1,75 1,68 1,68 1,60 0,97 0,61 -0,13 -0,14
17,45 17,77 15,87 12,49 13,35 15,69 12,93 11,69 14,11 11,89 12,91 7,00 9,37 9,64 12,19 9,47 6,93 12,06 9,21 5,98 6,97 6,03 4,58 2,66 2,60 4,08 5,96
6,25 6,02 5,95 6,28 6,11 5,56 5,61 6,34 6,11 6,29 5,92 5,40 5,78 7,27 6,54 5,71 6,83 5,91 5,95 7,45 7,22 8,66 7,48 1,68 2,55 4,41 8,44
— Colm McDonagh; Rodica Glavan; — Luc D’hooge; Wouter Van Overfelt; Rob Drijkoningen; Gorky Urquieta; Bart van der Made; Mike Reyes; Diliana Deltcheva; Marie-Bénédicte Guignan; Christopher Mey; Claudia Calich Helena Clijsters; Magda Branet; Diliana Deltcheva; Christopher Mey; Michael A. Gomez; Javier Romo; Pramol Dhawan; David Bessey; Cathy L. Hepworth; Matthew W. Ryan; Ward Brown; Neeraj Arora; HUGO VERDIERE; Michaël Vander Elst; Luke Chua; Alain Nsiona Defise; Robert H. Neithart; Kirstie Spence; Angus Bell Bart van der Made; Nish Popat; Jennifer Gorgoll; Eric Yung Wong; Steve Ellis; Marton Huebler; Scott D. McKee; Pierre-Yves Bareau; Yerlan Syzdykov; Ray Jian; Mary-Therese Barton; Alper Gocer; Didier Lambert; Pierre-Yves Bareau; Diana Kiluta Amoa; — Paul McNamara Warren Hyland Sailesh Lad; Mikhail Volodchenko; Abdallah Guezour Sergio Trigo Paz; Michal Wozniak; Laurent Develay;
EUROPE FIXED INCOME N B Euro Bond NB Obrigações Europa FIMAO BlueBay Inv Grd Euro Govt Bd I EUR Acc S chroder ISF EURO Crdt Convct C Acc EUR GAM Star Credit Opps (EUR) Instl EUR Acc JPM EU Government Bond A (acc) EUR PIMCO GIS Euro Bond Instl EUR Acc Schroder ISF EURO Corp Bd C Acc EUR Vanguard Euro Govt Bd Idx Ins EUR Acc Candriam Bds Euro High Yld R EUR Cap Optimize Obrigações FIMAO Nordea 1 - European High Yld Bd BI EUR BNP Paribas Euro Government Bd Privl C Invesco Euro Bond E EUR Acc Schroder ISF EURO Bond C Acc EUR T. Rowe Price Euro Corp Bd Z EUR Capital Group Euro Bond (LUX) Z Muzinich Europeyield HEUR Acc A Caixagest Oportunidades FIAMA M S INVF Euro Bond I BGF Euro Bond A2 M S INVF Euro Corporate Bond I Nordea 1 - European Covered Bond BP EUR BNY Mellon Euroland Bond EUR W Acc Invesco Euro Corporate Bond A EUR Acc BNY Mellon European Credit EUR C Acc Amundi Fds Euro Aggt Bd F2 EUR C NN (L) Euro Fixed Income P Cap EUR J anus Henderson Hrzn Euro Corp Bd A2 EUR M S INVF European HY Bd I BGF Euro Corporate Bond A2 EUR ODDO BHF Euro High Yield Bond CI-EUR Vontobel EUR Corp Bd Mid Yld C EUR M&G (Lux) Euro Corp Bd CI EUR Acc Amundi Fds Euro Corp Bd A EUR C AB European Income C2 Acc Franklin European Ttl Ret A(acc)EUR PIMCO GIS Euro Income Bond E EUR Acc EdRF Bond Allocation A EUR Acc Carmignac Pf Uncons Euro FI A EUR Acc Evli Short Corporate Bond B IMGA Rendimento Mais FIMA Pictet-EUR Short Term Corp Bds Z ODDO BHF Euro Credit Short Dur DP-EUR
ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC
4,66 4,58 3,88 4,13 4,54 2,32 2,63 3,40 2,23 4,02 2,32 4,34 2,09 2,20 2,24 2,91 2,35 3,96 2,50 2,23 1,96 2,53 2,37 1,40 1,44 2,22 0,86 1,46 1,67 3,30 2,16 3,06 1,64 1,89 1,45 1,62 1,24 2,06 2,14 0,06 1,37 0,81 0,84 1,07
9,51 9,07 5,16 4,19 3,92 3,86 3,76 3,67 3,52 3,51 3,44 3,43 3,43 3,42 3,41 3,38 3,33 3,28 3,14 2,97 2,93 2,86 2,81 2,67 2,64 2,61 2,61 2,55 2,54 2,52 2,40 2,37 2,35 2,30 2,23 2,03 1,87 1,53 1,21 1,09 0,98 0,72 0,65 0,51
15,57 13,05 10,36 8,03 8,32 9,42 7,18 7,57 8,47 4,87 7,09 3,90 8,43 8,29 8,08 6,55 7,78 5,13 3,60 7,30 6,93 6,03 5,86 6,02 6,45 5,62 6,76 7,52 5,07 4,34 4,68 3,19 6,62 4,14 4,98 4,22 6,98 2,47 1,11 4,91 2,25 1,56 1,05 0,35
5,98 6,33 3,56 2,83 5,47 3,69 2,83 2,51 3,33 3,13 2,49 3,64 3,41 2,70 3,09 2,19 2,90 3,15 1,81 2,69 2,68 2,66 2,00 3,10 2,54 2,07 2,87 3,02 2,02 3,61 2,15 2,95 2,59 2,08 2,44 2,80 2,81 2,03 2,60 2,07 1,08 1,73 0,80 1,26
Vasco Teles Vasco Teles Mark Dowding; Kaspar Hense; Patrick Vogel — Séamus Mac Góráin Andrew Bosomworth; Andrew Thomas Balls; Lorenzo Pagani; Patrick Vogel — Philippe Noyard; Patrick Zeenni; Nicolas Jullien; Pedro Oliveira Lino; Carlos Pinto; Sandro Naef; Torben Skødeberg; Laust Johnsen; Claude Guérin; Patrick Caillieux; Luke Greenwood; Lyndon Man; Bob Jolly; Paul Grainger; David X Stanley Thomas H. Høgh Thomas Samson — Richard Ford; Leon Grenyer; Richard Class; Michael Krautzberger; Ronald van Loon; Richard Ford; Leon Grenyer; Dipen Patel; Henrik Stille — Paul Read; Julien Eberhardt; Lucy Speake Marie-Anne Allier; Isabelle Vic-Philippe; Sylvain De Ruijter; Hans van Zwol; Jaco Rouw; Thomas Ross; Tim Winstone; Leon Grenyer; Sarah Harrison; Tom Mondelaers; Jozef Prokes; Alexis Renault; Frauke Wolkewitz; Mondher Bettaieb; Claudia Wyss; Stefan Isaacs Hervé Boiral; Alexandra Van Gyseghem; Scott A. DiMaggio; Jorgen Kjaersgaard; John Taylor; John W. Beck; David Zahn; Sonal Desai; Ketish Pothalingam; Eve Lagrellette Tournier; Alfred T. Murata; Julien Tisserand; Nicolas Leprince; Carlos Andres Galvis; Julien Chéron; Juhamatti Pukka Duarte José; Ana Aguiar; Frédéric Salmon; Mathieu Magnin; Justine Vroman; Alexis Renault; Haiyan Ding;
26 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
FUNDOS COM SELO FUNDSPEOPLE EM 2020 FUNDO
RENTABILIDADE ANUAL
SELO
5 ANOS
DWS Invest Short Duration Credit FC IMGA Rendimento Semestral FIMA BPI GIF High Income Bond I F idelity Euro Short Term Bond A-Acc-EUR IMGA CA Rendimento FIMAO GS Euro Short Dur Bd Plus I Acc EUR Caixagest Obrigações FIMAO B NP Paribas Euro Medium Term Bd C C Carmignac Pf Sécurité A EUR Ydis Allianz Advcd Fxd Inc S/D A EUR B NP Paribas Enhanced Bond 6M I C IMGA Euro Taxa Variável FIMA Pictet-EUR Short Mid-Term Bonds I BPI Obrigações Mundiais FIAO DWS Invest ESG Euro Bonds (Short) FC MS INVF Short Maturity Euro Bond I AXAIMFIIS Europe Short Dur HY E Cap EUR Caixagest Obrig Mais FIMAO DWS Floating Rate Notes LC Candriam Bds Euro Short Term C EUR Cap Invesco Euro Short Term Bond E EUR Acc B PI Reforma Obrigações PPR/OICVM FIAO Allianz Floating Rate Notes+ IT EUR B GF Euro Short Duration Bond A2 EUR Allianz Enhanced Shrt Trm Euro AT EUR UBAM Dynamic Euro Bond AC EUR AXAWF Euro Credit Short Dur E Cap EUR
ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC
0,65 0,46 2,90 0,36 0,69 0,66 0,50 0,17 0,09 0,21 0,09 0,06 1,61 0,24 0,05 1,04 0,14 0,05 0,04 -0,08 -0,06 -0,11 -0,27 -0,36 -0,48
FIXED INCOME MISCELLANEOUS P IMCO GIS Capital Scs Instl USD Acc Santander Latin American Corp Bd A
ABC ABC
6,33 4,76
DADOS A 29-2-20 VOLAT. 3 ANOS
GESTOR
3 ANOS
1 ANO
0,40 0,39 0,38 0,32 0,23 0,22 0,19 0,18 0,09 0,09 0,09 0,08 0,03 0,03 0,02 0,00 -0,02 -0,04 -0,11 -0,11 -0,15 -0,20 -0,24 -0,29 -0,30 -0,42 -0,65
1,25 1,40 4,02 1,30 1,21 1,05 0,94 1,14 3,17 0,49 0,67 1,03 0,39 2,67 0,57 0,45 1,18 0,79 0,41 0,23 0,71 1,06 -0,16 0,00 -0,34 -0,29 0,15
1,20 1,27 4,66 1,46 1,33 0,77 0,89 1,07 1,60 0,66 1,21 1,05 0,76 3,25 1,27 0,93 2,07 2,13 0,46 0,52 0,85 1,53 0,19 0,66 0,17 0,41 0,70
Oliver Krenn; Karsten Rosenkilde; Aitor Zubeldia; Ana Aguiar; Duarte Rodrigues Rick Patel; Ario Emami Nejad; Rosie McMellin; Duarte José; Ana Aguiar; — — Eric Plantier; Arnaud-Guilhem Lamy; Marie-Anne Allier; Keith Ney; Maxence-Louis Mormede; Ralf Jülichmanns; Eric Plantier; Fadi Berbari; Aitor Zubeldia; Ana Aguiar; Frédéric Salmon; Mathieu Magnin; Justine Vroman; Duarte Rodrigues Andrea Ueberschär; Claus Meyer-Cording; Richard Ford; Leon Grenyer; Richard Class; James Gledhill; Yves Berger; — Christian Reiter; Torsten Haas; Philippe Dehoux; Nicolas Forest; HUGO VERDIERE; Luke Greenwood; Lyndon Man; Duarte Rodrigues Vincent Tarantino; Ali Ozenici; Michael Krautzberger; Christopher Allen; Jozef Prokes; Klaus Kusber; Lars Dahlhoff; Christel Rendu de Lint Anne Velot; Thomas Coudert; Boutaina Deixonne;
15,68 10,08
5,83 6,64
Philippe Bodereau; Matthieu Loriferne; Michael Bogecho; Alfredo Mordezki
5,48 2,66
IDEIAS FOCADAS RESULTADOS SÓLIDOS A AllianceBernstein caracteriza-se por uma análise rigorosa que gera perceções claras e distintas. Perceções focadas que dão origem a estratégias de investimento e decisões mais firmes. Perceções que podem oferecer resultados sólidos aos nossos clientes. Obtenha mais informações sobre a forma como as nossas perceções focadas podem oferecer resultados sólidos ao investidor. AllianceBernstein.com AB Iberia +34 639 153 380
O valor de um investimento poderá sofrer oscilações positivas ou negativas, e o histórico de rentabilidade não constitui qualquer indicador ou garantia dos resultados futuros. Esta informação é divulgada com fins meramente comerciais pela AllianceBernstein Limited, 50 Berkeley Street, London W1J 8HA, matriculada em Inglaterra com o número 2551144. A AllianceBernstein Limited é autorizada e regulamentada no Reino Unido pela Autoridade de Conduta Financeira (FCA). O logo [A/B] é uma marca de serviço registada da AllianceBernstein, e AllianceBernstein é uma marca de serviço registada utilizada com a autorização do proprietário, AllianceBernstein L. P. © 2019 AllianceBernstein IC2019568
PANORAMA BARÓMETRO
FUNDOS COM SELO FUNDSPEOPLE EM 2020 FUNDO
RENTABILIDADE ANUAL
SELO
DADOS A 29-2-20
5 ANOS
3 ANOS
1 ANO
VOLAT. 3 ANOS
3,50 0,13
1,75 0,09
7,06 0,84
5,98 1,04
GESTOR
AM Star MBS Total Return USD Acc G S antander Multicrédito CA FIMAO
ABC ABC
GLOBAL FIXED INCOME S chroder ISF Glbl Mlt Crdt C Acc USD PIMCO GIS Divers Inc Instl USD Acc T. Rowe Price Glb High Inc Bd I USD MS INVF Global Fixed Income Opps Z Jupiter Dynamic Bond D USD Acc HSC T. Rowe Price Glb HY Bd Z USD M&G (Lux) Glb HY Bd C USD Acc P IMCO GIS Glb Bd Instl USD Acc T. Rowe Price Divers Inc Bd I USD U BAM Global High Yield Solution AC USD FvS Bond Opportunities RT PIMCO GIS GlInGd Crdt Instl EURH Acc Amundi Fds Glbl Aggt Bd G USD C GS Global Sovereign Bd I Acc EUR-Prtly H Candriam Bds Global Hi Yld R EUR Cap S chroder ISF Glbl Hi Yld C Acc USD BNY Mellon Glb ShrtDtd HY Bd USD W Acc Schroder ISF Strat Crdt C Dis SV GS Glbl Hi Yld Base Inc USD Vontobel TwentyFour StratInc AMH Hdg EUR E urizon Bond High Yield Z EUR Acc Carmignac Pf Uncons Glb Bd A EUR Acc PIMCO GIS Income Instl EURH Acc BGF Fixed Income Global Opps A2 U BS(Lux) BS Glb Infl Lnkd$ EURH P-acc Nordea 1 - Flexible Fixed Income BP EUR JPM Global Strat Bd A perf (acc) USD Muzinich Enhancedyield S-T HEUR Acc R Muzinich Global Tact Crdt HEUR Acc R AXAWF Global Strategic Bds E Cap EUR H M&G (Lux) Glb Fl Rt HY C H EUR Acc Templeton Global Bond W(Mdis)USD UBAM Abs Ret Low Vol Fxd Inc APC EUR PIMCO GIS Dynamic Bd E EUR H Acc JPM Global Short Duration Bd A(acc)EURH Templeton Global Ttl Ret A(acc)USD
ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC
5,31 16,71 5,92 Patrick Vogel; Julien Houdain; 6,29 5,24 14,87 5,94 Daniel J. Ivascyn; Eve Lagrellette Tournier; Alfred T. Murata; Sonali Pier; 4,71 11,93 6,03 Mark J. Vaselkiv; Michael Della Vedova; 4,50 4,62 12,12 5,32 Christian G. Roth; Michael B. Kushma; Richard Ford; James Caron; 5,06 4,29 15,94 7,04 Ariel Bezalel 5,98 4,14 12,10 6,38 Mark J. Vaselkiv; Michael Della Vedova; 5,83 4,03 11,52 6,56 Stefan Isaacs; James Tomlins; 4,58 3,93 13,08 6,28 Andrew Thomas Balls; Lorenzo Pagani; Sachin Gupta; 3,91 11,28 5,37 Kenneth A. Orchard 5,34 3,85 8,91 6,21 Christel Rendu de Lint 4,24 3,77 9,24 2,85 Frank Lipowski 3,10 3,51 9,07 2,68 Mark R. Kiesel; Jelle Brons; Mohit Mittal; 2,79 3,44 12,88 6,08 Laurent Crosnier; Myles Bradshaw; 3,43 9,47 3,19 — 3,71 3,19 5,30 3,28 Philippe Noyard; Patrick Zeenni; Nicolas Jullien; Thomas Joret; 5,21 3,13 10,60 6,43 Martha Metcalf 3,03 6,98 5,90 Ulrich Gerhard; Cathy Braganza; 0,22 2,76 4,87 6,95 Peter Harvey 3,63 2,64 10,05 6,54 — 2,52 5,63 2,49 Gary Kirk; Eoin Walsh; Felipe Villarroel; Mark Holman; Pierre Beniguel; 3,34 2,45 4,99 3,46 Raffaella Tommaselli; Elena Musumeci; 2,40 2,26 11,61 3,80 Charles Zerah 3,09 2,05 2,92 2,14 Daniel J. Ivascyn; Joshua Anderson; Alfred T. Murata; 2,66 2,00 9,93 5,48 Rick Rieder; Bob Miller; Aidan Doyle; 1,03 1,80 5,78 1,97 Kevin Ziyi Zhao; Jerry Jones; Alexander Wise; 0,98 1,42 2,25 1,80 Karsten Bierre 2,37 1,19 7,90 5,92 Robert Michele; Iain T. Stealey; 1,31 1,02 2,40 1,48 Tatjana Greil-Castro 0,93 5,02 2,34 Michael L. McEachern 0,81 0,91 4,68 1,76 Nick Hayes; Nicolas Trindade; 1,97 0,83 1,34 2,38 James Tomlins 0,78 -0,20 0,65 7,79 Michael J. Hasenstab; Calvin Ho; -0,17 -0,36 -0,05 0,54 Christel Rendu de Lint -0,31 -0,52 -0,77 1,37 Marc P. Seidner; Daniel J. Ivascyn; Mohsen Fahmi; -0,50 -0,57 0,54 0,63 Myles Bradshaw; Iain T. Stealey; Linda Raggi; 0,45 -1,35 -1,49 8,51 Michael J. Hasenstab; Calvin Ho;
STERLING FIXED INCOME Threadneedle SterlingCorpBd Ins Inc
ABC
US FIXED INCOME Capital Group US Corp Bd (LUX) Z N N (L) US Credit P Cap USD M S INVF US Dollar High Yield Bond Z JPM Income A (acc) USD M S INVF US Dollar Short Dur HY Bd Z Fidelity US Dollar Bond A-Dis-USD AB American Income A Inc T. Rowe Price US Aggr Bd Jd USD L egg Mason WA US Core+ Bd A USD Acc PIMCO GIS Ttl Ret Bd Inv USD Acc AB Mortgage Income AX Inc JPM US Aggregate Bond A (dist) USD Wells Fargo (Lux) WF US HY Bd I USD Acc Amundi Fds Pioneer US Bd A2 USD C Fidelity US High Yield A-Dis-USD PIMCO GIS US Hi Yld Bd E USD Acc GS US Mortgg Bckd Secs I Acc USD Franklin Strategic Income I(acc)USD GS US Dollar Short Dur Bond I Acc USD Muzinich ShortDurationHY HUSD Acc R Pictet-USD Short Mid-Term Bonds I AXAIMFIIS US Corp Itmt Bds E EUR Cap H B GF US Dollar Short Duration Bd A2 USD UBAM Dynamic US Dollar Bond AC USD Muzinich Americayield HEUR Acc R J PM US Short Duration Bond D (acc) USD Franklin US Low Duration A(Mdis)USD AXAWF US High Yield Bonds E Cap EUR H PIMCO GIS Low Avrg Dur E USD Inc AXAIMFIIS US Short Dur HY E Cap EUR H Santander Go Short Duration Dollar A JPM Income Opp A perf (acc) EURH
ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC
5,83 5,38 19,63 6,70 David S. Lee; Scott Sykes; Karen Choi; 5,26 5,34 20,14 6,64 Anil Katarya; Travis King; 6,85 4,48 12,11 6,41 Richard J. Lindquist; Jack Cimarosa; 5,01 4,38 12,02 5,99 J. Andrew Norelli; Andrew Headley; 6,14 4,29 9,37 6,13 Richard J. Lindquist; Jack Cimarosa; 4,10 4,28 17,35 7,05 Rick Patel; Ario Emami Nejad; Rosie McMellin; 4,50 4,04 14,76 6,08 Paul J. DeNoon; Douglas J. Peebles; Matthew S. Sheridan; 4,11 4,04 15,76 6,67 Brian J. Brennan 3,85 3,90 15,97 6,17 — 3,74 3,50 15,01 6,61 Scott A. Mather; Mark R. Kiesel; Mihir P. Worah; 4,47 3,48 9,59 5,98 Michael S. Canter; Janaki Rao; 3,48 3,27 14,83 6,87 Richard D. Figuly; Barbara E. Miller; Justin Rucker; 5,17 3,05 8,84 6,32 Philip Susser; Niklas Nordenfelt; 3,46 2,90 13,19 6,35 Kenneth J. Taubes; Timothy D. Rowe; Bradley Komenda; 4,65 2,81 7,93 6,74 Harley Lank; Alexandre Karam; 4,64 2,64 8,73 6,50 Andrew Jessop; Hozef Arif; 2,40 11,66 6,37 — 2,88 2,15 9,64 5,98 David Yuen; Patricia O'Connor; Sonal Desai; William Chong; 1,45 8,68 6,17 — 2,77 1,40 6,03 5,94 David A. Bowen 2,09 1,06 8,11 6,12 Frédéric Salmon; Mathieu Magnin; Justine Vroman; 0,65 1,05 6,34 2,38 Frank Olszewski; Steven Nelson; 2,09 1,02 7,93 6,03 Thomas F. Musmanno; Scott MacLellan; 1,96 0,96 6,45 5,98 Christel Rendu de Lint; Philippe Gräub; 1,27 0,74 1,87 3,82 Clinton J. Comeaux 1,54 0,61 7,95 6,18 Cary J. Fitzgerald; Toby Maczka; 1,68 0,40 6,68 5,99 David Yuen; Kent Burns; Sonal Desai; Tina Chou; 1,10 0,38 1,14 3,81 Carl Whitbeck; Michael P. Graham; 1,30 0,38 7,70 6,00 Scott A. Mather; Jerome M. Schneider; 0,23 -0,10 0,01 1,88 Carl Whitbeck; Peter V. Vecchio; 0,78 -0,23 5,73 6,06 — -0,01 -1,01 -1,04 1,45 William H. Eigen; Jeffrey Wheeler;
28 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
1,20
4,22
9,31
5,98
Tom J. Mansley Carmen Borondo
Alasdair Ross
PANORAMA BARÓMETRO
FUNDOS COM SELO FUNDSPEOPLE EM 2020 FUNDO
RENTABILIDADE ANUAL
SELO
DADOS A 29-2-20
5 ANOS
3 ANOS
1 ANO
VOLAT. 3 ANOS
GESTOR
AFRICA EQUITY Franklin MENA I(acc)USD
ABC
0,50
5,10
2,31
9,93
Bassel Khatoun; Salah Shamma;
ASIA EQUITY J PM Pacific Equity A (dist) USD
ABC
8,46
8,52
11,56
11,93
Aisa Ogoshi; Robert Lloyd;
ASIA EX-JAPAN EQUITY MS INVF Asia Opportunity A M irae Asset Asia Great Consumer Eq I USD T. Rowe Price Asian Opp Eq I USD Fidelity Asia Pacific Opps A-Acc-EUR Schroder ISF Asian Opports C Acc USD GS Asia Equity R Acc USD Fidelity Asia Focus A-Dis-USD Threadneedle Asia Ins Acc GBP Fidelity Emerging Asia A-Acc-USD JPM Asia Pacific Equity A (acc) USD UBS (Lux) ES As Smlr Coms (USD) P-acc S chroder ISF Asian Ttl Ret C Acc USD AS SICAV I Asia Pac Eq X Acc USD AS SICAV I Asn Smllr Coms X Acc USD Templeton Asian Growth A(Ydis)USD
ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC
6,03 8,10 9,64 7,91 6,95 6,26 5,42 4,55 4,82 5,60 5,66 2,99 0,55 0,51
16,84 13,06 12,28 12,96 14,11 13,43 12,53 13,44 11,84 12,71 12,41 11,29 11,21 9,84 13,31
Kristian Heugh; Krace Zhou; Joohee An; Sol Ahn; Eric C. Moffett Anthony Srom Toby Hudson — Dhananjay Phadnis Soo Nam Ng; George Gosden; Teera Chanpongsang Mark Davids; Oliver R. Cox; Alice Wong; Raymond M. Wong; Projit Chatterjee; Shou-Pin Choo; King Fuei Lee; Robin Parbrook; — — Sukumar Rajah; Eric Mok;
CONSUMER GOODS & SERVICES SECTOR EQUITY P ictet-Premium Brands I EUR Fidelity Global Cnsmr Inds A-Dis-EUR
ABC ABC
2,75 6,39
8,10 7,66
7,17 8,34
12,71 11,61
EQUITY MISCELLANEOUS P ictet-Water I EUR Pictet-Nutrition I EUR
ABC ABC
7,87 2,43
7,15 4,28
12,07 3,33
12,00 10,16
Hans Peter Portner; Philippe Rohner; Louis Veilleux; Cédric Lecamp; Gertjan Van der Geer; Alice De Lamaze; Mayssa Al Midani;
EUROPE EMERGING MARKETS EQUITY S chroder ISF Emerging Europe C Acc EUR Amundi Fds Russian Equity A EUR C
ABC ABC
8,83 13,06
7,51 7,32
7,31 16,37
15,37 17,06
Mohsin Memon; Rollo Roscow; Andrea Salvatori; Marcin Fiejka;
EUROPE EQUITY LARGE CAP F idelity FAST Europe A-ACC-EUR Fidelity European Dynamic Gr A-Dis-EUR Jupiter European Growth L EUR Acc AXAWF Fram Switzerland A Cap EUR MFS Meridian European Value A1 EUR BGF Continental Eurp Flex E2 EUR Threadneedle European Sel Ins Acc GBP BGF European Special Situations A2 BSF European Opps Extension A2 EUR Threadneedle European Ins Acc GBP Allianz Europe Equity Growth W EUR MFS Meridian European Core Eq A1 EUR JPM Europe Strategic Growth A (dist) EUR M FS Meridian European Smlr Coms A1 EUR M FS Meridian European Research A1 EUR Candriam SRI Equity EMU R EUR Acc BNP Paribas Eur MulFtr Eq I EUR C Eleva UCITS Eleva Eurp Sel I EUR acc Allianz Euroland Equity Growth AT EUR Pictet-European Sustainable Eqs I EUR Fidelity Germany A-Dis-EUR M &G (Lux) Pan European Select C EUR Acc Lazard Dividendes Min VaR C F idelity Iberia A-Dis-EUR CS (Lux) European Div Plus Eq EB EUR Amundi IS MSCI EMU AE-C Pictet-Europe Index P EUR Fidelity Euro Blue Chip A-Dis-EUR Schroder ISF EURO Equity C Acc EUR Amundi Fds Eurp Equity Cnsv G EUR C AB Eurozone Eq Ptf CX Acc JPM Euroland Equity A (dist) EUR GS Europe CORE® Equity Base Acc EUR D WS Invest II Eurp Top Div XC J PM Europe Equity A (dist) EUR BGF Euro-Markets A2 Fidelity European Growth A-Dis-EUR UBS (Lux) ES Euro Countrs Inc€ P-acc F idelity European Lgr Coms A-Dis-EUR GAM Star Continental Eurp Eq Ord USD Acc AB European Eq Ptf C Acc Amundi Fds Euroland Equity C EUR C Invesco Pan Eur StructEq E EUR Acc J anus Henderson Hrzn Euroland A2 EUR
ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC
5,57 9,48 7,31 7,09 5,48 5,31 4,29 5,19 9,19 3,37 5,10 4,59 5,51 5,73 3,63 4,04 3,98 2,86 3,42 3,21 2,61 2,22 1,99 2,24 1,57 0,29 2,38 1,92 3,29 1,86 3,18 1,85 1,40 2,20 1,48 0,93 1,38 2,50 1,79 0,48 0,39 1,46
24,90 19,51 12,44 14,84 9,69 12,79 11,49 12,48 8,24 9,73 12,62 5,92 8,19 7,49 7,71 7,94 1,15 3,37 10,57 6,04 5,68 1,30 3,37 4,44 6,28 3,05 2,88 4,24 4,45 4,82 -0,41 -0,46 0,33 1,29 0,00 5,37 0,38 -4,25 -0,01 6,80 -0,99 0,00 0,19 0,91
11,48 11,79 12,23 11,28 9,81 13,35 12,28 12,72 12,90 12,26 14,20 10,48 11,99 11,48 10,24 12,73 11,55 12,55 13,92 10,62 13,26 12,45 8,96 11,05 10,35 13,27 11,44 12,98 13,50 9,55 12,49 12,85 12,36 10,15 11,86 12,61 12,74 9,94 12,76 13,16 13,08 13,41 10,87 13,08
Fabio Riccelli Fabio Riccelli; Karoline Rosenberg; Mark Heslop; Mark Nichols; Guillaume Robiolle; Hervé Mangin; Florence Taj; Gabrielle G. Gourgey; Benjamin Tingling; Alister M. Hibbert; Giles Rothbarth; Dave Dudding; Benjamin Moore; Michael Constantis David Tovey; Christopher Sykes; Paul Doyle; Frederic Jeanmaire; Thorsten Winkelmann; Robert Hofmann; Gabrielle G. Gourgey; Roger M. Morley; Benjamin Tingling; Michael Barakos; Ben Stapley; Peter F. Fruzzetti; Sandeep Mehta; Gabrielle G. Gourgey Laurent Milliat Laurent Lagarde; Henri Fournier; Eric Bendahan Andreas Hildebrand; Marcus Morris-Eyton; Laurent Nguyen Christian Von Engelbrechten John William Olsen Scander Bentchikou Fabio Riccelli; Karoline Rosenberg; Mac Elatab; Nicola Nolè; Felix Maag; Lionel Brafman Roland Riat; Jean−Michel Piuz; Alexandra Hartmann; Karoline Rosenberg; Fred Sykes; Stephen Barnett; Martin Skanberg Melchior Dechelette; Olivier Avertin; Tawhid Ali; Andrew Birse; Richard Webb; Stephen Macklow-Smith; Philippa Clough; — Stephan Werner; Marc Althaus; Alexander Fitzalan Howard; Stephen Macklow-Smith; Philippa Clough; Andreas Zoellinger; Tom Joy; Matt Siddle; Helen Powell; Ian Paczek; Patrick Zimmermann; Urs Räbsamen; Matt Siddle; Helen Powell; Niall Gallagher Tawhid Ali; Andrew Birse; Fabio Di Giansante; Lorenzo Angelini; Michael Fraikin; Thorsten Paarmann; Nick Sheridan
30 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
20,38 13,27 10,28 9,54 9,04 8,42 8,40 7,55 6,96 6,43 5,64 5,60 5,19 1,95 1,49
12,98 12,72 10,88 7,99 7,67 7,30 7,15 6,99 6,77 6,36 6,31 6,24 6,16 6,13 5,81 5,44 5,04 4,75 4,71 4,54 4,40 3,98 3,98 3,83 3,37 3,34 2,98 2,54 2,47 2,40 2,34 2,13 2,10 2,08 2,03 1,95 1,95 1,93 1,90 1,80 0,99 0,86 0,65 0,16
24,65 17,86 10,30 8,83 6,32 7,50 6,60 8,47 3,32 5,70 11,60 4,06 6,79 2,73 6,83
Caroline Reyl; Laurent Belloni; Aneta Wynimko
TRABALHAMOS JUNTOS, PARA DAR-LHES O MELHOR. Ideias diferentes, um único objetivo. Na Legg Mason reunimos nove gestores especializados e independentes, cada um com as suas próprias ideias e convicções. Tudo isto para oferecer-lhe um vasto leque de estratégias e instrumentos que o ajudem a diversificar os seus investimentos, a obter os resultados que deseja e a realizar, deste modo, os seus objetivos financeiros.
Thinking Independently, Together. Poderá saber mais sobre os nossos gestores em www.leggmason.com/pt-pt
Capital de risco.
A presente promoção financeira é emitida pela Legg Mason Investments (Ireland) Limited, com sede legal em 6th Floor, Building Three, Number One Ballsbridge, 126 Pembroke Road, Ballsbridge, Dublin 4, D04 EP27, Irlanda. Registada na Irlanda e inscrita no registo das empresas sob o n.º 271887. Autorizada e regulamentada pelo Banco Central da Irlanda.
PANORAMA BARÓMETRO
FUNDOS COM SELO FUNDSPEOPLE EM 2020 FUNDO
RENTABILIDADE ANUAL
SELO
DADOS A 29-2-20
5 ANOS
3 ANOS
1 ANO
VOLAT. 3 ANOS
0,24 -0,06 -0,02 -0,50 1,69 -1,56 0,48 -2,14 -0,92
0,11 -0,07 -0,20 -0,32 -0,51 -0,56 -0,61 -1,58 -2,41
-0,71 -2,57 -2,16 -6,01 -2,28 -2,97 -5,92 -6,45 -8,23
12,21 12,02 13,84 11,49 12,97 11,12 13,23 13,90 13,43
Leticia Santaolalla Michael Barakos; Nicholas Horne; Ben Stapley; Andreas Wosol; Roberto Campani; Jörg de Vries-Hippen; Gregor Rudolph-Dengel; Dylan Ball; Peter M. Moeschter; Michael Barakos; Ian Butler; Thomas Buckingham; Richard Halle John Surplice; Martin Walker; Michael Barakos; Ian Butler; Thomas Buckingham;
GESTOR
antander Acções Europa CA FIMA S JPM Europe Equity Plus D perf (acc) EUR Amundi Fds European Eq Val A USD C Allianz European Equity Div AT EUR Templeton Euroland W (Acc) EUR JPM Europe Strategic Dividend D (acc)EUR M&G (Lux) Eurp Strat Val CI EUR Acc Invesco Pan European Equity A EUR Acc JPM Europe Strategic Value A (dist) EUR
ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC
EUROPE EQUITY MID/SMALL CAP E chiquier Agenor SRI Mid Cap Europe A Threadneedle (Lux) Pan Eurp SmCpOpps ZE BNP Paribas Europe Small Cap I C Oddo BHF Avenir Europe CR-EUR T. Rowe Price Eurp Smlr Cm Eq I EUR Fidelity European Smlr Coms A-Dis-EUR Janus Henderson Hrzn PanEurpSmrComs A2€
ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC
10,27 8,43 5,89 7,14 7,04 6,00 5,11
11,19 9,03 6,86 6,53 5,17 4,47 2,26
14,26 11,60 4,98 8,35 1,74 3,73 3,19
11,70 12,95 12,24 12,20 12,94 13,34 16,72
Stéphanie Bobtcheff; José Berros; Guillaume Puech; Philip Dicken; Mine Tezgul; Damien Kohler; Fiona Wills; Pascal Riegis; Sébastien Maillard; Grégory Deschamps; Frédéric Doussard; Ben Griffiths Joseph George Edwards; James Maun; Ollie Beckett; Rory Stokes;
FINANCIALS SECTOR EQUITY P olar Capital Global Ins I EUR Acc F idelity Global Financial Svcs A-Dis-EUR
ABC ABC
9,84 4,25
7,06 2,40
10,01 4,55
10,65 12,41
Nick Martin Sotiris Boutsis
GLOBAL EMERGING MARKETS EQUITY GS BRICs Eq E Acc EUR Fidelity Emerging Mkts Foc I-Acc-USD N ordea 1 - Emerging Mkts Foc Eq BP EUR JPM Emerging Markets Equity D (acc) USD Vontobel mtx Sust EmMkts Ldrs B USD H ermes Global Emerging Mkts R EUR Acc Capital Group New World (LUX) Z T. Rowe Price EM Eq I USD BMO Responsible Glb Em Mkts Eq A Inc USD Candriam SRI Equity Em Mkts R EUR Acc Fidelity Em Mkts A-DIST-USD Wells Fargo (Lux) WF EM Eq I EUR Acc Schroder ISF Em Mkts C Acc USD BGF Emerging Markets Eq Inc A2 USD Templeton Emerging Markets A(Ydis)USD MFS Meridian Emerging Mkts Eq I1 EUR JPM Em Mkts Small Cap A (acc) perf USD GS EM CORE Eq I Acc USD Close
ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC
6,25 6,36 5,54 4,63 7,60 6,08 5,15 5,79 4,38 4,55 3,31 5,22 4,48 4,85 3,87 3,76 4,65 3,84
9,45 8,81 7,82 7,26 7,23 6,86 6,56 6,46 6,30 6,28 5,85 5,68 5,19 5,14 5,01 4,23 3,27 2,27
8,59 10,85 13,55 9,19 7,06 5,36 9,16 5,21 2,60 10,38 9,49 6,93 3,86 5,40 6,89 -0,06 1,57 -0,28
13,43 11,20 13,35 12,50 11,87 12,91 10,22 12,74 9,09 11,42 12,82 12,32 12,34 11,17 12,63 12,48 9,78 12,21
— Alex Duffy Juliana Hansveden; Emily Leveille; Austin Forey; Leon Eidelman; Roger Merz; Thomas Schaffner; Gary Greenberg Robert W. Lovelace; Carl M. Kawaja; Jonathan Knowles; Nicholas J. Grace; Gonzalo Pangaro Sam Mahtani; Rishikesh Patel; Gokce Bulut; Philip Screve; Mohamed Lamine Saidi; Jan Boudewijns; Nick Price; Amit Goel; Jerry Zhang; Derrick Irwin; Richard Peck; Robert Davy; Tom Wilson; Emily Fletcher; Stephen Andrews; Andrew Ness; Chetan Sehgal; José Luis García; Robert W. Lau; Harry Purcell; Austin Forey; Amit Mehta; —
GLOBAL EQUITY LARGE CAP M S INVF Global Opportunity Z Robeco Global Consumer Trends D € Threadneedle (Lux) Global Focus ZU Fundsmith Equity I Acc Mirabaud Equities Global Focus A USD Acc Seilern World Growth CHF H R DPAM INVEST B Eqs NewGems Sust A Dis NSF SICAV Wealth Defender Glbl Eq I USD Capital Group New Pers (LUX) Z BNY Mellon Long-Term Glbl Eq USD C Acc CPR Invest Glbl Dsrpt Opp A EUR Acc Vontobel Global Equity N USD Investec GSF Glb Franchise IX Acc USD M S INVF Global Brands A MS INVF Global Quality Z Pictet-Security I USD UBAM 30 Global Leaders Equity AHC EUR B MO Responsible Global Equity A Inc EUR Pictet - Global Envir Opps I EUR Pictet-Global Megatrend Sel Z USD A llianz Global Sustainability A USD BPI Ações Mundiais FIAA Caixagest Ações Líderes Globais FIMAA Fidelity FIRST All Country Wld I-Acc-GBP Vanguard SRI Global Stock Ins EUR Acc Investec GSF Glb Qual Eq Inc IX Inc USD Fidelity World A-Dis-EUR MFS Meridian Global Equity A1 USD BNY Mellon Global Equity Inc USD C Inc Pictet - Global Defensive Eqs I USD Fidelity Global Dividend A-Acc-EUR Hdg GS Global CORE® Eq R Acc USD Snap AXA Rosenberg Glb Eq Alpha E EUR Acc M &G (Lux) Glb Dividend CI EUR Acc UBS(LUX) ES Glb Hi Div USD P-acc
ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC
15,55 10,65 10,94 12,44 7,03 9,94 8,47 8,52 8,33 8,83 8,97 9,24 9,01 7,76 5,94 6,97 7,76 6,85 6,69 7,13 7,01 6,07 5,90 6,95 6,14 5,24 6,47 6,18 4,32 6,29 3,64 4,41 4,13
16,53 15,10 14,16 12,05 12,01 11,97 11,15 10,73 9,65 9,65 9,24 9,02 8,98 8,96 8,72 8,71 8,51 8,25 8,07 7,98 7,67 7,43 6,76 5,96 5,68 5,44 5,27 5,08 4,80 4,71 4,42 3,83 3,06 2,72 2,14
16,70 14,84 17,95 12,23 20,44 11,51 9,97 12,79 10,43 10,32 16,75 12,85 14,43 12,46 13,39 11,79 12,55 11,61 10,16 11,32 10,80 15,57 14,48 10,71 13,61 10,72 11,40 11,83 12,05 11,78 9,07 14,12 6,88 12,32 11,14 12,36 13,18 14,02 8,88 12,64 12,42 12,59 14,18 11,87 5,51 11,92 9,84 12,14 8,50 11,70 11,63 10,58 7,43 12,68 7,01 11,72 7,63 10,01 5,67 11,38 4,18 8,79 0,96 13,67 2,93 12,99 0,53 13,76 2,25 10,69
32 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
Kristian Heugh Richard Speetjens; Jack Neele; Dave Dudding Terry Smith Anu Narula; Paul Middleton; Marco Lo Blanco; Michael Faherty; Alexander Roose; Dries Dury; Quirien Lemey; Tanguy Besrest Robert W. Lovelace; Steven T. Watson; Jonathan Knowles; Andraz Razen; — Estelle Ménard; Wesley Lebeau; Matthew Benkendorf; Ramiz Chelat; Clyde Rossouw William D. Lock; Bruno Paulson; Vladimir A. Demine; Nathan Wong; William D. Lock; Bruno Paulson; Vladimir A. Demine; Nathan Wong; Yves Kramer; Alexandre Mouthon; Rachele Beata; Martin Moeller Jamie Jenkins; Nick Henderson; Gabriel Micheli; Luciano Diana; Yi Du; Hans Peter Portner Paul Schofield; Jeremy Kent; Rui Araújo — Matt Jones; Hiten Savani; — Clyde Rossouw; Abrie Pretorius; Jeremy Philip Elliot Podger; Jamie Peter Harvey; Roger M. Morley; Ryan P. McAllister; Nick Clay; Andrew MacKirdy; Laurent Nguyen Daniel Roberts — — Stuart Rhodes Ian Paczek; Patrick Zimmermann Egloff; Urs Räbsamen;
FUNDOS COM SELO FUNDSPEOPLE EM 2020 FUNDO
RENTABILIDADE ANUAL
SELO
5 ANOS
3 ANOS
1 ANO
DADOS A 29-2-20 VOLAT. 3 ANOS
GESTOR
BS (Lux) ES L/T Thms $EUR H P U JPM Global Focus D (acc) EUR DWS Invest Top Dividend FC Templeton Glb Climate Change A(Ydis)EUR M &G (Lux) Glb Themes C EUR Acc
ABC ABC ABC ABC ABC
2,03 -1,47 14,04 Bruno Bertocci; Joseph R. Elegante; Alix Foulonneau; 3,13 1,84 5,43 12,79 Helge Skibeli; Rajesh Tanna; Timothy Woodhouse; 3,61 1,48 2,51 8,93 Thomas Schüssler; Stephan Werner; 0,72 0,39 3,39 12,59 Tina M. Sadler; Maarten Bloemen; Katherine S. Owen; Alex Araujo
GLOBAL EQUITY MID/SMALL CAP B NP Paribas Climate Impact I C Nordea 1 - Global Climate & Envir BI EUR Vanguard Glbl Small-Cap Idx Ins USD Acc
ABC ABC ABC
8,59 8,95 5,08
7,27 7,22 2,69
11,55 11,80 0,64
12,23 13,37 13,85
Bruce Jenkyn-Jones; Jon Forster; Thomas Sørensen; Henning Padberg; —
GREATER CHINA EQUITY U BS (Lux) EF China Oppo(USD) P USD acc AB China Opportunity S Acc I nvesco China Focus Equity E EUR Acc Fidelity China Consumer A-Acc-EUR
ABC ABC ABC ABC
16,47 8,51 8,12 6,18
18,75 11,36 9,71 8,28
22,05 14,52 3,71 5,95
15,91 15,07 14,49 15,42
Bin Shi; Denise Cheung; Morris Wu; Stuart Rae; John Lin; Mike Shiao Raymond Ma
HEALTHCARE SECTOR EQUITY B GF World Healthscience A2 Candriam Eqs L Biotech R USD Cap
ABC ABC
6,22 3,68
8,81 7,54
9,03 12,26
11,98 19,30
Erin Xie Rudi Van den Eynde; Servaas Michielssens;
INDIA EQUITY S chroder ISF Indian Opports C Acc USD Schroder ISF Indian Equity C Acc USD M irae Asset India Sector Leader Eq I USD Franklin India I(acc)USD
ABC ABC ABC ABC
5,70 3,13 3,35 2,80
9,42 3,96 3,56 2,17
17,66 4,56 9,04 12,21
15,75 13,56 14,81 15,91
— Manish Bhatia Rahul Chadha; Saniel Chandrawat; Sukumar Rajah
INFRASTRUCTURE SECTOR EQUITY L egg Mason RARE Infras Val A EUR Acc
ABC
4,47
8,97
10,24
Richard Elmslie; Nick Langley; Charles Hamieh; Shane Hurst;
JAPAN EQUITY J PM Japan Equity A (dist) USD Jupiter Japan Select D USD Acc T. Rowe Price Jap Eq I EUR Threadneedle Japan Ins Acc GBP GS Japan Equity Base Acc JPY
ABC ABC ABC ABC ABC
6,04 5,87 4,88 3,56 3,27
6,15 9,36 6,04 7,47 7,12
15,61 12,43 13,15 12,93 11,69
Nicholas Weindling; Shoichi Mizusawa; Miyako Urabe; Dan Carter; Mitesh Patel; Archibald A. Ciganer Daisuke Nomoto Ichiro Kosuge
6,49 6,11 8,61 4,52 4,30
PANORAMA BARÓMETRO
FUNDOS COM SELO FUNDSPEOPLE EM 2020 FUNDO
RENTABILIDADE ANUAL
SELO
5 ANOS
I nvesco Japanese Eq Adv A JPY Acc Vanguard Japan Stock Index Ins USD Acc Schroder ISF Japanese Eq C Acc JPY Pictet-Japanese Equity Opps I GBP AS SICAV I Japanese Eq X Acc JPY BNP Paribas Japan Sm Cp Cl C Janus Henderson Hrzn Jpn Smr Coms A2 USD
ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC
5,57 3,89 4,17 4,50 3,13 7,17 6,85
LATIN AMERICA EQUITY N ordea 1 - Latin American Equity BP EUR
ABC
2,53
NATURAL RESOURCES SECTOR EQUITY P ictet-Timber I EUR BGF World Mining A2 Amundi Fds CPR Global Resources AU-C
ABC ABC ABC
1,15 -1,12 -0,05
PRECIOUS METALS SECTOR EQUITY D WS Invest Gold and Prec Mtl Eqs FC BGF World Gold A2
ABC ABC
6,38 3,23
REAL ESTATE SECTOR EQUITY J anus Henderson Hrzn PanEurpPtyEqs A2EUR Janus Henderson Hrzn Glbl Pty Eqs A2 USD Neuberger Berman Glb RE Secs USD I Acc MS INVF Global Property I
ABC ABC ABC ABC
TECHNOLOGY SECTOR EQUITY P olar Capital Global Tech I Inc J PM US Technology A (dist) USD Janus Henderson Glb Tech I USD Acc Franklin Technology A Acc USD Fidelity Global Technology A-Dis-EUR Janus Henderson Hrzn Global Tech A2 USD Pictet - Robotics Z USD JPM Europe Dynamic Techs Fd A (dist) EUR Pictet-Digital PUSD
3 ANOS
VOLAT. 3 ANOS
GESTOR
2,19 4,60 0,94 2,82 7,44 -3,05 7,94
11,90 11,01 11,65 13,32 12,23 14,82 15,10
Tadao Minaguchi — Kazuhiro Toyoda Sam Perry; Adrian Hickey; Serena Robinson; — Shunsuke Matsushima; Tadao Kimura; Yun Young Lee
2,26
-8,21
21,70
William Scott Piper
-0,23 -1,72 -3,17
-1,24 -9,07 -2,07
17,32 19,42 14,51
Gabriel Micheli; Christoph Butz; Mikael Jafs; Evy Hambro; Olivia Markham; Arnaud du Plessis; Stéphane Soussan;
5,89 -1,51
24,69 20,92
19,83 19,51
— Evy Hambro; Thomas Holl;
7,77 6,22 5,07 0,89
13,51 7,02 5,73 0,66
20,18 13,67 10,95 -1,17
12,10 11,70 10,80 11,10
Guy Barnard; Nicolas Scherf; Guy Barnard; Tim Gibson; Steve S. Shigekawa; Brian C. Jones; Gillian Tiltman; Anton Kwang; Theodore R. Bigman; Michiel te Paske; Sven Van Kemenade; Angeline Ho;
ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC
19,56 17,23 17,82 16,78 16,63 13,95 11,64 10,58
21,67 21,42 20,97 19,53 15,70 15,14 12,81 12,16 9,61
23,27 14,22 24,97 19,62 20,73 17,82 12,54 14,91 7,59
16,34 20,38 15,24 16,61 16,04 16,71 18,09 15,39 13,37
Ben Rogoff; Nick Evans; Fatima Lu; Timothy RV Parton; Joseph Wilson; J. Bradley Slingerlend; Denny Fish; John P. Scandalios; James Cross; Jonathan Curtis; HyunHo Sohn Alison Porter; Graeme Clark; Richard Clode; Peter Lingen; John Gladwyn; Jonathan Ingram; John Baker; Alex Whyte; Sylvie Sejournet; Olivier Djopwouo; Stanislas Effront;
UK EQUITY LARGE CAP GlobalAccess UK Opportunities Z Acc GBP Threadneedle UK Extnd Alpha Ins Acc GBP
ABC ABC
1,60 1,06
-0,37 -1,49
13,29 14,21
Stephen Peters Chris Kinder
US EQUITY LARGE CAP BLEND Wells Fargo (Lux) WF USAllCpGr I USD Acc Franklin US Opportunities A(acc)USD Investec GSF American Fran A Inc USD Vanguard US 500 Stock Index Ins USD Acc Pictet-USA Index P USD Amundi IS S&P 500 A4E-C Amundi IS MSCI North America AE-C Neuberger Berman US MltCp Opps USD1 IAcc Santander GO North American Equity B AXA Rosenberg US Enh Idx Eq Alp B $ Acc BNP Paribas US Mul-Ftr Eq Cl Acc T. Rowe Price US Eq I USD GS US CORE® Equity Base Acc USD Close JPM US Select Equity A (acc) USD NN (L) US Enh Cr Concntr Eq X Cap USD Merian North American Equity I USD Acc Capital Group Inv Co of Amer(LUX) Z
ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC
12,03 9,59 11,05 8,93 8,59 8,38 8,30 8,71 8,21 7,49 9,22 8,68 7,45 7,09 6,56 7,86 6,51
16,13 12,62 11,67 7,91 7,62 7,58 7,52 7,01 6,94 6,82 6,72 6,68 6,36 6,35 5,95 5,04 4,42
16,29 16,59 15,63 11,41 11,07 10,98 10,94 7,96 12,73 9,03 6,91 9,32 6,55 9,46 6,75 3,90 7,46
15,48 14,39 11,62 12,84 12,83 13,29 13,25 13,03 12,38 13,24 12,84 13,26 12,94 14,52 13,14 14,69 11,96
Bruce C. Olson; Thomas C. Ognar; Joseph M. Eberhardy; Grant Bowers; Sara Araghi; Paul Vincent — Stéphane Cornet; David Billaux; Shan Zhao Arnaud Choblet Richard S. Nackenson — — Laurent Lagarde; Henri Fournier; Jeffrey Rottinghaus — Steven G. Lee; Scott Davis; Vincent J. Costa Ian Heslop; Amadeo Alentorn; Mike Servent; James B. Lovelace; Donald D. O'Neal; Joyce E. Gordon; Grant L. Cambridge;
US EQUITY LARGE CAP GROWTH Wells Fargo (Lux) WF USLrgCpGr IEUR Acc MS INVF US Growth I B rown Advisory US Equity Growth $ B MS INVF US Advantage I T. Rowe Price US Blue Chip Eq Q USD Seilern America USD U R MFS Meridian US Concentrated Gr A1 USD AB American Gr Ptf C Acc L egg Mason CB US Lg Cp Gr A USD Acc Amundi Fds Pinr US EqFdm Gr C USD C Vontobel US Equity C USD
ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC
18,35 18,19 18,18 14,25 14,11 14,10 13,94 13,68 11,09 9,64 8,86
22,33 11,01 21,55 11,41 9,46 16,11 19,04 15,91 12,57 16,08 12,98
13,78 18,50 13,58 15,69 15,63 12,73 12,81 11,96 13,45 11,59 11,89
Michael T. Smith; Christopher J. Warner; Dennis P. Lynch; David S. Cohen; Sandeep (Sam) G. Chainani; Kenneth M. Stuzin Dennis P. Lynch; David S. Cohen; Sandeep (Sam) G. Chainani; Larry J. Puglia Corentin Massin; Quentin Macfarlane; Jeffrey C. Constantino; Joseph Skorski; Frank V. Caruso; John H. Fogarty; Vinay Thapar; Peter Bourbeau; Margaret B. Vitrano; Paul Cloonan; Andrew Acheson; Edwin Walczak; Matthew Benkendorf;
US EQUITY LARGE CAP VALUE D WS Invest CROCI US Dividends USD LC AXA Rosenberg US Equity Alpha E (H)€ Acc MFS Meridian US Value A1 USD J PM US Value D (acc) USD Fidelity America A-Dis-USD
ABC ABC ABC ABC ABC
7,07 3,07 4,98 2,66 1,95
4,02 2,79 2,15 0,03 -2,38
-2,00 -0,22 5,50 1,37 -7,94
15,51 14,11 13,05 14,36 12,95
Julien Boulliat — Steven R. Gorham; Nevin P. Chitkara; Katherine Cannan; Clare Hart; David Silberman; Andrew Brandon; Angel Agudo; Ashish Bhardwaj;
US EQUITY SMALL CAP F isher Invst Instl US SmCp Cr Eq ESG USD T. Rowe Price US Smlr Cm Eq Q USD Neuberger Berman US Sm Cap USD Instl Acc
ABC ABC ABC
9,19 8,03
17,68 15,59 15,46
Kenneth L. Fisher; Jeffery L. Silk; William J. Glaser; Aaron S. Anderson; Curt J Organt Judith M. Vale; Robert W. D'Alelio;
34 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
0,18 0,56
13,57 14,45 13,31 12,26 12,34 13,89 11,11 11,82 11,09 8,40 9,74
2,74 2,02 1,44 1,27 0,09 -0,61 -1,60
1 ANO
DADOS A 29-2-20
9,44 8,77 5,75
8,76 8,80 6,83
Ver o mundo atravĂŠs dos olhos do investidor
bnymellonim.com
PANORAMA BARÓMETRO
FUNDOS COM SELO FUNDSPEOPLE EM 2020 FUNDO
RENTABILIDADE ANUAL
SELO
DADOS A 29-2-20
5 ANOS
3 ANOS
1 ANO
VOLAT. 3 ANOS
5,37
2,56
-1,15
17,71
Geoffry Dailey; Pamela J. Woo;
GESTOR
BNP Paribas US Small Cap Classic R
ABC
CONVERTIBLES B NP Paribas Europe Sm Cp CnvrtI C F vS Global Convertible Bond EUR RT Salar A1 USD JPM Global Convert (EUR) D (acc) EUR UBS (Lux) BFConvert Eurp EUR P EUR Acc
ABC ABC ABC ABC ABC
2,09 2,00 2,39 -0,42 0,94
1,96 1,21 0,45 0,13 -0,09
4,39 5,14 4,73 0,39 4,19
3,51 3,81 6,23 6,84 3,85
Eric Bouthillier; Caroline de Bourleuf; Thorsten Vetter; Carolin Emrich; Rupert Mathews Paul Levene; Hart Woodson; Uli Sperl; Alain Eckmann;
COMMODITIES BROAD BASKET CS (Lux) CommodityAllocation EB USD
ABC
-6,05
-6,61
-8,36
9,99
Christopher Schütz
ALTERNATIVE MISCELLANEOUS B SF Global Event Driven A2 USD
ABC
3,45
8,93
6,80
Mark McKenna
GLOBAL MACRO J PM Global Macro Opps A (acc) EUR
ABC
5,73
3,86
6,67
Shrenick Shah; Josh Berelowitz; Benoit Lanctot;
LONG/SHORT CREDIT L egg Mason WA Mcr OppBd A USD Acc Pictet Absolute Ret Fxd Inc ZX USD Schroder ISF EURO Crdt Abs Rt C Acc EUR M&G (Lux) Absolute Return Bond CI EURAcc Vontobel Ttfr Abs Ret Crdt AH Hdg EUR Candriam Bds Crdt Opps C EUR Cap BSF Fixed Income Strategies A2 EUR GS Glbl Strat Macro Bd I Acc USD
ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC
5,22 3,75 1,18 0,19 2,74
12,46 11,52 4,70 5,55 2,10 0,89 0,55 6,60
5,82 6,23 2,33 2,06 1,34 1,43 1,62 6,04
— Ella Hoxha; Andres Sanchez Balcazar; Patrick Vogel Jim Leaviss; Wolfgang Bauer; Chris Bowie Philippe Noyard; Patrick Zeenni; Nicolas Jullien; Michael Krautzberger; Tom Mondelaers; Johan Sjogren; Michael Swell; Jonathon Orr;
LONG/SHORT EQUITY P olar Capital UK Absolute Eq I EUR Hdg Schroder GAIA Egerton Equity C Acc EUR Eleva UCITS Eleva Abs Ret Eurp R EUR acc S chroder GAIA Sirios US Eq C Acc USD Pictet TR - Atlas I EUR Janus Henderson UK Abs Ret R£ Acc
ABC ABC ABC ABC ABC ABC
14,54 12,38 6,84 18,26 Guy Rushton 4,99 6,41 6,26 9,21 John C. Armitage 6,33 3,85 4,08 Eric Bendahan 3,07 2,19 4,58 8,83 John F. Brennan 1,48 3,23 2,06 Matthieu Fleck -1,54 0,63 0,75 7,16 Luke Newman; Benjamin Wallace;
MARKET NEUTRAL M an GLG Alpha Select Alt ILH EUR Acc P ictet TR - Agora I EUR BSF European Absolute Return A2 EUR Man GLG European Equity Alt DN EUR BSF Americas Div Eq Abs Ret A2 EUR H M arshall Wce Tps MN UCITS EUR C Acc Merian Global Equity Abs Ret I EUR H Acc
ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC
5,10 4,04 1,64 -0,30 -0,12 0,17 -1,63
7,56 3,72 3,02 -0,76 -1,68 -2,02 -4,95
5,61 4,53 2,67 -1,35 -2,58 -2,92 -12,13
2,58 3,23 3,29 4,05 5,59 5,12 5,24
Charles Long; Nick Judge; Elif Aktug; Benoît Capiod; Vincent Ijaouane; David Tovey; Stefan Gries; Neil Mason Raffaele Savi; Travis Cooke; — Ian Heslop; Amadeo Alentorn; Mike Servent;
MULTIALTERNATIVE H SBC GIF Multi-Asset Style Factors IC BNY Mellon Glbl Rl Ret (USD) W Acc BNY Mellon Glbl Rl Ret (EUR) W Acc LFIS Vision Premia Opportunities IS EUR D WS Concept Kaldemorgen EUR FC Pictet TR - Div Alpha J EUR UBAM Multifunds Alternative UC USD LFIS Vision UCITS Premia R EUR Amundi Fds Abs Ret MS A EUR C Franklin K2 Alt Strats I(acc)EUR-H1 Invesco Global Targeted Ret Z EUR Acc
ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC
3,58 1,65 5,08 2,78 1,47 0,87 0,16 0,32 -0,17
4,24 3,72 2,78 2,27 2,12 0,97 0,84 0,12 0,10 -0,15 -0,88
9,68 12,52 6,64 0,45 4,45 2,67 5,85 -0,61 4,35 -0,92 2,05
4,79 6,74 4,17 3,43 4,76 2,73 5,47 2,16 2,51 3,40 2,87
Mathieu Guillemet Suzanne Hutchins; Aron Pataki; Andrew Warwick; Suzanne Hutchins; Aron Pataki; Guillaume Dupin Klaus Kaldemorgen; Henning Potstada; Christoph-Arend Schmidt; Philippe de Weck; Federico Canè; Robert J. Khoury Guillaume Dupin Davide Cataldo; Francesco Dall'Angelo; Anthony Zanolla; Brooks Ritchey; Robert Christian; David Millar; Sebastian Mackay; Richard Batty; David Jubb; Gwilym Satchell;
AGGRESSIVE ALLOCATION M FS Meridian Prudent Wealth I1 USD MFS Meridian Prudent Capital I1 USD BSF Managed Index Port Growth A2 EUR Allianz Dyn MltAst Stgy SRI75 CT EUR Santander Select Dinâmico B FIMA First Eagle Amundi International FU-C
ABC ABC ABC ABC ABC ABC
6,79 3,48 0,33 1,39
7,55 5,96 3,34 2,52 0,40 -1,00
10,53 10,05 4,01 6,22 1,11 0,64
5,51 6,09 9,65 10,60 7,38 9,17
CAUTIOUS ALLOCATION N B PPR/OICVM FIMA I nvest AR PPR FIMA GS Global MA Cnsv I Acc USD Caixa Inv Socialmente Resp FIMA Allianz Dyn MltAst Stgy SRI15 AT EUR I nvesco Pan European Hi Inc A EUR QD I nvestec GSF Glb MltAst Inc A Acc USD F vS - Multi Asset - Defensive RT Caixagest Seleção Global Moderado FIMA B SF Managed Index Port Defesv A2 EUR M&G (Lux) Optimal Income C EUR Acc J PM Global Income Cnsrv D (acc) EUR P ictet-Multi Asset Global Opps I EUR PIMCO GIS Strategic Inc Instl EURH Acc Santander Poupança Prudente FPR FIAA Amundi Rendement Plus P C FvS Der erste Schritt R
ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC
3,38 6,63 9,31 4,74 Paulo Joaquim 4,77 5,15 7,07 4,73 Paulo Monteiro 3,88 3,10 11,01 6,08 — 2,39 4,26 4,32 — 1,56 2,12 6,80 3,48 Marcus Stahlhacke; Cordula Bauss; Andreas de Maria Campos; 2,08 2,12 4,89 4,23 Paul Read; Paul Causer; Stephanie Butcher; 3,12 2,10 5,94 5,47 John Stopford; Jason Borbora-Sheen; 2,39 2,09 7,33 3,84 Elmar Peters 1,28 2,04 4,54 4,20 — 1,82 5,24 3,34 Stephen Walker; Christopher Downing; Rafael Iborra; 2,08 1,58 1,80 3,34 Richard Woolnough 1,55 4,27 2,83 Michael Schoenhaut; Eric J. Bernbaum; 1,63 1,37 2,71 3,45 Andrea Delitala; Marco Piersimoni; 1,80 1,30 -0,08 4,25 Robert D. Arnott; Daniel J. Ivascyn; Christopher J. Brightman; Alfred T. Murata; 0,78 1,25 3,14 1,72 Carmen Borondo 0,54 1,13 2,84 3,15 Yannick Quenehen; Alexandre Burgues; 0,88 1,11 2,88 2,23 Elmar Peters; Wilhelm Wildschütz;
36 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
2,39
4,48 3,16 2,22 2,20 0,78 0,35 0,04 -0,25
Barnaby M. Wiener; Edward Dearing; Barnaby M. Wiener; David P. Cole; Edward Dearing; Stephen Walker; Christopher Downing; Rafael Iborra; Marcus Stahlhacke; Cordula Bauss; Andreas de Maria Campos; Marta Bretones Matthew B. McLennan; Kimball Brooker; Julien Albertini;
JUAN SAN PIO Diretor comercial da Amundi ETF, Indexing & Smart Beta para a Península Ibérica e América Latina
Investimento responsável usando ETFs
O investimento responsável torna-se cada vez mais popular na medida que aumenta a conscientização dos investidores a respeito da importância das questões ambientais, sociais e de governança (ESG em inglês). Essa tendência afeta também os ETFs (fundos negociados em bolsa). No mercado europeo, em 2019, cerca de € 16 bilhões em novos ativos foram alocados aos ETFs que integram critérios ESG, este resultado é quatro vezes maior que os investimentos realizados em 20181 nesta mesma categoria de fundos. FERRAMENTA DE INVESTIMENTO RESPONSÁVEL Existem várias maneiras de combinar investimento responsável e ETFs. Na Amundi, por exemplo, todos os ETFs excluem sistematicamente os fabricantes de armamento controverso2. Além disso, nossa política de engajamento e de voto nos permite dialogar com as empresas para melhorar suas práticas sociais e climáticas. Um investidor pode optar por um ETF que segue um índice de referência que inclui empresas com uma notaçao ESG
alta. Esses índices podem oferecer uma política de exclusão mais ou menos ampla (carvão, tabaco, etc.). Na família dos índices ESG, os investidores podem encontrar uma intensidade variável dos critérios aplicados.
com alto desempenho ESG podem ter uma performance acima da média. Esse fenômeno pode ser devido ao melhor gerenciamento da governança ou dos riscos climáticos ligados aos títulos que fazem parte do índice de referência.
Os investidores também podem selecionar um ETF com um objetivo ESG específico. Por exemplo, índices com foco na redução de emissão de carbono que visam construir portfólios com menor impacto ambiental.
TENDÊNCIA EM CRESCIMENTO Diferentes tipos de investidores adotam os ETFs ESG. Entre os investidores particulares, a geração dos millennials favorece particularmente esses produtos, pois eles estão cada vez mais sensíveis a essas questões e desejam que seus investimentos reflitam seus valores e tenham um impacto positivo na sociedade.
TRANSPARÊNCIA E DESEMPENHO Para qualquer tipo de abordagem responsável adotada e sua intensidade ESG, os ETFs oferecem a vantagem de ter uma metodologia de construção totalmente transparente, pois acompanham um índice de referência específico. Portanto, os investidores têm clareza sobre os objetivos ESG estabelecidos. Os investidores não precisam sacrificar a performace de seus investimentos para agir de maneira responsável. Vários estudos, publicados pela equipe de pesquisa da Amundi3, mostram que portfólios
reduzem o universo de investimento. Deve-se notar que os filtros ESG podem diminuir drasticamente o número de ações do índice de referência e podem gerar um maior tracking error.
Investidores institucionais, como fundos de pensão e companhias de seguros, respondem à demanda dos acionistas por uma atitude mais responsável em relação à alocação de ativos, de modo a selecionar, em particular, fundos que abordam as mudanças climáticas.
SUCESSO NOS MANDATOS ESG O sucesso dos ETFs ESG não está a aumentar sozinho; também observamos um aumento significativo na implementação de critérios ESG em nossos mandatos. A maioria dos pedidos que a Amundi recebe de clientes europeus e asiáticos inclui uma dimensão de investimento responsável. Os pedidos são diversos. Alguns investidores desejam uma política de voto assertiva, outros possuem listas de exclusão extensivas e alguns priorizam os índices aplicando critérios ESG. Sistematizar o uso de ferramentas ESG e medir seu impacto em mandatos pode ajudar a responder diferentes tipos de necessidades dos investidores.
Esses investidores desejam usar a sua influência para que as empresas adotem melhores políticas ESG. Esta prática tem como objetivo evitar métodos de exclusão que
(1) Fonte: Amundi ETF 31/12/2019 (2) M inas antipessoal, bombas de fragmentação, armas de urânio empobrecido. (3) P esquisa Amundi - janeiro 2020
Informação Importante Documento dirigido a clientes profissionais, incluindo intermediários financeiros, e não se destina nem deve ser fornecido ao público. Este documento não está dirigido a cidadãos ou residentes nos EUA ou a qualquer pessoa de nacionalidade americana tal como está definido na regulação “US Securities Act de 1933”. A definição de cidadãos ou residentes nos EUA encontra-se nas menções legais do nosso site www.amundi.com. Documento de natureza publicitária, simplificado, reservado para os investidores portugueses e sem valor contratual. Não constitui em nenhum caso uma recomendação, pedido, oferta ou aconselhamento financeiro sobre investimentos. A Amundi não aceita qualquer responsabilidade, direta ou indireta, que possa resultar da utilização de qualquer informação aqui contida, nem será responsável por qualquer decisão tomada com base nesta informação. Investir implica riscos, os participantes do fundo podem perder a totalidade ou parte do capital inicialmente investido. Rentabilidades passadas não são garantia de resultados futuros. O valor patrimonial líquido (VPL) dos Fundos é publicado nos mercados bolsistas. De um modo geral, as participações dos Fundos adquiridas no mercado secundário não podem ser diretamente vendidas aos Fundos. Os investidores devem comprar e vender participações num mercado secundário através de um intermediário (por exemplo um corretor), podendo incorrer em despesas. Os investidores poderão pagar um valor superior ao VPL em vigor ao comprarem as suas participações e poderão receber um valor inferior ao VPL em vigor quando as venderem. A compra de unidades de participação deverá ter como suporte o último folheto informativo, KIID, estatutos e relatórios anual e semestral registados na CMVM. Para mais informação, consulte a documentação legal vigente, disponível gratuitamente sob solicitação prévia à Amundi Iberia SGIIC, SAU registada na CNMV com o número 31 (Paseo de la Castellana 1, Madrid 28046), ou no endereço www.amundi.pt ou através dos distribuidores autorizados em www.cmvm.pt. Antes de realizar qualquer subscrição, as pessoas interessadas devem assegurar-se que essa operação está permitida segundo a legislação vigente, comprovar as implicações fiscais e consultar os documentos legais em vigor. Deve garantir-se a devida adequabilidade dos riscos associados ao produto com os potenciais investidores, que devem ainda assegurar-se que entenderam o conteúdo do documento informativo. Está proibida a reprodução sem o consentimento prévio e por escrito da Sociedade Gestora. Os ETF estão registados no registo de organismos de investimento coletivo estrangeiros da CNMV nº 1495. Amundi Iberia SGIIC SAU: comercializadora principal em Espanha, supervisionada pela CNMV e inscrita com o nº 31. Amundi ETF designa a atividade de ETF da Amundi Asset Management, SAS (“Sociedade por ações, regime simplificado”), com um capital social de 1.086.262.605€ e aprovada pelo regulador francês (Autorité des Marchés Financiers - AMF) com o número GP 04000036 na qualidade de sociedade gestora de carteiras, Bd Pasteur 90 - 75015 Paris - França - 437 574 452 RCS Paris.
PANORAMA BARÓMETRO
FUNDOS COM SELO FUNDSPEOPLE EM 2020 FUNDO
RENTABILIDADE ANUAL
SELO
5 ANOS
3 ANOS
1 ANO
DADOS A 29-02-20 VOLAT. 3 ANOS
GESTOR
ABC ABC ABC ABC ABC ABC
0,80 0,90 1,76 4,38 Roland Kramer; Sebastian Richner; Nicole Fenner; 0,66 2,07 2,03 — 0,12 0,56 2,43 3,45 Fernando Nascimento; Pedro Vieira; 0,22 1,03 2,61 Eduardo Monteiro 3,05 2,18
FLEXIBLE ALLOCATION F vS Multiple Opportunities II RT BNP Paribas Target Risk Balanced Cl R PIMCO GIS Dyn Mlt-Asst Instl EUR Acc AXAWF Global Optimal Income E Cap EUR Eurizon Azioni Strategia Flss Z EUR Acc M&G (Lux) Dynamic Allocation C EUR Acc Invesco Balanced-Risk Allc A EUR Acc MS INVF Global Balanced Income Z
ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC
4,43 2,57 1,71 2,25 1,60 0,96 1,07
MODERATE ALLOCATION Acatis Gané Value Event Fonds A T. Rowe Price Glb Alloc I USD K ames Global Diversified Inc EUR C Acc GS Global MA Inc I Acc USD M FS Meridian Diversified Income I1 USD M&G (Lux) Income Allocation C EUR Acc F vS Multi Asset - Balanced RT Allianz Income and Growth IT H2 EUR Invesco Global Income A USDH Acc F idelity Global Mlt Ast IncA-MInc(G)-USD B SF Managed Index Port Mod A2 EUR MFS Meridian Global Total Ret A2 USD BGF Global Allocation A2 Allianz Dyn MltAst Stgy SRI50 AT EUR AS SICAV I Dvrs Gr I Acc EUR UBS (Lux) SF Balanced (EUR) P-acc J PM Global Income A (div) EUR Santander Private Moderado FIMA BBVA DIF Multi-Asset Moderate EUR A Santander Select Moderado B FIMA Nordea 1 - Stable Return BP EUR Carmignac Pf Patrimoine A EUR Acc R uffer Total Return Intl C EUR Cap Caixa Wealth Moderado A FIMA Santander Rendimento FIMA
ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC
4,77 5,49 6,62 7,29 Henrik Muhle; Uwe Rathausky; 5,11 7,38 8,04 Charles M. Shriver 4,61 5,60 6,52 Vincent McEntegart; Jacob Vijverberg; 4,44 4,17 10,16 7,93 — 4,66 3,72 11,24 6,90 Geoffrey L. Schechter; Matthew W. Ryan; Richard R. Gable; Jonathan W. Sage; 2,80 3,70 6,86 6,37 Steven Andrew 3,75 3,61 9,24 5,42 Elmar Peters 3,42 3,54 2,22 9,14 Douglas G. Forsyth; Michael E. Yee; 4,72 3,41 7,92 7,42 Paul Read; Paul Causer; Stephen Anness; 4,32 3,24 8,52 5,63 Eugene Peter Philalithis; Chris Forgan; George Efstathopoulos; 2,72 4,37 7,15 Stephen Walker; Christopher Downing; Rafael Iborra; 3,30 2,60 7,72 6,54 Steven R. Gorham; Katrina A. Mead; Owen Murfin; Erik S. Weisman; 2,67 2,10 7,74 7,42 Dan Chamby; Russ Koesterich; David Clayton; Rick Reider; 1,83 2,09 5,82 7,67 Marcus Stahlhacke; Cordula Bauss; Andreas de Maria Campos; 1,66 0,67 4,58 — 1,12 1,18 1,10 6,32 Roland Kramer; Sebastian Richner; Nicole Fenner; 1,38 1,18 1,97 4,74 Michael Schoenhaut; Eric J. Bernbaum; 0,55 0,68 2,17 4,12 Marta Bretones -0,29 0,47 -1,40 5,23 JOSE MARIA DE YRAOLA AVENDAÑO; LAURA DE FRUTOS SASTRE; 0,30 0,44 1,84 4,12 Marta Bretones 0,77 -0,34 0,30 4,35 Asbjørn Trolle Hansen; Claus Vorm; Kurt Kongsted; -1,77 -1,82 5,66 5,52 Rose Ouahba; David Older; 0,60 -1,97 1,55 4,97 Jacques Hirsch; Alex Lennard; 5,70 3,20
P
R
TNE
AR
AR
R
P
UBS (Lux) SF Yield (EUR) P-acc aixagest Seleção Global Defensivo FIMA C IMGA Poupança PPR/OICVM FIAPR BPI Moderado FIAF Caixa Wealth Defensivo A FIMA Santander Sustentável FIMA
TNE
A OPINIÃO DE JAIME PÉREZ MAURA Diretor de Desenvolvimento de Negócio, Allfunds
O IMPORTANTE É difícil escrever nesta situação, porque tudo será superficial e secundário. A nossa indústria é importante, mas pergunto-me se alcança a prioridade de muitas outras, e escrevo com o pudor de quem sabe que há coisas muito mais importantes. Temos demonstrado que a indústria de gestão de ativos está à altura, a nossa 38 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
4,84 3,74 3,09 2,51 1,27 0,46 0,24 -0,15
10,26 8,21 6,91 -0,11 -0,22 -1,23 0,06 -0,31
6,75 5,66 4,69 7,02 6,14 8,45 5,69 5,29
Bert Flossbach Tarek Issaoui; Fabien Benchetrit; Mihir P. Worah; Geraldine Sundstrom; Serge Pizem; Stéphane Castillo-Soler; Corrado Gaudenzi Juan Nevado; Craig Moran; Scott E. Wolle Andrew Harmstone; Manfred Hui;
dedicação e trabalho são o nosso modesto contributo para um mundo que mudará. Temos estado na linha da frente fazendo da necessidade virtude enquanto o mercado caía, as políticas monetárias mudavam, ou simplesmente a ver como o nosso trabalho ou dos nossos próximos corria perigo. A mudança é inegável, por uma triste causa, mas uma mudança acelerada na nossa forma de atuar, relacionar e investir será diferente. Ainda assim há leituras positivas, como o teletrabalho ser possível, como provou a maior experimentação do teletrabalho da história. Assessores e clientes, negócios B2B… as relações laborais e de negócio mudaram, a necessidade superou as barreiras físicas e o digital afiança-se como mecanismo de relação, como ferramenta de trabalho
e negócio. Esta situação é um grande elogio para quem há anos que aposta na digitalização, enche-nos de argumentos e dá-nos oxigénio para continuar pelo caminho iniciado; o futuro será digital ou não será. Na economia qualquer análise que façamos é e será equívoca, já que a história económica já demonstra que os caminhos da recuperação são inexoráveis, mas fixando-nos na história a verdade é que a recuperação sempre chega. Há quem fale de uma boa oportunidade, há quem diga que ainda não… “espera, espera”, mas o que é certo é que os mercados em circunstâncias excecionais nem são racionais nem irracionais, mas sim especulativos. O importante, o essencial, não muda, simplesmente há muitas formas de chegar a ele, e isso a vida recorda-nos de forma cruel.
Há partes do corpo imprimíveis.
A sério?
A sério. Melhorar a qualidade de vida não é caro. Com o sistema de impressão em 3D, agora é possível conseguir uma prótese por menos de 100 euros. A Fidelity analisa e investe nestas megatendências através do Fidelity Funds Global Technology Fund.
www.fidelity.pt
O valor dos investimentos gerados podem subir ou descer, razão pela qual o investidor poderá não recuperar o montante investido. Os investimentos devem ser efetuados tendo em conta a informação no prospeto vigente e no documento de informações fundamentais para o investidor (DFI) que estao disponiveis a titulo gratuito juntamente com os relatorios anuais e semestrais através dos nossos distribuidores e do nosso Centro Europeu de Atenção ao Cliente: FIL (Luxembourg) S.A. 2a, rue Albert Borscette BP 2174 L-1021 Luxemburgo, assim como em https://www.fidelity.pt/fundos/documentos-legais. A Fidelity/FIL e a FIL LImited e as suas respetivas subsidiarias e empresas afiliadas. A Fidelity Funds é uma sociedade de investimento coletivo de capital variavel constituida no Luxemburgo. A comercialização em Portugal está autorizada pela CMVM. Fidelity, Fidelity International e o logotipo da Fidelity International e o simbolo F são marcas da FIL Limited. Emitido por FIL (Luxembourg) S. A. CS1050
PANORAMA O SECTOR EM NÚMEROS
na Europa
Barómetro
DEZEMBRO E JANEIRO
por Catarina Vinagre
CRESCIMENTO
DE PEDRA E CAL
Pouco a pouco, o mercado europeu de fundos de investimento vai mantendo de pedra e cal um movimento ascendente. Só entre janeiro de 2019 e janeiro de 2020 cresceu mais de 1.5 biliões de dólares.
FUNDOS INTERNACIONAIS QUE MAIS CAPTAM
(PRODUTOS EUROPEUS DISTRIBUÍDOS EM VÁRIOS PAÍSES) EM AÇÕES
EM JANEIRO 2020
FUNDO
FUNDO
EM MULTIATIVOS E OUTROS VOL.
FUNDO
VOL.
KBC Equity Fund Europe
502
JPMorgan Income Fund ABC
1.570
iShares Physical Gold ETC
770
FF- Global Technology Fund ABC
500
PIMCO GIS Income Fund ABC
1.360
HSBC GIF US Income Focused
499
iShares Core MSCI World UCITS ETF
488
PIMCO GIS Diversified Income Fund ABC
807
DWS Concept Kaldemorgen
379
iShares MSCI World Min Volatility UCITS ETF
474
iShares JPM $ Emerg Mk Bond UCITS ETF
662
Fidelity Global Multi Asset Inc. Fund ABC
297
AB SICAV I Low Volatility Equity Portfolio
469
AB FCP I American Income Portfolio
605
iShares Div. Commodity SWAP UCITS ETF
282
UBS ETFs plc - MSCI ACWI SF UCITS ETF
456
BlackRock Global Fixed Income Global Opport.
473
AB SICAV I All Market Income Portfolio
275
FF - Global Dividend Fund ABC
437
Barings Emerging Markets Local Debt
470
Janus Henderson Balanced Fund
261
Xtrackers MSCI USA UCITS ETF
365
JPMorgan Managed Reserves Funds
450
JPMorgan Global Income Fund
240
UBS (Lux) Equity Long Term Themes (USD)
358
Schroder ISF EURO Corporate Bond ABC
420
Invesco Physical Gold ETC
214
Amundi Index MSCI Emerging Markets (ETF)
343
Focused High Grade Long Term Bond USD
381
UBS (Lux) Key Sel. China Alloc. Opport. (USD)
201
FUNDO
EM DEZEMBRO 2019
EM OBRIGAÇÕES VOL.
UBS ETF MSCI Emerging Markets UCITS ETF
VOL. 1.799
FUNDO PIMCO GIS Income Fund
ABC
VOL.
FUNDO
1.135
Swiss RE Funds (Lux) I Long Term Asset Alloc.
VOL. 644
Vanguard FTSE 250 UCITS ETF
914
iShares $ Treasury Bond 0-1yr UCITS ETF
888
iShares Physical Gold ETC
355
Invesco S&P 500 UCITS ETF
705
Multi Manager Emerging Markets Debt
776
DWS Concept Kaldemorgen ABC
285
Amundi Index MSCI Emerging Markets (ETF)
612
Vanguard Global Bond Index Fund
610
FF - Global Multi Asset Income
iShares S&P 500 USD Financials S UCITS ETF
512
iShares US Mortgage Backed Sec. UCITS ETF
590
Lyxor/Bridgewater Core Global Macro
223
ABC
241
iShares Core S&P 500 UCITS ETF (USD)
444
PIMCO GIS Diversified Income Fund ABC
545
Man AHL Active Balanced
206
UBS ETF MSCI United Kingdom UCITS ETF
430
AB FCP I American Income Portfolio ABC
534
LGT Premium Strategy GIM
206
Amundi MSCI Europe Value Factor
423
Lyxor Euro 6M
495
BlackRock Strat. Global Event Driven
204
Morgan Stanley Global Brands ABC
380
LM Western Asset Macro Opp. Bond ABC
450
AXA WF - Global Optimal Income ABC
133
Lyxor UCITS ETF EURO STOXX 50
377
Vontobel Fund - Emerging Markets Debt
447
JPM Global Income Conservative
131
Fonte: Broadridge FundFile e J.P. Morgan AM. Em milhões de euros.
40 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
DISTRIBUIÇÃO DO PATRIMÓNIO NA EUROPA, EM JANEIRO 2020 MERCADO Internacional (*)
OBRIGAÇÕES
AÇÕES
OUTROS
MISTOS
MONETÁRIOS
MONETÁRIOS DINÂMICOS
TOTAL
1.915.336
2.196.499
117.563
571.978
913.857
18.039
5.733.272
Reino Unido
282.221
849.766
46.319
199.056
133.807
2.761
1.513.931
Alemanha
130.081
203.138
151.029
203.533
14.896
6.852
709.529
França
102.546
198.060
50.202
63.238
241.332
8.270
663.647
Itália
194.340
77.833
11.282
227.821
21.914
1.384
534.573
Suíça
190.969
247.668
41.832
64.814
27.901
3.674
576.857
Suécia
63.907
275.490
5.538
54.812
11.533
0
411.280
Espanha
79.198
40.599
21.588
44.367
6.996
316
193.065
3.217.269
4.386.697
484.553
1.546.548
1.429.261
44.744
11.109.072
TOTAL
DISTRIBUIÇÃO DE CAPTAÇÕES LÍQUIDAS NA EUROPA, EM DEZEMBRO E JANEIRO MERCADO Internacional (*)
OBRIGAÇÕES
AÇÕES
OUTROS
MISTOS
MONETÁRIOS
38.885
29.492
543
284
-288
-1.199
-1.846
6.205
183
3.340
Alemanha
333
1.746
2.295
2.896
-1.099
98
6.269
211
-1.403
222
-333
4.203
-197
2.703
Itália
1.517
183
-242
707
-2.019
100
246
Suíça
2.820
5.802
629
823
951
142
11.167
Suécia
2.287
3.786
-372
519
-98
0
6.121
818
155
-247
725
3
-14
1.439
49.326
39.632
2.207
10.612
29.709
-565
130.922
Espanha TOTAL
desse receio ou não a verdade é que as captações no segmento das ações baixaram bastante face a dezembro, tendo o fundo que mais captou- o KBC Equity Fund Europe- conseguido 502 milhões de euros em captações líquidas. Por outro lado, nas obrigações e nos multiativos vimos um movimento contrário. Nestes
22.124
-891
TOTAL
Reino Unido
França
3.966
MONETÁRIOS DINÂMICOS
94.119
*Inclui Luxemburgo e Dublin. Dados em milhões de euros
D
ezembro foi um mês calmo para os mercados financeiros. A Reserva Federal norte-americana e o Banco Central Europeu não mexeram nas taxas de juro e as perspetivas para o ano que se aproximava eram otimistas. No segmento das ações, os produtos que mais captaram foram, uma vez mais, fundos de gestão passiva ou ETF, assim o revelam os dados recolhidos pela Broadridge e pela J.P. Morgan AM, em exclusivo para a FundsPeople. O UBS ETF - MSCI Emerging Markets UCITS ETF conseguiu captações na ordem dos 1.799 milhões de dólares, mantendo a liderança da tabela face ao mês anterior, mas arrecadando mais 877 milhões. Nas obrigações, o PIMCO GIS Income, fundo com uma gestão flexível que investe nos vários segmentos de dívida e que ininterruptamente desde 2017 ostenta o Selo FundsPeople com tripla classificação (Favorito dos Analistas, Blockbuster e Consistente), alcançou mais de 1.1 mil milhões de dólares. Em janeiro a história foi outra. Os mercados atravessavam um momento positivo - o Brexit viu a luz do dia e as tensões comerciais entre os EUA e a China acalmaram -, contudo, o coronavírus que se propagava a grande velocidade pelo gigante asiático causou uma elevada carga de incerteza nos investidores que se questionavam quais seriam as repercussões que esta doença poderia vir a ter na economia mundial. Consequência
CAPTAÇÕES DOS FUNDOS DE AÇÕES EM JANEIRO BAIXARAM BASTANTE FACE A DEZEMBRO MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 41
P
AR
P
R
TNE R
PANORAMA O SECTOR EM NÚMEROS
AR
TNE
A OPINIÃO DE LUCÍA GUTIERREZ-MELLADO Clients portfolio manager, J.P. Morgan AM
IMPACTO SEVERO, MAS TRANSITÓRIO
dois segmentos foi registado um crescimento moderado.
GRÃO A GRÃO…
O mercado europeu de fundos de investimento continua na sua senda de desenvolvimento. Passo a passo, entre janeiro de 2019 e janeiro de 2020, este mercado já cresceu mais de 1.5 biliões de dólares. O património total sob gestão dos produtos europeus aumentou no primeiro mês de 2020 de 10,8 para 11,1 biliões de dólares. Por classes de ativos, apenas as ações revelaram um decréscimo comparativamente aos meses anteriores. No que concerne a distribuição das captações líquidas na Europa, em dezembro e janeiro estas ascendiam a 130.922 milhões de dólares, valor que se traduz numa subida de 56.860 milhões de dólares. Ao contrário do que revelou o somatório dos dois meses anteriores quando o Reino Unido e Fran-
ça estavam a vermelho, em dezembro e janeiro nenhum mercado ficou em terreno negativo. Através da análise das casas gestoras internacionais que mais captaram em dezembro e janeiro, podemos depreender que em dezembro foi a BlackRock que melhor saldo de subscrições líquidas apresentou. Em janeiro, porém, a Amundi captou nada mais nada menos do que mais 13,043 milhões de dólares, mais do dobro do valor registado pela BlackRock no último mês do ano. Excluindo os fundos do mercado monetário, nada há dúvida alguma de que a BlackRock é a rainha. A gestora americana é desde setembro aquela que consegue melhores resultados em termos de captações neste segmento, tendo respetivamente em dezembro e janeiro conseguido captar 6.278 e 6.822 milhões de dólares, quase o dobro das segundas classificadas, a Vanguard e a J.P. Morgan AM.
GRUPOS QUE MAIS CAPTAM EM DEZEMBRO Em milhões de euros. COM MONETÁRIOS
SEM MONETÁRIOS
BlackRock
6.738
BlackRock
J.P. Morgan AM
4.791
Vanguard
3.184
Vanguard
3.184
PIMCO
2.692
DWS
3.073
Amundi
2.239
Morgan Stanley
2.850
DWS
2.183
6.278
GRUPOS QUE MAIS CAPTAM EM JANEIRO Em milhões de euros. COM MONETÁRIOS Amundi
13.043
SEM MONETÁRIOS BlackRock
6.822
BlackRock
11.924
JP Morgan AM
3.327
JP Morgan AM
4.468
PIMCO
3.025
PIMCO
3.025
DWS
2.278
BNY Mellon
2.765
UBS
2.271
42 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
Não há dúvida que o COVID-19 vai ter um impacto significativo no crescimento económico a nível global na primeira metade do ano. A profundidade e a duração de uma contração no crescimento dependerá de dois fatores: quanto tempo vai demorar a conter o surto; e qual será a resposta por parte dos Bancos Centrais e Governos quanto a medidas de política monetária e fiscal. Continuamos a pensar que o impacto será severo, mas transitório e na segunda metade do ano devemos ver uma recuperação do crescimento económico e dos resultados empresariais. Esperamos que no curto prazo a volatilidade continue já que este contexto reforça a importância dos princípios do aforro a longo prazo: em primeiro lugar manter as carteiras diversificadas (a relação negativa entre ações e as obrigações do governo permanecem intactas na correção recente); em segundo lugar é preciso evitar fazer market timing, a história diznos que muitos investidores reembolsaram após fortes correções de mercados e, em muitas ocasiões, revelou-se ser o pior momento para vender ativos de risco, é preciso manter a cautela, mas após estas correções não é o momento de se tornar muito negativo em ações; por último, é preciso ter exposição a ativos alternativos que nos ajudem a descorrelacionar com os ativos tradicionais.
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Este documento é de natureza promocional e, como tal, as opiniões que constam do mesmo não deverão ser encaradas como um conselho ou uma recomendação de compra ou venda de qualquer investimento ou participação no produto ou produtos aqui referidos. Importa salientar que o valor dos investimentos e o rendimento decorrente dos mesmos poderá oscilar consoante as condições de mercado e os acordos tributários, podendo os investidores não vir a receber a totalidade do montante investido. Tanto o desempenho como a rentabilidade obtida no passado poderão não constituir um indicador fiável do desempenho a obter no futuro. Não existe qualquer garantia de que qualquer previsão efetuada se venha a concretizar. O Documento de Informações Essenciais do Investidor (KIID) e qualquer documento de oferta local aplicável estão disponíveis, sem encargos, a pedido, junto do emissor JPMorgan Asset Management (Europe) S.à.r.l., European Bank & Business Centre, 6 route de Trèves, L-2633 Senningerberg, Grão-Ducado do Luxemburgo, do seu consultor financeiro, do seu distribuidor local ou do seu representante habitual da J.P. Morgan Asset Management. Poderá aceder à Política de Privacidade EMEA em www.jpmorgan.com/emea-privacy-policy A J.P.Morgan Asset Management (Europe) S.à r.l. é a entidade distribuidora global da J.P. Morgan Investment Funds e da J.P. Morgan Funds e encontra-se sujeita à supervisão da Commission de Surveillance du Secteur Financier do Grão-Ducado do Luxemburgo. A comercialização do referido organismo de investimento coletivo em Portugal foi devidamente comunicada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, cumprindo as disposições legais, regulamentares e administrativas em vigor. LV-JPM52542 | 01/20 | 0903c02a827e1285
TENDÊNCIAS CAPA por Miguel Rêgo, CFA
SELO FUNDSPEOPLE 2020
GESTOR MAIS CONSIST São 62 as entidades gestoras que posicionam um ou mais fundos entre os fundos com Selo FundsPeople 2020 pela classificação de Consistente. Destas, 44 superam a média da amostra considerada para o cálculo.
44 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
RAS
TENTES O
processo de due dilligence de um selecionador de fundos experiente será no mínimo complexo. As idiossincrasias de cada gestor, as características e filosofia de cada casa de investimentos, as particularidades da estrutura de um fundo... São muitos os fatores relevantes, aos quais se adicionam novas camadas de complexidade quando a própria abordagem entra em jogo. Esta estratégia encaixa com a minha filosofia de investimento? Este fundo cumpre
os requisitos regulatórios que os meus clientes exigem? Os custos são justificados pelo alfa que o gestor adiciona? “The most valuable commodity I know of is information”, dizia o tubarão Gordon Gekko ao ingénuo Bud Fox no clássico Wall Street de Oliver Stone de 1987, e, de facto, com todas estas questões em cima da mesa na seleção de fundos a informação é chave. Se as entidades gestoras abrem muitas das janelas das suas casas em favor da transparência, isso não chega. Tudo o que possa ajudar
MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 45
TENDÊNCIAS CAPA
AS ENTIDADES DESTACAM-SE AQUEL NDOS CUJO NÚMERO DE FU OS 8,6% DA CONSISTENTES SUPERA PORTUGAL OFERTA REGISTADA EM ÁLISE CONSIDERADA NA AN
os selecionadores de fundos e os investidores a perceber quais as estratégias mais adequadas para veicular as suas visões e objetivos de investimentos é bem-vindo para enfrentar tal complexidade de procedimentos. É exatamente esse o objetivo dos Selos FundsPeople nas suas três classificações. Agregar o máximo de informação com base no alcance que a FundsPeople tem nos seus respetivos mercados entre as entidades gestoras e os selecionadores de fundos. Para os efeitos a que se propõe este artigo vamos focar em apenas uma dessas classificações e, mais especificamente, nas entidades que alojam as 46 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
estratégias que ostentam essa classificação. Falo da letra C da sigla ABC, o output do nosso modelo quantitativo desenvolvido pela equipa de Análise. Recebem a classificação de Consistente do Selo FundsPeople aqueles fundos com um histórico de rentabilidade superior a três anos cujo retorno e risco se posicionam nos quintis superiores da sua categoria. São fundos que a um, três e cinco anos superam os seus pares em termos de retorno e risco como resultado de um processo simples e transparente que poderá consultar em qualquer revista FundsPeople ou na nossa web. Neste artigo, especificamente, focamos naquelas entidades gestoras que pelo número de fundos Consistentes FundsPeople 2020, ou património nesses mesmos fundos, apresentam a maior consistência em 2020. Antes de mais, de realçar que esta análise destaca aquelas entidades cujo número de fundos consistentes supera os 8,6% da oferta registada em Portugal considerada na análise. Porquê esse limite? Porque o total da amostra de fundos Consistentes representa exatamente 8,6% do total de fundos registados no nosso país com antiguidade superior a três anos à data do fecho de 2019. Destacamos assim
ENTIDADES GESTORAS COM MENOR OFERTA DISPONÍVEL COM A GAMA DE ESTRATÉGIAS MAIS CONSISTENTE (OFERTA ENTRE UM E DEZ FUNDOS) Nº DE FUNDOS CONSISTENTES
Nº DE FUNDOS TOTAL (>3 ANOS)
Acatis
1
1
100,0%
100,0%
Fundsmith Hermes Fund Managers Flossbach von Storch Eleva Capital Invest Gestão de Activos Polar Capital Brown Advisory Evli Fisher Investments La Financière de l'Echiquier Nevastar Finance Muzinich La Française Mirae Asset BMO Kames Capital Optimize Investment Partners
1 1 5 1 1 2 1 1 1 1 1 2 1 1 1 1 1
1 1 7 2 2 5 3 4 4 4 4 9 7 7 8 9 9
100,0% 100,0% 71,4% 50,0% 50,0% 40,0% 33,3% 25,0% 25,0% 25,0% 25,0% 22,2% 14,3% 14,3% 12,5% 11,1% 11,1%
100,4% 99,7% 43,3% 32,5% 91,2% 81,9% 68,0% 51,4% 4,3% 47,1% 74,4% 10,0% 32,7% 15,4% 19,8% 9,5% 10,4%
ENTIDADE GESTORA
as entidades que contribuem positivamente para essa média, desagregadas por dimensão da oferta, nomeadamente, entidades mais pequenas - com entre um e 10 fundos registados -, entidades de média dimensão - entre 11 e 30 estratégias - e entidades maiores, com mais de 30 fundos registados elegíveis para inclusão no universo de cálculo da classificação de Consistente do Selo FundsPeople 2020.
POR DIMENSÃO
Entre as entidades mais pequenas com maior consistência na sua gama disponível em Portugal são a Acatis, a Fundsmith e a Hermes FM que lideram o ranking. Estas entidades, com apenas um fundo com histórico superior a três anos disponível e simultaneamente classificado com o C do Selo FundsPeople 2020 atingem a quota dos 100% de produtos e património Consistentes. No entanto, neste conjunto de entidades há que destacar também a Invest Gestão de Activos e a Polar Capital, não só por apresentarem um número de fundos consistentes em função do total disponível igual ou superior a 40%, como também por concentrarem nos seus fundos Consistentes mais de 80% do património
Nº DE FUNDOS CONSISTENTES / Nº DE FUNDOS TOTAL (>3 ANOS)
PATRIMÓNIO CONSISTENTE / PATRIMÓNIO TOTAL (>3 ANOS)
Fonte: Elaboração própria com dados da Morningstar Direct do final de 2019. São comparados os fundos consistentes com a oferta registada em cada país com um histórico de mais de três anos de rentabilidade. São eliminadas as categorias de fundos de capital garantido, monetários, obrigações de muito curto prazo e target date/return. São incluídas as gestoras com um rácio de número de fundos consistentes acima dos 8,6% estabelecidos no total da amostra.
ENTIDADES GESTORAS COM OFERTA DISPONÍVEL INTERMÉDIA COM A GAMA DE ESTRATÉGIAS MAIS CONSISTENTE (OFERTA ENTRE 11 E 30 FUNDOS) ENTIDADE GESTORA
Nº DE FUNDOS CONSISTENTES
Nº DE FUNDOS TOTAL (>3 ANOS)
Nº DE FUNDOS CONSISTENTES / Nº DE FUNDOS TOTAL (>3 ANOS)
PATRIMÓNIO CONSISTENTE / PATRIMÓNIO TOTAL (>3 ANOS)
Wells Fargo AM
4
14
28,6%
48,7%
AllianceBernstein PIMCO Vanguard Caixa Gestão de Ativos Capital Group Candriam Oddo BHF Asset Management Vontobel GNB Gestão de Ativos Janus Henderson Neuberger Berman Aberdeen Standard Investments Jupiter AM Lazard
5 6 5 3 4 5 2 4 2 3 3
19 30 26 16 22 28 13 28 15 24 27
26,3% 20,0% 19,2% 18,8% 18,2% 17,9% 15,4% 14,3% 13,3% 12,5% 11,1%
12,0% 72,7% 21,4% 43,8% 12,0% 19,8% 36,7% 42,8% 25,7% 5,5% 12,3%
3
29
10,3%
9,0%
2 1
20 11
10,0% 9,1%
16,7% 1,8%
Fonte: Elaboração própria com dados da Morningstar Direct do final de 2019. São comparados os fundos consistentes com a oferta registada em cada país com um histórico de mais de três anos de rentabilidade. São eliminadas as categorias de fundos de capital garantido, monetários, obrigações de muito curto prazo e target date/return. São incluídas as gestoras com um rácio de número de fundos consistentes acima dos 8,6% estabelecidos no total da amostra.
MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 47
TENDÊNCIAS CAPA
ENTIDADES GESTORAS COM MAIOR OFERTA DISPONÍVEL COM A GAMA DE ESTRATÉGIAS MAIS CONSISTENTE (OFERTA MAIOR QUE 30 FUNDOS) ENTIDADE GESTORA
Nº DE FUNDOS CONSISTENTES
Nº DE FUNDOS TOTAL (>3 ANOS)
Nº DE FUNDOS CONSISTENTES / Nº DE FUNDOS TOTAL (>3 ANOS)
PATRIMÓNIO CONSISTENTE / PATRIMÓNIO TOTAL (>3 ANOS)
T. Rowe Price
12
38
31,6%
43,9%
MFS Pictet AM Goldman Sachs AM Morgan Stanley IM M&G BNY Mellon IM Columbia Threadneedle Investments Investec Fidelity Schroders
9 11 8 7 5 4
32 70 51 45 36 31
28,1% 15,7% 15,7% 15,6% 13,9% 12,9%
47,9% 32,3% 5,0% 33,8% 39,2% 18,4%
7
57
12,3%
19,8%
4 9 10
35 95 114
11,4% 9,5% 8,8%
21,1% 13,6% 24,5%
Fonte: Elaboração própria com dados da Morningstar Direct do final de 2019. São comparados os fundos consistentes com a oferta registada em cada país com um histórico de mais de três anos de rentabilidade. São eliminadas as categorias de fundos de capital garantido, monetários, obrigações de muito curto prazo e target date/return. São incluídas as gestoras com um rácio de número de fundos consistentes acima dos 8,6% estabelecidos no total da amostra.
CONSISTÊNCIA DA OFERTA NAS RESTANTES GESTORAS ENTIDADE GESTORA
Nº DE FUNDOS CONSISTENTES
Nº DE FUNDOS TOTAL (>3 ANOS)
Nº DE FUNDOS CONSISTENTES / Nº DE FUNDOS TOTAL (>3 ANOS)
PATRIMÓNIO CONSISTENTE / PATRIMÓNIO TOTAL (>3 ANOS)
Nordea
5
61
8,2%
22,3%
BlackRock Man Group BNP Paribas AM UBS AM Credit Suisse Eurizon UBP IMGA Invesco BPI Gestão de Activos DWS JPMorgan AM Barclays Amundi HSBC AXA IM Franklin Templeton
7 1 5 5 2 2 2 1 3 1 3 4 1 3 1 1 1
86 13 67 71 30 32 32 20 60 22 74 101 28 95 57 62 78
8,1% 7,7% 7,5% 7,0% 6,7% 6,3% 6,3% 5,0% 5,0% 4,5% 4,1% 4,0% 3,6% 3,2% 1,8% 1,6% 1,3%
8,6% 19,2% 13,5% 21,4% 6,3% 24,2% 14,9% 10,8% 6,8% 1,1% 1,7% 3,8% 8,3% 1,9% 0,5% 0,5% 0,1%
Fonte: Elaboração própria com dados da Morningstar Direct do final de 2019. São comparados os fundos consistentes com a oferta registada em cada país com um histórico de mais de três anos de rentabilidade. São eliminadas as categorias de fundos de capital garantido, monetários, obrigações de muito curto prazo e target date/return. São incluídas as gestoras com um rácio de número de fundos consistentes acima dos 8,6% estabelecidos no total da amostra.
48 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
considerado na análise. Por fim, realça-se também a presença no ranking da Optimize IP com um fundo Consistente e 10,4% do respetivo património. Já no que se refere a entidades gestoras com uma oferta intermédia em Portugal, nomes mais conhecidos e globais começam a surgir. A Wells Fargo AM, AllianceBernstein e PIMCO lideram, apesar de não o fazerem de forma destacada das restantes entidades. De facto, a amplitude do peso dos produtos consistentes na oferta total da amostra de cada entidade é menor quando consideramos entidades com uma oferta entre 11 e 30 fundos, pelo que a Vanguard, a Caixa Gestão de Ativos e o Capital Group posicionam-se nos calcanhares da PIMCO por esta medida. Já em termos de património, a PIMCO surge como a entidade gestora com maior concentração de património em fundos classificados como Consistentes pela FundsPeople em 2020. Destaque, por fim, para a GNB Gestão de Ativos, outra entidade lusa entre estas gigantes internacionais. A T.Rowe Price, MFS IM, Pictet AM e Goldman Sachs são aquelas entidades que, com a oferta mais forte
P
AR
P
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TNE R
AR
TNE
A OPINIÃO DE MÁRIO PIRES Diretor de Clientes Institucionais e do Mercado Português, Schroders
TELETRABALHO PARA ALÉM DO COVID-19
e diversificada (mais de 30 fundos registados com histórico superior a três anos), melhor se posicionam em termos de consistência nos critérios do Selo FundsPeople 2020. No entanto, as duas empresas líderes, T.Rowe Price e MFS IM surgem destacadas das seguintes, com pouco menos de um terço dos fundos marcados com a letra C do nosso selo. As seguintes sete entidades mostram leituras significativamente menores - entre os 11,4% e 15,7%. Em termos de património, são também as duas empresas líderes em número de fundos que ocupam os lugares cimeiros, mas ganha destaque a M&G, como a terceira posicionada, com 39,2% do património na amostra em fundos Consistentes. Fica assim patente um segundo nível de análise da classificação Consistente do Selo FundsPeople 2020. Leitores e analistas têm assim a noção, não só dos fundos individuais que sobressaem no nosso modelo quantitativo, mas também das entidades gestoras que melhor se posicionam entre a oferta que disponibilizam no nosso país. Informação, a mais valiosa commodity!
ITUDE A AMPL DOS DO PESO OS PRODUT TENTES S I S N O C TOTAL A T R E F NA O TRA DE S O M A DA É TIDADE N E A D CA O QUAND R O N E M AMOS R E D I S CON ES COM D A D I T EN ERTA UMA OF MAIOR
As soluções que permitem fazer uma reunião ou conferência à distância estão disponíveis há muito, mas a sua generalização só há pouco começou, com o isolamento imposto pelo Covid-19. Será que o teletrabalho veio para ficar? É certo que não será adotado por todos, mas é expectável que boa parte das empresas o integram no seu quotidiano, porque começam a perceber que lhes aumenta a produtividade - menos tempo e custos de deslocações, aviões, transferes e hotéis – e lhes permite reduzir as emissões para a atmosfera. A redução do tempo em viagem, em especial de longo curso, era já uma medida inscrita nas políticas ambientais de algumas empresas, mas a verdade é que as viagens de negócios continuaram a alimentar o crescimento dos transportes aéreos e do alojamento. Se a aviação não encontrar alternativas sustentáveis para propulsionar os seus motores, a forma que as empresas terão de ir ao encontro das metas de descarbonização é viajar menos. Se isto são más notícias para a aeronáutica, outras áreas deverão beneficiar, com crescimento esperado no software de trabalho remoto e na tecnologia de videoconferência e comunicação. Ainda antes das proibições massivas às viagens (a 05.03), a Associação Internacional de Transportes Aéreos estimava perdas entre os 63 mil milhões e os 113 mil milhões de dólares. Por seu lado, as ferramentas de videoconferência disparavam, como ilustra o Zoom, que entre finais de janeiro e de fevereiro viu duplicar os seus downloads diários. MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 49
TENDÊNCIAS NEGÓCIO por David Blitz
UMA NOVA PERSPETIVA SOBRE O EFEITO DA
VOLATI Segundo a literatura académica, os títulos de alto risco não geram uma rentabilidade maior do que os que apresentam um risco menor.
50 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
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o longo da última década, o estilo de investimento de baixa volatilidade tem ganho muita popularidade. Mas continua a suscitar muitas dúvidas entre os investidores. Um novo relatório de investigação elaborado pela Robeco, oferece uma panorâmica completa sobre esta matéria. Os títulos de alto risco não geram uma rentabilidade maior do que os que apresentam um risco menor. As primeiras evidências deste fenóme-
LIDADE no datam de princípios da década de 1970, quando os estudos empíricos iniciais do modelo de valorização de ativos financeiros, o CAPM (Capital Asset Pricing Model), mostraram que os títulos de alto risco ofereciam rentabilidades inferiores às que previa o modelo 1, e que aqueles com uma variância menor geravam, a longo prazo, um menor rendimento do que os que apresentavam maior risco 2. Mas será real que os títulos de baixo risco superam sistematica-
mente os de elevado risco ao longo do tempo e em distintas zonas geográficas? O que se consideram títulos de baixo risco? O que motiva o efeito de baixo risco? Os investidores conseguem, na prática, tirar partido dele? Como podem abordá-lo? E, depois, se cresce o número de investidores que tentam aproveitar o efeito do baixo risco, poderá acabar anulado pela arbitragem? Num novo relatório de investigação, publicado há mais de uma década depois do seu galardoado estudo
SERÁ REAL QUE OS TÍTULOS DE BAIXO RISCO SUPERAM SISTEMATICAMENTE OS DE ELEVADO RISCO AO LONGO DO TEMPO? MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 51
TENDÊNCIAS NEGÓCIO
HÁ POUCAS PROVAS DE QUE O EFEITO DE BAIXO RISCO PODE SER ANULADO PELA ARBITRAGEM, JÁ QUE MUITOS INVESTIDORES ESTÃO EM POSIÇÃO NEUTRAL
sobre o efeito da volatilidade3, os especialistas da Robeco Pim van Vliet e David Blitz, juntamente com Guido Baltussen, distanciam-se para oferecer uma perspetiva completa da literatura académica existente sobre esta questão. Propõem, desta forma, respostas a algumas das perguntas mais urgentes relativamente à indústria de baixo risco. Apresentam que a volatilidade, ou seja, o desvio típico da rentabilidade, é a principal responsável pela anomalia do baixo risco. Por outras palavras, o efeito de baixo risco pode 52 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
equiparar-se ao efeito da baixa volatilidade. E mais, o efeito da baixa volatilidade mostra-se muito persistente no tempo e está presente em diversos mercados, incluindo os emergentes. Este efeito dá-se também em diversos sectores e níveis de capitalização de mercado.
PERSISTÊNCIA
Os autores tratam também a lógica económica que justifica a existência do efeito do baixo risco, e analisam algumas das explicações que mais frequentemente se dão para este
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A OPINIÃO DE JUAN CARLOS DOMÍNGUEZ Responsável de Vendas, AXA IM
US HIGH YIELD COMO ALTERNATIVA AO S&P 500
fenómeno. Para realizar esta análise, agrupam-se as ditas explicações em cinco categorias principais: restrições, objetivos de rentabilidade relativa, questões de agência, preferência assimétrica e bias de comportamento. Os autores sustentam que o factor de baixa volatilidade não se pode justificar pela alusão a outros factores tais como o value, lucros ou exposição a variações das taxas de juro, e determinam que os estudos publicados que se centram especificamente nesta questão mostram que outros factores conhecidos só podem explicar, na melhor das hipóteses, uma pequena parte do efeito do baixo risco ou os resultados obtidos durante um subperíodo muito concreto. No estudo expõem-se diversas considerações práticas que se devem ter em conta na hora de investir conforme o efeito do baixo risco. Por exemplo, os autores estudam porque é que os investidores que tentam tirar partido do baixo risco, frequentemente adotam um enfoque apenas a longo prazo. Outra questão importante que abordam é a que se refere ao risco de divisas e ao seu tratamento. Os autores mostram também o nível ótimo de rotação que faz falta para aproveitar a anomalia do baixo risco, e sustentam que o investimento de baixo risco precisa de uma rotação reduzida. Desta forma, apontam que as volatilidades são mais importantes do que as correlações, que os índices de baixo risco são pouco ótimos e estão expostos à massificação,
e que é possível integrar eficientemente outros factores numa estratégia de baixo risco. Por último, no estudo, procuramse provas tangíveis de se o efeito de baixo risco poderá encontrar-se já em processo de ficar anulado pela arbitragem, sobretudo por parte dos investidores em fundos de investimento, fundos cotados (ETF) e hedge funds. Na verdade, este enfoque de investimento é tão conhecido hoje em dia que muitos investidores estão preocupados se não poderão ser vítimas do seu próprio êxito. Depois de uma profunda análise, no entanto, os autores concluem que existem escassas evidências de que o efeito do baixo risco pode ver-se anulado pela arbitragem, já que muitos investidores se encontram em posição neutral ou inclusive no lado oposto do aproveitamento do baixo risco. Van Vliet et al. Rechazan, portanto a ideia de que o efeito do baixo risco pode diluir-se ou inclusive desaparecer, pelo menos por agora.
1 Véase: Black, F., Jensen, M. C., y Scholes, M. (1972). The capital asset pricing model: Some empirical tests. Studies in the Theory of Capital Markets, 81(3), 79-121. Véase también: Miller, M. H. y Scholes, M. (1972). Rates of Return in Relation to Risk: A Reexamination of Some Recent Findings. Studies in the Theory of Capital Markets, Praeger, Nueva York, 47-78. Véase también: Fama, E. F., y MacBeth, J. D. (1973). Risk, return, and equilibrium: Empirical tests. Journal of Political Economy, 81(3), 607-636. 2 Haugen, R. A., y Heins, A. J. (1975). Risk and the rate of return on fi nancial assets: Some old wine in new bottles. Journal of Financial and Quantitative Analysis, 10(5), 775-784. 3 Blitz, D., y van Vliet, P. (2007). The Volatility Eff ect. Journal of Portfolio Management, 34(1), 102-113
A dívida de high yield emitida por empresas dos EUA representa o maior mercado do mundo nesta classe de ativos. É o mais maduro e líquido mercado porque as empresas tendem a recorrer à emissão de obrigações, enquanto na Europa o financiamento é canalizado na sua maioria através de bancos. Este artigo pretende olhar para o investimento em high yield americano como uma alternativa complementar ao investimento no S&P 500 e explicar os dados empíricos que mostram o motivo para se considerar esta opção, já que nesta classe de ativos a gestão ativa é superior à gestão passiva. Em 2019, os títulos high yield US e S&P 500 obtiveram 14,4% e 31,5%, respetivamente. Olhando para um horizonte de tempo mais longo, as obrigações high yield dos EUA mantiveram o mesmo ritmo que as ações, mas sofreram quedas menores nos períodos de volatilidade. Assim, nos últimos 20 anos, as obrigações high yield dos EUA alcançam uma rentabilidade média superior ao S&P 500 (7,01% vs. 6,33% anualizado) e, enquanto a correlação entre os dois é alta (0,65 durante os últimos 20 anos), existem diferenças significativas nas suas volatilidades associadas que tornam as obrigações high yield dos EUA muito menos voláteis: 8,96 em comparação com 14,53 para ações. No meio da crise do coronavírus, as eleições norte-americanas ou o Brexit fazem-nos prever uma maior incerteza. Tendo isto em conta, gerar retornos com ações parece ser mais difícil do que cobrar cupões das obrigações de high yield. Por isso, devemos considerar estas obrigações como uma alternativa às ações: retornos semelhantes, mas menor volatilidade. MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 53
TENDÊNCIAS GESTÃO
por Joel Silva
FUNDOS DE AÇÕES AMERICANAS
O QUE MUDOU COM TRUMP?
Em 2020 completam-se quatro anos desde que Trump foi eleito presidente dos Estados Unidos, e o mundo prepara-se para conhecer o seu sucessor ou assistir a uma reeleição. Neste último quadriénio, os tempos não só mudaram como continuam a mudar. E nos fundos de ações americanas, o que mudou?
N
a madrugada do dia nove de novembro de 2016, o mundo ficou a saber que Donald J. Trump tinha assegurado os 10 votos eleitorais do estado do Wisconsin, conferindo-lhe maioria no colégio eleitoral. Ou seja, os Estados Unidos da América tinham acabado de conhecer o seu novo presidente eleito. A condução do nova-iorquino à Casa Branca insere-se num momento de grande expectativa em termos económicos, o que ampliava as questões da influência do novo presidente sobre as mesmas. Contudo, os efeitos da influência de Trump sobre a economia americana estendemse além-fronteiras, sendo o mercado americano um foco de investimento a nível global, quer pela sua história, como pela sua dimensão. E prova disso mesmo são os diversos fundos de investimento que se especializam nessa geografia. Neste artigo propomos fazer o exercício de identificar as mudanças na gestão dos fundos nacionais de ações americanas, ao longo do último mandato, resultantes do impacto das medidas assumidas pelo presidente americano em funções. Serão considerados dados dos últimos quatro anos (dezembro de 2016 a dezembro de 2019) das carteiras dos fundos BPI América (BPI Gestão de Ativos), IMGA Ações América (IM Gestão de Ativos), Caixa Acções EUA (Caixa Gestão de Ativos), Santander Acções América (Santander Asset Management) e NB America Growth (GNB Gestão de Ativos, domiciliado no Luxemburgo).
DAS MEDIDAS À CARTEIRA
Uma das propostas de bandeira do atual presidente americano tratava-se de reduzir a taxa de imposto sobre os contribuintes singulares e, em especial, 54 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
CONSUMER CYCLICAL
THE HOME DEPOT
CONSUMER CYCLICAL
CHEVRON CORP
ENERGY
WALMART
CONSUMER DEFENSIVE
AMERICAN EXPRESS
FINANCIAL SERVICES
BANK OF AMERICA
FINANCIAL SERVICES
GOLDMAN SACHS GROUP
FINANCIAL SERVICES
GOLDMAN SACHS GROUP
FINANCIAL SERVICES
UNITEDHEALTH GROUP
HEALTHCARE
JPMORGAN CHASE
FINANCIAL SERVICES
ALPHABET
TECHNOLOGY
UNITEDHEALTH GROUP
HEALTHCARE
APPLE
TECHNOLOGY
BOEING
INDUSTRIALS
BROADCOM
TECHNOLOGY
FEDEX CORP
INDUSTRIALS
INTER.L BUSINESS MACHINES CORP
TECHNOLOGY
APPLE
TECHNOLOGY
MICROSOFT
TECHNOLOGY
MICROSOFT
TECHNOLOGY
AMAZON
CONSUMER CYCLICAL
AMAZON
CONSUMER CYCLICAL
WALMART
CONSUMER DEFENSIVE
WALMART
CONSUMER DEFENSIVE
BERKSHIRE HATHAWAY
FINANCIAL SERVICES
BERKSHIRE HATHAWAY
FINANCIAL SERVICES
GOLDMAN SACHS GROUP
FINANCIAL SERVICES
GOLDMAN SACHS GROUP
FINANCIAL SERVICES
ELI LILLY AND CO
HEALTHCARE
ELI LILLY AND CO
HEALTHCARE
UNITEDHEALTH GROUP
HEALTHCARE
UNITEDHEALTH GROUP
HEALTHCARE
BOEING
INDUSTRIALS
BOEING
INDUSTRIALS
ALPHABET
TECHNOLOGY
ALPHABET
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APPLE
TECHNOLOGY
APPLE
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MICROSOFT
TECHNOLOGY
MICROSOFT
TECHNOLOGY
2017
THE HOME DEPOT
2019
2018
2016
TÍTULOS COM MAIOR PONDERAÇÃO NAS CARTEIRAS DOS FUNDOS NACIONAIS DE AÇÕES AMERICANAS
Fonte: Morningstar Direct
nas empresas; incentivo esse que teve um impacto previsível no tecido empresarial, mas também nas estratégias de investimento. “A eleição de Donald Trump forçou a uma reavaliação dos pressupostos macroeconómicos que vigoravam até à altura”, enquadra António Dias, gestor do IMGA Ações América. As medidas de incentivo económico tais como “propostas de desregulamentação e estímulo fiscal via corte de impostos resultaram numa rotação sectorial em termos de performance, dando destaque positivo para os sectores de cariz financeiro”. Fátima Só, gestora do NB Ameri-
ca Growth, confirma esta movimentação afirmando que “a seleção de empresas privilegiou a exposição a sectores cíclicos da economia, na medida em que iriam beneficiar das políticas fiscais” e, como tal, “foi reforçado o peso em empresas dos sectores de construção, industriais, consumo e financeiras”. Olhando particularmente para o sector financeiro, entre 2016 e 2017 a ponderação deste sector no conjunto das carteiras analisadas ascendeu aos 18,5%, uma variação de 2,88 pontos percentuais. Contudo, tal como mencionado anteriormente, os movimentos relevan-
A PONDERAÇÃO DO SECTOR FINANCEIRO NO CONJUNTO DAS CARTEIRAS ANALISADAS ASCENDEU AOS 18,5% MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 55
TENDÊNCIAS GESTÃO
DISTRIBUIÇÃO DA CARTEIRA POR SECTOR DE ATIVIDADE OTHER
CONSUMER CYCLICAL
FINANCIALS
CONSUMER DEFENSIVE
HEALTHCARE
INDUSTRIALS
ENERGY TECHNOLOGY
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0 2016
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ALOCAÇÃO POR ESTILO DE AÇÃO VALUE
CORE
GROWTH
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30
25 2016
2017
2018
2019
Fonte: Morningstar Direct
tes em carteira não se ficaram somente pelas empresas financeiras. Também as companhias industriais viram a sua relevância em carteira aumentar incrementalmente após a nomeação de Trump, o que se espelha na ascensão da FedEx e da Boeing aos principais títulos nas carteiras dos fundos, tendo esta última permanecido nos anos seguintes. Em sentido contrário, também se registaram detrimentos, em particular 56 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
nos sectores energético e tecnológico. Contudo, o comportamento deste último tem uma particularidade: apesar de a tendência da sua ponderação ter sido maioritariamente descendente, o sector tecnológico permaneceu o mais bem representado em carteira, nunca baixando da casa dos 18%. Esta movimentação é também ilustrada pelos títulos com maior ponderação em carteira, já que em 2016 vigoravam cinco empresas deste
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A OPINIÃO DE DIOGO GOMES Diretor de Vendas, UBS AM
sector nessa lista, reduzindo substancialmente nos anos seguintes. De notar, contudo, a manutenção da presença da Apple e Microsoft ao longo de todo o período de análise.
QUANTO CUSTA FINANCIAR UMA TRANSIÇÃO ENERGÉTICA SUSTENTÁVEL?
2020: E AGORA?
Quatro anos passados e já se encontra agendada nova ida às urnas para o dia três de novembro. Sabemos que os cidadãos norte-americanos vão encontrar novamente o nome de Donald Trump no boletim de voto, ficando a outra vaga a ser preenchida por Bernie Sanders ou Joe Biden. Contudo, não é só a escolha do oponente democrático que permanece uma incerteza. No final de 2019 já se podia assistir a uma subida na carteira dos fundos nacionais de ações americanas do peso de títulos do sector consumer defensive, que inclui empresas produtoras de géneros alimentícios e itens de grande consumo e que geralmente não são tão prejudicadas em tempos de incerteza económica. Contudo, a principal diferença deuse ao nível do estilo de ações detidas. Como é possível observar no gráfico, logo no ano após a eleição de Trump foi atribuída uma maior preferência por ações do estilo value em detrimento do estilo growth, com base em dados da Morningstar Direct. Porém, apesar de no ano seguinte se ter registado um equilíbrio no estilo dos títulos detidos, no final de 2019 registava-se uma clara ascensão das ações core, que assentam no meiotermo entre os dois estilos. Curiosamente, este conjunto de alterações de cariz defensivo parece-se agora alinhar com a onda epidémica e o tsunami económico iminente, questões essas que tomam agora mais peso na consciência dos gestores de ativos, e que acabam por asfixiar o tema das eleições. “Para o ano eleitoral 2020, o desafio é difícil uma vez que temos até às eleições um cenário macroeconómico
LOGO NO ANO APÓS A ELEIÇÃO DE TRUMP FOI ATRIBUÍDA UMA MAIOR PREFERÊNCIA POR AÇÕES DO ESTILO VALUE EM DETRIMENTO DO ESTILO GROWTH
complicado devido aos efeitos da pandemia”, expõe Fátima Só. “O debelar desta crise é porventura muito mais relevante do que as eleições americanas agendadas para novembro”, completa António Dias. Se há quatro anos as questões e as surpresas rondavam à volta de quem se iria sentar na sala oval, hoje estas estão concentradas nas respostas daquele que governará o Novo Mundo na nova era que se avizinha.
À pergunta sobre quanto dinheiro é necessário para financiar um modelo energético sustentável a nível global seguem-se uma grande disparidade de respostas. Para alcançar a completa descarbonização da economia, vão necessitar de recursos sem precedentes. De facto, entre 2017 e 2018 foram alocados 579.000 milhões de dólares a temas relacionados com o clima. Segundo o Think Thank Carbon Tracker, um grupo de especialistas, o investimento em renováveis poderá alcançar o bilião de dólares por ano. Por sua vez, a Agência Internacional da Energia (AIE) projeta um investimento anual de 1,6 biliões de dólares desde 2025 até 2030. Por último, a organização Climate Policy sugere que requer um investimento anual de entre 1,6 e 3,8 biliões de dólares entre 2016 e 2050. Os fluxos de financiamento do clima aumentaram no período 2017/2018 em 116.000 milhões de dólares, o que representou um aumento de 25%. Em 2019 estudos da UBS AM concluíram que a maioria dos investidores europeus considera que os critérios ESG nos próximos cinco anos poderão superar os fatores financeiros. Também o UNS 2019 Global Family Office revelou que, entre uma série de tendências de investimento, o clima é a causa mais apoiada, com 62% dos inquiridos a investir na luta contra as alterações climáticas.
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TENDÊNCIAS ESTRATÉGIAS por Ana Palomares
PODE-SE PARTICIPAR NAS
MEGATENDÊNCIAS SEM INVESTIR EM AÇÕES?
A vasta maioria das ferramentas para aproveitar as mudanças estruturais do amanhã implica o investimento em ações. Não obstante, no universo de obrigações também há alternativas para ter exposição a estas temáticas.
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s megatendências tornaram-se numa das linhas de negócio a que recorreram as gestoras nos últimos anos para ampliar a gama de soluções do investidor. É cada vez mais complicado obter as rentabilidades vistas no passado, e fazê-lo ao investir em estratégias tradicionais de obrigações e ações perante o elevado peso que as políticas monetárias ou os riscos geopolíticos têm nos mercados em detrimento de aspetos mais fundamentais. Neste contexto, as gestoras procuram investidores que não se deixem levar pelos tweets de Trump ou pelos eventos de curto prazo no momento de compor as suas carteiras, mas que optem por um investimento a longo prazo
58 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
nas empresas que têm hoje todas as ferramentas para beneficiar das mudanças estruturais que o mundo enfrentará nas próximas décadas. A mera palavra megatendências casa muito bem com essa ideia, além de contar com a vantagem de que são estratégias próximas e fáceis de entender por parte de todo o tipo de investidores, visto que muitas estão presentes no seu dia a dia: mudanças climáticas, digitalização, demografia, tecnologia… Por isso, nos últimos anos o universo de fundos temáticos não deixou de crescer e cada vez são mais as gestoras que sucumbiram a este tipo de produtos. Não obstante, quando canalizamos a oferta de fundos que investem em megatendências damo-nos conta de que uma ampla maioria destass pertence a
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EMISSÕES DE OBRIGAÇÕES VERDES NOS ÚLTIMOS ANOS Dados em biliões de dólares TOTAL ANUAL
TOTAL ACUMULADO
1,2
1
0,8
0,6
0,4
0,2
0 2012
2013
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Fonte: Brandywine Global.
um único tipo de ativo, as ações, o que leva a perguntar se é possível participar nessas tendências estruturais através de outros ativos diferentes no mercado de ações. A FundsPeople perguntou a várias empresas especializadas neste tipo de estratégias o porquê de as ações parecerem a melhor forma de se aproximar destes novos universos, e são várias as razões que o justificam. “A metodologia de investimento temático baseada em megatendências baseia-se na seleção de ações, tendo em conta, entre outros aspetos fundamentais, a exposição do valor da empresa ou das suas vendas/lucros a um tema. Não obstante, em obrigações, exceto por fatores ESG de um emissor ou financiamento de projetos verdes, é difícil discriminar a exposição de uma obrigação
a uma ou várias megatendências. As ações participam das vendas e lucros associados ao tema, mas a dívida não”, aponta Gonzalo Rengifo, diretor-geral da Pictet AM para a Península Ibérica e América Latina. De facto, segundo explica Manuel Gutiérrez-Mellado, diretor de Clientes Institucionais da BlackRock para a Península Ibérica, “com obrigações não temos exposição a lucros e o normal é que a dívida que se emite não seja a tão longo prazo. Se investe em obrigações, o máximo lucro que pode conseguir é que os cupões sejam pagos”. Vafa Ahmadi, responsável global de Ações Temáticas e CEO da CPR AM, boutique da Amundi AM, alude, também, outra razão de peso para optar pelas ações no momento de
AMPLA MAIORIA DOS FUNDOS DE MEGATENDÊNCIAS PERTENCE A UM ÚNICO ATIVO: AS AÇÕES... PORQUÊ?
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TENDÊNCIAS ESTRATÉGIAS
O QUE SE CONSEGUE AO INCLUIR MEGATENDÊNCIAS NA CARTEIRA MSCI ACWI
ÍNDICE DE OBRIGAÇÕES SOBERANAS DO BANK OF AMERICA MERRILL LYNCH
RENTABILIDADE, % ANUALIZADA 7% 48,1 %
6% 38,3 %
5% 26,5 %
4% 18,7 %
3% 2% 1%
%
0% 5%
7%
9%
11%
13%
DESVIO PADRÃO, % ANUALIZADO Fonte: Pictet. Rentabilidade e desvio padrão anualizado dos últimos 10 anos.
investir em megatendências, já que ambas são estratégias que exigem uma visão a longo prazo. “As ações e as megatendências partilham o horizonte de investimento a longo prazo, oferecem rendimentos potenciais mais elevados e estão, portanto, melhor posicionadas para capturar a maior parte do crescimento adicional”, afirma. Por sua vez, Martina Álvarez, diretora de Vendas da Janus Henderson, alude a fatores como a diversificação ou a liquidez do mercado para justificar a alta presença de ações no universo de megatendências. “O tamanho do universo de investimento atual em obrigações é insuficiente; tanto o perfil de liquidez como o número de emissões/emissores para contar com uma carteira bem equilibrada”, aponta. Francisco Lomba, analista de Investimentos da Afi, dá como exemplo o que acontece com as tecnologias, 60 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
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PICTET GLOBAL MEGATRENDS SELECTION
ALOCAÇÃO A AÇÕES TEMÁTICAS 15%
17%
que são incluídas em várias megatendências, sobre as quais diz que “têm um nível de endividamento reduzido, as suas emissões de obrigações são reduzidas e se não há tantas emissões não há universo de investimento suficiente”.
AS OPÇÕES
Não obstante, no universo de obrigações também há opções para investir em megatendências. Uma delas é a que versa sobre as alterações climáticas. Vê-se na oferta de fundos que investem em obrigações verdes, o que é o mesmo que obrigações emitidas por empresas (e agora também governos) para financiar projetos que se foquem na luta contra as alterações climáticas e que já acumularam emissões no valor de um bilião de dólares (ver gráfico na página anterior). “É certo que por agora o investimento temático desenvolveu-se
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se consideram compatíveis ou que até contribuem para a realização destes objetivos”, afirma Ahmadi. De facto, são cada vez mais as gestoras que estão a aplicar já os princípios da ONU na seleção de emissões de empresas, e também governos, que depois incluem nas suas carteiras. Tanto que, segundo a Global Sustainable Investment Alliance, em 2016 os ativos geridos em obrigações com critérios responsáveis superavam os de ações (64% vs. 33%, respetivamente sobre o total) no Canadá e na Europa, os únicos mercados que ofereciam dados nesse momento. Ao fim e ao cabo, segundo explica Manuel Gutiérrez-Mellado, “no tema da sustentabilidade acreditamos que as empresas serão afetadas positivamente no momento do refinanciamento. Reduzem risco e as suas emissões podem ser mais baratas”.
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principalmente através dos fundos de ações, mas isto não significa que daqui para a frente não possamos ver surgir novas estratégias de obrigações e de multiativos com um ângulo temático”, afirmam na AXA IM. A gestora já oferece um desses fundos que investem em obrigações verdes, tal como o fazem a Allianz GI, a Amundi, a BNP Paribas AM, a DWS, a iShares… E ainda que não seja claro se é preciso considerar o investimento socialmente responsável (ISR) no grupo de megatendências ou se se trata de algo muito mais amplo, o certo é que também é possível aproximar-se do ISR através das obrigações. “As obrigações fazem sentido em relação aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, dado que o princípio de investimento subjacente é emprestar dinheiro a empresas que
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M UMA OPÇÃO DE INVESTIMENTO EM MEGATENDÊNCIAS ATRAVÉS DE OBRIGAÇÕES É O DAS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS
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A OPINIÃO DE ANA CARRISSO Senior sales manager, Fidelity International
O SECTOR DA TECNOLOGIA ESTÁ BEM PREPARADO PARA AS CONSEQUÊNCIAS DO CORONAVÍRUS Apesar da profundidade da crise do coronavírus, acreditamos nas avaliações e nos fundamentais positivos do sector da tecnologia. Compara-se muito esta situação não só com a grande crise financeira de 2008 como também com a bolha dotcom em 2000. Mas há diferenças significativas. Hoje os fundamentais são sólidos e baseados na procura real (capacidade computacional em cloud, publicidade digital, e-commerce) e as empresas estão a gerar receitas e lucros. Em 2000, a procura por tecnologia era conduzida pela esperança na procura futura, as empresas não tinham modelos de negócio sólidos para monetizar o tráfego na web, e havia uma capacidade sobrecarregada. O sentimento de valuation hoje é muito mais racional – comercializando em torno de aproximadamente 20x price-to-earnings em comparação com as avaliações de 50-60x em 2000. Mas não são apenas os serviços online que estão bem preparados. O buildout 5G continuará a ser um tema estratégico para as telecomunicações, que não vemos ser afetados por este problema. Os veículos elétricos também vão continuar. A inteligência artificial e machine learning vão aumentar graças à maior procura. Por fim, as empresas têm diversificado os locais de fabricação fora da China, portanto, independentemente da guerra comercial, acreditamos que esses esforços continuarão. MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 61
TENDÊNCIAS PLANIFICAÇÃO
por Miguel Rêgo, CFA
SELO, SELLO, MARCHIO
ABC FUNDSPEOPLE 2020
Em três idiomas atribuímos anualmente os Selos FundsPeople. Das centenas de fundos que recebem alguma ou várias das três classificações, apenas alguns preenchem todos os requisitos para consolidar as três letras no seu selo.
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FUNDOS COM A TRIPLA CLASSIFICAÇÃO DO SELO FUNDSPEOPLE 2020 Património 2019 em Euros Acatis Gané Value Event Fonds 4 033 144 132 Brown Advisory US Equity Growth 976 004 795 Eleva UCITS Fund - Fonds Eleva Absolute Return Europe 1 525 617 810 Evli Short Corporate Bond 1 806 904 552 Fidelity Funds - Global Multi Asset Income Fund 9 316 217 583 Jupiter Global Fund - Jupiter European Growth 1 976 106 834 M&G (Lux) Inv. Funds 1 - M&G (Lux) Optimal Income Fund 20 190 018 867 MFS Meridian Funds - European Research Fund 2 653 386 444 MFS Meridian Funds - European Value Fund 4 937 941 053 MFS Meridian Funds - Prudent Wealth Fund 3 108 475 809 Morgan Stanley Investment Funds - Global Brands Fund 14 163 978 227 Nordea 1 - European Covered Bond Fund 5 661 182 279 Nordea 1 - Global Climate and Environment Fund 2 433 623 428 Oddo BHF Avenir Europe 3 099 520 816 Pictet-Multi Asset Global Opportunities 5 708 015 309 PIMCO GIS Income Fund 72 179 878 528 Schroder Intern. Selection Fund EURO Corporate Bond 9 613 196 723 Vontobel Fund - US Equity 3 413 727 107 Fundo
Categoria Morningstar
Entidade Gestora
Selo 2020
Selo 2019
EUR Moderate Allocation - Global US Large-Cap Growth Equity Alt - Long/Short Equity - Europe EUR Corporate Bond - Short Term USD Moderate Allocation Europe Large-Cap Growth Equity EUR Cautious Allocation - Global Europe Large-Cap Blend Equity Europe Large-Cap Blend Equity USD Aggressive Allocation Global Large-Cap Growth Equity EUR Corporate Bond Sector Equity Ecology Europe Small-Cap Equity EUR Cautious Allocation - Global Global Flexible Bond - EUR Hedged EUR Corporate Bond US Large-Cap Growth Equity
Acatis Brown Advisory Eleva Capital Evli Fidelity Jupiter AM M&G MFS MFS MFS Morgan Stanley IM Nordea Nordea Oddo BHF Asset M. Pictet AM PIMCO Schroders Vontobel
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Selo 2018
Selo 2017
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Selo 2016
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Fonte: Elaboração própia com dados da Morningstar Direct
FUNDOS ABC EM PERÍODOS CONSECUTIVOS Fundo Jupiter Global Fund - Jupiter Europ. Growth MFS Meridian Funds - European Value Fund MFS Meridian Funds - Prudent Wealth Fund Oddo BHF Avenir Europe PIMCO GIS Income Fund MFS Meridian Funds - European Value Fund PIMCO GIS Income Fund
Entidade Gestora Jupiter AM MFS MFS Oddo BHF Asset Manag. PIMCO MFS PIMCO
Selo 2020
Selo 2019
Selo 2018
Selo 2017
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Selo 2016
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Fonte: Elaboração própria
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proeza de acumular as três classificações do Selo FundsPeople 2020 está reservada para 18 estratégias de investimento de 15 casas de investimento distintas. São fundos que sobressaem nas três vertentes distintas. Resultados de retorno e risco? Check! Fundos que acumulam capital ibérico investido? Check! Estão no top of mind dos analistas de fundos quando se pergunta
pelos fundos favoritos? Check! São três critérios de sucesso de um fundo de investimento validados num só selo. O ano de 2020 é aquele em que se acumula um maior número de fundos com selo ABC em Portugal. Em 2019 eram sete, nove em 2018 e novamente sete em 2017. Cabe-me começar com uma menção importante que não pode deixar de ser feita àquelas entidades gestoras que acumulam mais do que um fundo com a tripla classificação
A PROEZA DE ACUMULAR AS TRÊS CLASSIFICAÇÕES DO SELO FUNDSPEOPLE 2020 ESTÁ RESERVADA PARA 18 ESTRATÉGIAS DE 15 CASAS DISTINTAS
MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 63
TENDÊNCIAS PLANIFICAÇÃO
FUNDOS COM A TRIPLA CLASSIFICAÇÃO ABC EM PORTUGAL, ESPANHA E ITÁLIA EM 2020 Fundo
Divisa base
Património (eur) Dez. 2019
Categoria Global
Eleva UCITS Fund - Fonds Eleva Absolute Return Europe
Euro
1.520.563.443
Alternativos
M&G (Lux) Optimal Income Fund
Euro
20.256.078.831
Multiativos
MFS Meridian Funds - European Research Fund
Euro
2.653.386.444
Ações
MFS Meridian Funds - European Value Fund
Euro
4.937.941.053
Ações
MFS Meridian Funds - Prudent Wealth Fund
Dólar USA
3.108.475.809
Multiativos
Morgan Stanley Investment Funds - Global Brands Fund
Dólar USA
14.033.129.320
Nordea 1 - European Covered Bond Fund
Euro
5.684.617.966
Renta Fija
Nordea 1 - Global Climate and Environment Fund
Euro
2.448.928.967
Ações
Oddo BHF Avenir Europe
Euro
2.883.254.354
Ações
Pictet-Multi Asset Global Opportunities
Euro
5.737.517.742
PIMCO GIS Income Fund
Euro
72.179.878.528
Obrigações
Schroder ISF EURO Corp. Bond
Euro
9.653.450.881
Obrigações
Dólar USA
3.451.134.539
Vontobel Fund - US Equity
Selo FundsPeople 2020
Ações
Multiativos
Ações
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Fonte: Elaboração própia com dados da Morningstar Direct
JÁ SÃO CINCO OS PERÍODOS EM QUE A FUNDSPEOPLE AGREGA E DIVULGA OS SELOS
do Selo FundsPeople 2020. Destacada está a MFS IM com três das suas estratégias classificadas, duas de ações europeias e uma de alocação. Sobressai também a Nordea AM. Esta casa de investimento nórdica coloca nesta lista o único fundo verde, neste caso de ações, mas também uma estratégia de covered bonds. Sem menos mérito, no entanto, estão as restantes 13 entidades gestoras. O misto de fundos com a tripla classificação não é de todo homogéneo e apenas com recurso a esta shortlist temos um conjunto diverso de soluções de investimento que satisfazem distintas necessidades de investimento. Cinco fundos de alocação - cautelosos, moderados e agressivos -, quatro de obrigações - corporativas, flexíveis e cobertas - e oito fundos de ações - europeias, americanas e globais.
CONTINUIDADE
São já cinco os períodos em que a FundsPeople agrega e divulga os selos. Podemos assim fazer o exercício de olhar para o passado e verificar quais aqueles fundos com a tripla clas64 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
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A OPINIÃO DE ANA CLAVER GAVIÑA, CFA Diretora executiva para Portugal, Espanha e Chile, Robeco
SÃO 13 OS FUNDOS ABC EM COMUM EM PORTUGAL, ESPANHA E ITÁLIA
sificação que assim se mantêm há mais tempo. Dois anos consecutivos com os três destaques são conseguidos por cinco fundos de investimento. O Jupiter European Growth, da Jupiter AM, os MFS Meridian European Value e MFS Meridian Prudent Wealth, da MFS IM, o Oddo BHF Avenir Europe da ODDO BHF AM e o PIMCO GIS Income, da PIMCO. E finalmente, se considerarmos um período de três anos consecutivos, ficam a MFS IM e a PIMCO em evidente destaque, com o MFS MF European Value Fund e o PIMCO GIS Income. Este último é o único que obtém a tripla classificação quatro anos consecutivos.
SELO, SELLO, MARCHIO
A atribuição dos Selos FundsPeople ocorre, em 2020, em três países europeus. Sejam selos, sellos, ou marchi, são três os idiomas em que a FundsPeople os atribui, nomeadamente, em Portugal, Espanha e Itália. Este ano foram 25 os fundos que em Espanha conseguiram a tripla classificação e 21 em Itália, o que contrasta com os
13 e seis, respetivamente, que a obtiveram no ano passado. Se compararmos os nomes em comum nos três países obtemos outro número record. São 13 os fundos ABC em comum em Portugal, Espanha e Itália, o que compara com os três do ano passado e os oito de 2018. Há três fundos que repetem o ABC nos três países pelo segundo ano consecutivo: MFS Meridian Funds European Value Fund, MFS Prudent Wealth e PIMCO GIS Income Fund. Posto isto, é evidente que os primeiros meses de 2020 estão a representar um verdadeiro desafio para os investidores e, consequentemente, para as entidades gestoras. Esse desafio é também um novo teste àqueles fundos que se têm mantido consistentemente nas tabelas dos Selos FundsPeople. Os números e selos de 2021 dir-nos-ão o impacto que terão. Entretanto, muitos parabéns às entidades gestoras que têm posicionado os seus fundos entre aqueles que cumprem os critérios para obter as três classificações do Selo FundsPeople.
A MELHOR FORMA DE INVESTIR NA TRANSIÇÃO ENERGÉTICA As cimeiras e fóruns ambientais ou económicos puseram definitivamente sobre a mesa a emergência climática. Os objetivos do Acordo de Paris pretendem uma geração com “energias limpas”, contando com uma maior eletrificação, digitalização, redes inteligentes e armazenamento. Especialistas em energias veem um problema na velocidade necessária para que a transição cumpra com os objetivos propostos, tornando-se necessário um maior impulso em inovação e eficiência energética. Por isso, a estratégia de investimento da RobecoSAM Smart Energy focase em empresas com visão, que proporcionam produtos e serviços com soluções competitivas e sustentáveis para as necessidades energéticas atuais, apostando em: energias renováveis, distribuição energética, gestão energética, eficiência energética. Mas o excessivo foco no sector elétrico e o transporte não devem fazer com que nos esqueçamos da necessária transição industrial, nem a escassez dos recursos. É por isso que o fundo RobecoSAM Smart Materials investe em empresas que oferecem soluções para consumo com recursos finitos, oferecendo produtos e serviços que substituam ou melhorem os processos e materiais existentes, atendendo a áreas de rápido crescimento como a mobilidade elétrica, a robótica e os materiais ligeiros. MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 65
TENDÊNCIAS LEGISLAÇÃO por Margarida Amador e Marcos Sousa
INVESTIMENTO SU
A PROPORCIONALIDA DE URGÊNCIA Transparência e harmonização da informação são os pontos-chave do regulamento da UE relativo à divulgação de informações relacionadas com a sustentabilidade e a definição das políticas e processos de tomada de decisões de investimento.
66 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
E
m tempos em que a incerteza e a urgência deixam de ser cenários de horizontes possíveis e passam a condição e condicionante de cada estratégia e de cada atuação dos agentes económicos – empresas, investidores e empresas de investimento, governos, reguladores – fica mais clara a necessidade de criar, ao nível legal e regulatório, sistemas de incentivo, finamente desenhados, que guiem as escolhas e opções desses agentes para direções que se antecipa serem as mais desejáveis. Como sempre, o caminho é estreito para os decisores políticos e os reguladores: entre objetivos de longo prazo e condicionantes imediatas, entre a salvaguarda da liberdade de iniciativa e o peso das necessidades coletivas que os mercados podem não assegurar, entre a manutenção de condições de concorrência e a atenção às diferentes circunstâncias, dimensões, capacidades e riscos de cada categoria de agentes. Nada disto é novo na regulação económica, e nada disto é novo para o jurista: a lei, e a justiça que é a sua aplicação ao concreto das coisas, assentam sempre na consideração proporcional daqueles a quem se dirigem. Ou seja,
enformam necessariamente um princípio de proporcionalidade. Um bom exemplo dos dilemas em causa, e da necessidade de considerar e ponderar permanentemente objetivos, interesses e sacrifícios, é, no quadro da crescente imposição aos agentes económicos da consideração transparente dos fatores ambientais, sociais e de governance (ESG) na tomada de decisões, o da aplicação do Regulamento (UE) n.º 2019/2088 do Parlamento Europeu e do Conselho, publicado a 9 de dezembro de 2019 e relativo à divulgação, no sector dos serviços financeiros, de informações relacionadas com a sustentabilidade e a definição das políticas e processos de tomada de decisões de investimento. Com o objetivo de assegurar a competitividade a longo prazo da economia da União Europeia num cenário de transição urgente para um sistema mais sustentável e eficiente, o Regulamento foca-se na transparência e na harmonização da informação, requerendo aos gestores de ativos a definição de políticas sobre a integração dos riscos em matéria de sustentabilidade, a integração dessas políticas nos seus processos de tomada de decisões de investimento,
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A OPINIÃO DE RITU VOHORA Diretora de Ações Globais, M&G Investments
STENTÁVEL:
DE EM TEMPOS e a sua divulgação, de forma atualizada, nos seus sítios web. A descrição do modo como as decisões de investimento tomaram em conta os riscos em matéria de sustentabilidade e os resultados da avaliação dos potenciais impactos de tais riscos no rendimento dos produtos financeiros disponibilizados deve passar a constar da informação pré-contratual relativa a cada produto de investimento. A tudo acrescem obrigações periódicas de reporte. Não discutindo a bondade das intenções, parece claro que, como desde cedo alertou o Securities and Markets Stakeholders Group no seio da ESMA, este tipo de medidas tende a criar dificuldades acrescidas às empresas de menor dimensão, para quem os custos associados ao acesso a recursos, formação, documentação, divulgação e controles serão, comparativamente, maiores ou mais relevantes e por isso, “reguladores e supervisores devem ser particularmente cautelosos para que as pequenas empresas independentes não sejam afastadas”. A proporcionalidade é uma pedra angular da política da Comissão e, como a ESMA veio a considerar, já o Regulamento Delegado 2017/565 da Comissão, de 25 de abril de 2016, de-
termina no Artigo 21 que os requisitos de organização das empresas de investimento tomem em conta a sua natureza e dimensão, e sejam adequados à complexidade das atividades de investimento que prosseguem. Muito haverá ainda a discutir, no entanto, no processo de concretização do princípio de proporcionalidade, que exige a legisladores e reguladores um processo permanente de justificação de decisões na modelação, adaptação e evolução das regras ESG, condição do sucesso da evolução social e sistémica que essas regras, esperamo-lo, nos incentivarão a fazer.
EMPRESAS DE MENOR DIMENSÃO TERÃO DIFICULDADES ACRESCIDAS NESTE CONTEXTO
CORONAVÍRUS: AGENTE NÃO DESEJADO PARA A MUDANÇA? A pandemia acontece num momento de crescente agitação social, fricções comerciais e populismo. Apesar das repercussões claramente trágicas do vírus poderá haver uma réstia de esperança no surto para a China e as ambições de sustentabilidade no mundo? Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU são uma chamada urgente para a ação. Irradicação da pobreza, melhorias na saúde e educação, redução da desigualdade, estímulos económicos, mudanças climáticas e preservação de oceanos e florestas são áreas de foco. O COVID-19 poderá ser um agente não desejado para a mudança. Garantir uma vida sã e promover o bem-estar é essencial para o desenvolvimento sustentável. A decisão da China sobre a proibição do comércio e consumo de animais selvagens é uma resposta ao surto de coronavírus. As mudanças climáticas também estão em jogo. As medidas adotadas para travar a propagação fizeram com que a emissão de gases de efeito estufa diminuíssem na China. Apesar de ter sido temporário, isto poderá levar o governo chinês a refletir sobre a estrutura da sua economia e os seus esforços para ser mais sustentável. MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 67
TENDÊNCIAS ADVISORY por Margarida Pinto
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Não é um déjà vu. Voltámos a reunir as bancas privadas à mesma mesa para perceber como é que foi o caminho das pedras de MiFID II. Otimismo foi o tom, mas com relutância sobre o que estará para vir em MiFID III. 68 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
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udo está bem quando acaba bem. Esta apropriação do título de uma peça de Shakespeare (All’s Well That Ends Well) quase que poderia ser um bom epitáfio para o processo subjacente a MiFID II. Dois anos depois de a FundsPeople ter reunido à mesa as bancas privadas nacionais para perceber como é que iriam lidar com esta diretiva, há agora espaço para um tom bem mais positivo, mas ainda assim consciente de pormenores a melhorar na vindoura MiFID III. O exercício de memória dos problemas enfrentados começou com Rui Corrêa d’Oliveira, do BBVA. “A primeira dificuldade com que nos debatemos foi o tsunami legislativo. Ler e interpretar foi o mais difícil, mas tanto para nós como para a CMVM”, introduziu a questão com a qual os restantes também se identificaram. Algumas instituições
financeiras, referiram, acabaram por fazer uma “interpretação à sua maneira. Na mesma linha, Margarida Gonçalves, do Banco BPI, recorda “guidelines da ESMA muito latas”, que levaram “a implementações muito distintas entre as várias entidades”.
ESCLARECIDOS?
A maneira como agora os profissionais olham para a digestão do processo de MiFID II por parte dos clientes acaba por ser sentida de forma não totalmente igual. Na opinião de Rui Corrêa d’Oliveira, pelo facto de os clientes portugueses não gostarem de “prestar informações” e agora serem “muito mais forçados a fazê-lo”, acabaram por se tornar “mais defensivos”. Perante a explicitação de custos ao cliente, por exemplo, o profissional lembra que, no final de contas, o cliente quer saber “quanto está a ganhar ou a perder”. Com a mesma sensação de MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 69
TENDÊNCIAS ADVISORY
RUI CORRÊA D’OLIVEIRA
MIFID III TRAZ RECEIOS, MAS DEIXA ABERTO TERRENO PARA AFINAR DETALHES QUE NÃO FICARAM ESCLARECIDOS
70 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
CARLOS SANTOS LIMA
BBVA
Credit Suisse
“A PRIMEIRA DIFICULDADE COM QUE NOS DEBATEMOS FOI O TSUNAMI LEGISLATIVO. LER E INTERPRETAR FOI O MAIS DIFÍCIL, MAS TANTO PARA NÓS COMO PARA A CMVM”
“UMA ANÁLISE HOLÍSTICA DA CARTEIRA E NÃO PRODUTO A PRODUTO É PARA ONDE FAZ SENTIDO CAMINHAR”
desconfiança, mas apenas inicial, Carlos Santos Lima sente que agora “os clientes já olham para esses relatórios com outros olhos”, e fazem perguntas que há três anos eram “impensáveis”. “Qual a classe deste fundo?”, é uma dessas questões que ausculta do cliente e, por isso, sente que “o objetivo da transparência está a ser conseguido”. “Hoje sinto os clientes mais confortáveis com este processo”, diz mesmo. Pedro Lobo, do Bankinter, também recorda uma sensação inicial da parte do cliente de que “o serviço poderia ter piorado”. Contudo, volvidos dois anos, avalia esta jornada em três pontos. “Sinto que a transparência melhorou e foi bem conseguida; o nível do serviço - todo o processo ao nível de informação, mas também de documentação – é agora muito mais complexo; e um terceiro ponto, que vai além da MiFID II, e que tem a ver com o nível de literacia financeira que acabou por ter influência
no processo”, admite. Margarida Gonçalves partilha do mesmo sentimento de “grande desconfiança inicial da parte dos clientes”, mas agora vê que a experiência dos mesmos “melhorou”. Lembra, contudo, a situação distinta face a Espanha no que toca à tributação na transferência entre classes de fundos, sentida em Portugal como “uma dificuldade” quando os clientes deveriam passar da classe mais cara para a mais barata, dando lugar a um trade-off entre o potencial imposto de mais-valias e a redução dos custos do produto.
MIFID III: OITO AO 80?
Outro tema com uma abordagem diferente de Espanha também ficou por esclarecer, diz Rui Corrêa d’Oliveira, falando da “consultoria pontual”, que em Portugal não está legislada nesses termos. “A lei fala em consultoria… ponto. As regras aplicadas à consultoria
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A OPINIÃO DE
MARGARIDA GONÇALVES
Banco BPI
PEDRO LOBO
Bankinter
“EXISTIA UM SENTIMENTO DE GRANDE DESCONFIANÇA INICIAL DA PARTE DOS CLIENTES, MAS AGORA A EXPERIÊNCIA DOS MESMOS MELHOROU”
“VEJO NA MIFID III A OPORTUNIDADE DE OTIMIZAR O PROCESSO. É IMPORTANTE QUE A MIFID III CONSIGA CALIBRAR AS TRÊS DIMENSÕES – TRANSPARÊNCIA, ADEQUAÇÃO E SERVIÇO”
teoricamente seriam aplicadas à consultoria pontual, o que não é o caso em Espanha, em que o regulador reconheceu a realidade que tinha no mercado e, portanto, as duas coexistem. Tínhamos vantagem em que o regulador especificasse em que momentos se pode fazer a pontual”, apontou. Pedro Lobo acrescenta que importa perceber “em que terreno se atua se a vontade do cliente for ter uma consultoria pontual”. Detalhes importantes que gostaria de ver debatidos na MiFID III, embora ainda esteja expectante quanto à atualização da diretiva. “Vejo na MiFID III a oportunidade de otimizar o processo, porque a tentação de passar do “oito para o 80” em parte já aconteceu. No subprime provavelmente estávamos no oito, e tentámos transitar para o 80. É importante que a MiFID III consiga calibrar as três dimensões - transparência, adequação e serviço”, aponta.
Na perspetiva de Carlos Santos Lima, há ainda outro caminho que a MiFID III vai ter de abordar: necessidade de uma “análise holística da carteira e não produto a produto”. “É para aí que faz sentido caminhar”, entende, e acredita que “perceber os pesos de cada ativo na carteira faz evoluir bastante o processo”. Bem diferente de há dois anos, os profissionais reunidos atestaram um “balanço claramente positivo” da implementação da MiFID II. Margarida Gonçalves é mesmo da opinião de que os próprios clientes “esperam agora um nível de serviço que não era o que tinham antes de tudo isto começar”. Porque para “acabar bem” é necessário afinar alguns (muitos) detalhes, não poderia haver melhor prólogo para MiFID III. “Desejo ardentemente bom senso e equilíbrio na implementação das soluções, com maior diálogo entre supervisados e supervisores”, concluiu Rui Corrêa d’Oliveira.
LAURA DONZELLA Responsável de Vendas para a Península Ibérica e América Latina, Nordea AM
COVERED BONDS EUROPEIAS: UMA CLASSE ATRATIVA E RESILIENTE As últimas semanas destacaram a globalidade do nosso mundo. Após muitos meses de retornos positivos nas ações, a realidade da situação do COVID-19 - e a sua incerteza – apanharam de surpresa os mercados financeiros. Com os spreads de crédito a alargarem, a procura por refúgio empurrou as taxas para o abismo. Com o nível das yields a descerem de novo, o dilema da alocação de ativos aumentou ainda mais: até que ponto estamos dispostos a assumir riscos para ter retornos? A classe das covered bonds europeias continua a ser atrativa com um risco muito baixo de default e com potencial para superar o desempenho da dívida soberana e dívida sénior. A forte resiliência da classe de ativos torna as covered bonds um investimento atrativo em comparação com ativos de maior risco, especialmente nestes tempos conturbados. Neste contexto, a estratégia Nordea European Covered Bond pode ser uma solução interessante: as covered bonds podem ser um dos seus investimentos mais seguros, e a nossa abordagem ativa forneceu a longo prazo um perfil atrativo de risco-retorno aos nossos investidores. Procura proteção quando os mercados esmorecem? A nossa estratégia não só é resiliente, como também oferece uma diversificação interessante face ao high yield europeu e ao crédito com grau de investimento – as últimas semanas são apenas uma amostra dos benefícios a longo prazo da alocação estrutural das covered bonds. MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 71
TENDÊNCIAS I+D por Mark Jackson
A REVOLUÇÃO DA
COMPU QUÂNT NOS MERCADOS DE CAPITAIS A computação quântica é umas das tecnologias mais emocionantes e revolucionárias das últimas décadas. As aplicações mais relevantes para os mercados de capitais são a encriptação quântica e a segurança, assim como a aprendizagem automática quântica nas finanças. 72 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
UTAÇÃO TICA A
convite do CFA Institute tive a oportunidade de participar na European Investment Conferece que teve lugar em Madrid no passado mês de novembro. Durante a mesma falei sobre a computação quântica nas finanças, que se tornou das tecnologias mais emocionantes e, possivelmente, revolucionárias das últimas décadas. A ideia fundamental subjacente é que a informação não se manipula como bits 1 e 0, mas sim como bits quânticos (qubits) que podem ser 1 e 0, simultaneamente, no que se denomina superposição. Isto permite que
ambas configurações sejam consideradas num só passo computacional. O cálculo que utiliza muitos qubits tem como resultado um aumento exponencial da velocidade de alguns cálculos. Esta área de investigação avançou rapidamente nos últimos anos, e já existem vários projetos conhecidos para a construção de um computador quântico. Recentemente, em outubro de 2019, a Google anunciou que havia alcançado a supremacia quântica, um termo controverso que significa que fizeram uma tarefa eficiente num computador quântico, mas proibitivamente custosa num computador comum.
Neste artigo gostaria de abordar as aplicações da computação quântica que suponho serem as mais relevantes para o mercado de capitais: a encriptação quântica e a segurança, assim como a aprendizagem automática quântica nas finanças. Concluirei sugerindo alguns passos que as entidades poderão tomar desde já para aproveitar estes desenvolvimentos.
CIBERSEGURANÇA
A cibersegurança converteu-se num tema cada vez mais importante e inquietante. Abundam nas manchetes casos de pirataria de informação
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TENDÊNCIAS I+D
confidencial, cuja publicação traria consequências que vão desde o constrangimento público à ruína financeira. Um princípio central na cibersegurança é possuir chaves ou códigos que não podem ser conhecidas por terceiros, chamados de não deterministas. Contudo, gerar tais códigos não deterministas não é tarefa fácil: os computadores digitais simplesmente produzem números pseudo aleatórios, que parecem aleatórios superficialmente, mas que têm um padrão subjacente. E embora já existam dispositivos que afirmam utilizar a física quântica para produzir números aleatórios, isto trata-se apenas uma afirmação, não de uma prova matemática. Essa afirmação constitui a base para a segurança de todas as transações online; se os códigos forem comprometidos, também a nossa segurança online será. A Cambridge Quantum Computing desenvolveu as primeiras soluções para gerar códigos comprovadamente não deterministas, o que permite ao seu utilizador aferir que os seus códigos não foram manipulados nem observados por terceiros. Denominado comercialmente de IronBridge, um utilizador já não precisa de confiar nas revindicações de ninguém nem de nenhum dispositivo, pois pode recorrer à matemática e à física para demonstrar que os seus números são genuinamente aleatórios e mais ninguém os conhece. Além do mais, o IronBridge é baseado na agilidade criptográfica, o que significa que o administrador o atualizará automaticamente com os últimos protocolos de encriptação. Os utilizadores não têm de se preocupar em ser eles próprios a passar pelo processo aborrecido e lento da atualização, que a maioria acaba por não fazer.
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Existem alguns algoritmos (ou procedimentos) de aprendizagem automatizada que são omnipresentes na indústria financeira e, portanto, que estão maduros o suficiente para procurar melhorias através da computação quântica. Nesta linha de trabalho existe um programa interessante que dá pelo nome de Monte Carlo, nomeado após a famosa cidade monegásca do jogo. Os programas de Monte Carlo são úteis para estimar a probabilidade de determinados resultados em processos cujos detalhes são demasiado complexos para serem contabilizados com exatidão. No contexto da análise financeira, as simulações de Monte Carlo podem ser utilizadas para prever o justo valor dos ativos em vários cenários de mercado. Quantos mais modelos puderem ser executados, mais precisa será a simulação e melhor se poderá definir o preço de venda de tais ativos financeiros. Crê-se que as simulações de Monte Carlo possam ser aceleradas utilizando computação quântica. Normalmente, duplicar a quantidade de simulações também duplica a quantidade de tempo requerido para obter uma resposta aperfeiçoada. Com um computador quântico podemos fazer melhor, alcançando a mesma precisão melhorada e gerando menos amostras, o que reduz significativamente os custos do cálculo computacional. Outro tipo interessante de algoritmo são os de otimização. Muitos problemas tratam da minimização ou maximização de uma função objetivo sob certas restrições, por exemplo, minimizar os riscos e maximizar os ganhos. Isto consegue-se ao variar os parâmetros do sistema que estamos a construir para alcançar o nível ótimo. Com uma grande quantidade de pa-
râmetros, que geralmente dependem uns dos outros em relações muito complexas ou desconhecidas, tornase difícil desenhar técnicas computacionais que encontrem a eficiência ótima. Consequentemente, resta-nos a única alternativa de testar todas as soluções possíveis, o que frequentemente acaba por ser muito oneroso de um ponto de vista computacional. Nestes cenários tem-se demonstrado que os algoritmos quânticos superam os algoritmos clássicos, o que faz com que esta busca de parâmetros seja muito mais eficiente.
MERCADOS DE CAPITAIS
As entidades financeiras já começaram a investigar como podem tirar partido da computação quântica, e as que mais vão beneficiar serão as que se moverem mais rápido e mais cedo. Para a geração de códigos aleatórios certificados, o IronBridge já se encontra disponível através de dispositivos em nuvem ou em servidores dedicados, atualizando automaticamente a sua firmware com os últimos algoritmos de encriptação. Para a aprendizagem automática quântica, a Cambridge Quantum Computing (CQC) está a colaborar com várias instituições financeiras líderes mundiais no desenvolvimento de uma plataforma de algoritmos quânticos financeiros, incluindo as simulações de Monte Carlo e os de otimização de carteira. Focando-nos nos casos de prova de conceito, estamos a desenvolver o núcleo destas aplicações financeiras que podem ser executadas com o hardware quântico disponível atualmente. À medida que o hardware evolui, as nossas aplicações são desenhadas para estarem preparadas para ambientes de produção quântica híbridos, oferecendo benefícios imediatos aos nossos parceiros financeiros.
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A OPINIÃO DE SASHA EVERS Diretor geral para Portugal, Espanha e América Latina, BNY Mellon IM
OS IDOS DE MARÇO – ANÁLISE PÓS CRASH
UM PRINCÍPIO CENTRAL DA CIBERSEGURANÇA É POSSUIR CHAVES QUE NÃO POSSAM SER CONHECIDAS POR TERCEIROS
As medidas de emergência por parte da Reserva Federal deverão ajudar a estabilizar a liquidez no mercado de Treasuries e ajudar as yields a encontrar um suporte. É de esperar uma maior inclinação da yield curve e a correlação entre as ações e obrigações a regressar a níveis baixos ou até negativos. Mesmo no caso de uma recuperação em V a começar na segunda metade do ano, a volatilidade irá provavelmente manter-se elevada e títulos de fixed income de elevada qualidade deverão servir como um muito necessitado amortecedor. A nossa preferência em high yield e mercados emergentes é sobreponderar emitentes de qualidade e focar na exposição a maturidades mais curtas. Esperamos que a incerteza continue a gerar volatilidade nos mercados de equity globais até que abrande o ritmo de contágio. O impacto nos resultados das empresas será incontornável. Sugerimos aguardar até que algum tipo de estabilidade se estabeleça nos lucros. Aconselhamos aos investidores que se mantenham cuidadosos antes de tentarem usufruir dos preços mais baixos. As ações de mercados emergentes estão mais frágeis como resultado dos choques do vírus e petróleo. Uma exposição seletiva é aconselhável. Apesar de continuarmos a vê-los como investimento de longo prazo atrativos, a fragilidade nos preços continua elevada até que notícias positivas comecem a surgir. MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 75
TENDÊNCIAS FUNDS SERVICES por Carlos Fernández Herraiz
CRIPTO TOKENS E TOKENIZAÇÃO Os reguladores já têm a sua taxonomia de instrumentos digitais, mas a flexibilidade do que podemos representar num token descentralizado desafia as classificações.
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Bitcon é uma implementação da proposta de dinheiro B de Wei Dai em Cypherpunks em 1998 e a proposta Bitgold de Nick Szabo”, explica Satoshi Nakamoto (criador do protocolo bitcoin e do seu software de referência em 2008). Em 2013 Vitalik Buterin, um bitcoiner, propôs uma blockchain turing completa e Gavin Wood ajudou-o a dar uma forma elegante aos smart contracts, programas executáveis como transações, que expressavam uma intuição de há 20 anos de Nick Szabo. E assim nasceu o Ethereum, um blockchain que durante bastante tempo teve a sua página web em obras. Enquanto isso, depois das primeiras tentativas das autoridades fiscais de criarem as novas bases tributáveis associadas ao mundo cripto (tributação do indústria mineira, dos lucros dos criptoativos, etc.), já passamos nos últimos anos ao foco na regulação dos criptoativos como instrumentos financeiros (ou não).
As autoridades começaram a regular. No entanto, a panóplia de instrumentos já causa dores de cabeça: o Howey Test da SEC, as tentativas da ESMA em criar um armário cheio de estantes onde coubessem todas as possíveis manifestações dos ativos digitais... Todas as autoridades com atribuições para regular já têm a sua taxonomia de instrumentos digitais, e não há duas iguais. Mas a flexibilidade do que podemos representar num token descentralizado desafia as classificações. Uma entrada para um espetáculo que se possa negociar num mercado secundário de revenda com cotação em tempo real é um ativo financeiro ou um bilhete? Devemos fazer um prospeto de emissão? Uma criptomoeda sem apoio regulatório, nem contravalor ou referência a um ativo ou direito real é um ativo financeiro, um meio de pagamento ou uma ficha de um casino digital? Como associo uma ficha custodiada numa cadeia de blocos com um direito do mundo real de forma unívoca e indissolúvel? Isto é,
ACTIVOS UM NÓ GÓRDIO como tokenizo? Como responsabilizo alguém pela emissão de um ativo digital se não há nenhum emissor por trás? Além disso, ainda que resolva o problema dos tipos de instrumentos e direitos, como resolvo o problema de mercado? Os criptoativos são custodiados por redes descentralizadas em ledgers compartilhados pelos utilizadores da rede, não em bases de dados ou anotações por conta de uma instituição (um terceiro de confiança). O esquema atual de funcionamento e os usos do mercado requerem mudanças muito significativas, modelos de governance diferentes, concorrência, etc., além disso, qual é o benefício para os intermediários? O mercado de criptoativos é um mercado emergente, pouco maduro e que, além disso, durante anos, foi habitado por investidores e especuladores retail. Os investidores institucionais estiveram maioritariamente fora deste mercado por vários motivos. A falta de regulação, a insegurança jurídica associada ao investimento, os inconvenientes fiscais e até aspetos re-
lacionados com o branqueamento de capitais e o conhecimento do cliente, etc. Mas também pela dificuldade e pelos conhecimentos específicos requeridos para cristalizar esse investimento e a suspeita contínua de manipulação, abuso e outras práticas não admitidas nos mercados regulados. Não obstante, os hedge funds já investem em criptodivisas e consideram a bitcoin a primeira commodity digital. Adquirem bitcoins como um ativo depósito de valor a longo prazo e até estabelecem comparações a respeito da relação entre inventários e volumes de negociação com o próprio ouro. Centenas de hedge funds investem de forma específica em criptoativos, mais de 1.000 diferentes, alguns com uma abordagem que provém do venture capital (A16Z, Digital Currency Group, Blockchain Capital) e outros com abordagens mistas (Pantera ou Draper). Há exemplos mais inovadores, como o Numerai, que não investe exclusivamente em criptos, mas que usa um token para retribuir a científicos de dados num concurso contínuo que
OS HEDGE FUNDS CONSIDERAM A BITCOIN A PRIMEIRA COMMODITY DIGITAL MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 77
TENDÊNCIAS FUNDS SERVICES
pretende encontrar as melhores ideias de investimento para o seu hedge fund.
GRANDE COMPLEXIDADE
Este artigo não é suficiente para apresentar a complexidade e o alcance do fenómeno que, ultimamente, pela sua repetição, nos parece às vezes de menor importância. Os maiores bancos centrais investigam sobre os usos da tecnologia. Praticamente todos os bancos privados também. O Facebook cria um consórcio para lançar uma criptodivisa de emissão provada, sobre a qual cai todo o peso dos reguladores, preocupados com o seu impacto sistémico. O Banco da China anuncia planos para uma moeda digital emitida pelo banco central. Outros bancos centrais apresentam essa iniciativa perante a possível concorrência de moedas privadas. A comunidade avança nas soluções de finanças descentralizadas, DeFi, oferecendo inovações prometedoras totalmente fora do sistema financeiro tal como o conhecemos. Alguns questionam os mecanismos de consenso intensivo em custo energético, enquanto outros consideram que se trata da única garantia que suporta o valor das redes públicas como a bitcoin ou a Ethereum. Ao mesmo tempo, o sector financeiro responde com modelos a partir de dentro como o Fnality, o JP Morgan Coin, o desenvolvimento do Quorum e muitas outras iniciati78 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
vas que transbordam a capacidade de análise de qualquer uma. Os bancos centrais, que chegaram a ficar obcecados com o perigo da Bitcoin, já não estão preocupados com as criptodivisas, às quais chamam criptoativos. Já não lhes negam a categoria de moedas por não serem de curso legal porque descobriram que é mais fácil observar que são voláteis e, portanto, pouco práticas para os pagamentos do dia a dia em países com a inflação sob controle. Não obstante, o novo pesadelo dos supervisores são as stable coins ou moedas estáveis, especialmente se forem desenvolvidas por consórcios liderados por corporações de fora do sector financeiro como o Facebook e o seu projeto Libra. As criptodivisas trouxeram de volta debates tão antigos como o narrow banking e o Plano de Chicago, as diferentes teorias do dinheiro, a Minsky ou a Knapp, a Schumpeter ou o próprio Keynes no seu Treatise of Money, a visão da banca sob o mercado financeiro de Eugene Fama... Olhando para a frente não é claro para onde nos leva o futuro. No extremo, a um déjà vu da revolução bancária do século XIX, mas com novas formas de dinheiro privado, ou a provisão pública e monopolística do dinheiro do banco central, sem espaço para o dinheiro bancário. Ou algo que ainda não podemos ver, um mundo sem dinheiro... tal como agora vivemos num mundo sem selos.
O PESADELO DOS SUPERVISORES SÃO AS MOEDAS ESTÁVEIS DESENVOLVIDAS FORA DO SECTOR FINANCEIRO
Morningstar is Research Healthcare September 2014
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Morningstar Global Fund Report | Print Date: 03 March, 2015
Henderson Horizon Fund - Pan European Equity Fund A2 EUR Acc
LU0138821268 New Prescription for Diagnostic Labs: Headwinds Ease and Moats Open Doors to New Opportunities
New Rx: Low-Cost Structure to Survive the Unrelenting Reimbursement Squeeze
Total Assets
Current Yield %
Inception Date
3,749.99 Mil EUR
0.00
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Equity Style Map
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Spotlight on Sonic Healthcare
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Healthcare Outlook
23
Focus Lists
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Calendar
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Coverage Lists Debbie S. Wang Senior Analyst, Devices + 1 312 384-3937 debbie.wang@morningstar.com
Elements of Competitive Strength Price/FV (%) Moat
Company
Price ($) Fair Value ($)
LabCorp
102.96
127.00
0.81 Narrow
61.49
65.00
0.95 Narrow
AUD 17.57 AUD 18.00
0.98 Narrow
Quest Diagnostics Sonic Healthcare
Key:
Chris Kallos, CFA Analyst, Healthcare + 61 2 9276 4428 chris.kallos@morningstar.com
15K
Europe &
Asia &
0.0%
100.0%
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Stable Stable Strong Disadvantage
5K
Damien Conover, CFA Director, Pharmaceuticals + 1 312 696-6052 damien.conover@morningstar.com
7 -32.54 10.75 11.11
79 24.81 -4.30 -6.79
34 13.27 1.65 2.18
20 -7.65 3.35 0.43
33 19.40 1.59 2.10
10 25.17 5.55 5.34
36 6.38 1.09 -0.46
49 14.23 % 0.32 -0.42
People
Percentile Rank in Category Total Return EUR +/- Category +/- Index
Process Equity Style Box Cash
Other
Equity Supersectors
Tim Stevenson
11/01
Total Named Managers Slight Disadvantage
Slight Advantage
1
Strong Advantage
36 44 20
35 48 17
27 56 17
26 42 32
29 43 28
20 59 21
24 52 24
35 46 19
40 42 18
36 36 28
— — —
m Cyclical w Sensitive x Defensive
—
2.02
2.03
2.03
2.03
3.55
1.99
—
2.56
1.88
1.88
Price TER/OGC
Daniel Vaughan Fund Analyst Morningstar Analyst Rating Morningstar Pillars Process | Page 2-3
„ ∞ Positive ∞ Positive ∞ Positive
Performance | Page 4 People | Page 5
¶ Neutral ¶ Neutral
Parent | Page 6 Price | Page 7
Morningstar Analyst Rating Morningstar evaluates mutual funds based on five key pillars, which its analysts believe lead to funds that are more likely to outperform over the long term on a risk-adjusted basis. Analyst Rating Spectrum
Œ
Ret % 9.31 6.72 7.16
Quartile Rank in Category
Asset Allocation Stock Bond
Analyst View
Sector Research
51 2.80 1.41 0.10
7 7 7 7 7 4 4 4 7 4 7
The fund is run by an experienced manager who invests with conviction.
Source: Morningstar
Value EUR 24,715 19,363 20,191
Full Manager Change Partial Manager Change Morningstar Rating
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55 17.43 -0.30 -2.18
Analytics Investment
Africa IT Investment Australia Moat Trend Americas Cost Structure
Positive
15 28.01 3.41 1.92
Growth of 10,000 Annualized Fund Category Index
10K
& ( ( & ) * & * & * *
Equity Region Exposure
Major Diagnostic Reference Labs
Morningstar Rating
QQQQ
Performance 28/02/15
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25K 20K
Small Micro
Our Dx Pick: LabCorp Over Quest Diagnostics
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LUX/EUR 2014
New changes on the horizon spurred by health care reform are creating substantial changes in the diagnostic lab market and squeezing reimbursement. We think the largest labs with narrow economic moats, including LabCorp LH, Quest Diagnostics DGX, and Sonic Healthcare SHL, are best-positioned to take advantage of the new opportunities. Based largely on cost and scale advantages, we project these labs should outpace market growth through 2020. From a valuation Deep competitor Value Blend Growth High and strategic perspective, we believe LabCorp represents the best to benefit from this Value Growth evolving landscape. Mid
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Morningstar Analyst Rating
Domicile/ Currency
Large
Key Takeaways
3
Category Index
MSCI Europe NR EUR
Giant
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Morningstar Category
Europe Large-Cap Blend Equity
„
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‰
Á
19 Feb, 2015 | Our conviction in Henderson Horizon Pan European Equities remains strong. Tim Stevenson has run this fund since its inception in 2001. Stevenson’s work at Henderson dates back ever further to 1986 and he has been involved with European equities since 1983. We value highly the manager’s long experience in the industry and deep knowledge of European equity markets. We also believe his ongoing work here has provided continuity for investors that is often difficult to come by. The European equities team at Henderson experienced some turnover early in 2013, including the departure of this fund’s comanager, Bill Stormont. However, Stevenson enjoys the continued support of a number of talented European equity managers at the firm whom he uses as sounding boards and five more junior analysts, although the manager continues to rely heavily upon his own research. The departure of Richard Pease will have little impact on Stevenson, and there may be some benefit from Simon Rowe working more closely with the team.
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The manager’s investment style has remained highly consistent. He aims to identify good-quality companies trading at reasonable valuations and with strong long-term growth potential. The investment process is primarily bottom-up and the manager defines his approach as pragmatic but growth-oriented. Stevenson has managed to amass an attractive risk/return profile as manager of this fund. Over his tenure (to the end of Jan 2015), the fund has strongly outperformed the FTSE World Europe Index and Morningstar Category average on an annualised basis, with below-average volatility. The manager has also protected investors’ capital better than most during particularly difficult years such as 2008 and 2011. This fund ranks amongst our highest-conviction picks as a result of its longstanding manager, and a sound investment approach that has been consistently executed. Stevenson’s pragmatic growth-orientated approach has delivered a very favourable risk/return outcome. The fund retains a Silver rating.
©2015 Morningstar, Inc. All rights reserved. The information, data, analyses, and opinions contained herein (1) include the confidential and proprietary information of Morningstar, Inc., (2) may not be copied or redistributed, (3) do not constitute investment advice offered by Morningstar, Inc., (4) are provided solely for informational purposes and therefore are not an offer to buy or sell a security, and (5) are not warranted to be correct, complete or accurate. Morningstar, Inc. shall not be responsible for any trading decisions, damages, or other losses resulting from, or related to, this information, data, analyses or opinions or their use. Analyst Ratings are subjective in nature and should not be used as the sole basis for investment decisions. Analyst Ratings are based on Morningstar current expectations about future events; therefore involves unknown risks and uncertain-ties that may cause Morningstar expectations not to occur or to differ significantly from what was expected. Morningstar does not represent its Analyst Ratings to be guarantees nor should they be viewed as an assessment of a fund or the fund underlying securities creditworthiness.
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Investment Research
Equity Research in Morningstar Direct
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Manager Research
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ENTREVISTAS GURU por Miguel Rêgo, CFA
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QUALIDADE E CRESCIMENTO NO INVESTIMENTO A LONGO-PRAZO Marcus Morris-Eyton, CFA GESTOR DO ALLIANZ EUROPE EQUITY GROWTH
Ações europeias de empresas com modelos de negócio interessantes e imunes aos caprichos do ciclo macroeconómico são o enfoque deste fundo de convicção da Allianz Global Investors.
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ENTREVISTAS GURU CULTURA Para Marcus Morris-Eyton, CFA a cultura de uma empresa ou a sustentabilidade das barreiras à entrada são critérios que não interessam a quem investe a seis ou 12 meses, mas são essenciais para quem o faz a longo prazo
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á muito tempo que quando se fala dos modelos de negócio mais charmosos no mundo dos investimentos, as empresas europeias não ocupam os headlines. Empresas chinesas ou americanas são as que surgem no top of mind quando falamos das gigantes cotadas ou de modelos de negócio mais disruptivos. No entanto, o Velho Continente, mais esquecido e menos presente nos títulos das notícias, não deixa de ser um vasto mercado que oferece oportunidades de investimento àqueles gestores que se dispõem a fazer o trabalho de casa. Exatamente um desses gestores, Marcus Morris-Eyton, CFA, define o continente europeu como a “casa de algumas das empresas mais interessantes do mundo”. A distância das ações europeias dos holofotes dos media e redes sociais faz com que muitos destes negócios que o profissional da Allianz Global Investors apelida de interessantes não sejam os primeiros nomes que surgem na mente dos investidores quando o tema é tecnologia ou bens de consumo, mas são várias as empresas líderes nos seus respetivos mercados que constituem a carteira do Allianz Europe Equity Growth, um dos fundos de ações europeias que Marcus e restante equipa gerem. E “a beleza de se ter uma abordagem ativa na gestão de ações europeias, especialmente quando se gere um fundo relativamente concentrado, é que podemos focar-nos naquelas que são as poucas e relativamente interessantes ideias”, descreve o gestor. É com este enfoque que o fundo tem chegado a mais e mais investidores refletindo-se o seu sucesso nas classificações de Favorito dos Analistas e Blockbuster do Selo FundsPeople 2020. “As empresas em que investimos são líderes nos seus respetivos mercados, mas também são aquelas que satisfazem a nossa definição de crescimento, um conceito que pode ter diversas abordagens. Uma delas é o growth momentum, que tende a ser muito volátil e muitas vezes relativamente curto. Aquela que satisfaz a nossa definição é o crescimento estrutural. Crescimento sustentável e repetível num período de vários anos. E para atingirmos esta definição de crescimento temos que considerar critérios de qualidade, nomeadamente modelos de negócio best-in-class em que o produto ou tecnologia proporcionam uma verdadeira diferenciação dos demais”, explica Marcus Morris-Eyton. No entanto, outros critérios surgem no processo da equipa gestora que passam ao lado de grande 82 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
parte dos investidores. Especificamente, critérios que se revelam de extrema relevância numa carteira de ações em que se investe com um horizonte de cinco a 10 anos em mente. “A cultura de uma empresa ou a sustentabilidade das barreiras à entrada são critérios que não interessam a quem investe a seis ou 12 meses, mas que são essenciais para averiguar a capacidade de uma empresa manter ou aumentar a quota de mercado no longo prazo”, comenta. Neste contexto, têm uma clara preferência por empresas que conseguem crescer organicamente. “É um crescimento mais repetível”, comenta o gestor. A integração de critérios ESG é também algo que faz parte do processo na gestão do Allianz Europe Equity Growth, mas também algo que, segundo o gestor, resulta naturalmente de um processo de investimento focado na qualidade e, como consequência, no bom governo corporativo e na manutenção do melhor talento.
CONTACTO DIRETO
A equipa leva o seu tempo a realizar a due diligence e investe muitas das suas horas de trabalho na análise prévia ao investimento. O contacto direto com as equipas de administração e as visitas no local são parte do dia a dia da equipa e configuram-se entre 750 a 1.000 reuniões por ano. “Isto com apenas oito portfolio managers”, acrescenta o gestor. “Do universo investível focamos nas cerca de 200 empresas que satisfazem os nossos critérios de qualidade e crescimento estrutural, e são estas as empresas em que focamos os nossos esforços com visitas regulares. Mas é importante realçar que não nos limitamos a reunir com os CEO, CFO ou Investor Relations. Reunimos com vários níveis da gestão, incluindo, por exemplo, o responsável pelo desenvolvimento de produto ou o responsável de distribuição, para verdadeiramente perceber como as diferentes partes do negócio encaixam umas nas outras e como é gerida a empresa no dia a dia nos diferentes níveis”, esclarece o profissional da Allianz Global Investors.
VERDADEIRA DIFERENCIAÇÃO
Com honestidade, o gestor é assertivo ao dizer que ele próprio e a equipa não fazem “ideia do que se irá passar numa perspetiva macro”. “Um investimento realizado num horizonte de cinco ou 10 anos passa por vários cenários macroeconómicos e não faz parte do nosso mandato rodar o
A INTEGRAÇÃO DE CRITÉRIOS ESG É TAMBÉM ALGO QUE RESULTA DE UM PROCESSO DE INVESTIMENTO FOCADO NA QUALIDADE E NO BOM GOVERNO CORPORATIVO portefólio em resposta a uma perspetiva bullish ou bearish para o dólar ou ao sabor do ruído político de um país ou outro”, comenta. Desta forma, segundo Marcus Morris-Eyton, a equipa investe o seu tempo na análise dos fatores que consegue controlar. Isto resulta num processo de investimento puramente bottom-up e numa carteira com um viés para as empresas que oferecem uma verdadeira di-
ferenciação no seu modelo de negócio. “Falamos, regra geral, de empresas em sectores pouco intensivos em capital e que não são excessivamente regulados. Temos uma maior exposição a tecnologias de informação, indústria, ambos os sectores de consumo e, de forma mais marginal, ao sector da saúde. Não temos exposição a bancos, empresas de telecomunicações ou energia e mineração”, explica. Ao nível dos países, o gestor destaca o norte da Europa como um destino habitual e natural do investimento, nomeadamente a Dinamarca, Suécia ou Alemanha, a título de exemplo. Países como o Reino Unido e França estão subponderados e, na Península Ibérica, inclui duas empresas de grande relevo em Espanha (Inditex e Amadeus). O profissional da Allianz GI fala de uma subponderação face ao benchmark, mas deixa claro também que a gestão não é, de todo, limitada por este. “Somos agnósticos relativamente ao índice de referência. Queremos construir o portefólio de maior convicção que formos capazes. Se isso resulta numa sobreponderação à Dinamarca ou ao sector tecnológico, não interessa, desde que a nossa exposição ao risco seja equilibrada”, termina. MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 83
PREFERÊNCIAS DO GESTOR
ENTREVISTAS GESTOR PORTUGUÊS
por Miguel Rêgo, CFA
Vinil a Digital; Douro a Alentejo; Algarve ao Minho; Japonês ao Escocês; Jazz ao Hip hop; Mecânico a Quartz; Permanente à Esferográfica; Keynes a Smith; Guitarra ao Baixo; Areia à Neve; Bach a Beethoven.
Paulo Joaquim GESTOR, GNB GESTÃO DE ATIVOS
22 DE NOVEMBRO DE 1991: NASCE O NB PPR/OICVM Em 1991 o Dow Jones bate pela primeira vez os 3.000 pontos, a Eslovénia e a Croácia declaram independência da Jugoslávia e o número de computadores ligados à internet ultrapassa um milhão. Também em 1991, mais especificamente em novembro desse ano, nascia o NB PPR/OICVM, um dos fundos mais antigos domiciliados em Portugal.
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aulo Joaquim é atualmente o homem responsável por esta estratégia de investimento para a reforma com um histórico de quase 30 anos e que passou já por uma infinidade de contextos de mercado em que a equipa gestora teve a oportunidade de mostrar o seu valor. E mostrou. O retorno anualizado desde o seu início é de 6,50% segundo dados da Morningstar e apenas em quatro anos o retorno foi negativo. Como resultado desse sucesso, este ano o fundo obtém a classificação de Consistente do Selo FundsPeople 2020 pelos seus resultados de retorno e risco a cinco anos. No entanto, Paulo Joaquim, em entrevista à FundsPeople não assume como seu o mérito que a estratégia tem mostrado, mas partilha-o com toda a equipa da GNB Gestão de Ativos, que contribui com o seu expertise para que este instrumento de poupança para a reforma retire o melhor valor possível das diferentes classes de ativos a que está exposto. “Partilhamos todos o mesmo espaço na GNB GA. A troca de ideias, informal no dia a dia e formal nos comités de investimento, permite que o fundo conte com o input de todos os especialistas da casa, incluindo o dos colegas do departamento de risco e da área comercial, que contribuem para um processo robusto”, comenta. 84 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
Com um limite de 25% de exposição a ações, o NB PPR/ OICVM tem-se posicionado em termos de performance junto dos seus pares com uma componente significativamente maior de exposição ao segmento acionista. “As apostas têm sido e continuam a ser bastante claras em termos de procura de yield e expectativas de compressão das yields da periferia em relação ao core da Europa. Itália, Grécia e Chipre e têm feito parte da carteira e contribuído para a boa performance. Aceitamos algum risco, de forma controlada, para obter performances mais interessantes. Por outro lado, as posições no core europeu têm na carteira um efeito mais estabilizador em alturas de maior risk-off da periferia. Nas ações não temos risco idiossincrático. Recorremos a ETFs ou derivados para gerir a exposição aos grandes blocos geográficos, nomeadamente Estados Unidos, Europa, Japão e emergentes”, descreve Paulo Joaquim.
AGILIDADE
Esta abordagem reflete outra particularidade na gestão da estratégia que é comum a outros fundos da casa: a agilidade. “Procuramos manter o fundo relativamente ágil tanto em ações como na carteira de taxa de juro. Queremos poder ajustar a carteira com alguma rapidez”. O recurso a instrumentos derivados permite assim ao gestor e restante equipa assumir posições táticas e temporárias na carteira sem as limitações de liquidez e spread de negociação do mercado à vista. A duration do fundo pode assim variar - e variou efetivamente no último ano - entre zero e 15 anos, conforme a visão do gestor e da restante equipa de obrigações. Adicionalmente, Paulo Joaquim salienta outros instrumentos a que recorre para adicionar valor. Futuros sobre dividendos são um exemplo. “Uma forma de adicionar performance, com alguma aderência ao mercado, mas com menos volatilidade”, descreve, mas também recorre a instrumentos sobre a volatilidade e algumas posições em commodities, para diversificar as fontes de retorno. “Falamos de algo mais residual, mas que num ano razoável acaba por contribuir de forma relevante para a performance”. Em suma, Paulo Joaquim define o objetivo da gestão do NB PPR/OICVM como sendo “adaptar a carteira a contextos de risco diferentes, mas sempre com performances em linha com o que longo histórico de sucesso faz com que se espere do fundo”.
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ENTREVISTAS GURU por Regina R. Webb
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Bioquímico de formação, os seus primeiros passos profissionais foram no mundo farmacêutico. Apesar de reconhecer uma predileção pela estatística, a análise fundamental domina as decisões de investimento da equipa gestora. “Prefiro não depender de que 80% do primeiro crivo esteja nas mãos de um filtro que pode funcionar ou não conforme o momento do mercado”, assegura. Em tempos revoltos (mais outro ano) para as ações europeias, falámos com Max Anderl sobre o UBS (Lux) Equity Fund European Opportunity.
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RESPONSÁVEL DA EQUIPA DE CONCENTRATED ALPHA EQUITY, UBS AM MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 87
ENTREVISTAS GURU A DISCIPLINA COMO FILOSOFIA O UBS (Lux) Equity Fund European Opportunity nasce da análise fundamental e combina ESG com filtros quantitativos para encontrar melhores ideias quanto a retornorisco na Europa.
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inguém pode prever o futuro. Se o exército de economistas que formam o Fundo Monetário Internacional foi incapaz de prever a crise, como pode pretender um investidor antecipar-se? Perante a impossibilidade de conhecer a ciência de como se vão mover os mercados, a equipa de Concentrated Alpha Equity da UBS AM opta por procurar a melhor recompensa de retorno-risco. “Procuramos empresas com fundamentais sólidos para captar as subidas, mas que, se tudo correr mal, não vão sofrer correções tão fortes quanto o mercado”, explica Max Anderl, responsável da equipa e gestor. Os integrantes da equipa de Concentrated Alpha Equity estão desde 2004 a gerir com a mesma filosofia que dá primazia à geração de alfa. 15.000 milhões de euros e quatro fundos depois, Anderl orgulha-se de se definir como um verdadeiro selecionador de valores. Destaca o alto active share dos seus fundos, de 100% na estratégia unconstrained europeia (long short), de 90% na global e de 80% no UBS (Lux) Equity Fund European Opportunity. A equipa continua a confiar na capacidade de um gestor ativo de superar o mercado. Um argumento cada vez mais difícil de defender num mundo de crescente apetite pela gestão indexada. “É certo que a procura por passivos está a crescer, mas nós superámos o índice em períodos longos. Porquê renunciar a 7% de rentabilidade adicional, como seria o caso do European Opportunity e, além disso, com menor volatilidade?”, questiona Anderl.
PROCESSO DE INVESTIMENTO
É o resultado do seu processo de três círculos: fundamentais, qualitativos e quantitativos. Esses três fatores por sua vez alimentam-se de 10 ferramentas, independentes entre si, que trazem informação diversa adicional e diferente da que dá o mercado. Isto é, análise ESG, contacto com participantes do mercado, analistas independentes, análise DAFO, cinco modelos quantitativos… Mas a base sobre a que se constrói a carteira é sempre os fundamentais. 88 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
É uma qualidade diferenciadora face a outras casas onde o ponto de partida é quantitativo. “Prefiro não depender de que 80% do primeiro crivo esteja nas mãos de um filtro que pode funcionar ou não conforme o momento do mercado”, explica Anderl. Nos seus fundos as ideias partem dos analistas. “É algo que nos podemos permitir porque na UBS temos esse grande músculo”, conta. As estratégias contam com 60 analistas próprios repartidos por todo o mundo, além de 234 analistas independentes externos. É uma capacidade relevante até para as estratégias europeias como o European Opportunity, já que as grandes empresas europeias têm um modelo de negócio global. Dito isto, a análise quantitativa tem um peso relevante. Ainda que mais como uma segunda capa no processo de seleção. “Gostamos da estatística. Se o futuro rima com o passado, então a estatística terá bons resultados”, defende o gestor. Os fundos desta gama contam com cinco modelos quantitativos externos baseados em diferentes níveis de complexidade, horizonte temporal e rotação.
O QUE TEM A CARTEIRA
O UBS (Lux) Equity Fund European Opportunity atualmente tem um viés para as grandes empresas e de crescimento, em direção a essas máquinas de geração de cash-flows, eficientes na sua forma de alocar capital. Assim, entre as principais posições do fundo destacam nomes como Nestlé, AstraZeneca, Novartis, SAP ou LVMH. Isto traduz-se numa carteira menos concentrada que a média histórica porque, segundo explica o gestor, quanto maiores forem as empresas em carteira, mais é preciso diversificar para evitar uma excessiva semelhança com o índice. Mas o investidor não deve esperar que a carteira do fundo esteja sempre posicionada com este viés. A carteira evolui de forma flexível de acordo com os momentos do mercado. Por exemplo, entre 2004 e 2006 tinham uma forte convicção por value, moveram-se em direção a valores defensivos na crise de 2008, para depois voltarem-se para empresas de pequena capitalização depois da grande correção.
GOSTAMOS DA ESTATÍSTICA. SE O FUTURO RIMA COM O PASSADO, ENTÃO A ESTATÍSTICA TERÁ BONS RESULTADOS
Dito isto, Anderl reconhece que os ventos estão a mudar. Aquando desta conversa, o profissonal procurava assumir algum risco na carteira, mas com prudência. “Passámos de defensivos de qualidade para cíclicos de qualidade”, explica. Está consciente do importante diferencial que se abriu entre as pequenas empresas ultrabaratas e as grandes mais caras, mas prefere não baixar demasiado em escada de qualidade. “Que sectores são os mais baratos? O sector automóvel, os bancos, os relacionados com o crude. São sectores com problemas estruturais na Europa”, argumenta. “Custa-me encontrar atualmente valores na categoria de muito baratos que tenham um baixo potencial de queda. E as correções costumam ser dolorosas neste tipo de ações”, afirma o gestor. MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 89
ENTREVISTAS GURU
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por Miguel Rêgo, CFA
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UMA POSTURA FLEXÍVEL E DE RETORNO TOTAL NA GESTÃO DE OBRIGAÇÕES Ryan Staszewski
SENIOR PORTFOLIO MANAGER, THREADNEEDLE (LUX) EUROPEAN STRATEGIC BOND
Os três pilares em que assenta a estratégia do Threadneedle (Lux) European Strategic Bond suportam um processo robusto que se adapta a cada fase do ciclo económico. 90 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
CAPITAL HUMANO A equipa de que Ryan Staszewski faz parte é vasta e experiente, tanto em termos macro como em termos de research fundamental.
MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 91
ENTREVISTAS GURU
S
ão três os pilares que sustentam a filosofia do Threadneedle (Lux) European Strategic Bond, um fundo de obrigações corporativas, dívida pública e emergente da Columbia Threadneedle Investments, que se propõe a “gerar um rendimento razoável, independentemente da fase do ciclo económico”. É Ryan Staszewski, senior portfolio manager do fundo, que, em entrevista à FundsPeople, assim o define. “O primeiro dos três pilares é a flexibilidade. É um fundo agnóstico relativamente a qualquer benchmark, mas também muito sofisticado e flexível nas ferramentas que pode utilizar. O segundo: a gestão do risco e do downside. O que a equipa tenta fazer é reduzir a volatilidade no downside por forma a verdadeiramente otimizar o retorno para cada unidade de risco assumida. Por fim, no terceiro pilar, é onde assenta o capital humano da Columbia Threadneedle. Temos uma grande e experiente equipa, tanto em termos macro como em termos de research fundamental bottom-up. O research é uma parte essencial do processo”, explica o gestor. 92 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
É desta forma que Ryan Staszewsk descreve a estrutura robusta que sustenta esta estratégia, mas faz questão de reforçar a relevância do primeiro pilar. “O típico fundo de obrigações investment grade costuma navegar em termos de duration em torno do que faz o benchmark. Assumem um pouco mais ou menos de risco em cada segmento como resultado da sua visão de mercado. Nós não. No Threadneedle (Lux) European Strategic Bond assumimos uma postura de retorno total. Somos muito flexíveis em termos do risco de taxa de juro e do risco de crédito. Na gestão da duration navegamos um intervalo amplo, que pode ir dos -1 até aos +6 anos. Na perspetiva do risco de crédito, gerimos uma spread duration que pode estar entre dois e oito anos. E usufruímos desta possibilidade”.
CICLO ECONÓMICO
O posicionamento da carteira também evolui com o ciclo económico. A abordagem da gestão vai-se adaptando, segundo o gestor, às características do mercado nas diferentes fases do ciclo. “Se olharmos para os últimos três anos
fica bastante claro que estamos numa fase tardia do ciclo de crédito e as valuations estão em níveis muito menos atrativos do que estavam. Portanto, o fundo tem reagido reduzindo a exposição a crédito e high yield de menor qualidade e aumentando a exposição a investment grade. Este segmento mais defensivo é o mais adequado, considerando o contexto de baixo crescimento, baixa inflação, dinheiro barato e suporte dos bancos centrais. O high yield é muito mais sensível ao crescimento económico e as nossas preocupações relativamente às guerras comerciais e ao valor do dólar não abonam a favor do investimento em emergentes. Estamos, portanto, mais defensivos em termos da construção do portefólio, e a duration tem vindo a ser reduzida também”, descreve o profissional da Columbia Threadneedle Investments.
CERCA DE METADE DA PERFORMANCE DO FUNDO RESULTA DA ALOCAÇÃO DE ATIVOS. 30% RESULTA DAS MELHORES IDEIAS BOTTOM UP
ATRIBUIÇÃO DE PERFORMANCE
Segundo Ryan Staszewski, de uma forma mais geral, as fontes de performance do fundo têm sido três. Cerca de metade, resulta da alocação de ativos. “Falamos da nossa alocação estratégica aos diferentes segmentos do mercado de fixed income, nomeadamente, investment grade, high yield, emergentes e dívida pública”. Outros 30% da performance, diz o gestor, resultam das melhores ideias bottom-up geradas pela equipa. Os melhores emitentes e as melhores emissões dentro de cada emitente. Por fim, os restantes 20% resultam da gestão da duration e de taxas de juro. “Para o futuro, diria que em termos gerais a performance terá as mesmas origens. Não achamos que a performance fique concentrada em algum segmento ou sector específico. O fundo está diversificado, estamos permanentemente em busca de oportunidades idiossincráticas e, ao mesmo tempo, vamos aplicando instrumentos de cobertura contra alguns riscos no downside”, explica Ryan Staszewski. O exemplo recente do alastramento do vírus Covid-19 é levantado pelo gestor para explicar a utilização de instrumentos de cobertura na gestão do fundo e reforçar aquele que é o segundo pilar em que assenta a estratégia: a gestão do risco no downside. Com honestidade, comenta que na equipa não têm qualquer tipo de expertise médico que lhe proporcione uma vantagem competitiva na gestão deste tema. “Não assumimos qualquer tipo de posição na carteira em resposta a este evento, mas a verdade é que o impacto
nos pressupostos de crescimento da economia é inegável, o que associado às elevadas valuations justifica o nosso posicionamento defensivo. O que fazemos é ir comprando oportunisticamente instrumentos de cobertura baratos, seguros baratos, que respondem à volatilidade e proporcionam um pay-off em situações mais extremas”, explica. Por fim, o gestor não poderia deixar de comentar a concentração do mercado de crédito no limite inferior do rating investment grade (BBB). Sobre o assunto, Ryan Staszewski volta a reforçar o terceiro pilar em que assenta a estratégia para afastar qualquer tipo de preocupação.“Temos analistas de crédito dedicados a perceber quantitativa e qualitativamente os negócios e a sua trajetória fundamental. Dentro de cada rating de crédito vamos encontrar boas e más empresas. Selecionar aquelas que mostram uma elevada qualidade ou as que estão a melhorar fundamentalmente e evitar aquelas que estão em risco, é o pão e manteiga do nosso negócio. As empresas com rating BBB estão, na nossa perspetiva, muito mais baratas em termos fundamentais. A nossa alocação ao segmento concentra-se em empresas que refletem oportunidades verdadeiramente boas e não estamos preocupados”, termina. MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 93
ENTREVISTAS FIGURA DA INDÚSTRIA
por Catarina Vinagre
Marcos Soares Ribeiro, CFA
ESFORÇO CONJUNTO Marcos Soares Ribeiro, CFA e os restantes membros do board da CFA Society Portugal são voluntários que dedicam os seus esforços no sentido de canalizar de forma eficaz os recursos do CFA Institute em Portugal.
PRESIDENTE, CFA SOCIETY PORTUGAL
COMUNICAR: O FOCO DO ATUAL MANDATO DA CFA SOCIETY PORTUGAL Desde julho ao leme da CFA Society Portugal, Marcos Soares Ribeiro, CFA explica o objetivo central do seu mandato e partilha as suas opiniões sobre alguns dos desafios que a gestão de ativos enfrenta atualmente.
A
grande prioridade do seu mandato: comunicação. Porquê? Três anos, três exames. Parece fácil, mas para concluir o processo de certificação dos Chartered Financial Analysts é preciso bem mais do que alguma dedicação e empenho. Nas palavras do profissional, “a comunidade portuguesa não está ainda totalmente consciente do que representa a sigla CFA”. “As competências técnicas avançadas, uma capacidade de trabalho acima da média e uma consciência profunda da necessidade de um comportamento ético na gestão de investimentos de terceiros, fazem com que os profissionais certificados pelo CFA Institute acrescentem valor a qualquer equipa de trabalho”. “Queremos assim focar muitos dos nossos esforços em aumentar a consciência desse valor, tanto na comunidade de profissionais de investimentos como na população em geral”, comenta.
DESAFIOS DA GESTÃO DE ATIVOS
Já sobre alguns dos temas do momento na gestão de ativos, nomeadamente o desafio da gestão passiva, o presidente da associação profissional é assertivo e garante assim que este repto não pode ser evitado ou contornado. “Os produtos de gestão passiva surgem como soluções mais baratas de investimento para quem não pode - e não deve - suportar os custos elevados de algumas soluções de investimento”, refere. Para o profissional esta é uma forma de democratização no acesso a carteiras de investimento diversificadas que traz muito valor à indústria. 94 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
Aos gestores de ativos, indica, “cabe demonstrar a sua capacidade para gerar valor, saber explicar aos seus clientes o valor dos seus processos e aumentar a literacia financeira para que os investidores percebam em que situações a gestão ativa tem mais valor do que a gestão passiva”. Nas palavras do presidente da CFA Society Portugal “estes instrumentos nasceram como resposta a uma necessidade do mercado” e “como muitas outras evoluções disruptivas vêm forçar os profissionais da indústria a adaptar os seus modelos de negócio, a torná-los mais eficientes, a focar os seus esforços onde mais aportam valor”. No entanto, no investimento em ETF, “como em todos os instrumentos de investimento, existem produtos mais simples e mais complexos. Não é por estarem disponíveis e facilmente acessíveis que os riscos ficam mitigados. Uma análise profissional da adequação e das especificidades de cada produto é sempre recomendável e responsável para que não se repitam alguns erros do passado”, expõe.
IMPULSIONAR O PERFIL ESG
“Não deveriam todos os investimentos ser responsáveis?”, interroga Marcos Soares Ribeiro, CFA quando questionado sobre a primavera do investimento socialmente responsável. Para o homem ao comando da CFA Society Portugal a inclusão de critérios ESG deverá enraizar-se no processo de decisão de todos os investidores e gestores de ativos, mas não necessariamente numa perspetiva de negar a alguma empresa ou indústria o acesso a capital. O que será mais ético, negar o financiamento a uma empresa só pelo sector em que atua ou utilizar esse financiamento como ferramenta para impulsionar o perfil sustentável e responsável dessa mesma empresa? Embora seja um critério válido de investimento ESG, a exclusão do investimento em determinados sectores, levada a um extremo poderia ter consequências nefastas para o mercado e para a sociedade”, adverte, referindo-se, por exemplo, ao desemprego direto e indireto que daí poderia resultar. Por outro lado, perspetiva que a intervenção, como credores ou investidores numa empresa, para que esta melhore progressivamente o seu perfil ESG, “traduz-se num processo com valor para todos os intervenientes”. “Creio que assim sai reforçada a responsabilidade e o papel das gestoras de ativos e empresas de investimento com maiores recursos em representação dos seus clientes. Para o profissional “capitalizar o poder que a escala lhes confere no sentido de termos empresas melhores e, em consequência, um mundo melhor”, deveria ser uma pedra basilar “nas decisões estratégicas destas entidades”.
MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 95
ENTREVISTAS GURU por Joel Silva
96 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
TNE
R
P
AR
AR
R
P
Existem poucos fundos no universo do fixed income que tenham mostrado nos últimos anos uma consistência como a do JPMorgan Income Fund, um produto que procura resolver um dos grandes problemas enfrentados pelos investidores: a necessidade de gerar um rendimento constante e previsível. Uma visão atenta dos impactos da política monetária nas dinâmicas de mercado, um vasto conhecimento do universo das obrigações e uma rede de negócio global são, segundo Andrew Norelli, os fatores cruciais do sucesso do fundo. TNE
GESTOR, JPMORGAN INCOME FUND MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 97
ENTREVISTAS GURU POLIVALÊNCIA
O
bull market, as taxas de juro negativas e o quantative easing (QE) não representam apenas os fenómenos que caracterizaram o contexto económico dos últimos 10 anos. Pela sua novidade são também uma força motora da investigação académica. Ainda há caminho por desbravar no desenvolvimento da teoria financeira e económica, especialmente no que toca aos efeitos da política monetária nos mercados financeiros, e Andrew Norelli, managing director na J.P. Morgan Asset Management, tem o exemplo ideal. “Penso que ainda vai demorar muito para a comunidade académica provar - ou refutar - o que vou dizer, mas na minha perspetiva a expansão do balanço da Fed parece inflacionar os preços de todos os ativos exceto os títulos do tesouro americano”, expõe. “Historicamente, quando a Fed expandiu o seu balanço, o preço das ações subiu; quando cessaram essa expansão durante os intervalos entre o QE1, QE2 e QE3 o preço das ações desceu; e quando a Fed encolheu o seu balanço em 2018 o preço das ações estabilizou”, começa por explicar o gestor. O que é intrigante nesta situação é que, nos mesmos períodos, as yields das obrigações moveram-se no sentido oposto ao que seria de esperar: “Quando o balanço da Fed gerou procura por obrigações, as yields subiram e os preços desceram”, e vice-versa. A causa por detrás deste fenómeno? A tese de Andrew Norelli é que, em situações de quantitative easing, o montante de dinheiro em circulação aumenta drasticamente (liquidez), e como a quantidade de ativos se move na direção oposta, o seu preço deveria subir. No entanto, nestes momentos “os tomadores de risco acreditam que estão protegidos pela reserva federal e pelos bancos centrais, e assim a tolerância ao risco aumenta”, afirma. “Mantendo-se tudo o resto constante, o prémio de risco nos títulos do tesouro move-se na direção contrária do prémio de risco global, por isso, à medida que a tolerância ao risco aumenta, o preço dos títulos do tesouro desce”, conclui. São estes os dados que levam o profissional a defender que a discussão em torno do quantitative easing aplicado por parte da Fed está enviesada. Referindo-se às operações executadas pela reserva federal no último trimestre de 2019, Andrew Norelli estabelece que “não importa se só se considera quantitative easing quando a Fed compra títulos de longo prazo em vez de curto prazo ou repo; o que real98 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
Para além de se encarregar da gestão de diversos fundos, Andrew também é membro do Global Fixed Income, Currency & Commodities (GFICC) group da J.P. Morgan Asset Management.
mente importa é que os níveis de liquidez aumentam e isso parece ter um efeito nos mercados idêntico ao QE”. Em suma, na ótica do gestor, “a ação do QE está mais relacionada com os níveis de liquidez do que com os instrumentos de dívida concretos que a Fed compra”.
CONTENÇÃO DO RISCO
Compreender as dinâmicas da Fed e da política monetária americana como um todo é um aspeto fulcral para o sucesso do fundo que Andrew Norelli tem a seu cargo, o JPMorgan Funds - Income Fund, um dos contemplados com o Selo FundsPeople 2020 pela classificação de Blockbuster e Consistente. Nas suas palavras, este produto almeja garantir um “rendimento idêntico a um fundo de high yield, mas com uma volatilidade mais reduzida, e distribuindo esse rendimento em pagamentos previsíveis”, através do investimento exclusivo em obrigações. Como em qualquer veículo de investimento nesta classe de ativos, a gestão da duration é um dos aspetos de maior importância no governo do fundo, e que tendencialmente reflete convicções e singularidades dos seus gestores. “O que tentamos fazer é ter a duration ótima dos títulos do tesouro para reduzir o risco na carteira como um todo”, explica Andrew Norelli. “A duration de títulos do tesouro apresenta um prémio de risco não correlacionado com os prémios de risco que temos em carteira. No entanto, observamos situações no mercado em que as yields aumentam quando o preço dos ativos de risco diminui - o que nós chamamos de ‘wrong way positive correlation’ entre ativos
NÃO IMPORTA SE SÓ SE CONSIDERA QE QUANDO A FED COMPRA TÍTULOS DE LONGO PRAZO; O QUE REALMENTE IMPORTA É QUE OS NÍVEIS DE LIQUIDEZ AUMENTAM E ISSO PARECE TER UM EFEITO NOS MERCADOS
de risco e títulos do tesouro. Durante esses períodos a duration é prejudicial para a carteira e, por isso, tentamos ter a certeza de que detemos os títulos do tesouro adequados nessas alturas”, esclarece. O enfoque na gestão do risco é, de resto, a tónica das operações do dia a dia: os esforços não se concentram em metas de rentabilidade, mas sim na volatilidade do fundo. “Não apontamos para um determinado nível de rendimento, mas sim para um nível de risco”, afirma o gestor. Para tal, a equipa de gestão procura “explorar todo o espetro de risco e maximizar o rendimento, com o objetivo de atingir uma produção de rendimento semelhante a tais classes de ativos mais arriscadas”. O alicerce deste processo assenta em “encontrar ativos não correlacionados e combiná-los no portefólio”, ou seja, na diversificação.
SABER É PODER
A aplicação eficaz desta metodologia tem vindo a ser trabalhada desde o nascimento do fundo, em que teve lugar um estudo minucioso do universo de fixed income. Andrew Norelli relata que a equipa “vasculhou o mercado na altura do lançamento para encontrar o máximo de oportunidades
possíveis”, o que permite ao fundo gozar de alguma estabilidade nas subclasses de ativos em carteira. “Não detemos no portefólio classes de ativos, sectores ou subsectores que não tenhamos usado previamente”, enfatiza. “O que temos conseguido fazer de forma consistente é, dadas as condições de mercado, encontrar obrigações cujos preços não se movimentam no mesmo sentido, com yields semelhantes, e combiná-las numa carteira que confere rentabilidades altas e consistentes, e com redução do risco”, resume o gestor. E para a manutenção deste veredicto durante longos anos a equipa de gestão pode contar com um vasto leque de ferramentas ao seu dispor. “Na J.P. Morgan AM temos expertise de alta qualidade em praticamente todo o sector de fixed income no mundo inteiro, e podemos usá-lo para o nosso proveito no fundo”, revela Andrew Norelli. “Se quisermos explorar oportunidades em determinada subclasse de ativos podemos contar com especialistas que estão no terreno com um grande conhecimento desse mercado; e o mesmo acontece com os mercados emergentes. O alcance mundial do nosso negócio é certamente uma vantagem competitiva para nós; temos alguns concorrentes com posicionamento semelhante, mas não muitos”, sentencia. MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 99
PRODUTOS COMPARAÇÃO por Ana Palomares
AÇÕES GLOBAIS UMA OPÇÃO PARA SE MANTER NO MERCADO, GANHANDO DIVERSIFICAÇÃO
Em tempos de coronavírus e ameaça de recessão, os especialistas defendem que é altura de reduzir o risco da carteira dotando-a de um certo caráter defensivo. A diversificação geográfica é uma das formas de o conseguir.
BNY MELLON GLOBAL EQUITY INCOME FUND
FIDELITY FUNDS GLOBAL DIVIDEND FUND
MORGAN STANLEY IF GLOBAL BRANDS FUND
GESTORA: BNY MELLON LANÇAMENTO: 29/7/10 DIVISA: DÓLAR PATRIMÓNIO (mil. euros): 1.508 ISIN: IE00B3X1G796
GESTORA: FIDELITY LANÇAMENTO: 30/01/2012 DIVISA: DÓLAR PATRIMÓNIO (mil. euros): 7.275 ISIN: LU0605515963
GESTORA: MORGAN STANLEY LANÇAMENTO: 30/10/00 DIVISA: DÓLAR PATRIMÓNIO (mil. euros):13.729 ISIN: LU0119620416
RENTABILIDADE 1 ANO: 3,83 RENTABILIDADE 3 ANOS: 5,96 RENTABILIDADE 5 ANOS: 6,03
RENTABILIADE 1 ANO: 4,87 RENTABILIDADE 3 ANOS: 6,85 RENTABILIDADE 5 ANOS: 5,50
RENTABILIDADE 1 ANO: 7,46 RENTABILIDADE 3 ANOS: 10,17 RENTABILIDADE 5 ANOS: 8,78
2016
2017
2018
1 1 1
2019
100 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
2016
2018
2019
24,94
25,12 2020
2 2 2
2016
2017
2018
-8,21
-2,72
-8,62
-4,05 2017
4,36
17,19 2020
1,87
-9,37
-6,49
6,92
17,37
RENTABILIDADE
20,63
RENTABILIDADE
20,82
RENTABILIDADE
2019
2020
33 3
O
mundo do investimento tem estado a lidar nas últimas semanas com o efeito negativo que implica viver num mundo globalizado, considerando que foi exatamente a dispersão internacional do coronavírus que acabou por infetar os mercados de ações. Além disso, ao contrário de outras crises experienciadas no passado, este descarrilamento das bolsas produziu-se de forma sincronizada, com todos os mercados a sucumbir ao pânico dos investidores.
No entanto, e precisamente neste contexto, é quando faz ainda mais sentido apostar numa componente global na altura de investir se se optar por seguir a opinião dos especialistas que defendem que há que interpretar estas quedas como grandes oportunidades de compra para quem investe a pensar no longo prazo. Ao fim ao cabo, o que se consegue com uma carteira global é precisamente essa diversificação, talvez não por tipo de ativo, mas sim pela região de domicílio. Desta forma, neste estudo comparativo optámos por olhar para os fundos de ações globais
para que fiquem claras as semelhanças e as diferenças das suas carteiras e, sobretudo, como estão a enfrentar uma situação tão excecional como a que estamos a experienciar. Em concreto, incluímos na mesma seis fundos desta categoria, que contam com selo FundsPeople 2020 tanto em Portugal, como em Espanha e Itália. O primeiro detalhe que salta à vista é que todos conseguem rentabilidades positivas a cinco anos superiores à inflação e, nos últimos três anos, com volatilidades atualizadas maioritariamente abaixo dos 10%. Além
NORDEA 1 GLOBAL CLIMATE AND ENVIRONMENT
ROBECO GLOBAL CONSUMER TRENDS
SEILERN WORLD GROWTH FUND
GESTORA: NORDEA LANÇAMENTO: 13/03/08 DIVISA: EURO PATRIMÓNIO (mil. euros): 2.681 ISIN: LU0348927095
GESTORA: ROBECO LANÇAMENTO: 03/06/98 DIVISA: EURO PATRIMÓNIO (mil. euros): 3.446 ISIN: LU0187079347
GESTORA: SEILERN LANÇAMENTO: 01/01/08 DIVISA: EURO PATRIMÓNIO (mil. euros): 1.191 ISIN: IE00B2NXKW18
RENTABILIDADE 1 ANO: 11,80 RENTABILIDADE 3 ANOS: 7,22 RENTABILIDADE 5 ANOS: 8,95
RENTABILIDADE 1 ANO: 17,95 RENTABILIDADE 3 ANOS: 15,10 RENTABILIDADE 5 ANOS: 10,65
RENTABILIDADE 1 ANO: 15,10 RENTABILIDADE 3 ANOS: 13,19 RENTABILIDADE 5 ANOS: 11,89
35,67
2018
4 4
2019
2020
2016
2017
2018
-4,8
5,61
-1,65
0,44
-0,69
-7,76
7,12
11,86
21,36
16,31 2017
-12,69
17,22 2016
RENTABILIDADE 34,76
RENTABILIDADE
38,28
RENTABILIDADE
2019
2020
2016
2017
2018
2019
2020
5 5 5 6 6 6 MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 101
PRODUTOS COMPARAÇÃO
BNY MELLON GLOBAL EQUITY INCOME FUND
GESTOR NICK CLAY
DISCIPLINA PARA CONSEGUIR RENDIMENTOS Este fundo gerido por Nick Clay cumpre este ano o seu 10º aniversário e neste período conseguiu “gerar rentabilidades sustentáveis e rendimentos a longo prazo”. Com dados da Morningstar, nos últimos cinco anos conseguiu uma rentabilidade anualizada superior a 6% graças aos bons resultados da sua metodologia de seleção de ativos, entre outras coisas. “A disciplina de compra estabelece só pode adquirir empresas que ofereçam uma yield 25% acima do índice FTSE World, enquanto que a disciplina de venda obriga a vender quando esta desce abaixo da média do índice”, afirma. Em média, a carteira costuma deter entre 40 e 70 títulos, uma elevada concentração. Mostra uma sobreponderação na Europa, sobretudo Reino Unido e norte do Velho Continente, em detrimento dos EUA e Japão. Relativamente aos setores, adota um viés mais defensivo, com as suas maiores posições alocadas a ativos de indústria, consumo, tecnologia e saúde.
102 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
FIDELITY FUNDS GLOBAL DIVIDEND FUND
GESTOR DANIEL ROBERTS
MORGAN STANLEY IF GLOBAL BRANDS FUND
GESTOR BRUNO PAULSON
DIVIDENDO COMO ESCUDO
20 ANOS A GERAR ALPHA
A geração de rendimentos através de dividendos e a apreciação de capital no longo prazo, selecionando empresas com bons fundamentais, é o objetivo do fundo. Uma estratégia que já era muito defensiva, mas que viu esta característica ser reforçada recentemente. “Continuamos concentrados em empresas com valorizações atrativas com características de qualidade: modelos de negócio simples, fluxos de caixa recorrentes, transparência, alocação de capital sensata e, mais importante, um balanço sólido. Isto leva a uma carteira com uma inclinação defensiva”, afirmam. Esse carácter está patente no facto de a maior queda experienciada pelo fundo nos últimos três anos ter sido de apenas 7%. Apesar de grande parte dos valores que compõem a carteira do fundo pertencerem a sectores defensivos, isso não implica que não aproveitem as oportunidades que possam gerar outros negócios mais ligados ao ciclo económico.
Dos seis fundos este é o mais antigo, lançado há 20 anos. Nesse período, a estratégia do fundo foi mantida, e nada mais é do que “investir numa perspetiva bottom-up num portefólio concentrado de empresas de alta qualidade e bem administradas a um preço razoável”, de acordo com o seu gestor. Essa seleção de títulos, que se adapta de acordo com as características do mercado (o fundo possui um turnover entre 20 e 25% num ano), permitiu gerar um alfa nos últimos três anos de mais de 5%, de acordo com dados da Morningstar do final de janeiro, o que implica quase metade do retorno anualizado de 10% que o fundo alcançou nesse período. Encontram maior potencial em sectores e indústrias de produtos básicos de consumo, software e serviços de IT, bem como em tecnologia de serviços de saúde. “Acreditamos que as empresas são capazes de combinar ativos intangíveis poderosos com a capacidade de crescer com um alto retorno sustentável do capital operacional”, diz Paulson.
NORDEA 1 GLOBAL CLIMATE AND ENVIRONMENT
GESTOR THOMAS SØRENSEN; HENNING PADBERG
A LUTAR CONTRA A MUDANÇA CLIMÁTICA Este fundo foi um dos primeiros a transformar as mudanças climáticas numa tendência de investimento. A sua data de lançamento remonta a 2008. Como explicam os gestores, “as nossas competências concentram-se em identificar as ações das empresas em que o mercado está a subestimar ou negligenciar o impacto das mudanças climáticas como geradoras de fluxos de caixa futuros”. Aplicam um processo de análise de empresas que, além de recompensar critérios fundamentais mais tradicionais, leva em consideração a proporção das receitas das empresas que estão expostas ao amplo universo de investimento que a mudança climática implica. “Para se tornar parte do universo de investimento, a receita de uma empresa deve ser exposta em pelo menos 20% a essa megatendência.” Um limiar que permite investir também naquelas empresas que estão a transformar seus negócios.
ROBECO GLOBAL CONSUMER TRENDS
GESTOR JACK NEELE E RICHARD SPEETJENS
SEILERN WORLD GROWTH FUND
GESTOR MICHAEL FAHERTY
UMA CARTEIRA QUE FUNCIONA
ESTILO GROWTH E SELEÇÃO ÓTIMA
O objetivo do fundo é simples: selecionar as empresas que podem participar na transformação do sector de consumo. A metodologia de seleção é composta por três etapas. A primeira é “a identificação top-down de tendências de longo prazo na perspetiva do consumidor”, considerando as tendências que abrangem o consumo digital, o consumo emergente e as principais marcas. Depois de identificadas as empresas, realizam um processo de seleção bottom-up, sendo o terceiro passo “a construção cuidadosa do portefólio, onde o tamanho das posições se baseia no nível de convicção e nas características de risco”. Isso trouxe bons resultados, no curto prazo e no longo prazo, pois, segundo a Morningstar, obtém um retorno anualizado de 15,1% nos últimos três anos, o que o coloca nesse período como o mais rentável dos produtos analisados Atualmente, dois dos setores em que veem o maior potencial a longo prazo são a entrega de alimentos ao domicílio e o comércio eletrónico
O melhor comportamento do estilo de crescimento em relação ao valor e uma cuidadosa seleção de valores são as duas causas que podem estar por trás do bom comportamento que este fundo teve nos últimos cinco anos. “A nossa filosofia de investimento é impulsionada por uma perspetiva de longo prazo e pelo compromisso de investir em empresas de crescimento de qualidade”, diz o gestor. Para isso, procuram negócios excecionais que demonstram perspetivas de crescimento superiores à concorrência, vantagens competitivas sustentáveis, altos retornos sobre o capital investido e com pouca dívida. Além disso, como característica específica deste fundo, uma vez que os gestores selecionam esses títulos, estes não são integrados na carteira até que tenham a aprovação do presidente da entidade gestora Peter Seilern, que tem poder de veto. Tanto este fundo como os restantes da entidade gestora, possuem uma carteira altamente concentrada, entre 17 e 25 títulos.
MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 103
1 11 1
2 3 22 2 33 3
BNY MELLON GLOBAL EQUITY INCOME FUND
FIDELITY FUNDS GLOBAL DIVIDEND FUND
PATRIMÓNIO
MORGAN STANLEY IF GLOBAL BRANDS FUND
PATRIMÓNIO
PATRIMÓNIO
7.275
14.164
13.729
7.234
1.641 1.508 833
8.314
4.752
653 2017
2018
2019
2020
2016
2017
2018
8.944
6.634
4.522
4.171
804 2016
Fonte: Morningstar Direct. Dados de Património a 29 de fevereiro de 2020.
PRODUTOS COMPARAÇÃO
2019
2020
2016
2017
2018
2019
2020
13 17
4
14
Volatilidade Anualizada 3 Anos (%)
12 14
11
11
5
10
3
1 8
MAPA risco/rentabilidade
6
11
9
8
79
Morgan Stanley IF Global Brands Fund
4
Nordea 1 Global Climate and Environment
5
Robeco Global Consumer Trends Seilern World Growth Fund
Divisa base (dólar)
4
5
Fidelity Funds Global Dividend Fund
3
Divisa base (euro)
8
7
BNY Mellon Global Equity Income Fund
6
2 5
1 2
9
8 911
11
12 Rent. Anualizada 3 Anos (%)
1113
BNY MELLON GLOBAL EQUITY INCOME FUND
13
16 13
FIDELITY FUNDS GLOBAL DIVIDEND FUND
MORGAN STANLEY IF GLOBAL BRANDS FUND
NORDEA 1 GLOBAL CLIMATE AND ENVIRONMENT
ROBECO GLOBAL CONSUMER TRENDS
SEILERN WORLD GROWTH FUND
RENTABILIDADE A TRÊS ANOS %
5,96
6,85
10,17
7,22
15,10
13,19
VOLATILIDADE A TRÊS ANOS %
9,51
8,38
9,75
12,22
11,99
11,26
DRAWDOWN MÁX. A 3 ANOS %
-10,16
-7,10
-9,37
-13,2
-14,77
-10,97
RÁCIO SHARPE A TRÊS ANOS
0,92
1,12
1,40
0,90
1,32
1,45
ALFA A TRÊS ANOS %
-0,23
1,82
5,36
-0,71
5,48
5,55
BETA A TRÊS ANOS %
0,71
0,60
0,66
0,99
0,93
0,85
104 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
Fonte: Morningstar Direct. Dados na divisa base do fundo a 29 de fevereiro de 2020.
17
NORDEA 1 GLOBAL CLIMATE AND ENVIRONMENT
44 4
ROBECO GLOBAL CONSUMER TRENDS
PATRIMÓNIO 2.433
55 5
SEILERN WORLD GROWTH FUND
66 6
PATRIMÓNIO
2.681
3.203
PATRIMÓNIO
3.446
1.203
1.262
684 723
1.975
960
378
1.347
144 2016
281
1.429 2017
2018
2019
2020
disso, outras das coincidências, passa pelo viés defensivo das suas carteiras. Por exemplo, os fundos da Morgan Stanley e Robeco, Morgan Stanley Global Brands Fund e Robeco Global Consumer, respetivamente, aplicam esse viés dando um peso significativo às empresas do sector do consumo defensivo nas suas carteiras. De facto, o fundo da Morgan Stanley tem no sector de bens de primeira necessidade a sua maior sobreponderação (pesa 33% na carteira o que compara com os 8% do seu índice de referência). Por outro lado, outros produtos como o Fidelity Global Dividend Fund ou o BNY Mellon Global Equity Income Fund aplicam o seu viés defensivo através da seleção de empresas que distribuem dividendos estáveis. “A maioria das ações da nossa carteira oferece uma dividend yield de até 4% de forma constante pelo que, com o tempo, tiramos muito proveito da capitalização composta”, afirma Nick Clay, gestor do fundo da BNY Mellon. Não em vão, todos os gestores se mostram preocupados pelo que efei-
2016
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2020
to que terá a expansão do coronavírus nas empresas em que investem. Daí, que o seu máximo objetivo seja, na altura de selecionar os ativos, perceber quais serão as empresas que poderão manter receitas estáveis além do impacto que possa ter o contexto no curto prazo. “Para compensar esta situação, concentrámo-nos no nosso investimento na Índia (que atua como um mercado refúgio nos mercados emergentes), e nas empresas relacionadas com o comércio eletrónico, que podem beneficiar do facto de as famílias terem que permanecer confinadas aos seus lares”, afiram Jack Neele e Richard Speetjens, gestores do Robeco Global Consumer. “Em termos relativos, a natureza defensiva do fundo significa que as rentabilidades são tipicamente mais fortes em mercados mais débeis e acreditamos que o nosso enfoque na disciplina de valorização, nos balanços sólidos e nas receitas resistentes deverá ser novamente positivo se este contexto mais volátil e incerto persistir”, apontam da Fidelity.
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A informação sobre Organismos de Investimento Coletivo ou outros instrumentos financeiros incluída na FundsPeople é apresentada apenas com fim informativo e ilustrativo e não deve ser interpretada como uma oferta de venda ou recomendação de investimento. A informação não representa uma descrição completa dos OIC ou outros instrumentos financeiros e mercados a que faz referência.
MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 105
PRODUTOS CARTEIRAS por Pilar Téllez
O MERCADO DE OBRIGAÇÕES HIGH YIELD GLOBAIS VOLTA A SER UMA INTERESSANTE OPORTUNIDADE DE INVESTIMENTO, MAS SEMPRE COM UMA ADEQUADA SELEÇÃO DE EMISSÕES E EMITENTES 106 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
O
mercado de high yield tem-se mostrado relativamente resiliente este ano, tendo em conta a alta volatilidade e as quedas acentuadas nos mercados de ações como consequência da incerteza gerada pela crise do COVID-19 e do impacto económico que terá na economia a um nível global. Se considerarmos o ICE BofA Global HY Index (HW00) USD Hedged com dados a 13 de março, a queda do mercado era de -8,7 %, enquanto no final de fevereiro essa queda era inferior a -1%. Com este recente movimento de queda, a yield oferecida por este tipo de ativos passou de + 5,70% para + 7,84% no meio do mês, e os spreads aumentaram de 500 bps no final de fevereiro para 734 bps em meados de março. Esse facto torna o mercado global de high yield novamente numa oportunidade interessante de investimento para quem procura uma yield atrativa. O sector que mais sofreu nas últimas semanas foi o sector de energia, atingido pela queda do preço do
A SUBIDA DAS YIELDS TORNA O MERCADO NOVAMENTE NUMA OPORTUNIDADE INTERESSANTE DE INVESTMENTO petróleo, bem como os sectores mais ligados ao crescimento económico. Por área geográfica, o mercado europeu de high yield sofreu mais com os efeitos desta crise global e registou uma queda de mais de 10% em 13 de março, de acordo com o ICE BofA ML Euro High Yield Index, enquanto o americano sofreu em menor grau, até -9,14%, com o comportamento das Treasuries a atenuar a queda. Por qualidade das emissões, num ambiente de aversão ao risco como o atual e como seria de esperar,
FUNDOS DA CATEGORIA GLOBAL HIGH YIELD COM SELO FUNDSPEOPLE 2020 FUNDO
SELO FUNDSPEOPLE 2020
PATRIMÓNIO EM MILHÕES DE EUROS
RENTABILIDADE % 1 ANO
VOLATILIDADE
ANUALIZADA ANUALIZADA % 3 ANOS % 5 ANOS
% 1 ANO
ANUALIZADA ANUALIZADA % 3 ANOS % 5 ANOS
BNY Mellon Global Funds PLC BNY Mellon Global Short-Dated High Yield Bond Fund
ABC
653
6,01
4,87
-
1,81
2,14
-
Candriam Bonds Global High Yield
ABC
265
7,85
3,83
4,27
2,64
3,23
3,72
Eurizon Fund Bond High Yield
ABC
3.288
8,45
3,41
4,12
3,03
3,33
3,93
Goldman Sachs Global High Yield Portfolio
ABC
2.851
9,68
4,71
4,36
3,30
4,39
5,46
M&G (Lux) Investment Funds 1 M&G (Lux) Global Floating Rate High Yield Fund
ABC
2.155
3,64
1,48
2,45
1,87
2,25
2,61
M&G (Lux) Investment Funds 1 M&G (Lux) Global High Yield Bond Fund
ABC
86
11,07
6,14
6,20
3,32
3,62
4,92
Schroder International Selection Fund Global High Yield
ABC
2.290
10,83
5,33
5,70
3,55
4,31
5,17
T. Rowe Price Funds SICAV Global High Income Bond Fund
ABC
319
12,18
7,04
-
2,87
3,54
-
T. Rowe Price Funds SICAV Global High Yield Bond Fund
ABC
1.265
12,15
6,34
6,39
2,88
3,88
4,96
UBAM Global High Yield Solution
ABC
5.653
8,26
6,05
5,70
4,38
3,86
4,35
Elaboração própria com dados da Morningstar a 29 de fevereiro de 2020
MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 107
PRODUTOS CARTEIRAS
DISTRIBUIÇÃO POR MATURIDADES % DE 1 A 3 ANOS
FUNDO
DE 3 A 5 ANOS
DE 5 A 7 ANOS
DE 7 A 10 ANOS
DE 10 A 15 ANOS
DE 15 A 20 ANOS
DE 20 A 30 ANOS
MAIOR QUE 30 ANOS
BNY Mellon Glob. Funds PLC BNY Mellon Global Short-Dated High Yield Bond Fund
26,9
43,9
20,14
4,55
1,14
0
3,37
0
Candriam Bonds Global High Yield
2,64
20,7
31,86
33,73
7,08
0,58
0
3,41
Eurizon Fund Bond High Yield
7,57
23,91
25,74
18,71
2,83
1,32
2,81
17,11
Goldman Sachs Global High Yield Portfolio
6,75
31,61
36,77
21,69
1,7
0,82
0,53
0,13
M&G (Lux) Investment Funds 1 M&G (Lux) Global Floating Rate High Yield Fund
26,7
44,67
24,43
0
0,39
1,71
0
2,1
M&G (Lux) Investment Funds 1 M&G (Lux) Global High Yield Bond Fund
7,62
27,77
28,31
30,77
0,83
0,42
2,54
1,74 2,79
Schroder International Selection Fund Global High Yield
7,4
17,61
31,98
26,74
4,36
1,94
7,18
T. Rowe Price Funds SICAV Global High Income Bond Fund
7,54
24,21
38,3
27,04
2,58
0,03
0,3
0
T. Rowe Price Funds SICAV Global High Yield Bond Fund
5,83
22,55
44,38
24,34
1,7
0,7
0,5
0
79
13
5
3
0
0
0
0
UBAM Global High Yield Solution Elaboração própria com dados da Morningstar a 29 de fevereiro de 2020
DISTRIBUIÇÃO POR QUALIDADE DE CRÉDITO % FUNDO
AAA
AA
A
BBB
BB
B
MENOR QUE B
SEM RATING
BNY Mellon Glob. Funds PLC BNY Mellon Global Short-Dated High Yield Bond Fund
0
0
0
2,72
30,33
52,73
5,12
Candriam Bonds Global High Yield
0
0
0
6,8
46,93
25,21
3,06
18
Eurizon Fund Bond High Yield
0
0
0
4,86
59,37
22,55
0,87
12,35
Goldman Sachs Global High Yield Portfolio
9,1
1,01
0
0
0
35,45
43,82
18,85
0,87
M&G (Lux) Investment Funds 1 M&G (Lux) Global Floating Rate High Yield Fund
0
4,6
2,47
3,95
15,4
71,05
2,53
0
M&G (Lux) Investment Funds 1 M&G (Lux) Global High Yield Bond Fund
-
-
-
-
-
-
-
-
0,72
4,01
0,04
19,03
37,26
24,58
12,7
1,66
Schroder International Selection Fund Global High Yield T. Rowe Price Funds SICAV Global High Income Bond Fund T. Rowe Price Funds SICAV Global High Yield Bond Fund UBAM Global High Yield Solution
6
0
0
3,12
25,78
50,92
13,68
0,5
2,02
0
0
3,21
31,74
46,59
14,49
1,95
-
-
-
-
-
-
-
-
Elaboração própria com dados da Morningstar a 29 de fevereiro de 2020
as emissões com melhor classificação mostraram um melhor desempenho. A maioria dos gestores considera esta uma situação transitória; no entanto, é fundamental fazer uma seleção correta das emissões, principalmente considerando o grau de liquidez das empresas para enfrentar o pagamento de cupões. Neste contexto, indicamos três fundos que podem ser veículos adequados para canalizar o investimento: Janus Henderson Horizon Global High Yield Bond Fund: Lançado em 108 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
2013, o fundo é gerido por Tom Ross e Seth Meyer e reúne as melhores ideias da equipa de 17 analistas de crédito baseada tanto em Londres como em Denver. O seu objetivo é proporcionar o acesso a uma yield elevada e ao potencial de valorização do capital, investindo pelo menos 80% do portfólio em emissões high yield. O fundo compara com o ICE BofAML Global High Yield Constrained Index, que inclui cerca de 20% em mercados emergentes, embora a carteira tenda a subponderar essa ex-
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A OPINIÃO DE CRISTINA CARVALHO Responsável de vendas corporativas e institucionais e responsável pelo mercado português, Amundi
É FUNDAMENTAL FAZER UMA SELEÇÃO CORRETA DAS EMISSÕES, PRINCIPALMENTE CONSIDERANDO O GRAU DE LIQUIDEZ
posição. O portfólio é altamente diversificado, com uma posição média entre 0,5 e 3%. Embora o fundo combine a abordagem top-down com a abordagem bottom-up, espera-se que cerca de 70% do valor acrescentado do fundo venha da seleção de emissões. BlueBay Global High Yield Bond Fund: lançado no final de 2010, o fundo é co-gerido por Andrzej Skiba, Justin Jewell e Tim Leary, membros da equipa Global Leverage Finance da BlueBay, que inclui 14 analistas. A estratégia tenta superar o comportamento do índice ICE BAML Global High Yield Constrained em 2% anualizados (em termos brutos) num ciclo de crédito completo, com um nível de tracking error de entre 0 e 6% e um alvo de information ratio superior a 0,5. Para o fazer, empregam um processo rigoroso, com base na sua própria análise, que enfatiza a preservação do capital, além de fatores macro que garantem um nível adequado de beta.
Operam sob rigorosos controles de risco. Pelo menos 2/3 da carteira devem ser investidos em high yield e no mínimo 50% em emitentes americanos. Barings Global High Yield Bond Fund: Lançado em abril de 2012 e co-gerido por Craig Abouchar, Sean Feeley, Scott Roth e Chris Sawyer investe em títulos de baixa qualidade de crédito denominados em dólar e euro. É um fundo de gestão ativa que tenta explorar o valor relativo entre os mercados geográficos, principalmente a Europa e os Estados Unidos. É medido com base no índice BofA ML NonFinancial Developed Markets HY Constrained. O seu bom desempenho deverá ser orientado, em grande parte, pela seleção correta de emissões, para a qual recorrem a uma extensa equipa global (66 profissionais de investimento) e uma das maiores do setor. No entanto, também considera a alocação regional derivada por um Comité que desenvolve a visão top down.
UM MULTIATIVO CONSERVADOR EM TEMPOS DE VOLATILIDADE Além do risco para a saúde, o confinamento nas nossas casas, a admiração pelos profissionais de saúde, as medidas extraordinárias de Bancos Centrais e Governos… e muitas mostras de solidariedade, esta crise também nos confirmou que vamos continuar a viver num mundo de baixas taxas de juro e de maiores incertezas. Que alternativa podemos propor aos investidores de obrigações? Uma opção pode ser uma solução multiativa conservadora com um baixo orçamento de volatilidade (entre 5%-7%) que realiza uma alocação flexível entre os diferentes sectores de obrigações e abre uma janela às ações com um máximo de 30%; apesar de muitas vezes estar abaixo desse nível. Uma carteira que procura oferecer retornos ajustados ao risco graças a um processo sólido e provado que aloca o orçamento de risco em quatro pilares de investimento pouco correlacionados entre si. A estratégia macro reflete a visão do mundo da equipa de gestão; enquanto a estratégia de cobertura macro procura proteger a carteiras face a riscos derivados de cenários alternativos. As estratégias satélites procuram gerar alfa e valor relativo com pouca correlação entre si e, por último, as estratégias de seleção tratam de identificar títulos de elevada qualidade em obrigações e ações que possam gerar uma rentabilidade estável aumentando a diversificação. O Amundi Funds Global Multi Asset Conservative procura um uso mais eficiente do risco com uma carteira de convicção, elevada qualidade, foco na liquidez e em evitar a deterioração permanente do capital. É altura de termos cuidado. MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 109
PRODUTOS EMERGENTES
por Maria Folqué
O REFÚGIO DAS
OBRIGAÇÕES
CHINESAS A entrada da dívida pública em renminbis nos índices de obrigações apresenta um novo desafio para as obrigações chinesas: tornar-se um novo ativo refúgio.
H
á um provérbio chinês que diz “na montanha não cabe mais do que um tigre”. Não obstante, na montanha de dívida pública refúgio já vive mais do que um tigre. Está a dívida americana, que além disso representa a divisa refúgio por excelência. Mas também os bunds alemães e as obrigações japonesas, ainda que estas últimas sejam muito sustentadas por um mercado local com a sua própria idiossincrasia. E se quisermos juntar mais felinos, tam-
110 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
bém andam por aí o ouro e a dívida suíça. Cabe mais algum? Para muitos especialistas no mercado de dívida chegou a hora do tigre chinês ter o seu espaço na montanha da dívida refúgio. Para Cary Young, diretor de Dívida da Grande China e gestor do Pictet Chinese Local Currency Debt, “a pensar nas turbulências causadas pelo coronavírus, um nicho da China pode ser surpreendentemente resistente: a dívida em moeda local. Isso deve-se ao facto das obrigações em renminbis
onshore estarem prestes a ser incluídas no índice de obrigações de mercados emergentes insígnia da J.P.Morgan. As entradas de investidores privados vão expandir-se rapidamente à medida que outros provedores de índices sigam os passos da J.P.Morgan e incorporem esta classe de ativos”.
UM SELO DE APROVAÇÃO
Yeung considera que “para as autoridades de Beijing, esta inclusão no índice representa um selo de aprovação dos seus esforços para liberalizar
O MERCADO DOMÉSTICO DE OBRIGAÇÕES CHINESAS É O TERCEIRO MAIOR DO MUNDO Tamanho do mercado (biliões de dólares) 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0
40,3
13,0
12,3
5,9
4,6
3,6
EUA
JAPÃO
CHINA
UK
FRANÇA
ALEMANHA
Fonte: Schroders, Bank of International Settlements, Bloomberg e CITI Research 2T 2018.
o mercado de capitais e integrar-se mais no sistema financeiro internacional. Para os investidores abre um novo mundo no qual o renminbi se torna numa moeda de investimento genuinamente global. De facto, numa questão de meses o mercado de obrigações onshore da China - de 13 biliões de dólares - desempenhará um papel muito maior nas carteiras de obrigações. Se acrescentarmos o potencial de apreciação da moeda a longo prazo os investidores vão achar difícil ignorar este mercado durante muito tempo”. Para o gestor, não se trata só de uma questão de volume, também há um atrativo nos spreads. “É preciso ter em conta que a rentabilidade a vencimento das obrigações do Governo chinês a cinco anos é de 2,8%, face
aos 1,4% das obrigações do Tesouro dos EUA, -0,1% das obrigações do governo japonês e -0,6% dos bunds alemães com o mesmo vencimento. Além disso, as obrigações chinesas em renminbis oferecem diversificação. A sua rentabilidade não se correlaciona especialmente com nenhuma classe de ativos, obrigações ou ações globais importantes. Com obrigações e ações norte-americanas e europeias é inferior a 0,34”, explica Yeung. Uta Fehm, especialista em obrigações asiáticas da UBS AM, coloca uma questão cadente no debate sobre a candidatura de obrigações chinesas à dívida refúgio. A China é um mercado emergente ou desenvolvido? Na sua opinião “ a resposta não é simples. Existem indicadores económicos que
posicionam o gigante asiático como mercado desenvolvido enquanto outros continuam a reforçar a sua consideração como mercado emergente”. Para Fehm, o PIB nominal situa a China em terreno desenvolvido, mas o PIB per capita não. O saldo da conta corrente sobre o PIB e o deficit público são mais de economia emergente, mas as reservas internacionais não. Na opinião da especialista, é preciso olhar um pouco mais além dos indicadores macro: “Para tentar resolver esta incógnita podemos fixar-nos noutras variáveis, como pode ser o desenvolvimento tecnológico, onde a China se situa comodamente entre os mercados desenvolvidos. O sector bancário, o comércio electrónico e a inteligência artificial, entre outros sectores, posicionam o país entre os líderes a nível global. Nestes termos, vamos poder dizer que a China é, na realidade, um mercado desenvolvido”. Na sua opinião, o comportamento da dívida chinesa é o que a aproxima mais de ser um refúgio. “Durante os picos históricos do Índice de Volatilidade (VIX), as yields da dívida reduziram-se, o que indica que os investidores consideram cada vez mais esta classe de ativos como um refúgio, mais próprio de um mercado desenvolvido do que de um mercado emergente. Ainda que a resposta à pergunta sobre o estado de desenvolvimento do mercado chinês tenha uma resposta difícil, poderá dizerse que o seu mercado de obrigações oferece vantagens de um mercado desenvolvido e, como tal, deverá ser considerado nas estratégias de investimento”, aponta a especialista. Na mesma linha manifesta-se Stephen Li Jen, CEO da Eurizon SLJ MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 111
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PRODUTOS EMERGENTES
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A OPINIÃO DE ÁLVARO ANTÓN LUNA Diretor geral para a Península Ibérica, Aberdeen Standard Investments
CORRELAÇÕES DAS OBRIGAÇÕES CHINESAS COM A DÍVIDA DESENVOLVIDA E EMERGENTE Correlação com obrigações de economias desenvolvidas
Correlação com obrigações de economias emergentes
0.09
0.09
0.08
0.08
0.07
0.07
0.06
0.06
0.05
0.05
0.04
0.04
0.03
0.03
0.02
0.02
0.01
0.01
0
0 AU CH FI DE JP SG FR GB US ES IT
TR TH BR JD IN MY CL MX ZA HU PL PH RU PE
Fonte: Schroders, Yield book data, março 2009 a dezembro de 2018, Citi Research.
Capital. Para Li, “as obrigações chinesas proporcionaram rentabilidades de países emergentes com um perfil de risco de país desenvolvido, destacando a baixa volatilidade desta classe de ativos e a tendência para ter boas rentabilidades em contextos de mercado difíceis”. Também recalca que, “entre 2014 e 2017, quando grande parte dos mercados emergentes terminaram no centro da especulação de queda dos mercados, as obrigações soberanas chinesas garantiram um retorno do investimento de 26%. Em 2018, um ano caracterizado por rendimentos negativos na maioria das classes de ativos, o resultado foi uma subida de 9%”. Do seu ponto de vista, “as obrigações em renminbi chinês oferecem rentabilidades em linha com as obrigações de mercados emergentes, mas com riscos semelhantes aos dos mercados desenvolvidos e, um investimento em 112 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
renminbi será mais atrativo para um europeu do que para um americano, especialmente se a guerra comercial entre Beijing e Washington não tiver solução à vista”. Na Schroders também consideram que este é um bom momento para começar a investir em obrigações chinesas, já que as condições económicas se estão a mover a favor dos mercados de obrigações e a mudança regulatória abre os mercados a uma base de investimentos mais ampla. Pode ser que, como disse Deng Xiaoping, “gato branco, gato negro, o importante é que cace ratos”. A China está a ultrapassar a crise do coronavírus e, apesar da magnitude nos seus mercados e dos seu potencial, terá de enfrentar outra questão-chave para se tornar um autêntico refúgio: a transparência e a confiança nos seus dados e atos. Assim, será preciso ver se o gato se torna num tigre.
PÂNICO NOS MERCADOS CRIA OPORTUNIDADES NA EUROPA A situação do coronavírus está a evoluir rapidamente. Não há dúvida de que estamos a viver um choque de procura em todas as economias do Ocidente e dos mercados emergentes. Perante este cenário, há muitos fatores a considerar. Mas enquanto investidores, é importante não nos perdermos nos grandes acontecimentos macroeconómicos. Temos de regressar ao essencial e focarmo-nos nos dados fundamentais das empresas. E é por isso que investimos em empresas de elevada qualidade. No final das contas, as rentabilidades vão assentar na capacidade de gerar receita e liquidez e num balanço sólido. Uma boa gestão dos riscos ESG (ambientais, sociais e de governação corporativa) e modelos de negócio sustentáveis também vão permitir ganhos e uma proteção face a quedas. Na nossa perspetiva, também é essencial manter um horizonte de investimento a longo prazo. Podemos não saber como vai ser o ambiente corporativo em 2020, mas ao investirmos em empresas cuja atratividade estrutural não tenha sido alterada pelo vírus, conseguimos ter uma melhor perceção de como poderão vir a ser os números em 2022/2023. As quedas recentes no preço das ações podem representar oportunidades de compra destas empresas.
PRODUTOS INSTITUCIONAL por Margarida Pinto
2019
VIDA NÃO LIGADOS
ATIVOS
5%
VIDA LIGADOS
6%
NÃO VIDA
3%
13%
4%
14%
7% 33%
37%
50% 17%
35%
32%
18%
2%
23%
VIDA NÃO LIGADOS
VIDA LIGADOS
NÃO VIDA
Obrigações de dívida pública
15.968.059.521
4.299.053.427
2.397.058.280
Obrigações de entidades privadas
10.300.466.199
2.283.095.944
1.482.602.348
133.800.479
109.647.259
97.020.517
Ações
2.086.103.569
39.846.151
1.054.730.038
Fundos de investimento
1.499.937.387
4.438.253.114
882.495.358
Produtos estruturados
Imobiliário Numerário e depósitos
139.053.377
194.906.708
1.850.844.305
1.710.266.121
Derivados
12.025.906
39.079.387
278.065.812 3.654.269
Hipotecas e empréstimos
83.867.713
234.500
3.543.589
Outros
n.a
27.789
n.a
TOTAL
32.074.158.456
12.919.503.692
6.394.076.919
Fonte: site ASF, séries longas-provisões. Em euros
A ALOCAÇÃO A DE ATIVOS
DASSEGURADORAS Ramos vida e não vida ao detalhe no que às escolhas de ativos de investimento diz respeito. Dívida pública tem ganho destaque ao longo dos anos, mas o recurso a fundos de investimento também.
s seguradoras são um dos principais investidores institucionais em cada mercado. A execução das suas decisões de alocação tem um impacto significativo nas diferentes classes de ativos. Decisões essas que acabam por dar algumas pistas sobre a fotografia geral das decisões de investimento destas entidades, tanto no ramo vida como não vida. Analisando as séries longas referentes às provisões que a Autoridade de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) disponibiliza no seu website, desde 2007 algumas conclusões podem retirar-se no que toca às decisões levadas a cabo pelas seguradoras. Nesse ano, a carteira do ramo vida das seguradoras nacionais atingia os 41,8 milhões, fatia que em 60% era correspondente a obrigações de entidades privadas e MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 113
PRODUTOS INSTITUCIONAL
2016
VIDA NÃO LIGADOS
VIDA LIGADOS
NÃO VIDA
1% 5%
5%
6%
15%
11%
28%
9% 1%
ATIVOS
39%
10%
49% 25%
10%
31%
1%
2%
27%
1%
23%
VIDA NÃO LIGADOS
VIDA LIGADOS
NÃO VIDA
13.963.581.195
3.316.981.953
2.382.287.940
8.713.961.324
3.218.495.012
1.394.859.136
312.108.145
290.554.421
48.806.971
Ações
2.538.319.662
74.945.796
604.889.584
Fundos de investimento
1.343.836.672
2.959.859.099
Obrigações de dívida pública Obrigações de entidades privadas Produtos estruturados
Imobiliário Numerário e depósitos Derivados Hipotecas e empréstimos
108.736.730 1.503.067.095
1.747.929.947
31.577.823
98.552.993
1.638.443
53.050.388
199.824
12.289.767
28.568.239.033
11.707.519.046
6.137.301.189
Outros TOTAL
604.675.254 688.424.470 399.429.625
n.a
Fonte: site ASF, séries longas-provisões. Em euros.
APARENTEMENTE, AS GESTORAS DE FUNDOS TÊM FEITO O SEU TRABALHO DE CASA NO QUE TOCA AO SECTOR SEGURADOR papel comercial. Nove anos mais tarde, nos dados da ASF - que já mostram uma desagregação entre produtos vida não ligados e ligados - denota-se que em ambas as rubricas a dívida pública ganhou maior terreno, sendo que ao nível dos produtos vida não ligados é mesmo o ativo de maior preponderância, correspondendo a muito perto de metade dos investimentos. Nos ativos ligados (os Unit-linked), o investimento em dívida pública e em obrigações corporativas está quase na mesma pro114 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
porção, compondo cada 28% das carteiras. Muito embora fique a dúvida de que classes de ativos estão refletidas - a ASF não desagrega esta informaçãonota-se o superior peso dos fundos de investimento como instrumentos de alocação em seguros de vida ligados.
DÍVIDA PÚBLICA CRESCE
Mais recentemente, analisando as carteiras ao fecho de 2019, algumas mudanças devem ser apontadas. A dívida pública tem ainda maior peso em ambos os segmentos – vida não ligados e vida ligados. No primeiro caso, a exposição a este ativo atingiu 50% do montante investido (quase 16 mil milhões de euros), e no segundo perfaz 33% dos investimentos (4,3 mil milhões de euros). Contudo, nos produtos vida ligados, aquela que era a terceira rubrica com maior destaque quatro anos antes, passou a líder nas alocações: os fundos de investimento. Estes veícu-
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2007 ATIVOS
NÃO VIDA
3% 3% 8%
8%
19%
6%
26%
4%
5%
11% 7% 5%
61%
VIDA NÃO LIGADOS
Títulos da Dívida Pública
33%
VIDA LIGADOS
7.944.950.151
1.999.121.461
Obrigações entidades priv. e PC*
25.766.825.611
2.524.012.867
Ações e Títulos de participação
2.024.532.260
375.695.035
UP em Fundos de Investimento
3.512.797.865
513.704.365
125.725.504
856.520.694
Dep remunerados, CD, MMI
1.182.203.888
250.904.728
Caixa e disp à vista não remuner.
1.367.354.990
477.941.806
Terrenos e Edifícios
Empréstimos Outros activos aceites TOTAL
7.460.866
18.988.709
-38.036.013
614.354.936
41.893.815.121
7.631.244.601
Fonte:Site ASF, séries longas-provisões. em euros. Os dados dos ativos vida não eram, em 2007, desagregados em vida ligados e vida não ligados. * Papel comercial
los de investimento foram ganhando preponderância nas preferências de quem decide a alocação destes ativos. Em 2019 pesavam 39% nas carteiras, o equivalente a 4,4 milhões de euros. De assinalar é também o decréscimo de valor alocado diretamente a ações nestes mesmos produtos. Passaram de ter 74,9 milhões de euros em 2016, para 38,8 milhões em 2019. No ramo não vida, em 2007, as obrigações de entidades privadas e papel comercial também eram o ativo com maior peso nas carteiras dos produtos, no caso com uma preponderância de 33%, seguindo-se a dívida pública com 26%. Esse peso alterou-se em 2016, e a dívida pública era por essa altura o ativo com mais dinheiro alocado, correspondendo a 39% dos investimentos e cifrando mais de 2,3 mil milhões de euros. As ações, por sua vez, também cresceram de peso, de 5% para 10%. Atualmente, mais concretamente no
final de 2019, o cenário manteve-se semelhante: a dívida pública mantém-se com uma robustez semelhante há de quatro anos, e nas carteiras pesa 37%, sendo as obrigações de entidades privadas o segundo ativo mais preponderante. Tal como em 2016, os fundos de investimento são a terceira força, mas agora com uma alocação bem superior: mais de mil milhões nestes veículos, comparando com os 604 milhões de há quatro anos. No total, o recurso ao investimento indireto através destes instrumentos representa hoje mais de 6 milhares de milhões de euros, comparativamente com os 4 milhares de milhões de euros de 2007. Contas feitas, no final de 2019, o investimento em fundos representava 13% do valor total investido pelas seguradoras nos ramos vida e não vida. .Talvez seja caso para dizer que as entidades gestoras de fundos de investimento têm estado a fazer o seu trabalho de casa no sector segurador.
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ATIVOS VIDA
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A OPINIÃO DE JAVIER MALLO Responsável de Negócio para Portugal e Espanha, Legg Mason Global AM
INFRAESTRUTURAS: IMPRESCINDÍVEIS PARA A SOCIEDADE O contexto de incerteza política internacional gerou dúvidas sobre alguns sectores e atrasou algumas decisões de investimento. As infraestruturas livraram-se deste cepticismo, já que os reguladores continuam a aprovar projetos, impulsionando um crescimento dos ativos quase sem precedentes e oferecendo garantias ao crescimento futuro dos lucros em todo o sector. A maior aceitação dos princípios ESG está a levar os investidores a ajustar as suas posições o que poderá criar certos desequilíbrios nos mercados e, portanto, oportunidades, especialmente no sector das infraestruturas. Está a empregar-se uma grande quantidade de dinheiro na redução dos efeitos das mudanças climáticas, no aumento da eficiência e na redução de perdas, o que está a impulsionar um crescimento sem precedentes. Pensamos que as infraestruturas podem tornar-se numa peça chave nos esforços dos diferentes governos no momento de estimular as suas economias. Na nossa gestora RARE (Risk Adjusted Returns to Equities), especializada em infraestruturas cotadas, temos uma visão muito otimista do sector e pensamos que as empresas com capacidades para fazer crescer os seus ativos físicos poderão gerar maiores lucros, aumentar os seus cash flows e também dividendos. MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 115
SG
Ov larg iés de fav e-ca estr des orecidps é e atégia ilus o e vide s ES ão dur stas e nte e G par ant mp o m a o e o resa ais inv pró s. A rec esti xim lert ent men o b a-s e bu to e ear e p l ma ara l mark m rke a p ote et tem t. nci al
DES PRÓ ILUS Ã X MA IM O N RKE O B O T? EAR
por Catarina Quaresma
PRODUTOS ISR
116 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
TÓPICOS ESG QUE PODEM IMPACTAR A PERFORMANCE DE INVESTIMENTO
ENVIRONMENTAL
• • • •
GOVERNANCE
• • • •
Remuneração executiva Direitos dos shareholders Responsabilização da liderança e board Visão
Gestão de recursos Redução de emissões Desastres ambientais Mitigação do risco
ESG
SOCIAL
• • • •
Saúde e segurança Direitos humanos Relação com a comunidade Monitorização da cadeia de fornecimento
Fonte: Mises Institute.
O
s fatores ESG, acrónimo em inglês para Environmental, Social and Governance, estão cada vez mais presentes na esfera dos investimentos. O investimento sustentável caracteriza-se por integrar os fatores ESG, incluindo critérios ambientais, sociais e de governo das sociedades. Atualmente, estima-se que o montante sob gestão de ativos institucionais a seguir os critérios ESG igual os 3 biliões (3tr) de dólares americanos, a nível mundial. De facto, regista-se um número crescente de investidores preocupados em ter em atenção os fatores ESG. Por exemplo, a inclusão dos critérios ESG na seleção de empresas poderá excluir à partida certos sectores de atividade, como o tabaco ou álcool. Os objetivos dos investidores são louváveis, sendo natural que desejem aplicar a sua carteira em áreas que va-
lorizam e que estejam em linha com os seus valores pessoais. A monitorização da atuação das empresas no que se refere aos fatores ESG deve estar incluída na análise de investimento, uma vez que todas estas matérias acabam por ser chave para a relação com reguladores e clientes. No entanto, os investidores deverão ser cautelosos quanto à hipótese destas métricas, em si mesmas, serem um driver de outperformance. Esta assunção poderá não ser válida, até porque muitas vezes poderemos estar perante um trade-off. Os investidores poderão estar a restringir o universo de opções de investimento de tal forma que a rentabilidade obtida poderá ser inferior. O atual sistema standard de certificações ESG tem sido alvo de críticas por parte de analistas e reguladores. A título de exemplo, Heather Peirce, comissária da SEC, US Securities and Exchange Commission, teceu du-
O ATUAL SISTEMA STANDARD DE CERTIFICAÇÕES ESG TEM SIDO ALVO DE DE CRÍTICAS POR PARTE DE ANALISTAS E REGULADORES
MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 117
PRODUTOS ISR
POSIÇÕES MAIS POPULARES NUM UNIVERSO DE 108 FUNDOS ESG EMPRESAS
SECTOR
Nº DE FUNDOS
TOP 15 EMPRESAS DOS EUA MAIS POPULARES Microsoft
Software & Services
31
Alphabet
Media & Entertainment
27
Apple
Tech. Hardware & Equipment
16
Visa
Software & Services
16
Amazon.com
Retailing
13
Procter & GAMBLE
Household & Personal Products
12
UnitedHealth Group
HealthCare Equipment & Services
11
MasterCard
Software & Services
10
Merck & Co
Pharmaceuticals, Biotechnology & Life Sciences
9
Danaher Corporation
HealthCare Equipment & Services
8 8
American Water
Utilities
Thermo Fisher
Pharmaceuticals, Biotechnology & Life Sciences
7
JPMorgan Chase & Co
Banks
7
Johnson & Johnson
Pharmaceuticals, Biotechnology & Life Sciences
7
Accenture PLC
Software & Services
7
TOP 15 EMPRESAS EUROPEIAS MAIS POPULARES Roche
Pharmaceuticals, Biotechnology & Life Sciences
19
Allianz SE
Insurance
14
SAP SE
Software & Services
11
Danone
Food, Beverage & Tobacco
11
ASML Holdings
Semiconductor & Semiconductor Equipment
9
Vestas
Capital Goods
9
Nestlé
Food, Beverage & Tobacco
8
Unilever
Household & Personal Products
8
Novo Nordisk A/S
Pharmaceuticals, Biotechnology & Life Sciences
7
LVMH
Consumer Durables & Apparel
7
Kingspan Group
Capital Goods
6 6
Sanofi
Pharmaceuticals, Biotechnology & Life Sciences
Novartis
Pharmaceuticals, Biotechnology & Life Sciences
5
Philips
HeathCare Equipment & Services
5
Zurich Insurance Group
Insurance
5
TOP 15 EMPRESAS DE MERCADOS EMERGENTES MAIS POPULARES Taiwan Semiconductor Manufacturing
Semiconductor & Semiconductor Equipment
7
Alibaba Group
Retailing
6 6
Tencent Holdings
Media & Entertainment
Samsung Eletronics
Technology Hardware & Equipment
5
Ping An
Insurance
5
HDFC Bank
Banks
4
SK Hynix Inc.
Semiconductor & Semiconductor Equipment
4 3
China Construction Bank
Banks
TAL Education Group
Consumer Services
2
EPAM
Software & Services
2
PT Bank Rakyat Indonesia
Banks
2
PT Bank Central Asia
Banks
2 2
Sberbank Russia
Banks
Xinjang Goldw. Ind. Sc. & Tech. Ltd
Capital Goods
1
Beijing Ent. Water Group Limited
Utilities
1
Fonte: Thomson Reuters DataStream, Bloomberg, Credit Suisse Research, Credit Suisse HOLT®, Refinitiv.
118 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
QUANDO SE OBSERVAM AS PRINCIPAIS POSIÇÕES DOS FUNDOS PARECEM EXISTIR RAZÕES PARA CETICISMO
ras críticas ao atual sistema, num discurso recente disponível no website da SEC. De facto, quando se observam as principais posições detidas pelos fundos ESG parecem existir razões para ceticismo. Tal como se observa na tabela abaixo, os fundos ESG investem maioritariamente nas maiores empresas. Será legítimo interrogar até que ponto é que estas big caps poderão ser favorecidas no sentido em que possuem os meios para melhor assegurar a sua certificação ESG, colocando em causa a fiabilidade e credibilidade de todo o sistema. Os estudos que mostram a outperformance do investimento ESG são baseados no recente bull market onde as big caps growth têm batido todos os restantes estilos. Alerta-se para a potencial desilusão durante o próximo bear market.
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A OPINIÃO DE SEBASTIAN THOMAS Gestor do fundo Allianz Global Artificial Intelligence, AllianzGI
IA: INVESTIR NA DISRUPÇÃO DO QUOTIDIANO DESEMPENHO DO PREÇO DAS AÇÕES POR PONDERAÇÃO DE MULHERES NA GESTÃO < 15%
= > 20%
= > 30%
TODAS AS EMPRESAS
240 220 200 180 160 140 120 100 80 01/10 08/10 03/11 10/11 05/10 12/12 07/13 02/14 09/14 04/15 11/15 06/16 01/17 08/17 03/18 10/18 05/19 Fonte: Credit Suisse.
No âmbito deste tema, um dos aspetos alvo de grande atenção prende-se com a diversidade de género nos conselhos de administração das empresas cotadas. A esse propósito, o Credit Suisse publicou, em outubro de 2019, o relatório “The CS Gender 3000 in 2019: the changing face of companies”. O estudo conclui que as empresas com maior diversidade de género em cargos de direção tendem a ter uma melhor classificação em métricas de “qualidade”, incluindo retorno sobre capitais próprios, rácio dívida/capitais próprios ou volatilidade de resultados. Por sua vez, o fator “qualidade” parece correlacionar-se positivamente com um melhor desempenho acionista. Oferecendo uma perspetiva diferente, destaca-se o relatório das autoras I.Solal e K.Snellman, INSEAD, “Women Don’t Mean Business? Gender
Penalty in Board Composition”, março de 2019. As autoras concluem que as empresas com maior diversidade de género apresentaram um decréscimo no valor das suas ações. Quando uma empresa aumenta a diversidade de género do seu conselho de administração envia involuntariamente, para o mercado, um sinal de que o seu compromisso com a maximização de valor para o acionista poderá não ser total, já que o aumento da representação feminina poderá atender ao desejo de outros stakeholders que não os acionistas. Em suma, a Sixty Degrees reconhece a importância dos fatores ESG na análise de investimentos. No entanto, alerta para as insuficiências do atual standard de mercado, aconselhando uma análise própria e independente, com o objetivo de incorporar estes valores sem sacrificar os retornos.
A inteligência artificial (IA) já está a mudar o mundo. O seu impacto está a ser enorme em todos os tipos de sectores e empresas e isso acontece numa fase ainda incipiente do seu desenvolvimento. As empresas capazes de impulsionar ou capitalizar os avanços no desenvolvimento dessas tecnologias têm o potencial de aumentar significativamente os seus lucros e obter uma vantagem competitiva significativa. Há quase três anos, lançámos o Allianz Global Artificial Intelligence, o primeiro fundo na Europa dedicado a investir neste tema. A carteira é construída com base em três categorias ou grupos de empresas (ver gráfico), incluindo: no nível mais básico, as empresas de ‘infraestrutura de inteligência artificial’; no segundo, as que desenvolvem aplicativos de inteligência artificial; e, no terceiro, empresas de qualquer sector de atividade que utilizam e beneficiam da inteligência artificial para melhorar os seus processos ou oferecer novos serviços. O fundo é gerido pela equipa especializada em tecnologia que opera em São Francisco e tem mais de 15 anos de experiência na gestão de fundos de tecnologia e mais de 20 na análise e acompanhamento do setor, com mais de 4,3 mil milhões de dólares em ativos sob gestão. Estar perto de Silicon Valley permitenos testemunhar diretamente e ter acesso em primeira-mão a muitas das inovações e tendências que marcam e vão marcar a evolução da IA nos próximos anos. Esta é uma oportunidade de investimento que abre novos horizontes e não deve esperar para tirar proveito disso. O futuro é agora. MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 119
PRODUTOS ETF
por Ana Palomares
UL TRA PA SSA
O apetite por yield, unido à decisão dos bancos centrais de manter as suas políticas monetárias ultraflexíveis, provoca um novo record de subscrições em produtos que investem em obrigações.
120 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
OS ETF EUROPEUS MAIS VENDIDOS Dados em milhões de euros PATRIMÓNIO TOTAL SUBSCRIÇÕES LÍQUIDAS EM 2019 13.455 5.457 iShares Core € Corp Bond ETF OBRIGAÇÕES
4.151 4.126 iShares $ Treasury Bond 0-1yr ETF OBRIGAÇÕES
21.448 3.745 iShares Core MSCI World ETF AÇÕES
8.110 3.105 Invesco S&P 500 ETF AÇÕES
3.845 2.638 Vanguard FTSE 250 ETF AÇÕES
7.771
EM 2019 ENTROU MAIS DINHEIRO EM ETF EUROPEUS DE OBRIGAÇÕES DO QUE DE AÇÕES
2.582 iShares € High Yield CorpBd ETF OBRIGAÇÕES
9.347 2.571 iShares JPMorgan EM Local Govt Bond ETF OBRIGAÇÕES
9.961 2.558 iShares Core FTSE 100 ETF AÇÕES
4.703 2.503 UBS ETF MSCI Emerging Markets AÇÕES
9.113 2.369 iShares JP Morgan $ EM Bond ETF OBRIGAÇÕES
Fonte: Morningstar. Dados de final de 2019.
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ada apontava para que 2019 fosse (outro) grande ano para o mercado de obrigações. De facto, olhando para dezembro de 2018, havia um consenso entre as empresas de investimento quando se tratava de apontar que no mercado de dívida havia pouco ou nada para aprofundar. Ao fim e ao cabo, naquele momento, ninguém duvidava que a Fed e o BCE estivessem a passar por um processo de normalização monetária que implicaria aumentos nas taxas de juro e, com eles, aumentos nas yields
das obrigações e, portanto, a queda dos preços. Mas estavam errados. 2019 voltou a ser outro ano muito positivo para o mercado de obrigações após se confirmar que não só os bancos centrais estacionavam nessa política de normalização monetária, mas que, para travar o impacto na economia da guerra comercial, prorrogariam a sua política de taxas baixas durante um tempo ilimitado. Mais liberdade. Por isso, apesar de uma grande parte do rally dos mercados ficar nas ações, voltaram a ser as obrigações a ficar com melhores números no que a entradas MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 121
PRODUTOS ETF
QUE TIPOS DE ETF TÊM SIDO COMPRADOS NOS ÚLTIMOS ANOS? CATEGORIA
Mistos
2015
2016
2017
2018
2019
129
-14
129
394
276
Alternativos
1.773
2.040
3.319
-1.689
-464
Matérias primas
1.064
11.949
7.410
2.954
7.981
131
45
274
36
163
44.042
15.110
61.526
29.526
45.655
Convertíveis Ações Obrigações
22.139
20.756
25.396
13.364
53.997
Outros
-114
108
238
69
-106
Monetários
647
-813
221
1.332
-732
Fonte: Morningstar. Dados de final de 2019.
ESTES INSTRUMENTOS JÁ NÃO SÃO USADOS APENAS COMO UMA VIA DE EXPOSIÇÃO AO MERCADO DE OBRIGAÇÕES, MAS PARA MUITOS OUTROS EFEITOS 122 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
de dinheiro se refere. Essa febre em relação ao mercado de dívida foi sentida na indústria de fundos em geral (na Europa, os produtos de obrigações permaneceram com praticamente todas as subscrições líquidas) e na de ETF, em particular. Assim, apesar das fortes captações de ETF de ações, mais dinheiro foi investido em ETF de obrigações. Especificamente, de acordo com dados da Morningstar, os fundos europeus de obrigações arrecadaram 54.000 milhões de euros, e o número não é apenas superior aos 46.655 milhões dos ETF de ações, mas também está próximo da soma do que foi captado nesses produtos nos três anos anteriores. “Os fluxos foram suportados pela procura dos investidores por oportunidades de ganhos mais altos (ou simplesmente não negativos) através das divisas, vencimentos e qualidade de crédito. Os investidores europeus procuraram rendimentos mais altos num momento em que a maioria das obrigações governamentais europeias rendem perto de zero e, às vezes, menos (taxas negativas)”, apontam da Lyxor. Isso explicará o porquê de na lista de ETF europeus mais vendidos o primeiro lugar ser ocupado pelo ETF iShares Core Corp Bond (ver o gráfico). A grande dúvida que surge agora é se este boom dos ETF de obrigações se
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A OPINIÃO DE AITOR JAUREGUI Responsável de Negócio para Portugal, Espanha e Andorra, BlackRock
OS REFERENTES DO FUTURO VÃO LIDERAR A SUSTENTABILIDADE
manterá num ano como 2020 no qual as valorizações, também em obrigações, estão cada vez mais ajustadas e no qual a incerteza voltou a reinar.
FONTES DE CRESCIMENTO
Não obstante, os principais provedores de ETF no mercado europeu continuam a defender o potencial oferecido pelos ETF de obrigações, mesmo num contexto de baixa rentabilidade no mercado de obrigações, sugerindo que esses instrumentos já não são usados apenas como uma via de exposição ao mercado de obrigações, mas para muitos outros efeitos. “A próxima etapa de crescimento será impulsionada por investidores que encontrarem novos usos para essas ferramentas versáteis”, afirmam da BlackRock, enquanto estimam que estes tipos de produtos vão dobrar os seus ativos sob gestão para alcançar os dois biliões de dólares em 2024. Um estudo realizado pela Greenwich Associates a investidores institucionais no início do ano passado mostra as razões que levam este tipo de investidores a apostar em ETF de obrigações. Embora 71% tenha declarado que se deve à facilidade de uso, sendo esse o primeiro motivo, também referiram outros menos comuns, como a possibilidade de diversificação por meio de um único ins-
trumento, liquidez, comissões baixas ou os baixos custos operacionais em comparação com os custos de operar no mercado de obrigações. “Muitas das conversas que temos são com gestores de obrigações tradicionais que geriam carteiras de obrigações e que agora utilizam ETF de obrigações como substituto”, afirma Aitor Jáuregui, responsável da BlackRock para a Península Ibérica. Por sua vez, Nina Petrini, responsável de ETF para a Península Ibérica da UBS AM, incide na vantagem da diversificação. “No caso das obrigações, há uma vantagem especialmente benéfica para os investidores particulares: a possibilidade de aceder aos mercados extrabolsistas over the counter (OTC). Isto traduz-se no facto de os investidores em obrigações de mercados indexados terem a capacidade de criar portefólios multiativos geograficamente diversificados, permitindo preservar o seu capital e diversificar as suas fontes de rendimentos”, afirma. Uma fonte de rendimentos que segundo praticamente todas as gestoras tenderá a descer. Isso explica a guerra de comissões após a qual muitas delas se foram juntando para maximizar os lucros dos investidores, especialmente os de obrigações, cujo objetivo de rentabilidade a longo prazo raramente cobre a inflação.
“As mudanças climáticas passaram a ser um factor determinante nas perspetivas a longo prazo das empresas”. Larry Fink, presidente e CEO da BlackRock, foi claro: o risco climático é um risco tão importante como os riscos financeiros e vai provocar uma importante realocação do capital nos mercados financeiros, determinada principalmente pelas políticas climáticas que estabeleçam os conselhos de direção destas empresas. A evolução dos ativos geridos pela iShares reflete muito bem esta transformação, já que fechou 2019 com 12.000 milhões de dólares em subscrições líquidas em ETF com critérios ESG e tendo triplicado a oferta de fundos cotados sustentáveis disponíveis, que já se situa em 81. O compromisso é também firme no nosso negócio de gestão ativa, onde todas as carteiras vão terminar este ano já com os critérios ESG integrados por completo. Todos estes parâmetros estão a ser integrados também na Aladdin, a nossa plataforma tecnológica de gestão de risco. Na BlackRock estamos convencidos de que 2020 deverá ser um ano chave para avançar na integração dos princípios ESG. A sustentabilidade está a tornar-se num fator cada vez mais relevante para os resultados de investimento e, como líder mundial em gestão de investimentos, o nosso objetivo é ser líder também em matéria de investimento sustentável. MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 123
PRODUTOS ALTERNATIVOS por María Folqué
ALTERN
ANO A ANO E
m muitos prospetos de fundos alternativos se poderá ler que o seu objetivo é obter um determinado retorno em relação a alguma taxa livre de risco ou outra referência, normalmente com um limite de risco num determinado prazo. Muitas vezes, a esse prazo se chama ciclo. E quanto é um ciclo? Pois, depende. Se pensarmos nos ciclo económico atual, etse estendeu-se tanto que talvez não seja uma referência válida, pelo que vamos ser flexíveis nesta análise. O que procuramos descobrir é que fundos alternativos têm oferecido um retorno positivo em cada ano civil em distintos períodos: oito, sete, seis, cinco e quatro anos. Para esta análise consideramos a classe mais antiga registada no mercado ibérico, segundo a
124 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
Morningstar, e os dados de rentabilidades estão em euros. Todos os fundos pertencem à categoria de alternativos da Morningstar. Começamos pelos mais resistentes. E os mais resistentes conseguiram registar uma rentabilidade positiva em euros nos últimos oito exercícios consecutivos, ou seja, todos os anos civis entre 2012 e 2019. Conseguem-no três fundos. São somente três entre os aproximadamente 180 fundos considerados na análise. Dois deles têm como moeda base o dólar (GAMCO Intl SICAV Merger Arbitrage e BNY Mellon Global Real Return), e outro, euros (H2O Adagio). Cada um deles segue uma estratégia diferente. O fundos GAMCO é event driven, o da BNY Mellon é um fundo multiestratégia e o da H2O, a
NATIVOS Procuramos os fundos alternativos que obtiveram retornos positivos durante mais anos consecutivos. O máximo foi de oito anos entre 2012 e 2019.
gestora da Natixis IM, é global macro. Os dois últimos têm dados de rentabilidade em 2011, se bem que foi um ano em que fecharam com quedas. Há que ter em conta que o fundo da BNY Mellon tem dados disponíveis em 2010, um ano que foi positivo, pelo que são nove de 10 anos no verde. No seguinte escalão, com sete exercícios consecutivos de retornos positivos somente encontramos um fundo, o BSF Americas Diversified Equity Absolute Return, um market neutral de ações da BlackRock sem histórico anterior a esses sete anos. No seguinte, no conjunto dos fundos positivos em seis anos consecutivos no verde, há quatro fundos, todos com moeda base euro e, novamente, com estratégias diferentes. O Veritas Global Real Return é um fun-
do long-short de ações, o LFIS Vision Premia Opportunities é um multiestratégia da La Française, o Exane Funds 1 Overdrive é um market neutral de ações, e o Lumyna Enhanced Equity Volatility Premium é um fundo de volatilidade. Nenhum tinha histórico registado em exercícios anteriores.
A CAMINHO DO PRESENTE
Vamos aproximando-nos do presente, desta vez olhando para os fundos com cinco anos consecutivos no positivo, critério em que encaixam três fundos: GAM Star Alpha Technology, Pictet TR Agora e o GS Strategy Absolute Return Bond. Os dois primeiros, um long-short e um market neutral de ações têm o euro como moeda base e o terceiro, um multiestratégia da Gold-
man Sachs, o dólar. Tanto este último como o da GAM mostram retornos negativos em algum ano anterior. Para terminar, no período de quatro anos consecutivos, encontramos nove fundos, entre os quais encontramos variedade de estratégias e moeda base: predominam os long short de crédito em dólares: Colchester Alpha, RAM (Lux) Tactical Global Bond Total Return, Pictet Absolute Return Fixed Income. Há também dois long-short de ações com moeda base em euros (Carmignac Pf L-S Europe Equities e Alger Dynamic Opportunities) e dois event driven, um em libras e outro em euros (Lumyna PSAM Global Event e Lyxor Tiedemann Arbitrage Strategy). Fecha a lista o PIMCO GIS Trends Managed Futures Strategy, MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 125
PRODUTOS ALTERNATIVOS
FUNDOS COM RENTABILIDADE POSITIVA EM EXERCÍCIOS CONSECUTIVOS FUNDO
DIVISA BASE
CATEGORIA MORNINGSTAR
RENTABILIDADE 2019
2018
2017
2016
2015
2014
2013
2012
2011
2010
2,19
1,79
4,71
2,64
1,74
2,84
1,07
-
-
FUNDOS COM RENTABILIDADE POSITIVA EM OITO EXERCÍCIOS CONSECUTIVOS GAMCO Intl SICAV Merger Arbtrg I (USD)
US Dollar
Event Driven
6,00
BNY Mellon Glbl Rl Ret (USD) W Acc
US Dollar
Multistrategy
13,72
1,06
3,64
2,47
0,14
2,50
5,63
3,28
-0,57
5,11
H2O Adagio EUR-I C
Euro
Global Macro
7,64
6,03
4,83
2,06
6,33
3,51
5,24
11,53
-2,73
-
4,03
3,52
7,17
0,85
13,64
6,24
0,83
-
-
-
FUNDOS COM RENTABILIDADE POSITIVA EM SETE EXERCÍCIOS CONSECUTIVOS BSF Americas Div Eq Abs Ret X2 USD
US Dollar
Market Neutral -EQ
FUNDOS COM RENTABILIDADE POSITIVA EM SEIS EXERCÍCIOS CONSECUTIVOS Veritas Global Real Return A Inc EUR H
Euro
Long Short EQ
12,67
0,66
6,62
19,18
4,57
9,09
-
-
-
-
LFIS Vision Premia Opportunities IS EUR
Euro
Multistrategy
5,06
0,19
3,21
15,76
9,08
6,51
-
-
-
-
Exane Funds 1 Exane Overdrive A
Euro
Market Neutral -EQ
0,10
0,57
1,13
7,69
14,03
6,34
-
-
-
-
Lumyna Enhanced Eq Vol Prm EUR A acc
Euro
Volatility
1,82
1,83
7,43
6,00
0,38
5,26
-
-
-
-
FUNDOS COM RENTABILIDADE POSITIVA EM CINCO EXERCÍCIOS CONSECUTIVOS GAM Star Alpha Technology EUR Inc
Euro
Long Short EQ
14,25
8,35
4,88
2,17
5,73
-10,05
22,11
7,84
-14,50
Pictet TR - Agora I EUR
Euro
Market Neutral -EQ
3,18
4,11
2,69
0,68
13,09
-
-
-
-
-
GS Strat Abs Ret Bd I I Acc USD
US Dollar
Multistrategy
4,55
0,66
1,38
2,19
0,67
-0,97
3,31
6,12
-2,41
2,41
FUNDOS COM RENTABILIDADE POSITIVA EM QUATRO EXERCÍCIOS CONSECUTIVOS Carmignac Pf L-S Eurp Eqs F EUR Acc
Euro
Long Short EQ
0,32
5,15
16,73
9,99
-7,67
2,34
1,27
8,43
-1,19
7,70
Lumyna PSAM Global Event GBP A3 Acc
Pounds
Event Driven
4,57
1,98
8,36
8,53
-4,65
-2,07
13,03
5,12
-
-
PIMCO GIS Trnds Mgd Futs Stgy Ins USDAcc
US Dollar
Systematic Futures
2,48
0,10
5,75
5,31
-
-
-
-
-
Colchester Alpha USD Acc I
US Dollar
Long Short Credit
3,93
0,11
3,74
4,95
-5,36
-2,73
-
-
-
-
Lyxor/Tiedemann Arbitrage Strat I EUR
Euro
Event Driven
0,42
4,67
2,85
4,31
-0,30
-1,19
-
-
-
-
RAM (Lux) Tactical Glb Bd Total Rtrn B
US Dollar
Long Short Credit
8,15
0,27
4,77
4,13
-0,49
4,38
-0,82
15,51
-1,83
3,50 -
Pictet Absolute Ret Fxd Inc J USD
US Dollar
Long Short Credit
8,03
0,94
2,29
2,65
-
-
-
-
-
Alger Dynamic Opportunities A EU
Euro
Long Short EQ
12,99
1,73
2,18
2,23
-
-
-
-
-
-
William Blair SICAV Dyn Dvrs Allc J USD
US Dollar
Multistrategy
8,97
0,42
8,88
0,87
-
-
-
-
-
-
Fonte: Morningstar Direct. Dados em euros a 31/12/2019.
HÁ QUE AMPLIAR A ANÁLISE EM FUNÇÃO DOS OBJETIVOS QUE SE PROCURAM ATINGIR 126 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
fundo de futuros com o dólar como moeda base, e o multiestratégia também em dólar, William Blair SICAV Dyn Diverse Allocation. Cinco destes fundos tinham um historial mais longo do que os quatro anos.
NO ENTANTO...
Obter retornos positivos ao longo de vários anos consecutivos é um feito louvável no seu caráter absoluto, mas há que perguntar também se estes fundos são os mais rentáveis num determinado
período. Para efeitos desta comparação recolhemos os dados no período acumulado a cinco anos com referência ao final de 2019. Ao selecionar os 10 fundos mais rentáveis nesse período, somente encontramos dois dos fundos citados anteriormente entre os que obtiveram um maior retorno nesse período: Veritas Global Real Return e GAM Star Alpha Technology. Ocupam respetivamente a quarta e a oitava posições. Sete dos fundos mais rentáveis a cinco anos são long-short de ações.
P
AR
P
R
TNE R
AR
TNE
A OPINIÃO DE ISABEL DE LINIERS Vendas sénior, DWS
FUNDOS ALTERNATIVOS MAIS RENTÁVEIS A CINCO ANOS FUNDO
CATEGORIA MORNINGSTAR
RENT. ANUALIZADA CINCO ANOS
SHARPE RATIO CINCO ANOS
AVERAGE DRAWDOWN CINCO ANOS
STD DEV CINCO ANOS
OS QUE NÃO APARECEM ENTRE OS QUE OBTÊM RENTABILIDADE POSITIVA EM ANOS CONSECUTIVOS... Polar Capital UK Absolute Eq S GBP
Long/Short EQ - UK
15,43
1,00
-8,83
14,99 27,02
BANOR SICAV Greater China Equity I EUR
Long/Short EQ - Others
11,43
0,44
-16,68
Schroder GAIA Egerton Eq I Acc EUR
Long/Short EQ - Global
9,24
0,56
-5,67
12,68
Veritas Global Real Return A Inc EUR H
Long/Short EQ - Global
8,55
0,59
-4,63
10,45
Nordea 1 - Alpha 15 MA BI EUR
Global Macro
8,47
0,53
-4,41
11,73
Lafayette Dalton APAC UCIT's B1 EUR Acc
Long/Short EQ - Others
8,05
0,57
-6,01
9,85
Lumyna York Asian Evn Drv EUR D Acc
Event Driven
7,57
0,45
-5,78
11,91
GAM Star Alpha Technology EUR Inc
Long/Short EQ - Others
7,00
0,39
-6,25
12,61
Pictet TR - Mandarin I USD
Long/Short EQ- Others
6,92
0,68
-5,90
8,82
Legg Mason WA Mcr OppBd PR USD Acc
Long/Short Crédito
MÉDIA
6,82
0,83
-4,21
6,96
8,95
0,60
-6,83
12,70
... E OS QUE SIM Veritas Global Real Return A Inc EUR H
Long/Short EQ - Global
8,55
0,59
-4,63
10,45
GAM Star Alpha Technology EUR Inc
Long/Short EQ - Outros
7,00
0,39
-6,25
12,61
LFIS Vision Premia Opportunities IS EUR
Multistrategy
6,53
0,53
-1,44
7,59
BSF Americas Div Eq Abs Ret X2 USD
Market Neutral - EQ
5,75
0,71
-4,90
6,59
H2O Adagio EUR-I C
Global Macro
5,36
0,35
-2,47
8,51
Pictet TR - Agora I EUR
Market Neutral - EQ
4,66
0,31
-1,74
7,24
Carmignac Pf L-S Eurp Eqs F EUR Acc
Long/Short Equity - EQ Europe
4,57
0,67
-5,80
7,52
Exane Funds 1 Exane Overdrive A
Market Neutral - EQ
4,57
0,25
-3,31
8,91
BNY Mellon Glbl Rl Ret (USD) W Acc
Multistrategy
4,10
0,67
-3,19
4,55
Lumyna PSAM Global Event GBP A3 Acc
Event Driven
3,64
-0,02
-2,59
10,86
5,47
0,45
-3,63
8,48
MÉDIA Fonte: Morningstar Direct. Dados em euros a 31/12/2019.
Contudo, se ampliarmos o alcance da análise e considerarmos também os dados de risco, a diferença entre a média dos 10 fundos alternativos mais rentáveis a cinco anos e a média dos 10 fundos com retorno positivo em vários anos consecutivos chama a atenção. O segundo grupo obtém um rácio de Sharpe a cinco anos ligeiramente inferior, 0,45 vs 0,6, mas regista um drawdown médio que é praticamente metade que o registado pelo primeiro grupo (-3,63% vs -6,83%). Em termos
de volatilidade anualizada a cinco anos, a do grupo dos mais rentáveis com vários anos civis em positivo, de 8,48%, é quatro pontos inferior à dos mais rentáveis a cinco anos com exercícios positivos e negativos. Cada um dos critérios de seleção representa um trade-off. Há que ampliar a análise em função dos objetivos que se procuram atingir com a seleção de um produto alternativo. As idiossincrasias de cada produto fazem com que este não seja um trabalho fácil.
INVESTIDOR, NÃO CAIA NESSAS ARMADILHAS Muitos erros que os investidores cometem no mercado de ações estão relacionados com decisões totalmente irracionais. É o medo de perder dinheiro que nos leva a vender quando o mercado cai e corrige (e os preços estão em níveis mais atrativos) e é a nossa ganância que nos guia a comprar em fases de mercado elevadas e, portanto, pagar preços menos justificados. Os padrões de comportamento, que apesar de milénios a favorecer a sobrevivência da espécie humana, são, em vez disso, péssimos conselheiros nos mercados financeiros. Portanto, os investidores que seguem uma estratégia de investimento, e a ela aderem estritamente, caem em menos armadilhas psicológicas. É por isso que muitos investidores privados começam a entender que os fundos que investem em múltiplos ativos são um recurso adequado para evitar essas decisões erradas baseadas em emoções. Os investidores podem selecionar uma estratégia adaptada às suas tolerâncias individuais a riscos e expectativas de desempenho, e deixar confortavelmente a execução tática e a escolha individual de ações e emissões para um gestor de fundos. Essa solução traz profissionalismo e racionalidade ao investimento, minimizando o impacto das emoções. MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 127
ESTILO DE VIDA BALLET por Ana Serra, CFA
A MINHA HISTÓRIA DE AMOR COM
BALLET PARA ADULTOS Nunca é tarde para (re)descobrir uma paixão. Daquelas que cria mazelas no início, mas que, no fim de contas, tem muitos benefícios. O maior de todos? A felicidade.
128 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
O início doloroso deu lugar a uma superação de desafios constantes e a novas metas: pisar um palco com uma coreografia ou dançar em pontas.
C
resci no início dos anos 80 e na altura era usual os meninos irem para o karaté e as meninas para o ballet e, por isso, desde os 5 anos, com alguns interregnos, tive aulas de ballet. Depois veio a adolescência e o crescimento acelerado até ao meu 1,82m e como as bailarinas clássicas não podiam ser altas, desisti do ballet! Enveredei por outros rumos menos baléticos, alguns ainda dentro da dança: jazz, afro-jazz, dança moderna e outros nem tanto, como basquetebol. Mais tarde, e confesso também ao sabor da moda, experimentei outras modalidades: step, aeróbica, yoga, pilates, natação e jogging (agora com um nome mais fashion de running). Mas sempre com algum espírito de sacrífico resignado (semelhante ao de tomar o óleo de fígado de bacalhau que nos davam em pequenos), pois tinha que fazer exercício porque faz bem a saúde, blá, blá, blá. Depois vieram os filhos e durante alguns anos o único exercício foi levantamento de filhos e perseguição de crianças. Um dia, depois da minha última gravidez, aos 42 anos, olhei para mim e pensei: “Tenho de recuperar a minha forma física” e comecei a avaliar o que realmente tinha gostado de fazer como desporto* – Sim! Porque a dança também pode ser desporto, se também chamam artistas aos futebolistas, não é? Continuando, eu queria recuperar a minha forma física, mas a fazer algo que realmente me motivasse, e por acaso tropecei na internet em artigos sobre ballet
para adultos, uma grande tendência nos últimos anos, nos EUA e Brasil, com cada vez mais adeptos e cativando até pessoas que nunca o tinham praticado. Curiosa e com o imaginário alimentado pelas minhas recordações de infância (de tutus e sapatilhas cor-de-rosa) e pela minha filha de 9 anos, a pequena bailarina lá de casa, iniciei a minha busca por uma escola de ballet de adultos em Lisboa, e percebi que a moda ou tendência ainda não tinha chegado cá; os poucos sítios que tinham estas aulas tinham horários noturnos não compatíveis com a minha vida familiar. Mas em outubro de 2016 encontrei a EDSAE, e as aulas de hora de almoço com a professora Filipa Rodrigues!
INSPIRAÇÃO
O início foi bastante doloroso! Músculos que eu nem sabia que existiam doíam-me e todos os passos eram novidade, sem saber exatamente o que era suposto fazer num rond de jambe ou num pas de bourrée. E o que parece tão fácil e simples num bailado, parece feio e deselegante em nós, e só com bastante suor (sim! porque uma aula ballet pode queimar cerca de 525 calorias) conseguia fazer uma réplica tosca dos passos. Mas tive sorte de encontrar uma excelente professora e o privilégio de ter colegas de aula que são verdadeiros exemplos e inspiração: desde as senhoras com mais de 60 anos que têm uma flexibilidade de fazer inveja a qualquer ginasta acrobata, até aqueles que, como eu, começavam quase do zero. Todos
nós com corpos vividos, diversos e não moldados de tenra idade para a dança como são os bailarinos profissionais. Cada um de nós e em grupo fomos fazendo as nossas pequenas conquistas, superando as nossas limitações e ambicionando cada vez mais. É um processo análogo ao de uma pessoa que começa a correr e que nunca pensou conseguir correr 10 Km, e no ano seguinte já tem como meta a sua primeira maratona. As minhas metas foram, por exemplo, pisar um palco com uma coreografia, dançar em pontas e conseguir fazer a espargata pela primeira vez na vida. Como modalidade desportiva para adultos o ballet tem vários benefícios: fortalece o core, melhora a postura (que é particularmente importante quando passamos muitas horas sentados à secretária), fortalece os glúteos, define e tonifica os músculos das pernas e dos braços. Melhora também o equilíbrio, e decorar passos e coreografias retarda o envelhecimento, melhora a memória e as sinapses cerebrais. O ballet ensinou-me muito, e através dele conheci pessoas extraordinárias e… dançar ballet faz-me feliz! Por isso não se esqueçam que para além dos benefícios da atividade física: “Do one thing you really love as it will make you love everything else you do”.
*Desporto (pt) é toda a forma de praticar atividade física,[1] de forma metódica, com objetivos competitivos,[2] que por meio de participação casual ou organizada, procure usar, manter ou melhorar as habilidades físicas, proporcionando diversão aos participantes e, em alguns casos, entretenimento para os espectadores.[2] ( Fonte: Wikipedia)
MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 129
ESTILO DE VIDA VIAGEM por João Caro Sousa
VIAJAR PARA LÁ DA ANÁLISE DOS NÚMEROS DE UMA EMPRESA “Ir para lá da análise dos números de uma empresa”. Este foi o maior dos ensinamentos de uma viagem com muitos momentos inesperados e que marcou a minha primeira incursão como analista financeiro a visitar empresas da África do Sul e do Quénia.
130 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
m novembro de 2010 comecei a trabalhar na BPI Gestão de Activos, na equipa de gestão do BPI África, um fundo de ações que investe em empresas cotadas em bolsas africanas. A equipa faz viagens regulares a países onde o fundo investe para reunir com as empresas, de modo a ter uma melhor visão do que se passa no terreno. A minha primeira viagem com o fundo foi organizada com a ajuda dos nossos contactos locais, o que me permitiu ter reuniões pessoais com as administrações das empresas nas próprias empresas. Visitar as minas, fábricas, centros de distribuição ou lojas das empresas acompanhado pela administração tem um valor muito superior a uma reunião com um CFO numa sala de uma conferência. Após meses de preparação e de estudo, num domingo à tarde, apanhei o avião para Joanesburgo onde cheguei na segunda-feira de madrugada. Na terça-feira apanhei um voo noturno para Nairobi onde passei outros dois dias. Quinta-feira à noite apanhei o voo no-
E
turno para a Cidade do Cabo onde passei a sexta-feira e à noite voltei para Lisboa. Apesar de ter voltado algumas vezes como investidor a África, esta foi a viagem que mais gostei.
ÁFRICA DO SUL
Em Joanesburgo, aproveitei as poucas horas sem reuniões para visitar lojas de várias empresas cotadas, onde tive oportunidade de falar com empregados de loja e com os clientes que lá estavam, perceber como os produtos eram vendidos, bem como o local e disposição das lojas. Esta visão do que se passa no dia a dia das empresas é essencial para conseguir perceber a dinâmica da empresa e da concorrência. Na cidade do Cabo tive oportunidade de conhecer, no seu escritório em Stellenbosch, Thys Visser, CEO da Remgro. Desde o início dos anos 90 até 2012, Thys foi um dos principais nomes no meio empresarial sul fricano e um dos principais arquitetos do sucesso da Remgro. O William, que me guiou e acompanhou sempre na África do Sul, estava muito nervoso por irmos reunir com o
Thys, tendo inclusive preparado uma introdução para quando finalmente o conhecesse. Assim que chegámos à sede da Remgro, em vez de encontrarmos um escritório de luxo fomos encaminhados para uma sala modesta onde Thys estava a fumar. Após as apresentações, perguntou se queríamos um cigarro ou um whisky e ainda eram dez da manhã. A reunião que era suposto demorar uma hora demorou duas e meia, onde falámos da empresa, da economia sul africana e do seu gosto por Portugal.
QUÉNIA
A chegada ao Quénia foi caótica. Um aeroporto que fazia lembrar o terminal de autocarros do Arco do Cego em Lisboa. Apanhei um táxi para fazer os 20 km que separam o aeroporto internacional do centro de Nairobi. Demorei mais de duas horas a fazer o caminho numa estrada que era um autêntico mercado de rua onde se vendia um pouco de tudo. O taxista era um enorme fã do Arsenal e uma ótima fonte de informação do que realmente se passava naquele país. Taxistas e condutores de Uber são sempre
das melhores fontes de informação sobre a sociedade local. Em Nairobi conheci o CFO da empresa de telecomunicações Safaricom, primeira empresa que analisei. Foi uma reunião muito útil para perceber o nível de inovação tecnológica da empresa e como estavam determinados em arranjar soluções para os problemas do dia a dia dos quenianos, não se focando apenas na área de telecomunicações mas também nos serviços financeiros. Ainda hoje a Safaricom é sinónimo de mobile money em todo o mundo, sendo um case study em muitas das melhores universidades do mundo. A viagem ficou marcada por muitos momentos inesperados, mas a nível profissional aprendi o quão importante é ir para lá da análise dos números de uma empresa. Os números são sempre o resultado de ações tomadas diariamente por pessoas que representam as empresas, desde a pessoa que está na caixa a receber o pagamento, passando pela pessoa que gere o centro de distribuição até à administração da empresa que traça a estratégia empresarial e implementa os valores corporativos.
NAIROBI (Quénia) Idioma oficial: Superfície Total: População: Moeda oficial:
Suaíli e Inglês 696 km2 3.240.155 Xelín Queniano
CIDADE DO CABO (África do Sul) Idioma oficial: Afrikaans e Inglês Superficie Total: 2.455 km2 População: 4.005.015 Moeda oficial: Rand (ZAR)
MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 131
Michael Barakos, JPMorgan AM e Yerlan Syzdykov, Pioneer
LEGISLAÇÃO
NEGÓCIO
Número 7. 4T 2014
.
Fiscalidade das sociedades de investimento
Consultoria de investimento: agora mais que nunca?
REVISTA EXCLUSIVA A PROFISSIONAIS DO SECTOR
Com ESTIlo
Segundo Aniversário Funds People Portugal
Número 9. 2T 2015
Com a colaboração do Allfunds Bank
FundspeoplePortugal
Portugal
ENTREVISTAS
D.Cataldo e F.Sandrini, Pioneer; F.Dupraz, Pictet; L.Crosnier, Amundi
Fundos ou ETFs: critérios essenciais para a sua seleção
com ESTILo
Viaje até ao Irão
QUAIS OS FUNdOS dISPONíVEIS EM PORTUgAl, QUE PASSAM O CRIVO dE ANÁlISE FUNdS PEOPlE, QUANdO O TEMA é APRESENTAREM UM PROCESSO dE INVESTIMENTO QUE FUNCIONE EM VÁRIOS CENÁRIOS dE MERCAdO?
Com a colaboração do Allfunds Bank
ENTREVISTAS
Fiona English, Pioneer Investments Ian Stealey, J.P. Morgan AM
LEGISLAÇÃO
Novo regime OIC: impactos nas funções do depositário
GESTÃO
GESTÃO
Boutiques favoritas dos selecionadores portugueses
Alternativos mais consistentes
REVISTA EXCLUSIVA A PROFISSIONAIS DO SECTOR
COM ESTILO
Terceiro Aniversário Funds People Portugal
Número 13. 2T 2016
Os selecionadores que sobressaem no mercado nacional
FUNDOS MULTIATIVOS 4T 2015
gESTão
.
10
DMIF e RMIF: um novo desafio
.
Fusão transfronteiriça de OICs
Número 10. 3T 2015
Com ma colaboração do Allfunds Bank Ba ank a
LEGISLAÇÃO
Número 11. 4T 2015
Á.Agudo, Fidelity; A. Hansen, Nordea; P. Zimmermann, UBS
mestres em consistência
As ações são a classe de ativos que reúne mais produtos votados embora haja espaço para diversificar com alternativos ou fundos flexíveis de obrigações.
4T 2014
Delegar e diversificar
O novo conceito de ser conservador
7
REVISTA EXCLUSIVA A PROFISSIONAIS DO SECTOR
COM ESTILO
ENTREVISTAS
LEgISLAção
REVISTA ExcLuSIVA A pRofISSIoNAIS do SEcToR
Uma sugestão: viaje até à Argentina e Chile
Os fundos favoritos dos selecionadores portugueses
Delegar e diversificar:
Portugal
.
A indústria europeia reduz a sua concentração
MESTRES EM CONSISTÊNCIA
REVISTA ExCluSIVA A PRoFISSIoNAIS Do SECToR
Mark Wiedman, iShares e Paul Shutes, JPMorgan AM
NEgóCIo
RDR e MiFID II, a repercussão na intermediação financeira
Portugal
ENTREVISTAS
TENDÊNCIAS
fundspeopleportugal
Portugal
ENTREVISTAS
3T 2015
Portugal
Fundos multiativos
Os selecionadores que sobressaem no mercado nacional AS GESTORAS INTERNACIONAIS FORAM UMA VEZ MAIS CHAMADAS “ÀS URNAS” PARA ELEGER OS SELECIONADORES NACIONAIS PREDILETOS.
S
UÊ
UG
DO
RT
PO
CA
MER
1T 2016
novos clássicos da estação ou um must have antigo?
COM ESTILO
Amor à primeira bolina
.
TÊM FEITO SUCESSO NA EUROPA E SÃO TIDOS COMO SOLUÇÕES CHAVE NA MÃO PARA OS CLIENTES, NUM CONTEXTO DESAFIANTE. NO MERCADO NACIONAL POUCO TÊM DE ‘TRENDY’, FAZENDO JÁ PARTE DOS CATÁLOGOS DAS GESTORAS PORTUGUESAS HÁ MUITO TEMPO.
OR CT R LE TE SE UN H Com a colaboração do Allfunds Bank
Com a colaboração do Allfunds Bank
11
13
Portugal
ENTREVISTAS
Andreas Wosol, Pioneer Dylan Ball, Franklin Templeton
LEgISLAção
A declaração da Independência do research?
gESTão REVISTA ExcLuSIVA A pRofISSIoNAIS do SEcToR
2T 2017
Como olham os selecionadores favoritos para a atividade no futuro?
Número 17. 2T 2017
As gestoras com mais atletas consistentes
com ESTILo This is Africa
.
como olham os selecionadores favoritos para a atividade no futuro? PelA quArTA vez, os veNDAs DAs gesTorAs INTerNACIoNAIs DoBrArAm o BoleTIm De voTo Com o Nome De Três seleCIoNADores NACIoNAIs que CoNsIDerAm ser os seus FAvorITos. os eleITos FAlAm soBre o FuTuro DA seleção De FuNDos.
Com a colaboração do Allfunds Bank
17
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