é homenageada na edição de dez anos do festival carioca Novas Frequências, dedicado à música experimental. No evento, realizado de maneira virtual neste ano, ela participa de um babtepapo e segmentos de duas óperas multimídia da artista, “La Loba” e “Naked Diva”, serão recriados visualmente pela artista Lilian Zaremba. As músicas, concebidas para serem ouvidas com uma interpretação cênica, agora ganham vida por meio das imagens. “Zaremba foi convidada a reagir com seu acervo de imagens, independente do áudio, e este é o seu ouvir”, diz Oliveira. “Interessante porque é o inverso no mundo audiovisual —a música vem depois e complementa a imagem que é o elemento
foto divulgação
Jocy foi pioneira da música eletrÔnica
foto divulgação
principal.” “La Loba”, de 1995, diz Oliveira, é inspirada numa lenda do deserto do México, que recria o universo feminino por meio da figura da “loba”. “A mulher que extrapola as barreiras impostas por uma sociedade machista deixando passar sua sexualidade, sua força selvagem e se liberta.” capa DO disco de jocy oliveira
Já “Naked Diva”, de 1998, é inspirada no romance “O Castelo dos Cárpatos”, de Júlio Verne, em que ele imagina a gravação de áudio e vídeo num futuro mundo virtual. Na narrativa, uma diva é perseguida por um homem, que ouve a mulher todas as noites e rouba sua voz e imagem para as reconstruir em seu castelo. Oliveira diz que ainda não viu o resultado do projeto e está ansiosa. 11 | BUMBO novembro 2020