política
boicote ao carrefour
Rapper engrossou manifestação contra genocídio do povo negro; o caso de racismo ocorreu em Porto Alegre (RS). FOTO Gladyston Rodrigues
djonga como simbolo da cultura negra nacional Por Deborah Lima
A marcha dos manifestantes antirracistas, que ocuparam, nesta sexta-feira, a unidade do Carrefour anexa ao Shopping Cidade, no Centro de Belo Horizonte, contou com um reforço significativo: o rapper Djonga. Símbolo da cultura negra nacional, ele participou do ato em memória de João Alberto Silveira Freitas, 40, assassinado por seguranças de uma das lojas da rede de supermercados, em Porto Alegre (RS). Ao lado do grupo, Djonga caminhou do Carrefour situado entre a Rua Goitacazes e a Avenida Afonso Pena, à loja ao lado do Shopping Cidade. Assim como os outros
participantes, participou da ocupação do estabelecimento. Por cerca de 10 minutos, o músico e seus companheiros bradaram palavras de ordem. “Um, dois, três, quatro, cinco, mil: ou parem o genocídio ou paramos o Brasil” foi um dos cânticos entoados por ele. Depois, o grupo caminhou pela parte interna do centro comercial. Já do lado de fora, seguiram em direção à Praça Sete. O lema que compõe o título deste texto é comumente utilizado por Djonga para levantar a bandeira antirracista. É de uma das mais famosas músicas dele — Olho do Tigre — que deriva a expressão “fogo nos racistas”. 23 | BUMBO novembro 2020