Aรงude do Gozendo
# sabia que... # O Barqueiro de Álvaro #Outrora, em Álvaro, o barco era o único veículo que permitia a passagem de pessoas, animais e mercadorias de uma margem para a outra do rio Zêzere. A travessia estava a cargo de um barqueiro remunerado.
Créditos: CM Pampilhosa da Serra
#Por ocasião da Inauguração da Ponte de Álvaro em 1983, as travessias do barqueiro tornaram-se nulas ou quase inexistentes: “apenas levava aquelas pessoas que queriam fazer travessia para as suas propriedades e de barco ficava mais perto”. #António Correia, agente de socialização daquela freguesia, lidava com toda a população dali e de povos vizinhos e com inúmeros comerciantes. Daí advém o nome “O Barqueiro de Álvaro”, profissão que lhe foi transmitida de seu pai.
Ficha técnica: Propriedade Município de Oleiros Diretor Dr. Fernando Jorge, Presidente da Câmara Vice-diretor Victor Antunes, Vice-presidente da Câmara Coordenação Paulo Urbano, Vereador Recolha de Informação e fotografias Gabinete de Comunicação, Casa da Cultura, Posto de Turismo Edição Gabinete de Comunicação Contactos Telf.: 272680130 e e-mail: agendacultural@cm-oleiros.pt Tiragem 3000 exemplares
Legenda: Barco no Rio Zézere
A capa deste número da Agenda Cultural apela ao ato de desconfinar, uma temática que também aqui é abordada. É importante sair do isolamento, não descurando as precauções que devemos ter e os cuidados acrescidos com todos com quem contactamos. Em caso de suspeita de doença, sugere-se que telefone para o Centro de Saúde de Oleiros. A prudência nos dias de hoje é fundamental. Estamos em Portugal a atravessar uma fase bastante crítica, dependendo de cada um de nós evitar o alastramento desta grave pandemia. No entanto, não podemos nem devemos parar. Este é o compromisso que temos com os Oleirenses e todos os que investem no concelho. Por esse motivo, adaptámo-nos às circunstâncias, preparámos infraestruturas e serviços, ajustámos a nossa oferta e continuámos a investir na valorização do património, tal como o paisagístico. Já dizia o pensador que "a paisagem é um estado de alma". Se a arte for entendida como "o seu alimento", as expressões artísticas que tenham lugar na paisagem podem ser, simultaneamente, uma fonte de harmonia emocional
(como é o caso da Música) e um vetor de revitalização, atração e projeção do território. Nesta edição falamos de tradições; do percurso de vida do estimado António Martins, que tem no seu ofício de sapateiro a sua arte e paixão; da Capela de N. Sra. dos Remédios, em Sendinho da Senhora e contemplando o roteiro "Arte à Porta", da ilustração do prezado António Cavaco sobre a Lenda de Santa Margarida. E por falar em lendas, refira-se ainda a lendária Barca d´Alvaro, dirigida durante anos pelo amigo António Correia, permitindo a travessia do Zêzere. O território concelhio está repleto de lugares aprazíveis como o da capa desta Agenda, os geomonumentos classificados pela UNESCO ou as Praias Fluviais, tão convidativas. Boas leituras, seja prudente e desfrute das nossas belíssimas e inspiradoras paisagens. Um forte abraço para todos do vosso conterrâneo e amigo
Fernando M. Jorge 3
# patrimรณnio
CAPELA DE N. SRA. DOS REMร DIOS Sendinho da Senhora
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# património
Sendinho da Senhora, hoje pertencente à freguesia de Oleiros/Amieira, era outrora conhecida como Sendinho do Andante por dar passagem a muita gente, antes do ano de 1804, que se deslocava à sua então sede de freguesia, Álvaro. Reza a lenda, que existia no cimo desta pequena localidade um depósito de água que todos temiam que rebentasse, fazendo desaparecer a sua bela aldeia e, por isso, ergueram em 1723 a capela à N. Sra. Dos Remédios pedindo que tal nunca acontecesse. Restaurado em 1992, este singelo templo alberga no seu altar, em talha
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dourada, uma imagem muito antiga da sua padroeira ao centro, ladeada pelas imagens do Sagrado Coração de Jesus, de N. Sra. De Fátima e de S. Sebastião. As suas paredes ostentam bonitos quadros representando a Via Sacra e, à entrada, um vitral redondo com a Anunciação do nascimento de Jesus pelo Anjo Gabriel à Virgem Maria. A 15 de agosto celebra-se a festa nesta pequena aldeia com a realização de uma eucaristia seguida de procissão onde as tradições ainda estão bem presentes, como o transporte de fogaças pequenas pelas crianças, representando as que, em tempos idos, eram ofertadas pelas gentes desta terra. Nessa altura, todos os adornos da festa eram realizados pelo povo que se juntava para construir os arcos, os enfeites e os prémios da quermesse. Era nesta capela que eram realizados, também, todos os batizados e casamentos das pessoas naturais da aldeia, e todas as famílias faziam questão de ir saudar os noivos com um bolo e uma garrafa de vinho. Hoje em dia, para além do dia da festa, as eucaristias são realizadas de dois em dois meses.
# Arte à Porta
“... pedindo auxílio e proteção com a promessa de erguerem uma capelinha branca, no chamado Cabeço das Cruzes.”
"LENDA DE SANTA MARGARIDA" # Rua Dr. Francisco Rebelo de Albuquerque
“Conta o povo que quando uma praga de gafanhotos invadiu a região, devorando tudo, o povo de Oleiros pediu à Santa que o livrasse de tão terrível flagelo. Esta atendeu ao seu pedido e os gafanhotos, fazendo longas filas, encaminharam-se para a ribeira, onde morreram afogados. O povo, agradecido, decidiu fazer todos os anos uma grande festa em honra da Santa Margarida.”
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# arte à porta
" Este foi o ponto de partida para a intervenção, durante seis anos este concelho acarinhou-me e tratou-me como um filho da terra. Quando me lançaram o desafio para este trabalho, e assim deixar algo de mim em Oleiros, desde logo senti que seria fundamental que esse trabalho, estivesse intimamente ligado a todos. Nada melhor que as lendas, pois fazem parte da memória coletiva e são acarinhadas por todos. Fazendo parte da genética das terras e dos seus habitantes. “Tropecei” na primeira pesquisa, com trabalho acima referido, da escola do 1º Ciclo de Oleiros, logo… como sinal, percebi que seria essa a temática a que gostaria de trabalhar. Foi fácil também decidir o local para o trabalho. A rua que segue para a Igreja de Oleiros, já que o motivo se adequa. Seguiram-se rascunhos e esboços, que anexo.
de ter uma colaboradora na execução da obra, Rita Silva, que pacientemente esperou e apoiou o meu trabalho, fazendo mais divertida a sua execução, assim como ajudou a passar o tempo, o meu bem-haja."
Sobre o autor:
Ao deitar mão à massa, tive a sorte
António Joaquim Oliveira Cavaco, licenciatura em Educação Visual e Tecnológica, Pós-Graduação em Marketing e em Administração Escolar. 25 anos dedicados às escolas sendo que 18, em órgão de gestão, neste momento exercendo funções no Instituto de emprego e Formação Profissional de Castelo Branco.
Sobre o projeto: Arte à Porta é um projeto de arte urbana que vem transformar a zona histórica da Vila num grande e novo polo de atração cultural, renovando a "vila antiga" numa galeria de arte ao ar livre, através da recuperação de portas, portões e vitrines de casas, lojas e outros espaços, alguns abandonados e degradados. Também se intervencionam portas de Instituições e de casas de primeira habitação. No projeto refletem-se os mais variados temas, que vão por exemplo, desde a fiação à caprinicultura e dos motivos campestres à resinagem e à castanha de Oleiros.
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# gentes da nossa terra
ANTÓNIO MARTINS
Um ofício e uma paixão: os sapatos
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Créditos: Valter Vinagre
# gentes da nossa terra
Aos 16 anos começou a fazer botas e sapatos e já conta com mais de 67 deste ofício. Resineiro durante mais de 20 anos na Casa Fernandes, dedicava as noites à paixão pelos sapatos. Um ofício em vias de extinção, mas que António ainda não perdeu a esperança de ensinar. Agenda Cultural: Como é que surge este interesse pelo ofício de sapateiro? António Martins - A casa onde eu nasci, na Frazumeira, era chamada de Casa dos Sapateiros. Era o meu avô, que não cheguei a conhecer, e tinha dois tios que também eram sapateiros. Depois
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segui eu, como sapateiro, mas já aprendi com outro senhor, mais tarde…um senhor das Sarnadas. E foi assim, via por lá muitas formas do meu avô e dos tios e comecei a querer ser sapateiro. AC - Foi assim que percebeu que era isto que queria fazer? AM - Antes não éramos obrigados a ir à escola e eu nunca fui à escola. Éramos seis e nenhum de nós foi. Depois o meu pai, a minha mãe e o meu irmão mais velho diziam-me assim: “ah Tonito tu tens que aprender um ofício”. E eu comecei a pensar e decidi que ia ser sapateiro!
# gentes da nossa terra
AC - Ali na sua terra não há mais nenhum sapateiro? AM - Agora não há, mas na altura em que eu aprendi éramos uns sete ou oito ali perto uns dos outros. AC - E havia gente para tantos sapatos? AM - Havia muita gente e nós é que íamos a casa das pessoas. Usava-se assim, qualquer oficial – alfaiate, sapateiro ou cesteiro – ia a casa das pessoas… até onde chegassem as posses. Eu tinha muita freguesia, era no Trinhão, Maria Gomes, Lomba do Barco, Vale Serrão, Sobral, Pessilgal, Longra, Frazumeira, Pessegueiras, Álvaro e Gaspalha, era a minha zona. Cada um tinha os seus clientes e tinham que os estimar. AC - Qual é que é a principal diferença entre um sapato que você faz e um sapato de fábrica? AM - Às vezes são muitos bonitos mas ficam mal porque é à base de papelão e borrachas muito reles. Não é a fazer pouco! As máquinas deixam tudo mais certinho e têm feitios muito giros, mas os materiais… nós trabalhamos com peles verdadeiras de qualidade e a sola também. Estes sapatos que tenho calçados já têm uns 10 anos e foram feitos por mim. Já consertei botas com uns 17 anos. AC - E a diferença também está no preço. AM - Sim, há pessoas que não dão valor ao que é feito à mão. AC - Quanto tempo é que demora a fazer um par de sapatos? AM - Eu cheguei a fazer num dia e ainda sobrar tempo para começar outros. Agora já não tenho a energia que tinha e vou fazendo aos bocadinhos.
AC - E era um ofício rentável? AM - Sempre foi um ofício pobre. Quem tinha lojas e vendia materiais safavam-se…mas eu, o primeiro dinheiro que ganhei foram cinco escudos. Mas olhe, fiz a minha casita, criei cinco filhos e mandei-os todos para a escola.
AC - Quanto é que custava na altura um par de sapatos? AM - Um par de botas custava 100 escudos, ou 80. Também cheguei a fazer alguns por 20 ou 30 escudos. Agora com os euros já vai para 140/120, também depende do par de botas…se for para a semanada, ou se for para domingar que puxava mais os materiais, forros, ponteados… já ficavam um bocadito mais caras. AC - Hoje em dia este ofício tem outra importância, principalmente porque já não há mais ninguém no concelho que faça sapatos… AM - Sim, sim, cheguei a ensinar três rapazes, mas depois começaram-se a chatear, já ninguém queria aprender. Queriam ir para Lisboa ou para a Guarda para seguirem outros rumos. Uns ao fim de um ano estavam feitos, já faziam sapatos e botas; outros demoravam mais… depende da flor naquilo que estamos a fazer. Mas era uma coisa gira, 11
nós convivíamos com as pessoas nas casas delas. AC - Como é que era o dia-a-dia de um sapateiro? AM - O sapateiro era muito bem tratado! As pessoas eram pobres, mas lá tinham as suas reservas para nos dar de comer e agradar. Nós íamos a casa das pessoas, tirávamos a medida e quando era à noite já estavam calçadas. Às vezes chegávamos lá todos molhados por causa do mato e quando havia vento e água, ainda pior. Lá acendiam a braseira para nos enxugarmos. Olhe que da Frazumeira à Gaspalha é hora e meia a pé, aquilo tem umas ladeiras e uns barrocos…mas do Trinhão a pé para a Gaspalha…faça um cálculo. Às vezes deixávamos pôr o sol e depois íamos para passar o rio – que ainda não havia ponte – estava o barco preso com corrente e cadeado. Tínhamos que gritar para o barqueiro para atravessarmos o rio. AC - Um dia chegava para tudo? AM - Era de sol a sol e às vezes - de setembro em diante - as senhoras acendiam uma candeia de azeite ou petróleo para nós vermos o que estávamos a fazer. Dávamos cabo da vista. Depois 12
lá apareceram os candeeiros e fazíamos serão, mas aí já tinham que nos dar pousada. AC - Tinha que levar muita mercadoria consigo? AM - Já sabia de umas vezes para as outras o que era preciso. Levava uns sete ou oito pares de formas, mais uma forma de ferro, umas maquinetas… quando era sozinho é que me via mais atrapalhado. Levava um aprendiz, mas depois isso de andar por fora acabou e as pessoas levavam o trabalho lá a casa. Ainda foram uns 40 anos a andar por fora. Cheguei a estar a semana num cliente. Era muita gente a calçar, e consertos para fazer também.
AC - E pediam-lhe algum modelo mais diferente do habitual? AM - Sim pediam, as senhoras é que escolhiam. Mas dependia, se eram sapatos para o trabalho, para andar pela terra diziam para não me ralar muito com isso. Fazíamos também sapatos para casamentos e cerimónias e ainda tenho esperanças de acabar alguns que lá tenho. Ainda hoje me pedem sapatos. Não me faltava que fazer se eu tivesse saúde. Sabe, há muitos que dizem que fazem sapatos à mão mas não é, ou é muito raro, só fazem algumas partes. Eu faço do princípio ao fim. AC - Como é que você conseguia os materiais para fazer os sapatos? AM - Havia casas de sola. Em Oleiros havia duas, havia uma nos Quartos, outra em Álvaro e havia mais duas no Sobral. Agora já não há… vem o viajante e a gente encomenda. Quando não traz, vou a Lisboa ao armazém. AC - Acha que é um ofício duro? AM - Depende…se for fazendo uns trabalhitos, não…mas se encomendarem botas, já levam borrachas, já é mais ruim de coser…a sola é muito forte. AC - Como é que criava os modelos dos sapatos? AM - Eu tinha um hábito de olhar muito para as montras das lojas, ficavam-me na cabeça, e quando chegava a casa pegava num papel e fazia o molde. Há um ditado que diz “usa e serás mestre”. E no cortar é que está o segredo. Não é chegar, cortar e depois não chega e deixar uma peça cortada. AC - Qual é o processo de fazer um sapato do início ao fim? AM - É talhar, alinhavar…mas a primeira coisa é tirar a medida. E depois com o
molde e com o feitio escolhido, lá fazíamos: este molde é que serve para esta forma, temos que deixar um descontozinho na forma para depois não faltar. Por acaso nunca me aconteceu! E pronto, à noite já estavam calçados. AC - E fazia tudo na casa do cliente? AM - Sim, às vezes passavam o dia sentados ao pé de mim a contar coisas e a falar da vida. E quando estava a chover era certo! Como não estava em modo de andar no campo, estavam ali com a gente. E estávamos mais tranquilos porque eles viam o que nós fazíamos. AC - Gostava de ainda ensinar este ofí-
cio a alguém? AM - Sim, gostava muito! Dos meus filhos nenhum se interessou, mas tenho uma neta que gosta disto e há mais gente a querer aprender. 13
# cultura Moon Gate # 2 de agosto # Inauguração da instalação
iniciativas 11 julho
29 julho
APRESENTAÇÃO DA CANDIDATURA "VALORIZAÇÃO DO PATRIMÓNIO NATURAL DA RIBEIRA DE OLEIROS"
ATELIÊ DAS TRADIÇÕES - CROCHET
# Org.: Município de Oleiros # Local: Auditório da Santa Casa da Misericórdia de oleiros # 19 H
02 agosto
# Org.: Município de Oleiros # Local: Casa da Cultura # 14H30
INAUGURAÇÃO "MOON GATE" - CORTIÇADA ARTFEST # Local: Ribeira de Oleiros - Torna
14 julho APRESENTAÇÃO FLYERS PERCURSOS PEDESTRES # Org.: Município de Oleiros # Local: Miradouro da Igreja Matriz de Álvaro # 18 H
15 julho ATELIÊ DAS TRADIÇÕES - ABANICO # Org.: Município de Oleiros # Local: Casa da Cultura # 14H30
10 agosto COMEMORAÇÕES DO DIA DO CONCELHO # Org.: Município de Oleiros # Local: Câmara Municipal de Oleiros
12 agosto 25 julho a 2 de agosto CORTIÇADA ARTFEST # Local: Sertã, Proença e Oleiros
ATELIÊ DAS TRADIÇÕES TELHA DE CANUDO # Org.: Município de Oleiros # Local: Casa da Cultura # 14H30
iniciativas
26 agosto ATELIÊ DAS TRADIÇÕES FLORES SECAS E DAS RODILHAS # Org.: Município de Oleiros # Local: Casa da cultura # 14H30
19 setembro II FESTIVAL DE MÚSICA DO PINHAL - PIANO4VOCAL # Org.: Município de Oleiros # Local: Mosteiro # 17H
20 setembro
25 setembro
II FESTIVAL DE MÚSICA DO PINHAL - FADO - CORO MISTO DA BI
II FESTIVAL DE MÚSICA DO PINHAL - WORKSHOP DE PERCUSSÃO
# Org.: Município de Oleiros # Local: Oleiros # 17H
# Org.: Município de Oleiros # Local: Oleiros # Todo o dia
25 setembro II FESTIVAL DE MÚSICA DO PINHAL - FRANCISCO CIPRIANO # Org.: Município de Oleiros # Local: Oleiros # 21H
26 setembro II FESTIVAL DE MÚSICA DO PINHAL - CARMIN'ANTIQUA # Org.: Município de Oleiros # Local: Isna # 17H 17
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novidade na biblioteca LIVROS D. MANUEL I: DUAS IRMÃS PARA UM REI
A RAPARIGA DE AUSCHWITZ
De: Isabel Stilwell
Marcador Editora
De: Eva Schloss
Planeta Editora
MARGARIDA ESPANTADA De: Rodrigo Guedes de Carvalho
O CUQUEDO De: Clara Cunha Livros Horizonte
Dom Quixote
O CUQUEDO E UM AMOR QUE METE MEDO De: Clara Cunha
A MORTE EXPLICADA AOS MAIS NOVOS De: Manuel M. da Silva Booksmile
Livros Horizonte
ORELHAS DE BORBOLETA
DE QUE COR É UM BEIJINHO?
De: Luísa Aguilar
De: Rocio Bonilla
Kalandraka
Jacarandá Editora 19
desporto e aventura #
# desporto e aventura TURISMO DE NATUREZA # Lazer em segurança # Desfrute da Piscina Municipal cumprindo com as recomendações da DGS # Conheça os horários e normas de utilização em cm-oleiros.pt
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# desporto e aventura
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desporto e aventura #
16 junho - 13 setembro
16 agosto
VERÃO EM MOVIMENTO
ESCALADA
# Org.: Município de Oleiros # Local: Piscinas municipais # quintas-feiras - 10H30 / quartas e sextas-feiras -17H (mediante marcação) * mais info na página anterior
# Org.: Município de Oleiros e Associação Raia Aventura # Local: Estreito # Das 10H às 13H
13 setembro ENCERRAMENTO DA PISCINA EXTERIOR # Org.: Município de Oleiros # Local: Piscina Municipal
18 e 19 julho CAMPEONATO NACIONAL DE PESCA AO ACHIGÃ DESDE EMBARCAÇÃO # Org.: Federação Portuguesa Pesca Desportiva # Local: Barragem do Cabril (Álvaro)
20 setembro ESCALADA # Org.: Município de Oleiros e Associação Raia Aventura # Local: Estreito # Das 10H às 13H
19 julho
21 setembro
ESCALADA
ABERTURA DA PISCINA INTERIOR
# Org.: Município de Oleiros e Associação Raia Aventura # Local: Estreito # Das 10H às 13H
# Org.: Município de Oleiros # Local: Piscina Municipal 23
#OleirosXplore Neste semestre sugerimos que explore: Açude do Gozendo Ao longo da ribeira em Oleiros podemos encontrar vários açudes, todos eles diferentes e com as suas particularidades, o Açude do Gozendo é um desses exemplos. Inserido no PR5 - Trilho do Cabrito, tem também por perto (cerca de 1km) um miradouro com vista para Oleiros. Este é um local de fácil acesso, mesmo de carro, para um momento de descanso e tranquilidade ou até para um piquenique com a família junto da ribeira. Coordenadas GPS: 39˚ 54’ 32’’ N | 7º 55’ 59’’ W
Açude do Gozendo
Charcas Situadas no sopé da Serra da Lontreira, estas duas albufeiras fazem parte da Barragem da Lontreira construída em 1982 com o intuito de abastecimento da Vila de Oleiros. Esta é uma zona ampla que conta também com um parque de merendas e onde o contacto com a Natureza está muito presente com uma fauna e flora muito variadas. Coordenadas GPS: 39˚ 53’ 17’’ N | 7º 53’ 30’’W
Charca de Baixo
Charca de Cima
saúde
ESTOU DE DESCONFINAMENTO, E AGORA? Março, Abril e Maio de 2020 serão meses recordados por todos nós. A pandemia COVID-19, originada pelo Coronavírus 2019-nCoV, obrigou-nos a ficar em casa, em isolamento, deixando de trabalhar, de ir à escola, de ir visitar a família, fazer festas, encontrar os amigos, visitar os avós, ir ao café, aos restaurantes, às praias, ao cinema, aos centros comerciais, para evitar o contágio e a rápida propagação da doença. Os mais velhos dizem que nunca tinham visto nada assim. Tudo mudou de um dia para o outro. Os miúdos passaram a ter aulas pela televisão, os pais ficaram a trabalhar em casa, muitos ficaram sem emprego, outros vivem na dúvida
se irão continuar ou não empregados ou passaram a receber menos… Mas os 3 meses lá passaram e eis que agora nos vêm dizer que é altura de desconfinar.
DESCONFINAR, o que significa? O vírus desapareceu? Agora já está tudo bem? 25
# saúde
Desconfinar é o contrário de confinar. Ou seja, se confinar foi ficar em casa, isolarmo-nos dos outros, desconfinar é sair de casa e retomar as nossas atividades normais. Contudo, o vírus não desapareceu, continua ativo no mundo e no nosso país, continua a haver risco de contágio e de ficar doente. Por outro lado, também ainda não foi descoberto nenhum tratamento eficaz e a vacina ainda não existe. Então porque podemos desconfinar? Porque nestes três meses os serviços de saúde conseguiram organizar-se e adequar-se para responder com eficácia aos casos que forem aparecendo, porque o contágio está mais controlado, porque ficámos a conhecer melhor o vírus e o que deveremos fazer para evitar o contágio. E também porque o mundo não pode parar, as empresas não resistem se continuarem sem trabalhar e sem vender, as pessoas não podem deixar de receber o ordenado. Todo o mundo tem de lidar com o equilíbrio entre proteger os cidadãos e manter a economia. 26
Então o que devemos fazer? Em primeiro lugar manter a calma e serenidade. Devemos manter-nos a par das orientações da Direção Geral de Saúde e saber quais são as orientações em cada fase. Atualmente devemos usar máscara sempre que estamos em espaços fechados, devemos manter a higiene dos espaços e das mãos, manter o distanciamento das outras pessoas. Contudo devemos ir recuperando as nossas atividades habituais, trabalhar, passear, apanhar sol, praticar exercício, ter uma alimentação equilibrada e com muitos vegetais. É importante deitar antes da meia-noite e dormir 7 a 8 horas por noite. Devemos voltar a encontrar os amigos, mas em grupos pequenos, e mantendo distanciamento. É importante vigiarmos a nossa saúde, e, se tivermos sintomas contactar a Linha Saúde 24. E em relação às nossas emoções?
O medo de contrairmos a doença, o termos ficado fechados em casa e afastados dos nossos amigos, todas as mudanças nas nossas vidas, bem como as dificuldades económicas, o desemprego e outras dificuldades podem levar a que desenvolvamos problemas emocionais. Todos nós temos uma determinada capacidade para resistir a situações difíceis. Esta capacidade varia de pessoa para pessoa, de acordo com a persona-
doença emocional com muito mais facilidade. Já as pessoas que olham as coisas pelo lado positivo, têm mais resistência e ultrapassam melhor as dificuldades. É impossível obrigar a vida e o mundo serem como nós queremos. É fundamental sermos capazes de aceitar e lidar o que nos acontece, contornando as dificuldades e conquistando a felicidade. Por outro lado, todos nós temos um limite de resistência, variável de pessoa para pessoa. Esta depende do equilíbrio de substâncias químicas produzidas pelo nosso cérebro. À medida que vamos passando por situações difíceis, estas substâncias vão diminuindo os níveis, podendo baixar muito, não conseguindo o cérebro repô-los. Isto leva a que, cada vez que passamos por uma experiência dura, vamos acumulando desgaste, podendo até aguentar acontecimentos muito duros e depois, com um acontecimento menos grave ultrapassarmos o nosso limite de resistência. E quais são os sinais de que podemos estar a adoecer das emoções?
lidade. Por exemplo, se olharmos para um copo com água até meio, umas pessoas dirão que está meio cheio, outras que está meio vazio. Há pessoas que dão mais atenção aos aspetos negativos (“que horror, temos de estar fechados, não podemos sair de casa, sinto falta de ar, não aguento estar em casa”), desvalorizando as coisas positivas. Outras olham mais para os aspetos positivos (“o facto de ficar em casa permite-me descansar, arrumar as minhas coisas, estar mais tempo com os meus filhos”). Como é fácil de perceber, as pessoas que olham tudo pelo lado negativo, resistem muito menos aos acontecimentos difíceis e desenvolvem 27
Temos de estar muito atentos aos sinais de alarme. Um dos primeiros sinais são as dificuldades com o sono. Dificuldades em adormecer, acordar diversas vezes durante a noite, ter sonhos maus ou pesadelos, são sinais de que alguma coisa não está bem, e deve levar-nos a procurar ajuda. Outro sinal é andarmos mais irritados, discutirmos por tudo e às vezes sem motivos, chorarmos com facilidade e às vezes sem sabermos muito bem porquê, comer muito ou não conseguir comer, começar a beber ou fumar mais. As bebidas alcoólicas são um inimigo perigoso. Como o álcool anestesia, quando a pessoa está triste, desanimada, angustiada ou com medo, beber bebidas alcoólicas leva a que se sinta menos angústia, parecendo que alivia. Contudo, como é uma substância depressora do Sistema Nervoso Central vai agravando as depressões 28
Cuide de si.
e podendo facilitar as agressões a outros e o suicídio. O que fazer se sentirmos estas emoções? Antes do mais temos de tentar ver as coisas de forma menos dramática e olhar para as coisas boas da nossa vida. É importante passear pela natureza, apanhar sol e brincar com os nossos filhos. Devemos conversar com a nossa família e amigos e partilhar as dificuldades e dúvidas que temos. O médico e enfermeiro de família podem ajudar a ultrapassar as dificuldades e se necessário devemos recorrer aos psicólogos dos centros de saúde. Acima de tudo, devemos procurar ajuda para as nossas dificuldades. Célia Franco Médica Psiquiatra, Centro Hospitalar Universitário de Coimbra
OLEIROS
alojamentos
Álvaro
Álvaro
Álvaro
Casa de Álvaro
Casa dos Hospitalários
Casa das Tílias
966 571 165
937 122 416
272 674 205
Ameixoeira
Amieira
Amieira
Casa da Ladeira
Arco Íris Amieira
Vale de Moses
932 545 722
272 634 002
272 634 006
Cava
Estreito
Oleiros
Casa da Avó
S.Torcato Moradal
Camping Oleiros
933 254 408
964 417 401
926 860 112
Oleiros
Oleiros
Oleiros
Casa do Dão
Casa do Zé da Nora
Hotel Sta. Margarida
932 952 972
963 073 066
272 680 010
Oleiros
Madeirã
O Carteiro
Refúgios do Pinhal
Casa Zen do Rio
272 682 596
924 330 620
967 863 400
Oleiros
Madeirã
Vale do Souto
Vilar dos Condes
Olive Meadow Cottage + Casa Tristão
Val des Oliviers
968 632 907
926 068 049
274 664 631
Madeirã
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CONTACTOS ÚTEIS CÂMARA MUNICIPAL DE OLEIROS # 272 680 130 INFRAESTRUTURAS MUNICIPAIS Casa da Cultura / Biblioteca Municipal # 272 680 230 Espaço Internet Posto de Turismo # 272 681 008 # 272 107 339 Piscinas Municipais / Ginásio # 272 681 062 BOMBEIROS # 272 680 170
CENTRO DE SAÚDE # 272 680 160
FARMÁCIAS # Estreito 272 654 284 # Oleiros 272 681 015 # Orvalho 272 746 136
CORREIOS # 272 680 180
EMERGÊNCIA MÉDICA 24HORAS
112
GNR
# 272 682 311
LIGAÇÃO AO CENTRO DISTRITAL DE OPERAÇÕES DE SOCORRO
# 117
JUNTAS DE FREGUESIA Álvaro # 272 674 267 Cambas # 272 773 179 Estreito/Vilar Barroco # 272 654 670 Isna # 274 822 133 Madeirã # 272 664 203 Mosteiro # 272 682 533 Oleiros/Amieira # 272 682 140 Orvalho # 272 746 399 Sarnadas de S. Simão # 272 654 705 Sobral # 272 664 123 30
RESTAURAÇÃO Estreito Restaurante “A Rotunda” 272 654 266 Restaurante “O Cantinho” 272 654 251 Oleiros Churrasqueira “Alverca” 272 682 884 Churrasqueira “O Caniçal” 272 682 727 Restaurante “Callum” Hotel Santa Margarida 272 680 010 Restaurante “Casa Peixoto” 272 682 250 Restaurante “O Carteiro” 272 682 596 Restaurante “O Ideal” 272 682 350 Restaurante “O Prontinho” 272 682 727 Restaurante “O Regional” 272 682 309 Restaurante “Salina” 967 258 298 Snack-Bar “Santolini” 961 735 424 Orvalho Restaurante “Pérola do Orvalho” 272 146 119 Roqueiro Restaurante “Adega dos Apalaches” 934 028 365 Selada da Cova Café Restaurante Nascer do Sol 9364105914
passatempo SOPA DE LETRAS Regras do jogo: Procure palavras de alguns tipos de legumes.
Palavras escondidas: Cebola, Courgette, Batata, Alho, Tomate, Cenoura, AgriĂŁo, Couve, Alface e RĂşcula.
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