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OLEIROS AGENDA CULTURAL DO MUNICÍPIO DE OLEIROS
Créditos: Cláudia Mendes
# out.nov.dez . 2018
WWW.CM-OLEIROS.PT 1
# sabia que... # O costume de enfeitar árvores é mais antigo que o Natal. Já antes de Cristo, basicamente todas as religiões pagãs utilizavam enfeites em árvores para celebrar a fertilidade da natureza. # Os Romanos adornavam as árvores em honra de Saturno, o Deus da Agricultura. # No Egipto era hábito no solstício de inverno, trazerem ramos verdes para dentro de casa, como forma de celebrarem a vitória da vida sobre a morte. # Os druidas Celtas, em épocas festivas, decoravam carvalhos com maçãs douradas. # Os primeiros registos da adoção da árvore de Natal pelo cristianismo surge no norte da Europa no século XVI. Com o passar dos tempos estas árvores foram ficando cada vez mais decoradas: as estrelas simbolizando a Estrela de Belém, as velas simbolizando a luz de Cristo, e as rosas em homenagem à Virgem Maria. # Foi só durante o século XIX que a árvore de Natal se começou a difundir por todo o mundo, muito graças à contribuição da monarquia Britânica. O príncipe Alberto, o marido de origem alemã da rainha Vitória, montou uma árvore de Natal no Palácio Real Britânico, alegoria publicada numa revista famosa da época. # Em Portugal, a árvore de Natal foi ganhando aceitação muito lentamente, pois a tradição de Natal eram os presépios, como única decoração da sua celebração. # No entanto, o costume de enfeitar a árvore de Natal, foise tornando uma tradição e é hoje um hábito no mundo inteiro.
Ficha técnica:
Propriedade Município de Oleiros Diretor Dr. Fernando Jorge, Presidente da Câmara Vice-diretor Victor Antunes, Vice-presidente da Câmara Coordenação Paulo Urbano, Vereador Recolha de Informação e fotografias Gabinete de Comunicação, Casa da Cultura, Gabinete Florestal Edição RVJ, Editores, Lda Contactos Telf.: 272680130 e e-mail: agendacultural@cm-oleiros.pt Tiragem 3000 exemplares
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No presente trimestre celebramos o outono, com o medronho e a castanha. E se o primeiro nos oferece múltiplas oportunidades, inclusivé como espécie a incorporar nas faixas de gestão de combustível, minimizando o impacto dos incêndios e garantindo algum rendimento extra ao proprietário florestal, a castanha marca o calendário de acontecimentos, com os vários magustos que ocorrem pelo território nesta altura do ano. Estes são dois elementos que marcam fortemente a identidade do território e não será por acaso que foram destacados para o arranque e o final do 1.º ano da iniciativa Dez Freguesias, Dez Experiências. O Ateliê do Medronho é no dia 3 de novembro, na freguesia de Madeirã e em 2019 percorreremos mais cinco freguesias do nosso concelho, realçando os seus ativos patrimoniais.
Nesta publicação assinalamos também a população sénior e as preocupações que temos em proporcionar-lhe um envelhecimento ativo e com qualidade de vida. Esta foi uma das motivações do estimado Padre Neto, quando em 1988 decidiu criar o Centro Social e Paroquial do Estreito. Na rúbrica gentes da nossa terra entrevistamos aquela que foi uma das personalidades distinguidas em agosto, no Dia do Concelho, com a Pinha de Mérito Municipal. Ao nível do património, damos destaque à Capela de Nossa Senhora da Guia, na Abitureira. Em tempo de quadra natalícia, vivemos tempos de sonhos, renascimento e esperança. Que a Estrela de Belém nos guie a todos por bons caminhos e nos faça chegar a bons portos. Festas felizes para todos. Um abraço amigo do Fernando M. Jorge
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# patrimรณnio
CAPELA DE Nossa SRA. DA GUIA Abitureira
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# património
exibe-se ainda um quadro da Última Ceia e as suas paredes laterais são revestidas até ao meio com azulejos.
Situada num local com uma vista soberba para a Serra da Estrela, a bênção da primeira pedra desta capela data de 13 de setembro de 1959, conforme lápide colocada no interior. Esta edificação ocorreu por altura da construção da Escola Primária local e veio substituir uma capela mais pequena que se avista do adro, encontrando-se atualmente em ruínas. O seu interior é bastante agradável, com a capela-mor separada do restante corpo da igreja por um arco. Destaque para o Sacrário dourado ao centro, em frente de um vitral em cruz. Para além da imagem de S. José, este é ladeado pela imagem da padroeira, com a estrela de cinco pontas na mão direita, guiando o caminho da Salvação e o Menino Jesus no braço esquerdo1. Nesta capela
A ladear o arco, encontram-se as imagens de Nossa Senhora de Fátima e de Santa Rita de Cássia. As paredes do corpo da capela são também elas revestidas com azulejos até ao meio e evidenciam uma via-sacra na sua parte superior. No teto, destaca-se um imponente candeeiro em vidro e por cima do pórtico de entrada exibe-se um coro. Na sacristia encontram-se ainda várias imagens de Nossa Senhora de Fátima, de S. José, de S. Sebastião, de Santa Rita e de Santa Teresinha do Menino Jesus.
Conhecida como "condutora", aquela que "dirige", ou "guia", a sua imagem é cheia de símbolos que expressam esta sua missão, guiando a humanidade até Jesus. A estrela na mão direita é o maior símbolo que a distingue das outras imagens da Virgem e normalmente, é usada uma de cinco pontas, representando a Estrela de Belém que guiou os Reis Magos até Jesus. Exibe uma coroa que simboliza a sua realeza; o manto azul, indica que vem do céu; a túnica rosa, representa a alegria e o sangue e o Menino Jesus no braço esquerdo lembra o 'porquê' e 'para quem' Ela nos guia. A imagem do Menino está também coroada, simbolizando que é Rei do Universo e veste uma túnica branca em sinal da sua pureza de coração.
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# saberes e sabores
“... pedindo auxílio e proteção com a promessa de erguerem uma capelinha branca, no chamado Cabeço das Cruzes.”
sabores de ontem e de hoje
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# saberes e sabores
Borrego recheado com castanhas, pão, cebolas e medronho
Trança doce de Natal
Foto: youtube.com
Foto: Receitas e menu
Ingredientes #1 Borrego #2Kl de cebolas em conserva ou Pikles #sal #200gr de castanhas #500gr de medronhos #5 dentes de alhos #Azeite #100gr de salsa #100gr de alecrim #10gr de colorau #5gr de massa de pimento #pimenta preta moída na hora #1 pão # água #batatas novas Modo de Preparação: Desossar o borrego sem rasgar a carne, temperar a carne com sal, pimenta,colorau e massa de pimenta. Rechear com todos os ingredientes esmiolando o pão. Atar a carne e de seguida, colocar em tabuleiro de barro, com o que restou das cebolas e das batatas novas. Temperar com mais azeite e levar ao forno mais ou menos 1 hora e 30 minutos. 8
Ingredientes # meia cháv. de açúcar amarelo# 2 cháv. e meia de farinha# 1col. de chá de canela em pó# meia col. de café de noz moscada#3 col. de sopa cheias de manteiga#40gr de fermento de pedeiro#2 col. de sopa de vinho do porto# meia col. de café de erva doce em pó# 1 pitada de cravinhos em pó# 2 ovos# 1 col. de sopa de miolo de nós# 1 col. de sopa de miolo de avelãs# 1 col. de sopa de miolo de pinhões# 2 col. de sopa de frutas cristalizadas cortadas aos pedacinhos. Modo de Preparação: Junte a farinha com o açúcar, a manteiga derretida, os ovos e bata tudo muito bem. Desfaça o fermento de padeiro no leite morno e junte também. Adicione todos os ingredientes menos as frutas. Bata muito bem. Polvilhe uma bancada limpa e amasse até a massa se soltar dos dedos. Adicione as frutas à massa uniformemente. Coloque a massa numa tigela tapada num sítio morno a levedar duas horas. Depois divida a massa em três pedaços e molde 3 rolos de massa iguais e faça uma trança. Depois da trança feita, tape-a e deixa-a levedar mais um par de horas. Pré-aqueça o forno 10 minutos e depois leve a trança a cozinhar no forno meia hora. Depois retire do forno e decore: • 1 cháv. mal cheia de açúcar em pó • 2 col. de sopa de leite Misture os dois ingredientes e pincele a trança para ficar bem docinha e com aquele ar de Natal.
# gentes da nossa terra
Padre Antรณnio Marques Neto
"Um Homem simples com grande profundidade e um Pastor conhecedor do seu rebanho"
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# gentes da nossa terra
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António Marques Neto nasceu em Alcaravela, no concelho de Sardoal, a 29 de dezembro de 1933. Homem simples e "sem papas na língua", conhecedor do seu rebanho e amigo do seu amigo, adora o convívio e ajudar o próximo. O Padre Neto, como é conhecido por todos, possui grande lucidez, um espírito forte, aventureiro e de missão, não deixando ninguém indiferente.
61 anos que exerce o sacerdócio, primeiro em Proença-a-Nova, depois nas paróquias de Várzea dos Cavaleiros e Sarzedas, até chegar ao Estreito, há 35 anos, onde permanece até hoje. Sentese mais ribatejano que beirão? Padre Neto – Sinto-me meio ribatejano e meio beirão. Metade é a minha terra, outra metade é a minha gente.
Agenda Cultural – Nasceu no Ribatejo há 85 anos. Cedo partiu para o Seminário, para o Gavião e posteriormente para Alcains, seguindo-se uma breve passagem por Marvão e Portalegre. Há
A. C. – Filho de agricultores, é o 2.º mais novo de seis irmãos. O que o fez ter ido para o Seminário e em 14 de julho de 1957 ter sido ordenado Padre? P. N. – Talvez o espírito de serviço, talvez o
# gentes da nossa terra
chamamento da vocação... No Seminário éramos 22 e apenas 2 chegaram ao fim. Vai devagarinho... É um processo que tem de ser ensinado e ajudado. Curiosamente, na minha terra natal chegámos a ser 17 padres, agora, apenas 5 estão vivos. A. C. – Para além da sua vocação como sacerdote, tem um profundo gosto pela música, tendo chegado a lecionar essa disciplina. Quer contar-nos um pouco a sua experiência? P. N. – A música, tal como a leitura e o convívio, são as minhas principais distrações. Fui professor de Educação Musical em 1965, na Sertã, quando era Pároco na Várzea dos Cavaleiros. Dava aulas no então chamado "ciclo" e cheguei a ter 40 alunos. Olhe, um deles foi o José Farinha Nunes, atual presidente da Câmara da Sertã, que ainda se recorda desse tempo, mas nunca o ouvi cantar... A. C. – Quem o conhece, sabe que é um homem de convívio, fale-nos um pouco dessa sua vertente. P. N. – Não sou capaz de estar sozinho. Preciso muito dos amigos e estou com eles regularmente. Gosto de visitar os doentes e só fui uma vez visitar uma pessoa à prisão. Fico sensibilizado com a falta de espírito de serviço e gratuito. A. C. – É um Homem muito viajado. De onde vem esse seu interesse pelas viagens? P. N. – Sempre gostei de viajar. Assim, fui à Alemanha, a Estugarda, ao Encontro Internacional da Ação Católica Rural e mais tarde, a Dortmund, a convite do saudoso Padre João Prata. Viajei num comboio especial, passando por Lourdes. Estive em Paris um mês, em casa do João Alfaiate. Fui também a Moçambique, começando
por Lourenço Marques até Tete, passando por Quelimane, Nampula, Vila Cabral e Vila Pery. Vi manadas de búfalos, campos de algodão parecendo neve, foi assaltada a casa onde estava a dormir, perto da Morrumbala, mas pessoalmente nada me aconteceu. Passei por um controlo de mosca tsé-tsé na estrada de Gurué até Mutuali. Passei o Natal em Quelimane era lá Verão - e o Ano Novo em Tete, onde presenciei os trabalhos da construção da barragem de Cabora Bassa. De lá fui para Angola, visitando Carmona até Sá da Bandeira, onde pela primeira vez andei a 200 à hora, em retas de 100 Km´s, no Colonato da Bela. E não adivinhava, tão cedo, a desgraça que aconteceu com a descolonização. Religiosamente, fui a Roma, à canonização de Santa Beatriz da Silva pelo Papa Paulo VI e nas minhas Bodas de Prata Sacerdotais, em 1982, rumei à Terra Santa, como não podia deixar de ser. E aproveitei muito. Por último, viajei até aos Estados Unidos, Venezuela e Brasil, tendo chegado às Quedas do Iguaçu e pondo o pé na Argentina e Paraguai. E por aqui ficarei. A. C. – A convivência social e a ajuda ao próximo são marcas da sua personalidade, tendo inclusive estado ligado à Caritas Diocesana. Foi por esse motivo que em 1988 decidiu criar o Centro Social e Paroquial do Estreito? O que esteve na base desse empreendimento? P. N. – Já quando estava nas Sarzedas conhecia muita gente de Castelo Branco. Talvez também influenciado pelas minhas relações pessoais, senti que o Estreito precisava de uma instituição desse género, tal como as Sarnadas de S. Simão e o Vilar Barroco. O Centro foi inaugurado em 1991 com o apoio domiciliário. 11
# gentes da nossa terra
Em 2003, 15 dias antes do incêndio de agosto, passou a ter também as valências de centro de dia e de lar. Foi já para esse local que se encaminharam as pessoas durante o incêndio. A. C. – Volvidos 30 anos desde a conceção deste projeto, hoje com 3 valências a funcionar (apoio domiciliário, centro de dia e lar), esta é uma obra notável e também algo exigente. Que balanço faz? P. N. – Com a esperança média de vida a aumentar, o isolamento e o despovoamento, é fundamental dar esta resposta às populações. O Centro teve um investimento inicial de 2 milhões de euros e atualmente serve um total de 68 utentes e conta com 17 funcionários, entre eles uma assistente social, uma técnica oficial de contas, uma médica e um enfermeiro, estes dois a tempo parcial. Temos apostado no rigor e podemos dizer que economicamente estamos bem, mas sem possibilidades de crescer mais. E a Fundação Horácio Roque, a quem deve12
mos muito, acabou. Era o nosso maior benfeitor. A. C. – No passado dia 13 de agosto, no Dia do Concelho, foi agraciado pelo Município com a Pinha de Mérito Municipal. O que representa para si tal distinção? P. N. – Não a esperava, nem a pedi, nem a merecia. Aconteceu. É um reconhecimento coletivo. Não é só meu mas de toda a instituição. A. C. – Está há 35 anos na Paróquia do Estreito, assumindo ainda as Paróquias de Álvaro (entre 1998 e 2014), Vilar Barroco e Sarnadas de S. Simão. Grande conhecedor das suas gentes, como as descreveria? P. N. – Descrevo-as como gente boa e hospitaleira. Com muitas qualidades e alguns defeitos, como todo o ser humano, mas sou feliz entre a minha gente e agradecido a todos, em especial à Câmara Municipal que sempre esteve e está ao nosso lado.
# Proteção Civil
medronheiro
Uma aposta a considerar seriamente nas faixas de gestão de combustível
Foto: João Boaventura
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# proteção civil
Foto: Gazeta Rural
O medronheiro (Arbutus unedo L.) é uma espécie bastante generosa que hoje se apresenta como potenciadora de usos alternativos (e mais rentáveis) à tradicional aguardente. A venda em fresco, para polpas, sumos, iogurtes e compotas, para cosmética ou farmacêutica, o seu efeito sobre o mel ou a sua utilização como planta ornamental, são algumas das opções a considerar. Por outro lado, esta é uma espécie com rápida capacidade de regeneração, o que reforça a sua elevada rendibilidade.
Foto: João Gama
A cultura está abrangida por financiamento e a área plantada de medronhal aumentou consideravelmente nos últimos dez anos. Além das novas plantações, houve também muitos produtores que come14
çaram a intervencionar as suas áreas de medronhal espontâneo para melhorar e valorizar a produção. Outra característica desta espécie autóctone que começa a estar em grande evidência, é a sua elevada resiliência face aos incêndios florestais. Para além da já comprovada importância e facilidade de utilização de medronheiro junto de eólicas e debaixo das linhas de alta tensão, este revela-se um eficiente corta-fogo, reduzindo a sua velocidade e podendo ser utilizado junto das linhas corta-fogo primárias e incorporado nas faixas de gestão de combustível. Sabendo que os critérios de arborização nas faixas de gestão de combustível têm evoluído no sentido de propiciar a substituição de espécies vulneráveis aos incêndios (como o pinheiro e eucalipto) por espécies autóctones e mais resilientes ao fogo (como o medronheiro) e tendo em conta que esta é uma planta com rápida capacidade de regeneração (sendo muitas vezes a primeira a rebentar depois de um incêndio, voltando a produzir em dois/três anos); verifica-se que esta pode ser uma grande aliada na prevenção de incêndios florestais. Recordemos que o comportamento do fogo é determinado pela topografia, meteorologia e vegetação. Assim sendo, o Homem apenas consegue modificar este último fator numa ação designada por gestão de com-
# proteção civil
bustíveis, ou seja, reduzindo o material vegetal e lenhoso de modo a dificultar a propagação do fogo na vertical (degrau a degrau, do estrato herbáceo para os matos e destes para as copas) e na horizontal (ao longo dos diferentes estratos). Assim, a incorporação de espécies autóctones e resilientes (como é o caso do medronheiro) na faixa de gestão de combustíveis parece ser uma solução a considerar, dificultando a propagação do fogo e diminuindo a sua intensidade. Por outro lado, com a sua implementação ou manutenção nestas faixas, estamos a potenciar que o proprietário florestal consiga tirar algum rendimento daquela parcela de terreno, ao mesmo tempo que se protege do fogo. Hoje o medronheiro desperta o interesse de potenciais produtores de norte a sul do país. Para além das comprovadas vantagens socioeco-
Foto: Vida Rural
nómicas, esta é uma espécie promissora com múltiplas utilizações e benefícios, nomeadamente para a saúde. Estudos recentes revelaram que o medronho tem a capacidade de evitar os radicais livres responsáveis por doenças como o cancro, de controlar os níveis de colesterol e de melhorar a saúde da pele e dos ossos. Por último, reforça-se o seu benefício ecológico, através da sua utilização numa lógica de silvicultura preventiva. Ordenar o território florestal é essencial para minimizar os incêndios florestais, seja por meio de faixas de gestão de combustível ou por mosaicos de parcelas de gestão de combustível, recorrendo a silvicultura preventiva e privilegiando ao máximo as espécies autóctones e mais resilientes. Nesse aspeto, o medronheiro apresenta-se como uma aposta a considerar seriamente.
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# cultura Casinha do Natal, Trono do Pai Natal, Animação infantil e muitas surpresas…
Sonhos de natal # 14 a 23 dezembro # Jardim Municipal
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iniciativas
outubro
9 dezembro
ARTE À PORTA
QUINTAIS NAS PRAÇAS DO PINHAL
# Início da decoração de portas no Centro Histórico da Vila de Oleiros.
domingo
# Local: Jardim Municipal; 9H-18H.
14 a 23 dezembro sexta-feira a domingo
SONHOS DE NATAL
# Local: Jardim Municipal.
15 outubro
14 a 23 dezembro segunda-feira
NATAL NA RUA
DIA SÉNIOR # Local: Pavilhão Municipal de Oleiros; 12H.
1 a 4 novembro
quarta-feira a domingo
MOSTRA DOS FRUTOS DE OUTONO: MEDRONHO E CASTANHA # Local: Tenda no Recinto de Feiras de Oleiros.
3 novembro
sexta-feira a domingo
sábado
ATELIÊ DO MEDRONHO # Inserido na iniciativa "Dez Freguesias, Dez Experiências", no âmbito do projeto Beira Baixa Cultural. Local: Madeirã; 9H.
# Local: Ruas do Centro de Oleiros.
15, 16, 22 e 23 dezembro sábados e domingos
CONCERTOS SONS DE NATAL
# Ensemble orquestral com a seguinte formação: voz (soprano feminina), piano e cordas (violino, viola e arco). Locais: Estreito, Madeirã, Sarnadas de S. Simão e Mosteiro (horário a definir).
5 e 6 de janeiro (2019) sábado e domingo
CONCERTOS DE REIS # Ensemble orquestral com a seguinte formação: voz (soprano feminina), piano e cordas (violino, viola e arco). Locais: Oleiros e Álvaro; 18H e 15H, respetivamente. 21
novidade na biblioteca Livros
DVD'S
A história do Pedrito Coelho
O vale encantado
De: Beatrix Potter Porto Editora
A cor das vogais De: Virgílio Ferreira Porto Editora
Ulisses
Animação
De: Maria Alberta Menéres
M/6 de 2018
Porto Editora
As fadas verdes De: Matilde Rosa Araújo Porto Editora
Mundo Jurássico: Reino caído
Seleção de contos populares portugueses De: Adolfo Coelho Porto Editora
Resumos: Mensagem – 12º ano De: Fernando Pessoa Ideias de Ler
O Principezinho De: Antoine de Saint-Exupéry D. Quixote
Cada suspiro teu De: Nicholas Sparks Edições ASA
O tatuador de Auschwitz De: Heather Morris Editorial Presença 22
Ação/Aventura M/12 de 2018
espaço infantil Ora conta lá…: Hora do Conto para o Pré-Escolar
2 novembro
sexta-feira
# “A aventura do medronho e da castanha” # Recinto da Mostra dos Frutos de Outono: Medronho e Castanha # Oleiros # 10H30.
6 dezembro
Mãe, vou passar a noite fora… Na Biblioteca!
23 e 24 novembro sexta-feira e sábado
# Atividade destinada a 30 alunos do 1º ciclo do Ensino Básico do concelho # Auditório da Casa da Cultura # Oleiros # 21H.
quinta-feira
# “História de Natal” # Auditório da Casa da Cultura # Oleiros # 10H30.
Bibliotecas de mãos dadas
1.º período do Ano Letivo 2018/19
# Ação de colaboração em aprendizagens e compreensão das obras previstas nas metas curriculares, relativas ao 1º ciclo. Atividade realizada em parceria com a Biblioteca do AEPAA e Biblioteca Municipal # Auditório da Casa da Cultura # Escola Sede do 1º Ciclo # Oleiros.
Sonhos de Natal
15 e 22 dezembro
sábados
# A Biblioteca Municipal irá desempenhar ateliês didáticos na Casinha do Pai Natal, nos fins-de-semana que abrangerem a atividade “Sonhos de Natal”.
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associativismo JUNTA DE FREGUESIA DE ESTREITO-VILAR BARROCO 3 out # Início das aulas de Ginástica Sénior e de Manutenção # Pavilhão João Dias, Estreito. 28 out # Torneio de Sueca e Malha Interassociações da Freguesia de Estreito-Vilar Barroco # Sede da Associação Cultural e Recreativa de Ameixoeira # 8H30. 9 nov # Magusto/Convívio de S. Martinho promovido pela Junta de Freguesia # Largo Sra. da Penha # 15 H. 10 nov # Magusto da Associação Progresso do Vidigal # Vidigal. 29 dez # Aniversário da Associação "Os Cucos do Vilar Barroco".
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS PADRE ANTÓNIO DE ANDRADE 4 out # Cerimónia de Entrega da 2.ª Bandeira Verde (Eco Escolas) # Pombal. 12 out # Dia do Diploma - Entrega dos Prémios de Mérito e Entrega dos Certificados de Conclusão do Ensino Secundário.
JUNTA DE FREGUESIA DE OLEIROS-AMIEIRA out # Exposição Arte Sem Stress # Sede da Junta de Freguesia. dez # Campanha de Natal no Comércio Local | Concurso de Natal para Associações/ Instituições | OTL Natal.
LIGA REGIONAL "OS UNIDOS DA FREGUESIA DE ÁLVARO" 6 out # 50.º Aniversário da Liga e 35.º Aniversário da inauguração da Ponte de Álvaro # Sala "Olhar o Zêzere", Álvaro # 13H. 11 nov # Inauguração da Exposição de fotografias antigas de Álvaro. # Sede da CCS # 15H30.
CASA DA COMARCA DA SERTÃ 6 out # Passeio a Álvaro no âmbito das comemorações do 50.º Aniversário da Liga Regional "Os unidos da freguesia de Álvaro". 10 out # Recital de Clarinete e Piano # Sede da CCS # 18H45. 20 out # Atuação do grupo de Vozes Tradicionais Femininas CCS # Marvila # 14H30. 20 out # Jantar de Fados # Sede da CCS # 20H30. 7 nov # Recital de Clarinete e Piano # Sede da CCS # 18H30. 11 nov # Magusto | Exposição de fotografias antigas de Álvaro. # Sede da CCS # 15H30. 20 nov # Palestra "As raízes oleirenses e sertaginenses de Zé Pedro dos Xutos" # Sede da CCS # 18H30. 8 dez # Venda de natal # 15H | Palestra "Os 500 anos do Foral de Cardigos" # 16 H # Sede da CCS.
GRUPO DOS AMIGOS INCONDICIONAIS DE ORVALHO 6 out # Atuação do Grupo de Bombos do GAIO # Álvaro # 12H. 12 out # Início das Aulas de Concertina. 13 out # Baile das Vindimas # Instalações do Grupo Desportivo, Recreativo e Cultural de Orvalho # 20H30. 21 out # Atuação do Grupo de Danças e Cantares Etnográfico do GAIO # Pampilhosa da Serra # 14H - UCCI da SCMPS | 16H - Lar da SCMPS. 28 out # Atuação do Grupo de Danças e Cantares Etnográfico do GAIO # Lousã. 3 nov # Magusto Anual do GAIO | Baile da Castanha. 4 nov # Atuação do Grupo de Bombos do GAIO # Oleiros. 31 dez # Noite de Passagem de Ano # Instalações do Grupo Desportivo, Recreativo e Cultural de Orvalho.
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associativismo AGRUPAMENTO DE ESCUTEIROS 1080 CNE OLEIROS 13 out # Abertura de atividades. 10 nov # Magusto da Família Escutista. 8 dez # Dia da Padroeira. 22 dez # Ceia de Natal da Família Escutista. 28 a 30 dez # Acampamento de Natal.
ASSOCIAÇÃO RECREATIVA DE RIBEIRA DA ISNA 27 out # Encontro de Concertinas "Os Resineiros". 17 nov # Magusto Anual. 31 dez # Passagem de Ano.
UNIÃO REGIONAL DA FREGUESIA DO SOBRAL 20 out # Torneio de futebol # Lisboa # 16H. 17 nov # Magusto e Aniversário # Sobral # 12H30. 1 dez # Inauguração do Presépio e Concerto de Natal # Sobral # 21H.
RANCHO FOLCLÓRICO E ETNOGRÁFICO DE OLEIROS 4 nov # Magusto Anual. 16 dez # Ceia de Natal.
GRUPO DE AMIGOS DA FREGUESIA DE MADEIRÃ 10 nov # Magusto/Convívio para os Associados e seus Familiares.
ASSOCIAÇÃO RECREATIVA E CULTURAL DE VALE DO SOUTO 11 nov # Magusto Anual. 15 dez # Ceia de Natal.
SOCIEDADE FILARMÓNICA OLEIRENSE 3 nov # Participação na Mostra dos Frutos de Outono: Medronho e Castanha # Recinto das Feiras # 19H. 10 nov # Magusto do ISCA # Isna. 1 dez # Desfile Nacional de Bandas Filarmónicas # Av. Da Liberdade; Lisboa. 8 dez # Magusto # Armazéns Gerais da Câmara Municipal. 15 dez # Ceia de Natal. Sujeito a definição # Concertos de Natal.
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GRUPO MALTEZ DESPORTIVO DE MOSTEIRO 17 nov # Magusto Anual.
ASSOCIAÇÃO GRUPO DESPORTIVO E RECREATIVO DO MILRICO 17 nov # Magusto para os sócios, familiares e amigos da Associação.
# desporto e aventura
Grande Rota Muradal-Pangeia # 27 outubro
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# desporto e aventura
piscina municipal
6 outubro
1 out # Reabertura da Piscina Interior do Complexo Desportivo Municipal com início das aulas: NATAÇÃO: Girinos # Natação para bebés # terça-feira # 18H Patinhos I # Adaptação ao meio aquático # quinta-feira #18H Patinhos II # Adaptação ao meio aquático # quinta-feira # 18H45 Cavalos Marinhos # Aprendizagem # quarta-feira #18H Golfinhos # Aperfeiçoamento # sexta-feira #18H Natação Adultos # Aprendizagem/ Aperfeiçoamento # quinta-feira # 19H30
PASSEIO PEDESTRE NOTURNO ARCVASO
OUTRAS MODALIDADES: Pilates # segunda-feira # 18H15 Jump # segunda-feira # 19H Hidroginástica # terça-feira # 19H Hidroginástica Sénior # terça e quinta-feira # 15H30 Cycling # sexta-feira e sábado # 19H e 10H30 18 dez # Festa de Natal com animação, Hidro Natal e Jantar Convívio
5 outubro
sexta-feira
JANTAR COMEMORATIVO DO 42.º ANIVERSÁRIO DA ARCO
Org: Associação Recreativa e Cultural de Vale do Souto, Largo da Capela (Lomba) # 19H.
20 outubro, 17 novembro, 15 dezembro sábados ESCALADA NA CRISTA DO ZEBRO Org: Associação Clube Raia Aventura. Participação gratuita, sempre no 3.º sábado de cada mês, das 9H às 13H.
20 outubro
sábado
XVIII PASSEIO TT TRILHO ESTREITO
Org: Associação Trilhos do Estreito. Início: Junta de Freguesia Estreito-Vilar Barroco # 8H.
27 outubro sábado PASSEIO PEDESTRE GRANDE ROTA MURADAL-PANGEIA
Org: Associação Recreativa e Cultural de Oleiros, Hotel Santa Margarida # 20H.
Local: Largo Sra. da Penha # 9H.
6 outubro
4 novembro
sábado
TORNEIO DE VETERANOS DA ARCO Org: Associação Recreativa e Cultural de Oleiros, Estádio Municipal # 15H30.
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sábado
domingo
XII MARATONA DE BTT ROTA DO MEDRONHO
Org: Associação Pinhal Total. Início: Jardim Municipal # 9H.
desporto e aventura #
FUTEBOL DE 11
FUTSAL
Seniores
Casa do Benfica em Oleiros Seniores
CAMPEONATO NACIONAL Associação Recreativa e Cultural de Oleiros
7 out # ARCO vs Mação, 7ª jornada - Oleiros; 15H 14 out # Oliveira do Hospital vs ARCO, 8ª jornada - O. Hospital; 15H 28 out # ARCO vs Alcains, 9ª jornada - Oleiros; 15H 4 nov # Sertanense vs ARCO, 10ª jornada - Sertã; 15H 11 nov # ARCO vs Fátima, 11ª jornada - Oleiros; 15H 18 nov # Loures vs ARCO, 12ª jornada - Loures; 15H 2 dez # ARCO vs U. Leiria, 13ª jornada - Oleiros; 15H 9 dez # Santa Iria vs ARCO, 14ª jornada - Santa Iria da Azóia, Loures; 15H 16 dez # ARCO vs Alverca, 15ª jornada -Oleiros; 15H
CAMPEONATO DISTRITAL Liga Bricomarché Grupo Desportivo Águias do Moradal
7 out # A. Pedrógão S. Pedro vs GDAM, 2ª jornada - Pedrógão de S. Pedro; 15H 14 out # GDAM vs CDE Zêzere-Boidobra, 3ª jornada - Estreito; 15H 21 out # GDAM vs UD Belmonte, 4ª jornada Estreito; 15H 11 nov # AC Atalaia do Campo vs GDAM, 5ª jornada - Atalaia do Campo; 15H 18 nov # GDAM vs CDRC Vila Velha Ródão, 6ª jornada - Estreito; 15H 25 nov # GD Vitória de Sernache vs GDAM, 7ª jornada - Cernache do Bonjardim; 15H 16 dez # GDAM vs CU Idanhense, 8ª jornada Estreito; 15H
TAÇA DE HONRA "JOSÉ FARROMBA"
Grupo Desportivo Águias do Moradal
28 out # GDAM vs CU Idanhense, 3ª jornada - Estreito; 15H 4 nov # Folga, 4ª jornada 2 dez # CDRC Vila Velha de Ródão vs GDAM, 5ª jornada - V. Velha de Ródão; 15H 9 dez # AC Atalaia do Campo vs GDAM, 6ª jornada - Atalaia do Campo; 15H
TAÇA DE HONRA "CARLOS RANITO XISTRA" 13 out # GD Vit. Sernache vs CB Oleiros, 1ª jornada - Cernache do Bonjardim; 17H 20 out # CB Oleiros vs NJC Proença-a-Nova, 2ª jornada - Oleiros; 18H 3 nov # Sertanense FC / Palser vs CB Oleiros, 3ª jornada - Sertã; 18H 10 nov # CB Oleiros vs GD Vit. Sernache, 4ª jornada - Oleiros; 18H 17 nov # NJC Proença-a-Nova vs CB Oleiros, 5ª jornada - Proença-a-Nova; 17H 24 nov # CB Oleiros vs Sertanense FC / Palser, 6ª jornada - Oleiros; 17H
Liga Beira Tools 8 dez # CB Oleiros vs GD Mata / AAUBI, 1ª jornada - Oleiros; 18H 15 dez # Sertanense FC / Palser vs CB Oleiros 2ª jornada - Sertã; 17H
Juvenis
CAMPEONATO DISTRITAL 25 nov # CB Oleiros vs GD Valverde, 1ª jornada - Oleiros; 11H 2 dez # penamacorense vs CB Oleiros, 2ª jornada - Penamacor; 11H 9 dez # AR Boa Esperança vs CB Oleiros, 3ª jornada - Castelo Branco; 11H30 16 dez # CB Oleiros vs GD Mata /AAUBI, 4ª jornada - Oleiros; 11H
TAÇA AFCB 7 out # Ass. Boa Esperança vs CB Oleiros, 1ª jornada - Castelo Branco; 11H 14 out # CB Oleiros vs ACD Ladoeiro, 2ª jornada - Oleiros; 11H 21 out # AD Fundão vs CB Oleiros, 3ª jornada - Fundão; 11H 28 out # CB Oleiros vs Ass. Boa Esperança, 4ª jornada - Oleiros; 11H 4 nov # ACD Ladoeiro vs CB Oleiros, 5ª jornada - Idanha-a-Nova; 11H 11 nov # CB Oleiros vs AD Fundão, 6ª jornada - Oleiros; 11H
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saúde
A Depressão e Solidão no Idoso A Depressão e Solidão no Idoso Que ao envelhecer permaneça belo… Há tantas coisas boas para fazer. O ouro, as rendas, o marfim e as sedas não precisam de ser novos. E as velhas árvores também curam, as velhas ruas também têm encanto. Então, por que não poderei eu, como elas, permanecer belo ao envelhecer? … Saber envelhecer é a maior das sabedorias e um dos mais difíceis capítulos da grande arte de viver. Maria de Jesus Garcia Arroyo
O envelhecimento de uma população é um fenómeno natural sem precedentes na História da Humanidade, de grande dimensão, sendo um processo irreversível e com efeitos em toda a esfera da sociedade. Portugal é um dos países da Europa onde este fenómeno acontece rapidamente. O idoso vive assim esta fase da vida com imensas dificuldades de sobrevivência, sentindo-se isolado e caindo muitas vezes em processos depressivos. Este fenómeno faz parte do ciclo da vida, não é sinónimo de doença ou incapacidade, mas sim de uma menor capacidade orgânica e psíquica, pelo agravamento dos fenómenos escleróti-
cos e atrofiadores do sistema regulador do organismo. “O idoso é muitas vezes visto como uma pessoa doente, infeliz, improdutiva, necessitando de ajuda, conservadora, igual a todos os outros velhos, sofrendo de isolamento e solidão” (Berger & Mailloux-Porrier, 1995). A Solidão e o Idoso Um dos aspectos que são susceptíveis de interferir de modo mais significativo com a saúde e a segurança das pessoas de idade avançada é a solidão. Este sentimento é determinado pelas expectativas individuais em relação aos contactos sociais. É uma 31
# saúde
zidas e pouco satisfatórias ou quando existe a perda de alguém querido, como por exemplo o cônjuge, passando a constituir um grupo vulnerável de risco ao aparecimento de doenças e consequentemente a um processo de institucionalização. forma de vivência subjectiva perante a interacção social e não da frequência dos mesmos contactos. Pode também resultar da falta de planos para as actividades diárias. Esta é uma experiência excessivamente penosa que se liga a uma necessidade de intimidade não satisfeita, consecutiva a relações sociais sentidas como insuficientes ou não satisfatórias. Não é isolamento, mas sim uma reacção pessoal face a uma dada situação. É assim, um fenómeno complexo que não tem origem numa única causa, mas sim a conjugação de vários factores, quer individuais ou mesmo sociais. A solidão constitui um dos problemas mais frequentes da nossa sociedade actual, com uma valorização de tudo o que é material, passando para plano secundário a dimensão afectiva. As pessoas não valorizam os problemas dos outros. Valores como a família ou a amizade não apresentam o mesmo sentido como dantes, sendo ignorados e minimizados e assim sendo, indivíduos mais vulneráveis, como os idosos, ficam entregues a si mesmos e sentindo-se sós. Tudo o que diminui a auto-estima (a reforma, os problemas de saúde, a perda de papéis, o isolamento social, etc.) aumenta a solidão, bem como o risco de problemas físicos e/ou psíquicos, de morte ou de doença grave. A solidão pode constituir um problema grave para as pessoas idosas, principalmente para as que vivem sós ou que se debatem doenças crónicas de saúde. A pessoa idosa apresenta sentimentos de solidão quando as suas relações são redu32
Cuide de si.
A Depressão no Idoso Nos idosos, os distúrbios psíquicos de maior incidência são as síndromes depressivas e demenciais. A depressão na terceira-idade tem graves consequências, incluindo o sofrimento dos doentes e dos prestadores de cuidados, a amplificação da incapacidade associada com perturbações do foro médico e cognitivas da terceira-idade, o aumento de custos com cuidados de saúde e o aumento da taxa de mortalidade relacionada com o suicídio e doenças do foro médico. Segundo diversos autores, a depressão geriátrica tem sido considerada como um dos principais problemas de saúde pública. Em qualquer fase da vida do ser humano, este pode apresentar sinais e sintomas de uma depressão. Trata-se de uma doença com importantes repercussões sociais e individuais devido ao facto de afectar não somente o convívio social, impossibilitando uma rotina de vida satisfatória, mas também pelo risco de morbilidade e cronicidade. Tem consequências graves, incluindo sofrimento dos idosos e dos próprios cuidadores, com agravamento da incapacidade associada à doença física e às perturbações cognitivas, levando a um aumento dos custos dos cuidados de saúde e da mortalidade relacionada com o suicídio e doença física. Os próprios idosos procuram demonstrar uma imagem saudável, atribuindo as suas limitações a condicionantes da doença em si. Para uma melhor compreensão dos factores que predispõem à depressão nas
pessoas idosas é de referenciar que os diferencia em: - Biológicos: História familiar (predisposição genética); Episódios anteriores de depressão; Modificações a nível hormonal e a nível do sistema nervoso central (doença de Alzheimer). - Físicos: Patologias específicas (enfarte, cancro, artrite, incontinência, etc.): Doenças crónicas (com dor e perda de função); Uso de medicamentos (analgésicos, esteróides, anti-hipertensores, psicotrópicos, etc.); Privação sensorial (sobretudo da visão). - Psicológicos: Conflitos não resolvidos (luto, cólera, etc.); Perdas de memória, demência; Alterações da personalidade. - Sociais: Perdas da família e de amigos; Isolamento; Perda de emprego; Perda de rendimentos. Os sintomas que podemos encontrar nos idosos com uma perturbação depressiva são a tristeza, abatimento, tendência para a inactividade, diminuição da satisfação vital, desinteresse, choro, ansiedade, negativismo, frustração, anorexia, astenia, insónia, obstipação e diminuição da libido. Podendo surgir desejos de morte e mesmo tentativas de pôr em prática. Para além do quadro depressivo que o idoso possa apresentar temos que ter em conta todo o processo de envelhecimento em si, analisando a multiplicidade de factores nas suas diferentes dimensões, quer sejam biológicas, sociais e psicológicas. No que concerne ao meio ambiente ou social em que o idoso está inserido, refira-se o isolamento e falta de convívio social; a ausência de trabalho, com consequente imobilidade; a saída dos filhos da casa paterna, ou síndrome do “nicho vazio”; a morte do cônjuge ou de pessoas de família; a noção de desvalorização social e profissional; a noção de “fardo”,
para a família; as perdas físicas, mentais e sociais próprias do idoso. Torna-se natural que a depressão no idoso virá forçosamente, a curto ou a médio prazo, a exercer a sua influência nos indivíduos que com ele se relacionam mais intimamente, particularmente os seus familiares. É importante para o idoso vivenciar um processo de envelhecimento bemsucedido, em que o acompanhamento físico, psíquico, social, religioso e de ocupação dos tempos livres, assuma um papel de extrema importância. Existe a necessidade de valorizar esta última etapa da vida, inferindo nela um sentimento de bem-estar e de sentido para a vida do idoso, tornando-se assim, num grande desafio para a sociedade em geral. Conscientes de que esta fase do ciclo de vida corresponde a um período de menor actividade, os idosos não têm de ficar inertes e sujeitar-se a um envelhecimento inconsciente e involuntário. É de realçar o papel da família, a constante e permanente interacção com os seus membros, a permanência no seu meio o mais tempo possível e o reforço de estímulos positivos de forma a que o idoso consiga ultrapassar as barreiras inerentes a esta fase da vida. Agrupamento dos Centros de Saúde do Pinhal Interior Sul / ULS de Castelo Branco, EPE. Unidade de Saúde Pública do Pinhal Interior Sul
contactos úteis Câmara Municipal de Oleiros # 272.680.130 Infraestruturas Municipais Armazém Geral # 272.688.048 Campo de Futebol # 272.681.026 Casa da Cultura e Biblioteca Municipal # 272.680.230 Pavilhão Gimnodesportivo (Oleiros) # 272.682. 890 Piscinas Municipais / Ginásio # 272.681.062 Posto de Turismo/Espaço Internet # 272.107.339 Bombeiros # 272.680.170 Centro de Saúde # 272.680.160 Correios # 272.680.180 Ecocentro (VALNOR CB) # 272.324.668 Farmácias Estreito # 272.654.284 Oleiros # 272.681.015 Orvalho # 272.746.136 Emergência Médica 24 Horas # 112 GNR # 272.682.311 Ligação ao Centro Distrital de Operações de Socorro # 117 info:
www.cm-oleiros.pt www.facebook.com/Município-de-Oleiros
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Juntas de Freguesia Álvaro # 272.674.267 Cambas # 272.773.179 Estreito/ Vilar Barroco # 272.654.670 Isna # 274.822.133 Madeirã # 272.664.203 Mosteiro # 272.682.533 Oleiros / Amieira # 272.682.140 Orvalho # 272.746.399 Sarnadas de S. Simão # 272.654.705 Sobral # 272.664.123 Lares e Centros de Dia Centro Social Padre Tomás Aquino (Orvalho) # 272.746.335 Santa Casa da Misericórdia de Oleiros # 272.682.360 Lar do Estreito # 272.654.620 Santa Casa da Misericórdia de Álvaro # 272.674.205 Centro de Dia S. João do Sobral # 961.226.702 (José Joaquim Dias - Presidente) Os agentes culturais interessados na divulgação das suas atividades nesta publicação trimestral, devem remeter a informação até ao dia 15 do mês que antecede a publicação. Email: agendacultural@cm-oleiros.pt A Câmara Municipal reserva-se o direito de selecionar as informações a inserir.
passatempo sopa de letras Regras do jogo: Procura palavras Materiais
Palavras escondidas: La, Seda, Couro, Algodao, Sisal, Madeira, Borracha, Aluminio, Ouro, Calcario, Plastico, Papel, Vidro, Aco, Linho, Argila, Cimento, Faianca, Cobre, Prata, Bronze, Latao, Duraluminio. 35
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