GRUPO / LINGUAGENS 2 / MUSICA E ED FISICA

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[Ed. Física e Música]

ED.FÍSICA + MÚSICA SUMÁRIO Unidade 1 – HISTÓRIA GERAL DA EDUCAÇÃO FÍSICA 2.1. O Homem Primitivo ............................................................................................................................ 03 2.2. Idade Contemporânea ........................................................................................................................ 04 2.3. A educação Física no Brasil ................................................................................................................. 05 2.4. Jogos Populares e Tradicionais ........................................................................................................... 06 2.5. Lazer, Cultura e Políticas Públicas ....................................................................................................... 07 2.6. Mídias e Educação Física ..................................................................................................................... 09 2.7. Atividade Física e Qualidade de Vida .................................................................................................. 10 2.8. Corporeidade ...................................................................................................................................... 12 2.9. Lutas .................................................................................................................................................... 12 2.10. Esporte Coletivo ................................................................................................................................ 13 2.11. Esporte Individual ............................................................................................................................ 13 2.12. Esporte Urbano ................................................................................................................................. 13 2.13. Esporte da Natureza .......................................................................................................................... 14

Unidade 2 – ESTUDO DA MÚSICA 3.1. Música ................................................................................................................................................. 18 3.2. Linguagem Musical .............................................................................................................................. 22 3.3. Elementos da Música .......................................................................................................................... 22

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UNIDADE 1 HISTÓRIA GERAL DA EDUCAÇÃO FÍSICA

1.1. O Homem Primitivo

sete anos eram entregues ao Estado, criando as crianças num regime de exercícios violentos e em função da vida militar. As meninas também tinham uma Educação Física intensa, pois tinham que ser fortes e saudáveis, para gerar filhos também saudáveis. A educação dessas crianças consistia quase que exclusivamente de Educação Física.

Nesse período da evolução humana, a Educação Física não era convencional, mas sim a prática do dia-a-dia, como a Caça, Pesca, Luta, Danças e Ritmos.

Entre os Jônios, os meninos após os sete anos iam à escola, onde aprendiam as letras, canto e música. Após os 12 anos, os estudos eram mais profundos e a ginástica cada vez mais dura. Em Atenas se buscava uma formação integral do indivíduo: alma, corpo e mente. As meninas eram educadas pela mãe. Sua educação era exclusivamente para o lar.

ORIGEM DOS JOGOS OLÍMPICOS

Fonte: https://www.quora.com/How-is-theStone-Age-represented-visually-in-booksfrom-your-areante: (acessado em 18.12.2017) - OS CHINESES: Há mais 3000 anos A.C. possuíam uma educação organizada, criaram o kung fu, praticado pela seita tao-tsé e além das práticas físicas, existia também um aspecto religioso, que tratava as enfermidades do corpo e da alma.

http://oplacardobrasil.blogspot.com.br/2016/08/jogosolimpicos-e-paraolimpicos.html (acesso em: 17.12.2017)

Foram os gregos que criaram os Jogos Olímpicos. Por volta de 2500 a.C., os gregos já faziam homenagens aos deuses, principalmente Zeus, com realização de competições. Porém, foi somente em 776 a.C. que ocorreram pela primeira vez os Jogos Olímpicos, de forma organizada e com participação de atletas de várias cidadesestados.

- OS INDIANOS: a Índia é a nação que possui o maior grau de elevação espiritual da humanidade, os hindus criaram a Yoga. A Yoga é uma prática que trabalha uma ginástica de posições e respiração, é uma doutrina que busca integração corpo e mente.

Atletas das cidades-estados gregas se reuniam na cidade de Olímpia para disputarem diversas competições esportivas: atletismo, luta, boxe, corrida de cavalo e pentatlo (luta, corrida, salto em distância, arremesso de dardo e de disco). Os vencedores eram recebidos como heróis em suas cidades e ganhavam uma coroa de louros.

- OS GREGOS: Na Grécia existiam duas tribos: Os Dórios em Esparta e os Jônios em Atenas. Os Espartanos eram rudes, fortes, colocando a pátria a cima de tudo. Na educação Espartana o objetivo era formar soldados. Os meninos aos

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1.2. Idade Contemporânea

Além da religiosidade, os gregos buscavam através dos Jogos Olímpicos a paz e a harmonia entre as cidades que compunham a civilização grega. Mostra também a importância que os gregos davam aos esportes e a manutenção de um corpo saudável.

A influência na nossa ginástica localizada começa a se desenvolver na Idade Contemporânea, onde quatro grandes escolas foram as responsáveis por isso: a alemã, a nórdica, a francesa e a inglesa.

Quando os romanos invadiram e dominaram a Grécia no século II, muitas tradições gregas, entre elas as Olimpíadas, foram deixadas de lado. No ano de 392 d.C., os Jogos Olímpicos e quaisquer manifestações religiosas do politeísmo grego foram proibidos pelo imperador romano Teodósio I, após converter-se para o cristianismo.

I. ESCOLA FRANCESA: teve como impulsionador principal o espanhol naturalizado Francês Francisco Amoros Y Ondeano (1770-1848). Inspirado em Rabelais, Guts, Jahn e Pestalozzi, dividiu sua ginástica em: CIVIL e INDUSTRIAL, MILITAR, MÉDICA e CIÊNCIA. Outro nome francês importante foi G. Dêmy (1850-1917). Organizou congresso, cursos (inclusive o Superior de Educação Física), redigiu o Manual do Exército e também era adepto da ginástica lenta, gradual, progressiva, pedagógica, interessante e motivadora. O MÉTODO NATURAL foi defendido por Georges Herbert (1875-1957): CORRER, TREPAR, NADAR, SALTAR, EMPURRAR, PUXAR, etc. (Fonte: SANTOS, L.R.G. História da Educação Física).

JOGOS OLÍMPICOS DA ERA MODERNA No ano 1896, os Jogos Olímpicos são retomados em Atenas, por iniciativa do francês Pierre de Fredy, conhecido com o barão de Coubertin. Nesta primeira Olimpíada da Era Moderna, participam 285 atletas de 13 países, disputando provas de atletismo, esgrima, luta livre, ginástica, halterofilismo, ciclismo, natação e tênis. Os vencedores das provas foram premiados com medalhas de ouro e um ramo de oliveira.

A Educação Física brasileira teve grande influência na Ginástica Calestenica criada em 1829 na França.

- OS ROMANOS: para eles a Educação Física era apenas para adestrar suas legiões. Era estritamente militar. Os jogos romanos eram com lutas corporais e condenação às feras. Com a queda do Império Romano, começa a Idade Média, e a igreja combatia toda a atenção ao corpo. A atenção era só para a parte Espiritual. Essa atitude da igreja só se modificou com o aparecimento da Cavalaria e das Cruzadas.

II. ESCOLA ALEMÃ: influenciada por Rousseau e Pestalozzi, teve como destaque Jhann Cristoph Friederick Guts Muths (1759-1839) considerado pai da GINÁSTICA PEDAGÓGICA MODERNA. A derrota dos alemães para Napoleão deu origem a outra ginástica, a Turnknst, criada por Friederick Ludwig Jahn (1788-1849) cujo fundamento era a força. “Vive Quem é Forte”, era seu lema e nada tinha a ver com a escola. Foi ele quem inventou a BARRA FIXA, AS BARRAS PARALELAS E O CAVALO, dando origem à Ginástica Olímpica. A escola voltou a ter seu defensor com Adolph Spiess (1810-1858) introduzindo definitivamente a Educação Física nas escolas alemãs, sendo inclusive um dos primeiros defensores da ginástica feminina.

Na Idade Média surgem os feudos, nos feudos as atividades físicas eram a caça, a pesca, as danças e jogos infantis e populares, dentre os esportes populares o jogo chamado Soule, era o mais popular, um ancestral do futebol.

O ILUMINISMO O movimento contra o abuso do poder no campo social chamado de Iluminismo, surgido na Inglaterra no século XVII, deu origem a novas ideias. Jean-Jaques Rousseau propôs a Educação Física como necessária à educação infantil. Ao mesmo tempo, Pestalozzi foi precursor da escola primária popular e sua atenção estava focada na execução correta dos exercícios.

III. ESCOLA NÓRDICA OU SUECA: escreve a sua história através de Nachtegall (1777-1847) que fundou seu próprio instituto de ginástica e o Instituto Civil de Ginástica para formação de professores de educação física (1808). Por mais que um profissional de Educação Física seja desligado da história, pelo menos algum dia já

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OBSERVAÇÃO: A CAPOEIRA

ouviu falar em ginástica sueca, um grande trampolim para tudo o que se conhece hoje como ginástica. Per Henrick Ling (1766-1839) foi o responsável por isso, levando para a Suécia as ideias de Guts Muths após contato com o instituto de Nachtegall. Ling dividiu sua ginástica em quatro partes: a pedagogia – voltada para a saúde evitando vícios posturais e doenças, a militar – incluindo o tiro e a esgrima, a médica – baseada na pedagogia, evitando também as doenças e visando ainda a estética – preocupada com a graça do corpo. IV. ESCOLA INGLESA: baseava-se nos jogos e nos esportes tendo como principal defensor Thomas Arnold (1795-1842) embora não fosse o criador. Essa escola também ainda teve a influência de Phoktior H. Clias, no treinamento militar.

A história da capoeira começa no século XVI, na época em que o Brasil era colônia de Portugal. A mão-de-obra escrava africana foi muito utilizada no Brasil, principalmente nos engenhos (fazendas produtoras de açúcar) do nordeste brasileiro. Muitos destes escravos vinham da região da Angola, também colônia portuguesa. Os angolanos, na África, faziam muitas danças ao som de músicas. Ao chegarem ao Brasil, os africanos perceberam a necessidade de desenvolver formas de proteção contra a violência e repressão dos colonizadores brasileiros. Eram constantemente alvos de práticas violentas e castigos dos senhores de engenho. Quando fugiam das fazendas, eram perseguidos pelos capitães-do-mato, que tinham uma maneira de captura muito violenta.

1.3. A Educação Física No Brasil

Os senhores de engenho proibiam os escravos de praticar qualquer tipo de luta. Logo, os escravos utilizaram o ritmo e os movimentos de suas danças africanas, adaptando a um tipo de luta. Surgia, assim, a capoeira, uma arte marcial disfarçada de dança. Foi um instrumento importante da resistência cultural e física dos escravos brasileiros. A capoeira possui três estilos que se diferenciam nos movimentos e no ritmo musical de acompanhamento. O estilo mais antigo, criado na época da escravidão, é a capoeira angola. As principais características deste estilo são: ritmo musical lento, golpes jogados mais baixos (próximos ao solo) e muita malícia. O estilo regional, criado por Mestre Bimba, caracteriza-se pela mistura da malícia da capoeira angola com o jogo rápido de movimentos, ao som do berimbau. Os golpes são rápidos e secos, sendo que as acrobacias não são utilizadas. Já o terceiro tipo de capoeira é o contemporâneo, que une um pouco dos dois primeiros estilos. Este último estilo de capoeira é o mais praticado na atualidade.

- OS ÍNDIOS: No Brasil colônia - Os primeiros habitantes, os índios, deram pouca contribuição a não ser os movimentos rústicos naturais tais como nadar, correr atrás da caça, lançar e o arco e flecha. Nas suas tradições incluem-se as danças, cada uma com significado diferente: Homenageando o sol, a lua, os Deuses da guerra e da paz, os casamentos. Entre os jogos incluem-se as lutas, a peteca, a corrida de troncos entre outras que não foram absorvidas pelos colonizadores. Sabe-se que os índios não eram muito fortes e não se adaptavam ao trabalho escravo.

Os quatro instrumentos da capoeira são: Atabaque, Berimbau, Caxixi e o Pandeiro.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Capoeira (acesso: 10.12.2017)

Fonte: http://www.edinhoparaguassu.com.br/musica14.html (acesso em 15.12.2017)

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1.4. Jogos Populares e Tradicionais

- BRASIL IMPÉRIO: Em 1851 a lei de n.º 630 inclui a ginástica nos currículos escolares. Embora Rui Barbosa não quisesse que o povo soubesse da história dos negros, preconizava a obrigatoriedade da Educação Física nas escolas primárias de secundárias praticada 4 vezes por semana durante 30 minutos.

Muito populares até a década de 1990, os jogos tradicionais escolares passaram por mudanças significativas ao longo dos anos.

- BRASIL REPÚBLICA: Essa foi uma época onde começou a profissionalização da Educação Física. As políticas públicas - Até os anos 60 o processo ficou limitado ao desenvolvimento das estruturas organizacionais e administrativas específicas tais como: Divisão de Educação Física e o Conselho Nacional de Desportos.

Higienismo na Educação Física Brasileira Fonte: http://stage1.rest-salvador.ru/jogos-tradicionaisportugueses-populares/ (acesso em 09.12.2017)

Higienismo: é o interesse comum na divulgação de hábitos higiênicos, normas profiláticas e cuidados com o corpo. Seus objetivos não eram simplesmente atender os interesses de determinada classe social, mas sim, fazer que seus conhecimentos científicos pudessem melhorar a vida de todos.

Os avanços tecnológicos, a ascensão dos jogos eletrônicos e até a falta de tempo disponível, fez com que as crianças deixassem de lado as brincadeiras ao ar livre. Porém, ainda assim, eles são bastante importantes para a formação das crianças. “Os jogos tradicionais infantis são manifestações culturais acumuladas ao longo da vida das pessoas, presentes no meio social do qual a criança faz, ou fazia, parte, seja nas ruas, nos parques, nas praças, etc.”, explica a especialista em Educação Física Escolar, Mérie Hellen da Costa e Silva.

 Anos 70: Marcado pela ditadura militar, a Educação Física era usada, não para fins educativos, mas de propaganda do governo sendo todos os ramos e níveis de ensino voltado para os esportes de alto rendimento.

Apesar de terem passado por mudanças significativas ao longo do século XX, muitas de suas características ainda se mantém até hoje. “Por fazerem parte da cultura popular, essas atividades apresentam estreita relação com o folclore, expressam a produção de um povo em uma determinada época e sempre estão em transformação, incorporando criações anônimas de geração para geração”, afirma Tiago Aquino, diretor da Kids Move Fitness Programs e da S&P Produções em Entretenimento. Ele diz que as principais características que definem um jogo tradicional são tradicionalidade, transmissão oral e universalidade. “Como são transmitidos pela oralidade, cria-se uma dificuldade em rastrear a origem de muitos deles”, afirma.

 Anos 80: A Educação Física vive uma crise existencial à procura de propósitos voltados à sociedade. No esporte de alto rendimento a mudança nas estruturas de poder e os incentivos fiscais deram origem aos patrocínios e empresas podendo contratar atletas funcionários fazendo surgir uma boa geração de campeões das equipes Atlântica Boa Vista, Bradesco, Pirelli entre outras.  Anos 90: O esporte passa a ser visto como meio de promoção à saúde acessível a todos, manifestada de três formas: esporte educação, esporte participação e esporte performance. A Educação Física finalmente regulamentada é de fato e de direito uma profissão a qual compete mediar e conduzir todo o processo.

A formação das brincadeiras tradicionais brasileiras como são conhecidas aconteceu por causa da miscigenação, ou seja, ela possui três

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1.5. Lazer, Cultura E Políticas Públicas

influências. “A influência portuguesa veio com os primeiros colonizadores, que trouxeram com eles o folclore lusitano, incluindo os contos, histórias, lendas e superstições”, conta Tiago. Os jogos tradicionais como bolas de gude, pião, jogo de botão e amarelinha, por exemplo, são de origem portuguesa. As influências africanas vieram com os escravos, que trouxeram seu folclore cheio de histórias de bichos para o Brasil. “As crianças negras nos engenhos de açúcar na época da escravidão brincavam de faz de conta, destacando as atividades do cotidiano. A cultura infantil preserva brincadeiras com tais influências, como chicotinho, quente e frio, batata quente e jogo do belisco”, afirma Mérie. Já as influências indígenas trouxeram para essas brincadeiras o hábito de imitar os adultos. “As atividades realizadas pelos pequenos não eram simples passatempo, mas atividades educativas que os preparavam para a vida adulta. As meninas, desde pequenas, acompanhavam e auxiliavam as mães nas tarefas domésticas, por isso não tinham muito tempo para o lúdico”, explica Tiago.

- LAZER: também conhecido como “ócio”, o que significa descanso ou tempo não sujeito a deveres. O homem de hoje tem mais tempo livre que o homem antigo, mesmo que não seja consciente disso. - CULTURA: ao ser definida se refere à literatura, cinema, arte, entre outras, porém seu sentido é bem mais abrangente, pois cultura pode ser considerada como tudo que o homem, através da sua racionalidade, mais precisamente da inteligência, consegue executar. Dessa forma, todos os povos e sociedades possuem sua cultura por mais tradicional e arcaica que seja, pois todos os conhecimentos adquiridos são passados das gerações passadas para as futuras.

RELAÇÃO DE JOGOS TRADICIONAIS • Jogo de bolinhas • Jogo das pedrinhas • Pular corda • Amarelinha • Elástico • Passa-anel • Perna-de-pau • Cata-vento • Pião • Patinete • Estilingue • Bilboquê • Peteca • Corrida de saco • Corrida de pneu • Pega-pega • Esconde-esconde • Cabra-cega • policiais e ladrões • Queimada • Par ou ímpar • Alerta • Coelhinho sai da toca • Caça ao tesouro • Pé na lata • Pau-de-sebo

• Barra-manteiga • Elefante colorido • Estátua • Ludo • Pingue-pongue • Baralho • Dama • Dominó • Xadrez • Víspora • Plantar bananeira • Jogo do barbante • Ovo na colher • Futebol de meia linha • Mão na mula • ioiô • Taco • Futebol de botão • Bola ao cesto • Loto • Brincadeira de roda • Cavalos e cavaleiros • Sela corrente • Escravos de Jó • Brincar de casinha • Pular sela

Os elementos culturais são: artes, ciências, costumes, sistemas, leis, religião, crenças, esportes, mitos, valores morais e éticos, comportamento, preferências, invenções e todas as maneiras de ser (sentir, pensar e agir). - POLITICAS PÚBLICAS: é um conjunto de ações desencadeadas pelo Estado nas escalas federal, estadual e municipal, com vistas ao atendimento a determinados setores da sociedade civil.

Fonte: http://anaperugini.com.br/a-compreensao-ea-pratica-do-eca/ (acesso: 05.12.2017)

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[Ed. Física e Música]  EXEMPLOS DE PROJETOS: - Reforma e/ou construção de campos, centros de treinamentos e acomodações; - Seminários para atletas, professores, técnicos e praticantes; - Treinamentos anuais de equipes da área olímpica e paraolímpica; - Custeio de participação em competições no exterior; - Eventos esportivos como campeonatos, circuitos e provas; - Escolinhas de esportes.

I. ECA O Estatuto da Criança e do Adolescente preconiza no seu Artigo 4º: “É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade, à convivência familiar e comunitária.” E, no Artigo 16, parágrafo IV: “O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos: brincar, praticar esportes e divertir-se.”

III. BOLSA ATLETA

II. LEI DE INCENTIVO FEDERAL AO ESPORTE

http://www.caixa.gov.br/programas-sociais/bolsaatleta/Paginas/default.aspx (acesso: 10.12.2017)

Este é um programa do Ministério dos Esportes que se destina aos praticantes de desporto em modalidades olímpicas e paraolímpicas; assim como também as competições vinculados ao Comitê Olímpico Internacional (COI) e ao Comitê Paraolímpico Internacional.

http://cienciadotreinamento.com.br/2016/06/dicaspara-montar-um-bom-projeto-de-lei-de-incentivoao-esporte/ (ACESSO EM 04.12.2017)

Para ter acesso a esta bolsa auxílio os atletas passam por um processo seletivo realizado pelo Ministério dos Esportes. Existem alguns prérequisitos para poder recorrer a esta bolsa atleta: idade mínima de 14 anos e máxima de 19 anos, estar vinculado a alguma entidade de administração de sua modalidade que pode ser estadual ou nacional; além, disso, precisa ter participado há pelo menos um ano de competições e ter obtido até a terceira colocação; declaração de entidade de prática desportiva que faça parte que declare sua participação na entidade, que participa em competições.

A Lei de Incentivo ao Esporte prevê a possibilidade de pessoas físicas e jurídicas destinarem uma parcela do imposto de renda devido em benefício de projetos desportivos elaborados por entidades do setor, após aprovados por uma Comissão Técnica composta por representantes governamentais e membros do setor desportivo e paradesportivo. Configura-se assim como uma forma alternativa de recolhimento do imposto de renda (IR), ou seja, ao invés de recolher todo o montante devido pelas vias tradicionais, os contribuintes poderão destinar um percentual deste valor (Empresa = 1% e Pessoa Física = 6%) "diretamente" em benefício de projetos desportivos previamente aprovados, por uma das formas prevista em Lei (patrocínio ou doação), e, em seguida, abater os valores gastos no momento do recolhimento/ajuste, ou, em sendo o caso, obter sua restituição; servindo como mais uma estratégia (política pública) para o desenvolvimento do esporte brasileiro.

IV. BOLSA PÓDIO É a mais nova categoria do programa de incentivo que foi criado pensando em ajudar principalmente aqueles esportistas que já ganharam e conquistaram um bom desempenho e que hoje representam o Brasil em grandes competições internacionais.

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1.6. Mídias e Ed. Física

- ESPORTE E MÍDIA A relação entre mídia e esporte vem se estreitando cada vez mais ao longo dos anos, até chegarmos ao estado atual de dependência mútua. O crescimento mundial na cobertura esportiva pela mídia tem sido a principal alavanca do que se chama hoje de marketing esportivo. Sem tal cobertura, o gigantesco crescimento do interesse pelo esporte nunca teria ocorrido, e as várias indústrias que dependem dele jamais teriam se desenvolvido. A televisão é ainda a principal responsável pela globalização do esporte, já que sua linguagem universal permite que as imagens das partidas sejam comercializadas em escala global. Esta é a estratégia das empresas transnacionais que fabricam produtos esportivos.

Fonte: https://antoniozai.wordpress.com/2009/11/21/midiae-corpo/ (acesso: 08.12.2017)

Além dos benefícios dessa massificação do esporte pela mídia – tais como a globalização dos atletas, a maior organização das entidades esportivas e o desenvolvimento do marketing esportivo.

A industrialização e comercialização capitalista por parte da mídia do lazer, do tempo livre, da saúde e consequentemente do esporte fizeram uma reversão do entendimento esclarecido destes aspectos, que são de suma importância para toda a sociedade. O poder ideológico que a mídia ganha diariamente lhe dá o direito de escolher como qual interesse comercial seja divulgada uma determinada informação.

1.7. Atividade Física Qualidade De Vida

O termo mídia segundo Gastaldo (2001) significa, no senso comum, “meios de comunicação de massa”. A mídia tornou-se um veículo de comunicação que tem como objetivo divulgar de forma massificada inúmeros produtos em larga escala, de forma a atingir um público numeroso e indistinto sem levar em consideração sua individualidade. Podemos citar como mídia a televisão, rádio, jornal, outdoors e etc. Betti citado por Pires (2002) acredita que em função da espetacularização do esporte pela mídia, outras formas de atividades esportivas foram sendo entendidas como esporte, como as atividades físicas relacionadas à saúde, atividades de desafio e de aventura, jogos no computador e outras da cultura de movimento. Temos que entender que estas mudanças estão relacionadas em função da mídia. O esporte neste sentido é um produto que recebe o tratamento necessário para ser comercializado pelos meios de comunicação nas mais variadas formas que forem necessárias, para gerar audiência e consequentemente lucro.

Fonte:http://acessibilidadesaudeeinformacao.blogspot.com. br/2016/02/a-importancia-e-beneficios-da-atividade.html (acesso em 15.12.2017)

Mas o que é atividade física? De acordo com Marcello Montti, atividade física é definida como um conjunto de ações que um indivíduo ou grupo de pessoas pratica envolvendo gasto de energia e alterações do organismo, por meio de exercícios que envolvam movimentos corporais, com aplicação de uma ou mais aptidões físicas, além de atividades mental e social, de modo que terá como resultados os benefícios à saúde.

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[Ed. Física e Música] No Brasil, o sedentarismo é um problema que vem assumindo grande importância. As pesquisas mostram que a população atual gasta bem menos calorias por dia, do que gastava há 100 anos, o que explica porque o sedentarismo afetaria aproximadamente 70% da população brasileira, mais do que a obesidade, a hipertensão, o tabagismo, o diabetes e o colesterol alto. O estilo de vida atual pode ser responsabilizado por 54% do risco de morte por infarto e por 50% do risco de morte por derrame cerebral, as principais causas de morte em nosso país. Assim, vemos como a atividade física é assunto de saúde pública.

- Melhora a capacidade pulmonar, aumentando a capacidade de consumo de oxigênio; - Melhora o funcionamento do coração, aumentando a resistência aos esforços físicos; - Reduz a gordura e aumenta a massa muscular, facilitando a perda de peso, combatendo a obesidade; - Favorece um melhor controle dos níveis de açúcar no sangue; - Reduz obstruções nas paredes dos vasos, diminuindo problemas como aterosclerose derrames cerebrais e infartos; - Fortalece a massa muscular e aumenta a flexibilidade; - Melhora a tensão muscular e reduz o risco de insônia; - Melhora das funções cognitivas e da socialização; - Aumenta e qualidade e a expectativa de vida.

Dessa forma, algumas perguntas importantes podem auxiliar a conduta individual. 1- PORQUE A SEDENTARISMO?

PREOCUPAÇÃO

COM

O

3- COMO É FEITA A ESCOLHA DA ATIVIDADE FÍSICA ADEQUADA?

Na grande maioria dos países em desenvolvimento, grupo do qual faz parte o Brasil, mais de 60% dos adultos que vivem em áreas urbanas não praticam um nível adequado de exercício físico. Esse problema fica mais claro quando levamos em conta os dados do censo de 2000, que mostram que 80% da população brasileira vive nas cidades.

A escolha é feita individualmente, levando-se em conta os seguintes fatores: - Preferência pessoal: o benefício da atividade só é conseguido com a prática regular da mesma, e a continuidade depende do prazer que a pessoa sente em realizá-la. Assim, não adianta indicar uma atividade que a pessoa não se sinta bem praticando.

Os indivíduos mais sujeitos ao sedentarismo são: mulheres, idosos, pessoas de nível socioeconômico mais baixo e os indivíduos incapacitados. Observou-se que as pessoas reduzem, gradativamente, o nível de atividade física, a partir da adolescência.

- Aptidão necessária: algumas atividades dependem de habilidades específicas. Para conseguir realizar atividades mais exigentes, a pessoa deve seguir um programa de condicionamento gradual, começando de atividades mais leves.

Em todo o mundo observa-se um aumento da obesidade, o que se relaciona pelo menos em parte à falta da prática de atividades físicas. É o famoso estilo de vida moderno, no qual a maior parte do tempo livre é passado assistindo televisão, usando computadores, jogando videogames, etc.

- Risco associado à atividade: alguns tipos de exercícios podem associar-se a alguns tipos de lesão, em determinados indivíduos que já são predispostos.

2- QUAIS OS BENEFÍCIOS DA PRATICA DA ATIVIDADE FÍSICA?

4- QUE CUIDADOS QUE DEVEMOS TER PARA A ESCOLHA DA ATIVIDADE FÍSICA CORRETA?

- A atividade física estimula a liberação de substâncias que melhoram o funcionamento do sistema nervoso central; - Proporciona sensação de bem estar e melhora a autoestima; - Reduz sintomas depressivos e ansiosos e melhora o controle do apetite; - Reduz a ocorrências de gripes, resfriados e infecções respiratórias em geral;

- Procurar um médico para avaliação de sua saúde física; - Siga atentamente as decisões do seu médico quanto à solicitação de exames; - Busque um profissional de educação física legalizado para elaboração de seu treinamento.

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IMPORTANTE: FREQUÊNCIA CARDÍACA.

O que é frequência cardíaca máxima? Frequência cardíaca máxima é o maior número de batimentos a que uma pessoa pode chegar, ou seja, o número máximo de batimentos que seu coração consegue alcançar. Ela é calculada a partir de uma fórmula simples:

A frequência cardíaca (FC) é a quantidade de vezes que o coração bate por minuto e o seu valor normal varia entre 60 e 100 batimentos por minuto.

FC máxima = 208 – (70% x idade)

Como medir a FC?

Como medir a frequência cardíaca de repouso?

A frequência cardíaca é medida contando quantas vezes o coração bate em um determinado tempo. As seguintes fórmulas podem ser usadas: Contar por 10 segundos e multiplicar por 6. Contar por 15 segundos e multiplicar por 4. Contar por 30 segundos e multiplicar por 2.

A frequência cardíaca de repouso é o número de batimentos cardíacos contados durante um minuto quando se está em repouso completo. A medição da frequência cardíaca de repouso deverá ser realizada após acordar ou após o período de 5 minutos sentado. Os valores de repouso dependem dos seus hábitos de vida e são afetados por diversos fatores, tais como: grau de treino, qualidade do sono, nível de stress mental e hábitos de alimentação.

Qual a importância do conhecimento da FC? Durante a prática de exercícios aeróbios, a frequência cardíaca indica se a intensidade da atividade é adequada. Controlando a frequência, você também evita ultrapassar o nível seguro de esforço para seu organismo.

QUALIDADES FÍSICAS

Além disso, frequências muito baixas (menos de 60 bpm, chamadas de bradicardias) ou muito altas (mais de 100 bpm, chamadas de taquicardias), indicam possíveis problemas no coração, sendo necessário procurar um cardiologista para fazer exames.

Qualidades físicas ou capacidades físicas são consideradas todos os atributos físicos que podem ser treinados em um organismo humano. Segundo o professor Edson Nascimento, professor do município de Hortolândia, "são todas as qualidades físicas motoras passíveis de treinamento comumente classificadas em diversos tipos: Resistência, Força, Velocidade, Agilidade, Equilíbrio, Flexibilidade e Coordenação motora (destreza)".

Como medir a frequência cardíaca do pulso? Primeiro você deve identificar a área onde é mais fácil perceber os batimentos. Ela se localiza no punho, próxima à mão, abaixo da linha do polegar e em direção à palma da mão. Nessa região, você irá sentir o pulso da artéria radial.

Também há a divisão das qualidades físicas entre qualidades primárias e centrais. As primárias dependem basicamente do sistema musculoesquelético. Possuem um componente genético, como a velocidade (de reação, deslocamento e dos membros), força (dinâmica, estática e explosiva), resistência (aeróbica, anaeróbica ou muscular localizada), flexibilidade e agilidade.

Com o indicador e o dedo médio da mão esquerda, pressione suavemente essa área do punho direito, até que perceba o pulsar do fluxo de sangue. Se for verificar a pulsação de outra pessoa, nunca use seu polegar, pois você poderá confundir a sua frequência com a da outra pessoa. Como medir a frequência cardíaca no pescoço?

Entre as qualidades físicas centrais estão a coordenação motora, o ritmo, a descontração, que é a qualidade física compreendida como um fenômeno neuromuscular resultante de uma redução de tensão na musculatura esquelética e o equilíbrio, que pode ser dinâmico, estático ou recuperado.

Novamente, localize a área em que vai sentir os batimentos. Ela está na lateral do pescoço, pouco abaixo do maxilar inferior (mandíbula). Nesse ponto, você pode perceber o fluxo de sangue na artéria carótida. Pressione suavemente com os dedos indicador e o dedo médio da mão esquerda, até perceber o pulso.

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1.8. Corporeidade

Conceitos Importantes

Corporeidade ou Mente corpórea é um termo da filosofia para designar a maneira pela qual o cérebro reconhece e utiliza o corpo como instrumento relacional com o mundo. Corporeidade é supostamente animada pela alma humana que lhe daria transcendência pelo nosso corpo.

- CONSCIÊNCIA CORPORAL: reconhecimento, identificação do corpo. - EXPRESSÃO CORPORAL: emoções, sensações, sentimentos. - LINGUAGEM CORPORAL: comunicação através do corpo. - IMAGEM CORPORAL: reflexo, como me vejo.

A corporeidade guarda três dimensões que mantêm uma relação indissociável: Fisiológicos (físico), Psicológicos (emocional afetiva) e Espirituais (mental espiritual).

1.9. Lutas

No desenrolar da história, as manifestações do homem como ser corpóreo se diferenciam, dependendo do seu contexto sócio cultural. Pois como o homem existe mediante a condição de estar incluso em um sistema pelo qual é influenciado, também exerce grande influência sobre o mesmo. Construindo a sua história corporal que não é melhor ou pior do que as demais, mas sim diferente. Gonçalves diz que: ao longo da história humana, o homem apresenta inúmeras variações na concepção e no tratamento de seu corpo, bem como nas formas de comportar-se corporalmente, que revelaram e revelam as relações do corpo com um determinado contexto social (1994, p. 14).

Fonte: https://www.meusonhar.com.br/sonhar-com-lutasmarciais/ (acesso em: 20.11.2017)

Quando falamos de lutas no ambiente escolar, temos que as diferenciar das tão conhecidas “BRIGAS”. Lutas é o combate de pessoas ou grupo de pessoas dotadas de treinamento ou não, e dentro das modalidades com regras e detalhes a serem seguidos.

Santin (1998, p. 137) que afirma: Falar de corporeidade é falar do ser humano, da vida, falar do que sou e da minha relação com os outros e com o mundo. Essa é intenção maior, trazer os alunos do Ensino Médio para essas reflexões sobre questões que tratam do corpo. Sendo a Educação Física uma disciplina que trabalha diretamente com o corpo cabe a ela através de seus profissionais trabalharem essas questões.

- ORIGEM DAS LUTAS: a Luta nasceu em cada lugar onde o ‘Homo sapiens’ apareceu há mais de 100 mil anos atrás, digamos. E junto com ele se desenvolveu. Na pré-história os homens primitivos, à semelhança dos animais também “brincavam” de lutar como até hoje fazem os filhotes dos felinos, por exemplo. Além do componente lúdico, existia também um aprendizado imprescindível à sobrevivência, onde os mestres eram aqueles que os haviam gerado. Portanto não pode haver dúvida que a LUTA É O MAIS ANTIGO DESPORTO e, especificamente a Luta Livre, a mãe de todas as outras modalidades de combate corporal.

Moreira (1998, p. 143) que diz: "Falar em corporeidade é falar do existente, do ser que interage no e com o mundo, consigo mesmo e com os outros”. É optar por concretizar o pensamento, ou mais precisamente, corporificar o ser pensante. Cada corpo tem sua corporeidade que, no fundo, corresponde à sua arquitetura. A corporeidade é o que faz com que um corpo seja tal corpo. O organismo humano, como uma espécie viva, tem sua própria corporeidade. Mas cada indivíduo, segundo a engenharia genética revela, possui uma corporeidade própria.

Dessa forma foram surgindo em cada canto do planeta, com seus traços de cultura diversas, e não somente com o objetivo de sobrevivência,

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[Ed. Física e Música] formas de luta que ao longo do tempo foram se organizando com regras e princípios tornando-se assim também modalidades esportivas. São modalidades de lutas: JUDÔ, BOXE, TAEKWONDO E LUTA GRECO-ROMANA.

1.11. Esporte Individual

1.10. Esporte Coletivo

Neste caso só competem um adversário em oposição a outro. O atleta compete individualmente e sua vitória depende só depende de seu esforço. Vejamos alguns esportes individuais: - Atletismo: atleta compete em provas combinadas ou individuais. São provas de corridas, arremessos, lançamentos e saltos. As provas ocorrem em uma pista oval de 400 metros ou nas provas de campo. Cada prova requer uma ou mais capacidades físicas específica do atleta: velocidade, força, flexibilidade, entre outros. São materiais utilizados no atletismo: dardo, martelo, disco, peso, vara, barreira, obstáculo, colchões entre outros.

São jogos institucionalizados onde sua pratica requer a participação de duas ou mais pessoas em oposição a outra equipe conhecido também como esporte em equipe ou grupo. Vejas alguns esportes coletivos: - Futebol: esporte jogado entre duas equipes com 11 atletas para cada time. O material utilizado é a bola e joga-se em um campo retangular gramado. Os jogadores de linha são proibidos de utilizar os braços para manipular a bola. O objetivo do jogo é fazer a bola transpor a linha da goleira adversária.

- Ciclismo: esporte praticado sobre uma bicicleta onde os atletas devem fazer um determinado percurso no menor tempo possível. O esporte exige material de segurança para o atleta: o capacete.

- Handebol: esporte jogado entre duas equipes com 7 atletas para cada time. O material utilizado é a bola. O esporte é jogado em uma quadra retangular possuindo duas goleiras de madeira. A bola é manuseada com as mãos e as áreas das balizas são reservadas apenas para os goleiros. O objetivo do jogo é arremessar a bola com as mãos nas balizas fazendo com que ela transpasse a linha.

- Tênis: esporte jogado em uma área retangular com uma rede dividindo duas quadras. Utiliza-se para a prática do esporte a raquete e a bolinha. O objetivo do jogo consiste em fazer com que a bola golpeada pela raquete toque na quadra adversária sem que retorne novamente para sua quadra.

1.12. Esportes Urbanos

- Vôlei: esporte coletivo praticado por duas equipes compostas por 6 atletas cada divididos por uma rede no centro da área de jogo. A quadra onde os atletas disputam a partida é retangular. Utiliza-se para a prática do esporte uma bola que deve ser passada para a quadra adversária por cima da rede central. O objetivo do jogo é fazer com que a bola toque no solo da quadra adversária. - Basquete: esporte jogado por 5 jogadores com o objetivo de acertar a bola dentro de um dos cestos posicionados nas extremidades da quadra retangular.

Fonte: https://pt.depositphotos.com/12851709/stockillustration-set-vector-silhouettes-urban-extreme.html (acessado em 20.11.2017)

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[Ed. Física e Música] altura do chão. O intuito é manter-se equilibrado sobre a corda.

Os esportes urbanos podem ter como marco de sua origem a década de 80 ou mais precisamente o final da década de 1980 e início da década de 90.

4. BMX: É um esporte praticado em uma bicicleta de pequeno porte, onde o praticante faz inúmeras manobras em pontos diversos da cidade ou então em pistas específicas para isso.

Muitos desses esportes já existem enquanto práticas aleatórias ou então associadas a determinadas funcionalidades e esportes, os esportes surgiram de maneira simples e despretensiosa. Os praticantes elaboraram práticas esportivas que permitissem a ele vivenciar certas situações e experiências dentro de determinados ambientes.

1.13. Esportes da Natureza

Inicialmente se resumia a um grupo pequeno de pessoas, que se reuniam e realizavam suas atividades. Aos poucos tais esportes foram se popularizando e aumentou o número de adeptos a tais práticas. SÃO MODALIDADES DE ESPORTES URBANOS: 1. SKATE: Um dos mais conhecidos e praticados esportes urbanos. Consiste em percorrer as ruas da cidade ou ambientes fechados, sobre um “carrinho” com 4 rodas, o famoso skate. Ele é oriundo do surf, onde, os surfistas, para treinar na ausência de ondas, colocaram uma “prancha sobre rodas executando manobras com diferentes graus de dificuldade”.

Fonte: http://www.andabrasil.com.br/pt-br/blogs/rafaelfreitag (acesso em 18.11.2017)

Os esportes de aventura e natureza podem também ser denominados como AFAN (Atividades Físicas de Aventura na Natureza), e são frequentemente chamados pelos meios de comunicação social como “esportes radicais”. A definição de esporte de aventura, também conhecido como esporte da natureza, surgiu no final da década de 1980 e início da década de 1990, quando foi usado para designar esporte de adultos como o paintball, skydiving, surf, alpinismo, montanhismo, paraquedismo, hang gliding, bungee jumping, trekking, mountain bike, que antes eram esportes praticados por um pequeno grupo de pessoas, passaram a se tornar populares em pouco tempo.

- Skate - Modalidades: • Street Style – na modalidade mais praticada em todo o mundo, os bancos, corrimãos, escadas das ruas das cidades são utilizadas como obstáculos para o skate. • Downhill Slide – descida de ladeiras em alta velocidade, realizando manobras de derrapagem. • Downhill – descida de ladeiras na maior velocidade possível. • Mini-rampas – praticado em rampa que mistura os estilo Street e Vertical (paredes pouco inclinadas). • Freestyle (skate de rua) –manobras feitas em sequência, no chão.

As tecnologias contribuíram para a confecção de equipamentos que aliam conforto e segurança. Em suma, o surgimento de equipamentos de alta tecnologia, além de tornar as práticas de aventura menos tortuosas e muito mais seguras, permitem também o surgimento de novas modalidades que vão se somar à criação desse novo comportamento, tal como a prancha a vela que daria origem ao wind surfe ou as pipas gigantes (kites) que originariam o kitesurfe. O aumento da segurança juntamente a possibilidade de fabricação de novos equipamentos e em grande escala, possibilita um incremento para a difusão internacional dessas sub-culturas esportivas.

2. LE PARKOUR: Esporte originário da França, seu funcionamento reside basicamente no deslocamento entre pontos diferentes de um ou mais locais na cidade, de forma rápida e usando habilidades corporais diversas. Aqui se aprende a superar obstáculos variados que estejam presentes no ambiente. 3. SLACKLINE: Consiste em uma espécie de corda elástica presa a dois pontos distintos, há certa

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[Ed. Física e Música] Assim, o advento destas novas tecnologias desempenha um papel central na compreensão do fenômeno dos esportes na natureza.

5. BMX ou Bicicross - é praticado com bicicletas especiais em uma espécie de corrida em pistas de terra com diversas rampas e obstáculos

Uma característica de atividades semelhantes na visão de muitas pessoas é a capacidade de causar a aceleração da adrenalina nos participantes. De qualquer forma, a visão médica é que a pressa ou altura associadas com uma atividade não é responsável para que a adrenalina lance hormônios responsáveis pelo medo, mas sim pelo aumento dos níveis de dopamina, endorfina e serotonina por causa do alto nível de esforço psíquico. Além disto, um estudo recente sugere que haja uma ligação para a adrenalina e a "verdade" dos esportes radicais. O estudo define os esportes radicais como um lazer ou atividade recreativa muito agradável, mas se tiver uma má administração poderão gerar acidentes e até a morte do praticante.

6. Bungee jumping - consiste em praticar um salto em lugares muito altos amarrados pelos tornozelos ou cintura a uma corda elástica. 7. Motocross, MX ou MotoX - é praticado sobre motocicletas de estilo off-road em lugares com diversos obstáculos, são várias as categorias do Motocross, como: Arenacross, Trial e Enduro. 8. Mountain Bike, ou Bicicleta de Montanha - é um tipo de bicicleta usado no de ciclismo na qual o objetivo é transpor percursos com diversas irregularidades e obstáculos. 9. Parapente, ou paraglider- em inglês, é semelhante a um paraquedas, pois também tem uma estrutura flexível e o utilizador está suspenso. O voo de parapente é uma modalidade de voo livre que pode ser praticado tanto para recreação quanto para competição onde é considerado esporte radical.

Também chamados de esportes de aventura pelo fato de serem esportes praticados com um grande risco físico, devido às condições extremas na qual são praticados. Para que a prática dos esportes radicais seja bem sucedida é necessário haver um grande condicionamento físico, mental, boa alimentação e equipamentos adequados.

10. Rapel - é uma atividade praticada com o uso de cordas e equipamentos adequados para a descida de paredões e vãos livres bem como outras edificações. 11. Rafting - é a prática de descida em corredeiras em equipe utilizando botes infláveis, equipamentos de segurança.

- Esportes na Natureza – Modalidades: 1. Acquaride - Consiste em descer corredeiras sobre uma câmara de ar utilizando as mãos como propulsores. Luva e capacete são equipamentos de segurança obrigatórios.

12. Skate - consiste em deslizar sobre o solo superando obstáculos equilibrando-se numa prancha com rodas.

2. Alpinismo ou Montanhismo- é a prática de subir montanhas através de caminhada ou escalada.

13. Snowboard, Snowboarding ou Esnouborde - é um esporte que consiste em equilibrar-se sobre uma prancha sobre superfícies com neve em encostas de montanhas como no esqui.

3. Arborismo - consiste na travessia entre plataformas montadas no alto das árvores, ultrapassando diferentes tipos de obstáculos como escadas, pontes suspensas, tirolesas e outras atividades que podem ser criadas.

14. Surfe ou surf - é efetuado na superfície da água deslizando em pé sobre uma prancha , cuja proficiência é verificada pelo grau de dificuldade dos movimentos executados pelo surfista aproveitando a onda que quebra quando se aproxima da praia ou costa

4. Asa-delta - é um tipo de aeronave composta por tubos de alumínio, que proporcionam a sua rigidez estrutural, e uma vela feita de tecidos, que funciona como superfície que sofre forças aerodinâmicas, proporcionando a sustentação da asa-delta no ar.

15. Wingsuit- é um macacão com asas usado por paraquedistas para vôos de alta performance. Os praticantes desta modalidade de paraquedismo são também chamados "Bird-man" (homem pássaro).

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EDUCAÇÃO FÍSICA [Ed. Física e Música]

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* Material elaborado pelo professor Ricardo Rodrigues Leal, Licenciado em Educação Física pela Faculdade Metodista (FAMES) e Mestrando em Educação, Humanidade e Linguagens pela Universidade Franciscana (UNIFRA). Trabalha com preparação e treinamento esportivo e dá aulas em escolas e desde 2008.

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MÚSICA [Ed. Física e Música]

UNIDADE 2 ESTUDO DA MÚSICA MÚSICA ANTIGA (? – ATÉ +/1600)

BARROCO (1600 – 1740) CLÁSSICO (1740 – 1800) ROMANTISMO (1800 – 1912)

1900

1800

1700

1600

LINHA DO TEMPO DA HISTÓRIA DA MÚSICA - Predomínio da música religiosa; desenvolvimento de instrumentos e formas musicais como o cravo e o órgão; - Principais compositores: G. P. Palestrina, Josquin Des Prés, Giovanni Gabrielli - Desenvolvimento da música instrumental profana, especialmente as danças e suítes de danças. Religiosidade ainda forte, em especial nas obras para órgão e religiosas. As formas musicais ainda são influenciadas pelo período anterior: oratórios, a recém-criada ópera, Concertos para diversos instrumentos. Os compositores são assalariados de príncipes ou da Igreja. - Principais compositores: J.S. Bach, G.F. Haendel, A. Sammartini, G.P. Telleman, H. Purcell Os excessos do barroco são cortados em prol de uma volta ao estilo refinado e, porque não dizer, frívolo. São criadas as formas musicais modernas - sonata, sinfonia e concerto solo. Surgem os primeiros compositores livres, dos quais o primeiro representante é Mozart. Principais referências: W.A. Mozart. - Influenciado pela Revolução Francesa e pelas formas de estado dela decorrente, o Romantismo caracteriza-se pela individualidade e expressão das emoções, sem maiores preocupações com a forma musical. Surge o nacionalismo musical: os compositores tentam expressar a música de sua pátria, mas adaptando-a ao gosto europeu. - Principais representantes: L. V. Beethoven, R. Schumann, F. Liszt, R. Wagner, F. Schubert, G. Verdi, J. Brahms, P. Tchaikovsky, F. Chopin.

MÚSICA MODERNA E CONTEMPORÂNEA (1912 – ATÉ HOJE)

2000

- Einstein desintegrou o átomo e a música foi desintegrada na sequência. - Principais nomes: - Romantismo tardio (G. Mahler, Richard Strauss, Hans Pfziner) - Expressionismo (A. Schonberg, Alban Berg, Anton Webern, conhecidos como "Segunda Escola de Viena”) - Música como instrumento de divulgação política, em especial após a revolução russa; (S. Prokofieff) - Controle estatal sobre os compositores na Alemanha nazista e na União Soviética (Dmitri Shostakovich, por exemplo, sempre andou na corda bamba do regime stalinista) - Nacionalismo exacerbado (Bela Bartók, húngaro, teve suas obras banidas pelo regime nazista) - Neoclacissismo (Stravisnky, o "Grupo dos Seis", formado por compositores franceses); - Música Eletrônica e Concreta (Pierre Henry e Pierre Concreil, Karlhainz Stokhausen, Pierre Boulez) - Música pop (John Lennon, Paul McCartney) - Música minimalista (Phillip Glass, Henryk Gorécky)

*Este quadro busca apenas informar ao iniciante os principais períodos, estilos e influências da história da música.

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[Ed. Física e Música]

2.1. Música A música (do grego: a arte das musas) constitui-se basicamente de uma sucessão de sons e silêncio organizada ao longo do tempo. É essencialmente uma prática cultural e humana. Atualmente não se conhece nenhuma civilização ou agrupamento que não possua manifestações musicais próprias. A música estava presente na vida dos povos da Antiguidade, como os Egípcios e Gregos.

Música Egípcia.

Música Grega,

Ao longo da história humana, coube à música assumir diversas funções. Além de arte, a música tem função educacional, terapêutica (musicoterapia), sociocultural ou pode funcionar como simples entretenimento nas sociedades pós‐modernas. Ela é presença central em diversas atividades coletivas, como os rituais religiosos, festas e funerais. Há evidências de que a música é conhecida e praticada desde a pré‐história. Provavelmente, a observação dos sons da natureza despertou no homem, através do sentido auditivo, a necessidade ou vontade de uma atividade que se baseasse na organização de sons. Embora nenhum critério científico permita estabelecer seu desenvolvimento de forma precisa, a história da música confunde‐se com a própria história do desenvolvimento da inteligência e da cultura humanas. Pintura rupestre, homens dançando. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Musica acessado em 10.11.2017

- MÚSICA COMO FENÔMENO SOCIAL EM DIFERENTES CULTURAS: As práticas musicais não podem ser dissociadas do contexto cultural. Cada cultura possui seus próprios tipos de música totalmente diferentes em seus estilos, abordagens e concepções do que é a música e do papel que ela deve exercer na sociedade. Entre as diferenças estão: a maior propensão ao humano ou ao sagrado; a música funcional em oposição à música como arte; a concepção teatral do concerto contra a participação festiva da música folclórica e muitas outras. A Música africana tradicional é rica em diversidade de estilos. A ênfase na percussão é uma marca da música africana em geral (na foto veem‐se “djembes”, tambores tradicionais na cultura nigeriana).

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[Ed. Física e Música] O estudo da música engloba tanto a música erudita ocidental como a música pop e a música étnica.

Música Erudita.

Imagens: Fonte: http://www.google.com.br/imghp?hl=ptbr&tab=wi (Acessado em 05 de jan. de 2013). Música POP.

Falar da música de um ou outro grupo social, de uma região do globo ou de uma época, faz referência a um tipo específico de música que pode agrupar elementos totalmente diferentes (música tradicional, erudita, popular ou experimental). Esta diversidade estabelece um compromisso entre o músico (compositor ou intérprete) e o público que deve adaptar sua escuta a uma cultura que ele descobre ao mesmo tempo em que percebe a obra musical. Desde o início do século XX, alguns musicólogos estabeleceram uma "antropologia musical", que tende a provar que, mesmo se alguém tem prazer ao ouvir uma determinada obra, não pode vivê‐la da mesma forma que os membros das etnias aos quais a elas se destinam. Nos círculos acadêmicos, o termo original para estudos da música genérica foi "musicologia comparativa", que foi renomeada em meados do século XX para "etnomusicologia".

Música Étnica. Imagens: Fonte: http://www.google.com.br/imghp?hl=ptbr&tab=wi (Acessado em 05 de jan. de 2013).

Percebe-se a diferença cultural da representação das obras musicais pelo ouvinte segundo o musiólogo Jean-Jacques Nattiez: O professor de literatura e crítico musical J. Jota de Moraes (1983) oferece algumas reflexões a respeito do fenômeno musical. Ele destaca a

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[Ed. Física e Música] importância de entender a música como um fenômeno universal, ressaltando que a música não é uma linguagem universal: “Parece existir toda uma série enorme de mal‐ entendidos em torno do lugar comum que afirma ser a música uma linguagem universal, passível de ser compreendida por todos. Fenômeno universal‐ está claro que sim; mas linguagem universal‐ até que ponto?”

existentes dentro ou fora de próprio país, região, camada social ou como sua geração. Os bailes funk não são uma unanimidade, apesar de arrastar milhares de jovens de periferia em todos os fins de semana do Rio de Janeiro. - O QUE É SOM? O som é a propagação de uma frente de compressão mecânica ou onda mecânica; esta onda se propaga de forma circuncêntrica, apenas em meios materiais - que têm massa e elasticidade, como os sólidos, líquidos ou gasosos.

Certo: ao que tudo indica, todos os povos do planeta desenvolvem manifestações sonoras. Dos povos que ainda se encontram em estágio primitivo ‐ entre os quais ela continua a fazer parte da magia – às civilizações tecnicamente desenvolvidas, nas quais a música chega até mesmo a possuir valor de mercadoria, de lucro”*...+ (p. 12) “Contudo, se essa tendência a expressar‐se através dos sons dá mostras de ser algo inerente ao ser humano, ela se concretiza de maneira tão diferente em cada comunidade, dá‐se de forma tão particular em cada cultura que é muito difícil acreditar que cada uma de suas manifestações possua um sentido universal”. MORAES (p. 14 e 15)

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Som (acesso: 25.11.2014)

Seres humanos e vários animais percebem sons com o sentido da audição, com seus dois ouvidos, o que permite saber a distância e posição da fonte sonora: a chamada audição estereofônica. Muitos sons de baixa frequência também podem ser sentidos por outras partes do corpo e pesquisas revelam que elefantes se comunicam através de infrassons. Os sons são usados de várias maneiras, muito especialmente para comunicação através da fala ou, por exemplo, música. A percepção do som também pode ser usada para adquirir informações sobre o ambiente em propriedades como características espaciais (forma, topografia) e presença de outros animais ou objetos. Por exemplo, morcegos, baleias e golfinhos usam a ecolocalização (sentido) para voar e nadar por entre obstáculos e caçar suas presas. Navios e submarinos usam o sonar (instrumento); seres humanos recebem e usam informações espaciais percebidas em sons.

A música praticada pelos Ticunas, que vivem na Amazônia brasileira (entre Peru e Brasil) possui significados muito próprios. Fonte: http://manmessias21.blogspot.com/2011/01/ibram-eufrj-assinam-cooperacao-para.html (acessado: 20.11.2013)

O texto de J. Jota Moraes (1983) faz ainda refletir sobre a diversidade de músicas existentes em todo o planeta. E faz perceber que através do estudo da diversidade musical é possível tornar-se mais tolerante e aberto às outras culturas

O som têm, basicamente, quatro qualidades: altura, duração, intensidade e timbre.

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[Ed. Física e Música] I. Altura é a capacidade que o som tem de ser mais grave ou agudo. Depende da frequência da onda sonora, medida em hertz. É o movimento de subida e descida dos sons que cria as melodias musicais. As chamadas escalas possuem estreita relação com o parâmetro da altura. A escala pentatônica (Dó – Ré – Mi – Fá – Sol – Lá – Si) é uma organização de frequências de onda, criada dentro de nossa cultura ocidental. Existem diferentes organizações escalares. No Japão e China, a tradição é utilizar uma escala de 5 sons. Assim, cada cultura organiza as alturas dentro de princípios próprios.

A poluição sonora pode, em alguns indivíduos, causar estresse e, com isso, interferir na comunicação falada, base da convivência humana, perturbar o sono, o descanso e o relaxamento, impedir a concentração, a aprendizagem e, o que é considerado mais grave, criar estado de cansaço e tensão que podem afetar significativamente o sistema nervoso e cardiovascular.

O espectro audível: O ser humano é capaz de ouvir frequências entre aproximadamente 20 e 20.000 hertz. O som não se propaga no vazio (vácuo). II. Duração é a capacidade que o som tem de ser mais longo ou curto; é a sequência de sons com durações diferentes que cria os diferentes ritmos musicais.

IV. Timbre é a qualidade de instrumentos e vozes uns dos outros.

O parâmetro da duração se relaciona intimamente com o TEMPO. A duração de um som depende do tempo de vibração da fonte sonora, o que nos leva ao conceito de ressonância. Alguns sons possuem ressonância curta, outros, possuem ressonância longa.

diferenciar

Em música, chama‐se timbre a característica sonora que nos permite distinguir se sons de mesma frequência foram produzidos por fontes sonoras conhecidas e que nos permite diferenciálos. Quando ouvimos, por exemplo, uma nota tocada por um piano e a mesma nota (uma nota com a mesma altura – entenda‐se frequência) produzida por um violino, podemos imediatamente identificar os dois sons como tendo a mesma frequência, mas com características sonoras muito distintas.

A música ocidental desenvolveu maneiras de grafar as durações, as chamadas figuras de duração, popularmente conhecidas como “notas musicais”:

O timbre é também conhecido como a “cor do som”, por causa de uma analogia com o espectro da luz, que pode ser fragmentado ao passar por um prisma. Isso porque a onda sonora pode ser desmembrada também em seus sons secundários, os chamados Harmônicos.

Fonte: http://www.google.com.br/imghp?hl=pt-br&tab=wi (acesso em 07.01.2013).

III. Intensidade é a capacidade que o som tem de ser mais forte ou fraco.

Ao combinar diferentes formas a altura, a duração, a intensidade e o timbre dos sons, os seres humanos criaram as mais variadas espécies de músicas, com diferentes formas, estilos e propósitos, dependendo de seus significados culturais.

Os sons de qualquer natureza podem se tornar insuportáveis quando emitidos em grande "volume" ou elevada intensidade. A medida utilizada para a intensidade dos sons, ou o volume dos sons é o decibel (dB).

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[Ed. Física e Música] 3. Notação musical, que estuda os sistemas de escrita utilizados para representar graficamente uma peça musical, permitindo que um intérprete a execute da maneira desejada pelo compositor ou arranjador, e cujas formas mais populares atualmente são a Partitura e a Cifra. Fonte: http://academiadafe.com.br/musica/?page_id=139 (acesso: 20.10.2013)

2.3. Elementos da Música

2.2. Linguagem Musical

Na linguagem musical podem-se distinguir três elementos principais: * A melodia é a combinação de sons sucessivos dados uns após os outros. A melodia é elemento da música que permite seguir com lógica o discurso da linguagem musical. A melodia diferencia uma canção ou composição da outra, do mesmo modo que uma obra literária ou um discurso oral diferencia-se do outro. * A harmonia é a combinação dos sons simultâneos dados de uma só vez, formando um todo agradável ao ouvido. Também pode ser definida como a arte de formar e encadear os acordes, entendendo-se por acorde a combinação simultânea de três ou mais sons. * O ritmo é a combinação dos valores. Para melhor entender o ritmo obedece a certa regularidade. Um relógio para funcionar precisa que seu tique-taque seja regular. O seu coração possui pulsações e elas são uniformes. Ao movimento regular do relógio, das pulsações do seu coração chamamos ritmo.

* Linguagem Musical ou Teoria musical é o nome que se dá a qualquer sistema ou conjunto de sistemas destinado a analisar, classificar, compor, compreender e se comunicar a respeito da música.

* Uma definição sintética seria: a descrição, em palavras, de elementos musicais e a relação entre a simbologia da música e seu desempenho prático. * A linguagem musical tem um funcionamento ambíguo, tanto descritivo como perceptivo. Tenta-se com isso definir a prática e, posteriormente, a influência. * Tem por concepção e intenção transmitir, informar os conceitos musicais de forma escrita, para se codificar e analisar uma execução musical, o fazer musical surge primeiro, em segundo plano, aparece sua escrita, teorização e estruturação analítica. * Assim como em qualquer área do conhecimento, a linguagem musical possui várias escolas, que podem possuir conceitos divergentes. A própria divisão da teoria em áreas de estudo não é consenso, mas de forma geral, qualquer escola possui ao menos:

- GÊNEROS MUSICAIS: Do mesmo modo que algumas estruturas literárias ajudam a entender que um determinado texto constitui uma poesia ou um romance, também certas estruturas sonoras dizem se o que você escuta é uma ópera ou uma sinfonia. Essas estruturas sonoras são as que delimitam os gêneros musicais, que podem ser classificados em três grandes grupos: * Música vocal – Toda música cantada, com acompanhamento instrumental ou não, e que, geralmente, inclui um texto. * Música dramática – Combinação de música e texto, como a ópera, a cantata, a comédia musical, entre outros.

1. A Análise musical, que estuda os elementos do som e estruturas musicais e também as formas musicais, compreendendo: harmonia, melodia, contraponto, ritmo, forma, andamento, técnica composicional, solfejo, percepção e ditado. 2. Estética musical, que inclui a divisão da música em gêneros e a Crítica musical.

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[Ed. Física e Música] * Música instrumental – Não conta com um texto cantado. Pode ser pura quando não pretende significar nada além do que a própria música ou pode ser programática quando pretende ser uma trilha sonora de uma ideia, impressão ou sentimento de um compositor. Timbre é o que nos permite reconhecer a origem do som. Voz ou instrumento.

- Harmonia: ocorre quando duas ou mais notas diferentes são ouvidas ao mesmo tempo, podem ser consonantes, quando umas concordam com as outras ou dissonantes, quando as notas discordam, criando assim uma tensão. - Ritmo: a duração das notas musicais a partir de uma batida/pulso regular.

- A VOZ HUMANA: A voz humana é o mais antigo dos instrumentos musicais. Segundo a altura dos sons, as vozes humanas podem ser: agudas (mulheres), intermediárias (mulheres e homens) e graves (homens). Essas vozes podem ser solistas, como nas óperas ou agrupadas formando corais.

- Timbre: é a “cor” do instrumento, é o que difere um oboé de um piano, um violino de um violoncelo, e assim por diante, é a qualidade sonora. - Forma: é um tipo de configuração, construções musicais, é um molde.

Alguns Conceitos Importantes

- Textura: pode ser monofônica (com uma única linha melódica e sem harmonia), polifônica (com duas ou mais linhas melódicas ao mesmo tempo) ou homofônica (na qual uma única melodia é ouvida contra um acompanhamento de acordes, é praticamente uma música com o mesmo ritmo em todas as vozes).

Os Períodos na Música: pode-se dividir a música ocidental erudita em sete períodos, de maneira a facilitar os estudos. 1. Música da Antiguidade (antes de 700 a.C.); 2. Música Medieval (até cerca de 1450); 3. Música Renascentista (de 1450 até 1600); 4. Música Barroca (1600 á 1750); 5. Música Clássica (1750 a 1810); 6. Romantismo do Século XIX (1810 a 1910); 7. Música do Século XX (de 1900 em diante).

Vale lembrar que o rompimento de estilos musicais ao longo da história não se deu de uma hora para outra, ocorria de maneira lenta e gradual e sempre seguiu as mudanças sócias culturais e fatos históricos no decorrer dos anos.

Tal divisão se dá através dos seis componentes básicos da música, que são: - Melodia: “sequência de notas com diferentes sons, organizadas de tal maneira que dão sentido musical ao ouvinte”.

RASCUNHO

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MÚSICA [Ed. Física e Música]

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BENNET, R. Uma Breve História da Música. Jorge Zahar Editor. HISTÓRIA DA MÚSICA. Disponível em:< http://www.portaledumusicalcp2.mus.br/ > Acessado em jan. de 2013. MEIRA, Beá. Projeto Radix: 8º, 9º ano. São Paulo: Scipione, 2009. Coleção Projeto Radix. MORAES, J. Jota de. O que é a música? São Paulo: Editora Brasiliense. 1983. PROENÇA, Graça. História da arte. Editora Ática, São Paulo, 2001. SCHAFER, Murray. O ouvido pensante. São Paulo: Unesp, 1991.

* Material elaborado pela professora Maria Goreti Cortes Mendonça, Bacharel em Desenho e Plástica pela Universidade Federal de Santa Maria (1988). Especialista em Alfabetização: Ênfase em Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental pelo Centro Universitário Franciscano (2005). Mestre em Educação e Artes pela Universidade Federal de Santa Maria (2009). Professora de Artes Visuais do Ensino Fundamental e Médio da rede particular/Santa Maria/RS. Membro pesquisador do GEPAEC - Grupo de estudos e pesquisas em arte, educação e cultura.

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ARTES + ED.FÍSICA + MÚSICA [Ed. Física e Música]

EXERCÍCIOS: ENEM + vestibulares UNIDADE 1. EDUCAÇÃO FÍSICA 1. (ENEM) Organizados pelo Comitê Intertribal Indígena, com apoio do Ministério dos Esportes, os Jogos dos Povos Indígenas têm o seguinte mote: "O importante não é competir, e sim, celebrar". A proposta é recente, já que a primeira edição dos jogos ocorreu em 1996, e tem como objetivo a integração das diferentes tribos, assim como o resgate e a celebração dessas culturas tradicionais. A edição dos jogos de 2003, por exemplo, teve a participação de sessenta etnias, dentre elas os kaiowá, guarani, bororo, pataxó e yanomami. A última edição ocorreu em 2009, e foi a décima vez que o torneio foi realizado. A periodicidade dos jogos é anual, com exceção do intervalo ocorrido em 1997, 1998, 2006 e 2008, quando não houve edições. RONDINELLI, P. Disponível em:

As transformações que marcam a trajetória histórica do futebol, especialmente aquelas identificadas no texto, se caracterizam pelo(a) a) redução dos níveis de competitividade, o que tornou o futebol um esporte mais organizado e mundialmente conhecido. b) processo de mercadorização e espetacularização que tem possibilitado o crescimento do número dos praticantes e dos espaços usados para sua prática. c) redução às formas mais padronizadas, seguida de uma crescente tendência ao aparecimento de regionalismos na forma de vivenciar a prática do futebol. d) tendência de desaparecimento de sentidos sociais e estéticos, característicos nos jogos e nas brincadeiras populares. e) processo de espetacularização e elevação dos indicadores estéticos do futebol, resultado da aplicação dos avanços científicos e tecnológicos.

www.brasilescola.com. Acesso em: 15 ago. 2013

Considerando o texto, os Jogos dos Povos Indígenas assemelham-se aos Jogos Olímpicos em relação à: a) quantificação de medalhas e vitórias. b) melhora de resultados e performance. c) realização anual dos eventos e festejos. d) renovação de técnicas e táticas esportivas. e) aproximação de diferentes sujeitos e culturas.

3. (ENEM)

2. (ENEM) A história do futebol é uma triste viagem do prazer ao dever. Ao mesmo tempo em que o esporte se tornou indústria, foi desterrando a beleza que nasce da alegria de jogar só pelo prazer de jogar. Neste mundo do fim do século, o futebol profissional condena o que é inútil, o que não é rentável, ninguém ganha nada com esta loucura que faz com que o homem seja menino por um momento, jogando como menino que brinca com o balão de gás e como o gato que brinca com o novelo de lã: bailarino que dança com uma bola leve como o balão que sobe ao ar e o novelo que roda, jogando sem saber que joga, sem motivo, sem relógio e sem juiz. O jogo se transformou em espetáculo, com poucos protagonistas e muitos espectadores, futebol para olhar, e o espetáculo se transformou num dos negócios mais lucrativos do mundo, que não é organizado para ser jogado, mas para impedir que se jogue. A tecnocracia do esporte profissional foi impondo um futebol de pura velocidade e muita força, que renuncia à alegria, atrofia a fantasia e proíbe a ousadia. GALEANO, E. Futebol ao sol e à sombra.

O salto, movimento natural do homem, está presente em ações cotidianas e também nas artes, nas lutas, nos esportes, entre outras atividades. Com relação a esse movimento, considera–se que: a) realizado para cima, sem que a impulsão determine o tempo de perda de contato com o solo. b) é na fase de voo que se inicia o impulso, que, dado pelos braços, determina o tipo e o tempo de duração do salto. c) é verificado o mesmo tempo de perda de contato com o solo nas situações em que é praticado. d) é realizado após uma breve corrida para local mais alto, sem que se utilize apoio para o impulso. e) é a perda momentânea de contato dos pés com o solo e apresenta as fases de impulsão, voo e queda.

Porto Alegre: L&PM, 1995

4. (ENEM) É possível considerar as modalidades esportivas coletivas dentro de uma mesma lógica, pois

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[Ed. Física e Música] possuem uma estrutura comum: seis princípios operacionais divididos em dois grupos, o ataque e a defesa. Os três princípios operacionais de ataque são: conservação individual e coletiva da bola, progressão da equipe com a posse da bola em direção ao alvo adversário e finalização jogada, visando a obtenção de ponto. Os três princípios operacionais da defesa são: recuperação da bola, impedimento do avanço da equipe contrária com a posse da bola e proteção do alvo para impedir a finalização da equipe adversária.

b) arremessar a bola, tocar para passar a bola ao levantador e bloquear como forma de ataque. c) tocar e colocar a bola em jogo, cortar para defender e levantar a bola para atacar. d) passar a bola e iniciar a partida, lançar a bola ao levantador e realizar a manchete para defender. e) cortar como forma de ataque, passar a bola para defender e bloquear como forma de ataque. 7. (ENEM) O esporte de alto rendimento envolve atividades físicas de caráter competitivo, no qual os atletas competem consigo mesmos ou com outros, sujeitando-se a regras preestabelecidas aprovadas pelos organismos internacionais ou nacionais de cada modalidade. As grandes competições são reservadas aos grandes talentos e possibilitam a promoção de espetáculos que:

DAOLIO, J. Jogos esportivos coletivos: dos princípios operacionais aos gestos técnicos —modelo pendular a partir das ideias de Claude Bayer. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, out. 2002 (adaptado).

Considerando os princípios expostos no texto, o drible no handebol caracteriza o princípio de: a) recuperação da bola. b) progressão da equipe. c) finalização da jogada. d) proteção do próprio alvo. e) impedimento do avanço adversário.

a) geram modelos de atletas, que passam a ser exemplos seguidos por jovens e crianças. b) permitem aos espectadores assistirem às partidas, fazendo parte de equipes. c) minimizam as possibilidades de participação e procura pelas práticas esportivas. d) incentivam o abandono das práticas esportivas, além do sedentarismo nos indivíduos. e) possibilitam aos espectadores desenvolvimento tático e participação nas equipes.

5. (ENEM) Os esportes podem ser classificados levando-se em consideração diversos critérios, como a quantidade de competidores, a relação com os companheiros de equipe, a interação com o adversário, o ambiente, o desempenho comparado e os objetivos táticos da ação. Os chamados esportes de invasão ou territoriais são aqueles nos quais os competidores entram no setor defendido pelo adversário, objetivando atingir a meta contrária para pontuar, além de se preocupar em proteger simultaneamente a sua própria meta. GONZALEZ, F. J. Revista Digital, Buenos Aires,

8. (ENEM) O jogo é uma atividade ou ocupação voluntaria, exercida dentro do certos e determinados limites de tempo e de espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e de alegria e de uma consciência de ser diferente da “vida quotidiana”.

n. 71, abr. 2004 (adaptado).

São exemplos de esportes de invasão ou territoriais: a) Handebol, basquetebol, futebol e voleibol. b) Rúgbi, futsal, natação e futebol americano. c) Tênis de mesa, vôlei de praia, badminton e futevôlei. d) Basquetebol, handebol, futebol e futsal. e) Ginástica olímpica, beisebol, judô e tae kwon do.

HUIZINGA J.Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. São Paulo: perspectiva, 2004.

Segundo o texto, o jogo comporta a possibilidade de fruição. Do ponto de vista das práticas corporais, essa fruição se estabelece por meio do(a): a) Fixação de táticas, que define a padronização para maior alcance popular. b) Competitividade, que impulsiona o interesse pelo sucesso. c) Refinamento técnico, que gera resultados satisfatórios. d) Caráter lúdico, que permite experiências inusitadas. e) Uso tecnológico, que amplia as opções de lazer.

6. (ENEM)

O voleibol é um dos esportes mais praticados na atualidade. Está presente nas competições esportivas, nos jogos escolares e na recreação. Nesse esporte, os praticantes utilizam alguns movimentos específicos como: saque, manchete, bloqueio, levantamento, toque, entre outros. Na sequência de imagens, identificam-se os movimentos de a) sacar e colocar a bola em jogo, defender a bola e realizar a cortada como forma de ataque.

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[Ed. Física e Música] 9. (ENEM) O desenvolvimento das capacidades físicas (qualidades motoras passíveis de treinamento) ajuda na tomada de decisões em relação à melhor execução do movimento.

desenvolvem tanto habilidades perceptivo-motoras quanto habilidades sociais. Considerando a brincadeira e o jogo como um importante instrumento de interação social, pois por meio deles a criança aprende sobre si, sobre o outro e sobre o mundo ao seu redor, entende-se que: a) o jogo possibilita a participação de crianças de diferentes idades e níveis de habilidade motora. b) o jogo desenvolve habilidades competitivas centradas na busca da excelência na execução de atividades do cotidiano. c) o jogo gera um espaço para vivenciar situações de exclusão que será a negativas para a aprendizagem social. d) através do jogo é possível entender que as regras são construídas socialmente e que não podemos modifica-las. e) no jogo, a participação esta sempre vinculada à necessidade de aprender um conteúdo novo e de desenvolver habilidades motoras especializadas.

A capacidade física predominante no movimento representado na imagem é a) a velocidade, que permite ao músculo executar uma sucessão rápida de gestos em movimentação de intensidade máxima. b) a resistência, que admite a realização de movimentos durante considerável período de tempo, sem perda da qualidade da execução. c) a flexibilidade, que permite a amplitude máxima de um movimento, em uma ou mais articulações, sem causar lesões. d) a agilidade, que possibilita a execução de movimentos rápidos e ligeiros com mudanças de direção. e) o equilíbrio, que permite a realização dos mais variados movimentos, com o objetivo de sustentar o corpo sobre uma base.

12. (ENEM) O convívio com outras pessoas e os padrões sociais estabelecidos, moldam a imagem corporal na mente das pessoas. A imagem corporal idealizada pelos pais, pela mídia, pelos grupos sociais e pelas próprias pessoas desencadeia comportamentos estereotipados que podem comprometer a saúde. A busca pela imagem corporal perfeita tem levado muitas pessoas a procurar alternativas ilegais e ate mesmo nocivas a saúde. Revista Corpoconsciência. FEFISA, v. 10, n° 2, Santo André, jul./dez. 2006. (adaptado).

A imagem corporal tem recebido grande destaque e valorização na sociedade atual. Como consequência, a) a ênfase na magreza tem levado muitas mulheres a depreciar sua autoimagem, apresentando insatisfação crescente com o corpo. b) as pessoas adquirem a liberdade para desenvolver seus corpos de acordo com critérios estéticos que elas mesmas criam e que recebem pouca influencia do meio em que vivem. c) a modelagem corporal é um processo em que o individuo observa o comportamento de outras, sem, contudo, imitá-los. d) o culto ao corpo produz uma busca incansável, trilhada por meio de árdua rotina de exercícios, com pouco interesse no aperfeiçoamento estético. e) o corpo tornou-se um objeto de consumo importante para as pessoas criarem padr6es de beleza que valorizam a raça a qual pertencem.

10. (ENEM) Nas ultimas décadas, a capoeira esta cada vez mais presente no ambiente escolar, seja por intermédio de estudantes que a praticam nos intervalos das aulas, seja como parte das propostas curriculares de diversas instituições de ensino. Disponível em: http://crv.educacao.mg.gov.br (adaptado).

Cada vez mais reconhecida, a capoeira a considerada a 14ª expressão artística do país, registrada como patrimônio imaterial pelo IPHAN. Sua prática representa nas escolas um(a); a) atividade que proporciona diálogo e inclusão para os praticantes. b) alternativa que contraria o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). c) meio didático desvinculado da cultura popular. d) movimento teórico e intelectual sem práxis coletiva. e) prática sem vinculo identitário e cultural. 11. (ENEM) A falta de espaço para brincar e um problema muito comum nos grandes centros urbanos. Diversas brincadeiras de rua tal como o pular corda, o pique pega e outros tem desaparecido do cotidiano das crianças. As brincadeiras são importantes para o crescimento e desenvolvimento das crianças, pois

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[Ed. Física e Música] 13. (ENEM) Na modernidade, o corpo foi descoberto, despido e modelado pelos exercícios físicos da moda. Novos espaços e práticas esportivas e de ginástica passaram a convocar as pessoas a modelarem seus corpos. Multiplicaram-se as academias de ginástica, as salas de musculação e o número de pessoas correndo pelas ruas.

manutenção de níveis adequados de saúde, sem a preocupação com padrões de beleza instituídos socialmente. c) programas saudáveis de emagrecimento, que evitam os prejuízos causados na regulação metabólica, função imunológica, integridade óssea e manutenção da capacidade funcional ao longo do envelhecimento. d) exercícios de relaxamento, reeducação postural e alongamentos, que permitem um melhor funcionamento do organismo como um todo, bem como uma dieta alimentar e hábitos saudáveis com base em produtos naturais. e) dietas que preconizam a ingestão excessiva ou restrita de um ou mais macronutrientes (carboidratos, gorduras ou proteínas), bem como exercícios que permitem um aumento de massa muscular e/ou modelar o corpo.

SECRETARIA DA EDUCAÇÃO. Caderno do professor: educação física. São Paulo, 2008.

Diante do exposto, é possível perceber que houve um aumento da procura por a) exercícios físicos aquáticos (natação/hidroginástica), que são exercícios de baixo impacto, evitando o atrito (não prejudicando as articulações), e que previnem o envelhecimento precoce e melhoram a qualidade de vida. b) mecanismos que permitem combinar alimentação e exercício físico, que permitem a aquisição e 14. (ENEM)

Foto: NIEMAN, D. Exercício e saúde. São Paulo: Manole, 1999 (adaptado)

A partir dos efeitos fisiológicos do exercício físico no organismo, apresentados na figura, são adaptações benéficas à saúde de um indivíduo: a) diminuição da frequência cardíaca em repouso e aumento da oxigenação do sangue. b) diminuição da oxigenação do sangue e aumento da frequência cardíaca em repouso. c) diminuição da frequência cardíaca em repouso e aumento da gordura corporal. d) diminuição do tônus muscular e aumento do percentual de gordura corporal. e) diminuição da gordura corporal e aumento da frequência cardíaca em repouso. 15. (ENEM) O filme Menina de ouro conta a história de Maggie Fitzgerald, uma garçonete de 31 anos que vive sozinha em condições humildes e sonha em se tornar uma boxeadora profissional treinada por Frankie Dunn. Em uma cena, assim que o treinador atravessa a porta do corredor onde ela se encontra, Maggie o aborda e, a caminho da saída, pergunta a ele se está interessado em treiná-la. Frankie responde: “Eu não treino garotas”. Após essa fala, ele vira as costas e vai embora. Aqui, percebemos, em Frankie, um comportamento ancorado na representação de que boxe é esporte de homem e, em Maggie, a superação da concepção de que os ringues são tradicionalmente masculinos. Historicamente construída, a feminilidade dominante atribui a submissão, a fragilidade e a passividade a uma “natureza feminina”. Numa concepção hegemônica dos gêneros, feminilidades e masculinidades encontram-se em extremidades opostas.

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[Ed. Física e Música] No entanto, algumas mulheres, indiferentes às convenções sociais, sentem-se seduzidas e desafiadas a aderirem à prática das modalidades consideradas masculinas. É o que observamos em Maggie, que se mostra determinada e insiste em seu objetivo de ser treinada por Frankie. FERNANDES, V.; MOURÃO, L. Menina de ouro e a representação de feminilidades plurais. Movimento, n. 4, out.-dez. 2014 (adaptado).

A inserção da personagem Maggie na prática corporal do boxe indica a possibilidade da construção de uma feminilidade marcada pela: a) adequação da mulher a uma modalidade esportiva alinhada a seu gênero. b) valorização de comportamentos e atitudes normalmente associados à mulher. c) transposição de limites impostos à mulher num espaço de predomínio masculino. d) aceitação de padrões sociais acerca da participação da mulher nas lutas corporais. e) naturalização de barreiras socioculturais responsáveis pela exclusão da mulher no boxe.

GABARITO UNIDADE 2 – ED. FÍSICA 1. E 8. D 15. C

2. D 9. C

3. E 10. A

4. B 11. A

5. D 12. A

6. A 13. E

7. A 14. A

UNIDADE 2. MÚSICA 1. (UEL) Na literatura, na música e nas artes visuais do Brasil, os modernistas conseguiram criar escola, especialmente a partir dos anos 30. Nos palcos, demorou mais a fazer-se presente. O que havia era basicamente dois tipos de peças: as populares, ligadas às comédias e ao teatro de revista, e um “teatro sério” para um público elitizado, quase sempre associado a encenações de autores estrangeiros clássicos. É considerada a divisora de águas no teatro brasileiro, atualizando a cena modernista nessa vertente artística, a peça: a) “Trair e coçar é só começar”, peça que estreou na década de 1922, no contexto da Semana de Arte Moderna, em São Paulo, ficando em cartaz por mais de dez anos, após o sucesso de estreia. b) “Hamlet”, peça aclamada nos palcos pernambucanos, onde se concentrava forte tendência aos ideais da modernidade em termos de dramaturgia e da música, de uma maneira geral. c) “Vestido de Noiva”, que estreou nos palcos cariocas em 1943, e foi saudada por boa parte da crítica especializada como o evento que marcava a atualização da nossa cena teatral com o Modernismo. d) A peça “Dom Casmurro”, que estreou nos palcos de São Paulo, onde foi aclamada, tanto pela crítica efervescente da década de 1930 quanto pelo grande público, até então distante do teatro. e) “Grande sertão: veredas” que se tornou o emblema da modernidade teatral, por eleger um tema nacional desvinculado de sua popularidade, incorporando elementos internacionais.

A “Arte Performance”, nos anos 60, instaura-se pela entrada de um sujeito na cena, criador e criatura, autor e persona [...]. Essas ações se dão por operações [...] do corpo na cena (Body Art), um corpo que se corta, se dobra [...]: as mulheres xifópagas de Tunga, entre outros exemplos, criam presenças corporais, onde o artista é a própria mídia e materialização de sua obra. (Adaptado de: Programa de semiótica: Máquina futurista. Disponível em: <www.pucsp.br/ cos-puc/budetlie/index.html>. RENATO C. Projeto ka: www.aliennationcompany.com -Johannes Birringer VESPUCCI.: www.aliennationcompany.com -Johannes Birringer VESPUCCI. Acesso em: 18 out. 2009.)

Com base no texto, considere as afirmativas a seguir: I. Nesse contexto contemporâneo a experimentação reforça os paradigmas da representação, aliando-se aos espaços da cena (edifícios-teatro, museus). II. A performance instala-se como arte híbrida, ambígua, oscilando entre a plena materialidade dos corpos e a fugacidade dos conceitos. III. Essas novas arenas da performance reafirmam espaços dramáticos sustentados pela repetição e reiteração de textos. IV. A cena da performance tem, portanto, sua gênese e sua potência numa das questões fundamentais da cena moderna: a ruptura com a representação.

2. (UEL) Leia o texto a seguir.

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[Ed. Física e Música] Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I e II são corretas. b) Somente as afirmativas II e IV são corretas. c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. e) Somente as afirmativas I, III e IV são corretas.

II. Foi além da esfera teatral, unindo, num mesmo espetáculo, a música, a literatura e as artes plásticas. III. Graças a esta peça o Brasil pôde entrar na era das superproduções teatrais. IV. Caracterizou-se por realizar uma crítica sarcástica e perturbadora da vida nacional. Estão corretas apenas as afirmativas: a) I e II. b) I e III. c) II e IV. d) I, III e IV. e) II, III e IV.

3. (ENEM) O folclore é o retrato da cultura de um povo. A dança popular e folclórica é uma forma de representar a cultura regional, pois retrata seus valores, crenças, trabalho e significados. Dançar a cultura de outras regiões é conhecê-la, é de alguma forma se apropriar dela, é enriquecer a própria cultura. Cultura Corporal da Dança. São Paulo: Ícone, 2007. As manifestações folclóricas perpetuam uma tradição cultural, é obra de um povo que a cria, recria e a perpetua. Sob essa abordagem deixa-se de identificar como dança folclórica brasileira a) o Bumba-meu-boi, que é uma dança teatral onde personagens contam uma história envolvendo crítica social, morte e ressurreição. b) a Quadrilha das festas juninas, que associam festejos religiosos a celebrações de origens pagãs envolvendo as colheitas e a fogueira. c) o Congado, que é uma representação de um reinado africano onde se homenageia santos através de música, cantos e dança. d) o Balé, em que se utilizam músicos, bailarinos e vários outros profissionais para contar uma história em forma de espetáculo. e) o Carnaval, em que o samba derivado do batuque africano é utilizado com o objetivo de contar ou recriar uma história nos desfiles.

6. (UNESP) “Coube, entretanto, a outros da mesma geração [...] colher em 1943 os primeiros frutos dessa até então pouco articulada campanha, trazendo o teatro para o centro das cogitações nacionais, num golpe de sorte ou de clarividência, através de uma só temporada, mais ainda, de um só incrivelmente bemsucedido espetáculo. Tal milagre explicava-se pelo encontro entre um drama irrepresentável senão em termos modernos e o único homem porventura existente no Brasil em condições de encená-lo adequadamente. Vestido de noiva, de Nelson Rodrigues (1912 – 1980), diferia com efeito, de tudo que já se escrevera para a cena entre nós, não apenas por sugerir insuspeitadas perversões psicológicas [...] mas, principalmente, por deslocar o interesse dramático, centrado não mais sobre a história que se contava e sim sobre a maneira de fazê-lo, numa inversão típica da ficção moderna.” (PRADO, Décio de Almeida. Teatro Brasileiro Moderno. 2. ed. São Paulo: Perspectiva, 1996. p.39-40.)

Com base no texto, é correto afirmar: a) A peça teatral Vestido de noiva estagna a literatura dramática brasileira principalmente por sugerir insuspeitadas perversões psicológicas. b) O drama convencional Vestido de noiva apresenta temáticos e formais compatíveis com a comédia de costumes, propondo um projeto de encenação simples e ágil. c) A peça teatral realista Vestido de noiva provoca um choque estético que retira do teatro brasileiro o caráter de modernidade que então possuía, principalmente perante os outros gêneros literários. d) No texto dramatúrgico Vestido de noiva, percebe-se o mesmo caráter inovador de toda a geração de autores teatrais românticos, que construíram as bases do teatro nacional. e) Na obra Vestido de noiva, nota-se o deslocamento do interesse dramático para o modo de fazer o teatro, o que representa um traço de modernidade.

4. Os organizadores da SEMANA DE ARTE MODERNA de 1922, com a participação de Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Brecheret, Anita Malfati, Heitor Vila-Lobos entre outros, apresentam um manifesto defendendo: a) a censura dentro da expressão do artista e apenas a cópia das expressões artísticas europeias. b) a liberdade de expressão do artista e a cópia das manifestações artísticas do século XIX. c) a liberdade de expressão do artista e a incorporação das modernas formas de expressão estrangeiras para recriá-las de maneira própria no país. d) a censura dentro da expressão do artista e cópia das manifestações artísticas europeias do século XIX. e) a incorporação das mais modernas formas de expressão artísticas europeias e o abandono das expressões culturais brasileiras. 5. (UNESP) A peça O Rei da Vela, escrita por Oswald de Andrade, em 1933, foi montada em 1967 pelo Teatro Oficina, com direção de José Celso Martinez Corrêa. Sobre a peça, considere as afirmativas a seguir.

7. (UNESP) “O teatro, ao que se pode ver em todos os tipos de organizações sociais do homem que chegaram a cultivá-lo em suas formas artísticas, sem mencionar as suas manifestações fora do código da intencionalidade culta, não é um produto determinado apenas pelas condições e estruturas socioeconômicas e estético-culturais [...]. Mas é preciso lembrar, não

I. Apropriou-se da produção dramatúrgica brasileira já consagrada àquela época, e que se reportava à tragédia grega.

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[Ed. Física e Música] somente como curiosidade, que, ao definhamento ou ao desaparecimento, por exemplo, no Ocidente, de uma de suas cristalizações estilísticas, sempre sucedeu o surgimento e o amadurecimento de outras. O teatro não morreu porque o classicismo se misturou ao barroco ou porque o romantismo foi desembocar no naturalismo ou o simbolismo se perdeu no modernismo. Tampouco a transformação da sociedade feudal na capitalista ou desta em outras modalidades mais avançadas de organização humana o extinguiu, nem o levou sequer à dissolução na festa cívica ou no ritual de massa. As próprias formas primitivas de sua gênese, a partir dos cerimoniais de toda espécie, e de sua eclosão nos gêneros populares do mimo, do tablado de feira, do circo, dos espetáculos de bonecos, de sombras, etc., para não mencionar o próprio carnaval, indicam que a sua seiva tem fontes situadas não só no processamento sociocultural da existência humana. O mínimo que se pode dizer, a esta altura, é que ele decorre de uma necessidade antropológica”. (GUINSBURG, Jacó. Da Cena em Cena: ensaios de teatro. São Paulo: Perspectiva, 2001. p. 33-34).

precisa ser brasileira. Isto é, não mera cópia das conquistas técnicas e expressivas dos diretores e intérpretes europeus e norte-americanos, mas o resultado do aprofundamento da sensibilidade nacional.” (MAGALDI, Sábato. Iniciação ao Teatro. 5. ed. São Paulo: Ática. 1994. p. 90-91.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre o teatro brasileiro, é correto afirmar: a) O desenvolvimento da dramaturgia exige uma postura histórica de resgate de traduções, como fez a cultura romana com relação aos textos gregos. b) A conquista de uma dramaturgia autêntica e independente, por si só, é suficiente para garantir o caráter orgânico e nacionalista do teatro brasileiro. c) A exemplo dos gregos, o teatro brasileiro é nacional, porque sempre produziu suas obras em consonância com o seu público contemporâneo. d) Um brasileiro que se dispõe a interpretar Shakespeare deverá imitar os grandes atores ingleses para conseguir a fidelidade da interpretação. e) O surgimento de um teatro brasileiro autêntico depende do desenvolvimento de valores cênicos e de uma dramaturgia nacional.

Assinale a alternativa cuja afirmação sobre teatro corresponde ao texto acima: a) É inegável o incentivo ao teatro nas nações, sociedades e culturas tecnicamente mais avançadas, no entanto a História registra o desaparecimento do teatro em momentos de crise cultural. b) O processo sociocultural da existência humana impede que as manifestações culturais populares possam ser vistas como motivação para o teatro. c) O problema da subsistência e da pertinência do teatro é uma questão alheia à vida e à cultura do homem, sobretudo na modernidade industrial e na pós-modernidade midiática. d) O teatro, com sua visceralidade, é incapaz de atingir o homem em sua sensibilidade porque se tornou, depois de sucessivos estilos, cultura de massa. e) O teatro sobrevive a processos históricos, estéticos e políticos, calcando-se em sua capacidade de comunicação com o homem, com as sinalizações expressivas de seu corpo-a-corpo vital e sensível.

9. (UNESP) - “A escravatura negra, esteio da prosperidade econômica dos primeiros núcleos de colonização portuguesa, teve também repercussão cultural decisiva. [...] A contribuição indireta através do trabalho escravo, garantindo a possibilidade de expansão econômica e, em consequência, do desenvolvimento cultural, de determinadas capitanias a partir do século XVI e, em segundo lugar, a participação do negro escravo em funções musicais eruditas ou semieruditas, de caráter evidentemente europeu. [...] Referimo-nos ao negro-escravo-músicoerudito (ou semierudito). Músico aqui significa: executante de música europeia, importada ou criada aqui.” (KIEFER, Bruno. História da Música Brasileira: dos primórdios ao início do século XX. Porto Alegre: Movimento, 1982. p.14.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a contribuição do negro escravo na formação da cultura musical brasileira, considere as afirmativas a seguir. I. A participação do negro escravo como músico, alegrando as festas, foi um costume difundido por todo o período colonial. II. Os negros músicos apresentavam-se bem vestidos e, além disso, tinham bom nível de conhecimento musical, como solfejo e teoria. III. O estímulo dado aos músicos negros possibilitou a conservação da cultura musical africana desenvolvida no Brasil colonial. IV. Os músicos negros executavam com maestria as obras eruditas europeias e era comum vê-los atuando em festas e eventos.

8. (UNESP) “As teses amplas do nacionalismo cênico estribam-se em dois postulados: prestígio à dramaturgia brasileira e procura de um estilo brasileiro de encenação”. Assim exposto, o programa não pode deixar de ser aceito por todos que têm consciência estética. Faz parte daquilo que se chamaria consenso geral, tão óbvio são os seus propósitos. Sabe-se que não há grande teatro sem uma correspondente literatura dramática. [...] Com respeito ao Brasil, a conclusão parece crucial, assimilado o ensinamento da história: haverá um teatro brasileiro de mérito quando se impuser uma dramaturgia independente e autêntica. Esse é um dado da questão. Como, todavia, o teatro não se contém no texto e se realiza no espetáculo, deve-se concluir também que a encenação

Estão corretas apenas as afirmativas:

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[Ed. Física e Música] a) I e II. c) III e IV. e) II, III e IV.

b) I e III. d) I, II e IV.

Sobre este tema, conclui-se que o hip hop: a) É um movimento cultural que expressa engajamento político reproduzido por meio de diferentes linguagens simbolizadas na dança, nos desenhos e nas letras das músicas. b) É uma atividade culturalmente produzida e historicamente situada não facilitando a inclusão, pautando-se na seleção de indivíduos aptos a se expressarem politicamente. c) Valoriza a habilidade de cada individuo independentemente de etnia, sexo, ou classe social ou política, dando oportunidade de participar de atividades em um movimento sistematizado e organizado. d) É uma expressão política que identifica um grupo social, é transmitida de geração a geração, representando as manifestações de linguagens. e) É classificado pela mídia e pela sociedade como uma manifestação da cultura corporal que valoriza as simbologias políticas utilizadas num contexto social.

10. UEL “A bossa nova é um estilo de música popular brasileira que se consolidou no final dos anos 50, [...] projetou-se sobre uma geração mais nova de compositores, que inclui Caetano Veloso e Chico Buarque, e contou ainda com notáveis letristas, sendo que, um dos mais famosos, foi o poeta e diplomata Vinícius de Moraes.” (SADIE, Stanley. Dicionário Grove de Música: edição concisa. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1994. p.125.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a “bossa nova”, é correto afirmar que esse estilo: a) Manteve os valores da música tradicional como o samba e o baião praticado nos bailes populares do Rio de Janeiro e de São Paulo. b) Suplantou as características rítmicas e marcantes do samba por um maior refinamento rítmico, melódico e harmônico, com textos mais intimistas e coloquiais. c) Possibilitou o enriquecimento do tradicional samba urbano no eixo Rio-São Paulo, por trazer a influência do rock norte-americano. d) Popularizou o uso de instrumentos eletroacústicos como a guitarra e os teclados eletrônicos, bem como promoveu o surgimento de grandes bandas. e) Facilitou a difusão da canção popular por desenvolver uma harmonia simples e melodias de fácil memorização.

12. (UEL) Leia o texto a seguir. Indubitavelmente, a eclosão da bossa-nova revolucionou o ambiente musical no Brasil: nunca antes um acontecimento ocorrido no âmbito de nossa música popular trouxera tal acirramento de controvérsias e polêmicas, motivando mesas redondas, artigos, reportagens e entrevistas, mobilizando enfim os meios de divulgação mais variados. (BRITO, B. R. Bossa Nova. In: CAMPOS, A. de. Balanço da Bossa. São Paulo: Perspectiva, 1978. p. 17.)

Em relação ao posicionamento estético assumido pelos músicos da bossa-nova, considere as afirmativas a seguir. I. Respeito às realizações dos compositores e dos cantores do passado. II. Reconhecimento de que o gênero surgiu por força de mutações ocorridas no seio da música popular brasileira tradicional. III. Reconhecimento da hegemonia de um determinado parâmetro musical sobre os demais. IV. Abandono da música popular nacional com o intuito de alcançar valores universais. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I e II são corretas. b) Somente as afirmativas I e III são corretas. c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. d) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas. e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

11. (SIMULADO ENEM) Quem não sabe dançar improvisa - Hip hop oferece aos jovens da periferia a chance da existência social. Um rapper, tão anônimo quanto sábio, afirmou que o hip hop era “a CNN da periferia” (apesar da insistência da mídia, em especial a brasileira, em associar o movimento à violência e ao crime), ou seja, uma forma de a periferia expressar suas necessidades de classes excluídas. O hip hop teria nascido em 1968, baseado em dois movimentos: a maneira como se transmitia a cultura dos guetos americanos e, daí o nome, no jeito da dança popular da época, que reunia saltar (hop) e movimentar os quadris (hip). Ao chegar ao Brasil, nos anos 1980, a ligação entre cultura, dança e lazer se estreitou a ponto de deixar no ar a pergunta: é um movimento cultural ou político? “É por meio do canto, da dança e do grafite que os participantes do hip hop demonstram suas posições políticas e ideológicas. Para eles, o fazer político não está reservado somente para os que se especializam nessa área. Com suas rimas no rap, seus passos no break e imagens transmitidas em seus desenhos reproduzidos nos grafites, estão assumindo uma posição política e fazendo aliança com outras formas de expressão que são, a um só tempo, políticas, sociais e culturais”, explica João Batista de Jesus Felix, pesquisador da USP.

13. (UEL) “A bossa nova é um estilo de música popular brasileira que se consolidou no final dos anos 50, [...] projetou-se sobre uma geração mais nova de compositores, que inclui Caetano Veloso e Chico Buarque, e contou ainda com notáveis letristas, sendo que, um dos mais famosos, foi o poeta e diplomata Vinícius de Moraes.” (SADIE, Stanley. Dicionário Grove

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[Ed. Física e Música] de Música: edição concisa. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1994. p.125.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a “bossa nova”, é correto afirmar que esse estilo:

15. (UEL) A música do Brasil tem por base o amálgama dos elementos melódicos procedentes de Portugal, a rítmica própria de diversas regiões da África e ainda a contribuição ameríndia. Com base nos conhecimentos sobre música brasileira, considere as afirmativas a seguir. I. “Bumba-meu-boi” é uma festa cujo instrumento musical característico é tocado por mulheres que executam ritmos e cantam melodias transmitidas pela tradição oral. II. A contribuição dos negros para a música brasileira consistiu na rítmica heterogênea, na gama característica, nas cadências melódicas e na variedade instrumental. III. O timbre anasalado do canto, alguns instrumentos e algumas danças são reflexos marcantes da cultura indígena na música brasileira. IV. O elemento básico que forneceu orientação e estruturação à música do Brasil foi o português, com seu sistema harmônico tonal e a incorporação de diversos instrumentos europeus. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I e II são corretas. b) Somente as afirmativas I e III são corretas. c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. d) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas. e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

a) Manteve os valores da música tradicional como o samba e o baião praticado nos bailes populares do Rio de Janeiro e de São Paulo. b) Suplantou as características rítmicas e marcantes do samba por um maior refinamento rítmico, melódico e harmônico, com textos mais intimistas e coloquiais. c) Possibilitou o enriquecimento do tradicional samba urbano no eixo Rio-São Paulo, por trazer a influência do rock norte-americano. d) Popularizou o uso de instrumentos eletroacústicos como a guitarra e os teclados eletrônicos, bem como promoveu o surgimento de grandes bandas. e) Facilitou a difusão da canção popular por desenvolver uma harmonia simples e melodias de fácil memorização 14. (UEL) Leia o texto a seguir e atribua V (verdadeiro) ou F (falso) para as afirmativas. A relação entre a música e a juventude é uma construção histórica. A partir da década de 1970 essa relação adquiriu maior visibilidade tanto pela expansão quanto pela diversificação de estilos. São os punks nas suas diversas variações, como o trash, o hardcore, o anarco-punk. São os darks, o heavy metal, o reggae. É nessa esteira que podemos situar o hip hop e o funk.

16. (UEL) O texto a seguir é parte da entrevista intitulada “Desprezo com caipira é tentativa de negar raízes”, concedida pelo professor-doutor Romildo Sant’Anna, da Unesp de Rio Preto (SP) e do curso de Jornalismo da Unimar de Marília (SP). Para o professor, assim como as modas caipiras, a música sertaneja também retrata a realidade do povo e não deve ser desprezada. DEBATE - Há alguma semelhança de conteúdo entre a música sertaneja e a música caipira? Romildo - A grande característica contida nas letras das músicas caipiras é que elas refletem a falta da terra, falta de uma coisa fundamental que é o símbolo da mãe. Assim como ela, a música sertaneja também mostra a falta de alguma coisa. É sempre a mãe, a mulher que foi embora, que se casou com outro, é a diferença social, um que é pobre outro rico, enfim, o desencontro amoroso. Dessa maneira a mulher, também mãe e criadora, substituiu a “mãe terra” cantada na música caipira. É claro que isso tem um caráter mais banal. É a banalização da própria falta de educação formal no Brasil, no sentido de se ter maiores aprofundamentos filosóficos. A música caipira fala de valores muito antigos, já a sertaneja reflete valores mais ordinários, coisas mais passageiras desse mundo sem raízes. Há essa diferença, mas não podemos ter preconceitos em relação a nenhum dos dois gêneros, já que ambos refletem uma realidade da qual o povo é a grande vítima. A população que consome a música sertaneja não é culpada.

(DAYRELL, J. O rap e o funk na socialização da juventude. São Paulo: Educação e Pesquisa. v. 28, n. 1, 2002.)

( ) Mixando os mais variados estilos da black music, o rap cria um som próprio, pesado e arrastado, reduzido ao mínimo, no qual são utilizados apenas bateria, scratch e voz. ( ) Tanto os gêneros musicais rap e funk quanto os seus processos de produção continuam fiéis à sua origem, tendo como base as batidas, a utilização de instrumentos de sopro e a prática de apropriação musical. ( ) O movimento hip hop tem sua filosofia própria, colocando-se como um contraponto à miséria, às drogas, ao crime e à violência, bem como buscando interpretar a realidade. ( ) O funk e o rap são herdeiros diretos do soul – trilha sonora dos movimentos civis americanos da década de 1960. ( ) O hip hop é composto pelos seguintes elementos: MC (abreviatura de Master of Ceremony) é o cantor do Rap; DJ (abreviatura de Disc Jockey) é o instrumentista do hip hop; e Break (que significa “quebra”) é a dança do hip hop. Assinale a alternativa que contenha, de cima para baixo, a sequência correta. a) F, V, F, V, e F. b) V, V, F, V, e V. c) F, V, V, F, e V. d) V, F, V, V e F. e) F, V, V, V, e F.

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[Ed. Física e Música] (Adaptado de: Disponível em: <http://www2.uol.com.br/debate/1337/caad/cadernod01a.htm>. Acesso em: 23 out. 2010.)

jovens indígenas percebam a vitalidade do idioma nativo é uma das motivações do grupo. A dificuldade maior vem dos críticos, que não aceitam o fato de que a cultura indígena é dinâmica e sempre incorpora novidades. — “Mas índio cantando rap?”, tem gente que questiona. O rap é de quem canta, é de quem gosta, não é só dos americanos — avalia Dani [o vocal feminino].

De acordo com o entrevistado, assinale a alternativa correta. a) A música sertaneja avança em qualidade técnica e elabora temas mais sofisticados, tornando-se, assim, culturalmente superior à música caipira. b) A música caipira tem fundamento na emoção do homem simples mediante sua falta de opção amorosa no campo e seu anseio por viver na cidade. c) A música caipira, diferentemente da música sertaneja, é feita para analfabetos, por isso revela humildade e simplicidade em suas letras e na composição. d) A música sertaneja torna banal o tema da sensibilidade do homem da terra, uma vez que, em suas letras, quase sempre remete ao universo afetivosexual. e) Hoje em dia, a classe média dos grandes centros urbanos prefere a música sertaneja por representar melhor a vida do homem na cidade e fazer esquecer as dores.

BONFIM, E. Revista Língua Portuguesa, n. 81, jul. 2012 (adaptado).

Considerando-se as opiniões apresentadas no texto, a indagação “Mas índio cantando rap?” traduz um ponto de vista que evidencia a) desqualificação dos indígenas como músicos, desmerecendo sua capacidade musical devido a sua cultura. b) desvalorização da cultura rap em contrapartida às tradições musicais indígenas, motivo pelo qual os índios não devem cantar rap. c) preconceito por parte de quem não concebe que os índios possam conhecer o rap e, menos ainda, cantar esse gênero musical. d) equívoco por desconsiderar as origens culturais do gênero musical, ligadas ao contexto urbano. e) entendimento do rap como um gênero ultrapassado em relação à linguagem musical dos indígenas.

17. (UEL) A música brasileira das décadas de 1920 e 1930 buscava uma identidade nacional. Heitor VillaLobos se firmou como o mais representativo criador daquele período. Sobre Villa-Lobos, considere as afirmativas a seguir. I. Acreditava que o canto coletivo nas escolas seria o ponto inicial para a formação de uma consciência musical brasileira. II. Sua participação na Semana de 1922 foi aclamada pelo público presente no Teatro Municipal de São Paulo. III. Participou das excursões artísticas em caravana com diversos músicos pelo interior do país. IV. Suas composições identificavam-se com as mais diversas manifestações da música nacionalista norteamericana.

19. (ENEM)

Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I e II são corretas. b) Somente as afirmativas I e III são corretas. c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. d) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas. e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

A capa do LP Os Mutantes, de 1968, ilustra o movimento da contracultura. O desafio à tradição nessa criação musical é caracterizado por a) letras e melodias com características amargas e depressivas. b) arranjos baseados em ritmos e melodias nordestinos. c) sonoridades experimentais e confluência de elementos populares e eruditos. d) temas que refletem situações domésticas ligadas à tradição popular. e) ritmos contidos e reservados em oposição aos modelos estrangeiros.

18. (ENEM) O grupo de rap Brô MCs, criado no final de 2009, é formado pelos pares de irmãos (daí o “bro”, de brother) Bruno/Clemerson e Kelvin/Charles, jovens que cresceram ouvindo hip hop nas rádios da aldeia Jaguapiru Bororo, em Dourados, Mato Grosso do Sul. — Desde o começo a gente não queria impor uma cultura estranha que invadisse a cultura indígena — afirma o produtor, chamando a atenção para o grande destaque do Brô MCs: as letras em língua indígena. Expressar-se em língua originária e fazer com que os

20. (ENEM) Própria dos festejos juninos, a quadrilha nasceu como dança aristocrática, oriunda dos salões

[34]


[Ed. Física e Música] CASCUDO, L. C. Dicionário do folclore brasileiro. Rio de Janeiro: Melhoramentos, 1976.

franceses, depois difundida por toda a Europa. No Brasil, foi introduzida como dança de salão e, por sua vez, apropriada e adaptada pelo gosto popular. Para sua ocorrência, é importante a presença de um mestre “marcante” ou “marcador”, pois é quem determina as figurações diversas que os dançadores desenvolvem. Observa-se a constância das seguintes marcações: “Tour”, “En avant”, “Chez des dames”, “Chez des chevaliê”, “Cestinha de flor”, “Balancê”, “Caminho da roça”, “Olha a chuva”, “Garranchê”, “Passeio”, “Coroa de flores”, “Coroa de espinhos” etc. No Rio de Janeiro, em contexto urbano, apresenta transformações: surgem novas figurações, o francês aportuguesado inexiste, o uso de gravações substitui a música ao vivo, além do aspecto de competição, que sustenta os festivais de quadrilha, promovidos por órgãos de turismo.

As diversas formas de dança são demonstrações da diversidade cultural do nosso país. Entre elas, a quadrilha é considerada uma dança folclórica por: a) possuir como característica principal os atributos divinos e religiosos e, por isso, identificar uma nação ou região. b) abordar as tradições e costumes de determinados povos ou regiões distintas de uma mesma nação. c) apresentar cunho artístico e técnicas apuradas, sendo, também, considerada dança-espetáculo. d) necessitar de vestuário específico para a sua prática, o qual define seu país de origem. e) acontecer em salões e festas e ser influenciada por diversos gêneros musicais.

21. (ENEM)

Cada região do país, por meio de suas danças populares, expressa sua cultura, que envolve aspectos sociais, econômicos, históricos, entre outros. As danças provocam a associação entre música e ritmo e o desenvolvimento de maior sensibilidade dos órgãos sensoriais. A ampliação da intensidade da audição aumenta a concentração, possibilitando o processo de transformação do ritmo musical em movimento espontâneo. Como exemplo de danças, tem-se o carimbó, na região Norte, e as danças gaúchas, na região Sul. Nesse contexto, as danças populares permitem a descontração, o desenvolvimento e o descanso por serem atividades lúdicas que a) promovem a interação, o conhecimento de diferentes ritmos e permitem minimizar o estresse da vida diária. b) reduzem a participação, promovem competições em festivais e o conhecimento de outros ritmos. c) impedem a socialização de todos, reduzindo a expressividade, por exigir habilidades corporais e espontaneidade. d) permitem o desligamento dos elementos históricos, relacionando-as com os movimentos políticos e sociais. e) reduzem a expressão corporal e as experiências, por utilizarem símbolos de outras culturas. 22. (ENEM) Por onde houve colonização portuguesa, a música popular se desenvolveu basicamente com o mesmo instrumental. Podemos ver cavaquinho e violão atuarem juntos aqui, em Cabo Verde, em Jacarta, na Indonésia, ou em Goa. O caráter nostálgico, sentimental, é outro ponto comum da música das colônias portuguesas em todo o mundo. O kronjong, a música típica de Jacarta, é uma espécie de lundu mais lento, tocado comumente com flauta, cavaquinho e violão. Em Goa não é muito diferente. De acordo com o

texto de Henrique Cazes, grande parte da música popular desenvolvida nos países colonizados por Portugal compartilha um instrumental, destacando-se o cavaquinho e o violão. No Brasil, são exemplos de música popular que empregam esses mesmos instrumentos: a) Maracatu e ciranda. b) Carimbó e baião. c) Choro e samba. d) Chula e siriri.

[35]


[Ed. Física e Música] e) Xote e frevo.

melhor demonstrar a consolidação da mudança do gosto musical popular.

23. (ENEM) O Brasil é sertanejo Que tipo de música simboliza o Brasil? Eis uma questão discutida há muito tempo, que desperta opiniões extremadas. Há fundamentalistas que desejam impor ao público um tipo de som nascido das raízes socioculturais do país. O samba. Outros, igualmente nacionalistas, desprezam tudo aquilo que não tem estilo. Sonham com o império da MPB de Chico Buarque e Caetano Veloso. Um terceiro grupo, formado por gente mais jovem, escuta e cultiva apenas a música internacional, em todas as vertentes. E mais ou menos ignora o resto.

24. (ENEM) O rap, palavra formada pelas iniciais de rhythm and poetry (ritmo e poesia), junto com as linguagens da dança (o break dancing difundido, para além dos guetos, com o nome de cultura hip hop. O break dancing surge como uma dança de rua. sprays nos muros, trens e estações de metrô de Nova York. As linguagens do rap, do break dancing se tornaram os pilares da cultura hip hop. DAYRELL, J. A música entra em cena: o rap e o funk na socialização da juventude. Belo Horizonte: UFMG, 2005 (adaptado).

Entre as manifestações da cultura hip hop apontadas no texto, o break se caracteriza como um tipo de dança que representa aspectos contemporâneos por meio de movimentos a) retilíneos, como crítica aos indivíduos alienados. b) improvisados, como expressão da dinâmica da vida urbana. c) suaves, como sinônimo da rotina dos espaços públicos. d) ritmados pela sola dos sapatos, como símbolo de protesto. e) cadenciados, como contestação às rápidas mudanças culturais.

A realidade dos hábitos musicais do brasileiro agora está claro, nada tem a ver com esses estereótipos. O gênero que encanta mais da metade do país é o sertanejo, seguido de longe pela MPB e pelo pagode. Outros gêneros em ascensão, sobretudo entre as classes C, D e E, são o funk e o religioso, em especial o gospel. Rock e música eletrônica são músicas de minoria. É o que demonstra uma pesquisa pioneira feita entre agosto de 2012 e agosto de 2013 pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope). A pesquisa Tribos musicais – o comportamento dos ouvintes de rádio sob uma nova ótica faz um retrato do ouvinte brasileiro e traz algumas novidades. Para quem pensava que a MPB e o samba ainda resistiam como baluartes da nacionalidade, uma má notícia: os dois gêneros foram superados em popularidade. O Brasil moderno não tem mais o perfil sonoro dos anos 1970, que muitos gostariam que se eternizasse. A cara musical do país agora é outra.

25. (ENEM) Mesmo tendo a trajetória do movimento interrompida com a prisão de seus dois líderes, o tropicalismo não deixou de cumprir seu papel de vanguarda na música popular brasileira. A partir da década de 70 do século passado, em lugar do produto musical de exportação de nível internacional prometido pelos baianos com a “retomada da linha evolutória”, instituiu-se nos meios de comunicação e na indústria do lazer uma nova era musical.

GIRON, L. A. Época, n. 805, out. 2013 (fragmento).

(TINHORÃO, J.R. Pequena história da música popular: da modinha ao tropicalismo. São Paulo: Art, 1986 [adaptado]).

O texto objetiva convencer o leitor de que a configuração da preferência musical dos brasileiros não é mais a mesma da dos anos 1970. A estratégia de argumentação para comprovar essa posição baseia-se no (a) a) apresentação dos resultados de uma pesquisa que retrata o quadro atual da preferência popular relativa à música brasileira. b) caracterização das opiniões relativas a determinados gêneros, considerados os mais representativos da brasilidade, como meros estereótipos. c) uso de estrangeirismos, como rock, funk e gospel, para compor um estilo próximo ao leitor, em sintonia com o ataque aos nacionalistas. d) ironia com relação ao apego a opiniões superadas, tomadas como expressão de conservadorismo e anacronismo, com o uso das designações “império” e “baluarte”. e) contraposição a impressões fundadas em elitismo e preconceito, com a alusão a artistas de renome para

A nova era musical mencionada no texto evidencia um gênero que incorporou a cultura de massa e se adequou à realidade brasileira. Esse gênero está representado pela obra cujo trecho da letra é: a) A estrela d' alva/ no céu desponta/ E a lua tonta/ Com tamanho esplendor. (As pastorinhas, Noel Rosa e João de Barro). b) Hoje/ Eu quero a rosa mais linda que houver/ Quero a primeira estrela que vier/ Para enfeitar a noite do meu bem. (A noite do meu bem, Dolores Duran). c) No rancho fundo/ Bem pra lá do fim do mundo/ Onde a dor e a saudade/ Contam coisas da cidade. (No rancho fundo, Ary Barroso e Lamartine Babo). d) Baby, Baby/ Não adianta chamar/ Quando alguém está perdido/ Procurando se encontrar. (Ovelha negra, Rita Lee.) e) Pois há menos peixinhos a nadar no mar/ Do que beijinhos que eu darei/ Na sua boca. (Chega de Saudade, Tom Jobim e Vinícius de Moraes).

[36]


[Ed. Física e Música] Originária das tangas Com que as índias fingiam Cobrir a graça sagrada da vida.

26. (ENEM) Entre as propostas estéticas do movimento tropicalista, ou Tropicália, pode-se destacar: a) Uma forte rejeição à contracultura e ao uso de elementos do rock'n roll. b) O uso de elementos exclusivos da cultura primitiva dos índios brasileiros. c) O uso da linguagem pop, que pode ser atestada inclusive na capa do álbumTropicália, ou Panis et Circensis. d) Ruptura total com a tradição da música brasileira, como o samba e a bossa nova. e) Ruptura total com o Concretismo, movimento artístico dos anos 1950.

Tom Zé. Disponível em http://letras.terra.com.br. Acesso em: abr. 2010.

O texto de Tom Zé, crítico de música, letrista e cantor, insere-se em um contexto histórico e cultural que, dentro da cultura literária brasileira, define-se como a) contemporâneo à poesia concretista e por ela influenciado. b) sucessor do Romantismo e de seus ideais nacionalistas. c) expressão do modernismo brasileiro influenciado pelas vanguardas europeias. d) representante da literatura engajada, de resistência ao Estado Novo. e) precursor do movimento de afirmação nacionalista, o Tropicalismo.

27. (ENEM) Leia as três estrofes abaixo e, em seguida, aponte a alternativa correta. No pulso esquerdo o bang-bang Em suas veias corre Muito pouco sangue Mas seu coração Balança um samba de tamborim

29. (ENEM) Eu não tenho hoje em dia muito orgulho do Tropicalismo. Foi sem dúvida um modo de arrombar a festa, mas arrombar a festa no Brasil é fácil. O Brasil é uma pequena sociedade colonial, muito mesquinha, muito fraca.

Emite acordes dissonantes Pelos cinco mil alto-falantes Senhoras e senhores Ele põe os olhos grandes Sobre mim

VELOSO, C. In: HOLLANDA, H. B.; GONÇALVES, M. A. Cultura e participação nos anos 60. São Paulo: Brasiliense, 1995 (adaptado).

O movimento tropicalista, consagrador de diversos músicos brasileiros, está relacionado historicamente

Viva Iracema ma, ma Viva Ipanema ma, ma, ma, ma...

a) à expansão de novas tecnologias de informação, entre as quais, a Internet, o que facilitou imensamente a sua divulgação mundo afora. b) ao advento da indústria cultural em associação com um conjunto de reivindicações estéticas e políticas durante os anos 1960. c) à parceria com a Jovem Guarda, também considerada um movimento nacionalista e de crítica política ao regime militar brasileiro. d) ao crescimento do movimento estudantil nos anos 1970, do qual os tropicalistas foram aliados na crítica ao tradicionalismo dos costumes da sociedade brasileira. e) à identificação estética com a Bossa Nova, pois ambos os movimentos tinham raízes na incorporação de ritmos norte–americanos, como o blues.

Os versos acima são da canção “Tropicália”, de Caetano Veloso. Partindo desses versos, é possível afirmar que: a) Caetano Veloso não se preocupa em passar nenhuma mensagem com a música, apenas enumera palavras soltas, sem sentido algum. b) Caetano Veloso faz uma crítica irônica ao bairro de Ipanema nos versos finais. c) Apesar de levar o título de “Tropicália”, essa canção nada tem a ver com o movimento tropicalista. d) A mistura de elementos aparentemente sem conexão dão o tom da proposta estética da Tropicália. e) Um dos principais aspectos do movimento tropicalista era falar exclusivamente da cultura nacional. 28. (ENEM) Brazil, capital Buenos Aires No dia em que a bossa nova inventou o Brazil Teve que fazer direito, senhores pares, Porque a nossa capital era Buenos Aires, A nossa capital era Buenos Aires. E na cultura-Hollywood o cinema dizia Que em Buenos Aires havia uma praia Chamada Rio de Janeiro Que como era gelada só podia ter Carnaval no mês de fevereiro. Naquele Rio de Janeiro o tango nasceu E Mangueira o imortalizou na avenida

30. (ENEM) O tropicalismo teve como uma de suas propostas a reinterpretação da cultura brasileira e latino-americana. A capacidade de misturar elementos de culturas estrangeiras aos nossos era uma das principais características que os representantes da Tropicália reivindicavam. Essa característica já havia sido apontada por outro movimento artístico intelectual brasileiro, que era: a) A “antropofagia cultural”, de Oswald de Andrade b) O verde-amarelismo, de Cassiano Ricardo

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[Ed. Física e Música] c) O indianismo, de José de Alencar d) O Parnasianismo, de Olavo Bilac e) O movimento integralista, de Plínio Salgado.

b) a figura 1 mostra uma situação que ilustra o poder do som produzido por um ser dominando outro ser. c) a figura 2 mostra a música em um contexto de louvor religioso. d) a figura 4 mostra uma atividade profana, ou secular, que envolve a música. e) a figura 5 mostra um grupo desempenhando uma atividade profissional.

31. (ENEM)

Leia a letra da canção a seguir e responda às questões 32 e 33. 32. (UEL) E a cidade se apresenta centro das ambições/ Para mendigos ou ricos e outras armações/ Coletivos, automóveis, motos e metrôs/ Trabalhadores, patrões, policiais e camelôs/ A cidade não para, a cidade só cresce/ O de cima sobe e o de baixo desce. (CHICO SCIENCE. A Cidade. Intérprete: Chico Science. In: Chico Science & Nação Zumbi. Da lama ao caos. Rio de Janeiro: Sony. 1CD. Faixa 4.)

Com base na letra da canção de Chico Science e nos conhecimentos sobre a urbanização brasileira, é correto afirmar: a) Ao apresentar a cidade da forma como o faz, a canção remete ao processo de produção industrial, considerando suas dinâmicas específicas e os sujeitos sociais envolvidos. b) A letra da canção exalta o modo de vida urbano, pois está fundada na ideia de que, em grandes cidades, a distribuição de renda é mais equitativa, se comparada aos núcleos urbanos menores. c) Ao mapear o cotidiano das metrópoles, a letra denuncia as contradições entre as classes sociais que estão materializadas nesse cotidiano. d) A canção afirma que, por ser o centro das ambições, todos os moradores da cidade possuem as mesmas chances de ascensão social, fato esse expresso em seu arranjo espacial. e) A letra da canção identifica características específicas de pequenas cidades, exemplificada nas atividades comerciais e nos meios de transporte descritos. 33. (UEL) A canção faz referência à presença de camelôs na cidade. A presença desses trabalhadores e a necessidade de revitalização dos centros de grandes cidades, isto é, a reforma e a readequação das estruturas e normas de uso das áreas centrais, visando reconquistar o interesse de investidores e do público em geral, são assuntos inter-relacionados e muito discutidos. Com base na canção e nos conhecimentos sobre as áreas centrais de grandes cidades, é correto afirmar que o comércio praticado por camelôs é uma atividade: a) Que contribui para o aumento do desemprego, sendo responsável pela diminuição do crescimento econômico, principalmente nas grandes cidades. b) Decorrente do incremento de postos de trabalho no mercado formal e do aumento da produção de bens de

A música desempenha diversas funções na sociedade: educar, entreter, louvar, dominar, seduzir, entre outras. Considerando o trabalho do artista em seu meio cultural, é correto afirmar que a figura a) a figura 3 mostra uma situação em que a música é usada com finalidade terapêutica.

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[Ed. Física e Música] consumo não-duráveis, o que demanda uma estrutura de comercialização popular. c) Que tem atraído um grande contingente de pessoas, por ser, no atual cenário econômico, a forma de ocupação em que a precarização do trabalho ocorre em menor grau. d) Cuja territorialidade se viu transformada com a chegada dos imigrantes estrangeiros ao Brasil, quando,

de atividade ligada ao rural, passa a ser realizada predominantemente nas cidades. e) Cujos trabalhadores têm a territorialidade de sua atividade negada ou marginalizada nos projetos de revitalização urbana, pois sua expulsão tem sido prática recorrente.

GABARITO UNIDADE 3 - MÚSICA 1. C 8. E 15. E 22. C 29. B

2. B 9. D 16. D 23. A 30. A

3. D 10. B 17. B 24. B 31. B

4. C 11. A 18. C 25. D 32. C

[39]

5. C 12. A 19. C 26. C 33. E

6. C 13. B 20. B 27. D 34.

7. E 14. D 21. A 28. E 35.


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