GRUPO REVISÃO TEORIA

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Revisão Revisão

SUMÁRIO Unidade 1 – Ciências Humanas 1.1. Filosofia ........................................................................................... 03 1.2. Geografia......................................................................................... 07 1.3. História ........................................................................................... 18 1.4. Sociologia ....................................................................................... 28

Unidade 2 – Ciências da Natureza 2.1. Biologia ........................................................................................... 38 2.2. Física............................................................................................... 48 2.3. Química ........................................................................................... 55

Unidade 3 – Linguagens e Códigos 3.1. Literatura ......................................................................................... 65 3.2. Português ....................................................................................... 74

Unidade 4 – Matemática .............................................................. 86

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RevisĂŁo

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Revisão Filosofia

1.1. FILOSOFIA MITO vs RAZÃO

Os sofistas foram considerados os primeiros defensores públicos do mundo, pois supriam esta nova necessidade da Grécia: a alta capacidade da retórica no discurso político. Sendo assim, atingiase o poder com a capacidade de persuadir e bem falar. O domínio da fala era essencial ao cidadão ateniense, e a escola sofistica surge para ensinar técnicas e desenvolver a oratória seja nos tribunais, espaços públicos, política ou negócios. Um período prolongado de guerra seguindo de tempos de paz exigia um aprimoramento do pensamento ético, principalmente no âmbito político e de formação do cidadão.

A mitologia é definida pelo caráter mágico e imaginário de explorar o mundo por meio de metáforas, de narrativas fantásticas e de parábolas. A filosofia é definida pela racionalização do mundo, fundamentando-se no discurso e no pensamento que especulam sobre a realidade do todo e sobre os elementos naturais que compõem o ser. OS PRÉ-SOCRÁTICOS - Conceitos fundamentais:

SÓCRATES

a) Arkhé - seria o elemento que deveria estar presente em todos os momentos da existência de todas as coisas do mundo. No caso de Tales de Mileto, para ele, a água era um elemento puro, e através dela podia-se criar tudo; o início, o desenvolvimento e o fim de tudo. Princípio único.

• O homem em busca da verdade. • Pergunta: É possível chegar à verdade?

b) Physis - pode ser traduzida por natureza, mas seu significado é mais amplo. Refere-se também à realidade, não aquela pronta e acabada, mas a que se encontra em movimento e transformação, a que nasce e se desenvolve, o fundo eterno, perene, imortal e imperecível de onde tudo brota e para onde tudo retorna. Nesse sentido, a palavra significa gênese, origem, manifestação.

• “A vida que não é refletida não vale a pena ser vivida.” • Sócrates não se considerava um sábio, pois o sábio é possuidor do saber.

- Sofistas: Não há uma verdade, mas várias. - Sócrates: Existe a verdade, mas é impossível chegar a ela. O que importa é a busca dela.

PLATÃO A caverna é uma metáfora para o mundo que vivemos. (mundo sensível - ilusório) A parte de fora de caverna representa o mundo das ideias. (mundo inteligível - realidade) Por meio da dialética (reminiscência) podemos acessar a realidade. (contemplação). A teoria CVJ complementa o mito da caverna. O filósofo é o único que pode provocar conhecimento no sujeito através do método dialético.

Os princípios (arkhé) • Tales de Mileto: a água • Anaximandro de Mileto: o Ápeiron • Anaxímenes de Mileto: o ar • Pitágoras de Samos: o número • Xenófanes de Cólofon: a terra • Heráclito de Éfeso: o fogo • Parmênides de Eléia: o ser • Empédocles de Agrigento: os quatro elementos • Anaxágoras de Clazomena: as homeomerias • Demócrito de Abdera: os átomos OS SOFISTAS

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Revisão

LÓGICA

6. De duas Premissas Afirmativas não podemos retirar uma Conclusão Negativa. 7. De duas Premissas Particulares nada se pode concluir. 8. A conclusão segue sempre a parte Mais Fraca.

Dedução: Argumento que visa demonstrar uma conclusão. As informações da conclusão de uma dedução sempre estão contidas na(s) premissa(s).

Indução: Argumento que visa acrescentar uma nova informação (conclusão). As informações da conclusão de uma indução sempre são novas em relação à(s) premissa(s).

EXEMPLO: Todo ser humano é bípede. (V) Logo, Andrei é bípede. (V)  A conclusão é necessariamente verdadeira, pois a premissa a obriga a ser verdadeira!  Caso se considere a conclusão falsa, teremos uma contradição!

EXEMPLO: Todo cisne que vejo é branco. Logo, todos que existem são brancos.

Definições de Validade  Em um argumento válido, se a conclusão é falsa, pelo menos uma das premissas deve ser falsa.  Um argumento é válido quando é impossível a conclusão ser falsa se a(s) premissa(s) é (são) verdadeira(s).

O Animal Político de Aristóteles: A teoria política de Aristóteles é construída em torno da ideia de que o homem é um animal político por natureza, que a cidade é natural e que o fim do homem é a felicidade. Essa felicidade, contudo, só se atinge plenamente na cidade (pólis). O homem é um animal político por viver conjuntamente com o seu semelhante, ainda que dele não necessite. O homem é considerado um animal político porque, diferente de todos os outros animais, é dotado da razão e do discurso. Por meio da razão e do discurso, o homem desenvolveu as noções de justo e de injusto, de bem e de mal. Tais noções só se desenvolvem em conjunto com o outro e constituem a base da comunidade política. (Convém observar que o atributo do homem como animal político é peculiar aos cidadãos. Mas, somente aqueles que exercem a administração da cidade, é que são considerados animais políticos).

O SILOGISMO DE ARISTÓTELES As regras: 1. O silogismo tem Três Termos - não mais, nem menos (Maior, Menor e Médio). 2. Os Termos não podem ter maior Extensão na Conclusão que nas Premissas. 3. O Termo Médio deve apresentar-se em toda a sua Extensão, pelo menos uma vez. 4. O Termo Médio não deve entrar na conclusão. 5. De duas Premissas Negativas nada se pode concluir.

CONTRATO SOCIAL E O ESTADO DE NATUREZA HOBBES

LOCKE

ROUSSEAU

Estado de natureza * Medo * Lei dos mais forte * Liberdade * Não há garantia da vida * O homem é o lobo do homem

Estado de natureza • Justanaturalismo • (Direitos naturais : Vida, Liberdade e Propriedade) • Não há garantias de direitos • Risco de guerra

Estado de natureza • O homem é bom por natureza. • Liberdade • Quando o individualismo surge, o homem perde a liberdade;

Estado Civil • Soberano (absoluto) • Preservação da vida • O súdito dá sua liberdade para garantir sua vida pelo absoluto; • Paz;

Estado Civil • Garantias dos direitos naturais. • Poder dividido entre legislativo (mais importante) e executivo • Estado Laico

Estado Civil • A vontade geral institui direitos; • Preocupação com todos não com si mesmo. • Liberdade civil • Democracia direta

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Revisão

- Princípio da Diferença, Rawls: Ao retomar a figura do contrato social como método, Rawls não tem como objetivo fundamentar a obediência ao Estado (como na tradição do contratualismo clássico de Hobbes, Locke e Rousseau). Ligando-se a Kant, a ideia do contrato é introduzida como recurso para fundamentar um processo de eleição de princípios de justiça, que são assim descritos por ele:

que sejam ao mesmo tempo: a) consideradas como vantajosas para todos dentro dos limites do razoável (princípio da diferença), e b) vinculadas a posições e cargos acessíveis a todos (princípio da igualdade de oportunidades). Fiel à tradição liberal, Rawls considera o princípio da liberdade anterior e superior ao princípio da igualdade. Também o princípio da igualdade de oportunidades é superior ao princípio da diferença. No entanto, ao unir estas duas concepções sob a ideia da justiça, sua teoria pode ser designada como "liberalismo igualitário", incorporando tanto as contribuições do liberalismo clássico quanto dos ideais igualitários da esquerda.

- Princípio da Liberdade: cada pessoa deve ter um direito igual ao mais abrangente sistema de liberdades básicas iguais que sejam compatíveis com um sistema de liberdade para as outras. - Princípio da Igualdade: as desigualdades sociais e econômicas devem ser ordenadas de tal modo

METAFÍSICA JUSTIFICATIVA ÉTICA ARISTÓTELES

KANT

UTILITARISMO

*A virtude é o meio para se chegar a Eudaimonia, que é a finalidade humana.

*O impertativo categórico é a lei moral. • Não há racionalidade fora do imperativo categórico. • Agir por dever: Autonomia. • Agir conforme o dever: Heteronomia.

• Uma ação é ética quando proporciona prazer (bem estar) para o maior número de pessoas. • Mill: Prazeres superiores, que só o ser humano pode apreciar. • Consequencialista.

- Eudamonia = felicidade - Teleologia = finalidade - Racionalista

- O Princípio da Utilidade de Bentham (Utilitarismo): O princípio da utilidade de Bentham afirma que o trabalho do legislador, assim como de qualquer sujeito é utilizar o conhecimento que se tem da natureza humana que visa, especificamente, criar leis que possibilitem maximizar a felicidade do povo e, por sua vez, minimizar o sofrimento. Há de conseguir o bem estar da maioria da população, mesmo que alguns não atinjam à felicidade, o que está em jogo é a maximização da felicidade para o maior número de pessoas. Evita-se a dor e, por sua vez, alcançasse o prazer. O utilitarismo clássico vai considerar uma ação correta desde que essa ação seja comparada com uma ação alternativa e chegando-se a um resultado positivo, isto é, gerando um aumento igual ou superior de felicidade para um grande número de pessoas,

caso isso não ocorra, a ação será considerada totalmente errônea. - Tipos de Juízos: Se dissermos: “Está chovendo”, estaremos enunciando um acontecimento constatado por nós e o juízo proferido é um juízo de fato. Se, porém, falarmos: “A chuva é boa para as plantas” ou “A chuva é bela”, estaremos interpretando e avaliando o acontecimento. Nesse caso, proferimos um juízo de valor. Juízos de fato são aqueles que dizem o que as coisas são, como são e por que são. Em nossa vida cotidiana, mas também na metafísica e nas ciências, os juízos de fato estão presentes. Diferentemente deles, os juízos de valor - avaliações sobre coisas, pessoas e situações - são proferidos na moral, nas artes, na política, na religião. Juízos de valor avaliam coisas, pessoas, ações, experiências, acontecimentos, sentimentos, estados de espírito,

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Revisão

• Exemplo: “As características que as plantas apresentam são determinadas por elementos hereditários.” O objetivo de Kant foi provar que existem os Juízos Sintéticos à priori. (juízos que ampliam o conhecimento e são necessários)

intenções e decisões como bons ou maus, desejáveis ou indesejáveis. - Empirismo e Racionalismo: RACIONALISMO Descartes: O conhecimento é a priori (independe dos sentidos) - A matemática é uma ciência a priori. - Os nossos sentidos não são garantia de conhecimento.

EMPIRISMO - Hume e Locke: O conhecimento é a posteriori (dependente dos sentidos) - Física e Química são ciências a posteriori. - Não há nenhum conhecimento que não tenha passado antes pelos sentidos.

Conhecimento Comum (senso comum): É o conhecimento que temos sobre o funcionamento de algumas ervas medicinais. São as crenças que partilhamos com os outros e que quando justificadas SE BASEIAM NA EXPERIÊNCIA DO DIAA-DIA, TRANSMITIDAS ATRAVÉS DAS GERAÇÕES SEM JUSTIFICATIVAS RACIONAIS (com argumentos do tipo dedutivo ou indutivo), MAS SIM JUSTIFICATIVAS QUE RECORREM À TRADIÇÃO. Ele é o resultado das nossas necessidades mais básicas e imediatas, o que é o mesmo que dizer que possui um caráter fortemente prático. Conhecimento Científico: A diferença entre senso comum e conhecimento científico não é dada pela utilidade de um e de outro e sim no modo como explicam os fatos. Um vendedor ambulante de ervas medicinais adquiriu os seus conhecimentos em um contexto familiar, ou outro qualquer que não consistia na definição de certas substâncias, sua classificação em diferentes grupos, na experimentação, na demonstração de hipóteses, na recorrência a certas leis. São as EXPLICAÇÕES CIENTÍFICAS que recorrem a esse tipo de procedimento. As características básicas da explicação científica, que são explicações das CAUSAS dos fenômenos (sejam eles fenômenos físicos, químicos, bioquímicos ou biológicos):

O CRITICISMO DE KANT E A TENTATIVA DE CONCILIAÇÃO A duas correntes filosóficas tinham fraquezas, através do empirismo pode-se dizer muito sobre o mundo, mas “sacrifica” as certezas. Já o racionalismo traz certezas indubitáveis, porém fala pouco sobre o mundo. Eis aí um problema a ser solucionado. A solução foi chamada por Kant de Revolução Copernicana do conhecimento, dizendo ser possível acomodar as duas correntes de pensamentos divergentes, corrigindo os erros e valorizando os acertos de cada uma. Kant distinguiu duas formas de conhecimento, o a priori e o a posteriori.

- elas possuem uma estrutura SISTEMÁTICA: em geral, a explicação de um fenômeno particular (a dilatação de um pedaço de cobre, por exemplo) recorre a regularidades, expressas por leis (no caso do exemplo, explica-se que um determinado pedaço de cobre dilatou por que o cobre é um metal e todos os metais dilatam quando aquecidos).

A Priori: conhecimento puro, que dispensa qualquer prova empírica para sustentá-lo. • Exemplo: Se A, então B, e Se B, então C, logo, Se A, então C. (lógica) A Posteriori: nesse caso é preciso recorrermos à experiência.

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Geografia Revisão

1.2. GEOGRAFIA MOVIMENTOS DA TERRA ROTAÇÃO: Movimento em torno do próprio eixo com duração de aproximadamente 24 horas. Suas consequências são a sucessão dos dias e noites, achatamento dos polos, ventos planetários e correntes marinhas. TRANSLAÇÃO: Movimento em torno do sol que dura aproximadamente 365 dias e 6 horas. Sua principal consequência é a sucessão das estações do ano (solstícios e equinócios). - solstícios: hemisférios iluminados de forma distinta. No dia 21/6 o sol incide perpendicularmente no Trópico de Câncer e o hemisfério norte vive o verão, enquanto é inverno no sul. No dia 21/12, o sol incide no Trópico de Capricórnio e verão será a estação vivenciada no sul do Equador. - equinócios: hemisférios igualmente iluminados e o sol perpendicular à linha do Equador. O dia 21/3 marca o início da primavera no hemisfério norte e o dia 23/9 marca o início do outono no mesmo hemisfério. O hemisfério sul tem o início das estações nas contrárias às do norte.

FUSOS HORÁRIOS Por causa de seu movimento de rotação, a Terra apresenta dias e noites. Como consequência, vários pontos da superfície do planeta apresentam diferença de horários. Dividindo-se a circunferência terrestre (360°) pelo tempo do movimento de rotação (24h) chegamos aos 15° de longitude, que representa a medida de um fuso. As horas aumentam a cada 15° no sentido da rotação, ou seja, de oeste para leste. FUSOS DO BRASIL 75° oeste - 5 horas em relação a Greenwich AC AM*

60° oeste - 4 horas em relação a Greenwich AM* RR RO MT MS

45° oeste - 3 horas em relação a Greenwich Brasília (DF) Regiões Nordeste, Sul e Sudeste

30° oeste - 2 horas em relação a Greenwich

Ilhas oceânicas

+TO, GO, AP e PA

HORÁRIO DE VERÃO: De outubro a fevereiro alguns estados brasileiros adotam uma medida de economia de energia elétrica adiantando uma hora em seus relógios. O horário de verão é adotado nas regiões Sul, Sudeste e Centro-oeste devido à maior latitude dessas regiões. Quanto maior a latitude, maior será a diferença na duração dos dias e noites ao longo do ano.

ESCALA CARTOGRÁFICA A correspondência entre as dimensões do terreno e as do papel é feita por meio de uma escala, que expressa quanto os elementos do espaço geográfico foram reduzidos para caberem numa folha de papel. Quanto menor a escala, mais reduzido se apresenta o espaço e menos detalhes são representados. Escala numérica– representada por uma fração Ex.: 1 : 500.000 onde 1cm no mapa corresponde a 500.000 na realidade. (1cm = 5km) Escala gráfica – representada por uma linha reta dividida em partes iguais.

0

5km 1cm

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Revisão ESCALA GRANDE -até 1:20.000 - menor denominador - pequena área representada - muita riqueza de detalhes - ideal para plantas urbanas

ESCALA MÉDIA - entre 1:20.000 e 1:200.000 - representa uma área de tamanho médio - ideal para cartas topográficas

Para resolver cálculos escalares basta lembrar da fórmula:

E=D d

onde

ESCALA PEQUENA - mais de 1:200.000 - maior denominador - grande área representada - menor riqueza de detalhes - ideal para planisférios E = denominador da escala D = distância real d = distância gráfica

PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS Ao fazerem a transferência de informações, os cartógrafos deparam com um problema insolúvel: qualquer que seja a projeção adotada, sempre haverá algum tipo de distorção, nas áreas, nas formas ou nas distâncias da superfície terrestre. Só não há distorção perceptível em representações de escala suficientemente grande, como é o caso das plantas, nas quais não é necessário considerar a curvatura da Terra.

Plana ou Azimutal

Cônica

Cilíndrica

- ideal para altas latitudes - pode ser centralizada em qualquer ponto da Terra - não distorce as áreas - Ex.: símbolo da ONU - ideal para médias latitudes - projeta apenas um hemisfério - Ex.: mapas de zonas temperadas

- ideal para baixas latitudes - quanto maior a latitude, maior a deformação - Podem ser conformes ou equivalentes - Ex.: mapa-mundi

PLACAS TECTÔNICAS

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Revisão - PLACAS CONVERGENTES: Ocorre o choque de uma placa com a outra. Aqui, ocorrem os dobramentos, responsáveis pela formação das cordilheiras. - PLACAS DIVERGENTES: Ocorre o afastamento de duas placas, No afastamento temos a subida do material magmático, responsável pela renovação do assoalho oceânico, formando as dorsais oceânicas. - PLACAS CONSERVATIVAS OU TRANSFORMANTES: Ocorre o deslize (tanto vertical quanto horizontal) de uma placa sob a outra, provocando os falhamentos.

RELEVO

AGENTES EXÓGENOS OU ESCULTURAIS

AGENTES ENDÓGENOS OU ESTRUTURAIS Tectonismo Movimentos das placas tectônicas em função das correntes de convecção do manto. Responsável pelos dobramentos (causados pela orogênese – pressões horizontais) e falhamentos (causados pela epirogênese – pressões verticais) da crosta. Vulcanismo Subida do magma à superfície, através de fissuras na crosta. Abalos sísmicos São vibrações na crosta, provocadas pelo movimento das placas tectônicas. A maioria dos terremotos ou sismos ocorrem na zona de contato de placas tectônicas. Quando o epicentro do tremor ocorre no oceano formam-se os maremotos ou tsunamis.

Erosão É o processo de modelagem da paisagem, de remoção e transporte de sedimentos. Atuam vários agentes, como os rios (erosão fluvial), as chuvas (erosão pluvial), os ventos (erosão eólica), os mares (erosão marinha) e as geleiras (erosão glacial). Intemperismo ou Meteorização Processo de fragmentação e desgaste das rochas, podendo ser de três tipos: - Químico: atuação da água no processo de decomposição das rochas; - Físico: atuação da temperatura (grandes amplitudes térmicas) no processo de desgaste; - Biológico: atuação dos seres vivos acelerando a fragmentação das rochas.

SOLOS SOLO FÉRTIL ≠ SOLO PROFUNDO EROSÃO = PERDA DE SOLO 1. CURVAS DE NÍVEL: consiste em arar o solo e depois semeá-lo seguindo as cotas altimétricas do relevo, o que por si só já reduz a velocidade de escoamento superficial da água da chuva. TERRACEAMENTO: cortes nas superfícies íngremes para formar degraus (terraços), possibilita a expansão das áreas agrícolas em regiões montanhosas e populosas. ASSOCIAÇÃO DE CULTURAS: cultivo de espécies diferentes com o objetivo de favorecer o equilíbrio do solo. PLANTIO DIRETO: manutenção das palhas da cultura anterior junto ao solo com o objetivo de manter a umidade combater a erosão. PRINCIPAIS SOLOS DO BRASIL: - TERRA ROXA: tem sua origem nos planaltos vulcânicos do Sul. Caracteriza-se por ser profundo e fértil; - MASSAPÊ: típico do litoral do Nordeste. É um solo profundo, fértil e de origem metamórfica; - CERRADO: solos ácidos devido à laterização; - AMAZÔNIA: solos profundos e pobres devido à intensa lixiviação.

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Revisão

HIDROGRAFIA

- REDE HIDROGRÁFICA: conjunto de rios que drenam uma região, composto de um rio e seus afluentes; - BACIA HIDROGRÁFICA: área drenada por uma rede hidrográfica; - DIVISOR D’ÁGUA OU INTERFLÚVIO: é a linha que delimita a bacia com as demais por conta de sua maior altitude que separa a água que corre de um lado para uma bacia e a de outro para outras bacias hidrográficas; - FOZ: local onde o rio deságua, podendo ser em estuário (1 canal) ou delta (vários canais); - REGIME DO RIO: origem e periodicidade de alimentação dos rios da bacia. Varia de acordo com o clima; - MONTANTE: em direção à nascente. Ex.: uma usina hidrelétrica represa as águas a montante dela; - JUSANTE: em direção à foz. Ex.: uma indústria libera dejetos que prejudicam a qualidade da água a jusante dela;

OBSERVAÇÃO: HIDROGRAFIA DO BRASIL Bacia do Amazonas Bacia do Tocantins-Araguaia Bacia do São Francisco Bacia Platina (Rio da Prata)

Rio Paraná Rio Paraguai Rio Uruguai

Ocupa aproximadamente metade do Brasil e apresenta o maior potencial hidrelétrico disponível do país. Maior bacia localizada totalmente em território brasileiro. Nasce em MG e deságua no litoral do Nordeste. É o principal rio do sertão. Maior potencial hidrelétrico instalado. Grande produção de grãos e gado. +50% da área de SC e do RS.

CLIMA Condições atmosféricas de um determinado lugar, verificado através do estudo do comportamento de no mínimo 30 anos. ELEMENTOS CLIMÁTICOS Constituem o próprio clima  Temperatura  Umidade  Pressão Atmosférica  Ventos  Precipitações

FATORES CLIMÁTICOS Alteram ou modificam os climas.  Latitude  Altitude  Maritimidade/Continentalidade  Correntes Marinhas  Relevo  Vegetação

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Revisão

OBSERVAÇÃO: CLIMAS DO BRASIL Em função da extensa área territorial, o Brasil possui basicamente seis tipos climáticos.

EQUATORIAL

TROPICAL

LITORÂNEO

SEMIÁRIDO

DE ALTITUDE

SUBTROPICAL

1. Equatorial: no Norte do Brasil, possuindo altas temperaturas e chuvas abundantes o ano todo; 2. Tropical (ou Tropical Continental): ocorre no Centro-Oeste e trechos do Nordeste e Sudeste, possui duas estações bem definidas, uma seca (inverno) e outra chuvosa (verão); 3. Tropical Litorâneo: chuvas frequentes no inverno, ocorre no litoral do Nordeste e trechos do litoral do Sudeste; 4. Tropical Semiárido: ocorre no Nordeste, sempre quente com chuvas escassas e mal distribuídas; 5. Tropical de Altitude: ocorre nas áreas elevadas do Sudeste e do Mato Grosso, com temperaturas amenas devido ao fator altitude. 6. Subtropical: ocorre na região Sul, com chuvas bem distribuídas durante o ano e influência da massa polar atlântica durante o inverno.

DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS Os domínios morfoclimáticos representam a combinação de um conjunto de elementos da natureza – relevo, clima, vegetação – que se inter-relacionam e interagem, formando uma unidade paisagística. No Brasil, o geógrafo Aziz Ab’Saber foi o responsável por fazer essa classificação.

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Revisão DOMÍNIO

AMAZÔNICO

CERRADOS

MARES DE MORROS

CAATINGAS ARAUCÁRIAS

PRADARIAS

PRINCIPAIS ATIVIDADES ECONÔMICAS

CARACTERÍSTICAS Situado na região Norte, é formado, em sua maior parte, por terras baixas, predominando o processo de sedimentação, com um clima e floresta equatorial; Localizado na porção central do território brasileiro, há um predomínio de chapadões, com a vegetação predominante do Cerrado; Situa-se na zona costeira atlântica brasileira, onde predomina o relevo de mares de morros e alguns chapadões florestados, como também a quase extinta Mata Atlântica; Localiza-se no nordeste brasileiro, no conhecido polígono das secas, caracterizado por depressões interplanálticas semiáridas; Encontra-se no Sul do país, com predomínio de planaltos e formação de araucárias (pinheiros); Também conhecido como domínio das coxilhas (relevo com suaves ondulações), situa-se no extremo Sul do Brasil, com predominância da formação dos pampas e das pradarias.

Agropecuária, Garimpo Extrativismo de borracha e madeira

DESMATAMENTO

17%

Agropecuária

75%

Agricultura desde o período colonial Indústria Urbanização

92%

Agricultura de subsistência, Pecuária extensiva.

50%

Agricultura

98%

Agropecuária

50%

MEIO AMBIENTE As mudanças climáticas podem ser divididas em: NATURAIS: causadas por processos naturais como a alteração na emissão dos raios solares, movimentos terrestres (como a precessão dos equinócios) e os ciclos atmosféricos próprios das eras geológicas. Entre elas podem-se destacar as glaciações e o fenômeno El Niño.

chuvas ácidas prejudicam as plantas, a água dos rios, o solo, a fauna e as construções. - o aquecimento global: ligado à intensificação do efeito estufa (que é um processo natural), é hoje a maior preocupação no eu se refere às mudanças climáticas. Apesar do nome, o problema não é só o aquecimento, mas um possível caos climático difícil de prever, como o aumento das chuvas em algumas regiões ou a desertificação de outras, alteração na distribuição dos seres vivos e desequilíbrio na cadeia alimentar. Sua principal causa é a liberação de gases de efeito estufa (CO2, metano e óxido nitroso) para a atmosfera, vinda principalmente da queima de combustíveis fósseis e do desmatamento. - o buraco na camada de ozônio: a camada de ozônio (O3) é fundamental para proteger a vida na Terra da ação nociva dos raios ultravioleta. No entanto, a liberação de CFCs pela indústria levou ao rareamento desta camada e, inclusive, à formação de buracos ou áreas com pouquíssima concentração do gás. Atualmente, o problema encontra-se sob controle devido à mobilização internacional e a entrada em vigor do Protocolo de Montreal (1987).

ANTROPOGÊNICAS: originadas nas alterações que as atividades humanas produzem. Destacamse: - as ilhas de calor: formação de áreas mais quentes que o normal em zonas de grande urbanização. A maior concentração de concreto e asfalto somada à menor existência de áreas verdes aumenta a energia térmica absorvida pela superfície. - a inversão térmica: é o processo natural caracterizado pela formação de uma camada “tampão” quente sobre áreas de vales fechados, beirada de encostas e cidades densamente urbanizadas. Por algumas horas, até que o solo se aqueça, a camada tampão impede movimentação vertical de vento. No caso das cidades, os poluentes ficam retidos bem perto do solo, agravando a poluição atmosférica. - as chuvas ácidas: resultado das reações químicas entre o vapor d’água das nuvens com os poluentes derivados da queima de combustíveis fósseis, principalmente o carvão mineral. As

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Revisão

CONCEITOS DEMOGRÁFICOS - POPULAÇÃO ABSOLUTA: Refere-se ao total de habitantes de um país. - POPULAÇÃO RELATIVA ou DENSIDADE DEMOGRÁFICA: Corresponde ao número de habitantes por quilômetro quadrado. - TAXA DE NATALIDADE: É o número de crianças nascidas vivas, numa região, no período básico de um ano. É expressa em unidades por milhar (‰). - TAXA DE MORTALIDADE: É o número de óbitos, de uma população, ocorridos em uma área definida, no período de um ano. É dividida em mortalidade infantil, juvenil e adulta (‰). - CRESCIMENTO VEGETATIVO: Relação entre as taxas de natalidade e as de mortalidade. - CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO: Além do crescimento natural ou vegetativo, que chamamos de movimento demográfico vertical, a mobilidade horizontal dos povos, ao longo da história (migrações), também influencia o aumento populacional de uma região. Entretanto, como vimos, a principal causa é o crescimento natural. Como as variáveis responsáveis pelo crescimento demográfico apresentam melhor qualidade nos países desenvolvidos, existe uma grande diferença entre esses países e os subdesenvolvidos, quanto ao aumento populacional. - TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL: É a relação entre o número de crianças que morrem até 1 ano de idade sobre o total de nascimentos (‰). Esta taxa é frequentemente utilizada como indicador de saúde materno-infantil. A taxa mundial é de 49,4 ‰, segunda a ONU, as menores taxas são dos países desenvolvidos – Finlândia, Islândia, Japão, Noruega e Suécia (3 mortes a cada mil nascidos). As piores médias são dos países pobres, especialmente das nações africanas e asiáticas. O Afeganistão apresenta a incrível média de 154 ‰. No Brasil, assim como na maioria dos outros países, essa taxa está reduzindo a cada ano. Conforme dados do IBGE, a mortalidade infantil no Brasil segue em declínio. Em uma década (1998 – 2010) passou de 33,5‰ para 22 crianças mortas por mil nascidas vivas. - TAXA DE FERTILIDADE: Capacidade fisiológica que a mulher tem de ter filhos. Consiste no número de mulheres em idade fértil, ou seja, dos 14 aos 49 anos.

- TAXA DE FECUNDIDADE: Número de filhos por mulher fértil. Se a taxa de fertilidade for igual a 2,1, considera-se que houve reposição populacional, mantendo estável o tamanho da população. - POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA (PEA): pessoas inseridas no mercado de trabalho; inclusive os "desempregados", por estarem temporariamente desocupados. - POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE INATIVA (PEI): população não ativa, como os jovens, os aposentados e os "subempregados" que complementam ou obtêm sua renda na economia informal, sem participar diretamente do sistema tributário. Nos PAÍSES DESENVOLVIDOS existe concentração de trabalhadores no setor terciário, que abrange a informática, a mídia, os serviços e o comércio em geral. O setor primário perde cada vez mais funcionários para a mecanização do campo; e o setor secundário está ocupando menor número de trabalhadores, devido ao uso intensivo de máquinas e inclusive de robôs. Nos PAÍSES SUBDESENVOLVIDOS INDUSTRIALIZADOS existe um setor terciário "inchado", caracterizado pela economia informal. Os países subdesenvolvidos não industrializados ainda apresentam elevada população economicamente ativa no setor primário. - DESEMPREGO ESTRUTURAL: Característico de países subdesenvolvidos, ligado às particularidades de sua economia. Explica-se pelo excesso de mão-de-obra na agricultura e pela insuficiência dos equipamentos responsáveis pela geração de empregos. - DESEMPREGO CONJUNTURAL: Também chamado de desemprego cíclico, característico de períodos de crise econômica, quando os bancos retraem os créditos, desestimulando os investimentos, e o poder de compra cai em consequência da elevação dos preços. - IDH: O Índice de Desenvolvimento Humano é uma medida resumida de qualidade de vida obtida pela ONU em três dimensões básicas do desenvolvimento humano: renda (Renda Nacional Bruta – RNB – com base na Paridade de Poder de Compra por habitante, educação média de anos de estudo (adultos) e anos esperados de escolaridade (crianças) e saúde (expectativa de vida ao nascer). O índice varia de 0 a 1. Quanto

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Revisão mais próximo de 1, maior o desenvolvimento humano.

definidas por lei estadual e facilitam a administração/aplicação dos recursos financeiros.

- IPH: O Índice de Pobreza Humana surgiu em 1997 com o objetivo de colocar as enormes disparidades existentes entre países de IDH’s semelhantes. Leva em consideração o número de analfabetos, pessoas que morrem antes dos 40 anos, pessoas com acesso à água potável e crianças subnutridas.

MEGALÓPOLE: Grandes centros urbanos resultantes de duas ou mais metrópoles. Os exemplos mais comuns são a BOSWASH no nordeste dos Estados Unidos, a CHIPITTS na região dos Grandes Lagos, também nos EUA. São Paulo e Rio de Janeiro formam a megalópole brasileira.

- ÍNDICE DE GINI: índice de concentração de renda, apresenta dados entre 0 e 1, onde 0 corresponde a uma completa igualdade na renda e 1 que corresponde a uma completa desigualdade entre as rendas.

CONURBAÇÃO: Encontro de duas ou mais cidades, em consequência do crescimento horizontal. GENTRIFICAÇÃO: Substituição da população de uma área por outro grupo de maior poder aquisitivo. Um exemplo é a transformação de áreas periféricas das cidades em condomínios de luxo.

- MIGRAÇÕES: Atualmente existem cerca de 200 milhões de pessoas no mundo vivendo em países diferentes dos seus países de nascimento. Cerca de 30 milhões são imigrantes ilegais.

ESTATUTO DAS CIDADES: A partir de outubro de 2001, com a aprovação da Lei 10 257, que ficou conhecida como Estatuto da Cidade, houve regulamentação dos artigos de política urbana que constam da Constituição de 1988. O estatuto fornece as principais diretrizes a serem aplicadas nos municípios, por exemplo: regularização da posse dos terrenos e imóveis, sobretudo em áreas de baixa renda que tiveram ocupação irregular; organização das relações entre a cidade e o campo; garantia de preservação e recuperação ambiental, entre outras.

- XENOFOBIA: aversão a pessoas e/ou hábitos estrangeiros. Pode se apresentar como pequenos atos discriminatórios até fortes ações violentas contra imigrantes. - ÊXODO RURAL: saída do homem do campo para a cidade em função da mecanização agrícola. É uma das causas da urbanização desordenada nos países subdesenvolvidos. - TRANSUMÂNCIA: migração sazonal de mão de obra. Consiste em deixar sua região de origem para trabalhar em outra e voltar depois de uma temporada.

GEOGRAFIA DAS INDÚSTRIAS

- PENDULAR: movimento diário típico de trabalhadores e estudantes em regiões metropolitanas.

Bens de produção: também conhecida como indústria de base ou pesada, pode ser extrativa ou de bens de capital. É ela quem transforma a matéria-prima bruta em uma matéria-prima processada. Esse tipo de indústria serve de base para os outros dois tipos de indústria.

URBANIZAÇÃO PAÍSES DESENVOLVIDOS URBANIZAÇÃO

Lenta (a partir do séc. XVIII).

INFRAESTRUTURA URBANA

Ordenada.

REDE URBANA

Equilibrada entre cidades grandes, médias e pequenas.

PAÍSES SUBDESENVOLVIDOS Acelerada (a partir de 1950). Anômala ou desordenada. Macrocefalia urbana (uma cidade gigante, poucas médias e muitas pequenas).

Bens intermediários: esse tipo de indústria fornece produtos beneficiados. É responsável, por exemplo, pela produção de máquinas e especialmente equipamentos que vão ser aproveitados pela indústria de bens de consumo. Exemplos: mecânicas (máquina industrial, trator, motor automotivo, etc.); indústrias de autopeças (acessórios, rodas, pneus, etc.). Bens de consumo: as produções desse tipo de empreendimento industrial estão voltadas diretamente para mercados consumidores de massa e populações em geral. Há divisões a partir das diferentes atuações nos mercados. Pode ser considerada de bem durável ou não durável.

METRÓPOLE: Grande cidade que se destaca por diversas e variadas funções. (polo de influência) REGIÃO METROPOLITANA: Grupo de cidades integradas socioeconomicamente a um centro maior. No Brasil, as Regiões Metropolitanas são

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Revisão São exemplos destas fontes, os combustíveis fósseis (carvão mineral, gás natural, petróleo e xisto) e os minerais energéticos e radioativos.

INDÚSTRIA NO BRASIL: o país teve uma industrialização tardia e dependente, o que se deve a alguns fatores, entre eles: - até 1808, a abertura de indústrias era proibida no território brasileiro, que era uma colônia portuguesa e obedecia ao Pacto Colonial; - após o Pacto Colonial o Brasil passou a ser dependente economicamente da Inglaterra, optando por manter-se agroexportador. Após a independência algumas indústrias surgiram no país, mas baseadas em capital privado e sem força de modificar o modelo agroexportador vigente; - após a crise de 1929, nos Estados Unidos, o Brasil iniciou um processo de industrialização baseado no modelo de substituição de importações, com destaque para as empresas estatais de bens de produção; - a partir da década de 1950, com o governo JK, a política de atração de investimentos estrangeiros para a indústria de bens de consumo foi importante para o crescimento da produção industrial brasileira, mas manteve o cenário de dependência econômica; Esse modelo se manteve durante o governo militar e foi um dos pilares do milagre econômico e do endividamento externo; - nas últimas décadas o Brasil está passando por um processo de desconcentração industrial, isto é, desenvolvimento de infra-estrutura em regiões menos industrializadas com o objetivo de reduzir a concentração da atividade no Sudeste e a dependência do setor pelo estado de São Paulo. Um dos principais exemplos dessas políticas foi a instalação da Zona Franca de Manaus e a criação de diversas refinarias da Petrobras no Sul e no Nordeste; - nos anos 1990, as ideias neoliberais privatizaram algumas empresas estatais, como a Vale do Rio Doce e a Companhia Siderúrgica Nacional, com o objetivo de reduzir o endividamento do Estado.

PETRÓLEO: Não existe consenso no tocante à duração das jazidas de petróleo. As piores previsões têm sido refutadas a partir de novas descobertas e das possibilidades de novas tecnologias de exploração que permitirão extrações em campos difíceis, como as profundezas do oceano e a Sibéria. Alguns cientistas acreditam que a quantidade real de petróleo em um campo acaba sempre sendo muito maior do que o estimado inicialmente. No entanto, por ser um recurso finito e por continuar a ter grande demanda, tudo indica que a produção mundial está perto de chegar ao seu limite. Desvantagens: A extração, o refino e o transporte do petróleo pressupõem riscos de derramamento acidental ou mesmo proposital (como nas operações de limpeza e descarga de navios), que provocam grandes prejuízos ao meio ambiente. Além destes problemas, muitos dos derivados do petróleo produzidos pela indústria petroquímica, como plásticos, fibras sintéticas, tintas, corantes e outros, não são biodegradáveis, criando um grande problema para o ambiente: o lixo. Outros subprodutos do petróleo, como fertilizantes, inseticidas, fungicidas e herbicidas, também podem contaminar o meio ambiente. No Brasil, destacam-se as bacias petrolíferas de Campos e de Santos (pré-sal) localizadas no litoral do Sudeste. O país está entre os 10 maiores exploradores mundiais de petróleo. CARVÃO MINERAL: é uma substância sólida de origem orgânica, resultante da transformação de restos vegetais soterrados e submetidos a intensa pressão. Os principais depósitos formaram-se durante os períodos Carbonífero e Permiano (Era Paleozoica), há cerca de 350 milhões de anos. Vantagens e desvantagens - fonte de energia básica a partir do final do século XVIII, com a Revolução Industrial, e assim permaneceu até a primeira metade do século XX. - o carvão revolucionou a indústria e os transportes devido à sua utilização na navegação e na ferrovia a vapor. - é bastante empregado nas siderúrgicas (carvão coque) e na produção de eletricidade (termelétricas), dado seu alto rendimento na produção de calor.

FONTES DE ENERGIA RENOVÁVEIS: Têm a possibilidade de se renovar, como as energias solar, hidráulica, eólica (ventos), marés e biomassa. Podem se renovar naturalmente e, se cuidadosamente administradas, podem durar indefinidamente. NÃO RENOVÁVEIS: Se esgotam com o uso. Foram necessários milhões de anos para que se formassem e dificilmente voltarão a se formar.

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Revisão - a queima de carvão polui o ar ao lançar na atmosfera componentes químicos e gera chuvas ácidas. No Brasil, as principais jazidas encontram-se nos estados do sul. Em Santa Catarina (maior qualidade) e Rio Grande do Sul (maior quantidade).

ventos a custos competitivos em relação à energia convencional. Trata-se de uma fonte de energia ilimitada nos lugares que apresentam as condições adequadas e que não emite poluentes no ar durante a operação. BIOMASSA: Biomassa é um material constituído por substâncias de origem orgânica. A utilização como combustível pode ser feita a partir de sua forma bruta, como madeira, produtos e resíduos agrícolas, resíduos florestais, resíduos pecuários, excrementos de animais e lixo. Ao contrário das fontes fósseis de energia, como o petróleo e o carvão mineral, a biomassa é renovável em curto intervalo de tempo.

GÁS NATURAL: Além de ser barato e facilmente transportável por dutos, apresenta uma queima quase limpa, que polui muito pouco em comparação aos demais combustíveis fósseis. É uma fonte muito versátil, que pode ser utilizada na geração de energia elétrica. Nas máquinas e altos-fornos industriais, nos motores de veículos e no aquecimento residencial. No Brasil, extrai-se gás na Bacia Amazônica e nas Bacias Atlânticas e importa-se da Bolívia através do gasoduto Bolívia-Brasil.

SOLAR: A energia luminosa do sol pode ser transformada em energia elétrica fotovoltaica e o calor solar pode ser transformado em energia térmica, capaz de produzir eletricidade, aquecer água e ambientes. É uma energia totalmente limpa, mas com custo bastante elevado em relação às fontes tradicionais, além de representar uma fonte de fornecimento descontínuo.

NUCLEAR OU ATÔMICA: Há países como a França, a Ucrânia, a Coreia do Sul, o Japão e os Estados Unidos em que, apesar do custo elevado de instalação, funcionamento e conservação, é grande a produção de energia elétrica em usinas nucleares. Isso é decorrência do esgotamento das possibilidades de produção hidrelétrica e da carência de combustíveis fósseis para a produção de energia em centrais termelétricas. Além disso, o custo comparativo do quilowatt-hora produzido em uma usina nuclear é menor que o obtido em usinas termelétricas que utilizam carvão como fonte primária. No Brasil, encontram-se as usinas de Angra I e II (RJ) em operação e a usina de Angra III (em construção).

GEOTÉRMICA: Em regiões vulcânicas a energia térmica do magma chega muito próximo da superfície e pode ser utilizada para transformar água em vapor. Uma vez transformada em vapor, a produção não se diferencia daquela desenvolvida pelas usinas tradicionais, porém não há queima de combustíveis e liberação de poluentes.

PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA AGROPECUÁRIA NOS PAÍSES SUBDESENVOLVIDOS: Desde o século XVI, a agropecuária tradicional asiática, africana e latino-americana vem sofrendo mudanças. A agricultura de plantation foi introduzida pelos europeus em suas colônias tropicais a partir do século XVI e é praticada até hoje em terras da África, da América Latina e da Ásia meridional.

HIDROELÉTRICA: Os rios que apresentam desnível acentuado em seu percurso tendem a apresentar potencial hidrelétrico aproveitável, principalmente se seu suprimento de água for garantido por clima ou hidrografia favoráveis. Não é necessária a ocorrência de quedas-d'água, mas de desníveis que possibilitem a construção de uma barragem que forme uma represa e crie uma queda artificial. No Brasil, o maior potencial disponível encontrase na Bacia do Rio Amazonas, enquanto que o maior potencial instalado está na Bacia do Rio Paraná.

AGROPECUÁRIA NOS PAÍSES DESENVOLVIDOS: Nos países desenvolvidos, a agropecuária se insere na economia mundializada de mercado, sendo bastante integrada aos setores secundário e terciário. Ao mesmo tempo que atende às necessidades urbano-industriais de alimentos e matérias-primas, representa um mercado de consumo de importantes produtos

EÓLICA: Diversos países, como Estados Unidos, Dinamarca, Grécia, China, Países Baixos e Índia desenvolvem projetos de utilização da energia dos

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Revisão industrializados como máquinas, implementos e insumos industriais. A intensa mecanização e a utilização de técnicas modernas explicam a alta produtividade do meio rural nos países desenvolvidos AGRICULTURA DE SUBSISTÊNCIA: é aquela que atende às necessidades básicas de consumo alimentar dos agricultores e de suas famílias, ainda é praticada em regiões muito pobres do planeta (principalmente na África e na América Latina). Ocorre em pequenas propriedades de os agricultores não têm capitais nem dispõem de meios técnicos (adubos, máquinas etc.). AGRICULTURA DE PLANTATION: Este tipo de agricultura foi introduzido pelos europeus em suas colônias tropicais a partir do século XVI, período que coincide com a decadência do feudalismo e o início da expansão comercial e colonial europeia. • aplicação de grandes capitais na produção de gêneros agrícolas destinados à exportação; • emprego de latifúndios e, em geral, de numerosa mão-de-obra para garantir a produção; • utilização da monocultura agroindustrial. AGRICULTURA DE JARDINAGEM: É praticada no Sudeste da Ásia (Ásia das monções), região superpovoada caracterizada por verões quentes e superúmidos. Trata-se de uma agricultura tradicional que utiliza técnicas mais ou menos aprimoradas (irrigação e adubação) e cuidados especiais em relação aos vegetais e ao solo, atingindo boa produtividade por hectare. MELHORAMENTO GENÉTICO: cruzamento de espécies da mesma família biológica (hibridismo). Consiste em aumentar a resistência às pragas e/ou variações climáticas.

MATRIZ DOS TRANSPORTES NO BRASIL O transporte rodoviário no Brasil foi – e ainda é – o meio responsável pela maior parte dos fluxos de bens e pessoas no país, que priorizou a sua construção para favorecer as empresas estrangeiras do setor automobilístico e promover a entrada delas no país. A expectativa era estruturar o modal rodoviário a fim de propiciar a construção de polos industriais de automóveis no Brasil com o objetivo de ampliar a geração de empregos, embora hoje as indústrias desse setor empreguem cada vez menos trabalhadores, em função das novas tecnologias fabris. O transporte ferroviário no Brasil foi predominante até o final do século XIX, quando estruturava os deslocamentos de mercadorias da economia cafeeira, sendo, por essa razão, bastante consolidado na região Sudeste. As ferrovias, apesar dos elevados custos em suas construções, possuem baixos gastos em manutenção, o que não impediu que, de 1950 até os dias atuais, várias delas fossem sucateadas e até desativadas. O transporte hidroviário é o que possui a menor representatividade e participação nos sistemas de deslocamento nacional, o que é uma grande contradição, haja vista o grande potencial que o país possui para esse modal. No Brasil, a rede hidroviária é muito ampla e muitos rios são navegáveis sem sequer exigir a construção de grandes empreendimentos e estruturas, como obras de correção e instalação de equipamentos.

TRANSGÊNICOS: manipulação genética entre espécies de famílias biológicas diferentes. Consiste em introduzir um gene de uma espécie no código genético de outra com a finalidade de aumentar a resistência a pragas e/ou variações climáticas não atingidas com o melhoramento genético. As críticas comuns aos transgênicos é o fato de serem monopolizados por um grupo pequeno de empresas multinacionais, principalmente a norte-americana Monsanto, bem como a introdução de elementos geneticamente modificados na alimentação humana.

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1.3. HISTÓRIA PRIMEIROS ESTADOS  Egito, Mesopotâmia, China, Índia, Civilização maia, Incas e Astecas.  Estados estruturados dominando comunidades aldeãs de camponeses.  Governos vinculados a religião, podendo o rei ser considerado deus-vivo (Egípcios, Incas) ou representantes dos deuses (mesopotâmia, China, etc).  Baixo número de escravos devido ao regime de servidão coletiva, no qual os camponeses trabalham nas terras consideradas do Estado, pagando tributos para o governo.  Desenvolvimento científico, com aspectos de engenharia (grandes obras), matemática, astronomia (calendários), aspectos da medicina, etc.  Religiões politeístas com divindades ligadas à natureza, com forma humana ou animal.

ANTIGUIDADE CLÁSSICA  Grécia e Roma – deixam grande legado cultural para o Ocidente, como as noções de democracia e cidadania, a filosofia, o direito, a política.  Civilizações marcadas pela Escravidão, migrando lentamente de um modelo onde havia uma base camponesa, foi aos poucos criando o modelo de escravidão por dívidas e, depois, em período de guerras de expansão incrementou a mão de obra escrava com estrangeiros. Tanto na Grécia quanto em Roma a escravidão dos próprios cidadãos passou a ser proibida conforme o desenvolver da política.  Esparta (na Grécia) foi uma cidade marcada pelo militarismo e oligarquia (governo de poucos) exercida pelos cidadãos-militares. Atenas (na Grécia) transitou de um governo de aristocracia (nobreza) para a democracia (governo do povo), onde incluiu a camada comercial (demiurgos) e população pobre da cidade (Thetas). A democracia ateniense, que se espalhou por diversas cidades gregas foi caracterizada por ser direta e participativa (a do mundo atual é indireta e representativa),

porém excluía as mulheres, estrangeiros e escravos (perto de 90% da população).  A cidade de Roma iniciou sua história com uma monarquia (753 a.C.) comandada pela aristocracia patrícia e no princípio do século VI a.C. criou a República (“coisa de todos”), ampliando a participação política para as camadas mais pobres (plebeus). Ao longo do período republicano os plebeus ganharam espaços políticos e quase se igualaram, em direitos, aos patrícios.  Tanto romanos como gregos começaram a classificar os povos estrangeiros como “bárbaros” e passaram a ter uma visão etnocêntrica de mundo, ou seja, uma visão onde a sua civilização era superior às civilizações bárbaras.

Durante a República Romana, os Irmãos Graco foram Tribunos da Plebe e sugeriram ao Senado a Reforma Agrária. Acabaram mortos pela proposta considerada radical pela elite patrícia.

IMPÉRIO MUÇULMANO MEDIEVAL  Fundado por Maomé, o grande profeta do Islamismo, o império árabe medieval começou a ser levantado no século VII da era cristã, sendo considerado um Império Teocrático, pois vinculava a expansão de territórios à ideias religiosas.  Antes de Maomé (570 – 632) a península arábica era marcada pela fragmentação política e pelo politeísmo.  Historiadores consideram que o islamismo surge da influência do Cristianismo. Maomé era comerciante que partia em caravanas para Constantinopla e lá começou a ter contato com a religião cristã. A ideia em um deus único,

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com juízo final e julgamento dos vivos e dos mortos do cristianismo aparece também no Islã.  O império iniciado por Maomé teve uma das principais forças militares do mundo medieval e seu processo de expansão pelo norte da África e em direção à Europa contribuiu para a fragmentação europeia no modo Feudal.

EUROPA FEUDAL  A partir do século III, quando ainda existia o Império Romano, as invasões germânicas foram desestruturando a economia e a política de Roma. O êxodo urbano e o declínio comercial levaram milhões de pessoas a viverem em unidades rurais (feudos) sob domínio de grandes senhores de terras com seus exércitos próprios.  Os senhores de terras foram aos poucos fazendo alianças entre si, enquanto o governo romano se corroía. Daí nasciam as alianças de suserania e vassalagem. Nos primeiros tempos esses senhores eram também líderes guerreiros, que aos poucos se transformaram em “nobreza” de nascimento, iniciando um período que se estende desde a idade média até o século XIX na Europa em que os nobres tinham privilégios e poderes frente ao restante do povo.  O Feudalismo se formou e foi caracterizado por uma sociedade com domínio da nobreza e do clero sobre o povo. Os nobres e clérigos eram proprietários de grandes lotes de terras (feudos) onde a mão de obra básica era de camponeses sob regime de servidão. Os camponeses pagavam tributos à elite em troca de proteção militar e pela posse de terras para o trabalho.

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 Na falta de um governo central forte, os nobres faziam alianças entre si de ajuda mútua em caso de guerra. Dessas alianças também nasciam os casamentos arranjados que faziam com que os nobres casassem com nobres e populares com populares, havendo a restrição de casamentos fora de sua classe social.  O poder ideológico sobre a Europa ocidental era da Igreja Romana, que se colocava como “dona do saber” numa época de cultura iletrada. A Igreja impôs uma visão teocêntrica de mundo.

BAIXA IDADE MÉDIA (SÉC. XI-XV)  Teve transformações que possibilitam o Renascimento Comercial e Urbano e a fase de formação do capitalismo, (“pré-capitalismo”).  Diminuição de guerras feudais e das migrações germânicas, possibilitando um período de prosperidade para a Europa.  Incremento tecnológico, com o arado de ferro, os moinhos de água e vento, a rotação trienal dos campos. Com a tecnologia se possibilitou um aumento da produção que gerou o excedente comercial.  Renascimento Comercial e Urbano, com o nascimento da camada de comerciantes que foi se desvinculando da vida feudal: a burguesia.  Atividade bancária, crescimento do artesanato e das Corporações de Ofício, comércio de especiarias orientais via Mediterrâneo.  Criação de universidades na Europa; na arquitetura desenvolve-se o estilo gótico, com igrejas elevadas, de vitrais coloridos e grande espaço interno.  Entre os séculos XI e XIII ocorreram as Cruzadas, disputas entre cristãos e muçulmanos pela Terra Santa (Jerusalém). Era uma tentativa de expansão territorial europeia que acabou se mostrando falhada.  No século XIV, uma crise agrícola gerou um grande surto de fome que facilitou a propagação da Peste Bubônica (peste negra) que pode ter matado até 1/3 da população europeia. Em meio à crise, revoltas camponesas e a Guerra dos Cem Anos entre Inglaterra e França, uma disputa pelo trono francês. Esse período todo foi chamado de Crise do Feudalismo (séc. XIV e XV)


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IDADE MODERNA: MONARQUIAS ABSOLUTISTAS  Os Estados Nacionais Europeus começaram a se organizar em meio a Crise do feudalismo.  Houve, por um lado, a aproximação do Rei com setores da nobreza para controlar as revoltas sociais. O rei, que centralizava o poder, dava cargos e pensões para os nobres.  Por outro lado, o rei fomentava as relações de comércio, que haviam se tornado altamente lucrativas, visando o entesouramento do Estado. A camada comercial – Burguesia – ganhava monopólios e crescia sob proteção do rei.  O poder ideológico no Estado Moderno continuava com a Igreja Católica, que havia sido a grande instituição da Europa Feudal e agora dividia poder com o Estado. Uma das principais justificativas do poder real foi dada pelo teólogo J. J. Bossuet em sua obra “a política retirada das sagradas escrituras”, onde criou a ideia de Direito Divino dos Reis.  No século XVIII os iluministas convencionaram chamar as monarquias dos séculos anteriores de Absolutistas, pois o rei teria poder “absoluto” por não encontrar limites legais para seu poder (uma Constituição nos moldes democráticos como temos nos tempos atuais) e nem a divisão dos 3 poderes.  Em meio à ascensão dos Estados Modernos Maquiavel escreveu a obra fundamental da ciência política, O Príncipe, inspirando-se na antiguidade para sugerir maneiras de chegar e se manter no poder. A síntese do livro se dá com a frase “os fins justificam os meios”, ou seja, o “fim” é o poder e qualquer “meio”, se for pra chegar ao poder, é válido. IDADE MODERNA: MERCANTILISMO  Mercantilismo é o nome que se deu à uma série de ações e práticas econômicas dos Estados absolutistas. Note que mercantilismo deriva de mercantil (comercial), pois o Estado estimulava o comércio como forma de obtenção de riquezas.  O grande objetivo era o metalismo – obtenção de metais preciosos – pois a Europa vivia a crise dos metais.  Foram princípios associados ao Mercantilismo: busca da balança comercial favorável; incentivo às manufaturas (Europa) e agricultura (Colônias); concessão de monopólios; protecionismo;

 Buscando ampliar mercados, os reis absolutistas impulsionaram as Navegações e o colonialismo.

IDADE MODERNA: NAVEGAÇÕES  Portugal foi o primeiro país europeu a se unificar em torno do poder de um rei absolutista (Rev. de Avís, 1385). Lá houve grande aproximação do Rei com os setores burgueses, nascendo o projeto marítimo a partir disso.  As navegações se deram, sobretudo pela busca de novas rotas para as “Índias” para se buscar especiarias que chegavam na Europa pelo Mediterrâneo, sendo as rotas dominadas por italianos e árabes.  O contexto histórico, marcado pela ascensão do Absolutismo, do mercantilismo e da visão racional que acompanha o Renascimento.  As navegações representam, sob certa ótica, a ruptura com um pensamento medieval supersticioso sobre os mares para dar início à uma época de imposição do Homem sobre as águas.  As navegações do século XV e XVI são marcadas como o início do processo de Globalização.

IDADE MODERNA: RENASCIMENTO  A Renascença marca a transição da mentalidade medieval para a moderna, pois podemos ver que o movimento inicia no fim da Idade Média e se consolida na modernidade.  O Renascimento trás críticas ao pensamento medieval excessivamente religioso, buscando inspiração na cultura Antiga (Grécia e Roma) para criar uma cultura da Idade Moderna.  Características: Humanismo, Racionalismo, Empirismo, Antropocentrismo, Individualismo, Naturalismo, Hedonismo.

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IDADE MODERNA: REFORMA RELIGIOSA  Em meio às transformações do princípio da Idade Moderna, o campo religioso assistiu à ruptura com o monopólio católico.  No contexto da Reforma vemos o avanço dos poderes nacionais (Reis e Nobres) e da burguesia, que questionam o poder da Igreja.  Lutero criou uma Igreja mais simples e que não se envolvia nas questões políticas.  Calvino valorizou o trabalho, deu ênfase na predestinação e permitiu o lucro.  Henrique VIII criou a Igreja Anglicana, de teor nacional.  Em comum, as Reformas pregavam a livre leitura da Bíblia e a salvação pela fé.

 Marcada por derrubar os entraves feudais, ao abolir os privilégios da nobreza e colocar a Igreja Católica sob controle do Estado.  Havia um disputa entre dois projetos burgueses, o dos Jacobinos (mais popular) e o dos Girondinos (alta burguesia).

  

 COLONIZAÇÃO DO BRASIL  Imposição dos valores europeus, considerados superiores. Os indígenas deveriam ser catequisados.  Colonização de moldes mercantilistas, buscando um grande produto na colônia para lucro de Portugal. 

ECONOMIA COLONIAL DO BRASIL Base na Plantation (latifúndio, monocultura e agroexportação) e Escravismo (o africano era um “produto” altamente lucrativo). O pau-Brasil, primeira economia, se deu sem colonização e com sistema de escambo (trocas) com indígenas. A economia açucareira se deu após o sucesso dessa economia nas ilhas oceânicas portuguesas. grande participação holandesa. O ouro apareceu como grande produto no século XVIII, possibilitando o crescimento de cidades nos arredores das áreas mineradoras.

ILUMINISMO  Com o avanço do comércio e da indústria foi havendo uma crítica cada vez mais marcante ao chamado “Antigo Regime”, simbolizado pelo Absolutismo, Mercantilismo, Intolerância Religiosa e sociedade Estamental.  O Iluminismo é identificado à burguesia, classe social que crescia e reivindicava espaço.  Havia uma defesa da liberdade (expressão, religião, comércio, etc), Igualdade (jurídica) e manutenção da propriedade.

REVOLUÇÃO FRANCESA Revolução burguesa com apoio popular contra o Antigo Regime na França.

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 

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL Confirmou a maturação do capitalismo, quando a burguesia se afirmava. Consolidou a passagem do capitalismo comercial para Industrial. Criou a sociedade capitalista, Burguês (dono dos meios de produção) x proletariado (vende força de trabalho). Criou grandes aglomerados urbanos, com pobreza e más condições. Baixos salários, com agravante para mulheres e crianças. Surgem movimentos sociais como Ludismo, Cartismo, Socialismo utópico e Socialismo científico.

INDEPENDÊNCIAS AMERICANAS  Acontecem sob inspiração do iluminismo e na época da Revolução Industrial.  EUA forma a primeira república em 1776, mantendo o regime escravista.  A 2ª República do continente é a do Haiti, que fez a independência com uma rebelião gigante de escravos.  O Brasil foi o único a manter o regime monárquico, que auxiliou também na manutenção do território unido.

BRASIL: 1º REINADO  Constituição de 1824, com Unitarismo, voto censitário e poder moderador. BRASIL: REGÊNCIAS  Época de medidas descentralizadoras e rebeliões de fundo republicano (Farroupilha, Cabanagem, Sabinada) BRASIL: 2º REINADO  Época do nacionalismo, com valorização do indígena na narrativa histórica, na perspectiva do romantismo.  Café aparece como grande produto de exportação.  Modernização: a Era Mauá, com bancos, ferrovias, casas de comércio.


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 Transição da mão de obra, com gradual abolição da escravidão e entrada de imigrantes. Os imigrantes faziam parte do projeto de “branqueamento/civilização” do Brasil.  Conflitos na região do prata, por territórios e áreas estratégicas, que acabam gerando a Guerra do Paraguai (1864-70).  Declínio da monarquia após a Guerra do Paraguai, com crescente movimento republicano e abolicionista.

IMPERIALISMO  Política agressiva de busca de mercados na época da 2ª Revolução Industrial.  Neocolonialismo sobre África e Ásia.  Justificativas: “Missão civilizadora”, “Fardo do homem branco” e “Darwinismo social”, que contribuem para o conceito de Determinismo Biológico.

PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL (1914-18)  “A filha do imperialismo”  Corrida imperialista + armamentismo + Nacionalismos + política de alianças  Questão balcânica  interesse austríaco e alemão versus pretensões russas.  Característica: guerra de trincheiras  Pós guerra: Crise do liberalismo, ascensão econômica dos EUA, redesenho do mapa europeu (leste), fim dos impérios: turco, alemão, russo e austro-húngaro.  Tratado de Versalhes: penaliza em exagero a Alemanha (motivação para o revanchismo nazista). 

O assassinato de Francisco Ferdinando foi o estopim da Guerra, entretanto suas raízes encontram-se nas contendas imperialistas,

REVOLUÇÃO RUSSA (1917)  Criação do primeiro país socialista do mundo – URSS (1923)  Origens: estagnação política econômica: Rússia pós-feudal e Absolutista (Czarismo)  Na 1ª Guerra Mundial – Rússia x Alemanha = Rússia sofre perdas territoriais e humanas.  Organização dos Soviets – organizações populares contrárias ao governo (desde 1905)  Partido Operário divide-se em Menchevique (quer transição para o Socialismo) e Bolchevique (deseja o socialismo imediato).  Mencheviques – Revolução de Fevereiro = Queda do Czar e regime liberal  Bolcheviques – Revolução de Outubro = Socialismo  Governo de Lênin (1918-24) – construção do socialismo e NEP (nova política econômica)  Governo de Stálin (1925-53) – modernização & ditadura totalitária.

CRISE DE 1929  Dos EUA para o mundo (exceto URSS que tinha economia planificada)  Crise do capitalismo liberal clássico (laissezfaire) e de superprodução industrial.  Antecedentes: crescimento econômico dos EUA durante e depois da 1ª Guerra Mundial. Crescimento industrial pautado nas exportações, ampliação do mercado interno e venda de ações de valores. Crescimento da “especulação financeira”.  Surge o american way of life, marcado pelo consumismo.  Reorganização europeia = diminuem exportações = fim dos anos felizes dos EUA.  Falta de mercado consumidor  falência de empresas  Crash da bolsa de Nova Iorque.  Controle da Crise  NEW DEAL – programa de intervenção do Estado na economia.  Atenção: Crise de 29 [indústria; liberalismo clássico] X Crise de 2008 [imobiliária; neoliberal]

FASCISMOS  Regimes totalitários de extrema direita  Contexto da ascensão: crise econômica, revanchismo, imperialismo, elites contra o socialismo (bolchevismo)  Características: totalitarismo / ultranacionalismo / ufanismo / romantismo /

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idealização do passado / massificação / negação da luta de classes / grande líder carismático / antiliberalismo / apoio às grandes indústrias nacionais / partido único / anticomunismo / imperialismo / doutrina de superioridade racial. Regimes como o de Mussolini e o de Hitler foram inspiradores de diversos outros pelo mundo nos anos 1920/30. Esses regimes se pautavam na crítica à democracia liberal, defendendo a ideia de um partido único que representasse os interesses do coletivo, da nação. O forte discurso nacionalista, com a construção de um passado romantizado e difundido através dos meios de comunicação de massa e da educação formal auxiliavam no processo de massificação. Obviamente, era necessário encontrar inimigos para se fortalecer a união da nação, que era vista como superior por determinismo biológico. Os comunistas – por defenderem a igualdade socioeconômica de todos foram os primeiros alvos dos regimes fascistas, depois deles cada um encontrou novos “inimigos”. Hitler achou nos judeus, ciganos, homossexuais, negros e outras minorias a origem dos problemas alemães.

SEGUNDA GUERRA MUNDIAL (1939-45)  Considerada por muitos historiadores como uma continuação da Primeira Guerra, pois não haviam se resolvido as contendas imperialistas, continuou a corrida armamentista e houve uma nova política de alianças.  ANTECEDENTES: expansionismo do Eixo (ALE/ITA/JAP); isolacionismo dos EUA; “política do apaziguamento” de ING e FRA.  Esvaziamento da Liga das Nações  Antes da Guerra: ALE anexa Áustria e parte da Tchecoslováquia, tendo também interesse no “corredor polonês”.  1939 – ALE tem acordo de não agressão com URSS e partilha a Polônia com Stálin. Ao invadir a Polônia, a ALE tem declaração de guerra por parte de ING e FRA. Inicia a guerra.  Expansão do EIXO (1939-42): ALE invade diversos países da Europa, incluindo a FRA e o ataque à ING (Batalha da ING). Em 1941 a ALE invade a URSS; JAP ataca EUA (Pearl Harbor).  Avanço dos ALIADOS (1943-45) – Batalha de Stalingrado: URSS vence a ALE e inicia a contraofensiva ao nazismo. EUA causa derrotas ao JAP no Pacífico. Em 1943: Batalha de El Alamein no Egito e a derrota dos Afrika Korps

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(ALE). Em 1944: Dia D (retomada da França), Campanha da Itália (participação do Brasil); URSS toma leste europeu.  FIM DA GUERRA (1945): URSS toma Berlim, Aliados tomam a Itália. Vem a tona o Holocausto (extermínio dos judeus e minorias em campos de extermínio). JAP não se rende e EUA lançam mão das bombas atômicas. EUA, ING e URSS fazem acordos para áreas de influencia na Europa, para desnazificação (partilha da ALE) e criação da ONU.

GUERRA FRIA (1945-91) Período marcado pela existência de duas superpotências que emergiram durante a 2ª Guerra Mundial – EUA e URSS – que ficou marcado pela disputa entre o modelo Capitalista (EUA) e Socialista (URSS) de mundo. A disputa foi ideológica, política, econômica, de armamentismo, de propaganda (envolvendo a Corrida Espacial), marcada por conflitos indiretos (como a Guerra do Vietnã) e a busca de áreas de influência (em especial África, Ásia e América Latina).

Destaques da Guerra Fria  1945 – início da “Guerra Fria”: discurso da “Cortina de Ferro” no leste europeu (Churchill) / Bombas atômicas sobre o Japão (início da corrida armamentista) / Conferência de Potsdam (Partilha da Alemanha);  1947 – Independência da Índia – após a ação pacifista de Ghandi, a Índia se torna livre da Inglaterra, marcando o início das emancipações de Ásia e África do jugo imperialista.  1953 – Coexistência Pacífica – após a morte de Stálin, o novo presidente da URSS, Kruschev, anuncia que vai buscar aproximação e coexistência com EUA  1955 – Conferência de Bandung – “terceiro mundo” – países de África e Ásia em reunião dizem que não fazem parte do bloco dos EUA (1º mundo) ou do bloco da URSS (2º mundo), buscando o não alinhamento com a Guerra Fria.  1957 – a URSS lança o Sputnik, primeiro satélite artificial lançado, iniciando a Corrida espacial.  1959 – Revolução Cubana: Castro, Che Guevara e os guerrilheiros Sierra Maestra derrubam o


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governo ditatorial pró-EUA de Fulgêncio Batista e instalam um governo nacionalista que em 1961 se declarou aliado da URSS. A Guerra Fria chegava na América Latina. 1961 – URSS leva Yuri Gagárin ao espaço. Primeiro Astronauta ou cosmonauta. 1969 – EUA leva o homem à lua. 1972 – Tratado de não proliferação de armas entre EUA e URSS, após os SALT (Strategic arms limited talks). Chamamos o período de detènte (distensão). 1980 – ascensão de Reagan nos EUA e a nova Guerra Fria. Projeto Guerra nas Estrelas. 1985 – ascensão de Gorbachev na URSS e tentativa de reformar o socialismo. Perestroika (reestruturação) e Glasnost (transparência). 1989 – Queda do Muro de Berlim. O muro foi o símbolo da Guerra Fria, construído em 1961 pela URSS, foi derrubado em meio a política reformista de Gorbachev. 1991 – Queda da URSS. Disputas internas levaram a golpe contra Gorbachev, a população se levanta contra o golpe e políticos como Boris Yeltsin aproveitam para desarticular a URSS e o socialismo no país. Fim da Guerra Fria.

QUASE GUERRAS (NA GUERRA FRIA)  Revolução Chinesa (1945-49) – com a implantação do socialismo por Mao Tse Tung, nascia o país que tem socialismo até hoje e foi importante para a expansão do socialismo mundial.  Guerra da Coreia (1950-53) – Os norte coreanos (socialistas) invadiram o sul pra tentar unificar o país. Os EUA auxiliam o sul e a URSS auxilia o norte. É o conflito mais nevrálgico da Guerra Fria, quase levando as superpotências ao confronto direto. A morte de Stalin arrefeceu os ânimos e EUA e URSS chegam a acordo e se retiram da Coreia.  Guerra do Vietnã (1959-75). Era um conflito interno no Vietnã do Sul, onde a guerrilha vietcongue queria o socialismo no país. Sob a teoria do “efeito dominó” (que se o Vietnã virasse socialista, todo sudeste asiático também viraria) os EUA interferem no conflito. No fim das contas o Vietnã do Norte (socialista), com amparo soviético, invade o sul. Em 1975, em eleição, após a retirada dos EUA, o Vietnã se torna unificado e socialista.

As “minorias” na Guerra Fria Em diversos locais do mundo vimos manifestações de grupos insatisfeitos com a Guerra Fria e com as imposições do estabilishment nos anos 1950, 60 e 70.  Mulheres – o movimento feminista, requerendo a igualdade com os homens e denunciando o mundo patriarcal, sobretudo com a ascensão da pílula anticoncepcional;  Negros – movimento que ganhou força nos EUA, onde havia forte segregação racial. Líderes pacifistas como Luther King ou radicais como Malcom X (Panteras Negras). No Brasil se viu também tais movimentos.  Hippies – “faça amor, não faça guerra’. Movimento que defendia uma espécie de anarquismo criando vínculos com a natureza e a busca do pacifismo.  Jovens – participam de movimentos estudantis, pedindo o fim da sociedade conservadoras, ao liberação de drogas. Movimentos feministas e negros aparecem agregados. Época da ascensão do Rock’n’roll.

BRASIL DA REPÚBLICA OLIGÁRQUICA (1889-1930)  República nasce de movimento militar positivista (Ordem e Progresso);  Constituição de 1891: voto universal (exceto mulheres, analfabetos, padres, soldados, indigentes, indígenas) / voto aberto (possibilita o voto de cabresto).  Governos das oligarquias – grandes fazendeiros “coronéis” – acordos políticos como o “Café com leite” e a “política dos governadores”.  Ruralização / clientelismo políticp / voto de cabresto / “Questão social é caso de polícia” / ausência de legislação trabalhista.  Movimentos contestatórios nos anos 1920 – Semana da Arte Moderna / Partido Comunista / Tenentismo (jovens oficiais do exército contra corrupção eleitoral).  Revolução de 30 – Getúlio no poder após golpe militar que apoiou Vargas apesar deste ter perdido a eleição em 1930.

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ERA VARGAS (1930-45)  Vargas assume o poder e implanta regime antidemocrático no país. Inicialmente chamase “Governo provisório”, que extingue a Constituição. Em 1934 haveria um período constitucional que logo foi sepultado com a implantação do Estado Novo (1937), ditadura que tem inspiração fascista (apesar disso, Vargas não é caracterizado como fascista, mas como populista).  Caracterização: discurso nacionalista / intervenção econômica (criação da Vale do Rio Doce e Siderúrgica Nacional) / diversificação produtiva (além do café, incentiva o açúcar, algodão, pecuária, erva mate, cacau, etc) / “industrialização por substituição de importações” / modernização / legislação trabalhista (controle das massas) / carismático / trabalhismo / populismo.  POPULISMO: estilo político que marcou a América Latina de meados do século XX, marcado por um governante carismático de forte discurso nacionalista que controla as massas enquanto conduz o processo de modernização de seu Estado. Assume feições que lembram o fascismo, sem todo seu exagero.. Vargas (BRA), Peron (ARG), Cardenáz (MEX).  Constituição de 1934: voto secreto / voto feminino / leis trabalhistas  Constituição de 1937 (Estado Novo) – fim do federalismo / interventores estaduais / fim dos partidos políticos / censura / repressão  ESTADO NOVO: Vargas implanta uma ditadura sob a alegação de combate ao comunismo após a Intentona Comunista (1935) e a divulgação do falso Plano Cohen (1937). Além de todos os instrumentos constitucionais de controle, Vargas ainda manipulou os sindicatos (“sindicatos pelegos”) para agirem para seu favor, criou o DIP (Depto. de Imprensa e Propaganda), que fez uma imagem popular e carismática de Vargas, e a Polícia Secreta que caçava os opositores do presidente.  ABERTURA POLÍTICA: O Brasil lutou a 2ª Guerra Mundial contra o Nazismo e Fascismo, o qeu colocou Vargas em contradição, pois era um “ditador lutando contra ditaduras”. Ao fim da Guerra, veio a abertura política, com pluripartidarismo, anúncio de eleições, anistia para os inimigos de Vargas, etc. Vargas foi afastado para realização de novas eleições, que puseram fim ao momento ditatorial.

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O regime de Vargas guarda algumas semelhanças com os regimes fascistas europeus. Nacionalismo, massificação, ampla propaganda são alguns exemplos. No caso, vemos propagandas de Vargas (esquerda) e Hitler (direita) com muita semelhança.

BRASIL DEMOCRATICO (1946-64)  Período da Guerra Fria, Brasil alinhado com os EUA.  Caminhos para o desenvolvimento: LIBERAIS defendiam que a abertura econômica e parceria com países capitalistas desenvolvidos ajudariam no crescimento do Brasil (principal partido: UDN) enquanto os NACIONALISTAS acreditavam que o país deveria crescer por forças próprias, criando estatais, fazendo crescer a ação do Estado (partido: PTB, de Vargas).  PRESIDENTE DUTRA (1946-51) – alinhamento com EUA / ruptura com URSS / Abertura econômica liberal (importações) / Plano SALTE (Saúde, alimentação, transporte e energia);  PRESIDENTE VARGAS (1951-54) – Nacionalismo, trabalhismo e populismo. Em disputa com a base liberal do Congresso, aprova a criação da Petrobrás (1953). Dá 100% de aumento no salário mínimo em 1954. É atacado pelos liberais na política e meios de comunicação. Episódio emblemático: atentado da rua toneleiros, quando Carlos Lacerda sofre tentativa de assassinato e o major Rubens Vaz é morto. Vargas, pressionado a renunciar por ser considerado mandante do crime, acaba cometendo suicídio.  PRESIDENTE JK (1956-61) – “vamos modernizar o Brasil 50 anos em 5” disse JK na sua campanha eleitoral. JK construiu estradas, hidroelétricas, Brasília,etc. Modernizava o país, entretanto sem investir na área social –


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educação e saúde. Termina o mandato como um bom presidente, mas deixando o país com dívida externa e inflação.  PRESIDENTE JANGO (1961) – com forte discurso de aproximação com o povo, é eleito com o samba “varre, varre vassourinha” (varrer a corrupção). Adotou a “Ação Moralizadora” e a “Política externa independente” (propondo reaproximação com URSS; condecora Che Guevara; manda o vice Jango à China). Perde o apoio da UDN e renuncia.  PRESIDENTE JANGO (1961-64) – Assume após o Movimento da Legalidade de Leonel Brizola, pois diversos setores conservadores não aceitavam João Goulart como presidente por dizer que ele era uma “ameaça comunista”. Jango propôs as reformas de base (entre elas a reforma agrária) e sofreu o movimento contrário capitaneados pela ideologia da Segurança Nacional. Os militares se viam como tutores do Estado e depuseram Jango para “livrar o Brasil do comunismo”.

 No fim dos anos 1970, com o fim do milagre econômico, os militares empreenderam um processo de abertura “lenta, gradual e segura”. Os Atos institucionais foram sendo revogados. Em 1979, veio a Lei da Anistia, perdoando os inimigos do Estado e dando fim à perseguição a diversos políticos, jornalistas, artistas, etc.  Apesar da abertura, pessoas como Vladimir Herzog ainda foram mortas nos porões da ditadura.  Em 1984 ganhou força a campanha Diretas Já, que pedia eleições diretas para as eleições presidenciais de 85. Apesar das carreatas, discursos inflamados e toda a mobilização, o congresso não aprovou a Emenda Dante de Oliveira (que propunha as eleições diretas). Em 1985, entretanto, mesmo com eleições indiretas, o candidato dos militares (A Arena convertia-se em PDS), Paulo Maluf, foi derrotado pelo PMDB de Tancredo Neves.

Resistência popular Na época do regime militar houve a censura nos meios de comunicação, com livros, discos, peças de teatro, noticiários e novelas sendo censurados. Muitos artistas apelaram para as metáforas para expressarem sua contrariedade ao sistema. Chico Buarque fez, por exemplo, a canção Cálice, onde fala “pai, afasta de mim esse cálice”, a palavra cálice, no entanto, pode ser lida como “cale-se”. Os movimentos estudantis iam as ruas, mesmo sendo confrontados pela polícia, denunciar a ditadura. A UNE (União Nacional dos Estudantes) foi proibida e passou a fazer reuniões secretas. Os militares afirmavam que no Brasil havia a “democracia racial” (negros, indígenas e brancos vivendo em harmonia), mas cantores negros como Tony Tornado denunciavam o racismo (mesmo sendo presos). Alguns grupos partiram para a luta armada, nascendo guerrilhas como a VAR-Palmares, MR8, VPR, do Araguaia, etc. No final dos anos 70 o movimento sindical ganharia força.

DITADURA MILITAR (1964-85)  Sob a justificativa de “combate ao comunismo e à corrupção” instala-se um regime de exceção que durou 21 anos no país.  CARACTERÍSTICAS: Fortalecimento do poder do presidente (militar) / Atos Institucionais (Ais) – decretos lei / Bipartidarismo (Arena e Mdb) / Eleições indiretas (presidente escolhido por Colégio eleitoral) / Censura / perseguição às oposições / abertura econômica / Milagre Econômico / Ufanismo / Obras faraônicas.  O Regime militar foi se fechando aos poucos. Nasceu para durar um ano, foi ampliado para 3 e foi ficando. Durou 21 anos. Os presidentes, através dos Atos Institucionais foram organizando a ditadura.  No plano econômico o período foi marcado pelo “Milagre Econômico Brasileiro”. Os militares promoveram o “arrocho salarial” (achatamento do salário mínimo), investiram em infraestrutura (estradas, geração de energia elétrica – exemplo: usina de Itaipu) e atraíram multinacionais. A produção industrial e as exportações faziam o PIB brasileiro crescer a mais de 10% ao ano. Entretanto, não se distribuía a renda e o Brasil era (e ainda é) um dos países com maior desigualdade social do mundo.

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Na charge ao lado, Latuff faz a crítica à Anistia, pois além de perdoar os inimigos do governo, também anistiou os militares responsáveis por violação dos Direitos Humanos – como assassinatos e torturas –da responsabilidade por seus crimes. Diversos países da América Latina tiveram regimes semelhantes ao do Brasil, mas só em nosso país esses militares foram anistiados.

BRASIL APÓS 1985  ANOS 80 – “Década perdida” – depois dos regimes militares, a América Latina como um todo entra em um processo semelhante: endividamento e inflação. No Brasil, o presidente Sarney (1985-90) criou planos de controle à inflação que não obtiveram sucesso (Planos Cruzado I e II, Bresser e Verão). O resultado chegou a mostrar mais de 2000% de inflação ao ano.  CONSTITUIÇÃO DE 1988 – A “Constituição Cidadã” é a mais democrática do Brasil, garantindo amplo direito de organização (sindicatos, associações), liberdade de expressão, criminalização para o racismo, respeito às diferenças religosas, etc. A legislação trabalhista foi ampliada, com a licença maternidade de 4 meses, a licença paternidade, o direito à greve. Foram reconhecidos os direitos indígenas e quilombolas. Os analfabetos ganham direito facultativo de voto, assim como os jovens entre 16 e 18 anos e os maiores de 70.

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 ANOS 90 – medidas neoliberais – Collor (que depois sofreu impeachment por corrupção) e FHC instalaram ideias neoliberais procurando controlar a inflação e buscar o crescimento econômico. FHC privatizou a Vale do Rio Doce, promoveu a quebra do monopólio da Petrobras sobre o petróleo brasileiro. Também FHC criou o Plano Real (quando ainda era ministro de Itamar Franco), conseguindo a estabilização monetária e o controle da inflação.  ANOS 2000 – medidas sociais – Lula virou presidente em 2003, em especial devido às críticas que FHC e seu grupo sofriam pela falta de investimento nas áreas sociais. Lula unificou programas sociais em torno do Bolsa-família, desenvolveu o PROUni (acesso ao ensino superior), buscou programas de distribuição de renda levando ao aumento da classe C no Brasil. O sucesso de seu governo permitiu sua reeleição e, posteriormente, a eleição e reeleição de sua sucessora do PT, Dilma Rousseff.

Na charge de 1988, publicada em O Estado de São Paulo por Miguel Paiva, se vê uma crítica à diferença entre teoria e prática na Constituição de 1988: a lei garante várias medidas sociais, entretanto a sociedade continuava bastante desigual e haviam muitos problemas sociais.


Revisão Sociologia

1.4. SOCIOLOGIA O QUE É SOCIOLOGIA?  A Sociologia é o estudo da sociedade. É uma ciência social – termo que por vezes é seu sinônimo – que usa vários métodos de investigação empírica e de análise crítica para desenvolver e aperfeiçoar um campo teórico de conhecimentos sobre a atividade social humana, por vezes com o objetivo de aplicar este conhecimento na busca do bem-estar social. Os temas que abordam variam de micro nível interações e intercâmbios até o macro nível de sistemas e estruturas sociais abstratas. A sociologia é, metodologicamente e tematicamente, uma disciplina muito ampla.  Seu foco tradicional inclui a estratificação social, as classes sociais, a mobilidade social, religião e secularismo, lei e dever. Todas as esferas da atividade humana são conformadas com a estrutura social e a ação do indivíduo. A sociologia gradualmente expandiu seu foco para incluir outros assuntos, como saúde, militarismo, instituições penais, a internet e mesmo as regras para a atividade social no desenvolvimento do conhecimento científico. O escopo dos métodos científicos sociais também se expandiu bastante.  Os pesquisadores de ciências sociais trabalham com grande variedade de técnicas, tanto qualitativas quanto quantitativas. A virada linguística e cultural da metade do século XX levou ao crescimento de abordagem interpretativas, hermenêuticas e filosóficas na análise da sociedade. Ao mesmo tempo, nas décadas recentes, houve o surgimento de novas técnicas analíticas, matemáticas, computacionais e estatísticas, com rigor científico, como o modelo e análise de redes sociais.

O SÉC. XIX  Independência de várias ciências da filosofia: História, Biologia, Sociologia, Psicologia, Física, Química...  O surgimento do positivismo de Comte;  O darwinismo e as explicações biológicas  O historicismo e a melhor maneira de explicar o humano;  Durkheim, Weber e Marx. AUGUSTO COMTE (1798 – 1857)  Comte foi o fundador do Positivismo doutrina de caráter conservador que lançaria raízes na América Latina. No Brasil a proclamação da república de 1889 será obra das ideias positivistas: desde então a bandeira brasileira tem a Ordem e Progresso. Benjamin Constant, o ministro da Instrução Pública nessa época, reforma o ensino de acordo com os de vistas de Comte. (Verdenal, 1974, p. 234)  Auguste Comte, filósofo e inaugurador da Sociologia, propõe em seu livro “Curso de Filosofia Positiva”, na primeira metade do século XIX, que a história da humanidade é constituída por três estágios. O estágio teológico, o metafísico e o positivo.  O estágio teológico tem como característica básica a explicação da natureza mediante seres sobrenaturais. Como no início dos tempos, a humanidade ainda não tinha ainda tempo suficiente para observar a natureza. Desta falta de

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observação e necessitando explicar os fenômenos a sua volta, o homem, entregue ao desespero e à acomodação, tendeu a se projetar na natureza. Isto é, todas as ocorrências naturais são fetiches: o Sol, a Lua, as marés, as montanhas ganham vida, estão, agora, animadas. Ainda no estágio teológico a transmissão do conhecimento é autoritária: o sacerdote é ponto de sapiência e reverência.  O estágio metafísico é o qual Comte tem menos apreço: este estado permuta a explicação dos seres sobrenaturais por forças. O conhecimento gerado pelo espírito metafísico deve ser argumentado e não simplesmente baseado na fé. Etapa de transição entre o estágio teológico e o positivo, o estágio em questão, ao mesmo tempo em que antecipa características deste, retém outras tantas daquele.  Por fim, o estágio positivo é o estado final do desenvolvimento humano. Aqui não estamos mais preocupados com as explicações causais dos objetos naturais. O homem com espírito positivo é aquele que se prende às leis da natureza, ignorando suas causas imanentes. Por exemplo, a física aristotélica baseava seus conhecimentos no modo teológico e metafísico; ao passo que Newton, e posteriormente Einstein, explicam a queda dos corpos de maneira indubitavelmente positiva. As três vertentes clássicas: Durkheim (18581917)  (O CONTEXTO) Para se entender Émile Durkheim, é infrutífero analisar-lhe a obra sem conhecer a situação da França após a Guerra Franco-Prussiana e os movimentos sociais de seu tempo, o que exigiu dos pensadores franceses uma reavaliação de toda a sociedade francesa e do sistema educacional para romper com uma visão monárquica e clerical, “restauradora”, que mal absorvera as conquistas da Revolução Francesa.  Assim, o pensamento dele está vivamente preocupado com uma visão de sociedade republicana e laica (anticlerical). As influências de Saint-Simon e de Auguste Comte são fundamentais se para entender sua preocupação em dar um estatuto científico para a Sociologia, embora o autor marque diferenças sensíveis em relação a esses precursores.

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 (A TEORIA) Émile Durkheim, tendo como referência o positivismo, desenvolveu uma visão funcionalista da sociedade, e para isso partiu do pressuposto de que a sociedade em que vivia passava por uma crise que era, antes de tudo, moral, dado o processo de desestruturação dos valores até então estabelecidos.  Desenvolveu sua teoria a partir dos conceitos de fato social, consciência coletiva, coerção e divisão do trabalho social, que remetiam aos de solidariedade mecânica e orgânica, anomia, normalidade e patologia, religião, moral (laica) e instituição, coesão e integração, que identificam seu pensamento. Os fatos sociais possuem três características:  A exterioridade: os fatos sociais existem antes do nascimento do indivíduo e atuam sobre ele independente de sua vontade.  A coercitividade: os fatos sociais exercem força social e força sobe os indivíduos, levando-os a agirem de acordo com as regras estabelecidas pela sociedade. Ex: a língua.  A generalidade: os fatos sociais são tomados coletivamente, pelo conjunto da sociedade. As crenças, os costumes, os valores. As três vertentes clássicas: Weber (1864-1920)  (O CONTEXTO) A Alemanha em que viveu Max Weber já era outra, diferente daquela de Marx, principalmente após a Guerra Franco-Prussiana, que elevou Bismarck ao poder e permitiu a unificação alemã, com seus desdobramentos posteriores, inclusive a Primeira Guerra Mundial. As influências intelectuais também eram outras. Weber partiu da filosofia de Kant, do pensamento de W. Dilthey, o que lhe permitiu discutir a diferenciação entre as Ciências Naturais e as Culturais, e distanciar-se, assim, do positivismo.  (A TEORIA) Max Weber, partindo de outra matriz teórica, tinha no método compreensivo seu ponto de partida, e utilizou a construção de tipos ideais como método heurístico para apreender o fundamental na sociedade. Para ele, era necessário, além de explicar, compreender – reconstruir – a conexão de sentido da ação dos indivíduos, o desenvolvimento e os efeitos de suas condutas nas relações sociais.  Para tanto, utilizou os conceitos de tipo ideal, ação social, dominação, classes, castas, estamentos e partidos para compreender as ações e a divisão do poder nas diferentes sociedades. Outro aspecto fundamental em sua


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teoria é a percepção de um processo de racionalização crescente da vida contemporânea – a que chamou de desencantamento – e do modo como até a esfera religiosa sofreu suas influências e acabou reforçando esse processo. Para tanto, seu maior esforço foi analisar as diferentes éticas religiosas desde a Antiguidade até o Protestantismo.  tipo ideal : Primeiro nível de generalização, são os parâmetros de comportamento, por exemplo, a escolha de um restaurante.  ação social : Orienta-se pelo comportamento dos outros. Tipos de ação social: Ação tradicional (costumes, tradições), Ação afetiva (baseada em sentimentos e afetividade), Ação Racional orientada para ‘valores’ (a ação é importante, o trabalho voluntário) e a Ação racional orientada para ‘fins’ (o importante é o resultado).  Tipos de dominação:  Tradicional: Respeita os costumes e as regras. (Coronéis, soberanos, patriarcas antigos)  Carismática: Capacidade de liderança e comando, em que se almeja estabelecer uma nova ordem. (líder religioso)  Racional-legal: Aspectos racionais e técnicos da administração. (A sociedade moderna) As três vertentes clássicas: Marx (1818-1883)  (O CONTEXTO) Para compreender o pensamento de Karl Marx, é necessário conhecer o momento em que ele viveu, na Alemanha e em outros países europeus, suas influências intelectuais, principalmente da filosofia de Hegel e seus críticos, sua leitura de economia política inglesa em Adam Smith e David Ricardo, e os estudos do pensamento dos socialistas anteriores, Saint-Simon, Charles Fourier e Robert Owen. Mas só isso ficaria muito vago se não conhecer sua participação nos debates sociais de seu tempo e, principalmente, nos movimentos dos trabalhadores da Europa, o que o fez levar uma vida precária e muito penosa.  (A TEORIA) Para Marx, a dialética como método, a historicidade das relações sociais como fundamento e os conceitos de modo de produção, divisão social do trabalho, classe e luta de classes, revolução, ideologia, alienação, mais-valia, capital, dentre outros, levaram-no a desenvolver a crítica mais aguda ao sistema capitalista desde então. As ideias de contradição e conflito nas relações sociais permearam todo o seu pensamento, e sem elas não se pode compreender sua teoria.

Alguns conceitos de Marx  Materialismo histórico: O movimento da história possui uma base material (economia), ou seja, o conflito de classes devido as relações de produção. (A estrutura de uma sociedade reflete a forma como os seres humanos se organizam para a produção social de bens.)  Relações de produção: São marcadas pelas diferenças entre as classes sociais, originando o conflito, que é a matriz propulsora das transformações sociais. Essa é a teoria da história para Marx. Outro exemplo usando um autor contemporâneo: Pierre Bourdieu  Caso se analise uma teoria contemporânea como a desenvolvida por Pierre Bourdieu, é necessário que se conheça a trajetória de vida desse autor, bem como sua inserção no espaço acadêmico francês. Além disso, é importante saber como retirou da obra de cada um dos autores acima referidos algo para desenvolver sua teoria e sua prática sociológica: de Durkheim, tirou a possibilidade de um conhecimento científico do mundo social, de Marx, extraiu a ideia de que a sociedade é constituída de classes sociais em luta para a perpetuação da ordem ou para seu questionamento; de Weber, levou em conta a ideia de que as representações sociais que os indivíduos elaboram são fundamentais para dar sentido à realidade. Assim, ao retomar e ao elaborar os conceitos de habitus e de campo, contribuiu muito para entender a sociedade além das dicotomias indivíduo–sociedade, aspectos objetivos e subjetivos das relações individuais e sociais. A desmistificação da naturalização  “...tome-se o caso da naturalização da economia, em especial a ideia de que existiria de fato um “mercado” para além dos homens, ao qual todos devessem obedecer sob pena de serem malsucedidos. Essa concepção liberal das coisas foi longamente gestada desde Bacon (“A natureza só é vencida quando é obedecida”) até Adam Smith e David Ricardo (“Existe no mercado uma mão invisível que controla os preços, a quantidade e a qualidade dos bens.” “A oferta e a procura constituem leis do mercado.”). As “leis do mercado” não são naturais, mas instituídas, e se não são obedecidas, o que se causa é uma ruptura no sistema social e não na natureza. Essa questão foi tratada por Marx como uma “crítica da economia política”, aliás subtítulo de O capital. No

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entanto, fica claro também que, do mesmo modo que uma economia política capitalista foi instituída, e depende de uma aceitação generalizada para seu funcionamento, isto é, de uma ideologia que a sustente e legitime, a ruptura dependeria de uma instituição de outro sistema social e econômico, bem como de um quadro ideológico que o sustentasse e legitimasse, mas sobretudo dependeria de transformações políticas objetivas. O mesmo Marx observa que as transformações na esfera econômica foram solidárias com mudanças sociais, políticas e jurídicas e, certamente, culturais, entre o feudalismo e o capitalismo.” Exemplo de desmistificação  “O exemplo tomado por Durkheim – o suicídio – pode servir para se compreender esse processo de estranhamento realizado pela ciência em relação a fatos que, à primeira vista, não têm nem precisam de nenhuma explicação mais profunda. A partir de estudos estatísticos – tabelas de séries históricas da ocorrência do fenômeno em vários países e períodos determinados –, Durkheim conclui que, quando se observa o suicídio na sua regularidade e periodicidade, percebesse que suas causas estão fora do indivíduo, constituindo um fato social tal como o autor o define: exterior, anterior, coercitivo aos indivíduos.” (continua)  “Estranhar o fenômeno “suicídio” significa, então, tomá-lo não como um fato corriqueiro, perdido nas páginas policiais dos jornais ou boletins de ocorrência de delegacias, e sim como um objeto de estudo da Sociologia; e procurar as causas externas ao indivíduo, mas que têm decisiva influência sobre esse, constitui um fenômeno social, com regularidade, periodicidade e, nos limites de uma teoria sociológica, uma função específica em relação ao todo social.” Os conceitos possuem uma história, não podem ser interpretados isoladamente  “Por exemplo, pode se pensar em um conceito bastante conhecido: burguesia. Na Idade Média, o burguês era considerado apenas o habitante do burgo, sujeito livre das amarras dos senhores feudais. Posteriormente, a burguesia foi considerada como o grupo de comerciantes das cidades. No contexto da Revolução Francesa, ficou conhecida como classe revolucionária por alguns autores e também como classe média (que se situava entre a aristocracia e a plebe).”  “Após desbancar a aristocracia do poder, passou a ser a classe dominante, e assim continua

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até hoje, sendo a classe que detém o poder na nossa sociedade. Se não se levar isso em conta, pode-se utilizá-lo de forma inadequada, ao ler livros de diferentes épocas utilizando-o sempre com o mesmo entendimento.”  “Assim, o termo burguês, que atualmente também é uma gíria da linguagem dos jovens, ainda que em sentido pejorativo, pode se tornar o conceito motivador para análise sociológica de temas que remetam à sociedade de classes, ao surgimento do capitalismo, à desigualdade social, à postura revolucionária de uma classe social, etc.” Os temas na sociologia não possuem um único objeto  O tema violência pode ser abordado levando em conta onde ela acontece e a forma como costuma se manifestar. Isso leva a situações concretas e importa no uso de conceitos, bem como de teorias, para explicar tais situações e manifestações. Assim, pode-se encontrar a violência nas relações pessoais ou nas relações entre o indivíduo e as instituições, como ela aparece na escola e por que alguns a chamam de violência simbólica.  Há o uso legítimo da violência pelo Estado e seu uso abusivo pelo mesmo Estado, em momentos de crise institucional, repressão política, censura, etc. Há violência nos meios de comunicação, nos movimentos sociais, nos processos de transformação das diferentes sociedades, patrocinada por governos à direita ou à esquerda.  Como se pode perceber, a “questão da violência” não está apenas ligada à criminalidade, e fazer uma análise enfocando somente essa dimensão significaria permanecer nas aparências da questão, no que é mais visível, ou, no limite, dando-lhe um enfoque ideológico ou preconceituoso. A Sociologia preocupa-se com a análise de todas as formas de violência para poder dar uma visão ampla do fenômeno e explicar como ele acontece na nossa sociedade. Como não usar a sociologia  Quando se propõe o recorte de temas para o ensino da Sociologia, não se faz isso pensando analisar os chamados “problemas sociais emergentes” de forma ligeira e imediatista. Muitas vezes, sem se preocupar muito com o que vai ser analisado, o professor propõe: “Hoje vamos discutir um assunto muito importante: a


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sexualidade”, e a partir daí vai perguntando aos alunos o que eles acham disso ou daquilo. Assim, o que se tem no final é uma coleção de obviedades ou manifestações do senso comum.  Ora, a Sociologia posiciona-se contra esse tipo de abordagem, e o recurso aos temas visa a articular conceitos, teorias e realidade social partindo-se de casos concretos, por isso recortes da realidade em que se vive. Não se pode tratá-los como se fossem “coelhos tirados de uma cartola”, numa apresentação de mágica. Assim, temas escolhidos pelo professor e pelos alunos, como menor abandonado, gravidez na adolescência, violência e criminalidade, desemprego, etc.  ...são importantes no cotidiano e não podem ser tratados de modo desconectado da realidade em que se inserem, mas também não devem ser apresentados sem uma articulação com os conceitos e as teorias que podem explicá-los. A idéia de recorte aqui não significa “colcha de retalhos” nem fragmentos, mas uma perspectiva de abordagem: há costura e composição, viabilizadas pela intervenção do professor com o auxílio das teorias e dos conceitos. Gênero: socialização e institucionalização  Gênero é a construção cultural coletiva dos atributos da masculinidade e feminilidade. Esse conceito foi proposto para distinguir-se do conceito de sexo, que define as características biológicas de cada indivíduo.  Para tornar-se homem ou mulher é preciso submeter-se a um processo que chamamos de socialização de gênero, baseado nas expectativas que a cultura tem em relação a cada sexo. Dessa forma, a identidade sexual é algo construído, que transcende o biológico.  O sistema de gênero ordena a vida nas sociedades contemporâneas a partir da linguagem, dos símbolos, das instituições e hierarquias da organização social, da representação política e do poder. Com base na interação desses elementos e de suas formas de expressão, distinguem-se os papéis do homem e da mulher na família, na divisão do trabalho, na oferta de bens e serviços e até na instituição e aplicação das normas legais.  A estrutura de gêneros delimita também o poder entre os sexos. Mesmo quando a norma legal é de igualdade, na vida cotidiana encontramos a desigualdade e a iniquidade na distribuição do poder e da riqueza entre homens e mulheres.

 Durante séculos, as mulheres foram educadas para submeterem-se aos homens. A "domesticação" da mulher foi consequência da necessidade dos homens assegurarem a posse de sua descendência. O fato de que a maternidade é certa e a paternidade apenas presumível (ou incerta) sempre foi um fantasma para a organização da cultura patriarcal. O controle da sexualidade e da vida reprodutiva da mulher garante a imposição das regras de descendência e patrimônio e, posteriormente, um sistema rígido de divisão sexual do trabalho. Assim, a mulher passa a ser tutelada por algum homem, seja pai, tio ou marido.  Este sistema de divisão sexual do trabalho, cuja finalidade primeira foi a de regulamentar a reprodução e organizar as famílias, acabou por dar aos homens e mulheres uma carga simbólica de atributos, gerando uma correlação entre sexo e personalidade que foi interpretada como característica inerente aos sexos. Atribuiu-se à natureza de homens e mulheres aquilo que era da cultura. Pensar que a mulher é frágil e dependente do homem ou que o homem é o chefe do grupo familiar pode levar as pessoas a concluírem que é natural que os homens tenham mais poderes que as mulheres e os meninos mais poderes que as meninas. Sexo e Gênero  sexo e gênero não são sinônimos.  Sexo = diz respeito às características fisiológicas relativas à procriação, à reprodução biológica - diferenças sexuais são físicas.  Gênero = seria determinado pelo processo de socialização e outros aspectos da vida em sociedade e decorrentes da cultura, que abrange homens e mulheres desde o nascimento e ao longo de toda a vida - diferenças de gênero são socialmente construídas. Também é conjunto de arranjos através dos quais a sociedade transforma a biologia sexual em produtos da atividade humana e nos quais essas necessidades transformadas são satisfeitas. Este sistema incluiria vários componentes, entre outros a divisão sexual do trabalho e definições sociais para os gêneros e os mundos sociais que estes conformam. A questão da hierarquia de gênero  O patriarcado é uma forma de hierarquia, em que os homens detêm o poder e as mulheres são subordinadas.

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 Numa sociedade patriarcal, a autoridade social efetiva sobre as mulheres é exercida através dos papéis de pai e de marido. Sob as condições patriarcais, as mulheres às vezes exercem autoridade através do papel de mãe em oposição aos outros papéis familiares, tais como esposa, filha, irmã, ou tia.  O poder social atualmente é identificado com atributos considerados como masculinos. Pessoas do sexo masculino ou feminino podem desempenhar papéis, através dos quais o poder pode ser exercitado, mas eles permanecem como papéis masculinos.  A posição de gênero é um dos eixos essenciais para a manutenção do poder na hierarquia social, que é essencialmente masculina no seu topo e tem estratégias de fragmentação (por classes, por idades, por grupos ou culturas minoritárias). Assim, essa hierarquia nos leva a viver rivalidades e lutas entre pessoas jovens e idosas, pobres e ricas, negras e brancas, mulheres e homens. Essas relações antagônicas estruturam a dependência e a submissão. Qual o melhor lugar do mundo para ser mulher? A pesquisa Relatório Global sobre Desigualdade de Gênero 2013, que analisou 136 países, concluiu que 86 deles apresentaram melhoras na desigualdade de gênero em relação ao ano anterior. Pelo quinto ano consecutivo, a Islândia foi considerado o país mais avançado em termos de igualdade entre homens e mulheres. OS PAÍSES MAIS IGUALITÁRIOS 1. Islândia 11. Bélgica 2. Finlândia 12. Letônia 3. Noruega 13. Holanda 4. Suécia 14. Alemanha 5. Filipinas 15. Cuba 6. Irlanda (…) 7. Nova Zelândia 23. Estados Unidos 8. Dinamarca (…) 9. Suíça 62. Brasil 10. Nicarágua Análise dos dados:  O Brasil ficou em 62º lugar no ranking, a mesma posição do ano passado.  Os Estados Unidos chegaram na 23ª posição.  O relatório aponta grandes avanços na redução de desigualdade em quesitos como acesso a saúde e a educação. Vinte e cinco países foram

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apontados como fornecedores de oportunidades igualitárias para meninos e meninas no quesito educação.  A igualdade econômica apresentou um cenário mais desfavorável, em que a diferença entre gêneros diminuiu apenas em 60%. Fonte: http://www.bbc.co.uk/ Data: 29/10/13

 Tanto em países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento, a presença da mulher em posições de liderança na área econômica ainda é limitada.  Apesar de as mulheres tenham obtido ganhos em termos de representação política, de 2% neste ano, a brecha entre gêneros diminuiu em apenas 21%.  Ainda segundo Zahidi, desde que o Fórum Econômico Mundial começou a elaborar o relatório, há oito anos, 80% dos países fizeram progressos.  “O preocupante é que 20% dos países não avançaram ou estão regredindo”, acrescentou.  Os países do Oriente Médio e do norte da África foram as únicas regiões que não mostraram avanços no ano passado, com o Iêmen ocupando a última posição no ranking. Globalização  A Globalização é um dos processos de integração econômica, social, cultural, política, que teria sido impulsionado pelo barateamento e sofisticação dos meios de transporte e comunicação dos países do mundo nos últimos anos.  Para a sociologia o que interessa são as consequências sociais da globalização.  No geral a globalização é vista por alguns cientistas políticos como o movimento sob o qual se constrói o processo de ampliação da hegemonia econômica, política e cultural ocidental sobre as demais nações. Ou ainda que a globalização é a reinvenção do processo expansionista americano no período pós guerrafria (esta reinvenção tardaria quase 10 anos para ganhar forma) com a imposição (forçosa ou não) dos modelos políticos (democracia), ideológico (liberalismo, hedonismo e individualismo) e econômico (abertura de mercados e livre competição).  Vale ressaltar que este projeto não é uma criação exclusiva do estado norte-americano e que tampouco atende exclusivamente aos interesses deste, mas também é um projeto das empresas, em especial das grandes empresas


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transnacionais, e governos do mundo inteiro. Nesta ponta surge a inter-relação entre a Globalização e o Consenso de Washington. http://www.youtube.com/watch?v=nRrlNmUeHXE

Teóricos da Globalização  O pensador italiano Antonio Negri defende, em seu livro "Império", que a nova realidade sóciopolítica do mundo é definida por uma forma de organização diferente da hierarquia vertical ou das estruturas de poder "arborizadas" (ou seja, partindo de um tronco único para diversas ramificações ou galhos cada vez menores). Para Negri, esta nova dominação (que ele batiza de "Império") é constituída por redes assimétricas, e as relações de poder se dão mais por via cultural e econômica do que uso coercitivo de força. Negri entende que entidades organizadas como redes (tais como corporações, ONGs e até grupos terroristas) têm mais poder e mobilidade (portanto, mais chances de sobrevivência no novo ambiente) do que instituições paradigmáticas da modernidade (como o Estado, partidos e empresas tradicionais).  O cientista político Samuel P. Huntington, ideólogo do neoconservadorismo norteamericano, enxerga a globalização como processo de expansão da cultura ocidental e do sistema capitalista sobre os demais modos de vida e de produção do mundo, que conduziria inevitavelmente a um "choque de civilizações". Meios de Comunicação  Meios de comunicação refere-se aos instrumentos ou à forma de conteúdo utilizados para a realização do processo comunicacional. Quando referido a comunicação de massa, pode ser considerado sinônimo de mídia. Entretanto, outros meios de comunicação, como o telefone, não são massivos e sim individuais (ou interpessoais).

O que é multiculturalismo?  O multiculturalismo é o reconhecimento das diferenças, da individualidade de cada um. Daí então surge a confusão: se o discurso é pela igualdade de direitos, falar em diferenças parece uma contradição. Mas não é bem assim. A igualdade de que se fala é igualdade perante a lei, é igualdade relativa aos direitos e deveres. As diferenças às quais o multiculturalismo se refere são diferenças de valores, de costumes etc, posto que se trata de indivíduos de raças diferentes entre si. Multiculturalismo no Brasil  No Brasil, o convívio multicultural não deveria representar uma dificuldade, afinal, a sociedade brasileira resulta da mistura de raças – negra, branca, índia – cada uma com seus costumes, seus valores, seu modo de vida, e da adaptação dessas culturas umas às outras, numa “quase reciprocidade cultural”. Dessa mistura é que surge um indivíduo que não é branco nem índio, que tampouco é negro, mas que é simplesmente brasileiro. Filhos desse hibridismo e tendo como característica marcante o fato de abrigar diversas culturas, nós, brasileiros, deveríamos lidar facilmente com as diferenças. Mas não é exatamente isso o que ocorre. Desigualdade Social  A expressão ‘desigualdade social’ descreve uma condição na qual os membros de uma sociedade possuem quantias diferentes de riqueza, prestígio ou poder. Todas as sociedades são caracterizadas por algum grau de desigualdade social. Segundo alguns autores da economia e da sociologia, o termo correto não é ‘desigualdade social’, mas ‘desigualdade econômica’.

Meios de Comunicação de massa  Meios de comunicação de massa ou mídias são os meios ou canais de comunicação usados na transmissão de mensagens a um grande número de receptores. Nas relações sociais de comunicação (dia a dia), os meios de comunicação de massa mais comum são os jornais/as revistas, o rádio, a televisão e, o mais recente, a Internet (um híbrido entre Comunicação de Massa e Comunicação Interpessoal). As obras de Cinema, de Teatro e de outros tipos de Artes também se tornaram meios de comunicação de massas, mas artísticos.

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Estratificação social  A estratificação social consiste na separação da sociedade em grupos de indivíduos (estratos sociais) que apresentam características parecidas, como por exemplo: negros, brancos, católicos, protestantes, homem, mulher, pobres, ricos, etc. A estratificação expressa desigualdades.  Umas das características fundamentais que distingue as sociedades ocidentais modernas das sociedades tradicionais é a possibilidade de mobilidade social. Diferentemente das sociedades de castas ou da sociedade medieval - na qual quem nascesse servo morreria servo, não tendo a possibilidade de mudar de estamento - na sociedade ocidental contemporânea isso é possível, e a mobilidade social (ascendente ou descendente) pode ocorrer como consequência, por exemplo, da maior ou menor facilidade de acesso a serviços (de educação, transportes, segurança pública, saúde, habitação, etc) os quais podem ou não ser de responsabilidade do Estado.  a) Castas compostas de um número muito grande de grupos hereditários. Os papéis das pessoas na sociedade são determinados por sua ascendência. Esse é um modelo de estratificação que não apresenta nenhuma possibilidade de mudança de posição social, por isso é chamado de fechado, pois a pessoa que pertence a uma casta só se pode casar com um membro da mesma casta. Ex. na Índia a estrutura de castas tem natureza religiosa.  b) Estamentos: constituem uma forma de estratificação social com camadas sociais mais fechadas do que as das classes sociais e mais abertas do que as das castas, motivo pelo qual é chamada semi-aberta. Os Estamentos são reconhecidos por lei e geralmente ligados ao conceito de honra, ou seja, o prestigio é o que determina a posição da pessoa na sociedade. Ex.: a sociedade medieval.  c) Classes: constituem uma forma de estratificação social onde a diferenciação entre os indivíduos é feito de acordo com o poder aquisitivo. Nas sociedades democráticas, não há desigualdade de direito, pois a lei prevê que todos são iguais, independente de sua condição de nascimento, mas há desigualdade de fato. Formas de Org. do Trabalho  A evolução e mudanças do modo de produção e dos tipos de organização sempre estiveram atrelados ao desenvolvimento e às exigências de

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modificações nas formas do trabalho, mas foi precisamente a partir de 1780, com o início do período da Revolução Industrial, que surgiu uma forma mais organizada do trabalho, em decorrência da ruptura das estruturas corporativistas da Idade Média; com o desenvolvimento técnico, com o aperfeiçoamento das máquinas e com a descoberta de novas tecnologias; e a substituição do tipo artesanal de produção por um tipo industrial. E como consequência das transformações ocorridas aconteceu um desenvolvimento acelerado da industrialização e consequentemente do trabalho assalariado.  Modelo Clássico, que é representado pela administração científica, surgido em decorrência de um período conflituoso da sociedade norteamericana, especialmente em se tratando das relações de trabalho e que segundo o autor "permitiu um desbalanceamento total das relações de forças, provendo o patronato de um esquema extremamente autoritário".  Novos Modelos de Organização do Trabalho "que rompem basicamente com os princípios e técnicas tayloristas, dentre os quais o autor inclui as propostas de enriquecimento de cargos e os grupos semi-autônomos, ambos assentados em premissas implícitas sobre as necessidades humanas (em geral com a relação do trabalho), e o modelo japonês de organização do trabalho, como um modelo integrado à lógica organizacional e à cultura japonesa." Organização Política Brasileira  O Estado brasileiro é dividido primordialmente em três esferas de poder: o Poder Executivo , o Legislativo e o Judiciário . O chefe do Poder Executivo é o presidente da República, eleito pelo voto direto para um mandato de quatro anos, renovável por mais quatro. Na esfera estadual o Executivo é exercido pelos governadores dos estados; e na esfera municipal pelos prefeitos. O Poder Legislativo é composto, em âmbito federal, pelo parlamento, sendo este bicameral: dividido entre a Câmara e o Senado.  Para a Câmara, são eleitos os deputados federais para dividirem as cadeiras em uma razão de modo a respeitar ao máximo as diferenças entre as vinte e sete Unidades da Federação, para um período de quatro anos. Já no Senado, cada estado é representado por 3 senadores para um mandato de oito anos cada. Em âmbito estadual, o Legislativo é exercido pelas Assembleias


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Legislativas Estaduais; e em âmbito municipal, pelas Câmaras Municipais. Movimentos sociais e partidos políticos  Segundo Karl Marx, os Partidos são a expressão política de uma classe social. A função desses partidos é regular as ações políticas. A sociedade civil se representa politicamente através de Partidos Políticos. Os partidos políticos brasileiros até se formarem, como estão hoje, passaram por uma série de restrições e divisões. Por exemplo, na época da República do Café com Leite, quando as oligarquias tinham praticamente função de Partidos Políticos, representado principalmente pela oligarquia de Minas Gerais e São Paulo.  Os partidos políticos não são tão eficazes quanto deveriam. Por parte dos candidatos pela falta de fidelidade partidária e dos eleitores com o anti-partidarismo. Além dos partidos políticos, temos os movimentos sociais. Estes não pleiteiam cargos políticos, a função é pressionar o estado. Podemos dividi-los em: 1) Movimentos de classe; 2)Movimentos com caráter de classe; 3)Movimentos que não são de classe. No caso dos Movimentos Sociais de Classe, podemos citar como exemplo o MST e o Movimento Sindical, que é amplo e internacional, tendo no Brasil uma importância significativa. Democracia no Brasil  “Em países como o Brasil, existem três agravantes. Primeiro, a recente experiência do regime ditatorial torna necessário reconstruir instituições democráticas, antes mesmo de se pensar em aprimorá-las. Em segundo lugar, a pobreza de vastos contingentes da população priva-os das condições materiais mínimas para o exercício da cidadania. Por fim, o novo cenário mundial – a chamada “globalização” – tornou os Estados dos países periféricos muito frágeis diante das grandes corporações mundiais, retirando questões cruciais do âmbito da decisão democrática.”  Entre os “créditos” da democratização está a alternância no poder – afinal, transferir o governo pacificamente para um opositor é uma das “provas” do funcionamento da democracia. O primeiro presidente eleito, Fernando Collor, batia de frente no governo de José Sarney. Fernando Henrique era ministro de Itamar Franco, que sucedeu Collor após o impeachment, mas após dois mandatos foi substituído por Luiz Inácio Lula da Silva, veterano líder oposicionista, à frente de

um partido de base socialista. A campanha eleitoral foi tranquila e não houve qualquer ameaça à posse do vencedor. Características da Democracia  Conflito: Respeito ao pensamento divergente.  Abertura: A informação circula livremente e a cultura não é privilégio.  Rotatividade: O lugar vazio, a transitoriedade. A questão agrária no Brasil  Um dos principais temas debatidos entre os pesquisadores e estudiosos dos estudos agrários no Brasil é a questão agrária, ou seja, a relação entre o problema da concentração fundiária, as injustiças no campo e a miséria da população rural, e a reforma dessa desigual estrutura agrária que está concentrada nas mãos de poucos. Violência e Criminalidade  Como o próprio nome indica, trata das questões referentes aos fenômenos sociais da violência e da criminalidade. Violência difere-se da criminalidade por que existem crimes que não são cometidos com violência física. No sentido contrário existem atos violentos que não constituem crime. Por exemplo, uma luta de boxe ou de karatê olímpicos.  Esses esportes pressupõem golpes violentos que muitas vezes fraturam ou provocam cortes nos praticantes, nem por isso constitui-se crime. Já uma briga de rua, onde os oponentes saem feridos, não só se trata de um crime (vandalismo, lesão corporal) como possui caráter violento. A Sociologia da Violência e da Criminalidade também estuda as principais teorias criminológicas da criminologia e as diversas escolas formadas a partir do século XX.  A criminalidade é um fenômeno social, já identificado assim no final do século XIX como um fato próprio da existência humana, portanto fato social. (DURKHEIN, 1897). Racismo  Racismo é a crença que as pessoas possuem características inatas, biologicamente herdadas, que determinam seu comportamento. A doutrina do racismo afirma que o “sangue” é o marcador da identidade étnico-nacional, ou seja, dentro de um sistema racista o valor do ser humano não é determinado por suas qualidades e defeitos individuais, mas sim pela sua pertinência a uma "nação racial coletiva". Neste modo de ver o mundo, as “raças” são hierarquizadas como “melhores” ou “piores”, “acima" ou “abaixo”.

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Muitos intelectuais do final do século 19, incluindo alguns cientistas, contribuíram com apoio pseudocientífico ao desenvolvimento desta falsificação teórica, tais como o inglês Houston Stewart Chamberlain, e exerceram grande influência em muitas pessoas da geração de Adolf Hitler. Pobreza e exclusão social  Renda e dinheiro têm seu papel num mundo onde são um meio para as relações de troca. Mas, como “Sen” argumentou, não é renda que garantirá dignidade. Em muitas situações de discriminação, certos grupos são impossibilitados de converter renda - mesmo tendo-a suficiente -, e lhes é negado o acesso a garantias mínimas por causa de idade, gênero, cor, etnicidade, classe social ou religião. Ao focalizarmos esse ponto, trazemos para a discussão da pobreza a questão da exclusão.  A ótica da exclusão foca atenção nos aspectos da vida diária, nas ruas, lojas, organizações e instituições, que servem como barreiras e obstáculos, às vezes culturais, sociais, econômicos e estruturais, nos procedimentos organizativos e administrativos. Também chama a atenção para as ações importantes da inclusão, do apoio às pessoas e aos grupos, para aumentar seu poder de interferir e mudar a situação existente. Ambos estão interligados, ora apontando para as possibilidades, ora para as restrições. (continuação)  (...) Como destacou o célebre ativista americano Saul Alinsky sobre os Estados Unidos, em 1965: "Pobreza significa não apenas falta de dinheiro, mas falta de poder. Um negro economicamente estável no Mississippi é pobre. Quando se vive em uma sociedade onde pobreza e poder impedem de usufruir de igualdade de proteção, igualdade de justiça nos tribunais e igualdade de participação na vida econômica e social de sua sociedade, você é pobre". Direitos Humanos  Os direitos humanos são os direitos e liberdades básicos de todos os seres humanos. Normalmente o conceito de direitos humanos tem a ideia também de liberdade de pensamento e de expressão, e a igualdade perante a lei. A Declaração Universal dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas afirma que: “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns

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para com os outros em espírito de fraternidade.” Art. 1º Ser Cidadão – Cidadania  Ser cidadão é ter consciência de que é sujeito de direitos. Direitos à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade de direitos, enfim, direitos civis, políticos e sociais. Mas este é um dos lados da moeda. Cidadania pressupõe também deveres. O cidadão tem de ser cônscio das suas responsabilidades enquanto parte integrante de um grande e complexo organismo que é a coletividade, a nação, o Estado, para cujo bom funcionamento todos têm de dar sua parcela de contribuição. Religião e Religiosidade  Religião: culto prestado a uma divindade; crença na existência de um ente supremo como causa, fim ou lei universal; conjunto de dogmas e práticas próprias de uma confissão religiosa; a manifestação desse tipo de crença por meio de doutrinas e rituais próprios; crença, devoção, piedade; reverência às coisas sagradas.  Religiosidade: qualidade do que é religioso; tendência para os sentimentos religiosos, para as coisas sagradas; conjunto de escrúpulos religiosos ou de valores éticos que apresentam certo teor religioso.


Revisão Biologia

2.1. BIOLOGIA A Biologia Celular tem como principal objetivo o estudo da estrutura, composição química e fisiologia das células.

CÉLULA PROCARIONTE: - sem núcleo, apenas nucleoide; - ribossomo como única organela; - parede celular: de peptidioglicanos; - mesossomo como estrutura respiratória;

CÉLULA PROCARIÓTICA (BACTÉRIA)

- Representantes: Reino Monera - Eubactérias, micoplasmas, riquétsias; - Cianobactérias; - Arqueas.

Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/38772 0/ (em 15.11.2017)

Atualmente, pelo que conhecemos, existem dois grandes grupos de células quanto à existência de núcleo: procariotas (sem núcleo) e eucariotas (com núcleo).

CÉLULA EUCARIONTE: - Representantes: - células “completas” (membrana + citoplasma - Plantae (vegetais) (sem lisosomos e centríolos em sua + núcleo); maioria); - possuem variados tipos de organelas, - Animalia (animais) (sem glioxissomos, cloroplastos ou incluindo-se os ribossomos; parede celular); - podem ou não apresentar parede celular; - Protista (protozoários e algas); - Fungi (cogumelos). CÉLULA ANIMAL:

CÉLULA VEGETAL:

Fonte: https://carlosdionata.wordpress.com/tag/celula-animal/ (em: 17.11.2017)

Fonte: https://carlosdionata.wordpress.com/tag/celula-animal/ (em 17.11.2017)

Podemos encontrar nas células mais completas as seguintes estruturas: - Membrana Plasmática e seus revestimentos; - Citoplasma e organelas; - Núcleo e Ácidos Nucleicos.

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MEMBRANA PLASMÁTICA - Função: “Permeabilidade Seletiva”. - Composição: Lipoproteica (lipídios + proteínas). - Revestimentos: Parede Celular ou Glicocálix. - Atividades Importantes: Difusão, Osmose, Fagocitose. - Especializações: Desmossomo, Microvilosidade.

c) Lisossomo: contêm enzimas digestivas usadas para: Digestão Heterofágica, Digestão Autofágica, Autólise. d) Centríolos (ORGANELAS MICROTUBULARES): estão sempre relacionados à movimentação na/da célula formando os cílios e os flagelos, o citoesqueleto, o fuso de divisão celular e o pseudópodes.

e) Cloroplastos: São orgânulos simbiontes que estocam clorofila (cor verde) que é a responsável pela fotossíntese.

IMAGEM: Modelo Mosaico-Fluido (Bicamada De Fosfolipídeos + Proteínas)

CITOPLASMA (HIALOPLASMA) Consiste em um gel onde estão mergulhadas estruturas chamadas organoides. ORGANELAS CELULARES: a) Ribossomos e R.E.R.: traduzem proteínas para a própria célula ou para exportar, respectivamente.

A equação geral da fotossíntese é: luz 6CO2 + 12H2O

C6H12O6 + 6H2O + 6O2 clorofila

ESTRUTURA DO RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO

b) Complexo de Golgi: - faz secreção celular, formação do acrossomo do espermatozoide, originar os lisossomos.

e) Mitocôndrias: São orgânulos simbiontes existentes em seres aeróbios eucariontes. O papel da mitocôndria é a liberação de energia (ATP) através da Respiração Celular.

Fonte: https://www.infoescola.com/citologia/mitocondrias/ (em 17.11.2017)

A equação geral da respiração celular é: C6H12O6 + 6O2

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6CO2 + 6H2O


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NÚCLEO

montada, dá-se o nome de Código Genético (Dogma Central Da Biologia Celular).

O núcleo é o espaço delimitado pela membrana nuclear conhecida como CARIOTECA. No seu interior estão os materiais genéticos ou ácidos nucleicos.

No interior da carioteca, o DNA se encontra sob a forma de cromatina que nada mais é do que cada filamento de DNA desenrolado (desespiralizado) e frouxo, à medida que cada molécula de DNA vai se enrolando, vai tomando a forma e estrutura de um cromossomo.

OS ÁCIDOS NUCLEICOS (MATERIAL GENÉTICO) Essas moléculas podem ser de dois tipos, DNA e RNA. DNA

RNA

Fita dupla em helicoide (fitas antiparalelas)

Fita simples em helicoide

Controle celular e passagem de caracteres hereditários. Ácido Desoxirribonucleico A=T ; C  G

Síntese proteica Ácido Ribonucleico A=U ; C  G

METABOLISMO GENÉTICO As principais atividades do material genético são a Replicação, Transcrição e Tradução.

Todas as espécies de seres vivos apresentam um número próprio de cromossomos 2n ou número diploide. Nos humanos o valor 2n é igual a 46 (2n = 46). Desses 46 cromossomos existem 44 chamados autossomos (definem caracteres gerais) e 2 – XX/ XY – alossomos (definem caracteres sexuais). Quaisquer alterações nesses valores são chamadas de mutações. As mutações mais comuns são Down (2n+1/+21); Klinefelter (44A+XXY); Turner (44A+X0). Em geral os erros são provenientes das divisões celulares: Mitose e Meiose. MITOSE: ocorre quando as células geram célulasfilhas idênticas. Serve para o crescimento de indivíduos e para a reposição de células.

a) Replicação ou Autoduplicação: Este é o processo pelo qual uma molécula de DNA se transforma em duas moléculas idênticas. Este é semiconservativo e realizado, especialmente, pela enzima DNA Polimerase dentro do núcleo.

MEIOSE: ocorre para a formação de células reprodutivas (gametas ou esporos). Essa divisão sempre gera células-filhas geneticamente diferentes por recombinação genética (crossingover).

b) Transcrição: Consiste na montagem do RNA a partir de informações do DNA. Este processo é realizado pela enzima RNA-Polimerase e pode resultar na formação de: - RNAm: informa a proteína que será fabricada; - RNAr: lê o RNAm e monta a proteína (forma o ribossomo); - RNAt: leva os aminoácidos necessários até o RNAr. c) Tradução ou Síntese Proteica: Este processo ocorre no citoplasma e utiliza as informações retiradas do DNA na transcrição para convertê-las em proteínas. Ao processo completo de passagem de informações desde o DNA até que a proteína seja

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GENÉTICA

c) Distrofia Muscular de Duchene (DMD): degeneração e atrofia progressiva dos músculos.

Cada gene é uma sequência de bases nitrogenadas do DNA capaz de determinar a síntese de uma proteína (DNA  RNA  PROTEÍNA). HERANÇA AUTOSSÔMICA RECESSIVA

HOMEM

IDENTIFICAÇÃO SANGUÍNEA - Sistema AB0 GENÓTIPOS AA A I I ou I i BB B I I ou I i AB II Ii

ANTÍGENO A B AeB ---

ANTICORPO B A --AeB

GENÓTIPO RR ou Rr rr

ANTÍGENO Fator Rh ---

ANTICORPO --Anti-Rh

EVOLUÇÃO LAMARCKISMO - Uso e Desuso; - Caracteres Adquiridos; - Adaptação ao meio.

- Fator Rh GRUPO + Rh Rh

FENÓTIPOS Normal Normal Afetada Normal Afetado

BIOTECNOLOGIA a) Clonagem: é a cópia genética identica de um ser vivo. b) Células-Tronco: são células indiferenciadas com capacidade de transformar-se em outros tipos celulares. Podem ser toti, pluri ou multipotentes. c) Transgenia: consiste na inserção de um gene de um ser vivo no genoma de outro que pode ou não ser de mesma espécie. d) Testes de DNA: é uma comparação em nível molecular dos DNAs testados. Em caso de parentesco com pais, lembre que os filhos precisam ter 50% de caracteres vindos de cada pai. No caso abaixo metade das características do filho é compatível com a mãe e a outra metade é recebida do pai biológico B.

HERANÇA AUTOSSÔMICA DOMINANTE

GRUPO A B AB O

MULHER

GENÓTIPOS D D X X D d X X d d XX D X Y d XY

DARWINISMO - Seres diferentes ao acaso; - Ancestralidade comum; - Seleção dos mais aptos.

NEODARWINISMO Foi formulado por vários pesquisadores e acrescenta às ideias de Darwin, os conceitos de Genética.

LEMBRE:

FATORES EVOLUTIVOS PARA O NEODARWINISMO -

- DOADOR UNIVERSAL 0 + - RECEPTOR UNIVERSAL AB

Fator que cria as variações Fator que amplia as variações Fator que orienta as variações para uma melhor adaptação

HERANÇA LIGADA AO SEXO São genes ligados a algum cromossomo “X” do par sexual. As heranças mais comuns são todas recessivas, predominam em homens e são: a) Daltonismo: incapacidade de distinguir determinadas cores; b) Hemofilia: falha no sistema de coagulação sanguínea por falta de fator VIII (proteína);

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MUTAÇÃO CROSSING-OVER SELEÇÃO NATURAL

O Neodarwinismo esclarece, ainda, ideias não explicadas por Darwin como as diferenças entre seres da mesma espécie, bem como sugere os meios de seleção natural, especiação e o isolamento de espécies.


Revisão

ECOLOGIA A ecologia estuda as interações ser vivo - ser vivo e também as interações ser vivo – meio. Assim, lembre: - População: conjunto de indivíduos de mesma espécie que vivem no mesmo local, ao mesmo tempo. - Nicho Ecológico: são todas as necessidades relativas à sobrevivência ou equilíbrio de uma espécie. - Ecossistema: é a união da biota e biótopo locais. - Bioma: são ecossistemas com caracteres climáticos e biológicos fixos.

- BIOACUMULAÇÃO: é o acúmulo de produtos ruins nos últimos níveis das cadeias alimentares. Também pode ser chamado de MAGNIFICAÇÃO TRÓFICA. Ex.: DDT, Mercúrio, Cromo, etc. - RESISTÊNCIA DO MEIO: representa todos os fatores ambientais que atrapalham o desenvolvimento dos seres vivos em determinado habitat. Ex.: neve, frio, calor, inundações.

CADEIAS E TEIAS ALIMENTARES - Componentes: a) Produtores (P): seres clorofilados que fazem fotossíntese e injetam energia na cadeia. b) Consumidores Primários (C1): comem os produtores. c) Consumidores Secundários (C2): se alimentam dos C1. d) Decompositores (D): são as bactérias e fungos. Devolvem matéria na forma inorgânica ao ambiente.

- ESPÉCIES EXÓTICAS: A introdução de espécies exóticas pode gerar um dano ambiental bastante grave, uma vez que a espécie introduzida pode possuir maior potencial biótico que a espécie nativa. Sendo assim, as duas espécies (nativa e exótica) competem e a nativa pode acabar sendo extinta. Assim, ocorrerá competição e o pior competidor deverá:  mudar de hábitos;  mudar de habitat;  competir até a morte (extinção). RELAÇÕES ECOLÓGICAS

LEMBRE: - ENERGIA x MATÉRIA: Nas cadeias o fluxo de energia e de matéria sempre vai dos produtores aos últimos consumidores, no entanto, a matéria é cíclica e retorna ao solo, já a energia é perdida para a natureza e não retorna.

Fluxo de Energia do Produtor aos Consumidores

- Sociedades: (+,+) INTRA - há a formação de classes sociais. Ex.: Abelhas. - Mutualismo: (+,+) INTER - uma vez associados, os indivíduos devem permanecer para sempre unidos. Ex.: Liquens (algas + fungos). - Competição: (+,-) (-,-) INTRA e INTER - seres que dependem de nichos iguais ou semelhantes. Ex.: animais territoriais que demarcam território como os cães. - Predatismo: (+,-) INTER - ocorre quando um indivíduo come outro, como nas cadeias alimentares. Ex.: gato x rato. - Parasitismo: (+,-) INTER- um ser vivo vive a custa de outro, podendo roubar-lhe alimento. Ex.: Carrapatos nas vacas ou tênias no homem. OBSERVAÇÃO Camuflagem: quando um indivíduo imita o meio. Ex.: camaleão, bicho-pau. Mimetismo: quando um ser imita outro ser. Ex.: cobra falsa-coral, borboleta vice-rei e monarca.

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Revisão

CICLOS BIOGEOQUÍMICOS I. Ciclo Do Carbono: elemento essencial à formação da matéria viva, uma vez que é encontrado em todas as moléculas orgânicas. Facilmente encontrado no ambiente como CO2, petróleo, carvão, turfa, carbonatos (calcário), etc. É incorporado à cadeia alimentar pela fotossíntese. PROBLEMAS AMBIENTAIS  Desmatamentos  Assoreamento do leito de rios  Queimadas

PROBLEMAS RELACIONADOS AO CARBONO - Efeito estufa, aquecimento global, ilhas de calor, inversão térmica, mudanças climáticas, problemas respiratórios associados ao monóxido de carbono (CO), degelo dos polos, aumento do nível do mar. II. Ciclo do Nitrogênio: O nitrogênio é extremamente importante na formação dos ácidos nucléicos (DNA e RNA) e proteínas dos organismos e na composição do ATP. Então, para usar o nitrogênio, os vegetais o absorvem na forma de amônia (NH3) ou nitrato (NO3-) e os animais, por sua vez, absorvem o nitrogênio pela ingestão de vegetais ou de outros animais nas cadeias alimentares. Todas as etapas que envolvem as transformações físico-químicobiológicas desse elemento químico são intermediadas por bactérias do solo. A circulação desse elemento ocorre de acordo com as etapas: Fixação do Nitrogênio, Nitrificação (Nitrosação + Nitratação) e Desnitrificação. QUADRO RESUMO DO CICLO DO NITROGÊNIO PROCESSO REAGENTE PRODUTO Fixação do Nitrogênio N2 NH3 Nitrosação NH3 NO2 Nitratação NO2 NO3 Desnitrificação NO3 N2

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 Efeito estufa  Ilhas de calor  Degelo das calotas polares  Mudanças climáticas  Poluição das águas  Destruição da camada de ozônio  Enchentes  Deslizamentos de terra  Introdução de espécies exóticas  Erosão – voçorocas  Eutroficação (eutrofização)  Maré-vermelha

HISTO-FISIOLOGIA HUMANA TECIDOS 1.a) Epitelial de Revestimento: possui células justapostas sem vascularização, com adaptações para adesão. Pode ser revestido de queratina e cílios. 1.b) Epitelial Glandular: suas células são abastecidas pelo tecido conjuntivo. Formam as glândulas que secretam substâncias pelo organismo. As glândulas são as formadoras de todo o sistema endócrino. 2.a) Conjuntivo Propriamente Dito: possui muito material intercelular, células diversificadas, atua logo abaixo a pele nas funções de preenchimento, defesa imune, isolamento térmico, formação de tendões e cápsulas de órgãos. 2.b) Conjuntivo Adiposo: suas células – os adipócitos – armazenam gordura que pode ser usada como depósito energético, isolante mecânico e térmico. 2.c) Conjuntivo Cartilaginoso: formado por células preenchidas por fibras colágenas (condrócitos), o que garante um aspecto mais


Revisão

elástico e flexível. Forma as articulações, órgãos e promove o crescimento de alguns ossos. 2.d) Conjuntivo Ósseo: formado por osteócitos preenchidos por carbonatos e fosfatos, possui boa rigidez e resistência, atuando na proteção mecânica, sustentação do organismo, locomoção e, em alguns ossos, formando células sanguíneas na medula óssea. 2.e) Conjuntivo Sanguíneo: esse tecido é composto por células advindas da medula óssea associadas à linfa. Sendo assim, o sangue é composto por duas partes: uma sólida (elementos figurados ou células sanguíneas) e uma líquida (plasma).  Células do Sangue: a) Hemácias: são anucleadas, bicôncavas com duração de 120 dias e carregam oxigênio pelo sangue com o uso da hemoglobina. b) Leucócitos: células dotadas de núcleo que fazem grande atividade de fagocitose, atuando, especialmente, na defesa do organismo com Linfócitos (T e B), Neutrófilos e Mastócitos, por exemplo. c) Plaquetas: são fragmentos celulares que desencadeiam o processo de coagulação do sangue.

Medula óssea e células sanguíneas.

 Plasma: fluido composto por água, sais, gases, excretas, nutrientes. O plasma facilita o escoamento de substâncias pelo organismo, além de definir a pressão sanguínea. 3.a) Muscular Liso: presente nas vísceras, faz contração involuntária. Ex.: intestinos, útero. 3.b) Muscular Estriado Cardíaco: restrito ao músculo do coração (miocárdio), órgão involuntário, rítmico com discos intercalares. 3.c) Muscular Estriado Esquelético: músculos responsáveis pela movimentação voluntária ligada ao esqueleto. Possui células repletas de fibras proteicas de actina e miosina.

4) Nervoso: formado por células altamente especializadas, os neurônios, esse tecido gera um impulso nervoso de natureza eletroquímica (bombas de sódio e potássio e neurotransmissores nas fendas sinápticas). À medida que os neurônios se associam formam-se os nervos e gânglios nervosos, e por consequência o Sistema Nervoso. SISTEMAS 1) Nervoso: subdividido em Central (cérebro, cerebelo, hipotálamo, ponte, bulbo e medula espinhal) e Periférico (nervos e gânglios). As funções dos seus principais órgãos são:  Cérebro: armazena e define informações a serem executadas pelo organismo.  Cerebelo: equilíbrio.  Hipotálamo: secretar hormônios.  Bulbo: controla funções vegetativas como respiração, batimento cardíaco, deglutição, etc.

2) Endócrino: sistema formado por glândulas que secretam hormônios para o sangue. As principais glândulas e seus hormônios são: a) Hipófise:  GH: estimula o crescimento;  ADH: reabsorção de água nos rins para o controle da pressão arterial.  FSH: estimula o desenvolvimento final do ovócito II.  LH: estimula a ovulação. b) Tireoide: libera tiroxina para o controle de atividade metabólica. c) Pâncreas:  Insulina: coloca glicídios no fígado.  Glucagon: remove glicídios do fígado para o sangue.

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Revisão

d) Ovários:  Estrogênio: controle de ciclo ovulatório e definição de caracteres femininos.  Progesterona: fixação do endométrio ao útero.

filtragem ocorre no interior dos rins, na estrutura dos néfrons.

3) Digestório: esse sistema decompõe os alimentos até o sua menor unidade. A digestão ocorre em duas etapas:  1ª: mecânica: trituração dos alimentos.  2ª: Química: quebra dos alimentos através de enzimas. Nessa etapa, cada enzima atua sobre um alimento específico em pH específico. Enzimas:  Boca: amilase.  Estômago: pepsina.  Pâncreas: tripsina, lipase, amilase, nucleases.

REINO MONERA

4) Respiratório: responsável pelas trocas gasosas nos alvéolos pulmonares com os vasos sanguíneos (hematose). Fornece o oxigênio necessário à respiração celular. 5) Circulatório: formado apenas pelos vasos sanguíneos e pelo coração. Distribui gases, nutrientes, excretas pelo organismo. O grande responsável pela circulação humana é o coração tetracavitário que garante uma circulação eficaz, dupla, completa e fechada. 6) Excretor: é o grande responsável pela limpeza do sangue. Filtra e elimina as impurezas nitrogenadas (ureia) mantendo o volume de água adequado nos vasos sanguíneos e contribuindo para a manutenção da pressão arterial. A

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Representados pelos Domínios Arquea (arqueobactérias ou extremófilas) e Bactéria (cianobactérias e eubactérias – bactérias comuns como riquétsias, micoplasmas, PPLO). CARACTERÍSTICAS GERAIS - Unicelulares (isolados ou coloniais); - Procariontes (nucleoide); - Cosmopolitas; - Com parede de peptidioglicanos; - Autótrofas/Heterótrofas; - Aeróbias, anaeróbias e facultativas; - Formam ESPOROS como forma de proteção; - Única organela: ribossomos; - Plasmídeo: segmento de DNA confere resistência e variabilidade genética; - Reprodução: assexuada por cissiparidade e sexuada por conjugação e transformação. IMPORTÂNCIA DAS BACTÉRIAS - Fixadoras de N2 atmosférico; - Produzem matéria orgânica e liberam O2; - Formadores de liquens; - Pioneiras nas sucessões ecológicas; - Decompositoras (liberam CO2 e CH4); - Produtoras de antibióticos; - Indústria de queijos, iogurtes e vinagres; - Causadoras de doenças.


Revisão

REINO PROTISTA

REINO VEGETAL

Estes indivíduos estão subdivididos em dois grandes filos ou divisões: Algas e Protozoários.

- Seres autótrofos, eucariontes, aeróbios; - Possuem paredes celulósicas; - Armazenam amido; - Formam tecidos verdadeiros; - Os principais tecidos são:  xilema: conduz seiva bruta do solo às folhas;  floema: desce a seiva elaborada das folhas ao solo;  epiderme: reveste as partes jovens do vegetal. Possui entre as suas células os estômatos que fazem as trocas gasosas para o vegetal;  parênquimas: preenchem o vegetal estocando substâncias como clorofila, amido, água, etc.

Protozoários: Sarcodíneos (Amebas), Ciliados (Paramécio), Flagelados (Tripanossomo), Esporozoários (Plasmódio). São importantes causadores de doenças. - Eucariontes, Unicelulares; - Aquáticos, parasitas; - Sem parede celular; - Heterotróficos, aeróbios; - Parasitas, Simbiontes, Mutualistas;

REINO FUNGI Os fungos são seres muito comuns na natureza, com muitas e variadas formas de vida. Seus principais representantes são as leveduras (Saccharomyces cerevisiae) e os cogumelos (Amanita muscaria, Claviceps purpurea). CARACTERÍSTICAS GERAIS - Unicelulares e pluricelulares, Eucariontes; - Vivem em ambientes escuros, úmidos e quentes; - Com parede celular de quitina; - Heterótrofos por absorção; - Substância de reserva: glicogênio. - Aeróbios. Anaeróbios (fermentadores). - Saprobiontes, parasitas e mutualistas. - Podem formar liquens (algas + fungos) e micorrizas (raízes de plantas + fungos). - Possuem células filamentosas: hifas. O conjunto de hifas recebe o nome de micélio.

Esses tecidos formam diversificados tipos de órgãos, cada um específico para determinado habitat. Por exemplo: - Raízes: aéreas em solos lodosos, respiratórias em ambientes alagados, sugadoras para plantas parasitas; - Caules: tuberosos para guardar amido, suculentos para estocar água; - Folhas: estreitas para reduzir a perda de água, em forma de calha para recolher água. Os principais grupos de vegetais são: 1) Briófitas: musgos. Plantas sem vasos condutores. Umbrófilas. 2) Pteridófitas: samambaias. Plantas com vasos condutores, mas sem sementes ou frutos. Umbrófilas. 3) Gimnospermas: Pinheiros, araucárias. Primeiras plantas a apresentar estruturas especializadas para reprodução como sementes. 4) Angiospermas: são plantas com flores frutos e sementes. Habitam ambientes muito diversificados. Dividem-se em Monocotiledôneas e Dicotiledôneas.

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Revisão

REINO ANIMAL

CORDADOS

- Seres pluricelulares, eucariontes; - Sem parede celular; - Estocam glicogênio; - Seres aeróbios, heterotróficos; Os animais estão subdivididos em 9 filos, dos quais os mais relevantes são:

- endoesqueleto calcário; - segmentados; - deuterostômios; - enterocelomados; - possuem: notocorda, tubo nervoso dorsal e fendas branquiais na faringe.

PLATELMINTOS - vermes achatados; - excreção por células-flama; - triblásticos; - acelomados; - tênias e planárias; - teníase e esquistossomose.

- Peixes, Anfíbios, Répteis, Aves e Mamíferos.

NEMATELMINTOS - vermes cilíndricos; - sistema digestório completo; - triblásticos; - pseudocelomados - lombrigas; - ascaridíase, amarelão, elefantíase. ANELÍDEOS - vermes segmentados; - metameria; - triblásticos; - celomados; - minhocas e sanguessugas. ARTRÓPODES

VÍRUS

- exoesqueleto quitinoso; - segmentados; - crescimento por mudas; - podem ser vetores de doenças; - insetos, crustáceos, aracnídeos.

- seres acelulares; - não possuem metabolismo próprio; - formados apenas por um capsídeo proteico e material genético (DNA ou RNA); - causadores de doenças – viroses. - Ex.: AIDS, Febre Amarela, Zika, Chicungunha, Hepatite, Gripe, Dengue, Ebola, HPV, Sarampo, Rubéola. OBSERVAÇÃO As vacinas, muitas vezes, são fabricadas usando-se microrganismos como os vírus como agentes antigênicos e forçando o organismo a fabricar as próprias defesas (imunidade ativa). No caso dos soros, a imunidade é adquirida pronta, sendo assim chamada de imunidade passiva.

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Biologia Física Revisão

2.2. FÍSICA ESTUDO GRÁFICO DO MRU

ESTUDO GRÁFICO DO MRUV

Gráfico posição x tempo (S x t)

Assim como aconteceu com o MRU temos três possibilidades de gráficos para o MRUV.

Podemos perceber da equação horária do MRU S = So + vt que o expoente da variável tempo vale 1. Dessa maneira, caracterizamos essa função como sendo uma função do primeiro grau. Esse tipo de função também é conhecido como função linear. Essa função possui um gráfico reto e oblíquo ao eixo do tempo.

Gráfico velocidade x tempo Esse gráfico do MRU tem sua origem na principal característica do MRU que é possuir velocidade constante. Dessa maneira, o gráfico da velocidade no MRU é um gráfico de uma função constante. No MRUV, a equação de posição em função do

OBSERVAÇÃO  A inclinação da reta da posição nos dá o sinal da velocidade do movimento.  Reta crescente – Velocidade positiva (v>0 – movimento progressivo);  Reta decrescente – Velocidade negativa (v<0 – movimento regressivo);  A área do gráfico v x t nos dá o deslocamento do móvel (s);

tempo ( ) é uma função do segundo grau. Isso significa que o gráfico da posição para esse movimento é uma parábola (lembre-se das suas aulas de matemática).  Aceleração positiva ( >0) - Parábola com concavidade voltada para cima  Aceleração negativa ( <0) - Parábola com a concavidade voltada para baixo No MRUV, a equação de velocidade com função do tempo ( ) é do primeiro grau. Isso significa que seu gráfico é uma reta inclinada em relação ao eixo horizontal.  Aceleração positiva ( >0) – Reta crescente  Aceleração negativa ( <0) – Reta decrescente ATENÇAO:  Aceleração positiva ( >0) - Parábola com concavidade voltada para cima  Aceleração negativa ( <0) - Parábola com a concavidade voltada para baixo

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Revisão

No MRUV, a aceleração é constante. Portanto, o gráfico da aceleração será justamente o gráfico de uma função constante, ou seja, uma reta paralela ao eixo horizontal  Reta acima do eixo horizontal – Aceleração positiva (a>0)  Reta abaixo do eixo horizontal – Aceleração negativa (a<0)

OBSERVAÇÃO:  No gráfico da velocidade como função do tempo a área sob o gráfico nos dá o deslocamento escalar do objeto ( )  No gráfico da aceleração como função do tempo a área nos dá a variação da velocidade do objeto (A =v)

TRANSMISSÃO (COAXIAL)

POR

EIXO

Aqui as polias compartilham o mesmo eixo e, portanto, efetuam rotações de maneira conjunta. Portanto todas as grandezas são iguais à exceção da velocidade linear, uma vez que cada polia percorre uma distância diferente (raios diferentes) no mesmo intervalo de tempo.

TRANSMISSÃO DO MCU TRANSMISSÃO POR CORREIA OU ENGRENAGEM (NÃO COAXIAL)

PRIMEIRA LEI DE NEWTON – PRINCÍPIO DA INÉRCIA Todo corpo continua no estado de repouso ou movimento retilíneo uniforme, a menos que seja obrigado a mudar esse estado por ação de forças externas.

SEGUNDA LEI DE NEWTON – PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA DINÂMICA Não havendo deslizamento entre os corpos, a velocidade linear ou tangencial dos pontos da periferia seria a mesma e, portanto, a partir dessa igualdade podemos deduzir as seguintes relações para esse tipo de acoplamento.

43 49

“A aceleração de um corpo é diretamente proporcional à força aplicada a este corpo e sua massa é constate de proporcionalidade entre essas duas grandezas”

⃗​⃗​⃗​⃗


Revisão

TERCEIRA LEI DE NEWTON – AÇÃO E REAÇÃO “Se um corpo A exerce uma força ⃗​⃗​⃗​⃗​⃗​⃗​⃗ em um corpo B, o corpo B reage aplicando uma força ⃗​⃗​⃗​⃗​⃗​⃗​⃗ , Com a mesma intensidade, a mesma direção e sentido oposto a força ⃗​⃗​⃗​⃗​⃗​⃗​⃗ ”

TRABALHO DE UMA FORÇA

Em que

ENERGIA MECÂNICA A energia mecânica total de um sistema é a soma da energia cinética, relacionada ao movimento de um corpo, com a energia potencial, relacionada ao armazenamento ou posição do objeto podendo ser gravitacional ou elástica. Se o sistema for dito conservativo, ou seja, livre de forças dissipativas, a energia mecânica total desse sistema irá permanecer constante.

é o ângulo entre o vetor força e o vetor deslocamento.

SINAL DO TRABALHO O trabalho de uma força pode ser positivo, negativo ou nulo, dependendo da projeção da força na direção do deslocamento.

Θ

Θ<90°

Ʈ>0

Θ>90°

Ʈ<0

Θ=90°

Ʈ=0

Ʈ>0 – Nesse caso o trabalho é dito motor. Ʈ<0 – Nesse caso temos um trabalho resistente.

ENERGIA CINÉTICA

ENERGIA POTENCIAL ENERGIA POTENCIAL ELÁSTICA

POTÊNCIA Grandeza física que Pode ser analisada de dois modos: relacionada ao tempo gasto para a realização de um trabalho; relacionada à quantidade de trabalho executada em um intervalo de tempo fixo.

= E: energia (J) Ʈ: Trabalho (J) t: Intervalo de tempo (s)

F: força (N) v: velocidade (m/s) P: Potência (W)

TEOREMA DO IMPULSO (Teorema Da Variação Da Quantidade De Movimento) O impulso exercido pela resultante das torças que atuam sobre um corpo, durante certo intervalo de tempo, é igual à variação da quantidade de movimento,  ⃗ naquele intervalo de tempo.

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Revisão

⃗​⃗

⃗​⃗​⃗​⃗

⃗​⃗​⃗​⃗

PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR

ESTUDO DOS GASES

Existem três maneiras através das quais o calor pode ser trocado entre corpos: Condução, convecção e irradiação. Condução: Processo que acontece nos sólidos. A transferência de calor por condução ocorre via colisões entre átomos e moléculas de uma substância e a subsequente transferência de energia cinética. Convecção: consiste no movimento dos fluidos. Convecção é o fenômeno no qual o calor se propaga por meio do movimento de massas fluidas de densidades diferentes Irradiação ou radiação: Acontece pela emissão de ondas eletromagnéticas na faixa correspondente ao infravermelho

As variáveis de estado de um gás são: Pressão (p) – Determinada pelas colisões (elásticas) entre as partículas do gás e as paredes do recipiente que o contém. Volume (V)- Um gás não tem volume próprio, assim o volume é do próprio recipiente. Temperatura (T) – Determinada pela energia cinética média das partículas do gás.

1ª LEI DA TERMODINÂMICA “A variação da energia interna U de um sistema é expressa como sendo a diferença entre a quantidade de calor Q trocada com o meio ambiente e o trabalho realizado na transformação.”

PRINCÍPIO GERAL DAS TROCAS DE CALOR "Se dois ou mais corpos trocam calor entre si, a soma algébrica das quantidades de calor trocadas pelos corpos, até o estabelecimento do equilíbrio térmico, é NULA."

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MÁQUINAS TÉRMICAS Máquinas térmicas operam em ciclos entre duas fontes de temperaturas, retirando energia de uma fonte quente e rejeitando parte dessa energia para a fonte fria.


Revisão

REFRAÇÃO Rendimento (n):

ONDULATÓRIA Comprimento de onda (): é a distância percorrida pelo abalo, com velocidade constante, no decurso de um intervalo de tempo igual a um período T. Pode ser medido a partir da distância entre duas cristas ou dois vales.

 Na refração a mudança de meio de propagação implica em mudança de velocidade de propagação para um pulso ou onda  A frequência de uma onda ou pulso refratado não se altera ao mudar o meio de propagação. A frequência de uma onda só depende da fonte geradora da onda  Na refração o comprimento de onda é alterado. Aumentando a velocidade, aumenta o comprimento de onda. Se na refração diminuir a velocidade de propagação diminui o comprimento de onda.

POLARIZAÇÃO O fenômeno da polarização consiste em impedir a passagem de ondas transversais que possuam determinada direção de propagação por meio de um filtro denominado de polarizador.

“O comprimento de uma onda é inversamente proporcional à sua frequência já que, menores comprimentos de onda implicam em menores distâncias entre suas fases consecutivas, permitindo com que haja mais ocorrências do evento por segundo. Quanto maior a frequência de uma onda, menos seu comprimento.” PERÍODO (T): Tempo de uma oscilação completa; FREQUÊNCIA (f): Número de oscilações completas por segundo (Hz)

 f = Frequência da onda (Hz) T = Período da onda (s)

QUALIDADES DO SOM

FISIOLÓGICAS

INTENSIDADE Está relacionada com a amplitude da onda: quanto mais forte for o som, maior é a sua amplitude.

v = Velocidade da onda (m/s)  = Comprimento de onda (m)

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Revisão

Primeira Lei da Refração “O raio incidente (RI) o raio refratado (RR) e a reta normal (N) à superfície pertencem ao mesmo plano”

Segunda Lei da Refração Para cada par de meios e para cada luz monocromática que se refrata, é constante o produto do seno do ângulo que o raio forma com a reta normal e o índice de refração do meio em esse raio se encontra.

TIMBRE É determinada pela distribuição de energia através dos vários harmônicos. Está relacionada com o formato da onda sonora emitida.

REFLEXÃO TOTAL ALTURA É dada pela frequência fundamental do som. Os sons de maior frequência fundamental são chamados altos ou agudos e os sons de menor frequência fundamental de baixos ou graves.

Cálculo do ângulo Limite:

REFRAÇÃO LUMINOSA É o fenômeno que ocorre quando a luz passa de um meio para outro, podendo sofrer um desvio em sua trajetória. Via de regra, essa mudança de meio é acompanhada de mudança na velocidade de propagação da luz.

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Condições para ocorrência da reflexão total: 1. Sentido de propagação da luz: do meio com maior índice de refração para o de menor. 2. Ângulo de incidência maior que o ângulo limite: i> L.


Revisão

RESISTÊNCIA RESISTORES

ELÉTRICA

E

2) Associação Em Paralelo

A resistência elétrica pode ser caracterizada como a "dificuldade" encontrada para que haja passagem de corrente elétrica.

1. (U = U1 = U2 = U3) 2. (i = i1 + i2 + i3)

Resistores são aparelhos e componentes elétricos cuja principal finalidade é converter energia elétrica em energia térmica.

3.

RASCUNHO

RESISTÊNCIA COMO FUNÇÃO DA GEOMETRIA - RESISTIVIDADE

ASSOCIAÇÕES DE RESISTORES 1) Associação Em Série

1. (i = i1 = i2 = i3) 2. (U = U1 + U2 + U3) 3. R= R1 + R2 + R3

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Revisão Química Biologia

2.3. QUÍMICA SISTEMAS E PROPRIEDADES

ASPECTOS GERAIS DA MATÉRIA

MISTURAS SUBSTÂNCIA PURA

MISTURA

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Revisão

DECANTAÇÃO:

CONSTITUÇÃO ATÔMICA DALTON (BOLA DE BILHAR)

SEPARAÇÃO DE MISTURAS

THOMSON (PUDIM DE PASSAS):

DESTILAÇÃO: Processo físico que serve para separar misturas homogêneas, como as soluções de sólidos em líquidos (destilação simples) ou as soluções de dois ou mais líquidos (destilação fracionada). Neste processo a mistura é aquecida até que o líquido mais volátil evapore, passando em seguida pelo condensador, no qual retornará ao estado líquido (destilado).

FILTRAÇÃO:

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Revisão PARTÍCULA

CARGA

Próton Nêutron Elétron

positiva neutro negativa

MASSA RELATIVA 1 1 1/1836

POSIÇÃO

definidas da Classificação Periódica, sendo então chamadas de propriedades periódicas. Como exemplo, podemos citar a densidade absoluta, volume atômico, as temperaturas de fusão e ebulição, etc.

núcleo núcleo eletrosfera

TABELA PERIÓDICA PERÍODOS: As sete linhas horizontais que aparecem na tabela são denominadas períodos. Cada período corresponde a uma camada eletrônica, ou seja, elementos do primeiro período ocupam uma camada eletrônica, da segunda dois e assim sucessivamente.

a) Eletronegatividade (Ou Caráter Não Metálico): É a tendência que determinados átomos possuem de aceitar elétrons, transformando-se em ânions.

COLUNAS, GRUPOS OU FAMÍLIAS: As dezoito linhas verticais que aparecem na tabela são denominadas colunas, grupos ou famílias de elementos. Devemos assinalar que algumas famílias têm nomes especiais a saber: Número da coluna 1 A ou 1 2 A ou 2 6 A ou 16 7 A ou 17 zero, 8 A ou 18

Elementos Li, Na, K, Rb, Cs, Fr Be, Mg, Ca, Sr, Ba, Ra O, S, Se, Te, Po F, Cl, Br, I, At He, Ne, Ar, Kr, Xe, Rn

Nome da família Metais alcalinos Metais alcalinos terrosos Calcogênios Halogênios

O mesmo sentido de crescimento ocorre com raio atômico; incluindo os gases nobres. b) Eletropositividade (Ou Caráter Metálico): É a tendência que determinados átomos possuem de perder elétrons de camada de valência, adquirindo carga positiva e transformando-se em cátions.

Gases nobres

OBS.: Deve-se tomar cuidado com as eletro... não incluem os gases nobres.

PROPRIEDADES PERIÓDICAS De um modo geral, muitas propriedades dos elementos químicos variam periodicamente com o aumento de seus números atômicos, atingindo valores máximos e mínimos em colunas bem

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Revisão

LIGAÇÕES QUÍMICAS LIGAÇÃO

RELAÇÃO COM O ELÉTRON ELETRONEGATIVIDADE DOS PARTICIPANTES

METÁLICA Metal + Metal Átomos, cátions e elétrons Permutação Próximas ou iguais e baixa

CONDUTIBILIDADE ELÉTRICA

Sólidos e líquidos

Puros fundidos ou em solução aquosa

Não conduzem

Sólidos (exceto Hg)

Sólidos

Líquidos e gases

ELEMENTOS ENVOLVIDOS PARTÍCULAS ENVOLVIDAS

ESTADO FÍSICO

IÔNICA Metal + Não metal Íons (cátions-ânions) Transferência

COVALENTE APOLAR Não metal Não metal + Hidrogênio

COVALENTE POLAR Não metal Não metal + Hidrogênio

Moléculas

Moléculas

Compartilhamento

Compartilhamento

Muito diferentes

Iguais e altas

Próximas e altas Somente ácidos e amônia em solução aquosa Sólidos, líquidos e gases

GEOMETRIAS MOLECULARES NÚMERO DE ÁTOMOS

GEOMETRIA

2 ÁTOMOS

LINEAR

3 ÁTOMOS

LINEAR

MODELO

4 ÁTOMOS 4 ÁTOMOS Sobram elétrons no átomo central

5 ÁTOMOS

LIGAÇÕES DATIVAS

DEVE FAZER

PODE FAZER

7 A / 17

3 ÁTOMOS Sobram elétrons no átomo central

LIGAÇÕES NORMAIS

ANGULAR

1

3

6 A / 16

2

2

5 A / 15

3

1

4 A / 14

4

x x

CUIDADO:

TRIGONAL PLANA

*Ligações polares ocorrem com átomos diferentes; ligações apolares ocorrem com átomos iguais.

TRIGONAL PIRAMIDAL

* Moléculas polares ocorrem quando temos átomos que apresentem cargas elétricas diferentes; moléculas apolares ocorrem quando temos átomos de cargas iguais.

TETRAÉDRICA

INTERAÇÕES *LIGAÇÕES INTERMOLECULARES PARTICIPANTES PONTO DE FUSÃO E EBULIÇÃO ESTADO FÍSICO

PONTES DE HIDROGÊNIO H + F , O, N Muito elevado Sólidos ou líquidos

DIPOLO-DIPOLO ou dipolo permanente Moléculas polares Elevado Líquidos

DIPOLO INDUZIDO (Van Der Waals) Moléculas apolares Muito baixo Gases

POLARIDADE E SOLUBILIDADE

“Substâncias polares tendem a se dissolver em solventes polares; substâncias apolares tendem a se dissolver em solventes apolares.”

58


Revisão

FUNÇÕES INORGÂNICAS 1. SAIS: São compostos provenientes de uma reação entre um ácido e uma base de Arrhenius. Desta forma podemos definir também os sais sendo compostos iônicos que possuem, pelo menos, um cátion diferente de H+ e um ânion diferente de OH -. BOH + HA  B A + H2O Base Ácido SAL NaOH + HCl  NaCl + H2O SAL Nitratos (NO3 ) Acetatos (COO ) Cloratos (ClO3 ) Cloretos (Cl ) Brometos (Br ) Iodetos (I ) -2 Sulfatos (SO4 ) -2 Sulfetos (S ) Outros sais

Ca(OH)2 + HNO3  CaOHNO3 + H2O (sal básico) NaOH + H2CO3  NaHCO3 + H2O SOLUBILIDADE

EXCEÇÕES

Solúveis

-----

Solúveis

+

+2

+2

+2

+2

+2

Ag , Hg , Pb

Solúveis Insolúveis Insolúveis

(sal ácido)

+2

Ca , Sr , Ba , Pb + +2 +2 +2 1A/ 1, NH4 , Ca , Sr , Ba + 1A/ 1, NH4

ÓXIDOS IÔNICOS ÓXIDOS MOLECULARES

2. ÓXIDOS

Óxido de elemento

Mono Di óxido de Di Tri Tri

ÓXIDOS BÁSICOS óx. básico + H2O  BASE óx. básico + ácido  Sal + H2O -2

PERÓXIDOS (O2 ) Peróxido de elemento -2

SUPERÓXIDO (O4 ) Superóxido de elemento PERÓXIDOS E SUPERÓXIDOS XO2  XO + 1/2 O2 XO4  XO + 3/2 O2

elemento

ÓXIDO IÔNICO-MOLECULAR óxido de elemento (+NOX romano) Mono Di óxido de Di Tri Tri

ÓXIDOS ÁCIDO ( NOX  4) elemento óx. ácido + H2O  ÁCIDO óx. ácido + base  Sal + H2O

ÓXIDO ÁCIDO NOX  4 óxido ácido + base  Sal + H2O

ÓXIDOS NEUTROS

ÓXIDO BÁSICO NOX < 4 óxido básico + ácido  Sal + H2O

neutro + ácido/base/ H2O  não reagem

SOLUÇÕES TÍTULO (T ou )

Pp =

T= MOLARIDADE (M) M=

CONCENTRAÇÃO COMUM (C)

PORCENTAGEM EM PESO DE SOLUTO (Pp)

DENSIDADE d =

. 100

c =

DILUIÇÃO DE SOLUÇÕES E CONCENTRAÇÕES

C=d.T

C 1 . V 1 = C 2 . V2

C = M.mm d . T = M . mm

M 1 . V1 = M 2 . V 2

*Ao relacionar as unidades, usar as massas em gramas e os volumes em litros.

59


Revisão

ASPECTOS QUANTITATIVOS 1 – Existe uma reação em linguagem química? 2 – A reação se encontra balanceada estequiometricamente? 3 – Selecionar com quem quer trabalhar; 4 – Selecionar com qual unidade trabalhar; GANHO - - - - - - - - -100% X - - - - - - - - - % de pureza do exercício

4.5 PUREZA 5 – Montar regra de três; 1ª linha PADRÃO 2ª linha

1 mol

X g (tab. per.)

6,02.1023 

22,4 L

(x BALANCEAMENTO)

 EXERCÍCIO: 5.5 PUREZA

GANHO - - - - - - - - 100% X - - - - - - - - - % de Rendimento do exercício

TERMOQUÍMICA EXOTÉRMICA: são as reações que produzem ou liberam calor; o meio aquece.

ENTALPIAS DE FORMAÇÃO ∆ H = ∑ H produtos -∑ H reagentes

ENDOTÉRMICA: são as reações que produzem ou liberam calor; o meio resfria.

LEI DE HESS O ∆H depende apenas do estado inicial e final da reação. ∆H = ∆H 1 + ∆H 2 + ... + ∆H n

Para aplicar a Lei de Hess, não podemos esquecer: a) Quando uma reação for multiplicada ou dividida o valor do ∆H também é. b) Quando uma reação for invertida troca-se o sinal do ∆H. c) Pode-se eliminar substâncias em reações diferentes; desde que estejam em lados opostos e no mesmo estado físico.

CINÉTICA QUÍMICA Vm = Para ocorrer reação: 1 – Afinidade 2 – Colisão com orientação 3 – Energia de ativação (Ea)

60


Revisão

Velocidade instantânea Lei de ação das massas

A velocidade da reação aumenta com: - Aumento de temperatura (Van’t Hoff )  100C a velocidade duplica - Aumento de superfície de contato (sólidos) - Aumento de concentração ou pressão (gases)

V = K . [ reag ]coef V = K . (P reag)coef

* determinar lei de velocidade * substituir pelo efeito - Uso de catalisador (diminui apenas a Energia de Ativação e não altera mais nada).

EQUILÍBRIO QUÍMICO REAGENTE  PRODUTO

ALTERAÇÃO NO EQUILÍBRIO Adição de reagente Adição de produto Retirada de reagente Retirada de produto Aumento da pressão Diminuição da pressão Aumento da temperatura Diminuição da temperatura Adição de catalisador

RESULTADO No sentido dos produtos No sentido dos reagentes No sentido dos reagentes No sentido dos produtos No sentido da contração do volume No sentido da expansão do volume No sentido da reação endotérmica No sentido da reação exotérmica Não ocorre deslocamento

EQUILÍBRIO IÔNICO –

Veja: k = +

-7

-7

+

-14

Kw = 10 . 10  10 pH

-14

7 NEUTRO 7 NEUTRO

ÁCIDO 0 BÁSICO

SOLUÇÕES ÁCIDAS pH < 7 e pOH > 7 Ex.: suco gástrico, suco de limão, vinagre

[OH ] = M . α

pH + pOH = 14 (Se Kw = 10 )

(a 25 °C)

0

pOH

-

[H ] = M . α

Kw = [H ][OH ]

14 BÁSICO 14 ÁCIDO

SOLUÇÕES NEUTRAS

SOLUÇÕES BÁSICAS

pH = 7 e pOH = 7

pH > 7 e pOH < 7

Ex.: água saliva.

pura, sangue

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humano,

Ex.: leite de magnésia, água do mar, cremes dentais.


Revisão

PILHAS

EMISSÃO: Vem após a seta (como um produto).

* OXIDAÇÃO: Quando uma espécie química perde elétrons na reação. * REDUÇÃO: quando uma espécie química recebe elétrons na reação * AGENTE OXIDANTE: é a substância que sofre redução e provoca oxidação. * AGENTE REDUTOR: é a substância que sofre a oxidação e provoca a redução.

BOMBARDEIO: Vem antes da seta (como um reagente).

MEIA VIDA OU PERÍODO DE SEMIDESINTEGRAÇÃO Tempo necessário para consumo de 50% da atividade radiativa

REATORES NUCLEARES FUNCIONAMENTO a)

E

P erde elétrons e massa A nodo N egativo O xidação

∆E = E ox + E red

RADIOATIVIDADE FISSÃO NUCLEAR: quebra de núcleos grandes.

INTRODUÇÃO À ORGÂNICA FUSÃO NUCLEAR: união de núcleos de pequenos.

4 2 

0 -1 

1 1 p

1 0 n

62

LIG. NO CARBONO

HIBRIDAÇÃO

sp3

3σ e1π

sp2

2σ e2π

sp

MODELO


Revisão

FUNÇÃO

GRUPO FUNCIONAL

POLARIDADE

SOLUBILIDADE

PONTO DE FUSÃO e EBULIÇÃO

FORÇAS INTERMOLECULARES

APOLAR

INSOLÚVEL

BAIXO

VAN DER VAALS

POUCO POLAR

POUCO SOLÚVEL

ELEVADO

PONTES DE HIDROGÊNIO

X–X–X

X–X–X

X–X–X

X–X–X

POLAR

SOLÚVEL

ELEVADO

PONTES DE HIDROGÊNIO

POLAR

SOLÚVEL

MODERADO

DIPOLO – DIPOLO

POUCO POLAR

POUCO SOLÚVEL

MODERADO

DIPOLO – DIPOLO

POUCO POLAR

INSOLÚVEL

BAIXO

DIPOLO – DIPOLO

MUITO POLAR

SOLÚVEL

MUIO ELEVADO

PONTES DE HIDROGÊNIO

POLAR

POUCO SOLÚVEL

MODERADO

DIPOLO – DIPOLO

Cn H(2n+2) HIDROCARBONETO

Cn H(2n) Cn H(2n-2) OH

FENOL ENOL ÁLCOOL

C C

OH

O

C

ALDEIDO

H

C

CETONA

O

ÉTER

O

ÁCIDO CARBOXÍLICO

C

ÉSTER

OH

C

C

O OH

O O

- NH2 AMINA

- NH – -N–

AMIDA NITROCOMPOSTO

CONH2 - NO2

C

SOLÚVEL

POLAR

POUCO SOLÚVEL

ELEVADO

INSOLÚVEL

ELEVADO

POUCO POLAR APOLAR MUITO POLAR POUCO POLAR

MUITO ELEVADO

SOLÚVEL INSOLÚVEL

63

MUITO ELEVADO MUITO ELEVADO

PONTES DE HIDROGÊNIO PONTES DE HIDROGÊNIO VAN DER VAALS PONTES DE HIDROGÊNIO DIPOLO – DIPOLO


Revisão

ISÔMERO ÓPTICO: Todo isômero aquele que desvia o plano de luz polarizada. (ativos) = 2n, Onde n é o número de carbonos assimétricos. DEXTRÓGIRO (d ou +): É o isômero que desvia o plano de luz polarizada para a direita. LEVÓGIRO (l ou -): É o isômero que desvia o plano de luz polarizada para a esquerda. ENANTIOMORFOS OU ANTÍPODAS ÓPTICOS: d e l com o mesmo ângulo de desvio da luz em sentidos opostos. MISTURA RACÊMICA (R): Mistura de enatiomorfos ou inativo por compensação externa. (inativos) = 2n-1, onde n é o número de carbonos assimétricos. DIASTEROISÔMERO: Mistura de isômeros que não enantiomorfos. ISÔMEROS ATIVOS: São os isômeros capazes de desviar a luz polarizada (d + e l –). ISÔMERO INATIVO: Todo aquele que não desvia o plano de luz polarizada.

ISOMERIA DE FUNÇÃO: C2H6O METÓXI METANO

ETANOL

ISOMERIA DE POSIÇÃO:

ORTO (1,2)

META (1,3)

PARA (1,4)

ISOMERIA DE CADEIA:

C3 H6 PROPENO CADEIA ABERTA (alifática)

CICLO PROPANO CADEIA FECHADA (cíclica)

ISOMERIA DE COMPENSAÇÃO OU METAMERIA: C4 H11 N METIL-PROPIL AMINA

DIETIL AMINA

ISOMERIA DE DINÂMICA OU TAUTOMERIA:

PROP-1-EN-1-OL

C3H6O

64 56

PROPANAL


Literatura Revisão

3.1. LITERATURA CONCEITO DE LITERATURA

- Assonância: Ocorre assonância quando há repetição da mesma vogal ao longo de um verso ou poema.

“A Literatura, em sentido restrito, significa a arte que se constrói com palavras. Por mais que o texto literário assemelhe-se a outras formas de textos escritos, apresenta certa especificidade, capaz de causar um efeito de estranhamento decorrente de sua elaboração peculiar. Além disso, a Literatura mantém com a realidade uma relação que tanto a reflete como a refrata. Por mais que não vise a uma função pragmática, o conhecimento literário é um conhecimento tão necessário quanto os demais, no sentido de que a Literatura ocupa-se dos seres humanos e de sua relação com o mundo, tornando-os mais compreensivos e abertos para a natureza, *e+ a sociedade” (Antônio Cândido)

Ex.: "Sou Ana, da cama, da cana, fulana, bacana, sou Ana de Amsterdam." (Chico Buarque) - Antítese: Ocorre antítese quando há aproximação de palavras ou expressões de sentidos opostos. Ex.: "Amigos e inimigos estão, amiúde, em posições trocadas. Uns nos querem mal, e fazemnos bem. Outros nos almejam o bem, e nos trazem o mal." (Rui Barbosa) - Paradoxo: Ocorre paradoxo não apenas na aproximação de palavras de sentido oposto, mas também na de ideias que se contradizem referindo-se ao mesmo termo. É uma verdade enunciada com aparência de mentira. Oxímoro é outra designação para paradoxo.

FIGURAS DE LINGUAGEM - Metáfora: Ocorre metáfora quando um termo substitui outro através de uma relação de semelhança resultante da subjetividade de quem a cria. A metáfora também pode ser entendida como uma comparação abreviada, em que o conectivo não está expresso, mas subentendido.

Ex.: Com a chave na mão quer abrir a porta, não existe porta; quer morrer no mar, mas o mar secou; quer ir para Minas, Minas não há mais. José, e agora?(Drummond)

Ex.: "Minha vida era um palco iluminado" - Sinestesia: A sinestesia consiste na fusão de sensações diferentes numa mesma expressão. Essas sensações podem ser físicas (gustação, audição, visão, olfato e tato) ou psicológicas (subjetivas).

- Eufemismo: Ocorre eufemismo quando uma palavra ou expressão é empregada para atenuar uma verdade tida como penosa, desagradável ou chocante.

Ex.:" "Meu Deus! Como é sublime um canto ardente.” (Olavo Bilac)

Ex.: “Quando a Indesejada das gentes chegar Encontrará lavrado o campo, a casa limpa, A mesa posta, Com cada coisa em seu lugar”. (Manuel Bandeira)

- Aliteração: Ocorre aliteração quando há repetição da mesma consoante ou de consoantes similares, geralmente em posição inicial da palavra. Ex.: "Quando essa preta começa a tratar do cabelo é de se olhar toda a trama da trança a transa do cabelo." (Caetano Veloso)

- Prosopopeia: Ocorre prosopopeia (ou animização ou personificação) quando se atribui movimento, ação, fala, sentimento, enfim,

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Revisão

caracteres próprios de seres animados a seres inanimados ou imaginários.

deseja influenciar pela mensagem. Em geral, quando predomina a função conativa, o pronome pessoal desloca-se do eu para você, ocorrendo o emprego de verbos no modo imperativo, como no texto do anúncio.

Ex.: "... a Lua tal qual a dona do bordel pedia a cada estrela fria um brilho de aluguel" (João Bosco & Aldir Blanc) FUNÇÕES DA LINGUAGEM

Função fática ou de contato

Função emotiva ou expressiva

Leia o texto de Dalton Trevisan:

Veja.

Criança O pai telefona para casa: — Alô? Reconhece o silêncio da tipinha. Você liga? Quem fala é você. — Alô, fofinha. Nem um som. Criança não é, para ser chamada fofinha. Cinco nos, já viu. — Oi, filha. Sabe que eu te amo? — Eu também. ”Puxa, ela nunca disse que me amava”. — Também o quê? — Eu também amo eu. Percebe-se no texto uma tentativa do pai de falar com a filha, que é marcada pelas expressões: Alô?, Alô fofinha?

SE EU MORRESSE AMANHÃ! Se eu morresse amanhã, viria ao menos Fechar meus olhos minha triste irmã; Minha mãe de saudades morreria Se eu morresse amanhã! O eu Iírico do poema de Álvares de Azevedo expressa suas emoções, suas opiniões e seu estado de espírito. Por isso, os verbos e pronomes estão na lª pessoa: Se eu morresse amanhã! Fechar meus olhos minha triste irmã, Minha mãe de saudades morreria. Conceituação Na função emotiva ou expressiva, a ênfase é dada no locutor [ou emissor] da mensagem. A linguagem é subjetiva, centrada na primeira pessoa verbal, É comum, nesse tipo de função, o uso de reticências, exclamações e interjeições, pontuações que expressam emotividade.

Conceituação Na função fática, o objetivo do emissor é estabelecer a comunicação , manter aberto o canal ou fechar o canal. Essa função ocorre em situações do dia-a-dia, sempre que iniciamos contato verbal: Tudo bem?, Como vai?, Boa tarde!, Está frio, não?, Pronto?, Você está me entendendo? Fui claro?,Até logo, tchau.

Função conativa ou apelativa Leia a campanha.

Função referencial ou denotativa Leia este texto CARAMUJO: Nome dos conhecidos moluscos da praia, que incluem os búzios. A maioria é enroscada assimetricamente à medida que o corpo gira durante o estado de larva e a concha cresce em espiral. (...) Algumas espécies podem nadar, tendo inclusive quilhas em suas conchas. (Nova Enciclopédia Ilustrada da Folha)

Observe que a principal intenção do emissor é convencer os interlocutores. A linguagem persuasiva da publicidade destaca uma campanha organizada pela prefeitura de Rio do Sul em Santa Catarina: adote.

O texto dá informações sobre o caramujo, ou seja, esclarece o sentido da palavra. A linguagem é direta e objetiva, pois comunica aos leitores fatos da realidade.

Conceituação A função conativa ou apelativa ocorre quando o foco está no interlocutor [ou receptor], a quem se

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Revisão

Conceituação

realidade artística que está criando. São os chamados gêneros literários. O grego Aristóteles, no século V. a.C., estabeleceu uma divisão entre os gêneros que persiste até hoje: Gênero épico (ou épica) ou Gênero Narrativo, Gênero lírico (ou lírica) e Gênero dramático (ou dramática). A grosso modo, diríamos que quando um eu registra sua subjetividade e emoções, trata-se da lírica; quando nos é contada alguma história, trata-se da épica; mas se atores, através de gestos e falas, representam uma ação no palco, trata-se da dramática. Esquecida durante muitos séculos, a divisão estabelecida por Aristóteles foi retomada durante o Renascimento e transformada em códigos rígidos e regras invioláveis. Séculos depois, os românticos revisaram e até mesmo questionaram estes conceitos. No século XX, chegou-se a propor a abolição das fronteiras entre eles e, inclusive a declará-los inválidos ou inúteis. Por outra parte, recentemente, no Brasil, alguns críticos têm afirmado que a crônica (textos curtos, em prosa, com linguagem literária, geralmente abordando temas do cotidiano e publicados em jornais e revistas) seria um novo gênero literário.

A função referencial ocorre quando se põe ênfase no referente (ou contexto), ou seja, quando há uma informação objetiva a ser transmitida. Normalmente se emprega a terceira pessoa verbal, pois se fala de algo ou de alguém. E comum em textos jornalísticos e científicos. Função metalinguística Observe.

Na tira, o quadrinista utiliza o ato de desenhar para tratar sobre desenho. O humor da tira reside no fato do artística retratar sua própria arte registrado no segundo quadrinho pela incapacidade de ler o que a personagem falou, pois passou o limite do quadrinho. Conceituação O que se destaca na função metalinguística é o código, que é utilizado para explicar a si mesmo. Ocorre metalinguagem quando a intenção do texto (linguístico ou visual) é explicar ou pedir explicação sobre algum elemento [ou todos eles] que o constitui (ou constituem). Palavras, nas aulas e verbetes de dicionários, explicam outras palavras; imagens, nos quadrinhos, podem explicar palavras (linguagem mista); filmes podem explicar o cinema; um poema pode explicar a poesia de um poeta. Nesses casos, há metalinguagem. Veja o poema de Mário Quintana.

GÊNERO ÉPICO - A EPOPÉIA CLÁSSICA A epopéia clássica - termo de concepção antiga e aplicado essencialmente às obras de Homero - é estruturada em forma de poema com métrica, mas sem rima. Isso facilitava a sua memorização pelos menestréis que, acompanhados por uma lira, recitavam diante do público, os cantos (ou partes) das obras. Sabe-se que existiram muitos dessas epopéias, mas, à exceção da Ilíada e da Odisséia – conservadas na íntegra – restam delas poucos fragmentos. E os que restaram são nitidamente inferiores diante daquelas obras.

Quem faz um poema abre uma janela. Respira, tu que estás numa cela abafada, esse ar que entra por ela. Por isso é que os poemas têm ritmo - para que possas profundamente respirar. Quem faz um poema salva um afogado.

GÊNERO NARRATIVO Na concepção moderna surge como variante do gênero épico, o GÊNERO NARRATIVO em que há narrador, personagens e uma sequência de fatos. Abrange várias modalidades de textos: romance, novela, conto, crônica, fábula, apólogo , etc

GÊNEROS LITERÁRIOS As obras literárias são classificadas em vários grupos que correspondem a sua estrutura de composição e à forma como se apresentam, revelando a atitude do escritor perante a

OS ELEMENTOS ESSENCIAIS DA NARRATIVA: 1) NARRADOR: aquele que conta a história a um público, formado, antes da invenção da escrita, por ouvintes e, mais tarde, por leitores. Pode ser

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Revisão

tanto um relato de suas próprias vivências (narração em primeira pessoa), quanto um relato de ações praticadas por outros indivíduos (narração em terceira pessoa). Observe os exemplos:  1ª PESSOA - quando o narrador conta sua própria história.  ONISCIENTE - o narrador em 3ª pessoa é um observador dos fatos, não participa da história. Chamamos de ONISCIENTE o narrador que conhece o mundo interior dos personagens (sabe tudo).  PERSONAGEM: a narrativa é em primeira pessoa, é uma personagem da história.

c. Cantiga: poesia geralmente dividida em estrofes iguais, destinada a ser cantada. d. Soneto: é uma composição poética de forma fixa composta de catorze versos distribuídos em dois quartetos e dois tercetos. e. Écloga: poemas pastoris, que retratam a vida simples no campo. f. Elegia: é uma poesia que fala de acontecimentos tristes ou da morte de alguém. GÊNERO DRAMÁTICO OU TEATRAL Assim como os outros gêneros, o dramático - ou simplesmente o teatro – nasceu dos rituais religiosos antigos, na Grécia. O culto a Dioniso, deus da fertilidade e da alegria, e que através do vinho possibilitava ao homem o êxtase divino, era celebrado com canções, procissões, máscaras, tochas. Ou seja, o culto tinha a dimensão de um grande espetáculo público. Sabe-se que certas exibições corais – unindo cantos e danças – ocorriam nestas festas dionisíacas. É possível também que entre a embriaguez e a orgia, alguém personificasse um herói mítico ou um tipo conhecido, divertindo as pessoas com a arte da imitação.

2) HISTÓRIA: a sucessão de fatos (aventuras, conflitos) organizados de forma coerente e lógica. É chamada também de enredo, argumento, urdidura, intriga ou trama. 3) PERSONAGENS: os seres, em geral imaginários, que protagonizam as ações do enredo. Denominase PROTAGONISTA a personagem principal e as demais personagens são chamadas SECUNDÁRIAS. 4) TEMPO: • CRONOLÓGICO: tempo sequencial, linear (passado, presente, futuro), marcado por horas, datas ou por outros índices exteriores. • PSICOLÓGICO: o tempo que se passa no consciente das personagens: recordações, sonhos, delírios. 5) ESPAÇO: é o ambiente onde os personagens se movimentam. Pode ser apresentado de maneira minuciosa ou apenas sugerido. GÊNERO LÍRICO É um certo tipo de texto no qual um eu-lírico (a voz que fala no poema, que nem sempre corresponde à do autor) exprime suas emoções, ideias e impressões ante o mundo exterior. Pertencem a esse gênero: a. Ode e Hino: dois nomes que vêm da Grécia e significam canto. Ode é a poesia mais entusiástica, de exaltação. Hino é a poesia destinada a glorificar a pátria ou dar louvores às divindades.

QUINHENTISMO 1500 “A carta” de Pero Vaz de Caminha a El Rei D. Manuel “Literatura” Informativa  Crônicas de viagens (cartas, diários de bordo, tratados, relatórios)  Expressam os primeiros contatos do europeu com a terra brasileira e seus nativos  Escrita pelos cronistas de viagens  Marcada pelo descritivismo “A carta” de Pero Vaz de Caminha”  Atenção minuciosa aos detalhes da terra e dos índios; disposição de tentar entender os nativos;  Capacidade constante de maravilhar-se.  Preocupação material e missionária Literatura Jesuítica Finalidade central: catequese Preocupação espiritual

b. Balada: canta a saudade e o amor. É formada de três oitavas (estrofes de oito versos) e uma quadra (estrofe de quatro versos).

dos

José de Anchieta: poesia; teatro (autos)

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índios.


Revisão

BARROCO

do-se às conclusões do auditório e desarmando as possíveis objeções; - erudição, por meio de citações bíblicas e clássicas e do emprego de expressões latinas; - observação constante do auditório, com que estabelecia um diálogo fictício, não raro envolvendo a mordacidade e a ironia;

1601 – “Prosopopéia” de Bento Teixeira Pinto - Dualismo - conflito e angústia provocada pela dúvida entre os prazeres e progressos obtidos nos primeiros cem anos da Idade Moderna, representados pela TERRA-MATÉRIA-CORPO-VIDA e o longo período místico medieval, de penitências e preparação para a vida extraterrena, representados pelo CÉU-ESPÍRITO-ALMA-MORTE.

ARCADISMO 1768 – “Obras Poética” de Cláudio Manuel da Costa

O conflito está em não conseguir obter uma solução entre esses dois pontos.

a) Racionalismo b) Objetivismo c) Natureza d) Temas campesinos e bucólicos e) Simplicidade da forma f) Uso intenso de pseudônimos, principalmente tirados de nomes de pastores gregos. g) Uso de frases latinas. carpem diem (aproveita o dia) - desejo de fruição dos prazeres da vida; aurea mediocritas (mediocridade do ouro) - ideal de herói simples, humilde e honrado; locus amoenus (lugar ameno) - a natureza aprazível e dedicada. Único lugar onde o homem poderia ser feliz; fugere urbem (fugir da cidade, seguir a natureza) opção pela vida campestre em oposição à vida citadina; inutilia truncat (cortar o inútil) - contra os exageros, o rebuscamento, a extravagância do Barroco.

b) Antropocentrismo x Teocentrismo c) Valores subjetivos e espirituais. d) Abundância de figuras de linguagem na poesia: antíteses, metáforas, paradoxos, etc. e) Forma pomposa, ornamentada, grandiosa. f) Gosto por raciocínios complexos e intrincados. g) Inversões sintáticas. Gregório de Matos – (“Boca do Inferno”): 1. Poesia Amorosa ou Filosófica – ligada à ideia de brevidade da vida e do carpe diem; ora delicada, ora erótica e grosseira. 2. Poesia Satírica – crítica a todos os setores da vida colonial baiana; poesia burlesca. 3. Poesia Religiosa - O homem ajoelhado perante Deus, pedindo perdão. Padre Antônio Vieira:

Arcadismo no Brasil

Normalmente, Vieira principia os Sermões com uma citação bíblica, em Latim. Define os termos essenciais da citação e estabelece um diálogo fictício com o ouvinte, remetendo-o a fatos concretos, e envolvendo-o emocionalmente com descrições realistas e tocantes.

Tomás A. Gonzaga: As “Cartas Chilenas” - texto satírico de crítica política As Liras de “Marília de Dirceu”

Os recursos mais comuns nos Sermões são: - argumentação sutil, desenvolvida por meio de sofismas, silogismos, paradoxos e associações inesperadas; - sintaxe rebuscada, valendo-se das figuras de inversão (hipérbato, anástrofe), de repetição (anáforas), de omissão (elipses); - método parenético, pelo qual Vieira pensava todas as possibilidades que poderiam surgir no raciocínio dos ouvintes e as derrubava, antecipan-

Pastoralismo, bucolismo, otimismo, narcisismo, desvios sensuais, o ideal burguês de vida, simplicidade, o Pré-romantismo Cláudio Manuel da Costa, uma obra de transição: A produção lírica de Cláudio Manuel da Costa fazse, em parte, como um regresso aos modelos camonianos e, em parte, como um compromisso entre Barroco e Arcadismo, do que resulta uma obra rica, mas sem ostentação, e simples, mas

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Revisão

sem banalidade. Sua poesia é sóbria, elegante, expressando agudo senso dos conflitos da alma, consciência nítida dos problemas de seu tempo, sublimados pelo culto dos modelos clássicos, e requintada sonoridade. Foi grande sonetista, aproximando-se da elegância e da elevação dos sonetos de Camões.

José de Alencar – romances urbanos, regionalistas, históricos e indianistas (IRACEMA – O GUARANI); projeto nacionalista (revelar o Brasil em seu espaço físico-geográfico, em seu passado histórico e em sua dimensão lendária/mítica); idealização da realidade nacional; valorização da natureza e estilo metafórico; tentativa de criar uma língua brasileira; aspectos pré-realistas em LUCÍOLA e SENHORA (verossimilhança, casamento por interesse).

ROMANTISMO 1936 – Suspiros poéticos e saudades de Gonçalves de Magalhães

Visconde de Taunay – visão crítica do patriarcalismo no Brasil; romance sertanista – INOCÊNCIA.

a) Sentimentalismo b) Supervalorização do Amor c) Liberdade de criação d) Evasão (no tempo, no espaço, na morte) e) Subjetivismo f) Idealização g) Indianismo (brasileiro) h) Individualismo i) Nacionalismo j) Religiosidade k) Ideias libertários

Bernardo Guimarães – A ESCRAVA ISAURA, a “cor local”; Manuel Antônio de Almeida - MEMÓRIAS DE UM SARGENTO DE MILÍCIAS: narrativa de costumes (“tempo do rei”); ironia aos cacoetes românticos; ausência de idealização; objetividade na visão sobre o mundo social; personagens caricaturizados; situações cômicas e humor.

REALISMO

POESIA ROMÂNTICA

1881 – Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis

1ª Geração Romântica Características: a) Nacionalismo; b) Indianismo; c) Natureza; d) Saudosismo; Autores: Gonçalves de Magalhães e Gonçalves Dias

a) Contemporaneidade (para o realista o que

interessa é o mundo ao seu redor, o contemporâneo e as pequenas coisas do cotidiano); b) Anti-emotividade e anti-idealização (é uma arte racional, crítica, assim as personagens, as situações e o cenário refletem os equívocos da vida); c) Materialismo (não há lugar para apelos religiosos e místicos. A vida é concebida de forma pragmática); d) Razão e Objetividade (busca apresentar o mundo pelos aspectos cognitivos e não emocionais); e) Verossimilhança (semelhança com a Verdade. A arte deveria imitar a vida); f) Universalismo e Impessoalidade (os temas devem ser tratados de forma genérica e, assim, mais próxima da Verdade); g) Pessimismo (sentido trágico da existência); h) Denúncia das mazelas sociais (essa arte reflete os problemas sociais e a pequenez dos indivíduos); i) Análise psicológica das personagens (desvendamento do caráter da personagem);

2ª Geração Romântica Características: a) Exasperação do subjetivismo; b) Exagero do sentimentalismo; c) A morte, o pessimismo, o tédio à vida; d) Escapismo através do álcool; Autores: Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Fagundes Varela e Junqueira Freire 3ª Geração Romântica Características: a) Crítica à escravidão b) Preocupação social; c) Consciência do papel do poeta na sociedade; Autor: Castro Alves PROSA ROMÂNTICA Joaquim Manuel de Macedo - adaptação do folhetim romântico europeu. – A MORENINHA

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j) Introspecção (narrativa centrada nas reflexões

h) i) j) k) l)

interiores das personagens). Machado de Assis: Personagens construídas à luz da psicologia; capítulos curtos; contato direto com o leitor; análise psicológica; inter e intratextualidade; metáforas e comparações; narrativa não-linear (digressões temporais, intromissão do narrador); exatidão temporal; loucura; adultério; hipocrisia; parasitismo social; ambiguidade feminina; verossimilhança; humor; ironia; pessimismo

Preferência por formas fixas; Uso de rimas ricas e raras; Comparação entre poesias e artes plásticas; Impassibilidade; Poetas de Dicionário.

Olavo Bilac – “o poeta deve trabalhar a palavra como um ourives trabalha uma joia.” Raimundo Correia – influências romântica e simbolista. Alberto de Oliveira – poesia descritiva, fetichista, exalta a forma e a antiguidade clássica.

NATURALISMO

SIMBOLISMO

1881 – O Mulato, de Aluísio Azevedo a) Determinismo (as personagens são submetida

1893 - Missal e Broqueis de Cruz e Sousa

às leis deterministas: são moldadas pelo meio, momento e pela hereditariedade); b) Descrição minuciosa (tudo é devidamente explicado, numa narrativa lenta, com detalhes de cenário, origem das personagens...); c) Animalização do comportamento humano (as personagens são comparadas a animais, mostrando que agem por instinto - meio, momento e hereditariedade); d) Predileção pelo lado patológico das personagens (as personagens apresentam “taras” - defeitos morais. Verdadeiros comportamentos doentios). e) Crítica social explícita f) Romance de tese ou experimental.

a) Negação do positivismo; b) Religiosidade, transcendentalismo e

misticismo; c) Subjetividade: predomínio do vago e etéreo; d) Musicalidade: aliteração, assonância e) Cromatismo; f) Hermetismo; g) Criação poética como fruto do inconsciente, da intuição, da sugestão da associação de idéias; h) Conflito eu X mundo Cruz e Sousa - obsessão pela cor branca, erotismo sublimado, o sofrimento da condição negra, o sofrimento da condição humana, espiritualidade e religiosidade, linguagem metafórica e musical.

Aluísio Azevedo - ressalta a influência que o meio exerce sobre o homem. O CORTIÇO

Alphonsus de Guimaraens – morte da noiva, misticismo religioso, linguagem rica de musicalidade, amor espiritual por Nossa Senhora, cor roxa e cor negra.

Raul Pompéia - O ATENEU - obra de cunho memorialista que tem como eixo fundamental um estudo psicológico de Sérgio – constantemente em conflito com os valores impostos pela direção do internato.

PRÉ-MODERNISMO 1902 - Os Sertões, de Euclides da Cunha e Canaã, de Graça Aranha

PARNASIANISMO

- Ecletismo temático - Conservadorismo X Renovação ( reexaminar o país dentro de uma perspectiva crítica ) - Brasil “não-oficial” - Ficção próxima da realidade - Regionalismo de pesquisa (não-idealizado)

1882 - Fanfarras de Teófilo Dias a) “A arte pela arte” (esteticismo); b) Perfeição formal (O poeta joalheiro); c) Recusa aos temas vulgares (“O poeta na torre

de marfim”); d) Poesia descritivista, plástica e visual (cenas da natureza e objetos de arte); e) Gosto pelo detalhe; f) Fetichismo; g) Retorno aos temas greco-latinos;

Augusto dos anjos - poesia cientificista, ecletismo, angústia cósmica, reinado do Verme, podridão da carne. Euclides da Cunha - OS SERTÕES: relato sobre a Guerra de Canudos – três partes : A Terra, O

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Homem, A Luta ; denúncia do esquecimento do sertão brasileiro.

Carlos Drummond de Andrade – a presença do gauche; humor sutil, reflexão existencial, a solidão, a incomunicabilidade, a lógica misteriosa da existência, o erotismo. Temas: a poesia social, a poesia sobre a própria poesia, o passado, o amor, o cotidiano, a celebração dos amigos.

Lima Barreto – romances com personagens populares, valorização da vida suburbana, crítica ao nacionalismo ufanista, denúncia dos preconceitos (em especial, o de cor), estilo simples, direto.

O ROMANCE DE 30

MODERNISMO

Verossimilhança, retrato direto da realidade em seus elementos históricos e sociais, dentro de uma perspectiva crítica, linearidade narrativa, tipificação social (pessoas que representam classes sociais), construção ficcional de um mundo que possui abrangência e totalidade.

1ª FASE (1922 – 1930) A Semana de Arte Moderna de 1922 Características da 1ª fase: a) atitude combativa; b) liberdade artística; c) valorização do cotidiano; d) coloquialidade; e) humor (poema-piada); f) paródia; g) uso de versos livres e brancos; h) mescla de gêneros; i) incorporação do progresso/tecnologia. j) sentimento nacionalista (revisão do nosso passado histórico e cultural)

José Lins do Rego – Fogo Morto – decadência dos senhores de engenho (coronel Lula de Holanda ), do artesanato popular (Mestre José Amaro) e o surgimento da visão liberal-democrática no personagem quixotesco, capitão Vitorino. Graciliano Ramos - análise psicológica e social, síntese entre o homem e o ambiente, conflito entre a velha ordem latifundiária e a nova estrutura socioeconômica, universo áspero, sufocante e desprovido de lirismo, estilo seco, frases curtas, poucos adjetivos, preferência pela narrativa em primeira pessoa, temática da seca

Oswald de Andrade – panfletos satíricos, paródias, fragmentação.

Jorge Amado – universo das classes populares urbanas e rurais, romances “proletários, fortemente políticos, mistura de elementos naturalistas e românticos, a luta dos “coronéis” pela posse da terra boa para o cacau, a crise da sociedade cacaueira e o domínio econômico da burguesia exportadora

Mário de Andrade – sátira aos padrões da escrita acadêmica, inovações estéticas. Manuel Bandeira – a liberdade de forma e conteúdo; a revolta contra o convencionalismo; a valorização do cotidiano; a expressão literária impregnada de coloquialismo; expressões antipoéticas; a mistura da prosa com poesia; os versos livres; o carinho pelos populares; Recife;

PÓS-MODERNISMO (3ª fase: 1930 – 1945)

NEOMODERNISMO

GERAÇÃO DE 45 POESIA

(2ª fase: 1930 – 1945) A POESIA SOCIAL Cecília Meireles – herança simbolista; sentimentos de perda amorosa e solidão; espiritualidade; vocabulário fluido.

João Cabral de Melo Neto – reflexão sobre o fazer poético; a poesia = esforço em busca da síntese; temática social: o rio Capibaribe e a população miserável que vive nas suas margens MORTE E VIDA SEVERINA: Auto de Natal pernambucano – trajetória de um sertanejo que abandona o agreste, rumo ao litoral, encontrando, nessa migração, apenas a morte.

Vinícius De Morais - aproximação do cotidiano; uso frequente do soneto; lírica comprometida com o cotidiano; tema dominante – o amor.

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ADÉLIA PRADO PROSA Estão em sua prosa e em sua poesia temas recorrentes da vida de província, a moça que arruma a cozinha, a missa, a religiosidade, um certo cheiro do mato, vizinhos, a gente do interior.

Guimarães Rosa – Linguajar sertanejo + Recriação estilística = Linguagem revolucionária. Mundo retratado – sertão mineiro; realismo mágico; neologismos e arcaísmos; o mundo dos jagunços, o universalismo.

LUIS FERNANDO VERISSIMO Clarice Lispector – ficção introspectiva; intimismo: revelação da psicologia e de estados anímicos dos protagonistas, geralmente mulheres; fluxo da consciência; monólogo interior; epifania.

Representa satiricamente aspectos da realidade brasileira; a linguagem ao mesmo tempo coloquial e elegante; uma maneira específica e absolutamente pessoal de narrar; a diversidade de gênero: do comentário lírico ao comentário irônico, da criação de atmosfera ao relato anedótico, passando pela sofisticada análise sócio-cultural do país e do mundo.

LITERATURA CONTEMPOÂNEA CONCRETISMO A poesia verbo-voco-visual, abolição do verso, o aproveitamento do espaço da página, exploração do significante da palavra e possibilidade de leituras múltiplas.

RASCUNHO

A POESIA MARGINAL (1970) Os poetas dessa geração recusavam os métodos tradicionais de produção e distribuição de sua obra. Alguns poetas que surgiram com o grupo “marginal” hoje têm sua obra produzida e distribuída por grandes editoras. É o caso de Chacal, Cacaso e Paulo Leminsky. A linguagem e a temática da poesia marginal são muito diversificadas. Observam-se não só influências do Concretismo e do Poema-Processo como a retomada de algumas características do nosso modernismo da primeira fase. Nota-se ainda o desprezo pelo chamado “bom gosto” da classe dominante. Em todos os casos predomina o coloquialismo e a fusão de poesia e prosa. A ironia é outra constante nessa poesia produzida sob forte pressão política. Ora poesia de expressão subjetiva, pessoal, ora poesia de denúncia, a obra dos “marginais” de 70 obteve maior aceitação do que a poesia dos grupos anteriores.

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3.2. PORTUGUÊS VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS

A mesma coisa acontece com os grupos sociais, ou seja, as tribos. Então, encontraremos as GÍRIAS. Ou como diria Racionais MC´S: “ginga e FALA GÍRIA, GÍRIA NÃO, DIALETO.”

Como a língua é algo social, ou seja, falamos com os outros (dialogamos), existem duas coisas que devemos saber: ORALIDADE x ESCRITA. Esses duas palavras são diferentes, afinal de contas, nem sempre se escreve como se fala (ou vice-versa). A língua (inclusive a portuguesa) muda muito, por isso chamamos as mudanças de variantes.

Dialeto é uma variação da língua. O ENEM exige o reconhecimento da língua padrão escrita e da oral. Como vou saber diferenciar as duas? Simples. Nós podemos falar o “PRÁ” , mas não podemos escrever na redação “PRÁ”. No texto escrito devemos usar o PARA. Da mesma forma o “TÁ” (está); podemos falar “ TÁ”, mas não podemos escrever. Por quê? Porque na língua oral é permitido usar o “prá” e o “tá”. Na língua escrita não! As variações da língua (variações linguísticas) dependem muito do contexto em que são usada As principais variações linguísticas são:

ATENÇÃO À PROVA: Da corrida de submarino à festa de aniversário no trem

Leitores fazem sugestões para o Museu das Invenções Cariocas “Falar ‘caraca!' a cada surpresa ou acontecimento que vemos, bons ou ruins, é invenção do carioca, como também o ‘vacilão'.” “Cariocas inventam um vocabulário próprio”. “Dizer ‘merrmão' e ‘é merrmo' para um amigo pode até doer um pouco no ouvido, mas é tipicamente carioca.” “Pedir um ‘choro' ao garçom é invenção carioca.” “Chamar um quase desconhecido de ‘querido' é um carinho inventado pelo carioca para tratar bem quem ainda não se conhece direito.” “O ‘ele é um querido' é uma forma mais feminina de elogiar quem já é conhecido.”

Gírias: que são as variantes reconhecidas nos grupos sociais.

https://www.eaiferias.com/2016/11/dicionario-turista-brasileiro.html

Regionalismos: são expressões que variam entre os falantes de variadas regiões.

SANTOS, J. F Disponível em: www.oglobo.globo.com. Acesso em: 6 mar. 2013 (adaptado).

Muitas questões exigem as variantes linguísticas, que na verdade são as variações da língua. Como assim? Como uma língua varia? Como uma língua pode mudar? Não é sempre a mesma? Na verdade, não! A língua muda e isso é um processo histórico-social. Pensem assim: em todo o Brasil, embora se fale a mesma língua, todo mundo entende tudo o que qualquer pessoa de qualquer estado fala? Não! No Rio Grande do Sul, por exemplo, falamos mandioca. Já no Nordeste, usamos a palavra macaxeira. Viram como a língua muda? E nesse caso, chamamos de regionalismo. Porque cada região tem sua forma de falar. http://www.quadrinholatra.com.br/2016/08/louzada-processos-criativos-nos.html

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Linguagem não verbal= QUANDO TEMOS APENAS IMAGENS. EX.:

https://linguisticaemfoco.wordpress.com/2013/10/27/ variacao-diacronica/

Diacrônica ou histórica: são variações que já estão fora “de moda”, ou seja, não são mais usadas pela maioria e, quando o são, muitos não conseguem compreender.

linguagem não verbal pode produzir efeitos interessantes, dispensando assim o uso da palavra. Cartum de Caulos, disponível em www.caulos.com Para se entender um texto são necessárias algumas palavras que, ocasionalmente, podem aparecer nas provas, como: Recursos linguísticos: são todas as possiblidades que a língua nos “dá” na elaboração de um texto. Esses recursos podem ser os advérbios, adjetivos, verbos e pontuação (os predominantes). É importante lembrar que, para cada tipo de texto (ver página...), há um recurso em destaque.

INTERPRETAÇÃO E FUNÇÕES DA LINGUAGEM Ler é interpretar. Sempre que estamos frente a qualquer forma de linguagem, interpretamos essa linguagem, seja ela verbal ou não verbal. Vale lembrar que todo texto é uma possibilidade de inferências que fizemos a partir do nosso posicionamento e conhecimento de mundo. Outro detalhe: os textos se apresentam de várias maneiras, por isso é tão importante ficarmos atentos às formas como eles “vêm” até nós. Para se estabelecer uma comunicação é preciso que alguns elementos estejam presentes. Sempre é importante lembrar que, além da língua ser um código linguístico, ela exige que algumas relações sejam estabelecidas, como por exemplo: LOUCUTOR e INTERLOCUTOR. Locutor= emissor= QUEM EMITE O TEXTO ( em qualquer forma). Interlocutor= receptor= QUEM RECEBE O TEXTO (em qualquer forma). Sempre lembrando que TEXTO É QUALQUER FORMA DE COMUNICAÇÃO QUE TENHA UM SENTIDO. E nesse momento precisamos pensar na linguagem em pelo menos duas formas: LINGUAGEM VERBAL e LINGUAGEM NÃO VERBAL. Linguagem verbal= TUDO O QUE ESTIVER ESCRITO OU FALADO

Recursos estilísticos: fazem parte dos recursos estilísticos, mas estão mais centrados no estilo de cada autor e para a finalidade de cada texto. Podemos incluir as figuras de linguagem como recursos estilísticos, já que elas fazem parte da estilística – parte da gramática responsável também pelas figuras. Recursos morfossintáticos: é o que inclui as classes gramaticais e suas funções. Caso algum termos esteja além da morfossintaxe, estará, então, na semântica. Semântica: parte da linguagem que se preocupa com o sentido ou significado das palavras. Lembrando que há muitas palavras que dependem do contexto discursivo, ou seja, dependem da situação em que aparecem nos textos. Seleção lexical: é a seleção de vocabulário. Quais palavras foram escolhidas para o texto ser melhor entendido.

https://mundotexto.wordpress.com/category/piadas-linguisticas/acesso em 20/09/2017

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Polissemia: é a variedade de sentidos que muitas palavras possuem. Sempre é bom lembrar que a polissemia, a semântica e a seleção lexical estão atreladas ao contexto discursivo e, de certa forma, aos recursos linguísticos. Ex.: Observar que a expressão rede social ganha vários sentidos.

Coerência: é a lógica estabelecida entre as partes de um texto.

https://pt.slideshare.net/CynthiaFunchal/elementos-de-coeso Disponível em: www.ivancabral.com. Acesso em: 27 fev. 2012. (Foto: Reprodução/Enem)

Além disso, precisamos ficar atentos às funções que a linguagem nas suas mais variadas formas pode apresentar. Para cada momento temos FUNÇÕES que se estabelecem e, muitas vezes, em um mesmo texto, temos mais de uma função. Por isso, é bom ficarmos atentos ao PREDOMÍNIO das funções.

Intertextualidade: há a teoria de que todo texto é um intertexto, ou seja, não há discurso puro. O que confere um texto intertextualidade é, justamente, o fato dele ser algo já citado antes. É necessário que se reconheça o texto do qual foram retiradas as informações para outro texto. Então temos um intertexto. Ex.: Canção do Exílio (texto fonte) Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. (Gonçalves Dias) Canto de Regresso à Pátria (intertextualidade) Minha terra tem palmares Onde gorjeia o mar Os passarinhos daqui Não cantam como os de lá (Oswald de Andrade)

Como funcionam as funções da linguagem? Função emotiva ou expressiva= 1ª pessoa O texto desta função vem expresso em 1ª pessoa. Cuidar verbos e pronomes, pois nos ajudam na identificação.

Operadores argumentativos: são os termos que justificam as escolhas argumentativas do emissor. Como convencer alguém? Quais recursos da linguagem possíveis? Quando pensamos isso, observamos que o texto tem “escolhas” para que atinja seu objetivo Termos elípticos: são termos que, muitas vezes, já apareceram e que, para evitar a repetição, são omitidos. São termos implícitos que podemos entender. Elementos anafóricos e catafóricos: Todo elemento anafórico retoma algo já dito. Em contrapartida, os elementos catafóricos, introduzem algo novo. Geralmente esses termos são representados pelos pronomes. (ver página...) Coesão: é a ligação entre as partes de um texto.

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Função referencial= informação/explicação/DENOTAÇÃO EX: "Nos vertebrados, esta resposta inclui uma série de alterações bioquímicas, fisiológicas e imunológicas coletivamente denominadas inflamação."

Função poética= linguagem mais elaborada/ ornamentada – CUIDADO!!!! Não precisa ser uma poesia necessariamente. EX: “O senhor… mire, veja: o mais importante e bonito, do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas - mas que elas vão sempre mudando. Afinam ou desafinam, verdade maior. É o que a vida me ensinou. Isso que me alegra montão.” (João Guimarães Rosa)

Função fática= comunicação Está a função que usamos para testar a comunicação, ou seja, ela tem uma forma imediata de comunicação. O telefone é um forte exemplo.

Função Metalinguística = linguagem explicando a própria linguagem Observe o poema abaixo: é um poema sobre fazer poemas Ex.: “Lutar com palavras é a luta mais vã. Entretanto lutamos mal rompe a manhã. São muitas, eu pouco. Algumas, tão fortes como o javali. Não me julgo louco. Se o fosse, teria poder de encantálas. Mas lúcido e frio, apareço e tento apanhar algumas para meu sustento num dia de vida. Deixam-se enlaçar, tontas à carícia e súbito fogem e não há ameaça e nem há sevícia que as traga de novo ao centro da praça.” Carlos Drummond de Andrade Função conativa ou apelativa= conselho/ordem/sugestão Como essa função exige que haja um direcionamento mais específico, geralmente (para não dizer sempre) os verbos se apresentam no IMPERATIVO.

CONJUNÇÕES= palavras invariáveis. SÃO IMPORTANTÍSSIMAS para qualquer prova e para a redação!  São CONECTIVOS= TERMOS DE LIGAÇÃO=TERMOS DE COESÃO. Ligam orações, termos nas orações, períodos, parágrafos. Não possuem função sintáticas, mas auxiliam na função das orações. Apresentam um sentido nas orações. EX: Se for aprovado no concurso, pagará um churrasco para os professores.( conj.= SE= CONDIÇÃO) Também podemos chamar as conjunções de TERMOS DE COESÃO, DE LIGAÇÃO, ELEMENTOS COESIVOS. Existem as CONJUNÇÕES COORDENADAS (que estabelecem relação nas orações coordenadas sindéticas) e as CONJUNÇÕES SUBORDINADAS ( que estabelecem relação com as orações subordinadas). Quase todas as conjunções podem ser substituídas por outras de mesmo valor. Cuidado, nem todas as conjunções possuem exatamente um valor semântico. É o caso das subordinadas integrantes: elas não possuem valor semântico. E ainda, uma mesma conjunção pode ter vários sentidos, significados.

É DESSA FLORESTA QUE SAI O CHAPEUZINHO VERMELHO, JOÃO E MARIA, OS IRMÃOS KARAMAZOV, A DAMA DAS CAMÉLIAS E OS TRÊS MOSQUETEIROS. Revista Bolsa, 1986. In: CARRASCOZA, J. A. A evolução do texto publicitário: a associação de palavras. Como elemento de Sedução na publicidade, São Paulo: Futura, 1999 (adaptado).

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POIS= explicativo= PORQUE POIS= conclusivo= PORTANTO, LOGO. ATENÇÃO! CAUSAL = MOTIVO CONSECUTIVA= EFEITO/RESULTADO Diferença entre COORD. ADVERSATIVA e SUBORDINADA CONCESSIVA. ADVERSATIVA= apresenta um ARGUMENTO MAIS FORTE. Ex.: Todos compramos presentes, PORÉM ele só agradeceu o da Júlia. CONCESSIVA= apresenta um ARGUMENTO MAIS FRACO. EX.: Vamos inaugurar a piscina, MESMO QUE chova. argumento + forte Concessão (oração principal)

PRONOMES= palavras em sua maioria variáveis. Acompanham ou substituem outras classes.(geralmente o substantivo) SÃO IMPORTANTÍSSIMOS para qualquer prova e também para a redação!  PESSOAIS= indicam as 3 pessoas do discurso: 1ª pessoa= quem fala 2ª pessoa= com quem se fala 3ª pessoa= de quem se fala.

A conjunção E pode ser adversativa desde que tenha o VALOR DE MAS, PORÉM. Ex.: Correram muito e perderam o barco. Oração.Coord. Sindética ADVERSATIVA Não confunda PORQUE X PORQUE  Bom, temos PORQUE = COORD. EXPLICATIVA. Como saber? Essa conjunção aparece em orações em que geralmente o verbo está no IMPERATIVO. https://portugues.uol.com.br/gramatica/os-pronomes-pessoais-caracteristicasrelevantes.html/acesso em 22/03/2018

Ex.: Estudem mais, PORQUE a prova está próxima. Oração Coord. Sindética Explicativa

Pronomes pessoais do caso reto Pronomes pessoais do caso reto são os que desempenham a função sintática de sujeito da oração. São os pronomes eu, tu, ele, ela, nós, vós eles, elas.

PORQUE= SUBORD.CAUSAL. Como saber? Essa conjunção aparece em orações em que há uma relação de CAUSA e CONSEQUÊNCIA, ou seja, uma coisa leva a outra.

Pronomes pessoais do caso oblíquo São os que desempenham a função sintática de complemento verbal (objeto direto ou indireto), complemento nominal, agente da passiva, adjunto adverbial, adjunto adnominal ou sujeito acusativo (sujeito de oração reduzida).

Ex.: Dormimos cedo, PORQUE estávamos cansados. Oração Subord. Adverbial Causal MAIS ATENÇÃO!  POIS X POIS - HÁ UMA DIFERENÇA!

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Os pronomes pessoais do caso oblíquo se subdividem em dois tipos: os átonos, que não são antecedidos por preposição, e os tônicos, precedidos por preposição. POSSESSIVOS-

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São pronomes de referência textual. Sempre vão se relacionar a algo nas orações. SEMPRE SE REFEREM AO TERMO ANTECEDENTE.

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Indicam a posse. Sempre, ao ler uma questão, pense no pronome e se pergunte: de quem? Em uma propaganda por exemplo: Abra a sua mente! ( sua, de quem?) Qual é o referente desse pronome? Está fora do texto= extratextual . A mente é do leitor da propaganda, logo o pronome se refere ao interlocutor e não à mente.  São referentes textuais e elementos de retomada nas redações.

Ex: A casa que comprei precisava de reformas. ( que refere-se à casa) PODEM APRESENTAR PREPOSIÇÃO ANTES. DEPENDE DO TERMO POSTERIOR AO PRONOME. Ex: O livro A QUE me refiro já se esgotou. (quem se refere, refere-se A alguma coisa= eu me refiro AO livro) Principais pronomes relativos: QUE, QUAL, COMO, ONDE, CUJO, QUEM. ONDE= lugar QUEM= pessoa CUJO= posse Lembrem-se de que o PRONOME CUJO NÃO ACEITA ARTIGO DEPOIS. CUJO OS ou CUJA AS= ERRADÍSSIMO Além disso, o CUJO, como indica posse, refere-se ao possuidor, mas CONCORDA COM A COISA POSSUÍDA. Ex: O aluno cujas notas foram ótimas estudava no cursinho.( cujo se refere a aluno, mas concorda com notas). Este pronome indica posse (algo de alguém). VERBOS

DEMONSTRATIVOS-

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Apontam para algo em um determinado contexto. Este, esta, isto= é para o que vai ser dito. Coisas próximas da 1ª pessoa Esse, essa, isso= é para o que já foi dito. Coisas próximas da 2ª pessoa. Aquele, aquela, aquilo= para o que já foi dito há mais tempo. Distante das duas pessoas. Cuidado! O,A,OS,AS antes do QUE(relativo) também são demonstrativos. Observe:Na vida existem os que choram...(os= aqueles RELATIVOS

São palavras que exprimem ação, estado, mudança de estado e fenômenos naturais. Variam em pessoa, número, tempo, modo e voz. Sempre é bom ficar atento aos verbos e suas relações de sentido nos textos.

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AÇÃO= Verbos transitivos e Intransitivos. EX: Gabaritamos a prova português ESTADO= Verbos de ligação. Ex: Somos os melhores em aprovação FENÔMENOS NATURAIS= Verbos intransitivos. Ex: Anoiteceu cedo. CUIDADO! Muitas vezes, os verbos que exprimem fenômenos naturais são metáforas com sentido diferente do usual.

Modo indicativo= certeza MODO INDICATIVO=

Temos 3 formas nominais As formas nominais não apresentam flexão de tempo ou modo. Dessa forma, perdem-se as características exclusivas do verbo. Portanto, o verbo passa a ter funções próprias dos nomes (substantivos, adjetivos e advérbios). Devido a tal fenômeno são chamadas de formas nominais. São elas: INFINITIVO: indica PROCESSO, FATO, MAS NÃO O TEMPO. Despenha a função de SUBSTANTIVO. Infinitivo pessoal= quando se refere a um sujeito. Ex.: Todos acreditam sermos responsáveis pela educação. Infinitivo impessoal= quando não se refere a nenhum sujeito. Ex.: É preciso rever valores morais. GERÚNDIO: indica o fato que está acontecendo NO MOMENTO EM QUE ELE ACONTECE. Desempenha a função parecida com a do adjetivo e do advérbio. Ex.: Nós estamos estudando para a prova. PARTICÍPIO: exprime uma AÇÃO TERMINADA. Desempenha, portanto, papel semelhante ao do adjetivo. Ex.: As palavras foram ditas na hora certa VERBOS AUXILIARES E PRINCIPAIS. Aparecem nas LOCUÇÕES VERBAIS. LOCUÇÃO VERBAL = VERBO AUXILAR PRINCIPAl Ex.: Todos noite.

estamos esperando v.aux

por

+

ela

Modo subjuntivo= incerteza-possibilidade

Modo Imperativo= ordem, conselho, manual de instrução, textos injuntivos e prescritivos. MODO IMPERATIVO=

VERBO

esta

v.princ.

TEMPOS E MODOS VERBAIS Os tempos indicam o momento em que o fato ocorreu. Principais tempos: PRESENTE= agora, hoje. PRETÉRITO= passado, ontem. FUTURO= amanhã Os modos indicam a forma como o falante se sente em relação ao fato que está comunicando. INDICATIVO= quando o falante tem CERTEZA de que o fato ocorreu. SUBJUNTIVO= quando o falante expressa uma DÚVIDA do acontecimento do fato. IMPERATIVO= quando o falante expressa uma ORDEM, CONSELHO ou PEDIDO.

VERBOS IMPESSOAIS- sempre estão nas provas! Atenção!  (MUUUUIIIITTTTAAA ATENÇÃO) São os verbos que NÃO POSSUEM SUJEITO ( ORAÇÃO SEM SUJEITO) e que, NA MAIORIA DOS CASOS FICAM NO SINGULAR. DÁ PARA PENSAR ASSIM: VERBO IMPESSOAL= OR. SEM SUJ. e VERBO NA 3ª P. SING. Locução verbal + verbo impessoal= Se o verbo PRINCIPAL é impessoal, o AUXILIAR fica no SINGULAR. EX: Deve fazer dias que te espero. (certo)  Devem fazer dias que te espero. (errado) 

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Caso ele seja longo (MAIS DE 3 PALAVRAS) A VÍRGULA É OBRIGATÓRIA. Por exemplo: Hoje em dia, entendemos a educação de maneira diferente. Cansados, os alunos saíram da sala. ( neste caso temos um PREDICATIVO DO SUJEITO DESLOCADO). Obs.: Em cansados a vírgula é OBRIGATÓRIA, pois está deslocando um termo “deveria” estar após o verbo.

2) Para separar orações interferentes, justapostas ou intercaladas. Ex.: Sentimos muito, disse o governo, mas não há nada que se possa fazer.

3) Para isolar expressões corretivas ou explicativas: ISTO É, OU SEJA, OU MELHOR... Ex.: Somos animais racionais, ou seja, conseguimos distinguir coisas que outros animais não conseguem.

4) Para separar elementos coordenados, os que têm a mesma função sintática. Amanhã, depois da aula, iremos ao cinema. ( são 2 adjuntos adverbiais Sairemos para comprar: arroz, feijão e massa. ( são 2 objetos diretos.).

PONTUAÇÃO A pontuação existe por dois principais motivos: pausa na fala e regras de sintaxe. Em princípio, por pausa na fala já que nos primórdios do discurso havia a necessidade de pausá-lo. Há as regras de sintaxe que evitam erros de “ mal” entendimento devido aos desvios de pontuação.

5) Para separar orações ligadas pela conjunção E com sujeitos diferentes. Geralmente as conjunções coordenadas exigem vírgula antes delas. Detalhe: a COORDENADA ADITIVA “E” só tem vírgula se separar sujeitos diferentes.

As provas exigem sempre duas coisas: - o motivo da pontuação; -a substituição de algum tipo de pontuação.

Ex.: Fomos mais espertos, e eles se sentiram mais inteligentes. ( a vírgula é obrigatória antes da conjunção E)

ACIMA DE TUDO: NÃO SE SEPARA SUJEITO DE VERBO ( a não ser que tenha algo INTERCALADO.).

Em outro caso, vemos a conjunção E sem vírgula. Ex.: Somos mais espertos e mais inteligentes. ( sujeitos iguais= sem vírgula)

VÍRGULA 1) Para marcar a inversão de um termo para dar ênfase ou a interlocução do adjunto adverbial.

6) Para separar termos de ordem inversa. De modo geral, quando um elemento for enfatizado ou inverso, a vírgula também é obrigatória. Ex.: Exaustos, todos voltaram para casa. Quando a lua aparecer, vamos uivar.

Ex.: Amanhã, sairemos mais cedo. Observe que Amanhã é um adjunto adverbial de tempo e deslocado, ou seja, à frente do verbo. Detalhe: se ele for curto ( até duas palavras) A VÍRGULA É FACULTATIVA.

7) Para separar palavras, ou orações coordenadas assindéticas.

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Revisão

As orações coordenadas podes ser entendida separadamente, ou seja, sem depender uma da outra. Para ser assindética, elas não podem ter conjunção as introduzindo( iniciando). Caso isso ocorra e elas sejam separadas por vírgula, a vírgula é obrigatória e possui um sentido. Ex.: O vencedor descasca o ingá, chupa de olho guloso a fava adocicada. ( Dalton Trevisan)

EMPREGO DA VÍRGULA NO PERÍODO COMPOSTO Período composto por coordenação: as orações coordenadas devem sempre ser separadas por vírgula. A vírgula está antes da conjunção. Ex.: Estamos atrasados, mas não vamos correr. Nota: as orações coordenadas aditivas iniciadas pela conjunção E só terão vírgula quando os sujeitos forem diferentes e quando o E aparecer repetido.

OUTROS SINAIS DE PONTUAÇÃO Quanto ao ponto e vírgula: É um sinal intermediário entre o ponto e a vírgula.

Ex.: Ela sabe cozinhar, e ele sabe lavar. “As ondas vão e vem, e vão, e são como o tempo.” (Sereia – Lulu Santos)

Usamos para: - separar orações já separadas por vírgula; Ex.: “Se o homem peca nos maus passos, paguem os pés; se peca nas más obras, paguem as mãos; se peca...” ( Padre A. Vieira)

Período composto por subordinação Orações subordinadas substantivas: não se separam por vírgula. Ex.: É certo que hoje iremos festejar.

- separar itens, leis ou decretos; Ex.: formulário conterá: a) notas; b) evidências; c) elementos; d) assinaturas.

Orações subordinadas adjetivas: só a explicativa é separada por vírgula. Ex.: Santinha, que não era santa, traiu o marido.

Quanto às reticências: Indicam, normalmente, a suspensão da fala, a interrupção de ideias e pensamentos, a hesitação de quem fala. Muitas vezes, podem indicar algo além do que foi expresso.

Orações subordinadas adverbiais: sempre se separam por vírgula na ordem inversa. Na ordem direta, a vírgula é facultativa. Ex.: Quando voltar aqui, traga o que pedi. CONCORDÂNCIA VERBAL Concordância verbal é a parte da gramática que se preocupa, sobretudo, com as relações entre o verbo e o núcleo do sujeito. Dessa forma, é importante ficar atento para o uso do singular e plural.

Ex.: “ Vinte quatro horas não é muito para quem tem de amarrar-se eternamente. Quero sondar meu próprio espírito, e...” ( Machado de Assis)

Observe o exemplo abaixo: As visões da empresa são ultrapassadas. A oração tem como sujeito As visões da empresa, cujo núcleo é a palavra visões, pois elas é que são ultrapassadas, e não a empresa; por isso o verbo fica no plural.

Quanto aos dois pontos: Sempre é bom lembrar que os dois pontos INTRODUZEM alguma coisa, algum elemento. Isso pode acontecer com: - introdução de uma fala ( discurso direto); - citação; -explicação; -enumeração; -síntese ou esclarecimento. Ex.: Ofélia perguntou devagar, com recato pelo que lhe acontecia: – É um pinto? Não olhei para ela. – É um pinto, sim. Da cozinha vinha o fraco piar. Ficamos em silêncio como se Jesus tivesse nascido. Ofélia respirava, respirava. ( exemplo de discurso direto)

A IMAGEM ACIMA MOSTRA UM EXEMPLO DE ERRO DE CONCORDÂNCIA, POIS O VERBO NÃO ESTÁ CONCORDANDO COM O NÚCLEO DO SUJEITO QUE É “ABERTURA”.

82 56


Revisão

Visar será VTD, quando significar mirar ou dar visto. • Visamos o alvo e acertamos em cheio. Agradar será VTD, quando significar acariciar ou contentar. • Todos agradaram o filhote por horas. Implicar será VTD, quando significar fazer supor, dar a entender; produzir como consequência acarretar. • Seu comportamento implica multas no trânsito. REGÊNCIA VERBAL A regência verbal estuda a relação de dependência que se estabelece entre os verbos e seus complementos. Na realidade o que estudamos na regência verbal é se o verbo é transitivo direto, transitivo indireto, transitivo direto e indireto ou intransitivo e qual a preposição relacionada com ele.

Aspirar será VTI, com a prep. a, quando significar almejar, objetivar. • Aspiramos à vaga na universidade. Visar será VTI, com a prep. a, quando significar almejar, objetivar. • Sempre visei a uma vida melhor..

Abaixo seguem os principais verbos, pois são aqueles que requerem mais cuidado na hora da escrita (e da pronúncia também)

Assistir será VTI, com a prep. a, quando significar ver ou ter direito.

Aspirar será VTD, quando significar sorver, absorver. • Aspiramos o aroma das flores.

• Gosto de assistir aos jogos de futebol.

Custar será VTI, com a prep. a, quando significar ser difícil. Nesse caso o verbo custar terá como sujeito aquilo que é difícil, nunca a pessoa, que será objeto indireto.

Ir, vir, voltar, chegar, cair, comparecer e dirigir-se são intransitivos. Geralmente vêm acompanhados de Adjuntos Adverbiais de lugar ATENÇÃO!!! Esses verbos EXIGEM a preposição A.

• Custou-me acreditar na sua história. Eu custei a acreditar...(errado)

 

Obedecer e desobedecer são sempre VTI, com a prep. a.

Cheguei à aula muito cedo. Fui a São Paulo ontem.

CRASE

• Obedeço às leis de trânsito.

A palavra crase provém do grego (krâsis) e significa mistura. Ou seja, a crase é a união de um A preposição + um A artigo. Lembrando que, para termos a crase, é necessário que a palavra tenha um artigo feminino.

Responder será VTI, com a prep. a, quando possuir apenas um complemento. • Respondi à questão com firmeza. Preferir é sempre VTDI, com a prep. A. • Prefiro ser sensível a parecer uma pessoa sem coração. Atenção! “eu prefiro ser esta metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”. Observe que está construção está errada, pois o correto é A TER aquela velha opinião.

83


Revisão

Para saber se ocorre ou não a crase, basta seguir três regras básicas: 01) Só ocorre crase diante de palavras femininas.

Ex.: Chegou a casa cedo. Ex.: Chegou à casa dos pais. 04) Diante do pronome relativo que ou da preposição de, quando for fusão da preposição a com o pronome demonstrativo a, as (= aquela, aquelas).

Ex.: Pagou a conta a prazo. Sem crase, pois prazo não é palavra feminina. 02) Verbos como ir, voltar, chegar, comparecer indicando destino, só terão crase e a volta do lugar exigir o artigo feminino. Como assim? Se eu for A Roma, eu volto DE Roma, portanto NÃO há crase. Se eu for À Bahia, eu volto DA Bahia, portanto há crase.

Ex.: Essa roupa é igual à que comprei ontem. Sua voz é igual à de um primo meu. 05) Diante dos pronomes relativos a qual, as quais, quando o verbo da oração subordinada adjetiva exigir a preposição A, ocorre crase.

Ex.: Vou a São Paulo. Sem crase, pois Venho de São Paulo.

Ex.: A peça à qual assisti foi deprimente. (quem assiste, assiste a algo)

03) Trocar a palavra feminina por outra masculina(se não houver verbo que indique movimento). Podemos trocar por qualquer palavra masculina, não precisa ser do mesmo campo semântico(sentido).

06) ATENÇÃO! Quando o a estiver no singular, diante de uma palavra no plural, não ocorre crase. Ex.: Entregou a escolas municipais a verba..

Ex.: Assistimos A PALESTRA (palestra é palavra feminina. Terá crase antes?) Vamos trocar palestra por JOGO(palavra masculina). Assim teremos: Assistimos AO JOGO.

Não vamos a feiras de antiguidades. 07) Nos adjuntos adverbiais de meio ou instrumento não há crase, a não ser que cause ambiguidade.

Observe que, no exemplo acima, trocamos o A por AO. Sempre que isso ocorrer, HAVERÁ CRASE. Caso não ocorra, SEM CRASE.

Ex. Preencheu o formulário a caneta.( precisa de crase, pois gera ambiguidade: foi preenchido com a caneta ou a caneta preencheu?) O correto é: preencheu o formulário À caneta.

Casos especiais 01) Diante das palavras moda e maneira, das expressões adverbiais à moda de e à maneira de, mesmo que as palavras moda e maneira fiquem subentendidas, ocorre crase.

Nota: Modernamente, alguns gramáticos estão admitindo crase diante de adjuntos adverbias de meio, mesmo não ocorrendo ambiguidade.

Ex.: Fizemos um assado à gaúcha.

08) Diante de pronomes possessivos femininos, é facultativo o uso do artigo, então, quando houver a preposição a, será facultativa a ocorrência de crase.

Saboreamos um bife à milanesa e um frango à passarinho. Faz versos à Drummond.

Ex.: Referi-me a sua amiga. Referi-me à sua amiga.

02) Nas locuções femininas. Ex.: à tarde, à noite, às pressas, às escondidas, às escuras, às tontas, à direita, à esquerda, à vontade, à revelia

09) Após a preposição até, é facultativo o uso da preposição a, portanto, caso haja substantivo feminino à frente, a ocorrência de crase será facultativa.

Ex.: à maneira de, à moda de, às custas de, à procura de, à espera de, à medida que, à proporção que...

Ex.: Fui até a sala de jantar. Fui até à de jantar.

03) As palavras CASA, TERRA e DISTÂNCIA só terão crase de forem determinadas, especificadas de algum modo.

Pronomes de tratamento que admitem crase antes de si são senhora e senhorita . Observe: Dirijo-me à senhora sem receio.

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Revisão

MESMA E OUTRA O professor fez alusão À MESMA peça de teatro que vimos ontem.

Formas Verbais e Posições Permitidas Particípio

Futuro

Fut. do pretérito

Demais formas

Próclise

permite

permite

permite

permite

Ênclise

não permite

não permite

não permite

permite

Mesóclise

não permite

permite

permite

não permite

Não me refiro a esta aluna , mas À OUTRA.

Na charge acima, nos dois primeiros quadrinhos, há erro no uso do pronome oblíquio,pois NÃO SE INICIA oração com esse tipo de pronome.

COLOCAÇÃO PRONOMINAL Regras para o uso dos pronomes

A colocação pronominal é responsável pelo uso dos PRONOMES OBLÍQUOS (me, te, se, lhe, nos, vos, se e etc.) de acordo com a sua posição em relação aos verbo. Lembrando que, de maneira geral, não se usa pronome do caso reto após verbo.

1) Próclise: Vale lembrar duas regras básicas para o uso da próclise:  Nunca usar no início de oração.  Nunca usar após vírgula. Todos os outros casos são permitidos. De qualquer forma, é sempre bom lembrar dos casos obrigatórios.

Ex.: Encontramos ela na festa da aprovação. ERRADO! Encontramo-la na festa. CORRETO!

Próclise obrigatória 1) Palavras atrativas: advérbios, conjunções subordinadas, pronomes indefinidos, pronomes relativos:

Muita atenção na hora da escrira da redação! A colocação pronominal é divida em: 1) PRÓCLISE; 2) MESÓCLISE; 3) ÊNCLISE.

Exemplos.: Não o maltratei. Há pessoas que nos querem bem. Disse-me que não iria à festa, ainda que a convidassem. Aqui se tem amor.

PRÓCLISE= pronome antes do verbo. MESÓCLISE= pronome no meio do verbo. ÊNCLISE= pronome depois do verbo.

Observe o famoso poema do Modernismo brasileiro. Nele, o eu-lírico reflete sobre o uso dos pronomes e sua relação com o nosso cotidiano. Pronominais Dê-me um cigarro Diz a gramática Do professor e do aluno E do mulato sabido Mas o bom negro e o bom branco Da Nação Brasileira Dizem todos os dias Deixa disso camarada Me dá um cigarro. Oswald de Andrade ANDRADE, O. Obras completas, Volumes 6-7. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1972

85


Matemática Revisão

MATEMÁTICA FUNÇÃO DE 1º GRAU

EXEMPLO RESOLVIDO: f(x) = 2x + 6

É toda função f: onde:

Raiz:

f(x) = ax + b, com a  R*, b  R.

2x + 6 = 0 2x = -6 x = -3

 O gráfico da função de 1° grau é uma reta cujo aspecto depende das constantes a e b.

y

-3

O coeficiente angular “a” informa a inclinação da gráfico (reta) e o coeficiente linear “b” é a ordenada do ponto de intersecção da reta com o eixo das ordenadas (y).

x

Sinal:

Vejamos: y

x

OBSERVAÇÃO:

a<0 e b>0

Se em uma função afim tivermos a = 0, teremos f(x) = b , e isto é uma “função constante”.

y

Exemplo (R:E)

x

01. (UNIFRA) Associe cada função à reta correspondente ao gráfico e preencha os quadros em branco com as suas respectivas letras (A) e (E). a>0 e b<0  O domínio da função de 1° grau é D(f) = R. A imagem da função de 1° grau é Im(f) = R. RAIZ DA FUNÇÃO DE 1º GRAU É o valor de x para o qual a função f(x) = ax +b se anula, ou seja, é o valor de x para que se tenha f(x) = 0. Logo a raiz será a abscissa do ponto de intersecção da reta com o eixo das abscissas; para calculá-la, basta igualar a função à zero. SINAL DA FUNÇÃO DE 1º GRAU Analisar o sinal de uma função é o mesmo que observarmos o sinal de y para todos os pontos pertencentes a mesma.

86 56


Revisão

BÁSKARA: √

SOMA E PRODUTO:

;

;

Onde

EXEMPLOS RESOLVIDOS: Encontre as raízes 2

1) f(x) = 2x + 4x – 6 A alternativa que corresponde à sequência correta das respostas é a) A - C - B - D - E. b) A - C - B - E - D. c) A - D - E - B - C. d) A - B - C - D - E. e) A - C - E - B - D.

√ √

2

2) f(x) = x - 5x + 6

FUNÇÃO QUADRÁTICA É toda função f: onde:

f(x) = ax2 + bx + c, com a  0;  O gráfico da função de 2° grau é uma curva chamada parábola cujo aspecto depende das constantes a, b e c. A

B

C

VÉRTICE DA FUNÇÃO DE 2º GRAU O vértice é o ponto de inflexão da parábola, será sempre o ponto de mínimo ou de máximo da função, dependendo da concavidade da mesma. Vamos representá-lo pelo ponto:

Indica a orientação da concavidade. Se a > 0, a concavidade esta voltada para cima; Se a < 0, a concavidade está voltada para baixo. Indica se a parábola está “subindo” ou “descendo” quando intercepta o eixo das ordenadas. Se b > 0, a parábola está “subindo”; Se b < 0, a parábola está “descendo”. É a ordenada do ponto de interseção da parábola com o eixo das ordenadas.

V (XV; YV)

Vejamos:

Observe também que como a parábola possui um eixo de simetria, e que o xv encontra-se exatamente sobre ele, outra maneira de encontra-lo será encontrando a média das raízes. Já em consequência, outra maneira de encontrar o yv será substituir o valor do xv na função, ou seja:

RAÍZES DA FUNÇÃO DE 2º GRAU

e

É o valor de x para o qual a função f(x) = ax2 +bx + c se anula, ou seja, é o valor de x para que se tenha f(x)=0. Logo as raízes serão as abscissas dos pontos de intersecção da parábola com o eixo das abscissas; são obtidas resolvendo a equação ax2 + bx + c = 0, através da fórmula de Báskara, ou outras relações conhecidas.

DOMÍNIO E IMAGEM DA FUNÇÃO DE 2º GRAU - Domínio: São os valores assumidos pelo x; ou seja, neste caso o domínio será sempre o . - Imagem: É o intervalo de valores assumidos por y. Será condicionada pelo vértice da função.

87


Revisão

Exemplo (R: A) 01. (UFSM) A porta de entrada de uma das livrarias do shopping é um arco de parábola do 2° grau, cuja altura máxima é 4 m, e os pontos A e B, situados na base do arco, distam 3 m um do outro. Para fixar um painel a 0,5 m de A e a 0,5 m de B, a altura "h" que ficará disponível para passagem na porta é de

a) 2,22 m b) 2,12 m c) 1,77 m d) 2,77 m e) 2,21 m

LEMBRE: O valor mínimo ou valor máximo que a função assume é sempre dado pelo “yv”. Exemplos: Encontre o vértice das funções abaixo e indique sua imagem. a) y = x2 - 4x + 3

EXPONENCIAIS EQUAÇÃO EXPONENCIAL São equações onde a incógnita aparece como expoente de uma ou mais potências. Geralmente, uma equação exponencial pode ser resolvida por um dos dois casos a seguir.

b) y = - x2 - 7x - 10

1º CASO: Igualdade das Bases Deve – se primeiramente buscar igualar a base das potências e depois podemos então simplificar e igualar os expoentes.

SINAL DA FUNÇÃO DE 2º GRAU Analisar o sinal de uma função é o mesmo que observarmos o sinal de y para todos os pontos pertencentes a mesma.

Exemplos: x a) 2 = 8 2x = 23 x=3

EXEMPLO RESOLVIDO: a) y = x2 – 5x + 6 Descobrindo as raízes e fazendo um esboço do gráfico, teremos: x1 = 2; x2 = 3

x

c) 3 2 = 81

x

b) 9 = 27

x

d) 2.3 = 486

2º CASO: Substituição

FORMA FATORADA DA FUNÇÃO DE 2º GRAU

Deve – se primeiramente evidenciar as potências buscando escrever todas as potências com a variável no expoente na mesma base, e depois, para facilitar, recomenda-se substituir esta

Toda função do 2º grau f(x) = ax2 + bx + c, que tem X1 e X2 como raízes, também pode ser escrita na forma:

f(x) = a(x-x1).(x-x2)

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Revisão

potência por uma variável auxiliar. Resolve-se a equação e depois retorna-se a variável original.

Exemplo (R: E)

EXEMPLOS RESOLVIDOS:

1.

a) 2x+1 + 2x+2 = 24 x

1

x

b) 22x + 2x - 72 = 0 x 2

2

2 4

Aplicando a fórmula de Báskara. y’ = 8 ou y” = - 9 2 x = 8 → 2x = 23 → x = 3 2x = - 9 → não existe solução.

-3

y=2

–4

y=2

- LOGARITMOS DECIMAIS: Quando temos um logaritmo que a base é o número 10, chamamos este de logaritmo decimal, e em sua notação a base pode ser omitida.

x

= 1/16

–3

= 1/8

-2

y=2

–2

-1

y=2

–1

=¼ =½

- LOGARITMO NEPERIANO: Quando temos um logaritmo que a base é o número neperiano “e” chamamos este de logaritmo neperiano ou também de logaritmo natural, e em sua notação podemos usar a representação “ln”.

0

0

y=2 =1

1

y=2 =2

2

y=2 =4

3

y=2 =8

4

y = 2 = 16

1 2 3

PROPRIEDADES FUNDAMENTAIS

4

Se usarmos a definição podemos facilmente descobrir algumas propriedades decorrentes dela. Observe estas abaixo que são muito usadas nas resoluções de exercícios.

Exemplo 2: f(x) = (1/2)x x -4

 256, o valor de x deve ser:

O logaritmo de um número “N”, na base “a” só pode ser definido quando: N > 0; a > 0; a ≠ 1.

Exemplo 1: f(x) = 2x -4

igualdade

loga N = x  N = ax

; onde a > 0 e a ≠ 1

y=2

a

Logaritmo de um número N, com N > 0, em uma base a, com a > 0 e a ≠ 1, é o expoente x a que se deve elevar a base a para reproduzir o número N; ou seja:

Quando em uma função real a variável está no expoente, temos uma função exponencial. Podemos definir uma função exponencial como:

X

verificar

LOGARITMOS

FUNÇÃO EXPONENCIAL

x y ;

Para

a) 0 b) +1 c) -1 d) 1 e)  2

x

(2 ) + 2 – 72 = 0 2x = y y2 + y – 72 = 0

2 .2 + 2 .2 = 24 2x = y y. 21 + y.22 = 24 2y + 4y = 24 6y = 24 ⇒ y = 4 2x = 4 2x = 22 ⇒ X = 2

(UFPR) 2 x 2 3

y = (1/2) y = (1/2)

–4

x

= 16

-3

y = (1/2)

–3

-2

y = (1/2)

–2

=4

-1

y = (1/2)

–1

=2

0

y = (1/2) = 1

1

y = (1/2) = 1/2

2

y = (1/2) = 1/4

3

y = (1/2) = 1/8

4

y = (1/2) = 1/16

=8

1)

2)

3)

4)

0

IGUALDADE DE DOIS LOGARITMOS

1 2 3

4

89


Revisão

PROPRIEDADES OPERATÓRIAS

Exemplo 2: x 1/16 1/8

MUDANÇA DE BASE

¼

Muitas vezes para resolução de logaritmos devemos ajustar as bases, alterando-as. Para fazer isto podemos utilizar a relação a seguir:

½ 1 2

D = ]0, +∞) Im(f) = R

4 8 16

FUNÇÃO LOGARÍTMICA

Exemplos (R: 1.A; 2.B)

A função inversa da função exponencial f(x) = ax, com a > 0 e a ≠ 1 é denominada função logarítmica e pode ser escrita como f(x) = log a x. Ou seja, podemos definir a função logarítmica, da seguinte maneira:

x y ;

1. O conjunto solução da equação: log2 (x+1) + log2 x = 1 é a) {1} b) {1, -2} c) {2} d) {2, -1} e) {1, 2}

; onde a > 0 e a ≠ 1

Observe que para termos esta função definida no conjunto dos números reais; temos condições necessária na base “a” para que a sentença defina uma função logarítmica. Devido a esta condição podemos dizer que a > 1 ou 0 < a < 1. Vejamos o que acontece em cada caso, na construção gráfica.

2. Se log (2) = a e log (3) = b, então log 12 vale a) a+b b) 2a+b c) a+2b d) a.b e) a/b

ESTATÍSTICA

Exemplo 1: x

GRÁFICOS

1/16

 Gráfico De Barras Verticais

1/8

¼ ½ 1 2 4 8

D = ]0, +∞) Im(f) = R

16

90 56


Revisão

 Gráficos De Barras Horizontais:  Média Aritmética Ponderada: Sejam x1, x2, x3, x4, ...,xn uma coleção de “n” números racionais de modo que cada um deles esteja sujeito a um peso p1, p2,p3, p4, ...,pn respectivamente, a média ponderada é dada por:

Exemplos 01. (UFRGS) No Brasil, o número de cursos superiores via internet tem crescido nos últimos anos, conforme mostra o gráfico. Anuário Brasileiro Estatístico de Educação Aberta e a Distância 2005 e Educação e conjuntura. Desde 2001, quando foram autorizados pelo governo, até 2004, o percentual de aumento desses cursos foi de

 Histograma:

a) 6% b) 7% c) 70% d) 600% e) 700% 02. (UFRGS) As questões de Matemática do Concurso Vestibular da UFRGS de 2004 foram classificadas em categorias quanto ao índice de facilidade, como mostra o gráfico de barras abaixo. Se esta classificação fosse apresentada em um gráfico de setores circulares, a cada categoria corresponderia um setor circular. O ângulo do maior desses setores mediria

 Gráficos De Setores Circulares:

Número de questões 14 10

MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL 4

 Moda: é o elemento de maior frequência do rol.

1 0 muito fácil

 Mediana: é o elemento central do rol que tiver um número ímpar de elementos ou é a média aritmética dos dois elementos centrais do rol que tiver um número par de elementos.

a) 80o. b) 120o c) 157o.

 Média Aritmética: Sejam x1, x2, x3, x4, ...,xn uma coleção de “n” números racionais, a média aritmética é dada por:

d) 168o e) 172o.

91

fácil

mediana

difícil

muito difícil

Categoria


Revisão

TRIGONOMETRIA TRIÂNGULO RETÂNGULO Num triângulo retângulo podemos estabelecer razões entre as medidas dos seus lados.

• Período é inversamente proporcional ao ângulo! Exemplos: g(x) = 1+ 2sen (3x + ) Im(f) ⇒ [-1;1] (x 2) ⇒ Im(f) = [-2;2] (+1) ⇒ Im(f) = [-1;3]

Período ⇒

ou

⇒ Período =

ou 1200

D(f) =  FUNÇÕES

REDUÇÃO AO 1º QUADRANTE

a) Função Seno: é a função que associa um valor real x, referente a um ângulo x ao valor do sen x.

2° QUADRANTE : 180°- x 3° QUADRANTE : x - 180° 4° QUADRANTE : 360°- x

D(f) = ; Im(f) = [ -1; 1]; Período = 3600 ou 2 rad

Exemplos: a) 1200  600

b) Função Cosseno: é a função que associa um valor real x, referente a um ângulo x ao valor do cos x. Ou seja:

b) 2100  300

RELAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS Do círculo trigonométrico, aplicando o Teorema de Pitágoras, temos:

Das relações inversas, temos:

D(f) = ; Im(f) = [ -1; 1]; Período = 3600 ou 2 rad VARIAÇÕES GRÁFICAS E ainda:

Vejamos algumas variações que podem ocorrer nas funções trigonométricas:

g(x) = a ± b. f(cx ± d) • Imagem é diretamente proporcional à função!

92 56


RevisĂŁo

SEQUĂŠNCIAS

RESOLUÇÕES EM TRIĂ‚NGULOS a) Lei dos Senos: Num triângulo qualquer a razĂŁo entre um lado e o seno do ângulo oposto ĂŠ sempre constante e igual ao diâmetro do cĂ­rculo que circunscreve esse triângulo.

PROGRESSĂƒO ARITMÉTICA (P.A.) É uma sequĂŞncia numĂŠrica onde a partir de um termo soma-se uma constante numĂŠrica chamada razĂŁo para obter o termo subsequente. Exemplo: (2, 5, 8, 11, 14, 17, 20, 23, 26, 29, 32, 35)

TERMO GERAL đ?’‚

đ?’ƒ

đ?’„

đ?’”đ?’†đ?’? đ?‘¨

đ?’”đ?’†đ?’? đ?‘Š

đ?’”đ?’†đ?’? đ?‘Ş

đ?&#x;?đ?‘š ou ainda

b) Lei dos Cossenos Num triângulo qualquer, o quadrado da medida de um lado Ê igual à soma dos quadrados das medidas dos outros lados menos o dobro do produto destes lados pelo cosseno do ângulo formado por eles.

PROPRIEDADES 1) Três Termos Consecutivos: (x, y, z ) ⇒ 2) Termos Equidistantes:

3) Termo Central:

đ?’‚đ?&#x;?

đ?’ƒđ?&#x;?

đ?’„đ?&#x;?

đ?&#x;? đ?’ƒ đ?’„ đ?’„đ?’?đ?’”đ?‘¨

đ?’ƒđ?&#x;?

đ?’‚đ?&#x;?

đ?’„đ?&#x;?

đ?&#x;? đ?’‚ đ?’„ đ?’„đ?’?đ?’”đ?‘Š

đ?’„đ?&#x;?

đ?’‚đ?&#x;?

đ?’ƒđ?&#x;?

đ?&#x;? đ?’‚ đ?’ƒ đ?’„đ?’?đ?’”đ?‘Ş

SOMA DOS TERMOS DA P.A. Podemos observar que para calcular a soma dos termos de uma p. a. basta aplicar a relação:

Exemplo (R:1.B 2.D) 01. O valor de x.y, no triângulo, Ê

Exemplo (R: 1.D; 2.D) 1. Em uma progressĂŁo aritmĂŠtica temos que o 1Âş termo ĂŠ 4 e a razĂŁo ĂŠ 3. O oitavo termo ĂŠ a) 14 b) 17 c) 21 d) 25 e) 28

a) 5 3 b) 25 3 c) 5 d) 10 3 e) 25

2. A soma dos 22 primeiros termos da PA (-56, 54, ...) ĂŠ a) -470 b) -570 c) -670 d) - 770 e) - 870

02. O perĂ­odo da função definida por f(x) = 3sen (x/2) ĂŠ a) ď ° b) 2ď ° c) 3ď ° d) 4ď ° e) 5ď °

93


Revisão

CONTAGEM

PROGRESSÃO GEOMÉTRICA É uma sequência numérica onde a partir de um termo multiplica - se uma constante numérica chamada razão para obter o termo subsequente. Exemplos: (1, 2, 4, 8, 16, 32, 64, 128, 256, 512, 1024)

FATORIAL Fatorial de um número natural n, indicado por n! é definido pelo produto de números inteiros desde n até 1, quando n ≥ 2.

n! = n(n - 1)(n - 2) ... 3 . 2 . 1

TERMO GERAL

4! =4.3.2.1 = 24 3! = 3.2.1 = 6 5! = 5.4.3.2.1 = 120 2! = 2.1 = 2

ou ainda

OBSERVAÇÃO: PROPRIEDADES ⇒

Através desse princípio, também conhecido como Princípio Multiplicativo, podemos calcular o número de possibilidades de ocorrência de um acontecimento, composto de duas ou mais etapas sucessivas e independentes entre si; para tal, basta observar em cada problema o número de possibilidades individualmente e então multiplicar estas possibilidades.

ou

2) Termos Equidistantes:

3) Termo Central: √

1! = 1

PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA CONTAGEM

1) Três Termos Consecutivos: ( x, y, z )

0! = 1

ou

SOMA DOS TERMOS DA P.A.

Exemplo (R: 1.D)

⇒ PG FINITA:

02. (UFRGS) Um trem de passageiros é constituído de uma locomotiva e 6 vagões distintos, sendo um deles restaurante. Sabendo-se que a locomotiva deve ir à frente, e que o vagão restaurante não pode ser colocado imediatamente após a locomotiva, o número de modos diferentes de montar a composição é a) 120 b) 320 c) 500 d) 600 e) 720

⇒ P.G. INFINITA E CONVERGENTE:

Exemplos (R:1.B;2.E) 01. O 18° termo da sequência (3, 9, 27, 81...) é 17 a) 3 18 b) 3 19 c) 3 20 d) 3 21 e) 3 02. A soma dos 10 primeiros termos da PG (3; -6; 12; -24; ....) é a) 512 b) - 512 c) 1.024 d) - 1.024 e) -1.023

PROBLEMAS DE CONTAGEM - Arranjo Simples: Arranjo de “n” elementos tomados “p” a “p” é qualquer sequência ordenada de “p” elementos distintos escolhidos entre os “n” elementos distintos de um conjunto. Ou seja, é todo problema cujos agrupamentos diferem pela ordem ou pela natureza de seus elementos.

94 56


Revisão

Exemplos: (R: 1.B; 2D)

- Combinação Simples: É todo problema cujos agrupamentos diferem exclusivamente pela natureza de seus elementos. Não importando dentro de um mesmo grupo, a ordem que eles são colocados.

01. (FURG) Considerando que são usadas as letras A, B, C, D, E, para formar senhas, então o número de senhas formado com 3 letras distintas é igual a a) 10. b) 60. c) 72. d) 120. e) 360.

- Permutação Simples: É todo problema cujos agrupamentos diferem exclusivamente pela ordem de seus elementos, pois Se trata de um arranjo de “n” elementos tomados “n” a “n”.

02. O número de anagramas que podem ser formados com as letras da palavra ARARAQUARA é a) 2840 b) 3550 c) 4850 d) 5040 e) 40320

- Permutação Com Repetição: É todo problema cujos agrupamentos apresentam elementos repetidos e diferem exclusivamente pela ordem de seus elementos. Quando temos uma permutação de “n” elementos onde um elemento se repete “a” vezes, outro “b” vezes, outro “c” vezes, e assim sucessivamente, temos a relação:

MATRIZES Toda tabela de elementos dispostos em linhas e colunas pode ser chamada de matriz. A cada elemento da matriz A m x n , indicamos por aij , e este elemento é posicionado na linha i e na coluna j de uma matriz.

PROBABILIDADE

ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO DE MATRIZES

A teoria da probabilidade permite que se calcule a chance de ocorrência de um número em um experimento aleatório. Se em um fenômeno aleatório as possibilidades são igualmente prováveis, então a probabilidade de ocorrer um evento A é: P(A) =

A soma ou subtração de duas matrizes do mesmo tipo A=(a ij) m x n e B = (b ij) que se indica por A ± B, é a matriz C =(c ij ) m x n tal que, cada elemento da matriz C é igual à soma de seus correspondentes em A e B.

c ij = aij ± bij

número de casos favoráveis número de casos possíveis

MULTIPLICAÇÃO DE MATRIZES POR UM NÚMERO REAL

Por, exemplo, no lançamento de um dado, um número par pode ocorrer de 3 maneiras diferentes dentre 6 igualmente prováveis, portanto, P = 3/6= 1/2 = 50%

O produto de um número k por uma matriz A= (a ij) m x n, que se indica por k.A, é a matriz B= (b ij) m x n tal que, cada elemento da matriz b é igual ao produto de seu correspondente em a, pelo número k.

PROPRIEDADES IMPORTANTES

bij = k.Aij

Propriedade 1 P(A) + P(A') = 1 Propriedade 2 0  P(A)  1 Propriedade 3 P(A U B) = P(A) + P(B) – P(A ∩ B) Propriedade 4 P(A ∩ B ∩ …) = P(A) . P(B) … .

MULTIPLICAÇÃO DE MATRIZES Para multiplicarmos duas matrizes, o número de colunas da 1ª matriz deve ser igual ao número de linhas da 2ª matriz. E a matriz resultado devera ter o mesmo número de linhas da 1ª e de colunas da 2ª matriz.

Amxn . Bpxq = Cmxq ; n = p

95


Revisão

1 k 01. (FFFCMPA) A matriz A =  é tal que A2  m 3 

Para realizarmos a multiplicação devemos multiplicar todas as linhas da 1ª pelas colunas da 2ª.

k =   1 8 . O valor de é  4 7   

Exemplo:

Dadas as matrizes A =

eB=

m

; calcule a) 4. a matriz produto b) 2. A.B c) 1. e) – 4.

d) – 2.

MATEMÁTICA DE FINANCEIRA A MATEMÁTICA FINANCEIRA tem por objetivo estudar as diversas formas de evolução do valor do dinheiro no tempo. JUROS SIMPLES Somente o capital inicial rende juros, ou seja, os juros são devidos ou calculados exclusivamente sobre o principal ao longo dos períodos de capitalização a que se refere a taxa de juros.

DETERMINANTES

J=C.t.i

Determinante de uma matriz quadrada é um número obtido realizando operações entre os elementos da própria matriz, seguindo algumas regras.

Onde: J = juros; C = capital; i = taxa de juros; t = número de períodos (tempo)

Podemos representar o determinante de uma matriz A de várias maneiras:

M=C+J

Det A = |A| =

2 -2

Ao somarmos os juros ao Capital temos o montante.

-1 3

JUROS COMPOSTOS O regime de juros compostos é o mais comum no sistema financeiro e portanto, o mais útil para cálculos de problemas do dia-a-dia. Os juros gerados a cada período são incorporados ao capital para o cálculo dos juros do período seguinte.

DETERMINANTES DE 2ª ORDEM É obtido simplesmente subtraindo-se o produto dos elementos da diagonal principal menos o produto dos elementos da diagonal secundária. Exemplos: a)

-1 - 2 2 3

=

M = C . (1 + i)t

DETERMINANTES DE 3ª ORDEM

IMPORTANTE: a taxa i tem que ser expressa na mesma medida de tempo de t!

O determinante de uma matriz quadrada de 3ª ordem é facilmente obtido, seguindo uma regra prática, chamada “Regra de Sarrus”. 1

Exemplos: a) 0 -1

2 -2 -4

Para calcularmos apenas os juros basta diminuir o principal do montante ao final do período:

-3 = 5 0

J=M–C

Exemplo (R:1.E; 1.E)

Exemplo (R: 1.D)

96 56


RevisĂŁo

01. (UnB) Um capital aplicado, a juros simples, a uma taxa de 20% ao ano duplica em: a) 24 anos b) 6 anos c) 12 anos d) 10 anos e) 5 anos

à rea do Triângulo: vejamos as principais formas de calcular a årea de um triângulo.

�

02. (VUNESP) Uma instituição bancåria oferece um rendimento de 15% ao ano para depósitos feitos em uma certa modalidade de aplicação financeira. Um cliente desse banco deposita 1000 reais nessa aplicação. Ao final de n anos, o capital que esse cliente terå em reais, relativo a esse depósito, Ê: a) 1000 + 0,15n b) 1000 x 0,15n c) 1000 x 0,15n d) 1000 + 1,15n n e) 1000 x 1,15

�

đ?’ƒđ?’‰ đ?&#x;?

đ?’‚ đ?’ƒ đ??Źđ??žđ??§ đ?œś đ?&#x;?

Se o triângulo for equilåtero temos:

đ?’‰

GEOMETRIA PLANA

đ?’?√đ?&#x;‘ đ?&#x;?

�

đ?’?đ?&#x;? √đ?&#x;‘ đ?&#x;’

Ă REA DE OUTROS POLĂ?GONOS

TEOREMA DE TALES Se duas transversais intersectam um feixe de paralelas, entĂŁo os segmentos delimitados pelas mesmas paralelas sobre as transversais, sĂŁo sempre de medidas proporcionais A .

SEMELHANÇA DE TRIĂ‚NGULOS Dois triângulos sĂŁo semelhantes entre si se, e somente se, tem os ângulos congruentes e as medidas dos lados correspondentes proporcionais.

CĂ­rculo ou circunferĂŞncia Comprimento ou PerĂ­metro da CircunferĂŞncia: Ă rea do cĂ­rculo: Ă REA DE FIGURAS PLANAS

Exemplo (R:1.D)

97


Revisão

01. (UFRGS) Para estimar a profundidade de um poço com 1,10 m de largura, uma pessoa cujos olhos estão a 1,60 m do chão posiciona-se a 0,50 m de sua borda. Desta forma, a borda do poço esconde exatamente seu fundo, como mostra a figura.

√ Área da base

Hexagonal Regular

Círculo

- Área Lateral: Podemos facilmente calcular a sua área lateral calculando a área do paralelogramo onde a base é o perímetro “ P ” da figura que forma a base e a altura é a própria altura “ h “ do prisma ou do cilindro. Então: Com os dados acima, a pessoa conclui que a profundidade do poço é: a) 2,82 m b) 3,00 m c) 3,30 m d) 3,52 m e) 3,85 m

- Área Total: É a soma de todas as áreas das faces do Prisma.

GEOMETRIA ESPACIAL

- Volume: É dado pelo produto da área da base pela altura do prisma.

PRISMAS/CILINDROS

Exemplo (R:1.B) 01. (UFRGS) A figura a seguir representa a planificação de um sólido. O volume deste sólido é

a) 20 3

b) 75

c) 50 3

d) 100

e) 100 3 CONE

É o sólido obtido a partir da rotação de um triângulo retângulo em torno de um de seus lados. Se planificarmos o cilindro, encontraremos um círculo e um setor circular, e então obtemos as fórmulas relativas serão facilmente obtidas.

- Área Da Base: Basta calcularmos a área da figura plana correspondente a base do prisma ou do cilindro. Vejamos os principais casos de áreas da base. Triangular Regular

Quadrangular Regular

56 98


Revisão

TRIANGULAR REGULAR Área da base

QUADRANGULAR REGULAR

HEXAGONAL REGULAR

- Área Lateral: Basta calcular a soma das áreas dos triângulos que formam as faces laterais. Observe que se a pirâmide for regular com n lados na sua base, podemos calcular a área lateral da seguinte maneira:

- Área Total: É a soma de todas as áreas das faces da pirâmide. - Áreas:

- Volume: Corresponde a 1/3 do volume de um prisma de mesma base e mesma altura da pirâmide em questão.

- Volume: Corresponde a 1/3 do volume de um cilindro de mesma base e mesma altura do cone em questão

- Secção Transversal De Uma Pirâmide Ou De Um Cone: Ao realizarmos uma secção transversal de uma pirâmide ou um cone estabelecemos algumas relações importantes. Vejamos:

 PIRÂMIDE Uma pirâmide é um poliedro cuja base é uma região poligonal, e suas faces laterais são triângulos que possuem um ponto comum chamado de vértice da pirâmide.

Exemplo (R: 1.A) 01. (FURG) De um recipiente em forma de um cilindro circular reto, com raio r = 1m e altura h = 3m, cheio com um líquido, foi retirado um volume de líquido correspondente a um cone de mesma base e altura do cilindro. O volume de líquido que permanece no cilindro é a) 2  m3 b) 5/2 m3 c) 5  m3 d) 1/2  m3 e) 1/3  m3

- Área Da Base: Basta calcularmos a área da figura plana correspondente a base da pirâmide. Vejamos os principais casos de áreas da base nas pirâmides.

99


RevisĂŁo

ESFERA

EQUAĂ‡ĂƒO DA RETA

Uma esfera de centro C e de raio R, Ê o conjunto de todos os pontos do espaço que estão a uma distância menor ou igual a R do ponto C. TambÊm podemos dizer que uma esfera Ê um sólido de revolução obtido pela rotação de um círculo sobre seu diâmetro.

Para encontrar a equação de uma reta, basta aplicar:

XA YA

XB YB

X Y

XA =0 YA

Encontraremos desta forma, o que chamamos de Equação Geral da Reta, que pode ser escrita como:

Ax + By + C = 0 → EQUAĂ‡ĂƒO GERAL DA RETA Para obter a equação reduzida da uma reta, basta, a partir da equação geral, isolarmos o y na equação geral. Com isso, teremos:

→ EQUAĂ‡ĂƒO REDUZIDA DA RETA Onde m ĂŠ chamado de coeficiente angular e n ĂŠ chamado de coeficiente linear.

Exemplo (R: 1.D)

COEFICIENTE ANGULAR

02. (UFRGS) Duas esferas de raio r foram colocadas dentro de um cilindro circular reto de altura 4r, raio da base r e espessura desprezível, como na figura abaixo. Nessas condiçþes, a razão entre o volume do cilindro não ocupado pelas esferas e o volume das esferas Ê a) 1/5 c) 1/3 e) 2/3

Vamos considerar uma reta r que possui uma inclinação ď Ą em relação ao eixo OX. O coeficiente angular “mâ€? da reta r ĂŠ o nĂşmero real que corresponde a tg ď Ą. Ou seja:

b) 1/4 d) 1/2

GEOMETRIA ANALĂ?TICA A Geometria AnalĂ­tica tem por finalidade resolver problemas geomĂŠtricos utilizando os recursos da ĂĄlgebra.

đ?’„đ?’‚đ?’•đ?’†đ?’•đ?’? đ?’?đ?’‘đ?’?đ?’”đ?’•đ?’? đ?’„đ?’‚đ?’•đ?’†đ?’•đ?’? đ?’‚đ?’…đ?’‹đ?’‚đ?’„đ?’†đ?’?đ?’•đ?’†

đ?’•đ?’ˆ đ?œś

DISTĂ‚NCIA ENTRE 2 PONTOS

đ?’•đ?’ˆ đ?œś

EntĂŁo

√ đ?’Ž

�� �� �� ��

�� �� �� ��

RETAS PARALELAS

ď Ąr = ď Ąs

mr = ms

RETAS PERPENDICULARES

mr = -1/ms 100 56


Revisão

Exemplo (R: 1.E)

são os pontos (1,3) e (-1,1). Então, a equação do circulo é a) x2 + y2 + 4y – 2 = 0 b) x2 + y2 - 4y + 2 = 0 c) x2 + y2 - 2y + 2 = 0 d) x2 + y2 + 2 = 0 e) x2 + y2 - 4y = 0

01. (CTISM) Sabendo-se que A(3/5, 1/5) e B(2, 3), o comprimento do segmento AB é a)

3 5 7

b) 5 3

d)

7 3 5

e)

7

c)

3 5 5

7 5 5

NÚMEROS COMPLEXOS

EQUAÇÃO DA CIRCUNFERÊNCIA

Todo número complexo pode ser escrito na forma:

Circunferência é a figura geométrica de infinitos pontos que estão a uma igual distância de um ponto chamado de centro da circunferência.

POTÊNCIAS DA UNIDADE IMAGINÁRIA “i” Podemos calcular facilmente qualquer potências de i, dividindo o expoente da potência por 4 e tomando o resto desta divisão como novo expoente de i. Exemplo: i23 = i3 = -i OPERAÇÕES NA FORMA ALGÉBRICA - Adição/Subtração: Para adicionar dois números complexos, soma-se, algebricamente, as componentes reais entre si e as componentes imaginárias também entre si.

dp. c = Raio

- Multiplicação: Para multiplicar dois complexos, multiplica-se cada componente (parte) de um deles por cada componente (parte) do outro.

EQUAÇÃO GERAL DA CIRCUNFERÊNCIA A partir da equação reduzida da circunferência, basta desenvolvermos os produtos notáveis para obtermos a equação geral.

- Divisão: Para dividir dois complexos, multiplicase o numerador e o denominador pelo conjugado do seu denominador. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA

Chamando F, teremos:

de D,

de E e

Todo número complexo Z=a + bi, também pode ser representado por um ponto P(a, b) no Plano Cartesiano. Este plano é conhecido aqui, como “Plano de Argand-Gauss”.

de

- Afixo, Módulo E Argumento De Um Número Complexo:  Afixo: é o ponto P de coordenadas (a,b) que representa o número Z= a+bi.

COORDENADAS DO CENTRO (a,b) E DO RAIO

 Módulo (| |

): É a distância do afixo até a

origem. Logo:

Exemplo (R:1.B)

01. (UFRGS) As extremidades de uma das diagonais de um quadrado inscrito em um círculo

 Argumento ( ): é a medida do ângulo que se obtém girando no sentido anti-horário o semi eixo

101


Revisão

real Ox até se encontrar o segmento OP. Então, podemos observar, para determinar  as razões trigonométricas. e

Exemplos: P1(x) = -2x3 + 5x2 - x + 5; P2 (x) = x5 + 7x4 - 3x3 - x2 - x - 1; P3 (x) = 2x7 + 2x6 - 3x4 - 5x3 + x2 – 2. ESTUDO DAS RAÍZES - Raiz Ou Zero De Um Polinômio: É o número cujo valor numérico é igual a zero, ou melhor, a é raiz de P(x) ⇒ P(a) = 0 Observação: O grau de um polinômio indica o número de raízes e vice-versa. - Raízes Complexa: ⇒ Se P(x) é um polinômio de coeficientes reais e Z = a + bi, com b ≠ 0, é raiz de P(x), ou seja P(z) = 0,

FORMA TRIGONOMÉTRICA DE UM NÚMERO COMPLEXO Como vimos sen Ɵ = b/ρ e cos Ɵ = a/ρ, então e , logo podemos escrever o número complexo Z = a + bi, em função do módulo e do argumento;vejamos ⇒ ; logo:

Esta é a chamada “Forma Trigonométrica ou Polar de um Número Complexo”.

Exemplos (R: 1.A; 2.B) 01. O valor de i35 é a) –i b) -1 c) 1 d) 0 e) i 02. Para que o complexo x + 2 + 8i seja um número imaginário puro, x deve ser igual a a) -8 b) -2 c) 8 d) 2 e) ±2

POLINÔMIOS Chama-se polinômio de grau n a função P: CC, escrita na forma: P(x)=an . xn +an-1 . xn-1 +an-2 . xn-2 +...+a1 . x+ao

onde: n  N; an, an-1, an-2, ... , a1 e a0 são os coeficientes do polinômio.

então Z = a - bi também é raiz de P(x). ⇒ Se P(x) é de grau ímpar, então pelo menos uma raiz é real. ⇒ Se P(x) é de grau par, cuidado, pode ocorrer o caso que nenhuma raiz é real. ⇒ As raízes complexas Z e ̅ sempre aparecem aos pares, ou seja, Z e ̅ com mesma multiplicidade. - Relações De Girard: Estabelece as relações existentes entre as raízes de um polinômio e seus coeficientes. P(x)=an . xn + an-1 . xn-1 + an-2 xn-2 + ... + a1 x+a0

⇒ r1+ r2 + r3 + r4 + ... + rn-1 + rn = -

an  1 an

an  2 an a ⇒ r1 . r2 . r3 . r4 . r5 ... rn-1 . rn = (-1)n . 0 an

⇒ r1 . r2 + r1 . r3 + r1 . r4 + ... + rn-1 . rn =

DIVISÃO DE POLINÔMIOS Regra Da Chave: Para realizar a divisão de P(x) por D(x), vamos utilizar o algoritmo da divisão; ao dividirmos P(x) por D(x) encontraremos um polinômio que chamaremos de quociente, representado por Q(x) e outro chamado de resto, representado por R(x); tais que:

P(x) = D(x) . Q(x) + R(x) Esta expressão pode ser representada na chave, da seguinte forma:

102 56


Revisão

colocar todos os coeficientes dos termos do dividendo, em ordem decrescente de expoente. 2º Passo: Repetir o 1º coeficiente do P(x), na mesma coluna, porém na 3ª linha. 3º Passo: Multiplicar a raiz do D(x) pelo número da 3ª linha, colocando o resultado, na 2ª linha, porém na próxima coluna à direita; a este resultado somar o coeficiente de P(x) da mesma coluna, colocando o resultado na 3ª linha. 4º Passo: Repetir o processo do 3º passo até a última coluna, separando o último valor encontrado, este último será o valor do R(x), e os demais são os coeficientes do Q(x) em ordem decrescente de expoente.

P(x) D(x) Q(x) R(x) Exemplo: Considerando P(x) = x4 + x3 + 3x2 + x + 5 e D(x) = x2 – x + 1, vamos dividir P(x) por D(x).

Raiz do D(X)

2

Coeficientes do P(x)

3

P(x) = x4 + x3 + 3x2 + x + 5  DIVIDENDO D(x) = x2 – x + 1

 DIVISOR

Q(x) = x2 + 2x + 4

 QUOCIENTE

R(x) = 3x + 1

 RESTO

3

-8

5

6

6

-4

2

-2

1

8

Coeficientes do Q(x)

Resto

Então encontramos: Q(x) = 3x2 – 2x + 1 e R(x) = 8 Observações importantes: 1. Gr(R) < Gr(D)

OBSERVAÇÃO Dados dois Polinômios P(x) e D(x) tais que P(x) é divisível por D(x), então: • O resto da divisão de P(x) por D(x) é zero. • D(x) é fator de P(x). • Todas as raízes de D(x), também são raízes de P(x). • As demais raízes de P(x) são obtidas através da equação Q(x) = 0

2. Gr(Q) = Gr(P) – Gr(D)

- Teorema Do Resto: É o resto da divisão de um Polinômio P(x) por ax +b dado por P(  Exemplo: D(x) = x + 2 :

b ). a

Dados P(x) = x3 + 2x2 + 4x + 5 e ⇒

x+2=0 3

x = -2 2

R = P(-2) = (-2) + 2(-2) + 4 (-2) + 5 R = -8 + 2.4 – 8 + 5 R = -8 + 8 – 8 + 5 R = -3

Exemplo (R: 1.A) 01. Dados P(x) = x3 – 4x2 + 7x – 3 e Q(x)= x2 – 3x + 2, o resto da divisão de P(x) por Q(x) será a) 2x –1 b) 2x + 1 c) x + 1 d)x – 1 e)zero

- Algorismo De Briott-Ruffini: É um procedimento que obtém o quociente e o resto da divisão de P(x) por D(x) = ax + b. Exemplo: Vamos dividir o polinômio P(x) = 3x3 8x2 + 5x + 6 pelo polinômio D(x) = x -2. 1º Passo: Encontrar a raiz do divisor e, na primeira linha, coloca-la no lado esquerdo do dispositivo; enquanto que no lado direito do dispositivo,

103


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