Revista InForme - C304C - 2021/1 - FACHA - Faculdades Integradas Hélio Alonso

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Trabalho Acadêmico Válido como AV2 da disciplina C304C - Editoração Eletrônica da Facha - 2021/1

BBB 21

DRAKE

No final das contas, valeu a pena patriocinar o programa?

quando é, horário e onde assistir a decisão?

TABAGISMO

Liga Europa 2021

O que fazer para se livrar desse mal?

quando é, horário e onde assistir a decisão?

WAGNER MOURA

Abre o jogo sobre “Mariguella” e diz:

“Estou preparado para a porrada.” Trabalho Acadêmico válido como AV2 da disciplina C304C, Editoração Eletrônica da Facha - 2021/1

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EDITORIAL Caro leitor, Esta edição de junho de 2021 da revista Informe compila matérias as quais os alunos de Editoração Eletrônica, turma 211C, consideraram mais relevantes e pertinentes em teor informativo neste momento. Ainda durante a pandemia de Covid-19, o destaque cultural da capa reitera o papel que a cultura e os artistas têm durante este momento tão desafiador e frustrante para a maior parte da humanidade, porém, sem aplicar uma superioridade dela para com as outras editorias e assuntos. O professor Gilvan Nascimento, editor-chefe, junto dos editores Maria Carolina, Pedro Alonso e Renato Galardo, produziu esta peça atenciosamente pensada, desde os textos até as diagramações, para trazer informação de uma maneira lúdica, porém responsável. Com menção honrosa para os demais alunos, os quais também contribuíram imensamente para que a revista ganhasse formato.

EXPEDIENTE FACHA - Faculdades Integradas Hélio Alonso. Campus: Botafogo. Disciplina: Editoração Eletrônica. Curso: Comunicação Social - Jornalismo e Publicidade e Propaganda. Turma: C304C - 1º Semestre de 2020. Prof.: Gilvan Nascimento.

Alunos que participaram deste projeto:

Revista impressa desenvolvida como trabalho acadêmico válido como verificação final, idealizada para os alunos de jornalismo e Publicidade e Propaganda da Facha - Faculdades Integradas Hélio Alonso. As matérias podem não ser originais, bem como as imagens. As que não foram produzidas pelos alunos, deverão ter seus créditos devidamente inseridos. Vale ressaltar que os alunos foram responsáveis por toda a diagramação, planejamento e programação visual com a orientação do professor da disciplina e que foram mantidos os erros cometidos pelos mesmos na produção como forma de avaliação.

Anna Beatriz Ravazzano, Caio Amorim David, Cecilia Pina Filartigas, Felipe Castello Bezerra, Fellipe Perdigão Guimarães, Gabriela Justo, João Pedro Cupello, João Victor de Castro, Julia Fernandes da Cunha, Julia Maria Hermes, Karolina da Silva Neves, Laura Gomes Fernandes, Leonardo Vieira, Luar dos Reis Nogueira, Lucas Bayer Toia Furtado, Maria Carolina Paiva Jorge, Matias Gomes do Nascimento, Pedro Alonso Couto da Conceição, Pedro Pereira Ribeiro, Rafael Melo Bizarelo da Silva, Raphaela Pereira da Silva, Renato Galardo Guerreiro de Castro, Samantha Pinto do Nascimento Rosado, Thalia de Souza Marins, Thiago Martins Pedro.

EDITORES: Maria Carolina Paiva Jorge, Pedro Alonso Couto da Conceição e Renato Galardo Guerreiro de Castro. EQUIPE:

Boa leitura!

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SU má rio 4

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Política Internacional Economia nacional cidade educação saúde beleza cultura cinema moda & fotografia música internacional festival de música história da música streaming e-sports esporte internacional surf jiu-jitsu tênis futebol paulista futebol carioca marketing

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POLÍTICA INTERNACIONAL

Como a Dinamarca teria ajudado EUA a espionar Angela Merkel e outros líderes europeus O serviço secreto dinamarquês ajudou os Estados Unidos a espionar políticos europeus, incluindo a chanceler alemã Angela Merkel de 2012 a 2014, reportagem da imprensa dinamarquesa

Rafael Melo Bizarelo da Silva Fonte: bbc.com/portuguese Em: 31/05/21 O Serviço de Inteligência de Defesa (FE) da Dinamarca colaborou com a Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA) para coletar informações, de acordo com um relatório da emissora dinamarquesa Danmarks Radio. Dados foram coletados sobre funcionários de Alemanha, França, Suécia e Noruega, de

acordo com o relatório. Alegações semelhantes já haviam surgido em 2013. Naquela ocasião, segredos vazados pelo delator americano Edward Snowden indicavam que a chanceler alemã teve seu telefone grampeado. Quando essas alegações foram feitas, a Casa Branca não as negou completamente, mas disse que o telefone de Merkel não estava grampeado no momento e não estaria no futuro.

A Alemanha é aliada próxima dos EUA Em um novo relatório compartilhado com várias agências de notícias europeias, a NSA teria acessado mensagens de texto e conversas telefônicas de uma série de indivíduos de alto escalão na Europa através de uma cooperação com os dinamarqueses da FE. A suposta configuração, que no relatório foi batizada de “Operação Dunhammer”, permitiu à NSA obter dados usando números de telefone de políticos como parâmetros de busca, de acordo com a Rádio Danmarks. O relatório surge após uma investigação da emissora envolvendo entrevistas com nove fontes. Todas teriam tido acesso a informações confidenciais em poder da FE. Junto com Merkel, o então ministro das Relações Exteriores alemão Frank-Walter Steinmeier bbc.com/portuguese

Angela Merkel foi supostamente alvo da inteligência dos EUA Trabalho Acadêmico válido como AV2 da disciplina C304C, Editoração Eletrônica da Facha - 2021/1

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e o líder da oposição na época, Peer Steinbruck, também teriam sido alvos. A ministra da Defesa da Dinamarca, Trine Bramsen, que teria sido informada previamente sobre a espionagem, disse à Rádio Danmarks que “escuta telefônica sistemática de aliados próximos é inaceitável”. Nem a FE nem a NSA comentaram ainda os últimos relatórios. Após a notícia do relatório no domingo, Snowden acusou o presidente dos EUA, Joe Biden, de estar “profundamente envolvido neste escândalo na primeira vez [que ele surgiu]”. Biden era vice-presidente dos EUA na época em que ocorreu a vigilância relatada.

“Deve haver uma exigência explícita de divulgação pública total não apenas da Dinamarca, mas também de seu parceiro sênior”, ele tuitou, em referência ao governo americano. Em 2013, Snowden — um ex-prestador de serviços da Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA) — vazou para a imprensa detalhes de uma extensa vigilância de internet e telefone pela inteligência dos EUA.

Antes das evidências que ele expôs, os principais funcionários da inteligência dos EUA insistiram publicamente que a NSA nunca havia coletado intencionalmente dados de registros telefônicos privados.

Os EUA então o acusaram de roubo de propriedade do governo, comunicação não autorizada de informações de defesa nacional e comunicação intencional de inteligência de comunicações confidenciais.

www.bbc.com/portuguese

Edward Snowden revelou escândalo de espionagem da NSA em 2013

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Opositores de Netanyahu conseguem formar coalizão para novo governo de Israel, diz presidente Reuven Rivlin pediu ao Parlamento que confirme o novo governo israelense, que deve colocar fim ao mandato de Benjamin Netanyahu como primeiro- ministro Rafael Melo Bizarelo da Silva Fonte: g1.globo.com Em: 02/06/21 Opositores de Benjamin Netanyahu confirmaram na quarta-feira, dia 2 de junho, que conseguiram montar uma coalizão para formar um novo

governo de Israel. Caso o Parlamento ratifique essa ampla aliança na semana que vem, será o fim dos doze anos de mandato de Netanyahu como primeiro-ministro israelense. A aliança foi costurada por Yair Lapid, líder do partido centrista Yesh Atid. Ele conseguiu o apoio de Naftali Ben-

nett, chefe do direitista Yamina, com quem deve dividir o cargo de primeiro-ministro. O presidente Reuven Rivlin, cujo cargo é cerimonial, confirmou a coalizão. Considerando outros grupos de oposição em diversos posicionamentos no espectro político, a coalizão terá mais do que os 61 congressistas necessários para a maioria no Knesset, o Parlamento israelense. “Esse governo vai trabalhar para todos os cidadãos de Israel, aqueles que votaram por isso e aqueles que não. Farei tudo para unir a sociedade israelense”, disse Lapid em postagem nas redes sociais. g1.globo.com

Yair Lapid, candidato do partido Yesh Atid, vota em Tel Aviv para as eleições de Israel em 23 de março

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Nesta reportagem você vai ver: - Como Yair Lapid e Naftali Bennett devem se revezar no cargo de primeiro-ministro - Por que é tão difícil formar um novo governo em Israel - O que aconteceu com Netanyahu, incapaz de se manter no cargo

Bennett e Lapid devem se revezar como premiês A aliança reunirá Yair Lapid, um político considerado cen-

trista, com Naftali Bennett, um nacionalista de direita, em uma coalizão antes considerada improvável. O grupo que deve governar Israel terá ainda a Lista Árabe Unida, na primeira vez que uma legenda islâmica forma a base governista do país. Lapid e Bennett devem se revezar no poder: primeiro, Bennett seria o primeiro-ministro por dois anos. Nos outros dois, Lapid ocuparia o cargo de premiê. “Esse governo vai trabalhar para todos os cidadãos de Israel, aqueles que votaram por isso e aqueles que não. Farei tudo para unir a sociedade israelense”, disse Lapid em postagem nas redes sociais.

O impasse político em Israel começou há dois anos com as dificuldades de Netanyahu em manter uma coalizão majoritária. Três eleições — duas em 2019 e uma em 2020 — não foram suficientes para que uma maioria parlamentar fosse formada. Os escândalos de corrupção e as acusações contra o premiê também pesaram. Somente após as últimas eleições, em março deste ano, a oposição conseguiu agregar grupos de lados diferentes da política israelense — desde direitistas a partidos árabes-israelenses. Com isso, Rivlin — cujo poder é cerimonial — deu a Lapid a chance de formar um novo governo.

g1.globo.com

Naftali Bennett, líder do partido Lamina, no Parlamento de Israel em Jerusalém em 30 de maio

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Por que é tão difícil formar um governo em Israel? Para entender o impasse político de Israel é preciso entender como funciona a formação do governo israelense. Israel é um país parlamentarista que elege a cada processo eleitoral 120 congressistas para o Knesset — nome dado ao Parlamento israelense. Depois das eleições, o partido que conseguir 61 assentos recebe do presidente o direito a nomear um primeiro-ministro. Recentemente, com a fragmentação eleitoral em Israel, tem sido difícil para um partido sozinho chegar a 61 cadeiras. Assim, são as alianças que definem qual grupo terá o poder de escolher o premiê israelense.

Quando uma liderança partidária está mais perto de conseguir essa maioria parlamentar, o presidente de Israel — cujo papel é mais cerimonial — dá a esse líder um prazo para que concretize as alianças com os demais partidos. Se isso não ocorrer dentro do prazo, o presidente pode tanto chamar uma liderança de oposição para que tente formar o governo ou novas eleições podem ser convocadas.

um governo e se manter no cargo, mas a aliança não se concretizou.

E o que aconteceu com Netanyahu?

Assim, novas eleições foram convocadas para o segundo semestre de 2019. Sem sucesso, mais um pleito — o terceiro em menos de um ano — ocorreu em março de 2020. O resultado teria sido semelhante, mas por causa da pandemia do coronavírus tanto Netanyahu como

Em 2019, o Likud, partido de Netanyahu, enfrentou em eleições muito acirradas o Azul e Branco, legenda do opositor Benny Gantz. Com uma diferença muito pequena, o presidente Reuven Rivlin deu ao então premiê o direito de formar

O impasse àquela época tinha um nome: Avigdor Lieberman, líder do partido nacionalista Israel Nossa Casa que era um dos principais aliados de Netanyahu. O discurso militarista de Lieberman esbarrava em outra base da coalizão do primeiro-ministro: os judeus ortodoxos que se recusam a entrar no serviço militar obrigatório.

g1.globo.com

Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, vota nas eleições gerais do país na terça-feira (23)

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Gantz concordaram em formar eles dois uma coalizão ampla e temporária. Essa aliança, porém, logo se desfez pelas discordâncias diversas entre os dois líderes. Assim, uma quarta eleição foi marcada para março de 2021. Desta vez, outro nome foi o fiel da balança: Naftali Bennett, um milionário direitista que era muito próximo de Netanyahu e lidera o partido Lamina. O Likud até obteve mais cadeiras do que os demais partidos, mas novamente dependeria de alianças e a oposição teve votação expressiva. Inicialmente, Bennett recusava um apoio do Lamina

a coalizões que tivessem atores políticos mais à esquerda, mas, após semanas de negociações com Lapid, os grupos concordaram em formar uma base majoritária no Congresso. Sem maioria e cercado por denúncias de corrupção, Netanyahu poderá ter de deixar o cargo após 12 anos. O desafio agora será interno na coalizão que deve governar Israel: Bennett e Lapid, com posicionamentos bastante diferentes em temas diversos, devem se revezar no cargo de primeiro-ministro.

“Esse governo vai trabalhar para todos os cidadãos de Israel, Yair fala aqueles que Lapid votaram por isso e aquelessobre que não.o Farei tudo para seu unir a sociedade israelense”, governo disse Lapid em postagem nas redes sociais.

Candidato do Yesh Atid, opositor de Netanyahu, discutiu seus planos após a eleição

Esse governo vai trabalhar para todos os cidadãos de Israel, aqueles que votaram por isso e aqueles que não. Farei tudo para unir a sociedade israelense”, disse Lapid em postagem nas redes sociais.

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Benjamin Netanyahu faz apresentação para embaixadores em base militar em Israel, em fevereiro

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Eleições no Peru: por que a definição do vencedor ainda pode demorar dias Pedro Castillo tem pequena vantagem sobre Keiko Fujimori, que alega fraude sem apresentar provas. Lote de votos contestados terá de ser analisado por comissão. É a última esperança de Keiko Rafael Melo Bizarelo da Silva Fonte: g1.globo.com Em 09.06.21

que ainda podem virar o jogo, o que faz com que a decisão do pleito ainda demore dias para se definir. Entenda como:

O candidato de esquerda Pedro Castillo segue com uma minúscula vantagem sobre a convservadora Keiko Fujimori na apuração da eleição presidencial do Peru, uma das mais disputadas de todos os tempos no país.

• Castillo, filho de agricultores analfabetos que tem apoio enorme entre os pobres do interior, tem 50,2% dos votos com 99,8% das urnas apuradas, apenas 0,4% ponto percentual a mais que Keiko.

Faltando pouquíssimos votos para serem processados, há uma diferença de meros 70 mil votos entre os dois oponentes. No entanto, há uma quantidade de cédulas contestadas

• Porém, a contagem é preliminar, porque cerca de 300 mil estão sendo questionados, o que exigirá uma análise mais atenta das cédulas por uma comissão eleitoral, um processo

que levará vários dias e pode mudar o resultado. • Keiko Fujimori diminuiu a desvantagem ligeiramente na madrugada desta quarta, quando chegaram quase todos os votos do exterior, que favorecem a candidata conservadora, mas não o suficiente para conter a dianteira de Castillo, como ela torcia, o que faz dos votos contestados sua última chance em potencial. “É improvável que a esta altura Fujimori ultrapasse Castillo”, opina David Sulmont, professor de Sociologia da Pontifícia Universidade Católica do Peru e ex-chefe de sua unidade de pesquisa eleitoral. “É uma das eleições mais apertadas do país”, acrescentou. “A margem pode continuar variando, mas acho que Castillo será o vencedor.” Uma vitória de Castillo, um

Pedro Castillo, do partido Peru Livre, e Keiko Fujimori, do partido Força Popular, candidatos à presidência do Peru

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professor interiorano que surpreendeu ao vencer o primeiro turno, em abril, marcaria um grande triunfo para a esquerda da América Latina em meio ao descontentamento crescente com a pobreza e a desigualdade, acentuadas pela pandemia de Covid-19. Em uma mensagem para simpatizantes na sede do partido Peru Livre, no centro de Lima, Castillo disse que seus observadores consideram certa a vitória no segundo turno. Ele pediu a seus seguidores que não caiam em provocações e inclusive agradeceu as felicitações por sua “vitória” enviadas por países da América Latina.

“Seremos um governo respeitoso da democracia, da atual Constituição e faremos um gover no com estabilidade financeira e econômica”, disse Castillo na terça-feira à noite. “Quero expressar em nome do povo peruano às personalidades de diversos países que, esta tarde, expressaram saudações ao povo peruano”, acrescentou, em referência a mensagens de “embaixadas e governos da América Latina e de outros países”. Keiko Fujimori mantém a esperança de sair vitoriosa e faz alegações de fraude sem comprovação, dizendo que apoiadores de Castillo tentaram roubar

votos, algo negado pelo partido Peru Livre. Especialistas e observadores eleitorais internacionais dizem que a eleição peruana foi limpa, mas as alegações de Keiko Fujimori podem desencadear dias de confusão e tensão em meio a uma votação polarizada que divide os peruanos. Os cidadãos de renda mais alta apoiam a candidata de direita, e os de renda mais baixa endossam Castillo.

g1.globo.com

Pedro Castillo, candidato à Presidência do Peru, cumprimenta apoiadores que comemoram os resultados parciais da eleição que o colocam à frente da concorrente Keiko Fujimori, em sua sede de campanha em Lima em 7 de junho de 2021, um dia após o segundo turno

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ECONOMIA NACIONAL

Economia surpreende “favoravelmente” no 1º trimestre, diz BC Boletim registrou crescimento em quatro das cinco regiões do país

Crédito: miro.medium.com

Economia nacional

Luar Nogueira Em 27.05.21 FONTE: agenciabrasil.ebc.com.br A atividade econômica no primeiro trimestre de 2021 surpreendeu “favoravelmente”, com crescimento em quatro das cinco regiões do país, disse hoje (27) o Banco Central (BC). Apenas a Região Norte apresentou recuo na economia no período. A análise consta do Boletim Regional, publicado trimestralmente, e que traz a evolução, por região, de indicadores que repercutem as decisões de política monetária, como produção, vendas, emprego, preços, comércio exterior, entre outros. Segundo o documento, o cenário econômico sinaliza uma resiliência do processo de recuperação da economia. O BC avalia que, no curto prazo, os estímulos monetários, como os novos pagamentos do auxílio emergencial que começaram em abril e a chamada

normalização da taxa Selic (atualmente em 3,5% ao ano), em um patamar considerado baixo, apesar de estar em trajetória de alta, e a redução do impacto da pandemia de covid-19 devem sustentar a retomada do crescimento. “No curto prazo, a manutenção dos estímulos monetários, mesmo com o processo de normalização parcial, o retorno dos estímulos governamentais e a redução dos impactos da crise sanitária – inclusive em decorrência da vacinação em curso – devem sustentar a retomada em âmbito nacional. A incerteza sobre o ritmo desse crescimento ainda permanece acima da usual, mas aos poucos deve retornar à normalidade”, diz o documento. De acordo com o BC, a economia no primeiro trimestre de 2021 teve uma evolução maior do que a esperada, apesar da segunda onda da pandemia de covid-19 e do fim das medidas governamentais de combate aos impactos econômi-

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cos da crise sanitária, como o auxílio emergencial. A análise também evidencia a importância dos setores do agronegócio e da mineração para a sustentação do crescimento regionalmente, em razão do patamar elevado das cotações dessas commodities. Norte Em linhas gerais, o boletim destaca que a atividade econômica no Norte foi negativamente afetada pela severidade da segunda onda da covid-19 e pela redução dos auxílios governamentais, com retração expressiva das vendas do comércio, da produção da indústria de transformação, decorrente do desempenho no Amazonas, e dos serviços às famílias. A região teve um recuo de 0,9% na atividade econômica. “O acirramento da crise sanitária e o fim do auxílio emergencial impactaram as vendas no comércio, interrompendo a recuperação que o setor vinha assinalando ao longo 15


do segundo semestre. O volume de vendas do comércio ampliado recuou 12,2% no primeiro trimestre. À exceção de Roraima (0,2%), todos os outros estados apresentaram retração, com maior intensidade no Amazonas (-22,1%)”, diz Nordeste No Nordeste, o crescimento de 0,7% da atividade esteve associado ao desempenho positivo da agricultura e da construção. Esse crescimento compensou os efeitos econômicos decorrentes do fim do auxílio emergencial e do recrudescimento da crise sanitária, que impactaram negativamente as vendas do comércio, os serviços prestados às famílias e a produção industrial. Na região, a atividade industrial decresceu 5,3% no primeiro trimestre de 2021 com dados dessazonalizados. Com destaque para as quedas em fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias, em virtude do encerramento das atividades de uma montadora de grande porte na Bahia; bebidas e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis. Por outro lado, a perspectiva para o setor agrícola é favorável. Em 2021, a produção de grãos no Nordeste deverá atingir 23,5 milhões de toneladas, com alta de 4,1% em relação ao colhido no ano anterior, com destaque para soja e milho. Centro-Oeste Já no Centro-Oeste, a expansão da atividade no primeiro trimestre, mesmo com o agravamento da pandemia, foi favorecida pelo início da colheita da soja. A Região apresentou crescimento de 0,5%. A perspectiva de nova safra recorde da soja, aliada às boas condições de comercialização tende a

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elevar a renda agrícola, sustentando investimentos do setor para o próximo ciclo e repercutindo positivamente em outros segmentos. O boletim ressalta, entretanto, que o aumento dos casos da covid-19 atrasou o processo de recuperação dos serviços às famílias, que permanecem em níveis deprimidos e registraram queda significativa em março.

Sul A região Sul apresentou a maior expansão da atividade econômica dentre as regiões do país no primeiro trimestre. A região cresceu 2%, beneficiada pelo agronegócio. Esse crescimento favorece, indiretamente, os investimentos, em especial, em máquinas e equipamentos.

Crédito: imagens.ebc.com.br

Pão de Açucar

Sudeste Com crescimento de 1%, os indicadores relacionados à economia do Sudeste sugerem continuidade da recuperação no primeiro trimestre, porém em ritmo mais moderado. Esse movimento foi influenciado, principalmente, pelos efeitos da dificuldade de acesso a insumos em alguns segmentos e do recrudescimento da pandemia. As atividades de transportes, repercutindo a produção agrícola e mineração, a indústria e a agricultura apresentaram melhor desempenho, enquanto comércio e serviços às famílias recuaram.

O boletim destaca que o processo de recuperação econômica na região, apesar de incertezas acima do usual, deve prosseguir com o desempenho positivo do agronegócio e a esperada normalização das cadeias produtivas no setor industrial.

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Mercado financeiro prevê crescimento econômico de 3,96% neste ano Essa foi a sexta elevação consecutiva da projeção

Luar Nogueira 31.05.21 FONTE: agenciabrasil.ebc.com.br As instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) elevaram a projeção para a expansão da economia brasileira pela sexta semana consecutiva. A previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – subiu de 3,52% para 3,96%. Para o próximo ano, a estimativa de crescimento do PIB caiu de 2,30% para 2,25%, na segunda redução consecutiva. Em 2023 e 2024, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 2,50%. As estimativas estão no boletim Focus de hoje (31), pesquisa divulgada semanalmente pelo BC, com a projeção para os principais indicadores econômicos. Inflação A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano subiu de 5,24% para 5,31%, na oitava alta consecutiva. Para 2022, a estimativa de inflação foi ajustada de 3,67% para 3,68%. Tanto para 2023 como para 2024 a previsão para o índice é de 3,25%. A estimativa para 2021 está quase no limite superior da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. O centro da meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,75%, com intervalo

de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 2,25% e o superior de 5,25%. O centro da meta de inflação para 2022 é 3,50% e para 2023, 3,25%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para os dois anos. Taxa de juros Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, fixada atualmente em

3,5% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic termine 2021 em 5,75% ao ano. Na semana passada, a previsão era 5,5% ao ano. Para o fim de 2022, 2023 e 2024, a estimativa é de que a taxa básica encerre estes períodos em 6,5% ao ano. Câmbio A expectativa para a cotação do dólar permaneceu em R$ 5,30 para o final deste ano e de 2022.

Crédito: newstatesman.com

Variação cambial

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RJ anuncia que foi aceito no novo Regime de Recuperação Fiscal

Renegociação estipula prazo de 30 anos para pagamento de dívida Crédito : imagens.ebc.com.br

Luar Nogueira Em 05.06.21 FONTE: agenciabrasil.ebc.com.br O governo do estado do Rio de Janeiro anunciou hoje (5) que a Secretaria do Tesouro Nacional aceitou ontem (4) o pedido de adesão ao novo Regime de Recuperação Fiscal. Com a aprovação, o estado terá um prazo de até seis meses para apresentar um Plano de Recuperação Fiscal. O plano terá duração de 10 anos, e, no primeiro deles, o estado deixará de pagar dívidas com a União e garantidas pelo governo federal. Nos nove anos seguintes, as parcelas são retomadas gradativamente até voltarem ao valor integral com o fim do plano. A renegociação estipula um prazo de 30 anos para o pagamento total da dívida. Essa é a segunda vez que o governo fluminense precisa aderir ao Regime de Recuperação Fiscal para renegociar suas dívidas com a União. Segundo o secretário estadual de Fazenda, Nelson Rocha, o novo regime reduz de R$ 44 bilhões para R$ 9 bilhões o valor que o estado deveria pagar nos próximos três anos, em comparação com o antigo regime. A dívida total do estado do Rio de Janeiro é de R$ 172 bilhões.

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Notas de Real

O governo do Rio de Janeiro planeja incluir no plano medidas como reformas administrativa e de previdência. No segundo caso, estão em estudo propostas de implantação de uma idade mínima e tempo de contribuição para a aposentadoria de servidores estaduais. Segundo o governo fluminense, o Regime de Recuperação Fiscal exige a extinção do triênio dos servidores, mantendo apenas os adicionais por tempo de serviço pagos a quem já os recebe. A Secretaria de Estado de Fazenda também afirma que novos incentivos fiscais só poderão ser adotados com aprovação do Conselho Nacional de Política Fazendária.

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CIDADE

Prefeitura do Rio e Fiocruz vão vacinar população da Ilha de Paquetá para estudo sobre Covid A previsão é que todos os moradores com mais de 18 anos sejam vacinados no dia 20. Expectativa é vacinar 1,8 mil pessoas. Estudo é semelhante ao realizado na cidade de Serrana, no interior de São Paulo. Júlia Fonseca Fonte: g1.globo.com Em: 07/06/21 A Prefeitura do Rio de Janeiro confirmou a realização de um estudo, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em que toda a população da Ilha de Paquetá seja imunizada contra a Covid. A previsão é que todos os moradores maiores de idade sejam imunizados no dia 20. O comitê científico do município aprovou a medida. Paquetá possui cerca de 4,1 mil pessoas cadastradas pelas equipes de saúde da família. Segundo o secretário de saúde, Daniel Soranz, metade da população da ilha já foi imunizada. A expectativa é vacinar ainda 1,8 mil pessoas. “O objetivo é avaliar como a vacina vai se comportar neste grupo populacional, avaliar a segurança da vacina e acompanhar como ela vai proteger as pessoas que não se vacinaram, com menos de 18 anos. A gente vai precisar também se a primeira dose da vacina evita a transmissão dos casos ou se isso só acontece a partir da segunda dose”, afirmou Soranz. Serrana O estudo realizado pela Prefeitura

do Rio e a Fiocruz é semelhante ao que ocorreu na cidade de Serrana, no interior de São Paulo. Nos últimos quatro meses, pesquisadores do Instituto Butantan mediram os efeitos da imunização em larga escala na cidade. Os 27.160 voluntários vacinados -- o equivalente a 95,7% dos que se inscreveram para participar -- foram divididos em quatro grupos. Desde março, cada um deles recebeu as doses com uma semana de diferença. O processo foi concluído em abril. A cidade conta com 45.644 habitantes.

Os resultados da pesquisa mostram que o número de casos sintomáticos da doença teve uma redução de 80%. Para os cientistas, o controle da pandemia se deu depois que 75% do grupo de voluntários, o que corresponde a cerca de 20,3 mil pessoas, recebeu a segunda dose. O efeito indireto incluiria a proteção a crianças e a adolescentes, que ainda não podem receber o imunizante porque estudos sobre os impactos das vacinas na população dessas faixas etárias estão em andamento no mundo todo. www.infomoney.com.br

Vacina da Covid-19

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Região Portuária do Rio vai ganhar novo museu; área desvalorizou depois das Olimpíadas Equipe do RJ2 percorreu o Boulevard Olímpico e encontrou problemas de conservação. Governo Federal não encontrou interessados para o segundo leilão do edifício A Noite.

www.agenciabrasil.ebc.com.br

Região Portuária do Rio de Janeiro

Júlia Fonseca Fonte: g1.globo.com Em: 07/06/21 A Marinha e o Instituto de Arquitetos do Brasil lançaram nesta segunda-feira (7) um concurso arquitetônico para transformar o antigo píer do Lloyd Brasileiro, na Região Portuária do Rio, em um museu marítimo de nível internacional. A ideia é valorizar a região que 22

foi destaque na cidade durante as Olimpíadas de 2016. “O mar é muito importante para nosso país não só pela formação do país, mas também hoje tendo a maior parte do nosso comercio, do petróleo. Diversas riquezas que se encontram no mar são responsáveis por grande parte do nosso desenvolvimento”, disse José Carlos Mathias, vice-Almirante e diretor do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha.

A obra terá recursos garantidos pela Lei Rouanet. Região abandonada Maior destaque da cidade durante os jogos olímpicos de 2016, o Porto Maravilha, como foi batizada a zona portuária, recebeu multidões de turistas e cariocas naquele ano. A movimentação no local aumentou, mesmo após as Olimpíadas. Entre as atrações do bairro, estavam o Museu do Amanhã e o Mu-

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seu de Artes do Rio (MAR). Contudo, desde que a chama olímpica se apagou, a frequência de pessoas na região foi diminuindo. Atualmente, qualquer pessoa que passe pelo Boulevard Olímpico pode observar pontos de abandono do poder público, como mostrou a reportagem do RJ2. Desvalorização Também nesta segunda-feira, um leilão promovido pelo Governo Federal apontou que existem poucos interessados em investir na região. Pela segunda vez, não surgiram ofertas no leilão do edifício A Noite, primeiro arranha-céu da América Latina. Ele foi oferecido pela primeira vez no dia 30 de abril, por R$ 98 milhões.

Nesta segunda, a proposta inicial do governo já apresentava um desconto de 25%. Mesmo assim, nenhum comprador apareceu. O prédio está vazio desde 2012, quando a Rádio Nacional mudou de endereço. No Centro do Rio, o gigante abandonado está cercado de espaços menores que também buscam um novo destino. O pequeno comércio sofre sem as multidões que lotavam as calçadas da região. O que dizem os envolvidos A Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio (Cdurp), informou que, em 2018, o contrato com a concessionária Porto Novo foi suspenso. Desde então, a conservação da área tem sido feita pelos órgãos

municipais. Segundo eles, com a mudança de gestão do município, agora a cargo do prefeito Eduardo Paes (PSD), a Cdurp afirma que retomou o diálogo com a Porto Novo.

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Edifício A Noite Trabalho Acadêmico válido como AV2 da disciplina C304C, Editoração Eletrônica da Facha - 2021/1

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Estudo aponta que, nos últimos 14 anos, Rio teve 456 operações que terminaram com 3 ou mais mortos Pesquisadores classificam ocorrências com a partir desta quantidade de mortes, seja de civis ou de policiais, como chacina. A polícia questiona a terminologia. Júlia Fonseca Fonte: g1.globo.com Em: 28/05/21 Um levantamento da Universidade Federal Fluminense e da plataforma Fogo Cruzado indica que, nos últimos 14 anos, o Rio de Janeiro teve 456 operações policiais que resultaram em três ou mais mortes. Pesquisadores classificam ocorrências com a partir desta quantidade de mortes, seja de civis ou de policiais, como chacina. A polícia questiona a terminologia. O estudo mostra ainda que a letalidade dessas operações aumenta quando há a participação das unidades especializadas das polícias Civil (Core) e Militar (Bope). O período levado em conta foi entre janeiro de 2007 e abril de 2021. Desde julho de 2016, a Região Metropolitana registrou a média de uma ocorrência com três mortes ou mais por semana, com 1.079 mortes no total. Três em cada quatro aconteceram em operações policiais. “O problema principal da letalidade policial e das chacinas em particular é a perda das vidas - de vidas de civis e de policiais. Mas, a essa altura, nós já temos elementos empíricos suficientes para demonstrar que a brutalidade poli24

cial, a letalidade policial, as ações extremamente violentas não são eficazes para controlar o crime”, diz o sociólogo Daniel Hirata, do Grupo de Estudos de Novos Ilegalismos (Geni) da Universidade Federal Fluminense (UFF). Unidades especializadas Os dados analisados também mostram quando o Bope e a Core participam juntos de ações policiais o risco de haver uma ocorrência com três ou mais mortes aumenta quase 10 vezes. • Sem a presença das unidades, 3,7% das ações policiais terminaram com 3 ou mais mortos • Com a presença de Core ou Bope, 8,7% das ações terminaram com 3 ou mais mortos • Com as duas unidades: 31,4 % das ações resultaram com 3 ou mais mortos “Essas unidades deveriam estar mais bem preparadas para fazer um planejamento operacional para que mandados de busca e apreensão fossem executados de forma precisa com a redução do número de mortes”, opina Hirata. A Globonews solicitou um posicionamento das polícias civil e

militar sobre o levantamento. Em nota, a PM disse que o emprego das unidades especializadas é destinado a regiões que concentram muitos criminosos com fuzis e que as ações nessas regiões escapam da capacidade convencional e exigem uma atuação policial mais criteriosa, visando a menor margem de erro possível. A PM disse que, neste ano, prendeu quase 15 mil pessoas e apreendeu 150 fuzis em ações. Impacto de restrição do STF A restrição das operações policiais a casos “absolutamente excepcionais” pelo STF, em junho de 2020, derrubou o número de operações e o de ações com três ou mais mortes também. Mas desde o início de 2021, a violência voltou a crescer. Nos primeiros 145 dias deste ano (1o de janeiro a 27 de maio), a quantidade de operações com três ou mais mortes foi 53% maior do que no mesmo período do ano passado (de 17 para 26) e o número de mortos subiu ainda mais: 79% (de 68 para 122). Vinte e oito dessas mortes aconteceram há menos de um mês, na operação mais letal da história do Rio, na Favela do Jacarezinho. Mortes sem respostas

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Uma das mortes incluída no estudo é a de Lorran, de 18 anos. Em novembro de 2017, ele e outras sete pessoas foram mortos no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, na Região Metropolitana. A região e a mesma onde o menino João Pedro foi assassinado durante uma operação em 2020. Segundo parentes, Lorran trabalhava com o pai na reforma de eletrodomésticos e estava indo dormir na casa nova da família para ajudar na mudança, que aconteceria no dia seguinte. Os oito foram mortos durante uma operação do Exército e da Polícia Civil com 35 tiros de fuzil. Duas investigações foram abertas e arquivadas sem chegar à conclusão alguma. Em novembro de 2018, o inquéri-

to do Ministério Público Estadual concluiu que nem policiais civis nem traficantes atiraram. E em abril de 2019, o Ministério Público Militar disse que os militares não fizeram os disparos e arquivou o caso. “Não tinha facção, não tinha guerra de facção, até porque um local com guerra de facção não vai ter gente na rua e não vai ter o tal baile que eles falaram que tinha, então não tinha. Eles retiraram os corpos dali logo cedo e eu fiquei sabendo através da internet, porque eu liguei meu telefone e tinham várias homenagens para ele. Encontrei ele horas depois no IML”, diz a mãe de Lorran, a auxiliar de serviços gerais Edrielle Neves de Oliveira.

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Estudo aponta que, nos últimos 14 anos, Rio teve 456 operações que terminaram em chacinas

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Ação na Justiça pede que jogos da Copa América não sejam disputados no RJ Ocupação de leitos de UTI no território fluminense é de 88%: ‘Do ponto de vista da saúde pública, não faz sentido sediar’, diz especialista. www.static.wikia.nocookie.net

Estádio do Maracanã é um dos que devem sediar jogos da Copa América

Júlia Fonseca Por: g1.globo.com Em: 07/06/21 Uma ação na Justiça foi protocolada nesta segunda-feira (7) para impedir a realização de jogos da Copa América no estado do Rio de Janeiro. O local foi escolhido como uma das sedes do torneio, que começa no próximo domingo (13), depois que a Argentina desistiu de reali26

zá-lo em meio à pandemia. O mandado de segurança contra os jogos no Rio foi feito pelo deputado estadual Flávio Serafini (PSOL) e ainda será distribuído para um magistrado do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ). O autor do pedido argumenta que a pandemia está em fase descontrolada e que os jogos colocariam a saúde da população em risco. “Não estava previsto que a copa América acontecesse no Rio de

janeiro. Não tem tempo sequer de preparar protocolos de forma organizada e nosso estado é um dos estados com maior média de mortes por habitantes”, diz Serafini. A ocupação de leitos de UTI é de 88% em território fluminense e a de leitos de enfermaria é de 65%. No domingo (6), a média móvel de mortes no estado era de 137 e estava no 10º dia de queda, enquanto a média móvel de novos casos é de 3.487 por dia.

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Especialistas são contra Marcelo Gomes, pesquisador e coordenador do Infogripe, afirma que há sinais de retomada do crescimento da contaminação no território fluminense. “Do ponto de vista da saúde pública, não faz sentido sediar. É contra tudo o que a gente precisa”. Ele afirma que o momento exige “dar passos atrás”, em vez de assumir uma responsabilidade como essa. Para o especialista, reunir jogadores e profissionais do esporte de diferentes países é um componente perigoso em meio às mutações do coronavírus. “Podemos facilitar a introdução no país de variantes preocupantes de outros países, de onde essas pessoas estão vindo, e da mesma forma podemos facilitar a disseminação a partir do Brasil de volta pro país de trabalho dessas inúmeras pessoas que vão estar envolvidas nos jogos. Variantes do Brasil podendo se espalhar pelo mundo e variantes que estão espalhadas pelo mundo podendo ter entrada no Brasil” O infectologista Diego Xavier, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), considera a realização dos jogos no Brasil um “absurdo”. “Parece a intenção de mostrar pra população que está tudo bem, principalmente por parte de alguns gestores, de que as pessoas saíam como não está acontecendo nada. Mas temos 2 mil pessoas morrendo por dia (no país) e, se confirmar o cenário que a gente está prevendo, a gente vai voltar a um nível do que observamos em março e abril, com níveis de óbito muito grande”, diz ele. O especialista lembra ainda que países como Colômbia e Argentina, com “uma situação muito mais tranquila”, desistiram de sediar o

torneio. “O Bom Senso Futebol Clube não está entrando em campo e o resultado disso vai ser triste para o país.”

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Estádio do Maracanã, localizado no Rio de Janeiro

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Operação policial mais letal da história do Rio deixou 25 mortos

O episódio ocorreu nesta quinta (6) na comunidade do Jacarezinho, na Zona Norte do Rio. Representante da ONU pede investigação imparcial www.pbs.twimg.com

Júlia Fonseca Fonte: vejario.abril.com.br Em: 07/06/21 O Alto Comissariado da Organização das Nações Unidas (ONU) para Direitos Humanos, com sede em Genebra, na Suíça, pediu nesta sexta (7) ao Ministério Público que realize uma investigação independente, completa e imparcial de acordo com as normas internacionais da operação na comunidade do Jacarezinho, na Zona Norte do Rio, que terminou com 25 mortos, entre eles um policial civil. A operação ocorreu nesta quinta (6) e foi a mais letal na história do estado. “Isto implica que as autoridades devem garantir a segurança e a proteção das testemunhas e protegê-las contra intimidações e retaliações”, disse Rupert Colvill, porta-voz do Escritório da Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet. Na manhã desta sexta (7) manifestantes fazem um ato em frente a Cidade da Polícia, na Zona Norte contra as mortes ocorridas na Operação Exceptis, realizada pela Polícia Civil na comunidade. Defensoria Pública A Defensoria Pública do Rio se manifestou na quinta (6) sobre a operação. “Como a polícia considera exitosa uma operação que deixa um saldo de 25 mortos? Isso 28

Manifestação no Jacarezinho

contradiz tudo que já estudamos sobre segurança pública. Não podemos continuar com um estado em que cerca de 30% das mortes violentas decorrem de intervenção policial”, pontuou a defensora pública Maria Júlia Miranda. Ela afirma que a Polícia Civil não informa quais são seus indicadores de êxito de uma operação. Segundo o anuário divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a polícia do Rio de Janeiro desponta nos indicadores de letalidade. O último balanço divulgado, com dados de 2019, registra 1 810 óbitos decorrentes de intervenções policiais. De acordo com o Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos da Universidade Federal Fluminense (UFF), a operação no Jacarezinho

é a mais letal da história da capital fluminense, superando a que ocorreu no Complexo do Alemão em 2007, quando 19 pessoas morreram.

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Família no morro do Jacarezinho

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Direito à educação nas favelas Como a lógica de guerra operada pelo Estado nos espaços populares deixa em segundo plano o direto das crianças de aprender e se sociabilizar Por Julia Fernandes Fonte: observatoriodefavelas.org. com Em 26.05.2021

deste ano. São comuns casos da polícia entrar nas favelas da Maré no meio do horário de aulas, estacionar seus blindados na porta das escolas e transformar seu entorno em praça de confronto. Susana Sá Gutierrez, professora de artes do CIEP Elis Regina desde 2000 e coordenadora do SEPE, conta que percebeu o impacto das ações policiais com o “caveirão” na porta da escola quando dava uma aula sobre literatura infantil, falando de mitos que causam medo como bruxas, vampiros e lobisomens: “O que me impressionou foi que o grande medo dos alunos era do ‘caveirão’.”, conta. Suzana diz ainda que o medo atrapalha muito no aprendizado das crianças. Elas demonstram dificuldades de concentração, passam a aula toda relembrando as violências sofridas e ficam agitadas na sala de aula. “Como vou www.medium.com

Embora o direito à educação seja garantido pela Constituição de 1988, pelo Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 e pela Lei de Diretrizes Bases da Educação de 1996, ele vem sendo sistematicamente violado pelo Estado nos territórios populares do Rio de Janeiro. O Observatório de Favelas teve acesso a parte de um dossiê elaborado pelo SEPE (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação) e enviado à OAB do Rio de Janeiro que relata violações aos direitos à educação pelas forças do Estado na favela da Maré entre os meses de abril e maio deste ano. Um dos casos relata policiais armados pulando o muro do CIEP

Operário Vicente Mariano no meio do horário de aulas para revistar as dependências da escola, amedrontando alunos e funcionários, sem apresentar qualquer autorização e sem informar a qual batalhão pertenciam, sob a justificativa de que basta uma denúncia para entrar na escola sem autorização e que as crianças daquela região estão acostumadas a conviver com armas. Os alunos e os professores tiveram que ficar alinhados no corredor enquanto a polícia procurava as armas e as drogas da suposta denúncia. Nada foi encontrado. Depois desse caso a escola ficou fechada por quatro dias letivos. O mesmo dossiê relata a morte de um estudante em 2011, na frente do CIEP Gustavo Capanema, e diz que duas pessoas foram mortas na frente do CIEP Presidente Samora Machel, entre abril e maio

Protesto na favela da Maré Trabalho Acadêmico válido como AV2 da disciplina C304C, Editoração Eletrônica da Facha - 2021/1

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ensinar quem foi Miró para quem teve o pai baleado pela polícia?”, pergunta. Na aula da quarta-feira seguinte à violenta operação policial que acabou com 10 mortos na Maré, ela conta que a aula foi um caos. “Todos estavam muito agitados, o tempo inteiro insistiam em falar sobre o que tinha acontecido de madrugada, dos tapas, dos tiros, em facas no pescoço.”, relata. Susana acredita que as secretarias de educação, municipal e estadual, deveriam procurar o secretário de segurança pública José Mariano Beltrame para resolver essa si-

tuação: “A escola não deve ser um lugar de repressão, e sim de formação.”, afirma. Davi Marcos, 34, fotógrafo e morador da Maré, já teve que mudar seu filho de escola várias vezes: “As crianças ficavam presas dentro do CIEP Elis Regina frequentemente enquanto meu filho estudou lá. Já ficaram 10 dias sem aulas por conta de operações policiais, e não tiveram reposição. O pai de um aluno morreu indo buscar seu filho na escola durante uma dessas incursões policiais, no mesmo caminho que eu fazia para buscar o meu. Se não esti-

vesse um pouco atrasado, poderia ter sido eu a vítima. Tive que tirar meu filho dessa escola por falta de condições mínimas de segurança”. Uma professora que deu aulas na Maré entre 2010 e 2012, e que preferiu não se identificar, presenciou vários episódios de violência durante os horários de aula. O mais grave foi quando ela estava com uma turma de 30 alunos na quadra da escola quando um helicóptero da polícia deu um voo rasante sobre os alunos desprotegidos atirando em direção às casas da comunidade. Ela também frequentou várias reuniões com a 4ª

Manifestação a favor da educação

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CRE (Coordenadoria Regional de Educação) onde diziam para os professores que segurança pública era uma questão estadual, e não municipal, e ainda ouvia indiretas dizendo que essas questões eram apenas desculpas dadas pelos professores para não trabalharem. Mário Miranda Neto, presidente da Comissão de Direito à Educação da OAB/RJ, acredita que ações de inteligência seriam muito mais eficazes para combater o crime em territórios populares: “Somos contra a espetacularização do combate ao crime e da corrida armamentista, o Estado não

pode se apropriar dos espaços escolares como espaços de segurança pública. É muito simbólico que durante a ocupação do Alemão o QG do exército tenha funcionado dentro da creche de uma escola”. Para Mário, quando se opera com a lógica da guerra, qualquer prédio público pode ser requisitado. No Alemão supostamente houve uma requisição do exército, em caráter de ofício. Em ações policiais naturaliza-se que a escola possa ser requisitada, o que intimida diretores e professores. “A escola tem que ser tão preservada quanto o espaço da casa das pes-

soas. E os profissionais de educação é quem são os responsáveis por aquele espaço. É preciso radicalizar os processos republicanos e democráticos dentro do espaço escolar”, afirma. Tanto Mário Miranda quanto Susana Sá Gutierrez acreditam que o direito à educação é um direito fundamental, e que ele não pode ser ofuscado em nome do dever do Estado de proporcionar segurança pública. A educação não pode ser refém da segurança pública, assim como não o são a saúde, o transporte e as demais responsabilidades do Estado. www.revistaaluvião.com

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EDUCAÇÃO

EDUCAÇÃO NO BRASIL: BALANÇO 2020 Como a lógica de guerra operada pelo Estado nos espaços populares deixa em segundo plano o direto das crianças de aprender e se sociabilizar Por Julia Fernandes Fonte: todospelaeducacao.org. com Em 26.05.2021 Balanço anual do Todos Pela Educação aponta forte desaceleração da agenda de políticas públicas voltadas para a Educação Básica em função da pandemia. Ausência de coordenação nacional e baixa execução orçamentária do MEC em 2020, revelada por aná-

lise também inédita, agravaram o quadro, que só não foi pior devido à ação do Legislativo e de prefeituras e governos estaduais Além das mais de 400 mil mortes causadas pela pandemia da Covid-19 e do impacto de milhões de alunos fora da escola desde março, o Brasil encerrou 2020 com grandes prejuízos à implementação de políticas públicas centrais para a melhoria da Educação Básica. Esta é a principal conclusão do 2º

Relatório Anual de Acompanhamento do Educação Já!, balanço divulgado pelo Todos Pela Educação sobre os avanços, desafios e retrocessos na implementação de políticas educacionais de impacto nacional no ano passado. O relatório mostra a desaceleração de importantes agendas que estavam em andamento, como a implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), do Novo Ensino Médio e medidas www.g1.globo.com

Criança estudando e desenhando

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www.evolutengenharia.com

Notas de dinheiro

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voltadas para a profissionalização da carreira e da formação docente. No entanto, apesar do cenário desfavorável, houve avanços importantes, como a aprovação do Novo Fundeb – principal mecanismo de financiamento da Educação – graças à ação de entidades representativas de diversos segmentos da educação e do Congresso Nacional. Conforme sustentado por dados e evidências ao longo do documento, a ausência de liderança e as dificuldades de gestão do MEC, já observadas em 2019, aprofundaram-se em 2020 e agravaram o quadro. O relatório exemplifica: “A governança nacional de uma

política para a Educação Básica pactuada com Estados e Municípios é central para a melhoria da qualidade da Educação e a redução de desigualdades educacionais. Em 2020, em função dos desafios impostos pela pandemia de Covid-19, ficou evidente a sua importância e, sobretudo, a sua ausência.” De acordo com o documento, “não houve avanços significativos” na coordenação nacional e no redesenho da governança entre União, Estados e Municípios: “As discussões de regulamentação do Sistema Nacional de Educação (SNE) não avançaram, tampouco houve aprimoramentos na gestão do MEC como órgão responsá-

vel pela coordenação nacional da Educação.” Esse diagnóstico é confirmado pelo 6º Relatório Bimestral da Execução Orçamentária do MEC, divulgado simultaneamente ao Relatório Anual do Educação Já: a Educação Básica fechou o ano com R$ 42,8 bilhões de dotação, 10,2% menor em comparação com 2019, e efetivamente pagou R$ 32,5 bilhões. Foi o pior resultado da década. O MEC transferiu e executou mais recursos na Educação Básica em 2010 e em todos os anos subsequentes do que em 2020. “O ano deixou ainda mais claro que, sem coordenação nacional,

Adminstração financeira

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os desafios da Educação Básica são acentuados e o avanço de agendas estruturantes em todo o País é comprometido”, afirma Priscila Cruz, presidente-executiva do Todos Pela Educação. “A pandemia evidenciou dificuldade de resposta das redes de ensino em um cenário de crise, mas escancarou a incapacidade de liderança do MEC, comprometendo os avanços que vínhamos observando em agendas prioritárias para a garantia de um ensino de qualidade para todos os alunos brasileiros.” Priscila Cruz destaca o protagonismo de algumas gestões municipais e estaduais, e também do

Congresso Nacional, para que não vivêssemos um cenário de estagnação e retrocessos completo. O balanço anual do Todos destaca, por exemplo, que mesmo com os desafios trazidos pela pandemia, alguns governos estaduais e prefeituras seguiram avançando com a formulação de programas de alfabetização em regime de colaboração entre Estados e Municípios, referenciados na experiência de sucesso do Ceará. O documento faz um balanço de 2020 e traz as perspectivas para 2021 sobre o andamento das políticas públicas educacionais propostas pelo Educação Já! – iniciativa suprapartidária, coordenada

pelo Todos, que reúne diversos especialistas e organizações do setor educacional na elaboração de propostas para ampliar a qualidade da Educação Básica. O relatório também conta com uma reflexão sobre os impactos da pandemia de Covid-19 na Educação Básica, uma discussão sobre a atuação do MEC durante o ano e mostra a evolução mais recente dos principais indicadores educacionais. Esse material – disponível na íntegra no site do Todos Pela Educação – já foi apresentado a representantes de diferentes poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) e entes (União, Estados e Municípios). www.agenciaconexoes.org.com

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SAÚDE

Tabagismo: o que ainda precisamos fazer para nos livrarmos desse mal Com a proximidade do Dia Mundial Sem Tabaco, um especialista aborda as medidas que governos devem adotar e como um fumante pode largar a dependência blogs.ne10.uol.com

A luta contra o tabagismo

Anna Beatriz Ravazzano Fonte: saude.abril.com.br Em: 23/05/21 Parece uma roda que gira e para sempre no mesmo ponto. Os mesmos alertas e as mesmas ‘dores’ a respeito do cigarro são reforçados há anos — mas não podemos nos cansar de lembrar sobre os danos gerados pelo tabagismo à saúde da população. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a dependência do tabaco mata mais de 8 milhões de pesso38

as por ano. Embora cerca de 7 milhões dessas mortes dessas mortes resultem do uso direto do tabaco e seus derivados, 1,2 milhão são de não-fumantes. Indivíduos que, sem optar, ficaram expostos ao fumo passivo. Atualmente, a indústria do cigarro impulsiona muitas pessoas para o uso de dispositivos eletrônicos de fumar (DEFs). O argumento é o de que seria uma solução para a dependência química, mas esse é só mais um artifício absurdo de quem tenta convencer o mundo

de que fumar não faz mal. Se aproxima o Dia Mundial Sem Tabaco, lembrado em 31 de maio. E é mais do que necessário reforçar que o ato de fumar tem relação com mais de 50 problemas de saúde, entre eles vários tipos de câncer (pulmão, laringe, faringe, esôfago, estômago), doenças do aparelho respiratório e as cardiovasculares. Em tempos nos quais a Covid-19 continua levando quem amamos e admiramos, os perigos ficam mais latentes para quem é fumante. Em 2021, o tema escolhido pela OMS

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para o Dia Mundial Sem Tabaco é: Comprometa-se a Parar! Mais do que estimular o indivíduo, é crucial defendermos mudanças estruturais, como as que o Brasil pode alcançar com a votação da reforma tributária. Ela traz a possibilidade do aumento de impostos urgente sobre as vendas de tabaco e derivados. Hoje, o que a indústria tabageira paga é mais do que insuficiente. O valor é ínfimo diante de tantos danos que o tabaco causa à saúde. No mais, é cientificamente comprovado que o aumento do preço dos maços colabora para a redução do consumo. Essa questão é tão premente que, no final de 2020, foi lançado o movimento Prevent20, que no Brasil tem apoio da Fundação do Câncer. A iniciativa analisou o cenário mundial sobre doenças relacionadas ao tabagismo. O resultado foi a elaboração de um extenso documento com a proposta de aumentar a tributação de cigarros. Foi apresentada também uma avaliação do desempenho da política de impostos sobre cigarros em mais de 170 países, com base nos Relatórios Globais de Controle da OMS. O chamado Scorecard de Imposto sobre o Cigarro, uma espécie de índice que o Prevent20 estruturou, traz um alerta sobre o fato de as nações perderem vidas por causa do tabagismo e ainda pagarem pelos males gerados pela indústria do fumo. Em uma pontuação de zero até quatro sobre o tamanho dos impostos, o Brasil está em um índice considerado muito baixo. É preciso que cada fumante e seus familiares e amigos tenham consciência dos males que a nicotina traz para o organismo. O tabagismo é uma dependência. É preciso ajudar o fumante a conter a ansie-

dade e estimulá-lo a abandonar o vício. Como? Escolha uma data e se prepare para iniciar o processo de cessação. Baixe aplicativos com dicas, converse com pessoas que deixaram o tabagismo, conte para a família sobre sua decisão e peça apoio. Profissionais de saúde podem ajudar! Se você já tentou e não conseguiu parar de fumar, não desista: você é capaz. No Brasil, a política de controle do tabaco evoluiu muito, mas ainda precisamos avançar. Sabemos que essa é uma busca permanente porque, mesmo com o trabalho de tantos pesquisadores, profissionais de saúde e o apelo da sociedade civil, há os que negam um fato já comprovado pela ciência: o de que o cigarro mata! A boa notícia é que sempre é tempo de parar de fumar e melhorar a qualidade de vida. O Ministério da Saúde possui um Programa Nacional de Controle do Tabagismo, e oferece tratamento gratuito àqueles que queiram parar de fumar por meio de suas secretarias estaduais de saúde.

Curiosidade do leitor: Cigarro eletrônico é uma opção melhor? Por parecerem inovencivos a saúde, os cigarros eletrônicos dão, á primeira vista, a ideia de serem uma boa alternativa. Segundo o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), os Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs) não são seguros e possuem substâncias tóxicas além da nicotina. Sendo assim, o cigarro eletrônico pode causar doenças respiratórias, como o enfisema pulmonar, doenças cardiovasculares, dermatite e câncer. Ainda de acordo com o INCA, estudos mostram que os níveis de toxicidade podem ser tão prejudiciais quanto os do cigarro tradicional, já que combinam substâncias tóxicas com outras que muitas vezes apenas mascaram os efeitos danosos.

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A maior recomendação de um médico

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É ansiedade, fobia ou ataque de pânico? Psiquiatra explica quais são os principais transtornos de ansiedade, suas diferenças e sintomas — e quando é hora de procurar um médico Anna Beatriz Ravazzano Fonte: saude.abril.com.br Em: 02/04/21 Palpitação, falta de ar, tensão muscular, sudorese, noites sem dormir… Uma ou outra dessas situações já deve ter feito parte da sua vida diante de algum acontecimento importante por vir — pode ser um um aniversário aguardado, um casamento ou até mesmo uma prova difícil. E tudo bem! No entanto, se esses sintomas se repetem com frequência e trazem prejuízos físicos e sociais, é hora de procurar um médico. Afinal, essas podem ser manifestações dos transtornos de ansiedade. Para você ter ideia, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país com o maior número de pessoas ansiosas: o problema afeta quase 10% da população. Os transtornos de ansiedade incluem a chamada ansiedade generalizada, o pânico e as fobias. São queixas comuns nos consultórios psiquiátricos. O tratamento dessas condições se baseia, em geral, na associação de psicoterapia e medicações. Vai depender caso a caso, porque não há uma única causa para o transtorno. Ela envolve fatores biológicos (predisposição genética), psicológicos (personalidade, traumas…) e sociais (ambiente, vivências…). A indicação do tratamento também leva em conta a gravidade dos sintomas, seus impactos na vida do paciente e o tipo de transtorno. Por isso 40

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A ansiedade invadindo

vale a pena entender melhor cada um deles. O transtorno de ansiedade generalizada Geralmente, a pessoa apresenta ansiedade e preocupação excessivas, e a sensação de apreensão ocorre na maioria dos dias por pelo menos seis meses. Ela pode estar associada ao desempenho escolar ou profissional ou a outros eventos sociais. O indivíduo não consegue controlar a preocupação, se sente inquieto e por vezes com a sensação de estar com os nervos à flor da pele. Também pode se sentir cansado ou irritado, com dificuldade de se concentrar ou sofrer com maior frequência aqueles “brancos” na memória. A ansiedade generalizada ainda prejudica o sono e gera tensão muscular. O diagnóstico e o tratamento buscam, portanto, lidar com esse estado men-

tal e evitar o sofrimento e os prejuízos sociais, acadêmicos e profissionais. O transtorno e os ataques de pânico Eles se destacam dentro dos transtornos de ansiedade como um tipo particular de resposta ao medo. A característica essencial do pânico é o surto abrupto de medo ou desconforto intenso que alcança um pico em minutos, durante o qual a pessoa pode experimentar: palpitações, tremores, falta de ar, náuseas, tonturas, entre outros. É bom ressaltar que os ataques de pânico não são sinônimo de transtorno do pânico. Em muitos quadros de ansiedade, a pessoa tem ataques de pânico. No transtorno em si, a pessoa tem o medo de desenvolver um ataque de pânico, ou seja, é o medo do medo. E, aí, esse indivíduo tende a ter crises recorrentes.

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psicologo.com

O monstro silencioso

As fobias São marcadas pelo receio ou a repulsa acentuada diante de um objeto ou situação. Pode ser o medo exagerado de altura, de animais, de injeção, de sangue etc. O objeto ou situação que desperta fobia é ativamente evitado ou suportado com intenso sofrimento ou ansiedade pela vítima. Nas fobias, os sintomas se mostram desproporcionais em relação ao perigo imposto pelo contexto. E, não por menos, eles podem causar repercussões mentais, físicas e sociais consideráveis. A fobia social é um dos tipos mais

comuns e impactantes. É caracterizada pelo medo diante de uma ou mais situações em que o indivíduo está exposto a outras pessoas. Os exemplos são diversos: há quem não consiga manter uma conversa com alguém que não é familiar a sujeitos que não aguentam se sentir observados ou avaliados pelos outros. O quadro pode iniciar na infância e continuar pela vida adulta, trazendo consequências como depressão e maior risco de alcoolismo. Tudo isso só reforça a necessidade de procurar um profissional de saúde se estiver sofrendo com esses sintomas.

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Fobia social 41


Queda de cabelo afeta 1 em 4 após covid-19: o que causa e como tratar Tanto a infecção pelo coronavírus quanto o emocional abalado podem contribuir para a queda Anna Beatriz Ravazzano Fonte: www.bbc.com Em: 15/03/21 A estudante universitária Janaina Corrêa, de 24 anos, contraiu coronavírus em Macapá em abril de 2020, quando a doença havia acabado de chegar ao Brasil. Passou duas semanas com febre, náusea e falta de ar. Mas a doença não foi embora com esses sintomas. Além da falta de ar e da fadiga persistentes, começou a notar que estava perdendo muito cabelo. A situação se agravou quando ela, que já tinha perdido dois tios para a covid, viu sua mãe ser internada numa UTI com a doença. A mãe dela conseguiu se recuperar da covid-19, mas também passou a enfrentar queda de cabelo acentuada depois da infecção. Vários conhecidos delas relataram o mesmo sintoma. E hoje, quase um ano depois de sua infecção, o cabelo de Janaina voltou a ganhar volume. Esses casos ilustram um sintoma associado que estima-se aparecer em 25% dos pacientes com a chamada covid-19 persistente (ou covid longa), que é uma condição de saúde que dura semanas ou meses depois do início da infecção pelo novo coronavírus, e não se manifesta necessariamente com os mesmos sintomas que afetaram a pessoa antes. 42

Há dezenas deles, como cansaço extremo, problemas de memória, dores nas articulações e erupções na pele. Segundo pesquisadores de universidades dos Estados Unidos, do México e da Suécia, que analisaram dezenas de estudos sobre o tema com 48 mil pacientes ao todo, os cinco sintomas mais comuns da covid prolongada são fadiga (58%), dor de cabeça (44%), dificuldade de atenção (27%), perda de cabelo (25%) e falta de ar (24%). Há pelo menos sete estudos acadêmicos que abordam a ligação entre essa queda de cabelo acentuada e covid-19, mas as causas, a duração e os tratamentos ainda não estão muito claros. Estima-se que a covid longa esteja associada a duas formas de queda de cabelo acentuada já conhecidas da medicina: o eflúvio telógeno e a alopecia areata.

Em geral, pacientes com perda de cabelo relatam que os fios começam a cair em volume bem maior do que o normal em torno de 2 ou 3 meses depois da infecção. E meses depois ele se recupera espontaneamente, sem tratamento. No caso da alopecia areata, Andrew Messenger, professor honorário de dermatologia da Universidade de Sheffield e presidente do Instituto de Tricologia do Reino Unido, explica que os cientistas ainda têm diversas dúvidas sobre as causas e os mecanismos envolvidos. “No momento, não temos uma imagem clara do que está acontecendo. Se o coronavírus serve de gatilho para quem já tem predisposição genética de desenvolver alopecia areata, que é uma doença capilar associada a uma reação autoimune, ou se isso está ligado a algum fator

desconhecido ou ao estresse em torno da covid-19 no caso de pesoglobo.globo.com

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Queda de cabelo intensa deve receber tratamento dermatológico Trabalho Acadêmico válido como AV2 da disciplina C304C, Editoração Eletrônica da Facha - 2021/1


soas sem essa predisposição genética”, afirmou à BBC News Brasil. Especialistas afirmam que a pandemia ainda está no início e não é possível neste momento precisar a duração da perda de cabelo. Diagnósticos e eventuais medicamentos para a alopecia devem ser avaliados caso a caso por um dermatologista. Mas não há nenhum indicativo até o momento de que os eventuais tratamentos sejam diferentes dos que costumam ser prescritos por médicos contra queda de cabelo comum, a exemplo da alimentação equilibrada. A BBC News Brasil reúne abaixo o que se sabe até o momento sobre possíveis causas, fatores de risco, os mecanismos do corpo envolvidos, eventuais tratamentos, o que pode piorar ou não essa queda de cabelo acentuada e o que fazer nesses casos. Como a covid-19 pode afetar o ciclo normal do cabelo A função do cabelo vai bem além da nossa autoimagem: passa por aspectos como tato, sensibilidade e proteção de orifícios e da pele contra a radiação ultravioleta (UV). Os pelos e fios de cabelo surgem no folículo piloso (ou raiz), uma espécie de “fábrica” localizada na camada profunda da pele que se desenvolve ao longo da primeira metade da gestação do bebê. Estima-se que cada pessoa tenha uns 5 milhões dessas raízes espalhadas por quase toda a superfície do corpo, sendo quase 100 mil no couro cabeludo. Esse número não muda na vida adulta. A grande maioria produz um fio de cada vez, num complexo processo de “fabricação” na raiz. Envolve divisão ce-

istoe.com.br

O normal é cair, em média, 100 fios de cabelo por dia.

lular que gera células na base para o crescimento do cabelo, e depois elementos como glândulas produtoras de sebo para manutenção e flexibilidade, células geradoras de melanina para a coloração dos fios e papilas que cuidam do ciclo de vida dos fios. Arrancar um fio “pela raiz”, por exemplo, pode danificar essa “fábrica”. De modo simplificado, o que identificamos como fio de cabelo é a “parte de cima” da estrutura iniciada na raiz, ou seja, enxergamos uma haste de células já mortas que foi se revestindo principalmente de queratina, proteína que garante a sustentação dessa estrutura com várias camadas. De modo simplificado, o que identificamos como fio de cabelo é a “parte de cima” da estrutura iniciada na raiz, ou seja, enxergamos uma haste de células já mortas que foi se revestindo principalmente de queratina, proteína que garante a sustentação dessa estrutura com várias camadas. Em geral, esse ciclo de vida dura de dois a sete anos e é dividido em três fases. Primeiro, o fio de cabelo cresce quase 1 cm por mês ao longo de três anos, em média, na cha-

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mada fase anágena. Em seguida, passa de duas a três semanas na fase catágena, momento em que deixa de ser “alimentado” na base por novas células, para de crescer e se prepara para ser substituído. A terceira e última é a fase telógena (ou repouso), que dura de três a quatro meses. É nela que o cabelo cai ao ser expulso pelo novo fio que está sendo formado no mesmo folículo piloso. O problema é que esse ciclo pode sofrer distúrbios a partir de problemas emocionais, anemia, doença autoimune ou doença infecciosa, por exemplo. E daí pode surgir o chamado eflúvio telógeno, que antecipa o fim da vida do cabelo: uma proporção muito maior de fios muda da fase de crescimento para a fase de queda. Todo mundo costuma perder diariamente de 30 a 150 fios. E em condições como o eflúvio telógeno, o volume pode chegar a 300 por dia. Essa queda mais volumosa se dá como uma diminuição geral do volume de cabelo na cabeça como um todo. Um fator que tem sido percebi 43


do nos casos de queda de cabelo acentuada ligada à covid é a distância temporal entre a infecção e a perda de fios. Isso se dá porque o eflúvio telógeno costuma ocorrer três meses depois do fator que desencadeou essa condição de saúde e pode durar de três a seis meses. “As razões não estão claras para a ligação entre a queda de cabelo acentuada e a covid-19. Doenças associadas a altas temperaturas do corpo afetam o crescimento do cabelo pelos folículos capilares, que são mantidos na fase de repouso do ciclo capilar por dois ou três meses e daí eles caem. Por isso que pessoas com essa condição vivenciam a queda dos cabelos em torno de dois a três meses depois do evento que causou isso. Isso pode ser bastante dramático, com toda essa queda de cabelo, mas a grande maioria dos casos ele se recupera depois de meses”, explica Messenger, da Universidade de Sheffield.

os pesquisadores levantam possíveis causas para a queda de cabelo acentuada, como fatores psicossociais e estresse psicológico. Eles aventam também outras hipóteses dos mecanismos por trás disso, como a infecção multissistêmica.

“Mas não duvido que possa ocorrer com algumas pessoas nessa pandemia. Como os pacientes que tiveram covid grave e ficaram internados em UTI, entubados por 60 dias. Pode até acontecer uma situação dessa, mas em geral não chega a ficar com uma calvície total. Há uma diminuição da densidade do cabelo. Fica mais rarefeito”, diz Paulo Criado, da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Outras condições de saúde de queda de cabelo acentuada que têm sido associadas à covid prolongada são a alopecia androgenética (conhecida como calvície) e a alopecia areata, conhecida como “pelada” e associada a fatores hereditários em 20% dos casos.

Em um estudo de pesquisadores da Wayne State University e do Hospital Henry Ford, ambos em Detroit (EUA), com 552 pacientes infectados com coronavírus entre fevereiro e setembro de 2020, foram diagnosticados 10 pacientes com eflúvio telógeno associado à covid-19, sendo 9 mulheres e idade média de 49 anos. No estudo, 44

Um outro estudo, de dez pesquisadores do Montefiore Medical Center, em Nova York (EUA), investigou outros 10 pacientes que desenvolveram queda de cabelo acentuada entre 3 e 7 meses depois de serem infectadas com coronavírus. Todas eram mulheres, com idade média de 55 anos, sem histórico de eflúvio telógeno antes da covid. “Com um número crescente de pacientes recuperados, o risco de desenvolverem essa manifestação dermatológica física e emocionalmente angustiante deve continuar.” Covid longa e alopecia

A alopecia areata, por exemplo, é uma doença multifatorial que leva à queda de cabelos e pelos do couro cabeludo ou de outras partes do corpo como barba e sobrancelhas, por exemplo. Uma de suas maiores características é a queda em placas arredondadas ou ovais, deixando aparente o couro cabeludo. Pode afetar tanto homens quanto mulheres e independe também da etnia e idade. Não é uma doença contagiosa e não deixa cicatrizes. Essa condição pode durar de dois

a três anos, mesmo sem covid-19. Então, ainda é cedo para determinar quanto tempo as pessoas serão afetadas por essa condição. Ao longo da pandemia, alguns estudos apontaram também uma associação entre a calvície masculina e a covid-19, como um tipo de fator de risco para o coronavírus, dada a incidência de homens com esse problema capilar entre os mais afetados pela doença. Cientistas ainda tentam decifrar a fisiopatologia da queda de cabelo associada à covid-19, ou seja, quais são os mecanismos ligados à origem dessa condição dermatológica. Um grupo de pesquisadores italianos da Universidade Sapienza de Roma (Itália) levanta três hipóteses: 1. o coronavírus desencadeia uma reação autoimune contra os folículos capilares ao criar um ambiente inflamatório que abala o sistema imunológico; 2. o vírus gera uma reação cruzada envolvendo antígenos (que estimulam a formação de anticorpos) do vírus e do corpo humano; 3. o processo se origina a partir do estresse psicológico e da deterioração da saúde mental. Os fatores de risco ainda são pouco conhecidos porque os estudos sobre o tema envolvem um número reduzido de pacientes de covid-19 que desenvolveram alopecia. Um grupo de pesquisadores ligado ao Centro de Controle e Prevenção de Doenças do Japão, por exemplo, entrevistou 63 pacientes que perderam cabelo após serem infectados com coronavírus. O pequeno estudo, publicado na revista científica Open Forum Infectious Diseases em outubro de 2020, envolveu pacientes com ida-

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de média de 48 anos, sendo que dois terços eram homens e 25% tinha hipertensão e/ou níveis elevados de gordura no sangue. Em média, os pacientes entrevistados nesse estudo reportaram alopecia 76 dias depois dos sintomas de covid-19. “Alopecia é frequentemente observada depois de infecções como ebola e dengue. A queda de cabelo depois da recuperação da covid-19 é desconhecida, mas alopecia androgenética e eflúvio telogênico são as possíveis causas”, dizem os pesquisadores no artigo. Por outro lado, um trio de pesquisadores, ligados à Universidade de Zurique (Suíça), ao Hospital Escola Álvaro Alvim e à Universidade Federal Fluminense, analisou dez pacientes com queda de cabelo acentuada após infecção por covid-19 e apontou que todos tinham alopecia androgenética pré-existente. As sete mulheres e os três homens recuperaram completamente o couro cabeludo num espaço de tempo de três a seis meses. Possíveis tratamentos e o mito da peruca que afeta recuperação Até o momento, não há nenhum indicativo de que a queda de cabelo associada à covid-19 demande tratamentos diferentes dos que são adotados normalmente para o eflúvio telógeno e a alopecia areata. Primeiro, é importante deixar claro que cabe a médicos dermatologistas (especializados ou não em cabelos, os tricologistas) diagnosticarem essa condição de saúde e prescreverem eventuais tratamentos. Isso dependerá, por exemplo, do histórico de cada paciente e da dimensão da queda de cabelo em

curso. Se ela for leve, transitória, a recuperação deve ser espontânea. Mas algumas pessoas podem apresentar perdas mais significativas, o que exigiria tratamento médico. A Sociedade Brasileira de Dermatologia alerta para os riscos de se automedicar, algo que pode afetar a saúde e a aparência da pessoa. Em geral, não há necessidade de tratamento para eflúvio telógeno, pois o cabelo crescerá por si só se o motivo ligado a sua origem deixar de existir, como a covid-19 ou o estresse severo. Nesses casos, segundo Criado, da Sociedade Brasileira de Dermatologia, nenhum medicamento ou intervenção aceleraria esse processo de recuperação. Mas, a depender do comprimento do cabelo, pode levar anos para que o volume volte ao normal. E além disso, essa queda acentuada pode ser recorrente, caso o fator ligado à origem dela retorne.

abordagem não foi comprovada)”, afirma Messenger, da Universidade de Sheffield. Criando ressalta que “cada caso é um caso”, e apenas um diagnóstico médico será capaz de determinar se há tratamento possível e qual deles deve ser adotado e monitorado. Ele afirma que o uso de peruca não tem qualquer efeito negativo contra a recuperação do couro cabeludo. “Isso não tem nada a ver. É mito. Segundo o dermatologista, lavar com água quente e escovar o cabelo não aumenta a queda, porque o fio tem uma resistência natural à tração. O cabelo que sai na escova de pentear, que junta no ralo do banheiro ou que cai sobre o travesseiro à noite, é um fio que já está já está “morto” e solto dentro do do couro cabeludo.

“Os tratamentos seriam os mes mos que já adotamos. Não há nenhum tratamento compro vado contra o eflúvio telógeno porque é uma condição que se recupera espontaneamen te. Algumas pessoas são trata dos com minoxidil ou loções capilares, mas não há estudos sólidos que atestem a eficácia. Para pessoas que tiveram muita perda de peso ou estejam com deficiência de ferro, é impor tante que elas mantenham uma boa alimentação. No caso da alo pecia areata, o quadro de covid não levaria a nenhum tratamento diferente do que já adotamos normalmente, como terapia sistêmica com esteroides em casos mais graves, e alguns países adotam medicamentos imunossupressores (como inibidores de calciuneurina, mas a Sociedade Brasileira de Dermatologia afirma que a eficácia dessa

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BELEZA

Pequenos confinados: como o isolamento impacta a saúde das crianças A quarentena está refletindo na forma que as crianças se comportam e desenvolvem. Sono alterado, emoções à flor da pele, ensino a distância... Como lidar? www.jornal.usp.br

Tristeza e ansiedade viram patologia em crianças.

Karolina Neves Fonte: www.saude.abril.com.br Em: 21.06.20 “Mamãe, por que a escola está fechada? Por que a gente não pode ver a vovó? Eu estou com coronavírus? Quando é que ele vai embora?” Respondi algumas vezes a essas perguntas dos meus filhos gêmeos de 3 anos sempre com a verdade, mas tentando tomar o cuidado de respeitar a bagagem e o entendimento deles. São muitos outros questionamentos, assim como

mudanças de comportamento. Mas nada mais natural: de repente, os pequenos foram arrancados de sua rotina e trancafiados em casa sob a ameaça de um inimigo invisível. “Não tem jeito. Independentemente da idade, o confinamento vai impactar de alguma forma a vida de todas as crianças”, afirma Guilherme Polanczyk, professor de psiquiatria da infância e adolescência da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). As primeiras repercussões começam a ser apontadas por estu-

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dos lá fora. Um levantamento realizado na província chinesa de Xianxim com 320 crianças e adolescentes revela os efeitos psicológicos mais imediatos da pandemia: dependência excessiva dos pais (36% dos avaliados), desatenção (32%), preocupação (29%), problemas de sono (21%), falta de apetite (18%), pesadelos (14%) e desconforto e agitação (13%). É evidente que tudo varia de acordo com a idade, as características da menina ou do menino, o contexto familiar e 47


social e, principalmente, o jeito com que os adultos ao redor lidam com a situação. “Na primeiríssima infância, nos primeiros mil dias do bebê, ele só vai perceber o estresse em função da interação com a mãe ou o cuidador”, explica Polanczyk. “Já em crianças entre 3 e 6 anos, o impacto será sentido em termos de organização da nova rotina, tentativas de entendimento das mudanças e até uma possível relação com a doença e a morte. Fora que, nessa fase, elas necessitam de mais espaço para explorar o mundo, o que faz parte da aprendizagem e do desenvolvimento cognitivo”, completa o professor da USP. Tem uma quarentena no meio do caminho O confinamento não limita apenas esses horizontes, mas o próprio gasto de energia da garotada. “E os reflexos dessas restrições são agitação, irritabilidade, alterações no sono…”, esclarece Polanczyk. Os sinais de ansiedade também se expressam pelo corpo, com maior ocorrência de dores de cabeça ou barriga, e por comportamentos regressivos — voltar a pedir chupeta, correr para a cama dos pais à noite, retroceder no processo de desfralde etc. São as pistas de que o pequeno procura por estabilidade e segurança, um acolhimento que só os à sua volta podem oferecer. O enredo fica ainda mais complicado porque ninguém pode ir à escola. Justamente em um momento da vida em que as experiências físicas e as interações sociais são tão importantes. Ainda que as instituições e as famílias corram atrás do prejuízo, diversos estudiosos acreditam que o ensino a distância não seja tão 48

efetivo quanto o presencial. Mas, enquanto durar o isolamento, é preciso encarar e driblar o desafio, criando uma rotina de atividades didáticas e mantendo a conexão com a escola e os coleguinhas virtualmente. E, aí, outro dilema dá as caras: o limite de uso das telinhas e telonas. No início do ano, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) atualizou suas recomendações para a saúde mental de crianças e adolescentes na era digital, reforçando que a exposição a celular, tablet e afins se restringisse a uma hora por dia entre 2 e 5 anos de idade e, no máximo, duas horas por dia entre 6 e 10 anos, sempre sob supervisão de adultos. Mas como é que fica para crianças a partir de 7 anos que estão tendo aulas exclusivamente online por causa das circunstâncias? “Precisamos levar em conta as limitações das telas, o desgaste que elas provocam e toda a adaptação que o ensino remoto impõe a escolas e famílias. Mas devemos nos preparar também para eventuais prejuízos com esse processo e pensar em soluções para amenizá-los”, defende Daniel Zandoná Santos, psiquiatra da infância e adolescência da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, em São Paulo. Segundo posicionamento da SBP, é preciso admitir que as alternativas ao ensino adotadas de forma emergencial não serão suficientes para substituir integralmente a escola e que pode haver um retrocesso na trajetória de aprendizado. Por isso, cabe aos professores e pais se engajar em minimizar os percalços durante a quarentena, e, às instituições e aos governos, planejar estratégias

para suprir as defasagens póspandemia. A despeito dos desafios educacionais, a família tem papel protagonista no controle dos impactos emocionais do isolamento social, inclusive para as crianças acima dos 7 anos, que já passam a ter uma compreensão maior da situação. Em um mundo de acesso fácil à informação, é importante que os adultos orientem a garotada em meio ao fluxo de notícias e de sentimentos que pintam com a Covid-19. “O medo da contaminação e a ameaça à vida podem gerar muita ansiedade, sintomas de obsessividade e até desencadear o aparecimento de um transtorno em quem já tem alguma suscetibilidade”, avisa Zandoná Santos. O que fazer? A saída inclui diálogos honestos, acolhimento e atenção ao comportamento dos mais novos. Um erro ainda comum, apontam os experts, é menosprezar a presença da ansiedade e da depressão na infância. Elas não são exclusividade de adultos, não. “A expressão é diferente, mas a intensidade pode ser a mesma”, nota o psiquiatra do Einstein. Como crianças podem ter mais dificuldade de verbalizar suas angústias, vale a pena ficar de olho no surgimento e na persistência de sinais de sofrimento psíquico. “Repare se o sono delas está alterado demais, se não conseguem brincar ou se concentrar, se há muitos episódios de choro ou se tudo isso está interferindo nos estudos”, exemplifica Polanczyk. O sono, aliás, é um capítulo à parte. A começar pelo fato de ele ser um dos primeiros

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a serem prejudicados com períodos de estresse. Só que o repouso noturno é crucial para o aprendizado — é ao dormir que o cérebro consolida as memórias. De acordo com um documento do Núcleo Ciência pela Infância sobre as repercussões da pandemia entre os pequenos, há inúmeras evidências da influência do sono no desenvolvimento cognitivo e emocional. Daí a necessidade de continuar zelando pelas noites da criançada. Na prática, isso passa por estabelecer horários para acordar, se alimentar, realizar as atividades e ir para a cama (num ambiente silencioso e escurinho, por favor). A rotina cria a noção de previsibilidade e segurança tão estimada pelos filhos. Tranquilos, eles dormem melhor. No dia a dia, Polanczyk aconselha aos pais não querer bancar a toda hora o recreador ou o professor, além de assumir que o momento atual é de aprendizado para todos. Ainda assim, é recomendável falar sempre a verdade e dar explicações de acordo com a maturidade de cada

um. “E cuidado com as fantasias das crianças. É preciso ouvir o que elas estão imaginando para mostrar como lidar com as coisas e, em vez de negação, ensinar atitudes de enfrentamento”, prescreve Zandoná Santos. Questão de saúde pública Escalando além dos desafios particulares, já se visualiza um drama coletivo que se aprofunda com a pandemia: a desigualdade social tem potencial de gerar ainda mais transtornos psicológicos na infância. Segundo uma projeção do Fundo de População das Nações Unidas, três meses de quarentena podem resultar em um acréscimo de 15 milhões de casos de violência doméstica. Soma-se ao ambiente restrito e tóxico para as crianças a falta de atividades e até mesmo de alimentação, já que a merenda escolar pode representar a mais importante ou única refeição do dia. “De alguma forma, as que iam para as creches se sentiam mais acolhidas e em um espaço

seguro, com a figura de uma pessoa sensata e protetora que as estimulava”, observa Polanczyk. Com o isolamento social e a crise econômica que respinga no orçamento e no equilíbrio doméstico, muitos brasileirinhos correm o risco de ter um futuro árduo pela frente. “Isso tudo pode se refletir em mais casos de depressão, uso de substâncias tóxicas e violência”, diz o professor da USP. É uma demanda que os serviços de saúde mental sofrerão para atender: hoje se estima que 80% das crianças com um problema do tipo não tenham suporte adequado por aqui. “Devido à pandemia, visitas de apoio psicológico nas comunidades carentes foram interrompidas, e o Estado, que deveria prover direitos fundamentais como a alimentação, não está dando respostas efetiva”, aponta Itamar Gonçalves, gerente da Childhood Brasil. Eis uma tarefa a se priorizar hoje para não ser tarde demais amanhã. www.cnnbrasil.com.br

Criança de máscara.

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Problemas & soluções com a quarentena

ingestão, mas com cuidado para não criar proibições ou castigos.

los em momentos tensos e pegar orientações com o pediatra.

Sono

Atividade física

Educação

Dificuldades para adormecer e manter o sono, fuga para a cama dos pais e pesadelos são mais frequentes. O ideal é rever a rotina da casa, estipular rituais e horários para deitar e acordar, acolher a criança caso desperte de sonhos ruins e deixar o ambiente mais tranquilo à noite.

A movimentação é crucial para o desenvolvimento motor. E o tempo em casa, sem exploração de novos espaços, pode trazer algum atraso, mas nada que não será revertido depois. Estimule a criança a correr e brincar, permita que pule no sofá e encontre outras formas de gastar energia.

As escolas estão correndo para se adaptar ao ensino a distância nesses meses de confinamento. Para pequenos de até 6 anos, as aulas virtuais costumam ter menos efeito. Acima dessa faixa, o conteúdo online é importante, mas, ainda assim, as crianças precisam da supervisão dos pais.

Alimentação

Emoções

A ansiedade pode minguar ou exacerbar o apetite. No primeiro caso, não obrigue a criança a comer e seja mais flexível, pois a alimentação deve ser vista como algo positivo. Se a fome for insaciável, vale controlar a

O impacto psicológico da pandemia depende da reação dos adultos em casa. Os pais devem dar o exemplo no controle do estresse e da rotina, explicar a situação aos filhos com honestidade, tranquilizáwww.deolhonofuturo.uninter.com

Criança e pandemia.

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Pandemia está causando um impacto alarmante sobre as crianças, diz pediatra Na pandemia, atendimentos de emergência a crianças e adolescentes relacionados à saúde mental aumentaram entre 24 e 31% nos Estados Unidos Karolina Neves Em: 02.03.21 Fonte: www.cnnbrasil.com.br Quase um ano após o início da pandemia, o que começou como uma emergência de saúde pública está se transformando em uma crise de saúde mental entre as crianças e adolescentes americanos, que lutam contra o isolamento social, o luto e a mudança para o aprendizado à distância. Está se tornando cada vez mais claro que essa crise perdurará muito além da pandemia. É por isso que, recentemente, a Academia Americana de Pediatria (APC) e a Associação de Hospitais Infantis (CHA) lançaram uma campanha de conscientização para destacar a crise crescente e compartilhar ideias sobre o que o governo e as comunidades podem fazer para garantir que as famílias tenham acesso a serviços de saúde mental. Os problemas relacionados a saúde mental e comportamental em crianças e adolescentes estavam aumentando antes mesmo da pandemia. Apesar dos avanços no diagnóstico e tratamento, o suicídio atingiu um

recorde - tornando-se a segunda principal causa de morte entre pessoas de 10 a 24 anos em 2017. Desde o início da pandemia, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos relatam que o número de atendimentos de emergência cresceu acentuadamente. De abril a outubro de 2020, essas visitas aumentaram 31% para crianças de 12 a 17 anos, e 24% para crianças de 5 a 11 anos em comparação com o mesmo período de 2019. Embora ainda estejamos aprendendo sobre o impacto da pandemia na saúde mental, vimos seus efeitos nas crianças e famílias se intensificando com o tempo. Muitos pediatras me disseram, no mês passado, que seus consultórios parecem mais clínicas de saúde mental para as crianças e seus pais. Apesar de a dor ser generalizada, ela tem sido desigual. Algumas crianças foram muito mais afetadas muito pela duração da pandemia, distância dos amigos e familiares, além de terem que lidar também com o estresse dos pais, dificuldades econômicas e perda de entes queridos. Eu, pessoalmente, vi alunos com nota A,

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que eram adolescentes otimistas, bem ajustados e felizes passando por quadros graves de depressão e ansiedade durante a pandemia. Além disso, estamos reconhecendo cada vez mais os impactos do racismo sistêmico na saúde mental das crianças, em especial, as negras. Precisamos prestar atenção nesta crise. O sistema de saúde mental americano é frágil em todo o país, e em algumas comunidades, ele simplesmente não existe. Mesmo antes da Covid, muitas famílias não tinham como acessar os serviços de saúde mental quando mais precisam devido à disponibilidade limitada, longas listas de espera e escassez de especialistas em saúde mental infantil. Embora não seja uma solução em si, o retorno das crianças às aulas presenciais é uma forma essencial de começarmos a enfrentar essa crise. A orientação mais recente do CDC reforça o que os pediatras vêm dizendo há muito tempo: se as escolas estão seguindo boas precauções de saúde pública, a disseminação do Covid-19 é muito baixa. Também precisamos investir significativamente na preparação para um maior apoio à saúde mental nas escolas para

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que, quando os alunos retornem, eles tenham acesso à ajuda de que precisam. O que sabemos sobre o cérebro em desenvolvimento sugere que, para muitas crianças, os efeitos traumáticos do ano passado podem ter efeitos duradouros. A boa notícia é que existem maneiras de amortecer esse impacto, incluindo priorizar o acesso a tratamento de saúde mental, moradia segura, alimentos nutritivos e relacionamentos saudáveis com adultos atenciosos. E qualquer abordagem que fizermos deve incluir atenção aos pais e responsáveis, porque sabemos que as crianças se saem melhor quando seus pais são física e mentalmente saudáveis. Devemos estar dispostos a dar

passos grandes e ousados pelo bem de nossos filhos, que carregaram com serenidade e bravura ao longo do último ano um fardo muitas vezes invisível. Agora é a hora de os gestores públicos darem um passo no sentido de investir em uma abordagem ampla e abrangente para a saúde mental, que trate da prevenção e do tratamento precoce, bem como tratamentos que deem respostas a crises. A AAP e o CHA estão pedindo ao Congresso e à administração Biden que priorizem a saúde mental, emocional e comportamental das crianças. Isso incluiria mais fundos para programas que integram serviços de saúde mental em consultórios médicos e o crescimento da força de trabalho

em saúde mental pediátrica. Essa abordagem holística deve levar em conta as necessidades diferentes de bebês, crianças pequenas, adolescentes, adultos jovens e suas famílias. O cérebro é uma parte tão vital da saúde das crianças quanto o resto do corpo. Precisamos agir para que, quando sairmos da pandemia, todos os nossos filhos estejam saudáveis e prosperando. * Lee Savio Beers é presidente da Academia Americana de Pediatria

Pandemia afeta saúde mental de crianças e jovens, dizem psiquiatras Reações e sintomas podem ser mais difíceis de serem detectados Karolina Neves Em: 21.03.21 Fonte: www.agenciabrasil.ebc. com.br

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A pandemia do novo coronavírus afetou não só a saúde mental dos adultos, mas também das crianças e adolescentes. É o que afirma o professor de Psiquiatria da Infância e Adolescência da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), Guilherme Polanczyk. “A pandemia, e todo o contexto que a acompanha, têm gerado situação de estresse em crianças, adolescentes e adultos. Como as crianças e adolescentes são menos infectados e como, muitas vezes, o sofrimento deles fica mais desapercebido, eles tendem a ser mais negligenciados”, disse o especialista. Segundo o médico, sintomas como irritabilidade, mudanças de humor, insônia, dificuldade de concentração podem ser fáceis de se identificar em adultos, mas apresentam diversas nuances quando se trata de crianças e adolescentes. Polanczyk analisa que a idade da criança também interfere na forma como ela reage à pandemia. As crianças menores, por serem mais dependentes dos pais, vão lidar com a pandemia muito em função de como os pais estão lidando e como o ambiente está organizado. “As crianças maiores sentem falta dos amigos. Elas já têm capacidade maior de compreensão de uma forma autônoma, muitas vezes não completamente adequada, ou de uma forma não completamente realista, e podem interpretar de forma mais catastrófica algumas situações”, disse. O professor defendeu a retomada das aulas presenciais ou híbridas, desde que garantidas as medidas

de segurança aos alunos e profissionais da educação, porque representa uma nova fase de desenvolvimento para os pequenos. “É preciso sensibilidade para poder explicar para as crianças o que está acontecendo, mostrar a importância de enfrentar, eventualmente, o desconforto social ou o medo da contaminação, e que esse cenário é combatido com os cuidados de higiene, por exemplo”. Polanczyk disse que crianças que apresentam sintomas como dificuldade para dormir, relatos de preocupação, alterações de comportamento e até queixas de dor física merecem atenção especial. Os pais devem ficar atentos a qualquer um desses sinais e buscar a ajuda de um profissional de saúde. Sofrimento indireto Em sua prática médica psiquiátrica diária, o professor de Psiquiatria da Escola Médica da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC Rio), Daniel Monnerat, disse que, apesar de estatisticamente as crianças serem menos infectadas, elas acabam sofrendo indiretamente, primeiro com uma “menor” preocupação dos seus familiares em termos delas estarem com menor fruição, aproveitando menos as rotinas diárias. Segundo, elas acabam sofrendo, indiretamente, por estarem reclusas, mais introspectivas, vivendo uma vida mais caseira porque os pais, por serem adultos, ao cumprirem as medidas de isolamento para não infectarem

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outras pessoas, ficam mais tempo em casa e isso interfere na socialização dos menores, nas atividades lúdicas, recreativas. “Por tabela, essas crianças acabam, de alguma forma, sofrendo por essa reclusão que se impôs a todos nós pela pandemia da covid-19”. Monnerat explicou que, para afirmar que o maior efeito da pandemia se dá em crianças maiores ou menores, é preciso analisar como era o estilo de vida diária dessas crianças e adolescentes pré-pandemia. Muitas vezes, alguns deles já eram mais introspectivos, mais caseiros, usavam ferramentas, como redes sociais e internet, para fazer contatos com os amigos. Para esses, o isolamento pode não ter afetado muito o modus operandi (modo de agir) que eles tinham anteriormente. Quadros de depressão Por outro lado, segundo o professor da PUC Rio, para aqueles adolescentes que faziam viagens e socializavam nos finais de semana, com certeza esse isolamento e os critérios mais rígidos que a população está enfrentando, sobretudo este ano, a pandemia está sendo mais difícil. Monnerat observou ainda que para pacientes que já tinham algum diagnóstico psiquiátrico, a pandemia pode exacerbar esses sintomas, fazendo com que eles precisem de mais atendimento médico, com intervenção de medicamentos mais incisiva e, quando isso não é realizado, pode fazer com que quadros de depressão, de ansiedade e de rejeição se acentuem.

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Monnerat reforçou a necessidade de os pais e responsáveis explicarem às crianças que as medidas de isolamento social impostas pelas autoridades sanitárias não são um castigo, mas foram determinadas pensando na coletividade. “Eu acredito que as crianças tendem a sofrer menos, porque elas

estão sendo sensibilizadas, desde o começo da pandemia, a pensar no coletivo. Mas se são crianças que vivem em família com algum desfalque emocional, com ausência de progenitores e vivem mais à deriva, no sentido emocional e educacionalmente falando, elas já estão sofrendo muito e sofrerão

mais ao perceberem que poderão retomar as atividades”. É preciso contextualizar os casos e entender os anseios dessas crianças e jovens, disse.

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Crianças sentem falta de interagir com outra s crianças

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CULTURA

Os motivos escandalosos por trás do cancelamento do Globo de Ouro 2022 O Globo de Ouro sempre foi uma premiação polêmica, que divide opiniões com seus vencedores inesperados, mas ninguém esperava descobrir a corrupção suja por trás de algumas categorias da premiação em 2021, que levou a seu cancelamento pela NBC. Raphaela Pereira Fonte: www.adorocinema.com Em: 16/05/2021. A próxima edição da cerimônia, até então prevista para 2022 do famoso Globo de ouro, foi cancelada pela NBC, após uma série de críticas recebidas pela Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood (a HFPA, em sua sigla original). Essa não é a primeira vez que a

Série Emily in Paris

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premiação se envolve numa controvérsia. Em edições passadas, o comediante Ricky Gervais fazia piadas, bem ali no meio da premiação, sobre a HFPA aceitando subornos para escolher seus vencedores. Esses rumores são presentes em Hollywood, já confirmados em benefícios recebidos pelos membros do HFPA para premiar obras como Burlesque, por exemplo. Ou seja, a reputação dessa obra nunca foi equivalente

ao glamour do Oscar (que também já sofreu diversas críticas em relação a falta de inclusão e de representatividade). Mas como a situação chegou tão longe em 2021? Basta lembrar quando suas indicações foram anunciadas, no início de fevereiro. Novamente, títulos controversos encontravam espaço por ali. Porém, a grande polêmica foi para a presença de Emily em Paris na lista, uma comédia duramente criticada pela www.exame.com.br imprensa (principalmente internacional) por sua percepção pobre sobre a cultura francesa. A situação piorou ainda mais com a revelação que membros da HFPA foram convidados

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Série Emily in Paris

para passar um período na França, com hospedagem luxuosa paga, a fim de acompanhar alguns dias das gravações de tal série. Logo em seguida, diversas reportagens do Los Angeles Times revelaram que não existe nenhuma pessoa negra dentre os 87 membros da HFPA, desbravando ainda uma série de questionamentos étnicos e demográficos dentre da

banca de jurados da premiação. Isso explicaria a ausência de elogiadas produções lideradas por artistas negros em sua recente lista de indicados, como a aclamada minissérie I May Destroy You, de Michaela Coel. Também não foi à toa que Uma Noite em Miami e A Voz Suprema do Blues ficaram fora da categoria de melhor filme. Vale lembrar que, no ano anterior, www.veja.abril.com

Premiação Globo de ouro

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Watchmen (estrelada por Regina King) nem foi lembrada pelo Globo de Ouro, mesmo levando 11 Emmys para casa e sendo unanimidade entre críticos. No dia de sua exibição, o Globo de Ouro 2021 se mostrou insosso e pouco ousado em seu formato, de forma que nem as apresentadoras Tina Fey e Amy Poehler puderam salvar a cerimônia. Desde então, começou uma onda de pressões em Hollywood na busca por mudanças efetivas no quadro de membros do HFPA. Instituições como o Time’s Up e assessorias de imprensa lançaram campanhas para isso, que culminou numa declaração da Associação, listando algumas medidas que iam ser tomadas para alterar a situação atual. Porém, tais iniciativas não provaram serem suficientes para amenizar as críticas da opinião pública, sem falar que não estabelecia uma linha temporal urgente para suas efetivações. Ou seja, tentaram colocar um band-aid nessa história, mas não deu certo. 57


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Troféu Globo de Ouro

Assim, os protestos continuaram. Empresas como Netflix, Amazon e Warner Media cortaram relações com o HFPA até que a situação se torne mais diversa dentro do grupo. Nomes famosos também começaram a se posicionar contra

a premiação. Atual vencedor da categoria de melhor ator em minissérie por I Know This Much Is True, Mark Ruffalo declarou não ter orgulho de sua estatueta, enquanto sua colega de Vingadores, Scarlett Johansson, afirmou que www.observatoriodocinema.com

Lily Collins como Emily

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membros da Associação já tiveram ações sexistas durante campanhas de divulgação. Por fim, Tom Cruise devolveu os três Globos de Ouro que recebeu em sua carreira — por Jerry Maguire, Nascido em 4 de Julho e Magnolia. A paciência acabou. Diante disso, a NBC anunciou o cancelamento do Globo de Ouro 2022, declarando que só voltaria a exibir a premiação após a reestruturação da HFPA. Só restou para a Associação lançar uma nova declaração, estabelecendo prazos para as iniciativas de diversidade, com mudanças previstas até agosto deste ano, dizendo que tais ações se tornaram prioridades dentro da instituição. Agora, é esperar para ver se eles vão correr atrás do tempo perdido, pois será uma longa jornada para recuperar o mínimo de reputação do evento. Sinceramente, já estava na hora

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ninas sendo premiadas (como aconteceu com Nomadland nessa temporada de premiações), também é essencial valorizar a cultura negra (assim como os profissionais, na frente e atrás das câmeras) — algo que também vale para as comunidades latinas, asiáticas, muçulmanas, LGBT e todas as diferentes culturas, etnias e crenças. Se o mundo fosse perfeito, seriam premiadas as produções de maior qualidade, não aquelas com maior propaganda. Simples assim. www.UOL.com

Série Emily in Paris

disso acontecer. O que começou como uma piada em Hollywood, do tipo “Olha como o Globo de Ouro é zoado”, se tornou uma situação ofensiva para toda uma comunidade. Obviamente, vivemos numa sociedade dividida que, in-

felizmente, enfrenta o preconceito todos os dias. Mas palavras têm importância e o entretenimento tem influência na forma de popularizar vozes que ainda procuram seu espaço. Da mesma forma que é importante ver histórias femi-

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Tapete vermelho do Globo de Ouro Trabalho Acadêmico válido como AV2 da disciplina C304C, Editoração Eletrônica da Facha - 2021/1

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Por que o filme sobre o caso Von Ritchtofen foi dividido em duas partes? Os aguardados longas sobre o perturbador caso Von Ritchtofen foram adiados por causa da pandemia, mas antes que você possa ver a história sobre os assassinatos que chocaram o país, entenda porque o produtor Gabriel Gurman optou por dividir a trama em duas partes Raphaela Pereira Fonte: www.aventurasnahistória. com.br Em: 16/05/2021 Em 2002 o nome de Suzane Von Ritchtofen ganhou os noticiários brasileiros depois que a jovem, ao lado dos irmãos Daniel e Cristian Cravinhos (com o primeiro sendo

seu namorado), se tornou responsável pelo assassinato de seus pais. Quase duas décadas depois, os brasileiros aguardam com um nível crescente de expectativa pelas produções “A menina que matou os pais” e “O menino que matou meus pais”, filmes que retratarão o chocante crime nacional. Para descobrir mais sobre os

processos por trás desses filmes e como foi o desafio de retratar cinematograficamente uma história tão polêmica, nossa equipe conversou com Gabriel Gurman, o CEO da Galeria Distribuidora, uma das co-produtoras das obras cinematográficas. Um dos pontos que mais chama atenção nos filmes é que serão

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Em cena, interpretes de Suzane Von Ritchtofen e Daniel Cravinhos

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duas produções separadas contando a mesma história, porém com pontos de vista diferentes, um deles sendo o de Suzane e o outro de Daniel Cravinhos. As obras serão, inclusive, lançadas ao mesmo tempo. Foi justamente Gabriel Gurman que sugeriu esse método de fazer dois longas em vez de um só - segundo ele, todavia, o roteiro mostrado para a Galeria Distribuidora já trazia desde o princípio esse conceito de mostrar dois pontos de vista. “Já era um filme dividido em dois. Porém acabava terminando com um dos pontos de vista, para conseguir dar um desfecho, e aí quando a gente leu o roteiro, não achou que a história estava sendo finalizada da forma que acreditávamos que era a mais isenta possível”, disse Gabriel. “Desde o começo existiu essa preocupação de não defender nenhum dos lados. Essa ideia de fazer dois filmes veio em uma conversa informal, até como forma de brincadeira, e eu fixei isso na cabeça e fui enxergando essa como a única opção para

contar a história”. Gurman ainda esclareceu que, apesar de encarar a ideia como “a única opção”, não deixava de ser uma alternativa ousada, que naturalmente tinha seus riscos, de forma que seu “processo de maturação” ocorreu aos poucos. O trabalho foi inédito no sentido em que as gravações foram feitas ao mesmo tempo, ao ponto de “na metade de um dia os atores precisavam atuar de uma maneira, e na outra metade de outra completamente diferente”. Apesar do alto nível de exigência, todavia, Gabriel comentou que o elenco foi capaz de satisfazer as expectativas do projeto, mostrando-se ‘um enorme acerto’. Outro dos desafios de contar uma mesma história duas vezes também foi tornar os dois filmes igualmente interessantes e criativos, assim instigando o espectador de duas maneiras diferentes. “Apesar de ser a mesma história, não apenas a atuação é diferente, como os figurinos, a trilha sonora... Contratamos inclusive dois editores, um para cada

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produção”, revelou o CEO, que destacou também que não existe ordem específica para assistir os filmes. Cada um conta com início, meio e fim, funcionando de forma independente no sentido narrativo. Todavia, se o espectador assistir só um, terá só um lado da história, por isso a recomendação é ver os dois. Carla Diaz no BBB gerando enorme repercussão na internet “Testamos alguns nomes, mas a partir do momento que apareceu a Carla, a gente teve certeza na hora de que ela seria a escolha perfeita para o projeto”, comentou ainda Gurman sobre a atriz que interpretou Suzane, e que mais recentemente também participou do BBB 21, sendo eliminada do jogo no fim de março. Ele explicou que a paulistana conseguia expressar muito bem a dualidade necessária para representar a personagem: “Ela consegue flutuar muito bem entre uma menina mais compor 61


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O casal assassino do filme “A menina que matou os pais”

tada, mais fechada, e ao mesmo tempo demonstrar um outro lado completamente diferente”. O fato de a atriz ter entrado no BBB também contribuiu para que as duas produções sobre o crime ganhassem ainda mais visibilidade. Segundo explicado pelo CEO, a princípio, a reação à proposta de retratar o caso Suzane na linguagem cinematográfica foi encarado de forma majoritariamente negativa pelos brasileiros, com muitos achando sem cabimento a ideia de “dar holofote para criminosos”. Como aponta Gabriel, apesar desse gênero de filme ser incomum no Brasil, ele não é novo, já tendo

Carla Diaz em cena

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sido usado pelos Estados Unidos há muito tempo: “Existem vários filmes e séries norte-americanas que se baseiam em True Crime, e essas produções têm todo um mercado consumidor no cenário internacional”. Apostar em um gênero de filme pouco testado no Brasil foi, inclusive, um dos riscos do projeto. Ao longo do tempo, porém, a opinião do público foi mudando, e hoje já existe muito mais gente disposta a dar uma chance para a história contada pelas produções. Parte dessa mudança também aconteceu depois que certos mitos sobre os filmes foram esclarecidos - muitos www.cinemacomrapadura.com se perguntaram, por exemplo, se Suzane receberia parte dos lucros do filme. Gurman

esclareceu que isso não vai acontecer, e inclusive a equipe responsável pela produção dos filmes nem mesmo falou com a criminosa: “Todo o desenvolvimento do filme, desde o princípio, não exigia que a gente falasse com Suzane. A gente não queria saber a opinião atual dela. A gente queria entender o que foi falado naquele momento do julgamento e como foram contadas as versões sobre o que aconteceu, essa era a parte que nos interessava”, esclareceu o CEO. Questão jurídica Fazer uma produção sobre um crime que aconteceu de fato exige muito mais cuidados do que elaborar um filme puramente ficcional, Gurman ressalta que houve muita preocupação nesse sentido: “Seguimos com a ideia do filme quando tivemos certeza de que estávamos muito bem respaldados. Teve inclusive um acompanhamento jurídico desde o começo, a gente se preocupou em deixar muito claro que os dois filmes são

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Cena da audiencia pelo assassinato dos pais de Suzane

baseados nos autos do processo, então a gente não tá colocando nossa opinião, a gente tá contando o que foi falado nos julgamentos”, contou ele. Inclusive, Gabriel destacou que não houve muita necessidade de preencher lacunas da história com ficção, ou tomar várias liberdades criativas: “Os autos são páginas e páginas, então nem tinha como

contar tudo! Tínhamos conteúdo sobrando, e também quisemos nos prender bem ao que foi documentado na época, então as frases faladas no julgamento são as que a gente tirou dos autos do processo mesmo, e também todo o ambiente ali que eles vivem veio desses documentos, a gente realmente não quis dar margem para coisas muito ficcionais”, completou.

Atraso pela pandemia “A menina que matou os pais” e “O menino que matou meus pais” foram pensados inicialmente para serem lançados em abril de 2020. No entanto, a pandemia acabou atrasando o lançamento das produções, que permanece indeterminado até hoje, um ano depois. “Adoraríamos lançar o filme o quanto antes, mas precisamos esperar e entender o cenário da pandemia, até porque as produções foram pensadas para o cinema, então é necessário saber quando vai voltar e também como vai voltar. Estamos vivendo uma preocupação agora que vai muito além da estreia do filme, é uma preocupação humanitária muito significativa. Acho que a expectativa do público em relação às produções cresceu ao longo desse ano, enquanto soltamos materiais novos, e agora está maior do que nunca, com a nossa maior ainda!”, concluiu Gabriel Gurman. www.UOL.com

Carla Diaz em cena como Suzane Trabalho Acadêmico válido como AV2 da disciplina C304C, Editoração Eletrônica da Facha - 2021/1

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CINEMA

Cassiano: o gênio esquecido da música negra Homenagem ao compositor, guitarrista e cantor, morto no dia 7 de maio www.amazon.com.br/cdcassiano

Por Samantha Pinto https://cultura.uol.com.br/radio/programas/supertonica 22/05/2021 Ele é um dos pilares da moderna música negra brasileira, ícone do chamado “Brazilian Soul”. Esquecido pela mídia, seu nome fez história na música brasileira dos anos 1970. Suas canções lançadas em trilhas sonoras de novela, marcaram uma geração de fãs da música black. E seu grande sucesso nesse tempo, chegou a impulsionar o movimento negro no Brasil. Genival Cassiano dos Santos nasceu em um bairro pobre da cidade de Campina Grande, na Paraíba, em 1943. Viveu sua vida no Rio de Janeiro, cidade onde veio a falecer no leito de um hospital público no último dia 7 de maio de 2021. “Embora a causa da morte de Cassiano permaneça desconhecida, consta que ele morreu do coração, sobrecarregado pelo tratamento de doença pulmonar que se agravara em abril”, escreve o jornalista Mauro Ferreira em artigo fundamental. “E é simbólico que o coração de Cassiano – pote-até-aqui-de-mágoa por ter tido a genialidade reconhecida somente por ilustres admiradores como Ed Motta e Claudio Zoli (e por críticos musicais que nunca mandaram no gosto popular) – tenha parado definitivamente no momento em que o próprio Brasil está na UTI”. O programa Supertônica, com apresentação do Arrigo Barnabé, vai ao ar todo Sábado, às 23h pela Rádio Cultura FM de São Paulo, 103,3 e no aplicativo Cultura Digital.

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Capa do disco de maior sucesso de Cassiano

CASSIANO CONHECENDO MELHOR O CANTOR É reconhecido, ao lado de Tim Maia e Hyldon, como um dos três grandes precursores do estabelecimento de uma cena de black music – influenciada pelo funk e o soul estadunidenses – na música popular do Brasil. Sua carreira artística, contudo, ficou comprometida por conta de um grave problema respiratório no final dos anos 1970, no qual ele perdeu uma parte dos pulmões. Além da dificultade de atuar como cantor, a relação de Cassiano com a indústria fonográfica deterirou-se ainda mais, o que acabou levando a reclusão total do compositor ao longo das últimas três décadas da sua vida.

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Laurence des Cars será primeira mulher a dirigir Museu do Louvre Historiadora ficará à frente do prestigioso museu francês, após passar quatro anos no comando do Museu de Orsay. www.g1.com.br

Por Samantha Pinto https://g1.globo.com/pop-arte/ noticia 26/05/2021

A presidente do Museu de Orsay, Laurence des Cars, substituirá Jean-Luc Martinez à frente do Louvre a partir de 1º de setembro, informou o Palácio do Eliseu nesta quarta-feira (26), confirmando uma informação da rádio France Inter. Laurence, de 54 anos, será a primeira mulher a dirigir o prestigioso museu francês, após passar quatro anos à frente do Museu de Orsay. Durante esse período, essa historiadora da arte do século XIX e início do XX se destacou por seu dinamismo e se concentrou na diversidade, nos temas sociais e na importância de atrair as novas gerações. Foi especialmente aplaudida pela exposição “O modelo negro”, montada em 2019. Ao submeter sua candidatura, Laurence apresentou um projeto para tornar o Louvre um museu “totalmente contemporâneo”, voltado para a “juventude” e que pretende ser uma “câmara de ressonância da sociedade”, explicou ela à France Inter.

Laurence des Cars nos corredores do Louvre

Sua primeira medida à frente deste museu criado em 1793 será criar um nono departamento, dedicado a Bizâncio e aos cristãos do Oriente. “Ela é uma conservadora reconhecida, de projeção internacional, que se destacou no Orsay e tem um grande conhecimento do Louvre desde que trabalhou no [projeto de construção do] Louvre de Abu Dhabi, entre 2007 e 2014”, destacou o Eliseu. Mais de 10 milhões de visitantes em 2019. Jean-Luc Martinez, de 57, dirigia o Louvre desde 2013. Esse historiador e arqueólogo especializado em antiguidades gregas concorria por um terceiro mandato.

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em antiguidades gregas concorria por um terceiro mandato. Muito preocupado com abrir o Louvre para todos os públicos, lutando contra o elitismo, reorganizou e reformou o museu para torná-lo mais acolhedor. Na sua gestão, o número de visitantes passou de 10 milhões em 2019, antes da pandemia do coronavírus, sendo 71% deste público composto de estrangeiros. Foi um recorde mundial. Martinez também teve como bandeira a inauguração do Museu do Louvre em Abu Dhabi e do centro ultramoderno de conservação de obras em Lievin, próximo ao Louvre da cidade de Lens, no norte da França. 65


MODA E FOTOGRAFIA

A importância e a influência do figurino de cinema na história  e na moda Entenda a importancia do figurinista para a construção dessas narrativas

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Kirsten Dunst e Jason Schwartzman em Maria Antonieta (2006)

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Laura GNR Fernandes Fonte: uol.com Em: 07/04/2021 O trabalho do figurinista pode soar para muitos como um detalhe de menor importância no cinema frente à construção de um roteiro sólido e coerente, estilo de direção, atuações verossímeis do elenco, efeitos visuais ou fotografia. Definitivamente esse é um raciocínio injustificável. Em primeira instância porque a sétima arte é feita de detalhes e são os detalhes que tornam uma obra realmente única. O figurino de um personagem é tão importante em um filme ou série quanto a escalação de um ator, é através dele que o espectador consegue imediatamente identificar diversos signos importantes para a narrativa e certos traços da personalidade do personagem, o período da história em que ele vive, a região, status social, a estação do ano, se estamos nesse mundo ou em uma fantasia, as passagens do tempo e em alguns casos até a religião, o ideal político e o estado psicológico. São muitas as variáveis que podem ser comunicadas. Vamos nos lembrar da personagem da Cate Blanchet em “Blue Jasmine”: Já nos primeiros minutos ela surge fabulosa no aeroporto com tailleur clássico da Chanel, bolsa Hermès pendurada no antebraço e as malas da Vuitton surgindo pela esteira como pérolas. Não precisamos de muito e logo concluímos que na verdade ela é uma milionária falida e que provavelmente está carregando no corpo todos os dólares que lhe restaram. Essa primeira impressão na imagem de Jasmine é importantís68

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Cate Blanchet em Blue Jasmine

sima para o desenrolar da trama. Nas recriações de época o resultado pode ser fidedigno, simbólico ou estilizado, como em “A Favorita”, assinado pela premiadíssima Sandy Powell. No filme todas as personagens femininas vestem apenas preto ou branco e os homens funcionam como uma espécie de alegoria meramente decorativa e superexagerada, porque quem efetivamente manda na Inglaterra é o trio composto pela rainha e suas “fiéis” conselheiras. Embora se passe no século 18, a figurinista usou tecidos modernos como jeans e vinil, mantendo o reconhecimento imediato da época apenas através da silhueta dos vestidos. Essa concepção criada pela figurinista é vital para a proposta do diretor de recriar um drama de época com uma re-embalagem mais moderna, que fugisse do óbvio e do literal. Concepção semelhante pode ser vista na “Maria Antonieta” de Sofia Coppola, em que os ares de rebeldia da rainha degolada são importados de elementos da cultura pop atual como o tênis All Star, atitude rock´n´roll e cabelos coloridos usados nos

animados bailes promovidos com os membros da Corte. Esse é um recurso sem dúvida interessante e ousado porque exige muita habilidade e confiança do departamento de figurino que mantém ao mesmo tempo as evidentes formas de uma época, nunca as descaracterizando, mas inserindo itens que só seriam popularizados séculos depois. É claro que os figurinistas podem seguir à risca a reprodução de figurinos clássicos de um período, como é executado na maior parte dos casos, e como a própria Sandy assinou com maestria em “A Jovem Rainha Vitória” protagonizado por Emily Blunt, filme em que parte significativa do orçamento foi destinada aos custos de figurino e onde ela recriou em detalhes trajes importantes da trajetória da Rainha como os momentos da coroação, casamento e do luto, peças que poderiam facilmente estar expostas em qualquer museu do mundo. Esse é o tipo de trabalho que desponta sempre como favorito em qualquer premiação porque se exige naturalmente muita pesquisa, empenho da equipe, altos orçamentos e me-

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Cena de “A Jovem Rainha Vitoria”

ses de trabalho manual. Alguns buracos de pesquisa podem gerar ciladas históricas como o famoso kilt usado por Mel Gibson lutando pela independência da Escócia em “Coração Valente”, mas que ainda nem existia no ano de 1290, ou em “Pompéia” que se deu em um período cuja cor roxa era de uso exclusivo do imperador romano, mas que o general e os soldados não deram muita importância. Uma bobagem de filme, mas uma bobagem com orçamento de 100 milhões de dólares. Alguns erros, se intencionais ou não, tornam-se clássicos até divertidos e assumem certo charme com o passar dos anos como Jamie Foxx usando óculos escuros moderníssimos antes mesmo do início da guerra civil americana em “Django Livre” de Tarantino ou na clássica cena em que a mãe de Rose aperta com violência o corset na cintura da filha em Titanic. Elas pouco falam, mas aquele item e o gesto representam com perfeição todo o clima de opressão que a cena pretende.

tensa Clementine. O figurino da personagem condiz cirurgicamente com seu perfil livre, irreverente e que encantou o personagem de Jim Carey, mas é a constante mudança na cor do cabelo da personagem que de fato funciona como um fio condutor que nos direciona a entender o que de fato estamos vendo em um roteiro complexo cheio de idas e vindas que é de dar um nó na cabeça. As escolhas de cor do cabelo de Clementine que vão do azul, laranja, vermelho ao verde são essenciais para compreensão do momento em que o casal se conhece, se apaixona, termina e decidem ‘se apagar’ um da vida do outro. E se nesse caso não estamos falando diretamente sobre

o figurino sabemos que o círculo cromático e a teoria das cores foram estudados minuciosamente pela equipe do filme nesse desenvolvimento. A escolha de uma cor específica para a composição de um personagem nunca é aleatória. Na série “The Handmaid´s Tale” o uso de cores por um determinado grupo em Gilead (aka EUA dominado por um grupo de fanáticos religiosos) é bem estabelecida. As mulheres dos comandantes usam azul, as empregadas não-férteis usam verde e as aias usam vermelho, além da viseira branca para que nunca desviem o olhar das suas obrigações quando saem na rua. Elas precisam ser facilmente identificadas em qualquer ambiente que circulam e o vermelho é como o sangue que elas são forçadas a doar pelo país através de gestações não consentidas. Em “The Handmaid´s Tale” a criação do figurino é essencial para compreensão de que todas são as mulheres são obrigadas a abdicar da sua individualidade, do próprio nome, e evitar o pecado e as tentações como da vaidade. Frequentemente atores costumam relatar sobre o poder que o figuri www.okchicas.com

E falando em Kate Winslet, temos outro belo trabalho de destaque da atriz que merece ser enaltecido: “Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças” em que ela vive a inTrabalho Acadêmico válido como AV2 da disciplina C304C, Editoração Eletrônica da Facha - 2021/1

69 Cena de The Handmaid’s Tale


no, a maquiagem e a caracterização de um modo geral possuem sobre as suas atuações e que só conseguem mergulhar por completo no personagem quando estão vestidos dele. No recente lançamento oficial do trailer do novo filme “Cruella”, que dessa vez será estrelado por Emma Stone, Glenn Close revelou que exigiu em contrato que ficasse com todos os figurinos do filme da versão de 1996, a prova de que algumas relações entre atores com seus personagens e respectivos figurinos se torna às vezes profundamente íntima. Em alguns casos as relações entre o visual do personagem e a direção se tornam tão interligados que é difícil entender onde começa e onde termina o trabalho do figurinista. Os filmes dirigidos por Tom Ford, “Animais Noturnos”

e “Direito de Amar” são tão esteticamente planejados que por alguns momentos o espectador pode sentir que está assistindo um editorial de moda em formato de longa-metragem. Nenhum outro diretor teria, a não ser um estilista como Tom Ford, tamanho zelo e cuidado nos detalhes do figurino e esse entendimento é perceptível em cada cena, mesmo não usando peças de sua própria marca homônima o fetiche de Ford por personagens glamorosas e as inspirações meio 70´s podem são notáveis através das mãos da figurinista que assina os dois trabalhos, Arianne Phillips. Em Bonequinha de Luxo, de 1961, o tubinho preto, luvas, óculos escuros, colar poderoso e uma coque com tiara estilo princesa concebido pelo estilista Hubert de Givenchy foi eternizado por

Audrey Hepburn. Até hoje a imagem é referência e tornou-se tão marcante que é facilmente reconhecida mesmo em um simples pictograma do filme. Há também casos em que o figurino e a moda se tornam de alguma forma os protagonistas do filme, como aconteceu com o queridinho dos fashionistas “O Diabo veste Prada” ou nos filmes e episódios de “Sex and The City”, em que, no final das contas, todo mundo queria mesmo era saber o look que a Patrícia Field estava editando para a próxima crise existencial da Carrie e as amigas pelos quarteirões de Manhattan. Em 2021 concorrem ao Oscar de Melhor Figurino os seguintes filmes: Mank, A Voz suprema do Blues, Emma, Mulan e Pinóquio. E FFW falará sobre o perfil de cada um deles antes da premiação.

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Audrey Hepburn em Bonequinha de Luxo

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Moonlight, Grandes Olhos e o Significado das Cores no Cinema  As cores influenciam tudo ao nosso redor, mas muitas vezes nem as notamos. Que tal mergulhar um pouco em seus efeitos com base em algumas produções cinematográficas? Trabalho Acadêmico válido como AV2 da disciplina C304C, Editoração Eletrônica da Facha - 2021/1

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Laura GNR Fernandes Fonte: nodeoito.com Assistir filmes é conhecer uma história por meio de imagens, mergulhando em narrativas produzidas para conter ideias e sentimentos, sendo uma visão estética da realidade e não tendo obrigação de ser realista. Para a psicóloga e terapeuta Bárbara Pina, o cinema é uma experiência única porque ajuda a mostrar outras formas de conhecer o ambiente em que estamos inseridos. Em suas palavras: ’ “Ler e se reconhecer no mundo, de uma maneira crítica, reflexiva, criativa, porque a grande função da arte é essa, transmutar a lógica e produzir pensamento, informação a partir da criatividade. Essa outra linguagem é importante porque a gente se reconhece muito, no que a gente vê e escuta. Acho que a arte é isso: você se reconhecer de uma forma. ’’ Priscila Noronha, formada em Audiovisual, trabalha atualmente com E-commerce, mas não esconde seu carinho por filmes, além de ressaltar a importância das cores nas produções: “Para uma obra audiovisual sair do papel e criar forma, é preciso alguns elementos que transportem o espectador àquele ambiente. Dentro do conceito que define a identidade visual necessária para que isso aconteça, é definido um conjunto de cores que é trabalhado em todo o segmento da obra, desde cenário, iluminação e até figurino. Isso é o que chamamos de paleta de cores. O espectador pode não reparar, mas cada cor foi pensada detalhadamente de acordo com o cenário, personagem e emoções que queiram passar em cada frame do filme. ”

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Cena de Kill Bill

A tela é capaz de transmitir inúmeras emoções e climas – como a raiva, por exemplo, presente em produções do diretor Quentin Tarantino, em que todo figurino se choca com o cenário cheio de sangue; ou a doçura trazida por cores primárias, sofisticadas e contrastes, que encantaram o público do vencedor do Oscar 2016, Moonlight – Sob a Luz do Luar, de Berry Jenkins. Moonlight, falando de forma “técnica”, tem um roteiro bem estruturado, que dá a chance de compreender cada fase da vida de Chiron – um garoto negro, homossexual e morador da periferia de Miami, que possui uma mãe viciada e é criado por um traficante e sua esposa. A história de Chiron, contada em três fases, não apenas se divide em três etapas de sua vida (infância, adolescência e vida adulta) como se compõe também na coerente mudança de texturas e

no peso que as cores vão assumindo ao longo da projeção. Particularmente fiquei muito emocionada com o fato de o filme ter mostrado a vida afetiva do protagonista de uma forma tão delicada, simples e humana – algo que costuma ficar de fora em produções com personagens negros, frequentemente marginalizados e tidos como seres bestiais. Fotografado por James Laxton, colorido por Alex Bickel e com Hannah Beachler como responsável pelo design e direção artística (para quem não sabe, a designer também produziu toda a parte artística do álbum Lemonade, de Beyoncé), o filme de Jenkins estabelece já em seu primeiro plano uma tensão visual que será predominante durante toda a narrativa. Com um elenco predominantemente negro e latino, as cores pulsam e transmitem todos os sentimentos não ditos, assim como www.quadroporquadro.com

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preenchem os olhos de quem assiste. Os Olhos Grandes de Tim Burton Falando sobre o mundo exótico e cheio de cores de Tim Burton, o filme ‘’Grandes Olhos’’ se passa entre o final dos anos 50 e início dos 60 e utiliza tonalidades fortes e sombrias (a cara do Tim) para contar uma história emocionante e real. A produção é sobre o pintor Walter Keane (Christoph Waltz), que conquistou o sucesso ao comercializar pinturas enigmáticas de crianças com olhos grandes. Ao longo do filme, a verdade bizarra de que sua esposa, Margaret (Amy Adams), é quem produzia os quadros é revelada junto de abusos, loucura e redenção da personagem, em tempos onde mulheres eram ensinadas a obedecer aos seus parceiros. Tim Burton deixou os excessos de lado para encarar uma trama mais próxima da realidade. Muitas mulheres ainda são silenciadas como Margareth e o campo artístico, assim como outros, ainda é um espaço predominantemente masculino e hétero, em que muitas mulheres ainda são objetificadas e silenciadas. Burton, em sua entrevista para o Nottingham Post falou sobre o choque que sentiu ao descobrir que as autorias dos quadros não eram de Walter: “Cresci vendo as pinturas onipresentes penduradas em salas de estar das pessoas e em consultórios médicos no subúrbio de Los Angeles. Havia algo sobre eles que eu achava interessante e perturbador. Eles me deixavam gelados. Mas, assim como todo mundo, eu acreditava que Walter era o autor daquelas imagens. Foi um choque

quando se espalhou a notícia de que era Margaret quem pintava”. Margareth possuía talento, beleza e ingenuidade, o que não apagou sua forma genial e assombrosa de ver o mundo, levando em conta todos os problemas que os E.U.A enfrentavam naquela época, como Direitos Civis dos negros. Ter alguém como Margaret era como uma inspiração de que sua arte transparecia não só sua dor, mas também sua esperança, traduzida em grandes olhos – ora curiosos, ora assustados. Que tal um desafio? Quero saber o que você pensa ao visualizar essa imagem acima. Dor, desafio, tensão, prazer ou tristeza? A cor vermelha está ligada a emoções fortes, excitação e até mesmo a tensão. Nessa cena em especial, a fotografia estabelece uma separação muito clara, que logo de cara,

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para quem olha com atenção, nos mostra que Walter é o vilão da trama e Margaret é a vítima injustiçada. Mas por que ela? Observe que as cores estão dando juízo de valores. Enquanto Walter está sob tonalidades escuras e fortes, sua esposa se encontra mergulhada em branco, preto (pela obscuridade de sua vida naquele momento) e verde, que simboliza esperança e liberdade (desejo de produzir sua arte de forma autônoma, sem abuso) – algo que revela não só um figurino e cenário impecáveis, como os acertos de Tim Burton em sua arte. Antes de entrar em um relacionamento abusivo, as cenas que mostram Margaret tentando levar a vida por meio da sua arte são de tonalidades claras, que combinam com seu cabelo louro, simbolizando ingenuidade e até mesmo sensualidade, algo que despertou o interesse do charlatão Walter. 4.bp.blogspot.com

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Seu Jorge e Wagner Moura nos bastidores de “Marighella”

“Estou preparado para a porrada”, diz Wagner Moura sobre o filme “Marighella” Filme estreia no Festival de Berlim com dificuldades de financiamento e sem data para lançamento no Brasil Laura GNR Fernandes Fonte: brasildefato.com Em: 30/01/2019 “’Cuidado que o Marighella é valente’, alertou um agente da repressão antes de umas das muitas tentativas de captura do líder revolucionário durante a ditadura militar”. A passagem da biografia de Carlos Marighella, escrita por Mário Magalhães, retrata uma das 74

principais facetas do protagonista do filme dirigido por Wagner Moura, que estreia na 69ª edição do Festival de Berlim, na Alemanha, entre os dias 7 e 17 de fevereiro. Essa é a primeira vez que Wagner Moura, mais conhecido por seu papel como Capitão Nascimento no filme “Tropa de Elite”, trabalha como diretor. De cara, ele assumiu como desafio reconstruir

parte da trajetória de Marighella: poeta, militante comunista desde a juventude, deputado federal e fundador do maior grupo armado de oposição à ditadura, a Ação Libertadora Nacional (ALN). O filme, que vai do drama à ação, conta justamente sobre o período mais conturbado e radical da vida do baiano como guerrilheiro. “A minha escolha por esse recorte também atende a vontade de que

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o filme seja popular, que muita gente veja, sobretudo as pessoas pelas quais Marighella lutava, o que é uma questão quando você pensa que o cinema é um divertimento elitizado no Brasil”, explica, em entrevista exclusiva ao Brasil de Fato. Para Mário Magalhães, autor da biografia, lançar a história de Marighella nas telonas é um ato de coragem. “Ainda mais em tempo de novos censores, que querem impedir que se conte a história como a história aconteceu. Ninguém é obrigado a gostar de Marighella. Mas julgá-lo sem conhecer sua trajetória é estupidez. Marighella nunca provocou tanto amor e tanto ódio. Ele está mais vivo do que nunca”, acrescenta o escritor, quando perguntado sobre a adaptação de seu livro. Pela escolha do personagem e do recorte, Wagner Moura afirma que o filme encontrou barreiras para conseguir financiamento. A produção também não tem previsão de exibição nos cinemas brasileiros. “Existiu totalmente um boicote. Embora o filme vá estrear em 2019 no governo Bolsonaro - na época em que a gente estava filmando parecia uma piada isso - mas já vivíamos uma polarização grande e um crescimento do conservadorismo. Eu que sempre fui um artista identificado com a esquerda, então ficou ‘o petralha fazendo filme sobre o terrorista’ e ninguém queria se associar a isso. A gente recebeu respostas agressivas, mas estou seguro do filme que fiz e preparado para a porrada”, garante o diretor estreante, valente assim como seu protagonista e referência de resistência.

Confira a entrevista completa: Brasil de Fato: Por que resolveu contar a história de Marighella nos cinemas? Wagner Moura: Eu sou baiano. Suponho que o nome de Marighella seja igual no Brasil inteiro, mas, em Salvador, a gente cresceu tendo ele como referência de resistência. Era um nome importante na Bahia para quem se interessava pelas lutas de resistência. Eu sempre fui fascinado por revoltas populares. Malês, Canudos... e Marighella é um personagem próximo dessa tradição. Também sou muito amigo, no mundo do teatro, de Maria Marighella, sua neta. Quando Mário Magalhães lançou a sua biografia, em 2012, eu estava em Salvador e a Maria me falou: “Saiu a biografia do meu avô, cara. Temos que fazer um filme”. Na hora, eu concordei. A princípio, minha ideia era que o filme acontecesse, eu queria produzir esse filme. Era uma narrativa que eu queria ver contada, mas não tinha pensado que eu ia dirigir o filme. Sempre fui um ator muito interessado no trabalho que vai além do set [de filmagens]. Desejo trabalhos que me desafiem artisticamente também, então foi aí começou a história de dirigir “Marighella”. E o que um filme de ficção pode acrescentar à história de Marighella? Um filme de ficção tem potencial de se alastrar e atingir mais pessoas que um documentário. São raros os documentários que atingem uma quantidade grande de pessoas. Eu sou um cara que vem da ficção, então não saberia fazer um documentário sobre a história dele. Embora ele [o filme] seja baseado em uma história real, em persona-

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gens reais, em um estudo gigante do Mário Magalhães, que é incrível -- ele reconstituiu a história de um cara que fez questão de apagar seus passos --, o nosso filme toma liberdades criativas de cenas, lugares, pessoas que não aconteceram. O filme se apropria de elementos que são da história dele. Nada que está lá é diferente do que eu suponho que Marighella não faria de verdade. Por outro lado, tem situações ficcionalizadas. Por exemplo, os guerrilheiros que estão ao redor dele: não quis usar os nomes reais, porque a ALN [Ação Libertadora Nacional] era tão grande, tinha tanta gente interessante, e não quero que ninguém fique pensando que são pessoas específicas. Os personagens são baseados em figuras históricas, mas são ficcionais. Várias liberdades inerentes ao cinema foram tomadas para que o filme ficasse bom. Mas, claro, tudo com muito cuidado para que a figura de Marighella e a sua história se popularizasse. Que Marighella é esse, retratado no seu filme? O recorte temporal é do golpe de 1964 até a morte de Marighella em 1969 -- os últimos cinco anos de sua vida. Esse Marighella é o cara que resolve ir para a luta armada, resolve que a única possibilidade de lutar pela democracia, justiça social, liberdade, igualdade, é essa. Escolher esse recorte é retratar o Marighella radical. Mas vale lembrar que ele foi uma pessoa que militou na legalidade o quanto pôde. Porque o Partido Comunista (PCB) ficava ilegal quase o tempo inteiro. É claro que, do ponto de vista cinematográfico, as ações da ALN são espetaculares. Nosso filme é um híbrido de gêneros. Ele é um drama histórico, mas, ao mesmo 75


tempo, tem elementos muito poderosos do cinema de ação. Mais uma vez, a minha escolha por esse recorte também atende à vontade de que o filme seja popular, que muita gente veja, sobretudo as pessoas pelas quais Marighella lutava -- o que é uma questão, quando você pensa que o cinema é um divertimento elitizado. Vou fazer o que eu puder para que o máximo de pessoas possível assista ao filme. Eu prometi ao Boulos [Guilherme] que vou estrear o filme no acampamento de São Bernardo, do MTST [Movimento dos Trabalhadores Sem Teto], e do MST [Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra] também. O que puder fazer nesse sentido, vou fazer. O Mano Brown foi anunciado inicialmente para o papel de Marighella. Por que Seu Jorge assumiu? Não tem no Brasil alguém mais Marighella do que Brown. Poeta e guerrilheiro, amoroso e agressivo. A gente começou a ensaiar com ele, mas deu um azar muito grande: foi o mês em que o Racionais [MCs] fez mais shows. Tinha um por dia, que terminava às quatro horas da manhã! Não deu para ele. Era um comprometimento que não dava para acompanhar. Ele é um parceiro do filme, quer que o filme aconteça, toda a equipe é louca por ele, mas não deu. Então, a gente precisou de outro ator. Seu Jorge é uma das pessoas mais talentosas do mundo. O trabalho dele no filme é absurdo. Engraçado que, quando saiu a notícia que ele interpretaria, um articulista de direita disse: “Esse Wagner está querendo agora empretecer Marighella”. Ele reivindicou a branquitude de Marighella. Seu Jorge, de 76

fato, tem a pele mais escura do que a de Marighella, mas ele era preto, neto de escrava sudanesa. Marighella foi um defensor da justiça social e igualdade entre as pessoas, mas nunca falou sobre a questão do racismo, porque não era uma pauta da esquerda. Também não é suficientemente hoje, como deveria ser. A esquerda não entendeu que não se pode falar de nenhuma questão social sem falar de racismo. Sem entender que o evento histórico que fundamenta nossas relações sociais é a escravidão. O Brasil foi o último país do mundo a abolir a escravidão. O Brasil tem na sua arquitetura quartos de empregada, e as empregadas são em maioria mulheres negras, que tiveram a lei trabalhista regulamentada há poucos anos -- e que gerou uma polêmica. Embora isso não tenha sido um discurso frontal de Marighella, porque não era da esquerda naquela época, mas pelo fato de ele ser um homem negro e defensor da justiça social, a pauta do racismo faz muito sentido em sua boca. Seu Jorge ser mais escuro do que Marighella não é uma questão. Ele não poderia era ser mais claro. O filme vai ser adaptado para uma série de TV. É uma tentativa de popularizar a história de Marighella? De alguma forma, sim. Esse foi um filme muito difícil de conseguir dinheiro para fazer. É uma produção grande e que não usa a Lei Rouanet -- apesar das pessoas estarem dizendo isso. O principal apoio é da Globo Filmes -- sem ele, não conseguiríamos fazer. Então, esse é um acordo que eles têm feito com as produções: depois de estrear no cinema, eles cortam e fazem uma série em

quatro episódios. Termina sendo uma coisa boa, porque o alcance que a TV tem é infinitamente maior, se comparado ao cinema. Você comentou na imprensa sobre algum boicote das empresas ao filme. Existiu totalmente um boicote. Embora o filme vá estrear em 2019 no governo Bolsonaro -- na época em que a gente estava filmando, parecia uma piada isso --, já vivíamos uma polarização grande e um crescimento do conservadorismo. Eu sempre fui um artista identificado com a esquerda, então ficou “o petralha fazendo filme sobre o terrorista”... e ninguém quer se associar a isso. A gente recebeu respostas agressivas. Você está preparado para os ataques? Eu estou preparado para a porrada. Não quero que nenhum dos atores sofra tanto, mas vão sofrer. Vão ser ataques violentos. Não sabemos tudo que é possível. Quando a gente estava filmando, teve uma galera que ameaçou entrar no set e quebrar tudo. Eu não tenho redes sociais, não sei como é, acho que a maioria das ameaças eu não sei, não vejo. Isso me protege muito da energia pesada. Por outro lado, não tenho medo dessas coisas. Tenho muita segurança de quem eu sou, do que eu acredito, do filme que fiz. Muita segurança da fragilidade dessa gente, intelectual e humana. O discurso deles é de criminalizar os artistas. Para eles, o MST e o MTST são terroristas, Marighella é terrorista, defensor de direitos humanos é “defensor de bandido”. O cara que emprega bandido no gabinete diz que defensor de direitos humanos é que é defensor de bandido. Então, está tudo muito

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louco. A verdade acabou, não importa mais. Esse momento é muito medíocre e muito triste. Isso me assusta é o que me dá medo. Na sua avaliação, o que pode vir a ser a produção cultural no Brasil nos próximos anos? Triste do país que faz dos seus artistas inimigos do povo. É um discurso muito característico do fascismo. Os artistas que são historicamente ligados a um pensamento mais progressista são os primeiros a serem atacados como inimigos. A gente está vivendo um momento de extrema mediocridade, moral e intelectual. Bolsonaro vai para Davos e não sabe o que falar. “Meninas vestem rosa, meninos vestem azul”, “Escola sem Partido”, todo esse mar de mediocridade é você querer eliminar tudo o que tem a ver com pensamento crítico. É pragmatizar e emburrecer. Nós artistas fazemos parte do universo que está propondo mudança. Não só porque somos historicamente ligados a um pensamento progressista, mas porque o que produzimos propõe reflexões que incomodam, e essa gente não quer. Eles não leem, não vão ao teatro. Quando falo de cultura não falo só de produção artística, mas de tudo que eles querem destruir. Cultura LGBT, cultura quilombola, cultura indígena, tudo isso é o que é um país. É o que faz qualquer país decente se desenvolver com autonomia e autoestima. A gente vive em um país incrível, original, reconhecido por isso. Mas a gente vive um momento, não só no Brasil, mas no mundo inteiro, de extremismo e violência. O Jean Wyllys dizer que não dá mais é triste, mas absolutamente compreensível. Porque se você

tem hombridade moral e dignidade, as suas armas são muito frágeis contra essa coisa toda. Algumas pessoas têm identificado no filme “Tropa de Elite” a figura do Capitão Nascimento como Bolsonaro. O que você pensa sobre isso? Eu não votaria no Capitão Nascimento para Presidente do Brasil. Ele é um personagem de ficção, por mais realista que seja o filme. Não é de hoje essa polêmica. Na época em que o filme foi lançado, o jornalista Arnaldo Bloch falou que o filme era fascista. Eu escrevi um texto para o jornal O Globo falando que não era fascista, e sim, um estudo sobre como se comportam as polícias no Rio de Janeiro, sobre essas relações promíscuas entre polícia, estado e criminalidade. Eu rejeito categoricamente a ideia de que o filme endossa o comportamento do Capitão Nascimento. Mas qualquer obra de arte é polissêmica. Não é o que eu quero dizer. Por exemplo, se “Marighella” tivesse sido lançado no governo Lula seria um filme, no governo Temer, outro filme, e agora é outro. É o olhar da gente que faz a obra ser o que ela é. Como você vê os escândalos envolvendo as milícias e a família Bolsonaro? As milícias são crime organizado. O crime organizado no Brasil mesmo é o PCC e as milícias, que tem currais eleitorais, elegem políticos, são uma máfia criminosa e perigosa. A relação de Flávio Bolsonaro com milicianos é pública. Ele nunca escondeu isso. Não estou entendendo a surpresa com relação a isso. Ele não disse uma palavra sobre a morte de Marielle, que era sua

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colega parlamentar. Não estou dizendo que ele tem uma relação direta com a morte dela, mas que ele tem uma relação com os policiais que cometeram crimes e tem relações com as milícias. Qual a surpresa? Nesse sentido, qual a importância de que “Marighella” seja lançado neste ano? É importante porque é um filme que vem disputar narrativa. Talvez seja uma das primeiras obras da nossa cultura que está frontalmente em oposição a quem chegou ao poder no Brasil. No entanto, foram eleitos democraticamente, se apresentam como de fato disseram que iam ser. Alguém se espanta que Flávio Bolsonaro tenha ligação com a milícia. Por quê? Que espanto é esse? Nenhum. Alguém se espanta que Bolsonaro chegue em Davos e não saiba falar com os jornalistas sobre economia? Então, a gente vive um momento em que um ministro do Supremo [STF] fala que não é golpe de 1964, é “movimento de 1964”, outro diz que a ditadura não foi tão má assim. Nosso filme vem para disputar essa narrativa. Para dizer que foi ruim, que foi horrível, que teve gente que teve coragem de enfrentar aquilo. A forma como o enfrentamento se deu foi radical. Talvez, se vivesse esse período, eu não entraria para a luta armada. Vejo o negócio do porte de armas e fico arrepiado. Mas é muito cruel também, analistas políticos no Brasil, sob a luz da história, analisando a opção de quem naquele momento, cerceado de todos os seus direitos básicos, optou por enfrentar com força quem estava oprimindo. Isso é um direito de qualquer povo: defender-se do totalitarismo e da opressão. 77


Em entrevista ao Pedro Bial, antes de começar a filmar, você falou que “ia fazer um filmaço”. Você fez mesmo? Eu fiz. É um filmaço mesmo. Fiz o filme que queria ter feito. Eu acho que eu não sou diretor, mas um ator que dirigiu um filme. Fui para Berlim três vezes: com “Tropa de Elite 1”, “Tropa de Elite 2” e “Praia do Futuro”. Éramos poucos. Sabe quantas pessoas estarão em Berlim agora? Quinze atores e mais umas pessoas da

equipe. Uma galera que não tem grana, mas quer ir para estar nesse dia, começando a caminhada desse filme juntos. Um filme tão potente e especial para todos nós que fizemos. Todos nós sabemos a importância que esse filme tem, politicamente, no Brasil. Mesmo que a gente tire esse elemento, se é que é possível, artisticamente, o que vivenciamos foi uma das experiências mais profundas que tive. Ver o que os atores estavam me dando foi uma coisa de outro mundo. Acabava a

cena, eu queria beijar, ajoelhar aos pés dos atores. Eu entendi a importância que o ator tem. O tamanho da exposição que o ator apresenta quando está em cena, a equipe, como cada um foi levado ao seu limite de sair da zona de conforto. Ninguém fez o que sabia fazer, eu não sabia fazer. Foi todo mundo junto. Querendo muito contar essa história. Seremos mais de 30 em Berlim, porque o filme foi feito com muita honestidade. É um filme honesto.

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MÚSICA INTERNACIONAL

Billboard Music Awards 2021 anuncia prêmios; The Weeknd é grande vencedor O artista ficou com dez prêmios no Billboard Music Awards 2021 Caio Amorim David Fonte: uol.com.br Em: 23.05.21 Latino foi oferecido a Bad Bunny. seu filho, seu pai e sua equipe. “Eu não fiz um discurso de vitória sobre O evento foi apresentado por Nick como fazer acontecer ou como foi Jonas e outros artistas, e contou chegar até aqui porque, para ser sincom apresentações de BTS com cero, eu mesmo não entendo muito sua nova música, “Butter”, Doja bem como isso aconteceu. Eu só sei Cat e SZA, com “Kiss Me More”, que passei incalculáveis horas analiJonas Brothers ao lado do DJ Mar- sando todas as coisas que eu fiz que shmello e P!nk, que foi homena- deram errado, mas hoje eu vejo que geada. Os grupos BTS, Pink, AJR fiz alguma coisa certa”, disse Drake. e Twenty One Pilots já se apre- O rapper Pop Smoke, morto a tiros sentaram durante a premiação. O em sua casa em fevereiro de 2020, último show foi apresentado pelos recebeu o prêmio póstumo de MeJonas Brothers. lhor Álbum Billboard 200. A mãe O rapper canadense Drake ganhou do artista recebeu o troféu e agradeo prêmio de artista da década, e ceu pela homenagem ao seu “jovem subiu no palco da companhia de guerreiro”. Ele já havia sido premiado como melhor artista iniciante. celebrity.com Michelle Obama introduziu Alicia Keys e rendeu elogias à cantora, afirmando que ela a inspira. “Alicia, você é uma luz brilhante, uma força singular, você inspira a mim, minhas filhas e milhares de fãs ao redor do mundo”, disse a ex-primeira dama dos Estados Unidos. Pink recebeu o “Billboard Icon Award” por sua carreira, a décima artista a receber o prêmio, e a mais jovem até o momento. A cantora recebeu o troféu das mãos de Jon Bon The Weeknd foi o artista mais premiado da noite Jovi e provocou o artista, revelando Os primeiros vencedores foram divulgados no início da tarde do dia 23. Já os prêmios principais foram distribuídos ao vivo na TNT. The Weeknd, que é recordista de indicações e concorreu em 16 categorias, arrebatou dez prêmios incluindo melhor artista, prêmio principal da noite. Prêmios como de artista Top Hot 100 - The Weeknd - e Melhor Cantora Country - Gabby Barrett - foram anunciados ao vivo direto do Microsoft Theater, em Los Angeles. O prêmio de Top música de rap ficou com a música Rockstar de DaBaby e o prêmio Top artista

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um crush no cantor. “Eu tenho que te dizer, eu não saí do meu quarto por uma semana quando você casou com a Dorothea”, brincou. O prêmio principal, de melhor artista, tinha dois mortos entre os finalistas - o rapper Juice WRLD e o também rapper Pop Smoke. A premiação ficou com The Weeknd, que acabou com dez prêmios. Veja, a seguir, os prêmios já divulgados: Melhor Artista Drake Juice WRLD Pop Smoke Taylor Swift The Weeknd -- VENCEDOR

Top Música Hot 100 24kGoldn ft. iann dior “Mood” Gabby Barrett ft. Charlie Puth “I Hope” Chris Brown & Young Thug “Go Crazy” DaBaby ft. Roddy Ricch “ROCKSTAR” -- VENCEDOR The Weeknd “Blinding Lights Melhor Álbum Billboard 200 Juice WRLD - Legends Never Die Lil Baby - My Turn Pop Smoke Shoot for the Stars, Aim for the Moon -- VENCEDOR Taylor Swift - folklore The Weeknd - After Hours Top Rap Song

capricho.com

24kGoldn ft. iann dior - “Mood” Cardi B ft. Megan Thee Stallion “WAP” DaBaby ft. Roddy Ricch - “ROCKSTAR” -- VENCEDOR Jack Harlow ft. DaBaby, Tory Lanez, & Lil Wayne - “WHATS POPPIN” Megan Thee Stallion ft. Beyoncé “Savage” Top Artista Iniciante Gabby Barrett Doja Cat Jack Harlow Pop Smoke -- VENCEDOR Rod Wave Top Artista Masculino Drake Juice WRLD Lil Baby Pop Smoke The Weeknd -- VENCEDOR Top Artista Feminino Billie Eilish Ariana Grande Dua Lipa Megan Thee Stallion Taylor Swift -- VENCEDOR Top duo ou grupo AC/DC AJR BTS -- VENCEDOR Dan + Shay Maroon 5 Top Artista Billboard 100 DaBaby Drake Dua Lipa Pop Smoke The Weeknd - VENCEDOR

The Weeknd recebendo o preêmio de melhor artista Trabalho Acadêmico válido como AV2 da disciplina C304C, Editoração Eletrônica da Facha - 2021/1

Top Artista Billboard 200 Drake Juice WRLD Pop Smoke Post Malone Taylor Swift -- VENCEDOR 81


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Top Artista Social (votação de fãs) BLACKPINK BTS -- VENCEDOR Ariana Grande SB19 Seventeen Top Artista de R&B Jhené Aiko Justin Bieber Chris Brown Doja Cat The Weeknd -- VENCEDOR Top Artista de R&B Masculino Justin Bieber Chris Brown The Weeknd -- VENCEDOR Top Artista de R&B Feminino Jhené Aiko Doja Cat -- VENCEDOR SZA Top Artista de Rap DaBaby Drake Juice WRLD Lil Baby Pop Smoke -- VENCEDOR Top Artista de Rap Masculino Juice WRLD Lil Baby Pop Smoke -- VENCEDOR

Dj Khaled no Billboard Music Awards

Top Artista de Streaming de Canções DaBaby Drake -- VENCEDOR Lil Baby Pop Smoke The Weeknd Top Artista de Venda de Canções 82

Justin Bieber BTS -- VENCEDOR Megan Thee Stallion Morgan Wallen The Weeknd Top Artista de Músicas de Rádio Justin Bieber Lewis Capaldi Dua Lipa Harry Styles The Weeknd -- VENCEDOR

Top Artista de Rap Feminino Cardi B Megan Thee Stallion -- VENCEDOR Saweetie Top Artista de Country Gabby Barrett Kane Brown Luke Combs Chris Stapleton Morgan Wallen -- VENCEDOR Top Artista de Country Masculino Luke Combs Chris Stapleton

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Morgan Wallen -- VENCEDOR

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Melhor Artista Feminina de Country Gabby Barrett -- VENCEDOR Maren Morris Carrie Underwood Top Country Duo/Group Dan + Shay Florida Georgia Line -- VENCEDOR Maddie & Tae Top Artista Latino Masculino Bad Bunny -- VENCEDOR J Balvin Ozuna Top Artista Latino Feminino Becky G Karol G -- VENCEDOR Rosalía Top Artista Duo ou Grupo Latino Banda MS de Sergio Lizárraga Eslabón Armado -- VENCEDOR Los Dos Carnales Top Artista de Dance/Eletrônica The Chainsmokers Kygo Lady Gaga -- VENCEDOR Marshmello Surf Mesa Top Artista Cristão Casting Crowns Elevation Worship -- VENCEDOR for KING & COUNTRY Carrie Underwood Zach Williams Top Artista Gospel Kirk Franklin Koryn Hawthorne Tasha Cobbs Leonard Maverick City Music Kanye West -- VENCEDOR

Nick Jonas e Priyanka Chopra

Top Álbum de R&B Jhené Aiko, Chilombo Chris Brown & Young Thug, Slime &B Doja Cat, Hot Pink Kehlani, It Was Good Until It Wasn’t The Weeknd, After Hours -- VENCEDOR Top Álbum de Rap DaBaby, Blame It On Baby Juice WRLD, Legends Never Die

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Lil Baby, My Turn Lil Uzi Vert, Eternal Atake Pop Smoke, Shoot for the Stars, Aim for the Moon -- VENCEDOR Top Álbum de Country Gabby Barrett, Goldmine Sam Hunt, Southside Chris Stapleton, Starting Over Carrie Underwood, My Gift Morgan Wallen, Dangerous: The Double Album -- VENCEDOR

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DaBaby recebendo o prêmio Billboard

Top Álbum de Rock AC/DC, Power Up Miley Cyrus, Plastic Hearts Glass Animals, Dreamland Machine Gun Kelly, Tickets to My Downfall -- VENCEDOR Bruce Springsteen, Letter to You Top Álbum Latino Anuel AA, Emmanuel Bad Bunny, El Último Tour Del Mundo Bad Bunny, Las que no iban a salir Bad Bunny, YHLQMDLG -VENCEDOR J Balvin, Colores Top Álbum de Dance/Eletrônica DJ Snake, Carte Blanche Gryffin, Gravity Kygo, Golden Hour Lady Gaga, Chromatica -- VENCEDOR Top Álbum Cristão Bethel Music, Peace 84

Elevation Worship, Grave Into Gardens Carrie Underwood, My Gift -VENCEDOR We The Kingdom, Holy Water Zach Williams, Rescue Story Top Álbum Gospel Koryn Hawthorne, I AM Tasha Cobbs Leonard, Royalty: Live at the Ryman Maverick City Music, Maverick City Vol. 3 Part 1 -- VENCEDOR Maverick City Music, Maverick City Vol. 3 Part 2 Kierra Sheard, Kierra Top Música em Streaming Cardi B ft. Megan Thee Stallion, “WAP” DaBaby ft. Roddy Ricch, “ROCKSTAR” -- VENCEDOR Future ft. Drake, “Life Is Good” Jack Harlow ft. DaBaby, Tory Lanez, & Lil Wayne, “WHATS POPPIN” The Weeknd, “Blinding Lights”

Top Música de Rádio Gabby Barrett ft. Charlie Puth, “I Hope” Chris Brown & Young Thug, “Go Crazy” Dua Lipa, “Don’t Start Now” Harry Styles, “Adore You” The Weeknd, “Blinding Lights” -VENCEDOR Top Colaboração (voto dos fãs) 24kGoldn ft. iann dior, “Mood” Gabby Barrett ft. Charlie Puth, “I Hope” -- VENCEDOR Chris Brown & Young Thug, “Go Crazy” DaBaby ft. Roddy Ricch, “ROCKSTAR” Jack Harlow ft. DaBaby, Tory Lanez, & Lil Wayne, “WHATS POPPIN” Top Música de R&B Jhené Aiko ft. H.E.R., “B.S.” Justin Bieber ft. Quavo, “Intentions” Chris Brown & Young Thug, “Go

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Crazy” Doja Cat, “Say So” The Weeknd, “Blinding Lights” -VENCEDOR Top Música de Rock AJR, “Bang!” -- VENCEDOR All Time Low ft. blackbear, “Monsters” Glass Animals, “Heat Waves” Machine Gun Kelly ft. blackbear, “my ex’s best friend” twenty one pilots, “Level of Concern” Top Música Latina Bad Bunny, “Yo Perreo Sola” Bad Bunny & Jhay Cortez, “Dákiti” -- VENCEDOR Black Eyed Peas & J Balvin, “RITMO (Bad Boys For Life)” Maluma & The Weeknd, “Hawái” Ozuna x Karol G x Myke Towers, “Caramelo” Top Música de Dance/Eletrônica

Lady Gaga, “Stupid Love” Lady Gaga & Ariana Grande, “Rain on Me” SAINt JHN, “Roses (Imanbek Remix)” -- VENCEDOR Surf Mesa ft. Emilee, “ily (i love you baby)” Topic & A7S, “Breaking Me”

Jonathan McReynolds & Mali Music, “Movin’ On” Marvin Sapp, “Thank You For It All” Tye Tribbett, “We Gon’ Be Alright” Kanye West ft. Travis Scott, “Wash Us In The Blood” – VENCEDOR

Top Música Cristã Elevation Worship ft. Brandon Lake, “Graves Into Gardens” -VENCEDOR for KING & COUNTRY, Kirk Franklin & Tori Kelly, “TOGETHER” Kari Jobe, Cody Carnes, & Elevation Worship, “The Blessing (Live)” Tauren Wells ft. Jenn Johnson, “Famous For (I Believe)” Zach Williams & Dolly Parton, “There Was Jesus” Top Música Gospel Koryn Hawthorne, “Speak To Me” acessonline.com

Drake reecebendo o pêmio de artista da década com seu filho Adonis ao lado Trabalho Acadêmico válido como AV2 da disciplina C304C, Editoração Eletrônica da Facha - 2021/1

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Drake recebe prêmio de artista da década pela Billboard e comemora com amigos A Billboard concedeu a Drake a homenagem de Artista da Década, no domingo. Caio Amorim David Fonte: portalrapmais.com Em: 24.05.21 O rapper Drake foi homenageado como o Artista da Década no Billboard Music Awards de 2021, domingo, e levou seu filho de 3 anos, Adonis, ao palco para celebrar o prêmio. “Estou muito autoconsciente sobre minha música”, Drake compartilhou em seu discurso. “Raramente comemoro alguma coisa, e apenas para quem está assistindo e se pergun-

tando como isso aconteceu, essa é realmente a resposta. É estar tão inseguro como você está fazendo isso, que você continua na esperança de descobrir a fórmula. tão sortudo e abençoado que o medo de perdê-lo o mantém acordado à noite. ” O vencedor do prêmio é determinado pela análise da atividade na parada de músicas da Billboard Hot 100 e nos álbuns da Billboard 200, bem como outros significan-

tes, como dados de mídia social e receita de turnês. Completando os 5 melhores artistas nesse sentido estão Taylor Swift, Bruno Mars, Rihanna e Adele. “Eu não escrevi um discurso grandioso sobre como fazer isso funcionar ou o que foi necessário, porque para ser honesto, eu realmente não entendo eu mesmo”, Drake continuou a admitir. “Só sei que passei uma quantidade incalculável de horas tentando wazupnaija.com

Drake recebendo o prêmio de artista da década

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analisar todas as coisas que fiz de errado, mas esta noite, pela primeira vez, tenho certeza de que fizemos algo certo.” Depois de levar para casa seu prêmio de Artista da Década, Drizzy relaxou com alguns amigos famosos Receber o título de Artista da Década no Billboard Music Awards foi a cereja do bolo para uma longa e bem-sucedida carreira de Drake. O magnata da OVO aceitou o cobiçado prêmio com seu filho Adonis ao seu lado, e depois de tirar todas as fotos do tapete vermelho com seus amigos famosos, ele se juntou a mais celebridades em uma after party exclusiva. Agora que a poeira baixou, mais informações sobre a reunião pós-prêmio de Drizzy foram compartilhadas. De acordo com o E!, Drake comeu algo no restaurante The Nice Guy antes de seguir para o Estádio SoFi, onde organizou sua festa oficial, tudo em Los Angeles.

Uma “fonte” disse ao canal que a equipe de Drake alugou o estádio para a noite e, dentro dele, foi relatado um ” banner gigante com seu nome e ‘Artista da Década’”, além do logo CLB (seu novo álbum) personalizado no centro do gramado. Os participantes incluíram DJ Khaled, Chris Brown, SZA, Kehlani, Offset, Lori Harvey, Michael B. Jordan, Winnie Harlow e muitos outros que mostraram seu rosto e foram fotografados entrando e saindo da festa ultra-exclusiva.

reddit.com

Foto do albúm “Nothing Was The Same”

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FESTIVAL DE MÚSICA

Festival Coachella anuncia retorno para abril de 2022 Festival na Califórnia, nos EUA, foi cancelado em 2020 e 2021 por causa da pandemia. Programação ainda não foi divulgada Ambrosia.com.br

Felipe Castello Fonte: g1.globo.com Em 01/06/21 O festival de música Coachella, realizado no deserto do sul da Califórnia, acontecerá pela primeira vez em dois anos, em abril de 2022, anunciou o organizador nesta terça-feira (1). O evento leva meio milhão de pessoas a um local a céu aberto de Indio, no leste de Los Angeles, ao longo de duas semanas. As datas de 2022 são os finais de semana de 15 a 17 e 22 a 24 de abril, disse o organizador Goldenvoice, empresa de festivais e espetáculos, em um comunicado. Os ingressos começam a ser vendidos nesta sexta-feira (4). O festival de 20 anos de existência, um dos maiores do mundo, foi cancelado em 2020 por causa da pandemia de coronavírus.

Pôr do sol no festival Coachella.

Os organizadores trabalharam para trazê-lo de volta em outubro de 2021, de acordo com reportagens, mas o plano foi descartado.

O Stagecoach, um festival de música country também realizado em Indio, acontecerá na esteira do Coachella, entre 29 de abril e 1º de maio.

Os artistas da edição de 2022 não foram anunciados. As principais atrações de 2020 deveriam ter incluído Frank Ocean, Rage Against the Machine e Travis Scott. Anitta e Pabllo Vittar também estavam no line up.

Apresentações ao vivo foram canceladas em todo o mundo em meio à disseminação da Covid-19. Elas começam a voltar nos Estados Unidos e outros países onde as vacinações aumentam e os casos da doença estão em declínio.

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Festival Glastonbury anuncia edição online com Coldplay, Haim e Jorja Smith Evento presencial foi cancelado duas vezes por conta da pandemia. Transmissão vai acontecer no dia 22 de maio. bandwagon.asia

Haim, Coldplay e Jorja Smith.

Felipe Castello Fonte: g1.globo.com Em 31/03/21 O Glastonbury vai fazer uma edição virtual em maio com shows de Coldplay, do trio Haim e de Jorja Smith. O segundo maior festival de música a céu aberto do mundo teve as edições deste ano e de 2020 canceladas por conta da pandemia do novo 90

coronavírus. A transmissão está marcada para o dia 22 de maio e vai acontecer do Worthy Farm, local onde acontece o festival no Reino Unido, em pontos turísticos como o Pyramid Field e o Stone Circle. Para assistir aos shows, é

preciso comprar ingressos de 20 a 35 libras esterlinas, cerca de R$ 159 a R$ 277 no site oficial. Além dos artistas citados acima, completam o line-up até agora: Damon Albarn, IDLES, Kano, Michael Kiwanuka, Wolf Alice, e DJ Ho-

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ney Dijon. Ainda há atrações a serem anunciadas. “Esperamos que isso traga um pouco de Glastonbury para suas casas e que, por uma noite apenas, pessoas em todo o mundo possam se juntar a nós nesta jornada pela fazenda!”, afirmou Emily Eavis, uma das organizadoras, em comunicado. O cancelamento do Glastonbury em 2021 aconteceu em janeiro e foi o primeiro grande

evento musical a cancelar sua edição deste ano por causa da pandemia do coronavírus. “Será mais um ano de descanso forçado para nós”, diz a organização, em comunicado publicado em seu site. “Apesar de nossos esforços para mover o céu e a terra, ficou claro que simplesmente não seremos capazes de fazer o festival acontecer este ano.” Os ingressos já comprados

serão válidos para a edição de 2022 do festival, diz a nota. O festival normalmente acontece em junho e também foi cancelado em 2020. Paul McCartney, Taylor Swift, Kendrick Lamar e Diana Ross já haviam sido anunciados como atrações principais. Um show de Gilberto Gil com a família também estava previsto para a edição do ano passado, que marcaria a 50º do evento. glastonburyfestivals.co.uk

Line up completo da edição online do Glanstonbury.

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Festivais de música e virtualização: uma combinação que veio para ficar Felipe Castello Fonte: canaltech.com.br Em 14/12/20 A pandemia causada pela COVID-19 fez o mundo parar, pensar e criar alternativas para que os negócios não afundassem, como em uma reação em cadeia. Quem podia, cumpriu meses de quarentena em casa e procurou alternativas de entretenimento totalmente online. Com casas de show fechadas por tempo indeterminado seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) de distanciamento social, artistas e produtores musicais tiveram que reinventar formatos para entregar outras propostas de apresentações ao vivo para quem estivesse em casa, popularizando as lives musicais durante a pandemia. De acordo com um levantamento realizado pelo Google e pelo YouTube, e divulgado em agosto, 85 milhões de brasileiros assistiram pelo menos a uma live 92

musical durante o período de quarentena. A pesquisa também mostra que, das dez lives musicais mais vistas na plataforma de vídeos, oito foram de artistas brasileiros. Das 1.007 pessoas entrevistadas, 71% afirmaram ter assistido a pelo menos uma live durante a quarentena, enquanto 38% disseram ter acompanhado seis ou mais, e 24% assistiram mais que dez shows online. O festival Rio Music Market, organizado pela Associação Brasileira da Música Independente (ABMI) e que reúne profissionais de diversos países para falar sobre a indústria musical mundial, foi um dos eventos que tiveram de se adaptar ao modelo digital para fazer a edição deste ano acontecer conforme o planejado. Os painéis rolaram na semana passada, e um deles trouxe para discussão justamente o tema da

virtualização de festivais e shows, mirando no futuro das experiências ao vivo. O painel foi mediado por Cristina Becker, Head de Arts Brazil no British Council, e recebeu as convidadas Bell Magalhães, Diretora do Festival Sarará, Ana Garcia, Diretora do Festival No Ar Coquetel Molotov e Carol Morena, Coordenadora do Festival Radioca. As três convidadas aproveitaram os quase 90 minutos de discussão para dividir as alternativas para lidar com os imprevistos causados pela pandemia de COVID-19, seja virtualizando os eventos ou encontrando outras formas de entregar entretenimento para o público em casa. Desde 2014, o Festival Sarará é um evento que acontece anualmente no Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte e reuniu

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mais de 40 mil pessoas na última edição, em 2019. “Essas ações que construímos esse ano foram muito importantes para nossa sanidade mental e funcionou para que continuássemos potentes e fortes na luta e na caminhada pela promoção da cultura no país”, declarou Bell Magalhães referindo-se à versão virtual que aconteceu nesse ano no mesmo local, porém sem o público presente. “Em um ano, a gente foi de oito a oitenta” declarou a organizadora, referindo-se à experiência 100% digital apresentada por Linn da Quebrada e que tinha o objetivo de valorizar a cena mineira na música brasileira,

oferecendo shows de artistas como Lagum e Rosa Neon. “Chegamos num ápice de entregar um festival para 40 mil pessoas, e, um ano depois, entregar um festival sem público.” O pernambucano Coquetel Molotov também teve de repensar seu formato em 2020, oferecendo uma programação “imersiva”, como a diretora Ana Garcia descreveu durante o Rio Music Market. “Era bastante inovador para o que estávamos vivenciando naquele momento, com o isolamento social ainda sendo uma realidade e o formato em slides ficando saturado”, conta. “Foram duas semanas de programação intensa, com oficinas, encon-

Festival Sarará antes da pandemia do covid-19.

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tros, e um grande dia de música com quatro palcos simultâneos pelo Zoom, com boa parte do público se mostrando e interagindo pelas câmeras.” Por outro lado, há quem preferiu utilizar as plataformas digitais e o nome dos festivais como forma de entregar uma alternativa diferente para o público. Foi o caso do Festival Radioca, que surgiu do programa de rádio de mesmo nome, até ganhar o formato de evento musical há cinco anos. “Recebemos essa puxada de tapete do mundo e pensamos qual seria o papel do festival além do show, do encontro físico e dos palcos”, declarou a coordenadora Carol Morena kondzilla.com

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durante o painel. “A gente brinca que está construindo o mundo que gostaríamos de viver, tranquilo e agradável.” “Fizemos milhões de questionamentos internos”, continuou a produtora do evento. “Os festivais conseguem aglutinar um público em volta muito fiel e curioso, é um público que confia na nossa curadoria, então entendemos esse papel e desenvolvemos um podcast [durante a quarentena]”, intitulado Radiocast. “A gente tem trabalho bastante a comunicação entendendo que a gente é uma plataforma desse contato com artistas, o público e o mercado.”

“Estamos pensando num festival online para março”, adianta Carol em primeira mão sobre um Radioca digital. Mais detalhes devem ser divulgados em breve. Patrocinadores e apoio na produção de festivais web Um dos principais desafios em adaptar um festival presencial para o meio digital é não contar com a receita da bilheteria ou do consumo dentro do evento, explica Ana Garcia. “Quando começou o período de isolamento, a gente já estava na produção do Coquetel Molotov São Paulo”, conta a produtora. “Tivemos que

parar tudo e repensar, então o Coquetel Molotov.EXE aconteceu em julho e foi um dos primeiros festivais que não eram apenas uma live.” “Acho que produtores de eventos são especialistas em lidar com crises. A cultura está em crise há anos e [a pandemia] foi uma crise que despertou a nossa criatividade”, brincou a diretora do Coquetel Molotov. “Conseguimos reunir todos os parceiros do festival que acreditam na cultura e a entendem a importância disso continuar acontecendo mesmo naquele momento”, pontuou, ainda ressaltando a importância de um Istoe.com.br

Live de Marília Mendonça no Youtube.

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www.audioarenaoriginals.com.br

Project Black Pantera tocando em uma gravação.

evento pernambucano acontecer num ano como 2020, em que “quase não há apoio para os artistas locais da cena independente.” Confira o Manifesto publicado pela organização do Coquetel Molotov.EXE no início de dezembro: “Essa não é uma crise exclusiva da música”, declara Carol Morena, do festival Radioca. “Óbvio que fomos pegos de supresa, mas não tem como parar a música e a nossa criatividade. Os parâmetros agora são outros, mas é importante entender que queremos construir um espaço mais sólido para música e que acreditamos nesse mercado.” “As empresas parceiras do Radioca têm muita identificação com o que a gente faz, isso ajuda muito”, continua a coordenadora do

festival. “É uma descoberta coletiva, e a gente conta com esse entendimento de todo mundo que está tentando fazer algo agora.” Uso da tecnologia No caso Sarará, o intuito da versão digital foi trazer a experiência do evento para a casa das pessoas. A Diretora Bell Magalhães conta que a edição na web não foi um projeto inicial e que a organização ainda tinha esperança de que até a data do festival acontecer, em agosto, a situação diante da pandemia de COVID-19 já estaria mais controlada. “Quando tínhamos a ideia de fazer no Estádio do Mineirão, acreditávamos que daria para reunir poucas pessoas, com espaçamento e medidas de segurança e higiene para

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ter uma experiência presencial”, conta. “Como fechar uma conta de um universo automático de bilheterias, patrocínio e consumo quando perdemos as maiores receitas do evento?”, questionou a produtora do evento. Colocando-se no lugar de um público que consumiu lives todos os dias desde março, Magalhães conta que a equipe passou por uma bateria de reuniões para trazer um festival menos “chato”, como ela mesma descreve, para pessoas que já estavam “saturadas” da tela do computador, da TV ou celular. “Pensamos em criar um site com áreas em que as pessoas pudessem pedir pelo delivery com os restaurantes locais, os patrocinadores tinham a área de bebidas e uma sala em que as pessoas pudessem olhar uma para as outras e gerar uma paquera”, contou a organizadora do Sarará. Esse novo formato atingirá também a próxima edição do Festival Coquetel Molotov, que acontece entre os dias 11 e 23 de janeiro de 2021. “A programação incluirá um Mundo 3D numa plataforma 95


com diversos lançamentos, shows, oficinas, mentorias e encontros”, adianta Ana Garcia. Futuro “Acho que é a única certeza que temos”, referiu-se a Diretora do Coquetel Molotov ao retorno das aglomerações em festivais de música a partir do momento em que o Brasil tiver uma vacina disponível. “Esse período acelerou o processo que os

festivais estavam começando a realizar, obrigando-nos a virar digital. Isso iria acontecer nos próximos cinco anos, mas já vai acontecer no próximo ano.” “Agora, os próximos eventos já terão uma área tecnológica, seja na compra de ingressos ou em um setor exclusivo”, prevê Ana Garcia. Bell Magalhães concorda com a colega: “mesmo se tivermos uma retomada total em 2021,

não tem como fugir da tecnologia. O formato híbrido vai ser para sempre.”

www.carteiradoestudante.com.br

Pessoas aglomeradas em show.

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HISTÓRIA DA MÚSICA

Conheça a história da Música Popular Brasileira A importãncia e história da MPB

Cecilia Filartigas Fonte: letras.mus.br Em: 27\07\2019 A MPB já passou por diversas transformações, deu origem a novos estilos e se apropriou de outros — há quem diga que hoje já estamos na terceira fase da Música Popular Brasileira, mas também tem quem ache melhor não classificar nada, só dizer que é MPB e pronto. O fato é que a MPB engloba uma extensa quantidade de artistas, desde Chico Buarque, Tom Jobim e Elis Regina, passando por Marisa Monte e os Tribalistas, até chegar aos nomes mais recentes, como Silva, Tiago Iorc e Ana vitória. História da MPB. A expressão “música popular” é usada por aqui há séculos, mas sem se referir a nenhum movimento ou grupo artístico específico. A história da MPB só começa de verdade na segunda metade da década de 60. O contexto era o seguinte: a bossa nova, com influências do samba e do jazz americano, fazia sucesso com sua proposta de criar músicas mais sofisticadas, falando do cotidiano e das belezas do Brasil. Grandes nomes como Tom Jobim, Vinicius de Moraes e Nara Leão já faziam sucesso com esse movimento. Ao mesmo tempo, havia um outro grupo que queria resgatar as origens da música brasileira, bus-

cando inspiração no folclore e nos ritmos tradicionais vindos de diferentes regiões do país. Logo depois do começo da ditadura, em 1964, os dois movimentos se uniram como uma frente cultural contra o regime e adotaram a sigla MPM (Música Popular Moderna). A mudança de MPM para MPB teria sido, entre outras coisas, por influência do grupo MPB4, que surgiu mais ou menos na mesma época. Importância da MPB para o Brasil A Música Popular Brasileira teve importância em vários movimentos sociais. É por isso que ela costuma ser classificada como um conjunto de manifestações artísticas e culturais que vão além do gênero musical. Ela foi muito importante na luta contra a censura e na busca pelo resgate das raízes culturais brasileiras, tanto que a história da MPB chega a se misturar com a do Brasil. Mas se engana quem pensa que a importância da MPB ficou no passado. Artistas como Tiago Iorc são um ótimo exemplo de que ela continua aqui para questionar e nos fazer refletir sobre os problemas sociais. Vários novos artistas têm se destacado e dado novos ares à MPB, seja buscando a fórmula “original” ou construindo novos conceitos. A música popular é diferente da música clássica, ou erudita, que é mais formal e elaborada. A música folclórica também é um gênero

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musical diferente da música popular; ela engloba as canções tradicionais de um povo. A música popular brasileira engloba o samba, a bossa nova, o rock, o forró, o sertanejo e o brega entre outros estilos. Tipos de música popular ; Existem vários tipos de música popular. Alguns dos mais conhecidos são o samba e a bossa nova (do Brasil), o rock, o country, o rap, o blues e o jazz (dos Estados Unidos), o reggae (originário da Jamaica), a salsa (especialmente de Cuba e da Colômbia). Mas existem muitas outras formas de música popular no mundo todo. Geralmente, a música popular é baseada nas músicas tradicionais de cada região. Se esse tipo de música ganha popularidade internacional, fica conhecida como world music (“música do mundo”, ou música étnica). Com a internet, ficou muito mais fácil ter acesso a músicas do mundo inteiro.

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aprendateclado.com

Música Popular Brasileira

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musicabrasileira.webnode.com

Últimos 60 anos da Música Popular Brasileira - MPB

A Música Popular Brasileira tem admiradores no mundo inteiro A música popular brasileira é muito apreciada no Japão e há muitos discos de cantores e compositores brasileiros lançados antes nesse país do que no Brasil. Nos Estados Unidos e na França, a música brasileira também é apreciada. É comum que as músicas pop sejam populares por pouco tempo. Novas canções surgem re-

gularmente e ocupam o lugar dos antigos sucessos. Até mesmo certos estilos de música, como soul, funk e disco, acabam perdendo popularidade. Contudo, alguns gêneros musicais e bandas permanecem populares por muitos anos. É o caso do rock e de conjuntos como The Beatles e The Rolling Stones.

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Música popular no Brasil No Brasil, a música popular teve vários estilos, conforme a época. Desde os séculos XVI e XVII, antigas canções europeias chamadas cantigas foram se misturando à música africana dos escravos. No final do século XVIII e no início do XIX, dois estilos musicais — a modinha e o lundu (um ritmo de dança) — deram início à música popular no Brasil. Na segunda metade do século XIX, surgiram o maxixe, o choro, a seresta e o samba. No começo do século XX, com o crescimento do carnaval, aumentou a popularidade do samba e das marchinhas. Artistas como Noel Rosa, Cármen Miranda e Ari Barroso fizeram sucesso com esse gênero. Os anos 1940 e 1950 foram marcados pelos cantores de rádio e pelo estilo musical chamado samba-canção. Foi a época de grande sucesso de cantores como Francisco Alves, Dalva de Oliveira, Ângela Maria e Cauby Peixoto. A bossa nova surgiu no final da década de 1950 e trouxe novos artistas: João Gilberto, Carlos Lyra, Tom Jobim, Vinícius de Moraes. Por ter surgido como bandeira de luta, a Música Popular Brasileira nasceu com letras críticas, as chamadas canções de protesto — músicas que tentam chamar a atenção dos ouvintes para problemas políticos e sociais. Podemos citar como exemplo a clássica Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores, de Geraldo Vandré. Nesse mesmo contexto, estava acontecendo outro fenômeno que mudou a história do Brasil: a popularização da televisão. A música, que até então só era ouvida no rádio, ganhou espaço nas telinhas e surgiram os famosos festivais musicais, responsáveis por consagrar de vez a MPB 100

Nos anos 80 e 90, novos estilos musicais começaram a ganhar força no Brasil e as letras começaram a apresentar outros temas. Nomes como Cássia Eller se destacaram com a influência do rock (que já vinha antes com Raul Seixas e Rita Lee). O sertanejo se espalhou pelo Brasil, surgiram novas vertentes no samba e até estilos totalmente inéditos, como o funk. Com tantas mudanças, os conceitos da MPB precisaram ser alargados. Hoje, apesar de o conceito exato não ser definido, existe ao menos um consenso entre a maioria: nem tudo é MPB, mas a MPB tem, sim, várias influências diferentes e não é homogênea. Importância da MPB para o Brasil A Música Popular Brasileira teve importância em vários movimentos sociais. É por isso que ela costuma ser classificada como um conjunto de manifestações artísticas e culturais que vão além do gênero musical. Ela foi muito importante na luta contra a censura e na busca pelo resgate das raízes culturais brasileiras, tanto que a história da MPB chega a se misturar com a do Brasil.

musicais que também contribuíram muito na cultura brasileira). A Música Popular Brasileira teve importância em vários movimentos sociais. É por isso que ela costuma ser classificada como um conjunto de manifestações artísticas e culturais que vão além do gênero musical. Ela foi muito importante na luta contra a censura e na busca pelo resgate das raízes culturais brasileiras, tanto que a história da MPB chega a se misturar com a do Brasil. Mas se engana quem pensa que a importância da MPB ficou no passado. Artistas como Tiago Iorc são um ótimo exemplo de que ela continua aqui para questionar e nos fazer refletir sobre os problemas sociais. Vários novos artistas têm se destacado e dado novos ares à MPB, seja buscando a fórmula “original” ou construindo novos conceitos.

Mas se engana quem pensa que a importância da MPB ficou no passado. Artistas como Tiago Iorc são um ótimo exemplo de que ela continua aqui para questionar e nos fazer refletir sobre os problemas sociais. Vários novos artistas têm se destacado e dado novos ares à MPB, seja buscando a fórmula “original” ou construindo novos conceitos. Ouça mais MPB Deu pra perceber o quanto a MPB é importante na nossa história, né? (Assim como vários outros estilos Trabalho Trabalho Acadêmico Acadêmico Válido válido como AV2 da disciplina C304C, Editoração Eletrônica da Facha - 2021/1


Pode-se constatar que a MPB, além de sua relevância como manifestação estética tradutora de nossas múltiplas identidades culturais, apresenta-se como uma das mais poderosas formas de preservação da memória coletiva e como um espaço social privilegiado para as leituras e interpretações do Brasil. O prestígio de nossa música consolida-se em todo o mundo, podendo ser considerada como um dos símbolos de nossa gente, seus hábitos, seus fazeres, haveres e falares. A relevância de nossa produção musical necessita, ainda hoje, de uma reflexão crítica e teórica e de um trabalho historiográfico de fôlego que possam mapear, sistematizar, discutir e ler criticamente o seu vasto universo. A música acompanha o brasileiro em diversos momentos e assume um grau de importância em sua vida. Uma pesquisa divulgada pela Universal Music. apontou que o Brasil é o país mais apaixonado por música. Para a pesquisa, realizada pela internet, 83% dos brasileiros informaram que são “completamente apaixonados por música”. O índice é 25% maior do quê de países como o Estados Unidos, Canadá e Reino Unido. O levantamento ainda revela que a música acompanha o brasileiro diariamente. Os dados mostram que 66% gostam de ouvir canções nos momentos de descanso; 58% escutam enquanto fazem tarefas domésticas; 53% escutam no trânsito; 51% em reunião de amigos; e 48% no caminho para o trabalho.

Quando pensamos em música popular brasileira, fica difícil não associar à Bossa Nova, à Jovem Guarda e até mesmo ao samba, assim como tantos outros estilos que fazem parte desse contexto. A música brasileira apresenta uma fartura enorme em gêneros e movimentos, mas, diferente do que muitas pessoas pensam, ela é também uma música comercial. […] Quando pensamos em música popular brasileira, fica difícil não associar à Bossa Nova, à Jovem Guarda e até mesmo ao samba, assim como tantos outros estilos que fazem parte desse contexto. A música brasileira apresenta uma fartura enorme em gêneros e movimentos, mas, diferente do que muitas pessoas pensam, ela é também uma música comercial. 1. Som comercial: Apesar de ser uma música do povo e para o povo, fica inviável pensá-la sem uma divulgação midiática. Ela tem objetivo de ultrapassar fronteiras, diferente da regional música folclórica, e ser cantada do Norte ao Sul do país. 2. Espontaneidade Diferente da música folclórica que tem como caraterística demonstrar uma cultura e costumes específicos, a música popular explora situações rotineiras com letras de linguagem simples. 3. Repercussão Transmitidas por rádios, programas de TV e internet, as canções apresentam uma penetração bastante grande na sociedade. Muitas vezes rendidas ao modismo, elas não perdem o brilho original de sua composição. 4. Canções eternizadas E os clássicos da música popular brasileira? Quem não tem uma dessas músicas eternizando momentos pessoais? Uma formatura,

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um casamento, a música da formatura? O som está diretamente ligado às lembranças importantes. É bem comum ao ouvir “Como é grande o meu amor por você” você criar recordações de alguma situação. 5. Reconhecimento São inúmeros nomes a serem citados aqui. Com trajetórias de vida e de música riquíssimas, lembramos com orgulho de Chico Buarque, Gilberto Gil, Chiquinha Gonzaga, Heitor Villa-Lobos, Roberto Carlos, Dorival Caymmi, Milton Nascimento, Caetano Veloso, Tom Jobim e tantos outros! Foram eternizados em nossos ouvidos e nossos corações. 6. Sem limite de idade Para ouvir não tem idade indicada. Desde os mais novos aos mais maduros, a música popular agrada. Veja o exemplo do próprio Braguinha que foi o músico responsável por versões brasileiras de filmes da Disney Alguns fatos interessantes e curiosidades da história da MPB – Música Popular Brasileira. • A primeira gravação elétrica no Brasil foi em 1927, feita na gravadora Odeon por Francisco Alves. • A primeira composição em versos brancos (sem rima), considerada pelos pesquisadores é “Súplica”, de José Marcílio, Otávio Gabus Mendes e Déo, gravada por Orlando Silva: “Aço frio de um punhal foi seu amor pra mim/ Não crendo na verdade implorei, pedi/ As súplicas morrerão sem eco, em vão/ Batendo nas paredes frias do apartamento”. • Caboré foi um crioulinho que ensinou Orson Wells a tocar caixa de fósforos quando o

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famoso cineasta esteve no Brasil. • O primeiro “jingle” (anúncio musicado) foi lançado no rádio em 1932, feito por Nássara, para a Padaria Bragança. • Garota de Ipanema é a décima-Segunda música mais tocada no mundo dos Últimos cinqüenta anos. “Deixa isso para lá” que lançou Jair Rodrigues para o sucesso foi recusado por Simonal, que não gostava de samba. • O primeiro brasileiro a gravar na Europa foi Josué de Barros, o descobridor de Carmem Miranda, na Alemanha, solo de violão. Alguns compositores que também eram médicos: Max Nunes (Bandeira Branca), Joubert de Carvalho (Taí, Maringá), Alberto Ribeiro (Copacabana, Chiquita Bacana), Dalton (Muito Estranho), Aldyr Blanc (O bêbado e o equilibrista). • “Ponteiro” consagrou Edu Lobo na Voz de Marília Medalha. O autor no entanto não fazia nenhuma fé na cantora. Uma característica marcante do início da MPB eram as chamadas canções de protesto como “Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores”, de Geraldo Vandré. Num período marcado pela popularização da televisão, a música ganhou espaço nos festivais transmitidos pela TV Excelsior que fizeram da MPB um importante movimento cultural no Brasil. Por conta da censura imposta nos “anos de chumbo” pela ditadura militar, os artistas tiveram que usar analogias e trocadilhos. Ao mesmo tempo, o ritmo foi passando uma sonoridade mais popular do que o refinamento que havia na Bossa Nova. É a partir de então que começa a história da MPB e sua importância no Brasil. As canções passavam também a simbolizar o movimento de resistência 102

à ditadura. Então, a composição musical do período ganhou mais relevância no contexto histórico, as letras representavam os sentimentos de quem se opunha ao regime e queria a volta da Democracia. Como você pode ver, esse gênero musical teve influência de diversos compositores e intérpretes brasileiros. O movimento estourou em um período obscuro no nosso país, durante o golpe de 64, quando o Brasil foi gerido por militares, passou por muita repressão e ainda deixa marcas tristes em muitas famílias e em nossa história. Por conta disso, muitos dos principais nomes desse estilo musical que teve como marca a resistência às atrocidades e crimes cometidos na época, precisaram se exilar em outros países, para não sofrerem as pesadas consequências aplicadas a quem se opusesse ao governo da época. Ser brasileiro e nunca ter ouvido uma música sequer de Caetano, Gilberto, Elis ou Chico é quase impossível. Esses são nomes muito conhecidos do meio musical brasileiro e que com certeza deixaram e ainda deixam uma marca muito positiva e histórica no país com a MPB. Quando se fala em música popular brasileira podemos englobar muita coisa nesse balaio. Do samba de raiz ao forró, todos os ritmos regionais podem ser definidos neste termo, mas a sigla MPB, apesar de ter o mesmo nome composto, possui significado diferente e é símbolo de resistência até hoje. Quando chegamos na Bossa, podemos dizer que essa foi a mãe do ritmo MPB. Ela começou com reuniões na zona sul do Rio, onde morava Nara Leão. Nesses encontros e na composição das músicas,

estavam grandes nomes como João Gilberto, Tom Jobim, Vinicius de Moraes e Roberto Menescal. Nessa primeira fase de Bossa Nova, esse estilo musical possuía influência do jazz estadunidense e da música erudita, o que trouxe uma pegada suave de música ao Rio de Janeiro, em contraste com as fortes vozes do samba do morro. Essa primeira fase da Bossa deu vida a sucessos como Garota de Ipanema e Chega de Saudade. O fato de trazer certa sofisticação ao “novo samba”, agora mais suave e com influências externas, não agradou ao movimento da União Nacional dos Estudantes (UNE), o Centro de Cultura Popular Brasileira, que defendia a volta às raízes brasileiras da música e exclusão de influências externas. A partir daí iniciou-se a segunda geração da Bossa Nova com artistas como Edu Lobo, Francis Hime e Vinicius de Moraes. Alguns artistas não quiseram assumir um lado ou outro dessa divisão, e essa foi a porta de entrada da MPB. Ao se decidirem por não assumir lados, resolveram então criar um novo estilo, que tivesse a influência de ambas as gerações da Bossa na criação de uma nova música brasileira. Nesse momento ainda era chamada de MPM Música Popular Moderna, e tem marco inicial com a apresentação de Elis Regina interpretando Arrastão, de Edu Lobo e Vinicius de Moraes, vencedora do primeiro Festival de Música Popular Brasileira em 1965. A partir desse momento, a MPM passa a se desenvolver, a ganhar novos adeptos como Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil e toda a galerinha do famoso clube da esquina lá de Belo Horizonte e se uniu ao Rio de Janeiro, dando

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novo caráter a esse estilo, que por volta de 1970 passa a ser reconhecido como MPB, um movimento musical forte, que também era intitulado como a música das universidades e visto como forma de luta contra a repressão sofrida no país no período da ditadura militar. A título de curiosidade e para análise pessoal das letras compostas nesse período, abaixo vamos listar algumas das músicas que mais refletiam o sentimento da época. O álbum Panis et Circenses, de Caetano Veloso e Gilberto Gil com Os Mutantes é inteiro um ícone desse período. Confira algumas das composições: 1. Carcará (1965) – Nara Leão 2. Pra não dizer que não falei das flores (1968) – Geraldo Vandré 3. Panis Et Circencis (1968) Os Mutantes 4. É Proibido Proibir (1968) – Caetano Veloso 5. Tropicália (1969) - Caetano Veloso 6. Sinal fechado (1969) – Paulinho da Viola 7. Apesar de você ( 1970) – Chico Buarque 8. BR-3 (1970) – Antônio Adolfo e Tibério Gaspar 9. Vapor barato (1971) – Jards Macalé e Wally Salomão 10. Jorge Maravilha (1973) – Chico Buarque 11. Como nossos pais ( 1976) – Belchior 12. Cálice (1978) – Gilberto Gil e Chico Buarque 13. Tô voltando (1979) – Maurício Tapajós e Paulo César Pinheiro 14. Angélica (1982) – Chico Buarque A música sempre teve o caráter principal de expressar sentimentos pelas palavras, ritmos e melodias, tornando sentimentos

mais palpáveis, quase uma forma de empatia. Nesse sentido, podemos ver como a MPB foi poderosa e conseguiu transmitir a emoção, fazer denúncias e contar histórias através do tempo. Sabendo disso e tendo a fonte de algumas das músicas compostas nesse período, pesquisar sobre a história de composição de cada uma delas poderá te levar a reviver e a entender melhor essa fase agitada de nossa história. A música popular é um importante prisma através do qual olhar para sociedades. Ela reflete a vida quotidiana, eventos sociais e políticos, mudanças na moral, nos valores culturais e em representações econômicas. Várias das canções brasileiras e norte-americanas dessa época eram, e com frequência ainda são, muito populares, porque elas ecoam e continuam a ecoar o imaginário social de ambos os países. No Brasil e nos Estados Unidos, a maioria dos compositores é homem; eles tendem a se valer da música como uma das poucas esferas públicas nas quais se permitem falar mais livremente sobre seus sentimentos privados. Eles cantam sobre suas fraquezas, seu medo da perda, seus sentimentos com relação às mulheres. A música popular brasileira não é somente que ela diz ser nesse texto e sim uma arte agregada com vários valores para formação profissional e até cultural do ser humano . O dinheiro tende a ser um tema central na música popular. Ele costuma aparecer relacionado a outros tais como o trabalho, desigualdades sociais, relações de gênero, ou amor (Oliven, 2004). O lado negativo do trabalho é refletido na música popular brasileira. Durante os anos 1920, 1930 e 1940, compositores de samba cos-

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tumavam exaltar a malandragem. Ela se desenvolveu enquanto um modo de vida. O governo estava tão preocupado que o brasileiro pudesse estar desenvolvendo uma ética da malandragem que durante a ditadura de 1937-1945 o Estado decidiu intervir, por meio do Departamento de Informação e Propaganda (DIP), seu órgão de censura, no sentido de proibir músicas que exaltassem a malandragem, ao mesmo tempo em que premiava aqueles que exaltavam o trabalho (Oliven, 1989). Os mesmos compositores que faziam o elogio da malandragem também pintavam o dinheiro como algo inferior, normalmente demandado por mulheres que não entendiam que os homens aos quais elas se dirigiam tinham algo muito mais precioso a oferecer: seu amor. É claro, há aqui um “complexo das uvas verdes”: sabendo que nunca ganhariam muito dinheiro não importa o quanto tentassem, esses homens menosprezavam o vil metal. Por outro lado, em várias das letras dessas canções, nota-se que o dinheiro é uma realidade da qual ninguém vivendo numa sociedade monetarizada pode escapar. Mas tudo isso é visto de forma melancólica. E o dinheiro pode ser, afinal de contas, destrutivo: ele às vezes acaba com o amor e a amizade e convida à falsidade e à traição

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Os gêneros musicais brasileiros expressam a multiplicidade cultural existente no país. Essa diversidade pode ser observada tanto pela quantidade de ritmos e estilos musicais, quanto pelas características específicas que cada um deles possui. A música brasileira apresenta elementos que remontam às contribuições oferecidas pelos diferentes povos que participaram da construção da identidade cultural brasileira. Além disso, os gêneros musicais brasileiros são fortemente influenciados por aspectos sociais, econômicos, políticos e históricos associados aos contextos em que desenvolvem. Com isso, observamos que nas diferentes regiões do país temos um estilo musical diferente que é preponderante e ganha projeção nacional como representante da cultura do povo daquele território. Por esse motivo, é praticamente impossível pensar em um gênero musical como o forró, por exemplo, e não pensar na sua relação com a cultura do Nordeste brasileiro. O mesmo acontece com o sertanejo que, na atualidade, é um dos gêneros musicais brasileiros mais populares, mas é impossível desvinculá-lo da cultura do Centro-Oeste. A música brasileira foi muito influenciada pelos povos africanos e europeus. Ao longo do tempo, houve a mistura dos sons indígenas, africanos e europeus. Estes se misturaram e influenciaram a música brasileira atual. Cada grupo influenciou a música brasileira, com seus instrumentos, danças e ritmos A partir de meados do século XVIII se intensificou o intercâmbio 104

cultural com outros países além da metrópole portuguesa, provocando uma diversificação, como foi o caso da introdução da ópera italiana e francesa, das danças como a zarzuela, o bolero e habanera de origem espanhola, e das valsas e polcas germânicas, que se tornaram vastamente apreciadas. Com a crescente influência de elementos melódicos e rítmicos africanos, a partir de fins do século XVIII a música popular começou a adquirir uma sonoridade caracteristicamente brasileira, que se consolida na passagem do século XIX para o século XX principalmente através da difusão do lundu, do frevo, do choro e do samba. No século XX verificou-se um extraordinário florescimento tanto no campo erudito como no popular, influenciado por uma rápida internacionalização da cultura e pelo desenvolvimento de um contexto interno mais rico e propício ao cultivo das artes. É o período em que a música nacional ganha também em autonomia e identidade própria, embora nunca cessasse — e de fato crescesse — a entrada de novas referências estrangeiras. A produção de Villa Lobos é o primeiro grande marco do brasilianismo musical erudito, mais tarde desenvolvido por muitos outros compositores, e combatido por outros, que adotam estéticas como o dodecafonismo e mais tarde a música concreta e a música eletrônica. No mesmo período a música popular ganha o respeito das elites e consolida gêneros que se tornaram marcas registradas do Brasil, como o samba e a bossa nova, ao mesmo tempo em que o rock e o jazz norte-americanos são recebidos no país com grande sucesso, adquirem feições

próprias e conquistam legiões de fãs. Gêneros regionais de origem folclórica como a música sertaneja, o baião, o forró e vários outros também ganham força e são ouvidos em todo o território nacional Esse crescimento exponencial em quantidade e qualidade da atividade musical ao longo do século XX, que inclui o surgimento de inúmeras escolas básicas e academias superiores, gravadoras, fábricas de instrumentos, orquestras sinfônicas e conjuntos diversificados, emissoras de rádio e televisão, editoras de partituras, festivais e outras vias de produção e divulgação, tornou a música brasileira conhecida e apreciada internacionalmente, sendo objeto também de intenso estudo especializado no Brasil e no estrangeiro.

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STREAMING

Falcão e o Soldado Invernal terá 2ª temporada? Veja tudo o que sabemos da série no Disney+ A produção da Marvel chegou ao fim e trouxe significativas mudanças para o MCU ign.com

Thiago Martins Fonte: adorocinema.com Em: 23/04/21 Após seis episódios, Falcão e o Soldado Invernal chegou ao fim no Disney+ e trouxe não só debates políticos e sociais pertinentes, como estabeleceu novos rumos para o Universo Cinematográfico da Marvel no cinema e na TV. Pois é, temos personagens conhecidos assumindo novos mantos e posições, o surgimento de um novo e importante agente e tudo mais. Dito isso: teremos uma segunda temporada? Eis tudo o que sabemos a seguir: Séries da Marvel no Disney+ foram pensadas para uma só temporada, mas… Antes de mais nada, vale ressaltar que a abordagem que a Marvel trouxe para as séries no Disney+ é a de imaginá-las como um único e grande filme, que possui o mesmo nível de orçamento, cuidado e atenção aos detalhes. O objetivo, afinal, é unificar as séries com os filmes -- sim, será necessário acompanhar os seriados para entender como chegamos aos acontecimentos dos futuros filmes.

Poster Falcão e Soldado Invernal

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Linha do Tempo Marvel

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Logo da Disney+

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Cena da Série Falcão e o Soldado Invernal

Kevin Feige, presidente da Marvel Studios, reforçou em entrevista prévia essa abordagem das séries como grandes produções: “As tratamos como filmes: é melhor que façamos bem, porque não poderemos fazer outra”. Essa mesma declaração dá a entender que as séries são pensadas para ter uma única temporada. No caso de WandaVision, que iniciou a Fase 4 da Marvel, é provável que esse seja mesmo o caminho. Falcão e o Soldado Invernal, por outro lado, tem mais chances de continuar. Denunciados pelo Emmy! Graças ao Emmy, temos boas razões para acreditar em novas temporadas de Falcão e o Soldado Invernal. Explico: A série focada em Sam Wilson (Anthony Mackie) e Bucky Barnes (Sebastian Stan) foi submetida a concorrer na categoria Melhor Série de Drama no Emmy Awards, enquanto Wan-

daVision foi inscrita para concorrer em Melhor Série Limitada ou Antológica. O que isso quer dizer? Primeiro, a Marvel não quer duas de suas séries concorrendo entre si. Segundo, dá uma boa ideia sobre os planos futuros do estúdio. “Nós definitivamente temos ideias, porque sempre gostamos de pensar sobre onde as coisas podem ir. No fim desta temporada, vocês verão o potencial do que podemos contar em uma possível nova temporada”, declarou Nate Moore, vice-presidente de produção e desenvolvimento da Marvel Studios. Pois bem, vamos às possibilidades: o que poderíamos ver em novas temporadas de Falcão e o Soldado Invernal: Sam Wilson como Capitão América, Agente Americano, Mercador do Poder e Sharon Carter Temos um novo Capitão América no MCU e o nome dele é Sam

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Wilson, senhoras e senhores! Ao assumir o manto que antes pertenceu ao amigo Steve Rogers (e por um breve período, ao conturbado John Walker), Sam deixou o traje de Falcão para amigo Danny Ramirez (Joaquin Torres). Nos quadrinhos, Ramirez se torna o Falcão depois que Sam vira o Capitão América. Veremos o mesmo acontecer no MCU? “Estou tão curioso quanto os fãs para saber a resposta”, disse o ator Joaquin Torres, ao Screen Rant, revelando que a Marvel lhe contou o “mínimo” que ele deveria saber para a série. Uma confirmação é John Walker (Wyatt Russell) como o Agente Americano, identidade que ele assume também nos quadrinhos. Walker bem que tentou ser o novo Capitão América, mas seus métodos brutais, traumas passados, o soro do Super Soldado ingerido e a perda do amigo Lemar Hoskins 107


(Clé Bennett) o levaram ao extremo e ele perdeu a cabeça na frente do mundo todo. Quando tudo parecia perdido, a personagem misteriosa Condessa Valentina Allegra de Fontaine, interpretada por Julia Louis-Dreyfus, surge na vida do veterano de guerra e lhe diz que há redenção e um outro caminho a seguir. Valentina parece estar formando um grupo à parte dos Vingadores, mas ainda não sabemos exatamente quais são suas intenções. Walker pode tanto ser um vilão quanto um herói ou até anti-herói. Há redenção para o Agente Americano? Por último, mas não menos importante, temos Sharon Carter (Emily VanCamp), que definitivamente não voltou ao MCU apenas como participação especial na série para se despedir logo em seguida. Foi revelado que ela é o Mercador do Poder, responsável por traficar o Super Soro e chefe criminosa de Madripoor. No fim de Falcão e o Soldado Invernal, Sharon recebe o perdão do governo norte-americano em decorrência de seus atos em Capitão América: Guerra Civil, mas só ela sabe por tudo o que passou nesse tempo e durante o Blip, estalo de Thanos (Josh Brolin). Mesmo perdoada, ela parece carregar uma mágoa por ter sido abandonada, o que fez com que aprendesse a se virar sozinha e até criasse um império no submundo do crime. O que dizem os atores? Questionada pelo IGN Brasil sobre um possível retorno ao MCU como Sharon Carter após Falcão e o Soldado Invernal, seja para uma nova temporada ou outros projetos, Emily VanCamp revelou: “Vai depender se o papel se encaixará nas diferentes histórias que a Marvel quer contar. O legal do MCU 108

wikimedia.org

Sebastian Stan em um Evento

é isso: costuma ser inesperado. Nunca pensei que interpretaria de novo e cá estamos. Veremos. Adoro interpretá-la, mas nunca se sabe”. Em entrevista ao Collider, Sebastian Stan, nosso Bucky Barnes, manteve a mesma postura misteriosa sobre uma hipotética segunda temporada de Falcão e o Soldado Invernal: “Ninguém me disse nada. Sendo bem honesto, não sei

de nada. Como de costume, não sei qual é o próximo passo. Nós nunca sabemos de verdade.” Se nem os atores da Marvel sabem, imagine os fãs! A próxima série da Marvel no Disney+ será Loki. Com seis episódios e Tom Hiddleston de volta ao papel do irmão traiçoeiro de Thor (Chris Hemsworth), a série estreia em 11 de junho de 2021.

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O que esperar da segunda temporada de Outer Banks

Netflix anunciou o fim das filmagens dos novos episódios Thiago Martins Fonte: rollingstone.uol.com.br Em: 08/04/21 Nesta quarta, 7, a Netflix usou o Twitter para anunciar o fim das filmagens da segunda temporada da série teen de mistério, Outer Banks. Os novos episódios ainda não ganharam data de lançamento. Estrelado por Chase Stokes, Madelyn Cline, Rudy Pankow,

Jonathan Daviss e Madison Bailey, Outer Banks acompanha cinco jovens - John B., Sarah, JJ, Pope e Kiara respectivamente em uma perigosa caça ao tesouro. Com o suspense e a ação combinados ao humor leve, a produção acerta em cheio no gênero drama teen. Outer Banks, criado por Josh Pane, Jonas Pate e Shannon Burk, é um dos principais títulos adolescentes da

Netflix atualmente e as expectativas para os novos episódios estão altas. [Atenção: a partir do texto abaixo o texto contém spoilers da primeira temporada de Outer Banks] Para quem não lembra, o fim da primeira temporada foi agoniante para o público. Enquanto Sarah e John B. fogem para proteger a própria vida, os amigos JJ, Pope e Kiara acreditam que uol.com.br

Logo da Netflix Trabalho Acadêmico válido como AV2 da disciplina C304C, Editoração Eletrônica da Facha - 2021/1

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o casal morreu em um trágico acidente de barco. Agora que a segunda temporada está oficialmente gravada, listamos o que podemos esperar dos novos episódios de Outer

Banks: Cenas em Bahamas Felizmente, John B. e Sarah foram salvos por marinheiros que, curiosamente, viajam com destino a Bahamas, local onde

o pai de Sarah, Ward, escondeu o ouro encontrado pelos cinco jovens. De acordo com fotos publicadas nas redes sociais dos atores, todo o elenco viajou para Baha enjoytrip.com.br

Praia nas Bahamas festivalteen.com.br

Atores No Set de Gravação

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mas para filmar cenas locais. Com este pequeno ‘spoiler’, podemos esperar momentos tensos e perigosos em Nassau. Mais aventura Ainda não é possível saber como JJ, Pope e Kiara vão descobrir que John B. e Sarah seguem vivos. No entanto, os três devem embarcar uma grande aventura para encontrar os dois amigos. Além disso, na primeira temporada vemos muitas intensas cenas de ação e diversas aventuras perigosas dos personagens - seja na trama do ouro ou em narrativas individuais. Não deve ser diferente nos novos episódios. Trama do Ouro A busca pelo ouro deve continuar - e com muito perigo. Na primeira temporada, acompa-

Amigos No Pier

nhamos a descoberta do grupo sobre o esquema dentro de Outer Banks chamado Royal Merchant, que envolve uma quantidade grandiosa de ouro.

Na intenção de ficarem ricos, os jovens embarcam nessa incrível e complicada jornada de “caça ao tesouro” - busca que deve continuar intensa na segunda netflixlife.com

Personagens no Barco Trabalho Acadêmico válido como AV2 da disciplina C304C, Editoração Eletrônica da Facha - 2021/1

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temporada. Dessa vez, porém, com cenas em Bahamas. Casais Paralelo ao foco central da trama, acompanhamos dois casais: Sarah e John B., e Pope e Kiara.

Embora o último não tenha tido tantas cenas, é possível que uma relação entre eles ganhe atenção na nova temporada. Como uma boa série adolescente, Outer Banks traz a história

delicada e sensível de Sarah e John B. O casal dá um ótimo ritmo à narrativa e as cenas deles devem continuar sendo um ‘respiro’ em meio ao caos do suspense e mistério da narrativa.

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Beijo Entre Dois Personagens

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Personagens se Abraçando

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E-SPORT

Six Invitational 2021: NiP vence Team Liquid na final e fica com o título Em duelo brasileiro na final, NiP leva a melhor sobre a Liquid e fica com o título internacional de R6 Ubisoft

Equipe da Ninjas in Pyjamas levantando o troféu de campeão do Six Invitational de 2021. O troféu é baseado em uma marreta.

João Pedro Coelho Cupello Fonte: www.techtudo.com.br Em: 23/05/2021 A Ninjas in Pyjamas venceu a Team Liquid e é a primeira equipe brasileira campeã do Six Invitational 2021, torneio mundial de Rainbow Six: Siege (R6). Com o resultado deste domingo (23), a NiP levanta o troféu do torneio após ficar com o vice-campeonato na última edição, e ainda leva para casa a premiação de US$ 1 milhão (cerca de R$ 5,3 milhões). Já a Team Liquid ficou com o prêmio de US$ 450 mil (cerca de R$ 2,4 milhões) com a segunda colocação. Com a Team Liquid chegando com moral após grande campanha na Lower Bracket (repescagem) e a Ninjas in Pyjamas alcançando a final sem perder nos playoffs, era esperada uma série melhor cinco partidas (Melhor de 5) muito equilibrada. No final, a NiP foi superior e encerrou a

série por 3-2. Vale destacar que, como a NiP vinha da Upper Bracket, ela possuía a vantagem de um mapa na série, o que a fez encerrar o confronto com duas vitórias apenas. Veja, a seguir, detalhes do confronto de hoje. Mapa 1 (Café Dostoiévski) - Vitória da Ninjas in Pyjamas Café Dostoiévski começou com a Team Liquid vencendo o primeiro round com uma boa C4 de João “HSnamuringa” Deam. Logo em seguida, a Ninjas in Pyjamas passou a mostrar superioridade no ataque e, com bom uso dos drones, virou para 2-1. A Liquid ainda voltou a empatar o mapa usando com inteligência

Trabalho Acadêmico válido como AV2 da disciplina C304C, Editoração Eletrônica da Facha -Gustavo 2021/1

praticamente todos os seus recursos, mas a NiP se mostrou bastante superior no ataque e foi capaz de fechar essa metade em 4-2. Na defesa, a Ninjas in Pyjamas conseguiu ser ainda mais dominante. Com excelentes leituras e uma bela atuação individual de Gustavo “Psycho” Rigal, a NiP não perdeu um único round na mudança de lados e fechou o confronto em 7-2 para ficar a uma vitória do título. Mapa 2 (Chalé) - Vitória da Team Liquid Em Chalé, a Ninjas in Pyjamas optou pelo ataque para começar. O primeiro round contou com Murilo “Muzi” Moscatelli buscando as eliminações ao se aproveitar bem dos baits de sua equipe, fazendo a NiP abrir 1-0. Depois, outra vitória tranquila, forçando movimentações da Liquid e abrindo o espaço para chegar ao 2-0 e forçar o pause dos adversários. Essa pausa era tudo o que a Liquid precisava para encaixar a defesa, forçar a NiP ao erro e virar

“Psycho” durante jogo da Ninjas in Pyjamas

Reprodução/Rainbow Six Esports Brasil

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o marcador para 4-2 para vencer essa metade. No ataque, a NiP voltou a encontrar a vitória em um round decidido com um excelente trabalho de C4s e novamente nas boas tomadas de decisão de Gustavo “Psycho” Rigal. A NiP pressionou na rodada seguinte, mas Paulo “psk1” Augusto brilhou com três eliminações para frear esse ímpeto. Depois, foi a vez de João “HSnamuringa” Deam vencer confrontos francos para colocar sua equipe no map point. Por fim, André “nesk” Oliveira também se apresentou para varrer o time da NiP e garantir a vitória da Liquid por 7-3. Mapa 3 (Clube) - Vitória da Team Liquid No Clube, a Team Liquid iniciou fazendo uma boa defesa e contou com a boa mira de Thiago “xS3xyCake” Reis para abrir 2-0. A resposta da NiP veio de forma perfeita com um ataque avassalador no terceiro round para conquistar sua primeira vitória, mas a Liquid acabou devolvendo com a mesma moeda no round seguinte. Depois, Paulo “psk1” Augusto e Julio “Julio” Giacomelli chegaram no duelo um contra um em uma situação de clutch, mas que foi melhor para o jogador da NiP. No último round dessa metade, Gabriel “pino” Fernandes fez linda jogada, levou quatro jogadores, mas André “nesk” Oliveira aproveitou dos erros da NiP para brilhar novamente, e a Liquid chegar ao 4-2. Na defesa, a NiP fez boas leituras de jogo e, mesmo em momentos de desvantagem, soube punir bem os avanços da Liquid para chegar ao empate em 4-4 e forçar o pause tático. A pausa voltou a render 116

sulado, último mapa da série, João “Kamikaze” Gomes já apareceu com um 4K (4 eliminações) em um duelo muito complicado para colocar sua equipe à frente no marcador. A NiP levou a Equipe da Team Liquid. A equipe foi vice-campeã segunda rodada e do Invitational, mesmo com grandes atuações de contou com outro xS3xyCake ,Nesk e psk1. 4K, dessa vez de Gabriel “pino” para a Liquid uma vitória, mas Fernandes, para trazer um round diferentemente da última vez, a quase perdido e chegar ao 3-0 no NiP chegou ao empate na rodaplacar. Esse bom momento seguiu da seguinte. A virada e o match sendo aproveitado pelos Ninjas, point chegou com Murilo “Muzi” que cresceu, não deu espaço para Moscatelli buscando uma elimia Liquid e fechou essa metade nação atrás da outra na garagem, em 6-0 para ir ao ataque com o chegando a um 4K. Na rodada tournament point em mãos. que poderia ser o título da NiP, a Mesmo com a situação comTeam Liquid brilhou e conseguiu plicada, a Team Liquid lutou e forçar o overtime em 6-6. conseguiu sobreviver no primeiro Na prorrogação, a Team Liquid round graças à falta de informamarcou seu ponto no ataque. Depois, a NiP parecia que se daria ção da NiP e às eliminações de bem no ataque também, mas uma Thiago “xS3xyCake” Reis. Depois, C4 bem colocada para incapacitar foi a vez de Paulo “psk1” Augusto buscar um belo 4K para impedir João “Kamikaze” Gomes no moa vitória da NiP. A resistência, mento crucial fez toda a diferença porém, se encerrou na rodada e deu à Liquid a vitória no round seguinte, a NiP marcou o ponto, e em Clube por 8-6 para forçar o último Leonardo Sang/Ubisoft jogo da série Reprodução / Twitter

Mapa 4 (Consulado) - Vitória da Ninjas in Pyjamas No primeiro round de Con-

Equipe do Ninjas in Pyjamas Trabalho Acadêmico válido como AV2 da disciplina C304C, Editoração Eletrônica da Facha - 2021/1


venceu o consulado e se sagrou campeã do Six Invitational. O Six Invitational 2021 terminou de forma histórica para o cenário brasileiro de Rainbow Six, com três equipes, NiP, Liquid e MIBR, no Top 3.

Ubisoft

Logo do jogo Rainbow Six SIege

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MSI de LoL 2021: Royal Never Give Up vence a DAMWON e se sagra campeã Equipe chinesa supera a atual campeã mundial e fica com o título do Mid-Season Invitational 2021de League of Legends Divulgação / Lol Esports

Primeiro jogo (Vitória da Royal Never Give Up)

o segundo Dragão Ancião para a RNG e outro Barão Na’Shor aos 37 minutos, mais do que o suficiente para empurrar a DAMWON para a base e vencer o primeiro jogo.

No começo de jogo, a RNG conseguiu uma boa Reprodução/CBLOL pressão nas rotas e soube aproveitar a Line da Royal Never Give Up campeã do vantagem. MSI de League of Legends 2021 Primeiro veio o first blood João Pedro Coelho Cupello de Chen “GALA” Wei Fonte: www.techtudo.com.br (Kai’Sa) em gank de Yan Em: 23/05/2021 “Wei” Yang-Wei (Udyr). Depois, com a pressão Estatísticas do jogador Gala, da RNG. O atleta foi eleito o destaque da 1ª partida. aumentando, a equipe A Royal Never Give Up venceu chinesa passou a controa DAMWON Gaming, neste domingo (23), e se sagrou campeã lar os dragões e o arauto. do Mid-Season Invitational (MSI) O segundo arauto em questão 2021, torneio internacional de Le- foi decidido por uma luta aos 9 Segundo jogo (Vitória da DAminutos com todos os membros ague of Legends (LoL). A maior MWON Gaming) das equipes presentes para bataparte da melhor de cinco partidas lhar. RNG se saiu melhor, levou (MD5) foi muito equilibrada e A RNG voltou a fazer um início o arauto e também assegurou o com as vitórias decididas nos forte. A começar com um falso terceiro dragão. Aos 23 minutos, mínimos detalhes. As atuações leash (técnica em que outro cammais uma luta excelente da equiindividuais de destaque de ambas peão ajuda o Jungle a derrotar pe chinesa, que garantiu a alma as equipes foi o principal difeos monstros da selva. Assim, o do dragão. rencial. Apenas no quinto jogo a processo se torna mais rápido e o Apesar do momento ruim, a equipe chinesa teve atuação mais Jungle perde menos de sua barra DAMWON se segurou, principal- de vida) enganando a Rota Infedominante para fechar a série em mente, graças à atuação de Heo 3-2 e levantar a taça do MSI 2021. rior da DAMWON. Com tranCom a vitória, além da premiação “ShowMaker” Su (Akali). Porém quilidade, Yan “Wei” Yang-Wei não conseguiu fazer grandes obde US$ 75 mil (cerca de R$ 400 (Udyr) foi até lá para eliminar mil), a RNG também garante uma jetivos e ainda viu GALA (Kai’Sa) Jang “Ghost” Yong-jun (Tristana) fazer um belo roubo de Dragão vaga adicional para a China no e Cho “BeryL” Geon-hee (Leona). Ancião aos 30 minutos. O jogo Mundial de LoL 2021, que aconDepois, aos 5 minutos, a RNG se estendeu, mas a RNG seguiu tecerá na cidade de Shenzhen, venceu a luta ao redor do arauto, superior. O jogo se encerrou com com data ainda a ser definida. 118

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garantiu o buff (fortalecimento dos atributos do personagem) e conseguiu dois dragões. No entanto, a RNG não manteve o mesmo ritmo, deixou Heo “ShowMaker” Su (Xerath) crescer e não foi capaz de fazer sua composição funcionar. A RNG começou a cair aos 18 minutos, quando ShowMaker (Xerath) roubou aquele que seria o terceiro dragão para a equipe chinesa.A DAMWON venceu a luta logo em seguida. A situação piorou para a RNG quando Kim “Khan” Dong-ha (Lee Sin) achou uma janela minúscula para fazer uma bela jogada, tirar Yuan “Cryin” Cheng-Wei (Orianna) da luta pelo dragão e dar vantagem para a DAMWON. A DWG fez o objetivo, o Barão Na’Shor, e ainda marcou um ace com quadra kill de Ghost (Tristana). A partir desse momento, a equipe sul-coreana ficou im-

emboscada de Kim “Canyon” lho adversário, em que a RNG Geon-bu (Morgana), o que libesoube responder muito bem e rou o espaço para o primeiro dradar recursos que poderiam ser gão. A pressão na Rota Inferior Reprodução / CBLOL da DAMWON continuou, mas foi a RNG que garantiu o primeiro arauto. O jogo ficou mais calmo e, sem muita ação, a DAMWON levou o segundo Com um Pentakill, Ghost foi o destaque da dragão quase que quarta partida entre DAMWON e RNG ao mesmo tempo que a RNG derrubou a torre da Rota Superior. importantes para Yuan “Cryin” Cheng-Wei (Ryze). No entanto, a Quando as lutas começaram a DAMWON fez um draft superior, acontecer, a vantagem ficou para utilizou bem de suas escolhas e o lado da RNG, que empatou em levou vantagem em todas as lutas dragões e assegurou o primeiro contra a RNG. Barão Na’Shor. A equipe sulA luta que definiu o jogo ocorreu -coreana, apesar aos 24 minutos, quando a RNG da desvantagem, levou Kim “Khan” Dong-ha (AaReprodução/CBLOL sobreviveu ao ímtrox), mas a DAMWON soube peto da RNG, mas responder na base da paciência, não evitou a perda o que rendeu um Pentakill para do segundo Barão. Jang “Ghost” Yong-jun (TristaAssim, aos 33 mina). Com a alma do dragão e nutos, com uma o Barão Na’Shor, bastou para a iniciação incrível DAMWON invadir a base, fechar de Chen “GALA” o jogo aos 29 minutos e forçar o Wei (Kai’Sa) para último jogo da série. ShowMaker fez a diferença com seu abater Ghost Xerath na segunda partida da série (Jinx) na backline, Quinto jogo (Vitória da Royal a equipe chineNever Give Up) sa encontrou o parável e, com tranquilidade aos espaço que precisava para fechar No último jogo da série, Yan 29 minutos, fechou o jogo para o jogo e chegar à vitória. “Wei” Yang-Wei (Udyr) fez o empatar a série. possível no começo para causar Terceiro jogo (Vitória da Royal Quarto jogo (Vitória da DAo maior impacto possível para Never Give Up) MWON Gaming) sua equipe. Em poucos minutos, ele foi capaz de pegar dois abaDessa vez, quem começou aceO quarto jogo foi bastante contes e ainda ajudar Yuan “Cryin” lerando o jogo foi a DAMWON. trolado pela DAMWON. O único Cheng-Wei (Nocturne) a ficar Aos 6 minutos, Jang “Ghost” momento ruim dos sul-coreanos com sua primeira eliminação Yong-jun (Jinx) pegou o first foi logo no começo, em uma também. A RNG passou a presblood(primeira eliminação) em disputa atrapalhada pelo vermesionar muito a DAMWON, que, Trabalho Acadêmico válido como AV2 da disciplina C304C, Editoração Eletrônica da Facha - 2021/1

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apesar de garantir o primeiro dragão, teve seus jogadores muito prejudicados na questão de recursos e ficaram na desvantagem no confronto de rotas. De luta em luta, a RNG quebrou a composição dos sul-coreanos e foi assumindo de vez o controle. O jogo da DAMWON desandou de vez aos 19 minutos, quando a RNG venceu uma luta na Rota do Meio e aproveitou do uso do arauto para levar duas torres. Momentos depois, a equipe chinesa fez um ace e chegou até o inibidor da mesma rota. Com a vantagem gigantesca, a RNG pegou o Barão Na’Shor e quase fechou o jogo com apenas 24 minutos, deixando a DAMWON com poucas estruturas na base. A vitória chegou aos 27 minutos, em uma última luta na base da DAMWON para derrubar o nexus e garantir o título da competição.

Divulgação/LoL Esports

Royal Never Give Up supera a atual campeã mundial e fica com o título

CFP

Jogador Gala da RNG segurando o prêmio de MVP das Finais

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CBLOL 2021: os jogadores estrangeiros do 2º Split De astros como Diamonprox e Luci a apostas como Croc e Yuri, jogadores de fora do Brasil marcam presença forte na 2ª Etapa do Campeonato Brasileiro de League of Legends Nome: João Pedro Coelho Cupello Fonte: globoesporte.globo.com Em: 02/06/2021 O 2º Split do CBLOL 2021, que começa neste sábado, conta com a presença de oito jogadores estrangeiros. São seis pro players da Coreia do Sul e dois europeus que tentam ajudar os times rumo ao título do Campeonato Brasileiro de League of Legends e a classificação para o Worlds 2021, o Mundial de LoL. O russo Diamondprox e o português Truklax, por exemplo, são reforços na lista para esta etapa. A presença de atletas de outros países no CBLOL não é uma novidade desta etapa. Já houve edições do principal campeonato de LoL do Brasil com mais de dez gringos. O recorde é do 1º Split do CBLOL 2020, o qual teve a participação de 12 jogadores estrangeiros.

principais nomes estrangeiros para o 2º Split do CBLOL 2021. Anunciado pela FURIA, o jogador de 28 anos é um veterano no competitivo do LoL, marcando presença no cenário desde 2011. Depois de começar jogando pela Team Empire, o atleta se juntou à Moscou Five e fez história, introduzindo muitos dos conceitos utilizados atualmente na selva. DiamondProx defendeu a Gambit pelos últimos três anos e possui diversas conquistas no currículo, como títulos da LCL (liga da Comunidade dos Estados Independentes) e da Intel Extreme Masters. Lee “Parang” (Flamengo) Divulgação/Riot Games

Confira os jogadores estrangeiros do 2º Split do CBLOL 2021: Diamondprox (FURIA) Parang em ação pela KaBuM no CBLoL 2020 Divulgação

Diamondprox é o novo caçador da FURIA no LoL

O caçador russo Danil “DiamondProx” é um dos

O coreano Lee “Parang” foi anunciado pelo Flamengo em novembro de 2020 para ser o novo topo da equipe em 2021. O jogador chegou ao rubro-negro depois de uma boa passagem pela KaBuM, tendo sido peça importante na conquista do título da equipe no primeiro split do CBLoL 2020, derrotando, inclusive, o Flamengo. Com Parang, o rubro-negro terminou a fase de pontos do primeiro split de 2021 na liderança, mas acabou eliminado na semifinal pela campeã paiN Gaming. Antes da KaBuM, o sul-coreano teve passagens por equipes como Stardust,

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Team ROCCAT, ES Shark e All Knights. Han “Luci” (paiN Gaming) Divulgação / paiN Gaming

O topo coreano Choi “Wizer” chegou à equipe da KaBuM para o segundo split do CBLoL em 2019, vindo por empréstimo da SANDBOX Gaming, então quarta colocada na Liga Coreana de LoL (LKC). O jogador foi um dos destaques do campeonato brasileiro daquele ano, levando a KaBuM à semifinal do torneio, vencida pela INTZ. Depois de uma passagem pela atual Fredit BRION, da LCK, Wizer retornou à KaBuM em dezembro de 2020 para a disputa do primeiro split do CBLoL 2021, no qual a equipe caiu nas quartas de final para a RED Canids. Lee “Ryan” (KaBuM)

Divulgação/KaBuM

Luci, jogador da Pain Gaming

Anunciado pela paiN Gaming no final de 2020, o suporte coreano Han “Luci” já é bem conhecido da torcida brasileira. Em 2019, vestindo a camisa do Flamengo, Luci se sagrou vice-campeão do primeiro split do CBLoL e campeão do segundo split, chegando à disputa do Mundial no final do ano. Em 2020, o jogador deixou o rubro-negro antes do final do primeiro split para tratar de problemas de saúde, mas retornou à equipe a tempo do segundo split, vencido pela INTZ. Ao lado de Felipe “brTT” Gonçalves na paiN Gaming, Luci já levou o título do primeiro split do CBLoL 2021, garantindo vaga no MSI. Choi “Wizer” (KaBuM) Divulgação / Riot Games

Lee “Ryan” Jun-seok (KaBuM)

O caçador Lee “Ryan” Jun-seok chegou à equipe da KaBuM também no final do ano passado, vindo da tailandesa Nova Esports. O jogador, que fez sua estreia no CBLoL no primeiro split de 2021, só chegou ao time na Semana 3 do torneio, juntamente com Wizer. A adição dos dois coreanos foi essencial na classificação da KaBuM rumo aos Play-offs, levando a equipe da penúltima colocação da fase de pontos para o sexto lugar. Antes da Nova Esports, o jogador já defendeu equipes como a coreana VSG e a japonesa Smash It Down. Alexandre “Truklax” (Netshoes Miners) Divulgação

Wizer em ação pela KaBuM

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Alexandre “Truklax”, jogador português de LoL

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Topo da Netshoes Miners, o português Alexandre “Truklax” Rodrigues se juntou ao Cruzeiro Esports no final do ano passado para o primeiro split do CBLoL 2021. Vindo da For the Win, o jogador não conseguiu passar da fase de pontos com a equipe mineira, terminando o primeiro split na oitava colocação.

do desempenho decepcionante no primeiro split, em que terminou na oitava colocação.

Park “Croc” (Rensga) Divulgação

Park “Croc”, jogador coreano de LoL da Rensga

O também coreano Park “Croc” Jong-hoon chegou ao time da Rensga para o segundo split de 2021. O jogador, que não disputou o primeiro split em nenhuma liga regional, teve como último time o Chief Esports Club, participante da antiga OPL, Liga da Oceania que foi cancelada pela Riot Games. Considerado impecável na posição de shot caller, o jogador também já teve passagens pela LGD, da China, e Rampage Quintet, do Japão. Cha “Yuri” (Rensga)

Divulgação / Rensga

Cha “Yuri”, jogador coreano de LoL da Rensga

Meio da Rensga, Heemin Cha “Yuri” também chegou à equipe para o segundo split de 2021. O jogador, vindo da coreana Element Mystic, é uma das apostas da organização brasileira para se recuperar Trabalho Acadêmico válido como AV2 da disciplina C304C, Editoração Eletrônica da Facha - 2021/1

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ESPORTE INTERNACIONAL

Final da Liga dos Campeões 2020/21: quando é, horário, onde assistir e mais da decisão O Manchester City e Chelsea vão decidir quem fica com a Orelhuda; confira tudo sobre a grande decisão da Champions League

futebolnaveia.com.br

João Victor de Castro Oliveira Fonte: goal.com Em: 13.05.21 Já temos os dois finalistas da Liga dos Campeões 2020/21: o Manchester City bateu o PSG por 4 a 1, no placar agregado, fez partida muito segura em seus domínios e está na final da competição pela primeira vez em sua história. Do outro lado, o Chelsea não deu moleza para o Real Madrid, e passou pelo maior campeão da competição com 3 a 1 no placar agregado. A grande decisão será disputada no dia 29 de maio, em jogo único, com prorrogação e pênaltis em caso de empate. Pelo segundo ano seguido, a finalíssima marcada para o Estádio Olímpico Atatürk, em Istambul, e é realocada para Portugal. Veja a data, o horário, a premiação e onde assistir à final da Liga dos Campeões! 126

De Bruyne e Thiago Silva se encarando

Final da Liga dos Campeões 2020/21: data e local da partida JOGO:Manchester City x Chelsea DATA: Sábado, 29 de maio de 2021 LOCAL: Estádio do Dragão - Porto, Portugal HORÁRIO: 16h (de Brasília) Se Manchester City e Chelsea já tinham planos para a viagem

para a Turquia, tudo mudou nesta quinta-feira (13). A Uefa confirmou a mudança do local da final da competição e Citizens e Blues disputarão a Orelhuda no Estádio do Dragão, em Porto. Inicialmente, a final do ano passado é que seria disputada em Istambul, mas com a pandemia do coronavírus Covid-19, a Uefa decidiu realizar a reta final da Liga dos Campeões 2019-20 como um torneio de tiro curto e sede fixa em Lisboa, “repassando” a chance

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de sediar a final do torneio para o ano seguinte. Porém, o aumento expressivo de casos na Turquia fez com que a final, mais uma vez, fosse transferida para Portugal. A Turquia atualmente se encontra na “lista vermelha” do Reino Unido de países com restrições de voos.

pinterest.com

Torcedores do City e do Chelsea não poderiam viajar para assistir ao jogo e diante deste cenário, a entidade europeia mudou a sede da final para que houvesse a possibilidade da presença de público no jogo mais importante da Liga dos Campões. A capacidade do Estádio do Dragão ainda será divulgada, mas seis mil torcedores de cada equipe devem ter o privilégio de ver a partida in loco. Esta será a quarta final que Portugal recebe, a primeira em Porto. Nas outras edições, sagraram-se campeões Celtic (1966/67), Real Madrid (2013/14) e Bayern de Munique (2019/20). Qual será o trio de arbitragem na final da Liga dos Campeões 2020/21? Antonio Miguel Mateu Lahoz foi o escolhido para apitar a finalíssima entre Manchester City e Chelsea. Será a primeira final de Liga dos Campeões do espanhol de 44 anos. Ele terá como assistentes os compatriotas Pau Cebrián Devis e Roberto Díaz Pérez, além de Carlos del Cerro Grande, outro espanhol, como quatro árbitro. No VAR, mais um espanhol: Alejandro José Hernández Hernández será o responsável pela arbitragem de vídeo, com o auxílio de Juan Martínez Munuera, Íñigo Prieto López de Cerain (ambos espanhóis) e Paweł Gil (polonês).

Taça da Liga dos Campeões 20/21

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Jogadores do Manchester City comemorando

Como foram as semifinais da Liga dos Campeões 2020/21? O Manchester City bateu duas vezes o PSG, tanto na França como na Inglaterra, sobrou na disputa e se classificou na primeira semifinal da competição. Do outro lado da chave, o Chelsea passou pelo Real Madrid. No primeiro o jogo, na Espanha, os dois ficaram no empate por 1 a 1 e, na volta, mesmo com a vantagem do 0 a 0, o Chelsea foi para cima e bateu o Real por 2 a 0. Veja os placares atuais das semifinais da Champions: • Manchester City 4 x 1 PSG (placar agregado) • Chelsea 3 x 1 Real Madrid (placar agregado) Quais foram as campanhas dos finalistas na Liga dos Campeões 2020/21? 128

MANCHESTER CITY: JOGO FASE DATA GOLS Manchester City 3 x 1 Porto Grupo C 21 de outubro de 2020 Aguero, Gundogan e Torres; Luis Díaz Olympique de Marselha 0 x 3 Manchester City Grupo C 27 de outubro de 2020 Torres, Gundogan e Sterling Manchester City 3 x 0 Olympiacos Grupo C 3 de novembro de 2020 Torres, Jesus e Cancelo Olympiacos 0 x 1 Manchester City Grupo C 25 de novembro de 2020 Foden Porto 0 x 0 Manchester City Grupo C 1 de dezembro de 2020 Manchester City 3 x 0 Olympique de Marselha Grupo C 9 de dezembro de 2020 Torres, Aguero e

González (contra) Borussia Monchengladbach 0 x 2 Manchester City Oitavas de final 24 de fevereiro de 2021 Bernardo Silva e Jesus Manchester City 2 x 0 Borussia Monchengladbach Oitavas de final 16 de março de 2021 De Bruyne e Gundogan Manchester City 2 x 1 Borussia Dortmund Quartas de final 6 de abril de 2021 De Bruyne e Foden; Reus Borussia Dortmund 1 x 2 Manchester City Quartas de final 14 de abril de 2021 Bellingham; Mahrez e Foden PSG 1 x 2 Manchester City Semifinais 28 de abril de 2021 Marquinhos; De Bruyne e Mahrez Manchester City 2 x 0 PSG Semifinais 4 de maio de 2021 Mahrez (2)

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twimg.com

Jogadores do Chelsea comemorando

CHELSEA:

Jorginho; Cabella

JOGO FASE DATA GOLS

Atlético de Madrid 0 x 1 Chelsea Oitavas de final 23 de fevereiro de 2021 Giroud

Chelsea 0 x 0 Sevilla Grupo B 20 de outubro de 2020 Krasnodar 0 x 4 Chelsea Grupo B 28 de outubro de 2020 Hudson-Odoi, Werner, Ziyech e Pulisic Chelsea 3 x 0 Rennes Grupo B 4 de novembro de 2020 Werner (2) e Abraham Rennes 1 x 2 Chelsea Grupo B 24 de novembro de 2020 Guirassy; Hudson-Odoi e Giroud Sevilla 0 x 4 Chelsea Grupo B 2 de dezembro de 2020 Giroud (4) Chelsea 1 x 1 Krasnodar Grupo B 8 de dezembro de 2020

Chelsea 2 x 0 Atlético de Madrid Oitavas de final 9 de março de 2021 Ziyech e Emerson Porto 0 x 2 Chelsea Quartas de final 7 de abril de 2021 Mount e Chilwell Chelsea 0 x 1 Porto Quartas de final 13 de abril de 2021 Taremi Real Madrid 1 x 1 Chelsea Semifinais 28 de abril de 2021 Benzema; Pulisic Chelsea 2 x 0 Real Madrid Semifinais 5 de maio de 2021 Werner e Mount

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Qual é a premiação para quem sair com o título da Liga dos Campeões 2020/21? O time que for campeão da Liga dos Campeões 2020-21 sairá com aproximadamente 19 milhões de euros (cerca de R$ 120 milhões), enquanto o vice leva cerca de 15 milhões de euros (R$ 95 milhões). Ou seja: o vencedor da final ganhará, além do troféu, um bônus de quatro milhões de euros - além do resto das premiações acumuladas durante a competição. Onde assistir à final da Liga dos Campeões 2020/21? A final da Champions League terá transmissão, como de costume, pela TNT, na TV fechada, Facebook Watch, no streaming gratuito, e pelo Estádio TNT Sports, serviço de assinatura da Turner. 129


Final da Liga Europa 2020/21: quando é, horário, onde assistir e mais da decisão Villarreal e Manchester United vão decidir a Europa League, em maio; veja tudo sobre a decisão torcedores.com

Final da Liga Europa entre Villarreal e Manchester United

João Victor de Castro Oliveira Fonte: goal.com Em: 06.05.21 A grande final da Liga Europa 2020/21 já está definida. Villarreal e Manchester United vão se enfrentar, em jogo único, em busca do título da competição da Uefa. Os espanhóis, na semifinal, passaram pelo Arsenal, com um placar agregado de 2 a 1, enquanto os ingleses fizeram dois grandes jogos 130

contra a Roma, com 8 a 5 no agregado. A grande decisão será disputada no dia 26 de maio, em jogo único, com prorrogação e pênaltis em caso de empate.

data e local da partida JOGO Villarreal x Manchester United

Veja a data, o horário, a premiação e onde assistir à final da Liga Europa! Índice

LOCAL Gdansk Gdansk, POL

Final da Liga Europa 2020/21:

Villarreal e Manchester United

DATA Quarta-feira, 26 de maio de 2021 Stadium

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HORÁRIO a definir

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vão viajar à Polônia para a final da Liga Europa, que será disputada no Gdansk Stadium, que leva o nome da cidade em que está localizado. De acordo com um sorteio realizado previamente, o time espanhol vai ser o mandante do jogo, enquanto os ingleses vão atuar como visitantes. Inicialmente, a final do ano passado é que seria disputada em Gdansk, mas com a pandemia do coronavírus Covid-19, a Uefa decidiu realizar a reta final da Liga Europa 2019-20 como um torneio de tiro curto e sede fixa na Alemanha, adiando a final na Polônia para esta temporada. As autoridades locais permitiram que o estádio receba torcedores, desde que não ultrapasse 25% da capacidade, ou 9.500 pessoas.

sapo.io

Como foram as semifinais da Liga Europa 2020/21? O Manchester United passou pela Roma, mesmo perdendo o segundo jogo por 3 a 2, já que o placar do jogo de ida foi um elástico 6 a 2. Do outro lado da chave, o Villarreal bateu o Arsenal na semifinal, impedindo que, assim como na Liga dos Campeões, a Liga Europa tivesse uma final inglesa. O jogo de ida, na Espanha, venceu por 3 a 2, que garantiu a classificação mesmo com o 0 a 0 na volta. Veja os placares atuais das semifinais da Europa League: •Manchester United 8 x 5 Roma (agregado) •Villarreal 2 x 1 Arsenal (agregado)

Taça da Liga Europa 20/21

Quais foram as campanhas dos finalistas na Liga Europa 2020/21?

trivela.com.br

VILLARREAL JOGO FASE DATA GOLS Villarreal 5 x 3 Sivasspor Grupo I 22 de outubro de 2020 Kubo, Bacca, Foyth e Alcácer; Kayode, Yatabaré e Gradel Qarabag 1 x 3 Villarreal Grupo I 29 de outubro de 2020 Kwabena; Pino e Alcácer (2) Villarreal 4 x 0 Maccabi Tel Aviv Grupo I 4 de novembro de 2020 Bacca (2), Baena e Niño

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Gerad Moreno Comemorando

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football-espana.net

Jogadores do Villarreal comemorando

Maccabi Tel Aviv 1 x 1 Villarreal Grupo I65 de novembro de 2020 Pesic; Baena Sivasspor 0 x 1 Villarreal Grupo I 3 de dezembro de 2020 Chukwueze Villarreal 3 x 0 Qarabag Grupo I 10 de dezembro de 2020 W.O. RB Salzburg 0 x 2 Villarreal S e gunda fase 18 de fevereiro de 132

2021 Alcácer e Niño Villarreal 2 x 1 RB Salzburg S e gunda fase 25 de fevereiro de 2021 Moreno (2); Berisha Dínamo Kiev 0 x 2 Villarreal O i tavas de final 11 de março de 2021 Torres e Albiol Villarreal 2 x 0 Dínamo de Kiev Oitavas de final 18 de março de 2021 Moreno (2) Dínamo Zagreb 0 x 1 Villarreal

Quartas de final 8 de abril de 2021 Moreno Villarreal 2 x 1 Dínamo Zagreb Quartas de final 15 de abril de 2021 Alcácer e Moreno; Orsic Villarreal 2 x 1 Arsenal Semifinais 29 de abril de 2021 Trigueros e Albiol; Pépé Arsenal 0 x 0 Villarreal Semifinais 6 de maio de 2021 -

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arcpublishing.com

Jogadores do Manchester United comemorando

MANCHESTER UNITED O Manchester United disputou a fase de grupos da Liga dos Campeões, ficando em 3º lugar no Grupo H, no qual se classificaram ao mata-mata da Champions PSG e RB Leipzig, United foi para a Europa League e Istanbul Basaksehir foi eliminado. JOGO FASE DATA GOLS Manchester United 1 x 2 PSG (UCL) Grupo H20 de outubro de 2020 Martial (contra); Bruno Fernandes e Rashford Manchester United 5 x 0 RB Leipzig (UCL) Grupo H 2 8 de outubro de 2020 Greenwood, Rashford (3) e Martial Istanbul Basaksehir 2 x 1 Manchester United (UCL) Grupo H 4 de novembro de 2020 Demba Ba e Visca; Martial Manchester United 4 x 1 Istanbul Basaksehir (UCL) Grupo H 2 4 de novembro de 2020 Bruno Fernandes (2), Rashford e James; Turuç Manchester United 1 x 3 PSG

(UCL) Grupo H2 de dezembro de 2020 Rashford; Neymar (2) e Marquinhos RB Leipzig 3 x 2 Manchester United (UCL) Grupo H 8 de dezembro de 2020 Tasende, Haidara e Kluivert; Bruno Fernandes e Konaté (contra) Real Sociedad 0 x 4 Manchester United Segunda fase 18 de dezembro de 2020 Bruno Fernandes (2), Rashford e James Manchester United 0 x 0 Real Sociedad Segunda fase 25 de fevereiro de 2021 Manchester United 1 x 1 Milan Oitavas de final 11 de março de 2021 Diallo; Kjaer Milan 0 x 1 Manchester United Oitavas de final 18 de março de 2021 Pogba Granada 0 x 2 Manchester United Quartas de final 8 de abril de 2021 Rashford e Bruno Fernandes Manchester United 2 x 0 Granada Quartas de final 15 de abril de 2021 Cavani e Vallejo (contra) Manchester United 6 x 2 Roma

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Semifinais 29 de abril de 2021 Bruno Fernandes (2), Cavani (2), Pogba e Greenwood; Pellegrini e Dzeko Roma 3 x 2 Manchester United Semifinais 6 de maio de 2021 Dzeko, Cristante e Telles (contra); Cavani (2) Qual é a premiação para quem sair com o título da Liga Europa 2020/21? O time que for campeão da Liga Europa 2020-21 sairá com um troféu de 15kg e mais 40 medalhas para serem distribuídas aos jogadores. Já o valor em dinheiro ainda não foi divulgado, mas, para se ter como base, na temporada 2019/20, a premiação do campeão foi de 8,5 milhões de euros (R$ 54 milhões), enquanto para o vice-campeão foi de 4,5 milhões de euros (R$ 28 milhões). Onde assistir à final da Liga Europa 2020/21? A final da Europa League terá transmissão, como de costume, pelos canais do Grupo Disney. A Fox Sports é quem vai fazer a transmissão ao vivo do jogo. 133


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SURF

Time Brasil está otimista para estreia do surf nas Olimpíadas Gabriel Medina, Italo Ferreira, Tatiana Weston-Webb e Silvana Lima representarão o Brasil na estreia do surf no torneio

Gabriel Medina, Ítalo Ferreira, Weston-Webb e Silvana Lima participarão de um momento histórico nos Jogos Olímpicos. Os quatro atletas que representarão o Brasil na estreia do surfe nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 demonstram muita vontade e garra para a conquista de uma medalha. “No que depender de mim, vou chegar lá com muita vontade de trazer esse ouro”, disse sem titubear o bicampeão mundial Gabriel Medina. “Vou dar o meu melhor para trazer essa mdalha inédita”, disparou o atual campeão mundial Ítalo Ferreira. A ala feminina t amb é m não deixa por

agênciabrasil.ebc.com.br

Leonardo Vieira Fonte: livesurf.com.br Em 24/05/2021.

Gabriel Medina Surfando

menos. A atleta que acaba de vencer a etapa de Margaret River, na Austrália, e assumiu a vice-liderança do Circuito Mundial, Tatiana Weston-Webb, e a eleita oito vezes a melhor surfista brasileira Silvana Lima contam que estão em treinamento intensivo para ganhar uma medalha e ambas dizem estar tranquilas física e psicologicamente “Estou muito feliz em conquistar o meu sonho de estar no maior evento esportivo do mundo. E, o mais importante, estou bastante otimista”, afirmou Tati. Os surfistas olímpicos foram selecionados a partir do ranking de 2019 do Circuito Mundial de Surfe, maior competição da mo-

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dalidade no mundo, promovida pela WSL (World Surf League). No total serão 40 atletas da elite do surfe mundial que estarão na Olimpíada de Tóquio, no Japão - 20 homens e 20 mulheres, com no máximo dois representantes de cada país em cada gênero. Tatiana Weston-Webb alega não ter nem palavras para descrever a emoção que é fazer parte dos Jogos. Gaúcha, filha de brasileira com inglês,

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reside em Kauai, ilha do arquipélago do Havaí, conta que não tem um treino específico para vencer as ondas do Japão. “Fico surfando muito, o tempo todo, e o Comitê Olímpico do Brasil tem me dado suporte, disponibilizando uma equipe de nutrição, preparador físico e fisioterapeuta, o que tem me ajudado bastante a fortalecer meu treino. E, claro, tenho trabalhado a mente também”. Os quatro brasileiros já surfaram as ondas do Japão e até levaram medalhas quando competiram no país. No Pré-Olímpico disputado durante o ISA World Surfing Games, de 2019, em Miyazaki, Ítalo conquistou o ouro e Medina, o bronze. “Foi ótimo poder ir lá antes dos Jogos e conhecer o Japão, a sua cultura e para começar a adaptar”, contou Medina. Já Silvana ficou com a prata no feminino da competição. “Foi incrível essa conquista no Japão, não conhecia o país e só de ter subido ao pódio fiquei muito feliz. Também conheci um pouco das ondas locais”. Mas especificamente a praia Tsurigasaki, escolhida para sediar as competições de surfe nos Jogos Olímpicos, os brasileiros ainda não conhecem. “Sabemos que são um pouco parecidas com as ondas do Nordeste do Brasil, então acredito que vamos nos adaptar rápido”, disse Silvana. “Estou preparado para tudo. Cada lugar apresenta ondas diferentes. O que eu faço sempre é me preparar fisicamente e mentalmente para conseguir surfar em qualquer lugar do mundo e dar o meu melhor, me divertindo, pois faço o que mais gosto”, afirmou Ítalo. Medina obteve a informação de que as ondas não são as tradicionais que costumam pegar no Circuito Mundial. “Parece que são menores e com menos força e, sabendo disso, vou 136

me preparar para essa situação. Pretendo perder peso para ficar um pouco mais leve e poder surfar essa onda nas melhores condições”, comentou. “Nunca surfei nessa praia, mas já surfei em outro local que deve ter condições parecidas ao do ISA Games de 2019, quando fui super bem. Geralmente é mais beach break e ondas menores”, explicou Tati. Nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 apenas a modalidade “mais tradicional” do surfe será disputada. O shortboard, pranchas que

têm um tamanho médio de cinco pés e onze polegadas, é a modalidade mais popular do esporte e estará na disputa no Japão. No torneio inaugural do surfe na história dos Jogos Olímpicos, serão vinte atletas de cada gênero na chave. Eles serão divididos em cinco baterias de quatro competidores no primeiro round, com o primeiro e segundo colocados avançando direto para o Round 3, enquanto os terceiros e quarto colocados terão uma segunda chance no Round 2. Nesta fase de repescagem, serão duas baterias de cinco atletas, RedBull.com.br com os três primeiros avançando para o Round 3. Na última fase de grupos, serão quatro baterias com quatro atletas, com os dois melhores de cada chave avançando para a fase de quartas de final, onde a partir dali a disputa será atleta x atleta para definir os medalhistas.

Ítalo Ferreira com a nova prancha para as Olimpíadas Trabalho Acadêmico válido como AV2 da disciplina C304C, Editoração Eletrônica da Facha - 2021/1


TATI WESTON-WEBB Tatiana Weston-Webb, 25 anos, atual 2ª colocada no ranking da elite mundial do surf, a única brasileira a competir na Liga Mundial de Surf (WSL) e representante do Brasil nas Olimpíadas de Tóquio, agora integra a equipe de surfistas da Corona. A notícia é anunciada antes da quinta etapa do circuito mundial, o Rottnest Search, que acontece em Rottnest, Austrália, e tem patrocínio da Corona.Tatiana foi a vencedora da etapa anterior, o Margaret River Pro, realizado na Austrália, após vencer a australiana Stephanie Gilmore na final no dia 10 de maio. Com o anúncio, Tatiana integra um grupo composto pelos atletas Gabriel Medina, Filipe Toledo, Chloé Calmon e Phil Rajzman. Além disso, reforça o apoio da marca de cerveja ao surf feminino. Tatiana Weston-Webb comenta: “Poder contar com a Corona para conseguir ir mais longe com o surfe vai ser incrível. Estou feliz e muito grata por ser a mais nova embaixadora de Corona, que é uma apoiadora do esporte. Juntos vamos levar o surf feminino para mais longe, pro lugar que as mulheres merecem ocupar no esporte.”

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IT’S ON

Confira os números de vitórias e finais desde 2011: Confira os números de vitórias e finais desde 2011: 1- Gabriel Medina (27 anos): 15 vitórias - 27 finais 2- Filipe Toledo (26 anos): 9 vitórias - 12 finais 3- John John Florence (27 anos): 7 vitórias -14 finais 4- Italo Ferreira (27 anos): 7 vitórias - 10 finais 138

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Depois de quatro etapas disputadas na temporada 2021, Gabriel Medina, Italo Ferreira e Filipe Toledo somam uma vitória cada um e se isolaram nas três primeiras posições do ranking. Algo muito parecido com o que aconteceu na última temporada. E, assim como em 2019, a principal ameaça a esse domínio verde-amarelo está fora por tempo indeterminado. O havaiano John John Florence sofreu uma lesão no joelho e não vai disputar a próxima etapa, que começa neste sábado, em Rottnest Island, também no Oeste da Austrália. Também fica claro que Medina e Italo, atuais números 1 e 2 do mundo, têm tudo para brigar por uma inédita medalha de ouro para o Brasil nas Olimpíadas de Tóquio, a partir do dia 23 de julho, assim como Tatiana Weston-Webb e Silvana Lima no feminino. A única coisa para se lamentar nesse grande momento do surfe brasileiro é que cada país só poderá levar no máximo dois homens e duas mulheres para as Olimpíadas. Porque, se Filipinho pudesse ir com Italo e Medina para Tóquio, não seria algo fora da realidade um pódio todo verde-amarelo no Japão. Faltando ainda cinco etapas antes da WSL Finals, que reunirá os cinco melhores sufistas dos rankings masculino e feminino, fica difícil acreditar que Filipinho, Italo e Medina não estarão no evento que decidirá o campeão mundial de 2021 em um inédito mata-mata em Lower Trestles, na Califórnia (EUA), em setembro. Nesses últimos 10 anos, Medina é o surfista que coleciona mais vitórias (15) no tour, seguido por Filipinho (9), enquanto Italo e John John estão empatados com 7 cada um. Trabalho Acadêmico válido como AV2 da disciplina C304C, Editoração Eletrônica da Facha - 2021/1

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Dobradinha de Filipe Toledo e Tatiana Webb decreta hegemonia Brasileira no Mundial de Surfe Tati Weston-Webb foi a campeã da etapa de Margaret River do CT 2021, que terminou na noite de domingo, 9 de maio. Tati derrotou a heptacampeã mundial Steph Gilmore na final, dominado toda a bateria final contra a australiana. waves.com.br

Tati Weston-Webb se preparando para surfar

Leonardo Vieira Fonte: waves.com.br Em 24/05/2021. No distante 4 de junho de 2019, John John Florence derrotava Kolohe Andino para vencer o Margaret River Pro, na Austrália, quarta etapa do circuito mundial de surfe daquela temporada. Não fazem nem dois anos, mas parece outra vida. Pandemia? Era mais um assunto de filme de ficção. Jorge Jesus nem havia estreado como o técnico que levaria o Flamengo a ganhar (quase) tudo naquela temporada (Firmino e o Liverpool tiraram a cereja do topo do bolo). E mais importan140

te para o microcosmo do esporte das ondas: aquela foi a última final de etapa na World Surf League sem a presença de um brasileiro. Desde então, uma bandeira brasileira sempre esteve a tremular no pódio, sempre foi ouvido um “valeu galera!” no discurso da cerimônia de premiação. Na madrugada desta segunda-feira, a dose foi dupla: Filipe Toledo e Tatiana Weston-Webb venceram o evento de Margarer River (olha a coincidência) do circuito mundial - ou seria brasileiro? No fim de março, enquanto preparava uma matéria de apresentação da retomada do circuito mundial de surfe, com quatro etapas em se-

quência na Austrália, perguntei a nomes como Gabriel Medina, Italo Ferreira e Adriano de Souza se os surfistas australianos levariam alguma vantagem por competirem por tantos eventos seguidos em casa e, mais importante, em um ritmo de treino forte, enquanto os demais competidores precisariam passar por uma quarentena de 14 dias devido aos protocolos sanitários. Como eu estava enganado... e eles certos, porque as respostas foram confiantes, de que haveria tempo para retomar a melhor forma física e competir de igual para igual. Três etapas já se foram, com vitórias de Italo, Medina e, agora, Filipinho. No feminino, Tatiana emplacou sua segunda final seguida, com um vice e agora um título. O domínio é impressionante. No masculino, são nada menos que 11 finais seguidas: sete na temporada 2019 e quatro em 2021 (não houve circuito em 2020 por causa da pandemia). Italo, Medina e Filipe cada vez mais se consolidam como os nomes a serem batidos na WSL, criando uma disputa caseira que deve incomodar demais os gringos no mesmo nível que nos enche de orgulho. No ranking, são três bandeiras verde-amarelas no topo: Italo em primeiro, Medina em segundo, Filipe em terceiro.

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No feminino, Tatiana aparece em segundo, atrás da havaiana Carissa Moore. A julgar pelo nível de surfe que apresentou em Margaret River, Tatiana vai entrar como séria candidata ao título mundial no WSL Finals - o evento decisivo que vai reunir as cinco melhores do ranking na Califórnia, em setembro. Surfando de backside (de costas para a onda que quebrava para a direita), a “havaiana-brasileira” mostrou força, talento e coragem para aplicar batidas fortes na finalização de suas ondas. Foi uma vitória incontestável sobre a australiana heptacampeã mundial Stephanie Gilmore. Este foi o primeiro triunfo de Tatiana no circuito desde 2016, e o primeiro de uma brasileira desde 2017, quando Silvana Lima levou a melhor na etapa de Trestles, na Califórnia. Aquele campeonato havia sido também a última dobradinha brazuca, pois Filipe Toledo venceu no masculino. E coube a Filipinho voltar a fazer parte de uma dobradinha com o triunfo nesta madrugada. O paulista de 26 anos estava um pouco ofuscado pelos desempenhos de Medina e Italo na Austrália até então, mas acordou justamente no evento onde não era tido como favorito. Ao mesmo tempo em que é apontado como um dos melhores surfistas do mundo em ondas pequenas e médias, com uma combinação imbatível de velocidade e talento, Filipinho vive ainda com a desconfiança por não ter apresentações consistentes em ondas grandes - especialmente no “olimpo do surfe” que é Pipeline, no Havaí. E a previsão prometia ondas enormes para Margaret River, um pico com características de “mar aberto”, com volumosas e poderosas paredes de água. Pois

Filipinho brincou nessas paredes, especialmente na final, rasgando as ondas com força e precisão cirúrgicas. Derrotou com sobras o sul-africano Jordy Smith - que havia sido também sua vitíma na decisão de Trestles em 2017. Na semana que vem começa a última etapa desta perna australiana - o Rottnest Pro, em uma ilha que fará sua estreia no circuito. Onda nova, condições desconhecidas, uma boa oportunidade para um evento com surpresas. Mas se me pedirem para apontar ao menos um dos finalistas, eu iria na “bola de segurança”: Medina, Italo ou Filipinho. E o resto que lute. Os Brasileiros são fortes candidatos a serem campeões mundiais de surf. Tanto na categoria masculina, onde há uma hegemonia do Brasil, quanto na categoria feminina.

Qual o significado de Dobradinha? Fique agora com uma breve explicação do real significado de Dobradinha no esporte

O significado de dobradinha no esporte é quando dois atletas, 1 masculino e outra feminino, vencem na mesma categoria, como foi no caso de Filipe Toledo e Tatiana Westom-Webb. Com as vítorias desses dois atletas, o Brasil ultrapassou a marca de 10 dobradinhas no surf, ficando atrás apenas da Austrália, que por anos foi um País fortíssimo no surf. waves.com.br

Filipe Toledo comemorando Título em Margaret River

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RAIO-X DOS ATLETAS

WESTON - WEBB EM 2020/2021

filipe toledo em 2020/2021

RANKING : 3° COLOCADA

RANKING : 3° COLOCADO

ETAPAS :

ETAPAS :

PIPELINE (HAWAII): 1° LUGAR NEWCASTLE (AUSTRÁLIA): 3° LUGAR NARRABEN (AUSTRÁLIA): 4° LUGAR MARGARET RIVER (AUSTRÁLIA): 1°LUGAR

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PIPELINE (HAWAII): 4° LUGAR NEWCASTLE (AUSTRÁLIA): 3° LUGAR NARRABEN (AUSTRÁLIA): 3° LUGAR MARGARET RIVER (AUSTRÁLIA): 1° LUGAR

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JIU-JITSU

Gordon Ryan vê Preguiça como um adversário ‘irrelevante’ e diz: ‘Na próxima vez irei esmagar’ Americano diz que Felipe Preguiça, assim como outros de seus desafetos brasileiros evitam enfrentar ele grapplinginsider.com

Felipe Preguiça x Gordon Ryan

Matias Gomes do Nascimento 19/05/2021 tatame.com.br O lutador a ser batido nas disputas sem quimono, Gordon Ryan se apresenta com uma áurea quase que imbatível dentro dos tatames. Em sua vitoriosa carreira são apenas cinco derrotas, sendo duas para o mesmo adversário: Felipe Preguiça. O primeiro encontro entre os dois aconteceu em 2016 pelo Studio 540 SPF, quando o brasileiro finalizou com mata-leão. Depois, pelo ADCC de 2017, o mineiro venceu por 6 a 0 e ficou com o tão cobiçado título do absoluto. Daí em diante, a rivalidade entre os dois subiu o tom nas redes sociais. Ambos lançam provocações no 144

Instagram e aquecem o hype dos fãs para um novo combate, mas as negociações com diversos eventos não vão adiante. Em entrevista exclusiva à Revista TATAME, Gordon diminuiu o peso para uma trilogia e disse que, caso reencon-

tre Preguiça nos tatames, vai “esmagá-lo”. “Eu, realmente, não me importo em enfrentá-lo. Ele é como qualquer outra pessoa que me bateu anos atrás – irrelevante. É impossível negociar com ele, então nem tento mais. O que iria fazer de diferente desta vez? Iria esmagá-lo e nem será competitivo, isso é fato. Quando André Galvão sair (da super luta do ADCC), eles (organização) o colocarem (Preguiça) na super luta. Isso significa que ele terá ido a quatro ADCCs e terá uma medalha de ouro para mostrar. Eu terei ido a três ADDCs, com cinco medalhas de ouro para mostrar”, disse.

André Galvão – outro desafeto de Gordon – já salientou que não vai www.mmafighting.com

Atleta do Jiu-Jitsu Gordon Ryan

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jiujitsumag.com

Felipe “Preguiça” Pena x Gordon Ryan

mais competir e está aposentado. Sendo assim, pode ser que não participe da tradicional super luta contra o campeão do absoluto da última edição de 2019, que foi o próprio Gordon. O americano acredita que Preguiça, campeão absoluto de 2017, possa entrar no lugar, caso o líder da Atos realmente não lute. No entanto, Gordon aproveitou para ironizar o atleta da Gracie

Barra, afirmando que ele não vai topar uma nova luta para não correr o risco de perder. “Mesmo se eles (ADCC) não o (Preguiça) colocarem na super luta, é improvável que ele passe do Kaynan (Duarte) do outro lado da chave para me encontrar nas finais. A coisa mais inteligente para Felipe seria agir duro online e dizer que vai me enfrentar de novo, mas nunca

concorda com uma luta, que é exatamente o que ele está fazendo. Eu sei que caras como ele e Leandro Lo (que o derrotou no ADCC Trials em 2017) provavelmente nunca mais me enfrentarão e terão essas vitórias em suas carreiras, tudo bem é muito inteligente. Tudo o que posso fazer é continuar minha sequência de vitórias e levar o esporte a novas alturas”. www.jiujitsutimes

Atleta de Jiu-Jitsu Felipe “Preguiça” Pena Trabalho Acadêmico válido como AV2 da disciplina C304C, Editoração Eletrônica da Facha - 2021/1

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Final de campeonato de Jiu-Jitsu

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www.bjjee.com

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Lesões no Jiu-Jitsu: você está em risco? Veja essas dicas do ‘Fala aí, Doutor!’ na hora de treinar Veja as análises e os estudos que o doutor Gustavo Borgos fez sobre as lesões na arte suave pt.wikipedia.org

Campeonato de Jiu-Jitsu

Matias Gomes do Nascimento 18/05/2021 Tatame.com.br Quem é o atleta que corre mais risco? No Jiu-Jitsu, o uso inteligente da força do adversário por meio de alavancas, permite ao lutador mais fraco vencer usando apenas a técnica. Mas também podem causar lesões, caso o oponente não ceda a submissão, ou mesmo o golpe seja aplicado com ímpeto descontrolado. Por meio do estrangulamento ou estiramentos sobre as articulações, é possível fazer o adversário desistir da luta, sofrer um desmaio ou mesmo torná-lo incapacitado por fratura ou ruptura ligamentar da articulação afetada. É sobre isso 148

tudo que vamos detalhar abaixo. O treino não é para machucar, mas isso depende de você! Um estudo feito com atletas avançados dessa arte suave demonstrou que

7 em cada 10 tiveram lesões em um período de 2 anos. A maioria deles experientes, com tempo de prática de mais de três anos. Esses episódios dificultaram a realização dos treinos da semana, e vários tiveram que procurar por atendimento médico e tratamento prolongado. Os lutadores de nível avançado estão em maior risco de lesão no Jiu-Jitsu, quando comparados aos de nível iniciante ou intermediário, e isso afetou o seu desenvolvimento, pois quase metade deles demoraram mais de um mês para voltar aos treinos. Ao contrário do que muitos pensam, os mais afetados foram os faixas roxa, marrom e preta. Foi muito curioso descobrir que na média eles treinavam 9h por semenshealth.pt

Treino de Jiu-Jitsu Trabalho Acadêmico válido como AV2 da disciplina C304C, Editoração Eletrônica da Facha - 2021/1


mana, mas alguns chegaram a até (“Pasmem!”) a média de 30 horas de treinos semanais, o que configura claramente uma sobrecarga. Não há um preparador físico de atletas de alto rendimento que, hoje em dia, ainda indique esse volume de treino com a justificativa de melhorar a performance. É preciso programação de um ciclo de treinamento, com períodos de gasto energético aumentado, e outros de regeneração tecidual. Além disso tudo, é muito importante conhecer bem seu colega de treino, pois muitos machucados acontecem em decorrência de um descuido ou excesso de competitividade entre as partes. Competições vs treinos regulares Outra informação muito importante que esse estudo mostrou foi que a maior incidência ocorre durante os treinamentos, e não em competições. O joelho é o local isolado mais frequentemente acometido, com lesões moderadas a severas. Em seguida estão ombros, cotovelos e coluna lombar. Agora, apesar de muitos acharem que as lutas são arriscadas, nós percebemos que mais da metade (40%) dos praticantes nunca

gbcopacabana.com.br/

Escola de Jiu-Jitsu em Copacabana

sofreu qualquer ferimento. Isso mostra a importância de se proteger, e darei dicas de ouro de como se cuidar nos próximos posts. Se você pratica Jiu-Jitsu, comente aqui sua faixa, se já teve alguma lesão e qual foi o diagnóstico. Conte com o apoio de uma equipe multidisciplinar integrada, pois para cuidar de esportistas é necessário a combinação de médicos do esporte, nutricionistas, ortopedistas e fisioterapeutas. Atenção para treino exagerado e contínuo, sem fases regene-

rativas! Cuidem-se! Eu sou o Dr. Gustavo Borgo (CRM 124.960 – SP), médico ortopedista pela USP e sócio fundador da Articulab. Você consegue me encontrar no Instagram (@articulab e @drgustavoborgo) e no Youtube da Articulab. Você também pode enviar as suas dúvidas no Whatsapp (11) 98634-3654 Forte abraço a todos.

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Equipe de Jiu-Jitsu formada por crianças, adolescentes e adultos

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gogetfunding.com

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TÊNIS

Del Potro retoma treinos com a raquete e sonha disputar Olimpíadas

Medalha de bronze em Londres e prata no Rio de Janeiro, tenista argentino passou pela oitava cirurgia de sua carreira, a quarta no joelho direito articulares.

Além disso, o La Nación destacou que del Potro sonha em disputar as Olimpíadas de Tóquio e, caso esteja 50% fisicamente, o atual 173 do mundo e ex-top 3 vai para a competição. De todas as cirurgias que o argentino fez no joelho, essa última foi a mais invasiva e com expectativas de ser definitiva. Juan Martin del Potro

Pedro Ribeiro Fonte: globoesporte.globo.com 06.05.21 A campanha de Juan Martin del Potro nas Olimpíadas do Rio em 2016 foi emocionante. Com vitórias históricas sobre Rafael Nadal e Novak Djokovic, o tenista foi empurrado pelo público e pelos argentinos apaixonados que lotaram seus jogos. A medalha de prata conquistada após a derrota para Andy Murray foi a segunda de Delpo em Jogos Olimpícos - o bronze em Londres foi a primeira. Porém, assim como grande parte de sua carreira, sua sequência no circuito foi prejudicada por conta de lesões. Sem jogar desde Roland Garros 2019, o argentino passou

www.infobae.com

pela oitava cirurgia, a quarta no joelho direito - ele já havia feito outras quatro nos punhos. Mas novamente del Potro mostrou resiliência e, de acordo com o jornal La Nación, já retomou treinos leves com a raquete. O jornal argentino relatou ter ouvido pessoas próximas do tenista, que revelaram seu retorno às quadras, mesmo que de forma branda. Em Key Biscane, Miami, del Potro teria treinado sentado, batendo bola com a raquete e se readaptando aos movimentos, processo muito importante para seu retorno de forma gradual. Quem está por trás de todo o trabalho para viabilizar seu retorno é o fisioterapeuta Juan Pablo Pagano, especializado em lesões

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Jorge Chahla, médico que operou a “Torre de Tandíl”, destacou a força de vontade do argentino em trabalhar para retornar o mais rápido possível para o circuito. Ele classificou a lesão como “recuperável” e elogiou o processo de recuperação de del Potro, que tem o título do US Open 2009 em seu currículo. - Não tenho dúvidas de que Juan Martín colocará tudo de si para voltar. Tenho muita confiança no que pode alcançar. Clinicamente, ele tem progredido e evoluído melhor que um paciente normal, eu diria que mais que 99% dos pacientes. Ele tem treinado forte com o fisioterapeuta, também fez trabalhos individuais na academia, com boa dieta nutricional e disciplina - afirmou o médico. 153


Meligeni Alves e Menezes avançam no quali de Roland Garros; Wild é eliminado Dois dos três brasileiros seguem à segunda rodada twitter.com/atptour

Felipe Meligeni Alves

Pedro Ribeiro Fonte: https://www.vavel.com/br 25.05.21 Nesta segunda-feira (24) o brasileiro #210 João Menezes venceu o sueco #193 Elias Ymer por 6/3 e 6/4, em 1h43, na primeira rodada de Roland Garros. Já o #235 Felipe Meligeni Alves eliminou o experiente #185 Lukas Rosol em três sets, parciais de 6/4, 154

2/6 e 6/0, em 1h34. Outro brasileiro que entrou em quadra em Paris foi o gaúcho #121 Thiago Seyboth Wild, que foi derrotado de virada pelo sérvio #205 Viktor Troicki em parciais de 0/6, 7/6 e 7/6, em 2h46. • Menezes x Ymer A partida começou equilibrada, mas a partir do quinto game, o brasileiro conseguiu ser melhor na partida. João conseguiu quebrar

o serviço do sueco duas vezes no primeiro set, no quinto e no nono games, para vencer o primeiro set por 6/3. O brasileiro seguiu muito melhor na partida desde o início do segundo set e rapidamente abriu 5/0 sem dar chances para o sueco. Ymer conseguiu se recuperar na partida após salvar dois match points no sexto game e confirmar seu serviço.

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O sueco conseguiu se recuperar por completo no set e devolveu todas as quebras sofridas até o momento, mas quando foi sacar em 4/5 a partida foi paralisada pela chuva. No retorno da partida, João conseguiu quebrar o serviço do sueco para vencer o set e a partida. João Menezes terminou a partida com apenas 29 erros não-forçados, contra 50 do sueco, e 10 winners, cinco a menos que Ymer. Na próxima rodada do qualificatório, o paulista enfrenta o canadense #189 Steven Diez. • Seyboth Wild x Troicki No primeiro set, o brasileiro não deu nenhuma chance para o sueco. Wild dominou completamente

os 5 primeiros games abrindo 5/0 sem muitas dificuldades. No sexto game, o brasileiro salvou 4 game points antes de quebrar o serviço de Troicki e vencer o set por 6/0. No segundo set, Thiago seguiu muito melhor na partida e rapidamente abriu 5/2, mas logo quando terminou o sétimo game a partida foi interrompida pela chuva. No retorno do duelo, Wild voltou completamente diferente e perdeu os dois games seguidos sem pontuar nenhuma vez. Troicki deixou tudo empatado e levou o set para o tiebreak, onde venceu por 8-6 salvando um match point. Diferente dos sets anteriores, o terceiro set foi bastante disputado

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e equilibrado desde o início. Ambos jogadores foram muito bem nos seus games de serviço não dando chances para o adversário em nenhum game. Sem quebras, a partida foi ser decidida do tiebreak. Troicki abriu vantagem cedo e levou o tiebreak por 7-5 para vencer o set a partida. Apesar da derrota, Thiago foi superior nos número de winners, 45 contra 30 e teve menos erros não-forçados, 32 contra 37. Além disso, ele só cedeu um break point no jogo, quando foi quebrado no segundo set. Na próxima rodada, Troicki enfrenta o australiano #208 Aleksandar Vukic.

João Menezes

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FUTEBOL PAULISTA

Ele voltou! Palmeiras anuncia retorno de Dudu Atacante, ídolo do clube, foi anunciado oficialmente pelo Alviverde paulista na madrugada deste domingo (16) após Al Duhail não exercer direito de compra

O início de madrugada de domingo (16) foi animador para o torcedor palmeirense. Isso porque o clube paulista anunciou o retorno de um ídolo do clube, o atacante Dudu. O Al Duhail, do Catar, tinha até este sábado (15) para exercer o direito de compra unilateral do jogador, o que não aconteceu. Se o Al Duhail quisesse continuar com Dudu, teria que desembolsar a quantia de R$ 39 milhões. Logo após o término do prazo, o Verdão foi às redes sociais para contar a sua torcida que o histórico atleta da instituição voltará. Dudu se (re)apresentará ao Palmeiras em julho, só podendo vestir novamente a camisa da equipe a partir de agosto. O time do Catar contratou o profissional no meio de 2020, pagando 7 milhões de euros (cerca de R$ 43 milhões na conversão da época) por um ano de empréstimo. Pelo Alviverde, Dudu tem 70 gols em 305 partidas e foi parte fundamental da conquistas de uma Copa do Brasil, dois Campeonatos Brasileiros, além de um Campeonato Paulista.

globo.com

Fellipe Perdigão Fonte: tntsports.com.br Em: 16/05/21

Dudu com a camisa do Palmeiras.

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Vagner Mancini não é mais técnico do Corinthians

Treinador é demitido após derrota para o Palmeiras na semifinal do Campeonato Paulista Fellipe Perdigão Fonte: globoesporte.globo.com Em: 16/05/21

– Triste pelo resultado, por termos ficado fora de mais uma final. Queria aqui comunicar a mudança de comissão técnica, a saída do treinador Vagner Mancini e agradecer muito o seu trabalho, dedicação, junto ao Anderson Batatais e ao Claudio (Andrade, analista). Futebol muitas vezes nos obriga a fazer mudanças. Entendemos que neste momento o Corinthians precisa seguir e mudar sua comissão tudotimao.com.br

Vagner Mancini não é mais técnico do Corinthians. Ele foi demitido neste domingo depois da derrota para o Palmeiras por 2 a 0, na Neo Química Arena, na semifinal do Campeonato Paulista. Mancini já vinha pressionado após a goleada por 4 a 0 sofrida para o Peñarol-URU, na última quinta-feira, pela Copa Sul-Americana. Mesmo ainda tem dois jogos na fase de grupos do torneio, o Corinthians já não tem mais chances de classificação.

A demissão do treinador foi anunciada em pronunciamento realizado pelo presidente do clube, Duilio Monteiro Alves, cerca de uma hora depois da partida:

Vagner Mancini no treino.

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técnica. Nos próximos dias, depois de conversar com toda a diretoria, a gente anunciará o novo comandante – disse o dirigente. O contrato de Mancini com o Corinthians era válido até o fim do ano e não tinha multa rescisória. O treinador assumiu o Corinthians em situação complicada, na zona de rebaixamento do Brasileirão, e conseguiu conduzir a equipe para uma reação, mas não obteve vaga na Copa Libertadores. O Timão terminou a competição no 12º lugar. Mancini enfrentou outros períodos de contestações, como quando foi eliminado nas oitavas de final da Copa do Brasil para o América-MG ou após a goleada por 4 a 0 sofrida para o Palmeiras, em janeiro. No mês passado também foi alvo de protestos de torcedores organizados do Timão. Eliminado do Paulistão, o Corinthians volta a campo na quinta-feira, contra o Sport Huancayo-PER, em casa. Ainda não está definido quem comandará a equipe enquanto um novo técnico não é definido. Danilo, treinador do sub-23, e Tarcisio Pugliesi, do sub-20, são algumas das opções.

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Santos anuncia novo patrocinador e ‘fecha’ uniforme Peixe acertou com a Dafabet, empresa de apostas, para a omoplata até o final do ano

O Santos anunciou a Dafabet como 11º patrocinador do clube e “fechou” o uniforme na tarde desta terça-feira. A marca estará estampada na omoplata da camisa dos jogadores da equipe profissional. A estreia da marca no uniforme acontece também nesta terça diante o The Strongest, às 19h15min, na Bolívia pela 5ª rodada da fase de grupos da Copa Libertadores. Agora são SumUP (máster), Dafabet (omoplata), Oceano B2B (barra frontal), Kicaldo (manga), Tekbond (esterno), Foxlux (barra traseira), Philco (costas), Konami (número), STX (parte frontal do calção), Cartão de Todos (parte de trás do calção) e Kodilar (meião). - Para o Santos é motivo de orgulho acertar mais essa parceria, com uma empresa séria e que já tem ligação com o futebol. Foi mais uma aposta que deu certo para o Peixe e que temos certeza vai ser um sucesso na nossa camisa. Esperamos que a força do Santos também gere bons resultados

para a Dafabet e a nossa torcida acolha muito bem esse nosso novo patrocinador - afirma o presidente do Clube, Andres Rueda.

Santos Futebol Clube

Fellipe Perdigão Fonte: lance.com.br Em: 18/05/21

Kasper Trier, Diretor de Marketing Brasil e Latam da Dafabet, acrescentou. - A Dafabet é uma das maiores empresas de apostas online do mundo, encontramos aqui a combinação perfeita para fazer parceria com o Maior Brasileiro do Mundo. Trabalhamos muito para construir um bom relacionamento com os apaixonados torcedores do Santos, dando-lhes as melhores cotações, ofertas e promoções. Estamos ansiosos por partilhar muitos e grandes momentos na Vila mais famosa do mundo - afirmou. - Temos muito orgulho de fazer parceria com o Santos, o clube é obviamente um dos times mais famosos do Brasil, além de ser mundialmente conhecido por sua tradição e torcida. Acreditamos que a parceria nos ajudará a crescer na região LATAM e estamos confiantes para começar a trabalhar juntos - disse John Cruces, Diretor de Patrocínios da Dafabet.

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Camisa do Santos com patrocínios.

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Fim de jejum do São Paulo no Paulistão

Trabalho de Crespo começa a dar frutos e sugere temporada promissora para o Tricolor Paulista Fellipe Perdigão Fonte: globoesporte.globo.com Em: 24/05/21 O Campeonato Paulista de 2021 terminou premiando a melhor campanha da temporada. O São Paulo foi a melhor equipe em termos de números e a que apresentou a maior linearidade de desempenho. Mesmo disputando a Libertadores simultaneamente, manteve o elenco principal sempre que possível nas duas competições. O primeiro duelo da final entre Palmeiras X São Paulo foi esvaziado de emoções com as duas equipes tendo o objetivo claro de não tomar gols, deixando para segundo plano a produtividade ofensiva. Com os times tentando anular os pontos fortes do adversário a primeira partida da final terminou empatada e sem gols, deixando a decisão totalmente aberta, para o segundo jogo. O confronto decisivo começou com o mesmo roteiro da primeira partida, na qual as duas equipes não queriam se arriscar e nem tampouco dar oportunidades ao adversário. Esse equilíbrio foi quebrado com a ousadia do volante são-paulino Luan, que chutando de longa distância marcou o primeiro gol do Tricolor. 160

O lance seria de fácil defesa para a qualidade do goleiro palmeirense, Weverton. Mas, tornou-se indefensável após o desvio que a bola sofreu quando atingiu Felipe Melo que estava em sua trajetória. Essa jogada foi capital para mudar a história da final do Paulistão, pois o Palmeiras foi obrigado a alterar sua postura em campo. Como a equipe de Abel Ferreira não se sente confortável em adotar postura controladora, o Palmeiras não conseguiu ter a calma necessária para traduzir o volume de jogo que apresentava em chances reais de gol. As alterações efetuadas objetivavam tornar o time mais ofensivo, mas não surtiram o efeito de organização, necessária, para virar o placar. Novamente, ficou clara a dificuldade que a equipe do Palmeiras tem quando o adversário não lhe dá a oportunidade de produzir contra-ataques. O Verdão está carente de variações táticas que lhe proporcionem forma de jogar que fujam do estilo reativo. Entendo que a equipe alviverde tem elenco mais qualificado que o do São Paulo, mas nesse jogo o Palmeiras se mostrou improdutivo coletivamente. E, pelo que produziu não merecia a título da temporada, mesmo porque só mostrou bom desempenho na reta

final da primeira fase do campeonato. Por outro lado, o São Paulo, que apesar de estar em início de trabalho com o técnico argentino Hernán Crespo, já consegue mudar posturas táticas de acordo com as circunstâncias do jogo. Mesmo com duas ausências importantes em seu elenco titular, o lateral Daniel Alves e o meio-campista Benítez, que estavam lesionados, conseguiu ser amplamente superior na segunda etapa da partida decisiva. Com o placar a seu favor, o São Paulo voltou a ser organizado como na maioria dos jogos que disputou na competição. E, o placar que terminou com dois gols de vantagem, não foi ampliado devido a erros de finalizações, pois o Palmeiras não ofereceu resistência suficiente para reverter o resultado. De modo geral, vejo como justa a conquista do São Paulo. Com todos os méritos, foi a equipe que mais conseguiu conciliar resultados com desempenho nos jogos do Paulistão. O Tricolor demonstra estar iniciando fase de superação da instabilidade que atingia o clube politicamente e interferia na performance em campo. A contratação de Muricy Ramalho, como coordenador técnico, para fazer a

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A imagem positiva de gestão que o Tricolor Paulista tinha no início dos anos 2000, foi se perdendo da mesma forma que a capacidade

de conquistar títulos. Tudo indica que o São Paulo está recompondo os elementos necessários, para voltar a ser equipe vencedora. Globo.com

ponte entre o elenco e a diretoria, já mostra eficiência e parece ter sido importante para o retorno da mentalidade vencedora, ao grupo.

São Paulo Campeão Paulista 2021. Trabalho Acadêmico válido como AV2 da disciplina C304C, Editoração Eletrônica da Facha - 2021/1

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Autor do gol da classificação do Bragantino, Evangelista enaltece time e é parabenizado por Paulinho Meio-campista marcou o gol da virada do Massa Bruta sobre o Tolima-COL Fellipe Perdigão Fonte: globoesporte.globo.com Em: 26/05/21

equipe, que lutou do começo ao final. Com a união de todos, conseguimos sair com a vitória - destacou Evangelista em entrevista à Conmebol TV. Após a partida, o meio-campista foi parabenizado pelas redes sociais pelo volante Paulinho, do Guangzhou Evergrande-CHI. O O atleta, que já defendeu o Massa esportenewsmundo.com

Autor do gol que garantiu a classificação do Red Bull Bragantino às oitavas de final da Copa Sul-Americana, o meia Lucas Evangelista enalteceu o time do Massa Bruta para bater Tolima-COL por 2 a 1,

de virada, nesta terça-feira, 25. Com a vitória, o Massa Bruta chegou aos 12 pontos e terminou a fase de classificação na liderança do Grupo G. O Emelec-EQU, que tinha começado a rodada na liderança, foi derrotado por 4 a 1 pelo Talleres-ARG. - Fiquei muito feliz com o gol, mas o mais importante foi a postura da

Time do Bragantino na Sul-Americana.

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O Bragantino vai conhecer o adversário das oitavas de final após sorteio a ser realizado pela Conmebol. Enquanto isso, o foco do time passa a ser a estreia no Brasileirão. No domingo, 29, o Massa Bruta visita a Chapecoense,

na Arena Condá, às 18h15. O ge acompanha a partida em tempo real, com vídeos exclusivos. - Agora é pensar no Brasileirão. Manter o que fizemos na partida para continuar crescendo cada vez mais - disse Lucas Evangelista.

redbullbragantino.com

Bruta e tem passagem pela seleção, está treinando com o elenco do Bragantino porque não conseguiu liberação para voltar à China. O Massa Bruta até tentou contratá-lo por empréstimo. Porém, o clube chinês não aceitou a proposta.

Lucas Evangelista, herói da classificação.

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Novorizontino derrota Ponte Preta e conquista título do Troféu do Interior Tigre faz um gol em cada tempo e garante vaga para a Copa do Brasil de 2022 Fellipe Perdigão Fonte: uol.com.br Em: 20/05/21 O Novorizontino é o novo campeão do Troféu do Interior. Nesta quinta-feira, jogando no Estádio Jorjão, a equipe derrotou a Ponte Preta por 2 a 0 na final e faturou o título da competição pela primeira vez em sua história. Os aurinegros começaram com tudo e abriram o placar logo aos três minutos da etapa inicial. Jenison recebeu lançamento em profundidade, matou no peito e bateu cruzado. A bola atravessou a área e sobrou no outro lado para Felipe Rodrigues, que apareceu livre para finalizar de primeira e mandar para as redes. A Ponte Preta não sentiu o golpe e foi para o ataque em busca do gol de empate. A Macaca conseguiu pressionar o adversário e criou oportunidades para marcar, mas não levou muito perigo ao goleiro Giovanni e o resultado se manteve até o intervalo. No segundo tempo, os visitantes 164

seguiram tentando igualar os marcadores e quase empataram aos 14, quando Camilo desviou um chute de Dawhan e a bola pegou no travessão. Porém, os mandantes conseguiram aproveitar uma oportunidade que criaram e mataram o jogo aos 25 minutos. Em escanteio pela direita cobrado por Murilo Rangel, Léo Baiano fez o desvio de cabeça para Edson Silva

aparecer sozinho na segunda trave e ampliar a vantagem do time de Novo Horizonte. A Ponte ainda fez um esforço nos minutos restantes buscando voltar para a partida, mas o placar se manteve até o apito final para a festa do Novorizontino, que confirmou a conquista do título do torneio. jornalcruzeiro.com

Novorizontino, Campeão do Troféu do Interior 2021. Trabalho Acadêmico válido como AV2 da disciplina C304C, Editoração Eletrônica da Facha - 2021/1


FUTEBOL CARIOCA

Athirson destaca força do Flamengo, e rasga elogios a Gabigol e Filipe Luís Em entrevista exclusiva, ex-lateral do Flamengo fala sobre a conquista do ‘hexa-tri’ e exalta a qualidade do atual elenco Lucas Bayer lucasbayertoia@gmail.com 24/05/2021 Neste sábado (22), o Flamengo venceu por 3 a 1 o Fluminense, no Maracanã, e ergueu o troféu do Campeonato Carioca de 2021 (hexa-tri), o 37° Estadual de sua história. O J10 conversou com Athirson, ex-lateral-esquerdo formado pelo Rubro-Negro carioca. Pelo Flamengo, Athirson conquistou dez títulos, sendo eles três Estaduais: 1996, 1999 e 2000 (estes dois últimos da campanha do quarto tri). O astro, que hoje é comentarista da FlaTV, falou sobre este novo sucesso e sobre o jogo que valeu o título. Como você analisa a conquista do Cariocão pelo Flamengo? O Flamengo tem um elenco muito qualificado e consegue fazer uma rotação dentro do seu elenco e manter o nível de atuação. Com isso, o Rogério Ceni fez uma rotatividade na competição. Nesta final, durante a semana, descansou os seus atletas e conseguiu colocar os jogadores experientes nesse jogo contra o Fluminense. A equipe Rubro-Negra conseguiu ter o domínio da partida, jogou com uma intensidade maior que o Tricolor. Vejo que o Flamengo tem realmente um trabalho muito bem planejado e a qualidade individual de seus jogadores acaba fazendo diferença, até mesmo quando são feitas as substituições.”

Marcelo Cortes / Flamengo

Além do Carioca, o Flamengo conquistou nesta temporada a Supercopa e a Taça Guanabara

Quais jogadores foram os destaques desta partida? “Os destaques de uma final são os jogadores que fazem gol. O Gabriel Barbosa fez dois. E, além disso, gostei muito da participação do Gabi no jogo, principalmente a sua parte tática. Também gostei do posicionamento da defesa, com Arão e Rodrigo Caio. O Filipe Luís também jogou bem. Diego comandou o setor do meio-campo.” O Flamengo é o favorito para conquistar os títulos que ainda disputará nesta temporada? “Pelo elenco montado, pela estrutura mantida da equipe, trazendo jogadores para reforçar o grupo e a meninada da base dando uma resposta positiva, é logico que o Flamengo se coloca como um dos

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favoritos a todos os títulos. É natural que quando você tem um elenco qualificado e quantitativo como o do Flamengo, alinhado com o trabalho e estrutura, nos traz essa sensação de que o clube tem totais condições de ser favorito a tudo.” Você é um dos grandes laterais-esquerdos da história do Flamengo. Como você vê a importância do Filipe Luís no time? “Fico muito à vontade de falar sobre o Filipe Luís. Um grande profissional, um grande cara e com um baita caráter. Ele conseguiu entrar no elenco do Flamengo e trazer uma qualidade de uma forma formidável. Agora, além de tudo isso, ele possui um entendimento tático, uma leitura de jogo e um conhecimento da parte de campo incrível.

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Para Athirson, Filipe Luís se destaca pela sua inteligência tática em campo

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Alexandre Vidal/CRF

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Gonçalves: ‘O torcedor do Botafogo está muito preocupado com o que vem pela frente’

Gonçalves diz que o Botafogo não está evoluindo, alfineta Chamusca e vê acerto do clube por segurar a joia Matheus Nascimento

Reprodução

Lucas Bayer lucasbayertoia@gmail.com 24/05/2021 Gonçalves defendeu o Flamengo e a Seleção Brasileira. Mas foi no Botafogo que ganhou notoriedade e se tornou grande ídolo da torcida. Pelo Glorioso, ganhou títulos, sendo um dos destaques da conquista do Campeonato Brasileiro de 1995. Devido às grandes atuações pelo Alvinegro, chegou à Seleção Brasileira. Em 1997, fez parte das conquistas da Copa América e Copa das Confederações. No ano seguinte, jogou a Copa da França, onde o Brasil foi vice-campeão. Nesse papo ao J10, Gonçalves, que hoje mora e trabalha nos Estados Unidos, mas não perde um jogo do Alvinegro, comentou como está vendo o momento do Glorioso. Como você está analisando este início de temporada do Botafogo? “É um começo complicado. O Botafogo deu início a reestruturação visando o retorno a Série A de 2022, porém tendo que superar ainda muitos problemas financeiros que impossibilita o clube de contratar jogadores de qualidade. Considero que não ter se classificado para as finais do Carioca não foi um bom começo. Somado a isso, também teve a eliminação precoce na Copa do Brasil para um clube que não é nem da Segunda Divisão, o ABC. Na minha opinião, o Botafogo está em formação, mas poderia estar apre168

Pelo Botafogo, Gonçalves conquistou duas vezes o Campeonato Carioca: 1990 e 1997

sentando resultados melhores. O torcedor está muito preocupado com o que vem pela frente.” Como está vendo o trabalho do técnico Marcelo Chamusca? “Quando Chamusca foi anunciado, considerei boa escolha. Pelo conhecimento que tem na Série B e pelos últimos trabalhos de sucessos nesta divisão. Mas, o fato é que até o momento ele não conseguiu dar um padrão de jogo para a equipe do Botafogo. Fez muitos testes e utilizou o Carioca como laboratório. O tempo passou e a equipe não evoluiu. Logo, o trabalho dele não está sendo satisfatório em função dos resultados e pela forma que a equipe tem se portado em campo. Do jeito que está, não vejo evolução para que a equipe possa ter condições de fazer a Série B que o torcedor

espera, disputando as primeiras posições e com chances de ser campeão ou, ao menos conseguir o acesso à primeira divisão.” O Botafogo está decidindo a Taça Rio … “Não estou muito esperançoso. Se o juiz tivesse dado o pênalti no Ronald na primeira partida da final, poderia ter sido 1 a 1, melhoraria. Não afirmo que o Botafogo não tem chance de vencer, até porque a equipe pode evoluir nessa semana de treinamentos. Mas o Botafogo tem que acreditar que consegue vencer o Vasco por mais de um gol de diferença, para conquistar esse título simbólico do torneio consolação.” Matheus Nascimento tem 17 anos e chama a atenção do futebol europeu. Na última semana,

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o Glorioso recusou uma proposta do exterior pelo jogador. Foi uma boa não fechar o negócio? “A saída do Matheus seria precipitada, já que na minha visão o jogador da base tem que dar algum resultado esportivo para o clube. Penso que o momento ainda não é para vender e concordo com a diretoria de não ter aceitado a oferta. Tem que deixá-lo mais uns dois anos no clube, para ajudar a equipe com o seu futebol. Mas trata-se de um jogador com grande potencial e que possui características para jogar no futebol europeu.” Ele merece uma vaga no time titular? “Vejo que já é o momento de ele estar tendo as oportunidades na equipe titular, em função da deficiência que existe no próprio plantel. Então, vejo este jogador como uma grande promessa e também será uma oportunidade para o Botafogo conseguir no mercado exterior recursos para pagar parte da dívida que possui.” O Botafogo tem dívida que deve

chegar a R$ 1 bilhão em 2021. As receitas, na casa dos R$ 150 milhões. Como manter o clube solvente diante desse cenário? Qual o futuro do Botafogo? ” A dívida gigantesca impacta negativamente no processo administrativo. Fica difícil gerenciar qualquer empresa ou clube se você tem receita menor do que as despesas. Impacta diretamente nas contratações e em possíveis insatisfações dos atletas, já que convivem com atrasos de salários. Mas tenho uma análise diferente do torcedor que não conhece de fato como as coisas acontecem no dia a dia de um clube. Tento visualizar o futuro do Botafogo da melhor maneira possível. Acredito que a melhor solução para tirar o clube dessa situação atual é fazer a transformação para a S/A. Espero que isso possa acontecer num futuro breve. Assim, chegaria mais investimentos para quitar as dívidas, formar uma equipe competitiva e investir na estrutura para o futebol de base. Isso tudo para que possamos ter condições de conquistar novo

títulos, títulos importantes que os torcedores desejam. Fiz parte da última geração deu muitas alegrias aos torcedores. Então, da mesma forma eu espero ter mais alegrias como torcedor no futuro.” Gostaria de deixar um recado aos torcedores? “Tenham um olhar mais otimista para o futuro, visando coisas boas e novas conquistas. Não procurem sofrer por antecedência em função do momento atual do clube. Muitas vezes, mesmo contra tudo e contra todos, o ser humano é capaz de se superar. Podemos ver uma superação de todos os atletas do Botafogo. Se isso acontecer, esse grupo atual poderá dar alegrias, com a boa campanha na Série B.

Reprodução

Atualmente, o Botafogo está disputando a Série B do Campeonato Brasileiro

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A volta do público aos estádios do Rio de Janeiro FERJ se reúne com os clubes e volta do público aos estádios é a pauta da vez . Lucas Bayer lucasbayertoia@gmail.com 24/05/2021

Alexandre Vidal / Flamengo

Estádio Maracanã vazio durante a pandemia

No dia 5 deste mês, a FERJ (Federação Estadual do Rio de Janeiro) realizou uma reunião online com a presença dos médicos e presidentes de Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco para abordarem a possível volta do público aos estádios no Campeonato Carioca. No dia seguinte a reunião, Vasco, Botafogo e Fluminense se pronunciaram em suas redes sociais afirmando serem contrários a essa possível volta. Segundo o portal de notícias UOL, a ideia da Federação carioca seria de um público entorno de 20% a 30%, apenas com torcedores que possuam uma taxa de IgG positivo para o vírus, ou seja, uma certa taxa de anticorpos. 170

Esse tema foi motivo de muitas discussões em programas televisivos e até mesmo no bate-papo entre torcedores. O retorno do público aos estádios durante a pandemia é um assunto que divide muitas opiniões, sendo elas baseadas e fundamentadas em ambos os lados. Procurei entrevistar algumas pessoas que estão diretamente ou não ligadas a essa realidade. Em uma semana onde o Estado do Rio de Janeiro possui uma média de 86 mortes diárias por Coronavírus, dados fornecidos pela Secretaria da Saúde do Rio de Janeiro, nada melhor do que escutar a opinião técnica a respeito dessa volta do público no campeonato estadual.

A pneumologista Dra. Irlei Salles me concedeu uma entrevista, onde abordamos essa temática: “Eu gosto muito de futebol, adoro assistir aos jogos do meu time. Porém, achei muito precoce a volta mesmo sem público, porque o risco da transmissão de um jogador para o outro, mesmo fazendo testagem, é alto. Os jogadores não utilizam mascaras o tempo todo e o futebol é um esporte onde você tem um contato muito grande entre os jogadores, treinadores e juízes. O início dos jogos com público, mesmo com restrições, seguindo protocolos e mantendo o distanciamento é pior ainda, porque nós sabemos que as pessoas

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não irão manter o distanciamento e não irão usar máscaras. Nós vimos isso no jogo entre Flamengo e Internacional, no Maracanã, onde ocorreram aglomerações e muita gente sem máscara. Então, mesmo tendo um lugar marcado e restringindo o público nos estádios, nós sabemos que as pessoas irão se agrupar, não seguindo os protocolos. O risco da transmissão é grande e até o momento nós não temos uma medicação específica que possa combater a COVID-19. O que nós temos é a prevenção, como por exemplo, o distanciamento e o uso de máscaras. Também ouvi o ex-atleta Leonardo Andrade, jogador que atuou no Rio de Janeiro vestindo as camisas de Bangu, Macaé, Friburguense, Guanabara e Volta Redonda. Perguntei o quanto o público presente no estádio influencia e interfere na atuação de um atleta em campo e o que ele pensa em relação a volta da torcida neste momento: “Acho plausível a volta do público com segurança, com protocolos e cuidados. Até porque, existem outros setores da sociedade que tomam esses cuidados e estão tentando voltar a normalidade com algumas restrições, da mesma forma que a volta do público não seria total. Acho que os atletas sentem falta da torcida sim, até porque alguns jogadores se motivam vendo a torcida, tanto a sua, quanto a rival. Ambas motivam! Alguns jogadores acabam ficando um pouco desligados pela falta do público. Agora, falando como ex-atleta, nós jogamos pelo estádio cheio, motivados por nosso torcida e criticados também pela torcida rival. Acho que é possível um capacidade limitada, algo entorno de 20% ou 30%. Ás vezes, o jogo com estádio vazio chega

até mesmo a lembrar um treino ou algo mais amistoso. Isso muda porque a concentração acaba não sendo a mesma e isso mexe no desempenho do atleta. A vacinação já vem ocorrendo e têm que ser tudo bem pensado, claro, respeitando sempre o torcedor e os protocolos. Então, acho que da pra pensar sim na volta do público aos estádios alinhada com o avanço da vacinação, sendo a segurança algo fundamental .” É evidente que este é um assunto que divide opiniões e, com isso, não pode ser ignorado. Será que os torcedores cumpririam os protocolos estabelecidos? O quanto essa volta é importante para a economia dos clubes cariocas? Essas são algumas das diversas perguntas que entrelaçam essa temática. Com certeza os torcedores cariocas são os mais atingidos por esse debate, visto que são eles o principal motivo desta discussão. E, é claro, que não deixaria de escutá-los. O torcedor flamenguista Inoã Baptista nos confidenciou que é a favor da volta e explicou o porquê de sua opinião: “Sim, sou a favor da volta do público com esse protocolo. Sei do momento delicado no qual o mundo está passando e principalmente o Brasil por conta de erros do atual governo, porém porque um pai de família pode ir trabalhar esmagado nos caóticos transportes públicos do rio, entupidos e sem qualquer protocolo de segurança ao contágio, e não pode ter direito ao lazer em um lugar que vai respeitar os protocolos? A vida das pessoas de baixa renda já é difícil no Rio, e ainda querem acabar com o lazer que faz espairecer do nosso atual momento. BRT lotado pode, e Maracanã com número limitado e seguindo os protocolos não pode? Es-

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pero que o “Var” da FERJ análise isso e veja que a volta do público ao Maracanã é um lance legal, um golaço para os cariocas.” Por outro lado, o torcedor vascaíno Marcelo Gusmão já pensa ao contrário. Ele é contra a volta do público neste momento e também explicou o porquê de sua tese: “O futebol perde muito, perde sua essência de espetáculo e entretenimento com a ausência de torcedores no estádio. Porém, não perde a competitividade. Entretanto, é totalmente infundado um eventual retorno da torcida ao estádio durante a pandemia da COVID 19, sobretudo neste momento de aumento de casos em nosso país. O risco é sério, é alto e as medidas de contingência não são efetivas. Fala-se de algo entre vinte e trinta porcento de redução do público efetivo para viabilizar este retorno. Se tomarmos como referência o Maracanã, no Rio de Janeiro, estamos lidando com cerca de quinze mil torcedores no estádio. Independentemente da capacidade do estádio de oferecer espaço suficiente para o distanciamento, vamos ter mais fluxo por ali. E não é pelo fato de diariamente as pessoas se amontoarem no transporte público, em praias etc, que estão liberadas, então, para outros desafios. Tudo é questão de risco: quanto menor exposição a condições de insegurança, menos riscos. Se tem muito risco no transporte público, vamos evitar que tenha o dobro restringindo o acesso do torcedor no estádio. Podemos torcer com menos intensidade diante da TV, porém hoje em dia precisamos torcer com intensidade mesmo e para um direcionamento no controle desta pandemia que, por enquanto, não há.”

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Pelo visto, essa discussão está longe de ser solucionada. É cabível e necessário o debate e esclarecimento desse assunto, sempre escutando todos os lados. Os campeonatos estaduais de São Paulo e Minas Gerais, por exem-

plo, foram paralisados devido ao grande número de casos de COVID-19 em seus respectivos Estados. Mesmo sendo um assunto envolvendo o futebol diretamente, desta vez os médicos também terão mais um papel fundamental

nesta etapa dentro da pandemia, assim como foi também no retorno dos jogos no ano de 2020. Protocolos mais do que nunca serão primordiais nessa etapa, já que o momento que vive o Brasil ainda está distante de ser solucionado. Globo Esporte

Protocolos sanitários são realizados antes das partidas

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MARKETING

Valeu a pena patrocinar o BBB21? Marcas compartilham os resultados Menções nas redes sociais, aumento de acesso em aplicativos e conversão em vendas. Quais os resultados das patrocinadoras do BBB21. Thalia de Souza Marins Fonte: www.exame.com Em: 05/05/2021 No dia 4 de maio, terminou a maior edição do Big Brother Brasil até agora. Os patrocinadores -- que investiram cerca de 78 milhões na cota master, segundo especulações do mercado -- parecem ter gostado do resultado, de acordo com os dados obtidos. Não à toa, foi nesta edição que a Globo lançou um sistema que mostrou o que o consumidor achou de cada ação patrocinada. No BBB21 foram mais de R$ 530 milhões de reais com as cotas cedi-

das a marcas que anunciaram durante as provas, intervalos e ações dentro do programa. E, segundo a SemRush, a visibilidade gerou 12 milhões de buscas na internet relacionadas às patrocinadoras. Uma delas é a rede de fast food McDonald’s, que estreou no reality dia 4 de fevereiro com a prova do líder inspirada no drive-thru. Já a festa do pijama, que aconteceu em 13 de março, o Méqui conquistou mais de 50 milhões de menções nas redes sociais. O evento também garantiu um feito inédito para o McDonald’s Brasil: seis das principais posições no Twitter naquela noite se referiam ao universo da marca e um aumento de

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Mídias sociais

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Alvo

1000% nas buscas do Google. A rede investiu em uma cozinha no estúdio para garantir itens frescos aos participantes e despertar a fome em quem estava acompanhando. Com isso, o McDonald’s obteve um novo recorde com volume de vendas 80% maior no domingo pós-festa comparado ao domingo anterior. O QR Code promocional disponibilizado durante a ativação também superou as expectativas e foi o mais acessado em todas as festas BBB.O Méqui também colocou roupas semelhantes às usadas pelos “Nossa primeira edição no BBB rendeu excelentes resultados. Com uma estratégia pensada para promover conversas genuínas abordando o universo da marca e o do programa conseguimos criar ativações que foram um grande sucesso e vão ser lembradas por um bom tempo. Como mostram os resultados acima, a estreia no programa nos permitiu estar ainda mais perto do público, algo que é fun

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damental para o Méqui”, diz João Branco, CMO do McDonald’s. participantes à venda. Outra empresa de alimentação que colheu bons frutos foi a Seara. “Produzimos seis ações dentro do programa e muitas frentes no digital. Uma das nossas ativações que mais converteu em vendas e também gerou engajamento nas redes sociais foi a da linha de hambúrgueres Seara Gourmet. Na qual os brothers tiveram que mostrar muita habilidade e precisão para disputar a liderança do reality através dos diferentes sabores da linha. A competição se transformou em um cenário para estimular o apetite dos participantes e dos telespectadores do BBB21, com a presença de todos os produtos da linha de hambúrgueres e bacon da Seara Gourmet. Com ela conquistamos o #3 lugar no Trending Topics do Twitter, além de 35,5% de taxa de conversão em vendas, sendo que a taxa de conversão média para vendas em uma

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Metas

ação digital é de 7%”, diz Tannia Fukuda Bruno, diretora de marketing da Seara. A moda também foi tema relevante por conta do patrocínio da C&A, que fez sete inserções, desde a entrada na casa com as sacolas da marca. Como resultado, foi possível ter o maior share of voice no programa (25%). Além disso, houve um crescimento de 80% dos downloads do aplicativo C&A,

considerando todo o período do programa. Nos dias das ações da marca, as visitas no site e app cresciam em média 366%, comparado com o período de uma hora antes do início do programa. E as instalações originadas pelo QR Code disponibilizado na imagem da TV foram 96% maiores que o BBB20. “Este ano, as inserções superaram as nossas expectativas, seja pelas ações que conseguimos promo

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ver na casa, como, por exemplo, o primeiro desfile de hologramas da história do reality em uma festa C&A, quanto pelos resultados obtidos por meio das inserções. Acreditamos que, como a consumidora já está ainda mais habituada às tecnologias integradas em comparação ao começo da pandemia no ano passado, as nossas ações atingiram um público ainda maior, garantindo resultados excelentes”, diz Mariana Moraes, gerente sênior de marketing da C&A Brasil. Nas redes sociais a C&A também foi bem vista. Ao todo foram mais de 1,1 milhão de interações nos perfis. De todas essas interações com C&A, o volume de menções relacionadas ao programa foi 228% maior do que a C&A que no ano passado. Já a estreante Avon se deu bem ao ter Juliette Freire, maquiadora, promovendo conversas sobre a sua profissão dentro da casa. Com 176

Mega-fone

oito campanhas, parte do movimento #AvonTáOn, o patrocínio proporcionou resultados como melhorias percebidas em efetividade de atendimentos, serviços e engajamento de representantes de vendas e colaboradores. “Essa edição do BBB, assim como a anterior, manteve patamares altos de audiência, movimentou as redes sociais e gerou muita conversa relevante. Por isso, se tornou um espaço muito poderoso para gerarmos consideração para os produtos da marca. Aumentamos os acessos nas nossas plataformas online devido a estratégia multicanal, destacando os temas quentes que rolaram na casa, como os produtos que faziam sucesso entre os participantes e que geraram desejo no espectador. E como resultado, na 12ª semana de BBB triplicamos o faturamento do nosso e-commerce. No mesmo período, aumentamos os downloads do nosso app e na navegação da landing page do BBB”, diz Danielle

Bibas, vice-presidente de marketing da Avon. Segundo a marca, a melhoria do resultado foi gradual quando, por exemplo, a receita captada no dia da segunda prova do anjo Avon, realizada no 3º mês do programa, foi mais que o dobro da primeira prova do anjo da marca, que aconteceu no primeiro mês do BBB. Além disso, no Twitter, ambiente que concentra grande parte das ações da marca, a Avon teve um crescimento expressivo de 74% em seguidores desde o início do BBB. O programa foi tão importante para a Avon que logo a marca fechou contrato com o participante Lucas Koka Penteado. A marca com mais participações na edição foi a Americanas, com um total de 28 ativações, além de abastecer os “brothers” com alimentos. Apenas em uma das ações, na qual os participantes escolhiam seus produtos preferidos no app da Americanas e depois, em uma cabine com isolamento

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acústico, respondiam à pergunta se queriam trocar o item selecionado por outro ou não, houve aumento de 175% nos acessos ao app em comparação com a média do horário.

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Entre as patrocinadoras master está a PicPay. Há um mês do fim do programa, a marca informou que desde o primeiro Almoço do Anjo, a companhia aumentou em 5 pontos percentuais em favorabilidade de marca e 8 pontos percentuais em consumo. Na primeira prova do líder, em fevereiro, houve um recorde de quase 3 mil cadastros por minuto e 110 mil pessoas online no app. Já a fabricante de aparelhos eletrônicos Samsung aproveitou a última prova do líder para divulgar os smartphones Z Flip e o Z Fold2. Depois da ação, os produtos apareceram como indisponíveis no site da marca devido ao aumento da demanda. Vale lembrar que o Z Flip custa 8.999 reais. Quem também viu um produto esgotar foi a Lacta. Bastou Juliette mencionar o ovo de Páscoa Oreo Tripla Camada para que as unidades do produto acabassem no site da marca. No Twitter, a Lacta aproveitou para lançar um cupom de desconto ao informar a reposição do produto.

Lâmpada social

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Merchandising na TV: da interrupção à parte da história Profissionais de agências analisam a evolução e o potencial do formato comercial na trajetória da TV no Brasil. www.canva.com

Pesquisa www.canva.com de mercado

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Thalia de Souza Marins Fonte: www.meioemensagem. com.br Em: 08/09/2020 No dia 18 de setembro de 2020, a TV brasileira completou 70 anos de existência. Ao longo desse tempo, o meio passou por diversas transformações em termos de programação, conteúdo e tecnologia. Um elemento, no entanto, não mudou: com distribuição gratuita do sinal, a TV continua dependendo da publicidade para viabilizar sua existência.

Dentro da esfera comercial, uma solução que acompanha o meio ao longo dessas décadas é o merchandising. A inserção de produtos e serviços em meio à programação é algo que foi evoluindo junto com a própria TV. “O merchandising é revolucionário na sua essência, desde a sua criação”, afirma Herbert Gomes, head de mídia da Talent Marcel. O profissional diz que é fácil enxergar a evolução do formato comercial ao comparar a maneira como eram feitas as ações ante-

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riormente com as realizadas nos dias de hoje. “O formato é flexível, adaptativo e entra dentro do contexto de qualquerprogramação. Mas acho que a grande evolução do merchandising foi se apropriar e formatos não tão varejistas e explicativos para ações de contextualização”, explica Herbert, fazendo um paralelo entre as ações de merchandising antigas, em que o apresentador geralmente parava o programa para dar um ‘recadinho’ sobre um produto (que ainda é presente na programação da TV) com formatos mais sofisticados

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Homem no mercado

Homem no mercado

de branded content, product placement e outros tipos de inserção de marcas no contexto da programação. Vanessa Giannotti, head de mídia da Ogilvy, que também tem a missão de procurar as melhores

soluções de mídia para os clientes, também aponta que a maiorevol ção do merchandising foi o fato de ele ter deixado de ser uma interrupção para ser algo contextual. “Isso só foi possível pela evolução de todo o ecossistema publicitário: consumidores mais críticos e

incomodados com comunicações que interfiram em seu conteúdo, marcas buscando formas cada vez mais efetivas e inovadoras de chegar ao seu público-alvo e, principalmente, veículos mais aberto a co criar e abrir suas produções para a participação de agências e anunciantes”, descreve a profissional. Com a evolução dos meios digitais, as ações de merchandising ganharam outros territórios para reverberar a mensagem das marcas aos espectadores, ao mesmo tempo em que eles puderem ter acesso a soluções mais criativas e engajadoras. Vanessa, da Ogilvy, destaca que as marcas que se valem do digital conseguem fazer com que o storytelling e a comunicação do merchandising conti-

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Mulher abaixada no mercado

nuem para além do tempo determinado da ação na TV. “O trabalho que vem sendo desenvolvido pela TV Globo, com narrativas transmídia em programas e novelas é uma concretização de um projeto multiplataforma onde o digital tem tanto protagonismo quanto a ação original”, cita a head de mídia, usando como exemplo algumas ações desenvolvidas pela Globo. Segundo ela, o digital pode e deve ser o amplificador da ação de merchandising iniciada em outras mídiasdentro de uma estratégia de gestão de dados e, a partir daí, o anunciante consegue continuar e acompanhar seu consumidor em uma jornada digital”, complementa Vanessa. Independentemente do formato ou do estilo da ação, uma ação de merchandising televisivo de su-

cesso precisa de uma mensagem simples e direta. “É preciso conseguir passar para a emissora ou geradora do conteúdo o que se quer, como produto final. Contextualização, entrar no enredo da programação escolhida, entender qual o programa e conteúdo que está sendo inserido para saber as limitações das suas ações, se podem ser mais enfáticas ou sutis. Flexibilidade, aqui, é o grande ponto: tem de haver flexibilização tanto da agência/cliente como da emissora/produtora. Se não ocorrer os dois lados, o produto final será um grande fracasso”, admite.

ras entre o enredo do programa e a mensagem da marca”, analisa a head de mídia. Apesar da grande adesão ao formato, o merchandising televisivo ainda precisa evoluir em alguns pontos, como reforça Vanessa. “O merchandising ainda é carente de métricas próprias. Mais um ponto que reforça a necessidade de estar bem direcionado ao objetivo de negócio a ser alcançado”, finaliza.

Vanessa complementa que, não apenas para o merchandising, mas em qualquer ação publicitária, é necessário ter claro o objetivo dos negócios. “Em se tratando de merchandising, ter adequação contextual para minimizar ruptu-

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