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Trabalho acadêmico válido como AV2 de Editoração Eletrônica da FACHA - C304C - 2020/2.
O REAL VALOR DO
REAL
Quais as razões da desvalorização da moeda brasileira?
Parar de fumar pode multiplicar células saudáveis dos pulmões
O legado dos punhos erguidos no pódio da Olimpíada de 1968
Coca-Cola lançará campanha dos 100 anos de publicidade natalina
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ANÚNCIO
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EDITORIAL:
EXPEDIENTE:
Caro leitor,
Revista InForme – mídia impressa e digital. Trabalho Acadêmico válido como AV2.
Essa edição da revista InForme foi criada no 2º semestre de 2020 pelos alunos da FACHA - Faculdades Integradas Hélio Alonso, como uma avaliação para a conclusão da disciplina de Editoração Eletrônica ministrada pelo professor Gilvan Nascimento. Em meio à pandemia da COVID-19, o projeto foi um grande desafio e um belo aprendizado, visto que precisou ser realizado em tempos de aulas remotas. Cada aluno escolheu sua editoria e, a partir disso, pesquisou e desenvolveu suas matérias. Nesta nova edição da InForme, o leitor encontrará notícias e informações que abordam os temas de economia, saúde, marketing, moda, entretenimento e esportes. Boa leitura! Um agradecimento especial ao professor Gilvan, que foi sempre muito atencioso e preocupado com o nosso aprendizado e evolução em meio a esse momento tão difícil. Muito obrigada por todo esforço, paciência e dedicação, que com certeza nos tornará melhores profissionais.
FACHA Faculdades Integradas Hélio Alonso. Campus: Botafogo. Disciplina: Editoração Eletrônica. Curso: Comunicação Social : Jornalismo e Publicidade e Propaganda. Turma: C304C - 2º Semestre de 2020. Prof.: Gilvan Nascimento. Revista impressa desenvolvida como trabalho acadêmico válido para verificação final, idealizada para os alunos de jornalismo e Publicidade e Propaganda da Facha - Faculdades Integradas Hélio Alonso. As matérias podem não ser originais, bem como as imagens. As que não foram produzidas pelos alunos, deverão ter seus créditos devidamente inseridos. Vale ressaltar que os alunos da turma foram responsáveis por toda a diagramação, planejamento e programação visual com a orientação do professor da disciplina e que foram mantidos os erros cometidos pelos mesmos na produção como forma de avaliação.
Sara Rodrigues Fernandes
Carolina Gosling
Maria Eduarda Rodrigues
Maria Isabel Thomé
Alunos que participaram deste projeto: EDITORA: Sara Rodrigues Senra Fernandes EQUIPE: Bruna Cozzi Arêas dos Santos, Carolina Mendonça Gosling, João Carlos Amaral da Silva, Luan Thees Campos Espírito Santo, Maria Eduarda Pinto Rodrigues e Maria Isabel Thomé da Silva Cardoso.
Faculdades Integradas Hélio Alonso Administração Cinema Design Gráfico Direito Gestão Desportiva e de Lazer Jornalismo Marketing Publicidade e Propaganda Rádio, Tv e Internet Relações Públicas Rua Muniz Barreto, 51 - Botafogo Rio de Janeiro, RJ - Brasil 21-21023100
João Carlos A.da Silva
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www.facha.edu.br
Luan Thees
Prof. Gilvan Nascimento
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SUMÁRIO 4
06 16 ECONOMIA
SAÚDE
O novo sistema de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central, PIX.
Usar várias telas ao mesmo tempo pode prejudicar a memória dos jovens.
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30 42 52 62 MARKETING
MODA
ENTRETENIMENTO
ESPORTES
Coca-cola vai lançar campanha que marca 100 anos de publicidade natalina.
Gucci lança vestido masculino para combater a “masculinidade tóxica” e estereótipos.
Leonardo da Vinci: conheça a história de um dos maiores pintores de todos os tempos.
O legado dos punhos erguidos no pódio da Olimpíada de 1968 que mudou a história.
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ECONOMIA
O real valor do
REAL
Quais as razões por trás da desvalorização da moeda brasileira Maria Eduarda Rodrigues Fonte: remessaonline.com.br Em 03/04/20. Entender a desvalorização do real não é uma tarefa tão simples quanto parece. Isso porque são muitos os fatores que levaram as coisas a chegarem ao ponto que chegaram.
Nesta análise, André Galhardo traça um panorama geral de como a moeda brasileira se desvalorizou nos últimos tempos e quais são as perspectivas para o futuro. No dia dois de abril de 2019, eram necessárias 3,85 unidades da moeda brasileira – ou seja, R$3,85 – para adquirir uma única unidade
monetária dos Estados Unidos. De lá pra cá muita coisa mudou. Acompanhamos o Brexit, vimos os Estados Unidos insurgir contra a China emplacando uma guerra comercial relevante, vimos a taxa de juros no Brasil cair ao menor nível da história, enchentes, vírus, quase uma terceira guerra mundial e, claro, vimos a nossa moeda perder 36,3% do seu valor frente ao dólar americano. Tudo isso em um único ano! Por que tudo isso aconteceu? É uma situação estrutural nova ou se trata de um elemento conjuntural? No ano que vem nós falaremos de dólar a mais de R$5 com certo alívio de quem viu a sua moeda ganhar vigorosa força em relação às demais moedas? Entenda o porquê da desvalorização do real (internacional) O que mudou em um único ano que fez com que a moeda brasileira perdesse tanto valor, sobretudo nos últimos três meses?
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Primeiro embate: a guerra comercial entre Estados Unidos e China Primeiramente, nós não podemos perder de vista a guerra comercial entre China e Estados Unidos. Em vigor desde o primeiro semestre de 2018 o desentendimento comercial entre China e Estados Unidos parecia se resolver em 2019, puro achismo! O tão esperado acordo entre os dois países foi, na verdade, a primeira de uma série de assinaturas até o cessar-fogo definitivo, que nós acreditamos, não virá tão cedo. Esse impasse entre Trump e Xi Jinping alimentou a aversão ao risco, o clima de esperança que se consolidava em uma noite qualquer desvanecia na manhã subsequente com algum tweet do presidente dos Estados Unidos renovando as ameaças. Às vezes, não era nem preciso abrir as redes sociais para saber que o dia seria duríssimo, para a moeda brasileira. A imposição de tarifas de parte a parte trazia mais desvalorização do real à medida em que os indicadores econômicos da Europa vinham chegando. Vimos a degradação do setor industrial da Alemanha, maior economia da União Europeia e quarta maior economia do mundo. A própria China, protagonista da 8
guerra comercial, viu o desempenho da sua economia cair ao menor nível de crescimento em quase trinta anos. Início de 2020: conclusão do Brexit, conflitos no Oriente Médio O começo de 2020 marcou o fim de uma longa saga, que ajudou na desvalorização do real. Três anos e meio, foi o tempo necessário para findar o processo de saída do Reino Unido da União Europeia, o famigerado Brexit. Entre muitas idas e vindas, assassinato, eleições, moções de desconfiança e outras obstruções políticas, o parlamento inglês finalmente outorgou o referendo e o Reino Unido deixou a União Europeia em 31 de janeiro último. Razões da desvalorização na economia brasileira Em 2019 a situação girava em torno da capacidade do governo aprovar as reformas estruturantes tão aguardadas pelo mercado. A primeira e mais importante era a reforma da previdência, cuja aprovação atravessou longas discussões, debates, protestos e desidratações. A cada derrota do poder executivo, uma nova rodada de valorização do dólar. Isso envolveu
erros de cálculo da equipe técnica, desidratação do texto original e alinhamento de expectativas. A reforma da previdência foi tão falada que a percepção é que sua aprovação colocaria uma pá de cal no parco crescimento brasileiro, o que, por razões óbvias não aconteceu, nem acontecerá. A reforma não é um fim em si mesmo. Uma pequena escalada no preço do barril do petróleo no mercado internacional trouxe à tona a percepção do presidente brasileiro em relação ao funcionamento do mercado. Diante da possível ameaça de uma nova greve dos caminhoneiros, o presidente brasileiro falou publicamente que poderia congelar o preço do diesel nas bombas dos postos. Por falar em petróleo, o clima de euforia quase morreu por completo quando o governo federal realizou um leilão de alguns poços do pré-sal. O governo conseguiu menos da metade do volume anunciado, sem nenhum ágio, e graças a Petrobras. Para alguns, esse foi o sinal de alerta de que as perspectivas não eram as melhores possíveis em relação ao futuro do Brasil. As inúmeras crises causadas por membros da família do presidente colocaram em xeque a saúde das relações diplomáticas do Brasil com a China, Argentina e Alemanha, por exemplo. Se cristalizou a percepção de que o teto de gastos e a política explícita de diminuição da participação do estado na economia, a qualquer custo, não poderia ter outro resultado além da manutenção dos crescimentos próximos de 1% dos últimos anos. Por fim, os juros nominais são os mais baixos da história do país e isso contribuiu de forma significativa para a fuga de dólares do Brasil.
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Esse conjunto de muitas coisas transformou-se na tempestade perfeita e agora será difícil se desvencilhar disso tudo. Para além da COVID-19: o que ainda pode afetar o valor do real? A propagação do novo Corona vírus tende a desestabilizar ainda mais o sistema econômico global e isso deve continuar pressionando o valor da moeda brasileira. Os Estados Unidos registraram os maiores números de novos pedidos de seguro-desemprego da história. Em duas semanas 10 milhões de cidadãos estadunidenses perderam seus empregos, quadro que deve continuar agudo nas próximas semanas. Esperamos aqui no Brasil, além do gravíssimo problema de saúde pública, outras crises que reverberarão a partir desta primeira, mais grave. A outra crise é a política, o pre-
sidente do Brasil continua apostando que a propagação do vírus no Brasil não será tão grave e que tudo isso é histeria coletiva da oposição. Passada a crise da Covid-19, espero que logo, teremos muitos desdobramentos acerca deste tema. Aqui cabe lembrar que estabilidade cambial e instabilidade política não combinam. A terceira onda virá da deterioração das contas públicas. Diferentemente do que aconteceu em 2008, na crise do subprime, o Brasil chegou a esta crise sem condições financeiras de enfrentá-la. O quadro fiscal que já era grave – havia expectativa de superávit primário positivo apenas em 2026 – ficará ainda pior e isso deve trazer algum desequilíbrio cambial lá na frente. Como isso tudo afeta a nossa vida? O Brasil é carente de muitos insumos e matérias primas que são demandadas por aqui. Parte signi-
ficativa do que se consome no país vem de muito longe. Na distribuição de tarefas globais, o Brasil ficou com a de produzir bens primários e serviços de menor complexidade. A situação só não é pior em decorrência da própria crise. A falta de demanda tem ajudado a controlar a inflação e assim deve permanecer nos próximos dias. Mas como assim, controlar? A fraqueza da demanda tem obrigado empresários a comprimir suas margens para tentar manter o volume de vendas em um patamar minimamente sustentável. Ocorre que, margens apertadas por muito tempo criam pressões políticas que são difíceis de contornar. Então, além do possível aumento do custo de vida, esse é um problema que se retroalimenta. Mais crise política é mais desvalorização e menos emprego.
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Peso argentino em queda atrai turistas A crise na Argentina favorece brasileiro que gosta de viajar gastando pouco Maria Eduarda Rodrigues Fonte: osul.com.br Em 01/09/19 A forte desvalorização do peso argentino e a declaração de moratória do país, feita na quarta (28), fazem da Argentina um destino favorável para o turista brasileiro, mas só por enquanto. O peso argentino está desvalorizado, o que significa que o dinheiro dos turistas brasileiros está valendo mais. A Argentina, no entanto, tem uma inflação alta — o acumulado dos últimos 12 meses é de 55% — e que continua crescendo. Isso neutraliza parte do ganho de poder de compra proporcionado pela moeda mais barata. Ainda assim, por causa do peso desvalorizado, hoje a Argentina está mais em conta para o turista brasileiro do que há alguns meses. Um levantamento da operadora de turismo CVC apontou que o valor em dólar de alguns produtos no país vizinho caiu quase pela metade de 2018 para cá. Empanadas, água, refrigerantes, cerveja e refeições estão custando hoje pouco mais da metade do que custavam em 2018, mesmo quando o valor é convertido em reais. Ainda segundo dados da CVC, 10
uma empanada, que em 2018 saía por R$ 6,89, hoje é encontrada por R$ 3,93. Uma refeição simples, para uma pessoa, passou de R$ 68,94 para R$ 35,71. Esse efeito, no entanto, não deve durar muito tempo. Como a Argentina é um importante parceiro comercial do Brasil, a crise do lado de lá pode afetar a moeda de cá, que também pode perder valor, explica Vinícius Müller, doutor em história econômica e professor do Insper. “Se a Argentina tem capacidade menor de importar do Brasil, o mercado entende que isso vai prejudicar o nosso país e que a moeda brasileira
será desvalorizada”, afirma. Mas, como o Brasil é uma economia maior e mais estável do que a Argentina, essa desvalorização tende a ser mais branda e lenta. Segundo o professor do Insper, quem for viajar para a Argentina dentro de um mês ainda terá poder de compra alto. Depois disso, a moeda brasileira também pode se desvalorizar, anulando esse ganho. Nesse cenário futuro, uma opção é comprar dólares agora no Brasil e guardá-los para trocar na Argentina, já que o peso deve continuar perdendo valor frente a moeda americana. “Quem fizer essa conversão em dólar tende a ganhar,
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porque dificilmente a Argentina terá um processo de recuperação rápido”, diz Müller. A tendência é que o processo inflacionário no país continue, ainda mais se o candidato a presidente Alberto Fernández, que tem a ex-presidente Cristina Kirchner como vice, confirmar na eleição de 27 de outubro a vitória prevista pelas eleições primárias, realizadas no último dia 11. “Dependendo de como forem os discursos da Kirchner e de Fernández, se eles ganharem, o mercado vai reagir de maneira negativa e agressiva”, afirma o professor. Quem vai à Argentina deve ainda prestar atenção na forma de pagamento. Segundo reportagem publicada pela Folha de S.Paulo na quinta (29), os turistas podem conseguir descontos de até 20% em restaurantes se optarem por pagar em dinheiro, em vez de usar o cartão de crédito. Isso porque muitos donos desses estabelecimentos não aceitam mais os cartões por medo de perder valor entre a data da compra e o dia em que recebem o valor da operadora. Mas usar o cartão de crédito brasileiro na Argentina pode trazer vantagens ao turista, já que o total da compra em peso poderá ficar menor na data de fechamento da fatura, caso a moeda do país siga se desvalorizando.
1.000, o turista brasileiro compraria, em São Paulo, cerca de US$ 230. Ao trocar esse valor na Argentina, conseguiria cerca de 12.903 pesos. Isso vale para quem for a Buenos Aires. Em outras cidades, a cotação do real pode ser menos vantajosa. Assim, vale a pena levar dólares. A pior opção é comprar pesos ainda no Brasil. Em São Paulo, cada peso argentino valia R$ 0,103, na quinta. Se fosse trocar R$ 1.000, a pessoa sairia com apenas 9.708 pesos, 3.892 a menos do que se deixasse para trocar seus reais na Argentina. Segundo José Marques da Costa, diretor-executivo da Câmbio Store, o viajante ainda pode levar até sete dias para receber os pesos comprados no Brasil, por causa da pouca procura pela moeda e da dificuldade em encontrá-la no mercado brasileiro.
Levar real No momento, o turista brasileiro faz melhor negócio se levar reais para trocar na Argentina. Na quinta (29), o banco argentino Nación comprava o real por 13,60 pesos. Assim, caso levasse R$ 1.000 para o país, o visitante brasileiro teria cerca de 13.600 pesos. Uma opção popular para quem vai para o país vizinho é levar dólares. Na quinta, com R$ Trabalho acadêmico válido como AV2 de Editoração Eletrônica da FACHA - C304C - 2020/2.
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PIX: como o novo sistema de pagamentos irá funcionar na vida prática Pequenos prestadores esperam pagar uma taxa menor com o pagamento instantâneo,e fechar negócio a qualquer hora Maria Eduarda Rodrigues Fonte: g1.globo.com Em 03/11/20. O novo sistema de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central, PIX. Nenhum dos quatro cantos da pequena cidade de Quadra, no interior de São Paulo, passa pelo banco. Ela é uma das 2.343 cidades brasileiras sem agência bancária. Lugares onde todos os boletos levam à estrada. “Vinte quilômetros e aí vai, tipo assim, uma hora para ir, uma para voltar. Fora o tempo que você gasta lá na fila do banco”, conta a comerciante Shirley Aparecida da Silva. A Shirley poderia pagar as contas pela internet se o pequeno comércio não rendesse dinheiro vivo. “Nós usamos aplicativo, mas às vezes não tem dinheiro na conta, daí você tem que ir depositar. Daí tem que ter esse trabalho de se dirigir até lá, Tatuí, para poder fazer o depósito, para você estar efetuando os pagamentos”, explica. O PIX é outro mundo, onde o tempo voa e a distância não existe. Nesse mapa, com todas as contas, de todas as instituições financeiras cadastradas, o PIX é o caminho mais curto. Para entrar nesse mundo, precisa de chave, um ape12
lido que o próprio correntista cria para os seus dados bancários. Sabe aquela lista com nome completo, nome do banco, número da agência e conta? Vai se resumir a uma linha: pode ser o CPF no caso de pessoa física, CNPJ se for empre-
instantâneo, o motorista passa ao passageiro a chave PIX. O passageiro entra no aplicativo do próprio banco, acessa a área do PIX, digita a chave do motorista - no caso, o CPF. O passageiro inclui o valor da corrida, manda o paga-
sa, e-mail, número do celular ou um código aleatório criado pelo Banco Central. É a chave PIX, que leva quem paga direto ao encontro de quem recebe. Na vida prática, surgem novas possibilidades. Hoje, para pagar uma corrida de táxi com transferência bancária, o motorista vai ter que estacionar e esperar a compensação, que pode levar uma hora. Inviável. Com o pagamento
mento. Automaticamente, aparecem todos os dados da conta do motorista: nome completo, nome do banco, parte do CPF e valor. É nessa hora que o passageiro se certifica de que está mesmo mandando o dinheiro para o motorista do táxi. Se estiver errado, o passageiro clica em cancelar. Se estiver certo, confirma. Uma mensagem avisa quem paga e quem recebe que a transação foi concluída.
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Em menos de dez segundos, o dinheiro deve estar no destino. Mas e agora que o passageiro ficou com a chave do motorista? Segundo o Banco Central, não tem perigo: ela só serve para mandar dinheiro para a conta corrente. “A chave serve para endereçar o recebimento de um PIX. Então, o compartilhamento dessa informação é benéfico para as pessoas porque eu compartilho uma chave para eu receber recursos. A chave não serve para iniciar ou para acessar a minha conta. A chave não é a senha. A senha continua sendo a senha que você já usa para acessar o aplicativo da sua instituição, internet banking, biometria, reconhecimento facial - depende muito da instituição. A chave é para identificar o recebedor. Então, não precisa ter receio de compartilhar a sua chave com ninguém, a chave é feita para ser compartilhada. Ninguém vai fazer nada de posse da sua chave, pelo contrário, ela vai conseguir pagar coisas para você”, explica Breno Lobo, chefe da divisão no departamento de competição do Banco Central. O PIX pode mudar tradições do tempo em que o dinheiro era o cruzeiro. Na pizzaria de 1958, um grupo com mais de 60 anos de amizade repete a receita de sempre. “Não é nessa pizzaria. É nessa mesa. Rachamos”, conta o aposentado Cláudio Saba. Dividir a pizza e a conta em pedaços iguais fez história em uma noite em que esticaram a conversa. Repórter: Esqueceu de pagar. Cláudio: Mas assim, nem me passou. Depois, eu venho tanto que, na outra vez que eu vim, ele falou para mim: ‘você não pagou’. Eu falei: ‘está louco?’. Entre um cartão e outro, o garçom diz que espera a vida melhorar com a chegada do pagamento instantâneo. “Às vezes a gente pega
mesas com 20 pessoas, 15, e fraciona uma parcela para cada um. A taxa hoje é muito cara”, explica. E os velhos amigos também estão cheios de expectativas. “Vão transferir tudo para mim e eu vou sair correndo. Por isso que eles me puseram no canto, para eu não ter para onde correr”, afirma Claudio. E não tem nada mais anos 2020 do que amigas combinando a compra de máscaras à distância. “A gente conseguiu o frete grátis fazendo a compra todas juntas”, conta Priscila Reinaldo, funcionária pública. Mas quando colocou na conta a taxa de transferência de outro banco, uma das amigas percebeu que tinha feito um mau negócio. “Ia quase sair o preço da máscara. Exatamente. Foi bem essa a questão. E ela ainda ressaltou isso: ‘Pri, só não vou fazer a transferência porque vai ficar caro demais’. Eu falei: ‘não vale a pena, depois a gente acerta’”, diz Priscila. Depois do PIX. “Vai facilitar bastante a nossa vida, os nossos eventos, nossos encontros, as nossas saídas. Porque vai ser mais fácil, vai ser mais rápido e vai ser mais barato para gente conseguir acertar as nossas contas. Eu já fiz, inclusive, a minha chave”, conta Priscila. O novo sistema de pagamentos deve agilizar as entregas no comércio eletrônico. “Como eu vou adquirir algo, um serviço, um produto de forma instantânea se eu não tenho um meio de pagamento instantâneo? O varejo vai conseguir disponibilizar essa forma imediata de pagamento e aí não tem que ficar esperando o dia seguinte para confirmar o pagamento para mandar o produto. Então, esse fluxo, essa agilização das coisas no serviço, é muito importante, vai mudar muita coisa”, avalia Ivan Habe, diretor-executivo de serviços financeiros da EY.
E, para o pequeno varejo, o PIX promete ser uma mão na roda. O futuro faz um ensaio na borracharia do Agnaldo. Deixando constrangida a máquina de cartão, o QR Code já é uma forma de pagamento, um código de barras que leva o dinheiro do cliente direto para a conta da empresa. “Esperei um tempo. Eu estava meio desconfiado, não tinha muito eletrônico, essas coisas. Então foi depois que, um dia, um cliente chegou aqui, queria fazer um pagamento de R$ 40, aí falei: ‘vou testar’. Aí testei. Foi bacana. Dei o desconto para o cliente e continuei usando”, conta Agnaldo de Jesus, dono da borracharia. O QR Code também vai ser uma opção de pagamento no PIX. Pequenos prestadores esperam arcar com uma taxa menor com o pagamento instantâneo, além de fechar negócio a qualquer hora. “Na medida em que você tem um produto que possa funcionar 24 horas por dia, sete vezes por semana. Segmento, por exemplo, de autônomos, segmentos de pequenos estabelecimentos comerciais que fazem transações comerciais durante os finais de semana, possam ter no PIX uma possibilidade hoje de viabilizar os seus negócios e não precisar manipular dinheiro em espécie. E isso traz uma redução, não só para o setor bancário, mas principalmente para o próprio comerciante, para o próprio autônomo, que ele não precisa mais pegar aquele dinheiro, ir até o banco ou incomodar os seus clientes para dizer que precisa receber em dinheiro, em espécie. Isso aumenta as vendas, aquece a economia e traz benefício para todo mundo”, explica Leandro Vilain, diretor-executivo de Inovação da Febraban
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SAÚDE As matérias da editoria Saúde foram pesquisadas e produzidas pela aluna Brunna Cozzi Arêas dos Santos somente para a mídia digital (informefachasaude202c.blogspot.com). A versão impressa não foi diagramada pela referida aluna, porém consta toda sua produção.
Parar de fumar
pode multiplicar células saudáveis dos pulmões
eusemfronteiras.com.br
Efeito foi observado mesmo em indivíduos que fumaram um maço de cigarro por dia durante 40 anos
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Pacientes apresentaram regeneração de células que estavam totalmente incólumes à exposição ao tabagismo Trabalho acadêmico válido como AV2 de Editoração Eletrônica da FACHA - C304C - 2020/2.
SAÚDE Bruna Cozzi (Mídia Digital) Fonte: g1.globo.com Em: 30/01/20 Os pulmões tem uma capacidade quase “mágica” de reparar alguns danos causados pelo cigarro - mas apenas se você parar de fumar, diz um novo estudo científico. As mutações que levam ao câncer de pulmão eram consideradas permanentes e persistentes, mesmo após o indivíduo abandonar o cigarro. Mas uma descoberta surpreendente, publicada na revista científica Nature, revela que as poucas células que não foram danificadas pelo tabagismo podem regenerar o órgão. O efeito foi observado mesmo em pacientes que fumaram um maço de cigarro por dia durante 40 anos antes de parar de fumar. As substâncias químicas presentes no cigarro danificam e provocam mutações no DNA das células pulmonares - transformando lentamente as células saudáveis em células cancerígenas. O estudo - que analisou amostras dos pulmões de 16 pessoas, incluindo fumantes, ex-fumantes, indivíduos que nunca fumaram e crianças - mostrou que isso acontece em grande escala nos pulmões de um fumante, antes mesmo de a pessoa desenvolver um tumor. A grande maioria das células coletadas das vias respiratórias dos participantes fumantes havia sofrido mutações em decorrência do tabagismo - algumas células tinham até 10 mil alterações genéticas. “Elas podem ser consideradas mini bombas-relógio, à espera do próximo ataque que vai levá-las ao câncer”, diz a pesquisadora Kate Gowers, da University College London (UCL), no Reino Unido, uma das autoras do estudo.
Mas uma pequena porção de células estava incólume. Não se sabe exatamente como elas conseguiram evitar a devastação genética causada pelo fumo, mas, de acordo com os pesquisadores, estas células parecem “viver em um bunker nuclear”. No entanto, depois que alguém para de fumar, são essas células que crescem nos pulmões, substituindo aquelas que foram danificadas. Até 40% das células de indivíduos que tinham abandonado o cigarro se assemelhavam às das pessoas que nunca tinham fumado. “Fomos pegos totalmente de surpresa por essa descoberta”, afirmou Peter Campbell, do Wellcome Sanger Institute, um dos autores do estudo, à BBC News. “Há uma população de células que, de certa forma, repõem magicamente o revestimento das vias aéreas.” “Uma das coisas extraordinárias foi que pacientes que largaram o cigarro, mesmo depois de terem fumado por 40 anos, apresentaram regeneração de células que estavam totalmente incólumes à exposição ao tabagismo”, acrescentou.
Incentivo para parar de fumar O estudo se concentrou nas vias respiratórias principais - e não nos alvéolos, pequenas estruturas responsáveis pelo fluxo de ar nos pulmões. E os pesquisadores ainda precisam avaliar o quanto os pulmões são de fato recuperados. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de pulmão está associado ao consumo de derivados de tabaco em cerca de 85% dos casos diagnosticados. Estudos já mostraram anteriormente que as pessoas podem reduzir o risco de desenvolver a doença praticamente desde o primeiro momento após parar de fumar. A suposição era que isso acontecia simplesmente porque quaisquer outras mutações causadas pelo tabagismo seriam evitadas. “É uma grande motivação a ideia de que as pessoas que param de fumar podem colher os benefícios duas vezes - prevenindo mais danos às células pulmonares relacionados ao tabaco e dando aos pulmões a chance de compensar alguns dos danos existentes a partir das células saudáveis”, diz Rachel Orritt, da organização britânica Cancer Research UK. hoy.es
Células pulmonares saudáveis substituem células que sofreram mutações
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Sapatos com ponta ‘curva’ podem enfraquecer músculos do pé Formato é comum principalmente nos tênis esportivos. Estudo foi publicado em revista do grupo ‘Nature’ Bruna Cozzi (Mídia Digital) Fonte: g1.globo.com Em: 17/09/20 Uma pesquisa publicada no dia 17 de setembro de 2020 por cientistas de Harvard sugere que sapatos que têm “pontas curvadas”, como os tênis esportivos, podem levar a um enfraquecimento dos músculos do pé. Os resultados do estudo foram publicados na revista científica “Science Reports”, do grupo Nature.
Para chegar aos resultados, eles reuniram 13 voluntários, que andaram em uma esteira descalços e, depois, usando quatro pares de sandálias personalizadas. A esteira também havia sido especialmente projetada, como plataformas de força e um sistema de câmeras de infravermelho que media a quantidade de energia aplicada em cada passo. Cada uma das sandálias tinha vários graus de ângulos de mola - 10, 20, 30 ou 40 graus. Elas ha-
viam sido desenhadas para imitar a rigidez e a forma encontradas em calçados disponíveis comercialmente. Os cientistas descobriram que, quanto mais curvada para cima a ponta do sapato é - a chamada “mola do dedo do pé” -, menos força o pé precisa fazer contra o chão para dar cada passo. Isso significa, dizem os pesquisadores, que os músculos fazem menos esforço. Ao longo do tempo, essa diferença vai se acumulando
Imagem mostra sapato com ponta levemente curvada para cima; cientistas de Harvard afirmam que a característica facilita movimentos, mas contribui para o enfraquecimento dos músculos
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- eles consideram que uma pessoa comum vivendo em um país industrializado dá de 4 a 6 mil passos por dia. “É lógico que, se os músculos do pé tiverem que trabalhar menos, eles provavelmente terão menos resistência, visto que milhares de vezes por dia você toma impulso com os dedos dos pés”, afirmou Daniel Lieberman, professor de biologia da universidade e autor sênior do artigo, ao jornal de Harvard, o “The Harvard Gazette”. “De uma perspectiva evolucionária, usar sapatos modernos com suportes em arco, amortecimento e outras características de suporte é um fenômeno muito recente. Várias linhas de evidência sugerem que os músculos do pé fracos podem ser, parcialmente, uma consequência de tais características”, afirmou, também ao jornal de Harvard, Freddy Sichting, primeiro autor do estudo, que na época
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promobit.com.br
Foto mostra pessoa amarrando tênis esportivo com a ponta curvada para cima que pode levar a um enfraquecimento muscular do pé
da pesquisa era pós-doutorando na universidade e agora ensina locomoção humana na Universidade de Tecnologia de Chemnitz, na Alemanha. Músculos fracos Os pesquisadores trazem a hipótese de que essa fraqueza em potencial pode tornar as pessoas mais suscetíveis a problemas como a fascite plantar - uma inflamação que afeta a fáscia plantar, uma membrana de tecido conjuntivo que recobre a musculatura da sola do pé. Mas eles frisam que a ligação entre as “molas dos dedos dos pés” e a fascite plantar ainda precisa de mais estudos. Mais estudos são necessários para investigar o efeito das mo-
las dos dedos do pé em indivíduos que ficam habitualmente descalços”, ponderam os cientistas. Outras limitações incluem a velocidade de caminhada e o modo de andar: o estudo não avaliou o que aconteceria em uma corrida, por exemplo. “Investigações futuras também devem testar velocidades maiores, que aumentem as demandas de estabilidade do arco e atividade muscular”, dizem os pesquisadores. O próximo passo, dizem os cientistas, é validar essa hipótese em estudos futuros. Além de Lieberman e Sichting, a pesquisa foi realizada por um ex-aluno da graduação de Harvard, Oliver B. Hansen, e outro pesquisador de pós-doutorado, Nicholas B. Holowka.
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Os surpreendentes benefícios de se aprender a respirar mais devagar Desenvolver mais controle sobre nossos pulmões pode trazer diversos benefícios para nossa saúde física e mental Bruna Cozzi (Mídia Digital) Fonte: g1.globo.com Em: 25/10/20 Dez segundos depois de nascer, o impacto da chegada ao admirável mundo novo faz os pulmões de um bebê entrarem em ação e ele respira pela primeira vez. A partir de então, seus pulmões não param mais de trabalhar. Um adulto em repouso respira em média cerca de 16 vezes por minuto (ou 23 mil vezes por dia). Aos 30 anos, você inspirou e expirou aproximadamente 250 milhões de vezes. Era de se supor que, com toda essa prática, seríamos todos especialistas em respiração. Será então que podemos aprender algo novo sobre esse instinto tão básico? A resposta é: sem dúvida. Pesquisas científicas recentes mostram que a respiração rápida, superficial e sem foco pode contribuir para uma série de problemas, incluindo ansiedade, depressão e pressão alta. Mas, por outro lado, desenvolver um controle maior sobre nossos pulmões pode trazer muitos be20
nefícios para nossa saúde física e mental. Curiosamente, os cientistas estão descobrindo que uma determinada frequência de respiração de cerca de seis expirações por minuto pode ser especialmente restauradora, desencadeando uma “resposta de relaxamento” no corpo e no cérebro. Além de inspirar gurus de saúde e bem-estar, o exercício respiratório também começou a atrair a atenção de grandes empresas, que esperam que a prática possa ajudar os funcionários a manter a mente focada e lidar com o estresse diário do trabalho.
‘Rampa para acelerar o relaxamento’ Assim como a atual onda mindfulness (atenção plena), a terapia respiratória foi inspirada em ensinamentos de textos antigos, especialmente nas escrituras hindu e védicas, que exaltam a importância do controle da respiração por meio de práticas como pranayama, exercícios respiratórios de ioga. Você pode estar se perguntando se os exercícios respiratórios são simplesmente outro nome para mindfulness, uma vez que muitos cursos de meditação incentivam os participantes a focar sua atenção no ato de inspirar e expirar. eusemfronteiras.com.br
Exercício respiratório pode ser restaurador
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Mas enquanto a atenção plena costuma envolver observação passiva (“observar sua respiração”), as terapias respiratórias exigem que você mude ativamente a maneira como respira. Isso inclui respirar com o diafragma (em vez de movimentar o peito) para encher os pulmões com mais ar e, ao mesmo tempo, diminuir conscientemente o ritmo da respiração em repouso. De acordo com quem pratica, essas respirações lentas e profundas desencadeiam respostas fisiológicas em cascata que aceleram sua jornada a um estado de relaxamento mais completo, em comparação com exercícios mindfulness mais passivos. “Atua como uma rampa para ganhar velocidade na prática da meditação, ajudando a acalmar a mente mais rápido para que você tire o maior proveito enquanto medita”, explica Richie Bostock, técnico de terapias respiratórias e autor do livro Exhale (“Expire”, em tradução livre), lançado neste ano. “Na verdade, eu chamo algumas séries que ensino de ‘meditação com combustível de foguete’, devido ao profundo efeito que elas têm em acalmar rapidamente a mente e levar você para aquele lugar sem pensamentos.” A evidência científica parece respaldar isso. Em uma pesquisa, participantes com hipertensão apresentaram redução de curto prazo na pressão arterial após exercícios guiados de respiração lenta, efeito que parece ir além dos benefícios da prática mindfulness, sem controle ativo da respiração. Um outro estudo recente descobriu que a respiração lenta e profunda pode ajudar a aliviar sintomas de depressão e ansiedade, além de contribuir para atenuar a insônia.
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Respirar de forma “consciente” diminui ansiedade e aumenta o tempo de vida
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E um estudo do pesquisador Hassan Jafari, da Universidade King’s College London, no Reino Unido, mostrou que a respiração profunda pode melhorar o controle da dor. Dados esses benefícios, alguns cientistas sugerem que as técnicas de respiração podem ajudar pacientes a lidar até mesmo com doenças crônicas, como artrite. Mas atenção: se você tem qualquer problema de saúde, deve consultar um médico antes de tentar qualquer terapia nova. ‘Amplificando ritmos básicos’ Ainda não está claro exatamente por que a respiração lenta e profunda provoca todas essas mudanças, embora algumas hipóteses tenham sido levantadas. Uma teoria promissora se concen-
tra nos nervos localizados no tórax, cujos efeitos sentimos toda vez que enchemos os pulmões de ar. “Basta respirar fundo para ver até que ponto é um ato mecânico”, explica Donald Noble, da Universidade Emory, nos Estados Unidos. Essa sensação de pressão é proveniente de um conjunto de sensores de elasticidade que medem a expansão dos pulmões. O movimento do tórax produzido pelo relaxamento do diafragma quando expiramos também exerce pressão sobre os vasos sanguíneos que chegam ao coração, o que acaba por ativar outro conjunto de sensores (chamados barorreceptores) em nossas artérias. Ambos os tipos de sensores alimentam o tronco encefálico, e Noble explica que, quando respi-
ramos profundamente, a atividade em outras regiões pode ser sincronizada com essa estimulação constante e repetitiva. As ondas cerebrais lentas resultantes desse ato nos levam a um estado de alerta relaxado. As respirações mais rápidas e superficiais por si só não estimulam esses nervos, tampouco o cérebro, de maneira tão efetiva. Você precisa de inspirações e expirações prolongadas para gerar os ritmos adequados ao cérebro. Igualmente importantes são os barorreceptores sensíveis à pressão, nas artérias ao redor do coração, que alimentam o o nervo vago. É um elemento essencial do sistema nervoso que acredita-se ser particularmente importante para atenuar a reação de lutar ou fugir bbc.com
Você presta atenção na sua respiração?
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depois que uma ameaça desaparece. “Permite que o corpo se concentre em coisas restauradoras ou nutritivas”, diz Noble. Ao estimular repetidamente o nervo vago durante expirações longas, a respiração lenta pode levar o sistema nervoso a um estado de descanso, resultando em mudanças positivas, como diminuição da frequência cardíaca e pressão arterial. Curiosamente, as pessoas que praticam a terapia respiratória parecem encontrar um ponto ideal em torno de seis respirações por minuto. Isso parece produzir um relaxamento significativamente maior por meio de um tipo de ciclo positivo de retroalimentação entre os pulmões, o coração e o cérebro. “Você está meio que desbloqueando ou promovendo a amplificação de um ritmo fisiológico básico”, diz Noble. O especialista acredita que essa frequência pode ser encontrada nas ações repetitivas de muitas práticas espirituais, como a Ave Maria rezada nos terços e o canto de mantras de ioga, que talvez tenham evoluído para levar as pessoas a um estado mental relaxado, porém focado. Além de melhorar a saúde cardiovascular, a frequência respiratória mais lenta de seis respirações por minuto também parece ser ideal para o controle da dor, de acordo com o estudo de Jafari. Isso pode acontecer tanto devido ao bem-estar psicológico que advém da respiração lenta, quanto a qualquer mudança fisiológica direta na sensibilidade à dor. Acreditamos que os efeitos psicológicos, sobretudo da mudança do foco de atenção e de expectativas, desempenham um papel importante no efeito analgésico dessas técnicas”, diz ele.
A tecnologia pode ajudar? Havendo cada vez mais evidências sobre os benefícios da respiração profunda, ouvimos falar mais no poder da respiração controlada em livros e revistas, em programas de televisão e até mesmo no trabalho, à medida que mais empresas tentam ensinar técnicas respiratórias para ajudar os funcionários a gerenciar o estresse. Bostock é um dos muitos que oferecem retiros para respiração e oficinas corporativas. Ele diz que o interesse “explodiu” recentemente, atraindo clientes como grandes bancos, empresas de consultoria e de tecnologia. Em parte, eles são atraídos pela simplicidade da técnica, acredita Bostock. “Não é necessária experiência prévia em meditação ou mindfulness. Uma vez que você aprende como a respiração afeta seu corpo e sua mente, você tem uma maneira rápida e fácil de mudar seu estado, seja para reduzir o estresse e o nervosismo, aumentar seu foco e energia, e até mesmo ajudar na solução criativa de problemas.” No futuro, nossa jornada rumo ao relaxamento profundo pode ser guiada por dispositivos que registram as respostas fisiológicas aos exercícios respiratórios. Por exemplo, um experimento recente colocou os participantes em uma praia de realidade virtual ao pôr do sol. A variabilidade da frequência cardíaca deles foi ilustrada por nuvens no horizonte: quanto mais relaxados ficavam, mais claro ficava o céu. O feedback imediato pareceu facilitar a jornada deles rumo ao relaxamento e, assim que chegaram lá, uma fogueira acendeu na praia, reforçando a sensação de terem alcançado seu objetivo. Isso, por sua vez, os ajudou a voltar ao estado de relaxamento du-
rante um teste cognitivo posterior, aumento sua concentração. Já existe uma infinidade de aplicativos para smartphone que se propõem a funcionar de maneira semelhante, embora nem todos tenham sido rigorosamente testados em relação à eficácia. Obviamente, os praticantes de ioga vêm colhendo esses benefícios há milênios sem ajuda da tecnologia. As pesquisas científicas mais recentes simplesmente nos ajudam a compreender as razões pelas quais essas práticas são tão benéficas, fora de seu contexto religioso ou espiritual, e a encontrar novas maneiras de potencializá-las. Se você sofre de estresse regularmente, pode ter chegado a hora de dar um longo suspiro (de alívio!).
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Respiração profunda faz bem a saúde
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Exame de cera de ouvido pode revelar níveis de estresse
Pesquisadores desenvolveram método para medir níveis crônicos de hormônio associado a estresse sem a necessidade de exame de sangue
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Bruna Cozzi (Mídia Digital) Fonte: g1.globo.com Em: 04/11/20 A cera de ouvido pode dar pistas sobre a saúde mental de um indivíduo, sugeriram pesquisadores. Um estudo feito com 37 pessoas mostrou que um aumento do cortisol, o hormônio do estresse, pode ser medido a partir das secreções oleosas no canal auditivo. Isso pode abrir uma janela para melhores maneiras de diagnosticar condições psiquiátricas, incluindo depressão, de acordo com o autor principal do estudo, Andres Herane-Vives. O cortisol é conhecido como o hormônio da “luta ou fuga”. Quando ele envia sinais de alarme para o cérebro em resposta a uma situação de estresse, ele pode influenciar quase todos os sistemas do corpo, do sistema imunológico à digestão e o sono. Mas seu papel em transtorno - incluindo ansiedade e depressão não é totalmente compreendido. Herane-Vives, psiquiatra do Instituto de Neurociência Cognitiva do University College London, quer
entender o que pode indicar níveis elevados ou baixos de cortisol. Ainda é cedo, mas ele espera que isso possa ajudá-lo a estabelecer uma “medida biológica objetiva” para as condições psiquiátricas. Em teoria, as pessoas com sintomas de problemas de saúde mental poderiam ter seus níveis de cortisol testados e isso poderia ajudar a formar diagnósticos delas. Atualmente, os diagnósticos de doenças e transtornos ligados à saúde mental são amplamente subjetivos, portanto, esse método poderia fornecer aos profissionais uma ferramenta adicional para ajudar a tornar avaliações mais precisas. E um bom diagnóstico é “a única maneira de fornecer tratamento correto”, disse Herane-Vives. Ele poderia ser usado para avaliar quem pode ou não se beneficiar dos antidepressivos. O cortisol pode ser medido no sangue, mas o exame revela apenas os níveis do hormônio de um indivíduo naquele momento. E como os próprios exames de sangue podem ser estressantes, eles podem potencialmente dar falsos positivos.
Herane-Vives queria saber se os níveis crônicos de cortisol de um paciente - constantes por um longo período de tempo - poderiam ser medidos observando os tecidos do corpo em que se acumulam. Ele estudou anteriormente se o cortisol poderia ser medido nos folículos capilares, mas para fazer isso você precisa de 3 cm de cabelo - o que nem todo mundo tem ou quer perder. “Mas os níveis de cortisol na cera de ouvido parecem ser mais estáveis”, disse ele. Herane-Vives fez uma analogia com outra criatura produtora de cera: as abelhas. Elas armazenam açúcar (o mel) em seus favos de cera, onde é preservado em temperatura ambiente. Assim, os hormônios e outras substâncias são armazenados ao longo do tempo na cera do ouvido, que “produz mais cortisol do que amostras de cabelo”, disseram os pesquisadores. A longo prazo, o método poderia ser desenvolvido para medir outras coisas como os níveis de glicose ou mesmo os anticorpos contra vírus. comunicareaparelhosauditivos.com
Método poderia ajudar a tornar avaliações mais precisas
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Usar várias telas ao mesmo tempo pode prejudicar a memória dos jovens Comportamento ‘multitela’ está associado a um aumento nos lapsos de atenção e no esquecimento Bruna Cozzi (Mídia Digital) Fonte: g1.globo.com Em: 28/10/20 Assistir à TV, usar o celular, navegar na internet e enviar mensagens - tudo ao mesmo tempo. Esse tipo de comportamento pode ter um efeito negativo no desempenho da memória em jovens adultos. É o que diz um estudo publicado na revista científica Nature. As descobertas sugerem que o uso de várias telas ao mesmo tempo está associado a um aumento nos lapsos de atenção e no esquecimento. Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores examinaram um
grupo de 80 jovens adultos, de 18 a 26 anos: Primeiro, os participantes foram apresentados a imagens de objetos em uma tela de computador. Após 10 minutos, eles foram apresentados a uma segunda rodada de imagens e tiveram que identificar se eram maiores ou menores, mais agradáveis ou desagradáveis, ou se tinham visto a imagem antes em comparação com o conjunto anterior. Para identificar os lapsos de atenção, os pesquisadores mediram as mudanças na atividade das ondas cerebrais e no diâmetro da pupila dos voluntários. Os participantes também responderam todos os questioná-
rios que mediram seu envolvimento com várias telas na semana, sintomas de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), impulsividade e uso de videogame. Os resultados sugerem que os lapsos de atenção no momento anterior à lembrança estavam relacionados a uma redução nos sinais neurais da memória, junto com o esquecimento. Para os autores, o uso de várias telas pode estar associado a uma tendência de lapsos de atenção mais frequentes, o que pode piorar a memória episódica memória de eventos autobiográficos, que podem ser lembrados conscientemente. jornaldamanhamarilia.com.br
Comportamento pode piorar memória episódica Trabalho acadêmico válido como AV2 de Editoração Eletrônica da FACHA - C304C - 2020/2.
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MARKETING
Coca-Cola
completa 100 anos de publicidade
natalina Vice-presidente de marketing da empresa no Brasil, Poliana Sousa explica a relação histórica da marca com a data natalina João Carlos Amaral Fonte: Meio & Mensagem Em: 28/10/2020 Em novembro de 2020, a Coca-Cola vai lançar “The Letter”, campanha global que marca os 100 anos da relação da companhia de bebidas com o Natal. Criado pela Wieden & Kennedy de Londres, o filme tem direção de Taika Waititi, diretor indicado ao Oscar 2020 de ‘Melhor Filme’ e vencedor da categoria ‘Melhor Roteiro’, ambos com o longa Jojo Rabbit. A animação, que será veiculada em mais de 90 países, conta a história de amor de um pai por sua filha e sua jornada para realizar o pedido da garota. Com a mensagem “Neste Natal, estar junto é o maior presente”, “The Letter” pretende ressaltar em sua narrativa que a verdadeira magia desta época do ano é conectar as pessoas. Vice-presidente de marketing da Coca-Cola no Brasil, Poliana Sousa explica com mais detalhes a relação histórica da marca com a data e quais são os reflexos para a estratégia de comunicação da empresa no mercado brasileiro. 30
1 - Como funciona essa sinergia da marca com a data e quais são os detalhes mais potentes dessa construção ao longo de tanto tempo sob o ponto de vista de marketing? Poliana Sousa – A Coca-Cola tem uma ligação significativa com essa época do ano, o que faz com que sejamos conhecidos por muitos como “a marca que criou o Papai Noel”. Por isso, é impossível falarmos sobre a nossa história sem citarmos o nosso personagem favorito. Claro que, além dele, temos outros personagens muito importantes para a nossa história, como o duende (Sprite), por exemplo. Mas, a base de toda essa relação com certeza é o Papai Noel. Em 1920, a Coca-Cola fez sua primeira publicidade de Natal, onde mostrou seu primeiro Papai Noel, bem diferente do que conhecemos hoje. Com o passar dos anos, o mundo foi mudando, o marketing foi mudando e o nosso bom velhinho também, mas, em todos esses anos, ele esteve presente em nossas campanhas. Por isso, no nosso TVC deste ano, Noel é um dos personagens principais, e o responsável por transmitir a mensagem “Neste Natal, estar junto é o melhor presente”.
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MARKETING 2 – De que maneira essa “marca” de 100 anos de Natal vai ser trabalhada no Brasil e no mundo, para além do filme principal da campanha? Poliana Sousa – A nossa ideia é mostrar que a verdadeira magia do Natal é conectar as pessoas, seja pessoalmente ou virtualmente. Para celebrar os 100 anos de Natal, vamos lançar em mais de 90 países a nova campanha global da marca: “The Letter”, que teve direção de Taika Waititi (vencedor do Oscar 2020 com o filme “Jojo Rabbit”). A campanha conta uma história emocionante, mostrando o amor de um pai por sua filha e sua jornada para realizar o pedido de Natal da garota. Esperamos que o lançamento da nossa nova campanha, com a icônica e amada imagem do Papai Noel, traga uma mensagem de esperança no final de um ano muito difícil para tantas pessoas ao redor do mundo.
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3 – Como é ter que pensar estrategicamente para a marca em um ano tão complicado para o país e o mundo? Poliana Sousa – Toda a campanha de Coca-Cola nasce de uma verdade do consumidor. A gente sempre busca entender como o público se comporta e o que ele tem feito. A partir disso, encontramos qual a melhor forma da marca se encaixar nesse comportamento de forma relevante. O ano de 2020 foi um ano atípico para todos, e para Coca-Cola não foi diferente: pela primeira vez na história, fizemos um silêncio publicitário de dois meses, abrindo mão da nossa comunicação usual para dar espaço para ações voltadas para pessoas e comunidades vulneráveis. Depois disso, voltamos com a campanha “Para toda a humanidade”, trazendo mais
uma vez o nosso olhar otimista, positivo e cheio de esperança sobre as pessoas, em um contexto tão inesperado e desafiador. 4 – Quais são as perspectivas e planos da Coca-Cola em termos de marketing e posicionamento para esse final de 2020 e para o início de 2021? Poliana Sousa – Esse é nosso start para o Natal. Daqui em diante, estaremos totalmente focados nisso. Além do lançamento do TVC, em novembro, teremos um projeto incrível, onde levaremos as icônicas Caravanas da Coca-Cola para diversas cidades do País, em formatos inusitados e que estejam dentro das diretrizes que os tempos de distanciamento social nos exigem diariamente. Também estamos criando uma versão bem legal do nosso jingle natalino. Na campanha a filha entrega sua carta de pedidos para o Papai Noel a seu pai, que passa por oceanos, baleias, correntezas, matas, fogueiras, deserto e por muita neve para assegurar que a cartinha chegará nas mãos de Noel. A grande surpresa do filme é revelada assim que o pai abre a cartinha e descobre que o único desejo da filha era que ele volte para casa.
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O impacto da Advertising na mídia brasileira Divisão de publicidade da varejista passa a operar oficialmente no Brasil João Carlos Amaral Fonte: Meio & Mensagem Em: 19/10/2020 A Amazon oficializa a chegada da Amazon Advertising ao Brasil. A nova divisão da varejista, que será liderada por Mario Meirelles, permite a anunciantes, independentemente de venderem ou não no e-commerce, investirem em comunicação em vários formatos. Inicialmente, a plataforma oferece ao mercado brasileiro serviços como o Amazon DSP, display, vídeo e anúncios personalizados. No Brasil desde dezembro de 2012, inicialmente somente com
vendas de livros, a Amazon vem, de forma cada vez mais acelerada, criando seu ecossistema, o que inclui a expansão das categorias de e-commerce e a consolidação de seu serviço de streaming, o Prime Video. Neste contexto, a Amazon Advertising era uma divisão que faltava para completar o ecossistema e aguardada há alguns anos pelo mercado publicitário. Egresso do Google, Meirelles está na Amazon desde dezembro de 2014 e já passou por várias áreas da empresa. Em entrevista exclusiva ao ProXXIma, o executivo explica que o Brasil possui várias peculiariadades, sobretu-
do no mercado publicitário. “É importante entender o cenário de agências no Brasil porque ele é diferente dos Estados Unidos, Canadá e outros mercados. Além disso, o mercado de Amazon Advertising é favorecido pela massa crítica que a empresa tem no Brasil, e agora, com o sucesso dos outros negócios, Prime Video, por exemplo, a gente passa a ter essa massa crítica de forma mais relevante”, diz Meirelles. Neste momento, afirma o executivo, o esforço de vendas e prospecção da unidade estará em Agências cuja head será Celia Goldstein, que se uniu ao time em abril deste ano, egreswww.miro.medium.com
Inicialmente, a Amazon Advertising vai oferecer serviços básicos, como display, por exemplo
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Nos Estados Unidos, mais de 70% das compras feitas nos principais e-commerces são de produtos e marcas patrocinadas
sa do Spotify e com passagens por Facebook e F.biz. Além disso, explica Meirelles, a unidade terá um olhar para indústrias, sobretudo, de prospectar marcas não endêmicas. “Podemos considerar nao endêmicas aqui as marcas automotivas, bancos e outras onde enxergamos bastante potencial”. Inclusive, Meirelles destaca que já existem projetos em andamentos com bancos e empresas de telecomunicaçoes e parcerias futuras com marcas automotivas. O México, conta Meirelles, serviu como referência para a estruturação da unidade de publicidade no Brasil que vem sendo desenvolvida desde janeiro deste ano. “Nos últimos meses, eu passei muito tempo entendendo como funcionou a operação no
México, considerando, inclusive, que foi o primeiro País latino-americano a receber o Amazon Advertising e passamos a ter vários aprendizados dessa dinãmica”, diz ele. O reflexo no mercado de mídia digital Sobre o impacto da Amazon Advertising no mercado de publicidade digital brasileiro, Fabricio Cardoso, diretor-geral da Kenshoo na América Latina, explica que a chegada trará uma mudança significativa no ecossistema digital pois passa a ser uma nova, e relevante, alternativa. “Com o alcance e impacto da Amazon e sua crescente capilaridade no comércio eletrônico brasileiro, poderemos, a médio prazo, verificar uma mudança de
comportamento da jornada de consumo, bem como no funil de conversão.” De acordo com Fabricio, a chegada dessa divisão também fará com que outros varejistas acelerem o lançamento ou mesmo o crescimento de seus negócios de publicidade. “Este é um movimento global, e o Brasil está completamente alinhado com essa tendência. Uma realidade bastante importante passa pelo entendimento e educação do mercado publicitário brasileiro, como aconteceu no México e em outros países. Os formatos disponíveis para publicidade, bem como as métricas, são distintos das utilizadas com Google e Facebook. Será muito importante entendê-las para obter os resultados que as marcas esperam”.
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O crescimento da publicidade em e-commerce No ano de 2018, a Amazon surpreendeu os analistas de mercado e superou a marca de US$ 10 bilhões em receita publicitária. Já para 2020, a projeção do relatório Global Advertising Trends, que estimava crescimento de 21% para US$ 17,1 bilhões deve superar em muito o faturamento da varejista com publicidade digital, sobretudo, pelo crescimento acelerado do e-commerce durante a pandemia. Esse valor ainda é baixo se com-
parado as receitas das das grandes forças da publicidade digital. A Alphabet, holding do Google, por exemplo, pode ultrapassar US$ 149 bilhões em receitas com anúncios. Já o Facebook, deve chegar a US$ 82,9 bilhões. Apesar da grande diferença, a publicidade em marketplace vem ganhando ainda mais força. Nos Estados Unidos, mais de 70% das compras feitas nos principais e-commerces são de produtos e marcas patrocinadas. Por lá, em 2019, de todos os investimentos feitos no e-commerce, 42% foram
destinados a branding e 58% à performance. No Brasil, os investimentos das empresas de e-commerce são cada vez maiores neste segmento. No final de setembro, o Mercado Livre Publicidade sofreu um rebranding e passou a se chamar Mercado Ads como forma de endereçar ainda mais os investimentos das marcas nas plataformas. O Magazine Luiza também expandiu suas ofertas comprando, em agosto deste ano, a In Loco e ampliando o escopo da Magalu Ads.
Therezópolis desafia chefs em websérie “Tem Cerveja na Cozinha” terá nove episódios protagonizados por cozinheiros
João Carlos Amaral Fonte: Meio & Mensagem 12/05/2016 A cerveja Therezópolis coloca no ar nesta quarta-feira, 18,
sua primeira websérie. Chamada “Tem Cerveja na Cozinha”, a atração desafiará chefs de cozinha a criar duas receitas utilizando os rótulos da marca como ingredientes. O programa, apreFonte: www.publicitarioscriativos.com
Cena de gravação do programa da marca Therezópolis
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sentado por Pedro Benoliel (do programa “Cozinha na Laje”, do canal Food Network) terá a participação dos chefs Jimmy McManis (Ogro Jimmy), Rodrigo Schweitzer (ganhador do programa do SBT “Hell’s Kitchen – cozinha sob pressão”), Izabel Alvares (vencedora do Masterchef Brasil, da Bandeirantes) e Monique Gabiatti (personal chef dos artistas). A estreia da websérie será exibida em uma sessão de cinema no Rio de Janeiro e o público poderá acompanhar os episódios no canal temcervejanacozinha.com.br. As gravações acontecem na Vila St. Gallen, na região serrana do Rio, casa da cerveja Therezópolis. A produção é da Only The Brave.
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Fonte: www.cdn.impactinit.com
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O pontecial da TV para a publicidade O investimento global publicitário em smartTV pode chegar a US$ 10 bilhões até 2021
Há quase uma década, chegavam às lojas de eletrônicos do Brasil as TVs conectadas, ou smart TVs. A novidade da época trazia uma nova possibilidade ao espectador: conteúdo on demand. Eram os primeiros sinais da experiência omnichannel, que as empresas investem cada vez mais, para oferecer ao público um serviço adequado ao modelo de consumo que a plataforma proporciona. Dessa forma, a experiência com a TV, que até então era pouco democrática, acelera um novo comportamento e novos hábitos de consumo. Verifica-se uma explosão de oferta de conteúdo diversificado através dos aplicativos embarcados nas TVs. E os consumidores tomam o “controle” da sua própria experiência, agora também na tela grande. É o que chamamos de “experiência do sofá”. É o momento em que estamos em casa com mais tempo disponível e abertos para explorar este novo universo digital. As campanhas exibidas em grandes telas apresentam maior potencial para chamar a atenção do público. Não à toa, o mercado pu-
blicitário observa o crescimento dessa indústria desde seu surgimento pelo seu poder de ressignificar o papel dos meios tradicionais de comunicação. E agora a publicidade na TV passa a ser digital, interativa e on demand. De acordo com um estudo divulgado pela eMarketer, estima-se que o investimento em publicidade para TV conectada chegue a US$ 10 bilhões até 2021. A pesquisa ainda revelou que no ano passado houve um aumento de cerca de 40% desses recursos em relação ao mesmo período de 2018. Os serviços de TV conectada nos Estados Unidos, onde os líderes nesse segmento são Roku, Amazon Fire, Google Chromecast e Apple TV, prometem alcançar mais de 200 milhões de usuários ao longo deste ano. No Brasil, esse mercado mais que dobrou em dois anos, segundo levantamento realizado pelo IBGE. Esse crescimento também é associado à popularidade de plataformas de streaming, pois a pesquisa revelou que assistir vídeos é a terceira principal finalidade do uso da rede no País. A publicidade desenvolvida para essa plataforma tende a evoluir cada vez mais. É um tipo de mí-
dia que impacta uma audiência abrangente e diversificada e que, em breve, deve se tornar protagonista nas residências, criando experiências inovadoras. As mudanças nos hábitos de consumo da população e a digitalização foram aceleradas pela pandemia. As lives, por exemplo, apresentaram uma tendência à indústria do entretenimento e movimentou diversas marcas, na busca por interações com o público, abrindo o caminho para diferentes estratégias nesse meio. Toda essa expansão vem acompanhada por novas soluções, desde o direcionamento contextual, reconhecimento automático de áudio, machine learning, inteligência artificial com análise semântica dos conteúdos até sincronização em lives para oferecer campanhas personalizadas e cada vez mais direcionadas. É um mundo novo repleto de oportunidades para as marcas que desejam criar experiências, ações customizadas e desbravar novas possibilidades de entregas.
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João Carlos Amaral Fonte: Meio & Mensagem Em: 19/10/2020
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Disney+: importância do Brasil e estratégias
Com parcerias, Disney quer se assegurar de que o cliente tenha diversas opções para fazer a assinatura; Brasil é aposta na América Latina João Carlos Amaral Fonte: Meio & Mensagem Em: 17/11/2020 Não apenas um aplicativo, e sim um espaço de destino para todas as produções Disney, Pixar, Marvel, Star Wars e National Geographic. É assim que Juliana Oliveira, head de strategy & business development da The Walt Disney Company, definiu o Disney + em coletiva na qual ressaltou a importância da chegada do streaming na América Latina e, em especial, no Brasil. Marcado para ser lançado em novembro, o Disney + chega ao Brasil prometendo entregar uma plataforma que comporta acesso a quatro telas simultâneas, sete perfis de usuários por assinatura com avatares exclusivos para a América Latina, 17 idiomas em áudio e legenda, funções de acessibilidade, imagem em 4K HDR, controle parental, funcionalidade para assistir a conteúdos em grupo com outros assinantes, botão para compartilhar nas redes sociais, lista para assistir mais tarde, além de todo o acervo das marcas, com destaque para os originais Disney +, conteúdo local e possibilidade de download dos filmes e séries em até dez dispositivos. As produções são separadas por marcas, filmes ou séries, gêneros, recomendações, mais procurados e originais Disney+. 38
De acordo com Juliana, ao Brasil foi delegada a maior expectativa de lançamento na América Latina, por conta da alta digitalização entre o público local e por se tratar de um mercado muito competitivo. “Temos um nível de awareness e afinidade com a marca altíssimos. Não podemos compartilhar números de pré-venda ou meta de assinantes, mas acreditamos que teremos um número expressivo de
assinantes no Brasil”, assegurou a executiva. O streaming chega no Brasil poucos dias da marca completar um ano de seu lançamento nos Estados Unidos. Atualmente, o Disney + soma 73 milhões de assinantes, 13 milhões adquiridos de agosto a novembro. A porta-voz anunciou que em breve a companhia irá divulgar os planos relacionados a investimento em conteúdo original, mas
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Estratégias comerciais e de divulgação Para o lançamento, a Disney apostou em parcerias com grandes marcas de diferentes segmentos. O Bradesco está oferecendo a assinatura anual do Disney + para clientes com até seis meses gratuitos a depender do meio de pagamento. O banco www. blueprint.com
contou que já estão em conversa com artistas e diretores locais para atender o gosto dos brasileiros. Além disso, o catálogo contará com produções locais que foram exibidas nos canais lineares da empresa, como Bia, Sou Luna, Juacas, Violetta e outros. Alguns lançamentos ocorrerão simultaneamente com a versão
Disney anuncia lançamento de seu streaming para novembro de 2020 no Brasil
dos Estados Unidos, como a série The Mandalorian, e outros serão ajustados aos hábitos locais. De acordo com Oliveira, ainda é cedo para diferenciar os hábitos de consumo dos brasileiros e de demais países na América Latina dos demais países que o Disney + opera, mas acredita que marcas como Marvel e Star Wars, que já fazem sucesso globalmente, devem atrair o público.
ainda providenciou que clientes contratem o serviço por assinatura mensal; o Globoplay criou combos para assinatura conjunta durante a pré-venda do streaming; a Vivo incluiu o VOD como opção do plano pós-pago Vivo Selfie; e usuários do Mercado Livre e Mercado Pago receberão até seis meses grátis ao assinarem o serviço de streaming por um ano.
“Nós realmente acreditamos muito no sucesso dessas parcerias. Hoje temos quadro e de segmentos distintos. Vai ser interessante termos insights de que consumidor consome o que, vai ser muito rico para a gente. Para cada um desses quatro parceiros temos ofertas distintas porque queremos nos assegurar de que o cliente tenha a opção que lhe convém para fazer a assinatura”, explicou Oliveira. Já a comunicação da plataforma está sendo feita em parceria com personalidades do País, como o surfista Gabriel Medina e a cantora Sandy. Ambos participaram de filmes exibidos em TV e no digital em que testam sua personalidade ao escolherem personagens das marcas com os quais mais se identificam na ferramenta nomeada DNA Disney +, disponível no site do streaming. Os eleitos para protagonizarem as campanhas representam alguns dos públicos alvo da plataforma: a família, representada por Sandy, e o que Juliana denominou “AWOLKS”, uma sigla para “adultos sem filhos” em inglês, representado por Gabriel Medina. Recepção nacional Em agosto, especialistas e players do mercado de streaming, cinemas e entretenimento relataram que a chegada do Disney + no Brasil poderia, corretamente, implicar em parcerias e combos de assinatura com serviços de banda larga e telefonia móvel, como é o caso da Vivo. Uma das grandes dúvidas dos especialistas era a aceitação do público quanto à mensalidade, já que o brasileiro não chega a assinar dois streamings, como já é comum no mercado norte-americano. O plano mensal do Disney + fora da pré-venda é de R$ 27,90, já
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incluindo a opção de quatro telas simultâneas. O plano básico individual da Netflix está R$ 21,90, o intermediário, que permite duas telas simultâneas, R$ 32,90; e o premium, que permite quatro telas simultâneas, R$ 45,90. Porém, de forma geral, o parecer do mercado foi de que a vinda do Disney+ para o Brasil é bom para o consumidor, pois representa uma nova oferta de conteúdo, e para produtoras e distribuidoras, pois é um novo espaço para ofertar conteúdo. O lado a ser avaliado é o quanto o lançamento de filmes no Disney + pode impactar o mercado exibidor, já que longas como Artemis Fowl e Mulan, previstos para estrear em cinema, tiveram o streaming como primeira tela por conta da pandemia. Mundanças no roteiro A Disney estaria planejando seu futuro de forma a melhor poupar
gastos, tendo a produção de conteúdo direto para o consumidor como prioridade. Embora tenha conquistado ótimas bilheterias com suas adaptações live-action nos anos anteriores, com “O Rei Leão” em 2019 arrecadando mais de US$ 1,5 bilhão, o estúdio viu-se obrigado a desistir da mesma pretensão com “Mulan” por conta da pandemia, decidindo lançá-lo no streaming por um custo extra, em vez de adiá-lo para 2021. Com as incertezas do mercado do cinema atualmente, considerar lançamento em streaming para as adaptações live-action citadas pode servir como forma de atrair ainda mais assinantes, depois de um primeiro ano de bastante sucesso. Mas a Disney não está disposta a fazer isso com todos seus produtos, e “Viúva Negra”, o primeiro filme da Fase 4 do Universo Cinematográfico da Marvel, segue marcado para estrear nos cine-
mas em 2021. No entanto, o estúdio considera lançar no Disney+ as futuras adaptações live-action “Cruella”, “Pinóquio” e “Peter Pan & Wendy”, todas previstas para o ano que vem. The Mandalorian Em uma parceria com a Globo, a Disney conseguiu um espaço nobre para “The Mandalorian”, a série estrelada pelo Baby Yoda. Os dois primeiros episódios foram exibidos na Tela Quente na noite do dia 16 de novembro. É uma estratégia que a própria Globo já usou com sucesso: em 2018, após exibição de “The Good Doctor”, o Globoplay registrou oito vezes mais assinaturas nos quatro dias seguintes.
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Cena da série “The Mandalorian” produzida pela Disney e exibida na Tela Quente
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Viúva Negra nas telonas Disney não cogita lançar o filme no Disney+ João Carlos Amaral Fonte: www.einerd.com.br Em: 20/11/2020 Se você estava torcendo para Viúva Negra ir para o Disney+, já que o filme só vai estrear em maio do ano que vem, temos uma má notícia para você: tudo indica que a empresa sequer cogita essa possibilidade. O motivo da possível decisão, claro, são as incertezas geradas pela pandemia do novo coronavírus. No entanto, a Disney ainda quer lançar Viúva Negra nos cinemas a qualquer custo e nem pensa em disponibilizá-lo para streaming. Vale lembrar que ainda nesta semana, DC e Warner Bros. acharam melhor lançar Mulher-Maravilha 1984 nos cinemas e no serviço de streaming HBO MAX no mesmo dia – 25 de dezembro de 2020. Sobre o filme Viúva Negra, alter-ego de Natasha Romanoff, é uma personagem da Marvel. Inicialmente uma espiã russa, vilã do Homem de Ferro, a Viúva Negra fugiu para os Estados Unidos e se tornou uma agente da S.H.I.E.L.D., sendo integrada à equipe dos Vingadores posteriormente. Presente também no Universo
Cinematográfico Marvel, com atuação de Scarlett Johansson, a Viúva Negra era alvo de muitos pedidos dos fãs para um filme solo. Agora, os pedidos serão atendidos. O longa deve explorar o passado de Natasha, seu treinamento na chamada Sala Vermelha e sua passagem por Budapeste, que chegou a ser citada por ela e pelo Gavião Arqueiro. A história se passa logo após os eventos de Capitão América: Guerra Civil e deve ter o Treinador como o grande vilão da história, embora não como única ameaça.
Fonte: www.i2.wp.com
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MODA
E o figurino de “Emily in Paris”? Uma análise sobre a nova série da Netflix e seu figurino que causou discordâncias nas redes sociais teenvogue.com
Carolina Gosling Fonte:amodacidade.com Em:11/09/2020 Em outubro estreou uma nova série de moda na Netflix, a Emily in Paris. Ela foi produzida pelos mesmos criadores de Sex in The City, e tem tudo pra virar um fashion statement entre adolescentes. Estrelada pela atriz Lily Collins, filha de Phil Collins, a série conta a história de uma jovem americana que se muda para a França para modernizar uma agência de marketing, com serviços de mídias sociais. E aí é aquela história, Lily tem 20 e poucos anos, é espontânea, alegre, conseguiu o emprego dos sonhos e é claro,entra em choque com os padrões culturais e o estilo de vida refinadamente boêmio das altas rodas parisienses. De certa forma, ela faz lembrar Audrey Hepburn, em Cinderela em Paris.Ao longo dos episódios, a americana cresce, evolui, brilha e se sofistica. Para montar o figurino, convocaram ninguém menos que a lendária Patricia Field, que tem no currículo Sex and the City, o Diabo Veste Prada entre muitas outras produções, que lan42
Atriz Lily Collins
çaram modas incríveis nos últimos 30 anos. Assim, entram em cena um tailleurzinho verde limão aqui, uma bolsa baguette da Fendi combinada com tênis esportivo ali, vestidos incríveis da Chanel ao lado de boinas de brechó e voilà.Podemos ver claramente a assinatura dessa figurinista é a rainha do High and Low, ou seja a prática misturar peças caras assinadas por estilistas incríveis com outras roupas esportivas, vintage, vindas de brechós ou extremamente populares. Quando o lançamento da série foi anunciado, os blogs de moda do Brasil e do mundo, se assanharam
muito, destrinchando o figurino e elucubrando como será a série. Alguns deles, no Brasil, questionaram o fato dos looks seguirem o estilo de Patricia Field, levantando a bandeira de que a mítica figurinista deveria abrir espaço para novos talentos, já que já fez muitos figurinos nesse seu estilo. No que eu discordo totalmente e acho uma verdadeira injustiça. A gente só chegou até aqui, nos vestindo de maneira livre a casual, porque mulheres brilhantes como Patricia Field vieram antes de nós. É preciso lembrar que a estilista sempre foi uma subversiva, que
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combateu a caretice a vida toda. Filha de armênios e gregos, ela cresceu no Queens, durante muitos anos teve uma loja de roupas com uma curadoria cheia de rebeldia, e uma clientela de artistas, boêmios e excêntricos. Hoje aos 70 e tantos anos, ela coleciona Grammys por seus figurinos.Enfim, com o streaming aí bombando e essa infinidade de séries rolando, cheias de novas e ótimas figurinistas surgindo, porque querer enterrar Patricia Field antes da hora? A turma da moda deveria se inspirar mais no universo da ciência e entender a criação da roupa também se dá sempre sobre ombros de gigantes. Tem espaço pra todo mundo. Não faz sentido desmoralizar nossos gênios. O que você acha?
Vogue.mx
MODA
Lily Collins como Emily na série da netflix. thewowstyle.com
Sex and the city, inspiração para as roupas de Emily in Paris. Trabalho acadêmico válido como AV2 de Editoração Eletrônica da FACHA - C304C - 2020/2.
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Gucci lança vestido masculino para combate à“masculinidade tóxica” A marca italiana pretende lutar contra masculinidade tóxica e romper estereótipos ffw.uol.com.br
Carolina Gosling Fonte:observardor.com Em:06/10/20 A peça custa 1.900 euros,um vestido para homens, que faz parte da coleção outono/inverno de 2020. A ideia serve para “romper os estereótipos tóxicos que moldam a identidade de gênero masculino”, pode ler-se mais no site da marca. “Inspirado pelos visuais ‘grunge’ dos anos 90 e sobrepondo-se a uns ‘jeans’ rasgados, esta peça em tartan possui cores delicadas e reflete a ideia de fluidez, explorada pela coleção outono inverno 2020”. É assim que a Gucci descreve a peça de roupa, feita 100% de algodão e que é comparada a um vestido.Com esta peça de roupa, a marca quer colocar-se na dianteira da defesa dos direitos das pessoas transgênero, defendendo “um mundo onde qualquer tipo de expressão de gênero é tratado com igualdade”, lê-se na plataforma da Gucci Chime for Change, exclusivamente dedicada ao tema. Desde que assumiu o cargo de diretor criativo da Gucci em 2015, Alessandro Michele impulsionou a tendência sem gênero dentro da marca italiana e em 2016 44
Gucci/modelo
Gucci/modelo
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a marca de luxo já tinha sido a primeira a apostar numa modelo transgênero — Hari Nef. O diretor criativo confessou que queria pensar fora da caixa e trazer uma lufada de ar fresco à moda. Admitiu que pensava que “ia ser despedido” no dia a seguir ao seu primeiro desfile, mas confessou que “não tinha nada a perder”, agradecendo a confiança a Marco Bizzarri, CEO da Gucci, disse em entrevista ao The New York Times.Sob a direção criativa do italiano, as vendas da marca de luxo têm registrado uma forte subida. Em 2019, a Gucci aumentou a sua faturação em 22%, em comparação com o ano anterior — faturando quase 10 mil milhões de euros.
gq.com
Alessandro Michele, diretor criativo da Gucci. revistamonet.globo.com
Kurt Cobain, da banda Nirvana foi uma das inspirações para criação do vestido. Trabalho acadêmico válido como AV2 de Editoração Eletrônica da FACHA - C304C - 2020/2.
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Savage X Fenty Vol2: segundo desfile da marca de Rihanna Mais uma vez, a cantora se superou ao criar um show diverso, com muita dança e produtos incríveis teenvogue.comm
Carolina Gosling Fonte:capricho.abril.com.br Em:02/10/2020 O dia 2 de outubro chegou e, com ele, também chegou o lançamento do novo desfile da marca de lingerie da Rihanna, a Savage X Fenty, que foi inteiramente repensado para seguir as normas de segurança por conta do coronavírus. Disponível exclusivamente na Amazon Prime Video, a segunda edição do show da cantora superou as expectativas,que surpreenderam mais uma vez ao transportar expectador para uma realidade criativa, diversa e com muito entretenimento de qualidade. Durante o show, Rihanna falou sobre como enxerga a marca, como funciona a inspiração para criar 46
SavagexFenty volume 2
as coleções e como ela quer que a Savage X Fenty seja algo maior, incentivando as pessoas a assumirem sua sexualidade e a vivê-la com liberdade. “Mostrar a sexualidade se tornou algo que vai além da superfície para mim. É um em-
poderamento usar o que você quiser, como você quiser usar e para você mesmo, não para outra pessoa”, disse a cantora.O discurso foi além de apenas mostrar as lingeries sexies da coleção Fall 2020, e o desfile trouxe os diferentes corpos,
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estilos e famosos que participaram falando sobre o tema e como eles encaram sua própria sexualidade. Um dos momentos mais marcantes do show foi quando surgiu o cenário inspirado no Jardim do Éden, que usou parte dos elementos que sobraram da primeira apresentação feita pela marca ainda em 2018 durante a New York Fashion Week. Folhagens, flores, luzes coloridas e até maquiagens inspiradas nas pétalas rolaram durante essa parte da apresentação, que teve também um grupo de dançarinos performando ao som da música Self Control, de Frank Ocean. Como se não bastasse toda a produção, rolou também Rihanna saindo do meio de uma flor que ia desabrochando com uma lingerie roxa maravilhosa. A apresentação de Rosalía foi um dos destaques. A cantora, que usou biker shorts com cristais bordados, top de lingerie e um robe, apresentou as músicas Relación e TKN ao lado de seus dançarinos, que botaram para quebrar com muito gingado. Entre os famosos que participaram da apresentação, estavam Normani, que usou uma produção toda branca com um véu de noiva para completar, Bella Hadid e Cara Delevingne, Lizzo, Paris Hilton, Willow Smith, Travis Scott e Bad Bunny. O visual punk foi uma das principais tendências do styling do show. Correntes, corte de cabelo mullet (que foi usado até pela própria Riri) e muita meia arrastão tomaram conta da passarela. Esta edição apresentou pela primeira vez a linha masculina da Savage X Fenty, que foi lançada recentemente. A apresentação completa está disponível na Amazon Prime Video, serviço de streaming da Amazon Prime.
revistaquem.globo.com
Rihanna no segundo desfile de sua marca
revistaquem.globo.com
Irina Shayk desfila para Savage x Fenty
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RRihanna e dançarinas no cenário inspirado no jardim do Éden.
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antigo.saude.gov.br
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ENTRETENIMENTO
Leonardo da Vinci Do começo ao fim incrivel.club
Mona Lisa
Luan Thees Fonte: pt.wikipedia.org Em: 16/11/20. Leonardo di Ser Piero da Vinci ou simplesmente Leonardo da Vinci (Anchiano, 15 de abril de 1452— Amboise, 2 de maio de 1519), foi um polímata nascido na atual Itália, uma das figuras mais importantes do Alto Renascimento, que se destacou como cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista, pintor, escultor, arquiteto, botânico, poeta e músico. É ainda conhecido como o percursor da aviação e da balística. Leonardo frequentemente foi descrito como o arquétipo do homem do Renascimento, alguém cuja curiosidade insaciável era igualada apenas pela sua capacidade de invenção. É considerado um dos maiores pintores de todos os tempos e como possivelmente a pessoa dotada de talentos mais diversos a ter vivi52
do. Segundo a historiadora de arte Helen Gardner, a profundidade e o alcance de seus interesses não tiveram precedentes e “sua mente e personalidade parecem sobre-humanos para nós, e o homem em si [nos parece] misterioso e distante”. Nascido como filho ilegítimo de um notário, Piero da Vinci, e de uma camponesa, Caterina, em Vinci, na região da Florença, foi educado no ateliê do renomado pintor florentino, Verrocchio. Passou a maior parte do início de sua vida profissional a serviço de Ludovico Sforza (Ludovico il Moro), em Milão; trabalhou posteriormente em Veneza, Roma e Bolonha, e passou seus últimos dias na França, numa casa que lhe foi presenteada pelo rei Francisco I. Leonardo era, como até hoje, conhecido principalmente como pintor Duas de suas obras, a Mona Lisa e A Última Ceia estão entre as pinturas mais famosas, mais reproduzidas e mais parodiadas de todos os tempos, e sua fama se compara apenas à Criação de Adão, de Michelangelo. O desenho do Homem Vitruviano, feito por Leonardo, também é tido como um ícone cultural, e foi reproduzido por todas as partes, desde o euro até camisetas. Cerca de quinze de suas pinturas sobreviveram até os dias de hoje; o número pequeno se deve às suas experiências constantes — e frequentemente desastrosas — com novas técnicas, além de sua procrastinação crônica. Ainda assim, estas poucas obras, juntamente com seus cadernos de anotações — que contêm desenhos, diagramas científicos, e seus pensa-
mentos sobre a natureza da pintura — formam uma contribuição às futuras gerações de artistas que só pode ser rivalizada à de seu contemporâneo, Michelangelo.Leonardo é reverenciado pela sua engenhosidade tecnológica; concebeu ideias muito à frente de seu tempo, como um protótipo de helicóptero, um tanque de guerra, o uso da energia solar, uma calculadora, o casco duplo nas embarcações, e uma teoria rudimentar das placas tectônicas. Um número relativamente pequeno de seus projetos chegou a ser construído durante sua vida (muitos nem mesmo eram factíveis), mas algumas de suas invenções menores, como uma bobina automática, e um aparelho que testa a resistência à tração de um fio, entraram sem crédito algum para o mundo da indústria. Como cientista, foi responsável por grande avanço do conhecimento nos campos da anatomia, da engenharia civil, da óptica e da hidrodinâmica. Leonardo da Vinci é considerado por vários o maior gênio da história, devido a sua multiplicidade de talentos para ciências e artes, sua engenhosidade e criatividade, além de suas obras polêmicas. Num estudo realizado em 1926 seu QI foi estimado em cerca de 180. Apesar do recente interesse e admiração por Leonardo como cientista e inventor, durante mais de quatrocentos anos a sua enorme fama apoiou-se nos seus feitos como pintor e num punhado de obras, autenticadas ou atribuídas a ele, que têm sido vistas desde então como algumas das obras-primas supremas já criadas pelo homem. Estas pinturas ficaram famosas por uma série de qualidades
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ENTRETENIMENTO pt.artsdot.com
que foram muito imitadas por estudantes e discutidas extensivamente por conhecedores e críticos. Entre algumas destas qualidades que tornam a obra de Leonardo única estão as técnicas inovadoras que ele usou na aplicação da tinta, seu conhecimento detalhado de anatomia, luz, botânica e geologia, seu interesse na fisiognomonia e na maneira pelo qual os humanos registram emoções em suas expressões e gestos, seu uso inovador da forma humana em composições figurativas, e o uso da graduação sutil da tonalidade. Todas estas qualidades encontram-se reunidas em suas obras mais famosas, como a Mona Lisa, A Última Ceia e a Virgem dos Rochedos. Florença – contexto social e artístico de Leonardo Leonardo começou seu aprendizado com Verrocchio em 1466, no ano em que morreu o mestre do próprio Verrocchio, o grande escultor Donatello. O pintor Uccello, cujas experiências com a perspectiva influenciariam o desenvolvimento da pintura de paisagem, já era um homem de idade muito avançada, e os pintores Piero della Francesca e Fra Filippo Lippi, o escultor Luca della Robbia, e o arquiteto e escritor Alberti já estavam em seus sessenta anos de idade. Entre os artistas mais bem sucedidos da geração seguinte estavam, além do próprio professor de Leonardo, Verrocchio, Antonio Pollaiuolo e o escultor Mino de Fiesole, cujos bustos realistas são até hoje as evidências mais confiáveis da aparência real do pai de Lourenço de Médici, Piero, e de seu tio, Giovanni. Uma tradição recorrente em Florença era a de pequenos retábulos retratando a Virgem e o Menino. Muitos eram feitos em têmpera ou terracota vitrificada, pelos ateliês de Filippo Lippi, Verrocchio e da
Estudos da Vinci
prolífica família della Robbia. Leonardo foi contemporâneo de Botticelli, Ghirlandaio e Perugino, embora fossem um pouco mais velhos que ele. Teria conhecido todos no atelier de Verrocchio, com quem eles tinham ligações, e na Academia dos Médici. Botticelli era especialmente preferido pela família Médici, e seu sucesso como pintor era praticamente garantido. Ghirlandaio e Perugino eram prolíficos, e também geriam grandes ateliês; foram responsáveis por comissões realizadas com competência, para patronos satisfeitos, que apreciavam a habilidade de Ghirlandaio de retra-
tar os cidadãos ricos de Florença em grandes afrescos religiosos, e a habilidade de Perugino em criar multidões de santos e anjos de inescapável doçura e inocência. Ao longo da vida de Leonardo, seu extraordinário poder de inventividade, como foram descritos por Vasari,atraíram a curiosidade daqueles que o cercavam. Especularam sobre os vários aspectos da personalidade de Leonardo; Sua crescente admiração pela natureza e suas criaturas, como pode ser exemplificado por seu vegetarianismo e o hábito, descrito também por Vasari, de comprar pássaros engaiolados e libertá-los.
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Caravaggio O cotidiano de um farrista thebluerhapsody.wordpress.com
Luan Thees Fonte: pt.wikipedia.org Em: 16/11/20. Michelangelo Merisi (ou Amerighi), conhecido como Caravaggio (Caravaggio, 29 de setembro de 1571 — Porto Ercole, 18 de julho de 1610), foi um dos mais notados pintores italianos, atuante em Roma, Nápoles, Malta e Sicília, entre 1593 e 1610. Seu trabalho exerceu influência importante no estilo barroco, estilo do qual foi o primeiro grande representante. Caravaggio era o nome da aldeia natal da sua família e foi escolhido como seu nome artístico. Exceto em suas primeiras obras, Caravaggio pintou fundamentalmente temas religiosos. No entanto, foram várias as vezes em que as suas pinturas feriam as susceptibilidades dos seus clientes. Nos seus quadros, em vez de adoptar nas suas pinturas belas figuras etéreas, delicadas, para representar acontecimentos e personagens da Bíblia, preferia escolher por entre o povo, modelos humanos tais como prostitutas, crianças de ruas e mendigos, que posavam como personagens para as suas obras. Caravaggio procurou a realidade palpável e concreta da representação. Utilizou como modelos figuras humanas, sem qualquer receio de representar a feiura, a deformidade em cenas provocadoras, características essas que distinguem as suas obras. Tudo isso chocou os seus contemporâneos, pela rudez das suas pinturas. Dos efeitos que Caravaggio dava aos quadros, ori54
Bacchus
ginou-se o tenebrismo, em que os tons terrosos contrastam com os fortes pontos de luz. Nascido no Ducado de Milão, onde seu pai, Fermo Merisi, era administrador e arquiteto-decorador do marquês de Caravaggio. Tinha apenas seis anos quando a peste bubônica matou praticamente todos os homens de sua família, incluindo seu pai. Ele cresceu contencioso e agressivo. Michelangelo Merisi surgiu na cena artística romana em 1600 e, desde então, nunca lhe faltaram comissões ou patronos. Porém ele
lidou com seu sucesso de maneira atroz. Uma nota precocemente publicada por Floris Claes van Dijk sobre ele, em 1604, descrevia seu estilo de vida três anos antes: “após uma quinzena de trabalho, ele irá vagar por um mês ou dois com uma espada a seu lado e um servo o seguindo, de um salão de baile para outro, sempre pronto para se envolver em alguma luta ou discussão, de tal maneira que é bastante torpe acompanhá-lo”. Considerado um farrista inconsequente, ele vivia com problemas com a polícia, sem dinheiro
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e buscava brigas nos pulgueiros da cidade. Em 1606, matou um jovem durante uma briga e foge de Roma, com a cabeça a prêmio. Passou por Nápoles, depois por Malta e pela Sicília, onde pintou telas de lirismo transfigurado, em temas como a ressurreição de Lázaro (Messina), na qual, sob o pavor de um imenso espaço vazio, um raio de luz rasante parece imobilizar o drama sagrado. Em Malta (1608) envolveu-se em outra briga, e mais outra em Nápoles (1609), possivelmente um atentado premeditado contra a sua vida devido suas ações, por inimigos nunca identificados. Por seu gênio d if í ci l e vida turbulenta, ele tem s i d o considerado um personagem enigmático, fascinante e perigoso. O pintor neerlandês Floris Claes van Dijk, contemporâneo de Caravaggio, descreveu-o da seguinte maneira: Após vários anos de trabalho, Caravaggio andou de cidade em cidade servindo vários senhores importantes. tÉ um trabalhador incansável, porém orgulhoso, teimoso e sempre disposto a participar em discussões e a envolver-se em brigas, o que torna difícil con-
viver com ele. Passou a envolver-se em brigas, fazer ameaças e insultos em comércios, quebrando pratos em restaurantes e ferindo seus adversários com faca ou espada. Após uma carreira de pouco mais de uma década, Caravaggio morvirusdaarte.net
A Medusa
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reu em circunstâncias desconhecidas, em julho de 1610, aos 38 anos. Seu corpo permaneceu em local desconhecido por séculos. Em 16 de junho de 2010, uma equipe de cientistas e universitários italianos do “Comitê Caravaggio” anunciou a identificação dos restos mortais do pintor, graças a análises de DNA e de carbono-14, no pequeno cemitério da frazione de Porto Ercole, na comuna de Monte Argentario, na Toscana. A probabilidade de certeza desta descoberta, divulgada pelos pesquisadores, é de 85%. Em estudo divulgado em setembro de 2018, identificou-se que a morte de Carav a g gio foi p r o vocada por uma infecção causada pela bactéria “Staphylococcus aureus”, contraída a menos de um mês de sua morte por ferimentos em decorrência de uma briga, na qual foi ferido por uma espada. Para chegar a esta conclusão, pesquisadores analisaram seus dentes molares, caninos e incisivos, onde abundam os vasos sanguíneos - para determinar a causa real de sua morte.
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Sandro Botticelli um dos pintores mais disputados de seu tempo Luan Thees Fonte: pt.wikipedia.org Em: 16/11/20. Alessandro di Mariano di Vanni Filipepi ou Sandro Botticelli (Florença, 1º de março de 1445 – 17 de maio de 1510), foi um pintor italiano. Assim como um de seus irmãos, havia sido apelidado de “botticelli”, que significa em italiano “pequeno tonel”, o epíteto substitui o “es panucam” sobrenome de família, passando a identificar o futuro pintor. Aprendiz no ateliê de Filippo Lippi, estudou na Escola Florentina do Renascimento e igualmente receptivo às aquisições introduzidas por Masaccio na pintura do Quatrocento e às tendências do Gótico tardio, seguiu os preceitos da perspectiva central e estudou as esculturas da Antiguidade, evoluindo posteriormente para a acentuação das formas decorativas e da atenção dispensada à harmonia linear do traçado e ao vigor e pureza do colorido. Suas obras tardias revelariam ainda um expressionismo trágico, de agitação visionária, fruto certamente da pregação de Savonarola. Sandro Botticelli usava todas as cores, em especial cores frias. Foi ainda destacado retratista e seu talento excepcional de transpor para a linguagem formal as concepções de seus clientes tornou-o um dos pintores mais disputados 56
de seu tempo. Sua reputação, alvo de um curto reavivar de interesse no século XVI, logo esvaiu-se, e somente com o reaparecimento de uma crescente curiosidade pelo Renascimento, registrada no século XIX, e, em particular, pela interpretação filosófica de suas obras, é que sua arte volta a adquirir o êxito e a fama que mantém até hoje. Nascido em Florença, no popular rione (bairro) de Ognissanti (Todos-os-Santos), aprendeu inicialmente ourivesaria com seu irmão e depois foi aprendiz de Fra Filippo Lippi, e com ele aprendeu a arte de Masaccio. Também estudou com Andrea del Verrocchio, entre 1467 e 1470, na mesma época em que com ele estudava Leonardo da Vinci. Em 1470, aos vinte e cinco anos, abriu seu próprio ateliê. Nesse ano, foi encarregado de pintar o quadro A Coragem, que seria colocado no Tribunal do Palácio do Mercado. Em 1481, esteve em Roma, para participar dos trabalhos na Capela Sistina, onde pintou os afrescos As Provações de Moisés, O Castigo dos Rebeldes e A Tentação de Cristo. Em 1505, fez parte do Comitê Florentino, organizado para decidir onde seria colocado o Davi de Michelangelo. Na temática religiosa destacam-se também São Sebastião (1473) e um afresco sobre Santo Agostinho. Na década de 1490, quando os Médici foram
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Jovem homem segurando um medalhão Um retrato de um jovem segurando um medalhão (por volta de 1470-80) por Sandro Botticelli será leiloado em Nova York em janeiro, quando se estima que será vendido por mais de US $ 80 milhões durante a série de vendas da “Sotheby’s Masters Week”.
expulsos de Florença, Botticelli passou por uma crise religiosa e tornou-se discípulo do monge beneditino Girolamo Savonarola, que pregava a austeridade e a reforma, mas Botticelli jamais deixou Florença. Nessa nova fase destacam-se: A Natividade Mística (década de 1490), e A Crucificação Mística (c. 1496). Todos expressam intensa devoção religiosa e representam certo retrocesso no desenvolvimento de seu estilo.
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A Primavera
Dedicou boa parte da carreira às grandes famílias florentinas, especialmente a Família Médici, para os quais pintou retratos. Entre tais obras, destacam-se Retrato de Giuliano de Medici e A adoração dos Magos. O último rendeu-lhe a adimdas e atenção da Família Médici, que o colocou sob sua proteção e patronato. A sua relação com a Família Médici foi, sem dúvida, útil para que obtivesse proteção e condições para produzir várias de suas obras-primas. Participou dos círculos intelectual e artístico da corte de Lourenço de Médici, recebendo a influência do neoplatonismo cristão lá presente, o qual pretendeu conciliar com as ideias clássicas. Por exemplo, a sua obra Minerva e o Centauro, parece representar a ideia do
amor desenvolvida pelo filósofo neoplatônico Marsilio Ficino.[3] Tal síntese expressa-se em A Primavera e O Nascimento de Vênus, ambas realizadas sob encomenda para enfeitar uma residência dos Médici e que hoje estão expostas na Galeria Uffizi, em Florença, na Itália. Até hoje não há consenso na interpretação dessas pinturas, embora creia-se que Vênus pode ser vista como fonte do amor divino, tanto do ponto de vista cristão quanto pagão. Assim como o batismo é o “Renascer em Deus”, o nascimento de Vênus remete a esperança do “renascimento”.. Para A Primavera foi provavelmente buscar inspiração nas odes de Poliziano, nos Faustos de Ovídio e na poesia filosófica De rerum natura deLucrécio.
Nesta linha pagã, destacam-se também a série de quatro quadros Nastagio Degli Onesti, produzidos em 1483, nos quais o artista recria uma das histórias do Decameron, de Boccaccio. Também pintou diversos quadros de temática religiosa, como A Virgem Escrevendo O Magnificat (1485); A Virgem de Granada (1487) e A Coroação da Virgem (1490), todas expostas na Galeria Uffizi, e Virgem com o Menino e Dois Santos (1485), exposta nos Museus Estatais de Berlim (Staatliche Museen). Em 1472 ingressou na Companhia de São Lucas, uma fraternidade dedicada à caridade gerida por artistas. No ano seguinte, Botticelli foi chamado a Pisa, para pintar um fresco na catedral da cidade (essa obra foi perdida pelo desgaste do tempo).
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William-Adolphe Bouguereau Talento nato para as artes Luan Thees Fonte: www.bouguereau.org Em: 16/11/20. William-Adolphe Bouguereau nasceu em La Rochelle, França, em 30 de novembro de 1825, em uma família de comerciantes de vinho e azeite. Ele parecia destinado a entrar para o negócio da família, mas com a intervenção de seu tio Eugene, um cura, que lhe ensinou assuntos clássicos e bíblicos, e providenciou para que Bouguereau fosse para o ensino médio. Bouguereau mostrou desde cedo talento artístico e seu pai foi convencido por um cliente a mandá-lo para a École des Beaux-Arts de Bordeaux, onde ganhou o primeiro prêmio em pintura figurativa por uma representação de Saint Roch. Para ganhar dinheiro extra, ele desenhou etiquetas para compotas e conservas. Através de seu tio, Bouguereau foi contratado para pintar retratos de paroquianos, e quando sua tia igualou a quantia que ele ganhou, Bouguereau foi para Paris e se tornou um estudante na École des Beaux-Arts. Para complementar seu treinamento formal em desenho, ele participou de dissecações anatômicas e estudou trajes históricos e arqueologia. Foi admitido no atelier de Franccois-Edouard Picot, 58
onde estudou pintura no estilo académico. A pintura acadêmica colocou o mais alto status em temas históricos e mitológicos e Bouguereau ganhou o cobiçado Prix de Rome em 1850, com seu Zenobia encontrado por pastores nas margens do Araxes. Sua recompensa foi uma estadia na Villa Medici em Roma, Itália, onde, além das aulas formais, ele pôde estudar em primeira mão os artistas renascentistas e suas obras-primas. Bouguereau, em plena sintonia com o estilo acadêmico tradicional, expôs nas exposições anuais do Salão de Paris durante toda a sua vida profissional. Um dos primeiros críticos afirmou: “M. Bouguereau tem um instinto natural e um conhecimento do contorno. A euritmia do corpo humano o preocupa e ao relembrar os resultados felizes aos quais, neste gênero, os antigos e os artistas do século XVI chegaram , só podemos parabenizar M. Bouguereau na tentativa de seguir seus passos Raphael foi inspirado pelos antigos e ninguém o acusou de não ser original. “ Raphael era um dos favoritos de Bouguereau e ele considerou essa crítica um grande elogio. Ele havia cumprido um dos requisitos do Prix de Rome ao completar uma cópia do antigo mestre de O
Triunfo de Galatéia, de Rafael. Em muitas de suas obras, ele seguiu a mesma abordagem clássica para composição, forma e assunto. Em 1856, ele se casou com Marie-Nelly Monchablon e posteriormente teve cinco filhos. No final da década de 1850, ele fez fortes conexões com negociantes de arte, especialmente Paul Durand-Ruel (mais tarde o campeão dos impressionistas), que ajudava clientes a comprar pinturas de artistas que expunham nos salões. Os salões atraíam anualmente mais de 300.000 pessoas, proporcommons.wikimedia.org
Antes do Banho
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cionando assim uma exposição valiosa aos artistas expostos. A fama de Bouguereau estendeu-se à Inglaterra por volta de 1860 e então ele comprou uma grande casa e estúdio em Montparnasse com sua renda crescente. Bouguereau era um tradicionalista convicto cujas pinturas de gênero realistas e temas mitológicos eram interpretações modernas de temas clássicos - tanto pagãos quanto cristãos - com grande concentração no corpo humano feminino. Embora ele tenha criado um mundo idealizado, seu estilo quase fotorrealista trouxe à vida suas deusas, ninfas, banhistas, pastoras e madonas de uma forma que era muito atraente para os ricos patronos da arte de sua época. Alguns críticos, no entanto, preferiram a honestidade da representação mais real de Jean-François Millet de fazendeiros e trabalhadores trabalhadores. Bouguereau empregou métodos tradicionais de elaboração de pinturas, incluindo estudos detalhados a lápis e esboços a óleo, e seu método cuidadoso resultou em uma representação agradável e precisa da forma humana. Sua pintura de pele, mãos e pés foi particularmente admirada. Ele também usou alguns dos simbolismos religiosos e eróticos dos Velhos Mestres, como o “jarro quebrado”, que conotava a inocência perdida. Ele também fez reduções de suas pinturas públicas para venda aos patronos, das quais A Anunciação (1888) é um exemplo. Ele também foi um pintor de retratos de sucesso, embora muitas de suas pinturas de clientes ricos ainda permaneçam em mãos privadas. Ele começou a ensinar desenho na Academie Julian em 1875, uma instituição de arte mista independente de a Ecole des Beaux-
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A virgem dos lírios
-Arts, sem vestibular e com taxas nominais. Em 1877, sua esposa e filho morreram. Em idade bastante avançada, Bouguereau casou-se pela segunda vez em 1896, com a colega artista Elizabeth Jane Gardner Bouguereau, uma de suas pupilas. Ele também usou sua influência para abrir muitas instituições de arte francesas para mulheres pela primeira vez, incluindo a Academie Française.
Perto do fim de sua vida, ele descreveu seu amor por sua arte: “Todos os dias vou para meu estúdio cheio de alegria; à noite, quando sou obrigado a parar por causa da escuridão, mal posso esperar pela manhã seguinte, se não posso dar para a minha querida pintura estou miserável “. Ele pintou oitocentos e vinte e seis quadros. Bouguereau morreu em La Rochelle aos 80 anos de doença cardíaca.
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antigo.saude.gov.br
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ESPORTES
Os cinco novos esportes da Olimpíada de Tóquio Quais os motivos que levaram beisebol, caratê, escalada, skate e surfe a serem escolhidos para fazer parte do programa dos Jogos Olímpicos origemsurf.folha.uol.com.br
Arcos Olímpicos próximo à bandeira Japonesa
Maria Isabel Thomé Fonte:olimpiadatododia.com.br Data: 29 /07 /20 Beisebol, caratê, escalada, skate e surfe serão os novos esportes a serem disputados nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Oficialmente, não são considerados esportes olímpicos ainda, mas serão “convidados de luxo” que valerão medalhas ano que vem no Japão. Os motivos das escolhas são claros. Os dois primeiros são extremamente tradicionais no país-sede, enquanto os 62
outros três fazem parte da estratégia do Comitê Olímpico Internacional (COI) de atrair a atenção da audiência mais jovem. Para conquistar a juventude, o COI ampliou de 2016 para cá suas ações nas plataformas digitais e apostou na entrada dos três novos esportes, que têm indentificação e são essencialmente acompanhadas pelo público alvo desejado: escalada, surfe e skate. Já beisebol e caratê foram escolhidos como um gesto do COI para o Comitê Organizador. O primeiro,
criado nos Estados Unidos, chegou no Japão em 1873 e é o esporte mais popular do país. Enquanto o segundo é uma arte marcial criada em Okinawa durante o período da dinastia Ryukyu. Popularidade e tradição no Japão garantiram, respectivamente, a participação de beisebol e caratê nos Jogos Olímpicos de Tóquio, mas não os mantém para Paris-2024. O Comitê Organizador francês pretende incluir breakdance no programa e continuar, entre os novos esportes, apenas com escalada, surfe e skate.
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ESPORTES Dos cinco novos esportes dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, apenas o beisebol foi disputado em edições anteriores. A modalidade estreou em Barcelona-1992 e fez parte do programa cinco vezes seguidas, a última delas em Pequim-2008. Conheça os cinco novos esportes de Tóquio-2020: Beisebol Beisebol, no masculino, e softbol, no feminino, serão disputados nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. O primeiro é o mais conhecido, enquanto o segundo tem a bola maior, o campo é menor e o arremessador joga com a mão em nível inferior ao cotovelo, em vez de lançar com a mão levantada acima da altura do ombro. www.marinij.com
Caratê Duas disciplinas do caratê serão apresentadas nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020: o kumite e o kata. O primeiro se traduz em “mãos agarradas”, é a luta propriamente dita. Cada combate é disputado por 3 minutos entre dois competidores. Os pontos são concedidos quando um competidor faz um ataque bem sucedido, atingindo uma área alvo no corpo do oponente. Já o kata significa forma, envolve movimentos defensivos contra um oponente. Essa disciplina se concentra nas formas que os atletas executam, o que significa que eles não podem executar o mesmo kata duas vezes. Os sete critérios para os pontos técnicos incluem: posturas, técnicas, movimentos de transição, tempo, respiração correta, foco e conformidade. Os três critérios para pontos atléticos são: força, velocidade e equilíbrio. O Brasil tem chance de ser repre-
Escalada miro.medium.com
www.ricardoaguiar.com.br
Jogador de Beisebol rebatendo a bola
Seis equipes nacionais competirão em cada torneio. Até o momento, equipes de Israel, Japão, México e Coreia do Sul se classificaram para o evento de beisebol. As equipes do Japão, EUA, Itália, México, Canadá e Austrália estão qualificadas para o softbol.
Lutador de Caratê numa competição
sentado por três atletas, todos no kata: Vinícius Figueira, que está muito perto da classificação na categoria até 67kg, Valéria Kumizaki, que briga pela vaga na 55kg, e Douglas Brose, que vai disputar o Pré-Olímpico na 75kg.
Homem escalando um muro próprio para a prática do esporte.
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A escalada esportiva é disputada em três modalidades diferentes: boulder, dificuldade e velocidade. Tradicionalmente, cada uma delas é disputada separada da outra, mas nos Jogos Olímpicos vai ser diferente. Apenas uma medalha de ouro por sexo estará em disputa. Os vencedores serão determinados com base em quem tiver o melhor desempenho na soma dos três eventos. Com pouca tradição na escalada, o Brasil não conseguiu classificação para estar representado no esporte nos Jogos Olímpicos de Tóquio.
disciplinas: street e park. O Brasil, super tradicional na modalidade, deve ser representado por 12 atletas, seis homens e seis mulheres, e com grandes chances de medalha, especialmente no park masculino e no street feminino. Surfe O surfe será disputado na praia de Shidashita, em Chiba, a 64 quilômetros de Tóquio. Como o
esporte depende das condições do mar, o evento pode durar mais tempo do que o inicialmente programado no calendário dos Jogos Olímpicos. O Brasil entrará na disputa com grandes chances de medalha. Ítalo Ferreira e Gabriel Medina foram, respectivamente, campeão e vice do Mundial de 2019. No feminino, Tatiana Weston-Webb e Silvana Lima podem surpreender. www.isasurf.org
Skate O skate, originalmente chamado de “surfe na calçada”, surgiu nas ruas e estacionamentos do sul da Califórnia na década de 1950 – um substituto imperfeito para o surfe quando as ondas do mar estavam fracas. 70 anos depois, a modalidade chega aos Jogos Olímpicos. O esporte será disputado em duas mediastorage.cnnbrasil.com.br
Leticia Bufoni, skatista brasileira, fazendo uma manobra
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Gabriel Medina (esquerda) junto com o Italo Ferreira (direita) ambos promessas para medalha de ouro em Toquio
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O que são eSports? Como surgiram e os principais jogos competitivos Saiba mais sobre origem e evolução do esporte eletrônico, que movimenta milhões de pessoas e de dinheiro no mundo todo Maria Isabel Thomé Fonte: globoesporte.globo.com Data: 01/08/20 Ao longo das décadas, os eSports ganharam contornos competitivos e deixaram de ser apenas games. Quem chegou a frequentar as lan houses jamais poderia imaginar que aqueles jogos que conquistaram o público gamer casual da época virariam parte de um negócio multimilionário, que atinge um público imenso e movimenta inúmeras indústrias e empresas no mundo inteiro. O que era casual virou assunto sério, e o que era brincadeira virou profissão. blog.consorciomagalu.com.br
Um rapaz de costas comemorando algo relacionado ao jogo eletrônico
Os eSports ou esportes eletrônicos referem-se a competições de jogos eletrônicos nas quais os atletas, que fazem parte de uma estrutura profissional, são assistidos por uma audiência presencial
e/ou online, através de diversas plataformas de stream online ou TV. Quatro pilares fazem a engrenagem dos eSports rodar: os jogadores, as empresas de games eletrônicos, as ligas e as plataformas de streaming. Origem Os eSports têm origem no início da década de 70, com a realização das “Olimpíadas Intergaláticas de Spacewar”, um dos primeiros jogos de computador, na Universidade de Stamford, na Califórnia. O torneio, disputado entre estudantes da faculdade, tinha como prêmio um ano de assinatura da revista Rolling Stone. Oito anos mais tarde, em 1980, a Atari organizou o Space Invaders Championship, a primeira competição de esporte eletrônico em larga escala, com aproximadamente 10 mil participantes vindos de várias partes dos Estados Unidos. Já em 1990, foi criado o Nintendo World Championships, com etapas em várias cidades dos EUA e com a final disputada na Califórnia. Quatro anos depois, o torneio ganhou uma segunda edição, a Nintendo PowerFest 94. A chegada da Internet e da banda larga nos anos seguintes fez sumir a limitação física ou geográfica para a realização de eventos, causando um boom na quantidade de competições entre os anos 2000 e 2010: se apenas dez torneios foram realizados nos anos 2000, em 2010 já foram 160. Durante essa década, os
principais torneios foram o World Cyber Games, o Intel Extreme Masters e a Major League Gaming. A primeira organização internacional de eSports, a G7, foi fundada na mesma época pelas equipes 4 Kings, Fnatic, MIBR, Mousesports, NiP, SK Gaming e Team 3D. No Brasil, os lan houses eram um fenômeno de público nos 90 e 2000. Como, nessa época, a internet no país ainda era cara e de má qualidade, o serviço se tornou famoso ao oferecer uma boa conexão e diversos jogos, com destaque para o CS 1.6 e Quake. O sucesso das casas foi tanto, que elas passaram a realizar torneios de jogos eletrônicos, que cresceram, viraram um negócio lucrativo e ajudaram a impulsionar o desenvolvimento dos eSports dos anos 2000 em diante. Em 2011, foi lançado a Twitch, plataforma pioneira em transmissões de jogos eletrônicos, estimulando as premiações do setor. Principais tipos de jogos Battle Royale O Battle Royale é o mais recente estilo de jogo do cenário competitivo. Popularizada com o lançamento de PlayerUnknown’s Battlegrounds, em 2017, a modalidade consiste na coleta de recursos (lootear) e na sobrevivência, vencendo o último jogador a ficar vivo. Além do PUBG, o Fortnite, o Free Fire e, mais recentemente, o Call of Duty: Warzone também fazem sucesso entre os Battle Royales.
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MOBA Os Multiplayer Online Battle Arena são um fenômeno entre os esportes eletrônicos. Nesse estilo de game, dois times se enfrentam em um mapa até um dos lados conseguir destruir a base da equipe oponente. Os jogos MOBA oferecem uma variedade de personagens que devem ser escolhidos pelos atletas e que possuem habilidades capazes de impactar a partida de maneiras diferentes. Seres que não são controlados pelos jogadores e torres de defesa da base também fazer parte do game. O League of Legends (LoL) e o Defense of the Ancients 2 (DotA 2), ambos jogados no PC, são os dois principais jogos entres os MOBAs. FPS Os jogos FPS ou de tiro em primeira pessoa são os mais tradicionais do mundo dos esportes eletrônicos. Eles são jogados da perspectiva de um jogador que carrega uma arma e foca no combate com armas de fogo. Os principais jogos desse estilo são o Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO), o Rainbow Six: Siege, o Overwatch, o CrossFire e, mais recentemente, o Valorant. RTS Os jogos RTS ou Real Time Strategy (Estratégia em Tempo Real) geralmente envolvem conquistar o território inimigo por meio de estratégias de guerra, incluindo a construção de exércitos, o aquecimento da economia, a produção de recursos e a criação de defesas perfeitas. O StarCraft II e o seu precursor Warcraft III são os jogos mais conhecidos do gênero. Jogos de luta Os jogos de luta são um clássico do cenário competitivo. Disputados entre duas pessoas (Jogador 66
vs. Jogador ou PvP), esses games conquistem em causar dano no adversário até reduzir sua vida a zero. Street Fighter, Marvel vs. Capcom, Mortal Kombat e Dragon Ball são os principais títulos desse estilo. Simuladores Os simuladores tentam reproduzir as características dos esportes da vida real, como futebol, basquete e automobilismo. O FIFA, da EA Sports, é a franquia de maior sucesso do gênero. O PES, da Konami, e o F1, da Codemasters, são outros dois exemplos de jogos populares desse estilo. Card games Os jogos de carta promovem a disputa entre dois jogadores e misturam dois princípios importantes: a montagem do deck de cartas e a aplicação de estratégias. Os principais destaques desse gênero são Hearthstone, baseado no mundo de World of Warcraft – um MMORPG, combinação de MMOs e RPGs –, e GWENT, situado no universo de The Witcher. fscl01.fronpit.de
Tela de celular mostrando um jogo mobile
Os Jogos Mobile Os jogos mobile – celular e tablet – continuam a quebrar barreiras
em 2020, se mantendo como o segmento de maior receita entre os games no mundo (US$ 77,2 bilhões, com um crescimento anual de 13,3%). Essa popularidade pode ser explicada pela baixa barreira de entrada no cenário, devido ao maior acesso a smartphones, à menor complexidade dos jogos para esse tipo de plataforma e ao surgimento dos games Lite, permitindo que qualquer um jogue e se divirta. O Free Fire, o Call of Duty: Mobile, o PES e o PUBG são alguns dos jogos de destaque entre os celulares. Naturalmente, o cenário competitivo desses games também explodiu mundialmente, contribuindo com o crescimento da audiência dos esportes eletrônicos. No período de setembro a novembro de 2019, por exemplo, os jogos mobile foram responsáveis por 50 milhões de horas de visualização ao vivo – cerca de dez vezes mais que o número de horas do mesmo período de 2018. E muito mais está por vir: 2020 ainda não será o momento do 5G, que deve precisar de mais três ou quatro anos para atingir as massas e se tornar o novo padrão para conectividade móvel em mercados maduros e em crescimento. Quando isso acontecer, abrirá caminho para uma nova era de soluções orientadas por tecnologia, oferecendo aos usuários velocidades mais rápidas e conexões mais confiáveis do que nunca. Principais jogos Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO) O Counter-Strike surgiu em 1999 como um mod de Half-Life e se popularizou rapidamente através das lan houses. O jogo, que ganhou uma nova versão, o Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO), em 2012, tem o tradicional 5 x 5 entre
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terroristas (TR) e contraterroristas (CT) como o modo utilizado nas competições. O objetivo do jogo é eliminar todos os inimigos a cada round ou desarmar/armar a C4. Fortnite Desenvolvido pela Epic Games, o Fortnite popularizou o gênero Battle Royale e virou a maior febre dos videogames dos últimos tempos. Em maio, a página do game no Twitter confirmou que a base de usuários do jogo ainda está em alta, atingindo 350 milhões de jogadores. O número era de 250 milhões apenas um ano an/wallpaperaccess.com
tes, mostrando que o jogo ainda está crescendo mais de dois anos e meio após seu lançamento inicial. Free Fire O Battle Royale da Garena é um dos jogos mais populares do momento. Desenvolvido para celulares, coloca dezenas de jogadores saltando em queda-livre em uma ilha, e procurando armas e itens pelo cenário. Com a área de jogo se fechando, vence quem sobreviver por último. Apelidado de Frifas, o game foi o jogo mobile com o maior número de downloads no ano de 2019, de acordo com a plataforma App Annie (famosa por números estatísticos de downloads de aplicativos). League of Legends (LoL) League of Legends é um jogo de estratégia em que duas equipes de cinco poderosos Campeões se enfrentam para destruir a base uma da outra. O jogador pode escolher entre mais de 140 Campeões para realizar jogadas épicas, assegurar abates, destruir torres e ir atrás da vitória. De acordo com a Riot Games, o LOL atingiu a marca de oito milhões de jogadores simultâneos por dia, número correspondente à somatória do mesmo índice dos 10 jogos mais populares da Steam.
O mapa do Fortntine
Os mais assistidos Segundo dados da Newzoo, empresa voltada para pesquisas de mercado acerca do cenário gamer e dos eSports, o League of Legends foi o jogo mais assistido de 2019 (nas plataformas Twitch, Mixer e Youtube) considerando conteúdos diretamente relacionados aos campeonatos de esportes eletrônicos, à frente do Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO), do DotA 2 e do Overwatch. Já entre conteúdos menos voltados a competições, como lives de streamers e influen-
ciadores, o LOL perdeu a primeira posição para o Fortnite, que teve mais de 1,3 bilhão de horas ao vivo assistidas. Em terceiro lugar da lista aparece o Grand Theft Auto V e em quarto, o Apex Legends, da EA. Os campeonatos, audiência e premiações Extremamente estruturados e distribuindo premiações milionárias, os campeonatos de eSports são assistidos por milhões de pessoas em todo mundo. Em 2019, segundo a Newzoo, a audiência dos jogos eletrônicos foi de 453,8 milhões de pessoas, em um crescimento de 12,3% em relação a 2018. Já para 2020, o segmento tinha tudo para atingir a marcar de 495 milhões de pessoas, com um crescimento de 11,7% no espaço de um ano (em relatório anterior ao COVID-19). Segundo o site Esports Earnings, voltado para pesquisa de valores dos campeonatos da modalidade, o DotA 2 é o principal jogo do mundo em termos de premiação, tendo desembolsado mais US$ 225 milhões em cerca de 1400 torneios. O Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO) aparece na sequência, com mais de US$ 99 milhões em cerca de 5000 campeonatos. A terceira posição é ocupada pelo novato Fortnite, com cerca de US$ 90 milhões em apenas 564 torneios, seguido pelo LOL, que distribuiu em torno de US$ 76 milhões em mais de 2400 competições. O The International, maior competição do mundo de DotA 2, quebrou o recorde, em 2019, do quesito premiação nos esportes eletrônicos, tendo pago mais de US$ 30 milhões aos seus participantes. O recorde anterior era o próprio The International, que, em 2018, distribuiu US$ 25 milhões. O The International, aliás, também ocupa a quarta, a quinta e a sexta posição desse índice de maiores premiações com os tor
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neios de 2017 (US$ 24 milhões), 2016 (US$ 20 milhões) e 2015 (US$ 18 milhões), respectivamente. A segunda maior premiação atualmente pertence ao Fortnite, que pagou mais de US$ 30 milhões na Copa do Mundo do jogo ano passado. No Brasil, ainda segundo dados da Newzoo, a audiência dos esportes eletrônicos chegava a 18,3 milhões de pessoas em 2018, com 7,56 milhões delas podendo ser classificadas como entusiastas, ou seja, que acompanham conteúdo profissional mais de uma vez por mês. Em 2020, esse número chegou a 24 milhões de espectadores, com 10,4 milhões de entusiastas. Já a Pesquisa Game Brasil 2020 apontou um crescimento significativo do conhecimento sobre eSports entre os gamers brasileiros, com 65,7% já tendo ouvido falar em esportes eletrônicos e 44,7% sendo praticante da modalidade. A Riot Games é responsável por duas das maiores ligas de eSports do país: o CBLOL (Campeonato Brasileiro de League of Legends) e o Circuito Desafiante (Torneio de acesso ao CBLOL), que são transmitidos em diversas plataformas, como Youtube, Twitch e TV por assinatura, no SporTV. A final do CBLOL de 2019 teve recorde de audiência, com pico de 316 mil espectadores simultâneos, juntando as plataformas Twitch e Youtube, representando um crescimento de 40% em comparação aos 210 mil espectadores simultâneos da final de 2018. Além do CBLOL, a Liga Brasileira de Free Fire, que reúne, desde 2019, as principais equipes especializadas no game no Brasil, e o Campeonato Brasileiro de Rainbow Six Siege, com 10 organizações na disputa 68
e R$ 500 mil em premiações, são outros dois grandes campeonatos do cenário competitivo nacional dos jogos eletrônicos. As organizações As organizações de eSports são parte fundamental na engrenagem dos esportes eletrônicos, arrastando milhões de fãs e torcedores ao redor do mundo e atingindo cifras que podem ser comparáveis às dos esportes tradicionais. Em levantamento feito pela revista americana Forbes, Cloud9 e Team SoloMid são as equipes mais valiosas do mundo, com valor de mercado de US$ 400 milhões, seguidas por Team Liquid, FaZe Clan e wallpaperaccess.com
Logo da Cloud que uma das equipes mais valiosas do mundo segundo a Forbes
Immortals, com valor de mercado de US$ 320 milhões, US$ 240 milhões e US$ 240 milhões, respectivamente.
Com a crescimento do seguimento dos esportes eletrônicos, os maiores times de futebol do mundo e do Brasil aproveitaram a oportunidade para entrar no seguimento e investir na modalidade. No cenário internacional, clubes como PSG, Wolverhampton, Basel, Werder Bremen e Ajax já apostaram no mercado competitivo dos games. Já no território brasileiro, Flamengo, Santos, Corinthians, Cruzeiro e Atlético Paranaense decidiram se aventurar nos campeonatos de eSports, com destaque, em especial, para os torneios de League of Legends e Free Fire. Essas equipes se juntam a times tradicionais do cenário brasileiro, independentes dos clubes dos esportes tradicionais, como PaiN Gaming, Furia, MIBR, INTZ, Vivo Keyd e Red Canids. O mercado de eSports e a Covid-19 O futuro próximo do mercado dos eSports está garantindo. Pelo menos, é o que apontam dados Newzoo. Segundo relatório anterior à crise mundial do Coronavírus, o mercado global de eSports caminhava para gerar US$ 1,1 bilhão em 2020, representando um crescimento de 15.7% em relação ao ano anterior (US$ 950,6 milhões). Em recente atualização da empresa, já considerando os impactos da pandemia do COVID-19, essa projeção sofreu uma queda: agora, é esperado que o mercado gere US$ 973,9 milhões em 2020 – ainda representando um crescimento em comparação ao ano anterior, de 1,7% – e US$ 1,194 bilhão em 2021. Esse declínio na previsão está relacionado aos atrasos e cancelamentos de atividades internacionais
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e à transição dos eventos físicos para os digitais, que resultam em perda de receita de merchandising e venda de ingressos (queda de 27,9% em relação a 2019), direitos de transmissão e patrocínio. No momento, as previsões de direitos de mídia e patrocínio da Newzoo para este ano são de US$ 163,3 milhões e US$ 584,1 milhões, respectivamente. Para merchandising e venda de ingressos, a expectativa de faturamento é de US$ 76,2 milhões. O relatório reforça, porém, que a retração não é consequência de uma diminuição na demanda por eSports ou da oferta potencial de conteúdo para o segmento. Streaming A indústria dos eSports também está diretamente relacionada ao desenvolvimento de uma outra indústria: a dos serviços de streaming, com plataformas como
Twitch, Facebook, Nimo TV e YouTube sendo usadas para a transmissão de partidas dos campeonatos profissionais em tempo real. O investimento não é pouco: Em 2014, a Amazon adquiriu a Twitch — a plataforma líder de streaming de jogos — por US$ 970 milhões. Hoje, a assinatura Amazon Prime no Brasil dá direito à Twitch Prime, que oferece vantagens exclusivas para espectadores das transmissões da plataforma, como a assinatura de canais, conteúdos exclusivos em jogos e uma biblioteca de games gratuitos. Esse ecossistema, porém, também gira fora dos campeonatos, com os streamers constituindo uma outra classe de carreira. Não necessariamente atletas profissionais, eles movimentam a internet com transmissões, análises e conteúdos variados, conquistando o carinho do público, lucrando com gratifica-
ções, doações e patrocínios, e sendo líderes de engajamento no Brasil e no mundo. Regulamentação Apesar de todo crescimento dos eSports, ainda não há uma definição internacional sobre o reconhecimento do esporte eletrônico, de fato, como esporte. Alguns países como China, Japão, Coreia do Sul, Malásia, Rússia e Finlândia, já aceitam os eSports como modalidade esportiva. No Brasil, alguns projetos de lei estão em tramitação para regulamentação específica dos eSports. É o caso da PL 383/2017, elaborada pelo senador Roberto Rocha (PSDB/Maranhão), que sofreu críticas tanto da comunidade gamer quanto das distribuidoras — estas, por sua vez, seriam as mais afetadas pela PL, por seus títulos passarem a ser controlados por federações e confederações. imageproxy.themaven.net
Um celular entranfo no aplicativo da Twich, plataforma de transmissão dos jogos. Trabalho acadêmico válido como AV2 de Editoração Eletrônica da FACHA - C304C - 2020/2.
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O legado dos punhos erguidos no pódio da Olimpíada de 1968 A luta de LeBron James e Lewis Hamilton contra o racismo ganha mais nitidez aos olhos de um pioneiro, o velocista Tommie Smith, que mudou a história arc-anglerfish-washpost-prod-washpost.s3.amazonaws.com
John Carlos e Tommie Smith, respectivamente em frente à estátua em homenagen
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Maria Isabel Thomé Fonte: veja.abril.com.br Data: 16/10/20 O ano de 2020 será conhecido, no futuro, pela dramática eclosão do novo coronavírus, mas também pela saudável pandemia de protestos de grandes nomes do esporte contra a violência imposta aos negros pelas autoridades brancas. A onda nasceu depois da morte de George Floyd, nos Estados Unidos, asfixiado pelo joelho de um policial branco, em maio. No domingo 11 de outubro, ao levar o Los Angeles Lakers ao seu 17º título da NBA, e ao quarto de sua carreira, LeBron James não se ateve às quadras da “bolha” antivírus da Disney, em Orlando: “Somente juntando vozes seremos ouvidos. Temos de continuar lutando contra injustiça social, supressão de votos, brutalidade policial e tudo que é o oposto ao amor”. Naquele mesmo domingo, o piloto britânico Lewis Hamilton igualou o recorde de 91 vitórias de Michael Schumacher, no circuito de Nürburgring, e, uma vez mais, ostentou para o mundo inteiro ver a
máscara sanitária com o incontornável lema da hora: Black Lives Matter (Vidas Negras Importam). Não há maneira mais adequada de entender o fenômeno de união do esporte com os problemas do cotidiano do que enxergá-lo a partir da mãe de todos os protestos — a dos atletas que, na cerimônia de premiação dos 200 metros rasos na Olimpíada de 1968, na Cidade do México, ergueram os punhos, o modo dos Panteras Negras americanos. Aquela imagem talvez seja uma das mais conhecidas de todos os tempos, retrato de um período mercurial. Revisitá-la é atalho para entender cinquenta anos de história. VEJA entrevistou com exclusividade Tommie Smith, o vencedor da prova. “Minha vida inteira depois daquela noite foi lutar contra o engano das pessoas que consideraram o gesto como militância”, diz Smith, de 76 anos. “A cabeça baixa não era um desrespeito à bandeira dos Estados Unidos, mas um pedido de proteção. Foi um apelo por união e liberdade.” A vida de Smith, de seu conterrâneo John Carlos (bronze) e do www.thetimes.co.uk
Hamilton ajoelhado com a blusa “Black Lives Matter”
australiano Peter Norman (prata) nunca mais seria a mesma. Smith e Carlos foram expulsos da delegação olímpica americana e banidos pelo COI, embora não tenham perdido as medalhas. Colegas de treinamento da faculdade San Jose State, na Califórnia, ambos militavam no Projeto Olímpico pelos Direitos Humanos (OPHR, na sigla em inglês), formado por atletas negros. Norman, branco, acatou imediatamente a ideia de colar no uniforme um adesivo da OPHR e ainda sugeriu que Smith emprestasse uma luva a Carlos — tinham esquecido um par, o que explica o fato de o terceiro colocado ter erguido a mão esquerda. “Aquele homem branco nos olhou com um sorriso de retribuição”, lembra Smith. “Ele nos ajudou a lutar por liberdade e respeito.” Os americanos carregariam uma das alças do caixão do colega em seu funeral, em 2006, em Melbourne. Tudo que envolve aquele momento ganhou dimensões espetaculares — o gesto, o discurso silencioso. Até mesmo o tênis Suede, da Puma, que Smith tirou ao subir no pódio, virou modelo admirado, símbolo de uma época e da briga pela igualdade. Mas foram necessárias cinco décadas para que erguer os punhos pudesse soar aceitável. “Em 1968, estávamos enjaulados. Hoje temos mais jovens envolvidos e as redes sociais para espalhar a ideia”, diz o pioneiro, que apenas recentemente ganhou uma estátua e o título de doutor honorário na faculdade pela qual competia, entrou para o Hall da Fama do esporte americano e foi homenageado pelo então presidente Barack Obama. “As honras tiveram um gosto agridoce”, afirma. “Recebi as homenagens já idoso, méritos que pertenciam a um jovem de 24 anos.”
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LeBron (ajoelhado) protestando por causa do movimento Vidas Negras Importam após a vitória do Lakers
Nunca é tarde, ressalve-se, porque a controvérsia está longe de ter sido resolvida. No Brasil, por exemplo, há o caso da jogadora de vôlei de praia Carol Solberg, que gritou “Fora, Bolsonaro” diante das câmeras e foi advertida pela Justiça Desportiva. Sim, ela misturou esporte com política, mas não é isso que fazem LeBron e Hamilton, sem que sofram punição? Ou causas podem ser defendidas, mas ataques devem ser reprimidos? Polêmicas e limites à parte, grandes marcas como a Puma, além de outras grifes esportivas, já entenderam a relevância de defender posturas igualitárias. O fato é que o fenômeno 72
ganhou força — e é impossível ignorá-lo. Até mesmo o Comitê Olímpico Internacional começa a pensar em rever seu atávico conservadorismo, abrindo diálogo com atletas que queiram dizer algo na Olimpíada de Tóquio, no ano que vem. O inglês Sebastien Coe, atleta lendário dos 800 e 1 500 metros, hoje presidente da Associação Internacional de Federações de Atletismo, vai direito ao ponto: “Os atletas fazem parte da sociedade e querem refletir o mundo em que vivem. Para mim, isso é perfeitamente aceitável”. Se não fosse a coragem de Smith, Carlos e Norman, a corrida mal teria começado.
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Arte utilizada na manifestação VIdas Negras Importam no Brasil
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Tommie Smith (no centro) eternizou o punhado cerrado em 1968 Trabalho acadêmico válido como AV2 de Editoração Eletrônica da FACHA - C304C - 2020/2.
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