Revista InForme - C304D - 2021/1 - FACHA - Faculdades Integradas Hélio Alonso

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FACHA

Trabalho acadêmico - AV2 - da turma C304D de Editoração Eletrônica da FACHA - 2021/1

LULA VERSUS BOLSONARO Será uma guerra civil no Brasil em 2022?

ESPORTE:

A mulher e a desigualdade de gênero no esporte

SAÚDE:

A banalização da plástica

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ENTRETENIMENTO: Veja nossa crítica da série “Invencível”

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EDITORIAL:

EXPEDIENTE:

É com muito orgulho que os alunos da turma de Editoração Eletrônica C304D, ministrada pelo professor Gilvan Nascimento, apresentam a nossa própria revista digital. Foi com muito esforço — e paciência de nosso professor — que montamos este exemplar que compila todo o nosso trabalho coletivo de forma bela e informativa.

Revista InForme Trabalho Acadêmico válido como AV2.

Nesta revista o leitor lerá algumas das mais relevantes notícias que circularam na mídia recentemente. Política, sociedade, saúde, esportes e entretenimento são as nossas editorias exibidas aqui de maneira dinâmica e harmoniosa.

Revista impressa desenvolvida como trabalho acadêmico válido como verificação final, idealizada para os alunos de jornalismo e Publicidade e Propaganda da Facha - Faculdades Integradas Hélio Alonso. As matérias podem não ser originais, bem como as imagens. As que não foram produzidas pelos alunos, deverão ter seus créditos devidamente inseridos. Vale ressaltar que os alunos foram responsáveis por toda a diagramação, planejamento e programação visual com a orientação do professor da disciplina e que foram mantidos os erros cometidos pelos mesmos na produção como forma de avaliação. Sem a participação dos editores.

Certamente foi um desafio monumental trabalhar de forma coletiva durante essa pandemia que finalmente se aproxima de seu fim. Vivemos um ano tenso e agoniante, com mais baixos do que altos, mas mesmo assim conseguimos perseverar e unir nossas forças para produzir este conteúdo. Foram muitos problemas enfrentados. Mesmo em meio a tantos adoecimentos e problemas de conexão, o professor Gilvan conseguiu, de maneira magistral, nos ensinar toda a teoria e “know-how” técnico que nos permitiu construir esta revista.

FACHA Faculdades Integradas Hélio Alonso. Campus: Botafogo. Disciplina: Editoração Eletrônica. Curso: Comunicação Social - Jornalismo e Publicidade e Propaganda. Turma: C304D - 1º Semestre de 2021. Prof.: Gilvan Nascimento.

Alunos que tiveram os trabalhos inseridos na revista final: Amanda de Oliveira Terencio Gomes, Ana Beatriz Martins de Souza, Barbara Motta S. de Oliveira Leite, Beatriz Alves Velloso M. Ferreira, Beatriz Moreira Fonseca, Carina Santos Mattos, Carlos Eduardo da Rocha M. Leite, Carlos Gabriel Tolêdo A. da Silva, Carolina Monteiro Nunes, Clara Moreira Lima Marigo, Cleo Bessa Pequeno, Daniel Pereira da Silva, Gabriele Arcanjo de Melo, Jadsmine de Souza Lima, João Terra Santos, Julia Freitas Eloy, Karla Araujo Barbosa, Lázaro da Gama e Abreu Doyle Maia, Leonardo Vaz Sá da Cunha, Luan Marques da Conceição Fontes, Luca Mascarenhas Tornaghi, Luiz Arthur Costa Lima da Silva, Maria Roberta Dias Bittencourt, Nicolas de Oliveira Dias, Ramon Luiz Teixeira Nunes, Raphaella Leandro da Silva Machado, Robert Freitas Guimarães (somente para mídia digital), Rodrigo Burdman Glejzer e Sofia Peregrino Ramos.

Editores: Beatriz Alves Velloso Ferreira, Carlos Eduardo Machado Leite e Leonardo Vaz Sá Da Cunha.

www.facha.edu.br

Em suma, queremos agradecer aqui os alunos que dedicaram tempo e suor ao longo do semestre; a FACHA por permitir que continuássemos nosso aprendizado mesmo durante um período tão conturbado de nosso país e do mundo; e, mais uma vez, o trabalho duro, a pedagogia e a paciência do professor Gilvan.

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Sumário 4

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Política Nacional

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Política Internacional

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Sociedade

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Economia

63

Saúde

70

Entretenimento

104

Gastronomia

178

Moda

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Esporte

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Pré-candidatos ao Planalto em 2022 entram em clima de campanha eleitoral

Brasileiros só vão às urnas para escolher o próximo ocupante do Palácio do Planalto em outubro do ano que vem, mas a movimentação de pré-candidatos está a todo vapor. Bolsonaro e Lula polarizam o embate antecipado www.poder360.com.br

Rodrigo Glejzer Fonte: correiobraziliense.com.br Em: 24/05/2021 A pouco mais de um ano da corrida presidencial de 2022, o clima de campanha eleitoral já domina o país, com intensa movimentação de pré-candidatos e das forças políticas que vão participar do pleito. Mesmo com muito chão pela frente, a largada foi dada antes do apito oficial, e resta saber quem terá a energia necessária para cruzar a linha de chegada na frente. Em nenhum outro momento, desde os primórdios da redemocratização, a disputa rumo ao Planalto começou tão cedo. O presidente Jair Bolsonaro e seus principais adversários aprofundam o debate eleitoral, enquanto o cenário para 2022 fica cada vez mais definido. O chefe do Executivo enfrenta o momento mais difícil do seu mandato, com o início das investigações da CPI da Covid do Senado coincidindo com os piores índices de popularidade até agora. Focado no projeto de reeleição desde que tomou posse, o capitão reformado tem pela frente uma

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Lula e Bolsonaro: os dois principais concorres em 2022 batalha difícil, com os adversários explorando fortemente as falhas do governo durante a pandemia. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que teve condenações anuladas e os direitos políticos restabelecidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), intensifica as conversas com forças de centro, em busca de alianças eleitorais. Os interlocutores incluem até adversários históricos, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e o ex-presidente

da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (DEM-RJ). Lula também tem feito uma ação diplomática paralela, em contato com embaixadores e lideranças mundiais, explorando as deficiências da política externa do atual governo. Em uma situação de crescente isolamento internacional, o Brasil não tem conseguido receber da China e da Índia os insumos necessários para a produção de vacinas contra o novo coronavírus. A questão dos imunizantes foi a principal pauta tratada pelo petista com os interlocutores estrangeiros.

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Política nacional Em outra frente, rompido com Lula, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) disputa com o petista possíveis alianças com forças de centro. Também já começou a organizar a estrutura com a qual pretende concorrer no ano que vem. Dela faz parte a consultoria do publicitário João Santana, que foi o marqueteiro das campanhas presidenciais de Lula, em 2006, e de Dilma Rousseff (PT), em 2010 e 2014, e condenado na Operação Lava-Jato. No PSDB, a movimentação também é intensa. Os tucanos deram a largada no processo que vai definir o candidato do partido na próxima eleição presidencial. Por pressões de João Doria, uma prévia para a escolha do nome foi marcada para 17 de outubro, embora parte da legenda defenda que isso só deva ocorrer no ano que vem. Além de Doria, estão no páreo o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite; o ex-prefeito de Manaus (AM) Arthur Virgílio e o senador Tasso Jereissati (CE). Este último tem tido grande projeção por ser um dos 11 titulares da CPI da Covid.

Justiça e Segurança Pública Sergio Moro. A disputa política ficou ainda mais acirrada após o início da pandemia da covid-19, com a escalada de ataques de Bolsonaro contra governadores e prefeitos que seguem as recomendações científicas para conter o avanço do novo coronavírus. Pioneiro do marketing político brasileiro, cientista político e especialista em comportamento eleitoral, Antônio Lavareda disse que a antecipação de campanha eleitoral é sempre negativa para os governantes, pois gera desconfianças nos eleitores. Por outro lado, na sua visão, o fenômeno é positivo para a sociedade, que têm mais tempo para avaliar os perfis dos concorrentes. “A estratégica básica dos governantes é tentar restringir ao máximo a campanha para o ano da eleição e, mais ainda, para o segundo semestre do ano eleitoral. Quando procurados pela imprensa, se você for pesquisar as declarações de governantes, sejam governadores, prefeitos ou presidente, no ano anterior à eleição, você vai ver geralmente eles dizendo que ‘Esse

A antecipação do debate eleitoral começou logo depois de Bolsonaro receber a faixa presidencial. Ainda no início de 2019, ele deixou claro que concorreria a um novo mandato e trouxe para o governo a polarização com as forças de esquerda que marcou a campanha vitoriosa do ano anterior. Essa movimentação levou outros personagens a também anteciparem seus projetos eleitorais, o que provocou o rompimento do presidente com antigos aliados, como Doria e o ex-ministro da

é o momento de trabalhar, esse é o momento de governar; eleição nós discutiremos adiante’, ou seja, no segundo semestre do ano eleitoral”, disse Lavareda. O cientista político observa que, por outro lado, Bolsonaro adotou a “estratégia equivocada” de, desde a posse como presidente, de misturar o exercício do mandato com o projeto de reeleição. “Bolsonaro fez isso, provavelmente, porque ele conseguiu se eleger em 2018 por conta de uma campanha longa, que ele iniciou em 2015. Então ele quis se mirar também um pouco no evento do (ex-presidente dos Estados Unidos Donald) Trump e transformar o governo dele, a presidência dele, na cadeira presidencial, como uma campanha permanente. Ao que parece, isso tem sido uma estratégia equivocada, com consequências negativas”, disse o cientista político. O analista acrescenta que, “do ponto de vista psicológico, é como se o presidente encurtasse o mandato dele, porque quando ele coloca a questão da reeleição ele eleitoraliza todas as ações do seu mandato, www.jornalnh.com.br

Eduardo Leite é uma das esperanças da terceira via

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trazendo desconfiança aos eleitores, além de acabar legitimando os seus adversários”. Quanto aos pré-candidatos de centro, o cientista político considera que eles deveriam se expor mais na mídia, principalmente pelo fato de terem assinado um manifesto. Ele se refere a um documento em defesa da democracia, divulgado em abril por João Doria (PSDB), Eduardo Leite (PSDB), Ciro Gomes (PDT), o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM), o apresentador Luciano Huck e o empresário João Amoêdo (Novo). O texto traz críticas às repetidas ameaças de Bolsonaro à estabilidade democrática. “A minha posição, já a expressei publicamente, é que, por exemplo, esses pré-candidatos do chamado centro deviam se expor à mídia. A mídia deveria convidá-los para debates entre eles. Eles já assinaram um manifesto. Por

que a mídia não os chama para um debate, pela internet? Mas um debate mesmo. Não há nenhum impedimento legal para isso”, sugeriu Antônio Lavareda. Para o cientista político André Pereira César, da Hold Assessoria Legislativa, Bolsonaro “está pagando o preço pela opção que fez de não descer do palanque” após vencer as eleições de 2018. “Quem antecipou toda essa discussão eleitoral foi o Bolsonaro, lá atrás, ainda em 2019, muito antes da pandemia. Nessa época os atores políticos ainda estavam estudando o terreno, tentando entender o novo governo. E quando o presidente fez isso, os adversários foram levados a se colocar, porque política não comporta vácuo”, disse. De acordo com o especialista, com Lula, Doria e outros possíveis candidatos em 2022, Bolsonaro vai encontrar um time bem mais forte do que enfrentou em 2018. “Não só é um

grupo mais pesado, como é também um time que, hoje, entende mais o jogo. Primeiro, todo mundo agora conhece Bolsonaro”. “O presidente não é mais novidade, e se mostrou fraco na gestão, ele é um péssimo gestor público, um péssimo homem de relacionamento com quem importa nas elites políticas e econômicas. Além disso, quem perdeu a eleição de 2018, como Ciro Gomes, não vai repetir os erros e deve fazer uma campanha muito diferente”, disse o cientista político. “Quem antecipou toda essa discussão eleitoral foi o Bolsonaro, lá atrás, ainda em 2019, muito antes da pandemia. Nessa época os atores políticos ainda estavam estudando o terreno, tentando entender o novo governo”, finalzou Pereira César sobre o auxílio emergencial.

www.globo.com

Bolsonaro precisará se reiventar para 2022

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Contrato milionário fez Luciano Huck desistir da presidência Apresentador será o comunicador mais poderoso da TV brasileira em 2022 Rodrigo Glejzer Fonte: observatoriodatv.uol.com. br e jornaldocomercio.com Em: 24/05/2021 A nova atração de Luciano Huck na grade de domingo da Globo já entrou em pré-produção. Mas o projeto segue sob sigilo nos bastidores da emissora. Nada pode ser revelado para a imprensa antes do tempo. A única certeza é que o novo programa do marido de Angélica deve estrear no dia 02 de janeiro de 2022. Uma semana após a despedida de Fausto Silva do comando de seu ‘Domingão’ que será descontinuado no próximo dia 26 de dezembro. Após assinar um novo vínculo com a emissora dos Marinho, Luciano Huck se tornará o apresentador mais bem pago da televisão brasileira em 2022. Já que o salário mensal do comunicador ficará na casa de três milhões e meio de reais.

reais. Sendo assim, Luciano será o comunicador mais poderoso da televisão do Brasil em 2022. A escolha de Luciano Huck para os domingos da Globo foi um desejo dos publicitários que temiam uma queda no faturamento anual destinado às tardes/noites da emissora carioca após Fausto Silva não renovar o seu contrato com a toda poderosa. A decisão de abadonar a corrida eleitoral desagradou pstyifod que almejavam ter Huck como seu candidato em 2022 devido a sua popularidade. O Partido Novo seria iuma das sigla interessada no

passe da estrela televisiva. Inclusive o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso chegou a declarar que o apresentador e o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), seriam o “novo” no cenário político brasileiro. Além do mais, segundo pesquisa Ipsos, publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, Huck e o juiz Sérgio Moro são as únicas personalidades mais populares do que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2021 www.rd1.com.br

Mesmo com um contracheque ‘baixo’ em relação aos cinco milhões de reais que Fausto Silva reembolsa mensalmente, Luciano deve aumentar esse valor com publicidade. Já que Huck estará na maior vitrine da televisão brasileira: as noites de domingo da TV Globo. Na Band, Faustão terá um salário na faixa de dois milhões de

Huck desiste de carreira na política por enquanto

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Encontro de FHC e Lula desagrada articuladores de “terceira via” contra Bolsonaro Ex-presidentes agitam política nacional com foto juntos www. diariodocomercio.com.br

De olho em 2022, os ex-presidentes se encontramm

Rodrigo Glejzer Fonte: noticias.yahoo.com, brasil. elpais.com e correiobraziliense. com.br Em: 24/05/2021 O encontro dos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contrariou políticos que tentam viabilizar uma “terceira via” contra Jair Bolsonaro na eleição de 2022. Segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo, uma das lideranças envolvidas no diálogo entre as diversas forças de centro e centro-direita diz que o PSDB precisa ir para o divã resolver suas questões. A legenda, afirmou a liderança à publicação, tem hoje três pré-

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-candidatos, porém o mais viável deles, o governador de São Paulo João Doria, aparece com 3% nas pesquisas. Também se surpreenderam com o encontro o grupo de pré-candidatos que inclui o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, o ex-ministro Ciro Gomes, o fundador do partido Novo, João Amoedo, e o apresentador Luciano Huck. Uma foto dos dois ex-presidentes juntos foi compartilhada nas redes sociais do petista por sua assessoria. A postagem revela que a articulação do encontro foi do ex-ministro Nelson Jobim: “A convite do ex-ministro Nelson Jobim, o ex-presidente Lula e o ex-

-presidente Fernando Henrique Cardoso se reuniram para um almoço com muita democracia no cardápio”. “Os ex-presidentes tiveram uma longa conversa sobre o Brasil, sobre nossa democracia, e o descaso do governo Bolsonaro no enfrentamento da pandemia”, relatou a equipe de Lula. Os dois não se encontravam desde 2017, quando Fernando Henrique foi ao hospital visitar Marisa Letícia, ex-primeira-dama. A postagem correu como pólvora no dia, ainda mais com um público órfão da principal atração política do momento, a CPI da Pandemia que encurrala, pelo menos midiaticamente, o Governo Bolsonaro. “Nossas diferenças são muito menores do que o nosso dever histórico de derrotar Bolsonaro”, escreveu o deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ), e um dos atraídos para renovada galáxia de Lula. “É hora de dialogar e construir consensos, porque o que está em jogo é a democracia e a vida dos brasileiros. Parabéns a Lula e FHC pelo gesto de grandeza e responsabilidade com o país”, seguiu. A interpretação de Freixo é a mais óbvia: a aproximação pode sanar um problema de

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www.psdb.org.br

Cúpula do PSDB em polvoroza devido ao encontro entre Lula e FHC

todos os ensaios de “frente ampla” contra Bolsonaro. Não havia os dois líderes em nenhum dos movimentos que surgiram até agora. FHC, no entanto, teve que lidar com um efeito colateral do seu gesto em seu próprio partido, o fraturado PSDB. O encontro dos ex-presidentes movimentou grupos de WhatsApp que reúnem tucanos da velha guarda. Alguns deles culpam o ex-ministro Nelson Jobim, que recebeu os dois em sua casa, de ter agido de má-fé ao promover a reunião sabendo que FHC, sendo de “boa-fé”, não recusaria. A sexta-feira foi de reação dos aspirantes a candidato tucano às presidenciais do ano que vem no momento, o governador de São Paulo, João Doria, e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. O mandatário gaúcho foi explícito: “Conversar com todos é premissa de quem deseja o fim

do ‘nós contra eles’. Mas eu não aceito que o Brasil ande pra trás. Confio que Fernando Henrique Cardoso também não”. Ato seguido, o ex-presidente tucano teve que ir às redes se explicar: “PSDB deve lançar candidato próprio e o apoiarei”. Se a sigla, que teve a pior performance em uma presidencial em 2018 com Geraldo Alckmin, não avançar para o mata-mata eleitoral, aí FHC aperta 13 na urna, ele insistiu. Mas o desconforto já estava no ar. A chateação pública dos tucanos explicita um problema evidente desde que o ex-presidente Lula recuperou os direitos políticos entre março e abril, quando o STF deu uma guinada em seu posicionamento e anulou as condenações do petista no âmbito da Operação Lava Jato. Lula começa a demonstrar fortaleza nas pesquisas (desde a liderança do petista em um eventual se-

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gundo turno, como no levantamento do Atlas, até a ampla dianteira que aparece nos últimos dados do Datafolha). Com o ex-presidente de novo no páreo e com Bolsonaro ainda demonstrando notável resiliência entre sua base, ficou reduzido o espaço para novos nomes de “centro” —entre aspas, porque a maioria são nomes de direita, numa posição relativa ao extremo do atual mandatário.

Nas atuais pesquisas, tomadas com um grão de sal pela distância do pleito, em outubro de 2022, nenhum nome desse “centro” ou nem-nem (nem Lula nem Bolsonaro) desponta. Como mostrou a pesquisa Atlas para o EL PAÍS, o governador Doria não decola nem mesmo no Estado que governa e apesar de seu bem-sucedido papel na campanha de vacinação contra a covid-19. Andrei Roman, CEO do Atlas, vê em Leite, no entanto, um potencial como efeito surpresa, dado que não é conhecido no país e não tem rejeição. para unir as forças de centro contra a polarização. É neste contexto que a eleição presidencial, até o momento, se configura como batalha das rejeições. Quem é maior: o antipetismo, como em 2018, ou o antibolsonarismo?

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Lula confirma candidatura presidencial em entrevista a revista francesa Petista fala pela 1ª vez como candidato: “Não hesitarei”, afirma ex-presidente www. ootimista.com.br

Rodrigo Glejzer Fonte: poder360.com.br e terra. com.br Em: 24/05/2021 O ex-presidente Lula (PT) confirmou, pela 1ª vez, sua candidatura presidencial nas eleições de 2022. Em entrevista concedida a uma revista francesa, o petista disse que “não hesitará” em disputar o pleito contra o atual presidente Jair Bolsonaro. A declaração foi feita à Paris Match, publicação impressa que circula na capital francesa. A entrevista foi publicada nesta quarta-feira (19). Questionado literalmente se será candidato nas eleições de 2022, Lula respondeu: “Se estiver na liderança das pesquisas para ganhar as eleições presidenciais e gozando de boa saúde, sim, não hesitarei”. “Presidente Lula em 2022, é possível?“, perguntou a revista francesa. “Sim é possível. Basta fazer a pergunta para povo brasileiro”, disse Lula. “Acho que fui um bom presidente. Criei laços fortes com a Europa, América do Sul, África, Estados Unidos, China, Rússia.” pontuo. “Sob meu mandato, o Brasil tornou-se um importante ator no cenário mundial, notadamente criando pontes entre a América do Sul, África e os países árabes, com o objetivo de estabelecer e fortalecer uma relação Sul-Sul e demons-

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Ex-presidente Lula em comício ano passado

trar que o predomínio geopolítico do Norte não é inexorável”, declarou. O ex-presidente também respondeu sobre a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que anulou suas condenações feitas pela operação Lava Jato. Lula voltou a criticar a conduta do ex-juiz Sergio Moro nos processos. “Em meu 1º depoimento, disse ao juiz Moro: ‘Você está condenado a me condenar porque a mentira foi longe demais e você não tem como voltar atrás’. Essa mentira realmente envolveu um juiz, promotores e a grande mídia do país, os quais me condenaram antes mesmo de eu ser julgado. O que eles não sabiam é que estou pronto para lutar até o último suspiro para provar que se uniram para me impedir de ir às eleições”, afirmou.

A relação diplomática entre Brasil e França também foi tema da entrevista de Lula. Ele falou sobre a importância do cultivo da amizade entre os 2 países. “Acho que a relação entre os nossos dois países sempre foi extraordinária, excepcional! Acho que tem que continuar assim, apesar das diferenças ocasionais. O Brasil não deve procurar entrar em conflito com nenhum país. Nossa última guerra foi contra o Paraguai há 150 anos! Posso ter divergências com o presidente dos Estados Unidos, mas não devo perder de vista que devo manter relações diplomáticas com ele para garantir a democracia, a política de desenvolvimento, as relações comerciais, a ciência e a tecnologia”, concluiu.

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Joaquim Barbosa e Danilo Gentili são citados como opções de terceira via em 2022

Humorista pode ser candidato pelo Partido Novo Rodrigo Glejzer Fonte: gazetadopovo.com.br Em: 08/06/2021 Lideranças políticas que tentam costurar uma candidatura única de centro para enfrentar Jair Bolsonaro (sem partido) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição presidencial de 2022 buscam novos apoios para o projeto. Agora, nomes como do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa, da ex-ministra Marina Silva (Rede) e do humorista e apresentador de TV Danilo Gentili entraram no radar do grupo que busca uma terceira via. Recentemente, um manifesto a favor da democracia assinado por Ciro Gomes (PDT), Eduardo Lei-

te (PSDB), João Amoêdo (Novo), João Doria (PSDB), Luiz Henrique Mandetta (DEM) e pelo apresentador de TV Luciano Huck foi tido como embrião dessas negociações. Mas até o momento não há definição de um nome de consenso.

Apesar de defender uma candidatura única como forma de derrotar Bolsonaro e Lula na disputa do ano que vem, o ex-candidato à Presidência e fundador do partido Novo João Amoêdo passou a defender a candidatura de Danilo Gentili ao Palácio do Planalto.

Filiado ao PSB, Joaquim Barbosa chegou a ensaiar uma candidatura em 2018, mas acabou recuando. Desde então vem acompanhando as movimentações políticas e participou de conversas com Huck e mais recentemente se aproximou de Ciro Gomes.

Sem filiação partidária, o apresentador apareceu com cerca de 4% das intenções de votos em uma pesquisa do Movimento Brasil Livre (MBL).

Dentro do seu partido, uma ala defende que o ex-ministro seria uma boa alternativa como vice na chapa de Huck, já fora da disputa depois de renovar com a Globo. www. veja.abril.com.br

Gentili apareceu empatado com outros nomes como de João Doria, Eduardo Leite e Mandetta. Apesar de não cravar se quer entrar na disputa, o humorista tem mantido conversas com Amoêdo e outras lideranças políticas. Uma possível filiação do humorista ao Novo também tem sido bem vista por integrantes do MBL. O grupo pleiteia lançar diversas candidaturas ao Congresso em 2022 por um único partido e uma candidatura do ex-CQC poderia favorecer seus candidatos. As conversas têm contado com a participação do deputado Kim Kataguiri (DEM-SP) e de André Marinho, filho do empresário Paulo Marinho, ex-aliado da família Bolsonaro. Gentili deixou em aberto as possibilidades de disputar o Planalto em 2022.

Gentili é uma possibilidade em 2022 Trabalho acadêmico válido como AV2 da turma C304D de Editoração Eletrônica da FACHA - 2021/1

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Política internacional

Pablo Iglesias deixa a política após “fracasso” da esquerda nas eleições de Madri Unidas Podemos elege 10 deputados regionais, apenas três a mais que em 2019, apesar da incorporação do líder nacional da formação como cabeça de chapa Luan Fontes 24/05/2021 Elpais.com Pablo Iglesias está de saída. O candidato do Unidas Podemos (UP) anunciou na noite de terça-feira que deixará todos os cargos institucionais na política. O secretário-geral do partido esquerdista espanhol, que ao entrar na batalha eleitoral da região de Madri colocava sobre os ombros toda a responsabilidade do resultado, não conseguiu ser o diferencial que esperava quando decidiu renunciar ao cargo de vice-presidente do Governo (vice-primeiro-ministro). Depois de uma campanha tensa, marcada pelas ameaças de morte contra ele, os dados do UP na região que inclui a capital –10 deputados e 7,21% dos

Fonte: elpais.com

Pablo foi a principal figura da esquerda na Espanha votos – precipitaram uma saída que Iglesias vinha preparando havia tempos. “Deixo todos os meus cargos. Deixo a política entendida como política de partido e institucional”, afirmou o candidato em seu pronunciamento. “Continuarei comprometido com meu país, mas não vou ser um em-

pecilho para a renovação de lideranças que precisa ocorrer na nossa força política”, manifestou, cercado da cúpula do seu partido, incluindo as ministras Irene Montero e Ione Belarra. Iglesias disse que se tornou um “bode expiatório” que mobiliza “os afetos mais sombrios e contrários à democracia”, por isso de-

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cidiu dar um passo atrás, consciente de que não conseguiu contribuir para que o projeto do Unidas Podemos possa “consolidar seu peso institucional”. “O sucesso eleitoral impressionante da direita trumpista que [a candidata conservadora Isabel Díaz] Ayuso representa é uma tragédia para a saú

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de, a educação e os serviços públicos”, avaliou Iglesias. “Prevejo que estes resultados vão agravar os problemas territoriais na Espanha. Nunca Madri tinha sido tão diferente”, acrescentou o líder do UP, alertando que a “deslealdade institucional da Comunidade de Madri em relação ao Governo da Espanha e outras instituições vai se intensificar”. “Fracassamos”, apontou Iglesias para definir os resultados da esquerda na eleição de terça-feira. “Estivemos muito longe de somar uma maioria suficiente para montar um Governo decente”, acrescentou, embora tenha felicitado a candidata do partido Mais Madri, Mónica García, que superou o PSOE (socialistas) em número de votos. Depois dos retrocessos na Galícia e País Basco e de salvar a mobília na Catalunha ao obter o mesmo resultado de quatro anos antes, em março, Iglesias decidiu deixar o Executivo de coalizão com os objetivos de salvar seu partido em Madri, “conter o fascismo” e evitar que a ultradireita venha a participar de um Governo na Espanha pela primeira vez desde a restauração da democracia, em 1977. As pesquisas anteriores ao anúncio da sua candidatura situavam o Unidas Podemos abaixo da

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Fonte: elpais.com

Pablo Iglesias no parlamento

cláusula de barreira de 5% de votos para obter representação no parlamento regional, e com ele na lista esse perigo desaparecia. Ligeira melhora A formação melhorou ligeiramente os resultados obtidos na eleição de 2019 (sete deputados e 5,6% dos votos), mas segue muito longe dos 27 deputados de 2015, e com uma lista muito diferente. Há dois anos, a candidata à presidência era a até então desconhecida Isabel Serra, que teve que assumir esse desafio após a deserção de Íñigo Errejón para fundar o Mais Madri junto com a então prefeita da capital, Manuela Carmena. Aquele movimento expôs a enésima luta interna da esquerda e relegou o Podemos ao último posto na Assembleia regional. Agora, apesar de enfrentar Iglesias como cabeça de chapa, o Mais Madri soma mais do que o dobro de assentos do UP, e isso com uma aspirante

até recentemente desconhecida para a maioria, Mónica García, mas que soube crescer na campanha e fazer sombra ao ex-vice-premiê, que há algumas semanas lhe ofereceu uma candidatura conjunta que ela rechaçou. Desde sua renúncia no Congresso dos Deputados e no Conselho de ministros, que decidiu estando consciente do desgaste que sua figura sofreu nos últimos anos, Iglesias tinha aberto a porta a novas lideranças. Começou esse processo já dentro do Governo de coalizão, ao alçar a ministra do Trabalho, Yolanda Díaz, à terceira vice-presidência do Governo e apontá-la como futura cabeça de chapa em eleições gerais. Já a sucessão como secretário-geral do partido deveria esperar mais dois anos, data do próximo congresso, e em todo caso caberia a uma mulher tomar as rédeas da formação, conforme tinha mani-

festado o próprio candidato ao longo da campanha. Com o anúncio da noite da terça-feira, os prazos voam pelos ares, e a partir desta quarta se abre uma etapa para decidir o futuro da direção, uma questão complexa depois que Iglesias construiu nestes anos um Podemos fechado em torno de sua liderança. Até agora, era o único dos fundadores que resistiam na cúpula da organização. Carolina Bescansa, Luis Alegre e Íñigo Errejón foram afastados em diferentes etapas por discrepâncias com ele. O passo atrás do líder da formação constata também o fracasso na estratégia das últimas semanas. O Unidas Podemos desenhou uma campanha para a “maioria trabalhadora”, concentrada nas cidades e distritos mais castigados da Comunidade, com a meta de elevar a participação nestas zonas tradicionalmente abstencionistas, mas o escrutínio mostra que, apesar de ter conseguido, os feudos da direita se mobilizaram muito mais. “Os dados são muito altos, mas não alcançamos o objetivo que buscávamos”, reconheceu Iglesias. “Pelo contrário, consolidou-se a vitória da direita e a presença institucional da ultradireita”, acrescentou.

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Partido Comunista volta à linha de frente da política chilena Prefeito Daniel Jadue aspira a chegar a La Moneda e lidera as pesquisas para as eleições presidenciais de novembro

Luan Fontes 24/05/21 Elpais.com Nunca em sua história o Partido Comunista chileno teve um candidato presidencial tão perto do Palácio de La Moneda como agora. Nem mesmo quando a Unidade Popular, do socialista Salvador Allende, representava 17% das forças políticas que compunham o Governo. A seis meses das eleições presidenciais de 21 de novembro, o aspirante do PC, o prefeito Daniel Jadue, formado em Arquitetura e Sociologia, lidera as intenções de

voto. Com 53 anos e de origem árabe, ele encabeça as preferências com 19,2% de apoio, segundo a pesquisa do instituto Activa Research. Os resultados das eleições para constituintes, governadores, prefeitos e vereadores no fim de semana passado quando votaram apenas 43% dos eleitores são auspiciosos para a candidatura, que ainda saboreia uma clara vitória política da esquerda. Marta Lagos, fundadora e diretora executiva do instituto Latinobarómetro, assinala que os resultados dos dias 15 e 16 para o Partido

Comunista “não foram uma vitória eleitoral, mas política”. A analista se refere às 28 das 155 cadeiras, 18%, da Constituinte conquistadas pela aliança entre os comunistas e a Frente Ampla, um conglomerado de partidos de esquerda nascidos após os protestos populares. O PC, por si só, “obteve 4,99%”, o que equivale a sete cadeiras, aponta Lagos. Pode-se concluir que o partido foi punido da mesma forma que as organizações tradicionais da transição, onde o bloco da direita obteve 37 assentos (23,8%, o que o deixa sem pos-

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sibilidade de veto na Constituinte) e a centro-esquerda, 25 (16,1%). Se esses resultados forem comparados com a eleição de vereadores do mesmo fim de semana, na qual pôde ser medido o poder territorial de cada partido, observa-se uma distribuição semelhante à que havia no Chile a direita alcançou 33,14% dos votos, a centro-esquerda, 34,15% e a esquerda, 23,77%. O PC obteve 9,23%, um crescimento em relação aos 6% conquistados nas eleições de 2016. “O resultado teria passado despercebido se não houvesse um candidato presidencial”, explica Lagos. A alta abstenção 57% afetou principalmente o centro, que voltará a se mobilizar para as eleições presidenciais de novembro. “O Chile não se moveu para a esquerda, o que acontece é que ele enfrenta uma dispersão de mil minorias”, afirma a pesquisadora, que reconhece as importantes vitórias políticas e eleitorais do PC − como a eleição

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da economista Irací Hassler para prefeita de Santiago, desbancando a direita. O PC chileno tem uma longa história desde sua fundação, em 1922. Ernesto Ottone, professor do Colégio de Estudos Mundiais de Paris e militante até o início dos anos 1980, explica suas peculiaridades. Inicialmente, porque tem um antecessor nascido antes da Revolução Russa, o Partido Operário Socialista, de 1911, fundado por Luis Emilio Recabarren, que só depois aceitou as 21 condições da Internacional Comunista. “Desde então, segue a história do Partido Comunista mundial, mas como teve uma vida anterior, vive uma espécie de esquizofrenia. Tem uma doutrina revolucionária marxista-leninista, ditadura do proletariado. Por outra, tem uma prática mutualista, sindicalista, reformista. Não faz apenas doutrina, também faz política”, assinala Ottone. Em pouco tempo, o partido elegeu parlamentares e se tornou uma das forças políticas do país. “O PC chileno foi o mais importante da América Latina, com a maior influência e capacidade de mobilização e organização”, afirma o especialista. “Os principais momentos foram de 1938 a 1948 com

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a fundação da Frente Popular e os governos radicaise, posteriormente, de sua legalização em 1957 até o golpe de Estado de 1973.” Em 1970, no início do Governo de Allende, “tinha mais de 150.000 militantes”, lembra Ottone. O ex-militante considera que o partido sempre teve um comportamento contraditório. Em 1968, por exemplo, apoiou a invasão da Checoslováquia pela União Soviética. Com uma longa tradição institucional, o PC chileno apoiou depois a linha moderada da Unidade Popular de Allende, diferentemente do partido do presidente, o Socialista, com uma posição mais radical. Com o golpe de Estado de 1973, o PC sofreu uma enorme repressão: foram assassinados dois líderes nacionais e um da juventude. No final daquela década, o partido foi influenciado pela luta armada, tanto a cubana como a nicaraguense. “A tendência militarista leva à formação da Frente Patriótica Manuel Rodríguez que atentou contra Pinochet em 1986 e se separa de sua história tradicional. Ganha posições radicais”, observa o acadêmico, que fazia parte dos setores internos derrotados e renunciou em 1981. Com o retorno à de-

mocracia, a organização ficou de fora dos primeiros governos da Concertação e do Congresso. Os comunistas não acreditaram no pacto de governabilidade do centro com a esquerda e optaram pela oposição, sendo críticos da transição, o que os levou ao isolamento nos primeiros 15 anos de democracia. Existe uma segunda versão: a de que foi a Democracia Cristã que vetou um acordo com o PC, pois o considerava inviável. Um acordo com a Concertação em 2008 permitiu que o PC elegesse dois prefeitos. Um ano depois, o partido elegeu três deputados. Guillermo Teillier, atual presidente do partido, chegou ao Congresso. Em 2013, o partido se somou à aliança que levou Michelle Bachelet ao poder pela segunda vez. Foi a primeira vez que o PC retornou a La Moneda desde o golpe, e fez isso com vários ministros. Aliado à centro-esquerda, obteve seis cadeiras no Congresso. Atualmente, tem nove deputados e um aspirante à candidatura presidencial, Jadue − reeleito prefeito de Recoleta, uma das comunas de Santiago. Jadue deverá disputar uma eleição primária em 18 de julho com outro aspirante presidencial da esquerda, o de-

putado Gabriel Boric, da Frente Ampla. Para sua equipe, o prefeito chamou especialistas que tiveram papéis fundamentais nos governos de centro-esquerda, como o economista Gonzalo Martner, que integrou o Governo de Ricardo Lagos e foi presidente do Partido Socialista em 2005. Segundo Martner, dois acontecimentos explicam a posição atual do PC: “A decisão de Bachelet de incluí-lo no bloco de Governo e o fim do sistema eleitoral binominal durante a mesma Administração” em 2018 foi realizada a primeira eleição sem esse sistema. Ele também considera fundamental a emergência de lideranças jovens, como a deputada Camila Vallejo, uma das líderes estudantis de 2011. Em 2019, com a experiência de ter participado do Governo, os comunistas aderiram às manifestações, o que gerou um clima político favorável a Jadue. “Ele se conecta muito bem com a rebelião de 2019 e se estabelece como figura de destaque”, diz Martner. O economista afirma, sobre os resultados do fim de semana passado, que “não foi o Partido Comunista que se colocou no centro da cena política, e sim um candidato presidencial comunista”. Martner assinala que o aspirante

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Fonte: elpais.com

Manifestações da esquerda no Chile

Fonte: elpais.com

Protestos em Santiago no ano passado

presidencial não tem nada a ver com Nicolás Maduro nem com o regime cubano ou nicaraguense, e que é crítico desses governos. No início de abril, em uma reunião com pequenos empresários, Jadue confessou que um dos fracassos que não gostaria de repetir se

chegasse a La Moneda seria “o capitalismo de Estado da União Soviética”, o que ele qualificou de “fracasso brutal”. As placas tectônicas da esquerda no Chile não param de se mover. Uma aliança entre os socialistas de centro-esquerda com os comunistas e a Frente Ampla

com vistas às eleições presidenciais durou apenas duas horas na quarta-feira. Isso teria originado um acordo histórico dos grupos de esquerda sem o centro, o que não ocorre há meio século no Chile. Os socialistas pularam fora após restrições para uma participação da

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socialista Paula Narváez nas primárias. “Não se humilha o partido de Salvador Allende”, disse o presidente do PS, Álvaro Elizalde. É uma história em andamento com um final incerto. Existe ideiade que as opções do candidato do PC sem a centro-esquerda não terão maioria.

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Crise em Jerusalém: Violência entre israelenses e palestinos deixa dezenas de mortos Jerusalém tem sido palco de semanas de agitação e violência em nível não visto havia anos, em uma nova escalada de tensões entre palestinos e forças de segurança israelenses

Palestina enfrenta soldado israelense

Fonte: bbc.com

Luan Fontes 03/06/21 bbc.com Na noite de terça (11/5, no horário local), o grupo islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza, disse ter disparado mais de 130 foguetes em direção à cidade israelense de Tel Aviv, em reação a um ataque aéreo perpetrado por Israel que, segundo as autoridades locais, destruiu uma

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torre residencial palestina. O edifício de 13 andares havia acabado de ser evacuado quando foi atingido. “Vamos cumprir nossa promessa de lançar um ataque massivo de foguetes contra Tel Aviv e seus subúrbios, em resposta ao ataque inimigo contra torres residenciais”, diz comunicado do Hamas enviado à agência Reuters.

Desde segunda-feira (10/5), os militantes já haviam disparado mais de 400 foguetes contra Israel, matando dois israelenses. Na noite desta terça, o jornal Haaretz afirmou que um terceiro israelense foi morto pelos ataques palestinos. Israel, por sua vez, afirmou ter atingido 150 alvos em Gaza. Autoridades de saúde calculam que houve ao menos 28

palestinos mortos, incluindo ao menos nove crianças. Israel afirma que 15 integrantes do grupo palestino Hamas, que controla a Faixa de Gaza, estão entre os mortos. O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, disse que o Hamas deve encerrar os ataques com foguetes “imediatamente”, acrescentando: “Todos os la-

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dos precisam diminuir a escalada”. A porta-voz da Casa Branca Jen Psaki disse que o presidente dos EUA, Joe Biden, está seriamente preocupado com a violência. Mas o premiê Benjamin Netanyahu defendeu a ação “com grande força” de Israel, afirmando que o grupo Hamas “atravessou uma linha vermelha”. Os mais recentes confrontos em Jerusalém ocorreram na segunda-feira em frente à mesquita de Al Aqsa, na cidade velha. Palestinos atiraram pedras na polícia de choque israelense, que disparou balas de borracha e gás lacrimogêneo. O Crescente Vermelho Palestino (movimento humanitário semelhante à Cruz Vermelha) disse na segunda-feira que mais de 300 palestinos haviam sido feridos pela manhã. A força policial israelense disse que 21 policiais ficaram feridos, três dos quais necessitaram de tratamento hospitalar. Esses são os piores confrontos desse tipo em Jerusalém desde 2017, alimentados em grande parte por uma tentativa de colonos judeus de reivindicar a posse de casas de famílias palestinas em Jerusalém Oriental anexada a Israel. Esse imbróglio sobre as casas vem se arrastando há

anos na justiça. Confira abaixo três pontos importantes para entender a crescente tensão em Jerusalém. 1. Dia de Jerusalém Os confrontos entre palestinos e forças de segurança israelenses ocorreram no fim de semana e pioraram na segunda-feira em torno da mesquita de Al Aqsa. A mesquita está situada em uma esplanada conhecida pelos muçulmanos como Haram al Sharif, ou Nobre Santuário, e pelos judeus, como Monte do Templo. A força policial de Israel disse que milhares de palestinos montaram barricadas no local na noite de segunda-feira com pedras e coquetéis molotov em antecipação a um confronto durante uma marcha judaica planejada para para marcar o Dia de Jerusalém. O primeiro-ministro Netanyahu defendeu o policiamento. “Esta é uma batalha entre tolerância e intolerância, entre a violência sem lei e a ordem”, disse ele. “Os elementos que querem expropriar nossos direitos nos obrigam periodicamente a permanecer firmes, como os policiais israelenses estão fazendo.” Por sua vez, o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, condenou as ações israelenses.

“O ataque brutal das forças de ocupação israelenses aos fiéis na mesquita sagrada de Al Aqsa e sua esplanada é um novo desafio para a comunidade internacional”, disse seu porta-voz, Nabil Abu Rudeineh. Os conflitos começaram na véspera do Dia de Jerusalém, quando acontece a chamada Marcha da Bandeira, em que israelenses comemoram a captura da parte oriental de Jerusalém por Israel em 1967. Foi nessa ocasião, durante a Guerra dos Seis Dias, que Israel assumiu o controle efetivo de toda a cidade. A Cidade Velha está localizada em Jerusalém Oriental, que abriga alguns dos locais religiosos mais sagrados do mundo: a Cúpula da Rocha e a própria mesquita de Al Aqsa dos muçulmanos, o Monte do Templo e o Muro das Lamentações, da religião judaica, e o Santo Sepulcro da religião cristã. É considerada a cidade mais sagrada para o Judaísmo e o Cristianismo, e é a terceira cidade mais sagrada do Islã. O destino de Jerusalém Oriental está no centro do conflito israelense-palestino, e ambas as partes reivindicam seu direito sobre a cidade. Israel considera a cidade inteira como sua capital, embora não seja reconhecida como tal pela maioria da comunidade

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internacional. Os palestinos reivindicam Jerusalém Oriental como a futura capital de um futuro Estado independente. Normalmente, durante a Marcha das Bandeiras, centenas de jovens israelenses agitam bandeiras e caminham por áreas muçulmanas, cantando canções patrióticas. Muitos palestinos veem isso como uma provocação. Anteriormente, a polícia israelense decidiu proibir os judeus de visitar o complexo durante as comemorações do Dia de Jerusalém. 2. Possível despejo de famílias palestinas Grande parte da mais recente onda de violência aconteceu em meio a um esforço legal de anos por grupos de colonos judeus, que querem despejar várias famílias palestinas de suas casas no distrito de Sheikh Jarrah, em Jerusalém Oriental. Uma decisão de um tribunal inferior este ano apoiando a reivindicação dos colonos despertou a ira dos palestinos. A Suprema Corte de Israel deveria realizar uma audiência sobre o caso na segunda-feira, mas a sessão foi adiada devido aos distúrbios. 3. Tensões durante o Ramadã Esta nova onda de violência ocorre nos últimos dias do mês sagrado

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Ataques de míssil a Gaza

Fonte: bbc.com

Fonte: bbc.com

Ataques aéreos são frequentes à noite

muçulmano do Ramadã. As tensões aumentaram desde o início das festividades, em meados de abril, com uma série de eventos que geraram motins. Quando o Ramadã começou, confrontos noturnos eclodiram entre

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a polícia e palestinos que protestavam contra barreiras de segurança do lado de fora do Portão de Damasco, na cidade velha de Jerusalém, que os impediam de se reunir ali durante a noite. Mas os confrontos não se limitaram apenas a Je-

rusalém. Também foram registrados confrontos na cidade de Haifa, no norte de Israel, e perto da cidade de Ramallah, na Cisjordânia. Negociadores do Quarteto para o Oriente Médio — grupo formado por Estados Unidos,

União Europeia, Rússia e ONU para negociar a crise na região, visando uma moderação. Talvez um cessar-fogo, que já fora apoiado pelo presidente estadunidense Joe Biden. Fato é que esta seria uma situação de difícil solução no momento.

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Como superar um cancelamento do tribunal da internet? 26

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Sociedade brocku.ca

Palavras positivas sobre saúde mental

Embora as celebridades estejam mais sujeitas a serem canceladas, pessoas comuns não estão blindadas; saiba como lidar com o fenômeno que pode colocar em risco até a saúde mental da vítima Trabalho acadêmico válido como AV2 da turma C304D de Editoração Eletrônica da FACHA - 2021/1

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Por: Raphaella Leandro Fonte: jovempan.com.br Em: 17.02.21 O cancelamento pode ser definido como um movimento coordenado nas redes sociais para atacar a reputação de alguém, cujos comportamentos ou opiniões são considerados inadequados por grupos de usuários. Os ataques são feitos por meio de ofensas, julgamentos de conduta e até ameaças, não so com quem cometeu o que julgam errado, mas com pessoas próximas, como família, companheiros de trabalho e amigos. E o que começa nas telas, pode ter desdobramentos gravíssimos na vida real. Além dos danos à imagem, a vítima de cancelamento também está sujeita a processos judiciais, encerramento de contratos e até demissão. Sem contar os riscos à saúde mental, com quadros de insônia, angústia, ansiedade, pânico e depressão. Especialistas esclarecem que, apesar da cultura do cancelamento ser uma forma de alertar sobre injustiças, na prática, acaba promovendo um linchamento virtual. E que, por isso, não deve ser usada como ferramenta de ajuste social. A ansiedade e a depressão estão em alta com a cultura do cancelamento, isso ocorre pelo fato da pessoa se sentir isolada e solitária, além, da sensação que todos desistiram dela antes mesmo que pudesse se desculpar ou corrigir seus erros. Outro fator é o suicídio, onde a abordagem neste nível de “cancelamento” gera eventos ou circunstâncias críticas que muitas das vezes são responsáveis pelos suicídios. Veja abaixo, 4 Dicas de como devemos tratar os outros e não os cancelar o tempo todo nas redes sociais: - Permita que eles reconheçam seus erros e os corrija se

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61brasilia.com

Imagem referente s saúde mental

necessário; - Perdoe-os se eles se desculparem; - Certifique-se de não ser aquela panela gritando, aquela chaleira, porque você também cometeu erros e teve permissão para viver sua vida; - Não caia na cultura do cancelamento porque é a coisa mais popular a se fazer, saiba que ele cria mais espaços não saudáveis do que saudáveis para nós no mundo da mídia social. Esses são apenas alguns exemplos para evitar situações mais delicadas envolvendo os ‘cancelados’, muitas vezes não conseguimos nos colocar no lugar do outro e imaginar tudo o que ele ta passando e tendo que enfrentar sendo ele figura pública ou não. O quanto esse tribunal virtual pode acabar fazendo com que as pessoas tomem atitudes drásticas para darem um fim nesse linchamento, nem que seja acabar com a própria vida. Diante da gravidade das consequências, a psiquiatra Camila Magalhães, que é colunista do site da Jovem Pan, explica que, para superar um cancelamento do tribunal da internet, é preciso,

em primeiro lugar, ter consciência de que o escrutínio público não é parâmetro real de si mesmo. “Fui cancelado? Então é preciso parar e pensar o que causou a reação das pessoas. Se eu estiver errado, é importante rever o meu discurso como forma de melhorar, mudar de opinião. Se fui injustiçado, mantenho minhas convicções, ciente de que não preciso da aprovação geral e que o diálogo é sempre o melhor caminho. Precisamos tomar cuidado para não valorizar tanto o ambiente virtual e a opinião da massa. Existe vida além da internet”, esclarece. mos um pouco do mundo virtual e fortalecer nossos vínculos com aqueles que estão próximos de nós e que conhecem nossa essência. Pessoas que conhecem nossos erros e valorizam nossos acertos. Afinal, são essas pessoas, essas relações verdadeiras, que nos fazem crescer”, acrescenta. Em relação aos aspectos jurídicos, advogados explicam que a maior dificuldade das vítimas em acionar a Justiça está em identificar quais os perfis que deram origem às reações coletivas. As mídias sociais geralmente não são responsabilizadas.

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commbox.bio

Imagem representativa de aplicativos de redes sociais

Especialistas afirmam que a cultura do cancelamento gera impactos mentais tanto em quem é cancelado quando no cancelador. — O cancelamento gera uma sensação de isolamento, e isso impacta a saúde mental. Nós somos seres sociais, não somos feitos para vivermos sozinhos. Nós demandamos muito amor e acolhimento, e perder isso gera um grande desespero. ver em um ambiente em que você pode ser cancelado, em que você tá sempre sendo julgado, é muito difícil, porque andamos como se tivéssemos pisando em ovos, a qualquer momento eu posso desagradar o outro. Então, é o outro que chancela o que eu posso fazer e o que eu não posso fazer Quanto mais importância a pessoa que é cancelada dá às opiniões dos outros, mais afetada pelo cancelamento ela será. Dependendo do erro que é apontado pelos demais, a pessoa começa a se questionar sobre sua própria personalidade e seu ponto de vista. As especialistas apontam que é preciso tomar cuidado com a cultura do cancelamento, pois há casos em que o outro é cancelado apenas porque tem um

ponto de vista diferente. E o cancelamento pode gerar inúmeros malefícios para alguém que apenas discordou de algo. impactos mentais no cancelado Sensação de não pertencimento: a primeira reação gerada pelo cancelamento é a sensação de exclusão e de isolamento. Isso ocorre porque as pessoas começam a notar a queda no número de seguidores dando a ideia de se sentir sozinha em suas redes sociais. Angústia: ler comentários negativos e o sentimento de impotência em não saber o que vem pela frente são grandes consequências do cancelado. Ansiedade: em algumas pessoas, a angústia provocada pode gerar crises gravíssimas de ansiedade, deixando a vítima ainda mais preocupada com o seu futuro em relação ao que está acontecendo no seu presente. Sintomas físicos: a ansiedade pode provar sintomas físicos colo falta de ar, palpitações, dores no peito, sensação de tremor, agitação, distúrbios, insônia, vômito, dor de cabeça e entre outros. Mudança na personalidade: após o cancelamento, há riscos da pessoa

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mudar sua personalidade completamente, inclusive pode passar a se tornar aos poucos antissocial ou deixando de participar das redes sociais, em casos mais graves, há até a possibilidade de um transtorno de personalidade. Impactos mentais no cancelador Decepção: Ocorre principalmente se o cancelador gostava da pessoa que será cancelada, a atitude da pessoa não condizendo com o que esperavam dela pode gerar um grande desapontamento. Raiva: a pessoa fica extremante magoada com a situação e acaba surgindo nela um sentimento de fúria e um desejo forte de punir a pessoa que errou. Ânsia por punição: o linchamento e os comentários maldosos reprovando certa atitude e falando mal do cancelado, exigindo que o mesmo se posicione sobre o certo ocorrido, assim como no caso de figuras públicas, cobram o posicionamento das marcas e empresas para que cancelem campanhas e patrocínios. Sensação de poder: ao ver que suas reivindicações estão sendo atingidas e o cancelado está sendo punido, o cancelador sente uma sensação de prazer e satisfação, achando-se o justiceiro achando que pode punir todo aquele que não se porta com o que ele acha certo. Falta de empatia: cego e tomado pela vontade de julgar tudo o que acha errado, o cancelador pode não ter mais o senso de compreensão e de entender o lado do outro, querendo apenas julgar e punir o próximo por ter uma atitude errada ou diferente da visão do “certo” para a maior parte da sociedade. Todo cuidado e atenção para esse tipo de situação é poucco, a cultura do cancelamento virtual tem tomado cada vez mais proporções absurdas e incontroláveis.

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Karol Conká volta às redes sociais após eliminação do ‘BBB21’: ‘’Precisava cuidar de mim’’ Embora as celebridades estejam mais sujeitas a serem canceladas, pessoas comuns não estão blindadas; saiba como lidar com o fenômeno que pode colocar em risco até a saúde mental da vítima

wpp.todateen.com.br

Karol Conká posa em nova fase de sua carreira

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Por: Raphaella Leandro Fonte: uol.com.br extra.com.br Em: 26.04.21 Karol Conká finalmente voltou às redes sociais após seu sumiço pelo cancelamento que sofreu na internet. Dias antes do lançamento de seu documentário, ‘A Vida Depois do Tombo’, a cantora usou sua conta oficial no Twitter para fazer um desabafo e conversar com os seguidores. “Oi, pessoal. Não apareci muito por aqui, porque entendi que precisava me afastar um pouco das redes e cuidar de mim”, começou escrevendo. A cantora ainda fez uma breve reflexão sobre os ataques que pessoas ‘canceladas’ sofrem na internet: “Vejo o documentário como uma oportunidade, em tempos de cancelamento, de relembrar que somos muito mais complexos do que um reality show é capaz de mostrar”. ARREPENDIMENTO Karol Conká tem se privado um pouco da web para se recuperar de tudo que aconteceu desde que saiu do ‘BBB’. Vale lembrar que em sua participação no ‘Domingão’, ela se mostrou arrependida por suas atitudes e ainda pediu compaixão do público: “Vejo que eu errei, mas não posso me reduzir a 30 dias em um confinamento. Estou muito arrependida e sinto muito remorso, sim. As pessoas não sabem o que eu tive que passar para ser essa rocha. Então, da mesma forma que o público repudiou minha atitude, eles não precisavam ser tão ásperos assim”, finalizou. DOCUMENTÁRIO A TV Globo finalmente anunciou a data de lançamento do documentário exclusivo sobre a ex-

-BBB Karol Conká. Desde que foi eliminada com a maior taxa de rejeição da história do reality, a emissora tem fornecido um grande apoio e incentivo para a cantora se reerguer. A série e participação da moça nos programas ‘Fantástico’ e ‘Faustão’ foram de extrema importância para aliviar a imagem de Conká fora da casa. A ideia principal do documentário é narrar a trajetória de ascensão e queda da estrela - que agora sofre com constantes ataques virtuais. Sendo produzido exclusivamente pelo GloboPlay, ‘A Vida Depois do Tombo’ deverá chegar na plataforma de streaming em 29 de abril. Na ocasião do anúncio, pudemos sentir um spoiler do que vem por aí. A voz da cantora alertou: “Depois do tombo a gente faz o que? A gente levanta”. O nome do título faz referência à música de maior sucesso da cantora “Tombei” e relaciona-se ao cancelamento que ela sofreu desde sua saída polêmica do ‘BBB21’. “A Vida Depois do Tombo” desbancou até novelas badaladas A estreia do documentário de Karol Conká gerou bastante repercussão, sobretudo nas redes sociais. Muitas pessoas ficaram interessadas em conferir A audiência diária é tão alta que bateu até novelas badaladas, como A Dona do Pedaço. A trama estava na liderança com seu último capítulo, com acessos em 23 de novembro de 2019, um dia após o final.Além disso,o documentário bombou nas pesquisas. As buscas só não foram maiores que o BBB. Com o documentário, a Globo pretende mostrar toda a turbulência vivida por Karol após a eliminação do programa, com a maior porcentagem de rejeição de todas as edições. Ao todo, são quatro episódios, totalizando uma pro-

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dução de quase duas horas.. Além de ter sido vigiada 24 horas por dia durante o tempo em que ficou no programa, assim que chegou no hotel, na noite da eliminação, já estava sendo aguardada por uma equipe de câmera e repórter. Mas o que ela precisava era de tempo. As gravações acompanharam os primeiros momentos e sensações que a artista viveu após a eliminação e como lido com a rejeição do programa. O desenrolar disso, a reflexão sobre o que ocorreu na casa e as consequências resultaram no documentário A vida depois do tombo. Mesmo mostrando explicitamente a postura dela como vilã, vale destacar que o documentário não tenta limpar a imagem de Karol, mas sim humanizá-la. Tudo isso ocorre com respeito a todas as partes envolvidas. Participaram a mãe e o filho da cantora, que sofreram ameaças de morte, o ex-marido, empresários, ex-colegas e amigos. Eles contaram da relação com Conká nos mais diferentes níveis, apresentando que ela é uma mulher como qualquer outra. Ou seja, que trabalha, que cuida da família, que fica feliz, triste, irritada e que, sobretudo, tem momentos de explosão. Obviamente que absolutamente nada justifica o tratamento que ela deu a alguns brothers. . O momento mais aguardado foi a participação de Lucas Penteado para uma conversa olho no olho com a Mamacita. Ele foi o único a concordar em participar (Arcrebiano e Carla Diaz negaram), mas no dia desistiu e enviou apenas um vídeo falando sobre perdão. A única que esteve presencialmente foi Lumena, aliada da rapper no jogo. Em segundo lugar, um momento forte e emocionante foi quando o assunto do alcoolismo do pai veio à tona. Entretanto, o

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meiahora.com.br

Documentário “A Vida Depois do Tombo”

documentário perdeu a chance de explorar mais o assunto e entender os motivos que levaram a artista a relacioná-los com a personalidade de Lucas Penteado, já que ela mesma afirmou que algumas atitudes se assemelhavam. Em suma, os quatro episódios não deram espaço para uma face mais sensível de Karol, que inclusive poderia ser importante para a crise de imagem. Eles ficam na superfície, mesmo tratando da superação da pobreza, machismo no rap e vida adulta. O que resta é uma Karol Conká pedindo desculpas repetidas vezes, que mostra arrependimento, choro, e sempre dizendo que voltaria atrás se pudesse fazer diferente. UMA NOVA KAROL No episódio 101 do programa, onde os partcipantes passam um

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dia inteiro na casa após a eliminação relembrando os melhores momentos e as fortes emoções que vivenciaram durante os 100 dias de temporada, Karol entrou na casa dizendo que era uma nova mulher, a mesma recordou as tretas e suas e emoções a flor da pele. A cantora relatou que ficou chocada com sua postura no jogo, principalmente com algum dos jogadores, Karol aproveitou da oportunidade do reencontro para conversar e se desculpar com os ex- colegas de confinamento pelo seu comportamento. Ela contou que foi alvo de diversas críticas nas redes sociais e que muito levou na descontração e na esportiva quando descobriu que alguma de suas falas viraram memes entre os internautas.. Mesmo diante de diversos acontecimentos polêmicos, o programa foi bem harmoniozo.

revistamarieclarie.globo

Ensaio para Marie Clarie

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DILÚVIO A cantora recentemnete lançou seu single chamado dilúvio. Em suas redes sociais, Karol disse que gravou dilúvio como forma de deixar registrado o mometo de reflexão que está passando após sua participação no programa e disse que sente-se libertada quando tranforma seus sentimentos em arte. O clipe, que foi lançado logo depois do single, retrata a vulnerabilidade da cantora e seu processo de auto-reflexão. A presença de um grande volume de água, representado por uma cachoeira, também chama a atenção. Como em um processo de purificação, Karol parece buscar remover qualquer impureza ou mágoa ao mergulhar nas águas, procurando fazer uma limpeza não só de seu corpo, mas de sua mente e espírito. Em outro trecho, ela aparece diante de um espelho, no qual encara a si própria e confronta outras representações dela mesma.

uol.com

Capa mpusica “Dilùvio”

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Imagens do clipe “Dilúvio”

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A importância da diversidade Todas as campanhas que são criadas com a intenção de atingir um determinado público alvo, conseguem formar gostos, estabelecer padrões e ditar determinadas regras de forma implícita, diariamente. É por essa razão que a diversidade na publicidade é tão necessária atualmente. Gabriele Arcanjo Fonte: personalmarketingdigital.com 31/05/2021 publicidadeecerveja.com

SKOL comemora fim do verão sem estereótipos com um brinde ao respeito.

Infelizmente, a maioria das representações de pessoas e famílias que ainda são exibidas na publicidade não reflete o que é visto no mundo. Essa exclusão prejudica a representatividade da diversidade existente atualmente, uma vez que sem ela não existe visibilidade. O número de empresas que estão começando a investir na inclusão da diversidade em propagandas cresce consideravelmente. Campanhas de marketing e publicidade que promovem a diversidade existente em nossa sociedade são indispensáveis para a desconstrução dos estereótipos pré-determinados, gerando uma oportu-

nidade de reflexão e de debate na população atingida. Durante muito tempo a publicidade seguia apenas um padrão social, exibindo em suas campanhas personagens e realidades que fogem do que é visto nas ruas do Brasil e do mundo. Nos últimos anos foi possível notar o crescimento dos movimentos de minorias que estão mostrando a importância de seus papéis na sociedade em busca de reconhecimento e valorização.

nou viral na internet. Ela apresentava uma criança com síndrome de Down. Somente no Youtube, a propaganda já alcançou a marca de 13 milhões de visualizações. Outro exemplo foi a campanha “Dia dos Misturados”, da rede varejista C&A. A propaganda gerou discussão sobre a exibição da diversidade de casais que invertiam as suas roupas. Na descrição do vídeo, a loja conta que” existem infinitas formas de estar misturado”.

Para o Dia das Mães, em 2017, a empresa Johnson & Johnson lançou a campanha “Todo bebê é um bebê JOHNSON’S®”, que se tor-

As propagandas de cerveja já foram muito conhecidas por conteúdos machistas, para quebrar esse padrão, a Skol lançou a campanha

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“No Verão Skol, redondo é sair do seu quadrado”, que estimula os seus consumidores a aproveitar a estação mais quente do ano onde estiverem, sem tabus e preconceitos. É possível abordar a diversidade com naturalidade na publicidade A intenção da inclusão da diversidade nas campanhas de publicidade deve ser para mostrar ao público que as diferenças existem e isso não é algo para ser esquecido ou tratado como se estivesse fora da realidade da sociedade. Por isso, para conseguir inserir a

diversidade na publicidade de maneira natural é preciso saber como tratar os temas que serão abordados com naturalidade, sem parecer que está querendo chamar a atenção, mas sim demonstrar que a empresa se preocupa com todos os públicos.

dicionais, para conseguir atingir o público-alvo de uma campanha que inclui a diversidade, é importante procurar quais são os meios de comunicação mais utilizados pelo consumidor para que ele receba corretamente a mensagem transmitida.

É preciso incluir a diversidade em todo o processo de criação de uma campanha. Quando isso não acontece as empresas correm o risco de divulgar um material com estereótipos e equívocos que podem ser ofensivos. Além de anunciar nas mídias tra-

A diversidade na publicidade é importante para que a representatividade gere aprendizados sobre respeito e empatia, que vão auxiliar na construção de seres humanos mais dispostos a entender as limitações, as necessidades e os desejos dos outros. adnews.com

“Para nós e para todas as mães, todo bebê é um bebê Johnson´s”

Bebê Johnson’s

Desde a década de 1960, o bebê Johnson´s é sinônimo de beleza e criança “bem cuidada”. Com a retomada da campanha, marca rompe paradigmas e inova conceitos.

Se a empatia e a diversidade são necessidades gritantes para uma sociedade mais justa, equilibrada e saudável, as ferramentas mais

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poderosas de comunicação podem e devem ajudar nesta missão, incluindo a propaganda, que não pode mais se limitar apenas ao seu papel de vender produtos e serviços. Histórias poderosas e verdadeiras geram conexões sólidas e atingem a mente e o coração das pessoas. A marca de produtos infantis

Johnson´s e a agência DM9 parecem ter juntado esses elementos em sua mais nova campanha. A ideia é valorizar a diversidade e a forte ligação entre mãe e filho. Em tom emocional e delicado, o filme mostra partes de um bebê, olhos, pês, mãos e pele, destacando as descobertas que acontecem na vida da mãe quando um bebê nasce. Até revelar que se trata de uma criança com Síndrome de Down.

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inkwithgoogle.com

Fenty Beauty revolucionou a indústria da beleza Rihanna lança marca de maquiagem levantando a bandeira da diversidade. O lançamento da Fenty Beauty escancarou a importância do marketing inclusivo, com uma proposta que revolucionou o mercado de beleza. Sandy Saputo, Diretora de Marketing da Kendo Brands (que inclui a Fenty Beauty), compartilha os bastidores do lançamento. “Quando mostramos o trailer da campanha da Fenty Beauty internamente, a emoção tomou conta da sala, que estava repleta de líderes executivas, incluindo eu mesma. Pela primeira vez, mulheres de culturas sub-representadas e pouco atendidas eram destaque em uma campanha de beleza com prestígio global. Tínhamos ideia de que a marca tocaria os corações das mulheres do mundo todo, mas não com um impacto do tamanho que nosso trabalho acabou tendo. Não havia precedente: fomos radicais na proposta de inclusão. Rompemos e eliminamos todas as regras tradicionais do marketing ao ousar trilhar um novo caminho. Os resultados superaram todas as nossas expectativas.” No primeiro ano do negócio, a Fenty Beauty se tornou o maior lançamento de uma marca de beleza na história do YouTube, conquistou grande sucesso comercial e foi considerada uma das melhores novidades de 2017 pela revista Time.

Marca da Rihanna, revolucionou a indústria da beleza.

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insiderdiva.com

Modelo da Fenty Beauty

Ninguém fica de fora

Deixe-as sem palavras: mostre

Desde o começo, nossa fundadora, Rihanna, se mostrou muito firme com a ideia de que ninguém deveria ficar de fora. Sua visão de “Beleza Para Todos” se transformou em nossa missão.

Nosso sonho era criar o maior lançamento de marca na história da indústria da beleza. O resultado foi um movimento que mudou todo o mercado. O tipo de coisa que você só acredita quando vê acontecer de verdade.

Lançamos a Fenty Beauty com 40 tonalidades de base, e hoje já temos 50. À época, não havia uma marca que realmente abrangesse todos, da pele mais clara até a mais escura. Alguns tons mais intermediários – como o meu, oliva – não eram plenamente atendidos pelo mercado. A inclusão, entretanto, ia além do número de tons lançados: era a nuance bem trabalhada de cada sombra, que também foi usada como sinal de que estávamos no caminho certo. Isso permitiu que muitas mulheres se identificassem com a marca, sentindo-se incluídas.

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Nossa abordagem de marketing inclusivo sempre foi baseada em “mais ação, menos discurso”. Na verdade, não usamos a palavra “inclusivo” uma única vez sequer em nossas mensagens. Mas “inclusivo” foi como passamos a ser definidos tanto pelos consumidores como pela imprensa. O marketing, as mídias sociais e o time criativo priorizam e se envolvem nessa conversa diária com a comunidade Fenty Beauty. A melhor maneira de romper com a ideia de marketing inclusivo é compartilhar histórias autênticas que tenham raízes na cultura e

que sejam emocionalmente valiosas para seus consumidores”. allure.com

Modelo da Fenty Beauty sephora.com

Mais de 40 tons de base

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nodeoito.com

A imagem Feminina Para se compreender a utilização da imagem feminina nas campanhas publicitárias, é preciso entender como a sua imagem foi empregada durante todos esses anos. A imagem feminina, durante toda a história, foi sempre relatada como uma figura de submissão ao homem (pais ou maridos), sendo totalmente excluídas a qualquer tipo de escolha ou opinião que poderiam ter, sendo destinadas apenas a afazeres domésticos e para a procriação. Pode-se concluir que as mulheres eram responsáveis apenas pelos cuidados

O lugar da mulher algumas décadas atrás.

Para autora Flailda Brito Garboggini, a liberdade feminina ocorreu após as consequências dos movimentos feministas. Durante a década de 70, ocorreu o aumento dos números de estudantes do sexo feminino em todos os ensinos escolares, ampliando assim, a sua participação no mercado de trabalho. Segundo Garboggini (2003), durante

propagandashistoricas.com

do lar e dos filhos, tornando assim, este um espaço privativo delas, tendo em vista que era essa a posição feminina perante a sociedade durante aquela época. Este é um ponto fundamental para que se entenda a representação do gênero feminino durante os anos. Por vários anos a imagem da mulher em propagandas era sendo retratada e explorada de forma intensa pela mídia, principalmente pela publicidade. Desde o começo, a publicidade já mirava na figura da mulher como objeto de consumo e produto de desejo em alguns segmentos. Nas propagandas de cerveja, não era diferente e isso pode ser visto em toda sua evolução. As peças publicitárias das grandes mídias, como a televisão, também ganharam este caráter de utilizar a imagem da mulher, retratando-a como objeto de desejo e consumo.

Cerveja Malzbier -1941. Indicada para senhoras e crianças.

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A imagem da mulher.

Cigarrilhas Tipalet - 1969

Calças Dracon - Anos 60

“Assopre a fumaça na cara e ela vai acompanhar você em qualquer lugar”. Nos dias atuais, o anúncio das cigarrilhas Tipalet seria considerado não só incorreto como de mau gosto. Veiculado em novembro de 1969 nos Estados Unidos.

“É bom ter uma mulher perto de casa”. Indiscutível a polêmica formada neste anúncio de calças em uma revista americana nos anos 60. Além do título ousado, a imagem traduz como a mulher era vista pelo anunciante

propagandashistoricas.com

propagandashistoricas.com

Propagandas Antigas Machistas As campanhas procuravam mostrar uma imagem da mulher submissa ao homem. O machismo na publicidade ecoou aos quatro cantos do mundo ao longo da história. Antigamente, os papéis na sociedade eram diretos: homem vai trabalhar, mulher cuida da casa. Produtos eram feitos e anunciados especificamente para as mulheres, neste caso, utensílios domésticos saíam na frente. Quando produtos eram voltados para os homens, era nítida uma desvalorização da imagem feminina. Os produtos eram variados: bebidas, roupas masculinas e até armas.

Imagem futurista e machista.

Um apelo ousado.

Tomorrow’s Lestoil - 1968

Dia dos namorados - 1982

“A mulher do futuro fará da Lua um lugar limpo para se viver”. Desta vez, apresentamos o limpador Tomorrow’s Lestoil que brinca com uma imagem futurista e um título machista.

“Dê para o seu namorado. Não deixe de dar para ele: Casa das Cuecas”. Com duplo sentido totalmente descarado, a rede paulista Casa das Cuecas promovia os seus produtos para o Dia dos Namorados.

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Veiculado em novembro de 1969.

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esse período, as mulheres começaram a questionar a maneira como a publicidade estava expondo a sua imagem e a insistência em um “padrão” diante das suas propagandas, pois eram representadas como dona de casa ou símbolo sexual na publicidade. E que mais as revoltava era a utilização constante desses estereótipos, pois elas já estavam ocupando funções profissionais importantes, possuindo total responsabilidade em funções que antes eram somente representadas por homens. Segundo a autora, a publicidade, a partir da década de 90, vem tomando novas tendências, em que a utilização de persuasão utilizada na década de 80 começa a dar espaço para a utilização do entretenimento em suas propagandas. Além disso, para a autora a forma como a publicidade representava a mulher da década de 90 até hoje nos anos 2000, vem mudando. Ela deixou de ser vista só como dona de casa para atuar em várias funções e profissões.

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Budweiser recria para 2019 seus anúncios machistas dos anos 50 lacriaturacreativa.com

Anúncio de 1958. “Onde há vida, há Bud”

Marca americana refaz seus cartazes do passado e corrige histórico de machismo. A era de ouro da publicidade nos Estados Unidos, nos anos 1950, pavimentou o caminho do marketing nas décadas seguintes e se tornou icônica por revolucionar o modo como um produto era vendido aos consumidores. São dessa época aqueles famosos anúncios com ilustrações de homens e mulheres em seus lares no melhor estilo “American Way Of Life” - estilo de ilustração que depois seria

cooptado pela Pop Art de Andy Warhol e Roy Lichtenstein. O problema é que os anos 1950 e 1960 da publicidade foram extremamente machistas, reproduzindo tipicamente o que era a sociedade daquele tempo. De frases como “Até uma mulher pode abrir isso?” até anúncios onde um homem bate em uma mulher ou a usa como tapete de sala. A publicidade vigente mostrava uma mulher submissa ao marido, obrigada a agradá-lo incondicionalmente entre suas inúmeras atribuições domésticas.

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A fabricante de cerveja Budweiser decidiu recriar anúncios sexistas dos anos 1950 em 2019, mas para alguns se tornaram anacrônicos e ofensivos. No entanto, para a marca, parece que nunca é tarde para corrigir os erros do passado. A Budweiser, em parceria com a campanha #SeeHer (que luta pela representação adequada da mulher na publicidade), decidiu refazer as suas campanhas dos anos 1950, redesenhando anúncios e reescrevendo as frases de efeito. Nas recriações da Budweiser, os

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lacriaturacreativa.com

Anúncio de 1956. “Ela descobriu que tem tudo.”

cartazes onde apenas o homem bebia cerveja e a mulher estava ali para servi-lo integralmente foram recompostos na visão das artistas Heather Landis, Nicole Evans e Dena Cooper. Equidade e independência no lugar do machismo e da objetificação

“Onde há vida, há Bud”. A diferença crucial está na imagem. Enquanto a vida com Budweiser nos anos 1950 era restrita ao homem (enquanto ele martela, a esposa serve a gelada), em 2019 a coisa é mais simples: o casal aprecia a cerveja junto.

Anúncio de 1962

Nessa recriação, a mulher que espera o marido em casa com o jantar pronto se transforma em uma mulher que é feliz, também, solteira. Uma cerveja para ela, uma comida chinesa delivery e um cachorro fofo. lacriaturacreativa.com

Anúncio de 1956

O anúncio original falava que a mulher havia casado com “dois homens” porque o marido sempre tem um “eu interior” e que uma maneira de o agradar era com uma Budweiser. Na imagem, o marido chega de viagem enquanto ela espera com uma grinalda. Na recriação de 2019, o anúncio diz “Ela descobriu que tem tudo”. Esperando por ela, três amigas no bar. Afinal, nem tudo se resume a casamento.

Anúncio de 1958 Nesse caso, a frase foi mantida:

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Anúncio de 1962. “Tempo para relaxar”. Trabalho acadêmico válido como AV2 da turma C304D de Editoração Eletrônica da FACHA - 2021/1


Teatro se reinventa na internet, mas ainda busca forma de faturar para salvar profissionais parados Quase 350 temporadas de peças foram interrompidas pela pandemia do corona-vírus só no Rio e em SP www.teatroeducavida.com.br

Teatros são fechados durante a pandemia

Maria Roberta Dias Fonte: www.g1.com.br Em: 20/04/2020 Com o fechamento dos teatros na

quarentena, cerca de 12 mil profissionais do setor tiveram que parar, só no Rio e em São Paulo. A estimativa da Associação dos Produtores de Teatro (APTR) é

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que, nas duas capitais, as temporadas de quase 350 peças tenham sido interrompidas pela pandemia da corona vírus. Segundo a entidade, pelo menos

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www.jornalnopalco.com.br

Artistas de teatro se reiventam na pandemia

70% desses espetáculos não tinham patrocínio - ou seja, suas rendas dependiam exclusivamente da bilheteria. “Nosso setor vive de aglomeração. A música tem os direitos autorais. O audiovisual ainda pode ser exibido em plataformas de streaming. Já o teatro é feito ao vivo”, diz Eduardo Barata, presidente da APTR. Como outras, a área tem tentado se reinventar, gerando conteúdo na internet, mas - diferentemente do mercado musical, por exemplo - ainda não encontrou formas de faturar online. “Como monetizar o teatro na internet? Esse é o grande ‘X’ da questão.” Veja, mais abaixo, páginas com espetáculos para assistir na internet. Teatro no sofá Uma via que já vem sendo testa-

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da é o streaming de peças teatrais. Mais ou menos como acontece com músicas e filmes nesse tipo de plataforma, os espetáculos são disponibilizados em vídeo, em um catálogo variado, para assistir onde e quando quiser. Essa é a ideia do site Espetáculos Online, lançado durante a quarentena. Criado pelo produtor audiovisual Eduardo Chamon, que atua no registro de peças, o serviço é um acervo de filmagens de obras adultas e infantis para assistir na íntegra, sem pagar nada. “O teatro filmado sempre foi algo para guardar, deixar na prateleira. Todo esse material estava guardado em gavetas. Queremos abrir essas gavetas”, explica Eduardo. A página ainda não gera receita. Num modelo colaborativo, as gravações das peças são enviadas pelos próprios produtores e passam

por uma curadoria. Eduardo diz que, em relação à experiência de assistir a um filme, por exemplo, o teatro filmado oferece “a sensação de estar numa plateia”. “Tem a emoção, a gargalhada. No momento em que estamos vivendo, estamos aceitando nos colocar dentro de uma plateia virtual.” Outra alternativa foi encontrada pelo ator Ivam Cabral. Ele estava prestes a viajar em um tour pela Europa com seu monólogo, “Todos os sonhos do mundo”, quando a pandemia se intensificou. Decidiu, então, estrear uma temporada virtual, com apresentações ao vivo pelas redes sociais. “Meu trabalho é exceção. Por acaso, eu tinha um solo, e não uma peça com elenco de dez pessoas, que precisa de uma equipe. Nesses outros casos, vamos ter que organi

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zar e planejar para fazer dar certo”, diz. “Vai ser necessário encontrar um jeito de cobrar ingresso (pelas apresentações online). Acho que isso logo vai acontecer porque vai demorar bastante para que a gente possa se encontrar de novo.” De fato, a expectativa no setor é que a rotina se normalize só no ano que vem. Por isso, a APTR já estuda formas de rentabilizar os serviços de teatro pela internet. “Nós não temos a estrutura que os [cantores] sertanejos têm. Mas estamos pensando nisso. Talvez, um projeto com atores em suas casas”, diz o presidente da associação. “Mas ainda estamos estudando como isso atingiria nossa cadeia produtiva de forma geral - técnicos, autores, artistas.” Enquanto a solução não aparece, a entidade tenta arrecadar doações para ajudar profissionais do setor que perderam suas rendas. “Estamos falando de pessoas que estão sem dinheiro para comer”, diz Eduardo. “Ainda estamos tentando entender quanto tempo isso vai durar. Boa parte do público de teatro é de idosos [grupo de risco da Covid-19. Quanto tempo essas pessoas vão demorar para voltar aos teatros?”, questiona Chamon. Barata compara o impacto da pandemia no setor a uma “terceira guerra mundial”, mas é otimista. “O teatro nunca vai acabar. Ele passou por todas as crises mundiais e se manteve em pé. É claro que há uma questão econômica, mas a arte e a cultura prevalecerão.”

Estão no acervo, por exemplo, a infantil “Pluft, o fantasminha” e a adulta “Incêndios”. Cennarium: Plataforma de streaming paga tem peças de teatro, musicais, danças, óperas, circos e infantis do mundo todo. Assinatura custa R$ 19,90 por mês. Projeto Teatro Online: A cada dia de programação, a íntegra de uma peça infantil é liberada no YouTube por um período limitado de tempo. Teatro aberto: Projeto da companhia portuguesa abre exibições de

peças todos os dias, por período limitado Todos os Sonhos do Mundo’: Monólogo de Ivam Cabral é apresentado ao vivo no Instagram, direto da casa do ator Teatro Oficina: Espaço tradicional de São Paulo têm espetáculos inteiros na internet. Entre eles, “Os sertões”, baseada na obra de Euclides da Cunha “Romeu e Julieta”: Adaptação do Grupo Galpão para o clássico está disponível online.

i.pinimg.com

Onde assistir a espetáculos na internet: Espetáculos Online: Site tem obras na íntegra para assistir de graça.

Atores investem em peças de teatro online

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Artistas buscam alternativas de sustento durante a pandemia Eles têm recorrido às redes sociais para “passar o chapéu” missões online, ao vivo) para arrecadar recursos. O perfil é bastante heterogêneo. São artistas iniciantes e outros mais consolidados, como os do Teatro Oficina Uzyna Uzona, Em função da crise sanitária procompanhia que completa 62 anos vocada pela covid-19, eventos culde existência, este ano, e foi fundaturais de grande porte, que acabam da por José Celso Martinez Corrêa, movimentando a economia dos mais conhecido como Zé locais onde são realizados, imagens3.ne10.uol.com.br foram adiados, alguns sem Celso, um dos ícones da tropicália. anunciar nova data. A organização do Festival de Para amparar os trabalhadores do setor, o SeCinema de Gramado, um nado Federal aprovou, dos principais do país, reem 4 de junho, o projeto solveu manter quase inalde Lei Aldir Blanc (PL nº terada a programação, somente transferindo o 1075), que prevê a concessão de benefício no evento de agosto para setembro. Mais cautelosa, a valor de R$ 600, além de possibilitar a distri26ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que buição de quantias para Artista conscientizando o uso de máscara garantir a manutenção recebe, em média, 600 mil de empresas e espaços visitantes a cada edição, ficou para 2022. culturais. Segundo o texAo mesmo tempo em que os es- Em um clique, encontram-se di- to, a quantia que será repassada da paços culturais precisam adotar o versas postagens de artistas que, in- União, por meio do Fundo Naciofechamento como medida de com- dividual ou coletivamente, pedem nal de Cultura, para estados, Disbate à covid-19 e eventos são adia- doações ou realizam lives (trans- trito Federal e municípios totaliza Maria Roberta Dias Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br Em: 27/06/2020

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dos pelo mesmo motivo, artistas têm tido dificuldade de encontrar uma fonte de renda. Por essa razão, estão recorrendo às redes sociais para passar o chapéu (como se denomina, no meio artístico, a prática de recolher contribuições voluntárias após uma apresentação).

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midias.agazeta.com.br

Circo sofre com a pandemia

R$ 3 bilhões. A proposta, apresentada pela deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ), segue agora para sanção do presidente Jair Bolsonaro. Obstáculos Como outros colegas de profissão, a artista e brincante Bruna Luiza tem passado por momentos difíceis durante a pandemia já que não há trabalhos a serem feitos. Professora de circo, ela conta que nunca conseguiu manter uma reserva financeira e que costumava complementar a renda com aulas de reforço escolar.

Sem dinheiro guardado, ela e seu companheiro decidiram deixar Brasília para ir morar em uma vila de Alexânia, interior de Goiás, onde o custo de vida é menor. Com duas crianças em casa, uma de 6 anos de idade e outra de 7, o casal está vivendo com o auxílio emergencial concedido pelo governo federal. “Quando começou a pandemia, nossa renda vinha das aulas de circo e tínhamos vários trabalhos fechados [já acordados]. Todas essas fontes de renda se foram. Atualmente, a gente está vivendo do auxílio emergencial. A gente está

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se inscrevendo em todos os editais que têm, mas são perspectivas futuras, porque nenhum edital foi para agora”, afirma. “Meu companheiro tem feito algumas lives e rodado o chapéu, mas não é nada que gere muito dinheiro, é um valor pequeno, com que dá para fazer a feira, o mínimo. Eu ainda estou precisando me adaptar a essa nova realidade para buscar uma forma de trabalho”, completa. Sobre os editais de fomento à cultura, ela critica a lógica de rivalidade que esse modelo de financiamento promove, defendendo que

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uploads.bemparana.com.br

Pandemia gera desempregos no circo

o processo seja revisado, tendo em vista que a crise atingiu parte significativa da classe artística. “Eles lançam edital, no meio dessa pandemia, em que colocam em competição os artistas, que já estão em um estado de vulnerabilidade muito grande”, lamenta. Bruna comenta que muitos artistas têm disponibilizado aulas e apresentações gratuitas, o que encara como positivo para o público e, ao mesmo tempo, como obstáculo para os artistas que poderiam conseguir remuneração ensinando o que sabem e garantir parte do sustento durante a pandemia. “Tem muito conteúdo sendo fornecido de graça. O que você quiser saber sobre circo, flexibilidade, força, acrobacia, tem muito material sendo disponibilizado. Vejo que tem dois lados interessantes. Um é que fica acessível para muita

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gente. Mas também fica difícil de trabalhar, porque tem muita coisa de graça. E tem muita gente apertada [financeiramente].”

Museus

Em meados de maio, a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) emitiu informe em que estimava que 13% dos museus de todo o mundo poderiam encerrar, em definitivo, suas atividades, em decorrência das consequências da pandemia de covid-19. Já naquele período, mais de 85 mil instituições, que representam 90% do total (95 mil), haviam suspendido visitações, a fim de evitar contaminações pelo novo corona vírus, e parte delas buscava se adaptar para manter exposições online. No comunicado, a Unesco destacou que apenas 5% dos museus

localizados em países da África e países insulares em desenvolvimento estavam conseguindo manter atividades em ambiente virtual. Como essa situação, existem também outras que indicam que o segmento de cultura está sob ameaça, não apenas sob o ponto de vista de circulação do conhecimento e preservação do patrimônio cultural, mas de sustento dos profissionais do ramo. De acordo com a Unesco, a falta de receita dos museus afeta também os funcionários dessas instituições e os artistas, muito deles autônomos ou trabalhando com “contratos precários” .

Criatividade em números

De acordo com o Mapa Tributário da Economia Criativa, elaborado pelo extinto Ministério da Cultura, em parceria com a Agência

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luporai.com.br

Museus sofrem com a pandemia (Museu do Amanhã)

Brasileira de Cooperação e a Unesco, a classe criativa correspondia a 1,8% dos trabalhadores formais brasileiros, em 2015. Em 2013, a proporção era de 1,7%. Atualmente, a economia criativa responde

por 2% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. O documento foi divulgado em dezembro de 2018. Publicado em janeiro de 2019, um relatório da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e

Desenvolvimento (Unctad) aponta que as exportações de bens criativos do Brasil, em que se sobressaem bens de design, como moda, design de interiores e joias, somaram US$ 923,4 milhões em 2014. s2.glbimg.com

Obra nas ruas durante a pandemia Trabalho acadêmico válido como AV2 da turma C304D de Editoração Eletrônica da FACHA - 2021/1

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www.agenciabrasilia.df.gov.br

Artistas de rua sofrem com a pandemia

Naquele ano, somente as novas mídias produzidas no país, que in-

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cluem filmes, movimentaram US$ 102 milhões. Artes visuais, por sua

vez, geraram US$ 92 milhões e artes e artesanato, US$ 73 milhões.

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Padrões de beleza e cirurgias plásticas Com tantos padrões de beleza, modismos latentes nas redes sociais e aplicativos para alterar seu rosto, uma cirurgiã plástica analisa quando o assunto pode ir longe demais. Clara Moreira Lima Marigo Fonte: www.sallve.com.br Em: 14/03/19 Se nos anos 80 e 90 as mulheres marcavam consultas com cirurgiões plásticos levando debaixo do braço páginas de revistas de moda, em 2019 basta um celular conectado ao Instagram para que uma enorme (e tantas vezes inatingível) coleção de fotos sirva de referência para a beleza dos sonhos. Já falamos sobre como filtros da rede social interferem tanto com a relação de toda uma geração com a sua pele, mas e se formos ainda mais longe e começarmos a pensar nos tantos modismos de cirurgias plásticas que se firmam graças às redes sociais? Com tantos aplicativos que transformam seu rosto em poucos cliques na tela e feeds tão recheados de rostos retocados, é impossível não detectar, entre uma faixa etária cada vez mais jovem, uma dificuldade latente em se conectar com si mesmo - seja por dentro ou por fora. É aí que mora a motivação inicial por um rosto que não é o seu e, tantas vezes, jamais poderá ser. “Quando fala-se especificamente

de redes sociais, vemos um aumento cada vez maior de preenchimentos - como lábio e malar em pacientes jovens, o que não era comum até pouco tempo atrás. O que antes era usado em pacientes mais velhos para driblar a flacidez da pele, hoje em dia é usado cada vez mais por jovens que buscam a técnica para diferenciar os ângulos da face”, conta a Dra. Tatiana de Moura, cirurgiã plástica e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Para a médica, muito disso se deve ao hábito cada vez mais frequente de tirar selfies e fotos e se ver através da lente de uma câmera, além de tantas contas sendo seguidas no Instagram: “Elas chegam no consultório com uma foto, mas eu de cara ressalto que estamos vendo apenas por um ângulo, e eu não consigo me basear por uma foto. Pode ser que a pessoa às vezes nem tenha a mesma ascendência genética ou etnia da paciente, por isso aviso logo que não vamos conseguir chegar no resultado que ela quer. Sempre rechaço qualquer busca de resultado a partir de uma foto, até porque uma foto de alguém que você segue no Instagram não é você, e não sabemos nem se a imagem está tratada no Photoshop. Quan-

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do a pessoa chega assim, a gente tenta cortar de cara”, continua a cirurgiã plástica. “Essa distorção foi potencializada pelas redes sociais, mas ela já existia. O que mudou é que as pessoas têm muito mais exemplos, e tudo parece muito mais possível e atingível. A relação ficou, de forma ilusória, mais próxima, ao contrário do que se acontecia com as revistas de moda”, completa. Se até outro dia a febre era de lábios bem carnudos, atualmente a Dra. Tatiana de Moura aponta o preenchimento de nível ósseo MD Codes como o modismo da vez e um dos mais procurados entre seus pacientes. O procedimento muda a angulação da face com o preenchimento de malar (o famoso Top Model Look), queixo, base do nariz ou até a região temporal. Mas, para a médica, há um abuso atualmente da técnica por jovens e até adultos que não precisam mexer no rosto de forma tão radical, mas o fazem por influência de famosos e redes sociais: “Todo mundo atualmente está fazendo isso e ficando com o rosto igual”, ela conta, sobre a harmonização facial. “Você tem injetores profissionais que injetam dez, 15

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www.clinicarealize.com.br

Cirurgias para modificar o abdomên são muito procuradas ampolas de preenchimento para fazer esta harmonização facial, vendendo a ideia de que o paciente vai rejuvenescer até quatro anos. Mas eu quero ver estas pessoas que injetaram dez ampolas de ácido hialurônico de alta densidade daqui a quatro anos. Se o malar vai continuar no lugar ou vai ter caído, e daí por diante. Se tudo vai ter sido absorvido... Eu realmente não sei, e coloco esse medo nas pacientes mesmo”. Traçando um paralelo entre a febre da harmonização facial com o boom do preenchimento labial da década passada, a Dra. Tatiana de Moura fala sobre a perda do controle sobre o procedimento: “Os pacientes acabam querendo injetar cada vez mais e sem qualquer critério, e reverter o processo pode ser complicado”, analisa, já citando as tantas pacientes que

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retornaram ao seu consultório para tirar os preenchimentos labiais após o fim da tendência da boca de Angelina Jolie ou Kylie Jenner. “Para reverter, depende do tipo de preenchimento usado. Há os mais simples de se reverter, mas outros em que pode ser necessário um procedimento cirúrgico abrindo o lábio por dentro da boca - como quando se usa o PMMA, que teve um boom em seu uso nos últimos tempos. Nós chegamos a ter um ambulatório no Hospital das Clínicas dedicado apenas para tratar complicações de PMMA, como necrose de ponta de nariz, ponta de lábio, inflamações crônicas e daí por diante”. A Dra. Tatiana acredita em se trabalhar sempre a autoestima, mas é contra o exagero, apontado aplicativos como o Facetune e programas como o Photoshop

como uma fonte séria de busca por um rosto inalcançável: “O filtro em si não me incomoda muito, mas sim mexer no rosto no Photoshop. Você mimetiza diversos procedimentos, e isso interfere no meu trabalho, porque a pessoa chega no meu consultório buscando algo factível no Photoshop, mas não com uma cirurgia plástica. É uma angulação completamente diferente: uma menina com um rosto quadrado que chega com uma foto dela em que o rosto, mexido no programa, ficou triangular. Até dá para fazer, e eu listo todos os passos para se chegar nesse resultado, mas é isso mesmo? Você quer ser outra pessoa? Você está disposta a ter um gasto e um risco absurdo? Por outro lado, há quem ache que para se alcançar um resultado, basta um procedimento simples,

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quando nem sempre é isso. Tudo tem risco, e não se deve minimizar os procedimentos. O pouquinho pode ser muito”. Conversando com a Dra. Tatiana, ela ressalta que cirurgias plásticas muitas vezes são uma decisão para sempre, que não podem ser revertidas, e que por isso mesmo, ela sempre pergunta a seus pacientes - ainda mais quando jovens - se eles já pararam para visualizar sua vida daqui a alguns anos. “Será que quando você estiver formada e ingressando no mercado de trabalho você vai querer o lábio ou a mama de um determinado tamanho? Eu não quero nunca tolher a pessoa, mas ela precisa sempre ponderar que a vida dela vai mudar, e a cirurgia vai estar lá”. A cirurgiã cita, como o exemplo

que mais causa arrependimento em suas pacientes atualmente, o aumento da mama. Para ela, isso é, como tantas outras tendências, consequência direta do Instagram: “Lá o negócio hoje em dia é ser magra, não ser a mais gostosa. Por isso, cada vez mais pacientes vem pedir para diminuir suas próteses. Só que diminuir a prótese significa lidar com uma flacidez na região”, alerta. Não à toa, ela revela que o número de próteses que se colocam em meninas na faixa dos 20 anos é muito maior do que em mulheres de 30 e, gradativamente, 40 anos: “E não é porque elas são mais velhas, mas porque elas se veem de outra forma em outra idade, é normal. A gente tem que saber falar não, mesmo que isso signifique perder a paciente”.

É bem por aí mesmo: quanto mais o tempo passa, mais estúpida vai ficando a ideia de se espelhar em outras pessoas para nos encontrarmos. Talvez pelo convívio cada vez mais afinado com nós mesmas, poderemos nos olhar com mais carinho e apreciação, e menos como uma espécie de massinha que pode ser moldada para se enquadrar em um estereótipo. Tendências são passageiras mesmo - e ficam datadas. Quem ainda quer uma calça skinny à la Beetlejuice? A diferença é que ela dá para guardar no fundo do armário ou passar adiante. Nosso rosto segue com a gente. E quanto mais você mexer nele, mais difícil pode ser de você se ver.

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Implantes de silicone estão em alta

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Rosto mais fino é a nova moda em cirurgias plásticas Com finalidade puramente estética, a bichectomia é uma alternativa para quem busca reduzir o volume da parte de baixo do rosto, estando acima do peso ou não Clara Moreira Lima Marigo Fonte: www.onacional.com.br Em: 08/04/17 O nome difícil do procedimento virou manchete em diversos sites de celebridades recentemente. Victoria Beckham, Kim Kardashian, Angelina Jolie, Megan Fox e Madona estão entre as celebridades que realizaram a cirurgia que causa o conhecido de “efeito blush”, ou seja, as “maçãs do rosto” parecem mais proeminentes e rosto mais fino. A bichectomia também atrai pacientes homens que não estão contentes com o formato do rosto, como o humorista Rodrigo Santana. Conforme explica o Cirurgião Bucomaxilofacial Ms. Dr. Ricardo Giacomini de Marco (CRO 19.040) da Clínica Oral Sin, a bichectomia é uma cirurgia plástica em que se retira total ou parcialmente duas bolsas de gordura presentes entre o maxilar e a mandíbula, uma em cada lado da boca, que são chamadas “Bolas de

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Bichat”. Com a cirurgia é possível afinar o rosto em até 70% de espessura, deixando o formato mais afilado e com as maçãs do rosto em evidência. Com finalidade puramente estética, a bichectomia é uma alternativa para quem busca reduzir o volume da parte de baixo do rosto, estando acima do peso ou não. O procedimento é relativamente simples: uma incisão de cerca de 1cm é feita na parte interna da boca por onde as bolas de gordura (que dão o formato arredondado para o rosto) são retiradas. Giacomini explica que a Gordura de Bichat possui a função de auxiliar na amamentação, evitando que as paredes das bochechas se toquem enquanto o nenê suga o leite materno, além de proteger os ramos bucais do nervo facial. “A Gordura de Bichat não tem mais função fisiológica após a infância e por isso pode ser retirada sem problemas e sem qualquer alteração na qualidade ou textura da pele das bochechas”, diz.

De acordo como cirurgião pelo procedimento ser realizado através da mucosa oral, não deixa nenhuma cicatriz aparente. Afirma que com um pós-operatório correto dificilmente ocorrem complicações. “Antes de realizar uma bichectomia é necessária a busca de uma clínica que conte com profissionais experientes nesta técnica. Em seguida deve ser feita uma avaliação pelo profissional que realizará o procedimento, para analisar se há indicação e quais as expectativas da paciente quanto ao tratamento, ” afirmou. O procedimento pode ser feito com anestesia local simples, anestesia local com sedação ou anestesia geral. A escolha da anestesia mais adequada para o paciente será feita pelo dentista ou médico cirurgião responsável. O dentista lembra que por se tratar de uma cirurgia, é necessário que o paciente realize os exames pré-cirúrgicos, para ver se ele está em condições de saúde para realizar o procedimento.

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Após a realização da bichectomia geralmente ocorre um inchaço na região, que pode ser aliviado com o uso de compressas de água fria. O retorno às atividades demora cerca de uma semana e a volta

das atividades físicas depende da avaliação do médico. O resultado da bichectomia começa a ser notado após cerca de duas semanas, já que durante esse período o inchaço causado

pelo procedimento dificulta que se perceba o resultado, Após esse período é possível constatar um rosto mais fino e definido. O resultado final só pode ser avaliado após 6 meses da cirurgia.

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Bichectomia se torna febre entre jovens

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Jovens fazem cirurgias plásticas para parecerem com suas selfies com filtro Crystal adorava trocar selfies com os amigos. Com frequência, porém, ela se detia por um instante antes de enviar suas próprias fotos: “Não conseguia parar de olhar como o filtro do Snapchat mudava o meu rosto”, disse à BBC. Clara Moreira Lima Marigo Fonte: www.bbc.com Em: 05/05/18 “Ele definia meu queixo, delineava as maçãs do rosto e deixava meu nariz mais reto, o que sempre me fazia sentir um pouco insegura”, conta a assistente médica de 26 anos, de San Diego, na Califórnia (EUA). Crystal, diz que às vezes conseguia um aspecto semelhante usando maquiagem, mas que não tinha tempo de “se pintar” todos os dias para chegar ao mesmo resultado. Em uma tentativa então de ter o rosto parecido de fato com a versão que via com o filtro das flores do Snapchat, ela decidiu fazer preenchimentos no nariz e embaixo dos olhos. “As pessoas não percebem que eu me submeti a um procedimento. Elas pensam que eu perdi peso ou algo do tipo”, diz Crystal, que

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agora se sente feliz compartilhando selfies sem filtros. Ela faz parte do crescente número de jovens que buscam em procedimentos estéticos um caminho para ficarem mais parecidos com as selfies que tiram. De acordo com um novo estudo da Academia Americana de Cirurgia Facial, Plástica e Reconstrutiva, 55% dos cirurgiões plásticos faciais atenderam em 2017 pacientes que queriam passar por cirurgias para aparecer melhor em selfies, em comparação com 13% em 2013. O estudo também identificou que 56% dos cirurgiões pesquisados notaram um aumento no número de clientes com menos de 30 anos de idade. Expectativas mais realistas Muito tempo atrás, os clientes chegavam às clínicas dos cirur-

giões plásticos com fotos das celebridades com as quais queriam parecer. Agora, trazem fotos de si mesmos, disse o cirurgião David Mabrie, baseado em São Francisco, considerando essa mudança de comportamento “um avanço”. “Eu prefiro trabalhar em cima da foto da própria pessoa, porque assim se tem uma ideia melhor de como ela vai ficar com preenchimento ou botox”, diz Mabrie. Foi ele o responsável pelo tratamento de Crystal. “Assim a pessoa não tem uma expectativa pouco realista de que, como em um passe de mágica, vai se transformar em uma Kylie Jenner”, acrescentou, em referência à estrela de reality show americana e irmã caçula da socialite Kim Kardashian. Alguns pedidos dos clientes, porém, continuam impossíveis de atender. “Alguns filtros aumentam os

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olhos, algo que não pode ser feito com cirurgia”, diz ele.. É por isso que é fundamental fazer uma boa consulta. “É importante que o seu cirurgião seja realista com você e não apenas faça uma lista do que você quer.” Nova dismorfia em ascensão

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Filtros tiram “imperfeições” do rosto

Ao mesmo tempo, o uso de redes sociais parece ter um impacto negativo na autoestima. De acordo com um estudo de 2015 do Escritório Nacional de Estatísticas do Reino Unido, 27% dos adolescentes que usam mídias sociais por mais de 3 horas por dia apresentam sintomas de problemas de saúde mental. A combinação desses fatores talvez explique o surgimento da chamada “dismorfia de Snapchat”. O termo foi criado pelo médico britânico Tijion Esho, que tem várias clínicas estéticas no Reino Unido. Não se trata de uma doença

oficialmente reconhecida, mas de um fenômeno que preocupa especialistas em saúde mental, assim como alguns cirurgiões plásticos. “Agora vemos fotos de nós mesmos diariamente nas plataformas sociais que usamos, algo que pode nos tornar mais críticos de nós mesmos”, explica Esho, que diz já ter recusado atender pacientes que pareciam demasiadamente obcecados em parecer com suas fotos com filtro. Segundo o médico, essas fotos são boas como referência. “O problema é quando elas se tornam mais do que uma referência: se transformam em como os pacientes veem a si mesmos ou quando querem se ver exatamente como nessas imagens. Isso não apenas é pouco realista, mas potencialmente um sintoma de outros problemas subjacentes”, opina. “Mais perguntas deveriam ser feitas para descartar os aspectos da dismorfia corporal. Operar aqueles que apresentam esses sinais de alerta não é apenas antiético, mas também prejudicial ao paciente, pois ele necessita de algo que nenhuma agulha ou bisturi poderá corrigir”. ‘Só precisava de um empurrão’ Kacie, de 29 anos, é uma das pacientes de procedimentos estéticos que quer parecer mais com as selfies que obtém com o uso de filtros. O que mais a preocupava era o que seu namorado pensaria quando a visse pessoalmente, depois de ela ter enviado dezenas de selfies por dia para o celular dele e de atualizar suas fotos no Instagram entre 10 e 15 vezes diariamente. “Eu punha a coroa de flores e aquele focinho de cachorro e me via tão linda nas fotos…e depois

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me olhava no espelho e pensava: ‘ah, essa não é a pessoa que ele vê todos os dias na tela’”, diz ela. “Eu ficava frustrada quando me olhava no espelho. Sentia que não era como a pessoa que eu apresentava ao mundo”. E continua: “Eu me sentia atraente com os filtros do Snapchat. Só precisava de um empurrão para chegar a esse ponto (na vida real)”. Ela procurou um cirurgião plástico em sua cidade natal, Nova York, e acabou fazendo preenchimentos nos lábios, no queixo e nas bochechas, por aproximadamente US$ 1.700 (o equivalente a R$ 5.760). Kacie planeja fazer isso mais ou menos uma vez por ano, já que os preenchimentos duram de 6 a 18 meses. “Eu penso: é a minha cara, é o meu dinheiro, e, se o resultado geral é que eu tenho mais confiança em mim mesma e estou mais feliz com o que sou, qual é o problema?” Sensação de ‘não estar à altura’ Andrew, um inglês de 31 anos, recorreu a uma consulta estética após um rompimento amoroso. Quando queria voltar a sair com outras pessoas, ele sentia que não fazia sucesso nos aplicativos de encontros. “Eu sempre quis ter a mandíbula e as maçãs do rosto com linhas mais esculpidas.” “Para mim o interesse (nesse tipo de retoque) surgiu ao ver muitos outros jovens fazerem aplicações ... Eu pensei: ‘Como posso ficar mais parecido com eles?’ Eu acho que definitivamente tirar selfies com frequência e brincar com filtros me fez mais consciente de não estar à altura”, admite.

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Andrew acabou não fazendo nenhum procedimento, mas diz não descartar esse caminho no futuro. A tentação de ‘fazer algo mais’ A médica britânica especialista em estética Shirin Lakhani acredita que há um verdadeiro potencial nocivo nesse fenômeno. Ela percebeu um aumento no número de pacientes que buscam correções após fazerem retoques para parecer mais com suas versões nas selfies. “As redes sociais e as celebridades trazem todos esses procedimentos para os holofotes”, diz ela. “Elas são vistas por um número cada vez maior de pessoas, que não necessariamente podem pagar por eles (os procedimentos médicos) - mas que acabam encontrando quem esteja disposto a

fazê-los por um preço menor”. Mas, alerta ela, “esses são procedimentos que têm de ser realizados por médicos”. As complicações de procedimentos malfeitos são raras, mas reais: entre os efeitos colaterais do botox estão dificuldades respiratórias e visão embaçada. Preenchimentos podem causar infecção e a “migração do enchimento”, quando a substância se move de forma imprevisível do local onde foi injetada e pode chegar a bloquear vasos sanguíneos. Esses riscos são o que fazem Annabelle, uma escocesa de 26 anos, não querer nada além do que preencher os lábios. “Eu venho fazendo isso a cada seis meses e sempre me pergunto: deveria fazer mais alguma coisa? É tentador, especialmente quando posso saber como eu me veria, graças a um filtro no Snap ou

Insta. Mas me preocupo em fazer coisas demais ou que isso saia do controle. Eu acho que você sempre pode perceber quando alguém fez alguma coisa, mas não necessariamente porque ela parece atraente “. A psicóloga Ellen Kenner diz insistir para que as pessoas pensem duas vezes antes de pedirem consultas para fazer preenchimentos, especialmente se a intenção é fazer como um tipo de solução rápida diante de um problema na vida. “A verdadeira autoestima tem a ver com a confiança em sua própria mente para conseguir seus objetivos pessoais”, diz ela. “Isso requer honestidade, pensamento independente e a convicção de que você é capaz e merece alcançar sua própria felicidade.” E esse tipo de confiança em si mesmo não pode lhe dar nenhuma coroa, nem nos filtros nem na realidade.

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Filtros do instagram reproduzem cirúrgias plásticas

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ECONOMIA

Fechamento dos comércios

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Ruas extremamente vazias devido à pandemia Corona-Vírus

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Prefeitura de Rio Preto deve ampliar horário de funcionamento do comércio para o Dia das Mães Decreto prevê que entre esta quinta-feira (6) e o próximo sábado (8) o comércio de rua poderá funcionar das 9h às 18h, o Praça Shopping das 9h às 19h e os demais shoppings das 10h às 20h. Lázaro da Gama Fonte: site.com.br Em: 03/06/21 A Prefeitura de São José do Rio Preto (SP) informou que vai ampliar o horário de funcionamento do comércio a partir desta quinta-feira (6) para atender ao Dia das Mães. Segundo a prefeitura, a ampliação será de até duas horas diárias após um acordo entre a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e as entidades representativas do comércio local. A mudança prevê que, entre esta quinta-feira e o sábado (8), o comércio de rua poderá funcionar das 9h às 18h, o Praça Shopping das 9h às 19h e os demais shop-

pings das 10h às 20h. De acordo com o secretário de Desenvolvimento Jorge Luís de Souza, a ampliação do horário ajudará a evitar aglomerações devido ao grande movimento previsto para as compras do Dia das Mães. A mudança atende a uma reivindicação da Associação Comercial de Rio Preto (Acirp) e do Sindicato do Comércio Varejista de Rio Preto (Sincomércio). A prefeitura informou que aguarda o anúncio da próxima fase do Plano São Paulo.

Ruas do Rio de Janeiro vazias, cenas raríssimas

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Rio de Janeiro libera eventos e comércio com público reduzido Estado prorroga medidas de restrição Libera atividades com limite de lotação www.agenciabrasil.ebc.com.br

Lázaro da Gama Fonte: site.com.br Em: 03/06/21 Foi publicado na edição dessa 3ª feira (4.mai.2021) do Diário Oficial do estado do Rio de Janeiro o Decreto n° 47.594, que prorroga as medidas de restrição para conter a propagação do novo coronavírus até o dia 18 de maio. A situação de emergência no estado foi reconhecida em decreto no dia 16 de março de 2020. Continuam suspensas as atividades de casas de shows, espetáculos, boates e arenas, espaços de recreação e casas de festa infantis. Estão permitidas com restrição de capacidade os eventos de negócios, como feiras, exposições, eventos corporativos, congressos, encontros, semi Comércio se restabelecendo

de atendimento ao público, assim como os shoppings centers. As feiras livres de gêneros alimentícios devem respeitar o distanciamento de 1,5 metro entre as barracas e disponibilizar preparações sanitizantes aos clientes e feirantes. Estão autorizados os sa

nários, conferências e workshops. Também podem ocorrer com capacidade reduzida eventos sociais como casamentos, formaturas, confraternizações e coquetéis, bem como eventos em ambientes abertos como parques e praças. Estão permitidas as atividades esportivas individuais ao ar livre e as de alto rendimento sem a presença de público. Bares, restaurantes, lan chonetes e congêneres podem funcionar com até 40% da capacidade

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lões de beleza e barbearias com agendamento dos clientes, o comércio de rua e galerias, vendedores ambulantes autorizados, hotéis e pousadas e as academias com até 40% da capacidade. Museus, galerias de arte, bibliotecas, cinemas, salas de concerto e zoológicos podem funcionar até as 22h, com planejamento para acesso e saída do público de modo a evitar aglomerações. Estão vedadas as rodas de samba, rodas de rima, atividades em quadras de escolas de samba e nas sedes dos blocos carnavalescos. O uso de máscara é obrigatório em locais públicos, como transporte coletivo, ruas, parques e hospitais, bem como em ambientes privados de acesso público, como supermercados, farmácias e agências bancárias. Permanece suspensa a visita a pacientes com covid-19 internados na rede pública e privada.

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Volta do comércio com público reduzido

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Prefeitura do Rio libera horários de bares e restaurantes, permite praia a qualquer dia e autoriza abertura de casas de espetáculos Regras válidas até 20 de maio entram em vigor em meio ao atraso da vacinação na cidade e ao recorde de casos de Covid em um dia no estado do RJ. Paes diz que cidade vive momento melhor e nega que decreto seja ‘liberou geral’. Lázaro da Gama Fonte: site.com.br Em: 03/06/21 A Prefeitura do Rio decidiu flexibilizar medidas de restrição contra a Covid-19. Um novo decreto foi publicado na manhã desta sexta-feira (7) no Diário Oficial do município, com validade até 20 de maio. As mudanças ocorrem em meio ao atraso da vacinação na capital e ao recorde de casos da doença no estado do RJ (leia mais abaixo). As medidas de flexibilização valem, por exemplo, para bares e

restaurantes, academias, casas de espetáculos e também para ambulantes nas praias (entenda mais abaixo detalhes das novas regras). Apesar de o decreto não citar praias, parques e cachoeiras, segundo a Prefeitura, esses locais passam a ser liberados também nos finais de semana e feriados. Antes, só era permitido frequentar esses espaços nos dias úteis.

Bares retornam ao funcionamento no Rio de Janeiro Trabalho acadêmico válido como AV2 da turma C304D de Editoração Eletrônica da FACHA - 2021/1

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Assim como os bares reabriram os comércio também

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Meditação mindfulness: sua mente tem poder

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SAÚDE

É hora de conhecer e colocar em prática essa técnica cada vez mais prestigiada, que trabalha a atenção no presente e muda a forma de encarar a rotina

Meditação atenção plena

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Carina Mattos Fonte: Zenklub.com.br Em: 18/02/21

no dia a dia. O que é mindfulness? Mindfulness, ou atenção plena, é a prática de se estar no momento presente da maneira mais consciente possível. Ou seja, focar sua atenção em cada movimento, situ-

A falta de atenção no momento presente é algo constante na nossa rotina. Dificilmente estamos 100% atentos às tarefas que estamos executando ou ao que alguém está falando. Parte dessa culpa são dos muitos estímulos que recebemos, mas a técnica mindfulness pode te ajudar a fazer mudanças nesse comportamento. Estudos apontam que nossa mente está dispersa e distraída em nossos pensamentos durante praticamente 47% do tempo. Ou seja, é como se metade da vida estivéssemos pensando no passado e no futuro, e deixando de lado o presente. Não estar com a mente tranquila pode afetar não só a vida pessoal, mas também a profissional da pessoa. Por isso, cada vez mais empresas investem em ações que cuidam da saúde mental dos colaboradores. Além disso, essa falta de foco pode causar outros sintomas e problemas relacionados ao bem-estar, A respiração é fundamental para a meditação como ansiedade e o estresse, além de prejudicar a nossa felicidade com as conquis- ação e respiração. Por isso, você deve deixar de lado tas e momentos presentes. Mindfulness parece complicado, as distrações, pensamentos extermas já se fala muito sobre isso no nos e sentimentos anteriores para trabalho ou em grupos focados intencionalmente sentir, ouvir, viem bem-estar emocional. Por isso, ver plenamente a situação presenexplicaremos como essa prática te. cientificamente comprovada fun- Esse é um exercício intencional, ciona e como você pode aplicá-la pois é preciso dedicação e autorreTrabalho acadêmico válido como AV2 da turma C304D de Editoração Eletrônica da FACHA - 2021/1

gulação por parte de cada pessoa para se alcançar os resultados. Então, podemos dizer que as técnicas de mindfulness são basicamente atividades que conectam ação e pensamento. Além disso, o mindfulness também é conhecido como a Psicologia da Atenção Plena. pexels.com.br Ou seja, onde o psicólogo trabalha a disciplina da mente com o objetivo de aumentar o foco. Quais os benefícios do mindfulness? Mas, afinal, para que serve o mindfulness? Confira os 10 principais benefícios do Mindfulness para a sua saúde e para o seu dia a dia: • Ajuda a desenvolver a inteligência emocional e a empatia; • Aprofunda o seu autoconhecimento; • Aumenta a sua capacidade de concentração; •Contribui para o controle do estresse e da ansiedade; • Reduz os riscos de insônia; • Melhora os seus relacionamentos pessoais; • Reduz o envelhecimento do cérebro; • Aumenta a sua capacidade de memória; • Diminui o impacto de pensamentos negativos; • Incentiva a sua criatividade. Tudo isso pode ser aplicado tanto na vida pessoal quanto na profissional. Por isso, é muito comum entre profissionais e estudantes

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que estão buscando melhorar seu desempenho e performance. Mindfulness e a psicoterapia O mindfulness também pode ser reconhecido como uma vertente entre os tipos de terapias. Isso porque, muitos dos benefícios que listamos que vem a partir da prática podem ajudar no tratamento de transtornos como a ansiedade, síndrome de Burnout e depressão. Mas, a técnica não substitui nenhuma etapa do tratamento, ele é apenas mais uma ferramenta acessível a profissionais da psicologia e psiquiatria. Quem é Jon Kabat-Zinn? Quando você busca na internet sobre Mindfulness, sem dúvidas você irá encontrar referências a Jon Kabat-Zinn. Kabat-Zinn é um médico e professor americano, fundador da Stress Reduction Clinic, em Massachusetts, e um dos pioneiros no desenvolvimento de pesquisas para a experimentação da meditação Mindfulness. A importância de falarmos sobre Kabat-Zinn, além da sua referência como especialista no assunto, é que muitas pessoas têm preconceito com o Mindfulness por acreditarem – erroneamente – que a técnica é associada a religião, como o Budismo. Kabat-Zinn e outros estudiosos, buscam compreender a técnica e não apresentam o Mindfulness como uma meditação comum de práticas religiosas, mas sim de prevenção e redução do estresse.

Aqui a ideia é que você consiga perceber como o ar entra e sai ao realizar a respiração. Com esse exercício, que pode ser feito assim que acordar e ao longo do seu dia, você irá conseguir perceber como ela se altera e como ela interfere em suas ações. O encontro com a sua respiração também é um encontro com você próprio. Exercite a sua capacidade de ouvir Quantas vezes você já não concordou ou discordou de algo que alguém está falando, antes mesmo que essa pessoa termine de falar? O mindfulness propõe que você escute, absorva e pense no que está sendo dito, antes de emitir uma opinião rasa ou superficial.

Faça breves pausas A vida é tão corrida que acabamos esquecendo de absorver as sensações e benefícios do que acabamos pexels.com.br

Repare na sua forma de comer Comer não é apenas o ato de satisfazer algum desejo ou de se manter vivo, por isso, tenha calma ao se alimentar, repare quais os cheiros e texturas daquilo que está te alimentando, cuide da sua mastigação e perceba o trabalho do seu corpo durante a refeição.

7 dicas para praticar o mindfulness Separamos um passo a passo com sete exercícios para você possa experimentar o Mindfulness:

Perceba como você anda Você já reparou como você anda? E como você corre? Durante essa atividade tão rotineira, nem nos damos conta de como estamos pisando, respirando, caminhando ou correndo. O ato de andar parece simples, mas ele envolve diversas partes do seu corpo, então que tal perceber qual a sua atitude?

Preste atenção na respiração

Hábitos rotineiros

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Todo mundo toma banho e escova os dentes todos os dias, mas você já percebeu onde vai o seu pensamento enquanto pratica essas ações? E por que não se concentrar somente em executar essas atividades, sem pensar em outras tarefas passadas ou que ainda nem aconteceram? Perceba o ambiente que você está A vida é convivência diária com múltiplas personalidades, humores e estados de espírito. Por isso, sinta o que está sendo vibrado ao seu redor e tenha respostas mais assertivas.

Concentração na meditação

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de executar e já partimos para a próxima. Ter proatividade ajuda a ter mais dinamismo, mas também nos deixa cegos para comemorar pequenas conquistas ou aprender com possíveis erros.

profissional proativo ou competente, por isso, antes de começar a trabalhar, monte uma lista com as suas prioridades, verifique seus e-mails e a sua agenda de compromissos.

Mindfulness no trabalho: como praticar? Após as dicas mais gerais, que podem ser aplicadas tanto no dia a dia da vida pessoal quanto em breves momentos no trabalho, vamos agora entender de forma mais assertiva como você pode melhorar no trabalho com essa técnica.

Ainda sobre os e-mails A caixa de entrada dos nossos e-mails parece interminável e muitas vezes a tarefa de sempre verificar pode nos distrair de outras atividades que precisamos executar naquele momento. Especialistas dizem que separar apenas dois momentos ao dia para atualizar os e-mails é suficiente, mas, caso isso não se aplique a você, tente criar uma rotina de periodicidade para ler e responder.

Deixe a vida pessoal do lado de fora do trabalho É difícil desvincular os problemas pessoais do tempo que passamos no trabalho, e vice e versa. Mas é de extrema importância para manter a sua atenção plena no momento presente, que você afaste momentaneamente esses pensamentos, para resgatá-los apenas na hora que realmente você puder resolver ou agir, ou seja, após o expediente.

Reuniões mais produtivas Quantas vezes você já não ouviu a frase “essa reunião poderia ser um e-mail”, e isso acontece pela falta de foco e estratégia das pessoas ao

marcarem esses encontros. Facilite o seu tempo e deixe as reuniões mais produtivas estabelecendo prioridades, responsabilidades e tópicos a serem resolvidos. Recarregue as energias A cada uma ou duas horas, ou até quando terminar uma tarefa cansativa, faça pequenas pausas de três a cinco minutos para não sobrecarregar o seu corpo e a sua mente. Aqui vale refazer os exercícios de focar na qualidade da sua respiração que comentamos acima. Como começar a praticar o mindfulness? Além das técnicas mais imediatas que trouxemos como dica por aqui, podemos indicar também que você busque ajuda com o seu terapeuta para que ele te oriente a adaptar essa prática da melhor forma possível na sua rotina.

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Respire fundo Antes de iniciar as suas atividades, reserve cinco a dez minutos para respirar e para entender como está a sua respiração. Isso irá ajudá-lo a trazer calma e concentração para começar as tarefas. Esqueça as distrações Se você sabe que o celular e as rede sociais atrapalham a sua concentração, tente deixar o aparelho de lado. Se a tarefa for realmente difícil de cumprir, basta desativar as notificações durante a execução de suas tarefas. Planeje a sua agenda e tarefas Fazer um monte de tarefas ao mesmo tempo não te torna um

Corpo e mente relaxados

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Especialistas indicam cuidado com alimentação, hidratação e sono regular, além da realização de exercícios físicos e atividades de entretenimento ajudam a fortalecer o sistema imunológico

Temperos que auxiliam no sistema imunológico

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“Nesse momento atípico é preciso adotar hábitos saudáveis, incluindo alimentação equilibrada, hidratação, dormir bem, fazer exercício físico e atividades de entretenimento” Ana Rosa Humia

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Carina Mattos Fonte: Sosvida.com.br Em: 17/04/21 Desde que os casos de Coronavírus começaram a aumentar no Brasil, muitos brasileiros aderiram ao isolamento e até hoje há uma preocupação de como se adaptar a essa rotina sem prejudicar a saúde “Nesse momento atípico é preciso adotar hábitos saudáveis, incluindo alimentação equilibrada, hidratação, dormir bem, fazer exercício físico e atividades de entretenimento”, destaca a médica da S.O.S. Vida Ana Rosa Humia, especialista em saúde da família. O primeiro ponto é reforçar o sistema imunológico, que é responsável pela proteção do organismo mas também ajuda no combate contra vírus e bactérias de forma geral. Uma alimentação saudável contribui com o sistema imunológico, de acordo com a nutricionista da S.O.S. Vida Edneuza Nascimento.. “Isso não vai combater o Coronavírus, mas serve para melhorar a imunidade e diminuir o nível de infecção causada pelo vírus. Caso haja o contágio, o organismo estará mais fortalecido para que não desenvolva formas mais graves da doença”, explica.

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Prato saudável

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Alimentos saudáveis

Tenha uma alimentação saudável A nutricionista orienta a ingestão de comidas de verdade, como frutas, verduras e cereais. “Nesse momento é ainda mais importante manter uma alimentação saudável, evitando industrializados, açúcar, alimentos refinados e embutidos. O recomendável é ingerir alimentos que mais se aproximem da natureza para garantir nutrientes e fibras necessárias para um bom funcionamento do intestino, que é responsável pela absorção de vitaminas. O consumo de industrializados e açúcar poderiam dificultar esse processo”, acrescenta. A orientação é comer três porções de frutas – laranja, acerola, limão, goiaba, abacaxi – diariamente, intercaladas nos três turnos para ampliar o nível de vitamina C no organismo. A ingestão de suco verde também é bem-vinda – couve, abacaxi, limão, raspas de gengibre uma colher de chá de cúrcuma – além de aumentar o consumo de verduras, principalmente as verdes escuras e vermelhas é aconselhável, já que elas são ricas em vitaminas e minerais. Já as amêndoas, nozes, castanha-do-Pará, semente de abóbora (triturada), frango e carne de por-

co são fonte de zinco, mineral que não é produzido pelo corpo, mas que é essencial para o bom funcionamento do sistema nervoso e imunológico, deixando o corpo mais forte para combater as infecções provocadas por vírus, fungos e bactérias. O mesmo benefício ocorre no consumo de alimentos ricos em selênio, que tem alto poder antioxidante e ajuda a prevenir algumas doenças, fortalecendo o corpo. De acordo com a nutricionista, esse mineral é encontrado na castanha-do-Pará, portanto ela indica a ingestão de dois a três unidades desse alimento por dia. Mantenha-se hidratado Outro ponto crucial é manter o ocp.news.com.br

Suco verde

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A importância de se manter hidratado

corpo hidratado, bebendo no mínimo 2 litros de água por dia. “Não espere a sede para beber água, pois ela é um sinal de alerta, quando sentimos sede é uma maneira de nosso corpo avisar que a quantidade de líquidos no organismo já está abaixo do necessário. É importante reabastecermos com frequência, por isso mantenha sempre uma garrafa de água ao alcance da mão”, aconselha a nutricionista. Edneuza explica também que a ingestão de líquidos diários pode ser completada com outras fontes, como sucos da fruta, água de coco, e chás, mas alerta para evitar bebidas açucaradas com refrigerantes e sucos artificiais. “O baixo nível de água no organismo acarreta um menor volume de sangue, o que acaba atrapalhando também o funcionamento do co-

ração e outros órgãos. A desidratação pode causar fraqueza, tontura, dor de cabeça e fadiga”, completa a médica Ana Rosa. Adote hábitos saudáveis Além da alimentação, é essencial cuidar dos hábitos durante o isolamento, como garantir uma boa noite de sono, já que há um impacto no sistema imunológico. A médica da família Ana Rosa Humia também recomenda a realização de exercícios físicos diariamente. “Durante a atividade, o corpo produz endorfina e serotonina, que são neurotransmissores relacionados à sensação de bem-estar, portanto, ajudam a reduzir o estresse e ansiedade, o que é essencial nesse momento de isolamento”, pontua a médica. O exercício pode ser realizado pexels.com.br

dentro de casa ou ao ar livre, caso tenha algum espaço isolado onde mora, evitando contato com outras pessoas e locais que podem ter superfícies contaminadas, como academias. Ana Rosa Humia também reforça a importância de se entreter. “É fundamental se distrair, realizando atividades recreativas dentro de casa e com as pessoas que moram na mesma residência. Quem gosta de cozinhar, mas não tem tempo, pode fazer algumas receitas. Quem tem criança pode jogar ou brincar de teatro de fantoche. Não importa a atividade, o essencial é se ocupar e entreter, o que ajudará a passar o tempo e promover bem-estar”, pontua. Como a orientação é evitar sair da casa, a exposição ao sol é reduzida, o que pode acarretar uma deficiência de vitamina D. Para que isso não ocorra, a nutricionista orienta ficar diariamente na janela ou varanda durante 15 minutos no período de 12 às 14 horas. Ela ressalta que o antebraço é uma área onde há mais absorção do nutriente, portanto é recomendável deixá-lo exposto ao sol nesse momento. A boa nutrição é fundamental para fortalecer o nosso sistema imunológico, ajudando a reduzir a incidência de diferentes infecções, como respiratórias, gastrointestinais, virais ou bacterianas. Um bom estado nutricional não protege contra o novo coronavírus, mas, caso haja o contágio, o organismo estará mais fortalecido. A afirmação é da nutricionista Edneuza Nascimento, que participou da Semana do Cuidado na Atenção Domiciliar com a médica Ana Rosa Humia, especialista em saúde da família.

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Busca por padrões de beleza irreais evidenciam os perigos de procedimentos estéticos invasivos

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Banalização das cirurgias plásticas cria perigosa corrida pelo corpo ideal Brasil é o país com o maior número de intervenções plásticas do mundo; morte da influencer Liliane Amorim após lipo lad acende debate sobre pressão estética Carolina Monteiro fonte: www.otempo.com.br Em:01/02/21 A morte da modelo e influenciadora Liliane Amorim no último dia 24, aos 26 anos, por complicações decorrentes de uma modalidade de cirurgia de lipoaspiração, chamada de “lipo lad” – que teria provocado perfurações no intestino –, acendeu o necessário debate sobre os possíveis riscos de se submeter a procedimentos estéticos na busca por um corpo culturalmente idealizado. Uma discussão especialmente importante no Brasil, país com o maior número de intervenções plásticas do mundo, segundo o levantamento divulgado em dezembro pela Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps, na sigla em inglês). Detalhe: de cerca de 1,5 milhão de pacientes que realizaram esses tratamentos em 2018, as mulheres representam 87,4%. Embalada pelas discussões suscitadas pelo trágico episódio que tirou a vida de Liliane, a empresária e influenciadora Thaynara OG

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decidiu falar sobre a experiência traumática que ela própria enfrentou depois de ter passado por esse mesmo tipo de intervenção. Em suas redes sociais, a maranhense relatou que, por uma intercorrência cirúrgica, teve grande perda de sangue e precisou ser internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). “Eu ficava com muita vergonha, muita culpa. Eu pensava: ‘Poxa, estava boazinha antes e me coloquei nessa situação’”, revelou em conversa com Fátima Bernardes no programa “Encontro”, da Rede Globo. De acordo com levantamento da emissora, nos últimos sete meses, pelo menos nove brasileiras morreram em consequência de procedimentos estéticos que deram errado.

mente as mulheres, e, de outro, a perigosa banalização das cirurgias plásticas. “É adoecedora a forma como é estruturado o ideal de beleza” “A sociedade cobra que a mulher se esforce na busca por se encaixar em padrões de beleza construídos culturalmente, ao longo da história, e que, muitas vezes, são irreais”, pontua a psicóloga especialista em educação e saúde Eliza Carla Sirino Nunes. São efeitos imediatos desse fenômeno a insatisfação em relação ao próprio corpo, que repercute em insegurança, e o desenvolvimento de transtornos diversos, principalmente aqueles relacionados a uma lida conflituosa com a alimentação e com a autoimagem, como a compulsão alimentar, a anorexia e a bulimia. “O caso da Liliane Amorim reflete esse contexto. Mesmo estando muito próxima dos padrões estéticos socialmente cobrados, ela sente que precisa se submeter a uma intervenção cirúrgica, porque o real não basta. É adoecedora Todo esse cenário aponta para dois a forma como é estruturado o ideal principais problemas. De um lado, de beleza”, avalia. há a pressão estética, que atinge a Na avaliação de Eliza, as redes sotodos, mas que afeta fundamental- ciais potencializaram a pressão

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estética. “Hoje, se a gente pega o celular, não sabemos como as pessoas são de verdade, porque estão cobertas por filtros”, sinaliza, fazendo referência às ferramentas muito comuns em aplicativos como o Instagram, focando principalmente o compartilhamento de fotos e de vídeos curtos. “O uso desses recursos vai ficando tão habitual, que pode se tornar difícil para essas pessoas conviver com a própria imagem. Há um recondicionamento do olhar para si mesmo, então a gente passa a acreditar que esse corpo real, tal como ele é, não será aceito, porque a realidade já não é suficiente”, critica. A psicóloga acrescenta que o quadro geral das desigualdades no Brasil faz com que o corpo seja lido como uma possibilidade de ascensão social. “Quando o acesso ao ensino é bloqueado, quando as possibilidades de emancipação são raras, o corpo se torna um capital. E, por isso, vai ser alvo de investimento. Não é à toa que as pessoas têm feito qualquer coisa, até colocar a vida em risco: elas buscam acessar um lugar de aceitação que permita romper com essas barreiras”, examina. “Devemos ter cuidado para não banalizar as cirurgias plásticas” Quando a primeira lipoaspiração foi realizada no Brasil, em um hospital do Rio de Janeiro, nos anos 80, o cirurgião Luiz Haroldo Pereira estava presente. Pioneiro nesse tipo de intervenção, ele é crítico de excessos e da vulgarização desses procedimentos. “Percebo que, hoje, muitas vezes as pessoas se deixam guiar apenas pela fantasia, estão suscetíveis e acabam se guiando pelas redes sociais, por aquelas clínicas que prometem soluções e fazem propaganda

até mesmo enganosa”, observa. Ao mesmo tempo, o membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) garante: “Esses tratamentos são seguros desde que feitos por profissionais habilitados, em pacientes que estão aptos e em ambiente hospitalar adequado”. Pereira demonstra preocupação com a banalização da lipoaspiração, algo que, diz, pode ser percebido ao se observarem os diversos títulos comerciais que a técnica ganha a cada ano. “Há muitos nomes de fantasia. Tivemos, há um tempo, a lipolight e a hidrolipo, que prometiam ser mais simples e que, por isso, poderiam serem feitas em consultórios, o que não é verdade,

(pois) qualquer lipo deve ser feita em ambiente hospitalar, até mesmo para o caso de haver qualquer intercorrência. Houve ainda a lipolaser, da qual ninguém mais fala, porque não funciona”, assevera. Agora, surgem a lipo lad e a lipo hd, que foram lançadas originalmente na Colômbia. “O cirurgião (que criou a técnica), de início, criava ‘gominhos’ falsos, criava uma definição muscular falsa nos pacientes”, observa Pereira, complementando que, hoje, deixou-se de fazer esses desenhos artificiais. “O que se faz atualmente é aspirar muita gordura para realçar a musculatura que a pessoa já possui, mas que estava escondida por essa

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gordurinha localizada. Só que, às vezes, a retirada é tão excessiva que pode haver até mesmo necrose da pele”, informa. O cirurgião avalia que, por ser um método novo, ainda há pouca informação sobre eventuais problemas. Algumas dificuldades, no entanto, já são perceptíveis. “O pós-operatório, no caso de lipoaspiração tradicional, não deve ser complicado. Todo o procedimento, em geral, vai acontecer nessa sequência: a pessoa faz os exames necessários. No dia, se instala no hospital e recebe a anestesia, sendo operada. Ela fica um dia em observação, depois pode se movimentar e ir para casa, onde vai ficar por entre dois e quatro dias. Nesse tempo, deve se alimentar normalmente, hidratar-se bem e usar cinta por três semanas. A drenagem linfática é indicada para desinchar. Em cinco dias não terá mais dor”, pontua. No entanto, “se o profissional quiser definir o músculo, raspando-o, a cirurgia vai ser traumática e acarretará mais dor e por mais tempo”, avisa. “Há muito abuso” O cirurgião Luiz Haroldo Pereira lamenta que sejam recorrentes abusos de diversas ordens, com clínicas oferecendo procedimentos sem ter estrutura adequada, profissionais de especialidades diferentes realizando operações, e outros recorrendo a métodos publicitários apelativos, que contrariam as normas estabelecidas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Vagner Rocha, diretor-secretário da regional mineira da SBCP, concorda. “Eu repreendo veementemente esse tipo de postura”, afirma, fazendo referência ao excesso de publicidade, muitas vezes desleal,

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desses tratamentos. Algo que, aliás, se percebe no relato de Thaynara OG. “Quando eu fiz, tinham me oferecido permuta (em vez de pagar pelo serviço, deveria divulgar o trabalho do médico e da clínica responsáveis)”, contou na entrevista com Fátima Bernardes, sublinhando que este é um recurso muito comum no mercado das influenciadoras. “(Mas não aceitei), porque eu sei como essa indústria de cirurgia plástica contribui para aumentar a pressão estética, tanto é que eu, que trabalho com isso, fui influenciada e tomei essa decisão de fazer com um médico que eu não conhecia, porque eu queria aquilo que estava vendo nas fotos, sendo que cirurgia plástica é muito do que a gente fantasia em torno dela”, completou. Ocorre que, além de contribuir para a pressão estética, esse tipo de publicidade é vetado pelo CFM e pelo SBCP, como informaram os cirurgiões ouvidos pela reportagem. Também são proibidas as divulgações de fotos de antes e depois. “Isso porque há grande chance de propaganda tendenciosa, já que o profissional vai colocar ali apenas os seus melhores trabalhos, criando uma ilusão no paciente”, explica Rocha.

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Especialistas alertam sobre os riscos da harmonização facial A administração errada do produto pode levar a necrose do tecido, provocada pela quantidade excessiva de preenchimento de uma só vez, em uma área de risco perto da artéria Carolina Monteiro Fonte: www.folhavitoria.com Em:16/11/20 No ano passado, em relatório publicado pela Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica, o Brasil ficou em segundo lugar no ranking de procedimentos estéticos no mundo todo, atrás apenas dos Estados Unidos. Em alta na estética, a harmonização facial é indicada para trazer mais simetria ao rosto da paciente. Mas diariamente a mídia mostra casos do procedimento que deram errado pela má administração do produto.

Harmonização facial Lucas Lucco

O caso mais recente foi do cantor Lucas Lucco que passou pelo procedimento, que injetou ácido hialurônico em pontos do rosto (como queixo, maxilar, têmporas) para dar volume e mudar a aparência, e não gostou do resultado final. Antes de realizar a harmonização é importante que o paciente se informe sobre o procedimento e todos os riscos relacionados à técnica, segundo o cirurgião plástico Humberto Pinto. “É muito importante que a harmonização fácil seja

realizada por um cirurgião plástico ou um dermatologista”, afirma. A administração errada do produto pode levar a necrose do tecido, provocada pela quantidade excessiva de preenchimento de uma só vez, em uma área de risco perto da artéria. Esses casos acontecem quando existem chances dos preenchedores obstruir o fluxo sanguíneo local gerando a necrose. O cirurgião plástico alerta para os cuidados que devem ser tomados na hora de escolher o profissional para evitar esses contratempos. “Este procedimento é excelente quando bem indicado, mas a realização por profissionais não médicos leva a uma banalização perigosa, principalmente neste momento que estamos vivendo, pois as possíveis complicações somente os médicos estão habilitados a tratar”,

completa Humberto Pinto. Preservar os traços Já a dermatologista Irene Baldi reforça a complexidade do procedimento e a importância de estudar as feições individuais. “Nem toda mandíbula precisa ser quadrada,

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nem todo lábio precisa ser volumoso e nem todo nariz precisa ser fino e arrebitado para o rosto ser belo e atraente”, diz Irene. “As pessoas têm traços harmônicos, que podem ser ressaltados por meio de procedimentos, e podem ser feitas também eventuais correções no que está em desarmonia ou no que incomoda o paciente”, completa ela, que é a favor da diversidade e da beleza realçada, não da beleza montada e espelhada em celebridades. A busca para sanar imperfeições e harmonizar a face estão entre as principais queixas, segundo a dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) Karina Mazzini. A médica alerta para os cuidados com a manipulação do produto. “Muitas vezes a dosagem do produto acaba ultrapassando a quantidade necessária para um efeito natural, o que pode gerar uma perda das características do paciente, como a simetria do rosto, e ao mesmo tempo gerar grandes riscos e efeitos colaterais, graves, ocasionando até a deformação da face”, ressalta. Karina pondera também sobre o padrão de harmonização aplicado em rostos diferentes, sem uma avaliação específica para cada um. “Por isso é importante buscar um profissional médico qualificado e habilitado, que vai estabelecer critérios e vai preservar as características da pessoa no procedimento”, diz.

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Cresce o número de hamonização facial no Brasil

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Riscos da harmonização facial

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Fim dos testes em animais na china mocacriada.com.br

Os diversos anteprojetos de implementação da nova regulamentação chinesa sobre cosméticos já deixavam entrever o fim dessa exigência. A notícia agora é oficial: as Provisões para a Gestão do Registro de Cosméticos e Dossiês de Notificação (Provisions for Management of Cosmetic Registration and Notification Dossiers), publicadas em 4 de março deste ano pela NMPA (National Medical Products Administration), estipulam que os produtos cosméticos considerados “de uso comum” poderão ser importados pela China sem que precisem ser submetidos previamente a testes em animais. A regulamentação chinesa sobre cosméticos distingue duas categorias de produtos: os cosméticos “de uso especial” e os cosméticos “de uso comum”. Entre os cosméticos “de uso especial” estão tinturas capilares, soluções para permanentes, clareadores cutâneos, tratamentos contra manchas, protetores solares, produtos contra a queda de cabelos e quaisquer itens que venham a ser classificados em “novas categorias de eficácia”. Todos os demais produtos definidos como cosméticos segundo a Cosmetic Supervision and Administration Regulation (CSAR) são considerados de “uso comum”. A dispensa de realização de testes com animais abrange, portanto, a maioria dos cosméticos importados pela China. Ainda não é o completo fim dos testes: “É um processo de transição. Desde 1938, o teste

Coelho, animal usado para testes

de cosméticos em animais era obrigatório no mundo inteiro, algo que foi mudando com o passar das décadas, e o primeiro passo sempre foi derrubar esta obrigatoriedade”, explica Carlos Praes, responsável por pesquisa e desenvolvimento da Sallve. “Depois passou a se tornar obrigatório não testar em animais em alguns países (ou em estados americanos, como a Califórnia). Essa proibição deve alcançar todo o mundo eventualmente. Na China, por enquanto, ainda estamos no primeiro processo de transição para o fim absoluto dos testes em animais no país.” “Pense em produtos finalizados, como paletas de sombras ou pó compacto. Quando chegam na China, eles precisam ser testados em animais antes de serem comercializados nas lojas do país mesmo que a marca já tenha feito todos os testes anteriormente”, explica Julia Petit, sobre o mercado de cosméticos chinês. “Para qualquer país que você queira ex-

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portar seu produto cosmético, o órgão regulador local analisa seu produto antes de comercializá-lo. A China faz testes físicos em animais. Aqui no Brasil por exemplo, a Anvisa analisa a lista de ingredientes, e até testa o produto, mas não em animais”, completa. A importância do mercado chinês Para muitas marcas, abrir mão do mercado chinês é impensável: afinal de contas, ele é avaliado em US$ 33 bilhões. Sendo assim, mesmo que elas não testem em animais em seus laboratórios próprios, elas acabavam se dobrando às políticas de importação da China. Quando o fim desta obrigatoriedade de testes em animais para que cosméticos sejam comercializados na China finalmente chegar, muitas marcas que já não testavam passam a ser

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Qual é o impacto do fim da obrigatoriedade no futuro? Para Julia, o passo é importante para um futuro em que os testes em animais sejam completamente banidos da indústria de cosméticos: “O mercado chinês é a última desculpa para justificar testes. As marcas que ainda testam acabam se apoiando nesta justificativa da China, usando isso como desculpa para não olhar para sua própria cadeia de produção. Tirando essa obrigatoriedade, não há mais qualquer justificativa científica para testar cosméticos em animais”. Outro impacto importante na indústria de cosméticos é que agora o mercado chinês, tão poderoso, abre suas portas linhas cruelty free locais, já em sintonia com a demanda mundial. A ONG internacional de direitos dos animais Cruelty Free International comemorou o “passo importante” para o fim de testes em animais no mundo inteiro: “Essa garantia das autoridades chinesas de que os testes em animais não são mais uma prática normal para produtos cosméticos nacionais é um passo gigantesco na direção certa, e muitíssimo bem-vindo”. A decisão da China vem na cola do posicionamento da Austrália no começo deste ano. A nova lei local rejeita qualquer teste em animal como evidência de

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elegíveis para estampar o selo de cruelty-free em suas embalagens. “Muitas empresas já não testam mais. As que testam ainda usam métodos muito antigos, já que hoje em dia há diversas alternativas para este tipo de prática. A questão é mesmo essa obrigatoriedade em laboratórios chineses”, esclarece Julia.

Animal representado como mercadoria

segurança de um produto para uso, forçando todas as marcas a desenvolverem outros métodos. A União Europeia, por sua vez, baniu os testes em animais de seus territórios desde 2013, enquanto aqui no Brasil sete estados já proibiram a prática e um projeto de lei está em processo na câmara legislativa. Apenas o primeiro passo É preciso manter em mente porém que este é apenas um passo, e outras circunstâncias de mercado ainda podem exigir testes em animais de cosméticos já comercializados na China, como por exemplo reclamações de consumidores, e para Carlos Praes, a iniciativa é meramente comercial: “Eles estão querendo sentir o mercado. Ao mesmo tempo, se produzir na China não exige mais testes em animais mas exportar para o país sim, isso pode atingir gigantes do mercado de cosméticos, que andam se movimentando para tirar suas fábricas do país para atrair consumidores. É muito mais uma barreira comercial

do que algo ideológico, humanitário ou científico.” Dados da Euromonitor revelam que as vendas totais de varejo de produtos para a pele e maquiagem na China atingiram RMB186,7 bilhões e RMB34,4 bilhões, respectivamente, em 2017, alcançando um crescimento de 10,3% e 21,3% ano a ano, respectivamente A indústria é um grande negócio no mercado de beleza em rápido crescimento da China – 13,7 milhões de pessoas usam os tratamentos, e isso pode ser apenas o começo. A previsão é de chegar a 25,5 milhões até 2023, elevando o mercado para 311,5 bilhões de yuans, de acordo com relatório da iResearch. Globalmente, o negócio gerou US$ 86,2 bilhões em receita no ano passado e deve aumentar a um ritmo anual de quase 10% até 2028, segundo estimativas da Grand View Research. Isso contrasta com as vendas das empresas de cosméticos, que caíram no ano passado com a pandemia e as regras de distanciamento social dificultando a necessidade de maquiagem.

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Mercado da beleza apresenta novas tendências para 2021

Produtos que ajudam a promover o bem-estar e marcas que proporcionam boa experiência do cliente na compra online são tendências que guiarão o setor O mercado da beleza é uma das categorias de maior e mais rápido crescimento no varejo global. De acordo com o Ranking Mundial de Consumo de HPPC da Abihpec/ Euromonitor, o Brasil é o quarto maior mercado de beleza e cuidados pessoais do mundo, ficando atrás apenas para os Estados Unidos, China e Japão. A pandemia impulsionou ainda mais a busca por produtos para cuidados com a pele, principalmente os comprados pela internet. Segundo estudo feito pela agência Corebiz, de São Paulo, o faturamento do comércio eletrônico de cosméticos, a nível nacional, cresceu 68%, entre 1º de março e 14 de junho de 2020. Outro levantamento, feito pelo GetNinjas, aplicativo de contratação de serviços na América Latina, apontou que a demanda pela categoria Moda e Beleza contabilizou mais de 200 mil solicitações em 2020. O número representa um aumento de 54% nas buscas em comparação com 2019. Mas quais são as razões responsáveis pelo crescimento desse mercado mesmo em meio à crise global? E quais serão as tendências do mercado da beleza em 2021? Uma conversa entre José Paulo Pereira Silva, CEO do Grupo Ideal Trends, e Liliane Oliveira, química e diretora técnica da Anne Caroline Global, empresa de dermocosméticos do Grupo Ideal Trends, abordou o futuro do mercado da beleza e sobre os novos hábitos trazidos pela pandemia que devem continuar em alta

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Pesquisa internacional sobre testes em animais

mesmo após a crise. Para os especialistas, claramente, o impacto da Covid-19 trouxe enormes mudanças, mais significativamente no crescente interesse em saúde e bem-estar. Conforme Liliane, o ano de 2020 desencadeou uma readaptação do comportamento do consumidor e da indústria também. “O setor de cosméticos tradicionalmente cresce na crise. No ano passado, mesmo em meio ao isolamento, os serviços de beleza apresentaram aumento, deixando o setor no azul. Os consumidores são movidos agora por novos hábitos de consumo, como o de comprar online, que devem continuar mesmo depois que a pandemia acabar”, afirma.

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Liliane também diz que o fato de as pessoas passarem mais tempo em casa foi um fator impulsionador desse mercado. “O ato de cuidar de nós mesmos traz conforto e é importante para manter a saúde mental em tempos desafiadores. Por estar em casa e ter mais tempo, o comportamento do consumidor do setor da beleza está cada vez mais interligado ao bem-estar e ao autocuidado. Por isso, marcas como a Anne Caroline Global prezam cada vez mais por produtos com fórmulas inovadoras e naturais que protegem e combatem o estresse. Isso inspira confiança e agrega valor para os consumidores”, revela. Para José Paulo, presidente da Anne Caroline Global, o cenário

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da beleza é bastante positivo. “As pessoas estão buscando se cuidar mais, e os dermocosméticos se destacam, pois são tratamentos de beleza e saúde, trazendo mais resultados que os cosméticos comuns”, afirma. O bem-estar se tornou uma parte importante da beleza e a pandemia impulsionou o conceito de saúde holística, com foco no bem-estar mental. Uma pesquisa desenvolvida pela empresa americana Mintel descobriu que 38% das mulheres nos Estados Unidos, com idades entre 25 e 34 anos, estão interessadas em produtos de beleza que reduzem o estresse e a ansiedade Tendências online em ação Em meio a um cenário de compras quase que exclusivamente feitas por meio online, o caminho do sucesso é proporcionar ao

consumidor uma boa experiência. Conforme José Paulo, os consumidores estão mais confortáveis comprando produtos de beleza online do que nos últimos anos, e isso está preparando o terreno para as marcas criarem novas estratégias robustas para envolver o consumidor no e-commerce. Apesar da crise de covid-19, da queda do PIB do país e das atuais turbulências políticas, o segmento de produtos naturais da indústria brasileira de beleza cresceu 10% em 2020, um nível idêntico ao de 2019. Em razão da epidemia de covid-19, os brasileiros reforçaram os hábitos em matéria de higiene, gerando Apesar da crise de covid-19, da queda do PIB do país e das atuais turbulências políticas, o segmento de produtos naturais da indústria brasileira de beleza cresceu 10% em 2020, um nível

idêntico ao de 2019. Em razão da epidemia de covid-19, os brasileiros reforçaram os hábitos em matéria de higiene, gerando um crescimento anual surpreendente: 5,8% (valores ex-factory) nas vendas de produtos cosméticos e de higiene, segundo a ABIHPEC (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos). Com o isolamento social e as medidas de precaução para evitar o contágio, os consumidores brasileiros deram atenção ainda maior ao bem-estar e aos cuidados pessoais. Esse comportamento gerou aumento da demanda em diversas categorias, por exemplo na de máscaras e tratamentos faciais, bem como na de produtos para higienização e hidratação das mãos e do corpo, afirma a Kline em um recente relatório. Com o isolamento social e as me-

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cosmeéicos naturais

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frascos de cosméticos

didas de precaução para evitar o contágio, os consumidores brasileiros deram atenção ainda maior ao bem-estar e aos cuidados pessoais. Esse comportamento gerou aumento da demanda em diversas categorias, por exemplo na de máscaras e tratamentos faciais, bem como na de produtos para higienização e hidratação das mãos e do corpo, afirma a Kline em um recente relatório. Os últimos anos presenciaram o crescimento da oferta de produtos veganos no mercado brasileiro. Surgiram micro e pequenas empresas especializadas, as prateleiras de supermercados e farmácias foram abastecidas com marcas estrangeiras e nacionais focadas em uma produção mais consciente e sustentável. Players internacionais mantêm seus olhos

atentos à oportunidade de investir no Brasil, o quarto colocado no ranking mundial de consumo de HPPC (higiene pessoal, perfumaria e cosméticos), ficando atrás apenas de Estados Unidos, China e Japão. O Brasil participa com aproximadamente 6,2% no mercado global, com faturamento na casa dos US$ 30 bilhões. a ebulição desse setor, é importante entender a diferença entre as denominações dos produtos e não cair no conto do greenwashing (sustentabilidade fake). Os veganos usam ingredientes sintéticos para fugir da exploração animal, mas não significa que são orgânicos (quando 100% dos ingredientes são naturais). Aproximar o público da experiência e do entendimento do que está por trás da criação dos produtos é o objetivo de Patricia Lima, cria-

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dora da Simple Organic. A publicitária, que trabalhava com moda, decidiu mudar o estilo de vida caótico e workaholic ao engravidar. Do universo das agências até a fundação da Simple, foram três anos de transição, entre pesquisas e prospecção de fornecedores. Hoje, a marca é a primeira brasileira a conquistar os selos Eu Reciclo e Lixo Zero. Além disso, Patricia revolucionou o conceito das lojas, transformando-as em laboratórios. “Não queria loja com cara de loja. Queria a cliente se sentindo em casa. A ideia evoluiu conforme fizemos encontros e oficinas”, conta a fundadora. “Montamos uma biblioteca de matérias-primas para as pessoas entenderem o que envolve cada passo, cada textura, para que serve cada componente. A curiosidade é muito grande, e

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Campanha para o fim da crueldade

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Crossfit: O que é e seus benefícios O treino combina diferentes exercícios e proporciona um condicionamento físico completo 94

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Mat Fraser, atleta campeão do CrossFit Games Trabalho acadêmico válido como AV2 da turma C304D de Editoração Eletrônica da FACHA - 2021/1

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Cleo Bessa Pequeno Fonte: minhavida.com.br Em: 15/03/21 O CrossFit surgiu nos Estados Unidos na década de 1990 e chamou a atenção até de academias de treinamento de oficiais das forças armadas americanas. Ele é um esporte derivado de vários outros, como atletismo, ginástica olímpica e levantamento de peso. O resultado da combinação de diferentes exercícios é um condicionamento físico completo - com uma grande redução de gordura corporal e a regularidade em manter uma ótima forma. Para ter mais força muscular, é preciso fazer musculação. Quem

quer flexibilidade, faz aulas de alongamento. Já quem quer melhorar a capacidade respiratória, busca a natação. Não seria melhor fazer um só treino que combine todos os benefícios para o corpo de uma só vez? Este é o objetivo do CrossFit. A prática consiste na realização de exercícios funcionais que combinam força, resistência cardiovascular e respiratória, agilidade e flexibilidade entre si. São treinos de alta intensidade com tempo médio entre 40 e 60 minutos, levando o corpo ao seu extremo e desafiando seus limites. O treino é composto por três partes: Aquecimento (preparo do

corpo), técnica (como executar os movimentos) e WOD (Workout of the Day, ou “missão do dia”). Além da parte física, o treino também leva ao esgotamento mental e psicológico, trabalhando as percepções de limite do próprio corpo. É muito comum ouvir de um aluno após o treino de crossfit que está surpreso com a sua própria desenvoltura. Benefícios da atividade 1. CrossFit emagrece: Os exercícios de alta intensidade fazem com que o corpo precise queimar as suas reservas de energia, que estão armazenadas em forma de gordura. Não é comum games.crossfit.com

Haley Adams, a mais jovem atleta do Games 2020

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forma, o seu corpo e a sua mente são sempre desafiados. 6. Autoconfiança: Os desafios impostos durante o treino ajudam os praticantes a conhecer e ampliar seus limites, transferindo essa melhora para sua vida esportiva, pessoal e profissional. 7. Trabalha aptidões físicas: Um bom treino trabalha resistência cardiovascular e respiratória, resistência muscular, força, potên-

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cia, precisão, agilidade, coordenação, flexibilidade e equilíbrio. 8. Corpo preparado para diversas situações: Os exercícios funcionais utilizados no CrossFit podem se relacionar aos movimentos que utilizamos no dia a dia: correr para pegar um ônibus, abaixar e levantar um objeto do chão, carregar compras do supermercado, subir e pegar algum objeto do alto do armário, etc. De uma forma mais lúdica, games.crossfit.com

Ninguém para Tia Toomey, tetra campeã do CrossFit Games

a prática do CrossFit com o uso de monitores cardíacos, mas existem estimativas de que o gasto seja de 800 a 1500 calorias durante um treino, dependendo da proposta do dia. 2. Constrói músculos: Você tonifica e define os músculos de forma até mais eficiente do que em uma academia convencional. O treinamento funcional do CrossFit trabalha vários grupos musculares em cada exercício, além de utilizar apenas alguns acessórios para a execução dos movimentos em vez de aparelhos de musculação. 3. Resultados mais rápidos: Segundo algumas pesquisas, um treino em alta intensidade alcança resultados mais rápidos do que um treino de intensidade menor, no que diz respeito à queima de gordura e ao ganho de condicionamento físico. 4. Reduz o estresse: Por ser intenso e diferente a cada dia, o treino exige que você esteja 100% com o corpo e a mente concentrados no exercício. Não há espaço para outras preocupações, como trabalho, compromissos etc. Além disso, a energia acumulada pela tensão dos compromissos do dia a dia é liberada ao realizar os exercícios de alta intensidade. Como resultado, você vai para casa após o treino com a mente mais relaxada e o corpo livre de tensões do estresse. 5. Diversidade de exercícios: A grande maioria dos treinos de musculação nas academias convencionais costuma ser sempre do mesmo jeito: durante muito tempo você realiza os mesmos movimentos, nos mesmos aparelhos e com a mesma sequência. No CrossFit, os treinos mudam todo dia, tanto a sequência quanto o tipo de exercício realizado. Dessa

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você pratica esses movimentos durante o treino e consegue melhorar a sua condição física para realizar as tarefas rotineiras. Riscos do CrossFit: É preciso conhecer os limites do corpo primeiramente antes de embarcar em uma modalidade como esta. Todo esporte pode ter lesão, uns com mais riscos que os outros. Os desafios são perigosos. O treinador bem preparado é fundamental para que os alunos evo-

luam em treinamento progressivo, até alcançar condições de praticar atividades de alta intensidade e sem cometer o erro de exagerar. De acordo com um estudo realizado no Reino Unido, a frequência de lesões no crossfit acontece por conta da realização de exercícios de alta complexidade e por realização deles até a fadiga. O estudo aplicou um questionário a 132 participantes dessa modalidade de treinamento com a intenção de avaliar o índice de lesões. Cerca de games.crossfit.com

3/4 das pessoas relataram lesões nos ombros e na coluna. Nove deles relataram a necessidade de cirurgia após a lesão. Segundo estudo brasileiro conduzido por pesquisadores da Santa Casa de São Paulo e publicado na revista Orthopaedic Journal of Sports Medicine, a chance de lesão no CrossFit está intimamente associada ao nível de envolvimento do professor. O mesmo estudo concluiu que comparado a outros esportes, ainda é considerado um esporte inofensivo. Porém, segundo o texto de Bruno Smirmaul, mestre em Biodinâmica do Movimento e Esporte pela UNICAMP e doutor em Atividade Física e Saúde pela UNESP de Rio Claro, no portal EFBE (Educação Física Baseada em Evidências), é preciso ter cautela com as comparações. “As comparações com outros esportes/atividades são apenas preliminares, devido a características como o tipo de população normalmente envolvida em cada tipo de esporte/atividade (nível de treinamento e experiência prévia, por exemplo), a não diferenciação de treinamentos ou competições (competições acarretam em maior número de lesões), a gravidade das lesões ocorridas em cada esporte/atividade, dentre outros fatores metodológicos de cada estudo”, alerta Smirmaul.

Atleta realizando o movimento de Handstand Walk

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Consulte um médico para obter a liberação para a prática do crossfit antes de começar as aulas. Além disso, procure se informar sobre as qualificações dos profissionais de educação física que ministram as aulas na academia escolhida e avalie as condições de infraestrutura e dos aparelhos antes de realizar sua matrícula.

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Benefícios da Yoga para a saúde Potencializa sua energia, promove a saúde física e mental, aumenta a imunidade e vitalidade

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Prática guiada de yoga dentro de casa

Cleo Bessa Pequeno Fonte: tuasaude.com Em: 10/03/20 O Yoga é uma prática que tem como objetivo trabalhar o corpo e a mente de forma interligada, com exercícios que auxiliam para o controle do estresse, ansiedade, dores no corpo e na coluna, além de melhorar o equilíbrio e promover a sensação de bem-estar e a disposição, podendo ser praticada por homens, mulheres, crianças e idosos. Para ter todos os benefícios do Yoga, são necessários pelo menos 3 meses de prática, pois à medida

que a pessoa vai praticando a atividade, consegue ter maior consciência corporal e passa a controlar melhor a mente para que ela influencie o corpo e, assim, todo o organismo trabalhe de forma harmônica e equilibrada. Alguns dos benefícios do Yoga para a saúde 1. Diminui o estresse e ansiedade: A meditação praticada no Yoga faz com que a pessoa se concentre no presente, desocupando a mente de problemas do passado ou futuro, o que proporciona equilíbrio emocional, sensação de paz interior, bem-estar e equilíbrio da

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mente para as situações do dia a dia. Além disto, também ajuda no tratamento da depressão, devido à sensação de relaxamento, com aumento da autoconfiança, otimismo, concentração, diminuição da irritabilidade e melhora das relações interpessoais. 2. Promove condicionamento físico: Os exercícios, técnicas e posturas desta atividade podem melhorar a resistência e fortalecimento dos músculos, de forma mais ou menos intensa, a depender do estilo e modalidade do Yoga praticado. Isto ajuda a melhorar o desempenho do corpo para atividades físicas e tarefas diárias, aumenta

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a massa magra e deixa o corpo em forma, com maior definição e músculos tonificados. 3. Facilita o emagrecimento: Um dos principais motivos que a prática do Yoga causa perda de peso é devido ao controle da ansiedade e vontade de comer, diminuindo a quantidade de calorias consumidas no dia. Os exercícios e posições realizados também auxiliam na perda de gordura, mas isto varia de acordo com o estilo praticado, menos nos mais tranquilos, como Iyengar ou Tantra Yoga, ou mais nos dinâmicos, como Ashtanga ou Power Yoga, por exemplo. 4. Alivia dores corporais: Com o Yoga, a pessoa passa a ter maior consciência corporal, o que significa que ela terá maior percepção da postura, da

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forma como anda, como senta e sinais de tensão muscular. Desta forma, é possível corrigir alterações, como contraturas, para que qualquer alteração seja resolvida e a estrutura muscular fique relaxada, sem causar danos à coluna e articulações do corpo. Os exercícios de postura e alongamento também ajudam a liberar a tensão e dar flexibilidade aos músculos, aliviando dores causadas por escoliose, hérnia de disco, fibromialgia e contraturas musculares, por exemplo. 5. Controla a pressão e os batimentos cardíacos: O Yoga proporciona melhora do funcionamento do coração e pulmões, pois regula o sistema nervoso e melhora a circulação sanguínea, batimentos do coração, pressão arterial, além de

equilibrar o sistema endócrino, controlando os níveis de hormônios do estresse, como cortisol e adrenalina. A capacidade respiratória também melhora, devido aos exercícios de expansão dos pulmões e controle da respiração. Desta forma, o Yoga melhora o condicionamento físico, mas de forma diferente dos exercícios físicos convencionais, como musculação ou esportes. 6. Melhora o sono: Além de causar relaxamento e tranquilidade, facilitando uma boa noite de sono, o Yoga aumenta a produção de melatonina, hormônio que regula o ciclo do sono, deixando-o com mais qualidade e profundidade. Ter o corpo mais relaxado também faz com que o descanso seja melhor à noite, proporcionando mais energia e

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disposição no dia seguinte. 7. Melhora o prazer no contato íntimo: O desempenho sexual também pode melhorar com o Yoga, pois o casal passa a ter maior sensibilidade durante o contato íntimo, devido a maior capacidade de relaxar e ter melhor receptividade ao parceiro. Além disso, com o controle da concentração e alívio da ansiedade, problemas como dificuldade para atingir o orgasmo, disfunção erétil e ejaculação precoce podem ser controlados. Benefícios na saúde dos idosos Pessoas da terceira idade podem se beneficiar muito com a prática desta atividade, pois fortalece os músculos, alivia de dores pelo corpo, melhora o equilíbrio, flexibilidade e atenção. O controle da

pressão, dos batimentos cardíacos e da respiração, também são efeitos do Yoga que podem trazer melhor qualidade de vida e bem-estar aos idosos, além de ajudar a controlar doenças como pressão alta, diabetes e colesterol alto. É importante lembrar que os exercícios praticados nesta atividade devem ser adaptados às condições e necessidades de cada pessoa, para que sejam feitos de forma natural e de acordo com os benefícios que a pessoa procura, evitando, assim, lesões, torções ou sensação de desestímulo. Benefícios para as gestantes Além de ser benéfico para qualquer mulher, o Yoga também pode trazer grandes benefícios durante a gravidez, pois melhora a flexibilidade e facilita a adapta-

ção às mudanças do corpo neste período, tonificando os músculos, alongando articulações, e tornando a gestação menos dolorosa e tensa. Além disto, os movimentos respiratórios também ficam mais sincronizados, diminuindo a sensação de falta de ar que acontece nos períodos finais da gestação. Já o relaxamento proporcionado por estar atividade também pode diminuir a ansiedade e a preocupação, muito comuns em gestantes, fazendo com que a mulher esteja mais tranquila, e facilitando o desenvolvimento do bebê de forma saudável. Neste período, a prática de exercícios físicos deve ser orientada por um profissional de saúde e liberada pelo obstetra, devendo ser, de preferência, de forma leve e relaxante. freepik.com

Yoga para todas as idades Trabalho acadêmico válido como AV2 da turma C304D de Editoração Eletrônica da FACHA - 2021/1

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Lil Nas X lança novo single “SUN GOES DOWN” Música chega acompanhada de clipe oficial www.madamenoire.com

Rapper é um dos principais destaques do movimento hip hop atualmente

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ENTRETENIMENTO images.transistor.fm

Capa oficial do novo single de Lil Nas X

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media.them.us

Artista iniciou sua trajetória no rap em 2019

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arcpublishing.com

A nova canção já alcançou 17 milhões de streams no Spotify

João Terra Fonte: br.nacaodamusica.com Em: 21.05.21 Dando sequência aos seus lançamentos, o rapper estadunidense Lil Nas X disponibilizou, em todas as plataformas digitais nesta sexta-feira (21), a nova música “SUN GOES DOWN”. O single ganhou um videoclipe oficial, postado no canal do artista no YouTube. O registro audiovisual apresenta o cantor revisitando o passado,

acompanhando sua versão mais nova durante a rotina antes da fama, sendo possível ver as dificuldades que o protagonista enfrentava nos períodos anteriores ao sucesso no meio artístico. O rapper participou ativamente do processo de produção da obra, assinando tanto como diretor quanto como roteirista. A nova música é a segunda a ser lançada por Lil Nas X em 2021, sucedendo a aclamada “MONTERO (Call Me By Your Name)”.

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Tal canção conquistou feitos enormes, como estrear em primeiro lugar na Billboard Hot 100 e atingir o topo dos charts no Reino Unido. Além disso, o trabalho gerou bastante polêmica também, chegando a correr o risco de até mesmo ser excluído das plataformas de streaming. Contudo, recentemente foi noticiado que a faixa retornou à primeira posição da Billboard Global 200 e também da Billboard Global Excl. U.S.

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BK estreia novo selo com a música “Dinheiro, Poder, Respeito”

Carioca é um dos principais nomes da cena do rap nacional atualmente

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aurculture.com

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João Terra Fonte: portalrapmais.com Em: 20.05.21 O rapper carioca BK liberou nesta quinta-feira (20) sua nova música. Chamada de “Dinheiro, Poder, Respeito”, a faixa marca um novo momento da carreira do artista, que saiu do selo Pirâmide Perdida e fundou o Gigantes. Este é o primeiro lançamento com sua nova marca. Com produção de JXNV$, “Dinheiro, Poder, Respeito” chega acompanhada de um videoclipe gravado nas ruas da Lapa, bairro do Rio de Janeiro, e com a direção de Sandiego Fernandes. No visual, o artista aparece rodeado de seus amigos do coletivo Bloco 7 en-

quanto se divertem pelas famosas ruas da região. “Meus amados, ‘Dinheiro, Poder, Respeito’ significa agora um início de uma nova fase, certo? Ela vem abrindo os caminhos e abençoando porque agora BK está com seu próprio selo, que é o Gigantes. Então, tudo meu agora será produzido e trabalhado pelo Gigantes, que é o meu próprio selo. Não faço mais parte do selo que fazia antes, certo, tropa? Agora é outro momento e caminhada nova. Conto com o apoio de geral nesse novo corre.”, publicou o artista em seu perfil no Instagram antes de lançar a nova música. A faixa já está disponível em todas as plataformas, enquanto é possível conferir o clipe no YouTube.

siterg.uol.com.br

Rapper tem 32 anos

contrateartistas.com.br

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BK em show no festival Lollapalooza 2019Trabalho acadêmico válido como AV2 da turma C304D de Editoração Eletrônica da FACHA - 2021/1


Mais um disco está por vir?

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Ainda não se sabe se o carioca está planejando lançar um novo álbum em 2021. O rapper já acumula dois discos de estúdio em sua carreira, sendo eles “Castelos & Ruínas” (2016), “Gigantes” (2018) e “O Líder em Movimento” (2020). “Dinheiro, Poder, Respeito” é o começo de uma nova fase na trajetória de BK na cena do rap nacional, e um novo projeto é algo comum de se ver em artistas que passam por momentos como este. Além dos álbuns citados, o rapper apresenta também em sua discografia os dois volumes em EP do projeto “Antes dos Gigantes Chegarem”, amboa liberados oficialmente em 2017. Anteriormente à sua caminhada solo, BK integrou o grupo Nectar Gang, além de fazer parte do coletivo Pirâmide Perdida.

Capa oficial de “O Líder em Movimento”

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Capa oficial de “Gigantes”

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Capa oficial de “Castelos & Ruínas”

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Como Invencível se destaca entre as produções de super-heróis Robert Kirkman, Gillian Jacobs e Zazie Beetz revelam ao Omelete o segredo do sucesso da animação www.pipocasclub.com.br

Cena de “Invencível”

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Ana Beatriz Martins De Souza Fonte: www.omelete.com.br Em: 27.04.21 Se há um gênero que ganhou espaço no cinema e na TV nos últimos anos, certamente é o de super-heróis. Após uma explosão nos anos 2000, hoje eles são o carro chefe de estúdios, que investem em produções que vão desde o heroísmo tradicional - como o Universo Marvel -, até aqueles que chegaram para subverter tudo, como a série The Boys. Se por um lado investir em heróis é (quase) certeza de lucro certo, como fazer para se destacar em um mar de opções semelhantes? No caso de Invencível, a série animada do Amazon Prime Video, foi a aposta na combinação de uma história única e um elenco digno de grandes blockbusters. Assim como muitas produções do gênero, Invencível (Invincible, no original) é baseada em uma HQ de sucesso. Seu criador é Robert Kirkman - que carimbou seu nome na história dos quadrinhos com The Walking Dead-, revista que trouxe os zumbis de volta à moda e virou uma franquia gigantesca que explodiu em 2010 com a série de TV. Essa foi a primeira experiência de Kirkman com adaptações de sua obra - o que se tornaria um hábito tanto com as derivadas de TWD, quanto com Outcast, Superdinossauro e mais. Em uma entrevista coletiva virtual da qual o Omelete participou, o autor revelou como Invencível se destaca dentre obras inspiradas em suas HQs: “Essa é a primeira vez que fiz algo que (além de Superdinossauro) não é horror. Outcast e The Walking Dead

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canaltech.com.br

Pôster de divulgação The Boys

são muito diferentes por causa disso. Crescendo como um fã de HQs, super-heróis é algo que me empolga eternamente, então é ótimo fazer algo diferente dessas outras séries, que exercita a outra metade do meu cérebro. Apesar de ser uma história sombria e dramática, há um grande senso de diversão e aventura”, avaliou. Primeiras Impressões: Invencí-

vel compensa visual pouco inspirado com reviravoltas e paixão por heróis Diversão e aventura são quesitos importantes para qualquer história de super-heróis, mas Invencível vai além. A série combina elementos clássicos do gênero com um toque moderno que usa reviravoltas chocantes, humor sarcástico e uma violência divertida de assistir

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observatoriodeseries.uol.com.br

Robert Kirkman, criador de The Walking Dead

na ficção. Com tudo para agradar o exigente público de heróis, a animação ainda guarda um último triunfo: um elenco estelar composto por grandes nomes como Steven Yeun (The Walking Dead), JK Simmons (Homem-Aranha), Sandra Oh (Grey’s Anatomy) e muito - muito - mais. Ao Omelete, Kirkman já havia celebrado que Invencível tem o “elenco mais doido” com quem trabalhou. Na coletiva tivemos a oportunidade de falar com dois dos membros desse mar de estrelas: Zazie Beetz e Gillian Jacobs. Além de grandes nomes no cinema e na TV, as atrizes ainda tem a vantagem de não serem estranhas a universos de super-heróis: “Tive sorte o suficiente para

estar em três universos que são muito diferentes entre si, se compararmos Deadpool 2, Coringa e agora isto”, relembrou Beetz antes de explicar como Invencível é diferente de dois dos mais queridos filmes baseados em HQ em que trabalhou. “Não apenas por ser um projeto animado, mas o tom de Invincible é diferente dos outros dois. Particularmente consigo me identificar com Invencível/ Mark, seus sentimentos sobre onde é seu lugar, em sua família, o que significa ganhar poderes. Foi difícil ler os roteiros e gravar”.

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Já Gillian Jacobs, conhecida por seus papéis nas séries Community, Girls e Love, se aproximou das HQs em Marvel 616, série documental do Disney+, em que dirigiu um episódio sobre as mulheres da história da Marvel. Diferentes, os projetos aconteceram ao mesmo tempo e trouxeram diferentes experiências para a atriz no campo dos quadrinhos. “Foi meio incrível, porque estava trabalhando naquilo ao mesmo tempo em que gravava para Invencível, então sempre senti que estava aprendendo muito sobre os quadrinhos e sua história. Passei de entrevistar criadores e artistas para ser heroína em uma série, então foi muito divertido”.

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Como Um Príncipe em Nova York 2 leva mulheres para o centro de Zamunda Atriz sul-africana Nomzamo Mbatha fala sobre como o longa aprofunda o legado do primeiro filme www.adorocinema.com

Nomzamo Mbatha em Um Príncipe em Nova York 2

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Ana Beatriz Martins de Souza Fonte: www.omelete.com.br Em: 05.03.21 Quando o primeiro Um Príncipe em Nova York estreou em 1988, o mundo foi impactado por um retrato de uma nação africana absolutamente diferente do que Hollywood estava acostumada. O país fictício de Zamunda criação de Eddie Murphy deu ao público ao redor do mundo uma imagem majestosa do continente, sem animais selvagens fora de controle ou povos miseráveis. Zamunda ainda provou ao mundo que um longa inteiramente conduzido por um elenco negro poderia ser bem sucedido ao redor do globo. Apesar de ter sido recebido de forma morna pela crítica da época, Um Príncipe em Nova York foi um dos maiores sucessos comerciais daquele ano e hoje tem status de cult e uma legião de fãs. Com uma revolução já estabelecida pelo primeiro filme, a sequência, que chega mais de 30 anos depois, tinha a responsabilidade de honrar um legado, mas ela foi além. Em Um Príncipe em Nova York 2, ao invés de simplesmente se apoiar no sucesso do primeiro, o roteirista Kenya Barris e o diretor Craig Brewer decidiram atualizar a história de Zamunda -isso, em 2021, significa mudar as leis do reino, reimaginar o primeiro e trazer mulheres para o centro do novo filme. Em Um Príncipe em Nova York 2, a personagem central nesse sentido é vivida pela atriz sul-africana Nomzamo Mbatha, estreante em Hollywood, que interpreta Mirembe, uma cidadã de Zamunda que questiona as leis do país. Ao invés de ser uma carregadora de

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Elenco feminino de Um Príncipe em Nova York 2

flores ou uma banhista - função executada pela maioria das mulheres do reino - ela escolheu ser cabeleireira. Para Mbatha, a decisão de retratar vozes femininas que não fazem parte da nobreza foi fundamental:

cida na África do Sul e porta-voz da Agência de Refugiados da ONU, e entende Um Príncipe em Nova York 2 como a sua própria viagem à América - a atriz fez a comparação usando o título em inglês, Coming to America.

“Foi muito importante para mim retratar uma mulher que não teve acesso à vida mais luxuosa e aos benefícios do palácio”, disse ao Omelete.“O filme faz um paralelo com a minha vida.” Mbatha é uma atriz já estabele-

“Para mim, que sou da África do Sul, poder representar o meu país e meu continente tem a ver com quão verdadeira, quão real e complexa eles queriam que a sequência fosse”.

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Pôster de divulgação Um Príncipe em Nova York 2

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Ela continua:

Príncipe em Nova York 2:

“Mirembe tem orgulho de quem ela é e de onde veio, e eu também. [...] Eu falo em nome de pessoas marginalizadas, em nome de refugiados, e foi importante para mim emprestar da minha própria vida, sendo um reflexo e uma voz de algo que eu sei que existe muito nas mulheres”.

“este filme é atual, ele fala de hoje em dia, e coloca mulheres poderosas na linha de frente”,

E enquanto Mirembe é o maior exemplo de independência feminina, o novo longa é repleto de mulheres fortes que circundam a vida de Akeem, ajudando-o a perceber o quanto a voz feminina foi importante na sua formação. Apesar de tratar de diferentes questões - de relação pai e filho, busca de identidade e propósito, e comunicação - o empoderamento feminino é o maior tema de Um

diz Mbatha, elogiando as decisões do diretor: “eu amo que ele deu às mulheres a agência para torcer por elas mesmas”. O Papel de Hollywood Discussões sobre o papel das mulheres na sociedade, como em Um Príncipe em Nova York 2, é algo que faz parte de um movimento claro do entretenimento atual, que questiona papéis rasos femininos e já não deixa mais passar tão facilmente o retrato questionável das mulheres em grandes produções. Para Mbatha,

este é um dos papéis da indústria, e Hollywood tem uma responsabilidade de estar no centro dessa conversa. “Por muito tempo a gente construiu esse sistema, mas a gente nunca conseguiu se beneficiar dele. Finalmente estamos conseguindo.” Além de dar voz a jovens e construir um retrato poderoso das mulheres de Zamunda, Um Príncipe em Nova York 2 concilia essa mensagem muito bem com o elemento da comédia - algo que para Mbatha está acima de tudo. Para a atriz, é exatamente o gênero do longa que pode fazer diferença nos dias de hoje:

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Princesa Meeka e Akeem Trabalho acadêmico válido como AV2 da turma C304D de Editoração Eletrônica da FACHA - 2021/1

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Nomzamo Mbatha

“A comédia não ganha tanto crédito. Mas esse filme é unificador, e é o que as pessoas precisam. A gente quer rir de novo. E esse filme é o antídoto perfeito para o período difícil que estamos passando”. - Nomzano Mbatha 120

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Review: Biomutant Primeiro jogo do estúdio sueco Experiment 101 toma riscos e colhe os frutos Ramon Nunes www.theenemy.com.br 24/05/2021

www.steam.com

Capa Biomutant

Na primeira vez em que Biomutant apareceu para o público, na Gamescom de 2017, ele foi chamado de uma “fábula pós-apocalíptica de kung-fu”. E, anos depois, essa continua sendo a melhor descrição o jogo. Na época, porém, o chefe do estúdio Experiment 101, Stefan Ljungqvist - que trabalhou em

Just Cause e Just Cause 2, já tinha dito que o jogo estava pronto, mas mencionou a dificuldade para equilibrar o sistema de combate e as habilidades de maneira totalmente intuitiva. Agora, quatro anos após o anúncio, podemos dizer que este balanceamento foi feito de maneira espetacular e que com certeza cor-

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responde ao hype criado sobre ele. Biomutant é um RPG de ação que se passa em um enorme mundo pós-apocalíptico cheio de criaturas magníficas e traiçoeiras. Você assume o papel de um animal parecido com um guaxinim, no melhor estilo Rocket Racoon. Antes de se aventurar por todo esse universo - no clássico estilo

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www. hardcoregamer.com

batalha in game com cinematográfica

de RPG ocidental - é preciso criar o seu personagem. A customização inicial é simples, você pode mudar as cores dos pêlos do seu animal mutante e outras pequenas coisas, mas também pode mudar características físicas que afetam os seus atributos in game. Como por exemplo um personagem com menos massa corporal possui mais agilidade do que força, ou um personagem que possui mais inteligência do que força também, entre outras variações. E, caso durante a sua jogatina você se canse de sua aparência física, como a cor do seus pêlos, tamanho e entre outros, basta encontrar o NPC barbeiro para resolver isso de maneira rápida. Porém, não vale se apegar a toda essa aparência, já que com o tempo e progressão diversas roupas e capacetes irão cobrir todo seu corpo. O jogo tem uma variedade enorme de itens, incluindo alguns

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que rendem boas risadas, como um grande capacete que é a cabeça de um urso de pelúcia, ou então alguns outros que podem deixar o seu personagem com cara de quem está realmente levando a sério o plano de salvar o mundo. Ainda é necessário escolher uma classe, que vai definir sua arma inicial, mas também não se prenda tanto a isso pois você pode mudá-la a qualquer momento. A história do jogo é definida pela sua escolha inicial entre as tribos. Você logo de início precisa decidir se quer acabar com os Devoradores, criaturas enormes que querem destruir o mundo, ou se você quer acabar com as outras tribos e deixar que os monstros destruam a Árvore da Vida para, assim, a natureza tomar o seu curso. Às vezes as missões principais parecem não levar para este ponto, mas no final delas você começa a juntar todas as pontas soltas e per-

ceber suas ligações. Toda a “briga” que acontece em torno das tribos é marcada no mapa no melhor estilo “War”, conquistando certos territórios e limpando um pouco a visibilidade do mapa. Além disso, temos um sistema de moralidade, que é separado por Escuridão e Luz, quanto mais atitudes boas, melhor a sua Luz, e atitudes ruins te dão mais Escuridão. Essas escolhas influenciam diretamente no resultado de todas as ações e também nas habilidades que você vai poder adquirir ao longo da sua jornada e, em certos momentos é fácil se questionar sobre quem é o vilão ou o herói deste mundo e se as atitudes de cada tribo realmente justificam os meios escolhidos. Foram necessárias quase 19 horas para ver os créditos subirem pela tela, mas isso não significa que fiz tudo o que poderia fazer

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durante o jogo. Diversas escolhas podem ter acelerado ou atrasado a conclusão, sem levar em conta as inúmeras e divertidas sidequests. Tão divertidas e espontâneas que, em algumas delas, você precisa até parar para pegar o fôlego de volta depois. Como em certo momento

do jogo, em que um NPC em um quiosque de praia me pediu um favor para pegar uma bebida pra ele em um esgoto próximo. Depois desse pequeno esforço e entregar o seu pedido, ele me convidou para um “minigame” de quem bebia mais sem desmaiar.

(Eu claro, venci) Um ponto muito importante de ressaltar, é que o jogo não te prende às missões principais, tornando totalmente livre a escolha de por onde ir ou o que fazer, encorajando a exploração do mapa - afinal, muitas vezes durante os seus lon

www.steam.com

Personagem principal

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www. hardcoregamer.com

Personagem principal customizado

gos passeios é possível encontrar áreas não marcadas no mapa para matar os inimigos e pegar alguns itens. Explorar o mundo no trajeto para diversas missões é incrível, principalmente por conta das diversas montarias que o jogo te fornece. Algumas são maravilhosas pelo seu design, outras por seus grandes saltos e alta velocidade. Mas uma em particular que me chamou atenção e eclipsou todas as outras ao me fazer gargalhar em toda a sua bizarrice foi... Uma mão robô. Isso mesmo: você

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cavalga por aí montado em uma mão totalmente robótica, que anda parecendo uma aranha e dispara tiros contra inimigos fazendo o gesto de arma com os dedos. O sistema de combate tem os já conhecidos parries e dodges, que te recompensam por ter feito o movimento correto no momento correto. Em grande parte das lutas contra pequenas criaturas, eles não são tão necessários, mas contra os grandes animais mutantes e - principalmente - os chefões, saber quando e como reagir é essencial para garantir contragolpes

poderosos, além de cancelar poderes especiais que podem causar um grande dano. Cada estilo de arma possui a sua maneira de controlar e golpes únicos, tanto as de corpo a corpo como as de longa distância. É possível utilizar o mesmo armamento do início ao fim, mas isso traz o risco de nunca saber quando pode encontrar um novo favorito durante a exploração, principalmente se ele for a marca de algumas das tribos presentes no mapa. Vale deixar claro que, apesar de todos os aparos e desvios em com-

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bate, Biomutant não tenta ser um Souls Like, muito menos um Hack n’ Slash clássico. Cada arma de curto alcance possui uma sensação diferente ao usar, as espadas menores e de apenas uma mão ou utilizar duas ao mesmo tempo te permitem golpes extremamente rápidos. Já as armas de duas mãos usam ataques mais lentos, porém com uma grande potência. Além disso, cada arma de longa distância tem seu próprio estilo e cadência para os disparos. Com toda a liberdade disponível à vocês, todas as lutas podem ser resolvidas de maneiras diferentes, o que cria oportunidades de ser criativo em combate - por exemplo, ao subir em uma torre altíssima e todos os inimigos que estão te esperando no chão não atacam à longa distância. Um show à parte são as já citadas lutas com os chefes, com cada um contando com um design criativo e sempre muito bem detalhado. Cada monstrão está em um habitat diferente, e as batalhas contra os Devoradores são muito interativas e divertidas, com resultados potencialmente hilários. Como, por exemplo, ao morrer dentro do estômago do primeiro monstro e vê-lo literalmente te digerir, mostrando seu corpo descendo reto pelo sistema digestivo até ser... vamos dizer “ejetado”. A criação de itens em Biomutant é algo que inicialmente pode não parecer tão incrível e inovador, mas conforme você avança e começa a guardar os vários componentes diferentes, o jogo toma uma grande reviravolta nesse quesito. É possível perder um bom tempo só pensando qual é a melhor combinação para cada arma que você quer usar, que efeitos podem

ser colocados nela e muito mais. Principalmente depois daquele momento em que você consegue uma peça como loot que pode tornar uma arma que mal consegue trazer dano nos adversários em algo capaz de derreter todos os oponentes. Isso vale para todos os tipos de armas, incluindo as de longo alcance. Dependendo da ocasião, você pode montar algo específico para o momento, o que acabei fazendo em quase todos os chefes que eu precisava usar alguma das minhas armas e não algo específico que eu não irei entrar muito em detalhes. Apesar de toda essa diversão única, é preciso dizer que, durante toda a jogatina, notei alguns pequenos problemas técnicos, que para ser justo talvez possam ser consertados com o patch de lançamento, ou ainda mais no futuro. Mas preciso citá-los pois me causaram uma leve estranheza e outro que afetou diretamente o meu progresso. Por estar jogando no PlayStation 4 base, foi recorrente a queda de taxa de quadros - principalmente em alguns lugares e/ou contra chefes que tinham muitas habilidades ou causavam alguma destruição no cenário. Além disso, notei por várias vezes uma demora no processamento dos personagens e do ambiente ao redor, como em um flashback em que conversei com uma NPC e ela simplesmente apareceu totalmente sem roupa - que, para para a infelicidade e trauma do meu jovem protagonista, era a mãe dele. Falando dos problemas que afetaram diretamente o progresso: vários crashes após alguns momentos mais pesados do jogo, sendo o mais emblemático de longe quando derrotei o chefe final - com direito a troféu e tudo - e, em segui-

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da, o jogo simplesmente fechou e tive que refazer toda aquela missão do zero. Já em outro momento, depois de reconstruir uma vila para alguns membros da tribo que escolhi me afiliar, o jogo simplesmente ficou totalmente marrom, quase preto, mas ainda sendo possível ver o que estava acontecendo. Por sorte, nesse caso consegui salvar antes dele finalmente fechar o jogo sozinho. Apesar destas limitações no hardware do console mais antigo, Biomutant é uma obra que junta uma boa história, com diversas escolhas que realmente afetam o resultado final, a uma jogabilidade divertida, que vai te prender e fazer com que você jogue novamente para ver todos os resultados possíveis nesse mundo totalmente destruído. Biomutant oferece uma experiência que junta uma boa história, com diversas escolhas que vão mudar a sua trajetória e uma jogabilidade divertida mas que pode te deixar perdido em alguns momentos. A campanha engaja e é convidativa o suficiente para um replay com escolhas diferentes e desfechos ainda inéditos. Tão inéditos que o RPG sueco me deu vontade suficiente para começar um Novo Jogo Plus, algo que nenhum outro jogo dos últimos anos tenha me cativado o suficiente e me dado os ótimos motivos que Biomutant dá para os jogadores. Para aqueles que estavam com dúvidas sobre a qualidade de um RPG em mundo aberto de uma desenvolvedora nova, vocês vão ser surpreendidos positivamente apesar dos pequenos problemas técnicos nos consoles mais antigos.

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CoD: Gaules lança torneio Tribo Series de Warzone com presença de famosos, influencers, pro player e até Ronaldo Fenomeno Ramon Nunes www.theenemy.com.br 24/05/2021 www.activision.com

Capa warzone

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www. wuukia.nuuvem.com

partida de warzone

A partir de hoje a Tribo conta com seu próprio torneio de Call of Duty: Warzone. Lançado por Gaules em parceria com a Activison e organização da bClutch, o Tribo Series receberá outros 11 streamers de todo o país como capitães e acontecerá em 27 de maio, às 16h30. O squad de Gaules traz para o mundo do battle royale o quarteto de ouro com Lindinho, Liminha e Bt0, além dele próprio. Todas as partidas serão transmitidas ao vivo no canal de Gaules e também na Gaules TV. Na Twitch de Gaules os fãs acompanharão a competição pela tela do próprio Gau e seu squad. Já a Gaules TV trará uma visão muito mais ampla, trazendo um pouco de cada

equipe participante, nas vozes de Thaue Neves e Ogro. “O Tribo Series - Call of Duty: Warzone será uma grande celebração do cenário, pois vamos reunir amigos e streamers de diferentes universos nessa disputa. Estou muito feliz de estar trabalhando junto com a Activision nesse evento”, conta Alexandre Gaules, que também estará na disputa pelo prêmio de R$ 10 mil. “Apesar de ser uma competição entre amigos, tenho certeza de que todo mundo vai entrar nessa disputa de olho no prêmio!”, acredita o streamer. Entre os participantes confirmados, além do quarteto de Gaules, estão alguns jogadores conhecidos no cenário de Call of Duty: War-

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zone, como NinexT, SMzinho, Gepege, Stolen, Zigueira, Rayana, ParangaFPS e n4no. Também participam do torneio o ex-jogador de futebol Wendell Lira, Nahzinhaa, Velho Vamp e Tiburcio. A lista completa de capitães e suas equipes será anunciada próxima ao evento. O modo de jogo que o Tribo Series será disputado é o tradicional battle royale, ou seja, a última equipe que permanecer viva no mapa ganhará a partida. Os quartetos dos 12 capitães jogarão por 3 horas em open lobby, numa disputa em formato kill race. As 3 melhores partidas contam e somam a pontuação por colocação e abates.

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Novo God of War é adiado para 2022

Game também será lançado no PlayStation 4 Ramon Nunes www.theenemy.com 02/06/2021 A Sony Santa Monica revelou nesta quarta (2) que a sequência de God of War anunciada para PlayStation 5 foi adiada para 2022. Na mensagem, o estúdio agradece os fãs pelo interesse na jornada de Kratos e Atreu, mas revela que deverão esperar mais algum tempo até o novo game estar pronto. “Continuamos focados em trazer um jogo de alta qualidade enquanto mantemos a segurança e bem-estar de nossa equipe, parceiros criativos e famílias”, diz o comunicado. “Com isto em mente, decidimos mudar nossa janela

de lançamento para 2022”. “Obrigado por seu apoio contínuo, temos coisas impressionantes em desenvolvimento que mal podemos esperar para mostrar a vocês.” O novo God of War - que, ao contrário do que muitos dizem, ainda não se chama oficialmente “God of War Ragnarok” - foi anunciado no evento de anúncio da data do PlayStation 5 com um teaser, que dava a janela de lançamento do game para 2021. Mesmo na época, esta previsão era considerada bastante otimista, es-

pecialmente considerando a pandemia de COVID-19, que trouxe diversos problemas de logística para os estúdios, e levou a diversos atrasos de games deste ou do ano passado. (KOF XV que o diga) Como revelado em uma entrevista publicada ainda nesta quarta no PlayStation Blog com o chefe do PlayStation Studios, Hermen Hulst, o novo God of War será lançado tanto no PS5 quanto no PlayStation 4.

www.playstationstore.com

Kratos lutando contra um boss

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RuPaul’s Drag Race 2021 w w w. a m a z o n . c o m

Aqui está o seu guia para a franquia

Jadsmine de Souza Lima Fonte: www.gaytimes.co.uk Em:27/05/21 Olá, olá, olá, é só fazer o check-in para confirmar se você ligou aqueles motores? Se não, REV ‘EM UP porque 2021 pertence à RuPaul’s Drag Race, OFFICIALLY. Este ano, a franquia vencedora do Emmy continua sua tentativa de dominar o mundo com suas novas interações para ir ao ar na Australásia e Espanha, bem como o retorno das temporadas nos Estados Unidos, Reino Unido e Canadá (talvez Holanda também). Já estamos na metade do ano, e os concorrentes dos EUA / Reino Unido já nos deixaram mortos com suas dublagens e desfiles - bem como as confusões e drama do werkroom - e nem sequer começamos. Aqui, we spill the T (contaremos as fofocas) sobre todo o carisma, singularidade, coragem e talento (e sinergia) que você pode esperar em 2021.

Vencedor de cinco emmys consecutivos RuPaul Charles

RuPaul’s Drag Race temporada 13 (1º de janeiro) A amada franquia começou o ano com força, graças à estreia da 13ª temporada, que mudou o jogo. De acordo com o Deadline, o episódio - que viu as competidoras disputarem em várias lutas de lip-sync - se tornou o episódio mais assistido na história de 12 anos da franquia, com um número sem

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precedentes de 1,3 milhão de espectadores. A estreia recebeu 13 novos competidores ferozes, incluindo: Denali, Elliott com 2 T’s, Gottmik, Joey Jay, Kahmora Hall, Kandy Muse, LaLa Ri, Olivia Lux, Rosé, Symone, Tamisha Iman, Tina Burner e Utica. Foi concluída no dia 23 de abril e viu Symone ganhar de Kandy e se tornar a Nova Drag Superstar da América.

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RuPaul’s Drag Race UK temporada 2 (14 de janeiro) Embora Miss Rona tenha impedido os espectadores de outra dose de excelência britânica no ano passado, o spin-off do Reino Unido fez seu retorno triunfante em janeiro com 12 novas concorrentes incríveis: A’Whora, Asttina Mandella, Bimini Bon Boulash, Cherry Valentine, Ellie Diamond, Ginny Lemon , Joe Black, Lawrence Chaney, Sister Sister, Tayce, Tia Kofi e Veronica Green. Nunca uma temporada ostentou tantas eliminações chocantes, de nomes como Joe, Asttina e Ginny; particularmente a última, que saiu do palco no meio da sincronização labial e não voltou. Nas palavras de Tayce, “A bochecha, a coragem, a ousadia, a audácia e a coragem!” As passarelas também foram aumentadas graças a nomes como A’Whora, Bimini e Sister Sister, bem como as batidas de dublagem. Não podemos esquecer o discurso agora icônico de RuPaul sobre a H&M, a interrupção criada pelo COVID no meio da série - que resultou na Veronica Green contraindo o vírus - e a aquisição dos United Kingdolls. Agora que acabou, não somos o UK Hun. RuPaul’s Drag Race Down Under (1 de maio) Após anos de rumores, Down Under apareceu em nossas telas dia 1º de maio e está disponível nos Estados Unidos e em alguns territórios como no WOW Presents Plus, TVNZ na Nova Zelândia, Stan na Austrália e BBC iPlayer no Reino Unido. Down Under é a terceira iteração da franquia com RuPaul e Michelle Visage, depois do original dos EUA e da Drag Race no Reino Unido. Eles são acompanhados no painel pelo comediante

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Apresentador e elenco de RuPaul’s’ Drag Race UK

australiano Rhys Nicholson, com participações especiais de nomes como Taiki Watiti, Kylie Minogue e Dannii Minogue. Como a primeira temporada da Drag Race no Reino Unido, Down Under terá oito episódios. Os 10 ferozes competidores australianos e kiwis são os seguintes: Anita Wigl’it, Art Simone, Coco Jumbo, Elektra Shock, Etcetera Etcetera, JoJo Zaho, Karen de Finanças, Kita Mean, Maxi Shield e Scarlet Adams. Drag Race España (30 de maio) You better sí sí that walk porque Drag Race España está quase aqui! As rainhas que lutam para ser a Primeira Drag Superstar da Espanha são as seguintes: Arantxa Castilla La Mancha, Carmen Farala, Dovima Nurmi, Hugaceo Crujiente, Inti, Killer Queen, Pupi Poisson, Sagittaria, The Macarena e Vulcano. Como a série original e seus muitos spin-offs, as com-

petidoras irão competir em uma variedade de desafios e dublagens a cada semana para permanecer na competição. A lenda do drag espanhol, Supremme de Luxe, estará sozinha como apresentadora, seguindo os passos de salto alto de RuPaul e Fred Van Leer da Holanda. No painel, ela terá a companhia de seus melhores amigos: o locutor Javier Calvo, o ator Javier Ambrossi e a estilista Ana Locking. RuPaul’s Drag Race All Stars 6 (24 de junho) Estreando neste verão na Paramount +, a temporada altamente antecipada verá o retorno de grandes favoritas dos fãs que irão se arrastar de volta para o werkroom para uma segunda (e em alguns casos, terceira) chance pela coroa. A vencedora recebe $ 100.000 doollahz e será introduzido no Drag Race Hall of Fame, ao lado

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www.wikimedia.org

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de Chad Michaels, Alasca, Trixie Mattel, Monét X Change, Trinity the Tuck e Shea Coulée. De acordo com a Entertainment Weekly, All Stars 6 estreia no serviço de streaming dia 24 de junho com - espere por isso - dois episódios consecutivos, seguidos por quintas semanais todas as quintas-feiras. Untucked também estará disponível para transmissão no Paramount + imediatamente após cada novo episódio. A data de estreia para o Reino Unido ainda não foi anunciada, mas se seguir os passos do All Stars 5 no ano passado, então esperamos que seja lançado na Netflix na manhã seguinte. Vamos Netflix, libera! A safra de favoritos dos fãs que voltou inclui Eureka O’Hara, Ginger Minj, Trinity K. Bonet e Yara Sofia. Confira o elenco completo na matéria “‘RuPaul’s w w w. d r a g l i c i o u s . c o m

Drag Race All Stars’ Rainhas da 6ª temporada são Ru-veladas!” Drag Race do Canadá, temporada 2 (TBA) A primeira temporada da Drag Race do Canadá se tornou um sucesso instantâneo no verão passado, apresentando vários novas e amadas competidoras à franquia em constante expansão, incluindo Lemon, Jimbo, Rita Baga, Scarlett Bobo e a vencedora Priyanka. O lip-sync deste último com I Drove All Night também foi imortalizada como uma das performances mais incríveis da história do programa. Portanto, não foi nenhuma surpresa quando a série foi renovada para uma segunda temporada. “Estamos entusiasmados em trazer mais uma temporada de Drag Race Canadá para os fãs, ao lado de Blue Ant e Crave”, disse World of Wonder. “O público pode esperar ainda mais carisma, singularidade, coragem e talento que os inspiradores artistas drag do Great White North têm a oferecer.” Drag Race Holland, temporada 2 (TBA) Ok, isso não foi confirmado, mas não se surpreenda ao ver o retorno da Drag Race Holland para uma segunda temporada

RuPaul na campanha publicitária Trabalho acadêmico válido como AV2 da turma C304D de Editoração Eletrônica da de FACHA - 2021/1 Down Under

em algum momento deste ano. Em 2020, o spin-off holandês estreou com aclamação da crítica, graças à sua lista diversificada de concorrentes e às habilidades de apresentação viciante de Fred van Leer. Envy Peru também consolidou seu status como uma das competidoras mais ferozes da franquia ao vencer quatro maxi-desafios e nunca - nem uma vez - colocada abaixo do seguro. RuPaul’s Drag Race UK temporada 3 (TBA) Devido à falta de Drag Race UK em nossas telas no ano passado, a BBC irá ao ar não com uma, mas duas temporadas em 2021. Durante o anúncio da segunda temporada, RuPaul confirmou que os produtores estão “atualmente escalando a terceira temporada com os melhores e os mais brilhantes que a Grã-Bretanha tem a oferecer”. Fiona Campbell, da BBC Three, acrescentou: “Queríamos compartilhar a notícia agora que haverá uma terceira também. Foi um grande sucesso para nós e amamos isso tanto quanto vocês, então estamos muito satisfeitos por podermos continuar nosso relacionamento com o World of Wonder e trazer ainda mais Drag Race para a BBC Three.” Podemos conseguir um “halleloo” aqui?

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RuPaul’s Drag Race’ celebra a alegria queer Saiba mais sobre o excelente elenco da 13ª Temporada w w w. f i l m d a i l y. c o m

Elenco da 13º Temporada de RuPaul’s Drag Race

Jadsmine de Souza Lima Fonte: www. dailytrojan.com Em:24/04/21 Depois de quase quatro meses de exibição, a 13ª temporada de “RuPaul’s Drag Race” encerrou sua sequência de dezesseis episódios e coroou a vencedora na sexta-feira. Marcada por ter o maior número de episódios de qualquer temporada na história do programa, a 13ª temporada também foi a primeira temporada americana a ser filmada inteiramente durante a pandemia. Mas ao invés de limitar o show ou diminuir sua alegria, as novas circunstâncias estranhas deram nova vida a Drag Race mostrando o poder persistente do drag para inspirar e produzir uma das temporadas mais divertidas e espetaculares da história recente. Acima de tudo, o que tornou a 13ª

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temporada uma alegria de assistir foi seu elenco de Queens. A lista de treze pessoas elogiou o que parecia ser uma variedade particularmente diversa de talentos, estilos de drag e personalidades. Isso é evidente apenas olhando para as quatro melhores rainhas da temporada: desde a maquiagem branca de palhaço da rainha Gottmik de Los Angeles até o tipo de humor selvagem de Kandy Muse de Nova York, havia alguém por quem todos podiam torcer. A campeã da temporada - Symone de L.A. - foi uma adição fantástica à lista exclusiva de rainhas coroadas como America’s Next Drag Superstar no programa. Ao longo da temporada, Symone balançou a passarela com seus looks de alta costura que celebraram a cultura negra e conquistaram juízes e espectadores com sua personalidade

adorável e vulnerabilidade sincera. Embora a coroa sirva bem nas perucas perfeitamente estilizadas de Symone, esta temporada foi realmente uma corrida até a linha de chegada. Embora Symone estivesse na vanguarda desde o início, a competição foi acirrada com rainhas como as finalistas Rosé e Gottmik, todas se destacando em áreas diferentes. Foi acirrado até o final, o que tornou a temporada ainda mais emocionante de assistir. Uma coisa pela qual a 13ª temporada será lembrada são suas excelentes passarelas. Os produtores criaram categorias originais como alta costura de feras, miçangas e fascinators que incentivaram as rainhas a pensar fora da caixa e trazer seu melhor drag - e o elenco entregou. Semana após semana, as rainhas trouxeram looks elevados ao palco principal, exemplificando o nível elevado que Drag Race estabeleceu e a crescente intersecção do drag e do mundo da alta-costura. Esse nível de especialização também foi mantido em desafios de design, com Utica Queen, de Minnesota, oferecendo um dos looks mais impressionantes já feitos na sala de trabalho, criado inteiramente a partir de sacos de dormir para o desafio “Bag Ball”. Além de servir nas passarelas de cair o queixo, a 13ª temporada

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As novas temporadas de “Drag Race” costumam receber algumas críticas dos fãs que acreditam que o show se tornou super produzido e menos autêntico ao longo dos anos. Infelizmente, a 13ª temporada não é um bom caso contra o argumento. A intromissão do produtor ficou aparente desde o primeiro episódio, onde, em uma reviravolta, todas as rainhas sincronizaram os lábios dois a dois imediatamente após chegarem. As rainhas que perderam suas sincronizações labiais foram então separadas daquelas que ganharam, e cada um dos dois grupos teve seu próprio episódio de estreia tradicional. Essa reviravolta foi claramente empregada para criar tensão dentro do elenco e produzir um enredo de “vencedores contra perdedores” que poderia ser utilizado ao longo da temporada. No entanto, os pares e os julgamentos no episódio favoreceram algumas rainhas mais do que outras, e a série nunca realmente seguiu o enredo que trabalhou tão duro para chegar em nenhum lugar interessante.

Em vez disso, apenas roubou dos espectadores o prazer de ver todas as rainhas se encontrarem pela primeira vez na sala de trabalho, além de produzir um episódio chato e repetitivo que falhou em mostrar a abundância de talentos que o elenco tinha. Felizmente, a estreia provou ser apenas um breve erro. O julgamento ao longo da temporada também foi questionável às vezes, mas os fãs de Drag Race já esperavam isso. Denali caiu no bottom duas vezes por ofensas mínimas, enquanto os juízes pareciam ignorar as falhas no desempenho de outras rainhas. A rainha de Nova York, Tina Burner, recebeu passes por looks desanimadores durante toda a temporada, então decaiu abruptamente, essencialmente porque os juízes estavam cansados ​​dela. Felizmente, o julgamento inspirou apenas uma pequena frustração. Cada rainha apresentou quem era e o que faz - até mesmo a primeira eliminada Kahmora Hall conseguiu mostrar sua moda glamourosa em três episódios devido à extensão da temporada. Mesmo que a temporada tenha estreitado seu grupo de competidores lentamente, não parecia que estava se arrastando. Em vez disso, o tempo extra com as

Queens deu a sensação de que a série respeitava sua arte e permitia que o público conhecesse eles e suas drags o máximo possível. No geral, a temporada 13 de Drag Race possuía uma qualidade alegre que é difícil de identificar. Talvez tenha sido o resultado de uma nova gratidão após o lockdown.Talvez fossem rainhas como Symone e Gottmik - o primeiro homem trans a competir no programa - representando suas comunidades com tanta graça e orgulho. Ou talvez o elenco de rainhas possuísse uma química mais forte entre si do que os outros elencos. Talvez tenha sido por todas essas razões e muito mais. Seja o que for, a 13ª temporada foi uma alegria absoluta de assistir, o melhor da série desde a nona temporada com elenco de forma semelhante. Se o show continuar a lançar grupos tão talentosos e diversos de rainhas, é emocionante pensar onde isso leva. O show carrega a grande responsabilidade de trazer a cultura drag - e queer - para o público mainstream, mas ainda se diverte fazendo isso. www.amazon.com

também trouxe risadas. A iteração desta temporada do infame desafio de personificação de celebridade “Snatch Game” foi especialmente impressionante com Gottmik e Rosé, novamente, como destaques definitivos. A rainha Denali de Chicago e a rainha LaLa Ri de Atlanta entregaram sincronizações labiais maravilhosas e de alta energia, preenchendo outro requisito de como é feita uma boa temporada do show.

RuPaul apresenta a mais nova temporada de seu Reality Show Trabalho acadêmico válido como AV2 da turma C304D de Editoração Eletrônica da FACHA - 2021/1

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All Stars 6ª temporada

Rainhas de ‘RuPaul’s Drag Race são Ru-vealadas!

Jadsmine de Souza Lima Fonte: www.tvinsider.com Em:26/05/21 Treze rainhas estarão abrindo caminho de volta à pista para a sexta temporada de RuPaul’s Drag Race All Stars, com estreia no próximo mês exclusivamente na Paramount +. A ação começa em 24 de junho com dois episódios inéditos consecutivos, seguidos por lançamentos semanais todas as quintas-feiras. Os espectadores terão a chance de ver seus favoritos retornar para lutar por uma vaga no “Drag Race Hall of Fame” e um prêmio em dinheiro de $ 100.000. “O 13° All Stars entrega uma das melhores temporadas de Drag Race de todos os tempos!” disse RuPaul, o produtor executivo do programa e apresentador cinco vezes vencedor do Emmy. “Não acredite apenas na minha palavra. Você tem que assistir para acreditar.” A franquia Drag Race também deve se expandir, com a produzida

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Kylie Sonique Love particioante da 6º Temporada RuPaul’s Drag All Stars

pela World of Wonder “Queen of the Universe” pousando no streamer dia 2 de dezembro. Descrita como uma competição de canto inédita, a nova série reúne drag queens de em todo o mundo para competir pelo domínio global em uma batalha de saltos altos e oitavas altas. Os fãs poderão acompanhar todas as fofocas por trás da câmeras e os dramas nos bastidores no RuPaul’s Drag Race Untucked, que estará disponível para transmissão

imediatamente após os novos episódios da 6ª temporada de All Stars. Conheça as rainhas da 6ª temporada do RuPaul’s Drag Race All Stars abaixo: A’Keria C. Davenport (temporada 11) Onde está o corpo? A’Keria C. Davenport É o corpo! Esta usina de força despojada da dinastia drag Davenport chegou ao Top 4 da 11ª temporada, graças à sua beleza corpulenta e talentos per-

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formáticos. É hora de este titã do Texas levar tudo? Eureka! (Temporada 9, 10) Após uma saída precoce da 9ª temporada devido a uma lesão no joelho, Eureka! voltou com ímpeto, chegando ao Top 3 da temporada 10. Um dom natural para a comédia, presença de palco imparável e uma vaga em uma série premiada da HBO preparou esse talento do Tennessee para fazer sua parte no Hall da Fama. Ginger Minj (Temporada 7, All Stars 2) Um ícone de Drag Race, há algo que Ginger Minj não pode fazer? Este autoproclamado sapo glamouroso é uma artista nata e uma das mais inteligentes drags! Desde que quase arrebatou a coroa na 7ª temporada, ela apareceu em All Stars 2 e estrelou o filme de Dolly Parton, Dumpling. A Minj pode vencer?

às estrelas em Broad City e Pose. Podemos chamá-la de vencedora, baby? Pandora Boxx. (Temporada 2, All Stars 1) Uma das rainhas da comédia OG da Drag Race, Pandora Boxx derrotou o primeiro Snatch Game na 2ª temporada com uma performance que estabeleceu o padrão. (“Framboesas!”) Ela também arrebatou os corações dos espectadores como Miss Simpatia, mas uma viagem acidentada em All Stars 1 fez com que essa bela garota terminasse por último. Esta engraçada dama pode finalmente terminar em primeiro? Ra’Jah O’Hara (temporada 11) A irmã apimentada da 11ª temporada nunca teve medo de falar o que pensava - e os w w w. p i n i m g . c o m

Jan (Temporada 12) A rainha do canto de Nova York trouxe voz e vivacidade para a 12ª temporada. E embora ela tenha dominado o desafio Rusical da Madonna, ela não conseguiu concretizar uma vitória. É hora deste artista perfeitamente profissional se animar e fazer todos nós sentirmos o Jan-tasia! Jiggly Caliente (temporada 4) Uma amada rainha do Queens que sempre mantém 100, Jiggly Caliente trouxe ânimo e humor para a 4ª temporada. Desde então, todos estavam de olho em Jiggly, graças

Scarlet Envy, que participou da 11º Temporada e retorna para o 6º All Stars

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fãs tinham sentimentos sobre isso. Mas esta boneca de Dallas também era conhecida por conseguir sincronizar os lábios e parecer fabulosa ao fazê-lo! Agora esta rainha da dança está de volta com uma nova atitude e seus grandes e lindos olhos no prêmio. Scarlet Envy (temporada 11) O mundo quer a Scarlet Envy de Nova York e o sentimento é mútuo. Na 11ª temporada, esta dama esguia conquistou o público com seu charme sulista e personalidade alegre. Uma atriz comprovada, Scarlet lutou contra os desafios da dança ... Será que ela consegue se levantar o suficiente para chegar ao Hall da F a m a ? Serena ChaCha (5ª temporada) Recém-saída da escola de arte, Serena ChaCha despertou muito drama Untucked na 5ª temporada. Oficialmente! Ela saiu cedo, mas nos anos seguintes, Serena teve sucesso com seu próprio negócio de perucas e como maquiadora. Agora ela está de volta à escola das rainhas novamente - a caminho do Hall da Fama. Silky Nutmeg Ganache (temporada 11) Podemos conseguir um “amém?” A Reverenda Doutora Silky Nutmeg Ganache está de volta para reivindicar sua coroa! Esta carismática finalista do Top 4 da 11ª temporada enche uma sala com sua exuberância e atitude. Desde Drag Race, ela lançou uma série de culiná

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“BBB 21”: reality mostrou o poder das ‘comunidades virtuais’ (e por que as marcas devem se importar com elas) Segundo Suzanna Villaverde, da Ipsos, a internet, sobretudo as redes sociais, foram fundamentais para o sucesso do programa, durante a pandemia

jovempan.com

Reality Show “BBB”

Julia Eloy Fonte: epocanegocios.globo Em: 05.05.21 A vigésima primeira temporada do reality Big Brother Brasil, TV Globo, revelou o poder das redes sociais no país. Com o engajamento massivo do público, as comunidades virtuais não só amplificaram debates sobre temas importantes da atualidade, como ativismo, xenofobia e racismo; como fizeram do programa um fenômeno. Ao longo dos de sua exibição, o “BBB 21” foi um dos assuntos mais comentados do Twitter e fez disparar as pesquisas no Google. “Na pandemia, o desejo de conexão entre as pessoas por algo que não fosse uma tragédia se tornou muito forte”, diz a, gerente de comunidade online da Ipsos, empresa global de pesquisa e inteligência de mercado. “Isso contribuiu para que o programa se tornasse uma faísca para uma necessidade social já existente, uma vez que ainda estamos em isolamento social.”

Conforme um estudo elaborado pelo instituto a percepção do público ajuda a explicar o engajamento social acerca do reality. De 146 participantes das comunidades, monitora-das pela Ipsos, 54% afirmaram ter acompanhado o BBB pela televisão e pela internet ao mesmo tempo. De acordo com a pesquisa, 21% disseram acompanhar as discussões levantadas dentro do programa apenas pela televisão. E 14% leva o debate para as redes sociais. Outros 32% repercutem os temas com amigos e familiares de forma privada. Para Suzana, a edição do programa apresentada na TV leva à percepção de algo “pronto” , sob a perspectiva de apenas um ponto de vista. “O que a gente percebe é que não dar abertura para a participação do público fora da televisão não gera tanta repercussão”, afirma ela. “O mais interessante é fornecer espaços para amplificar as discussões do público, algo que a edição do Big Brother Brasil tem feito muito bem”, completa. O poder das comunidades virtuais

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Mapeando dados e opiniões por meio de enquetes, tópicos de discussões e chats em comunidades online nas redes sociais, a pesquisa da Ipsos apontou o poder de grupos de internet que unem interesses em comum a partir de temas cotidianos. “Como sociedade, vivemos em comunidades e criamos outras a partir de interesses em comum com pessoas que querem trocar experiências. No caso do BBB, as pessoas se conectaram aos participantes da casa de uma forma que os ligassem às suas vidas pessoais e experiências”, aponta Suzana, “Por isso, olhar a resposta de uma comunidade sobre determinado tema é mais interessante do que olhar para o fato em si.” Marcas mais próximas do consumidor Investindo em cotas de patrocínios que variaram de R$ 18 milhões a R$ 78 milhões, grandes empresas apostaram alto no programa. Entre elas estão a gigante do varejo Americanas, iFood, McDonald’s e

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a empresa de pagamentos eletrônicos PicPay. Com ações de marketing e participação em provas do reality, as marcas alcançaram 12 milhões de buscas na internet relacionadas a elas. De olho nessa visibilidade, a Rede Globo criou o Tracking BBB21, uma ferramenta para monitorar a influência de marcas e formatos de conteúdo. Do ponto de vista de estratégia, o que fica como lição do sucesso do programa é a importância de ouvir as comunidades e as discussões em redes sociais, ressalta Suzana.

“Hoje, uma marca que ignora a repercussão que um fato pode ter nas redes sociais e como elas podem remodelar histórias e narrativas pode correr o risco de ‘falar para o vazio’.” Se o modo como as empresas mediam seu sucesso e influência junto ao público-alvo era menos amplo e pré-definido, agora devem estar atentas e dispostas a abrir novos caminhos de conversa e contato com o consumidor. “As marcas podem usar esse poder de amplificação das comunidades

para mapear percepções que vão além do formato da TV. O BBB 21, além de trazer entretenimento, garantiu que pautas diversas fossem discutidas de alguma maneira fora do programa”, defende a especialista. “No final, se trata menos de erros e acertos e mais de abrir novas possibilidades de conversa com o espectador.” Em apenas 58 dias de programa foram realizadas 147 ações de merchandising de 19 em-presas diferentes, representando um aumento de 60% nas campanhas, claudia.abril

Os participantes mais comentados

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quando comparado com o mesmo período na temporada de 2020. Conforme o Notícias da TV, do Portal UOL, dois meses antes do início do reality, a Globo já havia vendido todas as cotas de patrocínio e acumulado uma receita bruta de R$ 470 milhões com o programa, um recorde histórico de faturamento, que se ampliou no decorrer da transmissão do programa. Patrocinadores BBB21 A Globo montou um esquema de patrocínio “multiplataforma”, considerando a explo-ração comercial na TV e mídias sociais, antes, durante e depois do programa acabar. As cotas “Big”, no valor de R$78 milhões, foram compradas

por Americanas, Avon e PicPay. As cotas “Anjo”, de R$59 milhões, ficaram com C&A, Amstel, Seara, McDonald’s e P&G. Há diversas outras maneiras de marcas participarem do BBB21 através de atividades pontuais na casa que custam entre R$4 milhões e R$18 milhões. Outras atividades “fora casa” como comerciais nos intervalos da TV, e inserções no Twitter também são usados por outras marcas além dos patrocinadores principais. Americanas.com A Americanas, patrocinador oficial do BBB, teve como resultado de suas ações na edi¬ção passada um crescimento de 390% no volume de downloads do app Ame-

ricanas, se posicionando no Top 3 das marcas que tiveram maior volume de engajamento nas redes sociais no período de transmissão do programa e sendo a marca com maior “Share of Mind” entre brasileiros quando pensam em BBB. Para esta edição, a renovação da parceria com a Americanas tem como objetivo realizar ações inéditas dedicadas ao Aplicativo da Americanas e o “Americanas Mercado”, serviços de compra online que prometem entregar produtos em até 3 horas após o pedido, como forma de divulgar os novos serviços oferecidos no app e construir uma estratégia de engajamento para a marca. Na última semana, a marca presenteou os brothers e sisters mais propmark.com

Festa do “Méqui”

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uma vez, com com uma seleção de produtos encontrados no aplicativo da Americanas, ao mesmo tempo que disponibilizou cupons de desconto ao vivo para os telespectadores que assistiam pelo Pay Per View. As premiações foram publicadas no Twitter da Americanas onde os fãs puderam interagir com a marca e demonstrar a torcida pelos participantes do programa. Avon Outro patrocinador que obteve um grande destaque nesta edição do reality foi a AVON, com a campanha #AvonTáOn. O objetivo é atualizar a percepção da marca, tendo como inspiração o universo digital em uma parceria inédita de uma marca de maquiagem com o BBB, onde os seguidores da marca no Instagram poderiam participar de um sorteio para concorrer à mesma maleta dos brothers e sisters ou adquiri-la no e-commerce da companhia com preços promocionais. A estratégia de comunicação da marca da linha Power Stay contou com a participação de Lucas Pentado, ex-BBB e mais três personagens que retratam suas provas de resistência em suas trajetórias pessoais, utilizando o Slogan “Veio pra Ficar”. O sucesso da participação da Avon no programa foi refletido em suas postagens nas redes sociais. Olhando o engajamento das postagens no Instagram e Twitter das principais marcas do mercado, Avon, Natura e O Boticário, vemos que tanto o Instagram como o Twitter da Avon tiveram as 4 postagens/tweets com maior engajamento nos últimos 30 dias. McDonald’s e C&A – Festas Patrocinadas O patrocinador McDonald’s tam-

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bém surpreendeu os telespectadores com uma ação no BBB21. Sendo considerado “o maior merchan do reality” a festa do Pijama foi recheada de atrações para os participantes da casa e para os fãs. No dia 13 de março, o McDonald’s realizou uma festa dentro da casa com os lanches favoritos dos brothers e sisters e figurinos inspirados nas cores e identidade visual da marca. A combinação entre a ampla audiência do reality, os anúncios e ações digitais com influenciadores, veiculados no momento da festa, fizeram com que o Méqui ocu¬passe seis dos dez assuntos mais comentados do Twitter, incluindo a primeira colocação, e a busca pelos termos McDonald’s e Méqui Box no Google apresentaram aumento significativo. Além disso, a ação contou com desdobramentos fora da casa. Durante o programa quem pedisse a Méqui Box via iFood, ainda seria presenteado com pares de meias exclusivas. Nas redes sociais, o impacto da ativação de marca no Big Brother Brasil pode ser observado através do crescimento do número de fãs.

No dia seguinte à realização da festa (dia 14 de março) foi registrado um crescimento de 20.160 novos seguidores (somando-se Instagram e Twitter). C&A No dia 5 de Março, o patrocinador C&A proporcionou uma festa animadíssima com a presença de diversos artistas. Os confinados receberam looks escolhidos pelo público e participaram de um desfile virtual da marca. As peças dos looks personalizados foram colocadas à venda na C&A em uma página doBBB21. Nas redes sociais, o resultado da ação foi semelhante ao do McDonald’s. A marca teve crescimento de 13.890 seguidas no Instagram e Twitter. Sem dúvidas, a participação e a interação á todo momento dos internautas, pela televisão, mas também em, imensa parte pelas diversas mídias sociais, foi o principal fator para o sucesso gigantesco dos diversos contratos multimilionários que a emisasora Rede Globo fechou na edição de número 21 da casa mais vigiada e com a maior interação de todo o país melhoratendimento.com

Redes socias mais utilizadas

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Como as plataformas de streaming estão impactando o comportamento de consumo População brasileira está cada vez mais adepta a um modelo de entretenimento que tem criado tendências de consumo nit.pt

Netflix, uma das principais plataformas de streaming

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Julia Eloy consumidormoderno.com Em: 31. 12. 20 Mesmo que você não assine plataformas de streaming ou jogue xadrez, é bem possível que já tenha ouvido nos últimos meses sobre um tipo de abertura do jogo que utiliza o peão, o gambito da rainha. A culpa é da série de mesmo nome que estreou no final de outubro na Netflix e se tornou a produção mais assistida da plataforma em todo o mundo, com 62 milhões de expectadores em apenas 28 dias, segundo a própria empresa. E a audiência não se movimentou apenas para maratonar a série ambientada durante a Guerra Fria e protagonizada por uma jovem prodígio no xadrez. As buscas no Google por termos relacionados

ao jogo mais que dobraram em novembro. E o comércio sentiu a febre. A Ri Happy, maior varejista de brinquedos do país, viu as vendas de itens de xadrez crescerem 200% em relação a novembro de 2019. A J’adoube, especializada no jogo, teve um crescimento de 114% no número de pedidos e 103% nas receitas depois do lançamento da série. Nos Estados Unidos, o livro no qual se baseia a produção entrou na lista dos best-sellers do The New York Times, quase 40 anos após o seu lançamento. O sucesso de O Gambito da Rainha não é o primeiro e, com certeza, não será o último a impactar o comportamento dos consumidores. As plataformas de streaming de ví-deo estão cientes disso e o mercado precisa ficar atento para poder aproveitar o

movimento assim que ele surge. Plataformas de streaming cresceram durante a pandemia O consumo de conteúdo via streaming, que era crescente no Brasil antes da pandemia, depois do isolamento provocado pelo coronavírus aumentou. Atualmente, de acordo com uma pesquisa da Nielsen Brasil em parceria com a Toluna, 42,8% dos brasileiros assistem a conteúdos de streaming diariamente, enquanto outros 43,9% adotam a prática pelo menos uma vez por semana. A Netflix, líder global no número de assinantes, viu sua hegemonia cair no Brasil durante a pandemia. De acordo com uma pesquisa da NZN Intelligence, 30% dos brasileiros agora assinam a Amazon Prime Video, contra 24% da gigante mundial. Completam o wordpress.com

O consumidor tem mais poder

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theskimm.com

As diversas plataformas de streaming

top 5, a Globo¬play com 7% dos assinantes, Telecine e HBO Go, com 4% cada. A chegada da Disney Plus ao país, em meados de novembro, deve alterar os números nos próximos meses. E outras plataformas de streaming, como o Hulu, devem chegar ao Brasil em 2021, consolidando o modelo de comercialização de entretenimento que já é o favo¬rito dos brasileiros. Pelo levantamento da Nielsen, 73,5% dos entrevistados afirmaram preferir as plataformas, enquanto 63,8% disseram usar serviços como o YouTube e Vimeo, 61,5% a TV aberta e 54,9% TV a cabo. A ficção influenciando a vida real Assim como aconteceu com o cinema e as produções de televisão durante o século XX, atualmente

as séries – bem como os games – mexem diretamente com o imaginário da audiência no mundo todo. E isso, não raramente, se traduz em consumo. Não existe um padrão. Grandes sucessos recentes como Breaking Bad ou Game of Thrones levaram hordas de fãs a comprar tudo o que podia fazer referência às séries: livros, pôsteres, camisetas, canecas, bonecos colecionáveis e até fantasias. Mas outras vezes a moda é diretamente impactada. O êxito da espanhola A Casa de Papel, lançada em 2017 pela Netflix, transformou o vermelho (cor dos macacões usados pelos principais personagens da série) em tendência no vestuário e no look feminino. O corte de cabelo da personagem Tokio, vivida por

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Úrsula Corberó, foi outra influência da série que, literalmente, fez a cabeça de mulheres no mundo todo. O universo masculino viu algo parecido com a inglesa Peaky Blinders, lançada em 2014 pela Netflix e ainda em exibição. A série sobre gangsters da década de 1920 influenciou cortes de cabelo e o gosto por boinas, ternos e casacos escuros bem cortados. Influência das séries não é uma coincidência Você pode não notar, mas muitas produções adotam estratégias dire¬tamente ligadas ao consumo. A mais utilizada é o chamado product placement (algo como posicionamento do produto, em português). Trata-se da inserção de uma marca dentro da história através do uso dos personagens.

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uniter.com

Serviço de streaming

O irish whiskey Jameson bebido por Don Draper na já clássica Mad Men, a cerveja Estrella Galicia, favorita dos ladrões da já citada A Casa de Papel ou os agasalhos Adidas de vários estudantes da série adolescente Thirteen Reasons Why, da Netflix, são alguns exemplos. O consumo de algo que aproxima as pessoas da obra admirada é um comportamento comum e as oportunidades para o mercado vão além do óbvio, por isso é preciso prestar atenção para poder surfar a onda. Voltando ao exemplo de O Gambito da Rainha. Não era possível prever que uma série de época sobre uma garota que joga xadrez

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fosse fazer tanto sucesso. Mas aconteceu e empresas e profissionais que atuam em diferentes segmentos – mesmo aqueles que não possuem nenhuma relação com o jogo – podem aproveitar o momento. É possível dialogar com a série através de objetos de decoração, peças de vestuário e produtos beleza, entre outros. É preciso usar a criatividade e usar elementos da história para despertar uma conexão emocional com o consumidor. Outros sucessos virão, é preciso ficar atento Como o aumento do número de plataformas de streaming no mercado e o gosto do brasilei-

ro cada vez mais voltado para esse modelo de entretenimento, oportunidades não devem faltar. As próprias plataformas apostam mais em algumas produções do que em outras e é possível perceber isso pela movimentação no ambiente digital. Por isso na hora da maratona do final de semana é bom manter um bloco de anotações por perto e não deixar de conferir as redes sociais, principalmente as mais “rápidas” como o Twitter, TikTok e Instagram. Elas costumam apontar tendências que podem se transformar em negócios cada vez mais promissores e de crescente importância no mercado.

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Longa “Meu Tio José” compete em Festival Internacional de Cinema de Animação Produção baianabaseada em fatos reais conta, pelo olhar de uma criança,a história familiar de umex-guerrilheiroassassinado na ditadura

www.sopacultural.com

Personagem do Longa “Meu Tio José”

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Nicolas de Oliveira Dias Fonte: https://www.folhape.com. br/ Data: 24/05/2021 O longa-metragem baiano “Meu Tio José” está competindo no Festival Internacional de Cinema de Animação de Annecy, o maior e mais importante do setor no mundo, que acontece entre os dias 14 e 19 de junho. Baseado em fatos reais, o filme concorre na categoria Contrechamp e foi escrito e dirigido por Ducca Rios, que se inspirou na história da própria família para desenvolver o projeto. “Quando meu tio foi assassinado, eu tinha apenas dez anos de idade, foi um choque para mim e toda a família. A partir dali comecei a entender o que é uma ditadura militar e esse filme é a minha resposta para uma realidade bruta que nos deixou cicatrizes”, destaca Ducca.

Com produção executiva de Maria Luiza Barros e distribuição no Brasil da Tucuman, o filme conta o assassinato de José Sebastião de Moura, membro do grupo de esquerda “Dissidência da Guanabara” e que participou do sequestro do embaixador americano Charles Burke Elbrick em 1969, sob o olhar de uma criança, Adonias. “É uma obra importante, cíclica. Começa num golpe e vai ser lançada durante um outro golpe. Ela toca as pessoas porque faz essa revisita, lembrando esse evento trágico da minha infância, que remete a tantas lembranças com ele. Foi meu tio que me ensinou a nadar, ele brincava muito comigo e com meu irmão”, conta o diretor. Aliando essas boas memórias afetivas ao trabalho com cinema, Ducca decidiu homenageá-lo com seu primeiro longa-metragem chamando atenção para um crime

até hoje sem resposta. O elenco conta com grandes nomes do cinema como Wagner Moura, dando voz a José e que se mostrou bastante receptivo com o convite. “Apoio, assino embaixo. Fico contente, ainda mais na linguagem que Ducca escolheu, a animação, pouco comum no cinema brasileiro, sobretudo no baiano”. Já Lorena Comparato encarna a professora Adriana, enquanto Tonico Pereira vive o diretor da escola. Na trilha sonora, cinco canções de Chico Buarque se apresentam desconstruídas e com uma roupagem rock’n roll em versões totalmente instrumentais, a não ser “Apesar de Você”, que ganha interpretação de Lirinha, vocalista do Cordel do Fogo Encantado, são elas: Roda Viva, Construção, Deus lhe pague, O que será e Apesar de você.

https://telaviva.com.br/

Família Reunida

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‘Mortal Kombat’ assume liderança da bilheteria nacional; arrecadação segue em alta

Números seguem crescendo com reaberturas de cinemas pelo Brasil. Dez filmes mais vistos somaram juntos R$ 4,7 milhões.

Scorpion e Sub-Zero

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Nicolas de Oliveira Dias Fonte: https://g1.globo.com/ Data: 24/05/2021 “Mortal Kombat” assumiu a liderança da bilheteria nacional e desbancou “Godzilla vs. Kong”, que foi para a segunda colocação do ranking após duas semanas no topo. Os dados são da Comscore e referentes ao período entre os dias 20 e 23 de maio de 2021. O terceiro filme em live action da franquia baseada no jogo arrecadou R$ 1,48 milhão e recebeu o público de 81,7 mil pessoas. Já “Godzilla vs. Kong” somou R$ 1,38 milhão neste final de semana. A terceira colocação ficou para “Rogai por nós” (R$ 807 mil). No total, os dez filmes mais vistos no final de semana somaram R$ 4,71 milhões. O montante segue a tendência de alta na bilheteria nacional após as reaberturas dos cinemas em algumas cidades do país. O levantamento da ComScore não informa quantas salas de cinema estão abertas. Veja o ranking de bilheteria entre os dias 20 e 23 de maio de 2021:

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2.“Godzilla vs. Kong” - R$ 1,3 milhão

Godzilla contra King Kong

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wall.alphacoders.com

www.uhdpaper.com

1.“Mortal Kombat” – R$ 1,4 milhão

Kung Lau

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acheicinema.com

www.emaisgoias.com.br

3.“Rogai por nós” - R$ 807 mil Cena do filme “Rogai por Nós” tremdohype.com.br

5.“Demon Salyer – Murgen Train: O Filme” - R$ 255 mil

O vovô e seu neto

4.“Em Guerra com o Vovô” - R$ 313 mil

tremdohype.com.br

6.“Mundo em Caos” - R$ 229 mil

Protagonista da animação pipocasclub.com.br

Tom Holland como Protagonista do Filme

https://wallpapersden.com

7.“Bela vingança” - R$ 94 mil

9.“Nomadland” - R$ 37 mil Protagonista do Filme

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Cena do Longa “Normadland”

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pipocasclub.com.br

8.“Tom & Jerry - O Filme” - R$ 74 mil

/www.besthdwallpaper.com

10.“Raya e O Último Dragão” - R$ 28 mil

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Cruella: Como Glenn Close pode voltar a interpretar a vilã de Os 101 Dálmatas A personagem será vivida por Emma Stone no prelúdio Cruella, com lançamento marcado para maio. www.uol.com.br

Bárbara Motta Fonte: barbaramotta2000@gmail. com Em: 01/06/2021 Cruella de Vil é uma personagem icônica dos cinemas, considerada como uma das maiores vilãs da Disney. Vivida nas telonas por Glenn Close, sua história de origem está prestes a ser contada por Emma Stone em Cruella, em maio deste ano. Porém, é melhor a jovem atriz abrir o olho, pois a famosa intérprete da fashionista deseja retomar tal famoso papel de 101 Dálmatas. E já tem até planos sobre como fazer isso acontecer! O QUE ACONTECEU COM CRUELLA DE VIL? A versão live-action de Cruella de Vil foi apresentada em 1996 com Os 101 Dálmatas, onde Glenn Close interpretou a personagem criada por Dotie Smith, quarenta anos antes. Como todo mundo sabe, ela é uma designer poderosa e rica, que se torna obcecada em fazer um luxuoso casaco com a pele de dezenas de dálmatas inocentes. Felizmente, os planos da vilã (e de seus dois comparsas, Jasper e Horácio) dão errado e o trio é preso pela polícia. Em 2000, Close reprisou a famosa personagem em Os 102 Dálmatas — que não teve o mesmo sucesso

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Imagem de Cruella De Vil interpretada por Emma Stone

comercial e popular do primeiro longa. Dessa vez, a antagonista parece estar regenerada, após passar por um tratamento de hipnose na prisão. Porém, tal solução é desfeita a partir de grandes ruídos e Cruella volta a embarcar numa jornada para capturar cãezinhos a fim de criar o maior casaco já visto. Obviamente, os bichinhos são salvos e a ricaça volta para a cadeia. COMO GLENN CLOSE PODE VOLTAR COMO CRUELLA DE VIL? Em entrevista recente ao portal Variety, Glenn Close falou que tem desejo de reprisar o papel de Cruella de Vil em uma nova aventura. Inclusive, ela já tem até ideias para uma possível sequência. A veterana atriz, oito vezes indicada ao Oscar, não revela muitos detalhes de seus planos, mas adiantou que o público pode-

ria ver a chique vilã se aventurando pelos esgotos de Nova York. Já imaginou? Por enquanto, tal plano segue nos sonhos da artista — que está, atualmente, se preparando para fazer a adaptação da peça Sunset Boulevard. Paralelamente, a história de origem da designer será contada em Cruella, filme que terá Emma Stone no papel principal. Na aventura dirigida por Craig Gillespie (Eu, Tonya), ela ainda é conhecida como Estella, uma jovem aprendiz de moda que busca seu espaço na Londres dos anos 70. Ela fica amiga de dois ladrões, mas a vida muda mesmo quando seu talento é descoberto pela poderosa Baronesa (Emma Thompson). Só que esse relacionamento vai culminar numa série de revelações que levará a protagonista a abraçar seu lado sombrio e se tornar a grande vilã

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Banner do filme Cruella

Cruella de Vil. Com um elenco ainda formado por Mark Strong, Kirby Howell-Baptiste, Paul Walter Hauser, Joel Fry e Emily Beecham; Cruella estreia nos cinemas em 28 de maio,

mas também será disponibilizado, através de acesso premium, no catálogo do Disney+. “‘Cruella’ é o filme mais sombrio da Disney”, diz Emma Stone “Meu Deus, eu realmente vou

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interpretar a Cruella”, foi o pensamento de Emma Stone quando, após seis anos de negociações, o novo filme em live-action da Disney começou a sair do papel. Famosa vilã de 101 Dálmatas, Cruella agora tem sua juventude

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narrada pelo longa, no qual sua personalidade impetuosa ganha novos tons quando um trauma da infância a leva a viver com dois garotos órfãos em um casarão abandonado. Na juventude, o trio aplica pequenos golpes pelas ruas de Londres nos anos 70, até Estella (antes de se tornar Cruella) conseguir um emprego como estilista ao lado da Baronesa Von Hellman, vivida por Emma Thompson. A vilania de Cruella se revela amadora perto da Baronesa, uma mulher egocêntrica e perigosa — que nas mãos de Emma Thompson é um deleite à la Bette Davis em A Malvada. “Há anos eu pedia para interpretar uma vilã. Mas só pegava papel de mocinhas. Agora, finalmente, pude ser uma mulher muito malvada, e com belos vestidos”, conta a atriz inglesa. As atrizes ainda falaram sobre o prazer de ter a presença constante de cachorros no set — dessa vez,

a trama foca em três dálmatas e dois adoráveis vira-latas. Em alguns momentos específicos, os animais foram feitos por computação gráfica. “Os que estavam no set eram fofos, mas os de CGI eram malvados”, brinca Thompson. Ambientado na Inglaterra dos anos 70, o filme dirigido por Craig Gillespie (Eu, Tonya) tem uma forte veia punk rock, tanto na trilha sonora quanto nos elaborados figurinos e maquiagem. Na coletiva, a figurinista Jenny Beavan falou da inspiração para criar os looks da protagonista. “Olhei para minha experiência nessa época em Londres, para a força do punk, além de estilistas como Alexander McQueen e John Galliano”. Jenny, vencedora do Oscar pelo figurino do filme Mad Max: Estrada da Fúria, conta que a inesquecível interpretação de Glenn Close no filme 101 Dálmatas, de 1996, também foi uma

inspiração. “Eu pensei: quem essa jovem se tornará no futuro. E a resposta era Glenn Close. Então essa imagem ficou no horizonte”. Cruella estreia nos cinemas em 27 de maio e, no dia 28, chega também ao Disney+ com Premier Access por uma taxa adicional.

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Cruella em desfile com referência Punk

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‘Raya e o último Dragão’ é o filme que precisamos em 2021 Com mensagem sobre importância de união entre povos, confiança e até perdão, nova animação da Disney é um acalento para nossa vida pandêmica Bárbara Motta Fonte: barbaramotta2000@gmail. com Em: 01/06/2021 Raya e o Último Dragão é o filme que as famílias precisam ver em 2021. A mais nova animação da Disney traz, de maneira ingênua e doce (e com muitas cenas de ação), uma mensagem de esperança ao reforçar a importância da união, da confiança e do perdão para que uma sociedade desmantelada seja reerguida. O longa se passa no reino fantástico de Kumandra, esse local mágico outrora habitado por dragões e humanos, em perfeita harmonia

e prosperidade. Mas tudo mudou com a aparição dos Drunns, monstros terríveis que sequestraram o mundo e fizeram com que os dragões tivessem de se sacrificar para salvar a humanidade. Após 500 anos desse acontecimento, Kumandra, agora dividida em cinco regiões: Coração, Cauda, Coluna, Presa e Garra, não é mais um lugar próspero. Tudo o que restou da magia dos dragões é uma joia, muito cobiçada pelos líderes de cada território, que é guardada pela guerreira Raya e seu pai, Benja, no Coração. Cansado de acompanhar as mazelas do seu mundo, Benja resolve chamar os líderes de todas

as regiões para que a Kumandra fosse reconstruída. O pai de Raya era um forte entusiasta sobre a reunião do seu povo, desconsiderando toda a rivalidade e animosidade existente. Mas, apesar dos esforços de Benja, o seu plano de união não dá certo e a líder das terras Presa trama um plano para roubar a joia do dragão. Com isso, um embate se forma e a pedra é quebrada, liberando novamente os Drunns. É então que a jornada de Raya começa. A guerreira tem a missão de tentar eliminar os monstros da face da terra, reunir o seu povo, ao mesmo tempo que precisa aprender a reconquistar a confiança nas pessoas. www.loogek.com.br

Banner do filme “Raya e o último dragão”

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Do mesmo estúdio de Moana e Frozen, Raya e o Último Dragão tem uma trama envolvente, carismática e que aposta muito em representatividade e protagonismo feminino, que é exemplificado muito bem não só pela trajetória de Raya, mas também por Naamari, a sua antagonista. Raya engrossa o caldo das princesas do século XXI, e, assim como Anna, de Frozen, e Moana, do filme Moana, ela não precisa de um príncipe salvador, pois é sua própria heroína, além de exímia lutadora de várias artes marciais. Ao mesmo tempo em que acerta com a forma clássica da Disney de contar histórias, inspirador para os tempos caóticos em que vivemos, Raya e o Último Dragão combina elementos inspirados em contos e lendas do Sudeste Asiático com um design impecável – atente-se para o dragão Sisu e sua forma humana, um belo exemplo. Claro que ao usar da inocência da infância para se compor, e não se aprofundar nas dificuldades da sociedade, traz uma mensagem final utópica. Mas quem dera fosse possível, através da confiança, da união e do perdão poder reconstruir nosso mundo. Assim como diversos outros projetos dos estúdios, Raya e o Último Dragão terá uma estreia especial no Disney+, seguindo a mesma linha do live-action de Mulan. Em novembro, o co-CEO da The Walt Disney Company comentou durante a revelação de lucros trimestrais que o Premier Access está sendo estudado para englobar mais títulos no futuro. O lançamento de Raya nos cinemas é uma possibilidade pequena. Em nota, a Disney divulgou que a exibição está sujeita à abertura das salas de acordo com a regulamentação local de cada país. Por outro lado, a animação foi confirmada

www.uol.com.br

Cena de “Raya e o último dragão”

como a próxima estreia dessa nova modalidade de compra e aluguel na plataforma de streaming. Assim como aconteceu com Mulan em 2020, os assinantes deverão pagar uma taxa extra além da assinatura para assistir ao filme até que ele se torne parte integrante do catálogo. A companhia não anunciou

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quanto o aluguel de Raya e o Último Dragão vai custar, mas se seguir a mesma faixa de preço de Mulan, o aluguel deve custar por volta de US$ 30 (cerca de R$ 159 na conversão direta), fora o valor da mensalidade. Vale lembrar que essa estratégia é diferente de Soul, o mais recente lançamento da Pixar, que também

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pulou a exibição nas telonas e foi direto para o streaming. Em dezembro, durante o Disney Investor Day 2020, a empresa chegou a divulgar que outros filmes previstos para o cinema tiveram a estreia repensada e chegarão diretamente ao Disney+, como os live-actions de Pinóquio, Peter Pan & Wendy e possivelmente Cruella. Raya e o Último Dragão acompanhará a jornada da protagonista em busca do último dragão titular após o cruel vilão Druun ameaçar tomar conta do reino de Kumandra. Acompanhada de seu fiel corcel Tuk Tuk, que os produtores descrevem como “uma mistura

de urso com uma versão inseto de um tatu”, Raya encontrará uma criatura chamada Sisu, um dragão de água que pode se transformar em forma humana. O elenco de voz original conta com nomes de peso, com Kelly Marie Tran (Rose Tico em Star Wars) interpretando Raya e Awkwafina (Podres de Rico, A Despedida) emprestando sua voz a Sisu, o último dragão. Don Hall, que trabalhou em Operação Big Hero e Moana, dirige o filme ao lado de Carlos López Estrada. Ao Entertainment Weekly, os cineastas revelaram que Raya e o Último Dragão é o “filme de animação mais bonito” que já viram.

Divulgação/Disney

Raya e o corcel Tuk Tuk em cena

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Crítica: Mortal Kombat vive pelo fan service em filme morno

Acertos na estética do universo e nas referências não escondem defeitos de uma adaptação ocasionalmente divertida, mas sem alma images.hdqwalls.com

Uma luta entre o bem e o mal em Mortal Kombat

Carlos Gabriel Tolêdo Fonte: omelete.com.br Data: 18.05.2021 Os tempos estão mudando. Com o sucesso colossal dos videogames cada vez mais difícil de ser ignorado, Hollywood percebeu o potencial de uma nova tendência e colocou uma infinidade de projetos em desenvolvimento. Nesse primeiro momento, apesar de exemplos sólidos como Sonic, falta uma obra de peso que realmente dará o pontapé inicial para a era dos games na TV e nos cinemas. Entre erros e acertos, esse posto não será do novo Mortal Kombat. Aliás, a adaptação dos games da NetherRealm tem tudo para ser divisiva. Não necessariamente por tomar grandes riscos ou decisões ousadas, mas sim por colocar grande esforço de produção em algo que se

contenta em entregar o básico, criando uma experiência que é divertida em muitos momentos, mas que joga tão seguro ao ponto da frustração. Mortal Kombat: comparamos os personagens do novo filme com o clássico de 1995 A trama acompanha Cole Young (Lewis Tan), um lutador de MMA que se envolve em intrigas de realidades paralelas ao ser caçado por Sub-Zero (Joe Taslim), assassino enviado pelo perverso Shang Tsung (Chin Han). Acontece que, há séculos, a humanidade disputa o controle da Terra com reinos paralelos em uma competição sangrenta chamada de Mortal Kombat. Com o reino da Exoterra prestes a ganhar seu décimo torneio consecutivo, o destino do planeta fica nas mãos do deus do trovão Raiden (Tadanobu Asano), que reúne Cole e outros lutadores escolhidos para defender a humanidade na disputa.

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Cole Young em luta

Para quem nunca teve contato algum com Mortal Kombat, o filme faz um ótimo serviço em traduzir uma mitologia bastante expansiva - de realidades alternativas, tradições anciãs, deuses antigos e forças do mal - em algo de fácil compreensão. O mais surpreendente, é conseguir isso sem alienar o fã antigo, algo consistente com a forma de narrativa de títulos recentes, como Mortal Kombat X e Mortal Kombat 11, ainda que bem mais superficial. É visível que há muito carinho pelos games na produção, que consegue preservar a essência do material-base. Como “fan service”, o longa é um acerto: alterna entre brincar e homenagear a própria mitologia, apresenta um grupo considerável de rostos dos jogos, e recria cenários e figurinos de forma precisa, mas sem deixar de tomar algumas liberdades criativas que lhe garantem autenticidade. Seja nos fatalities bastante sangrentos (um dos maiores destaques), ou então em piadas muito específicas, como Liu Kang (Ludi Lin) “apelando” na rasteira durante uma luta, é certo que há algo de valor para o público mais experiente e fiel. O problema é a construção de Mortal Kombat como

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filme. O roteiro não faz ideia do que explorar no universo intrigante que tem nas mãos. Sem um bom gancho na trama, fica visível que a única motivação da obra é criar uma franquia nos cinemas. Isso motiva decisões questionáveis, como deixar o torneio titular apenas para a sequência, e usar suas quase duas horas de duração para criar uma equipe de heróis, em uma estrutura narrativa que mira na Marvel Studios, mas entrega uma jornada de descobrimento juvenil a lá Percy Jackson, em que cada um dos lutadores precisa achar seu poder interior. A abordagem não bate com o tom, e também dá um gosto de adaptação genérica ao longa. Salvo por Kano (Josh Lawson) aliviando a tensão com bom humor, Mortal Kombat não demonstra um pingo de alma em sua trama ou personagens, e mais parece fruto de uma inteligência artificial do que da criatividade de um humano. A direção talvez seja o maior dos problemas. Não é incomum que diretores de comerciais e videoclipes migrem para o cinema, mesmo em projetos grandes. No começo dos anos 2000, por exemplo, foi o caso de Zack Snyder com Madrugada dos Mortos (2004).

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Poster Mortal Kombat Trabalho acadêmico válido como AV2 da turma C304D de Editoração Eletrônica da FACHA - 2021/1

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Já Simon McQuoid tinha certa proximidade com o universo dos games, ao ter comandado propagandas para Halo e para o PlayStation. O cineasta, porém, não fica à altura de Mortal Kombat, e falha não só em dar estilo e personalidade ao longa, mas também em tornar as lutas, o ponto central da nova adaptação, combates interessantes e criativos. É preciso ressaltar o quão bom é o elenco do longa, especialmente no lado asiático, repleto de intérpretes experientes em artes marciais e produções de gênero. Isso não fica visível nas mãos de McQuoid, que roda as brigas sem nenhuma atenção ao ritmo, ao impacto da porradaria ou ao esforço dos participantes. Também não há consistência alguma nos combates, que ora são super picotados e mal montados, ora são tão lerdos que mais parecem um ensaio. Entre os atores, há poucos cujo talento é tanto que se destacam mesmo na câmera medíocre do cineasta. O Kung Lao de Max Huang, por exemplo, brilha em todos os momentos que aparece, ainda que a expertise do discípulo de Jackie Chan pouco dê as caras. Já o Sub-Zero de Joe Taslim é tão ameaçador e habilidoso que sua presença é a mais marcante de toda a obra. O Scorpion de Hiroyuki Sanada, eternamente em guerra com Sub-Zero, também fica à altura do rival, e a

dupla protagoniza as duas únicas lutas que verdadeiramente valem a pena. Mas, para um filme em que a porradaria é ofertada como prato principal, é especialmente decepcionante sair insatisfeito com isso. Tanto a escrita quanto a direção decepcionam aqui, mas nem sempre ter um diretor novato é sinônimo de fracasso. Afinal, em 1995, a New Line Cinema fez justamente isso, colocando o então-iniciante Paul W.S. Anderson para comandar a primeira adaptação de Mortal Kombat. O clássico é de uma galhofa gigantesca, com lutas lamentáveis e uma aura de filme B - e mesmo assim se sai melhor que a versão de 2021, justamente por demonstrar escolhas ousadas e um estilo marcante em prol do puro entretenimento. É possível se divertir com o novo filme, seja pelo carisma do elenco, pelos ocasionais fatalities ou pelo universo intrigante, mas é uma obra que em momento algum demonstra ter a voz de um cineasta. Na promessa de uma sequência que enfim mostrará o torneio (e a chegada de Johnny Cage), há com o que se animar no futuro, mas urge a necessidade de uma nova equipe criativa que realmente queira entregar um filme bom com todas as peças que têm nas mãos, e não só levantar uma marca bilionária nas telonas para o estúdio.

uhdpaper.com

Scorpion no Mortal Kombat 11

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Army of the Dead é um resgate dos blockbusters de zumbi Primeiro filme de Zack Snyder pós-DC é sangrento, brega e divertido em doses iguais

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Grupo se preparando para o assalto

Carlos Gabriel Tolêdo Fonte: omelete.com.br Data: 11.05.2021 Ouvir o nome de Zack Snyder automaticamente traz uma associação com quadrinhos. Não é sem motivo, considerando que o cineasta passou os últimos 15 anos envolvido com obras como 300, Watchmen e Liga da Justiça. Porém, antes de se tornar referência para adaptações de HQs, Snyder lançou sua carreira com o terror Madrugada dos Mortos (2004), remake do clássico de George A. Romero. É isso que torna tão interessante vê-lo retornando para o subgênero de zumbis com Army of the Dead: Invasão em Las Vegas, seu primeiro longa original desde Sucker Punch (2011). A produção da Netflix é importante para o cineasta, que originalmente bolou a premissa ainda no começo dos anos 2000, mas que só agora tirou a ideia da gaveta. Na trama, a cidade de Las Vegas é tomada por uma

infecção zumbi após a fuga de um experimento da Área 51. Os militares agem rápido para isolar o local, cercar com muros e manter todos os mortos-vivos do lado de dentro. Com a praga controlada, o resto do mundo atinge um grau de normalidade, e o governo decide exterminar os mortos-vivos com uma bomba nuclear. O problema surge quando o ex-soldado Scott (Dave Bautista) recebe a proposta de montar uma equipe e invadir a cidade em suas últimas horas para saquear o cofre de um cassino, que foi deixado para trás com US$200 milhões. O filme pode não servir nada realmente inédito ao subgênero, tão explorado entre as décadas de 1980 e 2010, mas traz leves modificações que criam uma experiência única. O início da infecção ter uma aparente conexão alienígena, por exemplo, ou então o fato de não ser uma jornada pelo pós-apocalipse. O surto foi contido com sucesso, e o mundo mantém certa normalidade exceto pela região contaminada. Esses elementos são pequenos por si só, mas

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Netflix Logo

ajudam a remixar fórmulas conhecidas, e tiram da jogada noções como “a origem do surto viral” ou “a luta cotidiana pela sobrevivência”. Questões do tipo são a base de muitas obras e já foram discutidas à exaustão em todo tipo de mídia. Com isso fora do caminho, o longa pode focar na missão principal sem maiores preocupações. Em Army of the Dead, Snyder reconhece o impacto que sua versão de Madrugada dos Mortos teve para os zumbis no começo dos anos 2000 - especialmente para os videogames, bebendo da estética saturada, equipamentos improvisados e inimigos variados -, mas também soa como uma obra perdida daquela época, com regras muito bem estabelecidas e personagens previsíveis. As prévias dão uma ideia de uma jornada mais absurda do que realmente entrega, mas isso não diminui seu peso. O lado blockbuster do subgênero, vivo por títulos esporádicos como um Guerra Mundial Z (2013) ou um Invasão Zumbi (2016), anda tão estagnado que ver algo básico, mas muito bem conduzido, caí como uma luva para os fãs sedentos por sangue, tripas e matanças criativas.

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O que faz o filme funcionar tão bem é o carisma de seu elenco. Mesmo sem um pingo de desenvolvimento decente, cada membro da equipe traz algo marcante, e a química entre eles é um destaque por si só, como a parceria entre Scott (Bautista) e Cruz (Ana de la Reguera), ou a inusitada amizade entre o badass Van (Omari Hardwick) e Dieter (Matthias Schweighöfer), especialista em arrombar cofres. Até os mais secundários brilham, como a Coiote (Nora Arnezeder), que guia o grupo pelo mundo dos mortos, ou então a sarcástica Peters, pilota de helicóptero vivida por Tig Notaro - atriz que foi adição de última hora à produção, mas rouba a cena sempre que dá as caras. O elenco merece o reconhecimento especialmente por conseguir criar personagens tão divertidos em cima de um roteiro bastante questionável. A trama é convincente, mas os diálogos são terríveis: excessivamente expositivos e bregas, porém não de um jeito irônico. Há muitos bons momentos de humor que surgem ao longo da obra, mas raramente os risos vêm das piadas intencionais. Os primeiros 40 minutos do longa, que servem apenas para preparar o

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terreno, são um verdadeiro teste de resistência. Felizmente, quando as coisas engatam, Army of the Dead conquista, e muito se dá pela ótima direção. O que Zack Snyder deixa a desejar como roteirista, ele compensa por trás das câmeras. Em eventos de divulgação, o diretor enfatizou que o longa não se trata só de horror, mas sim uma mistura de gêneros. O filme segue essa ideia à risca, e mostra influência tanto de Romero, quanto Fuga de Nova York (1981), de John Carpenter. Transitar entre ação e terror não é tarefa fácil, mas o cineasta se mostra flexível. Um momento em que o grupo precisa passar uma cozinha infestada de mortos começa repleta de tensão, e é conduzida de forma sufocante e claustrofóbica quando os soldados tentam encontrar o caminho em meio à escuridão. Eventualmente, as coisas dão errado, e a cena vai do silêncio ao caos, com tiroteio, fuga e traição e boas coreografias de porradaria. É um pouco surpreendente que Snyder consiga alternar o tom de forma tão fluida, especialmente acumulando funções nos bastidores. Isso, porém, tem um preço. Após anos de produções visualmente marcantes, é

normal esperar um espetáculo do cineasta, mas esse é o seu trabalho mais esteticamente moderado até agora. Muitas de suas marcas registradas dão as caras, como as composições melancólicas, o apreço pela mitologia e religião e, claro, o uso sem ressalvas de slow motion. Ainda assim, a frequência e a escala dessas decisões estilísticas são muito mais comedidas do que o esperado, sem muita grandiosidade. Muito disso vem do fato de que essa é sua primeira vez como diretor de fotografia, função que antes era de colaboradores como Larry Fong (300, Watchmen, Batman vs Superman). Sem o colega (que recebe um easter egg em forma de cartaz de show de mágica), Snyder dá uns passos para trás e tenta aprender a realizar seu ambicioso estilo autoral com as próprias mãos. O resultado é algo diluído, mas altamente digerível para quem não vai com a cara de seu trabalho. Já quem é fã pode ficar desapontado de vê-lo mais limitado. Em ambos os casos, porém, a assinatura do diretor é bastante visível. Army of the Dead pode ter muitas ideias repetitivas e não impressionar na trama ou nos personagens,

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mas é autêntico em reconstruir a pegada dos filmes de zumbis dos anos 2000, focando na sanguinolência (muito bem feita, por sinal) e na ação. É especialmente interessante que esse tenha sido o primeiro projeto de Zack Snyder após anos dedicado à DC Comics. Para quem construiu uma fama de fazer obras sombrias e realistas, aqui é muito visível que o objetivo foi se divertir. Isso também se estende ao elenco, que eventualmente contorna o roteiro lamentável e abraça a breguice, visando o puro entretenimento. O resultado é altamente satisfatório: um filme que segura o espectador pela ação, pela tensão e também, claro, pela tosqueira. Tudo sem medo de ser feliz.

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Diretor Zack Snyder observer.com

Dave Bautista em Army of the Dead

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The Flash: o homem mais rápido do mundo em seu primeiro filme solo O velocista escarlate inaugura seu primeiro filme protagonizado em 2022 imagem: batman-news.com

Flash em seu trage original.

Luiz Arthur Costa Lima da Silva Fonte: tecmundo.com.br Em: 19/04/2021 Os fãs da DC Comics estão esperando pelo filme autônomo do The Flash há um bom tempo. A Warner Bros. anunciou planos para Ezra Miller se tornar o ‘Scarlet Speedster’ em 2014, e ele teve a chance de desempenhar o papel no Esquadrão Suicida de David Ayer, em Batman v Superman de Zack Snyder: Dawn Of Justice, e em Justice League. Mas os planos para um blockbuster solo mudaram repetidamente conforme as mudanças foram feitas nos bastidores do

projeto. É quase como se o próprio Barry Allen continuasse bagunçando a linha do tempo. No entanto, parece que finalmente o filme está enxergando uma luz no fim do túnel. Baseado nos heróis mais populares da DC, o filme The Flash é um dos projetos mais esperados da DC Comics, mas o que exatamente podemos esperar dele? Quanto tempo os fãs ainda terão que aguardar para a estreia? Que outros personagens podemos esperar para o filme? Todas essas perguntas foram respondidas pelas últimas postagens nas redes sociais e mídias da DC comics e integrantes.

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O filme é uma das sete adaptações live-action da DC Comics que chegarão entre esse ano e o final de 2022, e estará entre os lançamentos de DC Super Pets e Aquaman 2, estrelado por Jason Momoa. Parte da razão de estar tão distante é porque Ezra Miller foi contratado para aparecer no terceiro filme do Fantastic Beast (também da Warner Bros), que está planejando para começar a ser filmado em outubro de 2020, e será lançado em novembro de 2021. As gravações do filme The Flash começaram na segunda-feira (19 de março), momento em que também foi revelado o novo logo oficial do velocista da DC.

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O filme está sendo dirigido atualmente por Andy Muschietti após algumas mudanças na produção do filme (que está para projeto desde 2015). Até agora, o nenhum teaser ou trailer oficial foi anunciado, apenas uma pequena animação da logo postada no perfil de Muschietti foi divulgada, que já gerou bastante comoção entre os fãs para o novo filme. E mesmo não tendo muito conteúdo pronto do filme, já sabemos um pouco sobre a trama e

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os personagens que participarão do elenco, graças a Comic Con e a DC Fandome dos últimos anos. A DC anunciou que o filme de The Flash contaria a história do herói em seu clássico arco conhecido como ‘Flashpoint’ - baseado no quadrinho de grande sucesso de 2011, onde Barry Allen (The Flash) decide voltar no tempo para salvar sua mãe de ser assassinada quando criança, o que após suceder, leva a um caso de efeito borboleta/teoria do caos onde ao voltar

para o presente, este se encotrava totalmente alterado, com mudanças extremamente significativas tanto para The Flash quando para os fãs que esperam o filme, como por exemplo, o fato de Bruce Wayne (conhecido como Batman nos quadrinhos) na verdade foi morto no dia do assassinato de seus pais, e na verdade Thomas Wayne, seu pai, que se tornara o iconico Batman na trama, enquanto sua mãe Martha Wayne entra em um estado de insanidade ao perder o filho

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e se torna a versão do famoso vilão Coringa. Infelizmente os estúdios não disponibilizaram mais muitas informações do filme, nem se a história seguirá fielmente os quadrinhos ou quais serão as adaptações que o diretor e a Warner Bros. trabalharão na criação do filme, mas os mesmos garantiram que a versão do filme será bem diferente do que estamos acostumados sobre as mudanças de viagem no tempo, mas garantiram que o papel

de Thomas Wayne será de grande importancia na trama. O elenco completo para o filme ainda não foi divulgado, porém por meio de fotos e postagens na internet de artistas e contas ligadas ao universo da DC Comics, tivemos ideia de alguns dos atores que participarão no filme. Obviamente Erza Miller retornará como Flash após sua última aparição icônica em Justice League – Snyder Cut, assim como Kiersey Clemons (Iris West), que teve sua primeira

aparição no corte do diretor. Graças as postagens, tivemos conhecimento que o filme contará com Ben Affleck ainda como o clássico Batman que conhecemos, além de Maribel Verdú como Nora Allen (mãe de Barry) em sua primeira aparição, e também surpreendentemente a atriz Sasha Calle como Supergirl, personagem cuja participação no filme ainda continua como um mistério. O filme testá previsto para estrear nos cinemas em 04 de novembro de 2022.

wallpaperaccess.com

Poster de The Flash.

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The Suicide Squad:

Os integrantes do Suicide Squad entrando em cena.

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um novo começo images.hdqwalls.com

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O grupo Suicide Squad retorna aos cinemas Luiz Arthur Costa Lima da Silva Fonte: digitalspy.com Em: 10/05/2021 O Esquadrão Suicida está definitivamente vindo para causar estragos em nossas telas de cinema neste verão - ou na sua TV, onde também terá sua estreia na HBO Max. O escritor e diretor James Gunn confirmou no início de fevereiro de 2021 que a reinicialização da DC e uma espécie de sequência de Suicide Squad está “totalmente concluída e cortada”, acrescentando: -“Eu fiz todas as escolhas e a Warner Bros nunca, nem uma vez, sequer interferiu ligeiramente.’ Com muita criatividade, o diretor aumentou a empolgação por sua visão sobre o esquadrão anti-herói, dado o que ele entregou com os dois filmes Guardiões da Galáxia. Mas ele está buscando algo diferente com este filme da DC: -”Eu queria fazer as coisas que outros filmes de espetáculo não foram capazes de fazer, que é realmente levar meu tempo e investigar esses personagens, conhecê-los, focar nos aspectos dos personagens, focar em quem eles eram e lidar com eles tempo de uma forma diferente da que tem sido tratada nesses filmes” -brincou. Gunn também não se limitou a seguir a partir do primeiro filme. O filme combina novos personagens com favoritos de retorno, como Harley Quinn de Margot Robbie e Amanda Waller de Viola Davis, além de diversos novos personagens formando um grande elenco jamais visto nas telas.

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Dentre os artistas divulgados em agosto de 2020, ainda não sabemos quem Taika Waititi interpretará no filme, mas foi confirmado que Sylvester Stallone está dublando King Shark, que com certeza será um dos favoritos dos fãs, que comentou na internet sobre o filme: -“Trabalhar com este diretor incrível neste projeto surpreendente tornou este ano incrível. Eu sou um homem muito sortudo por estar cercado por tal talento!” Margot Robbie também tem falado sobre como Harley Quinn mudou desde Birds of Prey e disse que ela é um “catalisador do caos” no novo filme: -“Ela não é necessariamente o seu centro narrativo, e às vezes é ótimo quando os pontos da trama podem repousar sobre os ombros de outros personagens, e ela pode ser a única coisa que irrompe uma sequência de eventos”- explicou ela. O trailer confirmou que a empolgação é alta para a sequência/ reinicialização da DC Comics, pois estabeleceu um novo recorde para a maioria das visualizações de um trailer da banda vermelha em uma única semana, com mais de 150 milhões de visualizações, superando os 116 milhões de visualizações de Mortal Kombat na primeira semana. Um momento particular do trailer parecia confirmar que ‘Starro the Conqueror’ estaria no filme, enquanto a equipe enfrentaria uma estrela do mar gigante nos momentos finais do trailer brilhante. O personagem foi divulgado pela primeira vez quando Gunn estreou um vídeo dos basti-

dores no DC FanDome em agosto de 2020, que nos deu nossa primeiro contato com o filme. Conhecemos os personagens, vimos nossa primeira filmagem e também temos uma sinopse oficial do filme: -”Bem-vindo ao inferno - também conhecido como Belle Reve, a prisão com a maior taxa de mortalidade nos EUA de A. Onde os piores supervilões são mantidos e onde eles farão de tudo para sair - até mesmo se juntar ao super-secreto, super-sombrio Força Tarefa X “, -diz ele. “A tarefa de fazer ou morrer de hoje? Reúna uma coleção de contras, incluindo Bloodsport, Peacemaker, Captain Boomerang, Ratcatcher 2, Savant, King Shark, Blackguard, Javelin e o psicopata favorito de todos, Harley Quinn. Em seguida, arme-os pesadamente e solte-os (literalmente) na remota ilha de Corto Maltese, infundida pelo inimigo.”E como sempre, um movimento errado e eles morrem (seja nas mãos de seus oponentes, um colega de equipe ou a própria Waller). Se alguém fizer apostas, o dinheiro está contra eles - todos eles.” Em Corto Maltese, sabemos que eles têm que “destruir uma prisão e um laboratório da era nazista chamado Jotunheim, onde prisioneiros políticos foram mantidos e experimentações ocorreram”, revelou o produtor Peter Safran, com Gunn provocando que “alguns segredos horríveis foram revelados”. Uma teoria para a grande lista de elenco é que haverá vários Esquadrões vistos na sequência e Gunn

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em forma de remake sob nova direção

Poster oficial de divulgação do filme.

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matará a maioria das novas adições ao Esquadrão Suicida no primeiro ato, assim como Deadpool 2 fez com X-Force. Isso é reforçado pelos comentários recentes de John Cena sobre os primeiros dez minutos de The Suicide Squad serem seu próprio filme, enquanto Gunn também brincou que “nenhum personagem foi protegido pela DC”, então podemos esperar algumas mortes. E para confirmar que nenhum personagem está seguro, Gunn disse em abril de 2021 que a Warner Bros disse que ele “pode matar qualquer um”: -“Eles disseram que eu poderia manter (todos os personagens) ou acabar com todos eles”- lembrou ele. O próprio slogan dos banners dos personagens principais do filme ja avisam aos futuros telespectadores sobre ao dizer: “Suicide Squad: Não se apegue demais...”

ign.com

Poster da personagem Harley Queen de divulgação do filme.

“Quando eu li o roteiro, tipo, cada página, cada página do roteiro me fez rir”, ele se entusiasmou. “É simplesmente o mais tolo, mais violento e, às vezes, é realmente comovente ... Acho que as pessoas vão adorar. Eu realmente adoro. Acho que vai ser um filme muito, muito apreciado.” - disse a estrela Joel Kinnaman Em 30 de janeiro de 2019, a Warner Bros finalmente confirmou que a data de lançamento do Esquadrão Suicida será 6 de agosto de 2021.Em um movimento surpresa que abalou Hollywood, o estúdio também anunciou que todos os seus lançamentos planejados para 2021 serão lançados nos cinemas e na HBO Max no mesmo dia, então The Suicide Squad estará disponível para assistir em 6 de agosto de 2021 em HBO Max também.

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Das raízes vieram os sabores, os cheiros, as lembranças da infância em Belém, onde nasceu a chef confeiteira Cintia Koerper Karla Barbosa Fonte: www.uol.com.br www.anaclaudiathorpe.ne10.uol.com.br Em 01.06.2021 Levando a culinária brasileira com mais intensidade para o exterior, a chef paraense Cintia Koerper é símbolo de referência gastronômica em Portugal. Comandando a cozinha do hotel luxuoso Malhadinha Nova, a chef preservou suas raízes, com produtos do Pará, que deram origem aos sabores, cheiros e pratos especiais.

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www.rfi.fr

Chef brasileira leva gastronomia de alta qualidade para Portugal com produtos do Pará

Chef paraense Cintia Koerper

Cintia, herdou da mãe a paixão pela cozinha e aprendeu as primeiras receitas. Todas essas experiências e memórias embalam as suas criações que vêm conquistando admiradores de todas as partes do mundo, na Herdade da Malhadinha Nova, um refúgio de luxo com 450 hectares de natureza quase intacta, em Albernoa, no coração do Baixo Alentejo, uma das regiões com menor densidade populacional da Europa e um dos segredos mais bem guardados de Portugal. “Eu busco sobretudo os sabores da minha infância e é fácil de trabalhar quando você tem esse tipo de referências e ainda se tem bons produtos como aqui. Unir as duas inspirações é o que adoro. É um privilégio trabalhar na Malhadinha pois nós temos praticamente tudo aqui na Herdade! Temos quase todas as frutas da estação. É maravilhoso poder colher o figo, por exemplo, e pensar com o que eu vou finalizar e harmonizar este figo tão doce e orgânico para uma sobremesa”, explica. É essa harmonia de sabores que encanta a empresária portuguesa Rita Soares, uma das donas da Herdade da Malhadinha, um projeto familiar com mais de vinte anos e que, desde 2020, passou

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Margarida da Malhadinha

a fazer parte do grupo Relais & Châteaux, uma das mais prestigiosas associações de hotéis do mundo e, que para ser membro, duas coisas são fundamentais: hospitalidade excepcional e gastronomia de referência. É ao lado do marido e chef, o alemão Joachim Koerper, e uma equipe experiente, que Cintia ajuda a cumprir essa missão de transformar a experiência dos que passam pela Herdade da Malhadinha Nova através das suas combinações originais, do cuidado aos detalhes e ao fazer arte em forma de comida. Para Joachim, ter a chef brasileira como parceira de vida e de cozinha, o inspira todos os dias e o faz conhecer novos sabores. A influência da cozinha brasileira no universo gastronômico de Cintia Koerper oferece resultados positivos

tanto para o hotel como para o Brasil, que expande através dela sua cultura e culinária. Simbiose de sabores “ A Cintia e o Joachim fazem uma parceria harmoniosa e que é muito admirada aqui na Malhadinha. Eles se complementam e trazem muita riqueza gastronômica. A Cintia tem imensa liberdade para criar. Ela inspira-se na natureza completamente. Ontem serviu a sobremesa lindíssima do novo menu que é a margarida, que são as flores da Malhadinha à mesa. Impressiona ver como une um ou outro ingrediente que tem uma ligação de amor pela sua terra, produtos sempre escolhidos criteriosamente e que confere um sabor novo aos pratos. É muito importante para nós essa simbiose e ficamos muito felizes que

ela possa trazer um pouco das suas origens e da sua alma para a cozinha da Malhadinha!”, diz a empresária. Cintia Koeper teve passagem por escolas de culinárias internacionais em Paris e Itália, mas voltar as raízes foi essencial para a chef que já mora em Portugal há quase quinze anos. “ Fiz escola de cozinha Alain Ducasse, primeiramente no Rio de Janeiro e depois em Paris. Fui estudar cozinha italiana em Florença e fui conhecer a cozinha paraense, da minha terra, pois não conhecia e não sabia fazer. Depois que conclui minha formação, voltei pra Belém para estagiar em um restaurante paraense”, comenta. A influência da cozinha brasileira no universo gastronômico de Cintia Koerper é o orgulho da

família que, muitas vezes, envia os ingredientes que a chef não encontra em Portugal. “ Esta volta às raízes está no sangue, não tem como escapar e a família e os meus pais ficam muito orgulhosos e muitas vezes são eles que me enviam os produtos porque eu não posso ir ao Brasil. Com a globalização, alguns produtos nós já encontramos em Portugal, mas quando eu quero um produto específico como, por exemplo, o cumaru, uma semente indígena do Pará, conhecida como a baunilha dos índios, muito usada na perfumaria, minha irmã é quem me envia. Quando eu quero um produto típico, como um chocolate produzido com as favas do cupuaçu, só encontro mesmo em Belém!”, explica Cintia. Reproduçao instagram

Reproduçao instagram

GASTRONOMIA

Creme baru e figos

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www.restauranteleven.com

Sabores exoticos

Nessa cozinha de autor com uma assinatura inspirada no conceito “farm to table”, onde a maior parte do que chega à mesa vem do que é produzido na Herdade, Cintia aposta nas frutas locais. A relação entre Brasil e Portugal enriquece ainda mais a gastronomia do hotel que, desde 2020 tem a cerificação biológica na vinha, na pecuária, em toda agricultura e que tem como objetivo se tornar 100% autossuficiente no que toca a gastronomia. “A relação entre ambos os países é emocionalmente forte, tem muita carga e obviamente que os clientes brasileiros, sentem isso. Eles gostam do nosso país, se sentem bem aqui, a língua ajuda a recebermos de uma forma mais calorosa e

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eles sentem que também os dedicamos um pouquinho daquilo que eles tanto gostam e valorizam, que são suas próprias origens. Faz todo o sentido que possamos ter esta oferta, um pouco da essência brasileira para os nossos hóspedes tão especiais que apreciam os nossos produtos da gastronomia e vinho e a Cintia consegue isso com muita maestria”, revela Rita Soares. “ Nós brasileiros somos muito patriotas em relação à comida e é sempre gostoso nos sentirmos perto da nossa cultura de alguma forma quando estamos longe de casa. Nossos clientes do Brasil acabam por ficar com o coração cheio em ter uma pitadinha brasileira no país que tanto amam como Portugal”, explica Cintia Koerper.

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www.viagens.sapo.pt

Hotel Fazenda Herdade da Malhadinha Nova, Portugal

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Rocka:

Culinária sofisticada à beira de uma praia selvagem Reunindo beleza natural, decoração charmosa e pratos executados com maestria, o Rocka é um dos principais points gastronômicos de Búzios

Arquitetado à beira da Praia Brava, em Búzios, o Rocka Beach Lounge é um lugar para chegar cedo e ficar até o sol se despedir do dia. O gramado ao ar livre com ombrelones e almofadões são perfeitos para passar momentos descontraídos degustando drinques, vinhos, petiscos e pratos no melhor estilo pé na areia. O tipo de ambiente que que vem em mente quando imaginamos o cenário perfeito para relaxar. Por se tratar de uma fundação junto à praia, é quase obrigatório, um pulo até a areia e dar um mergulho no mar. A instalação convidativa, mesas em madeira bem espaçadas no salão, onde grandiosas janelas com vista para estonteante paisagem

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www.festgastbuzios.home.blog

Karla Barbosa Fonte: www.vidacarioca.net; www. rockafish.com.br; www.qualviagem.com.br; www.lanacion.com.ar Em 01.06.2021

Gustavo, chef e proprietario do Rocka

quase selvagem, deixam a leve brisa marítima embalar deliciosas experiencias culinárias. Mestre experimentado O responsável por orquestrar toda essa fabulosa viagem desde 2017, é o chef argentino de 40 anos,

Gustavo Rinkevich. Nascido em Bariloche e descendente de família russa, o chef se formou em Administração de Empresas Hoteleiras e Gastronômicas no Instituto CENCAP em Buenos Aires, quando descobriu sua paixão pela alta culinária. Convidado pelo an-

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www.vivinaviagem

Ceviche do Chef

tigo socio para dar a cara e o sabor sublime do Rocka, Gustavo, já possuía em seu vasto currículo longos anos de experiencias, aprimorando suas técnicas de culinária em renomados restaurantes europeus. Somente na Espanha, foram cinco anos comandando a cozinha do Ama Lur, até finalmente fazer do Brasil a sua casa.

Sofisticado, bravo e sustentável Na cozinha do Rocka, acontece a magia onde a fusão de sabores do mediterrâneo, brasileiro e contemporâneo, dão o toque de estilo e modernidade que o Rocka possui. O chef faz uso da técnica especial e marcante da brasa, finalizando suas com-

posições com as lindas louças rústicas que atribuem ainda mais leveza ao serviço. Gustavo leva muito a sério a qualidade de seus ingredientes, que, além de importar iguarias clássicas como foie gras, caviar para combinar aos ingredientes brasileiros que são selecionados diariamente na própria região. Faz ques-

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tão em valorizar a pesca sustentável, dando sua preferência para redes de pequeno porte, possuidoras de credenciais de ética. Além de impulsionar a produção local, comprando desde peixes frescos, lulas de Arraial do Cabo, ostras e outros frutos do mar, o Rocka conta com sua própria horta orgânica, tudo para dar diversificação

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de sabor em suas criações. O menu, elaborado de acordo com a sazonalidade, garante pratos ainda mais frescos e ricos em cores, ornados com cuidadoso carinho.

www.degustare.com.br

Preparos do mar e da terra para se deleitar O Rocka oferece excelentes pratos de frutos do mar. Mas o chef Gustavo vai além e valoriza bastante as carnes especiais. Anotamos para você os destaques de cada sessão do menu. Para as entradas, o dadinho de tapioca e queijo coalho com sweet chili e maracujá, o tiradito de vieiras com Aji Amarillo, abacate e frutas vermelhas, além das saladas de burrata com abóbora assada ao aroma de laranja, cardamomo e fatias de coco queimado, outra opção, para quem adora desvendar queijos, é a salada de cabra morno com manga, azeitonas pretas,

cebola roxa, rúcula e parma crocante, fazem um maravilhoso abre-alas para os trabalhos que se seguem. Já nos pratos principais desfilam estrelas, entre eles o Carpaccio de polvo com aioli, vinagrete de aipo e maçã verde e o patê de foie de galinha com geleia de damasco, picles e pães de fermentação natural. E, finalmente, aos que gostam de levar uma vida mais adocicada, o arroz doce com manga, leite de coco caramelizado e sorvete de canela juntamente ao flan de gengibre com o inovador doce de leite de cabra artesanal e creme batido, que arrancam suspiros do fundo da alma. Para os amantes de chocolate há, ainda, chocolate belga com gelatina de lavanda e o sorvete caseiro e a sopa de chocolate branco com calda e sorvete de maracujá. Um delicioso quindim com espuma de coco e sorvete de framboesa, para quem não nega as raízes.

Ceviche Brava, um dos mais pedidos no Rocka

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www.images.themodernproper.com

Molho romanesco - Receita clássica catalâ

Mapa do tesouro O molho romanesco, um clássico da cozinha catalã, harmoniza peixes e frutos do mar, como o polvo. Fomos agraciados pelo chef, que não somente nos permitiu presenciar a realização dessa receita, como também revelou passo a passo do modo de fazer. Não poderíamos deixar de compartilhar todas as anotações com nosso leitor curioso, que ama um bom desafio culinário, encerrando com chave de ouro nossa viagem gastronômica ao Rocka. Receita do molho Romanesco para dez pessoas - 4 Pimentões vermelhos; - 10 Tomates maduros grandes ; - 3 Cabeças de alho; - 1 xícara de avelã;

- 1 xicara de amêndoa defumada; - 4 Colheres cheia de Páprica defumado e - Pimenta Caiena a gosto. Modo de preparo Prepare uma assadeira com azeite, alecrim, tomilho e sal grosso. Coloque os tomates junto aos pimentões na assadeira. Assar entre 30 a 60 minutos no forno, virando os legumes várias vezes. Retirar os pimentões quando a pele já estiver saindo. Colocar o alho e voltar ao forno por 30 a 40 minutos. Descarte a pele e as sementes dos pimentões. Retirar a assadeira e colocar avelã e amêndoa defumada. Deixar assar por mais 10 minutos

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Retire as sementes dos tomates e a parte branca. Retire os dentes de alho que estão pastosos. Junte tudo em um liquidificador. Aproveitar o azeite do fundo da assadeira usando uma peneira junto aos ingredientes no liquidificador. Complete de azeite até o nível dos legumes. Acrescente a páprica e bata no liquidificador até obter uma pasta untuosa. Acrescentar pimenta a gosto e corrigir sal e azeite e misturar de novo. A consistência pode ser mais ou menos liquida em função do uso do molho, nas variadas opções dentre massas, peixe ou frutos do mar. Bom apetite!

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MODA

Michael Kors voltará às passarelas ao vivo com desfile no dia 10 de setembro em Nova York istoedinheiro.com.br

Estilista Michael Kors na Semana de Moda de Nova York

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Amanda Gomes Fonte: br.fashionnetwork.com Em: 27/05/2021 Michael Kors confirmou que irá apresentar a sua próxima coleção em um desfile ao vivo, no dia 10 de setembro, durante a Semana da Moda de Nova York. O evento representará a primeira aparição de Kors em um desfile ao vivo desde fevereiro de 2020, quando o designer revelou uma coleção glamourosa super-confortável, com numerosas capas de caxemira, no interior da antiga Bolsa de Nova York.

A Maison de moda, com sede na própria Big Apple, anunciou que o designer apresentará a coleção Michael Kors para a primavera-verão 2022 com um desfile ao vivo no dia 10 de setembro, às 10 da manhã, como parte da semana de moda agendada de 8 a 12 de setembro. O evento também ganhará vida virtualmente através de uma experiência digital multifacetada, que estreará simultaneamente em michaelkors-collection. com. “Este é um momento importante para Nova York e estamos orgulhosos de apoiar a cidade e a indústria durante a New York

Fashion Week. Estou entusiasmado com o retorno às atuações ao vivo em Nova York, este outono, e ansioso por apresentar a minha coleção à um público ao vivo”, observou Kors, que celebra este ano o 40.º aniversário da sua maison de moda. Até agora, outras marcas, incluindo a Tory Burch, Jeremy Scott, Thom Browne, Pyer Moss, Gabriela Hearst, Markarian e Jonathan Simkhai, também confirmaram presença no calendário oficial do Council of Fashion Designers of America (CFDA). Porém, uma marca extremamente importante como a Ralph Lauren, g1.globo.com

Naomi Campbell, Bella Hadid e Shalom Harlow partiparam de desfile da Michael Kors

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camilacoelho.com

Desfile NYFW Michael Kors Camila Coelho br.fashionnetwork.com

O designer de moda norte-americano, Michael Kors Foto cortesia

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br.fashionnetwork.com

ainda não revelou os seus planos. Como anunciado anteriormente, uma dúzia de marcas, incluindo a Telfar, Rodarte, Proenza Schouler, Altuzarra, Brandon Maxwell, Prabal Gurung, Sergio Hudson, Monse, Jason Wu, LaQuan Smith e Markarian, em vez disso associaram-se separadamente com a agência IMG para a Fashion Alliance, que está unindo forças com os 11 estilistas americanos para revitalizar a NYFW e num esforço para ajudar a economia da moda de Nova York a se recuperar na pós-pandemia, comprometendo-se em participar da IMG’s NYFW: The Shows para as próximas três temporadas. A última coleção de Kors foi uma “carta de amor à Broadway”, apresentada em formato de espetáculo em vídeo no dia 20 de abril, a partir do histórico Teatro Shubert, com uma atuação ao vivo de Rufus Wainwright e comentários de convidados como Bette Midler, Cynthia Nixon, Bernadette Peters, Rosario Dawson, Alan Cummings, Billy Porter, Chita Rivera, Matt Bomer e Marisa Tomei. Kors é um dos poucos e verdadeiros criadores bilionários da moda, que lançou a sua marca em 1981; hoje esta faz parte do Grupo Capri, juntamente com a Versace e Jimmy Choo.

Coleção de moda feminina da Michael Kors para outono-inverno 2020 apresentada em Nova York- PixelFormula

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Puma: nove em cada 10 produtos serão feitos de materiais mais sustentáveis até 2025 br.fashionnetwork.com

Puma quer se concentrar em fontes mais sustentáveis e recicladas- Puma

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wepick.com.br

Nome: Amanda Gomes Fonte: br.fashionnetwork.com Em: 20/05/2021 A empresa alemã de artigos esportivos. Puma, quer ter nove em cada 10 dos seus produtos fabricados a partir de materiais mais sustentáveis até 2025. Este objetivo deve ser alcançado através de fontes mais sustentáveis e recicladas. No ano passado, a Puma obteve 100% dos seus principais materiais para têxteis e acessórios – tais como viscose e algodão – de fontes mais sustentáveis. Mais de Segunda coleção Puma x Arder Error uni elementos futuristas com inspirações retrô e está maravilhosa! br.fashionnetwork.com

Neymar Jr. juntou-se a Puma em 2020- Puma

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97% do couro utilizado, poliéster e papel também vieram de fontes certificadas em 2020, assegurou a empresa em um comunicado de imprensa. Ao recorrer a tais materiais, a Puma utiliza menos água e produtos químicos na produção.

br.fashionnetwork.com

Como passo seguinte, a Puma quer aumentar a quantidade de material reciclado em têxteis e acessórios. Até 2025, aproximadamente 75% do poliéster utilizado será proveniente de fontes recicladas. Como parte deste compromisso, a Puma juntou-se ao Recycled Polyester Challenge (Desafio Poliéster Reciclado), um projeto da organização sem fins lucrativos Textil e Exchange. “A nossa estratégia de sustentabilidade visa ter o maior impacto positivo possível para que, quando os nossos clientes comprarem um produto Puma, eles também saibam que estão adquirindo um produto sustentável. Continuaremos a trabalhar arduamente para estar à altura do nosso lema de sustentabilidade Forever Better”, declarou Stefan Seidel, diretor de Sustentabilidade Empresarial da Puma. Este ano, a Puma lançou várias coleções com um foco especial na sustentabilidade. Para a ReGen, a empresa utilizou materiais residuais da produção e outros materiais reciclados, tais como aparas de couro e algodão e poliéster reciclado, a partir de

Puma x Helly Hansen - Puma

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purepeople.com.br

resíduos plásticos. A recolha Exhale – desenhada em colaboração com a modelo, atriz e cantora britânica Cara Delevingne – é feita de poliéster reciclado e a pegada de carbono criada pela produção da recolha foi compensada pela empresa, afirmou ainda Seidel. Os produtos da coleção First Mile – lançada em 2020 – são fabricados a partir de fio sustentável derivado de plástico reciclado. Neste processo de reciclagem, a First Mile também cria empregos e apoia microempresas em Taiwan, Haiti e Honduras.

Outro look do desfile da colab Fenty + Puma

br.fashionnetwork.com

Colaboração com a Ferrari revelada em janeiro - Puma

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Galliano VS Margiela: Uma História Visual Na estreia de Galliano na alta-costura para Margiela, olhamos para seus arquivos e traçamos os paralelos visuais esquecidos entre seus dois mundos Beatriz Moreira Fonseca Fonte: dazeddigital.com Em: 12.01.15 John Galliano assumindo o papel de diretor criativo na Maison Martin Margiela parecia inicialmente uma história contraditória - duas potências da indumentária, mas cada uma muito diferente em termos de design. Os programas de Galliano eram todos sobre excesso e escapismo, transportando o espectador para mundos novos

e extravagantemente teatrais, e sua presença pessoal - aparecendo em seus próprios looks elaborados no final de cada show (sim, há até uma compilação) - é lendária. A Margiela, por outro lado, assentava em princípios estritamente minimalistas, conhecida pela sua reputação de casa centrada não no individual mas no coletivo e numa aura coletiva de sigilo. Mas após a recente revelação da nova nomeação de Matthieu Blazy e Galliano, as coisas estão definidas para dazeddigital.com/fashion

John Galliano SS10 vs Maison Martin Margiela 1994

mudar na outrora esquiva Maison: ela está se destacando como nunca antes, radicalmente rebelando-se contra seus próprios princípios. Além do mais, toda a indústria está esperando com a respiração suspensa. Hoje é uma nova era para a Margiela. Para comemorar, decidimos fazer uma retrospectiva da história do designer e da marca, para explorar os paralelos invisíveis entre seus trabalhos. O que esta tarde trará para os dois - só o tempo dirá. dazedimg-dazedgroup

John Galliano SS05 vs Maison Martin Margiela 1990

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VERSACE A W 2 1 SIGNIFICA NEGÓCIOS A fabulosa visão de Donatella na sala de reuniões vai além em uma tempestade de supermodelos.

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Sara Choi desfila para Versace

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Beatriz Moreira Fonseca Fonte: i-d.vice.com Gigi Hadid abriu o desfile da Versace no AW21 com um casaco preto sombrio e um minivestido que deixava exposto um pedaço da barriga. Por um lado, Gigi usava uma luva estampada e nessa mão ela segurava uma bolsa

conceito relativo no mundo de Donatella; temperamental, mas excitado. Então, o que se seguiu foi uma orgia de cabelos sacudindo, pavoneando e vamping para a câmera. A paleta de cores pode ter sido de negócios, mas o sentimento era totalmente exagerado, enquanto as modelos marchavam por um labirinto inspirado no pa-

drão La Greca, que é a assinatura de Versace. Seguindo rapidamente a aparência feroz de Gigi estavam Mica Argañaraz e a irmã de Hadid, Bella, ambas usando sombra felina de cor brilhante com grande efeito e sacudindo suas crinas über-retas com intenção mortal. O traje de negócios chamou a atenção de Donatella em uma reunião do

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Modelos masculinos posam no cenário do desfile

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Cenário inaugurando o novo monograma Versace

conselho: alfaiataria com bainhas minúsculas para alongar as proporções do corpo. A urgente trilha sonora clássica anunciava Irina Shayk em lenço preto para a cabeça e um vestido decotado, chegando como se para presidir uma reunião em trajes italianos interdepartamentais, ou para administrar as finanças das herdeiras vestidas de maneira jovem, Mona Tougaard e Adut Akech, que eram resplandecentes em uma sinfonia de estampas marrons. A roupa masculina foi uma experiência totalmente menos adulta,

dando rédea solta à natureza lúdica da Versace. Os homens tinham o mosaico grego característico da Casa raspado em seus cabelos, vestidos com uma série de shorts usados com sobretudos grandes e óculos de sol - perfeito para um encontro de um tipo mais íntimo. O homem Versace sempre foi um exibicionista amante da diversão, e nesta temporada não foi diferente: alfaiataria desnatada no corpo, tons escandalosos e jacquards misturados com lurex. O efeito geral foi uma colcha de retalhos sensual.

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As modelos posam no cenário do desfile

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OsanúnciosGuccideTomFordlevaram a tática de vendas a novas alturas 200

Os anos de Ford na Gucci estão fortement

Casal estampa camapanha Gucci nos anos de Tom Ford

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te associados à provocação

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Beatriz Moreira Fonseca Fonte: thecut.com Em: 20.04.15 Na semana passada, os destaques do mundo da moda ficaram sobre Alessandro Michele, o recém-nomeado diretor de criação da Gucci, em antecipação de como seria sua primeira rodada de anúncios para a casa. As imagens resultantes, tiradas por Glen Luchford, mostraram um jovem com peito de pardal tirando o suéter e a modelo Julia Hafstrom deitada em um sofá, olhando com admiração para um homem fora de foco. Embora levemente provocantes, eles eram muito mais recatados do que as imagens associadas aos anos de Tom Ford, e certamente mais despojados do que o humor boêmio-viajante mostrado pela antecessora de Michele, Frida Giannini. Por que tanta atenção foi dada a um pequeno grupo de fotos razoavelmente inofensivas? É porque, desde que Tom Ford assumiu as rédeas da Gucci em 1994, a marca tem sido sinônimo de criação de imagens memoráveis, e aqueles que seguem essas coisas estavam compreensivelmente ansiosos para ler as folhas de chá brilhantes. Na verdade, os anos de Ford na Gucci estão tão fortemente associados à provocação que é estranho olhar para trás e ver que sua primeira campanha publicitária para a marca foi realmente bem mansa, em comparação com o que viria em breve. Amber Valletta, ostentando um shag à moda de 1995, usa o mesmo visual azul acetinado desabotoado que Madonna usou para se esquivar do compacto voador de Courtney Love no MTV Music Awards daquele ano. À medida que Ford se acomodava em seu papel, os anúncios se tornavam mais abertamente sexuais

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- Georgina Grenville deitada em um sofá diante de um homem não identificado, ou sendo apalpada enquanto usava um dos vestidos de conto de Ford. “Ele entendia mais do que ninguém que o sexo vende”, diz Fern Mallis. E ele montou um time dos sonhos para ajudar a realizar sua visão: o fotógrafo Mario Testino, a estilista Carine Roitfeld e o diretor criativo Doug Lloyd. Naquela época, Testino lembrou em uma entrevista de 2008 ao Independent, “as campanhas publicitárias tornaram-se mais emocionantes do que editoriais. Quando comecei a fazer Gucci com Tom Ford, ele me empurrou para novas alturas. Ele estava, tipo, ‘eu vi você fazer melhor do que isso. Não se preocupe porque é uma campanha.’ Depois de rumores de desentendimentos com Testino (mais tarde eles se reconciliaram e se reuniram), Ford trabalhou em campanhas com Terry Richardson, Alexei Hay e Inez van Lamsweerde e Vinoodh Matadin. Anúncios de moda foram particularmente influentes, dada a escassez de outras informações sobre programas. “A internet ainda estava um pouco engatinhando e as imagens da moda não saíam imediatamente da passarela”, ressalta Cameron Silver. “Então, para muita gente, os primeiros looks da coleção seriam os anúncios em um grande livro, como na edição de setembro.” E os seguidores da moda os acumularam. A estilista Kate Young, então na faculdade, lembra-se de tê-los colado na porta do armário como inspiração. As coisas atingiram o auge com a ainda referenciada campanha publicitária de 2003, que mostrou um G raspado nos pelos púbicos da modelo Carmen Kass. (Testino chamou isso de “inimigo púbico”,

brincando.) Como as pessoas reagiram? Bem, a Advertising Standards Authority recebeu inúmeras reclamações, o grupo de vigilância Mediawatch queria que a campanha fosse proibida no Reino Unido e o Daily Mail respondeu ao anúncio com a seguinte manchete menos ambígua: “As pessoas por trás deste anúncio não são melhores do que cafetões e aqueles que anunciam serviços sexuais em cabines telefônicas.” O colunista passou a chamar o trabalho de “previsível, explorador e desleixado de luxo”. Mas para aqueles que estavam pegando o que a Ford estava colocando - especialmente à medida que os anos 90 avançavam e os ideais de consumo conspícuo e perfeição corporal eram geminados - os anúncios falariam para um grande segmento da população. E como as campanhas da Calvin Klein nos anos 80 - um claro predecessor - eles ultrapassaram os limites do que era aceitável na publicidade de moda. Agora, quando Ford publica uma imagem provocativa para sua linha homônima, o blogueiro ocasional pode gritar, mas na maioria das vezes, é aceito como o que é: uma captura direta (e bem-sucedida) para a atenção do espectador. E adivinha? Ainda funciona como um encanto. Imagem: i.pinimg.com

Casal estampa campanha Gucci nos anos de Tom Ford

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ESPORTES

O que os fatos nos contam sobre a desigualdade de gênero no esporte

Menina sonha em ser jogadora de futebol

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Mulheres vivem com constantes comparações e carregam “rótulo” de inferiores imposto pela sociedade

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Sofia Peregrino Em: 25.05.2021 Fonte: www.torcedores.com Ser mulher sempre foi um desafio. Pouca inserção no mercado, cargos e salários desiguais, além da falta de respeito com os inúmeros casos de assédio e violência. Esses são alguns dos muitos problemas que mulheres sofrem todos os dias ao redor do mundo. Avanços importantes estão sendo conquistados ao longo do tempo, porém ainda há muito a ser feito. Trago aqui uma reflexão com alguns fatos que ressaltam a necessidade de mudança. Historicamente, os esportes, principalmente os de forte contato físico, tiveram seu início sendo pra-

ticados somente por homens. Um fato sempre baseado numa crença de que as mulheres não tinham porte físico para praticá-los e que esses esportes “masculinizavam” os seus corpos. Apesar destes conceitos serem provenientes da Grécia Antiga, não precisamos voltar tanto a “máquina do tempo” para encontrar as consequências originadas por tais pensamentos. Durante o período de Ditadura Militar no Brasil, a legislação proibia que esportes fossem praticados por mulheres, em 1965, o Conselho Nacional de Desportos proibiu a prática de lutas de qualquer natureza, futebol, futebol de salão, futebol de praia, polo-aquático, pólo, rugby, halterofilismo e baseball. E durante 40 anos essa foi a realidade das mulheres brasileiras,

até que a vigência de tal decreto fosse revogada em 1983. Com a globalização permitida pela internet, as mulheres estão ganhando mais espaço de fala na sociedade e isso tem “respingado” de forma positiva na indústria esportiva. O futebol, por ser o esporte mais popular, é o que oferece resultados mais palpáveis. O sucesso da Copa do Mundo na França em 2019 ou até mesmo a final do Campeonato Paulista Feminino do mesmo ano são dois ótimos exemplos do que está acontecendo, seja com uma “fotografia” global ou local desta evolução. No entanto, essas mesmas mulheres ainda convivem com constantes comparações e carregam o “rótulo” de inferiores imposto pela sociedade. É o caso da artilharia corinthians.com.br

Final do Campeonato Paulista Feminino

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de Copas que gera bastante discussão entre os fãs de futebol. Cinco anos depois de Miroslav Klose atingir a marca de 16 gols na Copa do Mundo de 2014, Marta bateu o recorde na edição da Copa Feminina de 2019, com 17 gols. Mesmo com os holofotes virados para a atacante após atingir a marca, a maioria dos fãs ainda defende Klose no posto de maior goleador. Nem futebol de alto nível apresentado pelas mulheres na edição passada do torneio mundial permitiu a elas serem vistas como iguais.

br.pinterest.com

Elas precisam de voz Maya Moore é uma jogadora da WNBA que tem um currículo invejável. Bicampeã olímpica e campeã mundial pela seleção americana, ela ainda soma quatro títulos da WNBA com o Minnesota Lynx, sendo MVP da liga em 2014 e MVP das finais em 2013. Tudo isso sem falar em suas seis participações no All-Star Game. Porém, logo em seu auge, Maya resolveu dar uma pausa em sua carreira para ajudar um homem que ela acredita ser vítima de um sistema prisional racista no estado do Missouri, onde foi nascida e criada. Sua iniciativa de pausar a carreira foi com o intuito de causar impacto. E, de fato, a repercussão tomou proporções maiores fora dos Estados Unidos. Mas por que Maya teve que dar uma pausa em sua brilhante carreira para ter sua história ouvida e poder usar a influência para lutar em prol de uma causa? Todos os títulos que ganhou não foram suficientes? Mas então, a pergunta que fica é: o que fazer para conseguir minimizar a desigualdade de gênero no esporte?

Bicampeã olímpica e campeã mundial Maya Moore

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Marta bateu o recorde da edição da Copa Feminina de 2019

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Primeiro, temos que rever alguns conceitos, começando pelas co comparações entre os gêneros não fazem sentido nenhum. Até porque os dois não competem entre si oficialmente. Não temos uma Copa do Mundo onde times masculinos e femininos se confrontam em campo. Por isso, é preciso descartar opiniões do tipo “Marta nunca seria artilheira se jogasse no masculino”. O segundo é a valorização das atletas e de suas conquistas. Para promover o desenvolvimento, é preciso que o interesse de todas as partes exista. Não só das marcas ao patrocinar clubes e atletas, ou dos governos que devem incenti-

var a prática esportiva feminina, mas da imprensa, que deve e precisa ser um agente transformador da cultura de consumo dos produtos do esporte. E se você estiver se perguntando como “meros espectadores” também podem ajudar neste processo, é simples: incentive o esporte feminino. Assista aos jogos, dê visibilidade às atletas, compartilhe notícias sobre mulheres e suas conquistas e, o mais importante, mostre o respeito que as modalidades femininas merecem. O consumidor é a alma de qualquer negócio e com o esporte não é diferente.

gazetaesportiva.com

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Mulheres no Esporte: o tabu e a história por trás da pouca representatividade feminina

Na contramão das estatísticas, projetos sociais e iniciativas individuais tentam driblar a falta de recursos públicos para aumentar o acesso das mulheres ao esporte Sofia Peregrino Em: 25.05.2021 Fonte: globoesporte.com Todos os dias, mulheres no mundo todo enfrentam obstáculos pelo simples fato de serem mulheres. No esporte, não é diferente. A prática de exercícios físicos por mulheres no país é 40% inferior aos homens, segundo o relatório “Movimento é Vida”, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), um indica-

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tivo de que o cenário esportivo ainda tem muita desigualdade de gênero. Um artigo complementar do relatório do PNUD explica a menor participação feminina no esporte e as possíveis soluções para reverter esse quadro. Por trás de todos os dados, números e pesquisas, temos histórias fortes, recorrentes e graves, como a de Gisele Vale, enfermeira obstetra: - Sofri um estupro na rua, isso aca-

bou com meu psicológico. Buscar uma arte marcial me deu segurança e voltei a ter vida - desabafou. Gisele faz parte de um grupo exclusivamente feminino reunido pela securitária e faixa preta Pricila Engelberg para encorajar mulheres que querem praticar o jiu-jitsu, mas não têm meios nem companhia do mesmo sexo. - Eu comecei o jiu-jitsu quando ainda era muito machista, quase não tinham mulheres, quase 90%

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Grupo de mulheres treinando jiu-jitsu

homens e duas mulheres no tatame. Tinha o preconceito de ser faixa branca, eles não queriam treinar comigo. Você tem que dar a cara à tapa, mostrar que não é a força que vai garantir a finalização, mas a técnica - contou Pricila, sobre os treinos do jiu-jitsu entre homens e mulheres. A professora e pesquisadora da Unicamp, de Campinas, Helena Altmann é quem escreveu o artigo complementar “Atividades Físicas Esportivas e Mulheres no Brasil”. Ela lembra que na legislação brasileira, no período da ditadura militar, esportes como o jiu-jitsu já foram proibidos para mulheres

“Art. 54. Às mulheres não se permitirá a prática de desportos incompatíveis com as condições de sua natureza, devendo, para este efeito, o Conselho Nacional de Desportos baixar as necessárias instruções às entidades desportivas do país” (DECRETO-LEI Nº 3.199, DE 14 DE ABRIL DE 1941)

Em 1965, o Conselho Nacional de Desportos deliberou: Não é permitida a prática de lutas de qualquer natureza, futebol, futebol de salão, futebol de praia, polo-aquático, pólo, rugby, hanterofilismo e baseball.

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Mas a história da legislação brasileira é só um indicativo da pouca quantidade de mulheres com acesso a atividades físicas e esportivas no Brasil. Vários recortes foram feitos nas pesquisas da Organização das Nações Unidas (ONU) para mapear a prática de esporte no país. Entre eles a renda - quanto menor o recurso financeiro, maior a diferença de participação esportiva por gênero. A cultura de não incentivar as mulheres aos esportes, principalmente coletivos, pode ser explicada inclusive pelo pouco acesso ao lazer devido às tarefas domésticas, que ocupam em média 20,5 horas

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Mulheres lutando jiu-jitsu

semanais das mulheres, enquanto os homens gastam 10 horas por semana nas atividades de casa. A falta de segurança, o preconceito, a falta de incentivo nas escolas, todos esses são fatores que devem ser apontados quando se constata que o esporte no Brasil não tem o mesmo acesso por meninos e meninas. O relatório do PNUD indica uma urgência em se criar políticas públicas que possam permitir maior igualdade. - Em 2016, no município de Campinas, as pessoas matriculadas em projetos financiados com verba pública, aproximadamente 84% são meninos e os demais são meninas. A gente vê uma desigualdade de acesso grande. Seria necessária alguma política que conduzisse esse processo com inserção das meninas - disse Helena. Enquanto o país não conta com esse apoio político no Esporte, algumas organizações não gover-

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namentais, como o Empodera Transformação Social pelo Esporte, do Rio de Janeiro, estimulam a prática esportiva como uma ferramenta para discussões de gênero, fortalecendo meninas e mulheres. - Elas são agentes de transformação. A gente usa o esporte como meio de transformação da realidade - contou Jane Moura, presidente da ONG Empodera.

sim mulher não pode jogar vôlei em pleno século XXI? Muitas vezes a gente escuta “esporte não é lugar de mulher”. Esporte é lugar de mulher sim. Lugar de mulher é onde ela quiser - concluiu Sara Vieira, de 16 anos.

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Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas é um dos dezessete objetivos para o desenvolvimento sustentável de acordo com a cúpula das Nações Unidas. O esporte e a educação são ferramentas poderosas, mas o respeito certamente é a base de todo esse processo. - Perguntaram na minha escola o que você quer ser no futuro. Eu queria praticar vôlei e seguir carreira. E ouvi: “mas você joga vôlei? Não sabia que mulher podia jogar vôlei”. Eu parei e refleti: como as-

Sara Vieira e Joyce Vieira fazem parte da ONG Empodera

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Jordan & Kobe: o elo das lendas e o “reencontro” no Hall da Fama Michael Jordan discursa em cerimônia que coloca Kobe Bryant no Hall da Fama do basquete. A relação dos dois craques começou com comparações e provocações e evoluiu para uma eterna amizade

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Luca Mascarenhas Tornaghi Fonte: www.globoesporte.globo. com Em: 25/05/21 Michael Jordan é figura rara em eventos importantes promovidos pela NBA. A lenda também nunca foi de elogiar ou exaltar outros atletas: nem quando já se tornara um ex-jogador, muito menos em tempos na ativa. Os amigos de MJ no basquete são pouquíssimos, dá para contar em seus dedos vitoriosos ocupados por seis anéis de campeão da Liga. No dia 15 de maio, no entanto, o maior jogador da história saiu de casa em nobre ocasião. Jordan subiu ao palco do Naismith Memorial, em Springfield, para homenagear seu amigo Kobe Bryant, que entrava para o Hall da Fama do Basquete. Kobe morreu em janeiro de 2020, em acidente de helicóptero que também vitimou fatalmente sua filha Gianna Bryant e mais sete pessoas. Desde então, dentre diversas homenagens, lembranças e memórias, uma profunda e ainda secreta amizade fora revelada ao mundo. Kobe e Michael eram amigos de longa data com frequente e afetuoso contato.

Michael Jordan e Vanessa Bryant na cerimônia do Hall da Fama

- Normalmente, Michael (Jordan) não interagia com outros atletas dentro de quadra, muito menos adversários. Ele só estava focado em jogar. Mas por algum motivo muito especial MJ encontrou muitas afinidades com ele (Kobe Bryant) - declarou o ex-dirigente do Lakers, Jerry West, após a morte de Kobe Bryant. A aproximação inusitada contada por West foi revelada por Jordan em manifestações por redes sociais e discursos de homenagem a Kobe.

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- Todos sempre me pedem para falar sobre essa comparação entre eu e ele (Kobe Bryant), mas dessa vez quero falar somente sobre Kobe - disse Michael Jordan em cerimônia no Staples Center, um mês depois da morte de Kobe e sua filha Gigi Bryant. O começo da relação Kobe chegava direto do ensino médio para a NBA, com 18 anos, olhar de curioso e corpo franzino em uma liga em que os mais velhos e fortes dominavam as ações. Desde o início de sua jornada,

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Bryant teve seu estilo comparado ao grande atleta da história da modalidade, Michael Jordan. Black Jesus (Jesus Negro), como era chamado internamente entre os jogadores da NBA, de início, não curtiu as comparações. Uma chama de rivalidade e provocação entre os dois se acendeu no Jogo das Estrelas de 1998, em Nova York, no icônico Madison Square Garden. Kobe já se destacava pelo Los Angeles Lakers em sua segunda temporada, com 19 anos e defendia a seleção da Conferência Oeste. Já Jordan se encaminhava para o que ficou conhecida como “a última dança”, ou seja, o último título pelo Chicago Bulls, já consagrado e eternizado na história do esporte. Câmeras da TV americana flagraram quando MJ, ainda no vestiário, instantes antes da partida, deu o comando. - Eu cuido do garoto de Los Angeles. Hoje ele vai querer jogar bem. Eu cuido dele. Na ocasião, Kobe marcou Jordan e naturalmente Jor-

dan “cuidou” de Kobe. Ao fim da partida, o craque do Bulls teria aplicado a primeira aula prática ao jovem promissor: vitória por 135 x 114, 23 pontos anotados e prêmio de MVP da partida nas mãos. O episódio que contou com provocações vindas de Michael não intimidou Bryant. De acordo com entrevista concedida pelo preparador físico pessoal de Jordan, Tim Grover, para a ESPN americana, Kobe ficava esperando Jordan sair do vestiário depois dos jogos contra o Bulls para lhe encher de perguntas. Estava ali o jovem curioso promissor e atrevido buscando respostas com o gênio maior do basquete, antes avesso a esse tipo de contato com outros jogadores. A insistência de Kobe Kobe não tinha medo de fazer o papel de “menino chato” para Jordan, apesar de saber que seu ídolo não costumava investir tempo e energia em dar conselhos para muita gente. Segundo Tim Grover, Michael considerava o jovem craque do Lakers “como um irmão mais novo implicante e insistente” e assim passou seu número de telefone pessoal. Foi o passo que Kobe

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Jordan e Kobe no All-Star Game de 1998

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precisava para firmar uma parceria de cumplicidade e amizade com sua maior referência no jogo. - Kobe me ligava nos horários mais malucos: onze da noite, duas da manhã, na madrugada, de manhã. Quando queria, pensava em algo em que eu poderia ajudar, e me ligava na hora - contou Jordan no discurso no Staples Center. Os papos antes apenas sobre basquete foram se tornando mais pessoais, abordando famílias, vidas. E a admiração passou a ser mútua. Jordan não daria atenção e consideração a quem não tivesse o talento suficiente. - Acho que ele (Michael Jordan) entendeu a minha competitividade e estava olhando para a minha jornada também. Foram alguns anos difíceis para mim no início, porque o estilo da liga era ainda antigo, não moderno como hoje. Ter adolescentes como eu, ou caras na casa dos 20 anos se destacando, não era comum. Acho que ele queria me ajudar, me dar uma direção - declarou Kobe na série-documentário The Last Dance.

Além do estilo de jogo e da sede por vitórias, alguns outros elementos e personagens uniram ao longo do tempo as figuras estelares de Kobe e Jordan. Phil Jackson foi uma dessas pontes entre os craques. O técnico que venceu seis títulos na companhia de Michael no Chicago Bulls também comandou anos mais tarde Kobe Bryant em Los Angeles. Em 1999, quando iniciava o trabalho no Lakers, Phil Jackson queria implementar o mesmo sistema tático consagrado pelo Bulls de Jordan-Pippen-Rodman: O Triângulo. O técnico pediu então que Jordan, naquele momento aposentado, procurasse Kobe para explicá-lo a execução da estratégia. Eram as palavras sábias de Jordan dando os caminhos da vitória para o jovem talento de Los Angeles. O menino insistente então conseguiu: seu ídolo lhe passou ensinamentos, mostrou possibilidades e validou a trajetória de sucesso que iria traçar. Kobe conquistou cinco títulos da NBA, um a menos que o amigo.

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Michael Jordan em homenagem após a morte de Kobe Trabalho acadêmico válido como AV2 da turma C304D de Editoração Eletrônica da FACHA - 2021/1

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Jordan e Kobe no All-Star Game de 1998

O encontro de mentalidades vencedoras As ligações telefônicas de Kobe para Jordan, de acordo com o próprio MJ, continuaram até a morte do ídolo dos Lakers. Os papos nos últimos anos abordavam mais o desenvolvimento de sua filha Gigi Bryant no basquete escolar. A filha que acompanhava Kobe no helicóptero, no terrível dia 26 de janeiro de 2020,

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era uma promessa jovem do basquete feminino americano e contava com os atenciosos conselhos de Michael Jordan. Kobe e Jordan estabeleceram uma sintonia apoiada em mentalidades muito particulares que priorizavam a competitividade voraz, a dedicação sem limites e a

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busca inesgotável pela perfeição. Michael Jordan é abertamente visto por ex-companheiros como uma pessoa obcecada por vitórias, encarado por muitos como individualista e egoísta. No entanto, MJ mostra em sua trajetória com Kobe um lado generoso, amigável e conselheiro. O eterno camisa 23 de Chicago achou em Bryant um corpo capaz de realizar grandes feitos em quadra, mas, principalmente, se deparou com uma mente de nível competitivo avassalador, criador da conhecida “Mamba Mentality” (Mentalidade Mamba, em inglês). A fixação pela excelência na condição física e técnica, a concentração e o foco para transformar preparação em execução uniram as mentes de Jordan e Kobe para sempre.

Neste mês de maio, essa conexão de dois deuses do basquete foi reafirmada. Michael não sai de casa à toa, todos sabem, mas dessa vez o motivo foi especial. Retomar uma ligação antiga e profunda, em que tempo e espaço não dão conta de apagar.

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Seção homenageando Kobe Bryant no Hall da Fama do Basquete

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Uniformes e acessórios usados por Kobe, em exibição antes da cerimônia do Hall da Fama

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Kobe Bryant em quadra na sua temporada final Trabalho acadêmico válido como AV2 da turma C304D de Editoração Eletrônica da FACHA - 2021/1

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Nav Bathia apreciando seu espaço no Hall da Fama

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Conheça o indiano que foi a 2 mil jogos e virou o 1º fã homenageado no Hall da Fama do Basquete Torcedor número 1 do Toronto Raptors, que chegou no Canadá em 1986, se emocionou com premiação: “O nome Superfan Nav Bhatia será imortalizado” www.heavy.com

Nav Bhatia em jogo do Toronto Raptors

Luca Mascarenhas Tornaghi Fonte: www.globoesporte.globo. com Em: 25/05/21 Se a temporada 2020/21 do Toronto Raptors deixou a desejar, a franquia canadense tem ao menos um motivo para se orgulhar: Nav Bhatia. O indiano de 69 anos, que garante já ter ido a 2000 mil jogos

do seu time, tornou-se o primeiro torcedor a ser homenageado no Hall da Fama do Basquete, em cerimônia que aconteceu dia 16 de maio, em Springfield. - No maior edifício que o basquete possui, o nome Superfan Nav Bhatia será imortalizado. Agora, existe um turbante e o primeiro fã homenageado no Hall da Fama

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do Basquete. Estou dominado pelas emoções - disse Bhatia em um post no Twitter. Bhatia ficou conhecido pelos torcedores de Toronto e por todos que assistiam aos jogos do Raptors. Afinal, ele não perdeu nenhum jogo do time desde 1995 — ano que a franquia foi criada —, e tem seu lugar reservado à beira

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Anel de campeão do “Superfan”

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Nav Bathia entrando no Hall da Fama

da quadra quando os jogos são no Canadá. E mais do que isso: Bhatia se tornou uma celebridade na cidade e uma tremenda atração durante os jogos. Além de receber o anel na cerimônia do Hall da Fama, ele foi o primeiro torcedor que recebeu um anel oficial e personalizado do título da NBA, quando os Raptors foram campeões na temporada 2018/19.

do Raptors. Segundo a estimativa de Bhatia, além dos ingressos que comprou para ele mesmo, ele já teria comprado mais de 3.000 ingressos para jogos na Scotiabank Arena, a casa do Toronto. - Eu amo basquete. Eu amo os Raptors. Mas, para mim, estou usando o jogo para unir o mundo - destacou Nav Bhatia, o maior torcedor da franquia Raptors e um dos maiores de toda NBA.

Detalhes do anel de Nav Bathia

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Anel de campeão padrão do Toronto Raptors

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Fora isso, em 2018 ele lançou a Fundação “Nav Bhatia Superfan”, uma organização que visa unir as pessoas por meio do esporte. A Fundação constrói e reforma quadras de basquete em todo o Canadá, e faz com que crianças de todas as origens se reúnam e pratiquem o jogo pelo qual Bhatia se apaixonou. Ainda assim, essa organização convida jovens espalhados pelo mundo a comparecerem em jogos

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Bandeira de campeão do Toronto Raptors Trabalho acadêmico válido como AV2 da turma C304D de Editoração Eletrônica da FACHA - 2021/1


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