Trabalho acadêmico - Editoração Eletrônica - Facha - 1o semestre de 2022
METAVERSO:
O MUNDO VIRTUAL QUE ESTÁ CHAMANDO A ATENÇÃO DOS INVESTIDORES
TRÊS HISTÓRIAS DE COMO A GUERRA DESENRAIZA A VIDA NA UCRÂNIA
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CONHEÇA O CATAR: PAÍS SEDE DA COPA DO MUNDO DE 2022
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EDITORIAL: Caro Leitor, seja muito bem-vindo a mais uma edição da InForme. Aqui abordamos diversos temas importantes e atuais com política, economia, saúde e outros mais descontraídos, mas não menos importantes, como gastronomia, moda e turismo. As matérias foram escolhidas pelos próprios alunos da turma de Editoração Eletrônica da FACHA, que foram orientados e encorajados pelo professor Gilvan Nascimento a saírem de suas zonas de conforto e desenvolverem o trabalho com um tema pouco conhecido por eles, visando aumentar o conhecimento e a curiosidade deles. Todo o conteúdo gráfico, como diagramação, planejamento e edição foram produzidos pelos alunos. Os erros apresentados foram mantidos para estabelecer critérios de correção. Esperamos que gostem e que juntos continuemos a crescer nessa subida. Boa Leitura!
EXPEDIENTE: Revista InForme – mídia impressa e digital. Trabalho Acadêmico válido como AV2. FACHA - Faculdades Integradas Hélio Alonso. Campus: Botafogo. Disciplina: Editoração Eletrônica. Curso: Comunicação Social - Jornalismo e Publicidade e Propaganda. Turma: C301H - 1º Semestre de 2022. Prof.: Gilvan Nascimento.
Alunos que participaram deste projeto: “EDITORAS”: Letícia Dantas Mattos e Luísa da Rosa Vieira. EQUIPE: Ana Pereira Daróz Bárbara Drumond da Silva Crispim Brenno Bigarel Lopes Menezes Caio Rodrigues Dutra Gabriel da Silva Oliveira Giulia Sá Andreoti Guilherme Varizo Iann Viana Zimmermann de Brito Igor Bittencourt Vilela João Fellipe Lins Carpes João Pedro Almeida Robledo João Pedro Brum da Silva Julia Dias Simoes Pereira Julia Gurjão Quintão Kaio Sauaia Caldas Coelho Leonardo Cattari Gomes Lima Leonardo Vasconcellos Coimbra Lucas Oliveira de Souza Lucas Peres Tavares Lucas VAasconceos Lacerda Campos Luiza Ribeiro Ponce de Leon Marcus Vinicius Olivette Alves Maria Clara Oliveira Carapia Maria Eduarda Cardoso de Amorim Maria Ligia Torres Vianna Maria Paula Moreira Alves Pedro Maia Amorim Cordeiro Thyago Simão Carneiro Soares e Victória Medeiros Neves da Luz.
Revista impressa desenvolvida como trabalho acadêmico válido como verificação final, idealizada para os alunos de jornalismo e Publicidade e Propaganda da Facha - Faculdades Integradas Hélio Alonso. As matérias podem não ser originais, bem como as imagens. O conteúdo (textual e imagético) que não foi produzido pelos alunos, deverá ter seu crédito devidamente inserido. Vale ressaltar que os alunos da turma foram responsáveis por toda a diagramação, planejamento e programação visual com a orientação do professor da disciplina e que foram mantidos os erros cometidos pelos mesmos na produção como forma de avaliação. Trabalho acadêmico - Editoração Eletrônica - Facha - 1o semestre de 2022
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Sumário 6
POLÍTICA ECONOMIA
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INTERNACIONAL TECNOLOGIA
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CULTURA ENTRETENIMENTO 46
54 FATOS CURIOSOS MODA 72
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SAÚDE AUTOMOBILISMO 80
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ESPORTE TURISMO
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ECOLOGIA GASTRONOMIA 123
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A FOME
NÃO É FAKE!
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Crises e Guerras Globais geram aumento considerável com números de refugiados
Igor B. Vilela 24/05/2022 A crise dos refugiados tem como uma das causas o aumento dos fluxos migratórios, todavia, há um tipo específico de migrante, o refugiado, este se vê obrigado a fugir de seu país por sofrer perseguição de qualquer natureza e temer por sua integridade física e pela própria vida. Conflitos armados e guerras têm provocado o deslocamento em massa de refugiados ao redor do mundo, principalmente de 2015 em diante. Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), refugiado é aquele que foge de sua terra natal por conta de perseguição ou de conflitos armados. Fazer parte desse grupo confere o direito firmado em legislação internacional de receber assistência do ACNUR, de Estados e de organizações especializadas. O ACNUR foi criado em 1950, sua primeira missão foi assistir aos refugiados europeus remanescentes da Segunda Guerra Mundial. O Estatuto dos Refugiados, adotado pela Convenção das Nações Unidas em 1951, prevê que um refugiado não pode ser expulso de um país ou devolvido ao seu país em situações que coloquem em risco sua vida e liberdade. Qual a diferença entre refugiado e migrante? O migrante muda-se para outro país por escolha pesso6
museudoamanha.org.br/pt-br/vozes-do-refugio
Aumento de refugiados de Guerras tem aumentado cada vez mais.
al, e não por sofrer ameaça direta, sua intenção é melhorar de vida e não fugir de perigos iminentes. Mesmo que se trate de migrantes em situação de extrema pobreza, eles não são definidos como refugiados, o status de refugiado está estreitamente ligado a situações de violência. Conforme a Organização das Nações Unidas (ONU), em 2019 havia cerca de 68 milhões de refugiados no mundo. Desses 40 milhões em média eram deslocados internos, 25 milhões eram refugiados e três milhões eram solicitantes de asilo. Note que a quantidade de deslocados internos é significativamente maior que a de refugiados, isso reforça a tese defendida por especialistas de que fugir do próprio país é o último recurso
daqueles que vivem em situações de conflito, é uma atitude dramática, pois requer afastar-se de laços culturais e consanguíneos e viver com direitos restringidos. Refugiados no Brasil No Brasil, em 2019, havia cerca de um milhão de estrangeiros residentes. Isso corresponde a menos de 0,5% da população brasileira. Na última década, três ondas migratórias foram sobressalentes no país: a partir de 2010, a dos haitianos; a partir de 2015, a dos sírios; e a partir de 2018, a dos venezuelanos. Cerca de 11 mil estrangeiros eram reconhecidos pelo status de refugiado e havia 161.057 solicitações de reconhecimento. Mesmo sendo o maior e mais populoso país da América do Sul, o
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Entenda a diferença entre refugiados para imigrantes. E como a violencia influencia os fluxos migratórios globais.
conexaoplaneta.com.br/ Brasil tem um fluxo migratório pequeno se comparado a outros países. Quando analisamos, por exemplo, a migração de venezuelanos que, principalmente a partir de 2018, intensificou-se no estado de Roraima, percebemos que, comparado a outros países vizinhos, o Brasil, naquele ano, recebeu cerca de 455 mil venezuelanos, menos que o Peru (506 mil) e a Colômbia (1,1 milhão). A legislação brasileira estabelece como critério para reconhecer pedidos de refúgio o medo de voltar para casa. O Comitê Nacional para Refugiados veja.abril.com.br
Cerco Fronteira Terrestre (Conare) é vinculado ao Ministério da Justiça. A lei brasileira de refúgio, Lei 9.474, de 1997, considera como refugiado: “[…] todo indivíduo que sai do seu país de origem devido a fundados temores de perseguição por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas imputadas, ou devido a uma situação de grave e generalizada violação de direitos humanos no seu país de origem.” As principais razões que moti-
varam pedidos de refúgio deferidos pelo órgão no Brasil foram: grave e generalizada violação de Direitos Humanos, opinião política, grupo social, religião, nacionalidade e raça. O estado brasileiro que mais registrou pedidos de refúgio no mesmo ano foi Roraima (63%), em razão do colapso na Venezuela. Embora os venezuelanos sejam os que mais apresentaram pedidos de refúgio, o contingente de refugiados venezuelanos oficialmente reconhecidos é o menor (3%) em comparação a outras nacionalidades.” O fluxo de pessoas em todo o mundo gera inúmeras consequências, boas e ruins. Em situações normais, as trocas culturais entre povos distintos são imensamente proveitosas, mas, em situações de conflito, a tendência é que as consequências negativas sejam mais enfatizadas. Em termos políticos, a consequência que se destaca é o crescimento do nacionalismo nos países que recebem grande número de refugiados e migrantes. Os temores das populações locais — em perderem o emprego, terem seu acesso a serviços estatais restringido ou redução da qualidade desses serviços e pagarem mais impostos para a rede de proteção governamental atender a estrangeiros — acabam por gerar focos de xenofobia, isto é, aversão a estrangeiros, o
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Refugiados fugindo da violencia.
que pode resultar não só em manifestações individuais de intolerância e preconceito, mas em organizações de promoção desse tipo de hostilidade, como grupos supremacistas. Embora um fluxo de pessoas acima do esperado gere, inicialmente, pressão sobre a rede de proteção governamental e sobre o mercado de trabalho, no longo prazo, caso o governo local consiga distribuir esse contingente de pessoas em seu território e integrá-lo por mecanismos formais em seu sistema de seguridade e no sistema econômico, o grupo de migrantes pode representar ganhos econômicos para o país que o acolhe. a partir de 2016, a presença maciça de refugiados sírios na Turquia propiciou a instalação de um número crescente de empresas com capital sírio. Os refugiados têm o potencial de atrair novos mercados para as nações que os recebem. Além disso, em países de populações envelhecidas, a mão de obra jovem representa uma revitalização na economia.
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“Em primeiro lugar, os refugiados precisam de proteção.”
Price Price Winfred Nalutaaya Nascida na cidade Kampala, capital de Uganda, Price Winfred Nalutaaya , levava uma vida tranquila, onde morava com a família, estudava e trabalhava. Lá, ela convivia com 21 irmãos do mesmo pai e mesma mãe, o senhor Mugezi Emmanuel e a senhora Angelina Mugezi. A filha de Price tem o nome da avó, Angelina Keremy. Em 2013, sua vida sofreu uma reviravolta e ela teve de migrar para o Brasil para fugir de uma ameaça de morte. Onde você estudou e como era essa rotina? Cursei os internatos na capital, onde fiz a escola primária, secundária até a universidade de economia. Gostava de jogar netball na escola e costumava participar de torneios. O netball é uma herança da colonização inglesa e lembra o basquete. É jogado principalmente por mulheres e cada equipe tem sete jogadoras e o objetivo é cestar a bola no campo adversário. As jogadoras não podem andar com a bola, mas girar sobre um pé (pivô) antes de distribuir a bola. Muitos ugandenses migram para outros países? Sim, em Uganda temos muitos refugiados, mas infelizmente esses não são refugiados que foram premidos por questões econômicas ou ambientais. Como o governo é supostamente corrupto e extrema8
mente desumano, é montado um esquema de falso refúgio. Sinceramente falando, essas pessoas não estão enfrentando nenhuma perseguição, mas estão sendo contratadas e usadas para fins comerciais, criando um falso refúgio com os países vizinhos. Quando ainda estudante, voce imaginava que um dia precisaria buscar refúgio fora do seu país? Não, nunca pensei na vida que algum dia seria uma refugiada, porque nem sabia que ele existia até que me descobri vítima das circunstâncias, depois de atuar em uma organização contra mutilação genital e ter sido ameaçada de morte.
Do que você mais sente falta? O que mais sinto falta é estar com minha família, mas, novamente, seria pior se eu morresse! Então a distância entre nós não é tão grande comparada a perder uma vida se eu não tivesse entrado no Brasil.
Como você conseguiu o status de refugiada no Brasil? Fui reconhecida como refugiada no Brasil após a solicitação de asilo como primeiro passo através do CONARE JUSTIÇA, com a ajuda da Cáritas. Fiz várias entrevistas e finalmente meu pedido foi atendido. Então o UNHRC( United Nations Human Rights Council), através do Como foi a angústia ao decidir dei- Conare Justiça-Brasil SP agora me xar seu país? reconhece como refugiada, com toFoi difícil, mas era a única maneira dos os direitos. de sobreviver, mas foi desanimador deixar para trás minha filha, uma Por que você escolheu o Brasil menina de 4 anos com meus pais, em para se refugiar? pânico, correndo para salvar minha Escolhi o Brasil porque é um vida. Foi o momento mais doloroso país mais receptivo do que qualda minha vida. Os refugiados preci- quer outro e os brasileiros com sam ser protegidos. É isso o que pre- quem estivemos em Uganda focisam em primeiro lugar – proteção ram receptivos e gentis e, o mais e acessibilidade aos serviços sociais. importante de tudo, eles são cristãos. Na sua percepção, como os brasileiros veem os refugiados? Que história mais te tocou em A imagem, principalmente de africa- relação a escravidão no Branos, é um pouco negativa. Eu nunca sil? tinha estado com pessoas de países A história que realmente me todiferentes e não gostei no início, cou foi de Luiz Gama, o advopois tínhamos culturas diferentes e gado dos escravos, que aprendi era muito engraçado. Eu, como uma na escola, porque quando menipessoa nascida em um país de cultura no ele foi vendido como escravo e normas diferentes, não estava acos- para pagar a dívida de seu pai, tumada a interagir com estranhos. que era português. Luíz Gama Não gostei da experiência no come- era filho de uma africana liberta ço, mas com o passar do tempo aca- e em São Paulo foi um advogado bei fazendo amizade. Os brasileiros autodidata , lutou pela sua libertratam os outros como são tratados. dade e de mais de 500 escravos. Trabalho acadêmico - Editoração Eletrônica - Facha - 1o semestre de 2022
As causas econômicas da Segunda Guerra Mundial tricurioso.com
Crianças recebem sopa durante a Guerra
Nome: Lucas Tavares e Maria Eduarda Fonte: www.terra.com.br Em: 10/05/2022 A crise econômica que se abate sobre o sistema capitalista mundial a partir de 1929 vai ser o fator mais poderoso para que um novo arranjo do poder em escala mundial seja pleiteado. A crise levou os países capitalistas a tomarem medidas protecionistas, visando a salvar os mercados internos das importações estrangeiras, criando uma verdadeira guerra tarifária. A produção mundial reduziu-se em 40%, sendo que a diminuição do ferro atingiu 60%, a do aço, 58%, a do petróleo, 13%, e a do carvão, 29%.
O desemprego grassou nos principais países industrializados: 11 milhões nos Estados Unidos, 6 milhões na Alemanha, 2,5 milhões na Inglaterra e um número um pouco superior na França. Se forem contados os dependentes, estima-se que o fato provocou aflição e desemprego a mais de 70 milhões de pessoas. Como a economia já estava suficientemente internacionalizada (com exceção da URSS, que se lançava nos Planos Quinquenais), todos os Continentes foram atingidos, aumentando ainda mais a miséria e o desemprego. A América Latina, por exemplo, teve que reduzir em 40% as importações e sofreu uma queda de
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17% nas exportações. É nesse contexto caótico que a Alemanha, no Ocidente, e o Japão, no Oriente, vão tentar explorar o debilitamento dos rivais. Uma nova luta por mercados e novas fontes de matérias-primas levaria o mundo à Segunda Guerra Mundial. Causas Políticas A conjuntura externa caótica e a situação interna de desespero conduzem Hitler ao poder na Alemanha em 1933. Atuando implacavelmente, em menos de um ano sufocou todos os movimentos oposicionistas (sociais-democratas, comunistas e liberais), dando 9
início à “Revolução Nacional-Socialista” que tinha como objetivo fazer a Alemanha retornar ao grau de potência europeia. Naturalmente que, para tal, era necessário romper com o tratado de Versalhes, pois este impedia a conquista do “espaço vital”, como o rearmamento. Atenuava-se o desemprego e atendia-se a necessidades da poderosa burguesia financeira e industrial da Alemanha. Para evitar a má vontade das potências ocidentais, Hitler coloca-se como campeão do anticomunismo a nível mundial, assinando com o Japão (novembro de 1936) e com a Itália (janeiro de 1937) o Pacto Anti-Comintern - cujo fim é ampliar o isolamento da URSS e, quando for possível, atacá-la. O Japão, que igualmente passa por convulsões internas graves, dá início em 1931 a uma política externa agressiva, explorando o enfraquecimento dos Impérios Coloniais europeus que se mostram impotentes para superar a crise econômica. Em 1937, após ter ocupado a rica região da Manchúria, invade o resto do território chinês, dando início a um longo conflito na Ásia. Seu expansionismo vai terminar por chocar-se com os interesses norte-americanos na Ásia (Filipinas) e levar à guerra contra os Estados Unidos.
(a direita monarquista, a Igreja católica e os grupos fascistas da Falange Espanhola), iniciando a guerra-civil que durou dois anos e nove meses. Enquanto a França e a Inglaterra optaram pela política de não intervenção, Hitler e Mussolini auxiliaram abertamente os nacionalistas de Franco (Legião Condor e Grupo de Tropas Voluntárias). Os republicanos, cada vez mais isolados, pediram apoio à URSS. Devido à distância, e ao bloqueio naval, o auxílio soviético não consegue equilibrar a situação a favor dos republicanos, que acabam derrotados em março de 1939. Esta guerra serviu para Hitler experimentar a estratégia da blitzkrieg (avanço de carros de combate conjugados com bombardeios aéreos maciços) e detectar a indecisão e fraqueza dos aliados ocidentais. Enquanto que, para Stalin, serviu de lição: não poderia se envolver em um enfrentamento direto com a Alemanha.
Campos de concentração nos EUA Durante a Segunda Guerra Mundial, foram criados nos Estados Unidos dez campos de concentração em diferentes partes do país para abrigar a população de nipo-americanos. A construção desses campos de concentração foi resultado da histeria de guerra que fortaleceu a xenofobia contra cidadãos de descendência japonesa. A xenofobia contra cidadãos nipo-americanos era algo que existia nos Estados Unidos pelo menos desde o início do século XX e fortaleceu-se após os Estados Unidos terem sido atacados pelo Japão em Pearl Harbor, no ano de 1941. Ao todo, mais de cem mil pessoas foram realocadas nesses campos de concentração e encontraram péssimas condições de vida nesses locais. O último campo de concentração nos Estados Unidos foi desativado em 1946.
lehmt.org
Os antecedentes imediatos A Guerra Civil Espanhola Em 1936, a Frente Popular vence as eleições na Espanha. Em 18 de julho, os generais Mola e Francisco Franco rebelam-se contra a República, representando a coligação de forças conservadoras 10
Mulheres ganham notoriedade nas fábricas no período de Guerra Trabalho acadêmico - Editoração Eletrônica - Facha - 1o semestre de 2022
A guerra também tem cara de mulher
Nome: Lucas Tavares e Maria Eduarda Fonte: www.esquerdaonline.com.br Em: 20/07/2020 O título deste artigo faz uma referência ao excelente livro da ganhadora do prêmio Nobel de Literatura de 2015, Svetlana Aleksiévitch, “A guerra não tem rosto de mulher”, sobre a participação feminina no Exército Vermelho soviético, durante a 2ª Guerra Mundial. Mulheres na frente de luta A Inglaterra foi o primeiro País a entender a necessidade das mulheres substituírem as funções masculinas em diversos setores. O trabalho feminino passou a ser usado na construção de aviões, navios, produção de armas e outras atividades, civis ou militares. A Força Aérea canadense chegou a contar com 50 mil mulheres, e em 1941, foi criado a Força Aérea Feminina Auxiliar do Canadá (CWAAF). O mercado de trabalho feminino no Canadá cresceu 89% durante a guerra, sendo que 32% das mulheres trabalhavam nas fábricas de armamento. Nos Estados Unidos, além de passarem a exercer tarefas no mercado de trabalho foi formado, em 1941, nas Filipinas, o primeiro Corpo de Mulheres Guerrilheiras que lutou na Segunda Guerra Mundial. Os diversos movimentos de Resistência organizados em quase toda a Europa, e formado por grupos da sociedade civil para lutar contra a ocupação nazista, contou com a intensa participação de mulheres. Na Resistência francesa eram encarregadas da comunicação entre os diversos grupos e do transporte de munição de forma secreta. Na Polônia, durante a ocupação nazista elas se encarregavam de levar mensagens entre os guetos e serviram nas unidades armadas dos partisans.
A conquista do mercado de trabalho e a “segunda onda” feminista Foi durante a 2ª Guerra Mundial que se deu a entrada maciça das mulheres no mercado de trabalho. Num primeiro momento, para suprir o vazio deixado pelos homens que estavam nos campos de batalha, mas posteriormente para preencher uma demanda surgida com a guerra, que iria mudar a relação da mulher com o trabalho, causando um grande impacto social, durante e depois do final da guerra. Com a volta dos homens das diversas frentes de batalha, era necessário que as mulheres cedessem seus lugares a eles no mercado de trabalho, e muitas mulheres, principalmente as casadas voltaram a se dedicar exclusivamente as tarefas domésticas e aos cuidados com a família. As políticas públicas no pós-guerra passam a enfatizar que o papel da mulher era o de esposa, mãe e dona de casa. Era a hora de regressar ao lar e deixar os combatentes homens ocuparem seus lugares de direito na produção e nas Forças Armadas. Muitas mulheres resistiram, mas outras aceitaram. As tentativas de retirar a mulher do mercado de trabalho e devolve-la ao lar foi rápida e brutal, em particular para as operárias que foram demitidas em massa das fábricas. O capitalismo passou a travar uma verdadeira guerra ideológi-
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ca sobre o novo papel da mulher no pós-guerra. Apoiado no boom econômico sem precedentes e no crescimento populacional, o chamado baby boom, fez com que a propaganda que difundia a mulher como a “perfeita dona de casa”, tivesse sucesso sobre amplas camadas da população feminina. E lá fomos nós de volta ao lar! A segunda onda do feminismo, iniciada nos Estados Unidos nos anos de 1960 até os anos de 1980, foi uma reação tardia a tentativa de domesticação da mulher, após o fim da a 2ª Guerra Mundial. Ele conseguiu redefinir o papel da mulher no âmbito público e privado, dando prioridade às lutas pelo direito ao corpo e ao prazer, bem como aos direitos de igualdade no trabalho, na política e na sociedade como um todo. Aquela mulher que esteve à frente das lutas na guerra, que foi operária, soldado e enfermeira nunca mais se contentaria com o simples papel de mãe, esposa ou dona de casa. Não depois de ter contribuído com sua capacidade e sua vida na derrota do nazifascismo. Sim, nós também tínhamos sido decisivas na gigantesca vitória que representou a derrota do nazifascismo em todo o mundo.
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Implicações econômicas da Guerra Fria O mundo polarizado foi uma expressão surgida pouco tempo depois do término da Segunda Guerra Mundial, e esta expressão mostrava claramente como estava o planeta Terra depois deste terrível conflito, com Estados Unidos e União Soviética disputando a hegemonia global. gazetadopovo.com.br
Nome: Lucas Tavares e Maria Eduarda Fonte: www.colegioweb.com.br Em: 27/09/2016 O Termo A Guerra Fria recebeu este nome porque de fato uma guerra de maneira mais direta entre as duas potências jamais ocorreu, e isto se deu especialmente pelo fato de que ambos os lados possuíam um imenso arsenal de armas nucleares. Aliás, inicialmente, a chamada corrida armamentista acabou por se tornar a principal força motriz para ambos os lados, que buscaram aumentar suas forças e construíram armas das mais sofisticadas para se prepararem para um iminente conflito que nunca ocorreu. A Guerra Fria teve sim, muitos conflitos indiretos entre ambos os lados, com especial destaque para a Guerra do Vietnã (1962-1975) e para a Guerra da Coréia (19501953), entre outros. Normalmente, uma das potências apoiava um dos lados em conflito e rapidamente a outra potência partia para o apoio para o outro lado, e com isto, muitos conflitos se desenrolaram durante 1945 e 1991 (período de duração da Guerra Fria). Com a queda da União Soviética em 1991, a Guerra Fria acabou de maneira oficial, e a vitória acabou “caindo no colo” dos Estados Unidos e do chamado bloco capitalista, gerando algumas implica12
Alemão ocidental quebra Muro de Berlim
ções que são vistas até hoje. Economia de mercado global Com a globalização, tudo ficou muito mais fácil e muito mais rápido, e hoje em dia, nós vivemos num mundo que apresenta uma espécie de pensamento global e unificado que é muito mais fácil de ser observado. Pois com a queda do regime comunista na União Soviética, ficou mais claro perceber que o capitalismo e a economia de mercado venceram, já que hoje em dia, até mesmo países de viés socialista começam a se abrir mais para este tipo de sistema, como a China, por exemplo. Para a economia de muitos dos países que dependiam economicamente da União Soviética para sobreviver, as consequências do término da Guerra Fria foram ter-
ríveis num primeiro momento. Cuba é o exemplo mais clássico, já que sem a ajuda financeira da União Soviética, a ilha dos irmãos Castro quase entrou em colapso econômico, incapaz de oferecer recursos mais básicos para seus habitantes. Isto forçou muitos destes países a se abrirem mais economicamente falando, caminhando para uma aproximação junto aos Estados Unidos e seus aliados, por exemplo. Já para os países da antiga União Soviética, até para a própria Rússia ficou mais difícil viver sem a proteção financeira do gigante comunista. No entanto, a economia de mercado passou a ganhar força em praticamente todos estes países.
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Prolongamento da guerra pode afetar indústria brasileira, avalia CNI Inflação das commodities pressiona setor, diz relatório da entidade Nome: Lucas Tavares e Maria Eduarda Fonte: www.agenciabrasil.ebc. com.br Em: 14/03/2022 O eventual prolongamento da guerra entre Rússia e Ucrânia pode afetar a saúde financeira da indústria brasileira, disse em 14 de Março à Confederação Nacional da Indústria (CNI). Segundo a entidade, o setor já está sendo afetado pelo encarecimento das commodities (bens primários com cotação internacional). Em relatório, a CNI diz que a alta internacional dos preços de matérias-primas agrícolas, minerais e energéticas aumenta a pressão sobre a inflação, já afetada pela pandemia de COVID-19. Para a CNI, a alta da inflação poderá resultar em aumentos adicionais nos juros, no Brasil e no exterior, com impacto negativo sobre a economia brasileira. De acordo com o gerente executivo de Economia da CNI, Mário Sérgio Telles, os efeitos do conflito sobre a indústria e a economia brasileira dependem da duração do conflito. Para Telles, uma guerra longa pode influenciar as exportações do Brasil como um todo, ao fazer a economia global desacelerar. No caso brasileiro, a elevação do preço dos minérios e dos produtos agrícolas deve ter efeitos mais 14
imediatos sobre a inflação. No caso do petróleo, a alta não afeta apenas os preços dos combustíveis, mas também produtos petroquímicos, como plásticos e embalagens. Por causa do baixo crescimento da economia brasileira, destaca o relatório da CNI, a indústria não deve conseguir repassar integralmente ao consumidor o custo da alta das matérias-primas em um primeiro momento. Segundo a entidade, isso compromete a saúde financeira da indústria e reduz a margem de lucros de empresas ainda afetadas pela pandemia, aumentando o risco de falências e de inadimplência. Cadeias globais Outro impacto sobre a indústria será a escassez de componentes para fabricação de chips e semicondutores. Isso porque Rússia e Ucrânia são grandes produtores globais de metais usados nesses produtos. O conflito deverá agravar o descompasso nas cadeias mundiais de produção, com aumento nos preços do frete e repercussões no longo prazo porque a estabilização do fluxo de insumos só ocorre à medida que fornecedores recuperam o ritmo de produção e de distribuição.
ties dispararam. A cotação internacional do trigo subiu 45,3%. O preço do barril de petróleo saltou 34,3%. Também ficaram mais caros o paládio (+21,7%); o milho (+10,3%); o açúcar (+4,9%) e o alumínio (+4,2%). Comércio externo Em relação ao comércio externo, a CNI avalia que o fluxo de mercadorias entre Brasil e Ucrânia é pequeno. Para a confederação, as principais dificuldades deverão ser observadas nas trocas comerciais entre Brasil e Rússia. No ano passado, o Brasil comprou US$ 5,7 bilhões em produtos russos, principalmente fertilizantes, óleos leves de petróleo, carvão mineral e itens de metalurgia. Em 2021, o Brasil importou US$ 5,7 bilhões da Rússia. Apesar de o montante ser equivalente a 2,6% das importações brasileiras totais, o país foi a sexta maior origem das mercadorias compradas pelo Brasil. Quanto às exportações, a Rússia foi o 36º maior parceiro comercial do Brasil, com US$ 1,59 bilhão em produtos embarcados (0,6% das vendas externas totais).
De 23 de fevereiro a 8 de março, ressaltou a CNI, os preços no mercado futuro de diversas commodiTrabalho acadêmico - Editoração Eletrônica - Facha - 1o semestre de 2022
Guerra terá efeito devastador numa economia mundial já combalida, diz professor À CNN Rádio, Marcelo Pereira disse que repercussão “nefasta” sobre o conflito na Ucrânia vai aumentar preço de todas as commodities Nome: Lucas Tavares e Maria Eduarda Fonte: www.cnnbrasil.com.br Em: 25/02/2022 O economista e professor da Universidade Estácio, Marcelo Pereira, defendeu, em entrevista à CNN Rádio, que os efeitos da guerra na Ucrânia para a economia do mundo “serão nefastos.” “A economia mundial já está combalida com a pandemia, temos negócios que encerraram atividades, muitas pessoas perderam emprego e preços do petróleo que já vinham subindo”, explicou. Na avaliação do economista, “os efeitos serão devastadores não só para o petróleo, mas para todas as commodities, como trigo, grãos, milho e minério, que serão afetados em cheio.” Marcelo Pereira ainda avaliou que as sanções de países como Estados Unidos, Reino Unidos e a União Europeia à Rússia também afetam quem as aplica. “O pacote de sanções amenizou a expectativa dos mercados e investidores, mas não resolveu, não se tem data-limite para o término desse conflito e as sanções são de mão dupla.” De um lado, há Rússia e China e, do outro, os países da OTAN. O especialista destaca, porém, que “toda a planta de produção do mundo é localizada na China e todas as commodities vêm dos BRICS.”
“O papel da China vem para dar fôlego financeiro à Rússia, e estabelece incerteza maior de data final de combate, temos sanções que a China pode vir a colocar para outros países, em isso acontecendo, em solidariedade à aliança que tem, a questão bélica com a OTAN pode se agravar”.
agenciabrasik.ebc.com.br
Mulheres na fábrica em tempos de Guerra
Ucrânia independente oficialmente Foi só em 1991, com o fim da União Soviética, que a Ucrânia consegue de fato sua independência. A partir de então, os ucranianos passam a querer integrar mais a Europa e ingressar à Otan, aliança militar do Ocidente. Apesar de ter conquistado a independência, Ucrânia teve de enfrentar maus bocados nos últimos anos. Entre 2004 e 2005, ocorreu a Revolução Laranja, que terminou quando Viktor Yushchenko chegou ao poder. Antes dele, Viktor Yanukovych, que era pró-Rússia, tinha assumido o comando do país. Em 2010, Viktor Yanukovych derrota a oposição na eleição. Durante os anos seguintes, Yanukovych volta a conversar com Moscou e elimina qualquer possibilidade da Ucrânia se unir à União Europeia. Em 2014, manifestantes vão às ruas e fazem protestos que acabam ficando violentos. Naquele mesmo ano, a Rússia ocupa a província da Crimeia. A partir daí, as tensões entre as duas nações aumenta, o que acabou envolvendo os Estados Unidos e países da Otan na situação — todos a favor da Ucrânia. Logo depois, separatistas pró-Rússia de Donetsk e Lugansk, regiões do Donbass que fazem fronteira com a Rússia, declaram independência. Kiev e o Ocidente acusam a Rússia de apoiar os rebeldes.
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Guerra na Ucrânia: entenda os impactos na economia Conflito no Leste Europeu está elevando preços de alimentos e energia, incitando a inflação e corroendo o valor da renda de famílias cnnbrasil.com.br
Nome: Lucas Tavares e Maria Eduarda Fonte: www.cnnbrasil.com.br Em: 16/03/2022 A invasão da Ucrânia pela Rússia afetará toda a economia global ao desacelerar o crescimento e aumentar a inflação, e pode remodelar fundamentalmente a ordem econômica global a longo prazo, disse o Fundo Monetário Internacional (FMI) na última terça-feira (15). Além do sofrimento humano e dos fluxos históricos de refugiados, a guerra está elevando os preços de alimentos e energia, incitando a inflação e corroendo o valor da renda, ao mesmo tempo em que afeta o comércio, as cadeias de suprimentos e as remessas em países vizinhos à Ucrânia, afirmou o 16
Mulher refugiada carrega criança durante a Guerra na Ucrânia
FMI em um post em seu site. Também está minando a confiança empresarial e provocando incertezas entre os investidores, o que reduzirá os preços dos ativos, apertará as condições financeiras e poderá desencadear saídas de capital de mercados emergentes, acrescentou. “O conflito é um grande golpe para a economia global que prejudicará o crescimento e aumentará os preços”, disse o FMI. Autoridades do FMI já disseram que esperam reduzir a previsão anterior do Fundo de crescimento econômico global de 4,4% em 2022. No post de terça-feira, eles sugeriram que suas previsões de crescimento regional também seriam revisadas para baixo.
O que diz a Ucrânia A Ucrânia recebeu uma grande onda de apoio internacional de países tanto no âmbito militar quanto no repúdio de instituições globais e de grande parte do setor privado aos ataques. Uma figura de destaque emergente da situação de guerra foi o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que passou a pressionar as nações ocidentais pelo apoio militar e humanitário e, também, a tentar negociar a entrada do país na União Europeia e até na Otan -- embora Zelensky já tenha abdicado da última demanda. Zelensky, de família judia, classificou como “risíveis” as alegações de que a Ucrânia estaria tomada por “neonazistas” e disse que, se as negociações com a Rússia continuassem a falhar, o mundo poderia testemunhar o acontecimento de uma terceira Guerra Mundial.
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Três histórias de como a guerra desenraíza a vida na Ucrânia País passa por momento crítico, o que abre espaço para histórias trágicas e desumanas Caio Dutra e Kaio Sauaia 24/05/2022 Fonte: www.istoedinheiro.com.br A parlamentar Inna enviou seu filho para uma cidade mais segura, mas seguiu em Kiev. Victor, especialista em TI, levou esposa e filhas para fora de Kharkiv, e retornou sozinho. Yurii passou dias com a família na estrada. Inna Sovsun está em constante movimento. Neste momento, sentada com seu laptop em uma casa perto de Kiev, ela conversa com jornalistas enquanto tropas russas se aproximam cada vez mais da capital ucraniana. Enquanto combates violentos ocorrem em subúrbios como Irpin, balas zunem e bombas caem sobre casas. Às vezes, ela continua falando mesmo quando ouve o alarme de ataque aéreo. Falar é agora sua missão. De manhã até a noite, a parlamentar ucraniana dá entrevistas – ela fala inglês fluente, estudou na Suécia e viveu nos Estados Unidos. Agora, ela explica a guerra em seu país para a mídia do Ocidente. E faz um pedido urgente de ajuda. “As sanções, até agora, não são suficientemente duras”, diz. “Estamos pedindo um embargo comercial completo. Sanções que paralisem a economia russa para que não haja mais dinheiro para comprar armas.” Ela quer dizer boicotar o petróleo, o gás e o carvão da Rússia. Inna Sovsun tem uma cadeira no Parlamento pelo partido liberal e pró-europeu Golos Zmin. Ela parece cansada durante a entrevista via Zoom à DW. Nas últimas duas semanas, ela mal dormiu 18
três horas por noite. Atualmente, ela vive com amigos que têm uma boa conexão de internet e seu próprio porão – ela não tem um em seu apartamento em Kiev. Inna não sabe quantas vezes teve que procurar abrigo no porão, e já parou de contar. A cada algumas horas, diz, há um alarme. É terça-feira, o 13º dia da guerra, quando a DW consegue falar com ela. Inna Sovsun não vê seu filho, de 9 anos de idade, desde que o ataque russo começou. Ela o tirou de Kiev como precaução, e ele está com o pai no oeste do país, onde é mais seguro neste momento. Para ela, fugir da capital estava fora de questão. O lugar dela agora é aqui. Também e especialmente para seu filho. Ele é a sua motivação para lutar com todas as suas forças pelo futuro do país. Quando ela falou com ele ao telefone pela primeira vez após a separação, ele lhe perguntou: “Mamãe, quando nos veremos novamente?” Então ela apenas chorou. Fugir de Kharkiv e voltar No caso de Victor, é a filha do meio de seus três filhos com quem ele mais se preocupa. A menina de 12 anos Trabalho acadêmico - Editoração Eletrônica - Facha - 1o semestre de 2022
Foto: www1.folha.uol.com.br
Soldado ucraniano abraça mulher em Lviv.
às vezes fica desesperada de medo. A irmã mais velha aparenta ser muito calma. E a mais nova, de apenas 6 anos, ainda não entende muito bem o que está acontecendo. A DW está em contato com Victor desde o início de março. Ele envia mensagens curtas via WhatsApp todos os dias, sempre que ousa sair do porão ou ir para o pátio e tem sinal no telefone celular. A família vive com um cão e dois gatos na sitiada Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, no nordeste do país. Victor é um especialista em TI, e a família tem sua própria casa. Às 8h do dia 1º de março, um míssil de cruzeiro destruiu o prédio da administração regional na Praça da Liberdade, em Kharkiv. Menos de 10 minutos depois, uma segunda explosão fez tremer o centro da cidade. Victor e sua família puderam ouvir e sentir os impactos, sua casa fica a apenas cerca de quatro quilômetros de distância.
A região ao redor de sua casa seguiu relativamente calma, ele escreve no dia seguinte ao ataque. Mas, por dentro, é corroído pelo medo de que possam ser atingidos a qualquer momento. “É um ato de equilíbrio constante entre ir e ficar. Neste momento, sentimos que é mais seguro aqui embaixo em nosso porão do que em algum lugar na rua.” Os pais tentam oferecer um clima de normalidade para as crianças sempre que podem. No porão, eles criaram o ambiente mais confortável possível. As crianças têm livros e podem jogar jogos em seus telefones celulares, tablets e laptops. “E nós também temos doces para distraí-los.” Mas as constantes explosões os estão desgastando. Nesta segunda-feira, a família finalmente decidiu deixar Kharkiv por causa dos pesados ataques aéreos. Eles se tornam refugiados em seu próprio país e viajam de ônibus para a cidade de Poltava, a quase 150 quilômetros de distância. Ali, encontram alojamento em um apartamento temporário. Victor, no entanto, só fica por uma noite. Ele logo embarca em um trem de volta para Kharkiv. “Quero me juntar aos voluntários.” Separar-se de sua esposa e três filhas tem sido difícil, diz ele. “Mas nós acreditamos piamente que nos encontraremos novamente em breve.” Victor quer fazer algo, quer entregar água e comida para as pessoas que ainda estão em Kharkiv e não conseguem se sustentar. Ele quer remover os escombros. Será que ele não tem medo? “Não”, responde de forma sucinta. Mudança para a região dos Cárpatos Yurii também deixou Kharkiv, junto com sua esposa e sua filha de 17 anos. Eles rodaram de carro por vários dias, diz. A casa onde moravam ainda está de pé, mas muitos edifícios nas proximidades foram destruídos, inclusive a casa ao lado, atingida pouco depois que eles saíram. O destino da família é uma pequena cidade na região montanhosa dos Cárpatos. O empregador de Yurii alugou um quarto de hotel lá para eles. “Chegamos. Aqui não há bombas”, ele escreve em 7 de março. Pela primeira vez desde que a guerra eclodiu, ele conseguiu dormir a noite inteira. “Temos sorte de ter saído de Kharkiv ilesos. E meu empregador pagou o quarto por duas semanas.” Para o período em seguida, o proprietário do hotel fez uma oferta generosa à família.
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“Ele sugeriu que nos mudássemos para sua casa particular, em um vilarejo aos pés das montanhas”. E o proprietário não cobrou nada por isso. “Nós aceitamos, é claro.” Na verdade, Yurii também preferiria voltar para Kharkiv. “Se isso será possível, só o tempo dirá.” Deixar seu país por completo é algo que ele mal pode imaginar. “Eu amo a Ucrânia.” Ele e Victor nem teriam permissão para sair do país neste momento. Todos os homens recrutados devem ficar para apoiar o exército em caso de necessidade e defender sua pátria com armas. Yurii mal aguenta ver a sua cidade natal ser cada vez mais reduzida a escombros a cada dia que passa. Ainda assim, ele não consegue entender por que tantas pessoas no país estão desapontadas ou bravas por causa da negativa da Otan em criar uma zona de exclusão aérea, que o presidente ucraniano Volodimir Zelenski continua pedindo. “Sei que esta não é a guerra de vocês. Cada governo tem que cuidar primeiro de seus próprios cidadãos”, diz Yurii. Ele sente muito apoio vindo de todo o mundo, diz. “Nós venceremos. Vamos fazer isso com nossas próprias forças.” Decepção com o Ocidente “Ainda estamos de pé”, Victor escreve por WhatsApp, a partir de Kharkiv. Ao contrário de Yurii, ele está profundamente desapontado com o Ocidente. “A incapacidade da Otan de estabelecer uma zona de exclusão aérea ou pelo menos nos equipar com armas modernas de defesa aérea me deixa irritado.” O tom de Inna Sovsun também fica enérgico quando trata dessa questão. “A Ucrânia desistiu de suas armas nucleares em 1994 porque o Ocidente nos assegurou que nos daria uma garantia de segurança. Mas tudo o que temos agora é uma desculpa sobre por que isso não é possível”, disse. “Enquanto isso, os russos continuam a lançar bombas sobre nossas cabeças.” Analistas concordam que a Rússia se moverá para atacar a capital ucraniana nos próximos dias. O mínimo que a Ucrânia precisaria é de jatos de combate, diz Inna. “Precisamos desses jatos para poder bombardear as tropas russas do ar e garantir que Kiev não seja cercada.” Inna repete a sua exigência diversas vezes. Somente com a ajuda dos jatos, Kiev poderia ser defendida, e somente dessa forma a morte de muitos civis poderia ser evitada. “Eles estão pla20
nejando repetir em Kiev o que fizeram em Irpin. Havia ordens para atirar em civis. E eles farão o mesmo [aqui].” O lado russo, por outro lado, mantém sua versão oficial de que apenas alvos militares estão sendo atacados. Mas há evidências de que alvos civis, como áreas residenciais e hospitais, foram atingidos diversas vezes. A Organização Mundial da Saúde divulga em seu site uma lista de hospitais danificados. Entre eles estão hospitais nas áreas de Kharkiv e Kiev, onde Victor, Yurii e Inna viviam em paz até 15 dias atrás. Trabalho acadêmico - Editoração Eletrônica - Facha - 1o semestre de 2022
Foto: www.otempo.com.br
Soldado ucraniano em fronte de Horlivka.
Os dias intensos de negociação entre potências ocidentais e os russos não foram capazes de evitar um conflito. Há 3 meses atrás, a Rússia iniciou bombardeios que se espalharam por várias cidades da Ucrânia ao longo do dia, após quatro meses de crise com o Ocident Em pronunciamento feito às 5h45 (horário local), o presidente Vladimir Putin anunciou uma operação militar como forma de “proteger a população de Donbass”. No local, ficam duas repúblicas separatistas pró-Rússia (Donetsk e Luhansk), que foram reconhecidas como independentes pelo chefe do Kremlin nesta semana, em uma cerimônia de assinatura exibida pela televisão estatal. Trabalho acadêmico - Editoração Eletrônica - Facha - 1o semestre de 2022
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Dois ex-militares do Exército brasileiro integram a Legião Internacional de Defesa Territorial da Ucrânia A tropa é formada por cerca de 20 mil estrangeiros com treinamento militar que queiram combater os russos, de acordo com o governo ucraniano. Eles contaram ao portal UOL como tem sido a experiência
Brasil estampado na farda A reportagem do UOL destacou que no braço esquerdo do uniforme de Paulino é possível ver as bandeiras da Ucrânia e do Brasil. Logo abaixo, se lê “Caatinga”, em referência ao centro de instrução e operações do Exército brasileiro destinado à formação de combatentes com técnicas de sobrevivência em Petrolina, interior pernambucano. Já Kirvaitis exibe em seu uniforme uma bandeira da França, uma vez que nos últimos anos integrou a legião estrangeira francesa.
podem revelar sua localização na Ucrânia. Nas redes sociais, porém, compartilham imagens em zonas de combate. “Nem a minha mãe sabe da minha exata localização. Ela só sabe que estou na Ucrânia”, disse Paulino, que conta com mais de 46 mil seguidores em seu perfil no Instagram. Kirvaitis mostrou em suas redes sociais imagens do seu deslocamento até a fronteira com a Polônia há uma semana. Ao UOL, fez um apelo: “Tem sempre uma forma de ajudar, com doações, postando alguma coisa na internet ou fazendo manifestação para essa guerra acabar”. Foto: Instagram André Kirvatis
À esquerda Leandro e ao centro André
Caio Dutra e Kaio Sauaia 24/05/2022 Fonte: www.metroworldnews.com.br O paulista André Kirvaitis e o pernambucano Leanderson Paulino, ambos de 27 anos e com residência fixa na Europa, disseram integrar uma unidade especial com outro combatente brasileiro e dois portugueses. “Eu fui convidado para fazer parte de uma tropa especial, não estou mais como um militar convencional. No meu pelotão, estão os melhores. Militares de várias nacionalidades, que já operaram no Afeganistão, Iraque e Síria. São guerreiros experientes”, disse Paulino à reportagem. Ele deixou Londres, na Inglaterra, para se apresentar às forças ucranianas. Já Kirvaitis contou que foi de carro da Alemanha até a Polônia, onde se alistou na fronteira com a Ucrânia. “A gente veio para ajudar a Ucrânia, porque os outros países não estão fazendo nada. Não tem como deixar o povo à mercê de ser invadido por outro país.”
Paradeiro desconhecido Por questão de segurança, os ex-militares não 22
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U2 faz show improvisado no metrô de Kiev em solidariedade à Ucrânia Banda cantou clásssicos e uma versão da canção “Stand By Me” Foto: diariodonordeste.verdesmares.com.br
Cantor irlandês Bono e o guitarrista The Edge, do grupo U2, se apresentaram na Ucrânia
Caio Dutra e Kaio Sauaia 24/05/2022 Fonte: g1.globo.com e diariodonordeste.verdesmares.com.br O vocalista Bono e o guitarrista The Edge, do U2, fizeram um concerto improvisado no metrô de Kiev, capital da Ucrânia, invadida pela Rússia desde 24 de fevereiro. O show surpresa ocorreu na estação de metrô Khreschatyk e reuniu uma pequena multidão. Bono cantou uma versão da canção Stand By Me com a banda ucraniana Antytela. Também tocou clássicos: ‘Sunday Bloody Sunday’, ‘Desire’ e ‘With or without you’. O cantor elogiou a luta da Ucrânia pela liberdade e até fez uma oração pela paz. Anteriormente, ele já havia apoiado e dedicado um poema à Ucrânia. Em um post no Twitter, a banda afirma que foi convidada pelo presidente da Ucrânia para tocar em Kiev como uma demonstração de solidariedade ao povo ucraniano. Da plataforma de estação do metro, o vocalista ainda fez referência aos conflitos que devastaram seu país, a Irlanda, e os problemas que foram desencadeados com seu poderoso vizinho britânico. “Rezamos para que em breve desfrutem um pouco de paz”, acrescentou.
A apresentação surpresa de Bono - que ao longo de sua carreira colaborou em múltiplas causas, incluindo a luta contra a pobreza e a aids - ocorreu quando as sirenes antiaéreas eram ouvidas na capital e no leste do país, onde os combates se intensificaram. Entre o pequeno público que assistiu à apresentação estavam membros das forças armadas ucranianas.
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Foto: diariodonordeste.verdesmares.com.br
Bono convidou um soldado ucraniano a cantar uma versão de “Stand by me”
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Qual a realidade por trás das armas a laser declaradas pela Rússia
A Rússia afirma ter usado armas a laser no campo de batalha na Ucrânia, embora os EUA digam que não viram nenhuma evidência disso, e a Ucrânia tenha ridicularizado a alegação, classificando como propaganda.
Foto: br.rbth.com/
Arma laser.
Caio Dutra e Kaio Sauaia 24/05/2022 Fonte: www.bbc.com Mas, afinal, o que são armas a laser e quão eficazes elas podem ser no conflito? Yury Borisov, vice-primeiro-ministro russo responsável pelo desenvolvimento militar, disse à TV estatal que um protótipo a laser chamado Zadira estava sendo usado na Ucrânia e que havia queimado um drone ucraniano em cinco segundos a uma distância de 5 km. Ele se soma a um sistema de laser anterior chamado Peresvet — em homenagem a um monge guerreiro ortodoxo medieval —, que pode ser usado para ofuscar satélites orbitando bem acima da Terra e impedi-los de coletar informações. No entanto, uma autoridade do Departamento de Defesa dos EUA disse que não viu “nada que corrobore os relatos sobre uso de lasers” na Ucrânia. Enquanto isso, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, zombou da alegação russa, comparando-a com as chamadas “armas milagrosas” que a Alemanha nazista alegou estar desenvolvendo durante a Segunda Guerra Mundial. “Quanto mais claro ficava que eles não tinham chance na guerra, mais propaganda havia sobre uma arma incrível que seria tão poderosa a ponto de garantir uma reviravolta”, disse ele em um 24
discurso em vídeo. O que as armas a laser podem — e não podem — fazer Pouco se sabe sobre o sistema de laser Zadira, mas em 2017, a mídia russa afirmou que a Rosatom, agência nuclear estatal, ajudou a desenvolvê-lo como parte de um programa para criar armas baseadas em novos princípios da física, informou a agência de notícias Reuters. Mas há pelo menos um país que desenvolveu uma arma a laser. No mês passado, Israel divulgou um vídeo mostrando um sistema de laser derrubando foguetes e drones. O primeiro-ministro israelense, Naftali Bennett, disse que poderia derrubar drones, morteiros e foguetes por apenas US$ 3,50 por disparo. “Pode parecer ficção científica, mas é real”, afirmou. Mas o especialista em defesa antimísseis Uzi Rubin, do Instituto de Estratégia e Segurança de Jerusalém (JISS, na sigla em inglês), acredita que a tecnologia de armas a laser não alteraria o equilíbrio de poder no campo de batalha na Ucrânia. “Zelensky está certo — não é uma arma milagrosa”, diz ele à BBC. “Levaram vários segundos para derrubar o UAV (sigla em inglês para “veículo aéreo não tripulado”, mais conhecido como drone). Há maneiras muito melhores de fazer isso, usar um Stinger ou qualquer míssil antiaéreo teria sido mais barato, mais rápido e de maior alcance.” Os lasers funcionam enviando um feixe de luz infravermelha que aquece seu alvo até que entre em combustão. Rubin afirma que até mesmo a potência de armas a laser avançadas ainda era muito fraca para fazer uma diferença significativa no campo de batalha, e lembra que estas armas têm uma “taxa de letalidade” baixa. Trabalho acadêmico - Editoração Eletrônica - Facha - 1o semestre de 2022
Starbucks vai deixar a Rússia após 15 anos Rede de cafeterias já tinha suspendido operações no país em março; McDonald’s também vendeu suas operações no país. Caio Dutra e Kaio Sauaia 24/05/2022 Fonte: g1.globo.com A rede de cafeterias Starbucks anunciou nesta segunda-feira (23) que vai deixar o mercado da Rússia depois de quase 15 anos – se juntando ao McDonald’s, que na semana passada, chegou a um acordo para vender sua rede de restaurantes a um empresário local. A Starbucks, que tem sede em Seattle, nos Estados Unidos, tem 130 lojas na Rússia, operadas pelo licenciado Alshaya Group. São cerca de 2 mil funcionários no país, onde está desde 2007, de acordo com a Reuters. As lojas da rede estavam fechadas no país desde março, quando a Starbucks suspendeu todas as suas atividades na Rússia – incluindo o envio de
produtos – depois da invasão da Ucrânia. Em nota, o presidente da rede, Kevin Johnson, afirma que “a Starbucks tomou a decisão de sair e não mais ter sua marca presente no mercado (russo)”. O texto não afirma como se dará a saída da empresa, mas afirma que os trabalhadores serão pagos por seis meses e receberão assistência para buscar novas colocações fora da rede de cafeterias. Outras empresas já deixaram suas operações na Rússia: além da Starbucks e do McDonald’s, a montadora francesa Renault vendeu suas fábricas ao Estado russo – a empresa detinha 67,69% da AvtoVAZ, a maior fabricante de automóveis Lada na Rússia Logo Starbucks. Foto: newsbulletin247.com
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Bem vindo ao O mundo virtual que está chamando a atenção do mundo real
Maria Lígia 20201060 Maria Paula 20213015
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etaverso é uma espécie de nova camada da realidade que integra os mundos real e virtual. Na prática, é um ambiente virtual imersivo construído por meio de diversas tecnologias, como Realidade Virtual, Realidade Aumentada e hologramas. Para visualizar o conceito, pense no filme Matrix, dirigido por Lilly e Lana Wachowski. No longa, as pessoas vivem em uma realidade virtual arquitetada por uma inteligência artificial assassina que usa seus corpos para produzir energia. O metaverso é mais ou menos por aí, mas sem as máquinas vilãs – pelo menos por ora. Nesse universo, que ainda não é real em sua totalidade, as pessoas poderiam interagir umas com as outras, trabalhar, estudar e ter uma vida social por meio de seus avatares (bonecos virtuais customizados) 3D. Ou seja, o objetivo é que pessoas não sejam apenas observadores do virtual, mas façam parte dele. Entusiastas veem no metaverso a evolução da internet. Outros enxergam nele um risco para a privacidade, e uma “droga” viciante. A implantação dessa utopia, no
entanto, ainda depende do amadurecimento de algumas tecnologias, como o próprio 5G. Apesar de ter virado pop recentemente, o termo metaverso é antigo. Ele foi cunhado pelo escritor Neal Stephenson em seu livro de ficção científica “Snow Crash”, publicado em 1992. A obra conta a história de “Hiro Protagonist”, personagem que na “vida real” é um entregador de pizza, mas no mundo virtual – chamado na história de metaverso – é um samurai. Em 2011, o escritor Ernest Cline também tratou do tema em seu romance futurista “Ready Player One” (Jogador Número 1 no Brasil)”, que em 2018 ganhou as telas do cinema pelas mãos de Steven Spielberg. Na obra, os personagens vivem em um mundo distópico e, para fugir da realidade, costumam passar horas e horas no OASIS, um simulador virtual que dá a eles a possibilidade de serem o que bem entenderem. Primeiras tentativas de metaverso Alguns projetos tentaram criar algo semelhante a um metaverso. Um dos principais exemplos é o jogo Second Life, lançado em 2003 pela empresa Liden Lab,
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baseada nos Estados Unidos. O game é um ambiente virtual 3D que simula a vida real. Ao entrar, os usuários podem criar avatares e socializar uns com os outros. O jogo atraiu milhares de gamers, mas não conseguiu unir completamente os mundos real e virtual. Um dos motivos é que o projeto não foi capaz de criar uma economia digital, na qual as pessoas pudessem ganhar dinheiro ou mesmo ter uma propriedade virtual, algo que hoje em dia é possível. Games como Roblox, Fortnite e Minecraft também bebem do conceito do metaverso, e apresentam alguns elementos desse novo universo. Nesses jogos, as pessoas têm seus próprios personagens, participam de missões, se relacionam uns com os outros e vão a eventos. A cantora norte-americana Ariana Grande fez um show dentro do Fortnite, por exemplo. Vale lembrar, no entanto, que a proposta do metaverso vai além dos jogos online. A ideia é que todos os aspectos da “vida real” da pessoa – lazer, trabalho, relacionamentos, estudo e outros – sejam permeados de forma imersiva pelo digital, e vice-versa. 27
www.dw.com
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Um novo tipo de trabalho remoto em equipe espaço inovador para trabalhar. Horizon Workrooms (beta) é o espaço na VR para as equipes se conectarem, colaborarem e desenvolverem ideias.
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29 Legenda: Reunião demonstrativa no Metaverso
Facebook vira Meta Mudança do nome do Facebook Inc para Meta No meio do burburinho ao redor do termo, o Facebook Inc. anunciou em outubro de 2021 que a organização passaria a se chamar Meta (as redes sociais continuam com o mesmo nome). No anúncio, o fundador e presidente da companhia, Mark Zuckerberg, disse que a mudança se deve ao novo posicionamento do grupo: “Hoje somos vistos como uma empresa de mídia social, mas em nosso DNA somos uma empresa que constrói tecnologia para conectar pessoas, e o metaverso é a próxima fronteira, assim como a rede social foi quando começamos”. Em carta divulgada ao público, Zuckerberg detalhou o mundo virtual que a empresa, que está na mira da autoridade antitruste nos Estados Unidos, espera construir: “No metaverso, você será capaz de fazer quase tudo que você possa imaginar – reunir-se com amigos e família, trabalhar, aprender, brincar, fazer compras, criar – bem como ter experiências completamente novas que realmente não se encaixam em como pensamos sobre computadores ou telefones hoje”. O “namoro” do Facebook pelo metaverso é antigo, e o interesse comercial não é novidade. Em 2014, o grupo comprou a Oculus, empresa que fabrica headsets de realidade virtual. São equipamentos necessários para acessar essa nova realidade ainda em construção. Em agosto de 2021, a empresa também lançou o Horizon Workrooms, uma ferramenta que 30
dá aos usuários a possibilidade de criarem avatares e participarem de reuniões virtuais. Vale lembrar, também, que o Facebook trabalha
www.infomoney.com.br
no desenvolvimento da Diem (antiga Libra), sua própria criptomoeda – outra tecnologia necessária para o metaverso.
Legenda: Homem usando óculos de realidade virtual
Empresas que também apostam no Metaverso Não é só o Facebook que entrou de cabeça nessa nova onda. A Nvidia, por exemplo, anunciou em agosto o NVIDIA Omniverse, uma plataforma colaborativa de simulação. Nela, designers, artistas e outros profissionais podem trabalhar juntos na construção de metaversos. Já a Microsoft colocou no mercado, no início de 2021, o Mesh, uma plataforma que permite a realização de reuniões com hologramas. Também criou avatares 3D para o Teams, sua ferramenta de comunicação. Em novembro, em um aceno à utopia, a Nike criou a Nikeland, uma plataforma dentro do game Roblox. Já em dezembro,
a multinacional americana adquiriu uma startup especializada em NFTs de moda. E não são apenas empresas estrangeiras que apostam nesse mercado. O Banco do Brasil também entrou na “brincadeira”, e lançou no final de 2021 uma experiência virtual dentro do servidor do game GTA. No jogo, o gamer pode abrir na instituição bancária uma conta para seu personagem – é possível até trabalhar como abastecedor de caixa. Muitos entusiastas enxergam no metaverso um componente-chave da web 3.0. Esse termo é usado para se referir a uma internet mais imersiva, descentralizada e aberta.
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Uberlândia realizareunião no Metaverso A primeira reunião de trabalho da história do Executivo dentro de um metaverso
www.uberlandia.mg.gov.br
Legenda: Prefeito e secretária de Uberlândia em reunião no Metaverso
“O serviço público que não acompanha a modernidade, certamente, não irá atender aos anseios e necessidades da população.” -Prefeito Odelmo Leão.
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e acordo com informações do site oficial da Prefeitura de Uberlândia, na última semana, foi usado o serviço online Horizon Workrooms, da Meta, para realizar a interação no universo digital. A reunião foi realizada entre a Prefeitura de Uberlândia e a startup Sapiens, que atua na cidade. A companhia trabalha na área da inteligência artificial com o intuito de realizar predições das tendências de preços de commodities, no Brasil, algumas das principais commodities são o café, soja, trigo e o petróleo. Para participar da transmissão, o prefeito Odelmo Leão, a secretaria municipal Ana Paula Junqueira e um dos fundadores da Sapiens, Maurício Lemos, usaram óculos de realidade virtual para entrar em uma sala de chat da Horizon Workrooms. Durante a reunião, eles dialogaram sobre as “perspectivas do agronegócio e da tecnologia na cidade e no Brasil”. A Sapiens também teve a oportunidade de entender um pouco mais sobre os projetos de informatização que estão acontecendo nos serviços públicos de Uberlândia, como o primeiro Polo Agromineral do Brasil e sobre o Polo Tecnológico Sul. Nem tudo é perfeito Um vídeo publicado pela prefeitura de Uberlândia deu uma ideia de como foi a reunião. A produção, no entanto, conta com altas quedas de quadros e gráficos defasados. Além disso, também é possível ver alguns bugs durante a reunião, como movimentos desajustados. A plataforma Horizon Workrooms é a principal aposta da Meta, antigo Facebook, para ganhar espaço no crescente mercado do metaverso. O aplicativo já está disponível para a realização de reuniões por meio do Oculus Quest 2. 31
SaibatudooquerolounaMetaverse Fashion Week A primeira semana de moda virtual da plataforma Decentraland contou com desfiles de grandes grifes e apontou possíveis caminhos para o mercado wearable.
A primeira Metaverse Fashion Week, aconteceu entre os dias 24 e 27 de março, reunindo virtualmente cerca de 108 mil pessoas que participaram da primeira edição por meio da Decentraland, plataforma pioneira entre os usuários do metaverso com interação em blockchain (ferramenta essencial para garantir a autenticidade no meio digital). De acordo com o diretor criativo do site, Sam Hamilton, a Decentraland recebe cerca de 500 mil usuários mensais desde o início do ano. Voltada para socialização e venda de tokens não fungíveis (NFTs), o jogo é uma plataforma 3D administrada em uma organização autônoma descentralizada (DAO), ou seja, por um grupo de usuários, e não uma empresa. Nela, o espaço virtual é dividido em 90 mil unidades de land – equivalente a terrenos sujeitos à exploração e especulação digital. Para a semana de moda, algumas dessas “terras” foram selecionadas para a construção de lojas e pavilhões onde se concentram as apresentações de 60 marcas, artistas e designers. Luxury Fashion District. Inspirado na Avenue Montaigne, de Paris, o novo distrito comercial (vendido por cerca de 13 milhões de reais) acolheu as lojas da Dolce & Gabbana, Elie Saab,Imitation of Christ, Guo Pei e a joalheria Jacob & Co. Cada marca mostrou seus produtos de forma diferente. Elie Saab escolheu organizar seu 32
espaço como um museu para exibir a versão virtual da sua coleção de alta-costura de verão de 2022. Já a Dolce & Gabbana realizou um desfile de 20 looks feitos digitalmente para serem leiloados como NFT. Essa não é a primeira vez que a grife italiana investe no metaverso. Entre as primeiras do luxo a investir no meio, a marca leiloou uma coleção de wearables (roupas que só existem online) arrecadando cerca de 6 milhões de dólares, em agosto de 2021. Etro, Placebo, Vogu & Hype, Dundas e The Fabricant são outros nomes de moda que estiveram presentes no evento. Diferentemente da Dolce & Gabbana, que apostou em criações mais fantasiosas, os nomes acima optaram por apresentar peças mais simples e próximas do que se encontra em desfiles e lojas físicas – um mundo de distância dos looks da plateia, que contava com usuários com asas, vestidos de dinossauro ou até de Jesus do Streetwear. E DÁ PARA COMPRAR? Dá, e dá para usar tanto virtualmente como na vida real. Em parceria com a empresa de tecnologia Boson Protocol, a Tommy Hilfiger apresentou jaquetas bomber, conjunto de moletom e camisa xadrez da coleção de verão 2022, só que em formato digital. Quem quisesse comprar alguma peça podia optar por ter a sua apenas vir-
tualmente ou receber um modelo real em casa. A compra acontecia num site próprio da marca. Outras etiquetas optaram por vender suas criações diretamente ao usuário por meio da criptomoeda usada na plataforma, a Ethereum. Anna Gamer, uma das principais criadoras de conteúdo sobre metaverso em português, diz que as grifes estão dando atenção dobrada aos tokens não fungíveis. “Antes do festival, tiveram marcas que investiram pesado em airdrops, que são pré-saves de NFT”. De acordo com ela, isso é uma forma de prospectar público no mundo digital, por meio da criação de expectativa. Um bom exemplo são as peças virtuais disponíveis na Selfridges. A famosa loja de departamentos do Reino Unido tem um prédio de escada espiral onde deixa NFTs e wearables disponíveis em exibição até que fiquem disponíveis para compra, no dia 12 de abril. As roupas, no caso, são da primeira coleção de Paco Rabanne, lançada originalmente em 1966. Elas compartilham espaço com 12 obras exclusivas e digitais do pintor Victor Vasarely. As peças que fazem parte do figurino dos avatares podem ser utilizadas em outros universos de metaverso (não só na Decentraland) por ficarem registradas em uma carteira digital, junto com os dados do portador da conta.
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vogue.globo.com
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Modelo virtual Dolce Gabbana no Metaverso
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O BEIJO NO METAVERSO Tecnologias indicam que sera possivel ter a sensacao de beijo no Metaverso m dos últimos limites realidade virtual mais ampla ao Através do dispositivo experimenda realidade virtual está inserir sensores hápticos — usa- tal, os pesquisadores conseguiram sendo ultrapassado pelo do para simular sensações táteis explorar o sistema sensorial da metaverso: o toque. Durante anos, — na parte inferior de um fone boca recriando sensações reais várias pesquisas foram desenvol- de ouvido do Quest 2, os visores de beber água, beijar e até fumar. vidas para criar equipamentos de RV da Meta, dona do Face- Durante anos, pesquisadores se com potencial de simular o to- book. Sem utilizar qualquer outro empenharam em fazer com que que e estímulos táteis, até chegar acessório, o protótipo direciona a a realidade virtual se expandisse à complexidade do beijo. Agora, energia de um ultrassom para di- e mais sentidos humanos fossem pesquisadores da Carnegie Mellon ferentes partes da boca. Segundo explorados com mais qualidade, University, na Pensilvânia, EUA, os especialistas, só a proximidade se assemelhando cada vez mais conseguiram reproduzir virtual- dos óculos com a à vida real. O metaverso, como mente sensações bucais através de boca já pode imaginado por Mark Zuckerberg, dispositivos de realidade virtual. ativar espretende utilizar de várias pesUtilizando aparelhos de toque já sas senquisas para expandir o seu bastante explorados, os pesquisa- sações universo de realidade virdores descobriram como recriar a t á tual, não só para jogos, sensação do toque de lábios e lín- teis. mas para relacionagua na realidade virtual (RV). mentos entre pessoas Para reproduzir os sentidos digireais, com sensações talmente, os pesquisadores desimuladas. Em jogos ou senvolveram uma forma simulações, será possível de tornar a expetanto sentir o pelo de animais riência da quanto beijar alguém interessante.
www.queridoclassico.com
Legenda: cena do filme E o vento levou
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A volta dos eventos presenciais é um desafio para trabalhadores da cultura Na edição deste domingo da coluna HIT, a gestora Ana Vilela revela como se reinventou diante das transformações impostas pela pandemia Giulia Andreoti Fonte: em.com Em 07/05/22 Ser gestora de uma instituição cultural é se dedicar a um intenso trabalho de planejamento e tomada de decisão. No entanto, mesmo com planos para diversas situações, nada havia nos preparado para o inimaginável: fechar as portas temporariamente e redesenhar todo nosso planejamento e modelo de atuação, em 2020. Uma casa que já foi palco de tantas exposições inéditas e desenvolveu, ao longo dos anos, importantes iniciativas de formação de público, sempre foi feita por e para as pessoas. Galerias cheias, filas animadas aguardando para ver de perto as mostras tão encantadoras, o cheiro de pipoca dos vendedores na porta, o encanto das crianças com seus mundos imaginários... Tudo isso era nossa rotina na Casa Fiat de Cultura.
Em 2020, tudo precisou ser completamente repensado e recriado. O momento, que inicialmente duraria 15 dias, prolongou-se por meses, o que exigiu adaptabilidade e entendimento de que era possível fazer arte e cultura em novas telas. Assim, transformamos todo o nosso conteúdo para as redes sociais e outras plataformas digitais. Durante todo esse tempo, meu trabalho, enquanto gestora, também foi transformado. Mais do que nunca, buscar parcerias foi fundamental para fortalecer nossa atuação. Nesse sentido, contamos com parceiros muito especiais para a produção de eventos de design, cultura popular, fotografia e painéis com grandes nomes do pensamento contemporâneo, instigando as pessoas a refletir sobre o presente e também o futuro. A equipe se reinventou. Além da produção autoral de conteúdo, inovamos em formatos. Levamos
Foto: ilustracao-mostra-aleijadinho-dentro-da-tela-de-computador Trabalho acadêmico - Editoração Eletrônica - Facha - 1o semestre de 2022
ao público nossa primeira exposição 100% digital. Transformamos nossas vitrines em galeria, com exposições que poderiam ser vistas pelo lado de fora do prédio. Agora, em nossa reabertura, apresentamos ao público a mostra “Aleijadinho, arte revelada: o legado de um restauro na Casa Fiat de Cultura”, oportunidade única de conhecer de perto o processo de restauração de obras do barroco mineiro, em um ateliê vivo, aberto à visitação. A iniciativa celebra os 15 anos da instituição e é um presente aos brasileiros. As obras restauradas retornam às comunidades em 2022. E, durante 20 meses, essa foi a maneira que encontramos de continuar em contato com o público. Mas nada substitui o poder dos encontros, a indescritível sensação de ver de perto uma obra de arte, a emoção de pisar em uma galeria e conhecer o trabalho de novos artistas. Desde novembro, as portas se reabriram novamente ao público – sempre guiado por protocolos e cuidados –, para continuarmos partilhando saberes, obras de arte e experiências. Ainda é difícil dizer o que nos aguarda no futuro. Porém, seguimos por um caminho híbrido, com programação on-line e exposições presenciais. A tecnologia permanece como aliada, enquanto fortalecemos, cada vez mais, nossas ações de acolhimento, mediação presencial e experimentação da arte in loco. 37
EXPOSIÇÃO “TERRA À VISTA E PÉ NA LUA” HOMENAGEIA O MULTIARTISTA ZIRALDO De 20 de novembro de 2021 a 20 de fevereiro de 2022, a exposição “Terra à vista e Pé na lua” abre as comemorações dos 100 anos do MHN no próximo ano e tem como foco a aventura humana rumo ao desconhecido – pelo olhar visionário e atemporal de Ziraldo Giulia Andreoti Fonte: mhn.museus.gov.br Em 07/05/22 Artista cuja produção se faz presente no imaginário de brasileiros e brasileiras de todas as idades, a exposição, que também homenageia os 90 anos de Ziraldo em 2022, leva o visitante a livros, personagens, ideias, e mesmo objetos de trabalho, que marcam a trajetória de Ziraldo. Das navegações marítimas até as conquistas espaciais, o trabalho do artista se une conceitualmente às coleções do Museu Histórico Nacional via códigos QR espalhados ao longo da cenografia. A curadoria e direção de arte são de Adriana Lins e Guto Lins, que contaram com o apoio e a participação do Instituto Ziraldo. A cenografia é assinada por Susana Lacevitz e Philppe Midani. A exposição faz parte do Plano Anual 2021 do museu, que tem o apoio da Associação dos Amigos do MHN e patrocínio do Instituto Cultural Vale – por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Segundo Vania Bonelli, diretora Interina do Museu Histórico Nacional, para dar início às comemorações do centenário do MHN em 2022, “a fantástica criatividade” de Ziraldo e seus super-heróis é uma “verdadeira odisseia”. “Ao retornarmos à alegria, convidamos as mais diversas gera38
Foto: Divulgação/MHN
ções para navegarem no tempo e no espaço, reafirmando a frase do Menino Maluquinho: ‘que maluquinho que nada! Eu sou danado de feliz!”, conclui. “Ao unir as criações de Ziraldo ao acervo do MHN, a mostra convida
públicos de todas as idades a reler o passado e recriar o presente de forma lúdica, contando histórias de vários Brasis”, aponta Christiana Saldanha, gerente do Instituto Cultural Vale. “Para nós do instituto, faz muito sentido estar ao
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lado de iniciativas como essa, que abrem oportunidades de aprender, se inspirar e criar em contato a história e com a arte”, diz. A exposição Pátios e galerias de exposições temporárias do térreo do MHN servem de espaço para as criações de Ziraldo. No pátio Minerva, painéis, alguns medindo até dois metros, reproduzem histórias e personagens de Ziraldo, como o Menino Maluquinho e Zeróis. No pátio dos Canhões, transformado em “praça da Amizade”, os canhões ‘atiram’ flores e é ‘habitado’ por personagens de Ziraldo em escala humana. Nas três salas que a exposição temporária ocupa, o visitante vai conhecendo um pouco da história do artista -como a sua chegada ao Rio, o início da carreira, o trabalho na imprensa e o reconhecimento nacional – enquanto mergulha no universo de Ziraldo e de suas criações em diferentes suportes, como quadrinhos, tirinhas, cartazes e livros. Na vasta galeria criativa do artista, alguns rostos e traços são muito conhecidos, outros nem tanto, mas estão todos lá: super-heróis, onomatopeias e o próprio Ziraldo em uma caricatura em tamanho real. Alguns itens pessoais, como a antiga máquina de escrever, a clássica cadeira de bar, além de edições originais de algumas obras, são marcas históricas de uma carreira iniciada ainda nos anos 1950 e que o público poderá conhecer de perto. Durante todos os sábados em que a exposição estiver em cartaz (exceto nos dias 24 e 31 de dezembro), monitores realizam com crianças visitantes uma atividade lúdico-educativa a partir de um caderno de atividades desenvolvido especialmente para a exposição – que pode ser impresso em casa. Durante os dias úteis, a ativida-
de é voltada apenas para escolas agendadas nos formatos presencial e virtual. Confira o protocolo para a visita de grupos. No dia 30 de novembro, acontece a atividade on-line “O alfabeto começa com Z”, voltada para professores da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro. O artista de todos: Ziraldo Alves Pinto nasceu em Caratinga (MG) em 1932. Com reconhecimento nacional e internacional, tem atuado profissionalmente nos contextos social, político, ambiental e educacional em mídias jornalísticas, literárias e de entretenimento. Ícone cultural do Brasil, seu acervo tornou-se referência para a identidade e memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira. Pioneiro no design, revolucionário na literatura
infanto-juvenil, ativamente engajado em temas sociais e políticos. Um intuitivo e criativo crítico de costumes, Ziraldo atinge contextos universais e atemporais. Seus livros, combinando texto e imagem na estética que acabou por definir sua marca, trazem, desde sempre, a ecologia como prática de sobrevivência e solidariedade. A exposição pode ser visitada, a partir de 20 de novembro de 2021, de quinta a sábado, das 10h às 16h. A entrada é franca e não há necessidade de retirada antecipada de ingressos. Para ter acesso às dependências do museu, o uso de máscara é obrigatório, assim como a apresentação do comprovante de vacinação contra a covid-19, de acordo com Decreto da prefeitura do Rio.
Foto: Divulgação/MHN
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Shows em 2022: Programação internacional está cheia; veja como comprar ingressos Shows de Justin Bieber, Rosalía, Coldplay, Metallica e Guns N’ Roses, além do Rock in Rio e outros festivais, aquecem o mercado; veja agenda com programação, datas, cidades e preços. Giulia Andreoti Fonte: g1.com Em 07/05/22 A agenda de shows internacionais no Brasil está aquecida em 2022 e começa a ganhar fôlego neste mês. Depois do mercado ficar parado por meses por conta da pandemia, muitos artistas incluíram o país em suas respectivas turnês. Além disso, o Rock in Rio movimenta o segundo semestre, e as bandas aproveitam para esticar e fazer outras apresentações pelo Brasil. Acompanhe os destaques: • • • • • •
Kiss - a partir de 26 de abril Porto Alegre; Greta Van Fleet - 3 de maio Rio de Janeiro; Metallica - 5 e 12 de maio Curitiba, Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro; Mita Festival - 14 e 15 de maio em São Paulo; 21 e 22 de maio no Rio de Janeiro; Rufus Du Sol DJ Set - 14 de maio - São Paulo; Two Door Cinema Club - 18 de maio - São Paulo;
Foto: Divulgação/ Rock in RIo
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Louis Tomlinson - 27 a 29 de maio - Rio de Janeiro e São Paulo; Joss Stone - 1º de junho - São Paulo; Khalid - 23 e 25 de junho São Paulo e Rio de Janeiro; A-ha - 13 a 25 de julho - seis cidades; Kard - 20 a 24 de julho - Rio de Janeiro, Brasília, São Paulo e Curitiba; Rosalía - 22 de agosto - São Paulo; Iron Maiden - 27 de agosto a 4 de setembro - São Paulo, Curi-
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Foto: Divulgação; Celso Tavares/g1
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tiba e Ribeirão Preto; Guns N’ Roses - 4 a 26 de setembro em oito cidades; Rock in Rio - 2 a 11 de setembro - Rio de Janeiro; Måneskin - 9 de setembro São Paulo; Justin Bieber - 14 de setembro - São Paulo; Helloween - 08 e 09 de outubro - São Paulo; Hanson - 11 a 21 de outubro em sete cidades; Coldplay - 11 a 19 de outubro - Rio de Janeiro e São Paulo; Primavera Sound - 31 de outubro a 6 de novembro - São Paulo; Harry Styles - 06 a 10 de dezembro - São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba; Slipknot e Bring Me The Horizon - 15 de dezembro - Rio de Janeiro; Knotfest Brasil com Slipknot e outros - 18 de dezembro São Paulo.
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Eventos presenciais estão mais comuns do que os virtuais Com a pandemia prestes a completar dois anos, movimentação sinaliza um marco para a indústria publicitária
Giulia Andreoti Fonte: meioemensagem.com Em 07/05/22 À medida em que a pandemia se aproxima de seu aniversário de dois anos, os eventos do setor da publicidade agora são mais realizados pessoalmente do que de modo exclusivamente virtual, conforme indica um estudo do DBC Industry Calendar, um banco de dados de todos os eventos programados das indústrias de publicidade, marketing e insights. Seus membros fundadores incluem entidades internacionais como ANA, 4As e IAB, entre outros. Dos 702 eventos do setor, que irão ocorrer em 2022, analisados para o levantamento, 273 foram identificados como eventos presenciais, 271 como somente virtuais e 158 como híbridos. As descobertas sugerem um marco para uma indústria que há muito aguarda um retorno à normalidade. Os eventos presenciais são vitais para os anunciantes ansiosos para conhecer novos clientes, conectar-se com os já existentes, discutir perspectivas em todo o setor e interagir com os consumidores. Em 2022, haverá uma média de 56 eventos por mês nos segmentos de publicidade, marketing e insights, com uma alta mensal de 119 planejada para março, de acordo com o estudo. “Os eventos virtuais permitiram que o setor avançasse nos negócios, ajudaram a manter as conexões
Foto: Arnold O. A. Pinto – shutterstock
durante os bloqueios, e continuam a desempenhar um papel importante para facilitar a participação em conferências e webinars”, explica Bill Daddi, presidente da DBC Brand Communications – que opera o DBC Industry Calendar — em um comunicado. “Mas certamente o desejo de interação cara a cara genuína e o benefício de conhecer novos contatos e ver velhos amigos em corredores e salas de conferência é forte”. Apesar da pluralidade de eventos de 2022 planejados para formatos presenciais, a maioria ainda contém componentes virtuais, e os eventos somente virtuais permanecem quase tão comuns quanto os presenciais. Formatos virtuais e híbridos continuarão a ser usados por seus altos níveis de conveniência, diz Daddi. Nesses quase dois anos desde que
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a pandemia de coronavírus foi declarada, fluxos e refluxos ensinaram à indústria que o futuro é tudo menos certo, e o próximo surto de Covid-19 pode estar chegando. A CES do mês passado, por exemplo, sofreu uma retirada de última hora de vários expositores e comerciantes, como Procter & Gamble e General Motors, devido à variante omicron. Embora se espere que o próximo evento de mídia e tecnologia, o SXSW, seja principalmente um evento presencial (o festival acontece de 11 a 20 de março), ele também conterá componentes virtuais. Outros eventos programados para o final deste ano, que foram recentemente virtuais, incluindo Cannes Lions, também estão planejados para formatos híbridos para 2022. **Tradução por Giovana Oréfice 41
Show Justin Bieber Brasil 2022: veja preços de ingressos e mais informações Justin Bieber se apresentará no Allianz Parque, em São Paulo, nos dias 14 e 15 de setembro Giulia Andreoti Fonte: jc.ne10.uol.com.br Em 07/05/22 Justin Bieber fará shows da turnê Justice World Tour no Allianz Parque, em São Paulo, no dia 14 de setembro e no dia 15 de setembro. O cantor canadense também sobe ao palco do Rock in Rio no dia 4 de setembro, no Palco Mundo. O dia do seu show no festival foi o primeiro a ter ingressos esgotados. Os ingressos para o público geral para o show de São Paulo em 14 de setembro começaram a ser vendidos nesta quarta-feira, 20 de abril. A pré-venda ocorreu de 18 a 19 de abril, tanto online quanto na bilheteria oficial. Os valores variam de R$ 350 (cadeira superior) a R$ 1 mil (pistas premium). O ingresso estará à venda no site (com taxas) e na bilheteria oficial (sem taxas) localizada no Memorial da América Latina na Avenida Mário de Andrade, 664 – Barra Funda – São Paulo. O acesso será pelo Portão 08, das 10h às 18h, de segunda a domingo, ou enquanto houver disponibilidade de ingressos. Show extra de Justin Bieber em São Paulo Na noite desta quarta (20), foi anunciado que o canadense fará um show extra em São Paulo, no Allianz Parque, dia 15 de setembro. A venda geral de ingressos começa na segunda-feira, 25 de abril, às 00h01. Quem é fã de carteirinha de Justin terá a oportunidade de garantir pacotes VIP para expe42
riências e lembranças exclusivas da turnê, como assistir ao show em um setor pré-determinado. JUSTICE VIP EXPERIENCE R$ 5.500,00 Um ingresso no setor PISTA PREMIUM AZUL Entrada prioritária e adiantada no setor (early entry) Memórias que duram pra sempre: Oportunidade de foto em grupo com Justin Bieber (Fotos tiradas em grupos de no mínimo quatro pessoas) Backstage tour – conheça os bastidores do show em um tour VIP acompanhado. Lembranças da turnê em edição limitada: Conjunto de prints exclusivos e edição limitada da turnê. Conjunto de prints exclusivos e edição limitada baseados na arte original. Benefícios VIP no local do show: Check-in VIP com prioridade e entrada VIP exclusiva. Oportunidade de comprar o merchandising oficial da turnê sem filas. Merchandising VIP: Um presente especial da turnê (criado especialmente para os compradores do pacote VIP). Um cordão e laminado comemorativo da turnê. * Não serão permitidas fotos individuais. Fotos em grupo serão no mínimo quatro pessoas. GHOST VIP PACKAGE - R$ 2.000,00 Um ingresso no setor PISTA
PREMIUM AZUL Entrada prioritária e adiantada no setor (early entry) Lembranças da turnê em edição limitada: Conjunto de prints exclusivos e edição limitada da turnê. Conjunto de prints exclusivos e edição limitada baseados na arte original. Merchandising VIP: Um presente especial da turnê (criado especialmente para os compradores do pacote VIP). Um cordão e laminado comemorativo da turnê. PEACHES VIP PACKAGE - R$ 1.500,00 Um ingresso no setor PISTA Entrada prioritária e adiantada no setor (early entry) Lembranças da turnê em edição limitada: Conjunto de prints exclusivos e edição limitada da turnê. Conjunto de prints exclusivos e edição limitada baseados na arte original. Merchandising VIP: Um presente especial da turnê (criado especialmente para os compradores do pacote VIP). Um cordão e laminado comemorativo da turnê. Classificação etária A partir de 15 anos podem comparecer desacompanhados. De 12 a 14 anos acompanhado dos pais ou responsáveis legais. Não será permitida a entrada de menores de 12 anos. Sobre a turnê Justice
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Desde Purpose World Tour, que aconteceu de 2016 a 2017, a Justice World Tour é a primeira turnê global de Justin Bieber. A turnê começou no dia 18 de fevereiro de 2022, em San Diego, nos Estados Unidos, e cada show tem sido uma
celebração para Justin e seus fãs. Mas antes de vir para o Brasil, a turnê internacional passa pelo México, em maio, e segue para Europa, em agosto. De setembro a outubro, a América do Sul (e isso inclui os shows do Rio e São Pau-
lo), África do Sul e Oriente Médio serão os destinos de Bieber para apresentações. Em seguida, o cantor segue para Austrália e Nova Zelândia, em novembro e dezembro, e só no início de 2023 se apresenta no Reino Unido e Europa.
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Rock in Rio 2022 esgota ingressos em 12 minutos para dia de Justin Bieber Seis dias do festival já foram esgotados. As vendas iniciaram na última terça-feira (5) às 19h do horário de Brasília Giulia Andreoti Fonte: REDAÇÃO GQ Em 07/05/22 Em menos 24 horas do início das vendas oficiais do Rock in Rio 2022, o festival conseguiu esgotar 6 dos 7 dias de evento. Segundo a própria organização, quase um milhão de pessoas estavam na fila virtual para a compra dos ingressos poucas horas antes da abertura, que aconteceu no início da noite (19h no horário de Brasília) desta última terça-feira (5). A data em que Justin Bieber se apresentará no Palco Mundo, 4 de setembro, foi a primeira a esgotar
em apenas 12 minutos. A segunda foi o sábado, dia 10 de setembro, em 27 minutos. As informações foram divulgadas pelo festival. Para quem ainda deseja comparecer no evento o único dia disponível é a sexta-feira, 2 de setembro, que traz como headliners as bandas de metal; Iron Maiden, Dream Theater, Megadeth e Sepultura + Orquestra Sinfônica Brasileira. O Rock in Rio 2022 acontece nos 2, 3, 4, 8, 9, 10 e 11 de setembro e vai trazer shows de alto escalão com Guns n’ Roses, Dua Lipa, Coldplay, Post Malone e Demi Lovato. O valor da entrada (por
dia) inteira é R$625, enquanto a meia entrada é de R$312,50. Em 2021, o festival deu início às vendas do Rock in Rio Card, um ingresso antecipado sem data pré-definida. No último dia 17 de março, foram abertas as vendas para clientes Itaú com ingressos para cada um dos dias. Este ano o festival vai contar com uma gama extensa de artistas nacionais, desde os já consagrados como a banda Capital Inicial e a cantora Ivete Sangalo, até os astros pop da nova geração; Iza, Luísa Sonza, Ludmilla, Duda Beat, Marina Sena, Jão, e mais.
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Com retomada no entretenimento, produtores de eventos projetam “2 anos em 1” Pesquisa da Associação dos Promotores de Eventos calcula movimentação de R$ 355 bilhões até 2023 para recuperar perdas. Nome: João Pedro Robledo e Victória Luz Fonte: https://www.cnnbrasil. com.br Em: 29/04/2022 No decorrer da pandemia do coronavírus, nos quatros cantos do mundo, o setor de entretenimento e eventos repetia um discurso comum: “fomos os primeiros a fechar e seremos os últimos a abrir”. O impacto na vida de quem depende disso foi calculado pela Associação dos Promotores de Eventos do Setor de Entretenimento e Afins (Apresenta). O levantamento da entida-
de aponta que 98% dos eventos foram afetados e 1,3 milhão de pessoas perderam o emprego. O prejuízo calculado do começo da pandemia até o fim deste ano é de R$ 270 bilhões. Para dar conta de ficar no zero a zero, saindo do vermelho, os eventos brasileiros precisariam movimentar R$ 355 bilhões até o final de 2023. O desafio é grande, mas há quem tenha formula pra isso. Silvia Albuquerque, diretora da GT Events, administra a Jeunesse Arena. Ela conta que está alocando shows em datas que an-
tes não teria atrações. “Este ano estamos fazendo dois anos em um. É incrível! Primeiro que os artistas querem fazer os shows, então todos eles estão com essa agenda de retomada. O público está, sim, aceitando. A gente tem tido muito sucesso nos eventos que estamos fazendo. A gente sente que as pessoas querem voltar, querem se divertir. A vida é uma só”, diz. Carol Sampaio, a veterana A percepção é a mesma da produtora Carol Sampaio, que cuida de camarotes nos maiores eventos do país, como Lollapalooza, Rock’n Rio e Carnaval na Sapupexels.com
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Evento pós pandemia caí. É ela também a responsável pelo Baile da Favorita, que já tem 11 anos e levou o funk brasileiro para o Canadá, Estados Unidos e, agora, Portugal. “Eu acho que as pessoas estão mais intensas. As pessoas estavam sedentas por se divertir. Eu acho também que, como agora não tem mais o uso de máscaras, a gente está aprendendo a viver com esse novo normal”, disse ela. Carol Sampaio, produtora de eventos, voltou a ter agenda cheia com a retomada do setor Clarissa Müller, a estreante Aos 23 anos, se prepara para o sexto show, marcado para, exatamente, daqui um mês. A primeira música autoral foi lançada no meio do ano passado e o primeiro encontro com o palco, em novembro. Ela acaba de receber um convite para gravar um clipe em
Portugal. Será a primeira viagem internacional de uma carreira que começou bem no meio da pandemia do coronavírus. Apesar de estar dando os primeiros passos, a cantora e compositora já é um fenômeno na internet. Tem mais de um milhão de ouvintes mensais no Spotify e mais de um milhão e meio de seguidores nas redes sociais, somando Tik Tok, Instagram, Youtube e Twitter. Pra chegar a esse marco, ela precisou enfrentar uma luta interna. “Eu meu desencontrei e encontrei muitas vezes durante a pandemia. Eu luto muito com a minha saúde mental. Tem coisas que foram muito difíceis para mim durante a pandemia e imagino que para muita gente que sofre com as mesmas coisas que eu em relação a depressão e ansiedade. Então eu fui para lugares horríveis e que
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foram, bem ou mal, necessários para mim como artista, para me encontrar eventualmente e buscar ajuda. Então, esse momento, tão difícil pra tanta gente –e inclusive pra mim– acho que foi, de certa, forma necessário, para eu chegar no lugar que eu precisava como pessoa e como artista”, disse à CNN.artista durante a pandemia, Clarissa, encontrou no palco um alívio. “Eu dependo muito da reação do público e de quanto eles estão ali por mim e, em contrapartida, eu estou ali por eles. Então eu acho que o que me impediu de mostrar mais esse lado da minha personalidade mais introvertida foi justamente o público, ver as pessoas cantando as músicas que eu fiz no meu quarto durante a pandemia, gritando muito e chorando, se emocionando. Para mim o palco é isso, sabe? Um grande alívio! De muita coisa”, contou ela 47
Tiago Leifert será narrador do Sportv Transmissões terão linguagem descontraída para levar ao público Nome: João Pedro Robledo e Victória Luz Fonte: https://ge.globo.com Em: 29/04/2022 No painel “Copa do Mundo – O backstage da paixão nacional”, realizado nesta sexta-feira (29) no Rio2C, evento que reúne grandes nomes do mercado para falar sobre tecnologia, criatividade e inovação, o diretor de esportes da Globo, Renato Ribeiro, anunciou uma novidade para a transmissão da Copa do Mundo do Catar 2022: Tiago Leifert atuará como narrador do evento em transmissões exclusivas que terão exibição simultânea no Sportv (TV fechada) e no Globoplay (streaming). O jornalista, que trabalhou como comentarista do Paulistão no YouTube e está narrando jogos da Copa do Brasil para o Amazon Prime Video, fará a narração de um jogo por dia, com direito a pré e pós-jogo, ao lado de outros nomes ligados ao futebol e ao entretenimento, que ainda serão anunciados. As transmissões, que serão exibidas pelo Sportv 2 e estarão abertas no Globoplay para não assinantes, contarão com uma linguagem descontraída. A ideia é levar ao público uma nova maneira de consumo para o maior evento do futebol mundial. “Eu amo a Copa do Mundo. Decidi ser jornalista e seguir car48
reira na televisão aos 14 anos, na Copa de 1994. Depois, na Copa de 2010, a ‘Central da Copa’ mudou a minha vida e, por causa dela, segui caminho no entretenimento. A Copa é muito importante pra mim, pessoal e profissionalmente. Eu estava louco de vontade de fazer alguma coisa na Copa do Mundo e estou muito de feliz de estar de volta, pelo menos durante o Mundial”, afirmou Tiago Leifert, que havia deixado a Globo no final do ano passado. De acordo com o Grupo Globo, outra novidade para o Catar 2022 será a transmissão ao vivo em resolução 4K pelo Sportv de todas as partidas do evento. O sinal 4K será disponibilizado de modo complementar aos três canais regulares do Sportv e poderá ser acessado pelos assinantes do Globoplay + canais ao vivo e pelos assinantes de operadoras parceiras de distribuição do Sportv na TV por assinatura. Os assinantes terão acesso ainda a toda a cobertura da TV Globo e do Sportv, que exibirão o Mundial com exclusividade na televisão. Será uma cobertura híbrida, com cerca de 80 pessoas no Catar, além de uma grande equipe no Brasil. Assim como nos Jogos Olímpicos de Tóquio, um megaestúdio será montado nos Estúdios Globo, no Rio de Janeiro, para ser a casa da emissora na Copa do Mundo.
O Sportv promete mais de 300 horas de cobertura ao vivo. O canal ficará ao vivo das 6h à meia-noite, exibindo todas as 64 partidas, com pré e pós-jogos especiais, além de programas especiais com debates aprofundados sobre a competição. O comando será de Marcelo Barreto e Andre Rizek. Além disso, haverá um “Tá na Copa”, com apresentação de Igor Rodrigues e Magno Navarro, para fechar o dia com bom humor e irreverência. Na TV Globo, por sua vez, Galvão Bueno será mais uma vez a principal voz do canal em uma Copa do Mundo. Uma novidade será a presença da narradora Renata Silveira, que também participará da cobertura do evento na TV aberta. Um programa diário com convidados especiais fechará a programação esportiva focada na Copa do Mundo todos os dias durante a competição.
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e do Globoplay na Copa do Mundo uma nova maneira de consumo do Mundial do Catar 2022 globo.com
Tiago Leifert revela que voltará a narrar jogos de futebol
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Filme de ficção sobre a Guerra na Ucrânia estreia no Brasil Em “Klondike”, que estreia nos cinemas nesta quinta-feira (5), diretora traz o conflito no país de forma intimista, dentro de um núcleo familiar Nome: João Pedro Robledo e Victória Luz Fonte: www.cnnbrasil.com.br Em: 05/05/2022 Retratar no cinema uma história que ainda está sendo escrita não costuma criar os melhores filmes, mas Maryna Er Gorbach não faz qualquer juízo de valor em sua direção. Ao contrário, ela apenas posiciona no centro de “Klondike – A Guerra na Ucrânia” o estopim de um conflito que escalou ao longo de quase dez anos. São dois gêneros que se completam nessa obra: drama familiar e filme de guerra. Dentro de uma casa, cuja parede da sala é destruída por uma bomba nos primeiros minutos do filme, moram Inka (Oksana Cherkashyna) e Tolik (Sergey Shadrin). Enquanto eles esperam seu primeiro filho, se veem no meio do conflito entre separatistas pró-russos e o exército ucraniano. No início, a presença dessa guerra se reflete em alguns incômodos diários, como ter que ceder o carro da família por algumas horas aos separatistas. Porém, quando um desastre aéreo acontece no local, a situação muda. A diretora baseou o filme no acontecimento de julho de 2014, quando um voo da Malaysia Airlines foi derrubado por sepa50
ratistas pró-russos na região de Donbass, matando 298 pessoas. “Foram anos de investigação até descobrirem os culpados”, diz a diretora Maryna Er. “E o assunto sumiu da mídia rapidamente, o que foi assustador pra mim, então, eu resolvi contar essa história do meu jeito”. Mesmo um longa-metragem não documental pode servir como um documento histórico. Para Miguel Chaia, professor da PUC e cientista político, o cinema é uma forma de participação e compreensão da realidade, sendo a Guerra um dos maiores temas do audiovisual, pois afeta a todos; quem produz o filme e quem o assiste. “Qual é o grande acontecimento trágico entendido na sociabilidade, no funcionamento e na organização de uma sociedade? É a guerra. Ela é permanente”, diz. Os conflitos escalam, mas a essência da guerra não muda. Segundo o professor, “Klondike” não perde força ao retratar uma situação que ainda está em andamento porque o filme é mais uma forma de entrar em contato com o assunto, tornando-o mais elucidativo. “Mesmo que os personagens sejam fictícios, nós estamos vendo uma reincenação da história”. E Maryna fez questão de mostrá-la, mas refletir sobre ela ao mesmo tempo. Segundo a diretora para fazer um filme anti-guerra
é necessário mostrar a guerra de algum jeito. A diretora, porém, deixou de lado a estética clássica de conflitos: explosões a todo momento, jornadas de soldados heroicos, poças de sangue… Ela escolheu o caminho da não-violência e do minimalismo. “Eu quis trazer uma experiência imersiva da guerra através dos movimentos de câmera e da fotografia”, diz, “quando eu não crio um ambiente expositivo, eu deixo a imaginação do espectador fluir, acredito que seja melhor do que mostrar absolutamente tudo”. Em alguns momentos, ela se emociona durante a entrevista. Diz que o que o mundo vê agora, os ucranianos já previam oito anos atrás. “Esse filme é minha criação contra a guerra e contra a violência, e eu espero que ressoe com quem assiste”, afirma. Olhar feminino A personagem principal do filme é Irka, que resiste, ao máximo, enxergar os horrores da guerra. Como se fosse uma pequena rachadura, Irka insiste ao marido que a parede da sala seja consertada após uma bomba detonar a casa, por exemplo. Ao ordenhar sua vaca, lhe faz um ccarinho e pergunta se ela ficou assustada com o barulho. Não entende, ou ignora, o porquê do seu carro estar sendo usado por separatistas. Irka tenta ao máximo se dissociar da realidade, até
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que, sem escapatória, é diretamente afetada por ela. “Eu vejo muitas “Irkas” por aí, é a clássica mulher ucraniana”, diz a diretora. “São mulheres resistentes, dispostas a proteger sua família e sua própria vida”. Irka é uma personagem amável, conciliadora, cujo papel principal é mostrar como a guerra, causada por homens, é sempre estúpida. Maryna compara Irka à própria Ucrânia. Segundo a diretora, um país independente, com a criação da própria cultura, mas cuja história é constantemente interrompida por terceiros. Ao fim do filme, Maryna dedica-o às mulheres, mas não sem antes mostrar a última cena e a mais emocionante. Na guerra, a destruição também é uma criação. Quando um voo da Malaysia Airlines foi derrubado por separatistas pró-russos na região de Donbass, matando 298 pessoas. “Foram anos de investigação até cientista político, o cinema é uma forma de participação e compreensão da realidade, sendo a Guerra um dos maiores temas do audiovisual, pois afeta a todos; quem produz o filme e quem o assiste. “Qual é o grande acontecimento trágico entendido na sociabilidade, no funcionamento e na organização de uma sociedade? É a guerra. Ela é permanente”, diz. Os conflitos escalam, mas a essência da guerra não muda. Segundo o professor, “Klondike” não perde força ao retratar uma situação que ainda está em andamento porque o filme é mais uma forma de entrar em contato com o assunto, tornando-o mais elucidativo.
“Mesmo que os personagens sejam fictícios, nós estamos vendo uma reincenação da história”. E Maryna fez questão de mostrá-la, mas refletir sobre ela ao mesmo tempo. Segundo a diretora para fazer um filme anti-guerra é necessário mostrar a guerra de algum jeito. A diretora, porém, deixou de lado a estética clássica de conflitos: explosões a todo momento, jornadas de soldados heroicos, poças de sangue… Ela escolheu o caminho da não-violência e do minimalismo. “Eu quis trazer uma experiênciamersiva da guerra através dos movimentos de câmera e da fotografia”, diz, “quando eu não crio um ambiente expositivo, eu deixo a imaginação do espectador fluir, acredito que seja melhor do que mostrar absolutamente tudo”. Em alguns momentos, ela se emociona durante a entrevista. Diz que o que o mundo vê agora, os ucranianos já previam oito anos atrás. “Esse filme é minha criação contra a guerra e contra a violência, e eu espero que ressoe com quem assiste”, afirma. Olhar feminino A personagem principal do filme é Irka, que resiste, ao máximo, enxergar os horrores da guerra. Como se fosse uma pequena rachadura, Irka insiste ao marido que a parede da sala seja consertada após uma bomba detonar a casa, por exemplo. Ao ordenhar sua vaca, lhe faz um carinho e pergunta se ela ficou assustada com o barulho. Não entende, ou ignora, o porquê do seu carro estar sendo usado por separatistas. Irka tenta ao máximo se dissociar da realidade, até que, sem escapatória, é direta-
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mente afetada por ela. “Eu vejo muitas “Irkas” por aí, é a clássica mulher ucraniana”, diz a diretora.“São mulheres resistentes, dispostas a proteger sua família e sua própria vida”. Irka é uma personagem amável, conciliadora, cujo papel principal é mostrar como a guerra, causada por homens, é sempre estúpida. Maryna compara Irka à própria Ucrânia. Segundo a diretora, um país independente, com a criação da própria cultura, mas cuja história é constantemente interrompida por terceiros. Ao fim do filme, Maryna dedica-o às mulheres, mas não sem antes mostrar a última cena e a mais emocionante. Na guerra, a destruição também é uma criação.
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Zeca Pagodinho cogita deixar Brasil se país seguir como está Cantor fez declaração em intervalo de seu show no Sambódromo paulista Nome: João Pedro Robledo e Victória Luz Fonte: https://www.opovo.com Em: 05/05/2022
globo.com
Durante intervalo de seu show no Sambódromo do Anhembi (SP) neste domingo, o cantor Zeca Pagodinho revelou que pretende deixar o Brasil caso a atual conjuntura política se mantenha. Em entrevista, ele disse que os brasileiros precisam se manifestar para o Brasil mudar. – Eu não quero ir embora daqui, mas, do jeito que está, eu pensando em ir embora – revo artista, que se apresentou no Camarote Bar Brahma, em São Paulo. Zeca Pagodinho ainda foi questionado sobre os protestos do público contra o presidente Jair Bolsonaro e também contra o ex-presidente Lula, durante o carnaval da Sapucaí, no Rio de Janeiro. O cantor afirmou que cada pessoa deve escolher a maneira que quer aproveitar o Carnaval. – Eu uso o Carnaval para brincar, cantar, beber. Cada um tem um jeito de curtir – assinalou. Zeca é amigo de Lula e, em uma entrevista anterior, ele declarou que os dois gostam de “tomar cerveja juntos”. O artista esteve em reunião recente com o presidenciável e outros artistas simpatizantes dos governos petistas. A ocasião contou com a presença de famosos como Ludmilla, Gaby Amarantos e Martinho da Vila. 52
Zeca Pagodinho no palco
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Lady Di e sua repentina morte Algumas teorias que perpetuam a morte da princesa maxima.com
Lady Di e sua Coroa
Luiza Ribeiro e João Lins fontes: globo.com e maxima.com Em: 17/05/2022 Sabe-se que na fatídica noite 31 de agosto de 1997, Diana seguia num carro com o seu namorado, Dodi Al-Fayeddied e com o seu segurança Trevor Rees-Jones num Mercedes que andava demasiado rápido. Sabe-se que o motorista, Henri Paul (chefe de segurança do Ritz Paris) teria bebido demais e que os passageiros não tinham cinto de segurança posto. Este relato, como mostram as evidências policiais do acidente no túnel Pont D’Alma, em Paris, seriam suficientes para afastar teorias da conspiração. Mas não é assim, claro, sobretudo quando falamos de personagens emblemáticas como Diana o foi. Seriam necessárias duas investigações para apurar os factos: uma francesa, liderada pela brigada criminal que acompanhou o acidente; a outra, britânica, aberta em 2004 sobre alegações de “encobrimento” de um assassinato e “conspiração” 54
de agentes do MI6 sob as ordens da família real. “A realidade teria sido mais fácil de demonstrar, mas as teorias da conspiração têm a vantagem de fazer as pessoas sonhar” revela Jean-Michel Carradec’h, jornalista e autor de “Qui a killed Lady Di?” em entrevista à Madame Figaro. Para este jornalista, a história e os factos deveriam bastar para que não existisse espaço para as teorias da conspiração. “Primeiro, Diana nunca deveria ter estado no Ritz naquela noite. O programa inicial previa também que eles pudessem jantar no Benoit’s (um restaurante no Marais). Mas Dodi mudou de ideias” revela Carradec’h. “Em segundo lugar, Diana nunca deveria ter estado naquele carro. É novamente Dodi que escolhe, meia hora antes da partida, mudar de carro. O veículo foi então escolhido completamente por acaso. Finalmente, Diana nunca deveria ter sido transportada por este condutor (Henri Paul, chefe de segurança adjunto do Ritz. Dodi chama o Sr. Paul en-
quanto ele está de férias nesse dia, e ele chega num estado de euforia bastante evidente (os testes revelarão um nível de 1,74 g de álcool no seu sangue, bem como várias substâncias medicinais).” O jornalista acrescenta que embora os acontecimentos tenham sido improvisados por Dodi, a junção dos mesmos não passa de um conjunto de imprevistos irresponsáveis, afastando as muitas teorias da conspiração. Num artigo que o jornal The Independent dedica ao tema, reúne pelo menos oito teorias, e todas apontam para a intenção de assassinato da princesa “do povo”, como assim era acarinhada pelos ingleses. Entre elas, a de que Diana estaria grávida – e esta é fortemente sustentada por Mohamed Al-Fayed, pai de Dodi – e de que a família real britânica nunca aceitaria um descendente muçulmano egípcio. Segundo uma carta revelada por Paul Burrell, mordomo da princesa, esta também acreditava que alguém a queria matar. Lia-se, na carta: “Esta fase particular da
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minha vida é a mais perigosa (…) está-se a planear ‘um acidente’ no meu carro, uma falha do freio e um grave ferimento na cabeça, para deixar o caminho livre para o Charles se casar.” Sabe-se que a carta foi escrita numa altura em que Diana tinha constantemente problemas com o carro que a transportava diariamente, na altura em que um dos seus seguranças, Barry Mannakee, com quem teve um affair, tinha morrido num acidente de carro (e que Diana acredita ter sido orquestrado Apontam-se, entre os culpados, os paparazzis que perseguiam obsessivamente Diana: foi perseguida pela imprensa até aos últimos minutos que respirou. A prova disso é que existem fotografias da Diana na noite da sua morte, seja à saída do Ritz ou dentro do Mercedes onde seguiam. No seu livro de memórias, Ken Wharfe relata muitas situações exaustivas, que mostravam quão afetada psicologicamente ficava a princesa com a intrusão constante da sua privacidade, acusando-os de procurarem retratar uma princesa solitária e amargurada, sobretudo após Diana saber que o marido a traia. As teorias da conspiração com paparazzis vão ao ponto de se achar que provocaram o acidente intencionalmente. É claro que o motorista, Henri Paul, também está entre os suspeitos de ter provocado deliberadamente a morte de Diana. Há quem testemunhe que o motorista não apresentava sinais de estar embriagado, nessa noite, e que o exame toxicológico foi trocado por o de outra pessoa. Outras teorias incluem a tese de que o carro estava propositadamente danificado, que existiam carros com luzes estranhas na estrada, ou que os médicos que rece-
beram Diana no hospital a deixaram morrer de forma intencional, seguindo ordens de alguém. Um relatório divulgado pela Revista People aponta que o Príncipe Charles foi investigado pela polícia do Reino Unido em 2005 sobre a morte de sua ex-esposa, a princesa Diana. A busca fez parte da Operação Paget, que reuniu várias teorias da conspiração em torno da morte de Lady Di que foram lançadas pela Polícia Metropolitana Britânica em 2004. Segundo o Daily Mail, o ex-chefe da Scotland Yard disse que conversou com o Príncipe Charles sobre um bilhete que Diana teria escrito em 1995, que dizia: “Meu marido está planejando um ‘acidente’ no meu carro, com falha no freio e sério ferimento na cabeça”. De acordo com o veículo, a nota dava a entender que a suspeita era para que Charles pudesse ficar com Tiggy Legge-Bourke, uma babá do Príncipe William e do Príncipe Harry. Charles e Diana se divorciaram em 1996. A nota em questão acabou se tornando pública em 2003, e apenas dois anos depois ele foi questionado pela polícia. “Sim, alegações foram feitas sobre o Príncipe de Gales e outros membros da realeza, mas tivemos que encontrar ou examinar as evidências [existentes] antes de abordá-lo com perguntas formais”, disse Stevens ao Daily Mail. “Não encontramos nenhuma outra evidência para apoiar o cenário sugerido na nota de Diana. Ficamos com o bilhete, o que por si só não era suficiente para tornar Charles um suspeito formal. Se ele optasse por ajudar a [Operação] Paget, ele o faria voluntariamente como uma testemunha em potencial. Não o estaríamos entrevistando sob cautela”.
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Stevens teria lido o bilhete para o Príncipe Charles e perguntado: “Por que você acha que a princesa escreveu este bilhete, senhor?”. Ele respondeu: “Eu nunca soube nada sobre [a nota] até sua publicação na mídia”. O oficial teria retomado a conversa: “Você não discutiu esta nota com ela, senhor?”, disse, sendo respondido por Charles: “Não, eu não sabia que existia”. Quando perguntado, “Você sabe por que a princesa teve esses sentimentos, senhor?”, o Príncipe respondeu: “Não, não quero”. Ao final da conversa com Charles, o oficial afirmou que “ele foi incrivelmente cooperativo, porque não tinha nada a esconder”. Embora o príncipe Charles, agora com 72 anos, tenha cooperado com a investigação, seu pai, o príncipe Philip, se recusou a ajudar na investigação. Ele retornou um pedido para comentar as alegações com duas palavras: “Não, obrigado.” extra.globo.com
Homenagens a Princesa Diana
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Vamos falar de guerra: Vale tudo? Conheça algumas das principais “leis de guerra”
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Luiza Ribeiro e João Lins Fonte: fatosdesconhecidos.com Em: 15/05/2022 Tortura Segundo a lei: ” É proibido o tratamento desumano de prisioneiros, incluindo torturas físicas ou psicológicas”. Mas ela também acabou sendo desrespeitada no ano de 2003, depois da coalizão em liderança feita pelos Estados Unidos no momento de invasão do Iraque. Alguns soldados americanos praticaram tortura na prisão de Abu Ghraib, perto de Bagdá, em prisioneiros iraquianos. Estado Islâmico degola britânico
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Ataque a instituições e missões de paz Sobre instituições, a lei diz que “É proibido atacar igrejas ou edifícios de culto religioso, monumentos históricos, hospitais e outros locais com doentes e feridos”. Quanto a missões de paz, o texto relata que “É proibido atacar pessoal e unidades participando de missões de paz ou assistência humanitária”.
Igreja em ruinas após guerra espanhola
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Ataque a civis e utilizar crianças como combatentes A lei também é bem severa quanto a ataque a civis e recrutamento de crianças como combatentes. No
que diz respeito aos civis, o texto traz que “É proibido fazer ataques contra civis não engajados nas batalhas, incluindo qualquer violência sexual”.
Já sobre crianças combatentes, a lei afirma que “É proibido recrutar ou utilizar crianças menores de 15 anos nas forças armadas ou empregá-las como combatentes”. uol.com.br
Treinamento contra ameaça de bomba na Ucrânia
De acordo com o jurista britânico da Universidade de Lancaster (Reino Unido), Peter Rowe, “Essas leis precisam acompanhar as mudanças trazidas pelas novas armas e formas de combate mais avançadas. Por isso, é importante atualizar essas regras“. Só que mesmo com um conjunto
de leis assinado por vários países, isso acabou não sendo seguido e desrespeitado por algumas nações que declararam guerra a alguns inimigos. Em tentativa de reforço na eficácia da legislação de guerra, a ONU organizou uma conferência diplomática, em 1998, que acabou resultando
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no Estatuto de Roma. Esse documento acabou levando à criação do Tribunal Penal Internacional, uma espécie de corte que tinha a tarefa de julgar violações e crimes graves de leis que regulam guerras em nível internacional e civis.
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Como funciona o treinamento de um cão farejador? Conheça algumas das raças mais pelo olfato aguçado e saiba como é feito o treinamento de um cão farejador Luiza Ribeiro e João Lins Fonte: cachorogato.com.br Em: 23/05/2022 Como funciona o olfato do cão farejador O olfato é o sentido mais desenvolvido nos cães, e isso não é um privilégio único das raças consideradas entre as boas farejadoras. Claramente há diferenças entre as células olfativas que variam de acordo com a raça do cachorro, no entanto; quando comparados aos humanos, os cães tem uma sensibilidade infinitamente maior, permitindo que os odores que passam desapercebidos pelas pessoas sejam rapidamente captados pelos animais. Enquanto os seres humanos contam com cerca de 5 milhões de células olfativas em seu corpo, os cães possuem uma média de 200 milhões destas células em sua estrutura, sendo que em alguns casos – como no do Pastor Alemão - esse número pode atingir até 220 milhões. Nos animais de focinho mais curto, essa sensibilidade é consideravelmente menor, e um cão da 58
raça Basset, por exemplo, destaca cerca de 120 milhões de células olfativas na sua estrutura corporal – e isso explica a preferência dada a outras raças no quesito “farejador”. Podendo identificar cheiros em concentrações até 100 milhões de vezes menores que as detectadas pelas pessoas, os cachorros conseguem perceber uma gota de sangue diluída em até 5 litros de água, facilitando muito a identificação de itens suspeitos em quaisquer tipos de investigação. Para se ter uma ideia, enquanto o corpo dos humanos tem um lobo olfativo que se assemelha ao tamanho de uma ervilha, os cães – que contam com um cérebro bem menor que o dos humanos – têm esse sistema do tamanho de uma castanha de noz, fazendo com que a sua percepção seja muito maior e capaz, inclusive, de registrar diferentes odores sem que a eficiência de destinção seja prejudicada. Normalmente utilizado na busca de comida, ameaças e parceiros sexuais, o olfato dos cachorros pode ser incentivado de acor-
celebradas
do com as suas necessidades, e o treinamento realizado para o preparo de cães farejadores é voltado, justamente, para isso; apostando em adestramentos que priorizam recompensas e direcionam os animais para a busca de itens e odores específicos. A atuação de um cão farejador Muito se engana quem pensa que um cão farejador só é capaz de encontrar drogas ilícitas escondidas em malas ou pessoas, já que, quando adestrados da maneira correta, os cachorros podem ser responsáveis pela identificação de objetos e pessoas variados. A busca por narcóticos e explosivos são, na maioria das vezes, as principais onde os cães farejadores atuam; no entanto, trabalhos de busca e salvamento também entram na lista de tarefas bastante facilitadas pela sensibilidade olfativa altamente desenvolvida destes cães, que podem ajudar na apreensão de suspeitos, assim como no rastreamento de pessoas desaparecidas.
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As principais raças de cão farejador Embora algumas raças de porte pequeno e médio também tenham uma sensibilidade olfativa extremamente desenvolvida – como Beagle, Setter e Pointer – são as de porte grande as mais populares e eficientes como farejadoras. Labrador, Pastor Alemão, Golden Retriever, Pastor Belga e Rottweiler são algumas das raças mais utilizadas pela polícia em investigações criminais, destacando características valiosas que vão além da grande sensibilidade olfativa canina. Coragem, lealdade, obediência e energia são fatores extremamente importantes em um cão farejador, e as raças citadas acima têm isso de sobra. Treinados desde filhotes, esses cães são do tipo que adoram trabalhar para agradar seus donos e, incentivados a desenvolver o seu sentido olfativo desde pequenos, podem ser usados para a identificação e busca dos mais diferentes itens.
O treinamento dos cães farejadores evolui de acordo com a idade do animal e, por isso, é somente após cerca de um ano de vida que começam os adestramentos relacionados à obediência do cachorro – preparando-o para receber e atender prontamente aos comandos de seu dono. Por volta dessa mesma época os treinamentos com brinquedos começam a ser introduzidos na vida dos cães, propondo uma relação de ação e recompensa para que o animal aprenda a identificar e buscar por odores específicos. De acordo com especialistas, a parte mais difícil desse processo é fazer com que o cão compreenda que tipo de ação é esperada dele e, para que isso seja possível, diferentes ações de treinamento são misturadas. Para iniciar o processo, o cachorro é apresentado à alguma forma de recompensa (que pode ser um brinquedo do seu agrado, por exemplo) e ao odor de substância ilícitas, e é a partir disso que o adestramento
dos farejadores começa a ganhar forma. Em uma das técnicas mais usadas, o treinador do cão esconde o seu brinquedo dentro de uma caixa, junto com os itens perigosos ou ilícitos que se deseja que o animal reconheça. Procurando pelo seu prêmio, o cachorro acaba encontrando-o junto a outros odores que, com o tempo, serão assimilados pelo bicho como ponto de foco de sua busca. No caso dos cães treinados para farejar drogas, há uma ordem básica que é seguida pelos policiais na apresentação das substâncias e, na maior parte das vezes, a lista segue iniciada por maconha, passando para a cocaína e, por último, o crack. Obviamente, nenhuma dessas substâncias entra em contato direto ou é consumida pelos cachorros em treinamento, afastando qualquer possibilidade de vício por parte dos animais adestrados para esse tipo de situação. pexels.com
Cães olhando para a câmera Trabalho acadêmico - Editoração Eletrônica - Facha - 1o semestre de 2022
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O Lançamento do Tesla Phone Elon Musk revolucionando o mercado thenexus.one
Modelo do Tesla Phone
Luiza Ribeiro e João Lins Fonte: teg6.com Em: 30/05/2022 Em 2021, a marca lançou um carro que dirige sozinho e faz de 0 a 100 km/h em menos de 2 segundos. No Brasil existem 80 Teslas emplacados, mas com motoristas. Isso porquê o sistema de GPS do carro ainda não está adaptado ao cenário brasileiro. Além disso, a marca automotiva Tesla também trabalha com armazenamento de energia. A empresa de Musk desenvolve, produz e vende automóveis elétricos, além de componentes para motores de veículos elétricos e produtos à base de baterias. 60
Em 2020, o próprio Elon Musk chegou comentar que a Neuralink seria o futuro, e que smartwatchs e smartphones eram “tecnologia do passado” Mas os planos a curto prazo nos trazem para uma realidade ainda mais próxima. Quando se fala em produtos que utilizam bateria, pensamos em smartphones. Atualmente esse é o aparelho mais utilizado pelos brasileiros. Hoje em dia, o Brasil tem aproximadamente 109 milhões de usuários de smartphones, o que corresponde a mais da metade da população. Ou seja, esse número nos deixa em quinto lugar no ranking global com maior número de usuários desses aparelhos celulares.
A nível de curiosidade, os primeiros da lista são: Indonésia, Estados Unidos, Índia e China. No entanto, a maior proporção de celulares para número de habitantes fica com os Estados Unidos. Lá 86% da população (ou 270 milhões de pessoas) têm acesso a smartphones. O mercado de smartphones está mudando e se adaptando. Em abril de 2021, a sul-coreana Samsung ultrapassou a Apple em número de smartphones vendidos. Pouco tempo depois, em julho, a chinesa Xiaomi, que ocupava o terceiro lugar na lista, ultrapassou a Apple. Será que em 2022, o Tesla Phone Pi vai alcançar os líderes do mercado?
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Tesla Phone Pi Inicialmente, o Tesla Phone Pi tem propostas muito interessantes. A ideia é que o smartphone seja carregado por energia solar. Essa é um anúncio bastante relevante quando se trata de sustentabilidade. Além disso, possui baterias podem durar cinco vezes mais do que os melhores aparelhos da concorrência. De acordo com os rumores dos sites de tecnologia, a câmera principal do aparelho terá 108MP e a tela terá visualização em 4K. Se você gostou de saber que o aparelho tem recarga solar, olha só que incrível! O Tesla Phone Pi terá apoio de 5G e a conexão com o carro. Além disso, o smartphone vai minerar Bitcoins e criptomoedas, e a conexão direta com a rede de satélites da Starlink e com a Neuralink. Isso significa que o Tesla Phone Pi não precisará de uma operadora de telefonia externa, como por exemplo, Tim, Oi, Vivo e outras. A SpaceX já lançou 1.740 satélites de internet da Starlink e planeja colocar mais 12 mil em órbita nos próximos cinco anos. A Starlink é rede de satélites que cria uma rede de internet mais rápida que se conecta com carros e outros devices sem perder a conexão. Hoje em dia, a “operadora” já conta 145 mil usuários em 25 países. Esse é um diferencial que nenhuma outra marca tem. Nem a Apple, nem a Samsung, ou Xiaomi tem possuem infraestrutura de rede móvel. O lançamento é tão futurístico que o Tesla Phone Pi pode funcionar até mesmo… Em Marte! Esse é um diferencial digno de ficção científica! Mas nas mãos de Elon Musk, nada é impossível.
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Rede de interbet StarLink
Quanto custa um Tesla Phone Pi? Inicialmente a expectativa é que o aparelho seja lançado ainda em 2022, com valores entre $800 e $1200. O valor está bem abaixo dos lançamentos dos líderes do mercado como a Apple, por exemplo. A nível de comparação, o IPhone 13 foi lançado em 2021 com os seguintes preços: IPhone Mini $699 e comum $799. No entanto, as opções Pro e Pro Max são bem mais caras. Lembrando que o IPhone está longe de ter tecnologias como operadora telefônica própria ou carregamento solar, por exemplo. No entanto os valores são apenas especulativos e nada foi confirmado. Ainda assim, podemos esperar novidades quentes chegando em 2022. É possível que esse lançamento mude a maneira como o mercado pensa em smartphones. A proposta é trazer opções mais ecológicas, práticas e financeiramente mais atraentes. Lembre-se da tecnologia Neuralink que mencionamos anteriormente?
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Bem, muitos repórteres estão dizendo que o Model Pi será compatível com os chips Brain-Machine-Interface (BMI) que permitiriam aos usuários controlar seus dispositivos pelo pensamento. Embora isso pareça incrivelmente interessante, se tentar fazer com que a Siri ligue para a pessoa certa ou Alexa para selecionar a faixa de música correta for algo a se seguir, a ideia de um telefone de controle mental pode ser um pesadelo. Finalmente, e o mais cracker de todos os rumores populares que vimos, é que a tecnologia Starlink permitirá que o Model Pi funcione em Marte. Sim. Marte. Francamente, ficaríamos mais impressionados se a Tesla pudesse consertá-lo para que tivéssemos um sinal decente no café local, e não no Olympus Mons. Isso seria um verdadeiro avanço. Para dispositivos mais acessíveis que realmente existem, confira nosso guia para os melhores telefones em 2022, bem como nossa escolha atual dos melhores telefones disponíveis. 61
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Billie Eilish lança tênis veganos com a Nike A cantora se uniu à gigante do esporte para criar dois modelos do tênis Air Jordan que são 100% veganos e feitos com 20% de materiais reciclados
Leonardo Cattari e Brenno Lopes Fonte: Glamour.globo.com Em: 09/05/2022 Billie Eilish e a Nike se uniram em uma collab estilosa e sustentável. A dupla lançou dois modelos do tênis Air Jordan que são feitos de couro vegano, além de possuírem 20% da sua composição feita com material reciclável. A cantora usou suas redes sociais para anunciar a novidade. “Eu estou tão animada de finalmente compartilhar com vocês meus dois modelos Air Jordan. Foi uma experiência surreal e incrível poder criá-los, especialmente de maneira sustentável”, escreveu ela na legenda da publicação feita em seu Instagram. A coleção assinada pela artista é composta pelos modelos Air Jordan 1 KO na cor verde (que, além de ser uma das tonalidades favoritas de Billie, ainda brilha no escuro!), e Air Jordan 15 no tom de cinza. Os pares trazem também o logo oficial da cantora e o seu nome ao lado do logo do Air Jordan.
Nos vídeos que divulgam a parceria, Billie conta que o tênis Air Jordan 15 é o seu favorito desde que ela o conheceu pela primeira vez, e relembrou que “implorava” por um par preto e vermelho. “Quando eu ganhei os meus, eu olhei para eles como se fosse um milhão de dólares na minha frente”, completou ela. Os modelos serão lançados na loja oficial de produtos da Billie Eilish no dia 27 de setembro e, no dia 30, no site da Nike.
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NIKE E DIOR NIIKE se junta com grife DIOR e lança nova linha de tenis Para o outono/inverno 2020 de Kim Jones, Dior Homme se juntou à Nike para revelar o tão cobiçado Air Jordan Dior – também conhecido como “Diordan”. Foram lançados cerca de 8.000 pares em todo o mundo e foi vendido por cerca de US$10.000. vogue.globo.com
NIKE E LOUIS VUITTON NIIKE se junta a grife francesa LOUIS VUITTON para sua nova collab
droper.app.com
A Louis Vuitton anunciou uma collab pra lá de especial para a primavera/verão 2022 da label, o Vuitton Force 1. A combinação incrível de streetwear e luxo de Virgil Abloh levou a Louis Vuitton a níveis nunca vistos antes quando o assunto é relevância cultural.
vogue.globo.com droper.app.com
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Gucci lança Vault, loja-conceito online que reúne um verdadeiro arquivo da grife O espaço digital reflete a paixão de Alessandro Michele pela experimentação Leonardo Cattari e Brenno Lopes Fonte: Glamour.globo.com Em: 09/05/2022 A Gucci acaba de lançar o seu aguardado projeto Vault, uma loja-conceito online idealizada por Alessandro Michele e que, segundo descrito pela própria grife, é “uma máquina do tempo, um arquivo, uma biblioteca, um laboratório e um ponto de encontro”. Na plataforma digital, é possível encontrar uma seleção de peças de roupa, acessórios e de decoração vintage da marca restauradas, incluindo itens raros, e também um espaço de conteúdos editoriais. O projeto é um sonho do diretor criativo da etiqueta, que é apaixonado pelos arquivos da Gucci e pela experimentação com a moda e a arte. “Para mim, ir às compras não é simplesmente adquirir coisas. É estabelecer uma conexão com elas, entrar em um relacionamento. É justamente esse vínculo que cresceu hoje. Na minha cabeça, sempre tive a ideia de criar um lugar em constante evolução onde conversas ‘impossíveis’ entre objetos de diferentes origens, criadores e épocas pudessem acontecer: figuras centrais em um diálogo entre o passado e o presente, capazes de despertar a inspiração futura”, 64
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disse o diretor criativo sobre o Vault. Criações de talentos emergentes e de outras marcas apreciadas por Michele, além de conteúdos criativos como poemas, contos e produções em vídeo, também compõem o projeto. “Nós inventamos um laboratório; uma mina de ideias, estranhezas e encontros improFeira para lançamento da linha vintage da Gucci váveis, considerando que a Gucci é uma plataforma para encontros de per- é o lugar onde maravilhas hibridisonagens que aparentemente nada zam-se e unem-se, dando vida a têm em comum. Portanto, o Vault, novas criações”, completou.
Grandes marcas de luxo investem alto no mercado vintage
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Assim como a Gucci, grandes marcas decidem se reinventar. Grandes marcas apostam nesse segmento movimentando bilhões de dólares por ano, segundo pesquisa da Boston Consulting, e tem previsão de aumento de 15% a 20% nos próximos 5 anos.
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Napoli resolveu fabricar seus próprios uniformes em parceria com grife Armani Equipe Italiana inova e usa grife nacional para fabricar seu material esportivo. Leonardo Cattari e Brenno Lopes Fonte: Espn.com.br Em: 09/05/2022
tribuição e vendas (atualmente feita através da Amazon). O desenho das peças, por sua vez, ficou a cargo do estilista Giorgio Armani e da EA7, uma das subdivisões do império de uma das mais famosas grifes do mundo da moda. O popstar ficou responsável tanto pelo design dos uniformes quanto dos outros itens do enxoval, como casacos, gorros e bonés, além das vestimentas formais de viagem.
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Neste domingo, o Napoli faz sua estreia na nova temporada do Campeonato Italiano contra o Venezia, às 15h45 (de Brasília), no estádio Diego Armando Maradona, em Nápoles. Além do novo técnico, Luciano Spalletti, o tradicional clube do sul
da Itália tem outra grande novidade para 2021/22: seus uniformes. Com o fim do contrato da Kappa, que foi fornecedora do Napoli por muitos anos, a diretoria da equipe celeste resolveu inovar e buscar uma alternativa que coloque mais dinheiro no caixa. Ao invés de ir ao mercado a procurar um novo fornecedor, foi decidido que o clube passaria a fabricar seus próprios uniformes, cuidando também da rede de dis-
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Prada, Kering e LVMH reforçam compromisso social e ecológico
grandes marcas assumem novante compromisso que impacta diretamente a sociedade e meio ambiente Leonardo Cattari e Brenno Lopes Fonte:fashionnetwork.com Em: 09/05/2022 Nesta temporada, os grandes nomes da indústria do luxo retomam ativamente as campanhas de comunicação para reforçar a sua imagem como empresas responsáveis. Anteriormente mais discretas sobre as suas iniciativas sociais e ecológicas, as empresas estão agora comunicando regularmente sobre estas questões. Nos últimos dias, Prada, Kering e LVMH anunciaram vários projetos. Por ocasião do Congresso Mundial de Conservação da IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza), que vai até o dia 11 de setembro em Marselha, a LVMH associou-se à UNESCO para promover o programa científico intergovernamental Man and Biosphere (MAB), do qual o gigante de luxo é o único parceiro privado, trabalhando em coordenação com a UNESCO desde 2019. As duas partes apresentarão em Marselha, em um pavilhão conjunto, os esforços feitos para conservar e melhorar de forma sus66
tentável a biodiversidade em todo o planeta, facilitando a implementação de soluções inovadoras na gestão de recursos naturais e sustentáveis, bem como práticas sustentáveis e novas ferramentas para conciliar a conservação e utilização sustentável da biodiversidade. O seu concorrente, o grupo de luxo Kering, anunciou os primeiros sete beneficiários do Fundo Regenerativo para a Natureza, que lançou em janeiro com a organização sem fins lucrativos Conservation International, que trabalha em prol da biodiversidade. O objetivo de cinco anos é colocar um milhão de hectares de terra sob práticas agrícolas regenerativas, especialmente nas cadeias de abastecimento de algodão, lã, caxemira e couro nos setores do luxo e da moda, adiantou a empresa. Este fundo apoia diretamente os agricultores através do financiamento de vários projetos em diferentes países. Os primeiros sete projetos selecionados são The Good Growth Company (GGC) na Mongólia, Organic Cotton Accelerator (OCA) na Índia, Solidaridad na Argentina, Fundación Global Nature na Espanha,
Wildlife Conservation Society (WCS) e The Wildlife-Friendly Enterprise Network (WFEN) na Patagônia, Epiterre no sudoeste da França e Conservation South Africa na África do Sul. A Kering também se distinguiu recentemente pelo seu envolvimento em outro projeto de moda sustentável. O proprietário da Gucci, Saint Laurent e Balenciaga, entre outros, associou-se à Prospect 100, uma plataforma dedicada aos jovens talentos que procura gerar oportunidades para os criativos das novas gerações, organizando concursos em torno dos temas de moda, design, música e inovação, destinados aos menores de 25 anos. A empresa liderada por François-Henri Pinault participa do concurso lançado este outono, “Global Design Competition”, dedicado à moda responsável. O vencedor receberá um prêmio de 4.000 dólares e uma master class dentro do grupo. Outro grande player do luxo a anunciar uma nova iniciativa é o grupo Prada, que estabeleceu uma parceria com a Dorchester Industries, o projeto urbano e
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social lançado em Chicago pelo artista afroamericano Theaster Gates. Juntos, irão lançar o “Dorchester Industries Experimental Design Lab”, que é “um programa de três anos para artistas de cor emergentes e estabelecidos”,
anunciou a maison em um comunicado. “O projeto visa apoiar os criativos dos setores da moda, arquitetura de interiores, design industrial, design gráfico e artes através de prêmios que garantam apoio fi-
nanceiro e uma rede de ligações com organizações internacionais interessadas em colaborar com talentos heterogêneos”, especificou a maison. Os primeiros beneficiários serão selecionados e anunciados em outubro. fashionnetwork.com
Prada lança Experimental Design Lab
LVMH, Fendi e universidades de Londres desenvolvem couro cultivado em laboratório à base de queratina Marcas de moda de luxo que já foram as maiores consumidoras de couros finos estão liderando uma iniciativa para substituí-los. Na sexta-feira, 22 de abril, LVMH e sua marca Fendi anunciaram uma colaboração com um grupo de instituições de Londres para desenvolver peles cultivadas em laboratório. O conglomerado de luxo francês e a marca italiana estão trabalhando com o Imperial College London e a Central Saint Martins em “uma colaboração estratégica chave que aproveita o potencial da pesquisa acadêmica em design e ciência para criar protótipos de novos biotêxteis”. Trata-se de uma iniciativa de pesquisa de dois anos que “desenvolverá novas fibras de couro cultivadas em laboratório para a moda de luxo”. Os parceiros afirmam que “pela primeira vez, a queratina será o foco de um estudo para criar uma fibra capaz de imitar vários materiais de luxo, incluindo a pele”. O anúncio ocorre meses após a Dolce & Gabbana comunicar que deixaria de usar peles, mas trabalharia com empresas “para criar roupas e acessórios de peles ecológicas, uma alternativa sustentável de peles sintéticas que utiliza materiais reciclados e recicláveis”. Tudo isso faz parte dos esforços que estão sendo feitos na indústria de luxo para criar materiais que tenham o atrativo e as qualidades das peles verdadeiras sem causar sofrimento aos animais. O projeto da LVMH e Fendi se baseará na experiência em biologia sintética do professor Tom Ellis, do Imperial College, e na experiência em biodesign da professora Carole Collet, da Central Saint Martins. O professor Ellis disse que na última década “nossa compreensão dos materiais de base biológica e de como a natureza os produz aumentou dramaticamente. Agora é o momento perfeito para começar a projetar fibras para a indústria da moda feitas de forma sustentável”.
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Gucci X Balenciaga O crossover entre grifes tão influentes é inovador, definitivamente, marca um episódio importante na indústria Leonardo Cattari e Brenno Lopes Fonte: Glamour.globo.com Em: 09/05/2022 A união é, sem dúvida, um marco. Mas esta não é uma parceria: é um “hack” de Alessando Michele; um experimento de inserir códigos da Balenciaga de Demna Gvasalia no universo Gucci. Foram “roubados” silhuetas com ombros retangulares marcados, shapes oversized e jaquetas que caem pelos ombros, marcas registradas do gerogiano, as botas-meia, um hit absoluto, e outras glamour.globo.com
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modelagens, além do próprio logo da grife espanhola. É uma proposta inovadora do italiano, que se distingue de cocriações protocolares, como, por exemplo, a que ele mesmo elaborou com a The North Face, lançada no início deste ano. Pertencentes ao grupo Kering, Gucci e Balenciaga, sob as atuais direções criativas, têm em comum o papel de agentes de disrupção no high fashion ao trazer vida nova ao setor. Ambos os estilistas, por exemplo, optaram por fugir dos tradicionais desfiles e, enquanto Michele não mostrará mais as coleções seguindo o calendário internacional, Gvasalia explora a linguagem dos games e realidade aumentada para seus shows. O desfile digital começa mostrando uma boate chamada Savoy Club, uma homenagem a Guccio Gucci, fundador da empresa, que trabalhava como ascensorista no hotel Savoy, em Londres, antes de iniciar a grife. Em seguida, o filme passa alguns minutos exibindo os modelos em uma passarela pop com vários flashes até que eles mudam de ambiente e encontram um espaço aberto, com uma natureza bucólica. No mundo lá fora, eles podem correr,
se tocar e até, por que não, levitar. Segundo Michele, a ideia da apresentação foi destrinchar as mitologias que cercam a marca e “fazer um mergulho profundo em tudo o que nós estamos sentindo falta hoje. O que podemos concluir do crossover entre a Gucci e a Balenciaga? Sem dúvida, que juntos vamos mais longe. O grupo Kering vê duas de suas mais importantes grifes ganharem, simultaneamente, a atenção mundial e gerarem desejos de consumo.
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Instituto Lojas Renner, ONU Mulheres e ELAS+ vão investir R$ 2 milhões para apoiar mulheres na cadeia da moda Instituições se unem para apoiar igauldade de gênero da industria têxtil
Fortalecer grupos e organizações de mulheres, em sua diversidade, que lideram projetos dentro da cadeia da moda. É esse o objetivo do Edital EMPODERA -- moda transformando vidas, uma ação conjunta do Instituto Lojas Renner, do ELAS+ e da ONU Mulheres Brasil. A iniciativa investirá mais de R$ 2 milhões em 20 grupos que atuam na transformação da vida de mulheres por meio de projetos de moda responsável. Criado em 2016 a partir de uma parceria entre o Instituto Lojas Renner, pilar social da varejista, e ONU Mulheres, o Edital EMPODERA já viabilizou a distribuição de mais de R$1 milhão para apoiar 15 iniciativas de grupos produtivos voltados para a igualdade de gênero na cadeia de valores da indústria têxtil e geração de renda. Na primeira edição, mais de mil mulheres foram impactadas pelo edital. Atualmente, dois grupos participantes da iniciativa fazem
parte da cadeia de fornecedores das Lojas Renner S.A, representando não só o fortalecimento de capacidades destes coletivos, mas também o compromisso da empresa de incorporar em suas práticas medidas concretas para o fortalecimento de negócios liderados por mulheres. O ELAS+ integra a segunda edição do Edital EMPODERA, que nasce mais robusta. Serão disponibilizados mais de R$2 milhões em investimento para 20 grupos que atuam na transformação da vida de mulheres por meio de projetos de moda justa, inclusiva e responsável. A iniciativa contempla a moda em sentido amplo, abrangendo os segmentos plus size, moda não-binária, afirmação de identidades, e acesso à moda para pessoas com deficiência. Também estão incluídos os setores de moda casa e artesanato, brechós e upcycling, além de projetos que beneficiam mulheres refugiadas, pessoas trans e pessoas egressas do sistema prisional. Podem se inscrever grupos formais e informais, re-
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des ou organizações da sociedade civil, com iniciativas, lideradas por mulheres e pessoas trans, alinhadas com os conceitos de moda justa, inclusiva e responsável. As inscrições podem ser feitas por meio do site até o dia 25 de maio e o resultado será divulgado em junho. Entre os 20 grupos contemplados, dez projetos vão receber R$ 50 mil, e outros dez, R$ 100 mil - sempre por meio de doação direta. Além do recurso financeiro, as organizações também receberão capacitação e acompanhamento por cerca de 12 meses. Iniciativas já existentes que se encaixem em qualquer das linhas de apoio do edital e que necessitem de recursos complementares também podem se inscrever. fashionnetwork.com
Leonardo Cattari e Brenno Lopes Fonte: fashionnetwork.com Data: 09/05/2022
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Tommy Hilfiger realiza convenção de vendas no Metaverso marcas se atualizam e entram com novidades no metaverso
Leonardo Cattari e Brenno Lopes Fonte: fashionnetwork.com Data:09/05/2022 A Tommy Hilfiger realizou nesta última terça-feira, 19 de abril, sua primeira convenção de vendas no Metaverso. A label segue sendo inovadora no segmento de tecnologia ao apostar em diferentes ações como: a coleção dentro do jogo ROBLOX, a participação na Metaverso Fashion Week e o lançamento do Team Tommy e iniciativa com gamers de diferentes países. O Metaverso ganhou destaque mundialmente ao conectar por meio da tecnologia o mundo real ao virtual. O novo ambiente digital e imersivo conta com realidade virtual, realidade aumentada e hologramas. “Para a Tommy Hilfiger é essencial caminhar lado a lado aos desenvolvimentos tecnológicos. Globalmente, a label já vem apostando em iniciativas disruptivas no mundo digital, e agora traz essa tecnologia também para ações internas e locais”, afirma Paulo Matos, diretor da marca no Brasil. 70
A convenção de vendas da marca acontece duas vezes ao ano e é um momento muito importante para a label, que possui mais de 30 gerentes regionais. “O nosso objetivo é sempre levar uma experiência única para os nossos parceiros, afinal eles são um elo de extrema relevância para a marca. Estamos muito animados em realizar essa convenção no Metaverso”, aponta Paulo. Para o evento, a label fechou uma parceria com a Capgemini, líder global em serviços de consultoria, transformação digital, tecnologia e engenharia. O grupo tem um departamento no Brasil dedicado ao estudo e desenvolvimento de iniciativas ligadas ao Metaverso e aceitou o desafio de realizar o projeto em tempo recorde. Em apenas duas semanas, a Capgemini foi responsável por selecionar uma plataforma que pudesse comportar um grande número de usuários simultaneamente, não exigisse a instalação de nenhum tipo de aplicativo ou software no computador e ao mesmo tempo fosse amigável para quem não está habituado a dinâmica de jogos em primeira pessoa. E a escolha foi pela Spatial.
“Se na perspectiva dos consumidores ser omnichannel é obrigação dentro dos novos contextos de hiperconveniência em que vivemos, dominar as possibilidades do Metaverso torna-se fundamental para as marcas, a fim de que possam desenvolver de forma ágil novas dinâmicas de interação, relacionamento e negócios com seus funcionários, parceiros, clientes existentes e os novos clientes, que em especial tem o Metaverso já em diversas áreas de suas vidas. Estamos felizes com os resultados dessas primeiras iniciativas e seguiremos inovando continuamente na criação de novas dinâmicas para as indústrias de bens de consumo e varejo” comenta Willian Valiante, vice-presidente para as áreas de Bens de Consumo, Varejo e Distribuição para a América Latina da Capgemini. “Utilizamos a plataforma Spatial. io, que permite que as características dos participantes no Metaverso sejam ainda mais próximas do real. Cada um dos nossos gerentes regionais contou um avatar para interagir e participar da convenção “, finaliza Paulo.
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O que está por trás de nova epidemia de dengue no Brasil Foco na pandemia de covid-19 é um dos fatores por trás de descontrole nos casos de dengue
O mosquito transmissor permanece infectado por 6 a 8 semanas, duração de seu ciclo de vida
Maria Clara Oliveira e Lucas Campos Fonte: bbc.com Em:10/05/2022
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o início de janeiro a 23 de abril deste ano, o Brasil contabilizou 542.038 casos prováveis de dengue e 160 mortes pela doença. O volume de casos nesses poucos meses do ano chegou perto do total de casos prováveis de dengue registrados no país em 2021, 544.460. Os números, disponíveis no último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, revelam um aumento de 113,7% nas infecções por esse vírus, transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti, em relação ao mesmo período de 72
2021. Em alguns locais do país, a situação é pior: no Centro-Oeste, o crescimento em comparação com o ano passado foi de 253,8%. Até o momento, a região registrou 920 casos por 100 mil habitantes — em segundo lugar aparece o Sul, com 427 casos por 100 mil. Entre as cinco cidades mais atingidas, as duas primeiras estão no Centro-Oeste: Goiânia (31 mil casos) e Brasília (29,9 mil). Completam a lista Palmas (9 mil), no Tocantins; São José do Rio Preto (7,4 mil) e Votuporanga (6,8 mil), ambas em São Paulo. “O que se observa neste ano é uma atividade expressiva da dengue em algumas partes do país, em particular no eixo que vai do Tocantins até Santa Catarina, pas-
sando pelo Centro-Oeste e pela porção oeste de São Paulo”, interpreta a bióloga e epidemiologista Cláudia Codeço, pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz). Os ingredientes de uma epidemia “Tivemos um clima especialmente favorável à dengue neste ano, com chuvas intensas e prolongadas”, lembra Codeço. Para o Aedes aegypti, as chuvas são sinônimo de água parada, local onde os ovos do mosquito eclodem e as larvas se desenvolvem até alcançarem a fase adulta. “Geralmente, quando chega o mês de dezembro e começamos a notar uma grande concentração do Aedes, já dá para prever que março e
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A tendência é uma redução mais acentuada no número de casos a partir de junho”, estipula Falcão. “Mesmo assim, os cuidados de prevenção contra dengue devem acontecer durante todo o ano”, ressalta a infectologista.
A resposta das autoridades
Para reforçar o combate ao mosquito Aedes aegypti, a Prefeitura passará fumacê pelas ruas da cidade
abril vão ser ruins, com muitos casos de dengue”, observa o infectologista Celso Granato, diretor do Fleury Medicina e Saúde. Mas, na virada de 2021 para 2022, as projeções foram atrapalhadas por outras duas crises de saúde. Nessa mesma época, o Brasil enfrentou uma epidemia de influenza H3N2, que causou um aumento importante de casos de gripe, e o espalhamento da variante ômicron do coronavírus, por trás de recordes nos números de infecção. “Os sistemas de vigilância da dengue foram muito prejudicados, já que nesses dois últimos anos havia um foco quase absoluto na pandemia de covid-19”, acrescenta o médico, que também é professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Cidades com incidência mais alta de dengue no momento estão espalhadas por Centro-Oeste, partes de São Paulo, Paraná e Santa Catarina Ainda em relação à pandemia, o menor número de infecções em 2021 também tem a ver com os períodos de maior isolamento social, que diminuíram a locomoção
das pessoas pelas cidades. “Tudo isso dificulta o controle de vetores que transmitem a doença”, explica a especialista, que coordena o InfoDengue, uma iniciativa da FioCruz e da Fundação Getúlio Vargas (FGV) para o monitoramento das doenças relacionadas ao Aedes. “Também é importante observar o espalhamento da doença para o Sul do país, onde ela era pouco ativa ou quase inexistente. Essa expansão pode estar relacionada às mudanças climáticas e à própria adaptação do mosquito”, complementa a epidemiologista. A tendência, de acordo com o que aconteceu nas temporadas anteriores, é que os casos de dengue continuem a subir no país pelo menos até o meio de maio. A partir daí, com a chegada de temperaturas mais baixas nas regiões Sul, Sudeste e parte do Centro-Oeste, os registros devem voltar a cair. “Os números da dengue costumam ser mais elevados durante verão, por causa da alta temperatura e da quantidade de chuvas, mas o período de ascensão da doença começa em outubro e vai até maio.
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Fumacê com inseticidas é uma das únicas opções para controle do mosquito transmissor da dengue
A BBC News Brasil entrou em contato com as Secretarias Estaduais de Saúde de Goiás, Distrito Federal, Tocantins e São Paulo, locais com as cidades mais atingidas até o momento. A secretaria do Distrito Federal afirmou que promove sempre ações de combate ao Aedes em todas as regiões administrativas. “Semanalmente é realizada uma análise da incidência de casos por região e também das cidades em que há maior presença do mosquito. Após essa análise, as regiões que apresentam maior aumento passam a receber uma intensificação das ações, inclusive com o uso do UBV Pesado [fumacê], que é apenas uma das estratégias utilizadas no combate ao mosquito.” Já os representantes de Goiás admitem que “o avanço dos casos colocam o Estado em situação de alerta para a possibilidade de uma epidemia por dengue”. “A Secretaria Estadual de Saúde vincula o aumento expressivo da infestação do Aedes aegypti e da quantidade de casos das doenças causadas pelo vetor à intensidade das chuvas e à baixa adesão da população em limpar os seus domicílios.” A secretaria de São Paulo destacou que o número de casos no Estado está mais baixo (ou ligeiramente parecido) em 2022 na comparação com 2021, apesar da situação ruim de algumas cidades neste ano.
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Quais os sintomas da dengue e como diferenciá-la da variante omicron da covid-19 Febre, dores de cabeca e corporais, cansaco e mal-estar. Nos últimos dois anos, esses sintomas tem sido logo associados com a suspeita de ter contraido covid-19
Maria Clara Oliveira e Lucas Campos Fonte:bbc.com Em:17/05/2022 A passagem do verão com a chegada da época de chuvas no Brasil leva todos os anos a uma explosão de casos de uma doença com esses mesmos sintomas: a dengue. Sem falar na epidemia de gripe que tem atingido diversas cidades brasileiras. Diante dessa aparente confusão com os sintomas, que têm levado muita gente a ter dúvidas sobre que tipo de doença contraiu, há tantas semelhanças assim entre dengue e as variantes da covid? Ou sintomas, prevenção, tratamento e frequência de casos são bastante diferentes? Em resumo, mesmo que ambas sejam causadas por vírus, são doenças com diferenças claras em grande parte dos sintomas, na forma de transmissão e em como devemos lidar com elas nos próximos meses e anos. Mas as estatísticas de ambas as doenças são graves e preocupantes hoje no Brasil. De outro, numa escala de grandeza muito maior, o espalhamento da variante ômicron do coronavírus tem levado a sucessivos recordes de infecções ao redor do Brasil. Isso se reflete também em internações hospitalares. Sintomas: podem ser parecidos à primeira vista, mas são bem di74
ferentes. A começar pelo sintoma da febre alta, sintoma clássico que aparece abruptamente como primeiro sintoma no começo da infecção por dengue. No caso da covid-19, esse sinal não necessariamente é o primeiro e em muitos casos pode nem aparecer. Os sintomas respiratórios, bastante comuns na covid-19, são raros “na dengue, que não costuma causar sintomas respiratórios como coriza (nariz escorrendo), obstrução nasal (nariz entupido) ou tosse”, explica a médica infecto-
logista Melissa Falcão, consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia. Aliás, no contexto atual, com diversas epidemias ao mesmo tempo no país, a especialista ressalta que no caso de sintomas respiratórios os profissionais de saúde responsáveis pelo paciente “devem fazer sempre o diagnóstico diferencial entre o covid-19 e a gripe causada pelo vírus da Influenza A H3N2, o que só pode ser feito com segurança através de exames laboratoriais específicos”.
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Profissionais de saúde e autoridades têm reforçado a importância de se identificar essas doenças o mais rápido possível, o que pode reduzir o número de internações e mortes. Pensando nisso, um grupo de pesquisadores franceses elaborou um modelo matemático para ajudar médicos a diferenciar a covid-19 da dengue e de outras doenças febris com mais agilidade e precisão.Entenda os principais sintomas de cada uma delas. 1. Dengue Esta é uma infecção viral transmitida principalmente por meio da picada de um mosquito fêmea
infectado por um flavivírus, geralmente o Aedes aegypti (também responsável pela transmissão do vírus chikungunya, febre amarela e Zika). Há quatro sorotipos (DENV-1, DENV-2, DENV-3, DENV-4), cada um com interações diferentes com os anticorpos humanos. Ou seja, as pessoas têm quatro possibilidades de serem infectadas. A doença costuma durar de quatro a dez dias, mas o impacto da doença pode durar semanas. Pode ser não grave (com ou sem sinais de alarme) ou grave, e o diagnóstico pode ser feito por exame clínico e confirmado por exame de sangue.
2. Covid-19 Em todas as variáveis, a infecção pelo coronavírus Sars-CoV-2 pode se dar sem ou com sintomas, que vêm alterando bastante a depender da variante ligada à infecção. A covid-19, doença causada por esse vírus, pode se apresentar em três formas: leve, moderada ou grave. O diagnóstico pode ser feito por exame clínico e por testes de laboratório em amostras colhidas no nariz, principalmente. Os sintomas mais comuns (quando se fala da “versão” do vírus logo no início da pandemia, em 2020) eram tosse seca, febre, cansaço e perda de olfato e de paladar. A Organização Mundial aguaslindasdegoias.go.gov.br
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da Saúde (OMS) listava também sintomas menos comuns (dor de cabeça, garganta, diarreia, olhos vermelhos e irritados, e erupções na pele) e sintomas graves (falta de ar, perda de mobilidade e fala, dor no peito e confusão mental). Tratamentos contra dengue e covid-19. Segundo o Ministério da Saúde brasileiro e a Organização Mundial da Saúde, o tratamento para a dengue não é específico para o vírus em si, mas para os sintomas. Ainda assim, quanto antes se diagnostica e se trata esses efeitos, menos a doença consegue progredir, reduzindo a taxa de mortalidade da dengue grave para menos de 1%. Em geral, no caso da dengue clássica (não grave e sem sinais de alerta), os profissionais de saúde recomendam repouso, hidratação e acompanhamento médico. A de76
pender do surgimento de novos sintomas, as pessoas devem procurar logo unidades de saúde. Os remédios disponíveis também são voltados para os sintomas, como febre e dor. Mas a automedicação é muito perigosa, e alguns remédios (principalmente anti-inflamatórios não esteroides, como ibuprofeno) podem afinar o sangue, elevar o risco de sangramento e agravar muito o estado de saúde do paciente. Recomenda-se sempre procurar orientação de profissionais de saúde especializados. No caso da covid-19, os cientistas descobriram ao longo da pandemia diversas formas de melhorar o tratamento dos pacientes infectados com a doença. Há atualmente abordagens tanto para os sintomas quanto para as consequências e o próprio vírus. Mais especificamente, medica-
mentos anti-inflamatórios que podem ser usados para conter reações exageradas e potencialmente letais do nosso sistema imune enquanto ele combate o coronavírus, drogas antivirais que dificultam a replicação do coronavírus dentro do corpo e terapias de anticorpos que imitam nosso próprio sistema imunológico para atacar o vírus. Novamente se recomenda que os pacientes não se automediquem e busquem orientação de profissionais de saúde em caso de sintomas. Nem todas essas medicações estão disponíveis no Brasil. Covid vai se tornar uma endemia como a dengue? A dengue é uma das diversas doenças consideradas endêmicas no Brasil. Esse termo significa a “presença constante e/ou prevalência habitual de uma doença ou agente infeccioso em uma população de uma área geográfica”, segundo definição do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos. Por isso, todos os anos ouvimos os alertas para evitar a transmissão da dengue ao “não deixe água parada” e nos acostumamos a conviver com o vírus. Nos anos 1950, o Brasil chegou a ser considerado livre do Aedes aegypti pela OMS (naquela época a preocupação era com a febre amarela transmitida pelo mosquito), mas ao longo do tempo o inseto migrou para o território brasileiro de outras regiões do continente americano e atualmente não se considera mais a possibilidade de erradicação dele. “A dengue faz parte das chamadas doenças negligenciadas, que acometem países pobres, não havendo interesse dos países desenvolvidos em investir nestas doenças”, explica Falcão, consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia.
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Também estão nessa categoria, que são ignoradas também pela indústria farmacêutica em suas pesquisas, a doença de Chagas, a leishmaniose, a hanseníase, a malária, a esquistossomose e a tuberculose, por exemplo. A existência de um vírus endêmico não deve ser confundida com a de uma epidemia ou pandemia, que é o caso atualmente da covid-19. Pandemia é uma epidemia (aumento de casos em uma determinada região que atinge um pico e depois diminui) que ocorre ao redor do mundo quase ao mesmo tempo. Mas o avanço da vacinação contra a doença e a proporção menor de pacientes graves (em relação ao total de infectados) têm alimentado a seguinte questão: a covid-19 se tornará mais uma doença endêmica? Primeiro, um diretor da OMS para o continente europeu, Hans Kluge, recomenda bastante cautela nesse debate. “Fala-se muito em endemia, mas endemia significa que é possível prever o que vai acontecer. Esse vírus nos surpreendeu mais de uma vez, então temos que ter muito cuidado.” A líder técnica da covid-19 da OMS, Maria Van Kerkhove, admitiu que “o vírus está a caminho de se tornar endêmico”, mas lembrou que ainda estamos no meio dessa pandemia”, com diversos países (principalmente os mais pobres) sem acesso a vacina contra covid-19 ou com uma parcela
significativa da população que não quis se vacinar e atualmente representa grande parte das pessoas que são internadas e morrem. Além disso, como explicado no início da reportagem, a doença ainda tem lotado hospitais no Brasil e matado centenas de pessoas por dia (foram 487 registradas apenas em 25/01), mesmo com 70% da população vacinada. Nos EUA, onde 63% das pessoas estão imunizadas, a média diária de mortes chega a 2.200 pessoas no fim de janeiro de 2022. Muitos dos infectados estão doentes pela segunda ou terceira vez. Segundo um estudo com milhares de voluntários na Inglaterra, por exemplo, quase 7 em cada 10 pessoas que contraíram a variante ômicron já tinham sido infectadas por outra variante do coronavírus. Mas somente novos estudos poderão confirmar esse patamar e detalhar quantas delas ficaram gravemente doentes sendo vacinadas ou não. Por outro lado, com a grande maioria da população completamente vacinada, o que reduz enormemente os riscos de morte, os países começam a se preparar para o fim da pandemia (isso se não surgirem mutações que driblem completamente o imunizante, mas especialistas afirmam que essa possibilidade é muito baixa). A Espanha, por exemplo, anunciou que passaria a tratar a covid como uma gripe, que costuma campolimpopaulista.sp.gov.br
Campanha ‘‘Todos contra dengue’’ Trabalho acadêmico - Editoração Eletrônica - Facha - 1o semestre de 2022
causar epidemias no inverno (entre outros motivos porque as pessoas acabam se aglomerando mais em lugares fechados). E o ministro da Educação do Reino Unido, Nadhim Zahawi, disse esperar que seu país “seja uma das primeiras grandes economias que mostre ao mundo como fazer a transição de uma pandemia para uma endemia”. “Em breve estaremos em uma situação em que o vírus estará circulando, cuidaremos das pessoas em risco, mas aceitaremos que qualquer outra pessoa o pegue”, disse a virologista Elisabetta Groppelli, da Universidade de St. George de Londres, em entrevista recente à BBC.
O que você pode fazer Além das políticas públicas, os especialistas chamam a atenção para as responsabilidades individuais no combate à dengue. Aqui entram aquelas recomendações clássicas de evitar qualquer reservatório de água parada sem proteção em casa. O mosquito pode usar como criadouros grandes espaços, como caixas d’água e piscinas abertas, até pequenos objetos, como tampas de garrafa e vasos de planta.Vale fazer uma faxina no quintal e na varanda, com especial atenção para depósitos, calhas e objetos que ficam ao relento e podem acumular água da chuva. Instalar telas em portas e janelas ou usar repelentes na pele são atitudes que também podem ajudar. Por fim, é importante ficar atento aos sintomas da dengue, como febre, cansaço, vermelhidão em partes do corpo, coceira e dores na cabeça, nos músculos, nas articulações ou atrás dos olhos. Após o diagnóstico da doença, a recomendação é fazer repouso, caprichar na hidratação e, se necessário, usar remédios que aliviam alguns desses incômodos. “Todos precisam conhecer os sinais de que a doença pode estar evoluindo para as formas mais graves. ”, lista Granato.
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Sarampo: conheça os riscos, sintomas e tratamento da doença Casos relatados em todo o mundo aumentaram 79% nos primeiros dois meses de 2022, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS)
Maria Clara Oliveira e Lucas Campos Fonte: cnnbrasil.com.br Em:22/05/2022 O sarampo é uma doença infecciosa causada por um vírus, que pode ser fatal. A transmissão acontece a partir do contato com pessoas contaminadas, a partir da tosse, fala, espirro ou respiração. A vacinação é a única forma de prevenção contra a doença. Os casos de sarampo relatados em todo o mundo aumentaram 79% nos primeiros dois meses de 2022, em comparação com o mesmo 78
período de 2021. Mais de 17 mil casos de sarampo foram relatados em todo o mundo em janeiro e fevereiro de 2022, em comparação com 9.665 registrados durante os dois primeiros meses de 2021. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância(Unicef) alertaram nesta semana que os países podem estar diante de condições propícias para o surgimento de surtos graves da doença que pode ser prevenida pela vacinação. Por ser uma doença altamente contagiosa, os casos tendem a aparecer rapidamente quando os níveis de
vacinação diminuem. O sarampo é uma doença infecciosa causada por um vírus, que pode ser fatal. A transmissão acontece a partir do contato com pessoas contaminadas, a partir da tosse, fala, espirro ou respiração. A vacinação é a única forma de prevenção contra a doença. Na edição desta sexta-feira (29) do quadro Correspondente Médico, do Novo Dia, o neurocirurgião Fernando Gomes explicou os principais riscos e sintomas do sarampo.Os principais sinais da doença são: febre acompanhada de tosse, irritação nos olhos, nariz
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escorrendo ou entupido e mal-estar intenso (veja a lista completa no quadro).
Vacinação O sarampo é uma doença prevenível por vacina. A formulação do imunizante deve ser indicada por profissional da saúde, de acordo com a idade ou situação epidemiológica. Os tipos de vacinas incluem a dupla viral, que protege dos vírus do sarampo e da rubéola, tríplice viral, que inclui caxumba, e tetra viral, que acrescenta catapora (varicela) à formulação. “A melhor forma da gente combater essa doença é através da vacina. Há uma falsa sensação de segurança, de que se eu não vejo casos a doença não existe, mas não é bem assim. É importante que todo mundo tenha essa vacina para evitar que tenha complicações e que o sarampo se manifeste e se espalhe por toda a popula-
ção”, diz Gomes. A infecção pelo vírus do pode deixar sequelas por toda a vida. De acordo com o Ministério da Saúde, algumas das complicações em crianças são: Pneumonia: cerca de 1 em cada 20 crianças pode desenvolver pneumonia, causa mais comum de morte por sarampo em crianças pequenas Infecções de ouvido: ocorrem em cerca de 1 em 10 crianças e pode provocar perda auditiva permanente Inflamação do cérebro (encefalite): 1 em cada 1.000 crianças podem desenvolver essa complicação e 10% destas podem morrer Morte: 1 a 3 a cada 1.000 crianças podem morrer em decorrência de complicações A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) considera protegido quem recebeu duas doses da vacina tríplice viral, com intervalo mínimo de um mês, a partir dos 12 meses de idade. De acordo com a SBIm, em situação de risco para o sarampo, como surtos ou exposição domiciliar, a primeira dose pode ser aplicada a partir dos 6 meses de idade. No entanto, ela não conta para o esquema de rotina, sendo necessárias duas doses a partir dos 12 meses, com intervalo mínimo de 1 mês. uol.com.br/vivabem
Casos de sarampo aumentam em 79% no mundo em 2022, diz OMS Os casos de sarampo relatados em todo o mundo aumentaram 79% nos primeiros dois meses de 2022, em comparação com o mesmo período de 2021.
Mais de 17 mil casos de sarampo foram relatados em todo o mundo em janeiro e fevereiro de 2022, em comparação com 9.665 registrados durante os dois primeiros meses de 2021. Por ser uma doença altamente contagiosa, os casos tendem a aparecer rapidamente quando os níveis de vacinação diminuem. A OMS avalia que o índice representa um sinal preocupante para o aumento do risco de disseminação também de outras doenças evitáveis por vacina. De acordo com a entidade, interrupções nas campanhas de vacinação e no funcionamento de serviços de saúde relacionadas à pandemia, crescentes desigualdades no acesso a vacinas e o desvio de recursos da imunização de rotina estão deixando muitas crianças sem proteção contra o sarampo e outras doenças. “O risco de grandes surtos aumentou à medida que as comunidades relaxam as práticas de distanciamento social e outras medidas preventivas para a Covid-19 implementadas durante o auge da pandemia”, diz o comunicado. O deslocamento de pessoas devido a conflitos e crises, inclusive na Ucrânia, Etiópia, Somália e Afeganistão, interrupções na imunização de rotina e serviços de vacinação da Covid-19, falta de água potável e saneamento e superlotação também são fatores apontados pela OMS como riscos de aumento dos surtos das doenças.
Manchas vermelhas, tosse, febre e coriza são sintomas de sarampo Trabalho acadêmico - Editoração Eletrônica - Facha - 1o semestre de 2022
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Peugeot 208 Like: o último dos hatchs 1.6 com câmbio manual Confira o teste definitivo e descubra se este será seu próximo carro autoesporte.globo.com
Peugeot 208 Like
Aluno: Guilherme Varizo Fonte: Autoesporte.globo.com Em: 23/05/21 Carros manuais têm suas vantagens. Para começar, a manutenção é mais simples e barata em comparação com a de modelos equipados com transmissões do tipo CVT, automatizadas ou mesmo com conversor de torque. A economia de combustível é outro fator relevante, ainda mais agora, que os preços da gasolina subiram. Os veículos manuais são, em média, 10% mais econômicos que seus modelos automáticos correspondentes. As 80
opções tornaram-se escassas no mercado brasileiro, principalmente depois que a Volkswagen tirou o Polo 1.6 de linha. Nesse cenário, o Peugeot 208 Like, que custa R$ 85.990, surge como uma alternativa. E por mais que seja o carro de entrada da marca francesa, ele tem características que podem agradar até quem busca um hatch mais sofisticado. A começar pelo bom acabamento. A Peugeot caprichou no interior do 208, apostando em vários tipos de materiais — como imitação de aço e plásticos texturizados — para criar um ambiente elegante. O formato do painel cha-
ma bastante a atenção, com botões que lembram as teclas de um piano. Esse mesmo capricho poderia ter sido aplicado nas portas, onde rebarbas causadas pelo recorte do plástico são visíveis. A central multimídia de 7 polegadas tem pareamento de smartphones via Android Auto e Apple CarPlay. A localização da entrada USB ao lado da tela é ingrata, pois o cabo do celular fica pendurado no meio do painel. Na busca pelo minimalismo, o ar-condicionado foi integrado à central multimídia. O painel de instrumentos é analógico e tem uma telinha bem simples ao centro
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para o computador de bordo. O volante multifuncional é o mesmo do Peugeot 3008, mas sem revestimento de couro. Ele é pequeno e possui formato retangular, o que permite ao condutor observar as informações do cluster por cima dele.Como em todos os rivais, o habitáculo é apertado. Apenas quatro adultos de estatura mediana viajam com total conforto. Passageiros mais altos vão sofrer não apenas com o espaço para os joelhos mas também para a cabeça. O porta-malas tem 265 litros de
capacidade e fica devendo muito para o do rival francês Renault Sandero, com 320 litros. No que tange à dirigibilidade, a Peugeot quase gabaritou. Para começar, há ajustes de altura e profundidade da coluna de direção, proporcionando boa ergonomia ao motorista, independentemente de sua altura ou do tamanho dos braços. Combine essas características ao motor 1.6 aspirado, à direção elétrica e ao bom câmbio manual e... voilà! O conjunto entrega 118 cv a
5.750 rpm e 15,5 kgfm de torque a 4.000 rpm quando abastecido com etanol. Segundo a fabricante, o 208 pode atingir 100 km/h em 10,8 segundos. A relação das marchas é adequada, mas os engates poderiam ser um pouco mais curtos, a exemplo dos câmbios manuais da Volkswagen e da Chevrolet. De acordo com o Inmetro, o 208 pode fazer 7,9 km/l na cidade e 9,2 km/l na estrada com etanol ou 11,5 km/l e 13,1 km/l, respectivamente, com gasolina. autoesporte.globo.com
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Painel Peugeot 208 like
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Banco traseiro Peugeot 208 like Trabalho acadêmico - Editoração Eletrônica - Facha - 1o semestre de 2022
autoesporte.globo.com
Porta-malas Peugeot 208 like
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O Monza brasileiro e suas origens venezuelanas Sucesso mundial, o Monza superou as barreiras do comércio exterior brasileiro e foi parar na Venezuela, até que acabou voltando para casa
Aluno: Guilherme Varizo Fonte: Quatrorodas.abril.com.br Em: 24/05/2022
Na Venezuela desde 1944, a GM destacou-se pela oferta de modelos distintos como o alemão Opel Rekord, o inglês Vauxhall Viva e os americanos Buick Skylark e Pontiac Tempest. Não poderiam faltar os modelos da divisão Chevrolet, como o enorme Impala, o esportivo Camaro e o brasileiríssimo Monza. Derivado do Opel Ascona alemão, o Monza entrou para a lista dos dez automóveis mais vendidos no Brasil já na estreia, em 1982. Dois anos depois, alcançou a marca de 100.000 unidades produzidas, mantendo-se na liderança do mercado de 1984 a 1986, façanha que provavelmente jamais será repetida por outro modelo na mesma faixa de porte e de preço. O Monza manteve-se na vice-liderança em 1987 e no ano seguinte vendeu mais que o dobro do principal concorrente, o Volkswagen Santana. Nem mesmo a aposentadoria da carroceria hatch em 1989 (substituída pelo novíssimo Kadett) arrefeceu a demanda, graças a um público fiel, que não se importava em pagar ágio e ainda aguardar meses na 82
quatrorodas.abril.com.br
Monza hatch em concessionária
fila de espera. A fábrica em São Caetano do Sul (SP) trabalhava no limite: além do mercado interno, produzia o modelo para Chile, Uruguai, Colômbia e Equador. A legislação venezuelana restringia a importação de carros completos, motivo pelo qual o Monza embarcava para a fábrica de Valência desmontado, pelo conceito logístico CKD (completely knock-down). A apresentação do Monza na Venezuela foi marcada pelo show acrobático do piloto Carlos Cunha em Caracas. Foi um sucesso desde 1985, mas as medidas econômicas do governo provocaram uma queda nas vendas em 1989. Gasolina cara e a chegada do Opel Vectra também fizeram o Monza encalhar nos estoques. O imprevisto levou a GM do Brasil a pensar em uma
estratégia ainda mais inusitada: a repatriação dos Monza exportados. A complexa operação dependeria de uma autorização da Carteira de Comércio Exterior do Banco do Brasil (Cacex) por esbarrar na proibição da importação de automóveis, que durou de 1976 a 1990. Os meandros burocráticos ainda são um mistério guardado por antigas autoridades e executivos aposentados. Um dos poucos a falar sobre o assunto é José Carlos Pinheiro Neto, na época diretor de assunto corporativos e de exportações da GM. “O Monza venezuelano chegou ao Brasil antes da abertura oficial das importações, em caráter excepcional.” Nenhuma das versões venezuelanas batia de frente com a brasileira SL/E, a mais vendida. Entre os sedãs, a mais
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simples era a SL, com rodas de aço aro 13 e bancos de tecido. No lado oposto estava a Classic SE, com rodas de liga aro 14, bancos de couro e trio elétrico. A maioria dos sedãs trazia câmbio automático de três marchas. A versão mais controversa era o hatch S/R, feito no Brasil de 1986 a 1988. A versão venezuelana perdia a esportividade dos bancos Recaro, substituídos por confortáveis bancos de couro. Como nos sedãs, o motor era o 2.0 movido apenas a gasolina, seus 100 cv declarados eram apenas suficientes para embalar
seus 1.130 kg. Os registros indicam que o lote venezuelano era formado por 416 unidades, com características distintas do modelo brasileiro. O cofre do motor era revestido por um verniz dourado que cobria vários componentes. Nenhum exemplar contava com desembaçador no vidro traseiro, pois todos vieram equipados com ar-condicionado. Uma diferença causou muitos transtornos: o número do chassi foi marcado manualmente em São Caetano do Sul, pois a Venezuela exigia apenas a identificação em uma plaqueta. Os
venezuelanos eram quase sempre reprovados em vistorias do Detran e tinham apólices de seguro recusadas em função da gravação fora do padrão do Monza nacional. A desvalorização no passado tornou-se uma atração atualmente, mais de 20 anos depois. A história do Monza venezuelano foi resgatada pelo falecido colecionador Luís Carlos Duarte e hoje é preservada por entusiastas como Evandro Fraga, proprietário deste S/R 1989: “Ninguém sabe como esses carros vieram parar aqui, mas já fazem parte do folclore automotivo nacional”. quatrorodas.abril.com.br
Monza estacionado na garagem de um colecionador
“Ninguém sabe como esses carros vieram parar aqui, mas já fazem parte do folclore nacional.” Trabalho acadêmico - Editoração Eletrônica - Facha - 1o semestre de 2022
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BMW afirma que motor a combustão ainda terá mercado nos próximos anos Batemos um papo exclusivo com Oliver Zipse, presidente do conselho de administração da BMW
autoesporte.globo.com
Oliver Zipse: presidente do conselho de administracao da BMW
Aluno: Guilherme Varizo Fonte: Autoesporte.globo.com Em: 30/05/2022 “Um mercado (o de elétricos) está crescendo, mas o outro ainda está aí. E teremos os melhores motores a combustão. A transformação está numa fase de paralelismo. Temos de olhar com muito cuidado para o que está ocorrendo com a infraestrutura. Apesar de que agora a participação nas vendas ainda é pequena. Em dez anos, Mini e Rolls-Royce serão linhas 84
completamente elétricas”, comenta Zipse. “Mini é um carro europeu, e o Reino Unido estará proibindo veículos a combustão em 2030, 2035. Penso que, por volta de 2030, 50% de nossa produção provavelmente será apenas elétrica. A outra metade continuará lá, porque ainda vamos ter de lidar com infraestrutura insuficiente e preços de matérias-primas. Não há a menor indicação de que, apesar do rápido crescimento dos elétricos, o mercado a combustão seja extinto nos próximos dez
anos”, completa o executivo. A BMW, segundo seu chefão, também se prepara para um mercado que caminha para comprar 60% de utilitários esportivos. Mas sem abandonar as outras categorias: “Neste ano vamos expandir mais o mercado de carros menores. Quatro modelos estão se tornando elétricos na Europa. Temos o i4, voltado especialmente aos que amam dirigir. Temos de olhar segmento a segmento. É natural que SUVs ofereçam muita funcionalidade para famílias, hobbies, animais.
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Exposicao BMW iX
Podemos atender esse mercado com iX e X5”, afirmou Zipse. A adoção de uma plataforma única pode comprometer a identidade da marca? O presidente da BMW acredita que não: “Não falamos de plataforma, falamos de arquitetura, pois não acreditamos que plataforma dá as respostas corretas para o que o consumidor espera. E adotamos arquitetura única por uma questão de filosofia. Nesse segmento (Série 7) temos um porta-malas de 500 litros, 30L menos que no antecessor, quase não dá para perceber. Por que iria arriscar fazer uma arquitetura totalmente nova apenas para esse carro? Sem comprometer o espaço do banco traseiro, teria chegado muito perto do mesmo resultado. Ao colocarmos eletromobilidade em primeiro lugar, e tudo o mais em segundo, pode-se chegar a um carro totalmente diferente e o consumidor pode não comprar.
Não pusemos espaço para bagagem na frente porque não quisemos, há outros componentes lá”. Zipse usou a própria imprensa para defender suas ideias: “Me pergunto como o mundo pareceria se todos construíssem o mesmo carro? Seria como se vocês (jornalistas) escrevessem as mesmas histórias todos os dias. Adotamos essa abordagem e nossa participação nas vendas está crescendo. Se olhar de perto, as diferenças entre o carro a combustão e o elétrico não são tão grandes. ‘One size fits all is not a good answer’ (Tamanho único não é uma boa resposta)”, afirma. O novo Série 7 chega com algumas inovações, inicialmente na Europa e nos Estados Unidos, a partir de novembro. Uma delas é a tela que desce do teto para garantir o entretenimento dos ocupantes do banco traseiro. O monitor, um opcional, tem 31 polegadas e vai oferecer programação de noticiário
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e serviços de streaming como Netflix e Amazon Prime: “A pessoa começa a ver um programa em casa e termina no carro”, diz Pieter Nota, membro do conselho da marca alemã. É possível controlar a tela por meio de controles nos puxadores das portas com telas sensíveis ao toque de tamanho equivalente ao de um celular de tamanho grande. O novo sedã de luxo da BMW chega ao mercado pronto para conectividade com 5G. Como tem se tornado comum em carros da categoria, o Série 7 tem uma grande tela horizontal no painel. Metade dela substitui o quadro de instrumentos e a outra acomoda funções de conforto (como ar-condicionado) e entretenimento. Embora a empresa tenha feito a opção de não adotar uma tela de coluna a coluna – “o foco é no motorista”, diz Zipse – não há risco de “fadiga digital”? “Depende de onde se está sentado no carro. Acredita 85
mos que é perigoso se é o banco do motorista é dominado por telas grandes, principalmente à noite. Não é apenas um risco de segurança, pode afetar seus nervos. Por isso nos aproximamos do conceito Shytech, hightech reduzida para não afetar as pessoas de modo negativo. Temos o tamanho certo de telas, que podem ligar e desligar, e as que são opcionais (no banco). Se não quer, não precisa comprar, simples assim. A BMW levou essa preocupação com o excesso de telas em conta. Oferecemos telas para as coisas necessárias, muito funcionais, e Shytech. A tela não
pode ser razão para não comprar um carro”, afirma o executivo. A BMW investiu muito em hidrogênio para automóveis até cerca de 20 anos atrás. E, diz Zipse, a tecnologia não ficou de lado: “Temos a arquitetura e a capacidade de adotar células a combustível, hidrogênio. São arquiteturas flexíveis e pode-se muito facilmente inserir um tanque de hidrogênio e células a combustível em nossos carros sem investir muito dinheiro. Vamos testar neste ano com grupos de usuários. Uma das grandes vantagens é o peso muito menor, pois não há grandes bate-
rias no carro, e a autonomia não depende do tempo de recarga. A infraestrutura para hidrogênio não será disponível para carros particulares, mas para os pesados. Pois não vão fazer todos os caminhões elétricos, pôr bateria em um caminhão não é uma opção de larga escala. Não estou dizendo que não vai ter, mas as baterias roubam do peso da carga paga”. A partir de meados do ano, a BMW inicia um teste de frota de iX5 a hidrogênio nos Estados Unidos. “Em nosso segmento, também temos a competência para instalar em carros grandes”, diz Zipse.Cus aut d
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BMW i4 estacionado
“Me pergunto como o mundo pareceria se todos construíssem o mesmo carro? Seria como se vocês (jornalistas) escrevessempre as mesmas histórias todos os dias.” - Oliver Zipse 86
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Iate exclusivo é inspirado nos supercarros da Lamborghini e tem mais de 3.000 cv Naval Yachts New 88-Foot LXT88 é equipado com dois motores V12 e foi feito para um cliente amante de carros esportivos
Naval Yachts New 88-Foot LXT88 no mar
Aluno: Guilherme Varizo Fonte: Autoesporte.globo.com Em: 31/05/2021 A Lamborghini já tem o seu próprio iate, o 63 da Tecnomar, e o lutador Conor McGregor é um dos donos. Entretanto, isso não significa que a fabricante italiana de supercarros não possa servir de inspiração para outros iates. E esse é o caso do novo Naval Yachts New 88-Foot LXT88. Barış Dinc, um dos fundadores da Naval Yachts , fabricante de iates da Turquia, disse: “Recebemos alguns toques da Lamborghini”. Essa inspiração não foi só no visual dos supercarros da Lamborghini, mas também
no desempenho. O LXT88 tem nada menos do que dois motores V12 com 1.600 cv cada, totalizando uma potência de 3.200 cv. Isso permite o iate chegar a uma velocidade de 80 km/h, que é considerado altíssimo para um barco de 26,8 metros de comprimento. Em comparação com o Tecnomar Lamborghini 63, o italiano tem 19 metros de comprimento, dois motores V12 com 2.000 cv cada, totalizando 4.000 cv, e atinge velocidade máxima de 110 km/h. Feito para um cliente amante de carros, o iate forjado em alumínio leve ostenta um casco laranja com partes de fibra de carbono, enquanto a popa, que tem um sis-
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tema que oferece grande agilidade na hora de fazer manobra, traz um design parecido com entradas de ar de um supersportivo. Dinc diz que detalhes sobre o interior estarão disponíveis em breve. Porém, ele já adiantou que haverá três quartos, um salão principal, sala de jantar e uma jacuzzi na proa. O valor do iate não foi revelado, mas, para termos uma ideia, o Tecnomar Lamborghini, que só tem 63 unidades fabricadas, custa R$ 2,6 milhões de libras, ou R$ 16,3 milhões na atual cotação. Possivelmente, o LXT88 deve ter sido ainda mais caro que o modelo italiano. 87
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Especial Catar 2022: Conheça o país que sedia a Copa do Mundo e os preparativos para o evento A 22ª edição do evento traz singularidades, seja pelo clima, pela cultura, seja pelas novidades que esperam as seleções e os fãs do mundial; veja tudo o que você precisa saber sobre o país e a Copa Ana Daróz e Marcus Olivette Fontes: G1, GE, R7, LANCE!, UOL
Divulgação/FIFA
Copa do Mundo ocorre no final de 2022 devido às altas temperaturas do Catar
Pela primeira vez, a Copa do Mundo de Futebol será disputada em um país do Oriente Médio. O Catar é, ainda, a menor nação da história a sediar o torneio, de acordo com a Fifa. A 22ª edição do evento traz singularidades, seja pelo clima, pela cultura, seja pelas novidades que esperam as seleções e os fãs do mundial em 2022. Tantas diferenças geram, por isso, muita curiosidade a respeito do Catar. Veja mais sobre este país que mudou até mesmo a data de realização da Copa do Mundo. Clima árido: mudança na data do mundial Muita gente pode estar se perguntando por que, a esta altura do ano, a Fifa ainda está realizando as eliminatórias para o mundial, se geralmente o torneio já é realizado no meio do ano. A respos-
ta está no clima quente do Catar. Localizado na Ásia Ocidental, no Hemisfério Norte, lá o verão acontece enquanto aqui, no Hemisfério Sul, passamos o inverno. Além disso, o país fica em uma região desértica, com características quentes e áridas, e com baixíssima umidade. Por esses motivos, o Catar registra temperaturas altíssimas durante a maior parte do ano: entre março e outubro, sempre acima de 30ºC, até mesmo nas madrugadas. Alguns dias podem registrar até 50ºC. Ainda, a sensação térmica pode chegar a 60ºC! Desta forma, seria impossível realizar jogos de futebol ao ar livre neste ambiente - mesmo com a maioria dos estádios climatizados, nas arquibancadas e nos campos. Assim, a Fifa divulgou que optou por realizar a Copa do Mundo durante o outono e quase no inverno
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do Catar. Território menor do que o Espírito Santo O Catar tem extensão territorial de 11.571 quilômetros quadrados. De acordo com dados oficiais, tem 2,881 milhões de habitantes. É um país muito pequeno. Para se ter uma ideia, o Espírito Santo tem 46.095 quilômetros quadrados, com aproximadamente 3,5 milhões de habitantes (IBGE). A vantagem do Catar para a Copa do Mundo, segundo a Fifa, é que, com suas dimensões reduzidas, a maior distância entre as sedes dos jogos é de 75 quilômetros e a menor, de 5. Desta forma, delegações, organizadores, imprensa e torcedores não vão precisar de viagens aéreas para acompanhar o torneio. As opções para chegar aos oito estádios ficarão ou pelas 89
novas estradas, ou de metrô, com passe diário especial pelo valor de um euro. Mas, mesmo com dimensões reduzidas, o Catar tem, em sua área, o grande contraste de ter desertos e praias. Paisagens deslumbrantes: do deserto às praias A harmonia entre modernidade e natureza é muito grande em Doha. Na luxuosa capital do Catar, as águas do Golfo Pérsico chamam a atenção nas praias de boas faixas de areia. Nos arredores, há uma ilha artificial chamada Pearl-Qatar, que abriga marinas, iates de luxo e construções futuristas. O Catar também tem praias de natureza intocada. Chamada pela UNESCO de “paisagem notável”, já é possível imaginar um destino deslumbrante: uma praia de mar interior, cheia de dunas acessadas somente por veículos 4x4, tem ainda águas cristalinas. Há outras praias de mangues, cascalhos e muita biodiversidade, que permitem a prática de mergulhos e outros esportes. E quem já viu um local em que as águas do mar encontram as areias do deserto? Até isso é possível encontrar no Catar, no deserto de Khor Al Abaid, localizado ao sul de Doha, na divisa entre o país e a Arabia Saudita. É um dos únicos locais do planeta em que isso acontece. O território catariense tem outros desertos abertos para passeios e travessias especiais para turistas. Desigualdade social e monarquia O Catar se transformou completamente depois da descoberta das jazidas de petróleo em seu território, em 1939. Localidades áridas deram espaço para construções extremamente 90
modernas e paradisíacas. Em uma velocidade assustadora, foram criados bosques e arranha céus, aumentou o número de imigrantes vindos dos arredores e o Catar virou destino de luxo. Um relatório divulgado pelo Programa das Nações Unidas pelo Desenvolvimento (PNUD) mostrou que o Catar é campeão em desigualdade social: apenas 1% da população concentra 29% da renda do país. Não surpreendentemente, o Brasil está em segundo lugar, com 1% detendo 28,3% da renda. Não é à toa que a riqueza do petróleo não chegou para todos. O Catar é um emirado absolutista e hereditário. Nesta monarquia, ou seja, o país é comandado pela Casa de Thani desde meados do século XIX. Todos os cargos mais importantes do Estado são ocupados por membros ou grupos próximos da família al-Thani. Mulheres não devem mostrar ombros e joelhos A desigualdade de gênero também é grande no Catar. Mulheres não podem usar nenhuma vestimenta que mostre joelhos, ombros ou decote nos seios. Culturalmente, não se demonstra afeto em público. Ainda, um homem só deve apertar a mão de outra mulher, em situações de cumprimento, caso ela ofereça a sua em primeiro lugar. A Fifa garantiu, contudo, que não haverá intolerância por parte dos nativos. E que espera que os turistas sejam respeitosos quanto à cultura local. Ainda assim, casos como o de Paola Schietekat não são raros. A mexicana trabalhava na organização da Copa e foi agredida.
Ao denunciar a agressão, ela foi condenada a 100 chibatadas por “estar com homens que não eram seus maridos.” A outra alternativa era casar com o seu agressor. Por que o Catar não fará jogo de abertura da Copa? A Fifa divulgou o calendário completo das partidas da Copa do Mundo no Qatar, com datas, horários e estádios, e algo incomum chamou atenção, o anfitrião não fará o jogo de abertura do Mundial. Após o sorteio, foi dado como certo que o primeiro jogo da Copa seria Qatar e Equador, mas a entidade máxima do futebol surpreendeu a todos e colocou Senegal e Holanda como a partida de abertura. Ao que tudo indica, a Fifa mudou alguns jogos visando uma melhor adaptação aos horários locais dos países envolvidos no Mundial. Além do ajuste com relação aos horários de cada país, a Fifa e o Comitê Organizador também quiseram uma melhor mobilidade dos torcedores entre os estádios da Copa do Mundo, possibilitando que os espectadores vejam mais de um jogo no dia. Dessa forma, a entidade aguardou a definição do sorteio dos grupos para organizar melhor as datas e horários das partidas. Outro ponto é que a Fifa também atendeu aos detentores dos direitos de transmissão para que todas as partidas possam ser exibidos com facilidade. O confronto entre senegaleses e holandeses será às 7h (de Brasília), enquanto Qatar e Equador se enfrentam às 13h (de Brasília). Não há informação sobre a Cerimônia de Abertura.
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Bola da Copa do Mundo de 2022 no Qatar é lançada com participação de craques ao redor do mundo Al Rihla, ou ‘A jornada’, em português, foi lançada pela Adidas. Esta será a 14ª edição de Copa do Mundo em que a empresa alemã produz a bola oficial.
A Adidas anunciou a bola da Copa do Mundo. A Al Rihla, “A jornada” em português, será o objeto desejado por todas as estrelas que irão disputar o torneio entre os dias 21 de novembro a 18 de dezembro. O design da bola é todo inspirado nos costumes do Catar. As cores e a identidade visual trazem a bandeira do país, bem como a arquitetura e os barcos locais. Essa será a 14ª edição consecutiva de Copa do Mundo em que a Adidas produz a bola oficial do torneio. Para a atual edição, a empresa alemã projetou a pelota para suportar as altas velocidades de jogo, tendo mais estabilidade que as antecessoras. Devido à textura de sua superfície, a Al Rihla garante maior estabilidade e os mais altos níveis de precisão, já que foi testada em túneis de vento e pelos próprios atletas em campo. “O jogo está ficando mais rápido e, à medida que acelera, a precisão e estabilidade em voo se tornam criticamente importantes. O novo design permite que a bola mantenha velocidade significativamente maior durante sua trajetória no ar”, disse Franziska Loeffelmann, diretora de design de materiais e estampas de futebol da Adidas. A primeira aparição pública da Al Rihla será ao lado de craques do utebol como Iker Casillas, Kaká, Farah Jefry e Nouf Al Anzi, que
se juntarão a outros talentos, incluindo promissoras jogadoras do Catar, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Egito, além de jogadores da próxima geração da Aspire Academy de Doha. O lançamento marcará o início da jornada da Al Rihla por dez cidades ao redor do mundo – incluindo Dubai, Tóquio, Cidade do México e Nova York – onde a Adidas lançará uma série de iniciativas destinadas a melhorar o acesso e a equidade no esporte entre as comunidades locais.
Divulgação/Adidas
Al Rihla garante mais estabilidade e precisão para os jogadores
Catar revela mascote da Copa do Mundo de 2022: La'eeb Palavra árabe significa “jogador super habilidoso”. Logo no início do sorteio dos grupos da Copa do Mundo de 2022, realizado em Doha, o Catar revelou nesta sexta-feira o mascote do torneio: La'eeb. Essa palavra árabe significa "jogador super habilidoso", de acordo com a Fifa. — O mascote oficial da Copa do Mundo de 2022 está cheio de energia e vai trazer a alegria do futebol para todos. La’eeb acredita que "Agora é Tudo" e encoraja a todos — divulgou a
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Fifa em suas redes sociais. O novo mascote da Copa foi revelado em uma animação exibida pelo Comitê Organizador Local antes do sorteio dos grupos em si. O desenho de La'eeb se baseia em lenços de cabeça tradicionais da cultura árabe. — Estamos encantados em revelar La’eeb como o primeiro mascote oficial da Copa do Mundo no Oriente Médio e do mundo árabe — afirmou o diretor geral de comunicação do Comitê. 91
Sem 'grupo da morte', Copa do Mundo do Catar terá reencontros e duelo de campeãs mundiais Sorteio realizado em Doha não trouxe nenhum grupo muito poderoso, mas colocou ‘velhos conhecidos’ novamente no mesmo caminho Lucas Figueiredo/CBF
Seleção Brasileira fez campanha histórica nas Eliminatórias Sul-Americanas e reencontrará rivais
Os grupos da Copa do Mundo do Qatar 2022 foram definidos. O sorteio, curiosamente, não proporcionou nenhum grupo da morte, mas trouxe alguns duelos que foram realizados na Copa do Mundo da Rússia, em 2018, e outros jogos históricos. A Seleção Brasileira, por exemplo, caiu no Grupo G, ao lado de Sérvia e Suíça, repetindo 2018, mas dessa vez com Camarões complementando a chave em vez da Costa Rica. A seleção africana, em sua última participação em Mundiais, em 2014, também caiu no grupo do Brasil. Déja Vú ssim como a Seleção BrasileiA ra, a França, atual campeã mundial, também vai reencontrar um antigo adversário na fase de grupos. Sorteada no Grupo D, os 'Le Bleus' encaram a Dinamarca, as92
sim como foi em 2018, na Rússia. Liderada por Lionel Messi, a Argentina terá o México no Grupo C. Nas Copas do Mundo de 2006 e 2010, argentinos e mexicanos se enfrentaram na fase de oitavas de finais, e a seleção sul-americana levou a melhor nas duas oportunidades. Já Cristiano Ronaldo terá a chance de reescrever a história. O sorteio desta sexta-feira colocou Portugal no Grupo H, ao lado de Gana, Uruguai e Coréia do Sul. Em 2014, os Lusos também caíram em um grupo com a seleção africana, venceram por 2 a 1, mas foram eliminados. Em 2018, Portugal e Uruguai fizeram um duelo fantástico nas oitavas de finais, e a Celeste eliminou os portugueses com uma vitória por 2 a 1. O Uruguai, além de reencontrar Portugal, vai duelar novamente com a seleção de Gana, reeditando um dos grandes jogos da histó-
ria das Copas. Em 2010, na África do Sul, a Celeste eliminou Gana nas quartas de finais, nos pênaltis, em jogo que ficou marcado pela 'defesa' de Suárez no último minuto da prorrogação.
Jogo grande Apesar do sorteio não criar um 'grupo da morte', Espanha e Alemanha serão responsáveis pelo jogo mais poderoso da primeira fase da Copa do Mundo. Juntas no Grupo E ao lado de Japão e do vencedor do playoff entre Costa Rica e Nova Zelândia. Além de ser o único duelo da fase de grupos entre duas seleções campeãs Cristiano Ronaldo e Messi podem bater recordes na Copa do Mundo do Catar; veja possíveis marcas Craques vão disputar o Mundial pela quinta vez na carreira, igualando número de Matthäus, Bu-
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ffon, Rafa Márquez e Antonio Carbajal mundiais, o jogo reedita a semifinal da Copa do Mundo de 2010. Naquela oportunidade, a Espanha eliminou a Alemanha com um gol solitário de Puyol, e avançou até a final para conquistar seu primeiro título contra a Holanda. A expectativa é de revanche!
Brasil x Suíça
Melhores do mundo
Formada desde 2006, quando houve a separação de Sérvia e Montenegro, a seleção da Sérvia enfrentou o Brasil apenas duas vezes, com duas vitórias brasileiras.
O sorteio, além de reservar reencontros entre seleções, proporcionou um duelo um tanto quanto curioso: Argentina e Polônia. A partida não carrega uma grande rivalidade entre as duas seleções, contudo, o jogo traz o duelo entre os dois melhores jogadores do mundo, segundo as maiores premiações. Eleito melhor jogador do mundo pela revista France Football, Lionel Messi terá pela frente Robert Lewandowski, eleito o melhor jogador do mundo pela Fifa. Retrospecto da Amarelinha Acabou a curiosidade! O Brasil já conhece seus três primeiros adversários na Copa do Mundo do Catar, que será realizada entre 21 de novembro e 18 de dezembro deste ano. O sorteio realizado pela Fifa nesta sexta-feira definiu que a seleção brasileira enfrentará Sérvia, Suíça e Camarões no Grupo G. Em uma grande coincidência, a equipe comandada por Tite voltará a enfrentar na primeira fase dois adversários da fase de grupos da Copa do Mundo da Rússia. Na oportunidade, os suíços empataram com o Brasil, enquanto os sérvios foram derrotados pela Seleção. Camarões também enfrentou a seleção brasileira recentemente em um Mundial, em 2014.
O Brasil enfrentou a Suíça em nove oportunidades, sendo duas delas em Copas do Mundo. Foram três vitórias brasileiras, quatro empates e dois triunfos suíços. Brasil x Sérvia
Copas do Mundo e duas em Copas das Confederações. O Brasil venceu cinco vezes e foi derrotado em apenas uma oportunidade.
Você sabia? A taça Jules Rimet, em sua versão original, foi entregue ao Brasil pela ocasião do terceiro título mundial. Até hoje, o Brazuca continua sendo o maior campeão do torneio.
Brasil x Camarões Adversário mais recente do Brasil dentre os times do Grupo G, Camarões enfrentou a seleção brasileira seis vezes, entre elas duas em
Seleção Brasileira bate recorde nas Eliminatórias por pontos corridos Ao golear a Bolívia por 4 a 0 em La Paz, a Seleção Brasileira quebrou um novo recorde. A equipe comandada pelo técnico Tite soma 45 pontos e é agora a dona da melhor campanha das Eliminatórias Sul-Americanas desde que a competição passou a ser disputada por pontos corridos, ou seja, antes da Copa de 1998. Antes, a melhor pontuação pertencia à Argentina, que fez 43 pontos na época em que era comandada por Marcelo Bielsa, antes do Mundial de 2002. Invicta, a Seleção Brasileira tem 13 vitórias e quatro empates, e ainda precisará entrar em campo para o confronto contra a Argentina, válido pela sexta rodada da competição. O confronto seria
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disputado em setembro do ano passado, mas acabou suspenso após intervenção de agentes da Anvisa. Ao final da competição, o técnico Tite enfatizou que, apesar da importância do recorde, o principal é a construção de um elenco forte para a Copa do Mundo. - Mais do que isso (recordes), o que vale é uma construção, essa consolidação do trabalho, é o que me deixa mais feliz. Antes de embarcar para o Catar, a Amarelinha disputará alguns amistosos. Em junho, a Seleção enfrenta a Coreia do Sul, no dia 2, o Japão, no dia 6, e a arquirrival Argentina, no dia 11, na Austrália. 93
Cristiano Ronaldo e Messi podem bater recordes na Copa do Mundo do Catar Craques vão disputar o Mundial pela quinta vez na carreira, igualando número de Matthäus, Buffon, Rafa Márquez e Antonio Carbajal. Reprodução/Twitter
Cristiano Ronaldo e Lionel Messi poderão alcançar marcas históricas na Copa do Mundo do Catar. Os craques das seleções portuguesa e argentina disputaram seu primeiro Mundial na Alemanha, em 2006, e suas seleções se classificaram para quatro edições consecutivas do torneio. No Catar, caso não sofram lesões e sejam convocados, vão igualar o recorde do alemão Lothar Matthäus, do goleiro italiano Gianluigi Buffon e os mexicanos Rafa Márquez e Antonio Carbajal, únicos jogadores a terem cinco participações na Copa do Mundo. Além disso, tanto Messi quanto Cristiano Ronaldo terão a oportunidade de superar outras marcas individuais. Caso a Argentina chegue à semifinal e o argentino dispute todas as partidas, chegará ao recorde de 26 jogos em Mundiais, superando os 25 de Lothar Matthäus, entre 1982 e 1998. Já para o português, se vier a marcar no Catar, chegará à sua quinta Copa do Mundo com ao menos um gol, tornando-se o único jogador a realizar o feito e superando Pelé, o australiano Tim Cahill e os alemães Uwe Seeler e Miroslav Klose. Portugal conseguiu garantir sua classificação na repescagem nesta terça-feira, após vitória por 2 a 0 sobre a Macedônia do Norte, com dois gols de Bruno Fernandes. Após a decisão, Ronaldo afirmou que o objetivo havia sido atingido e "Portugal estava em seu devido lugar". Já Argentina e Messi tiveram caminho mais tranquilo durante as 94
Messi e Ronaldo podem bater recorde de participação em Copas
Eliminatórias. Com a classificação antecipada em sem sustos, a seleção chega como uma das favoritas para a disputa da Copa do Mundo e da conquista de seu terceiro título mundial. Tanto Portugal quanto Argentina serão "cabeças de chave" no sorteio dos grupos para o torneio, que acontecerá nesta sexta-feira. Craques fora da Copa
Apesar da presença de diversas estrelas do futebol mundial, outras figuras importantes ficarão fora da disputa da Copa do Mundo. Com as últimas rodadas das Eliminatórias, seleções como Itália, Suécia, Argélia e Egito não conseguiram obter sua classificação para o Catar. Mohamed Salah, do Liverpool e da seleção egípcia, acabou eli-
minado por Senegal nesta terça-feira, após perder sua cobrança na disputa por pênaltis. Caso conseguisse a classificação, seria a segunda Copa do Mundo seguida de sua seleção, que havia se classificado para o último Mundial, na Rússia. Ainda nas Eliminatórias africanas, a Argélia, de Riyad Mahrez, atacante do Manchester City, perdeu para Camarões, com gol no último minuto da prorrogação. Campeão da Copa Africana das Nações em 2019, a seleção fica pela segunda edição consecutiva fora da Copa do Mundo. A última participação foi em 2014, quando foi eliminada pela Alemanha. Na Europa, a eliminação da Itália, atual campeã da Eurocopa, deixa Donnaruma, goleiro do Paris Saint Germain, e Jorginho, meia do Chelsea, fora do Catar.
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O lado obscuro da Copa: como o Catar tratou os trabalhadores que construíram os estádios? Trabalhadores foram colocados em situação de trabalho escravo; número de mortos e feridos chama atenção da OIT. Reprodução/Getty Images aplicadas". Ele disse que o número de empresas que desrespeitam as regras "continuará a diminuir à medida que as medidas de fiscalização forem implementadas". Quantos trabalhadores morreram?
Governo do Catar negou número de mortes nas construções
É o torneio mais controverso da história da Fifa, com questionamentos sobre como o Catar conquistou o direito de ser sede da Copa, o tratamento aos trabalhadores que estão construindo os estádios e se o país é um local adequado. Veja abaixo algumas questões sobre a próxima Copa do Mundo, que começa no dia 21 de novembro: A final será disputada em um estádio que também receberá outras nove partidas e também será o ponto central de uma nova cidade (Lusail, o mesmo nome do estádio), situada a 15 km de Doha, a capital do Catar. Mas o governo local recebeu muitas críticas pelo tratamento aos 30 mil imigrantes que trabalham nos projetos da Copa. Em 2016, o grupo de direitos humanos Anistia Internacional acusou o Catar de usar trabalho forçado. Ele disse que muitos trabalhadores estavam vivendo em acomodações precárias, pagando
altas taxas de recrutamento, com salários retidos e passaportes confiscados. Desde 2017, sob pressão, o governo catariano apresentou medidas como proteção para o calor excessivo, limite de horas de trabalho e melhores condições nos acampamentos de trabalhadores. No entanto, o grupo Human Rights Watch disse em um relatório de 2021 que os trabalhadores estrangeiros ainda sofriam "deduções salariais punitivas e ilegais", bem como "meses de salários não pagos por longas horas de trabalho exaustivo". A Anistia Internacional também diz que, apesar da abolição do sistema de "kafala", ou patrocínio, que impedia a saída dos imigrantes de seus empregos sem o consentimento do empregador, a pressão ainda estava sendo exercida sobre os funcionários. Um porta-voz do governo disse à BBC: "Foi feito um progresso significativo para assegurar que as reformas sejam efetivamente
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Em fevereiro de 2021, o jornal britânico The Guardian disse que 6.500 trabalhadores migrantes da Índia, Paquistão, Nepal, Bangladesh e Sri Lanka morreram no Catar desde que país conquistou o direito de sediar a Copa do Mundo. As mortes, relatadas pelas autoridades dos cinco países asiáticos, não foram categorizadas por ocupação, local ou trabalho. Mas o grupo de direitos trabalhistas FairSquare disse que era provável que muitas das mortes ocorreram durante projetos de infraestrutura do torneio. O governo do Catar diz que os números são superestimados, porque incluem milhares de estrangeiros que morreram muitos anos depois de viver e trabalhar nas obras da Copa. Afirma ainda que muitos estariam trabalhando em empregos não relacionados à indústria da construção. O Catar declarou que, entre 2014 e 2020, houve 37 mortes entre trabalhadores que construíram os estádios da Copa do Mundo. Mas diz que 34 dos óbitos "não estavam relacionados ao trabalho" - uma expressão que foi questionada por especialistas. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) diz que o Catar não contabilizou mortes súbitas 95
entre os trabalhadores. A entidade afirma que o governo local registrou ataques cardíacos fatais e insuficiência respiratória causada por insolação como "causas naturais" em vez de "relacionadas ao trabalho". A OIT compilou seus próprios números de mortes a partir de dados de hospitais e serviços de ambulância no Catar relacionadas a todos os projetos da Copa do Mundo. Segundo a contagem, 50 trabalhadores morreram e mais de 500 ficaram gravemente feridos no Catar somente em 2021. Outras 37.600 pessoas sofreram ferimentos leves a moderados. As principais causas dessas mortes e ferimentos foram quedas de lugares altos, acidentes de trânsito e objetos que caíram sobre os trabalhadores. Os casos renderam protestos por parte das Seleções da Dinamarca, Alemanha e Noruega, que falaram sobre o assunto em 2022.
Catar diz que vai 'acolher' gays na Copa, mas proíbe beijos Comitê organizador garantiu acolhimento, mas legislação proíbe afeto em público; Joshua Cavallo se pronunciou sobre como o país trata LGTQIA+ O comitê organizador da Copa do Mundo de 2022 garantiu que o país vai acolher o público LGBTQIA+, mas alertou que demonstrações públicas de carinho devem ser evitadas. Nasser Al Khater, líder do comitê organizador da Copa do Mundo, disse em uma entrevista à emissora ‘CNN’ que “ninguém se sente inseguro” no Catar. Ele ainda comentou que o australiano Joshua Cavallo, único jogador assumidamente gay entre as principais ligas de futebol, será bem-vindo na nação. As declarações de Al Khater foram uma resposta a Cavallo, que afirmou no mês passado que ficaria “com medo” de jogar no Catar, pois a homossexualidade no país
pode ser punida com até três anos de detenção. - Joshua Cavallo seria bem-vindo no Catar, ninguém se sente ameaçado ou inseguro aqui. Nós somos um país acolhedor, tolerante e hospitaleiro, todos são bem-vindos aqui - comentou o líder do comitê. A autoridade catariana, no entanto, admitiu que o país árabe possui uma postura mais rígida em relação às demonstrações públicas de carinho em comparação com outras nações. Ele ainda pediu respeito por parte dos torcedores. - O Catar e a sua região são mais conservadores, então as demonstrações públicas de afeto, que são desaprovadas, devem ser evitadas. É a única indicação - disse. Reprodução/Getty Images
Seleção Dinamarquesa protestou contra condições de trabalho nos preparativos para Copa do Catar
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Descubra o que fazer no Rio de Janeiro Não faltam opções do que fazer no Rio de Janeiro, um dos melhores destinos do mundo para viajar. Dia, noite, inverno ou verão, há programações para qualquer época e hora.
Nome; Barbara Drumond e Pedro Maia Fonte: MaxMilhas.com.br data:17/05/2022 Para visitar a cidade maravilhosa. Com muitas praias, montanhas e até uma floresta, a cidade tem muito a oferecer. Para você aproveitar o máximo de um dos melhores destinos do mundo, separamos 15 dicas do que fazer no Rio de Janeiro. 1 – Praias para curtir a dois ou com amigos Seja verão ou inverno, o clima
temperado faz com que o Rio de Janeiro seja o lugar ideal para ir à praia o ano todo. Ainda bem, porque são 72,3 km de extensão em praias, 25 delas na cidade. Abaixo separamos o que fazer em cada uma delas. Confira! Praia de Copacabana: mais conhecida do Rio, a praia de Copacabana merece um dia todinho da sua viagem. Você pode passear pela orla e também conhecer o bairro e o famoso Copacabana Palace. Praia de Ipanema: tão famosa como a de Copacabana, www.google.com.br
Ipanema é um pouco mais calma. Não se esqueça de ir ao Posto 9 que é o mais descolado e jovem! Praia de Leblon: extensão da praia de Ipanema, Leblon também tem seus encantos. Mais tranquila que a vizinha, a praia é uma opção de passeio excelente para famílias. Praia do Arpoador: próximo a praia de Ipanema e ao posto 9 está o Arpoador. A Pedra, além de fazer jus às belezas naturais do Rio, é o local perfeito para assistir ao pôr do sol. Praia da Barra: é a primeira opção para quem está hospedado na zona oeste da cidade. Além disso, ela é a maior praia do estado e conta com belezas paradisíacas e águas claras. 2- Bairros charmosos e boêmios No Rio de Janeiro, há lugar para todos os gostos, raças, credos e todas as formas de ser feliz. Além disso, lá tem gastronomia para todos os paladares do mundo e roteiros culturais que vão do teatro de rua aos grandes espetáculos.
Praia de Copacabana
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Santa Teresa conta com seu bondinho e a vida cultural fervilhante por suas ladeiras; Lapa e a Vila Isabel são berços de grandes nomes do samba, como Noel Rosa; Trabalho acadêmico - Editoração Eletrônica - Facha - 1o semestre de 2022
Botafogo, com seu mix de bares e clubes alternativos, ideal para quem buscar onde comer e beber no Rio Urca, com sua vista privilegiada da Baía de Guanabara, e seu ar de antigamente com casarões do início do século XX; O próprio Centro, por exemplo, com seus museus e igrejas imperiais, botequins centenários e manifestações culturais.
Nem só de praia vive o carioca! Como o Rio carrega consigo muita história, museu é o que não falta. Para te ajudar a montar seu roteiro, separamos os principais museus que merecem uma visita. Confira: Museu do Amanhã: O Museu do Amanhã conta com uma arquitetura indescritível, busca promover a inovação,
3 – Principais pontos turísticos do país O Rio é palco de vários pontos turísticos em seus cartões postais. Por isso, conhecer pelo menos os principais deve ser prioridade. Desse modo, faça uma visita ao Cristo Redentor que fica no Morro do Corcovado e tem 38 metros de altura. Em 2007, ele entrou para a lista de 7 maravilhas do mundo moderno e recebe diariamente milhares de turistas. Outro ponto turístico que deve estar no seu roteiro é o Pão de Açúcar. Para chegar até ele, você fará uma pequena viagem de bondinho que vai do Morro da Urca até o Morro Pão de Açúcar. No teleférico, você poderá ver a cidade de cima e se deslumbrar com a beleza da capital. 4 – O templo do futebol brasileiro: Estádio do Maracanã Não tem como ir ao Rio e não conhecer o Maracanã, não é mesmo? Cenário da Copa do Mundo do Brasil e de clássicos do futebol mundial e nacional, é possível fazer uma visita guiada. Existe também a possibilidade de assistir a um jogo de futebol! Consulte as tabelas das partidas anteriormente e garanta a emoção de ver uma partida oficial. 5 – Museus e mais museus
divulgar os avanços da ciência e publicar os sinais vitais do planeta orientado pelos valores éticos da Sustentabilidade e da Convivência. MAR – Museu de Arte do Rio: O MAR conta com exposições sobre a história do Rio, principalmente da região do porto. Museu da República: conta a história de quando o Rio de Janeiro foi capital do Brasil. Lá está situado o Palácio do Catete www. pexels.com
Cristo Redentor, umas das sete maravilhas do Mundo moderno
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Melhores lugares para se conhecer no Brasil
Quais os melhores lugares para viajar no Brasil? Para identificar quais são os melhores destinos nacionais, montamos essa lista com algumas indicações para suas próximas viagens. Nome: Barbara Drumond e Pedro Maia Fonte: viagenscinematrograficas data: 24/05/2022 1-Gramado, RS Muita gente que viaja para Gramado se sente um pouco na Europa. E nem estamos falando somente da influência da arquitetura alemã ou da gastronomia italiana, que predominam na cidade. O modo como Gramado se preparou para o turismo e como recebe os visitantes, é digna dos melhores destinos da Europa. Por conta disso, Gramado quase sempre aparece no topo dos melhores lugares para viajar no Brasil. O que você precisa saber • O Natal luz de Gramado é um dos mais concorridos do calendário da cidade. • Durante alguns dias por lá, todo mundo realmente passa a acreditar na magia do Natal, um dos slogans do evento. • Não perca o espetáculo do Acendimento de Luzes, que acontece no Palácio dos Festivais. É diário e gratuito, mas é bom chegar cedo porque costuma lotar. Quer saber a melhor parte? • Fora da época do Natal Luz, a cidade é cheia de pontos turísticos encantadores como o Mini Mundo, o Gramado Zoo, o Lago Negro e os Roteiros de Agroturis100
mo. • Em cerca de 20 minutos é possível chegar em Canela, cidade vizinha que disputa com Gramado a preferência entre os destinos na Serra Gaúcha. • O lugar é perfeito para uma viagem romântica, mas principalmente gastronômica, devido a ampla e boa oferta de restaurantes deliciosos. Há muitas atrações turísticas e as pessoas tratam os
visitantes sempre com muita atenção e gentileza. • Quanto Custa: R$ 500,00/ dia por pessoa. Além das hospedagens acima da média, a cidade também requer um investimento maior em alimentação e nos passeios.
www.google.com.br
Avenida em Gramado, RS, em epoca de Natal Trabalho acadêmico - Editoração Eletrônica - Facha - 1o semestre de 2022
2 – Jericoacoara (Jijoca de Jericoacoara), Ceará Com a abertura de um aeroporto local, Jericoacoara cresce firme e forte como um dos melhores destinos do Brasil Desde a primeira vez que visitei Jericoacoara, em 1997, até a última vez em 2018, esse lugar paradisíaco já mudou muito. Dá para ir de carro? Por sorte, a praia ainda faz parte do Parque Nacional de Jericoacoara, o que garante as famosas ruas de areia onde não podem circular carros (somente circulam os passeios de buggy). Os que se aventuram em ir com carros de passeio, devem deixá-los em estacionamentos na entrada da vila. Jeri (para os íntimos ou para quem tem dificuldade de pronunciar o nome extenso) já foi considerada uma das praias mais bonitas do
mundo. Na lista do TripAdvisor, ela vem subindo no ranking entre os lugares para viajar. O que você precisa saber antes de ir • A fama (e também o fluxo de visitantes) aumentou depois que foi aberto o Aeroporto Regional Comandante Ariston Pessoa, em Cruz, cidade que fica bem mais próxima de Jericoacoara. • Dessa forma, a distância de 4 horas a partir de Fortaleza diminuiu para pouco mais de 1 hora de viagem. • A duna do pôr do sol, um dos pontos turísticos mais famosos de Jericoacoara, vive lotada. • Para tirar uma foto na Pedra Furada, você pode ter que encarar uma fila de 20 minutos. • Mas como não amar as incríveis paisagens e a vibe de Jeri? E todo mundo merece um pouco
de relax nas redes da Lagoa do Paraíso. Preste atenção nessa pegadinha • O primeiro semestre é a época mais chuvosa, isso inclui também os meses de verão (janeiro e fevereiro). A partir de maio as chuvas começam a diminuir. • Então a melhor época é de julho a outubro são meses após o período de chuva, em que as lagoas estarão mais cheias. • Para quem gosta de kitesurf, o segundo semestre é o auge da temporada do esporte por lá • Quanto Custa: A média é de R$ 350,00/dia por pessoa. Com o número de visitantes cada vez maior, os preços de pousadas inflacionaram um pouco, mas ainda é possível encontrar alguns achados. Os passeios custam em média R$ 75,00 por pessoa.
Pedra furada, um dos pontos turisticos mais visitados de Jericoacoara Trabalho acadêmico - Editoração Eletrônica - Facha - 1o semestre de 2022
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3 – Capitólio, MG De uns tempos para cá, fomos observando o crescimento turístico de Capitólio e nos perguntando: será que é tudo isso mesmo? Imagens do Lago de Furnas repleto de barcos chamaram a atenção de todo mundo. Capitólio virou um dos destinos mais populares do Brasil e ficou conhecida como o Mar de Minas, por causa do imenso Lago de Furnas, que banha mais de 30 cidades. Demoramos bastante para ir conhecer, mas voltamos realmente encantados. A região tem cânions com paredões de até 40 metros de altura e cachoeiras de tirar o fôlego. Nota: Em virtude do deslizamento trágico que provocou 10 mortes nos cânions de Capitólio, essa região passará por análise de geólogos para saber se o turismo poderá ser retomado. Enquanto a análise
não é concluída, áreas como os Cânions de Furnas e o Vale dos Tucanos foram interditadas. O que você precisa saber antes de viajar • Para aproveitar melhor as cachoeiras e o passeio de barco no Lago de Furnas, fuja do verão, dos finais de semana e feriados, quando rolam até congestionamentos de lanchas no Lago de Furnas. • Na época das chuvas, todo cuidado é pouco. As cabeças d’água são muito comuns e podem ser fatais. • O destino é bastante procurado pelos mineiros. São 4h de carro de Belo Horizonte. Mas também dá pra ir de carro a partir de São Paulo (são 6 horas de carro a partir da capital). • A melhor época é nos meses de abril a junho, os meses mais secos e quando a região fica mais bonita.
Fique de olho • De julho a outubro são meses secos, mas o nível do Lago de Furnas já começa a cair. Em alguns casos, a navegação fica prejudicada e o passeio de lancha não consegue chegar em alguns atrativos. • Capitólio é um atrativo muito além do passeio de lancha. A região tem muitas cachoeiras, algumas ficam em municípios vizinhos. A entrada nas cachoeiras é paga. • O complexo de cachoeiras Pé da Serra foi um dos nossos preferidos por lá e também um dos mais baratos. • Nós ficamos no bairro Escarpas do Lago, mas dá para ficar no centro de Capitólio ou ao longo da rodovia, que fica mais perto das cachoeiras.
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Capitólio, MG
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4– Região dos Lagos, RJ Desde a primeira vez que visitei Arraial do Cabo, Búzios e Cabo Frio, fiquei apaixonado por esses três destinos. Ainda mais pela facilidade de chegar, a partir de São Paulo ou Rio de Janeiro. Arraial do Cabo concentra algumas das melhores praias do Brasil, como as Prainhas do Pontal do Atalaia ou a Praia do Farol. O destino é um dos lugares nacionais conhecidos como Caribe Brasileiro, pela beleza e transparência de suas águas. Apesar das melhores praias ficarem em Arraial do Cabo, nós preferimos ficar hospedados em Búzios ou Cabo Frio, que têm
melhor infraestrutura de pousadas charmosas e vida noturna. Cabo Frio ainda tem a vantagem de ficar no meio do caminho entre Arraial do Cabo e Búzios. O que você precisa saber antes de viajar No verão e em feriados, Arraial do Cabo sofre com o excesso de turistas. Em certos períodos, a cidade que tem 30 mil habitantes pode chegar até 500 mil visitantes. A infraestrutura da cidade, nesses períodos, fica precária para atender a demanda. Ao contrário do que todo mundo imagina, Búzios pode ser mais barato do que Arraial do Cabo, justaWWW. google.com.br
mente porque a oferta de hospedagens e restaurantes é maior. Na região da Rua das Pedras e Orla Bardot, o centrinho é repleto de restaurantes incríveis, de alta gastronomia. A Rua das Pedras é uma grande passarela para encontrar todo mundo que está hospedado na cidade. Em termos de praia, Búzios fica perdendo para a vizinha Arraial do Cabo. Mas engana-se quem acha que não dá para descobrir pequenos paraísos, como a Praia do Forno, a Praia da Ferradurinha ou a Praia da Azedinha. Olha essa dica Nós também adoramos ficar em Cabo Frio. Nossa escolha costuma ser o Bairro da Passagem, um bairro histórico e muito charmoso, com ótimas opções de hospedagem e próximo de um centro gastrônomico. Vale super a pena conhecer. Na hora de escolher quando ir, a pegadinha é evitar o verão. Os meses de Dezembro a Fevereiro podem ser os mais chuvosos e com certeza são os mais lotados. Março é um dos meses em que o mar da região fica mais cristalino. Quanto Custa: A média de gastos em Búzios é de R$ 250,00/dia por pessoa. Em Arraial do Cabo, essa média pode subir para R$ 280,00/ dia. A explicação é que, apesar de ser um destino sofisticado, Búzios tem uma oferta maior de hospedagens do que em Arraial do Cabo. Além de preços menores, a relação custo benefício de Búzios é melhor.
Escada da Praia do Pontal do Atalaia, em Arraial Trabalho acadêmico - Editoração Eletrônica - Facha - 1o semestre de 2022
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Aurora
Dicas para você realizar esse sonho! Nome: Leonardo Coimbra e Thyago Soares Data: 23/05/2022
A
Aurora Boreal é um sonho que faz parte da lista de muito viajante. Poder presenciar as luzes do norte dançando no céu em tons de verde, rosa e roxo é certeza de não segurar a emoção. O momento, que sempre é esplendoroso, é emoldurado muitas vezes por paisagens inóspitas, neve intensa e dramáticos cenários naturais. E a Aurora Boreal na Islândia ganha contornos ainda mais magníficos. Em meio ao gelo e fogo que toma conta desta ilha nórdica, as luzes da Aurora Boreal se transformam em um dos mais impressionantes momentos da vida de qualquer turista apaixonado por destinos de natureza. Percorrer a Islândia já é uma experiência espetacular em dias normais, mas viajar e ainda poder caçar a Aurora Boreal é mesmo mágico. Lembrada como a terra do fogo e do gelo, a Islândia presenteia os viajantes com enormes geleiras, vulcões ativos, fiordes grandiosos, gêiseres em constante erupção, piscinas aquecidas naturalmente por fontes de atividade geotérmica, praias com visuais incríveis, além de belos rios e cachoeiras.
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Sem falar que a Islândia está na divisa das placas tectônicas norte-americana e eurasiática e apenas lá será possível tocar as duas com poucos metros de distância! Ao mesmo tempo que é permeada de intensas paisagens naturais, a Islândia conta com cidades deliciosas. E quando falamos “pequenas”, incluímos até mesmo a charmosa capital Reykjavik, que pode ser conhecida em um ou dois dias. Por lá, a cultura nórdica é lembrada a todo momento, mesmo em meio a alguns modernos edifícios. Além de Reykjavik, vale passear também pelos arredores de Akureyri, onde o visual fica completo com passeios de barco e visualização de baleias. O pouquinho que contamos até agora já seria o suficiente para ter vontade de conhecer o país, porém a Islandia reserva um detalhe que faz dela o destino dos sonhos: os maravilhosos espetáculos da Aurora Boreal! E foi em busca das luzes no norte que embarcamos rumo à Islândia! Qual a melhor época para ver a Aurora Boreal na Islândia e como é o clima no país Um ditado islandês diz que se você não gosta do clima da Islândia é só esperar cinco minutos. Sim! As coisas por lá mudam bem rápido e é fácil ter no mesmo dia diversos climas bem distintos, para não dizer imprevisíveis. Apesar de ser um destino fascinante e maravilhoso para observação de Aurora Boreal, quem viaja para a Islândia precisa estar ciente que o clima nem sempre Aurora Boreal ajuda e que a caçada às luzes do norte pode ser bem difícil. Se o seu foco é ver a Aurora Boreal, é preciso estar atento ao calendário. Apesar do fenômeno da Aurora Boreal ocorrer durante todo o ano, ele só pode ser observado quando as noites são bem escuras, o que aconteTrabalho acadêmico - Editoração Eletrônica - Facha - 1o semestre de 2022
Boreal ce especialmente entre os meses de setembro e abril. Como o inverno na Islândia não é para amadores e o país costuma ter muita neve, frio e ventos fortes, o melhor período para aliar a Aurora Boreal a uma viagem com clima agradável são os meses de setembro e outubro, quando o frio ainda está ameno, as estradas não estão tomadas de neve e a Aurora Boreal já é visível no céu. Outra opção é viajar no final da temporada de frio, entre os meses de abril e maio. Nesse caso, há a possibilidade de pegar estradas com degelo, o que forma o black ice (camada fina de gelo que é muito escorregadia) e também lama. Ficar antenado à previsão do tempo durante a viagem é fundamental, especialmente para observar onde o céu estará limpo e onde o vento estará forte demais (é comum fechamento de estradas devido ao vento). Sites e aplicativos de previsão do tempo são companheiros fieis dos aventureiros que percorrem as estradas da Islândia e não podem ser ignorados. Um bom canal para acompanhar as mudanças climáticas e possíveis consequências é o Vedur. No site, também é possível acompanhar a previsão para visualização da Aurora Boreal. A Islândia tem temperaturas ao longo do ano bem mais amenas que o esperado para um país na mesma região do globo, tudo devido à presença de um ramo da corrente do Golfo que flui ao longo da costa sul e oeste e deixa o clima mais moderado. Isso não significa que a Islândia não seja fria, especialmente para os padrões brasileiro. É bom estar sempre prePexels.com parado! A temperatura na capital Reykjavik, por exemplo, costuma ficar entre -2 °C e 14 °C e dificilmente é inferior a -8 °C ou superior a 17 °C. Quando estivemos no país, em novembro, pegamos -11 °C no norte e sensação térmica de -16 °C. Foi bem frio, não vamos negar! As regiões Trabalho acadêmico - Editoração Eletrônica - Facha - 1o semestre de 2022
sul e oeste da Islândia costumam ser mais chuvosas se comparadas ao norte do país, que habitualmente é mais frio. Durante os meses de verão no hemisfério norte, mesmo com o sol reinando quase 24h no céu, as temperaturas não são elevadas e o padrão é o tempo nublado e cinzento. A vantagem da época é a diminuição dos ventos e chuvas. Já no inverno do hemisfério norte as noites se tornam bem mais longas, os ventos muito fortes, e as chuvas e neve mais frequentes. Céu azul é coisa rara na Islândia, mesmo durante o auge do verão. Não desanime! A alta temporada do turismo na Islândia é durante o verão do hemisfério norte, especialmente nos meses de julho e agosto. O clima estará mais ameno, a paisagem linda e o país repleto de viajantes em busca de cenários espetaculares. Ainda que o verão seja maravilhoso, não é possível observar a Aurora Boreal neste período. O melhor mês para aliar uma viagem pelas atrações de todo o país às caçadas às luzes do norte é setembro. Ao se deslocar na Islândia, é preciso ficar atento ao serviço meteorológico e de tráfego terrestre. Vale consultar o Safe Travel e o Road.Is para saber se o seu percurso estará em boas condições de navegabilidade. 105
Um roteiro além da Aurora Boreal A terra do fogo e do gelo, conheca a Islândia e suas maravilhas singulares
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Pessoa com capa de chuva e Montanha na Islandia
Nome: Leonardo Coimbra e Thyago Soares Data: 23/05/2022
É
em uma região selvagem, rica em lendas, como a existência de elfos, seres místicos que moram em fendas de rochas, de vulcões ativos, campos de lava e de paisagens dramáticas que nossa experiência aconteceu. Na capital, Reykjavík, ideal para ser descoberta a pé, está a agitação cultural, uma vida noturna fervilhante e muitos restaurantes que servem ingredientes típicos e sofisticados, com frutos do mar e carne de caça. Se quiser algo mais prático, pode se jogar no delicioso (e famoso) cachorro quente Baejarins Betzu. Ele é servido em um trailer, no centro da cidade, e preparado com salsicha de cordeiro, cebolas crocantes caramelizadas e um molho secreto maravilhoso. Tudo sempre regado à boa cerveja e à bebida típica da Islândia, o brennivín, uma aguardente de polpa de batata fermentada e cominho. Minha dica é não zarpar da cidade antes de comprar o famoso suéter lopapeysa. Produzido com o pelo das ovelhas da região, cujas lãs são consideradas das mais quentes do mundo, os fios possuem fibras internas macias e isolantes, resistentes à água. Em tons terrosos e neutros, formam uma combinação perfeita para barrar os ventos frios e misturar-se na paleta do destino. Ainda em Reykjavík, entre todos
até mesmo um vulcão entrar em erupção. Muitas vezes dirigimos por horas para avistar o espetáculo e, quando chegamos ao local, a neve ou a chuva simplesmente começava a cair, ofuscando o horizonte a nossa frente. Era uma questão de sentir o frio na barriga e entregar-se ao imprevisível. No primeiro dia da caçada, nevou e ela não apareceu. No segundo dia, ela apareceu tímida, como se estivesse se apresentando. Nos dias seguintes, bailou e brilhou, nos envolvendo em um manto verde e mágico, tornando todos os momentos únicos. Era impossível conter as lágrimas. Com quase 90 expedições na bagagem, Brotto se define como um caçador de destinos. Ele é um apaixonado pelo que faz e, durante todo o tour, analisa dados da Nasa, a agência espacial americana, e estuda outras informações meteorológicas, a exemplo da cobertura das nuvens, da velocidade do vento, da pressão atmosférica e do campo magnético, para depois apontar onde estarão as damas da noite. Junto com ele, em todas as expedições, um guia de sua equipe está sempre presente. Os dois, em sintonia perfeita, nos levam aonde a mágica acontece. É tudo preciso e científico. Com o olhar voltado para passeios diferentes e de contemplação desde jovem, Brotto lembra que a primeira vez que pensou na aurora boreal foi no Death Valley
National Park, nos Estados Unidos. Depois de algumas oportunidades para conhecê-la, incluindo um cruzeiro para o Alasca, foi até Tromsø, na Noruega, onde finalmente avistou uns dos movimentos mais intrigantes do espaço. “Eu não tive noção da força daquele instante, ali, quando aconteceu, e de como ele modificaria meus planos.tudo sobre o assunto, conversar com profissionais do setor e dedicar-se às rotas de turismo do Círculo Polar Ártico. Para quem deseja aventurar-se por essas terras, o curitibano costuma dizer que é preciso seguir as normas locais de segurança, prestar atenção às condições do clima e ser persistente. Algumas vezes dirigimos horas até encontrar os feixes multicoloridos. Em outras ocasiões, íamos dormir, depois de um dia repleto de aventuras e, durante a madrugada, éramos surpreendidos por batidas na porta. Era Brotto, sempre alerta, que acordava um a um para dividir a surpresa. Vestia-me rapidamente e, ao abrir a porta da suíte, deparava-me com a valsa das luzes me convidando a dançar. Seguimos em nossa travessia pela Islândia boquiabertos com tanta beleza selvagem. Durante os dias, passamos por cenários onde foram filmados clássicos como os de James Bond (A View to a Kill e Die Another Day), Vikings e Game of Thrones. Quilômetros e mais quilômetros se passaram durante todo o trajeto,
Quis então estudar quilometros e mais quilometros se passara, “ durante todo o trajeto, em uma paisagem delicada, entre rolos de feno
“
e ovelhas de palagem longa. Os cavalos tambem eram hipnotizantes, com suas crinas grossas e caudas compridas, agitadas pelo vento.
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em uma paisagem delicada, entre rolos de feno e ovelhas de pelagem longa. Os cavalos também eram hipnotizantes, com suas crinas grossas e caudas compridas, agitadas pelo vento. Nas paradas, os cardápios oferecem lanches leves ou pratos preparados com carne de baleia, além da iguaria feita com carne de tubarão podre, o hákarl, bacalhau ou até carne de cavalo e cabeça de ovelha. Indicado como rota turística obrigatória, o “Círculo Dourado” fica a 250 quilômetros de Reykjavík e desperta a atenção dos turistas pelas cachoeiras e por sua beleza cênica. Entre uma aurora e outra, foi bacana desvendar Gullfoss Waterfall, que recebe 100 mil litros de água glacial por segundo, deslizando do Rio Hvitá por camadas irregulares até despencar os 31 metros de sua garganta e produzir um jato de água fria capaz de
molhar quem se aproxima hora de usar as capas de chuva. Seja para observar de longe, seja para entrar atrás de uma delas, como em Skógafoss ou em Seljalandsfoss, o circuito pede por uma visita ao gêiser Strokkur, que, a cada oito ou dez minutos, jorra água fervente a 30 metros de altura, e no Parque Nacional Þingvellir, onde está o maior lago natural da região. Ao longo da costa foi possível chegar à Jökulsárlón - Glacier Lagoon, parte do Parque Nacional Vatnajökull, cujas águas de um azul marcante pareciam vermelhas ao entardecer. O pano de fundo daquela vista eram os blocos de pequenos icebergs e os fragmentos de gelo que se desprendiam da geleira e flutuavam até desembocar no Oceano Atlântico. À procura dos cardumes de peixes que se concentram ali, focas e pássaros povoam toda a superfície. Adiante,
os pedaços das geleiras que resistem inteiros por mais tempo são levados até a orla, compondo a famosa Praia de Diamantes. O nome se dá pelo contraste das pedras de gelo transparentes sobre a areia vulcânica preta da praia. Por fim, antes de voltar para casa, o spa termal Sky Lagoon disponibilizou seus serviços e pudemos mergulhar em uma lagoa geotérmica artificial, com borda infinita voltada para o Porto de Kàrsnes. Inaugurado em março deste ano, o espaço propõe “nutrir os sentidos” e tem piscina com água de geleira, banho de vapor, caminhada pela névoa fria e esfoliação com sal marinho. Imbuídos da essência islandesa, voltamos certos de que o fundamental é sair da zona de conforto e aproximar-se das surpresas que a natureza oferece. De coração aberto e de martelo na mão.
“ Vale a pena, a Islândia é apaixonante ” Imagem da Aurora Boreal
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Canion na Islandia
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Destinos gastronômicos pelo Brasil
Leonardo Coimbra e Thyago Soares 30/05/2022 Fonte: maxmilhas.com.br O Brasil é múltiplo, culturalmente rico, de solo fértil e gente feliz. O país é cheio de destinos turísticos ímpares. Sabemos que nas viagens que fazemos, além das belas paisagens e monumentos, o gosto marcado em nosso paladar gera memórias afetivas incríveis. Se você quer conhecer um pouco melhor alguns dos principais polos gastronômicos para saborear as delícias da comida brasileira, fique conosco! Confira nossa lista dos principais destinos gastronômicos do país.
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Belo Horizonte
Com muitos restaurantes e chefs renomados, está muito bem inserida no circuito gastronômico do país. Possui vários festivais que movimentam a cidade em torno da boa mesa. De quitandas mais tradicionais aos requintados restaurantes da alta gastronomia, seja dos tira-gostos dos botecos a grande fartura dos almoços feitos no fogão a lenha, a gastronomia belo-horizontina tem apreciadores do mundo todo. Inclusive, em 2019, foi reconhecida internacionalmente e recebeu o título de Cidade Criativa da Gastronomia, pela Unesco. Além de rica em história, é também uma culinária muito diversificada que vem se inovando. Saindo dos tradicionais guisados, doces e o famoso feijão tropeiro e o pão de queijo. Google Imagens
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Pestiscos de Boteco
Florianópolis
Situada na região sul do país, Florianópolis é a capital do estado de Santa Catarina, composta pela ilha principal, a ilha de Santa Catarina e algumas pequenas ilhas ao redor. A gastronomia leva vários turistas para a capital. Com mais de 100 praias registradas, sua culinária é muito baseada em pescados e em ótimos bares e restaurantes com vista para o mar. Foi considerada em 2009, pelo Jornal New York Times, como o destino do ano e figurando entre as 10 cidades mais dinâmicas do mundo. A gastronomia é típica de cidades litorâneas. Se você pretende ir a Florianópolis precisa aproveitar alguns pratos típicos. Destacam-se o pirão de peixe, a tainha frita, recheada ou assada, e o siri, em casquinha ou bolinho.
A cidade possui uma agitação jovem por causa de muitas universidades, o que propicia um movimento da culinária moderna. Trabalho acadêmico - Editoração Eletrônica - Facha - 1 semestre de 2022 o
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Salvador
Capital do estado da Bahia no nordeste do Brasil, Salvador é conhecida por sua arquitetura colonial, advinda de Portugal, e mistura as culturas africanas trazidas para o Brasil. Destaque para o bairro do Pelourinho, o coração de Salvador, ponto histórico de muita efervescência cultural, recheado de barracas com aquele acarajé delicioso e picante que atrai muitos turistas. Com gosto pelos temperos fortes, os baianos não economizam na pimenta e o azeite de dendê! Uma culinária rica de receitas com peixes, plantas e frutas, além da moqueca baiana, do doce de mamão verde, o arroz de Hauçá e o vatapá e doce de cocada. Delícias que você poderá desfrutar em sua visita a essa bela cidade!
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Ribeirão Preto
Ribeirão Preto é um município brasileiro localizado no interior do estado de São Paulo. Pertencente à mesorregião de Ribeirão Preto, é uma das regiões que mais tem se desenvolvido no Brasil, atraindo olhares de todo o país. É conhecida como a “Califórnia Brasileira” e a Capital do Chopp, então já deu para imaginar que a cidade é recheada de choperias, bares e fábricas de chopp artesanal. E o que acompanha bem uma cervejinha são belos hambúrgueres, porções e petiscos variados, além de cortes de carnes nobres e churrascos saborosos. Além disso, possui uma gastronomia de qualidade internacional e noite agitada, com sabores e entretenimento para todos os gostos.
Trabalho - Editoração Eletrônica - Facha - 1o semestre de 2022 Prato tipicoacadêmico do Brasil: Feijoada
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Maceió
Capital de Alagoas, é considerada por júri internacional a Capital Americana da Cultura. Bela cidade que é por sua manifestação cultural e festividades animadas, como também para saborear as delícias da comida brasileira. As festas são as principais atividades que movimentam a cidade. É considerada a “Cidade-Sorriso” e também o “Caribe Brasileiro”. O destaque vai para o farto café da manhã com carne de sol, cuscuz e macaxeira. As peixadas, caldos e picolé de tapioca, também fazem sucesso por aqui! Vale a pena colocar Maceió entre um dos destinos em sua próxima viagem. Você vai amar conhecer essa bela cidade e suas delícias gastronômicas.
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© Depositphotos.com / smithore Água poluída.
ECOLOGIA
Um paradigma de desenvolvimento no século xxi
Produzido por: Iann Viana e João Pedro Brum - 31/05/2022
As principais ameaças a água no Brasil - Estudo aponta que tratamento de esgoto deficiente e poluição oriunda da indústria e da agricultura são os maiores problemas. Em sete estados brasileiros, apenas 11% dos rios e mananciais foram classificados como bons. A falta de tratamento de esgoto e a poluição oriunda da indústria e agricultura são as principais ameaças à qualidade da água no Brasil. A situação é preocupante no bioma da Mata Atlântica, principalmente em áreas urbanizadas. Um dos principais problemas am112
bientais causados pelo esgoto não tratado é a falta de oxigênio nos rios. Os dejetos contêm matéria orgânica, que serve de alimento para bactérias. No processo, elas consomem oxigênio, baixando o nível do gás na água. Em regiões urbanas, é comum encontrar rios praticamente sem oxigênio, onde o odor é forte e a fauna aquática não consegue sobreviver. Outra dificuldade recorrente é o crescimento exacerbado de algas em lagoas e represas, causado pela presença de nitrogênio e fósforo, que são nutrientes para es-
ses organismos. As algas mudam a coloração do corpo d’água e prejudicam bastante a qualidade. As principais causas de poluição, além do esgoto, são os lançamentos da indústria e da agricultura, que geram rejeitos químicos nocivos, como os agrotóxicos, por exemplo. Por fim, há a poluição difusa, cuja origem é difícil de verificar e pode incluir qualquer dejeto. A falta de tratamento de esgoto tem consequências graves para a saúde pública do país. Nos dejetos há diversos organismos
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patogênicos, como bactérias, vírus, protozoários e vermes, que causam uma série de doenças. Ainda que o tratamento da água seja realizado corretamente, há outros usos dos recursos hídricos que podem disseminar doenças. Se a pessoa nadar em um rio sujo, comer alimentos lavados ou irrigados com água contaminada, ela pode ser infectada. A poluição dos rios e represas com esgoto e rejeitos químicos nocivos também pode afetar a qualidade da água que chega às casas. O risco é sempre maior quando tratamos uma água bruta muito poluída. A deterioração da qualidade da água tem impacto negativo no meio ambiente, na saúde e na economia global. O próprio Pre-
sidente do Banco Mundial, David Malpass, alerta sobre o impacto econômico: “A deterioração da qualidade da água impede o crescimento e agrava a pobreza em muitos países”. Isso significa que quando a demanda bioquímica de oxigênio, medida que determina a poluição orgânica verificada na água, ultrapassa um determinado limite, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) das regiões localizadas nas bacias hidrográficas cai até um terço. Destruição da biodiversidade. A poluição hídrica empobrece os ecossistemas aquáticos e facilita a proliferação descontrolada de algas fitoplanctônicas nos lagos, eutrofização. Poluição da cadeia alimentar. A pesca em águas contaminadas, bem como a utilização de águas
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residuais na pecuária e agricultura, podem transmitir toxinas aos alimentos que prejudicam a nossa saúde ao serem ingeridos. Escassez de água potável. A ONU admite que ainda existem bilhões de pessoas no mundo sem acesso a água potável e saneamento, especialmente em áreas rurais. Doenças. A OMS calcula que cerca de 2 bilhões de pessoas bebem água contaminada por excrementos, expondo-se a doenças como a cólera, hepatite A e disenteria. Mortalidade infantil. Segundo a ONU, as doenças diarreicas vinculadas à falta de higiene provocam a morte em cerca de mil crianças/dia em todo o mundo. A importância da água. A água é importante para manter a vida no planeta. 113
Queimadas - Os incêndios florestais em unidades de conservação federal foram menores, em área queimada, em 2021. O total de 892 mil hectares representa 24% a menos do que o registrado em 2020, quando o fogo consumiu 1,18 milhão de hectares. Cada hectare equivale ao tamanho de um campo de futebol. Os dados são do ICMBio – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. O bioma mais afetado foi o cerrado, que teve quase 700 mil hectares queimados no ano passado – quase 80% do total queimado em áreas protegidas no país. Essa quantidade foi menor do que em 2020, quando o fogo consumiu mais de 890 mil hectares. O coordenador de Prevenção e Combate a Incêndios do ICMBio, João Paulo Morita, explica que o cerrado é mais propenso a queimadas e costuma ser mais atingido por incêndios florestais. O segundo bioma que mais perdeu floresta para o fogo em 2021 foi a Amazônia, com quase 150 mil hectares queimados, três mil hectares a menos do que no ano anterior. Já no Pantanal e nos Pampas, não foram registrados incêndios nos biomas em 2021, lembrando que esse levantamento é apenas das áreas de unidades de conservação federais, não inclui áreas particulares. Os dados da Mata Atlântica ainda não estão disponíveis. No Brasil há uma grande quantidade de queimadas dos dois tipos já citados, principalmente nos biomas Amazônia e Cerrado, com a expansão da fronteira agrícola, iniciada na década de 1970, e o desmatamento ilegal na Floresta Amazônica. Diante disso, percebe-se um claro descaso em relação à preservação do meio ambiente, pois há maior preocupação com a produção econômi114
Bombeiros combatem as chamas.
ca, o agronegócio e as grandes madeireiras do que com o uso ecológico e sustentável dos biomas. Problemas causados pelas queimadas e suas consequências: As queimadas, quando naturais, podem trazer alguns benefícios para solos e biomas acostumados com esses eventos, como o Cerrado brasileiro. Pode haver a renovação de matéria orgânica e o potencial de fertilidade aumentar com as cinzas, além do desfalecimento das ervas daninhas, mas isso não é comprovado pelos cientistas. Quando as queimadas são causadas de forma artificial, muitos perigos podem surgir tanto para o bioma quanto para quem as inicia. Elas podem sair do controle, dependendo das condições climáticas, e atingir áreas que estavam fora de alcan-
ce do foco inicial. A fumaça prejudica toda a fauna da localidade, obrigando animais a irem para habitat que não os de origem. Há, também, a poluição causada nas estradas e rodovias, prejudicando o trânsito e podendo gerar graves acidentes, além do incômodo gerado para as pessoas, causando sérios problemas respiratórios. De forma geral, os malefícios ocasionados pelas queimadas são muitos, como: perca de umidade do solo; acentuação de erosões e outros processos que degradam o solo; aumento de dióxido de carbono na atmosfera; poluição de rios e suas nascentes por meio das cinzas, transportadas para o leito dos rios nas primeiras chuvas; destruição de habitat. Possíveis soluções para as queimadas: A
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grande solução para as queimadas seria a interrupção dessa prática pela população, mas sabemos que isso é impossível, uma vez que tal ação é histórica e acompanha os seres humanos desde seus primórdios. Assim, como grande parte das queimadas é oriunda de ações humanas, as soluções para esse problema também passam pela conscientização e mudança de hábitos da sociedade. Evitar jogar bitucas de cigarros em áreas de vegetação seca já é um avanço, além de contribuir para a limpeza dos ambientes. Não colocar fogo em lixo, mesmo que nas residências ou áreas abertas, pois uma fagulha pode ser transportada pelo vento e atingir áreas distantes, dando início a um outro foco de queimada. Existem dois tipos de
queimadas: as naturais e as antrópicas (ou artificiais). Vamos conhecer um pouco melhor cada tipo: Queimadas Naturais - As queimadas são fenômenos naturais que geralmente ocorrem em áreas secas de clima árido ou semiárido. Por conta do vento e da baixa umidade, é comum que fagulhas surjam naturalmente, causando incêndios que podem chegar a grandes proporções. Queimadas Antrópicas - Há também as queimadas antrópicas, ou seja, iniciadas propositalmente por seres humanos, e possuem diversas finalidades, como limpeza da vegetação ou preparo do solo para agricultura ou pecuária. “A grande solução para as queimadas seria a interrupção dessa prática pela população, mas sabemos que isso é impossível,
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uma vez que tal ação é histórica e acompanha os seres humanos desde seus primórdios. Assim, como grande parte das queimadas é oriunda de ações humanas, as soluções para esse problema também passam pela conscientização e mudança de hábitos da sociedade. Evitar jogar bitucas de cigarros em áreas de vegetação seca já é um avanço, além de contribuir para a limpeza dos ambientes. Não colocar fogo em lixo, mesmo que nas residências ou áreas abertas, pois uma fagulha pode ser transportada pelo vento e atingir áreas distantes, dando início a um outro foco de queimada. Para a limpeza de áreas imensas, o ideal é capinar o mato, e não promover o fogo como agente limpador. As melhores soluções para as queimadas passam pela prevenção. Entretanto, caso encontre focos de incêndio e queimadas, chame as autoridades competentes, como o Corpo de Bombeiros pelo telefone 193 e a Polícia Militar pelo telefone 190. Se o incêndio for em área de morro e houver vítimas, procure também a Defesa Civil pelo telefone 199. Tais autoridades são treinadas para lidar com essas situações extremas. Monitorar constantemente as áreas críticas e vulneráveis a incêndio e dificultar o acesso de pessoas não autorizadas a esses locais. Implantar sinalização contra o fogo, alertando sobre os danos que podem causar ao meio ambiente e como prevenir sua ocorrência. Criação de um sistema de previsão de secas extremas associado a alerta e monitoramento de incêndios em tempo real. Expansão de programas de sistemas agrícolas alternativos às queimadas.
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A perda da cobertura florestal continua sendo tão preocupante quanto sempre foi. Embora as estimativas sobre o desmatamento da Amazônia variem conforme a fonte, existe um consenso geral de que 10% a 12% da floresta em todos os países da região amazônica já tenham desaparecido. No Brasil, o desmatamento é medido anualmente pelo governo. A estimativa oficial é que aproximadamente 18% da Amazônia brasileira já tenham sido desmatados. Os índices de desmatamento variam de um país amazônico para outro. Isso acontece principalmente porque variam também os fatores que ocasionam esse processo na região. No Brasil, por exemplo, é comum que o corte raso da floresta seja feito para dar lugar às pastagens para o gado em fazendas de grande e médio porte. Já em outros países, normalmente a ocupação da floresta se dá por pequenos agricultores. O desmatamento é particularmente acentuado em áreas adjacentes a centros urbanos, estradas e rios. No entanto, mesmo áreas remotas, onde não se conhece atividade humana, já mostram sinais de sofrer a pressão humana, principalmente em lugares onde existe mogno e ouro. Mas nem todo desmatamento é ilegal. Certa quantidade de desmatamento em propriedades privadas pode ser legal. De acordo com o Código Florestal do Brasil, cada proprietário de terra pode fazer corte raso de 20% da floresta amazônica em sua propriedade, mediante autorização dos órgãos ambientais. É impossível fazer uma lista abrangente de tudo que se perde com o desmatamento, mas alguns dos principais impactos são os seguintes: Perda da biodiversidade – As espécies perdem seu habitat ou não conseguem sobreviver nos pequenos frag116
Área desmatada ilegalmente na Floresta Amazônica.
mentos florestais que restam. As populações de plantas, animais e microrganismos ficam debilitadas e eventualmente algumas podem se extinguir. Até mesmo o desmatamento localizado pode resultar na perda de espécies, devido ao elevado grau de endemismo – ou seja, a presença de espécies que só existem dentro de uma área geográfica determinada. Degradação do habitat. As novas rodovias, que permitem que pessoas e madeireiros alcancem o coração da Bacia Amazônica, têm provocado uma fragmentação geral na floresta úmida tropical. A estrutura e a composição das espécies sofrem o efeito dessa fragmentação da paisagem e o mesmo acontece com o mi-
croclima. Tais fragmentos paisagísticos são mais vulneráveis às secas e aos incêndios florestais – alterações que afetam negativamente uma grande variedade de espécies animais. Modificação do clima mundial. É reduzida a capacidade da floresta de absorver o gás carbônico (CO2) poluidor. Ao mesmo tempo, existe uma presença maior de CO2 liberado com a queima de árvores. Perda do ciclo hidrológico. O desmatamento reduz os serviços hidrológicos providenciados pelas árvores, que são fundamentais. No Brasil, uma parte do vapor d’água que emana das florestas é transportada pelo vento até as regiões do Centro-Sul, onde está localizada a maior par-
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Foto: marcio isensee / Shutterstock.com
te da atividade agrícola do país. O valor da colheita agrícola anual do Brasil é da ordem de US$ 65 bilhões de dólares – ou cerca de R$ 120 bilhões, em valores de 2009. Se mesmo uma pequena fração dessa quantia depender de chuvas originárias do vapor d’água da Amazônia, a falta de chuvas traria prejuízos consideráveis para o País. Quando a redução das chuvas se soma à variabilidade natural que caracteriza a pluviosidade da região, a seca resultante pode provocar grande impacto ambiental. Já se verificam incêndios nas áreas que sofrem perturbações decorrentes da extração madeireira. Impactos sociais – Com a redução das florestas, as pessoas têm menos
possibilidade de usufruir os benefícios dos recursos naturais que esses ecossistemas oferecem. Isso se traduz em mais pobreza e, em alguns casos, essas pessoas podem ter necessidade de se mudar de lugar e procurar outras áreas para garantir seu sustento. Mudanças climáticas: De acordo com relatório do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudança Climática, órgão das Nações Unidas), o sequestro do gás carbônico (CO2) - que consiste em levar o gás para outro lugar que não a atmosfera - poderia responder por pouco mais da metade do esforço necessário para impedir que ele alcance concentrações perigosas na atmosfera. Os métodos mais promissores seriam
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os que já estão sendo usados no Canadá, Noruega e Argélia: injetar o gás em poços cobertos por camadas de rocha. Ao todo, as concentrações de CO2 na atmosfera aumentaram em 31% desde a Revolução Industrial. As emissões de dióxido de carbono são hoje 12 vezes maiores do que em 1900 ainda que os seres humanos queimem quantidades cada vez maiores de carvão, petróleo e gás para gerar energia. O dióxido de carbono (CO2) é responsável por mais de 80% da poluição que gera o aquecimento global. Os níveis atmosféricos de CO2 hoje são maiores que em qualquer outro período nos últimos 420 mil anos. CO2: o principal gás na atmosfera. 117
Brasil não conseguirá atingir as metas de descarte de resíduos sólidos (Foto: Wikimedia Commons )
Um dos principais desafios ambientais da atualidade é, sem dúvida, a grande quantidade de resíduos gerados pela população. Em paralelo a isso, existe um problema grave, que é a falta de reciclagem ou reaproveitamento dos produtos descartados. Dados divulgados pela Abrelpe, a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, demonstram que a quantidade de lixo produzido no Brasil bate recordes anuais sucessivamente. Para se ter uma 118
ideia, de acordo com o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil de 2018/2019, documento divulgado pela Abrelpe, a geração total de resíduos sólidos urbanos, no Brasil, foi de 79 milhões de toneladas. O aumento é de pouco menos de 1% em relação ao ano anterior, totalizando cerca de 540 mil toneladas por dia. Nesse contexto, é fundamental explorar medidas que auxiliem a melhora do quadro ambiental brasileiro, como a reciclagem. Afinal, grande parte do lixo produzido é
descartado incorretamente, causando impactos negativos à sociedade. O reaproveitamento do papel é um bom exemplo desse conceito. Afinal, o papel popularmente chamado de reciclado não se assemelha com uma folha sulfite branca, o produto que foi manuseado pela primeira vez, não é mesmo? O novo papel tem outra cor (bege ou amarronzado, em vez de branco), uma textura mais grossa e a sua gramatura também é diferente. Isso acontece porque não é possível retornar
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o papel ao seu estado original em todas as suas características. Nesse caso, o papel que foi descartado é transformado em uma massa e, ao final do processo, é criado um produto diferente. No entanto, mesmo tendo passado por essa transformação estrutural, a função desse novo produto é a mesma. Já o uso do verso de papeis utilizados em impressões como rascunho, ou para atividades recreativas com crianças, como trabalhos artísticos, dobraduras, etc., é um exemplo de
reutilização. Afinal, o material continua com as mesmas características originais, mas está sendo empregado em novos usos e nesse caso, ainda contribui para a educação ambiental dos pequenos. Muitos materiais podem ser reciclados no dia a dia. Os principais exemplos são os produtos plásticos, os de alumínio e os feitos de metais ferrosos, além do papel, do papelão e dos vidros. No entanto, existem itens que não são recicláveis, e o seu destino deve ser diferente. Eles podem ser levados a pontos de coleta específicos ou ao lixo comum (para o caso dos materiais que não tenham elementos tóxicos ou contaminantes na sua composição). Entre eles, podemos citar: cerâmicas; acrílicos; vidros do tipo pirex e similares; espelhos; pilhas e baterias em geral; fitas e etiquetas adesivas; fotografias; papéis molhados ou sujos de gordura; papéis plastificados, parafinados ou metalizados; lâmpadas fluorescentes. No pós-guerra, todo esse cenário foi modificado, devido ao desenvolvimento econômico e ao surgimento de novas tecnologias. Na década de 1950, o PIB de vários países cresceu, assim como a produção de bens de consumo, veículos, eletrodomésticos, construções e outros produtos. Dessa forma, a população tinha acesso a materiais cada vez mais diversificados e mais lixo era produzido. Isso porque, para a maioria da população, não fazia sentido reutilizar, se a maior parte dos produtos poderia ser facilmente reposta com preços acessíveis. Dessa forma, quando não eram mais necessários, vários itens eram simplesmente descartados e substituídos. Guardar artigos “antigos” ou reutilizá-los tornou-se um hábito antiquado. Essa nova cultura de bens descartáveis criou inúmeros
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problemas para o meio ambiente, o que ficou evidente na década de 1970. Afinal, a questão do lixo mudara drasticamente, visto que não girava em torno apenas do descarte de materiais orgânicos. Os resíduos passaram a ter características diversas: podiam ser eletrônicos, industriais, radioativos, químicos e outros o que tornou a questão do descarte adequado desafiadora. Além disso, o tempo de degradação desses produtos era totalmente diferente dos orgânicos — alguns até com um período incalculável ou mesmo não se decompondo, como os metais pesados utilizados em computadores e baterias de carros. Diante disso, o movimento ambientalista ganhou força e surgiu a necessidade de pensar em alternativas para o descarte do lixo, diferentes de, simplesmente, estocá-lo em lixões e aterros sanitários ou descartá-lo sem qualquer cuidado com o ambiente e as cidades. Assim, a ideia de reciclar materiais nasceu como uma medida sensata e inovadora. A reciclagem é uma atividade que, além de entregar muitos benefícios ao meio ambiente, também aquece a economia. Isso porque, para que um produto seja reciclado, é preciso realizar três etapas principais: recuperação, revalorização e transformação. lhido no Brasil têm potencial de reciclagem, mas apenas 3% são reaproveitados e transformados novamente em produtos. É preciso ter em mente que muitos materiais podem ser reciclados. Alguns são mais difíceis, do ponto de vista econômico, mas para esses casos, há alternativas, como o coprocessamento, que já existe no Brasil. Nesse caso, é possível aproveitar para a fabricação de cimento materiais que, hoje, ainda costumam ser descartados como rejeito. 119
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Liv Up: startup de refeições saudáveis, congeladas ou prontas, recebe R$ 180 milhões Foodtech prepara 500 mil pratos mensalmente e tem 350 itens para compras de mercado; investimento será usado para contratações, expansão e tecnologia
BizBrasil.com
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Júlia Dias e Julia Quintão Fonte: Infomoney.com Em: 30/05/2022 A pandemia de coronavírus não interrompeu a demanda por pratos congelados ou prontos — pelo menos na Liv Up. Mas os tempos de isolamento também trouxeram mais compras para cozinhar em casa. O aplicativo de entrega de comidas não demorou para incluir a categoria entre seus produtos. Assim, a foodtech, ou startup de alimentação, mais do que dobrou de tamanho em 2020 e passou a marca de R$ 100 milhões em faturamento. Para este ano, a Liv Up novamente busca mais do que dobrar os ganhos, a startup de alimentação terá a ajuda de R$ 180 milhões, vindos de uma série D
captada com diversos investidores. Em conversa com o “Do Zero Ao Topo”, marca de empreendedorismo do InfoMoney, os executivos também listaram os próximos passos da Liv Up com o novo investimento. A Liv Up foi criada pelos empreendedores Henrique Castellani e Victor Santos em 2016. Santos trabalhava no mercado financeiro, enquanto Castellani analisava projetos de infraestrutura. Os dois enxergaram a oportunidade de usar a tecnologia para conscientizar brasileiros sobre alimentação saudável. “Sabíamos que as pessoas estavam cada vez mais se alimentando melhor que a digitalização transformaria diversos setores, incluindo a alimentação”, contou Santos em entrevista anterior ao Do Zero Ao Topo.
“Antes da pandemia, eu conversava com a indústria tradicional e ouvia que a digitalização da compra de alimentos nunca iria acontecer. Mas nossa vida já é multicanal: estamos com o celular na mão o tempo todo. Queremos levar uma experiência integrada ao consumidor.” - Essa “experiência integrada” é uma característica comum de empresas como a Liv Up, que seguem o modelo de negócios “direto ao consumidor”. São negócios verticalizados e que nasceram na internet, dominando tanto a produção quanto a comunicação com os consumidores finais. Outro exemplo de negócio brasileiro com o mesmo modelo de negócio é a Amaro, no ramo de vestuário. vejasp.abril.com
Victor Santos e Gabriel Eisencraft, da Liv Up, deram a receita do modelo de negócios da startup: alimentação saudável, impacto na cadeia produtiva, escala e experiência digital
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organicsnewsbrasil.com
O aplicativo da Liv Up permite que consumidores peçam aperitivos e refeições com baixo carboidrato, sem glúten, vegetarianos ou veganos. As refeições podem ser congeladas ou de consumo imediato. A entrega de refeições congeladas é feita por 14 dark stores, ou mercados com portas fechadas. Esses galpões atendem cidades como São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, entre outras. A frente de pratos prontos para consumo ainda só funciona na cidade de São Paulo, por meio de quatro dark kitchens. As cozinhas de portas fechadas produzem pizzas e saldas para delivery. A Liv Up produz cerca de 500 mil refeições mensalmente, em uma cozinha de 8 mil metros quadrados. Segundo Santos e Eisencraft, a pandemia não diminuiu o interesse por refeições congeladas ou prontas. As pessoas continuam precisando comer rapidamente algumas vezes — mesmo que estejam trabalhando em casa. Mas também cresceu o movimento
contrário, de pessoas cozinhando mais e priorizando alimentos frescos e que gerem um impacto ambiental e social positivo. Por isso, a Liv Up passou a também vender bebidas, carnes, laticínios, frutas, legumes e verduras. A entrega da categoria de “compras planejadas para a casa” é feita por uma dark store mais completa, por enquanto apenas na cidade de São Paulo. A empresa pretende fazer uma expansão de portfólio e isso inclui transformar todas as dark stores em mercados de portas fechadas completos, assim como já existe em São Paulo. Todas as dark stores terão não apenas as refeições congeladas, mas também carnes, laticínios, frutas, verduras e legumes. Em setembro, a Liv Up lançará a entrega dos perecíveis no Rio de Janeiro. Em 2022, será a vez das outras cidades onde a startup opera. O segundo objetivo com o aporte é melhorar a tecnologia, o que vai desde sistemas de gestão de estoque, de pedidos e de entrega até experiência do consumidor.
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A Liv Up tem softwares para garantir eficiência logística e rastreabilidade de cada produto, permitindo que as entregas cheguem com qualidade e no horário combinado. Também tem “dezenas de milhares” de pontos para coletar dados, desde feedbacks dados por consumidores até históricos de compra. A expansão da Liv Up de refeições para produtos de mercado aumenta seu número de competidores. Antes, eram apenas outros negócios que vendiam marmitas ou faziam entregas de pratos saudáveis. A lista agora inclui quitandas com lojas físicas e digitais, startups que também apostam na entrega de alimentos orgânicos vindos de pequenos produtos, aplicativos que fazem entregas de supermercados e até mesmo e-commerces como o Magazine Luiza, que passou a entregar alimentos não perecíveis. Equilibrar todos esses pratos será fundamental para a Liv Up cumprir a meta de “mais que dobrar” a receita financeira – o que também passa pelas receitas que estão no seu cardápio. 123
Conheça o doce chamado “Lokum”, Delícia Turca ou Grega
As iguarias turcas que agradavam sultões e que fez muito sucesso no filme “As Crônicas de Nárnia”
Júlia Dias e Julia Quintão Fonte: confrariadobaraodegourmandise.blogspot.com Em: 30/05/2022 As delicias turcas são tradicionalmente conhecidas como Lokum, é
considerada uma sobremesa bem antiga, mas por possuir poucas fontes sobre a exatidão do surgimento, acredita-se que o doce tenha pelo menos 235 anos de origem. Há várias histórias que cercam sua origem, uma lenda
conta que havia um certo sultão que acreditava que o caminho para o coração de uma mulher era através de seu estômago. Ele tinha em sua armadura, receitas de alguns pratos muito exóticos e inovadores, com o qual ele cortejava tasteatlas.com
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suas amantes. Uma vez, muito ansioso para agradar suas numerosas amantes, ele ordenou aos seus chefs para preparar uma sobremesa romântica. Assim, o Lokum surgiu como uma iguaria real, que muito em breve se tornou um dos pratos mais cobiçados que já saíram de uma cozinha real. Porém a história mais provável para a origem do doce é que o Lokum tenha sido uma obra de um confeiteiro chamado Bekir Effendi (conhecido como Haci Bekir após a peregrinação muçulmana hajj).
A Haci Bekir Confectioners surpreendentemente continua o seu trabalho até hoje e está aberta no local exato desde sua criação, a loja é conhecida por ser a mais antiga empresa na Turquia, tendo mais de 235 anos. Haci Bekir foi bastante caracterizado nos escritos e pinturas de sua época. O artista maltês, Preziosi, na época realizou um raro registro pictórico de Haci Bekir trabalhando em sua loja, a pintura está hoje no Museu do Louvre.
uma alta súbita. Um proprietário da empresa turca na Groenlândia informou que suas vendas aumentaram 400% após o lançamento do filme. leiturasdetarologa.wordpress.com
biriz.biz /osmanli
hacibekir.com
O doce tornou-se extremamente popular entre os turcos e logo Haci Bekir foi nomeado chefe pasteleiro para o Tribunal Otomano e premiado com uma medalha de honra pelo sultão, esses sultões otomanos gostavam de lokum após as refeições para compensar o sabor amargo do café turco. Lokum embrulhados em lenços de renda tornaram-se um presente chique entre as socialites, casais trocavam-lhe como símbolos de amor e assim as delícias turcas se tornaram um popular petisco. hacibekir.com
Feiticeira Branca e Edmund
Foto da pintura de Preziosi
O doce turco desempenha um papel interessante no romance de CS Lewis, “As Crônicas de Nárnia, O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa”, que foi lançado em 2005. Onde a Feiticeira Branca de Nárnia conquista a confiança de Edmund Pavensie tentando-o com “manjar turco enfeitiçado”, para que ele entrasse Nárnia para levar seus irmãos para o castelo de gelo. A irresistível tentação espiou o interesse de muitos telespectadores, e as vendas da delícia turca atingiu
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Assim, Lokum viajou a partir de uma pequena fábrica de doces na Turquia para países de todo o mundo. Ainda a quem conte outra lenda, que o Lokum, originou-se como o resultado da rivalidade entre os chefes reais para estar nos bons livros de Sultão. Mas provavelmente a história é apenas de um chef que fez um prato com amido de milho, sabores e xarope de açúcar e encheu-o com nozes e frutas secas.
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Primeira festa de cultura e gastronomia japonesa em Itaguaí Shows, ala gastronômica, oficinas, exposições fazem parte das atrações, além de concurso de cosplay
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Júlia Dias e Julia Quintão Fonte: odia.com Em: 30/05/2022 A 1ª Festa da Imigração Japonesa, chega ao município de Itaguaí. O evento para homenagear a maior colônia asiática do Estado do Rio de Janeiro acontece no primeiro final de semana de junho, nos dias 4 e 5, com início às 18h, no Parque Municipal. A festividade faz parte da parceria entre a Prefeitura de Itaguaí por meio da secretaria de Eventos e o Instituto Vale. A programação será diversificada, com apresentações da cultura oriental, oficinas, exposições, além da culinária nipônica. Segundo a Secretaria Municipal de Eventos, o público poderá confe-
rir apresentação de cosplay, shows de música e dança, workshops de origami e de mangá, entre outras atrações. A festividade foi instituída pela Lei nº 3.502, aprovada em 2017 pela Câmara de Vereadores para homenagear a Colônia Japonesa de Itaguaí, considerada a maior do Estado do Rio de Janeiro. A iniciativa foi de autoria do então vereador Minoru Fukamati. Uma homenagem simbólica, fará parte da celebração com a entrega de Moção a 63 famílias tradicionais da matriz nipônica na cidade. Há uma expectativa da presença do Cônsul Geral do Japão, Ken Hashiba, e do representante da Associação Cultural e Esportiva Nipo-Brasileira do Estado do Rio
(Renmei), Minoru Matsura. “A intenção é prestigiar e reconhecer a importância desses imigrantes que chegaram ao nosso município. Eles tiveram papel fundamental no crescimento e desenvolvimento de Itaguaí, seja na produção agrícola, no comércio e no desenvolvimento econômico, histórico e cultural, além do incentivo ao esporte como artes marciais, beisebol e vôlei”, descreve Minoru Fukamati, subsecretário de Governo da administração municipal. O que esperar da Festa Japonesa? Entre os artigos típicos, haverá kokeshi (boneca tradicional japonesa), samurai arqueiro, kimonos, bonzai, agricultura. Opções gastronômicas não vão faltar, como tempurá, yakissoba, bentô, sushi, sashimi. Adultos e crianças poderão aprender um pouco mais dessa rica cultura nas oficinas de mangá, ikebana, origami e escrita japonesa. E ainda atrações diversas, como a música de taiko (tambores), cosplay de personagens, a presença da Miss Nikkey, decoração tanabata e exibição de artes marciais. O Parque Municipal fica na Estrada do Trapiche, nº 2, no Centro de Itaguaí. A Festa Japonesa tem parceria do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O projeto Ativação Cultural Itaguaí está encarregado de organizar as atrações culturais. odia.com
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Margarida saiu do MasterChef sem o prêmio, ganhou vaquinha e reformou a casa Após conquistar o público do programa, a cozinheira amadora de 72 anos entrou para as redes sociais e se tornou influenciadora Júlia Dias e Julia Quintão Fonte: band.com Em: 30/05/2022 O MasterChef pode transformar a vida de quem participa do programa, às vezes, nem é preciso ganhar o título de maior chef do país para isso acontecer. Margarida Arcebispo, ou simplesmente dona Margarida, entrou na cozinha mais famosa do Brasil e não levou o troféu de campeã, mas após dois anos ainda colhe os frutos de sua participação. Na edição da dona Margarida, o talent show tinha um vencedor por semana em razão da pandemia, ela não precisou mais do que isso para cativar a audiência. A cozinheira amadora conquistou os jurados com um pavê regado a bebida alcoólica, emocionou o público com a sua história e até virou meme pelo seu jeitinho espontâneo. Apesar do esforço, a aposentada de 72 anos saiu do MasterChef sem levar o prêmio que mais queria: um ano de supermercado pago. Mas os telespectadores deram uma forcinha com uma vaquinha virtual, o objetivo superou as expectativas da mineira que vive em Guaianases, na zona leste de São Paulo. 128
Margarida mora há mais de 30 anos no mesmo endereço, o imóvel, que se mantinha inacabado desde a construção, precisava de reparos, como uma pintura, uma grade em volta da laje da garagem e um muro, pois o quintal era aberto. O dinheiro da vaquinha foi usado para as melhorias da residência, mas não foi só a casa de dona Margarida que passou por uma transformação após o MasterChef. Com uma filha influenciadora nas redes sociais – Adriana Arcebispo, da Família Quilombo –, veio a descoberta de um novo potencial. Aos 72 anos, ela também se tornou uma influenciadora de sucesso. Recentemente, após um vídeo viralizar, a ex-MasterChef superou a marca de 100 mil seguidores. É como se o amor que ela sentiu por parte do público ao participar do “MasterChef” se estendesse nas redes sociais. No dia a dia, a nova profissão faz diferença – na autoestima e no bolso: “Eu me aposentei com um salário bem baixinho. As firmas às vezes me veem e pedem um trabalho, com isso eu ganho pelo patrocínio de algumas propagandas. Essa é a renda”. Dona Margarida é de sorriso fácil e otimista, mas também tem
as suas dores e as batalhas particulares. Perdeu a mãe na infância, mudou-se para São Paulo e por muitos anos trabalhou como empregada doméstica. Ela afirma que não cresceu com grandes expectativas sobre a vida, em uma das casas que trabalhou, ficou por mais de 20 anos e nunca foi registrada na carteira. “Na época em que trabalhei nessa casa, eu estava muito bem. Se fosse hoje, sabendo das leis, eu não aceitaria mais trabalhar sem registro. Eu não tinha noção que isso era importante”, afirma. Para a influenciadora, mãe de três filhos, avó de sete netos e muitos sobrinhos, o MasterChef mostrou que o mundo de sonhos da televisão é possível também para ela. mundonegro.com
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Redes sociais vêm reinventando a gastronomia tradicional. pexels.com
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tendências na
GASTRONOMIA Aplicativos e a superficialidade do conteúdo Gabriel Oliveira e Lucas Souza Fonte: vejario.abril.com.br Em 16/05/2022 Chega o fim do ano e começam a pipocar as notícias sobre tendências: o que a nova geração estará comendo? E como? Depois de muita leitura, fiquei com o humor esquisito. Vejo graça no TikTok, confesso, mas desde cedo entendi que era terreno movediço. Tenho medo de mergulhar num vídeo divertido, me perder naquele troço e acordar lá para 2025 sem ter feito mais nada, com um olhar de zumbi, o negócio falido, filhos com fome e a casa de pernas para o ar. Melhor não… Há alguns meses, soube que algumas receitas preparadas por TikTokers levaram à falta de alimentos nas gôndolas dos supermercados. Uma delas, feita com um tipo diferente de maionese, fez com que o potinho sumisse dos supermercados. Inacreditáveis SETE milhões de seguidores da “trend” conseguiram esgotar um produto nas prateleiras, só por fazerem a mímica da preparação. Eu poderia celebrar a vitória dos fabricantes de maionese ou enxergar nessa tendência uma grande oportunidade para o varejo, mas não consegui. Fiquei algumas horas tentando entender o que senti.
Li que o TikTok planeja abrir 300 cozinhas nos EUA até março, talvez 1000 até o fim do ano, só para executar e colocar sua marca nessas receitas de sucesso. Em parceria com outra plataforma que descobre restaurantes com capacidade ociosa, a rede social alugaria espaços para executar as receitas de grande demanda. Outro parceiro estratégico entregaria o prato a quem quisesse comprar, ficando o autor da receita com uma parcela do lucro. Somos o segundo país que mais adere àquela rede. Natural que a onda pegue aqui. A ideia é brilhante; uma migração do virtual para o real, sem grandes custos fixos. E por que eu continuava me sentindo esquisita? Comer, para mim, é um ritual de imenso prazer. Uma devoção que começa na escolha dos ingredientes, passa pelo preparo e culmina no momento lindo de levar a receita à boca. Nem sempre acaba bem, é fato, mas o caminho me importa. Não precisa ser assim para todos, claro. Pode ser algo divertido, como um videozinho de até 3 minutos que fez brotar a vontade de preparar um hambúrguer. A imitação de receitas existe desde sempre. Clássicos como o créme brûlée ou uma massa alla carbonara só viraram clás-
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sicos porque foram copiados à exaustão, assim como acontece no mundo de hoje, em velocidade acelerada. A diferença é que a cópia vinha, não de uma imagem divertida ou só bonita, mas antes de tudo, de uma experiência ímpar do gosto. Quantas receitas de TikTok foram imitadas sem que o mímico tenha gostado? Quantos pratos e restaurantes são despejados no Instagram sem que o autor tenha vontade de repeti-los? Quantos posts de comida boa foram retirados do ar porque não tiveram curtidas suficientes? Quantos textos sobre comida foram curtidos e não lidos? Fazer uma receita famosa é mais ou menos importante do que fazê-la gostosa? A velocidade da Era das Imitações não permite grande senso crítico. Às vezes, ele chega bem tarde, deixando um gosto ruim na boca. Sempre analisei tendências com esperança, tentando tirar o que sobra de melhor nos novos tempos. Dessa vez, não consegui. Assim como a palavra “viralizar” me soa tão esquisita depois da pandemia, a “trend”, como sinônimo de sucesso, pode estar levando à robotização das pessoas, à ingestão de calorias vazias, carentes de substância ou propósito. Não acham? 131
Feijoadas carnavalescas ganham repeteco com a folia fora de época Baterias de escolas de samba, blocos e cantores de sucesso participam da programação que vai dos botequins aos hotéis de luxo Gabriel Oliveira e Lucas Souza Fonte: vejario.abril.com.br Em 17/05/2022 O recado é geral nas cozinhas festeiras da cidade: vamos botar água no feijão porque o Carnaval nesse ano é dobrado. A festa vai de novo para as ruas (a prefeitura já avisou que não permite, mas também não fiscaliza) e ganha o Sambódromo a partir dessa quarta (20), com o desfile das escolas do grupo de acesso. Pelos bares, restaurantes e hotéis, integrantes das chamadas “baterias show” de agremiações como Mangueira e Vila Isabel confirmaram presença nas feijo-
bado (23), das 13h às 19h, com a feijoada da casa, o batuque privilegiado do bloco Bangalafumenga e a bateria da Mangueira, com o cantor Fabinho Carioca e DJ Karenzitta nos intervalos. O esquema open food e open bar terá itens como dadinhos de tapioca, bolinho de feijoada, caldinho de feijão, torresmo e bolinhos de queijo e bacalhau. Na área da pista o feijão é servido com carnes à parte, aipim frito, arroz branco e farofa de bacon. A área premium reserva a feijoada completa, preparada com cortes nobres e bufê de salada. Os ingressos estão à venda pelo link: https://www.ingressocerto.com/ festa-de-carnaval-rio com valores a partir de R$ 300 (pista) e R$ 380 (área pre-
O Rio Othon fica na Avenida Atlântica, 3264. Também no sábado, a feijoada carnavalesca do Windsor Barra contará com ritmistas da bateria da Unidos de Vila Isabel, e músicos do Cordão do Bola Preta tocando as marchinhas inesquecíveis do carnaval carioca. Também vai ter samba com a roda Alex Zona Sul, DJ e a presença da musa Renata Santos. O prato festivo de feijão é preparado com mais de dez tipos de carnes servidas separadamente, além de saladas, pratos quentes e sobremesas variadas no bufê. Entre os petiscos, caldinho de feijão, costelinha assada, bolinho de aipim e de feijoada. No pacote de bebidas, estão incluídos água, refrigerante, cerveja, caipirinha e batidas diversas. Para quem não come carne, o hotel vai preparar uma opção vegana com feijão vermelho, tofu defumado e abóbora, acompanhados de farofa de beterraba. O evento com tudo liberado custa R$ 550,00 por pessoa e os convidados receberão um abadá, que garantirá a entrada.
adas, animadas também por DJs e rodas de sambas. Uma apoteose nas panelas. Partiu? No tradicional Rio Othon Palace mium), Feijoada tradicional do Rio de Janeiro. Hotel, na orla de Copacabana, o no primeiro lote. Pexels.com bicho vai pegar seriamente no sáTrabalho acadêmico - Editoração Eletrônica - Facha - 1 132
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Zô Guimarães/Folhapress
Cantor Zeca Pagodinho, sócio-proprietário do Bar do Zeca.
A partir de 11 anos o valor é integral. O Windsor Barra fica na Rua Martinho de Feijoada lá tem todo dia, uma das mais gostosas da cidade, mas a noite será especial na sexta (22), quando as escolas do Grupo Especial começam a desfilar no Sambódromo e a Academia da Cachaça da Barra formará sua roda de samba tocando clássicos do Carnaval. O som ao vivo rola das 19h às 23h, trilha sonora a caráter para a feijoada completa (R$ 159,50, para duas pessoas). Para acompanhar uma dica esperta é a clássica caipira acadêmica (R$ 25,90), feita com limão galego, cachaça Seleta e mel. A Academia da Cachaça fica na Avenida Armando Lombardi, 800, no Mãe Joana, em Botafogo, a combinação carnavalesca do sábado tem samba, DJ e feijoada. A festa começa às 13h e vai até as 2h da
manhã com promoções surpresas de drinks e bebidas. A feijoada completa custa R$ 40 por pessoa e a programação musical conta com o Pagode da Mari, e as DJs Ana Santi e Marcelli Ferrari. O Mãe Joana fica na Rua Rodrigo de Brito, 14 A, em Botafogo. Na Tijuca, para celebrar o santo guerreiro e a festa momesca no sábado, o novo bar Dona Esponja faz o combo de feijoada com open bar das 12h às 20h, mais o copo do evento e uma pulseira, tudo no valor de R$ 85,00 (pagamento antecipado até sexta), ou R$ 95 no dia da festa. A roda de samba de Jonnata Lima anima o bar que serve pratos e petiscos imperdíveis como a lasanha de costela (R$ 35,00), os bolinhos de coração de galinha com alho e queijo (R$ 9 a unidade), e a moela na cerveja (R$ 30,00). O bar da Dona Esponja fica na Rua Haddock Lobo, 347, na Tijuca.
Trabalho acadêmico - Editoração Eletrônica - Facha - 1o semestre de 2022
O mestre Zeca Pagodinho é quem canta: “Ogum com sua espada, sua capa encarnada, me dá sempre proteção”. O bar do sambista, devoto de São Jorge (ogum, no candomblé), na filial do Shopping Park Jacarepaguá, caprichou na festa. Quem comanda as panelas no sábado, a partir das 12h, é Toninho Laffarge, do Bar do Momo, autoridade em botequim. Servida em porção individual (R$ 59,00), ou para duas pessoas (R$ 100,00), a feijoada acompanha arroz branco, torresmo, couve fatiada, linguiça, farofa da casa e rodelas de laranja. O samba é bem temperado, com apresentações de Leandro Sapucahy, Leandro Lelê e do intérprete Ito Melodia, acompanhado pela bateria da União da Ilha do Governador. O Bar do Zeca Pagodinho fica na Estrada de Jacarepaguá, 6069, no Anil. Ingressos a R$ 30. 133
Carne com tinto:
o casamento perfeito
A combinação, além de preferência nacional, é recomendado pela ciência Gabriel Oliveira e Lucas Souza Fonte: vejario.abril.com.br Em 23/05/2022 Segundo a OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, o brasileiro é o terceiro maior consumidor de carne bovina do mundo, com 24,6kg per capita/ano em 2021, após argentinos (36,9kg) e norte-americanos (26,1kg). Talvez o alimento mais citado quando se fala em harmonização com vinho é a carne. Este protagonismo é merecido, um tinto e uma bela carne formam um par sensacional, mas normalmente este casamento é tratado de forma genérica “carne com tinto”. A realidade, contudo, é bem mais complexa que isso. Centenas de novos compostos aromáticos se formam nas reações químicas que se processam no cozimento da carne. Alimentação do gado também faz diferença. Os alimentados com pasto são mais saborosos dos que os alimentados com ração (grãos). Vamos hoje abrir esta caixa preta dos muitos tipos de carne e seus preparos e seu matrimônio com os vinhos. Antes de prosseguir, uma dica: fala-se a proteína e a gordura da carne vermelha amaciam os taninos dos vinhos tintos. Isso é falso. Em uma carne o que amacia taninos é o SAL. Tente comer carne sem sal e o vinho parecerá amargo! Carne Maturada: A carne maturada ganha mais amino-ácidos, acentuando o sabor que chamamos de “Umami”, tem também mais textura e profundidade de sabores e aromas. 134
Pede tintos encorpados, de clima quente, com bom volume de taninos doces, como os Zinfaldel (Califórnia), Syrah (Chile), Nero d’Avola (Sicilia), Monastrel (Espanha). Carne crua: A carne crua, um tartar por exemplo, terá menos aromas e sabores e será mais ácida. Surpreendentemente ficará melhor com vinhos brancos do que com tintos. Experimente com um bom brancos de médio corpo, rico em aroma e com alguma idade (um bom Chardonnay barricado maduro), ou tintos leves e sem madeira, como um Cabernet Franc (vale do Loire, Brasil) ou um Gamay (França). Angus/Kobe/Wagyu: Uma das melhores raças de gado, a Wagyu, traz aromas ainda mais complexos. O gado desenvolve em sua digestão mais terpenos (compostos aromáticos), com notas florais e de especiarias. Desenvolve também notas semelhantes a dos vinhos amadurecidos em barricas de carvalho: defumados, notas animais, além de notas de nozes e cebola. Este tipo de carne desenvolve muitos amino-ácidos, umami, dando volume e textura ao sabor. Sugiro para este caso tintos de bom corpo (não muito encorpado), rico de aromas, com notas de especiarias e florais, e amadurecidos em carvalho. Que tal um Pinot Noir de maior estrutura do Novo Mundo? Um belo tinto do Dão-Portugal? Um Barbera do Piemonte? Carne grelhada/tostada: A tosta na carne pede taninos jovens e madeira nova nos vinhos. Que tal um
Cabernet Sauvignon (um Bordeaux jovem e potente), um Tempraniillo espanhol, ou um Sangiovese da Toscana? Carne cozida em água: A carne cozida perde sua suculência e ganha sabores dos ingredientes que estavam no cozimento. Neste caso pede menos taninosos, tintos mais leves ou mesmo brancos encorpados com acidez moderada ou baixa. A escolha final depende muito dos ingredientes com os quais a carne foi cozida – uma dica é observar os aromas dos destes ingredientes. Sugestão de vinhos: tintos mais leves e sem madeira ou mesmo brancos, como Valpolicella, Gamay, Riesling da Alsacia. Carne cozida em vinho: Um de meus pratos prediletos é carne longamente cozida em vinho, por horas. A carne cresce, pega muito sabor, sua textura fica macia, quase pegajosa e muitas vezes até se desfaz. Este preparo pede vinhos potentes, ricos, estruturados, como um Amarone (Venato-Itália), um Syrah Australiano ou um Alentejano da casta Alicante Bouschet. Carnes de Caça: Nas caças as palavras chaves são “complexidade” e “especiarias”. Tente vinhos com longo amadurecimento em madeira mas ao mesmo tempo mais maduros e delicados, de safras mais antigas se possível. Barolo, Babaresco (Itália), Borgonha, Hermitage (França), Rioja (Espanha). uma infusão feita em azeite com canela, gengibre e cardamomo.
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A combinação perfeita da carne com o vinho tinto. Trabalho acadêmico - Editoração Eletrônica - Facha - 1o semestre de 2022
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R E C E I TA S
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Bife à parmegiana.
Bife à parmegiana
Modo de Preparo:
Ingredientes:
1. Bife: Tempere os bifes com alho e sal e reserve. 2. Bata o ovo inteiro e passe os bifes pelo ovo e pela farinha de rosca. 3. Aqueça em uma frigideira o óleo e frite os bifes, escorra-os em papel-toalha e vá dispondo em um refratário. 4. Molho: Refogue a cebola no óleo, junte o molho de tomate, o catchup, a mostarda, o sal, salsinha e cebolinha, abaixe o fogo e deixe o molho apurar. 5. Montagem: Despeje o molho pronto sobre os bifes e distribua queijo mussarela sobre os bifes 6. Salpique delicadamente um pouco de orégano por cima do queijo e leve ao forno até derreter o queijo. 7. Sirva com arroz e purê de batatas.
• Bife: • 1 kg de carne para bife • 3 dentes de alho • Sal • 1 ovo • Farinha de rosca • Óleo •Molho: • 1/2 cebola picada • 1 lata de molho de tomate • 1 colher (sobremesa) de catchup • 1 colher (chá) de mostarda • Salsinha e cebolinha a gosto • Sal a gosto • Óleo •Montagem: • Queijo mussarela • Orégano
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Lasanha de carne.
Lasanha de carne moída
Modo de preparo:
Ingredientes:
1. Lasanha: cozinhe a massa segundo as orientações do fabricante, despeje em um refratário com água gelada para não grudar e reserve. 2. Molho à bolonhesa: refogue o alho, a cebola, a carne moída, o molho de tomate, deixe cozinhar por tres minutos e reserve. 3. Molho branco: derreta a margarina, coloque as tres colheres de farinha de trigo e mexa. 4. Despeje o leite aos poucos e continue mexendo. 5. Por último, coloque o creme de leite, mexa por 1 minuto e desligue o fogo. 6. Montagem: despeje uma parte do molho à bolonhesa em um refratário, a metade da massa, a metade do presunto, a metade da mussarela, todo o molho branco e o restante da massa. 7. Repita as camadas até a borda do recipiente. 8. Finalize com o queijo ralado e leve ao forno alto (220° C), preaquecido, por cerca de 20 minutos.
•500 g de massa de lasanha •500 g de carne moída •2 caixas de creme de leite •3 colheres de manteiga •3 colheres de farinha de trigo •500 g de presunto •500 g de mussarela •sal a gosto •2 copos de leite •1 cebola ralada •3 colheres de óleo •1 caixa de molho de tomate •3 dentes de alho amassados •1 pacote de queijo ralado
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