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GASTRONOMIA
from Revista InForme - C301H - 2022/1 - FACHA - Faculdades Integradas Hélio Alonso, Rio de Janeiro/RJ.
O aplicativo da Liv Up permite que consumidores peçam aperitivos e refeições com baixo carboidrato, sem glúten, vegetarianos ou veganos. As refeições podem ser congeladas ou de consumo imediato. A entrega de refeições congeladas é feita por 14 dark stores, ou mercados com portas fechadas. Esses galpões atendem cidades como São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, entre outras. A frente de pratos prontos para consumo ainda só funciona na cidade de São Paulo, por meio de quatro dark kitchens. As cozinhas de portas fechadas produzem pizzas e saldas para delivery. A Liv Up produz cerca de 500 mil refeições mensalmente, em uma cozinha de 8 mil metros quadrados. Segundo Santos e Eisencraft, a pandemia não diminuiu o interesse por refeições congeladas ou prontas. As pessoas continuam precisando comer rapidamente algumas vezes — mesmo que estejam trabalhando em casa. Mas também cresceu o movimento contrário, de pessoas cozinhando mais e priorizando alimentos frescos e que gerem um impacto ambiental e social positivo. Por isso, a Liv Up passou a também vender bebidas, carnes, laticínios, frutas, legumes e verduras. A entrega da categoria de “compras planejadas para a casa” é feita por uma dark store mais completa, por enquanto apenas na cidade de São Paulo. A empresa pretende fazer uma expansão de portfólio e isso inclui transformar todas as dark stores em mercados de portas fechadas completos, assim como já existe em São Paulo. Todas as dark stores terão não apenas as refeições congeladas, mas também carnes, laticínios, frutas, verduras e legumes. Em setembro, a Liv Up lançará a entrega dos perecíveis no Rio de Janeiro. Em 2022, será a vez das outras cidades onde a startup opera. O segundo objetivo com o aporte é melhorar a tecnologia, o que vai desde sistemas de gestão de estoque, de pedidos e de entrega até experiência do consumidor. A Liv Up tem softwares para garantir eficiência logística e rastreabilidade de cada produto, permitindo que as entregas cheguem com qualidade e no horário combinado. Também tem “dezenas de milhares” de pontos para coletar dados, desde feedbacks dados por consumidores até históricos de compra. A expansão da Liv Up de refeições para produtos de mercado aumenta seu número de competidores. Antes, eram apenas outros negócios que vendiam marmitas ou faziam entregas de pratos saudáveis. A lista agora inclui quitandas com lojas físicas e digitais, startups que também apostam na entrega de alimentos orgânicos vindos de pequenos produtos, aplicativos que fazem entregas de supermercados e até mesmo e-commerces como o Magazine Luiza, que passou a entregar alimentos não perecíveis. Equilibrar todos esses pratos será fundamental para a Liv Up cumprir a meta de “mais que dobrar” a receita financeira – o que também passa pelas receitas que estão no seu cardápio.
Conheça o doce chamado “Lokum”, Delícia Turca ou Grega
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As iguarias turcas que agradavam sultões e que fez muito sucesso no filme “As Crônicas de Nárnia”
Júlia Dias e Julia Quintão Fonte: confrariadobaraodegourmandise.blogspot.com Em: 30/05/2022 As delicias turcas são tradicionalmente conhecidas como Lokum, é considerada uma sobremesa bem antiga, mas por possuir poucas fontes sobre a exatidão do surgimento, acredita-se que o doce tenha pelo menos 235 anos de origem. Há várias histórias que cercam sua origem, uma lenda conta que havia um certo sultão que acreditava que o caminho para o coração de uma mulher era através de seu estômago. Ele tinha em sua armadura, receitas de alguns pratos muito exóticos e inovadores, com o qual ele cortejava
tasteatlas.com
suas amantes. Uma vez, muito ansioso para agradar suas numerosas amantes, ele ordenou aos seus chefs para preparar uma sobremesa romântica. Assim, o Lokum surgiu como uma iguaria real, que muito em breve se tornou um dos pratos mais cobiçados que já saíram de uma cozinha real. Porém a história mais provável para a origem do doce é que o Lokum tenha sido uma obra de um confeiteiro chamado Bekir Effendi (conhecido como Haci Bekir após a peregrinação muçulmana hajj).
hacibekir.com A Haci Bekir Confectioners surpreendentemente continua o seu trabalho até hoje e está aberta no local exato desde sua criação, a loja é conhecida por ser a mais antiga empresa na Turquia, tendo mais de 235 anos. Haci Bekir foi bastante caracterizado nos escritos e pinturas de sua época. O artista maltês, Preziosi, na época realizou um raro registro pictórico de Haci Bekir trabalhando em sua loja, a pintura está hoje no Museu do Louvre.
O doce turco desempenha um papel interessante no romance de CS Lewis, “As Crônicas de Nárnia, O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa”, que foi lançado em 2005. Onde a Feiticeira Branca de Nárnia conquista a confiança de Edmund Pavensie tentando-o com “manjar turco enfeitiçado”, para que ele entrasse Nárnia para levar seus irmãos para o castelo de gelo. A irresistível tentação espiou o interesse de muitos telespectadores, e as vendas da delícia turca atingiu
biriz.biz /osmanli uma alta súbita. Um proprietário da empresa turca na Groenlândia informou que suas vendas aumentaram 400% após o lançamento do filme.
leiturasdetarologa.wordpress.com
O doce tornou-se extremamente popular entre os turcos e logo Haci Bekir foi nomeado chefe pasteleiro para o Tribunal Otomano e premiado com uma medalha de honra pelo sultão, esses sultões otomanos gostavam de lokum após as refeições para compensar o sabor amargo do café turco. Lokum embrulhados em lenços de renda tornaram-se um presente chique entre as socialites, casais trocavam-lhe como símbolos de amor e assim as delícias turcas se tornaram um popular petisco.
hacibekir.com
Foto da pintura de Preziosi Feiticeira Branca e Edmund
Assim, Lokum viajou a partir de uma pequena fábrica de doces na Turquia para países de todo o mundo. Ainda a quem conte outra lenda, que o Lokum, originou-se como o resultado da rivalidade entre os chefes reais para estar nos bons livros de Sultão. Mas provavelmente a história é apenas de um chef que fez um prato com amido de milho, sabores e xarope de açúcar e encheu-o com nozes e frutas secas.
Primeira festa de cultura e gastronomia japonesa em Itaguaí
Shows, ala gastronômica, oficinas, exposições fazem parte das atrações, além de concurso de cosplay
Júlia Dias e Julia Quintão Fonte: odia.com Em: 30/05/2022 A 1ª Festa da Imigração Japonesa, chega ao município de Itaguaí. O evento para homenagear a maior colônia asiática do Estado do Rio de Janeiro acontece no primeiro final de semana de junho, nos dias 4 e 5, com início às 18h, no Parque Municipal. A festividade faz parte da parceria entre a Prefeitura de Itaguaí por meio da secretaria de Eventos e o Instituto Vale. A programação será diversificada, com apresentações da cultura oriental, oficinas, exposições, além da culinária nipônica. Segundo a Secretaria Municipal de Eventos, o público poderá conferir apresentação de cosplay, shows de música e dança, workshops de origami e de mangá, entre outras atrações. A festividade foi instituída pela Lei nº 3.502, aprovada em 2017 pela Câmara de Vereadores para homenagear a Colônia Japonesa de Itaguaí, considerada a maior do Estado do Rio de Janeiro. A iniciativa foi de autoria do então vereador Minoru Fukamati. Uma homenagem simbólica, fará parte da celebração com a entrega de Moção a 63 famílias tradicionais da matriz nipônica na cidade. Há uma expectativa da presença do Cônsul Geral do Japão, Ken Hashiba, e do representante da Associação Cultural e Esportiva Nipo-Brasileira do Estado do Rio (Renmei), Minoru Matsura. “A intenção é prestigiar e reconhecer a importância desses imigrantes que chegaram ao nosso município. Eles tiveram papel fundamental no crescimento e desenvolvimento de Itaguaí, seja na produção agrícola, no comércio e no desenvolvimento econômico, histórico e cultural, além do incentivo ao esporte como artes marciais, beisebol e vôlei”, descreve Minoru Fukamati, subsecretário de Governo da administração municipal. O que esperar da Festa Japonesa? Entre os artigos típicos, haverá kokeshi (boneca tradicional japonesa), samurai arqueiro, kimonos, bonzai, agricultura. Opções gastronômicas não vão faltar, como tempurá, yakissoba, bentô, sushi, sashimi. Adultos e crianças poderão aprender um pouco mais dessa rica cultura nas oficinas de mangá, ikebana, origami e escrita japonesa. E ainda atrações diversas, como a música de taiko (tambores), cosplay de personagens, a presença da Miss Nikkey, decoração tanabata e exibição de artes marciais. O Parque Municipal fica na Estrada do Trapiche, nº 2, no Centro de Itaguaí. A Festa Japonesa tem parceria do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O projeto Ativação Cultural Itaguaí está encarregado de organizar as atrações culturais.
Margarida saiu do MasterChef sem o prêmio, ganhou vaquinha e reformou a casa
Após conquistar o público do programa, a cozinheira amadora de 72 anos entrou para as redes sociais e se tornou influenciadora
Júlia Dias e Julia Quintão Fonte: band.com Em: 30/05/2022 O MasterChef pode transformar a vida de quem participa do programa, às vezes, nem é preciso ganhar o título de maior chef do país para isso acontecer. Margarida Arcebispo, ou simplesmente dona Margarida, entrou na cozinha mais famosa do Brasil e não levou o troféu de campeã, mas após dois anos ainda colhe os frutos de sua participação. Na edição da dona Margarida, o talent show tinha um vencedor por semana em razão da pandemia, ela não precisou mais do que isso para cativar a audiência. A cozinheira amadora conquistou os jurados com um pavê regado a bebida alcoólica, emocionou o público com a sua história e até virou meme pelo seu jeitinho espontâneo. Apesar do esforço, a aposentada de 72 anos saiu do MasterChef sem levar o prêmio que mais queria: um ano de supermercado pago. Mas os telespectadores deram uma forcinha com uma vaquinha virtual, o objetivo superou as expectativas da mineira que vive em Guaianases, na zona leste de São Paulo. Margarida mora há mais de 30 anos no mesmo endereço, o imóvel, que se mantinha inacabado desde a construção, precisava de reparos, como uma pintura, uma grade em volta da laje da garagem e um muro, pois o quintal era aberto. O dinheiro da vaquinha foi usado para as melhorias da residência, mas não foi só a casa de dona Margarida que passou por uma transformação após o MasterChef. Com uma filha influenciadora nas redes sociais – Adriana Arcebispo, da Família Quilombo –, veio a descoberta de um novo potencial. Aos 72 anos, ela também se tornou uma influenciadora de sucesso. Recentemente, após um vídeo viralizar, a ex-MasterChef superou a marca de 100 mil seguidores. É como se o amor que ela sentiu por parte do público ao participar do “MasterChef” se estendesse nas redes sociais. No dia a dia, a nova profissão faz diferença – na autoestima e no bolso: “Eu me aposentei com um salário bem baixinho. As firmas às vezes me veem e pedem um trabalho, com isso eu ganho pelo patrocínio de algumas propagandas. Essa é a renda”. Dona Margarida é de sorriso fácil e otimista, mas também tem as suas dores e as batalhas particulares. Perdeu a mãe na infância, mudou-se para São Paulo e por muitos anos trabalhou como empregada doméstica. Ela afirma que não cresceu com grandes expectativas sobre a vida, em uma das casas que trabalhou, ficou por mais de 20 anos e nunca foi registrada na carteira. “Na época em que trabalhei nessa casa, eu estava muito bem. Se fosse hoje, sabendo das leis, eu não aceitaria mais trabalhar sem registro. Eu não tinha noção que isso era importante”, afirma. Para a influenciadora, mãe de três filhos, avó de sete netos e muitos sobrinhos, o MasterChef mostrou que o mundo de sonhos da televisão é possível também para ela.
mundonegro.com
Redes sociais vêm reinventando a gastronomia tradicional.
tendências na GASTRONOMIA
Aplicativos e a superficialidade do conteúdo
Gabriel Oliveira e Lucas Souza Fonte: vejario.abril.com.br Em 16/05/2022 Chega o fim do ano e começam a pipocar as notícias sobre tendências: o que a nova geração estará comendo? E como? Depois de muita leitura, fiquei com o humor esquisito. Vejo graça no TikTok, confesso, mas desde cedo entendi que era terreno movediço. Tenho medo de mergulhar num vídeo divertido, me perder naquele troço e acordar lá para 2025 sem ter feito mais nada, com um olhar de zumbi, o negócio falido, filhos com fome e a casa de pernas para o ar. Melhor não… Há alguns meses, soube que algumas receitas preparadas por TikTokers levaram à falta de alimentos nas gôndolas dos supermercados. Uma delas, feita com um tipo diferente de maionese, fez com que o potinho sumisse dos supermercados. Inacreditáveis SETE milhões de seguidores da “trend” conseguiram esgotar um produto nas prateleiras, só por fazerem a mímica da preparação. Eu poderia celebrar a vitória dos fabricantes de maionese ou enxergar nessa tendência uma grande oportunidade para o varejo, mas não consegui. Fiquei algumas horas tentando entender o que senti. Li que o TikTok planeja abrir 300 cozinhas nos EUA até março, talvez 1000 até o fim do ano, só para executar e colocar sua marca nessas receitas de sucesso. Em parceria com outra plataforma que descobre restaurantes com capacidade ociosa, a rede social alugaria espaços para executar as receitas de grande demanda. Outro parceiro estratégico entregaria o prato a quem quisesse comprar, ficando o autor da receita com uma parcela do lucro. Somos o segundo país que mais adere àquela rede. Natural que a onda pegue aqui. A ideia é brilhante; uma migração do virtual para o real, sem grandes custos fixos. E por que eu continuava me sentindo esquisita? Comer, para mim, é um ritual de imenso prazer. Uma devoção que começa na escolha dos ingredientes, passa pelo preparo e culmina no momento lindo de levar a receita à boca. Nem sempre acaba bem, é fato, mas o caminho me importa. Não precisa ser assim para todos, claro. Pode ser algo divertido, como um videozinho de até 3 minutos que fez brotar a vontade de preparar um hambúrguer. A imitação de receitas existe desde sempre. Clássicos como o créme brûlée ou uma massa alla carbonara só viraram clássicos porque foram copiados à exaustão, assim como acontece no mundo de hoje, em velocidade acelerada. A diferença é que a cópia vinha, não de uma imagem divertida ou só bonita, mas antes de tudo, de uma experiência ímpar do gosto. Quantas receitas de TikTok foram imitadas sem que o mímico tenha gostado? Quantos pratos e restaurantes são despejados no Instagram sem que o autor tenha vontade de repeti-los? Quantos posts de comida boa foram retirados do ar porque não tiveram curtidas suficientes? Quantos textos sobre comida foram curtidos e não lidos? Fazer uma receita famosa é mais ou menos importante do que fazê-la gostosa? A velocidade da Era das Imitações não permite grande senso crítico. Às vezes, ele chega bem tarde, deixando um gosto ruim na boca. Sempre analisei tendências com esperança, tentando tirar o que sobra de melhor nos novos tempos. Dessa vez, não consegui. Assim como a palavra “viralizar” me soa tão esquisita depois da pandemia, a “trend”, como sinônimo de sucesso, pode estar levando à robotização das pessoas, à ingestão de calorias vazias, carentes de substância ou propósito. Não acham?
Feijoadas carnavalescas ganham repeteco com a folia fora de época
Baterias de escolas de samba, blocos e cantores de sucesso participam da programação que vai dos botequins aos hotéis de luxo
Gabriel Oliveira e Lucas Souza Fonte: vejario.abril.com.br Em 17/05/2022
O recado é geral nas cozinhas festeiras da cidade: vamos botar água no feijão porque o Carnaval nesse ano é dobrado. A festa vai de novo para as ruas (a prefeitura já avisou que não permite, mas também não fiscaliza) e ganha o Sambódromo a partir dessa quarta (20), com o desfile das escolas do grupo de acesso. Pelos bares, restaurantes e hotéis, integrantes das chamadas “baterias show” de agremiações como Mangueira e Vila Isabel confirmaram presença nas feijo-
adas, animadas também por DJs e rodas de sambas. Uma apoteose nas panelas. Partiu? No tradicional Rio Othon Palace Hotel, na orla de Copacabana, o bicho vai pegar seriamente no sábado (23), das 13h às 19h, com a feijoada da casa, o batuque privilegiado do bloco Bangalafumenga e a bateria da Mangueira, com o cantor Fabinho Carioca e DJ Karenzitta nos intervalos. O esquema open food e open bar terá itens como dadinhos de tapioca, bolinho de feijoada, caldinho de feijão, torresmo e bolinhos de queijo e bacalhau. Na área da pista o feijão é servido com carnes à parte, aipim frito, arroz branco e farofa de bacon. A área premium reserva a feijoada completa, preparada com cortes nobres e bufê de salada. Os ingressos estão à venda pelo link: https://www.ingressocerto.com/ festa-de-carnaval-rio com valores a partir de R$ 300 (pista) e R$ 380 (área pre-
mium), no primeiro lote. O Rio Othon fica na Avenida Atlântica, 3264. Também no sábado, a feijoada carnavalesca do Windsor Barra contará com ritmistas da bateria da Unidos de Vila Isabel, e músicos do Cordão do Bola Preta tocando as marchinhas inesquecíveis do carnaval carioca. Também vai ter samba com a roda Alex Zona Sul, DJ e a presença da musa Renata Santos. O prato festivo de feijão é preparado com mais de dez tipos de carnes servidas separadamente, além de saladas, pratos quentes e sobremesas variadas no bufê. Entre os petiscos, caldinho de feijão, costelinha assada, bolinho de aipim e de feijoada. No pacote de bebidas, estão incluídos água, refrigerante, cerveja, caipirinha e batidas diversas. Para quem não come carne, o hotel vai preparar uma opção vegana com feijão vermelho, tofu defumado e abóbora, acompanhados de farofa de beterraba. O evento com tudo liberado custa R$ 550,00 por pessoa e os convidados receberão um abadá, que garantirá a entrada.
Feijoada tradicional do Rio de Janeiro.
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Cantor Zeca Pagodinho, sócio-proprietário do Bar do Zeca.
A partir de 11 anos o valor é integral. O Windsor Barra fica na Rua Martinho de Feijoada lá tem todo dia, uma das mais gostosas da cidade, mas a noite será especial na sexta (22), quando as escolas do Grupo Especial começam a desfilar no Sambódromo e a Academia da Cachaça da Barra formará sua roda de samba tocando clássicos do Carnaval. O som ao vivo rola das 19h às 23h, trilha sonora a caráter para a feijoada completa (R$ 159,50, para duas pessoas). Para acompanhar uma dica esperta é a clássica caipira acadêmica (R$ 25,90), feita com limão galego, cachaça Seleta e mel. A Academia da Cachaça fica na Avenida Armando Lombardi, 800, no Mãe Joana, em Botafogo, a combinação carnavalesca do sábado tem samba, DJ e feijoada. A festa começa às 13h e vai até as 2h da manhã com promoções surpresas de drinks e bebidas. A feijoada completa custa R$ 40 por pessoa e a programação musical conta com o Pagode da Mari, e as DJs Ana Santi e Marcelli Ferrari. O Mãe Joana fica na Rua Rodrigo de Brito, 14 A, em Botafogo. Na Tijuca, para celebrar o santo guerreiro e a festa momesca no sábado, o novo bar Dona Esponja faz o combo de feijoada com open bar das 12h às 20h, mais o copo do evento e uma pulseira, tudo no valor de R$ 85,00 (pagamento antecipado até sexta), ou R$ 95 no dia da festa. A roda de samba de Jonnata Lima anima o bar que serve pratos e petiscos imperdíveis como a lasanha de costela (R$ 35,00), os bolinhos de coração de galinha com alho e queijo (R$ 9 a unidade), e a moela na cerveja (R$ 30,00). O bar da Dona Esponja fica na Rua Haddock Lobo, 347, na Tijuca. O mestre Zeca Pagodinho é quem canta: “Ogum com sua espada, sua capa encarnada, me dá sempre proteção”. O bar do sambista, devoto de São Jorge (ogum, no candomblé), na filial do Shopping Park Jacarepaguá, caprichou na festa. Quem comanda as panelas no sábado, a partir das 12h, é Toninho Laffarge, do Bar do Momo, autoridade em botequim. Servida em porção individual (R$ 59,00), ou para duas pessoas (R$ 100,00), a feijoada acompanha arroz branco, torresmo, couve fatiada, linguiça, farofa da casa e rodelas de laranja. O samba é bem temperado, com apresentações de Leandro Sapucahy, Leandro Lelê e do intérprete Ito Melodia, acompanhado pela bateria da União da Ilha do Governador. O Bar do Zeca Pagodinho fica na Estrada de Jacarepaguá, 6069, no Anil. Ingressos a R$ 30.
Carne com tinto:
o casamento perfeito
A combinação, além de preferência nacional, é recomendado pela ciência
Gabriel Oliveira e Lucas Souza Fonte: vejario.abril.com.br Em 23/05/2022 Segundo a OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, o brasileiro é o terceiro maior consumidor de carne bovina do mundo, com 24,6kg per capita/ano em 2021, após argentinos (36,9kg) e norte-americanos (26,1kg). Talvez o alimento mais citado quando se fala em harmonização com vinho é a carne. Este protagonismo é merecido, um tinto e uma bela carne formam um par sensacional, mas normalmente este casamento é tratado de forma genérica “carne com tinto”. A realidade, contudo, é bem mais complexa que isso. Centenas de novos compostos aromáticos se formam nas reações químicas que se processam no cozimento da carne. Alimentação do gado também faz diferença. Os alimentados com pasto são mais saborosos dos que os alimentados com ração (grãos). Vamos hoje abrir esta caixa preta dos muitos tipos de carne e seus preparos e seu matrimônio com os vinhos. Antes de prosseguir, uma dica: fala-se a proteína e a gordura da carne vermelha amaciam os taninos dos vinhos tintos. Isso é falso. Em uma carne o que amacia taninos é o SAL. Tente comer carne sem sal e o vinho parecerá amargo! Carne Maturada: A carne maturada ganha mais amino-ácidos, acentuando o sabor que chamamos de “Umami”, tem também mais textura e profundidade de sabores e aromas. Pede tintos encorpados, de clima quente, com bom volume de taninos doces, como os Zinfaldel (Califórnia), Syrah (Chile), Nero d’Avola (Sicilia), Monastrel (Espanha). Carne crua: A carne crua, um tartar por exemplo, terá menos aromas e sabores e será mais ácida. Surpreendentemente ficará melhor com vinhos brancos do que com tintos. Experimente com um bom brancos de médio corpo, rico em aroma e com alguma idade (um bom Chardonnay barricado maduro), ou tintos leves e sem madeira, como um Cabernet Franc (vale do Loire, Brasil) ou um Gamay (França). Angus/Kobe/Wagyu: Uma das melhores raças de gado, a Wagyu, traz aromas ainda mais complexos. O gado desenvolve em sua digestão mais terpenos (compostos aromáticos), com notas florais e de especiarias. Desenvolve também notas semelhantes a dos vinhos amadurecidos em barricas de carvalho: defumados, notas animais, além de notas de nozes e cebola. Este tipo de carne desenvolve muitos amino-ácidos, umami, dando volume e textura ao sabor. Sugiro para este caso tintos de bom corpo (não muito encorpado), rico de aromas, com notas de especiarias e florais, e amadurecidos em carvalho. Que tal um Pinot Noir de maior estrutura do Novo Mundo? Um belo tinto do Dão-Portugal? Um Barbera do Piemonte?
Carne grelhada/tostada: A tosta na carne pede taninos jovens e madeira nova nos vinhos. Que tal um Cabernet Sauvignon (um Bordeaux jovem e potente), um Tempraniillo espanhol, ou um Sangiovese da Toscana?
Carne cozida em água: A carne cozida perde sua suculência e ganha sabores dos ingredientes que estavam no cozimento. Neste caso pede menos taninosos, tintos mais leves ou mesmo brancos encorpados com acidez moderada ou baixa. A escolha final depende muito dos ingredientes com os quais a carne foi cozida – uma dica é observar os aromas dos destes ingredientes. Sugestão de vinhos: tintos mais leves e sem madeira ou mesmo brancos, como Valpolicella, Gamay, Riesling da Alsacia.
Carne cozida em vinho: Um de meus pratos prediletos é carne longamente cozida em vinho, por horas. A carne cresce, pega muito sabor, sua textura fica macia, quase pegajosa e muitas vezes até se desfaz. Este preparo pede vinhos potentes, ricos, estruturados, como um Amarone (Venato-Itália), um Syrah Australiano ou um Alentejano da casta Alicante Bouschet. Carnes de Caça: Nas caças as palavras chaves são “complexidade” e “especiarias”. Tente vinhos com longo amadurecimento em madeira mas ao mesmo tempo mais maduros e delicados, de safras mais antigas se possível. Barolo, Babaresco (Itália), Borgonha, Hermitage (França), Rioja (Espanha). uma infusão feita em azeite com canela, gengibre e cardamomo.
A combinação perfeita da carne com o vinho tinto.
RECEITAS
Bife à parmegiana.
Bife à parmegiana
Ingredientes:
• Bife: • 1 kg de carne para bife • 3 dentes de alho • Sal • 1 ovo • Farinha de rosca • Óleo
•Molho: • 1/2 cebola picada • 1 lata de molho de tomate • 1 colher (sobremesa) de catchup • 1 colher (chá) de mostarda • Salsinha e cebolinha a gosto • Sal a gosto • Óleo •Montagem: • Queijo mussarela • Orégano
Modo de Preparo:
1. Bife: Tempere os bifes com alho e sal e reserve. 2. Bata o ovo inteiro e passe os bifes pelo ovo e pela farinha de rosca. 3. Aqueça em uma frigideira o óleo e frite os bifes, escorra-os em papel-toalha e vá dispondo em um refratário. 4. Molho: Refogue a cebola no óleo, junte o molho de tomate, o catchup, a mostarda, o sal, salsinha e cebolinha, abaixe o fogo e deixe o molho apurar. 5. Montagem: Despeje o molho pronto sobre os bifes e distribua queijo mussarela sobre os bifes 6. Salpique delicadamente um pouco de orégano por cima do queijo e leve ao forno até derreter o queijo. 7. Sirva com arroz e purê de batatas.
Lasanha de carne.
Lasanha de carne moída
Ingredientes:
•500 g de massa de lasanha •500 g de carne moída •2 caixas de creme de leite •3 colheres de manteiga •3 colheres de farinha de trigo •500 g de presunto •500 g de mussarela •sal a gosto •2 copos de leite •1 cebola ralada •3 colheres de óleo •1 caixa de molho de tomate •3 dentes de alho amassados •1 pacote de queijo ralado
Modo de preparo:
1. Lasanha: cozinhe a massa segundo as orientações do fabricante, despeje em um refratário com água gelada para não grudar e reserve. 2. Molho à bolonhesa: refogue o alho, a cebola, a carne moída, o molho de tomate, deixe cozinhar por tres minutos e reserve. 3. Molho branco: derreta a margarina, coloque as tres colheres de farinha de trigo e mexa. 4. Despeje o leite aos poucos e continue mexendo. 5. Por último, coloque o creme de leite, mexa por 1 minuto e desligue o fogo. 6. Montagem: despeje uma parte do molho à bolonhesa em um refratário, a metade da massa, a metade do presunto, a metade da mussarela, todo o molho branco e o restante da massa. 7. Repita as camadas até a borda do recipiente. 8. Finalize com o queijo ralado e leve ao forno alto (220° C), preaquecido, por cerca de 20 minutos.