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ECONOMIA
from Revista InForme - C301H - 2022/1 - FACHA - Faculdades Integradas Hélio Alonso, Rio de Janeiro/RJ.
As causas econômicas da Segunda Guerra Mundial
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Crianças recebem sopa durante a Guerra
Nome: Lucas Tavares e Maria Eduarda Fonte: www.terra.com.br Em: 10/05/2022 A crise econômica que se abate sobre o sistema capitalista mundial a partir de 1929 vai ser o fator mais poderoso para que um novo arranjo do poder em escala mundial seja pleiteado. A crise levou os países capitalistas a tomarem medidas protecionistas, visando a salvar os mercados internos das importações estrangeiras, criando uma verdadeira guerra tarifária. A produção mundial reduziu-se em 40%, sendo que a diminuição do ferro atingiu 60%, a do aço, 58%, a do petróleo, 13%, e a do carvão, 29%. O desemprego grassou nos principais países industrializados: 11 milhões nos Estados Unidos, 6 milhões na Alemanha, 2,5 milhões na Inglaterra e um número um pouco superior na França. Se forem contados os dependentes, estima-se que o fato provocou aflição e desemprego a mais de 70 milhões de pessoas. Como a economia já estava suficientemente internacionalizada (com exceção da URSS, que se lançava nos Planos Quinquenais), todos os Continentes foram atingidos, aumentando ainda mais a miséria e o desemprego. A América Latina, por exemplo, teve que reduzir em 40% as importações e sofreu uma queda de 17% nas exportações. É nesse contexto caótico que a Alemanha, no Ocidente, e o Japão, no Oriente, vão tentar explorar o debilitamento dos rivais. Uma nova luta por mercados e novas fontes de matérias-primas levaria o mundo à Segunda Guerra Mundial.
Causas Políticas
A conjuntura externa caótica e a situação interna de desespero conduzem Hitler ao poder na Alemanha em 1933. Atuando implacavelmente, em menos de um ano sufocou todos os movimentos oposicionistas (sociais-democratas, comunistas e liberais), dando
início à “Revolução Nacional-Socialista” que tinha como objetivo fazer a Alemanha retornar ao grau de potência europeia. Naturalmente que, para tal, era necessário romper com o tratado de Versalhes, pois este impedia a conquista do “espaço vital”, como o rearmamento. Atenuava-se o desemprego e atendia-se a necessidades da poderosa burguesia financeira e industrial da Alemanha. Para evitar a má vontade das potências ocidentais, Hitler coloca-se como campeão do anticomunismo a nível mundial, assinando com o Japão (novembro de 1936) e com a Itália (janeiro de 1937) o Pacto Anti-Comintern - cujo fim é ampliar o isolamento da URSS e, quando for possível, atacá-la. O Japão, que igualmente passa por convulsões internas graves, dá início em 1931 a uma política externa agressiva, explorando o enfraquecimento dos Impérios Coloniais europeus que se mostram impotentes para superar a crise econômica. Em 1937, após ter ocupado a rica região da Manchúria, invade o resto do território chinês, dando início a um longo conflito na Ásia. Seu expansionismo vai terminar por chocar-se com os interesses norte-americanos na Ásia (Filipinas) e levar à guerra contra os Estados Unidos.
Os antecedentes imediatos
A Guerra Civil Espanhola
Em 1936, a Frente Popular vence as eleições na Espanha. Em 18 de julho, os generais Mola e Francisco Franco rebelam-se contra a República, representando a coligação de forças conservadoras (a direita monarquista, a Igreja católica e os grupos fascistas da Falange Espanhola), iniciando a guerra-civil que durou dois anos e nove meses. Enquanto a França e a Inglaterra optaram pela política de não intervenção, Hitler e Mussolini auxiliaram abertamente os nacionalistas de Franco (Legião Condor e Grupo de Tropas Voluntárias). Os republicanos, cada vez mais isolados, pediram apoio à URSS. Devido à distância, e ao bloqueio naval, o auxílio soviético não consegue equilibrar a situação a favor dos republicanos, que acabam derrotados em março de 1939. Esta guerra serviu para Hitler experimentar a estratégia da blitzkrieg (avanço de carros de combate conjugados com bombardeios aéreos maciços) e detectar a indecisão e fraqueza dos aliados ocidentais. Enquanto que, para Stalin, serviu de lição: não poderia se envolver em um enfrentamento direto com a Alemanha.
Campos de concentração nos EUA
Durante a Segunda Guerra Mundial, foram criados nos Estados Unidos dez campos de concentração em diferentes partes do país para abrigar a população de nipo-americanos. A construção desses campos de concentração foi resultado da histeria de guerra que fortaleceu a xenofobia contra cidadãos de descendência japonesa.
A xenofobia contra cidadãos nipo-americanos era algo que existia nos Estados Unidos pelo menos desde o início do século XX e fortaleceu-se após os Estados Unidos terem sido atacados pelo Japão em Pearl Harbor, no ano de 1941. Ao todo, mais de cem mil pessoas foram realocadas nesses campos de concentração e encontraram péssimas condições de vida nesses locais. O último campo de concentração nos Estados Unidos foi desativado em 1946.
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A guerra também tem cara de mulher
Nome: Lucas Tavares e Maria Eduarda Fonte: www.esquerdaonline.com.br Em: 20/07/2020
O título deste artigo faz uma referência ao excelente livro da ganhadora do prêmio Nobel de Literatura de 2015, Svetlana Aleksiévitch, “A guerra não tem rosto de mulher”, sobre a participação feminina no Exército Vermelho soviético, durante a 2ª Guerra Mundial.
Mulheres na frente de luta
A Inglaterra foi o primeiro País a entender a necessidade das mulheres substituírem as funções masculinas em diversos setores. O trabalho feminino passou a ser usado na construção de aviões, navios, produção de armas e outras atividades, civis ou militares. A Força Aérea canadense chegou a contar com 50 mil mulheres, e em 1941, foi criado a Força Aérea Feminina Auxiliar do Canadá (CWAAF). O mercado de trabalho feminino no Canadá cresceu 89% durante a guerra, sendo que 32% das mulheres trabalhavam nas fábricas de armamento. Nos Estados Unidos, além de passarem a exercer tarefas no mercado de trabalho foi formado, em 1941, nas Filipinas, o primeiro Corpo de Mulheres Guerrilheiras que lutou na Segunda Guerra Mundial. Os diversos movimentos de Resistência organizados em quase toda a Europa, e formado por grupos da sociedade civil para lutar contra a ocupação nazista, contou com a intensa participação de mulheres. Na Resistência francesa eram encarregadas da comunicação entre os diversos grupos e do transporte de munição de forma secreta. Na Polônia, durante a ocupação nazista elas se encarregavam de levar mensagens entre os guetos e serviram nas unidades armadas dos partisans.
A conquista do mercado de trabalho e a “segunda onda” feminista
Foi durante a 2ª Guerra Mundial que se deu a entrada maciça das mulheres no mercado de trabalho. Num primeiro momento, para suprir o vazio deixado pelos homens que estavam nos campos de batalha, mas posteriormente para preencher uma demanda surgida com a guerra, que iria mudar a relação da mulher com o trabalho, causando um grande impacto social, durante e depois do final da guerra. Com a volta dos homens das diversas frentes de batalha, era necessário que as mulheres cedessem seus lugares a eles no mercado de trabalho, e muitas mulheres, principalmente as casadas voltaram a se dedicar exclusivamente as tarefas domésticas e aos cuidados com a família. As políticas públicas no pós-guerra passam a enfatizar que o papel da mulher era o de esposa, mãe e dona de casa. Era a hora de regressar ao lar e deixar os combatentes homens ocuparem seus lugares de direito na produção e nas Forças Armadas. Muitas mulheres resistiram, mas outras aceitaram. As tentativas de retirar a mulher do mercado de trabalho e devolve-la ao lar foi rápida e brutal, em particular para as operárias que foram demitidas em massa das fábricas. O capitalismo passou a travar uma verdadeira guerra ideológica sobre o novo papel da mulher no pós-guerra. Apoiado no boom econômico sem precedentes e no crescimento populacional, o chamado baby boom, fez com que a propaganda que difundia a mulher como a “perfeita dona de casa”, tivesse sucesso sobre amplas camadas da população feminina. E lá fomos nós de volta ao lar! A segunda onda do feminismo, iniciada nos Estados Unidos nos anos de 1960 até os anos de 1980, foi uma reação tardia a tentativa de domesticação da mulher, após o fim da a 2ª Guerra Mundial. Ele conseguiu redefinir o papel da mulher no âmbito público e privado, dando prioridade às lutas pelo direito ao corpo e ao prazer, bem como aos direitos de igualdade no trabalho, na política e na sociedade como um todo. Aquela mulher que esteve à frente das lutas na guerra, que foi operária, soldado e enfermeira nunca mais se contentaria com o simples papel de mãe, esposa ou dona de casa. Não depois de ter contribuído com sua capacidade e sua vida na derrota do nazifascismo. Sim, nós também tínhamos sido decisivas na gigantesca vitória que representou a derrota do nazifascismo em todo o mundo.
Implicações econômicas da Guerra Fria
O mundo polarizado foi uma expressão surgida pouco tempo depois do término da Segunda Guerra Mundial, e esta expressão mostrava claramente como estava o planeta Terra depois deste terrível conflito, com Estados Unidos e União Soviética disputando a hegemonia global.
Nome: Lucas Tavares e Maria Eduarda Fonte: www.colegioweb.com.br Em: 27/09/2016
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O Termo
A Guerra Fria recebeu este nome porque de fato uma guerra de maneira mais direta entre as duas potências jamais ocorreu, e isto se deu especialmente pelo fato de que ambos os lados possuíam um imenso arsenal de armas nucleares. Aliás, inicialmente, a chamada corrida armamentista acabou por se tornar a principal força motriz para ambos os lados, que buscaram aumentar suas forças e construíram armas das mais sofisticadas para se prepararem para um iminente conflito que nunca ocorreu. A Guerra Fria teve sim, muitos conflitos indiretos entre ambos os lados, com especial destaque para a Guerra do Vietnã (1962-1975) e para a Guerra da Coréia (19501953), entre outros. Normalmente, uma das potências apoiava um dos lados em conflito e rapidamente a outra potência partia para o apoio para o outro lado, e com isto, muitos conflitos se desenrolaram durante 1945 e 1991 (período de duração da Guerra Fria). Com a queda da União Soviética em 1991, a Guerra Fria acabou de maneira oficial, e a vitória acabou “caindo no colo” dos Estados Unidos e do chamado bloco capitalista, gerando algumas implica-
Alemão ocidental quebra Muro de Berlim
ções que são vistas até hoje.
Economia de mercado global
Com a globalização, tudo ficou muito mais fácil e muito mais rápido, e hoje em dia, nós vivemos num mundo que apresenta uma espécie de pensamento global e unificado que é muito mais fácil de ser observado. Pois com a queda do regime comunista na União Soviética, ficou mais claro perceber que o capitalismo e a economia de mercado venceram, já que hoje em dia, até mesmo países de viés socialista começam a se abrir mais para este tipo de sistema, como a China, por exemplo. Para a economia de muitos dos países que dependiam economicamente da União Soviética para sobreviver, as consequências do término da Guerra Fria foram terríveis num primeiro momento. Cuba é o exemplo mais clássico, já que sem a ajuda financeira da União Soviética, a ilha dos irmãos Castro quase entrou em colapso econômico, incapaz de oferecer recursos mais básicos para seus habitantes. Isto forçou muitos destes países a se abrirem mais economicamente falando, caminhando para uma aproximação junto aos Estados Unidos e seus aliados, por exemplo. Já para os países da antiga União Soviética, até para a própria Rússia ficou mais difícil viver sem a proteção financeira do gigante comunista. No entanto, a economia de mercado passou a ganhar força em praticamente todos estes países.
Prolongamento da guerra pode afetar indústria brasileira, avalia CNI
Inflação das commodities pressiona setor, diz relatório da entidade
Nome: Lucas Tavares e Maria Eduarda Fonte: www.agenciabrasil.ebc. com.br Em: 14/03/2022 O eventual prolongamento da guerra entre Rússia e Ucrânia pode afetar a saúde financeira da indústria brasileira, disse em 14 de Março à Confederação Nacional da Indústria (CNI). Segundo a entidade, o setor já está sendo afetado pelo encarecimento das commodities (bens primários com cotação internacional). Em relatório, a CNI diz que a alta internacional dos preços de matérias-primas agrícolas, minerais e energéticas aumenta a pressão sobre a inflação, já afetada pela pandemia de COVID-19. Para a CNI, a alta da inflação poderá resultar em aumentos adicionais nos juros, no Brasil e no exterior, com impacto negativo sobre a economia brasileira. De acordo com o gerente executivo de Economia da CNI, Mário Sérgio Telles, os efeitos do conflito sobre a indústria e a economia brasileira dependem da duração do conflito. Para Telles, uma guerra longa pode influenciar as exportações do Brasil como um todo, ao fazer a economia global desacelerar. No caso brasileiro, a elevação do preço dos minérios e dos produtos agrícolas deve ter efeitos mais imediatos sobre a inflação. No caso do petróleo, a alta não afeta apenas os preços dos combustíveis, mas também produtos petroquímicos, como plásticos e embalagens. Por causa do baixo crescimento da economia brasileira, destaca o relatório da CNI, a indústria não deve conseguir repassar integralmente ao consumidor o custo da alta das matérias-primas em um primeiro momento. Segundo a entidade, isso compromete a saúde financeira da indústria e reduz a margem de lucros de empresas ainda afetadas pela pandemia, aumentando o risco de falências e de inadimplência.
Cadeias globais
Outro impacto sobre a indústria será a escassez de componentes para fabricação de chips e semicondutores. Isso porque Rússia e Ucrânia são grandes produtores globais de metais usados nesses produtos. O conflito deverá agravar o descompasso nas cadeias mundiais de produção, com aumento nos preços do frete e repercussões no longo prazo porque a estabilização do fluxo de insumos só ocorre à medida que fornecedores recuperam o ritmo de produção e de distribuição. De 23 de fevereiro a 8 de março, ressaltou a CNI, os preços no mercado futuro de diversas commodities dispararam. A cotação internacional do trigo subiu 45,3%. O preço do barril de petróleo saltou 34,3%. Também ficaram mais caros o paládio (+21,7%); o milho (+10,3%); o açúcar (+4,9%) e o alumínio (+4,2%).
Comércio externo
Em relação ao comércio externo, a CNI avalia que o fluxo de mercadorias entre Brasil e Ucrânia é pequeno. Para a confederação, as principais dificuldades deverão ser observadas nas trocas comerciais entre Brasil e Rússia. No ano passado, o Brasil comprou US$ 5,7 bilhões em produtos russos, principalmente fertilizantes, óleos leves de petróleo, carvão mineral e itens de metalurgia. Em 2021, o Brasil importou US$ 5,7 bilhões da Rússia. Apesar de o montante ser equivalente a 2,6% das importações brasileiras totais, o país foi a sexta maior origem das mercadorias compradas pelo Brasil. Quanto às exportações, a Rússia foi o 36º maior parceiro comercial do Brasil, com US$ 1,59 bilhão em produtos embarcados (0,6% das vendas externas totais).
Guerra terá efeito devastador numa economia mundial já combalida, diz professor
À CNN Rádio, Marcelo Pereira disse que repercussão “nefasta” sobre o conflito na Ucrânia vai aumentar preço de todas as commodities
Nome: Lucas Tavares e Maria Eduarda Fonte: www.cnnbrasil.com.br Em: 25/02/2022
O economista e professor da Universidade Estácio, Marcelo Pereira, defendeu, em entrevista à CNN Rádio, que os efeitos da guerra na Ucrânia para a economia do mundo “serão nefastos.” “A economia mundial já está combalida com a pandemia, temos negócios que encerraram atividades, muitas pessoas perderam emprego e preços do petróleo que já vinham subindo”, explicou. Na avaliação do economista, “os efeitos serão devastadores não só para o petróleo, mas para todas as commodities, como trigo, grãos, milho e minério, que serão afetados em cheio.” Marcelo Pereira ainda avaliou que as sanções de países como Estados Unidos, Reino Unidos e a União Europeia à Rússia também afetam quem as aplica. “O pacote de sanções amenizou a expectativa dos mercados e investidores, mas não resolveu, não se tem data-limite para o término desse conflito e as sanções são de mão dupla.” De um lado, há Rússia e China e, do outro, os países da OTAN. O especialista destaca, porém, que “toda a planta de produção do mundo é localizada na China e todas as commodities vêm dos BRICS.” “O papel da China vem para dar fôlego financeiro à Rússia, e estabelece incerteza maior de data final de combate, temos sanções que a China pode vir a colocar para outros países, em isso acontecendo, em solidariedade à aliança que tem, a questão bélica com a OTAN pode se agravar”.
agenciabrasik.ebc.com.br
Mulheres na fábrica em tempos de Guerra
Ucrânia independente oficialmente
Foi só em 1991, com o fim da União Soviética, que a Ucrânia consegue de fato sua independência. A partir de então, os ucranianos passam a querer integrar mais a Europa e ingressar à Otan, aliança militar do Ocidente.
Apesar de ter conquistado a independência, Ucrânia teve de enfrentar maus bocados nos últimos anos. Entre 2004 e 2005, ocorreu a Revolução Laranja, que terminou quando Viktor Yushchenko chegou ao poder. Antes dele, Viktor Yanukovych, que era pró-Rússia, tinha assumido o comando do país. Em 2010, Viktor Yanukovych derrota a oposição na eleição. Durante os anos seguintes, Yanukovych volta a conversar com Moscou e elimina qualquer possibilidade da Ucrânia se unir à União Europeia. Em 2014, manifestantes vão às ruas e fazem protestos que acabam ficando violentos.
Naquele mesmo ano, a Rússia ocupa a província da Crimeia. A partir daí, as tensões entre as duas nações aumenta, o que acabou envolvendo os Estados Unidos e países da Otan na situação — todos a favor da Ucrânia.
Logo depois, separatistas pró-Rússia de Donetsk e Lugansk, regiões do Donbass que fazem fronteira com a Rússia, declaram independência. Kiev e o Ocidente acusam a Rússia de apoiar os rebeldes.
Guerra na Ucrânia: entenda os impactos na economia
Conflito no Leste Europeu está elevando preços de alimentos e energia, incitando a inflação e corroendo o valor da renda de famílias
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Nome: Lucas Tavares e Maria Eduarda Fonte: www.cnnbrasil.com.br Em: 16/03/2022 A invasão da Ucrânia pela Rússia afetará toda a economia global ao desacelerar o crescimento e aumentar a inflação, e pode remodelar fundamentalmente a ordem econômica global a longo prazo, disse o Fundo Monetário Internacional (FMI) na última terça-feira (15). Além do sofrimento humano e dos fluxos históricos de refugiados, a guerra está elevando os preços de alimentos e energia, incitando a inflação e corroendo o valor da renda, ao mesmo tempo em que afeta o comércio, as cadeias de suprimentos e as remessas em países vizinhos à Ucrânia, afirmou o FMI em um post em seu site. Também está minando a confiança empresarial e provocando incertezas entre os investidores, o que reduzirá os preços dos ativos, apertará as condições financeiras e poderá desencadear saídas de capital de mercados emergentes, acrescentou. “O conflito é um grande golpe para a economia global que prejudicará o crescimento e aumentará os preços”, disse o FMI. Autoridades do FMI já disseram que esperam reduzir a previsão anterior do Fundo de crescimento econômico global de 4,4% em 2022. No post de terça-feira, eles sugeriram que suas previsões de crescimento regional também seriam revisadas para baixo.
Mulher refugiada carrega criança durante a Guerra na Ucrânia
O que diz a Ucrânia
A Ucrânia recebeu uma grande onda de apoio internacional de países tanto no âmbito militar quanto no repúdio de instituições globais e de grande parte do setor privado aos ataques.
Uma figura de destaque emergente da situação de guerra foi o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que passou a pressionar as nações ocidentais pelo apoio militar e humanitário e, também, a tentar negociar a entrada do país na União Europeia e até na Otan -- embora Zelensky já tenha abdicado da última demanda.
Zelensky, de família judia, classificou como “risíveis” as alegações de que a Ucrânia estaria tomada por “neonazistas” e disse que, se as negociações com a Rússia continuassem a falhar, o mundo poderia testemunhar o acontecimento de uma terceira Guerra Mundial.