Economia Cenário global depende da descoberta de vacina
Turismo Disney iniciará reabertura de parques em orlando
Trabalho acadêmico válido como AV2 - Editoração Eletrônica - C304D - 2020/1 - Facha Botafogo.
STF NO CTI Jair Bolsonaro ameaça não cumprir decisões do Supremo Tribunal Federal Trabalho acadêmico válido como AV2 da turma C304D de Editoração Eletrônica da FACHA - 2020/1
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EXPEDIENTE:
EDITORIAL:
Revista InForme Trabalho Acadêmico válido como AV2.
Caro leitor, A revista InForme do semestre 2020.1 foi desenvolvida pelos próprios alunos das Faculdades Integradas Hélio Alonso (FACHA), turma C304D unidade de Botafogo, em cumprimento da avaliação (AV2), da disciplina de Editoração Eletrônica. O professor Gilvan Nascimento propôs à realização de uma revista impressa, dividida por editorias da escolha de cada um, e principalmente, feita por cada aluno. Com o objetivo de agregar conhecimento e preparar alunos, tanto de Publicidade quanto Jornalismo para o mercado de trabalho e sua vida acadêmica e profissional. Realizar essa tarefa em meio à uma pandemia mundial, comunicar-se somente por chamadas e aulas online para a realização do projeto foi desafiador, mas o êxito foi obtido e isso está amostra em mais de 80 páginas de conteúdo. Agradecemos a leitura e ao professor Gilvan Nascimento pela atenção e paciência com toda turma durante a realização deste projeto. Lembrando que todo o conteúdo desta revista será exposto também em uma versão online. Muito Obrigado! Turma C304D.
FACHA - Faculdades Integradas Hélio Alonso. Campus: Botafogo. Disciplina: Editoração Eletrônica. Curso: Comunicação Social - Jornalismo e Publicidade e Propaganda. Turma: C304D - 1º Semestre de 2020. Prof.: Gilvan Nascimento. Revista impressa desenvolvida como trabalho acadêmico válido como verificação final, idealizada para os alunos de jornalismo e Publicidade e Propaganda da Facha - Faculdades Integradas Hélio Alonso. As matérias podem não ser originais, bem como as imagens. As que não foram produzidas pelos alunos, deverão ter seus créditos devidamente inseridos. Vale ressaltar que os alunos da turma foram responsáveis por toda a diagramação, planejamento e programação visual com a orientação do professor da disciplina e que foram mantidos os erros cometidos pelos mesmos na produção como forma de avaliação. Alunos que participaram deste projeto: EDITOR: JOÃO FELIPE MOREIRA PIEDRAS FERREIRA. EQUIPE: AMANDA DE SOUZA DE ASSIS, BRUNA ROCHA MAXIMILIANO, JOANA TAVARES CAMPOS, LETICIA MARTINS SANTOS TORRES, LUCAS GUIMARÃES DOS SANTOS, LUCAS MAMEDE DE SOUZA MOREIRA, RAFAEL STEFFEN BASTOS e VICTOR DE OLIVEIRA LEUBECK.
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SUMÁRIO
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POLÍTICA
09. Presidente confirma mais duas parcelas do auxílio emergencial 10. Bolsonaro ameaça não cumprir decisões do STF 12. Reinaldo sugere bandeira branca entre governadores e Jair Bolsonaro 14. Moro se afasta e chances de reeleição de bolsonaro aumenta 16. Bolsonaro diz que analisará sair da OMS
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ECONOMIA
18. O delivery tem o papel de suportar a economia, diz presidente da Rappi 21. Economia global depende mais do que nunca de descoberta de vacina
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EDUCAÇÃO
25. Voluntários promovem reforço gratuito para o Enem 2020 28. Estudante é vítima de racismo em escola particular da Zona Sul do Rio 32. Secretaria de educação do RJ confirma ano letivo até 28 de janeiro
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CULTURA
33. Músicos recorrem a auxílio emergencial e campanhas online em meio á pandemia do novo corona vírus 36. Os Estados Unidos precisam respirar
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42. Jorge Aragão ‘atravessa’ o samba com single sobre femincídio 45. Banksy pinta obra em tributo a George Floyd 46. MPF arquiva representações contra canal Porta dos Fundos
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50. Tratamento inovador faz leucemia em bebê desaparecer 52. Cinco doenças que afetam a saúde da mulher 54. O que os cientistas já descobriram sobre a Covid-19
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62. Disney começa a reabrir parques em Orlando a partir do dia 11 de julho 70. Fernando de Noronha anuncia reabertura de praias a moradores
TURISMO
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74. O mais violento entre os mais violentos 75. Cejudo anula Cruz e anuncia sua aposentadoria do MMA 76. Teixeira domina Smith e volta ao topo 77. Overeem nocauteia Harris e entristece o mundo 79. A fictícia “ilha da luta”
ESPORTE
ENTRETENIMENTO
SAÚDE
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POLÍTICA
Bolsonaro confirma mais duas parcelas do auxílio emergencial Desde abril, mais de 59 milhões de brasileiros tiveram o benefício aprovado. O presidente, no entanto, defende uma redução do valor pago
Rafael Steffen Fonte: www.noticias.r7.com Em: 09/06/2020 O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta terça-feira (09/06) que o auxílio emergencial deve ser prorrogado por mais dois meses, mas com valor inferior, de R$ 300. O auxílio emergencial é uma renda emergencial básica, aprovada pelo Congresso Nacional em abril, para pessoas que ficaram sem rendimentos em razão da pandemia do coronavírus, o valor varia entre R$ 600 e R$ 1.200. A primeira parcela foi paga em abril e a previsão era a de que durasse três meses. Mais de 59 milhões de brasileiros tiveram o benefício aprovado. “Cada parcela é um pouco mais de R$ 40 bilhões. Isso não tem possibilidade. A nossa dívida continua crescendo dessa maneira. Então, a ideia da equipe econômica, e minha também, é de mais duas parcelas, talvez de R$ 300”, disse Bolsonaro.
“Eu sei que tem parlamentar que quer mais duas (parcelas) de R$ 600. Tudo bem. Se tivermos um programa para diminuir os salários dos parlamentares, a metade, por exemplo, aí tudo bem. Eu pago até R$ 1 mil. Mas de onde vem o recurso? Não podemos nos endividar”, acrescentou. A prorrogação do pagamento do auxílio emergencial também foi comentada por Paulo Guedes, ministro da Economia. Ao participar de reunião do conselho do governo, ele disse que prevê uma nova fase
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de enfrentamento ao novo coronavírus, com extenção do benefício, nesse mesmo período, organização para retorno seguro ao trabalho com a adoção de protocolos.
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POLÍTICA
Bolsonaro ameaça não cumprir decisões do STF Em tom exaltado, presidente criticou a operação da Polícia Federal, que atingiu seus aliados no âmbito do inquérito das fake news
Rafael Steffen Fonte: www.dgabc.com.br Em: 29/05/2020 Um dia depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) fechar o cerco contra o “gabinete do ódio”, bunker ideológico que atua no Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro ameaçou a Corte e disse que “ordens absurdas não se cumprem”, agravando a crise institucional. Em tom exaltado, Bolsonaro criticou a operação da Polícia Federal, que foi deflagrada na quarta-feira e atingiu seus aliados no âmbito do inquérito das fake news, conduzido pelo Supremo. A tensão entre os Poderes preocupa os militares. Depois do tom assumido por Bolsonaro e por seus filhos, o vice-presidente Hamilton Mourão e o ministro do Gabinete de Segurança Institucio10
nal, Augusto Heleno, ambos generais da reserva, foram a público para dizer que rechaçam o golpe. “Quem é que vai dar golpe? As Forças Armadas? Que é que é isso, estamos no século 19? A turma não entendeu. O que existe hoje é um estresse permanente entre os Poderes”, disse Mourão. A cúpula do Congresso também procurou apaziguar os ânimos. Em um dia de muitas articulações políticas, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), se reuniu com Bolsonaro e virou uma espécie de “bombeiro” da conflituosa relação entre o Executivo e o Supremo. A avaliação de Bolsonaro, porém, é a de que o STF “esgarçou a corda”, cometeu “abusos” e extrapolou de suas funções. Para o Palácio do Planalto, o desfecho da crise dependerá das próximas decisões da Corte. “Querem me tirar da cadei-
ra para voltar a roubar”, afirmou. Nos últimos dias, o governo tem sofrido uma sucessão de derrotas no Supremo, a maioria delas por decisões individuais dos ministros Celso de Mello e Alexandre de Moraes. O estopim para a nova crise ocorreu, no entanto, após a ação determinada por Moraes, relator do inquérito das fake news, que investiga ameaças, ofensas e calúnias dirigidas a integrantes do STF. Na operação de anteontem, a PF apreendeu documentos, computadores e celulares em endereços de apoiadores do presidente. “Mais um dia triste na nossa história. Mas o povo tenha certeza: foi o último”, afirmou Bolsonaro, dizendo ter as “armas da democracia” nas mãos. Empresários, políticos e blogueiros bolsonaristas são alvo da investigação aberta no STF em março de 2019. Co-
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POLÍTICA mandado pelo vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente, o “gabinete do ódio” - com influência nas redes sociais do governo - foi classificado por Moraes como “associação criminosa”. “Querem tirar a mídia que eu tenho a meu favor, sob o argumento mentiroso de fake news. Idiotas inventaram gabinete do ódio. Outros imbecis publicaram matérias disso e lamento julgamento em cima disso”, disse Bolsonaro. “Ordens absurdas não se cumprem e nós temos que botar um limite nessas questões. Não dá para admitir mais atitudes individuais de certas pessoas, tomadas de forma quase que pessoais”, emendou. Bolsonaro defendeu os ministros Abraham Weintraub (Educação) e Ricardo Salles (Meio Ambiente), que fizeram afirmações polêmicas na reunião ministerial do dia 22 de abril, e culpou Celso de Mello, decano do Supremo, pela divulgação do vídeo com o conteúdo do encontro. “A responsabilidade de tornar público aquilo é de quem suspendeu o sigilo de uma sessão cujo vídeo foi chancelado como secreto”, disse. A reunião integra o inquérito aberto por Celso de Mello para investigar denúncia feita pelo ex-ministro da Justiça Sérgio Moro de que Bolsonaro tentou interferir politicamente na PF. Na reunião, Weintraub afirmou que, se dependesse dele, “botava esses vagabundos todos na cadeia, começando pelo STF”. Salles, por sua vez, sugeriu que o governo aproveitasse o momento de “tranquilidade” na cobertura de imprensa - atualmente com foco na pandemia do coronavírus - para passar a “boiada” de medidas que simplificam normas no Meio Ambiente. Na terça-feira, Alexandre de Mora-
es deu cinco dias para Weintraub prestar depoimento à PF sobre suas declarações. O governo recorreu e impetrou, perante o próprio Supremo, um habeas corpus para tentar impedir o depoimento. Com a assinatura do ministro da Justiça, André Mendonça, o pedido de liminar se estendeu a “todos aqueles que tenham sido objeto de diligências” no inquérito das fake news. Em transmissão ao vivo na noite de anteontem, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), tratou a ruptura institucional como algo inevitável. “Até entendo quem tem uma postura moderada para não chegar num momento de ruptura, de cisão ainda maior, de conflito ainda maior. Mas, falando abertamente (...), não é mais uma opinião de se, mas de quando isso vai ocorrer”, afirmou o deputado ao lado de alvos da investigação. Eduardo disse nesta quinta-feira que o poder moderador para restabelecer a harmonia entre os Poderes não é o Supremo, mas, sim, as Forças Armadas. Bolsonaristas têm compartilhado mensagens sobre o artigo 142 da Constituição, segundo o qual as Forças Armadas são subordinadas ao presidente. Depois de impor uma série de reveses ao Palácio do Planalto, o STF está acompanhando com atenção se o presidente Jair Bolsonaro vai cumprir a promessa de desobediência de decisões judiciais. A avaliação neste momento é a de que apesar das declarações do chefe do Executivo, que inflamam a militância bolsonarista, o governo tem seguido dentro do caminho do direito, respeitando as regras do jogo democrático até aqui. Ministros do STF, no entanto, não descartam a possibilidade de Bolsonaro radicalizar ainda mais e colocar em prática o seu
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discurso. Integrantes da Corte apontam que, mesmo contrariado, o Planalto decidiu entrar com um habeas corpus no STF contra a determinação para que o ministro da Educação, Abraham Weintraub, preste depoimento à Polícia Federal sobre as declarações na reunião ministerial de 22 de abril. Na ocasião, Weintraub disse que, se dependesse dele, “botava esses vagabundos todos na cadeia, começando no STF”. Uma das preocupações dentro do STF é saber até onde o governo vai esticar a corda e desistir dos instrumentos legais para confrontar o Judiciário, o que elevaria a crise a outro patamar. Um ministro do STF ouvido reservadamente pela reportagem avalia que não há risco de ruptura democrática e definiu a fala de Bolsonaro como “as bravatas de sempre”. A opinião é compartilhada por outros ministros, mas há um clima de apreensão dentro da Corte com o recrudescimento da postura do chefe do Executivo. O Supremo está em alerta constante com o “jogo de cena” do Planalto. O relator do habeas corpus a favor de Weintraub é o ministro Edson Fachin, que decidiu pedir informações ao ministro Alexandre de Moraes antes de decidir sobre o pedido do governo para trancar o inquérito das fake news e barrar o depoimento do titular do Ministério da Educação (MEC). O atual entendimento do STF é o de que não cabe habeas corpus contra decisão individual de um outro ministro da Corte - no caso, quem determinou o depoimento de Weintraub foi Moraes, relator do inquérito que apura ameaças, ofensas e fake news contra integrantes do STF e seus familiares. 11
POLÍTICA
Reinaldo sugere “bandeira branca” entre governadores e Jair Bolsonaro A afirmação foi feita em entrevista à CNN Brasil, comentando o impacto do vídeo de reunião ministerial
Rafael Steffen Fonte:www.campograndenews. com.br Em: 26/05/2020 “Bandeira branca”. A expressão foi usada duas vezes pelo governador em entrevista à CNN nesta manhã, para falar da relação entre governadores e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), depois da publicação de vídeo de reunião ministerial, na sexta-feira (22/05). Para ele, o momento é de buscar “unidade de tratativas” no combate ao inimigo comum a todos, a pandemia de covid-19. “Temos realmente um embate, principalmente quanto ao posicionamento em algumas questões”, disse o governador. Ele citou as diferenças de opinião em relação às medidas de isolamento social dotadas pelos estados e municípios, para depois usar tom de conciliação. Na avaliação de Reinaldo, a situ12
ação atual pede distensionamento do embate de cunho político, diante dos posicionamentos de alguns membros da cúpula do governo federal na reunião que teve a gravação divulgada por decisão do STF (Supremo Tribunal Federal). “Temos de focar, neste momento de pandemia que se alastra pelos estados brasileiros”. Ele foi chamado para a entrevista na CNN por ter sido um dos três governadores que participaram de reunião virtual com o presidente da República na quinta-feira passada, quando desenhou-se um clima mais harmônico. Na sexta-feira, veio a divulgação do vídeo em que Bolsonaro chega a dedicar palavras de baixo calão a governadores e prefeitos. Depois de concordar que o detalhamento das posturas na reunião cria estremecimento, Reinaldo pontuou que “embate sempre haverá” e por isso a necessidade de “estender a bandeira branca” em
nome de um objetivo maior, que é o arrefecimento da pandemia de covid-19. Depois de concordar que o detalhamento das posturas na reunião cria estremecimento, Reinaldo pontuou que “embate sempre haverá” e por isso a necessidade de “estender a bandeira branca” em nome de um objetivo maior, que é o arrefecimento da pandemia de covid-19. O governador Reinaldo Azambuja durante a reunião virtual da semana passada com o presidente Jair Bolsonaro. A prioridade, destacou, é “atacar questões de saúde”, lembrando que “alguns estados enfrentam perda de vidas.” À espera – A entrevista da CNN também teve como assunto a sanção do projeto de ajuda aos estados e municípios, que é aguardado pelos gestores como socorro imediato das finanças públicas para garantir, inclusive, o pagamento do próximo salá
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POLÍTICA rio aos servidores. “A sanção é crucial”, definiu o governador. De acordo com ele, há a expectativa de que isso ocorra o mais breve possível. Havia a previsão para semana passada, mas até agora o presidente não se manifestou oficialmente sobre o plano aprovado na Câmara. O montante atinge perto de R$ 1 bilhão, se considerado dinheiro a entrar e valor em dívida com a União que deixará de ser pago. “Estamos na expectativa, confiamos naquela reunião”, afirmou Reinaldo sobre o encontro da quinta-feira passada, quando foi pedida a sanção ao presidente Jair Bolsonaro. “Acredito sim que o presidente vai sancionar”. Disse, por fim, que a econômica ajudou a construir o projeto e lembrou que todos terão de dar sua cota de “sacrifício”, em alusão ao congelamento de salários do funcionalismo previsto.
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Presidente Jair Bolsonaro
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O governador Reinaldo Azambuja durante entrevista à CNN. Trabalho acadêmico válido como AV2 da turma C304D de Editoração Eletrônica da FACHA - 2020/1
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POLÍTICA
Moro se afasta de Brasília e Bolsonaro é favorito para 2022 Apesar do alto índice de rejeição, Bolsonaro figura como favorito para as eleições de 2022.
Rafael Steffen Fonte: www.correiobraziliense.com.br/ Em: 08/06/2020 A pandemia do novo coronavírus, as ações da Polícia Federal contra o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, o aumento exponencial de mortes e infectados em São Paulo e a aproximação do governo com o Centrão fazem com que oponentes do presidente Jair Bolsonaro percam força no cenário político. A oposição ao governo está fragmentada e resiste em apoiar propostas conjuntas para fazer frente às decisões do Executivo e às críticas que Bolsonaro tem feito às instituições.Embora ainda faltem dois anos para as eleições gerais, o cenário que se desenha começa a solidificar uma disputa entre o presidente e seu ex-ministro da Justiça Sergio Moro, ambos com apoio do eleito14
rado mais conservador, de direita. As pesquisas mais recentes apontam que o presidente tem 30% de aprovação e vem sofrendo uma deterioração da imagem junto à população. No entanto, ainda se mantém como forte candidato para as próximas eleições. Outros nomes cotados para concorrer ao Executivo enfrentam entraves, como é o caso do governador do Rio, que foi alvo de uma operação da Polícia Federal em decorrência das suspeitas de desvios de verba na compra de respiradores para hospitais de campanha. Witzel alega que é alvo de perseguição política e chegou a chamar o presidente de ditador. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva era o grande nome da oposição, e havia a expectativa de que ele liderasse a construção de uma candidatura de esquerda competitiva depois de deixar a prisão. Porém, logo nos primeiros
dias fora do cárcere, Lula posicionou-se contra o pedido de impeachment do presidente. O petista lembrou que o chefe do Executivo foi eleito democraticamente. Embora tenha feito críticas ácidas a Bolsonaro, o ex-presidente não lidera articulação política na oposição. Chegou-se a cogitar que ele iria até o Congresso conversar com parlamentares, contudo, esses planos foram adiados em razão da pandemia. Lula continua com sólida base eleitoral e apoio popular e político. Mas uma condenação na segunda instância de Justiça impede que ele se candidate. A última declaração do ex-presidente sobre o assunto é de que ele não será candidato. Com isso, Lula deve apoiar um nome lançado pelo PT. O mais provável no momento é o do ex-governador de São Paulo Fernando Haddad, que, embora tenha perdido o último pleito, conquistou 47 milhões de
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POLÍTICA votos e chegou a disputar o segundo turno, mesmo tendo se lançado nos momentos finais da campanha. Há menos de duas semanas, o PT assumiu o papel de oposição política e decidiu apoiar o impe achment de Bolsonaro, mesmo que isso tenha ocorrido em um manifesto que envolve diversos partidos e centenas de entidades sociais e sindicais. A aposta da esquerda é de que Moro esfacele a base eleitoral do presidente da República. O primeiro baque ocorreu quando o ex-juiz deixou o governo fazendo acusações graves de que o chefe do Executivo tentou interferir na Polícia Federal. Mas, sem articulação política, e longe de Brasília, Moro perde força no meio político. Por ora, ele alega que não é candidato, embora já se fale nos bastidores que ele estará no próximo pleito e que pretende formar uma base de articulação com entidades jurídicas, políticas e que pregam o combate à corrupção para se lançar concorrente ao Planalto. Moro faz alguns discretos acenos, de olho nas urnas. Em busca do eleitorado conservador que ameaça romper com Bolsonaro, compara o presidente ao PT. Quer arrebanhar esse agrupamento da direita que não concorda com as atitudes de Bolsonaro, atrelando-o ao extremismo político, algo que, teoricamente, o igualaria aos petistas em método. O professor Ricardo Caichiolo, cientista política do Ibmec-DF, lembra que, por estar no cargo, Bolsonaro tem maior facilidade em vencer as próximas eleições, pois a evidência trazida por quem chefia o Poder Executivo também é uma ferramenta eleitoral. “O candidato à reeleição comumente parte de uma situação vantajosa em relação a outros candidatos
pela própria natureza de exposição do cargo e a máquina governamental à disposição. Portanto, mesmo com o alto índice de rejeição, o presidente Bolsonaro segue com chances consideráveis de permanecer no Planalto por mais quatro anos.” Ainda de acordo com Caichiolo, a pandemia de coronavírus e a quebra de apoio entre Moro e Bolsonaro podem ser fatores determinantes em 2022. “A pandemia tornou-se um fato político e ideológico no trato com os governadores, com destaque para os de São Paulo e Rio. Quanto a Moro, a disputa de retórica sobre a suposta intervenção na PF colocou os antes indivisíveis presidente e ministro em polos opostos. De fato, uma eventual candidatura de Moro pode representar uma ameaça aos planos de reeleição de Bolsonaro”, completa. Para o especialista, embora os opositores estejam atuantes, permanecem sem uma figura de líder. “A oposição vem fazendo um trabalho combativo no Congresso e parte dela tem tentado se mobilizar para fazer frente ao governo, mas ainda não estabeleceu uma liderança, tampouco um discurso convergente, com destaque para a falta de entendimento sobre se deve existir ou não o protagonismo do ex-presidente Lula”, destaca. Como nas Diretas Os protestos começam a se espalhar pelo país, com pautas que evocam a democracia, assemelhando-se ao movimento das Diretas Já, que, na década de 1980, pediu eleições diretas para presidente da República. No entanto, as diferenças, hoje, são que os partidos políticos perderam força e entidades sociais, como
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a União Nacional dos Estudantes (UNE), deixaram de ter capacidade de mobilização ao longo dos anos. A pandemia do novo coronavírus dificulta a organização dos atos, pelo temor de que a doença se espalhe ainda mais. Na semana passada, um manifesto assinado por líderes de seis partidos políticos pediu para que as pessoas não saíssem às ruas. Ciro, Marina e FHC falam sobre frente O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e os ex-ministros Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT) concordaram em unir forças em uma frente ampla para defender a democracia, deixando as diferenças políticas e partidárias no passado. Durante um debate promovido, ontem, pela jornalista Miriam Leitão, na GloboNews, FHC considerou que a luta atual não é só política, é social e econômica. Já Marina, que disputou as três últimas corridas presidenciais, disse que os líderes políticos devem, agora, ter a responsabilidade de compartilhar a guerra pela democracia. Ela relacionou a crise política com a grave pandemia, que coloca o país como o terceiro no mundo em número de mortes. Ciro, por sua vez, foi ainda mais incisivo sobre a posição de figuras e partidos políticos contra o que chamou de “escalada do autoritarismo”. O ex-ministro também destacou a crise na saúde, com 23 militares ocupando espaços no Ministério da Saúde. “Não creio em um golpe de (Hamilton) Mourão (vice-presidente da República), mas há 23 militares na Saúde. Quero saber se os militares vão querer ser responsabilizados por essa tragédia”, cobrou. 15
POLÍTICA
Bolsonaro afirma que analisará rompimento do Brasil com a OMS O presidente diz que analisará, pós-pandemia, possível rompimento do Brasil com a OMS, pois não está satisfeito. Rafael Steffen Fonte: www.noticias.r7.com Em: 09/06/2020 “A OMS é uma organização que está titubeando, parece mais um partido político. Não à toa o presidente (norte) americano deixou de lado, deixou de contribuir. O Brasil vai pensar logo que acaba esse problema da pandemia. A gente vai pensar seriamente se sai ou não, porque não transmite mais confiança para nós”, afirmou Bolsonaro. “Muita gente perdeu a vida, não
pelo vírus, mas por ter ficado em casa. Muita gente sofreu dor no peito, e não foi ao hospital por causa do vírus, e acabou enfartando e falecendo. Essa entidade (OMS) não agiu, ao meu entender, com a devida responsabilidade que tinha que ter no trato dessa questão”, completou. Essa não é a primeira vez que o presidente comenta sobre a relação do país com a principal organização de saúde do mundo. Na última sexta-feira (05/06), Bolsonaro acusou a OMS de atuar de forma política e ameaçou retirar o
Brasil da entidade. “Adianto aqui: os Estados Unidos saíram da OMS, a gente estuda no futuro ou a OMS trabalha sem o viés ideológico ou a gente vai estar fora também. Não precisamos de gente lá de fora dar palpite na saúde aqui dentro”, disse o presidente na ocasião. A manifestação de Bolsonaro ocorre dias após Donald Trump ter anunciado o rompimento dos EUA com a OMS, depois de acusar, sem provas, a organização de atuar em favorecimento da China. ogimg.infoglobo.com.br
Jair Bolsonaro
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ECONOMIA
O delivery tem o papel de suportar a economia
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ECONOMIA
Segundo presidente da rappi, delivery tem o papel de suportar a economia Sérgio Saraiva reflete sobre a mudança comportamental e cultural no método de fazer compras durante a pandemia do coronavírus Jovempan.com.br
SEM DESCANSO - Entregador da Rappi: crescimento em meio ao caos Roberto Casimiro/Fotoarena
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ECONOMIA Victor Leubeck Data:25/05/2020 Fonte: veja.abril.com.br Minha entrada no mercado de delivery, quando assumi a presidência da Rappi em janeiro de 2020, praticamente coincide com o início das conversas sobre o novo coronavírus. Na época, a doença ainda não tinha atingido o patamar de pandemia, mas, para nós, o tema já despertava atenção, e, conforme a doença foi se espalhando para outros continentes, era claro que nos anteciparmos aos seus impactos era mandatório. Sabíamos que o setor estava sendo um dos mais importantes no apoio à população. Wuhan, cidade chinesa onde teve início o surto da doença, ficou mais de dois meses em quarentena, e só entregadores e voluntários circulavam pela cidade, levando aos habitantes tudo o que precisavam. Em pouco tempo, a chegada da Covid-19 ao Brasil deixou de ser uma hipótese e passou a ser uma condicionante temporal: quando. Haveria pouco tempo. Não sabíamos quanto. Era preciso acelerar. Estudamos todas as orientações dos principais órgãos de saúde mundiais, conversamos com players do setor de delivery de países que já estavam vivenciando a doença e passamos a contar com uma infectologista brasileira para que, com base em autoridades competentes e experiências relevantes, pudéssemos definir os (primeiros) protocolos da companhia. Segurança e agilidade na implementação eram nossas prioridades. No fim de fevereiro, o Brasil teve o primeiro caso confirmado oficialmente, e a apreensão aumentou – não só no setor, mas em todos os segmentos, no governo e na população em geral. Surgiram, assim, situações similares
a de países que já enfrentavam a doença. Distanciamento social, comércios fechados e uma preocupação enorme com a saúde da população e com a economia do país. Estamos em meio a uma pandemia nunca antes vista em termos de dimensões geográficas, e, mesmo que tenhamos nos preparado com antecedência, não é possível saber o impacto dela até o fim da curva de contágio. O que se sabe é que ela está mudando a cena das cidades e a percepção das pessoas em relação às rotinas e aos processos corporativos, além da vida pessoal. Estamos, na verdade, vivendo uma enorme transformação cultural. As pessoas, em geral, estão repensan6minutos.com.br
Símbolo do aplicativo da Rappi
do o que realmente faz sentido, e vejo emergir uma enorme solidariedade. Há muitas iniciativas de doação de alimentos, de itens hospitalares e de dinheiro para investimentos em pesquisas. Além disso, as empresas entenderam que é possível operar mesmo com uma equipe 100% a distância. Isso para dar apenas alguns exemplos da transformação que estamos vivendo. Todas essas mudanças impactarão de uma forma ou de outra a sociedade pós-Covid-19, mas tenho certeza que, por mais difícil que esteja sendo o processo, há chances de sairmos melhor do outro lado. Porém, precisamos respeitar as orientações de distanciamen-
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to social e quarentena de forma a evitar que nosso sistema de saúde entre em colapso e pessoas fiquem expostas ou desassistidas. E isso me faz voltar a importância do setor de delivery em meio a uma pandemia. Fazer parte de um dos setores essenciais para que possamos sair desta situação de forma rápida e segura traz inúmeros desafios, uma responsabilidade quase imensurável, mas também aprendizados. O principal desafio é equilibrar todos os elos da cadeia: estabelecimentos comerciais, entregadores parceiros e clientes. Não há como ser negligente com nenhuma ponta. Afinal, um depende do outro, e isso se torna óbvio em situações como a que vivemos hoje. A sustentabilidade da operação depende da sobrevivência e segurança de todos. Como isso acontece na prática? Em um pedido de supermercado, por exemplo, além de ter os produtos solicitados, é necessário ter personal shoppers (profissionais que fazem as compras) suficientes para atender à demanda e entregadores – com modais adequados – para levar os pedidos aos clientes. Isso vale também para restaurantes, farmácias e outros setores em que o delivery é o que faz o produto chegar ao consumidor. Para integrar todos esses elos, precisamos nos debruçar em inúmeros detalhes e processos. Foi necessário alterar alguns procedimentos-padrão. No caso da Rappi, a mudança aconteceu desde a interface do aplicativo, que passou a contar com informações oficiais do governo do estado de São Paulo sobre prevenção, até reforçar o suporte para atender à demanda. Além disso, para garantir a segurança de quem está em casa e principalmente de quem está na 19
ECONOMIA rua prestando um serviço essencial para nós e para a sociedade, criamos inúmeros protocolos de segurança – nossa prioridade em todas as decisões. Redobramos as recomendações de cuidado aos restaurantes durante a preparação e embalagem dos alimentos. Estamos distribuindo itens de segurança para os entregadores, incentivando o pagamento digital e a entrega sem contato. Enviamos uma carta on-line e vários comunicados com dicas de prevenção aos clientes. Afinal, cada um precisa fazer sua parte para evitar a disseminação da doença. Neste momento, uma empresa de delivery também tem um papel
importante de suportar a economia do país, surgindo, assim, outro desafio: o de incluir nesse ecossistema, em tempo recorde, novas empresas e pessoas. Com o fechamento do varejo físico, muitos estabelecimentos migraram para plataformas on-line, visando garantir, mesmo que de forma reduzida, o funcionamento da operação. Além disso, pessoas que perderam o emprego viram na entrega por aplicativo uma forma de gerar renda. Operacionalizar essa alta demanda com a agilidade necessária para apoiá-los não é uma tarefa fácil. Adotamos ainda, outras ações para diferentes elos: reduzimos as taxas de intermediação e o prazo
de pagamento para restaurantes; criamos um botão de doação; estamos oferecendo entregas grátis para pessoas com mais de 65 anos; e estruturamos um fundo para apoiar financeiramente os entregadores parceiros que precisem se afastar das suas atividades, entre outras. Afinal, neste momento, precisamos – todos – ajudar a sociedade (pessoas físicas e jurídicas). A seriedade do momento pede que sejamos na prática, como companhias, a missão que temos enquadrada nos nossos escritórios (agora inabitados). E fico feliz, a considerar todo o contexto, com a grande mobilização que vejo em todos os setores da economia. mobiletime.com
Sergio Saraiva, presidente da Rappi
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ECONOMIA
Economia global depende mais do que nunca de descoberta de vacina A vacina é o melhor caminha para saírmos do buraco
olhardigital.com.br Trabalho acadêmico válido como AV2 da turma C304D de Editoração Eletrônica da FACHA - 2020/1
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ECONOMIA Victor Leubeck Data: 25/05/2020 Fonte:economia.uol.com.br Enquanto partes da economia global se preparam para a reabertura, fica cada vez mais claro que a recuperação total da pior crise desde a década de 1930 será impossível sem uma vacina ou tratamento para o novo coronavírus. Consumidores permanecerão ansiosos, e empresas ficarão de mãos atadas por medidas como medições de temperatura e regras de distanciamento nos locais de trabalho, restaurantes, escolas, aeroportos, estádios e muito mais. A China, a primeira grande economia atingida pelo vírus e a primeira a emergir do confinamento, conseguiu retomar a produção, mas não a demanda. A lição para outras economias: o caminho da normalidade será de paradas e reinícios. Há também o risco de novos surtos. Cerca de 108 milhões de pessoas na região nordeste da China foram submetidas a vários níveis de confinamento em meio a um novo foco de infecções. Médicos também têm observado mudanças nos novos casos de coronavírus da região, sugerindo que
o vírus pode estar passando por mutações de maneiras desconhecidas. Na Coreia do Sul, onde o vírus foi controlado sem medidas rígidas de isolamento social, os gastos do consumidor permanecem fracos diante de casos que continuam a aparecer. A resposta da Suécia, altamente debatida, deixou grande parte da economia funcionando, mas o país ainda pode registrar a pior recessão desde a Segunda Guerra Mundial. Isso significa que governos globais, que já anunciaram trilhões de dólares em apoio fiscal e monetário, precisarão manter os estímulos para evitar ainda mais falências de empresas e demissões. O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, alertou que uma recuperação completa só será possível com a ajuda dos cientistas, um alerta ecoado pelo presidente do banco central australiano. “Se não conseguirmos avanços na área médica, acho que será uma recuperação bastante lenta”, disse o presidente do banco central da Austrália, Philip Lowe, na semana passada. Carmen Reinhart, professora da
Universidade Harvard e recém-nomeada economista-chefe do Banco Mundial, tem uma mensagem semelhante. “Não teremos algo parecido com a normalização total, a menos que (a) tenhamos uma vacina e (b) - e isso é muito importante - se a vacina estiver acessível à população global em larga escala”, disse em entrevista à Harvard Gazette. Pesquisa realizada pelo Bank of America com gestores de recursos revelou que o maior obstáculo seria uma segunda onda do vírus, o que significa que restrições teriam que ser impostas novamente. Apenas 10% esperam uma recuperação rápida, disse o banco em relatório. A fusão de quando fármacos bem-sucedidos serão encontrados e quando as economias voltarão ao normal domina o clima nos mercados financeiros “Existe uma recompensa global pelo vírus”, disse Stephen Jen, que administra a empresa de consultoria e hedge fund Eurizon SLJ Capital, em Londres. “Não vejo como pode ser mais sensato investidores apostarem no vírus do que apostar em ciência, tecnologia e capital político e financeiro ilimitado no mundo para conter e derrotar o vírus”.
www.folhapatoense.com
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ECONOMIA
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EDUCAÇÃO
Grupo ‘Pretos no Enem’ reúne voluntários para pagar taxa de inscrição de estudantes Projeto surgiu depois de publicações no Twitter de podcasters cearenses e, em dois dias, reuniu mais de 6 mil voluntários Joana Campos Fonte: www.g1.globo.com Em 04/06/20 Com a ajuda das redes sociais, jovens conseguiram movimentar uma rede de voluntários de todo o país para pagar as taxas de inscrição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de estudantes negros sem condições de quitar os R$ 85 exigidos pelo Ministério da Educação (MEC). Em meio à ascensão dos protestos Facebook.com
Cartoon do projeto “pretos no ENEM”
contra o racismo em todo o mundo que ganharam força nos últimos dias , nasceu o “Pretos no Enem” , uma ação voluntária para ajudar negros em situação de vulnerabilidade. Em meio à ascensão dos protestos contra o racismo em todo o mundo que ganharam força nos últimos dias , nasceu o “Pretos no Enem” , uma ação voluntária para ajudar negros em situação de vulnerabilidade. Depois de a podcaster e publicitária cearense Lyara Vidal, de 24 anos, anunciar a ideia pelo Twitter,o projeto já havia angariado mais de 6,2 mil voluntários, ganhando apoio de integrantes dos podcasts Budejo, Indo e Voltando, SerifaCast e Chá com Rapadura. “Eu li uma notícia sobre as 300 mil pessoas que não fariam o Enem 2020 pela falta de pagamento do boleto, então me ofereci para pagar alguns boletos de ouvintes meus que precisassem dessa força”, conta Lyara. No mesmo movimento de Lyara, o também podcaster cearense Luan Alencar, de 25 anos, organizou a ação com ajuda do amigo Iago Probo, de 24 anos. Inicialmente em um grupo de mensagens, os amigos não imaginavam a proporção que o movimento ganha-
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ria. “No primeiro momento, era algo muito orgânico. Colocamos em um grupo que tínhamos de financiamento coletivo com 80 pessoas e eu sabia que nem todos poderiam ajudar. Mas, de um dia para o outro, foram 750 pessoas se pronunciando. Em dois dias, já estamos chegando aos 7 mil voluntários”, explica Luan. Até a última sexta-feira, 5 de junho, 10 mil pessoas tinham se voluntariado para pagar as inscrições, que custam R$ 85 e podem ser pagas até esta quarta-feira, dia 10 de junho. O prazo foi prorrogado pelo Inep pois 300 mil inscrições estavam sem pagamento até o dia 28 de maio, data anterior como prazo final.
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EDUCAÇÃO brasildefators.com.br
Ato “vidas negras importam”
“A gente sabe que é uma taxa proibitiva”. “O Brasil é um país extremamente racista. Você vê a inscrição do Enem a R$ 85, muita gente não consegue pagar. A gente sabe que é uma taxa proibitiva porque um jovem negro de periferia não pode sequer se inscrever no Enem. A gente sabe que essa dificuldade no acesso à universidade é o que faz a gente só ter branco no Ensino Superior”, diz Luan Alencar. A proposta já ganhou pelo menos 150 voluntários, cujos pedidos de adoção estão sendo sistematizados. “A gente fez um formulário pa-ra os voluntários preencherem com nome, e-mail e quantidade de boletos que podem pagar. Estamos agora nos organizando para fa-zer a divulgação”, detalha o também podcaster Luan Alencar
melissa.com.br
E e diz que muitos entram em contato com o projeto porque não conseguiram atender a todas as especificidades do edital do exame. Ainda de acordo com o Inep, os candidatos que não pediram a isenção, mas que se encaixam em um dos critérios para receber o benefício, terão direito a ele mesmo sem a solicitação formal. “Se “somos todos iguais”, por que o acesso às universidades é reduzido? Por que algumas pessoas brancas fraudam cotas? Por que tem tantos brancos em posições de liderança? Por muito tempo, eu fui a única negra na classe, no ambiente de trabalho. Eu não deveria ser exceção. Pretos deveriam estar no ensino superior, é nosso direito!” “Estamos no auge da discussão antirracista, nos perguntando o que a gente pode fazer para diminuir o racismo. E umas das questões é o acesso ao ensino superior. A taxa é muito alta e é um impeditivo para muita gente negra fazer a prova”, afirma Lyara.A estudante Maria Luisa Pereira, de 19 anos, moradora de Vila Isabel, na Zona Norte do Rio de Janeiro, foi a primeira aluna
contemplada pelo projeto Pretos no Enem. Sem condições financeiras de pagar a taxa de inscrição neste ano, a jovem entrou em contato com o projeto pelas redes sociais. “Estava me sentindo péssima de novo porque eu já não tinha tentado em 2019 e desistiria mais um ano. Quando consegui ajuda, me senti motivada, com esperança e com um alívio que pode ter sido o sinal que eu precisava para não desistir de vez”, diz Maria Luísa. Não senti que tinha base totalmente para fazer o Enem e não tinha dinheiro para pagar um cursinho. Vi as notas de corte muito altas e me senti impotente de conseguir alcançá-las”, conta Maria, que conclui um curso técnico em Administração em um colégio estadual do RJ para conseguir
g1.globo.com
odia.ig.com
Maria Luisa Pereira, de 19 anos
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Organizadoras do “Pretos no ENEM”
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Podcaster e publicitária cearense Lyara Vidal, de 24 anos
emprego e ajudar os pais enquanto não entra no Enem. Agora o sonho de Maria Luisa, de ser um arquiteta, que antes tinha sido interrompido por questões econômicas, agora poderá ser realizado graças ao projeto. Além de motivada, ela sonha em poder ajudar outros estudantes assim como foi ajudada.
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EDUCAÇÃO
Estudantes na universidade
Como funciona? Os jovens interessados devem procurar através do perfil no Instagram do Pretos no Enem (@pretosnoenem) ou pelo e-mail pretosnoenem@gmail. com e contar brevemente sobre ele e a necessidade do pagamento da taxa. Eles fazem uma pequena avaliação, pedem para o estudante gerar o boleto no site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), na qual é verificado o boleto para evitar fraude ou falha. Os idealizadores do projeto contam que não são pedidos dados bancários e não fazem nenhum tipo de transferência. “A orientação é o aluno enviar o boleto de inscrição, que consta lá como cedente o INEP. Nós consultamos nossa planilha, escolhemos o próximo voluntário da lista e enviamos para ele o boleto. Ele nos envia o comprovante e por fim entregamos o comprovante para
o aluno”, conta Luan. Segundo eles, entidades já entraram em contato para ajudar fazer a ponte entre o estudante e os voluntários. Entre elas a UNE, UBES e a Central Única das Favelas (CUFA). “Além disso, estamos em comunicação com diversos cursinhos, escolas, professores e diretores”, conta Luan. Clubes de futebol, como Bahia, Fortaleza e Ceará, se dispuseram a procurar jovens entre as torcidas. Famosos também já se manifestaram e decidiram ajudar, como Luciano Huck, Paola Carosella e a jornalista da Globo, Maju Coutinho. Além disso, professores, cusinnhos e outros institutos educacionais que conheçam alunos negros também podem entrar em contato para conseguir ajuda aos estudantes. A última novidade do grupo foi a criação do site pretosnoenem.com, com todas as informações, tanto para quem queira ajudar quanto para quem quei-
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ra ser ajudado. De acordo com os organizadores, o único critério para a escolha dos estudantes que vão ter seus boletos pagos será a confiança mútua. “Se você se identifica como uma pessoa negra e não conseguiu pagar sua inscrição do Enem, basta entrar em contato com a gente e o pagamento será feito de acordo com a quantidade de voluntários que forem chegando. Não há transferência de dinheiro, taxa ou qualquer movimentação financeira”, detalha Luan Alencar. Entre em contato conosco! @pretosnoenem pretosnoenem@gmail.com
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EDUCAÇÃO
Estudante é vítima de racismo em escola particular da Zona Sul do Rio Em mensagens trocadas por meio de um aplicativo, alunos xingaram e humilharam a estudante. Colégio Franco-Brasileiro divulgou nota de repúdio e encaminhou o caso ao Conselho Tutelar
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Joana Campos Fonte: www. g1.globo.com Em 20/05/20 A estudante Ndeye Fatou Ndiaye infelizmente não é a primeira a ser atingida por um sistema que não oferece abordagem antirracista para a educação. Fatou recebeu prints de mensagens em que “colegas” a humilhavam e xingavam por ser negra. A família, de origem Senegalesa, registrou o caso na Polícia Civil. O caso ocorreu no Colégio Franco-Brasileiro,Laranjeiras, RJ. 1.bp.blogspot.com
Ndeye Fatou Ndiaye
A adolescente conta que primeiro pensou nos educadores do colégio: “Eu recebi mensagens dos meus professores de História, eles se sentiram fracassados. Só que eles não fracassaram, porque este é um pequeno grupo de alunos. Estamos em 2020, são diálogos que não deveriam estar acontecendo. Foi uma coisa que me deixou bastante indignada e triste pelos meus professores”, explicou a estudante. “Extremamente racistas”, diz colégio. Segundo a escola, cinco alunos foram afastados e a polícia civil informou que irá ouvir os responsáveis pelas mensagens e o diretor da
annaramalho.com
Colégio Franco-Brasileiro, RJ
escola. O Franco Brasileiro irá aguardar o fim da investigação da polícia para decidir se os alunos serão expulsos ou não. Em nota, o Colégio Franco-Brasileiro disse que tomou ciência do ocorrido envolvendo os alunos do primeiro ano do ensino médio. A instituição classificou o conteúdo das mensagens como “extremamente racistas”. O coordenador pedagógico, Luciano Moraes, divulgou uma nota de repúdio em uma rede social: “O Colégio Franco-Brasileiro repudia qualquer tipo de atitude racista ou discriminatória. Nos 105 anos de história da nossa instituição, preservamos vários valores que são caros para nós. Entre eles, o da igualdade racial. Assim que soubemos do conteúdo de uma conversa de algumas pessoas no âmbito privado que inclui alunos do Franco-Brasileiro, nós imediatamente agimos. Enviamos um ofício para o Conselho Tutelar, que é o órgão competente para fazer a averiguação, e cobrar explicações de cada um dos envolvidos. Queremos expressar a nossa solidariedade às pessoas que foram atingidas”, destacou Luciano Moraes. A história ganhou grande repercussão nas redes sociais, alguns pais de alunos se
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mobilizaram pedindo a expulsão dos adolescentes. Na mesma escola, além de Fatou, também estuda sua irmã de oito anos. O pai das meninas, Mamour Sop Ndiaye, de 45 anos, esteve em reunião com o colégio, onde foi informado que um ofício foi encaminhado para o Conselho Tutelar e que, por ora, a instituição não tomará outras providências. O pai decidiu tira-las do colégio e destaca que o racismo é presente na vida de todos os cidadãos brasileiros negros e diz que até a escola não apresentar resultados que garantem a segurança das filhas e de todas as mulheres negras que frequentam o ambiente, as filhas não voltarão as aulas. “Tudo é a questão racial. Porque a pessoa que atira o gatilho, que faz tudo isso, na realidade, faz isso por causa do sistema. O problema não é o CPF, mas o próprio sistema. Eu desconheço algum negro brasileiro que não tenha sofrido racismo”. Após o episódio, pais de outros alunos outras duas escolas particula-res ofereceram bolsas integrais para a aluna. folha.uol.com.br
Mamour Sop Ndiaye, pai de Fatou
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EDUCAÇÃO
A mãe de Fatou, Sokhna, enviou um e-mail para outras mães, tanto de fora, quanto de dentro do colégio, agradecendo o apoio. “Prezadas mães, gostaria de registrar minha gratidão por tudo. O momento tem sido muito dolorido para nós. Não desejo a nenhuma mãe passar por este momento. Além das exposições da nossa filha, estamos lidando com situações muito tristes. Meu marido ficou quatro horas na delegacia. Ele nunca tinha lido o teor daquelas mensagens pois não conseguia. Mas ontem, diante da polícia, infelizmente ele teve que ler e ficou em estado de choque. O colégio que nos submeter a uma tortura ao colocar nossa filha ao lado do colega que diz querer vendê-la.” escrevaloescreva.blogspot.com
Sokhna Ndiaye, mãe de Fatou
A jovem, que também mora em Laranjeiras e estuda no colégio desde que tem cinco anos de idade, conta que descobriu mensagens através de um amigo que participava do grupo onde elas foram enviadas. Após sair da conversa, o rapaz tirou prints e encaminhou para a menina. Fatou relata que o racismo é frequente no seu dia-a-dia, mas que é a segunda vez que enfrenta um episódio grave envolvendo colegas de classe.
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twitter.com
imguol.com.br
Família Ndiaye unida
Iza e Taís Araújo repudiam ato e dão apoio. O caso ganhou destaque em redes sociais e Ndeye Fatou ganhou o apoio das artistas. Nas redes sociais a cantora Iza mandou uma mensagem de apoio. “Como você é maravilhosa! Linda demais! Nunca deixe que nenhuma pessoa, por mais idiota e baixa que ela seja, diminuir sua força e seu brilho”, escreveu a artista. Ela também recebeu mensagens da atriz Taís Araújo, que disse ser um dever “enquanto mulher negra, mãe de uma menina negra, e cidadã”, se posicionar nessas situações.
Cantora Iza, que apoiou Fatou e sua família.
oglobo.globo.com
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Atriz Tais Araújo que também apoiou a luta de Fatou contra o racismo
Ato vidas negras importam
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CHEGA DE RACISMO!
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EDUCAÇÃO
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Ano letivo nas escolas públicas do DF vai até 28 de janeiro de 2021, diz Secretaria de Educação Aulas serão retomadas a distância em 29 de junho. Por conta da pandemia do coronavírus, atividades presenciais continuam suspensas por prazo indeterminado Joana Campos Fonte: www. g1.globo.com Em 09/06/20 A Secretaria de Educação do Distrito Federal (SE-DF) informou, que o ano letivo de 2020 deve terminar em 28 de janeiro de 2021, para alunos da rede pública. Por conta da pandemia do novo coronavírus, as atividades presenciais estão suspensas desde 11 de março e não têm data para voltar. Assim, as aulas serão retomadas no próximo dia 29 de junho, a distância. A proposta do novo calendário do ano letivo foi apresentada aos coordenadores regionais de ensino e entregue ao Sindicato dos Professores do DF (Sinpro-DF). O documento também será encaminhado ao Conselho de Educação do Distrito Federal.
“A reorganização está em alinhamento com a determinação do Ministério da Educação (MEC), que autorizou a flexibilização dos 200 dias letivos mínimos previstos em lei, mas mantendo a carga horária mínima anual”, afirma o governo. Segundo a Secretaria de Educação, as datas apresentadas na proposta compõem o Calendário Escolar 2020. A pasta afirma que, a partir disso, serão elaborados o calendário anual, semestral da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e Educação Profissional, dos Centros Interescolares de Línguas e instituições educacionais parceiras do governo. “A retomada das aulas presenciais será decidida pelo governador Ibaneis Rocha, em momento oportuno, quando o risco de propagação da Covid-19 estiver
s2.glbimg.com
Proposta de calendário 2020
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afastado”, diz a Secretaria. Como será a frequência escolar e avaliação dos estudantes? O plano que organiza a retomada das atividades não presenciais foi aprovado em 2 de junho pelo Conselho de Educação do DF. O documento prevê que, ao longo de cada período letivo, o estudante deve montar um portfólio ou webfólio de atividades por disciplina ou por área do conhecimento.Por meio dessa atividade, o professor vai atestar a presença do aluno e fará a avaliação do estudante. O portfólio ou webfólio poderá ser postado na plataforma Escola em Casa DF ou entregue, de forma impressa, diretamente na escola pelo estudante. De acordo com a Secretaria de Educação, a maneira de aplicar as atividades impressas será decidida por cada regional de ensino. As escolas podem ainda adotar outros tipos de avaliação, como provas, projetos de pesquisas e relatórios, conforme as propostas pedagógicas. De acordo com a secretaria, professores, estudantes, pais, responsáveis podem enviar sugestões para a retomada das atividades até às 23h59 da próxima sexta-feira 12/06/20. Os interessados devem enviar as contribuições pelo e-mail consultapublicaseedf@ edu.se.df.gov.br.
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CULTURA
Com orçamentos reduzidos a quase zero, músicos recorrem a auxílio emergencial e campanhas virtuais Sem rendas de shows, artístas também critícam baixa remuneração das transmições catracalivre.com.br
Lucas Mamede Fonte: oglobo.oglobo.com Em: 26/05/20 Desde o início da quarentena, milhares de artistas em todo o mundo têm feito lives em suas redes sociais para manter o contato com o público e facilitar a rotina de quem pode se manter em casa durante o período de isolamento social da pandemia. Mas a classe musical, que tira quase a totalidade de sua renda de shows, enfrenta uma grave crise com o fechamento indeterminado das casas de espetáculos. De um dia para o outro, os orçamentos dos músicos foram quase reduzidos a zero. “É muito complicado. Estou vivendo do auxílio emergencial da Caixa (de R$ 600), que eu tive a sorte de pegar na primeira remessa”, diz o cantor Nego Álvaro, integrante do Samba do Trabalhador, que há 15 anos lota o Renascença Clube às segundas-feiras. “De música, não tem nada entrando, a não ser de direito autoral, que é muito pouco. Quem não tem um trabalho de sucesso não vai receber dinheiro nenhum”. Com a suspensão da roda, o sambista viu sua principal fonte financeira desaparecer. “Meu orçamento caiu todo, não sobrou nada. O artista vive de show, ven-
Alvaro dos Santos Carneiro, conhecido como Nego Alvaro
da de disco não dá mais dinheiro. A maioria das pessoas que conheço está passando pelo mesmo problema. Moro com minha mulher, e a bolsa de doutorado dela tem nos mantido. Mas tem gente em situação mais delicada. Chegamos a juntar cestas básicas para ajudar amigos. A classe artística está drasticamente prejudicada”, desabafa. Também expoente da nova geração do samba, João Martins tem apoiado sua mulher, Mariana, que é cozinheira, entregando refeições pelas adjacências do Catete, bairro onde mora. “Músico não tem poupança, renda fixa, não dá para fazer pé de meia. Peguei o auxílio de R$ 200
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das arrecadadoras de direitos autorais, mais os R$ 600 da Caixa, mas essas ajudas já foram embora, já pingam secando. Estamos segurando as pontas. Temos duas filhas, com mensalidades de escola integrais, os gastos são enormes. Vamos na esperança de que vá melhorar”, torce Martins. Em ação conjunta, a União Brasileira de Compositores e o Spotify lançaram o “Juntos pela música” (www.benfeitoria.com/juntospelamusica), um fundo de socorro aos artistas da classe. A empresa de streaming entrou com R$ 500 mil — mesmo aporte da UBC, somando R$ 1 milhão — e promete igualar cada doação feita, dobrando o valor do que for arre 33
CULTURA miro.medium.com
A União Brasileira de Compositores e o Spotify lançaram o “Juntos pela música”
cadado. Para receberem o apoio, os artistas precisam se cadastrar no site da UBC e ser associados da instituição há pelo menos um ano. “As doações são feitas em nosso site, é muito simples. Muitos compositores que dependem de músicas que tocam nos shows estão sem renda. Então, o prejuízo de direitos autorais é grande”, avalia Marcelo Castello Branco, diretor-executivo da UBC. Apesar da causa, as críticas ao valor baixo pago normalmente aos artistas pelas plataformas de streaming seguem fortes. Essa é a opinião do produtor e tecladista Arthur Braganti, que trabalha com a cantora Letrux. “O streaming paga uma miséria. Os independentes vivem de show, e a quarentena nos afeta muito. Num momento como esse, o 34
Spotify precisa proteger mesmo os pequenos, é uma maneira de compensar a divisão de ganhos. Para o autoral já é quase nada. Para quem ganha direito conexo, é menor ainda”, comenta. Presidente da Casa do Choro — que perdeu o patrocínio da Petrobras em 2019 — e da Escola Portátil de Música, a cavaquinista Luciana Rabello conta que os espaços precisaram realizar uma readaptação salarial para enfrentar este momento: “Acho que esta é a mais sofrida das crises. Empregamos 40 pessoas. Para viabilizar a volta da Casa e da Escola, tivemos que fazer uma redução salarial de 35%, mas sem nenhuma demissão. Nossos professores estão trabalhando o dobro de casa, dando aulas on-line. Todos têm muita paixão pelo que fazem. Mas tenho colegas passando ne-
cessidade, pegando empréstimo no banco, o que sempre é uma temeridade. O choro atravessou outras guerras, pandemias, e segue resistindo depois de 150 anos como uma música popular ativa”. Outro importante nome do cavaquinho brasileiro, Henrique Cazes afirma que sua estabilidade hoje se deu pela decisão de retomar a vida acadêmica em 2009, quando completou 50 anos. “Da minha geração, muitos músicos não têm curso de graduação, porque a chamada do mercado era muito tentadora, e as pessoas viravam profissionais muito novas. Hoje vejo muitos amigos passando situações dificílimas, muitos vivendo de salário mínimo, um servicinho qualquer, uma coisa muito triste. Se alguma coisa pode salvar o Rio de um lugar que prometeu e não
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CULTURA donatellacoser.com.br
Danilo Caymmi, Marcelo Castello Branco (presidente da UBC) e Renata Araujo
aconteceu, essa coisa é a música. Temos a história, a tradição, o samba, o choro. Mas o poder público precisa ajudar”, conta Cazes, que hoje implementa o primeiro bacharelado de cavaquinho do mundo na UFRJ. No campo da música clássica, que vem sofrendo com severas depressões econômicas há anos, o futuro é incerto. Na temporada em que completa 80 anos, a Orquestra Sinfônica Brasileira precisou parar e reavaliar os caminhos para o futuro. “Primeiro foi o governo federal quem deixou de apoiar, depois foi a prefeitura. Com o Crivella não houve apoio algum. Como a OSB não é amparada pelo poder público, não corremos o risco de ter o orçamento cortado neste ano. Então, não tivemos reduções ou cortes. Mas o próximo ano é incerto, já
que dependemos das empresas privadas por meio da Lei Rouanet”, diz Ana Flavia Cabral Souza Leite, diretora executiva da OSB. No Teatro Municipal, os corpos artísticos seguem sem cortes, mas o planejamento para uma eventual volta da temporada irá precisar de reajustes. “Tínhamos previsto a chegada de novos patrocinadores e a reconquista da marca neste ano. É um momento muito complicado, de contingenciamento, mas agora o foco é na saúde”, afirma o diretor artístico André Heller-Lopes. “Conseguimos manter os salários e orçamento, graças a Deus, mas vamos ter que cortar na carne, readaptar os títulos, fazer espetáculos mais baratos. Vamos precisar nos reinventar”. Já a Cia. Bachiana Brasileira passa por uma situação mais delica-
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da, com perda de apoio e patrocinadores ainda mais acentuada após o início da pandemia. “Em 2016, houve a decretação oficial de falência da cidade, o que afetou muito a companhia. Nossas ações e projetos basicamente acabaram. Entramos em 2020 com grandes esperanças, mas aí veio a coisa avassaladora da Covid. A situação dos músicos, de forma geral, está muito fragilizada. Há casos de pessoas com crises de ansiedade, com depressão. O isolamento é importante, mas o sol também. O confinamento domiciliar está provocando doenças, pânico, depressão. As atividades que não entram no grande mercado precisam ser protegidas pelo Estado. Mas já passamos por outras crises, não vamos cair”, garante o maestro Ricardo Rocha. 35
CULTURA
Os Estados Unidos precisam respirar A morte do afro-americano George Floyd destampou a panela de pressão social americana e confrontou Donald Trump media.voltron.voanews.com
Painel homenageia George Floyd em Minneapolis, no estado americano de Minnesota
Lucas Mamede Fonte: jornal.usp.br Em 05/06/20 Os Estados Unidos são o país de Martin Luther King e de Malcon X, mas também são o país da Ku-Klux-Klan – uma onomatopeia para o engatilhar de uma arma. São o país de Selma e San Francisco, mas também de Birmingham. São o país da 1ª Emenda à Constituição – aquela que dá a todos os cidadãos o direito à livre expressão – , mas também são o país da 5ª Emenda, que permite que esses mesmos cidadãos com36
prem uma submetralhadora no mercado da esquina. Os Estados Unidos são o país mais rico do mundo, mas não oferecem à população um sistema público de saúde. São o país de Barack Obama – mas também são o de Donald Trump. Porque os Estados Unidos, aquele do “american way of life”, do “sonho americano”, estão longe de ser um país simples. É um país desigual, amalgamado em um caldo sociocultural que muitas vezes passa do ponto de ebulição, ferve além da conta e, como um vulcão ativo, expele magma para
as ruas. E sua mais recente erupção se deu a partir de 25 de maio, quando o policial branco Derek Chauvin deteve o negro George Floyd em uma rua de Mineápolis, no Estado de Minnesota, jogou-o ao chão e, por intermináveis 8 minutos e 46 segundos, pressionou seu pescoço com o joelho. “I can’t breathe”, falou Floyd algumas vezes, antes de morrer. Ele não podia respirar. Depois daquele dia, a América dos sonhos, sufocada, decidiu que precisava respirar. E foi para as ruas gritar. E Donald Trump achou que aquela era uma péssima ideia.
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CULTURA aventurasnahistoria.uol.com.br
Membros da Ku Klux Klan, movimento criado em 1865 que defende correntes extremistas, tais como supremacia branca thoughtco.com
Martin Luther Link Jr, pastor e ativista que se tornou uma das principais figuras do moviemento dos direitos civis dos Estados Unidos Trabalho acadêmico válido como AV2 da turma C304D de Editoração Eletrônica da FACHA - 2020/1
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CULTURA De seu Salão Oval na Casa Branca, comandando telefones, Trump viu as ruas de várias cidades americanas serem tomadas por um turbilhão de gente, muitos jovens, negros, latinos, brancos, asiáticos – o povo que, como um patchwork, dá a cara e a cultura dos Estados Unidos de hoje. “We the people”, diz o preâmbulo da Constituição americana, mais do que bicentenária. “Nós, o povo”, parece gritar aquela gente que invadiu as cidades coast to coast e que não deu bola para o toque de recolher engendrado por prefeitos entre assustados e afoitos. Lá se vão dez dias que a massa tomou as ruas – em alguns casos, errando também no pon-
to de ebulição, queimando carros da polícia e saqueando lojas. Mas, na maioria das vezes, fazendo sua manifestação pacífica, se ajoelhando em dados momentos, gritando palavras de ordem e cantando em outros. E deixando bem claro que aquilo era por Floyd, sim, mas também por tantos outros negros mortos em mãos brancas. Porque o racismo, como disse Obama recentemente, “é o pecado original” dos Estados Unidos. As manifestações que já renderam mil presos – entre eles 190 jornalistas – são o clamor americano pelo antirracismo. E o que Donald Trump fez? Pensou em chamar o exército. Esta foi mais uma das péssimas
ideias que Trump tem tido desde que se tornou o locatário da Casa Branca – aquela mesma que ele, por insegurança ou medo, vai saber, mandou deixar às escuras pela primeira vez na história. A forma errática e truculenta como o presidente americano guia o país mais poderoso do mundo chegou ao seu paroxismo com as recentes manifestações. Querendo mostrar força, mandou a Guarda Nacional e a polícia lançarem bombas de gás lacrimogêneo para dispersar uma manifestação nos arredores de sua residência oficial. Atravessou a Praça Lafayette, parou na porta de uma igreja, posou com a Bíblia na mão e voltou para casa.
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Da direita para esquerda, Colin Kaepernick e Eric Reid se ajoelham durante hino em forma de protesto no ano de 2016, antes de partida da liga profissional de futebol americano, NFL
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CULTURA media.voltron.voanews.com
Barack Obama, primeiro presidente negro dos Estados Unidos
Leis centenárias A ideia de chamar o exército foi um tiro no pé. O secretário de Defesa Mark Esper se posicionou flagrantemente contra a ideia do chefe para conter as marchas antirracismo. Seu antecessor, Jim Mattis, que deixou o governo americano em 2018 justamente por discordar das ideias do presidente americano, foi mais longe. “Temos que rejeitar e responsabilizar aqueles que estão no poder e querem rir da nossa Constituição”, disse Mattis, um ex-fuzileiro de 69 anos com mais de quatro décadas de serviço militar, à revista Atlantic. “Trump é o primeiro presidente da minha vida que não tenta unir o país, nem sequer finge.” É uma verdade. Desde que assu-
miu o poder, Donald Trump tem se preocupado mais em aumentar a cisão histórica entre as classes nos Estados Unidos e olhar com especial atenção para aquela sua fatia de eleitores chamada de wasp – white, anglo-saxon, protestant, ou “branca, anglo-saxônica, protestante”. Os “wasp” seriam os americanos originais, herdeiros diretos dos chamados “pais-fundadores”. Só que, hoje, eles estão perdendo cada vez mais espaço. “We the people”, lembram? O povo americano é muito mais do que isso. E, se ele desejava fazer a América “grande outra vez”, deveria vencer sua miopia. Mas Trump preferiu deixar os óculos de lado. Porque, aparentemente, foi para essa fatia eleitoral que Trump – sempre urdindo guerras, sejam
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elas contra um vírus invisível, sejam contra manifestantes americanos antirracistas – tentou lançar mão do Insurrection Act, ou a Lei de Insurreição. O corolário de leis nas quais se fundamenta e se estrutura o Estado americano é muitas vezes centenário. Esta tentada por Trump foi assinada por Thomas Jefferson em 1807, e dá poder ao presidente de chamar as tropas em casos de terrorismo ou revoltas contra o governo. Definitivamente, manifestações por direitos civis – que são vistas nos Estados Unidos desde os anos 1960 – e contra o racismo podem ser muitas coisas, mas não são atos terroristas ou contra qualquer governo. São a favor do povo. Só um presidente obliterado por forças que não consegue conter poderia pensar diferente. 39
CULTURA Aquilo que vemos nas ruas americanas não é uma insurreição, é uma justa manifestação social protegida pela 1ª Emenda. Por isso, a alusão de Trump à Lei da Insurreição ficou confinada aos arredores da Casa Branca. Nem a Avenida Pensilvânia, a mais importante de Washington, escapou das manifestações. Foi em um desses momentos que o presidente mandou apagar a luz. Talvez para não ver o que estava escrito em um dos cartazes dos manifestantes: “Stop Trump’s new Jim Crow”. Mas quem é esse Jim Crow que os manifestantes acreditam que o presidente tente emular e, por isso, deve ser impedido? Na verdade, ninguém. Jim Crow tornou-se, a partir de meados dos anos 1800, a forma pe-
jorativa de se referir aos negros – ou afro-americanos –, graças a uma música pouco memorável. E a chamada Lei Jim Crow é exatamente aquela que estabeleceu a segregação racial no sul dos Estados Unidos desde o final do século 19 até 1965. “Separados, mas iguais”, proclamava a doutrina legal, tentando explicar o inexplicável. É esta ideia racista, que cheira a mofo e a sangue, que os manifestantes que não saem das ruas querem impedir. Eles não têm dia para parar seus protestos. Porque nada mudou ainda nos Estados Unidos – nem o ocupante da Casa Branca. Mas talvez esses manifestantes, inconscientemente, estejam reproduzindo uma outra manifes-
tação, praticamente solitária e silenciosa, que está na porta de Donald Trump. Desde 1981 a Casa Branca tem como vizinha de grades uma barraca. Ela foi armada ali originalmente pelos ativistas pela paz William Thomas e Concepcion Piccioto. Naquela época, não havia nenhuma lei que proibisse alguém de montar uma barraca nas portas da casa do presidente. Thomas morreu em 2009 e Connie, como era conhecida, em 2016, aos 80 anos. E para que ninguém tirasse a barraca de lá, Philipos Melaku-Bello foi viver nela. Está lá até hoje. Em um dos cartazes fora de seu abrigo, pode-se ler: “Procura-se sabedoria e honestidade”. As ruas americanas também estão nesta busca. api.time.com
Al Hajj Malik Al-Shabazz, mais conhecido como Malcolm X foi um dos maiores defensores do Nacionalismo Negro nos Estados Unidos
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ENTRETENIMENTO
Jorge Aragão ‘atravessa’ o samba com single sobre feminicídio www.saopaulo.sp.gov.br
Músico e compositor Jorge Aragão da Cruz
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ENTRETENIMENTO
Mesmo com a boa intenção de valorizar a vida da mulher, artista erra o enfoque ao abordar o tema na letra de ‘Ninguém vale dor e despedida’, música composta com Mauro Jr. e Xande de Pilares
Amanda Assis Fonte: www.g1.globo.com Em: 07\06\20 “Porque não se resguardar se houver suspeita?”, questiona Jorge Aragão em verso do samba Ninguém vale dor e despedida, lançado pelo cantor e compositor carioca em single apresentado na sexta-feira, 5 de junho. “Seja mais leal à tua vida”, receita o artista em outro verso da letra desse samba em tom menor composto por Aragão em parceria com Mauro Jr. e Xande de Pilares. Em que pesem as boas intenções dos compositores ao tocarem na questão do feminicídio para versar sobre “o respeito e a valorização da vida da mulher, com mensagem de conscientização e esperança”, como sublinha nota enviada à imprensa pela distribuidora digital ONErpm com a notícia do single, há nítido erro no enfoque adotado pelos sambistas para abordar tema
que vem chamando a atenção da sociedade brasileira pelo intolerável aumento de assassinatos de mulheres por homens. Ao longo da letra de Ninguém vale dor e despedida, os compositores Jorge Aragão, Mauro Jr. e Xande de Pilares receitam ações e emoções para mulheres às voltas com a violência masculina. Como se estivesse somente nas mãos dessas mulheres – únicas vítimas desse tipo hediondo de crime – o poder de evitar a violência enraizada em sociedade machista. Como se elas contribuíssem para o próprio assassinato ao adotar determinado tipo de comportamento diante da iminência do crime. O grande problema da letra injusta de Ninguém vale dor e despedida – samba já em si pouco inspirado... – é que ela parece jogar sobre os ombros das mulheres parte da responsabilidade pelo feminicídio em vez de direcionar o recado para os homens criminosos que o pra-
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ticam, estes, sim, os verdadeiros culpados pela escalada da violência contra a mulher no Brasil. Encerrada com o inacreditável verso “Seja então Odara...”, a letra de Ninguém vale dor e despedida deixa a impressão de que a mulher é morta porque lhe faltou autoestima e/ou a capacidade de fugir de situação de violência quando, na realidade, como mostram as reportagens sobre o tema, as vítimas dos feminicídios muitas vezes tentam em vão fugir do algoz e não raro denunciam a iminência do crime, só que nem sempre são ouvidas com a devida atenção. E, quando não denunciam, é porque se sentem acuadas pelo agressor, em situação de extrema vulnerabilidade. Por mais que a intenção tenha sido boa e que os compositores sempre tenham estado do lado do povo brasileiro, Jorge Aragão, Mauro Jr. e Xande de Pilares atravessaram o samba com o single Ninguém vale dor e despedida.
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♪ Eis a letra do samba Ninguém vale dor e despedida, tal como reproduzida no canal oficial de Jorge Aragão no YouTube:
Ninguém vale dor e despedida (Jorge Aragão, Xande de Pilares e Mauro Jr.) Quando é verdadeiro amor, se entrega e se respeita Isso é o que sempre se vê na tela da TV Por que não se resguardar assim que houver suspeita? Se tocar em não virar notícia pra se ler Seja mais leal à tua vida Ninguém vale dor e despedida Certamente mais alguém te amará Filhos, mãe, irmãos, tua família Olhe bem no espelho e então me entenderá Veja teu sorriso o que refletirá Ame a si, somente a si e tudo valerá Vamos combinar, o amor até pode morrer, não você em seu lugar Única e primeira opção tem que ser tua vida e ávida Odeia apanhar homem que brinca de bater Mata mas não quer morrer Seja então Odara...
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Capa do single ‘Ninguém vale dor e despedida’, de Jorge Aragão
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ENTRETENIMENTO
Banksy pinta obra em tributo a George Floyd
www.basky.co.uk
Amanda Assis Fonte: www.g1.globo.com 07/06/20 O artista de rua britânico Banksy publicou uma nova peça no sábado (6) em que mostra a bandeira dos Estados Unidos sendo incendiada por uma vela que faz parte do memorial de uma silhueta negra anônima. A obra foi publicada no dia em que milhares de pessoas protestaram em Londres e outras cidades do mundo contra o assassinato de George Floyd, em Mineápolis, em 25 de maio. Floyd foi assassinado por um policial branco que o asfixou ao pressionar o joelho contra seu pescoço por nove minutos sem se importar com protestos de pessoas que o alertaram que ele estava morrendo. “Pessoas de cor estão sendo prejudicadas pelo sistema. O sistema branco”, escreveu Banksy ao publicar a imagem no Instagram. Banksy comparou o racismo a um cano quebrado que alaga o apartamento de baixo, e afirmou que os moradores têm o direito de arrombar o apartamento de cima para resolver o problema.
Obra do artista Banksy publicada em sua conta no Instagram
“Este é um problema branco. E, se não for consertado, alguém vai precisar subir as escadas e arrombar a porta”, escreveu Banksy.
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MPF arquiva representações contra exibição do especial de Natal do Porta dos Fundos Trama de ‘A primeira tentação de Cristo’ sugere que Jesus teve experiência homossexual. Para promotores, material se enquadra na liberdade de expressão dos autores e não constitui escárnio. Amanda Assis Fonte: www.g1.globo.com Em: 25\05\20
www.odia.ig.com
O Ministério Público Federal (MPF) arquivou quatro representações contra a exibição do vídeo “A primeira tentação de Cristo”, da produtora Porta dos Fundos. O especial de Natal, exibido em dezembro de 2019 pela Netflix, causou reações em comunidades cristãs, que foram à Justiça pela proibição de exibição do material. A trama da produção sugere que Jesus Cristo teve uma experiência homossexual após passar 40 dias no deserto.
Em voto que justifica o arquivamento, o subprocurador-geral da República Juliano Baiocchi Villa-Verde de Carvalho argumentou: “O vídeo em questão foi publicado por produtora de vídeos de comédia conhecida nacionalmente e apresenta sátiras de personagens bíblicos, o que se enquadra na liberdade de expressão de seus autores e atores, sendo que a mera intenção de caçoar (animus jocandi) exclui o elemento subjetivo do escárnio. Não verificação de vilipêndio de ato ou objeto de culto. Inexistência de elementos mínimos que justifiquem o prosseguimento da persecução penal”. www.cafecomfilme.com
Especial de Natal: A Primeira Tentação de Cristo
Fábio Porchat como Orlando, amigo que Jesus conheceu no deserto.
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ENTRETENIMENTO www.ipsislitteris.opensadorselvagem.org
Jesus, interpretado por Gregório Duvivier, traz para casa um amigo esquisito, interpretado por Fábio Porchat, com quem vive um romance gay espantando José, Maria, os reis magos e até de Deus
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ENTRETENIMENTO www.gq.globo.com
Briga Judicial A exibição do especial “A primeira tentação de Cristo” provocou uma batalha judicial entre entidades cristãs que se sentiram ofendidas com o conteúdo do material e advogados da produtora Porta dos Fundos e da própria Netflix. No dia 8 de janeiro, a Justiça do Rio proibiu a exibição do vídeo. O desembargador Benedicto Abicair, da 6ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, acolheu, em decisão liminar, um pedido da associação católica Centro Dom Bosco de Fé e Cultura que, em primeira instância e durante o Plantão Judiciário, já havia sido negado. Na liminar, o desembargador afirmou que o direito à liberdade de expressão, imprensa e artística não é absoluto. E tratou a decisão como um recurso à cautela para acalmar os ânimos até que o mérito do caso fosse julgado Afirmou, ainda, que a suspensão é mais adequada e benéfica para a sociedade brasileira, de maioria cristã. Em uma primeira decisão, a Justiça havia negado o pedido de liminar. A juíza Adriana Jara Moura, da 16ª Vara Cível, afirmou que o filme não violava o direito da liberdade de crença de forma a justificar a censura pretendida. 48
Elenco e equipe de produção do Porta dos Fundos receberam o Emmy de melhor comédia com o Especial de Natal, “Se Beber, Não Ceie”, uma sátira “Se Beber, Não Ceie”
No entanto, logo no dia seguinte, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, concedeu decisão liminar para autorizar a Netflix a exibir o material, derrubando a proibição. “Não se descuida da relevância do respeito à fé cristã (assim como de todas as demais crenças reli-
giosas ou a ausência dela). Não é de se supor, contudo, que uma sátira humorística tenha o condão de abalar valores da fé cristã, cuja existência retrocede há mais de 2 (dois) mil anos, estando insculpida na crença da maioria dos cidadãos brasileiros”, afirmou o ministro Dias Toffoli na decisão.
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Relembre o ataque Na madrugada de 24 de dezembro do ano passado, a sede da produtora do Porta dos Fundos no Humaitá, Zona Sul do Rio, foi alvo de um ataque. Dois coquetéis molotov foram jogados contra a fachada do imóvel. O caso foi registrado como crime de explosão na 10ª DP (Botafogo). Houve danos materiais no quintal e na recepção. Segundo integrantes do grupo, caso não houvesse
www.g1.globo.com
Eduardo Fauzi, empresário que assumiu a autoria do ataque e fugiu para Rússia.
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um segurança no local, todo o prédio teria sido incendiado. O fogo foi contido pelo funcionário. Único suspeito identificado até o momento, o economista e empresário Eduardo Fauzi fugiu para a Rússia no dia 29 de dezembro. Ele foi incluído na lista de difusão vermelha da Interpol e, com isso, pode ser preso por qualquer força policial do país em que esteja. www.behance.com
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Produtora do Porta dos Fundos no Rio sofre ataque à bombas. Identidade visual da produtora Trabalho acadêmico válido como AV2 da turma C304D de Editoração Eletrônica da FACHA - 2020/1
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SAÚDE
Tratamento inovador faz leucemia em bebê desaparecer Layla Richards, de um ano, não respondia aos tratamentos comuns, quando foi submetida a uma terapia genética que só havia sido realizada em camundongos telegraph.co.uk
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Bruna R. Maximiliano Fonte: www.vejaabril.com.br Em: 16\10\2015
-la sob cuidados paliativos. Os pais de Layla recusaram a opção e insistiram com os tratamentos. Os médicos do hospital Great Ormond Street, em Londres, sugeriram a terapia conhecida como “células imunológicas projetadas”, uma tradução livre do inglês “designer immune cells”, que utiliza tecnologia de ponta para edição de genoma. O tratamento só havia sido apli-
missão especial para tentar uma terapia experimental na criança. O procedimento consiste em alterar o DNA de linfócitos T (células ma menina de apenas um imunológicas) de um doador, com ano teve a leucemia revera ajuda de tesouras microscópitida após se submeter a cas, conhecidas como Talens. As um tratamento inédito e inovador células alteradas têm a função de na Grã-Bretanha. O caso foi parprocurar e matar apenas células cialmente divulgado pelo hospital do tumor e são “invisíveis” para britânico Great Ormond Street, os medicamentos tomados pela que tratou a paciente. A história paciente. será relatada em detalhes durante As células modificadas foo Encontro da Sociedade ram então injetadas em “Fiquei assustado em pensar Americana de HematoloLayla e em apenas algumas que o tratamento nunca havia gia, em dezembro, em Orsemanas os médicos perlando, nos Estados Unidos. ceberam que o tratamento sido usado em humanos, Layla Richards nasceu em estava funcionando. Quanmas não tive dúvidas. junho do ano passado e do se certificaram de que as Ela estava doente, sentindo aos três meses de vida foi células leucêmicas haviam diagnosticada com leusido removidas, os médicos muitas dores, e nós tínhamos cemia linfoide aguda, um realizaram um novo transde fazer alguma coisa” tipo bastante agressivo. Ela plante de medula óssea para passou por quimioterapia substituir o sistema imunoe transplante de medula, lógico da menina, que havia mas, como esperado em bebês cado em laboratório, mas surgiu sido destruído pelo tratamento. muito novos, os tratamentos não como única opção para Layla Layla precisou passar alguns metiveram efeito. As taxas de cura A técnica foi colocada em prática ses em isolamento para se protenessa fase são de apenas 25%. após a equipe médica, em conjunger de infecções, enquanto o seu Diante disso, os médicos disseram to com o fabricante da tecnologia, sistema imunológico estava fragique não havia mais nada a fazer e a Cellectis, conseguirem uma perlizado. Agora, ela se recupera em aconselharam a família a colocácasa e retorna ao hospital apenas independent.co.uk para check-ups. Embora ainda seja muito cedo para dizer que Layla está curada, ela não apresenta mais traços de leucemia em seu corpo. “Só vamos saber se ela está curada daqui a um ou dois anos, mas ter chegado tão longe já é um passo enorme.”, disse, Paul Veys, do hospital Great Ormond Street. De acordo com a equipe do hospital, exames clínicos estão programados para começar no ano que vem. Eles também afirmam que essa técnica tem o potencial de ser usada para tratar outros tipos de tumores de doenças hereditárias.
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Família de Layla, durante a sua festa
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SAÚDE
As cincos doenças que afetam a saúde da mulher Mesmo na pandemia, é importante ficar de olhos em outras doenças
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Bruna R. Maximiliano Fonte:www.bebeabril.com.br Em: 28\05\2020
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pandemia do novo coronavírus acendeu um alerta mundial sobre nossa saúde. Se antes, no meio da correria, a gente não parava nem diante de uma gripe, o coronavírus nos fez repensar nossa rotina e o modo como estávamos lidando com nosso corpo. É hora sim de rever hábitos e, quem sabe, conseguir sair da quarentena mais consciente de que devemos prestar atenção aos sinais que o nosso organismo nos manda. E é justamente este repensar que também pede a data 28 de maio, 52
Dia Internacional pela Luta da Saúde da Mulher. Criada para dar visibilidade aos problemas mais comuns de saúde feminina, o marco ressalta os cuidados com doenças como câncer de mama e no colo do útero, endometriose, infecção urinária, depressão, fibromialgia e obesidade. Enfermidades que se agravam com a dupla jornada enfrentadas por grande parte das mulheres brasileiras, que acabam influenciando na falta de prevenção e adiamento de exames fundamentais. A data também é marcada pelo Dia da Redução da Mortalidade Materna, que apesar de estar em queda desde 2015, precisa ser lembrada para que medidas em busca
de melhores condições de saúde públicas continuem sendo adotadas. Com isso em mente, separamos conteúdos sobre algumas das principais doenças que afetam as mulheres e que valem a pena entrar no seu calendário de exames anuais:
Câncer de Mama
Ainda que seja uma doença amplamente divulgada em campanhas de conscientização midiáticas, o câncer de mama continua sendo o segundo mais recorrente em mulheres no mundo todo. De acordo com o Ministério da Saúde, 28% dos casos novos de câncer em pessoas do sexo feminino é deste tipo. Com isso a importância, de novo,
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SAÚDE de conhecer o próprio corpo. Para a detecção precoce da doença e aumento das chances de tratamento e cura, é fundamental estar atenta aos sinais nas mamas e realizar periodicamente o autoexame. Diante de qualquer sinal, o ideal é pontuar o quanto antes seu ginecologista para que sejam tomadas as medidas necessárias, como mamografia, punção e biópsia.
foto:www.pucsp.com.br
Endomentriose
Apesar de ter estudos que datam 1860, a endometriose está frequentemente ligada a um problema da mulher pós-século 20, já que tem ligações com o estresse, ansiedade e fatores genéticos. É comum o diagnóstico ser tardio, já que é uma doença silenciosa, ainda que causadora de dores fortes ao menstruar e, em alguns casos, ao ter relações sexuais. E apesar de não ser rara, cerca de 10 a 15% das mulheres têm, a endometriose pode sim causar infertilidade.
Fibromalgia
De causas desconhecidas, a principal característica da doença é uma dor crônica em vários pontos do corpo, além de gerar fadiga, problemas de sono e alterações de humor. Começa nas articulações e migra pelo organismo, sendo que 90% dos casos ocorrem em mulheres na faixa dos 35 a 50 anos. Hoje em dia, associa-se a baixos níveis de serotonina e desequilíbrios hormonais, acentuados por tensão e estresse.
Depressão
É necessário falar sobre a saúde mental da mulher, aqui num recorte específico da maternidade. Sobrecarregada, sob fortes demandas de planejamento e gerenciamento da vida familiar e profissional, sem ter com quem dividir as tarefas, é cada vez mais
frequente que esta mãe desenvolva quadros de depressão, crises de ansiedade e outros transtornos. E na pandemia, o cenário ficou ainda mais grave. É preciso repensar como aliviar a carga mental desta pessoa, tendo em vista de que não depende só dela, mas dos indivíduos ao redor. Por tanto o ideal é pedir ajuda, é preciso diminuir expectativas e valorizar momentos de autocuidado, além de procurar auxílio profissional. IST Sim, se você tem uma vida sexual ativa, as infecções sexualmente transmissíveis fazem parte da sua vida. Não importa o seu estado civil ou se está gestando, todas as mulheres correm o risco de con-
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trair uma destas enfermidades. As mais comuns são HPV, clamídia, sífilis, gonorreia, herpes, candidíase, hepatite B e HIV. A prevenção, você já sabe: não abrir mão do preservativo, ter diálogo franco com o parceiro(a), tirar dúvidas com seu ginecologista e testar sempre que surgir a dúvida.
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SAÚDE
O que os cientistas já descobriram sobre a Covid-19 Apesar de um esforço internacional sem precedentes, o novo coronavírus, continua avançando e infectando milhares de pessoas por dia poder360.com.br
Pessoas de quarentena em Anapólis
Bruna R. Maximiliano Fonte: www.bbc.com.br Em:08\06\20
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eis meses depois de detectados os primeiros casos de covid-19, o que os cientistas já descobriram sobre como conter a doença? Ativando o alarme O novo coronavírus pegou a todos de surpresa. Enquanto o mundo se preparava para festejar a virada para o ano 2020, o doutor Li Wenliang trabalhava no departamento de
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Emergências do Hospital Central de Wuhan, na China, onde sete pacientes com pneumonia haviam sido colocados de quarentena. No dia 30 de dezembro, Li enviou mensagens a um grupo privado de colegas na plataforma WeChat alertando para um possível surto de vírus. Três dias depois de enviar as mensagens de texto a seus companheiros, Li foi detido pela polícia junto com outros oito médicos por “espalhar boatos”, segundo os meios de comunicação chineses.
‘Cena do crime’
Ao longo das últimas semanas de dezembro de 2019, na medida em que mais médicos e enfermeiras, além do doutor Li, começaram a alertar para um possível surto do vírus, outros agentes de saúde detectaram novos pacientes, a maioria deles trabalhadores do mercado de Huanan, em Wuhan, onde se vende diversos tipos de animais selvagens. No dia 31 de dezembro, a Comissão de Saúde de Wuhan apresentou seu primeiro informe oficial ao governo central chinês. No dia seguinte, o mercado foi colocado
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SAÚDE em quarentena. Hoje, os cientistas são unânimes em dizer que o primeiro grande surto foi detectado no mercado, mas eles acreditam ser pouco provável que o vírus tenha surgido ali. Segundo um estudo de médicos de Wuhan, publicado em janeiro pela revista médica The Lancet, foi descoberto posteriormente que o primeiro caso de covid-19 em um humano aconteceu no dia 1º de dezembro. Trata-se de um idoso de Wuhan que não tinha nenhum vínculo com o mercado de Huanan. Apenas nove dias depois da primeira morte confirmada em um paciente de covid-19, em 11 de janeiro, já havia casos no Japão, Coreia do Sul e Tailândia. Em apenas seis meses, a covid-19 havia se estendido por 188 países e infectado mais de 6,6 milhões de pessoas.
Perfil do patógeno
“Nossa primeira pergunta sempre é ‘quem é’?”, diz o professor de imunologia Kristian Andersen. O laboratório de Andersen é especializado em genética de doenças infecciosas. Ele investiga como os vírus saem dos animais para os humanos e provocam surtos em
Homenagem em memória ao médico Li Wealing
grande escala. Decodificar o genoma de um vírus costuma demorar meses ou anos. No entanto, no dia 10 de janeiro, cientistas do Instituto de Virologia de Wuhan, dirigidos pelo professor Yong-Zhen Zhang, publicaram a primeira sequência genômica do Sars-CoV-2, com base na análise de amostras de pacientes. Essa é potencialmente a peça mais fundamental do quebra-cabeças para se entender o vírus. “Assim que vimos essa primeira www.businesswire.com.br omccomcomcomcomcombr
Northweel começa o teste semi - automatizado de covid-19
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sequência, soubemos imediatamente que se tratava de um tipo de coronavírus, e que ele era 80% idêntico ao Sars”, diz Andersen. “Assim que vimos essa primeira sequência, soubemos imediatamente que se tratava de um tipo de coronavírus, e que ele era 80% idêntico ao Sars”, diz Andersen. O vírus da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars, na sigla em inglês) havia provocado um surto na Ásia entre 2002 e 2003, infectando 8 mil pessoas e matando quase 800. Os coronavírus são uma família grande de vírus. Centenas deles circulam entre animais como veados, camelos, morcegos e gatos. O Sars-CoV-2, que provoca a covid-19, é apenas o sétimo coronavírus que - cientistas acreditam - passou de um animal para os humanos. “Nossa segunda pergunta é sobre como podemos diagnosticá-los, o que nos leva a fazer exames e tentar compreender a forma como se transmite o vírus”, diz Andersen. “A terceira pergunta é ‘como podemos criar vacinas contra ele?’ Tudo isso pode ser respondido 55
SAÚDE www.reuters.com.br
com a genética”, diz. Andersen diz que há provas concretas de que o vírus surgiu primeiro em morcegos. “Em última instância, isso começou em um morcego. Sabemos que este é um vírus completamente natural, porque há muitos parecidos com ele em morcegos. O que não sabemos é como isso chegou aos humanos.” A equipe de Andersen estudou outro coronavírus em um morcego, que era 96% idêntico ao Sars-CoV-2. Também há semelhanças com outro vírus semelhante encontrado entre pangolins, um dos mamíferos mais contrabandeados da Ásia. Será que o vírus surgiu de um morcego ou outro animal intermediário, como o pangolim, recebendo algumas proteínas adicionais, até finalmente atacar um humano? A investigação continua. Na China, o laboratório do professor Zhang foi fechado e sua licença para investigar a doença foi revogada apenas dois dias depois de ele compartilhar com o mundo a primeira sequência genética do Sars-CoV-2. Segundo médicos chineses, nenhum motivo oficial foi dado, mas a contribuição da equipe de Zhang criou raízes pelo mundo. “Sem este primeiro sequenciamento, não poderíamos ter começado nenhum dos nossos trabalhos”, diz Andersen. “Tudo isso graças a cientistas que entregam informações cruciais em uma velocidade incrível.”
Testar, rastrear, isolar
Na medida em que a pandemia foi avançando, os cientistas começaram a rastrear o vírus de duas maneiras. Primeiro houve o trabalho dos 56
Mulher de máscara em Seoul, Coréia do Sul
“rastreadores de contato”, que tentavam identificar e isolar possíveis infectados. Depois houve o cientistas que rastrearam o código genético do vírus, que tentavam entender como o vírus se espalhou de forma tão rápida pelo mundo. Rastreadores de contato A Coreia do Sul, um país de 51 milhões de habitantes, foi um dos países que melhor conseguiram conter a covid-19. Grande parte deste sucesso foi atribuído a sua capacidade de mobilizar um pequeno exército de rastreadores de contato: detetives treinados para traçar as conexões entre um caso positivo de covid-19 e seus contatos mais recentes. Os rastreadores decidiam sobre quem deve receber instruções para se isolar ou, em alguns casos, sobre prédios inteiros que deveriam ser colocados em quarentena. Com poucos casos registrados entre janeiro e fevereiro, muitos sul-coreanos pensaram que talvez o país tivesse conseguido evitar um grande surto. No entanto, no final de fevereiro, uma cidade sozinha registrou uma escalada repentina de milhares de
casos em poucos dias. O surto da cidade de Daegu foi atribuído desde então a movimentos de uma única pessoa, uma “superpropagadora”, hoje em dia conhecida como a infame paciente 31, que pertencia à igreja Shincheonji de Jesus. Essa paciente testou positivo para covid-19 no dia 17 de fevereiro. Graças ao trabalho dos rastreadores, foram identificados seus contatos mais recentes - mais de mil pessoas em apenas dez dias. Todos foram instruídos a se isolar, evitando talvez um contágio maior. A paciente 31 esteve envolvida em um acidente de trânsito no dia 6 de fevereiro e foi parar no hospital no dia seguinte, onde teve contato com 128 pessoas. Ela teve uma alta temporária para poder ir para casa e recolher alguns pertences, em uma viagem de ida e volta de duas horas e meia. Mais tarde naquela semana, ela ainda saiu para almoçar com uma pessoa e para assistir a um serviço religioso de duas horas com cerca de mil pessoas. O professor Kim Jong-Yeon é responsável pelos rastreadores de
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SAÚDE www.veja.abril.com.br
Rua de Manhattan vazia, devido o isolamento
contato em Daegu. Ele conta que quando as pessoas investigadas são evasivas em suas respostas, os “detetives” partem para métodos mais rigorosos, como análise de transações de cartões de crédito, ligações telefônicas ou rastreamento de localização. Foi assim com a paciente 31. “A princípio a paciente 31 não nos falou que era da igreja Schincheonji. Fomos nós, os rastreadores de contato, que descobrimos isso mais tarde”, diz Kim A igreja Schincheonji de Jesus tem aproximadamente 300 mil membros em todo o país. Devido à natureza discreta da igreja, Kim disse que a parte mais difícil da investigação foi estabelecer quem havia visitado aquela igreja naquela semana. “Finalmente conseguimos uma lista de 9 mil integrantes daquela igreja. A princípio começamos a telefonar para saber se elas tinham tido algum sintoma. Cerca de 1,2 mil pessoas disseram que sim, mas outras se recusaram a fazer testes ou a fazer quarentena”, conta. Diante do receio de centenas das pessoas em revelar que faziam parte da igreja, o professor conta que o governo se viu obrigado a emitir uma ordem executiva de-
terminando que todos os fiéis a praticassem isolamento. A investigação rigorosa de todos os novos casos, combinada com provas exaustivas, freou rapidamente a propagação do vírus e em princípios de abril Daegu já estava registrando zero pacientes novos de covid-19. Mas no resto do mundo o vírus continuou se propagando. Para a comunidade científica, segue sendo fundamental rastrear o vírus em todos os continentes.
Rastro de pistas
O ponto violeta no mapa de Wuhan representa as primeiras amostras tomadas de pacientes com covid-19 e analisadas por cientistas para revelar o genoma do vírus. Trata-se de uma cadeia de 30 mil letras genéticas que contém tudo que o vírus necessita para se replicar e se propagar. Desde o descobrimento do genoma, os cientistas de todo mundo seguem analisando dezenas de milhares de amostras, colocando tudo na plataforma GISAID, uma das poucas bases de dados com código aberto. Ao sequenciar repetidamente o genoma milhares de vezes enquanto o vírus está se propagando, os cientistas podem rastrear
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mutações no código genético: pequenos erros, ou “erros tipográficos” na cadeia de letras. É como se fosse um rastro de pistas deixado pelo vírus. Ao seguir essas mutações, os cientistas podem mostrar como o vírus está se propagando por fronteiras. Por exemplo, se uma amostra tomada em Nova York revela três mutações singulares e várias amostras de Wuhan também têm esses mesmos três erros tipográficos no seu genoma, é muito provável que estes casos tenham se originado do mesmo agente transmissor. Ao estabelecer posteriormente um cronograma, os cientistas conseguem entender quando e como o vírus foi de Wuhan para Nova York. Com mais de 37 mil amostras já sequenciadas em todo o mundo, a natureza devastadoramente infecciosa do Sars-CoV-2 já foi completamente revelada. A epidemiologista Emma Hodcroft trabalha com o grupo Nextstrain, que reúne cientistas dedicados a extrair informações-chave das dezenas de milhares de sequências publicadas na plataforma GISAID. Eles produzem um mapa aberto com informações em tempo real na medida que se descobre mutações do genoma e sua propagação pelo mundo. “É possível que as pessoas não saibam quando ou onde se infectaram. Mas os dados do genoma são bem confiáveis”, diz Hodcroft. Especialmente em lugares onde não há informação, como é o caso do Irã.
Vínculos misteriosos
No final de janeiro, Hodcroft e a equipe da Nexstain começaram a perceber uma série de amostras 57
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foi um dos primeiros a estabelecer em uma escala maior o problema dos assintomáticos. Outros estudos desde então já produziram estimativas mostrando que até 70% das pessoas podem ser assintomáticas. A outra descoberta surpreendente foi a de que, entre 3 mil pessoas, não houve nenhuma criança com menos de dez anos infectada. “Não estamos dizendo que crianças não podem ser contaminadas. Isso já foi demonstrado em outros estudos. Mas o fato de que pelo menos uma dúzia delas estava vivendo com pessoas contaminadas mas não pegaram o vírus é estranho e precisa ser investigado mais a fundo”, diz Lavezzo. A principal razão pela qual a covid-19 continua avançando sem parar é porque, comparado com outros coronavírus, ele parece conseguir afetar grandes quantidades de pessoas, que acabam servindo involuntariamente de portadores, aumentando ainda mais a disseminação. Mas por que a covid-19 é tão singular na sua capacidade de causar sintomas tão variados, de uma leve tosse a problemas respiratórios fatais? E por que as crianças seriam menos afetadas? Uma combinação mortal Os cientistas descobriram que o vírus só entra no corpo humano de um jeito, que é se agarrando a alguns receptores específicos presentes nas células humanas, conhecidos como ACE-2. O laboratório do professor Michael Farzan foi o primeiro a descobrir o ACE-2, em 2003, durante a epidemia de Sars. Mas Farzan explica que o problema do receptor ACE-2 é que ele existe em diversas partes diferentes do corpo, como nariz, pulmão, 58
Homem passeando com seu cachorro na Itália, em tempos de covid-19
intestinos, coração, fígado e cérebro. Essa disseminação ampla do ACE2 explica por que a covid-19 provoca tantos sintomas distintos. De uma infecção no nariz, que prejudica o olfato, à inflamação dos pulmões, com tosses fortes. Geralmente os vírus são bons ou em contágio ou na capacidade de provocar doenças graves. A covid-19 é mais perigoso porque é bom nas duas coisas. Ao infectar as vias respiratórias superiores, o nariz e a parte superior do pulmão, a inflamação provoca tosse e espirros, que rapidamente disseminam a doença. E ao mesmo tempo a infecção nas vias inferiores e na parte inferior do pulmão pode causar problemas respiratórios potencialmente fatais. As evidências de que crianças são mais ou menos propensas a passar o vírus adiante do que os adultos são inconclusivas. O grupo de assessoramento cien-
tífico para emergências (Sage, na sigla em inglês) do governo britânico disse que o “balanço das evidências” sugere que crianças podem ter menores probabilidades de tanto contrair a doença quando espalhá-la. Mas eles mesmos também admitem que as evidências são inconclusivas. O professor Farzan afirma que os cientistas agora têm evidências de que crianças, que representam menos de 2% dos casos, possuem menos receptores ACE-2 na parte inferior de seus pulmões, em comparação com os adultos. “Isso significa que as crianças têm uma inclinação menor a contrair essa doença, pelo menos na forma da pneumonia grave que muitos adultos estão tendo”, diz ele. Mas ainda assim as crianças possuem muitos receptores na parte superior do pulmão. “Elas ainda serão capazes de transmitir o vírus a outras pessoas porque a via respiratória superior é um canal importante de
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Mulher no metrô de máscara
disseminação do vírus.” É por causa da eficiente capacidade de devastação do vírus e de seu rápido contágio que - após seis meses de pesquisas - cientistas acreditam que a única forma de realmente pôr fim a essa pandemia - e evitar futuras ondas - é encontrando uma vacina.
A corrida por uma vacina
Há 124 grupos diferentes disputando a possibilidade de ser o primeiro a testar uma vacina contra a covid-19. O professor brasileiro Jorge Kalil, diretor médico da Universidade de São Paulo (USP), lidera um desses testes que estão acontecen
do no Brasil, um dos países mais afetados no mundo pela doença. Apesar do problema, o presidente Jair Bolsonaro segue participando de manifestações contra quarentenas, que foram decretadas na maioria das grandes cidades do país. Algumas pessoas dizem que uma vacina pode estar pronta já em setembro, com o processo de fabricação e distribuição levando ainda outros 12 a 18 meses. Mas Kalil é cético. Ele diz que é importante ser rigoroso, e não ser o primeiro “Nós temos que ir o mais rápido possível.
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Mas não acho que o primeiro a conseguir será o vencedor. Não é uma corrida de carro. O vencedor será a melhor vacina, aquela que funciona na maioria das pessoas - idealmente 90% e que interrompa tanto os sintomas como a transmissão.” Kalil acredita que para realmente se pôr um fim à pandemia o mundo precisa de uma vacina que funcione com idosos e aqueles que possuem comorbidades. São essas as pessoas que terão mais dificuldades de criar anticorpos, diz Kalil. Sem uma vacina assim, ele acredita que a covid-19 continuará se espalhando. 59
Obesidade Infantil U m sim p le s d o ce p o d e ca u sa r vá rio s p ro b le m a s n o fu tu ro A rtro se
A p n e ia H ip e r t e n s ã o D ia b e t e
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Cuide de quem você ama Trabalho acadêmico válido como AV2 da turma C304D de Editoração Eletrônica da FACHA - 2020/1
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TURISMO
Disney começa a reabrir parques em Orlando no dia 11 de julho Disney reabre, mas sem tradicional parada com personagens para evitar aglomerações.
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TURISMO thevocationtimes.com
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TURISMO
Novas regras serão adotadas, como o uso obrigatório de máscaras e verificações de temperatura de visitantes e funcionários Letícia Martins Fonte: www.mercadoeeventos.com.br Em 27/05/20
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Disney acaba de apresentar a proposta de reabertura em fases de seus parques temáticos em Orlando à Força-Tarefa de Recuperação Econômica do Condado de Orange, na Flórida. O Walt Disney World Resort decidiu que os primeiros parques a reabrir as portas serão o Magic Kingdom e Animal Kingdom, no dia 11 de julho. No dia 15 de julho, será a vez do Epcot e do Hollywood Studios voltarem a operar. A reabertura será feita em fases. O plano foi aprovado pelo governo de Orange County. Sendo assim, todos os parques do complexo abrirão em sistema de soft opening (com públicos selecionados) e com protocolos de higiene e segurança a serem seguidos. Todas as informações foram divulgadas pelo vice-presidente Sênior de Operações do Walt Disney World Resort, Jim MacPhee, em conferência virtual com grandes nomes do Condado de Orange, incluindo o presidente do Visit Orlando, George Aguel. “Apesar da abertura dos parques, haverá limite de capacidade nas atrações, restaurantes e lojas. Já as clássicas paradas, os shows de fogos, o encontro com personagens e outros eventos estarão suspensos justamente para evitar aglomerações”, disse. Entre as mudanças propostas
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Visitante com máscara no paraque da Disney em Shanghai, na China
para a reabertura dos parques da Disney nos Estados Unidos estão o distanciamento social e a obrigatoriedade do uso de máscaras, medição de temperaturas de clientes e funcionários, bem como a redução de contatos entre clientes e cast members. “Colocamos muito mais estações para as pessoas realizarem a limpeza de suas mãos de
forma frequente, bem como iremos manter uma distância apropriada em cada parte do parque”, revelou MacPhee. O uso de máscaras será obrigatório. A medição de temperatura de funcionários e clientes será realizada na entrada. A limpeza será aprimorada em cada parte do parque e em suas instalações e atra
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TURISMO china.org.cn
ções, com destaque para as áreas de grande toque, como corrimãos e totens de autoatendimento. MacPhee encorajou os visitantes a pagarem suas despesas com métodos que evitem o contato e afirmou que os cast members estão treinados justamente para manter o distanciamento social. Para isso, a Disney permitirá transações sem
dinheiro através da criação de um sistema de pagamento sem contato. O Walt Disney World Resort também investiu na comunicação de novos protocolos que devem ser seguidos pelos visitantes. Eles terão acesso a todas estas informações pelo site e aplicativos, já que precisarão estar em dia com as
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regras para visitarem os parques. Como haverá um reforço nos protocolos de saúde e segurança, a Disney informa que cada visitante terá que fazer sua parte. Os cast members, por exemplo, estarão sempre a postos para ajudar na recomendação destes protocolos, bem como haverá um time dedicado a fazer com que os visitantes mantenham a distância social. A Disney acabou sendo mais cautelosa com o processo de reabertura dos seus parques em Orlando, já que SeaWorld e Universal abrirão as portas já em junho, também em fases e seguindo uma série de protocolos de higiene e segurança. Parque na China e Disney Springs já reabriram com restrições No último dia 11 de maio, a empresa reabriu o Shanghai Disneyland, na China, pela primeira vez desde janeiro, quando o parque teve suas operações devidamente suspensas em função da pandemia do novo coronavírus. Com uma série de regras, restrições e protocolos aprimorados de higiene e segurança, como limite de capacidade e distanciamento assegurado; a emoção, a alegria e a magia dos parques da Disney voltaram a invadir o coração dos chineses. O Disney Springs, por exemplo, retomou as atividades no dia 20 de maio, também com uma série de restrições e limite de capacidade. Apenas um número limitado de lojas e restaurantes abriram as portas nesta data, enquanto a Disney já prepara a reabertura de suas lojas e restaurantes próprios, como a World of Disney Store e o Marketplace Co-op. No último dia 13, o site oficial da Disney World passou a aceitar reservas de hotel para hospedagens a partir do mês de julho. 65
TURISMO
Fernando de Noronha segue fechada para o turismo
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TURISMO pt.wikipedia.org
Fernando de Noronha
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TURISMO
Sem novos casos de Covid-19, Fernando de Noronha anuncia reabertura de praias a moradores Utilização das praias é liberada,mediante regras de distanciamento e outras restrições
Letícia Martins Fonte: www.g1.globo.com Em 24/05/20
A
s praias da Área de Proteção Ambiental de Fernando de Noronha vão ser reabertas para o uso dos moradores da ilha a partir de 25 de maio. O anúncio foi feito dia 24 de maio, pelo administrador, Guilherme Rocha. Desde 22 de abril, a ilha não registra novos casos de Covid-19 entre moradores. Noronha registrou, desde o começo da pandemia, 28 pacientes com Covid-19, mas todos tiveram cura clínica. Segundo a administração, os casos suspeitos que eram investigados foram descartados. Para utilizar as areias, os moradores vão precisar seguir normas como a proibição de aglomerações com mais de cinco pessoas e respeitar o distanciamento físico de 2 metros. Também não será permitido o consumo de bebidas alcoólicas. As praias do Parque Nacional Marinho, como Sancho, Leão, Atalaia e Sueste, permanecem sem visitação por determinação do Institu-
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to Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio). A área é federal e foi fechada para moradores e turistas desde o dia 17 de março. Segundo o administrador, as regras são baseadas em experiências internacionais. “Os critérios apresentados foram baseados em experiências bem-sucedidas ao redor do mundo. Países como Nova Zelândia, Austrália, Espanha, Portugal, Grécia e alguns locais dos Estados Unidos já deram esse passo, o que nos permite aprender com erros e acertos”, informou Guilherme Rocha. Os moradores podem utilizar as praias do Porto de Santo Antônio, Cachorro, Meio, Boldró, Conceição, Americano, Bode, Quixabinha e Cacimba do Padre. Fernando de Noronha segue fechada para o turismo por tempo indeterminando. A Administração da Ilha também informou que as medidas serão reavaliadas após 15 dias. Segundo o governo, o plano de abertura gradual das praias também é condicionado aos resultados das pesquisas epidemiológi-
cas em andamento. Existe a possibilidade de mudanças ou até a volta da interdição, em caso de descumprimento das medidas. As praias ficam liberadas das 8h às 16h. Casos de Covid-19 Apesar de não registrar casos entre os moradores, 12 servidores de serviços essenciais dos 31 que chegaram a Fernando de Noronha no dia 17 de maio testaram positivo para Covid-19. Eles haviam realizado exames antes de embarcar e aguardaram na ilha, isolados, pelo resultado. Todos retornaram ao continente. Além desses trabalhadores, um bombeiro que teve contato com os infectados com a Covid-19 também deixou a ilha. No domingo, 24 de maio, Pernambuco registrou mais 973 pessoas com Covid-19 e 2.046 recuperados da doença. Com isso, o estado totaliza 27.759 casos já confirmados e 6.694 pessoas curadas. Também foram confirmadas mais 56 mortes, chegando a 2.200 óbitos pela doença.
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TURISMO Confiras as regras para utilização das praias • Fica permitida a realização de atividades físicas individuais sem contato físico, • Fica permitida a realização de atividades náuticas individuais sem contato físico (natação e surfe), • Fica permitida a prática de atividades esportivas, para até quatro pessoas, desde que não haja contato físico, • Fica proibida a realização de qualquer atividade de comercio, • Fica proibido o uso de guarda-sóis, toldos e afins, • Fica proibida a venda e o consumo de bebidas alcoólicas e • Fica proibido aglomerações com mais de cinco pessoas, respeitando o distanciamento físico de 2 metros entre as pessoas. viajantesnatos.wordpress.com
Praia de Fernando de Noronha voltando a ser frequentada por moradores.
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R e k ia B o y d e r M ir ia m C a re y A rth u r M a r ia E d u a r d a
K e n d r a ja m e s B r e o n n a T a y lo r J o ã o V it o r G e o r g e F lo y d
In d ia n K a g e r M a r c u s V in íc iu s Jo ã o P e d ro C le it o n R o d r ig u e s
Á g a th a
Ju an
M ig u e l
D avi
R a ia n e
G u ilh e r m e
R o d r ig o
M a y a H a ll
Black lives Matter Negros representam 75% dos mortos por policiais no Brasil e nos E.U.a são 64%
A Onu contra o RACISMO 70
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O octógono está pronto para retornar à ativa
superlutas.com
O show continua
Uma análise do retorno do UFC as suas atividades Trabalho acadêmico válido como AV2 da turma C304D de Editoração Eletrônica da FACHA - 2020/1
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thenewyorker.com
Em uma atmosfera única, o UFC consegue realizar eventos com portões fechados
Lucas Santos lgs.lucasdossantos@gmail.com Em:18/05/20 O mundo esportivo parou por completo durante a pandemia do coronavirus. Todas as ligas esportivas canceladas e o cenário era de incerteza. Mas Dana White, como sempre, decidiu remar contra a maré. Então, o presidente do UFC mobilizou esforços para recomeçar seu calendário no dia 18 de abril. A intenção era realizar o UFC 249, inicialmente marcado para acontecer em Nova York, em terras indígenas na Califórnia, aonde as legislações seriam mais flexíveis. Mas o governador do estado pressionou os executivos da ESPN, principal parceira de transmissão do UFC e os planos de White foram por água abaixo. Porém, tudo mudou quanto o estado da Florida decidiu se abrir 72
para a realização de eventos esportivos e Dana foi o primeiro a mostrar interesse. Sem dar um passo atrás, o dirigente marcou três eventos na mesma semana, sendo sediados na cidade de Jacksonville, e começou a buscar candidatos, e não faltaram voluntários. Logo, os cards foram montados com combates de eventos cancelados, novas escalações, encaixes e substituições de última hora. Para o dia 9 de maio, foi reagendado o UFC 249, agora encabeçado por Tony Ferguson e Justin Gaethje em uma luta pelo cinturão interino peso- leve, já que o campeão Khabib Nurmagomedov estava indisponível devido ao feriado religioso do Ramadã, e uma disputa do cinturão peso-galo entre o campeão Henry Cejudo e o ex-campeão Dominick Cruz, que substituiu o brasileiro José Aldo, e que não atuava desde 2016 quando perdeu seu titulo.
Recheado por combates entre os principais ranqueados de diversas categorias, o UFC 249 já poderia ser considerado um presente para o mundo esportivo, mas a companhia garantiu mais dois shows com Anthony Smith e Glover Teixeira no dia 13, e o embate entre Alistair Overeem e Walt Harris no dia 16. Contudo, assim que fez os anúncios, a companhia logo foi criticada e também perguntada sobre medidas de segurança e saúde. Mas o presidente logo tratou de por fim as dúvidas. Em uma mega operação, o UFC fechou um hotel com salas de treinamento individuais para cada atleta, comprou mais de 1200 testes de Covid-19 e aplicou em todos os envolvidos, desde atletas até funcionários e comentaristas e apenas um atleta testou positivo, mas ninguém foi contaminado. No fim das contas, o UFC cumpriu sua missão: entreter.
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Justin Gaethje é coroado campeão interino
O mais violento entre os mais violentos Em atuação épica, Gaethje nocauteia Ferguson e se consagra campeão interino dos leves Lucas Santos lgs.lucasdossantos@gmail.com Em:18/05/20 Na luta principal do UFC 249, Justin Gaethje teve a melhor atuação da sua vida e conseguiu o que 28 outros homens não conseguiram: nocautear Tony Ferguson. O americano aceitou o confronto com menos de duas semanas de preparo e venceu por nocaute no
quinto round. A luta começou acelerada com Ferguson apostando na movimentação para evitar as poderosas mãos de Gaethje, que eram jogadas ao vazio. Já no segundo round, os dois começaram a trocar socos e chutes com mais intensidade e Gaethje foi derrubado por um uppercut no ultimo segundo, sendo salvo pelo gongo. Contudo, o cenário mudou no terceiro assalto, onde os golpes de Justin começaram a
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entrar com mais frequência e força, fazendo Tony andar para trás, com o rosto bastante machucado. A situação se manteve a mesma no quarto round, e no quinto, o árbitro Herb Dean interrompeu o combate, após analisar que mesmo Ferguson estando consciente, ele já estava muito machucado para continuar. Gaethje agora aguarda o retorno do campeão linear Khabib Nurmagomedov para unificar os títulos. 73
Cejudo anula Cruz e anuncia sua aposentadoria do MMA Campeão nocauteia no segundo round e deixa o futuro da categoria dos pesos galos em aberto Lucas Santos lgs.lucasdossantos@gmail.com Em:18/05/20 Henry Cejudo, ou “Triplo C”, conseguiu colocar seu nome na discussão dos melhores lutadores de todos os tempos. O campeão peso-galo defendeu seu titulo contra Dominick Cruz no UFC 249 em estilo, com uma joelhada certeira no segundo round, que fez o ex-campeão desabar, seguida por golpes que levaram a interrupção do árbitro, que foi contestada por Cruz e muitos outros lutadores.
Na sequência, Cejudo foi ao microfone e fez um anúncio que pegou todos de surpresa: “Quero fazer um anúncio: tio Dana, UFC, todos, muito obrigado. Estou feliz com a minha carreira, fiz o suficiente no esporte, tenho 33 anos, e quero curtir a vida e a minha garota, e depois começar uma família. Me sacrifico desde os 11 anos pra chegar aonde estou, e não quero que ninguém tire isso de mim. Estou me aposentando. Obrigado, tio Dana, por tudo. Triplo C tá fora. Não vão ter que me aguentar mais”, disse Cejudo após a luta.
Já Cruz, que nunca havia sido nocauteado em 24 lutas, criticou a atuação do árbitro central: “Disse para ele que só parasse se eu estivesse apagado, e eu estava levantando. Se eu ficasse no chão, tudo bem, mas eu estava levantando.” Após o evento, Dana White disse aos jornalistas que se Cejudo se aposentar de verdade, um novo campeão será coroado e a disputa envolverá o russo Petr Yan e outro lutador a ser definido : “Vai ser Petr Yan e alguém, sem dúvida”, afirmou o presidente do UFC .
Cejudo recebe seu cinturão peso-galo após defende-lo de Dominick Cruz
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Ngannou nocauteia Jairzinho Rozenstruik em apenas vinte segundos
Ngannou atropela mais um
Peso-pesado camaronês nocauteia Jairzinho Rozenstruik em apenas vinte segundos e se estabelece como a maior ameaça ao título mundial Lucas Santos lgs.lucasdossantos@gmail.com Em:18/05/20
Francis Ngannou é indiscutivelmente o lutador mais assustador dentro do UFC. Em suas ultimas atuações, ele nocauteou Curtis Blaydes, Cain Velásquez e Júnior dos Santos, todos em menos de dois minutos e trinta segundos. E não foi diferente com Jairzinho Rozenstruik, seu oponente no UFC 249. O camaronês precisou apenas de vinte segundos de luta para encaixar uma de suas poderosas mãos no queixo do lutador surinamês, que caiu apagado.
Com essa , Ngannou chega a quatro vitórias em sequência e ocupa a segunda posição no ranking dos pesados, atrás do campeão Stipe Miocic, que está lesionado, e do ex-campeão Daniel Cormier, que devem encerrar sua trilogia ainda esse ano, segundo Dana White. Mas Cormier, que também é comentarista do UFC, deixou a porta aberta para uma luta com Ngannou, caso Stipe seja destituído por inatividade: “Eu preferia fazer a trilogia com Stipe. Mas se ele não quer lutar eu quero fazer minha última luta, com quem quer que seja. E se é Francis Ngannou, então eu acho que é ele quem vai ser”.
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JON JONES ? Após o evento, o campeão dos meio-pesados Jon “Bones” Jones postou em suas redes sociais o desejo de realizar uma luta com 99,7 Kg, seis quilos acima de sua categoria de origem. Prontamente, Ngannou respondeu e provocou Bones, dizendo que aceita o duelo e que faria muito dinheiro com ele. “Bem, aí está. As duas partes concordam. Vamos ver se o UFC quer gastar o dinheiro. A batalha pelo negro mais ‘casca-grossa’ do planeta. Que tal eu lhe dar uma chance ao trono? Vamos nessa.”, disse Jon Jones.
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Glover Texeira golpeia Anthony Smith durante combate
Teixeira domina Smith e volta ao topo Brasileiro brutaliza americano e se recoloca na corrida pelo titulo
Lucas Santos lgs.lucasdossantos@gmail.com Em:18/05/20 Mesmo com 40 anos de idade, o brasileiro Glover Teixeira demonstrou ainda estar firme e forte na sua carreira profissional. Ele derrotou Anthony Smith e conseguiu sua quarta vitória seguida. Glover teve um começo difícil, lidando com um Smith anos mais jovem, que se movimentava e golpeava com mais velocidade, mas 76
a estratégia de Smith foi quem o traiu, e já no segundo round, o americano apresentava sinais de cansaço. A partir desse momento, Glover colocou bons golpes no oponente, que passou o resto da luta em desvantagem. No terceiro round, Teixeira derrubou Smith e seguiu golpeando, mas o árbitro Jason Herzog deixou a luta seguir, mesmo quando Smith aparentava não ter mais forças para seguir em frente. O ritmo da luta se manteve o mesmo no quarto round, com
Glover acertando os melhores golpes e conseguindo posições dominantes, e Smith, machucado e ensanguentado, resistia. Até que no começo do quinto round, a interrupção veio, sob uma chuva de críticas nas redes sociais contra Herzog e os técnicos de Smith, que eram acusados de não fazer seu trabalho e preservar a integridade física do lutador. Com essa vitória, Teixeira se colocou de volta no top 5 da divisão e na busca pelo cinturão de Jon Jones.
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Overeem nocauteia Harris e entristece o mundo Holandês supera adversidades e derrota americano que tentava se recuperar de tragédia pessoal Lucas Santos lgs.lucasdossantos@gmail.com Em:18/05/20 É difícil afirmar que os fãs do MMA não estavam torcendo para Walt Harris. O lutador passou pela tragédia de ter sua afilhada Aniah sequestrada e assassinada no final de 2019 e lutaria pela primeira vez desde o acontecimento.A torcida era imensa pela sua vitória, mas ela não veio. O americano enfrentou o veterano Alistair Overeem em uma luta eletrizante. “ The Big
Ticket” começou bem, encaixando uma boa sequência de golpes que colocaram o holandês na lona. Mas Overeem se protegeu e mesmo avariado, respondeu o ataque e sobreviveu ao primeiro assalto. No segundo round, Walt parecia cansado, tendo gastado muita energia ao tentar nocautear Overeem. Então um veio um chute alto fatal, que o abalou e deu ao holandês uma posição dominante, onde se manteve golpeando até o árbitro interromper o combate e declarar sua vitória por nocaute. Overeem logo veio
Overeem consola Harris após sua derrota
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ao consolo de Harris, que chorava incrédulo. Overeem disse então em entrevista que ainda quer disputar o título dos pesados, enquanto Harris, em prantos, fez uma série de agradecimentos: “Quero agradecer ao UFC, ao Dana por tudo que fizeram por mim e pela minha família. Quero dizer obrigado aos meus técnicos, parceiros de treinos, e a minha comunidade por apoiar muito a minha família. E aos fãs, que sei que estão em casa, muito obrigado, voltarei melhor, prometo.” mediareferee.com
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A fictícia “Ilha da Luta” Dana White garante que lutas em ilha particular vão acontecer a partir de junho
Após ter que cancelar três de seus eventos devido a pandemia do coronavírus, o presidente do UFC Dana White logo criou um plano mirabolante para conseguir cumprir o calendário de 2020. A proposta era alugar uma ilha particular, que ficaria isenta de bloqueios e restrições governamentais, e instalar todos os equipamentos para produzir shows, incluindo montar um octógono no meio da ilha, alojamentos para os lutadores, internet e transporte. Os fãs foram rápidos em abraçar a causa e a batizaram de “Ilha da Luta”, trazendo inclusive comparações ao jogo Mortal Kombat. “ A ilha é real. A ilha vai acontecer, de verdade. A infraestrutura está sendo
montada agora mesmo enquanto conversamos.”, disse Dana no Instagram. A intenção também é de realizar confrontos com lutadores que enfrentam dificuldades em sair de seus países e entrar nos Estados Unidos, devido às questões de visto e restrições de voo. “Nós realmente vamos colocar um octógono na areia. Vão ter centros de treinamento e hotéis. Tudo vai ser construído para que o UFC venha e faça suas lutas. A ilha deve estar pronta para operar em Junho. Então deve ser por aí que nós vamos fazer eventos internacionais.”, afirmou o dirigente em entrevista a ESPN. A companhia também anunciou que irá retornar à Las Vegas para os próximos shows, aonde utilizará sua estação “Apex” para sediar os shows dentro dos EUA. Esta sede foi montada exclusivamente para a-
judar os atletas a treinarem e se manterem saudáveis, além de também possuir um octógono montado para o “Dana White Contender Series”, e que provavelmente será utilizado nos próximos eventos, incluindo a luta entre os meio-médios Tyron Woodley e o brasileiro Gilbert Burns, previsto para o dia 30.
Amanda Nunes x Felicia Spencer
Khabib x Justin Gaethje
Conor McGregor x Jorge Masvidal
A campeã de duas divisões do UFC já confirmou que defenderá seu título contra Felicia Spencer no próximo dia 6 de Junho, e o combate pode muito bem servir de evento principal para a abertura das atividades na ilha. Amanda não perde desde 2014 e é considerada a maior lutadora de todos os tempos após vencer todas as ex-campeãs peso-galo, assim como Cris Cyborg.
Após nocautear Tony Ferguson e conquistar o cinturão interino dos pesos-leves, a próxima luta de “The Highlight” provavelmente será a unificação com o campeão linear Khabib Nurmagomedov, dono de um estilo implacável e um cartel invicto com 28 vitórias. Dana disse que o confronto deve ocorrer entre julho e setembro, contando com a recuperação de Gaethje.
E é claro que o irlandês não iria ficar fora dessa. A superestrela Conor McGregor demonstrou interesse em lutar no local e os fãs clamam por um embate entre ele e o campeão “BMF” Jorge Masvidal. O cubano vem de um renascimento na carreira com três nocautes em sequência, incluindo o mais rápido na história do UFC, além de ser eleito por muitos o lutador do ano de 2019.
Lucas Santos lgs.lucasdossantos@gmail.com Em:18/05/20
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Conceito da “Ilha da Luta”
Trabalho acadêmico válido como AV2 da turma C304D de Editoração Eletrônica da FACHA - 2020/1
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