Revista InForme C304J - Facha - 2020/1

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Cultura Covid-19 acelerou a inserção da robótica no dia a dia da sociedade

Esportes

Entretenimento Cresce o consumo de serviços de streaming durante a pandemia

Transmissões do campeonato espanhol terão gritos e torcidas virtuais na arquibancadas

Curva em ascensão Brasil alcança mais de 500 mil vítimas fatais do coronavírus Trabalho acadêmico válido como AV2 da turma C304J de Editoração Eletrônica da FACHA - 2020/1

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SAÚDE

O que devemos saber sobre coronavírus, vacina, cura e novos hábitos A Informe Facha ouviu especialistas e traz respostas para as principais dúvidas sobre esses temas

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Yuri Fernandes Fonte: www.globo.com Em: 05/06/20 Haverá uma vacina contra o novo coronavírus? Ao que tudo indica, sim. Os cientistas vão conseguir desenvolvê-la. Mais de 1,5 milhão de pessoas já se curaram naturalmente da Covid-19 o que, segundo a bióloga Keity Souza, professora de imunopatologia da Faculdade de Medicina da USP, é a prova de que o corpo humano é capaz de produzir anticorpos neutralizantes contra o vírus. “Como a gente tem esse perfil, esse tipo de doença que o próprio organismo da pessoa consegue liquidar, mostra que a gente tem sim um caminho de mostrar que existe uma vacina possível de ser produzida. Existe um tipo de resposta que a gente conseguiria criar e estimular para que essa vacina seja eficaz”, afirma a pesquisadora que integra o grupo do Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da USP, que está desenvolvendo

Vacina contra covid-19 ja está em fase de testes.

uma das vacinas brasileiras. A questão é: como estimular essa resposta? Os cientistas já sabem que o sistema imunológico reage ao vírus e o destrói. O desafio é provocar essa reação antes que a pessoa seja contaminada, o que evitaria a doença. Mas para isso é preciso introduzir no corpo um pedaço inofensivo do vírus. Pode ser material genético, uma proteína ou ainda uma combinação dos dois. “Por isso a gente tem que saber exatamente o que o corpo humano está reconhecendo. Que parte desse vírus tá sendo reconhecida”, explica

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Keity Souza. Há nesse momento 120 pesquisas simultâneas ao redor do mundo, pelo menos três aqui no Brasil, e investimentos privados e governamentais nunca antes vistos com esse propósito. Quando a vacina estará disponível? Essa é uma questão difícil de responder, mas a maioria dos pesquisadores acha improvável que uma vacina esteja no mercado em menos de um ano. Isso porque, além dos testes que precisam ser feitos para comprovar eficácia e se 7


Quando vai terminar a pandemia? Com base na evolução de outras epidemias respiratórias, como as da gripe, a virologista Clarice Arns, da Unicamp, prevê que essa pandemia só termine em março do ano que vem. “O que se precisa saber é o status imunológico da população. Quanto mais pessoas tiveram contato e estão imunes melhor será. Veremos então como é que as pessoas estão se protegendo de forma natural. Com isso começa acalmar, começa a atenuar e a gente começa a ter uma vida mais normal”, diz Clarice. “Esse momento não é o momento de pensar que tudo vai voltar ao 8

normal de um dia pro outro. Não vai”, completa. A vacina vai chegar após o fim da pandemia? Provavelmente. Mas então qual o sentido dessa busca tão grande pela imunização? Segundo o infectologista Fernando Belíssimo, da USP em Ribeirão Preto, nenhuma pesquisa sobre vacina é em vão. “Não há garantias de que esse vírus não possa voltar após essa primeira pandemia. Por exemplo: a grande pandemia de 1918 da gripe espanhola matou mais gente na segunda onda do que na primeira. A seguinte, de H1N1, começou lá trás em 2009, 2010 e até hoje, 10 anos depois, nós temos mortes por H1N1. Então quando a gente fala no fim da pandemia não é o fim da circulação do vírus no mundo, mas ele torna-se endêmico, ele continua circulando, não vai sumir totalmente”, explica o infectologista. É com esse raciocínio que a Fiocruz em Minas Gerais pretende colocar a proteção contra o novo coronavírus na vacina da Influenza, já distribuída na rede pública de saúde. “A porta de entrada do vírus Influenza e do novo coronavírus é a mesma. E se tem uma ideia de que a resposta imune local seria muito importante para neutralizar a entrada do vírus na célula. Então nós inserimos o gene que codifica a proteína Spike do coronavírus e colocamos no vírus influenza, no genoma do vírus influenza”, conta Ricardo Gazzinelli.

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gurança da vacina, há questões logísticas e de produção. “São todas vacinas inéditas e provavelmente você vai ter que construir uma fábrica para isso. Tem também a questão de demanda de doses. Se você pensar bem é uma pandemia que está espalhada por praticamente todos os países, o que significa que a demanda de doses vai ser de 8 bilhões (população mundial), caso a vacina com uma dose única funcione”, explica Ricardo Gazzinelli, pesquisador da Fiocruz em Minas Gerais. “Não sei se vai chegar ano que vem ou fim do ano que vem. Isso talvez se uma vacina funcionar e ficar pronta em 2021 e começar sua produção em 2021”, completa. Apesar de parecer muito demorada, caso se concretize, a produção no prazo de um ano será um recorde para a ciência já que o tempo médio de produção de uma vacina é de 10 anos.

Ilustração do coronavírus Trabalho acadêmico válido como AV2 da turma C304J de Editoração Eletrônica da FACHA - 2020/1


Por que cloroquina é segura para certas doenças, mas talvez não para covid Rachel Riera fala sobre uso da droga no combate ao vírus Yuri Fernandes Fonte: www.uol.com.br Em: 05/06/20 Enquanto a cloroquina e a hidroxicloroquina ainda estão em fase de testes para serem classificadas ou não como drogas eficazes e seguras para combater a covid-19, dúvidas surgiram entre muitos: por que os remédios não podem ser usados agora se já existem e são vendidos há várias décadas? Por que eles ainda não são considerados seguros para a doença causada pelo novo coronavírus se já são usados para outras comorbidades? Para entender as questões que ainda impedem o uso generalizado dos medicamentos na pandemia, VivaBem conversou com Rachel Riera, reumatologista e pesquisadora do Hospital Sírio-Libanês (SP), e André Ramos, reumatologista da BP A Beneficência Portuguesa de São Paulo. Os especialistas são enfáticos ao dizer que ainda não podemos descartar completamente o uso da droga para tratar a doença. Embora grande parte dos estudos apontem a falta de eficácia, tanto as pesquisas que sugerem benefícios quanto as que repreendem o tratamento com os medicamentos não são consideradas perfeitas aos olhos da ciência

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Sulfato de hidroxicloroquina em farmácia.

por questões como métodos científicos utilizados, quantidade de pacientes envolvidos e falta de revisão das publicações. Drogas são usadas para pacientes com perfis diferentes Hoje, elas são mais utilizadas por pessoas que sofrem de doenças reumatológicas, como lúpus e artrite reumatoide. “Para essas doenças, todos os medicamentos têm efeitos adversos. Mas quando pesamos os benefícios e os riscos desses eventos adversos para esse grupo de pessoas especificamente, muitas vezes os benefícios vencem”, indica Riera. De acordo com a médica, os pa-

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cientes não costumam ter outras comorbidades que possam interferir com o remédio —se existe, os casos são avaliados individualmente. “No caso de quem tem covid-19, ainda precisamos entender como o remédio funciona na presença do vírus. O que nos parece, pelos trabalhos científicos, é que a cloroquina aumenta o risco de eventos adversos e por isso é essencial que os médicos vigiem de perto aqueles que estão fazendo o uso.” Além disso, as doenças reumatológicas são quadros crônicos, o que significa que os pacientes fazem acompanhamento médico constante. “Se ocorrer algum problema, 9


o profissional de saúde poderá perceber rapidamente e ajustar a dose ou interromper o medicamento”, aponta. “Se um remédio valesse para tudo, não precisaríamos de órgãos reguladores” Para Riera, a premissa que se uma droga é valida para uma doença, ela é valida para todas é a contramão da ciência. “Se fosse assim, órgãos reguladores como a Anvisa e a norte-americana FDA não pediriam validação para outras doenças.” Os medicamentos, podem ter efeitos diferentes de acordo com o organismo e a doença que cada paciente apresenta. “O medicaww.mento não deve ser usado por que ele é eficaz ou é seguro, deve ser um combo. Se isso não fosse verdade, não teríamos tantos estudos sobre medicamentos em andamento”, conclui.

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Doutora e Professora, Rachel Riera.

Curva em ascensão

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No mês de maio, Brasil alcança mais de 500 mil vítimas do coronavírus. EUA, Reino Unido e Itália no Passados 95 dias desde o primeiro caso oficial, o Brasil atinge a total de vidas perdidas para a marca de meio milhão de infectadoença. E somos um dos únicos dos pelo novo coronavírus. O país países a ainda registrar mais de agora soma 514.849 diagnósticos mil novas mortes pela doença diariamente —isso aconteceu de covid-19, segundo os últimos quatro vezes na última semana. números do Ministério da Saúde, ficando atrás apenas dos Estados Os números negativos dividem Unidos. a atenção com o cenário político Enquanto países da Europa veem conturbado. Desde que a pandecomércios e escolas reabrirem mia chegou, o país já assistiu a e ensaiam uma gradual volta à pedidos de demissão de dois ministros da Saúde, Luiz Henrique normalidade, o Brasil torna-se Mandetta e Nelson Teich, e do novo epicentro da pandemia no mundo. secretário nacional de Vigilância O Brasil também soma 29.314 em Saúde, Wanderson de OliveiCampanha contra uso de cloroquina. mortes. Com isso, só perde para ra, além da saída do ministro da 10

Justiça, Sergio Moro. No dia em que registrou tal marca, o Brasil viu manifestações em Brasília e também em São Paulo, que acabou em confusão. Nesse meio-tempo, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chamou a covid-19 de “gripezinha”, incentivou e participou de aglomerações, entrou em atrito com prefeitos e governadores favoráveis ao isolamento social e fez piada com a hidroxicloroquina — medicamento que defende mesmo sem comprovação científica de sua eficácia. E foi assim que chegamos aos

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Curva em ascensão No mês de maio, Brasil alcança mais de 500 mil vítimas do coronavírus Yuri Fernandes Fonte: www.uol.com.br Em: 06/06/20 Passados 95 dias desde o primeiro caso oficial, o Brasil atinge a marca de meio milhão de infectados pelo novo coronavírus. O país agora soma 514.849 diagnósticos de covid-19, segundo os últimos números do Ministério da Saúde, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Enquanto países da Europa veem comércios e escolas reabrirem e ensaiam uma gradual volta à normalidade, o Brasil torna-se novo epicentro da pandemia no mundo. O Brasil também soma 29.314 mortes. Com isso, só perde para EUA, Reino Unido e Itália no total de vidas perdidas para a doença. E somos um dos únicos países a ainda registrar mais de mil novas mortes

pela doença diariamente —isso aconteceu quatro vezes na última semana. Os números negativos dividem a atenção com o cenário político conturbado. Desde que a pandemia chegou, o país já assistiu a pedidos de demissão de dois ministros da Saúde, Luiz Henrique Mandetta e

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Nelson Teich, e do secretário nacional de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, além da saída do ministro da Justiça, Sergio Moro. No dia em que registrou tal marca, o Brasil viu manifestações em Brasília e também em São Paulo, que acabou em confusão. Nesse meio-tempo, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chamou a covid-19 de “gripezinha”, incentivou e participou de aglomerações, entrou em atrito com prefeitos e gove r na d ore s favoráveis ao isolamento social e fez piada com a hidroxicloroquina — medicam e n t o que def e n d e m e s m o sem comprovação científica de sua eficácia. E foi assim que chegamos aos 500 mil casos. Ilustratração coronavírus

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Estados Unidos anunciam rompimento de relações com a OMS Regras comerciais para Hong Kong também mudarão como retaliação à China, por ameaçar a autonomia do território

“Como eles não fizeram as reformas solicitadas e muito necessárias, encerraremos nosso relacionamento com a Organização Mundial de Saúde e redirecionaremos esses fundos para outras necessidades de saúde pública mundial urgentes e globais”, disse Trump à imprensa nos jardins da Casa Branca. 14

via congelado os repasses que chegavam a 500 milhões de dólares para a OMS, o equivale a 15% do orçamento da organização. A China, por outro lado, prometeu aumentar para dois bilhões de dólares a sua contribuição para a organização. www.versionfinal.com.ve

Estados Unidos anunciam rompimento de relações com a OMS Regras comerciais para Hong Kong também mudarão como retaliação à China, por ameaçar a autonomia do território O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira, 29, que seu país está “terminando” a relação com a Organização Mundial da Saúde (OMS) por ter falhado em conter a pandemia de Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus. Trump também declarou que irá retirar o status especial de comércio de Hong Kong, uma vez que não reconhece mais a autonomia do território em relação à China.

Trump acusou a China der ter deixado viajantes infectados se espalharem ao redor do mundo, inclusive nos Estados Unidos, enquanto implementava políticas de quarentena em Wuhan, cidade na qual o vírus surgiu. Anteriormente, Washington hawww.cnn.com.br

Yuri Fernandes Fonte: www.veja.com.br Em: 06/06/2020

Donald Trump em comitiva.

Tedros Adhanon, dietor-geral da OMS.

O Governo Trump começou em janeiro de 2017 e tem previsão para terminar em janeiro de 2021. Seu governo tem sido marcado por controvérsias como a construção de um muro na fronteira do México ou aproximação com a Coreia do Norte. Por sua vez, a economia americana voltou a crescer e o desemprego diminuiu. Em novembro de 2019, viu-se acusado de obstrução do Congresso e abuso do poder. O Congresso americano abriu um processo contra o presidente que seguiu para o Senado americano, mas este decidiu não processar o mandatário.

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CULTURA

Vítima de racismo por gostar de ler, menino de 12 anos receberá doação de livros da ABL Vítima de ofensas, garoto é dono de um perfil que publica resenhas e indica títulos

Maylla Barreto Site: www.oglobo.globo.com Em 30/05/20 Dono de um perfil sobre literatura nas redes sociais, o influencer Adriel Oliveira, de 12 anos, receberá uma doação de livros da Academia Brasileira de Letras. O morador de Salvador, que escreve resenhas e indica títulos em seu perfil no Instagram (@ livrosdodrii), virou notícia na última sexta-feira, após receber, dois dias antes, uma mensagem racista de uma pessoa não identificada. As ofensas foram divulgadas pelo próprio Adriel em sua conta, que até ontem tinha mais de 650 mil seguidores. - Acabei de falar com ele por telefone e gostei muito (de Adriel) - diz o presidente da Academia Brasileira de Letras, Marco Lucchesi. - No momento, ainda não definimos quantos livros vamos doar. Mas vamos ver se podemos caprichar. Aluno no 7º ano do ensino fundamental, Adriel contou ao GLOBO que vendeu a maior parte dos 180 livros de sua biblioteca pessoal por conta da situação financeira da sua família. Desde então, tinha dado um tempo em suas resenhas. Após retomar sua atividade no perfil na última semana, foi surpreendido por uma mensagem anônima. “Eu achava que preto era pra estar cavan-

do mina, não lendo. Para de ser trouxa e volta para a sua realidade. Você foi criado para ser preto e pobre”, dizia o texto. Em resposta, Adriel denunciou o caso em sua página e publicou uma resposta: “Aprende a escrever, cara. Isso não é um insulto, e sim um conselho. E em pleno século 21, pessoas ainda são racistas? Atualizem-se. Insultos acabam com o psicológico de pessoas fracas, esse tipo de coisa não me abala em nenhum ponto. Aliás, tenho orgulho de ser negro”. Lucchesi definiu o episódio de racismo contra Adriel como “vergonhoso”. - É algo que revela a indigência do tempo atual - diz o acadêmico. - Mas Adriel responde como um menino corajoso e um leitor capaz de com seu próprio exemplo responder através dos instrumentos da Cultura e da inteligência. Adriel conta que não tem preferência por livros, pois todos são “fonte de conhecimento”. - Livros são caros e minha mãe nunca teve condições de comprá-los - diz. - O que vier estou aceitando. Todos os meus sonhos estão sendo realizados neste momento. Estou amando todo carinho que venho recebendo. As pessoas estão me propocionando coisas que jamais pensaria conquistar.

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Adriel Oliveira

“Foi a primeira mensagem do tipo que recebi. Fiquei muito bravo, mas eu fui perguntar a minha mãe o que fazer. Ela me falou que eu devia responder à altura. Minha mãe falou que eu tinha que ter orgulho de minha cor”, disse o menino, que está no 7º ano do ensino fundamental e conta que nunca havia sofrido qualquer agressão do tipo, seja no mundo real ou virtual. A exposição do episódio fez Adriel receber várias mensagens de apoio. O número de seguidores também disparou. Antes eram 240. Quase 350 mil pessoas curtiram a página após o ocorrido.

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Cinemas drive-in são donos de 98,8% da bilheteria no Brasil durante a pandemia Estabelecimentos em Brasília e Praia Grande (SP) arrecadaram mais de R$ 76 mil no último fim de semana acessocultural.com.br

Cinema drive-in

Maylla Barreto Site: www.oglobo.globo.com Em 26/05/20 Dois cinemas drive-in abertos no país respondem por 98,8% da bilheteria brasileira no último fim de semana — de 21 a 24 de maio. Juntos, o Cine Drive-In Brasília e o Cinesystem Litoral Plaza Drive-In, de Praia Grande (SP), arrecadaram R$ 76,3 mil. Outros R$ 930 em venda de ingressos foram registrados no 16

mesmo período pelo Cine Globo Santa Rosa, no Rio Grande do Sul, informa o site Filme B. No total, 3.752 pessoas foram aos cinemas no fim de semana, sendo 3,1 mil delas frequentadoras do Cine Drive-In Brasília. Por lá, foi exibido “Jumanji — Próxima fase”, que vendeu 1,2 mil ingressos e arrecadou R$ 24,6 mil, se tornando o líder da bilheteria nacional no fim de semana. O blockbuster estrelado por Dwayne Johnson e Jack Black, que

estreou dia 16 de janeiro no Brasil, foi seguido no ranking por “Era uma vez em... Hollywood” (R$ 21,4 mil) e “Uma aventura Lego 2” (R$ 20,4 mil), também em cartaz no Cine Drive-In Brasília. Apesar de estar bem distante, por exemplo, dos R$ 72,6 milhões arrecadados no primeiro fim de semana de 2020 (entre 2 e 5 de janeiro), a bilheteria de R$ 77 mil registrada entre 21 e 24 de maio representa crescimento de 29,5% em relação ao fim de semana an-

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terior, que obteve R$ 59,7 mil em venda de ingressos no país. Ampliação de mercado drive-in O Filme B ainda informa que dois novos cinemas drive-in foram abertos no último domingo, mas sem divulgação de bilheteria: o Cineprime Drive-In, no Parque Agrícola Pastoril, em Uruguaiana (RS) e o Cineplus Drive-in, no Shopping Castello, na Fazenda Rio Grande, em Curitiba (PR). Outros parques de exibição a céu aberto devem ser inaugurados em breve. Está prevista para mês que vem a inauguração de um drive-in no estacionamento do Taguatinga Shopping, em Brasília.

Já no Rio, o LoveCine Drive-In, na Jeunesse Arena, já esté vendendo ingressos para sua abertura, marcada para o dia 4 de junho. Terror faz sucesso nos EUA Enquanto no Brasil é vista uma movimentação ainda acanhada em termos de expansão dos cinemas drive-in, nos EUA um filme de terror de baixo orçamento vem chamando atenção pelo bom desempenho em sua carreira pelas salas de exibição sobre rodas. Líder de bilheteria nos últimos três fins de semana, o longa “The Wretched” conta a história de um jovem que descobre a exis-

tência de uma bruxa dentro de sua casa. O filme, que estreou no dia 1 de maio, está em cartaz em 45 cinemas drive-in dos EUA e já arrecadou US$ 362 mil, segundo o site de dados Box Office Mojo. Uma bilheteria que não se compara à de blockbusters clássicos, mas significativa para um terror de baixo orçamento exibido durante uma pandemia. “Estávamos esperando um lançamento em poucas salas, daí veio a Covid-19. Então ficamos conformados com a estreia em VoD. Até que a distribuidora IFC citou a chance dos drive-ins”, conta o diretor Brett Pierce, em entrevista ao site “Entertainment Weekly”.

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Terror no cinema

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Árvores

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Moby: ‘Espero que a pandemia nos faça ver que o velho normal pode ser confortável, mas é insustentável’ Astro da música eletrônica volta ao disco, em tempos de Covid-19, com ‘All visible objects’, coleção de canções inéditas, algumas delas com pulsação techno, para as pistas de dança

Maylla Barreto Site: www.oglobo.globo.com Em 25/05/2020 RIO - Aos 54 anos de idade, o americano Richard Melville Hall – conhecido mundialmente como o astro do rock e da música eletrônica Moby – se define como “um homem de meia-idade, sóbrio e meio entediante”, que dorme todos os dias às 10 da noite e poucas vezes sai de casa, numa área em Los Angeles “cercada de árvores, onde tudo que se ouve à noite são corujas e coiotes”. No último dia 15, ele lançou “All visible objects”, 17 álbum em uma carreira de quase 30 anos, no qual se dividiu entre faixas mais contemplativas, com muito piano, e outras com pulsação techno, para as pistas de dança. — Há muito tempo que não vou a uma boate ou rave! – revela o músico, em entrevista por Skype, um dia antes do lançamanto. — Quando as pessoas estão chegando em casa da noitada é geralmente quando eu estou acordando. Fiz essas músicas que algumas vezes são muito agitadas, celebratórias e comunitárias, mas as fiz da maneira mais monástica e solitária possível. Há um paradoxo irônico aí. Há um bom tempo sem alimen-

tar quaisquer planos de voltar aos grandes shows (como o que fez em 2005, na imensidão do Riocentro), Moby diz sentir-se até culpado em admitir que sua vida não mudou quase nada com a pandemia de Covid-19. — Não sou muito sociável, passo a maior parte do tempo em casa trabalhando, lendo e me exercitando. Sei que a pandemia afetou muito as vidas de tantas pessoas, mas certamente não tenho do que reclamar — conta ele, para quem muito dessa mudança provocada pelo isolamento social já tinha começado a acontecer com o advento das mídias sociais. — Elas criaram um canal direto para que músicos, compositores, diretores e atores chegassem às pessoas. E agora que as casas de shows estão fechadas e ninguém mais vai aos espetáculos, tudo está incrivelmente intimista.

como espécie é que todo problema que enfrentamos é um problema que nós mesmos criamos. A receita para transformar nosso planeta em um paraíso é algo muito fácil: basta parar de usar petróleo e carvão, de derrubar as florestas tropicais, de usar animais como alimento e de gastar mais dinheiro em defesa do que em educação – explica. — Acho que podemos consertar tudo, nós só decidimos não consertar. Espero que a pandemia nos faça ver que o “velho normal” poderia ser até confortável, mas também era totalmente insustentável. A minha esperança é que tenhamos logo um “novo normal”.

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Um dos raros astros da música que fizeram da preocupação com os descaminhos do planeta – tanto os ambientais quanto os sociais – uma temática constante, Moby se considera um otimista em sua crença de que a pandemia “talvez possa servir de alerta para as pessoas”. — Um dos aspectos mais frustrantes do que estamos vivendo

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Richard Melville Hall

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Teatros de Nova York estão abrindo as portas para manifestantes contra o racismo Alguns espaços oferecem água, banheiro e até sinal de Wifi para as pessoas durante os protestos www.noticiasaominuto.com

Maylla Barreto Site: www.oglobo.globo.com Em 05/06/20 Os teatros de Nova York, fechados por meses por causa da pandemia, estão começando a abrir suas portas novamente - não para os que têm ingressos, mas para manifestantes presentes em protestos contra a brutalidade policial que precisam de água ou de um banheiro. Após a morte de George Floyd sob custódia policial, protestos pacíficos encheram as ruas da cidade por quase uma semana, e instituições artísticas buscaram maneiras de mostrar solidariedade aos manifestantes. Para a maioria, isso significava postar quadrados pretos nas mídias sociais ou escrever textões cuidadosamente escritos. Mas, na quarta-feira, vários teatros em Manhattan e no Brooklyn anunciaram que permitiriam que manifestantes entrassem em seus edifícios para usar o banheiro, beber água ou carregar seus telefones. A primeira instituição a atrair atenção on-line para a ideia foi o New York Theatre Workshop, uma companhia de teatro Off Broadway. Na parede de tijolos de um de seus teatros em East Village, entre cartazes da empresa, apareceram anúncios no início desta semana avisando que os 20

banheiros estavam abertos e que ali havia suprimentos para os manifestantes. Na quarta-feira, o Public Theater, em East Village - com um amplo lobby construído para acomodar o público em filas - anunciou que abriria o prédio para manifestantes às 14h, fechando as portas às 18h, muito antes do toque de recolher às 20h. O Public Theatre, que teve que cancelar o festival gratuito sobre Shakespeare que acontece no Central Park todo verão, por causa da pandemia, ofereceu água, acesso ao banheiro e desinfetante para as mãos. Segundo Shareeza Bhola, porta-voz da casa, os funcionários foram orientados a garantir que todos estivessem praticando o distanciamento social. Uma nova conta no Twitter, cha-

mada “Open Your Lobby”, incentivou os cinemas a receber manifestantes. Um post recomendava que os teatros “não permitissem a polícia dentro do prédio para a segurança de seus manifestantes”, acrescentando que funcionários não-negros deveriam impedir a entrada de policiais. Em um comunicado, a conta do Twitter se identificou como “uma coalizão de jovens artistas, administradores e organizadores de teatro”, mas disse que as pessoas envolvidas desejavam permanecer anônimas. “Começamos a conta porque estávamos nas ruas, percebemos que havia necessidade disso e queríamos convidar os espaços que divulgassem declarações expressando seus valores”, afirmou o comunicado. À medida que a ideia se espa-

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lhava nas mídias sociais, a Off Broadway Atlantic Theatre Company disse que abriria seu teatro principal em Chelsea para manifestantes a partir da quinta-feira (eles também prometeram lanches para as pessoas). A Playwrights Horizons, na Times Square, disse que abriria seu saguão a partir de sexta-feira, oferecendo ar-condicionado, Wi-Fi e um lugar para descanso. E o IRT Theatre, em West Village, disse na quarta-feira que deixaria os manifestantes entrarem no saguão, dois de cada vez - com máscaras. No Brooklyn, a Alliance of Resident Theatres / Nova York também anunciou que abriria seu prédio na quarta-feira perto do Barclays Center, onde grande parte dos protestos do bairro se concentrou. Em um tweet, a organização chamou o espaço de “centro de conforto” e disse que a equipe estaria lá para distribuir recursos. Outro teatro na mesma rua - o Irondale Center - também oferecia abrigo e suprimentos.

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Segundo a auxiliar administrativa Erica dos Santos Silva, de 23 anos, que mora no subúrbio de Nova York, os protestos pararam a cidade desde a morte de George Floyd. “O racismo aqui é extremamente forte e triste”, comenta a brasileira em entrevista ao G1. Ela conta que o primeiro protesto que viu foi na segunda-feira (1º), e relata que não tinha noção da proporção da manifestação. “Fiquei parada no meio do protesto, parecia um formigueiro”, relembra a jovem. Erica conta que as manifestações que presenciou tinham muitas pessoas, e relata que cerca de 90% usavam máscaras como forma de se proteger em meio a pandemia. Apesar de concordar com os protestos, a jovem reitera que não concorda com o vandalismo que presenciou na primeira vez que aconteceu na cidade. A auxiliar relata que o racismo é algo presente no país e, apesar de não existir placas dividindo espaços, há um consenso de quais são as áreas para pessoas brancas e negras. A jovem ainda relembra casos de discriminação que presenciou. “Tem área dos brancos e área dos negros, é bem nítido. Quando você está em uma área branca e você entra, tem um segurança olhando de uma forma diferente. Eu já vi um segurança expulsando uma pessoa negra que não estava fazendo nada, expulsou simplesmente por estar em uma área branca”, lamenta Érica.

Protesto em Nova York Trabalho acadêmico válido como AV2 da turma C304J de Editoração Eletrônica da FACHA - 2020/1

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Conheça os robôs que estão entrando em cena atualmente

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Covid-19 acelerou a inserção da robótica na rotina de seres humanos, algo que a ficção científica já faz há tempos Maylla Barreto Site: www.oglobo.globo.com Em 10/06/20 Lil Miquela, uma modelo, cantora e influenciadora com mais de dois milhões de seguidores no Instagram, é a nova contratada da agência de talentos Creative Artists Agency (CAA), de Hollywood, que tem no portfólio gente como J. J. Abrams e Scarlett Johansson. Os executivos da CAA esperam emplacar a jovem talento em filmes ou séries. Só que a modelo não assinou contrato com a agência. E não em razão das restrições de circulação da pandemia de Covid-19. Ela não foi pois não existe. Miquela é um robô virtual. “Um robô em busca de mudança”, como se define a modelo, que é “hispano-brasileira” e “assina” Miquela Sousa. Desenvolvida em 2016 por uma startup do Vale do Silício, Miquela exemplifica, com seu “upgrade” na carreira, uma nova consequência da pandemia: robôs entrando em cena como dublês de humanos acuados diante do risco de contágio. É o caso também do robô que mede a temperatura de pacientes em um hospital em Linz, na Áustria, ou o “camareiro” que circula nas UTIs de Covid-19 do Hospital das Clínicas de São Paulo. O grande cubo sobre rodas e com um braço mecânico é autônomo, anda sozinho e retira os resíduos hospitalares de uma área com alto grau de contágio. — Com a pandemia, foi preciso evitar que pessoas entrassem na UTI, se contaminassem e ainda espalhassem a doença. A tecnologia já estava pronta em outros segmentos, mas na área de saúde não era usada em sua plenitude — conta Marco Bego, diretor executivo do Instituto de Radiologia (InRad) e diretor do InovaHC. 22

Robô

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ENTRETENIMENTO

Cinema Drive-In é aposta para retomar mercado do entretenimento Jeunesse Arena recebe empreendimento temporário em maio enquanto a Dream Factory, gigante de eventos, investe em projeto semelhante Clara Flávio Em: 08/05/20 Fonte: www. vejario.abril.com.br A Jeunesse Arena, na Zona Oeste, recebe, entre 28 de maio e 28 de junho, o LoveCine Drive-In, que funcionará de quinta a domingo. Serão três sessões às sextas e sábados e duas às quintas e domingos. Cada ‘experiência’, que contará com exibição de filmes, shows e apresentações de DJs, terá duração de quatro horas. A capacidade do empreendimento é de aproximadamente 180 carros por sessão, e o ingresso vai custar 100,00 reais por veículo. Ou seja, não importa o número de pessoas no carro, o preço não varia.

Os filmes exibidos na empreitada serão revelados na véspera, mas todos os gêneros serão contemplados. Clássicos de diferentes épocas e sucessos atuais farão parte da programação. O esquema gastronômico será por delivery. Em relação a banheiros, a estrutura terá dois contêineres que, segundo Barros, serão limpos constantemente, disponibilizando álcool gel aos frequentadores e com organização nas filas, para que o distanciamento seja mantido. Outro projeto, ainda em fase inicial, é da Dream Factory, empresa que organiza grandes eventos no Rio, como o Carnaval de rua e a inauguração da Árvore de Natal da Lagoa. Os chamados Dream Park estarão em

oito cidades brasileiras. No Rio, a previsão é de que as zonas Oeste e Norte recebam os empreendimentos em julho, em estacionamentos de grandes shoppings. Os espaços, de 10000 metros quadrados cada, vão comportar de 150 a 200 carros por vez e terão um pouco de tudo: filmes, shows, setlists de DJs, teatro e apresentações de stand-up comedy. O ingresso também será cobrado por veículo. Os frequentadores terão um aplicativo à disposição para pedir comida – entregue pelos estabelecimentos das praças de alimentação dos shoppings por funcionários caracterizados com uniformes retrô e, claro, máscaras de proteção e luvas. Imagem: www. gstatic.com

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Cresce o consumo de serviços streaming e de entretenimento durante a pandemia Desde o início da pandemia, o consumo global de mídia aumentou 15%, de acordo com dados da Nielsen Clara Flávio Em: 31/05/20 Fonte: : www. itforum365.com.br

ços e e-commerce são áreas que mais ganharam protagonismo desde o início do isolamento, diante dos novos hábitos provocado por Desde o início da pandemia, o toda a crise do corona vírus. Com consumo global de mídia aumen- o fechamento de parques, cinetou 15%, de acordo com dados da mas, shopping centers e teatros por Nielsen tempo indeterminado, o entreteEntretenimento, games, cuidados nimento online passou a ser uma de saúde, serviforma de consumo de Imagem: www.agfadvice.com.br conteúdo, lazer e distração diante das incertezas. Além dos meios tradicionais, como TV aberta e fechada, plataformas de streaming como como Netflix, Globo Play, Amazon Prime avançam em ritmo forte. As lives, que são a novi-

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dade do momento, surpreendem e estabelecem conexões a distância e repercutindo nas redes sociais. Traduzindo em dados, desde o início da pandemia, o consumo global de mídia aumentou 15%, de acordo com dados da Nielsen, com uma das maiores audiências dos últimos cinco anos sendo registrada durante a crise do novo corona vírus. Portanto, as plataformas de vídeo e live streaming cresceram 66%. Na Europa, a procura pela Netflix foi tão grande que a empresa precisou retirar a exibição dos vídeos em HD para manter a estabilidade da conexão local. No Brasil, um estudo realizado pela Kantar mostrou que 50% dos usuários da internet estão buscando mais esses serviços. Entre o booms das lives na internet temos, show da Marília Mendonça, que alcançou o recorde mundial com mais de 3,2 milhões de pessoas conectadas simultaneamente no YouTube. Dava para imaginar um número

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tão expressivo antes do corona vírus? As marcas também entraram nessa conversa e começaram a apoiar lives e artistas. No Instagram, há transmissões ao vivo para os mais diferentes gostos, e os canais de TV fechada passaram a exibir lives como o One World: Together at home. O que tudo isso significa, o que será o streaming pós-pandemia? Com tantas incertezas que rondam, podemos não ter uma ideia clara, mas sabemos que será muito mais relevante do que antes e terá um poder de impacto e

de influência cada vez maior no nosso consumo de conteúdo e de entretenimento. Também na conexão entre marcas e consumidores, especialmente o streaming online, a partir de curadorias e ações bem estruturas de brand content, como a possibilidade de fazer um Live Sync, ou seja, sincronizar a publicidade com base nas lives. Estamos em um período que demanda de nós uma abertura enorme para entender esses novos tempos e para enxergar as novas oportunidades. Como escreveu

Alvin Toffler, um dos mais renomados futurólogos, “o analfabeto do século XXI não será aquele que não consegue ler e escrever, mas aquele que não consegue aprender, desaprender e reaprender”. As marcas precisam se adequar a esses hábitos novos hábitos de consumo; e empresas de tecnologia têm que oferecer cada vez mais soluções que potencializam esses conteúdos criativamente. Afinal, após esse período de isolamento social, vem um novo mundo que está sendo construído agora. Estaremos prontos para ele?

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Entretenimento perderá mais de R$ 900 bi no mundo por pandemia, diz estudo Com o avanço da pandemia a indústria do entretenimento segue tendo prejuízos Clara Flávio Fonte: entretenimento.uol.com.br Em: 21/05/2020 A indústria do entretenimento será duramente afetada pelos efeitos da pandemia do coronavírus no mundo. Segundo um estudo da Ampere Analysis, empresa de pesquisa americana, o mercado perderá US$ 160 bilhões em crescimento pelos próximos cinco anos, o que equivale a cerca de R$ 910 bilhões. A projeção aponta o setor da publicidade como o que terá a maior perda bruta, mas analisando a queda na receita em comparação com o tamanho de cada mercado, o cinema será o mais prejudicado. A produção cinematográfica perderá US$ 24,4 bilhões (cerca de

R$ 139 bilhões), o que representa uma queda de 11% em relação à última previsão da própria Ampere. “A publicidade é a mais atingida no curto prazo e no geral, mas analisando os setores do entretenimento, isso mostra que áreas como o cinema são mais afetadas proporcionalmente”, explicou Guy Bisson, responsável pelo estudo, em reportagem do site Hollywood Reporter. “A natureza interconectada da cadeia de valor do entretenimento significa que haverá uma série de efeitos em outras áreas da cadeia, e algumas delas não serão totalmente vistas por muitos anos”, completou Bisson. Enquanto a publicidade na televisão e internet terá uma perda de R$ 227 bilhões neste ano e mais R$ 245 bilhões em 2021, outra área do entretenimento terá efeitos positivos pro-

vocados pelo coronavírus. O setor de streaming deve ter uma receita 12% maior pelos próximos cinco anos. Segundo o estudo, isso acontecerá porque as medidas de isolamento social levaram a um grande aumento da demanda no setor. A área ainda sofrerá uma queda na arrecadação após a pandemia, mas o crescimento deve se manter estável porque houve uma “mudança de comportamento do consumidor”, disse Bisson. Por outro lado, mais um setor que acumulará prejuízos pela pandemia é a TV paga, seriamente afetada pela suspensão das competições esportivas em todo o mundo. O mercado terá queda de 4% em sua receita, o que representará mais um abalo para uma área já em mudança estrutural por causa da evolução da internet e do streaming.

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Mercado do Entretenimento nos EUA terá retomada lenta, avalia especialista Pandemia já causou prejuízo de mais de R$ 480 milhões no mercado musical do Brasil Clara Flávio Em: 05/06/20 Fonte: braziliantimes.com Pandemia já causou prejuízo de mais de R$ 480 milhões no mercado musical do Brasil, mostra pesquisa. Nos EUA, os prejuízos no setor devem ultrapassar US$ 160 bi em cinco anos. Diretor de agência multinacional de comunicação, marketing e imprensa com sede em Orlado-FL, afirma que com a pandemia a retomada do setor de entretenimento nos EUA será lenta.

A pandemia do novo coronavírus atingiu em cheio o mercado do entretenimento mundial. Nos EUA, as principais capitais da diversão, mais afetadas pelo isolamento obrigatório, buscam alternativas para retomada econômica. Ao lado de Orlando, na Flórida, onde ficam os parques da Disney e da Universal, Las Vegas teve sua economia devastada pelo novo coronavírus. Um terço de todos os postos de trabalho dependem da indústria de turismo e entretenimento. Segundo dados oficiais, o desemprego passou de 4% em feverei-

ro para 25% até maio. Las Vegas tem 150.000 quartos de hotel (para efeito de comparação, Nova York possui 107.000, e Londres, 140.000). A média de ocupação, que costumava girar em torno de 90%, despencou para menos de 5% nas últimas oito semanas. Na última semana a Disney anunciou, a reabertura de dois de seus parques temáticos na Flórida para julho. O parque temático do Universal Studios Orlando, também anunciou reabertura ao público em capacidade reduzida para o dia 5 de junho. Mas essa retomada das atividades

Imagem: www.voupranews.com.br

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não deve assegurar uma recuperação rápida do setor, como afirma o Diretor da agência multinacional de Comunicação, Marketing e imprensa - Onevox Global - com sede em Orlando, Rodrigo Lins. “Todos os nossos clientes que atuam na indústria do turismo e no mercado do entretenimento foram profundamente afetados pela pandemia. Uma redução de 100% na receita para muitos deles. Aqui em Orlando-FL, cinemas, teatros, e os parques temáticos demitiram em massa e não estão otimistas com a recuperação financeira rápida. Os famosos parques da Disney e Universal tem investidos somas consideráveis para adaptações de logística para reabertura”, afirma Rodrigo Lins. De acordo com o especialista, a proibição de visitantes de alguns países, entre eles o Brasil, anunciada na última semana pelo Presidente Donald Trump, deve contribuir ainda mais para os prejuízos nos setores do turismo e do entre-

tenimento nos Estados Unidos. O instituto de pesquisa americano, Ampere Analysis prevê uma perda global de crescimento para o setor do entretenimento na ordem de US$ 160 bilhões em cinco anos. Somente no setor do teatro o instituto prevê um impacto relativo a 11% e uma perda de crescimento em US$ 24,4 bilhões de dólares. IMPACTO EM EMPRESAS BRASILEIRAS Mais de 90% das empresas brasileiras na Flórida prestam serviços no setor do turismo ou do entretenimento. Rodrigo Lins explica que o impacto foi direto e que os empreendedores brasileiros no estado já estão se reinventando para driblar a crise da pandemia. “Muitos empresários brasileiros com autorização legal para viver e trabalhar nos Estados Unidos recorreram ao auxílio financeiro da gestão de Donald Trump para manter funcionários”, explica Lins.

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Para os brasileiros indocumentados, a situação é mais complicada. “Embora os requisitos para obter ajuda financeira não prevejam a questão imigratória, quando o proprietário da empresa é indocumentado, o benefício tende a ser negado pela administração de Trump. Estes empresários estão tendo que se reinventar já que nenhuma ajuda foi anunciada pelo Governo Brasileiro até agora. Existem pessoas empreendendo em outras áreas ou até mesmo mudando de cidade”, afirma Rodrigo Lins. Para o especialista, é preciso considerar que a recuperação econômica dos Estados Unidos, de modo geral, será mais rápida. Contudo, Rodrigo Lins acredita que os setores do Turismo e do entretenimento terão desafios de médio e longo prazo para se reestabelecer, o principal deles: oferecer a sensação de segurança da não contaminação do novo vírus ao grande público.

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Festival Coachella é oficialmente cancelado em 2020 em meio a pandemia de coronavírus O festival será cancelado pela primeira vez em sua história Clara Flávio Em: 10/06/20 Fonte: www. revistamonet.globo.com O Festival de Música e Artes Coachella Valley não acontecerá este ano em meio à pandemia de COVID-19. “Está claro agora que eventos ao vivo com fãs não serão retomados por muitos meses e provavelmente só em 2021”, disse Dan Beckerman, CEO da AEG, a funcionários em um memorando, de acordo com a Billboard. O festival anual de música foi adiado inicialmente de abril para outubro, uma vez que grande parte dos Estados Unidos foi paralisada em um esforço para conter a propagação da pandemia de coronavírus. O festival tradicionalmente se estende por dois fins de semana, com até 125.000 partici-

pantes por dia. A empresa Goldenvoice, que também está envolvida na realização do festival - assim como a Stage Coach e Splash Fest - estão investigando se seria melhor realizar um festival menor e limitado em abril do próximo ano ou um em grande escala em outubro do próximo ano. O festival do ano passado foi encabeçado por Ariana Grande e Childish Gambino, enquanto este ano iria contar com apresentações de Travis Scott, Rage Against the Machine e Frank Ocean. Beckerman disse aos funcionários no memorando que era esperado que os eventos ao vivo precisassem de tempo para reconstruir seus públicos e patrocínios como resultado do coronavírus e de seu impacto. “Quando conseguirmos reabrir, levará tempo até que nossos fãs, parceiros e patrocinadores retornem totalmente”, disse o executivo em um memorando. “Todo fun-

cionário em todo o mundo será impactado de uma forma ou de outra”, disse. Segundo a revista, 15% dos trabalhadores da área de promoção e administração foram demitidos, com mais 100 suspensos temporariamente e o restante com salários cortados entre 20% e 50%. A publicação relatou que a indústria do entretenimento sofreu um enorme impacto financeiro após demissões causadas pela pandemia em meio a cancelamentos de shows e produções suspensas. De acordo com a Billboard, cerca de 45 mil funcionários em período integral foram dispensados ou demitidos desde o início da quarentena, há mais de dois meses, com cerca de 300.000 a 400.000 temporários e freelancers demitidos. Na terça-feira, segundo a Johns Hopkins University, 411.277 pessoas haviam morrido de COVID-19 em meio a 7.238.611 diagnósticos positivos em todo o mundo.

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MÚSICA

Artistas invadem games com shows em novos formatos e grande audiência Nomes como Pabllo Vittar, Travis Scott, Steve Aoki e outros se apresentam nos principais games do mundo, como Minecraft e Fornite www.metropoles.com

Por: Diego Coelho Em: 27/05/20 Fonte: www.metropoles.com Longe do YouTube, Facebook ou Instagram, grandes nomes da música deram mais um jeito de apresentar seus shows on-line: em plataformas de jogos! Com espetáculos divertidos e que chamam atenção pela superprodução. Nomes como Pabllo Vittar e Travis Scott já se apresentaram nesses fãs em palcos virtuais. Dando início nas apresentações de jogos, o rapper americano Travis Scott alcançou números significativos em um show virtual. O jogo de Battle-royale, Fortnite, apresentou o show do cantor no dia 23 de abril, que contabilizou, além dos jogadores, mais de 2 milhões de pessoas em outras plataformas, segundo dados da empresa Lightshed. Além disso, a conta oficial do jogo Fortnite, no Twitter informou que mais de 12 milhões de pessoas estavam logadas no jogo no momento da apresen32

Rapper Travis Scott no jogo Fortnite

tação. O show de Travis Scott durou cerca de 10 minutos e contou com o lançamento do seu novo single, “The Scotts”. Por sua vez, Pabllo Vittar chegou ao festival estadunidense “AETH3R Minecraft Concert”, do

jogo Minecraft, no dia 8 de Maio. Além da cantora, também se apresentaram nomes como Pussy Riot, Rina Sawayama, Alice Glass, Uffie, Sophie Meiers, Charlie XCX e outros. Na apresentação, a drag queen cantou músicas do

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seu último álbum, 111, e levantou doações para a ONG “Groundswell Fund” que dá suporte aos movimentos sociais de negros, indígenas e transexuais. Mais nomes Com o sucesso do show de Travis Scott, o jogo Fortnite abriu uma nova porta no mercado. O game lançou o evento “Party Royale”, com apresentações virtuais de Dillon Francis, Steve Aoki e Deadmau5 dentro do jogo. Neste caso, a novidade não permite que os jogadores lutem um contra o outro, mas apenas assistam as apresentações. Além de assistir aos shows, os jogadores logados na apresentação puderam adquirir o acessório do jogo para as costas “Asas Neon”, um item que reage à música que está sendo tocada.

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Line Up do festival Electric Blockaloo

Próximas apresentações Mesmo que os shows de Travis Scott, Pabllo Vittar e outros estejam disponíveis no YouTube, não há tanta graça pela impossibilidade da interatividade. Quem curtiu a ideia de assistir shows virtuais e interagir com outros jogadores na atmosfera do jogo, poderá curtir, até dia 28 de junho, o festival “Electric Blockaloo”, também dentro do jogo “Minecraft”. A apresentação terá o line-up focado no DJ Diplo, dono de sucessos como Get It Right, Revolution e Lonely. Os ingressos variam entre US$ 7 e US$ 30. Além disso, o show permitirá que os jogadores reproduzam no jogo o escritório da série “The Office”. Trabalho acadêmico válido como AV2 da turma C304J de Editoração Eletrônica da FACHA - 2020/1

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Banco prevê que indústria da música quase dobrará de tamanho em 10 anos Por: Diego Coelho Em: 23/05/20 Fonte: www.uol.com.br A Goldman Sachs, grupo financeiro de Nova York, é uma das principais empresas do mundo em gestão de valores e investimentos. E em um estudo publicado na última semana eles anunciam que as receitas globais da música em 2020 cairão em cerca de 25%. Eles analisam que a questão da “música ao vivo” será severamente atingida este ano por conta da pandemia, e isso já é uma realidade em todo o país. A queda na receita, segundo cálculos do grupo, levará a uma queda de 75% na receita deste ano. Mas as perspectivas para a música são bem positivas a partir do ano que vem. O grupo sinaliza para um crescente crescimento no mercado de streamings, um aumento na demanda de conteúdo e eventos ao vivo e novas oportunidades de licenciamento. 34

Sendo assim, a Goldman Sachs projetou valores de até 142 bilhões de dólares de crescimento da música em uma década, o que significa um aumento de 84% em relação a 2019. A Goldman anuncia, de uma maneira geral, que esta pandemia gerará a maior crise econômica que o mundo passará desde a depressão de 1930. Com isso, a Goldman sinaliza que o tempo gasto ouvindo música “pode mudar de streaming para outras formas de entretenimento de curto prazo”. Resumo: senhores empresários: fiquem atentos às novas formas de se ouvir música. Quanto ao YouTube, a Goldman diz que a plataforma está bem posicionada para capturar o crescente uso e monetização de vídeos musicais, por meio de publicidade e assinatura. Traduzindo em bom e velho português: 2020 vai ser muito ruim, mas o futuro da música no mundo todo é bastante promissor.

Sede do grupo financeiro Goldman Sachs, em Nova York

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Little Richard tocando piano

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De Beatles a Elton John: todos queriam ser como Little Richard

Pai do rock and roll quebrou barreiras musicais e estéticas de gênero Por: Diego Coelho Em: 09/05/20 Fonte: rollingstone.uol.com.br Little Richard, um dos fundadores do rock, cujos gritos fervorosos, roupas extravagantes e persona alegre e desafiadora de gênero incorporava o espírito e sonoridade daquela nova forma de arte, morreu no sábado, dia 9 de Maio. Tinha 87 anos. O filho do músico, Danny Jones Penniman, confirmou a morte do pioneiro do rock à Rolling Stone EUA, mas a causa da morte é desconhecida. Começando com “Tutti Frutti”, em 1956, Little Richard teve uma série de sucessos irrefreáveis - “Long Tall Sally” e “Rip It Up” naquele mesmo ano, “Lucille” em 1957, e “Good Golly Miss Molly” em 1958 - guiadas pelo piano simples e vibrante, exclamações vocais influenciadas pela música gospel e letras carregadas de sexualidade (muitas vezes sem sentido). “Ouvi Little Richard e Jerry Lee Lewis, e aquilo era tudo”, contou Elton John à Rolling Stone EUA, em 1973. “Eu não queria mais ser outra coisa. Sou mais um do estilo Little Richard que um Jerry Lee Lewis, acho. Jerry Lee é um pianista muito intrincado e muito habilidoso, mas Little Richard tem mais peso.”

Apesar de nunca ter chegado ao top 10 novamente depois de 1958, a influência de Little Richard foi massiva. The Beatles gravou diversas músicas dele, incluindo “Long Tall Sally”, e os vocais de Paul McCartney nessas músicas - e em “I’m Down”, dos próprios Beatles - é um tributo ao estilo da garganta desfiada de Little Richard. As músicas de Richard se tornaram partes canônicas do rock and roll, com covers de todos desde Everly Brothers, The Kinks e Creedence Clearwater Revival a Scorpions. “Elvis popularizou [o rock]”, Steven Van Zandt postou após a notícia. “Chuck Berry era o narrador. Richard era o arquétipo.” A persona de Little Richard no palco - o topete pompadour, maquiagem andrógina e camisas com pingentes de vidro - também definiu o padrão para o espetáculo do rock. “Prince é o Little Richard da geração”, Richard disse à Joan Rivers, em 1989, antes de olhar para a câmera e se dirigir a Prince. “Eu usava roxo antes de você!” Nascido Richard Wayne Penniman, em 05 de dezembro de 1932, em Macon, Georgia, era uma entre 12 crianças, e cresceu com tios pastores. “Eu nasci na periferia. Meu pai vendia uísque, uísque pirata”, contou à Rolling Stone EUA, em 1970. Apesar de

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cantar em uma igreja próxima, o pai, Bud, não apoiava a música do filho e o acusava de ser gay, resultando na saída de Penniman de casa aos 13 anos, para morar com uma família branca em Macon. Mas a música o seguiu: um dos amigos dos tempos de menino era Otis Redding, e Penniman escutou R&B, blues e country enquanto trabalhava em um estande concedido no auditório da cidade. Depois de se apresentar no Tick Tock Club, em Macon, e vencer um show de talentos local, Penniman fechou o primeiro contrato, com a RCA, em 1951. (Ele se tornou “Little Richard” quando tinha cerca de 15 anos, quando os mundos do R&B e blues estavam cheios de atos como Little Esther e Little Milton; e também estava cansado de ouvir a pronúncia errada do último nome como “Penny-man”). Aprendeu o estilo distintivo no piano de Esquerita, uma cantora e pianista da Carolina do Sul que também usava um topete pompadour alto. Nos cinco anos seguintes, o avanço da carreira de Little Richard foi apenas adequado; razoavelmente manso, os singles convencionais gravados para RCA e outras gravadoras não chegaram nas paradas. 37


“Quando comecei, nunca ouvi nenhum rock and roll”, contou à Rolling Stone EUA em 1990. “Quando comecei a cantar [rock and roll], cantei por muito tempo antes de apresentar ao público porque tinha receio de que não gostariam. Eu nunca escutei ninguém fazer isso, e estava assustado.” Em 1956, Richard lavava louças na estação de ônibus da Greyhound, em Macon (um emprego de alguns anos antes, depois que o pai foi assassinado e Richard Wayne Penniman precisou sustentar a família). Na época, apenas uma música, “Little Richard’s Boogie”, deu sinais do tornado a caminho. “Coloquei aquela coisa pequena”, contou à Rolling Stone EUA, em 1970, sobre a presença das raízes gospel. “Sempre tive isso, mas eu não sabia o que fazer com o que tinha.” Durante a decaída, enviou uma gravação com versões sem edição de uma novidade obscena chamada “Tutti Frutti” para Specialty Records, em Chicago. Ele criou o famoso refrão da música - “a wop bob alu bob a wop bam boom” - enquanto lavava louças. (Richard também escreveu “Long Tall Sally” e “Good Golly Miss Molly” no mesmo emprego.) Por coincidência, Art Rupe, dono da gravadora e produtor, buscava um vocalista para algumas músicas para gravar em Nova Orleans, e a entrega uivante de Penniman se encaixava. Em setembro de 1955, o músico gravou uma versão de “Tutti Frutti” com letra higienizada, que se tornou o primeiro sucesso, alcançando a posição 17 na parada de pop. “‘Tutti Frutti’ realmente começou a unir as raças”, comentou, em 1990, para Rolling Stone EUA. “Desde o início, minha música foi aceita pelos brancos.” A sequência, “Long Tall Sally”, chegou ao número 6, e se tornou 38

o sucesso melhor posicionado da carreira. De “Long Tall Sally” a “Slippin’ and Slidin”, os sucessos de Little Richard - uma mistura gloriosa de boogie, gospel, e jump blues, produzido por Robert “Bumps” Blackwell - soava como se ele nunca ficasse parado. Com o pompadour característico e maquiagem (que começou a usar para parecer menos ‘ameaçador” ao tocar em clubes de brancos), Richard ficou instantaneamente no nível de Elvis Presley, Jerry Lee Lewis e outros ícones do começo do rock, completa com fãs raivosos e shows lotados. “Era com isso que jovens na América estavam animados”, disse à Rolling Stone em 1970. “Não querem uma farsa, querem a verdade.” Assim como Presley, Lewis e outros contemporâneos, Penniman também participou dos primeiros filmes de rock, como Música Alucinante (1956) e Sabes o que Quero (1957). Em demonstração de como a indústria da música e rádio era segregada, na época, os covers tímidos de Pat Boone de “Tutti Frutti” e “Long Tall Sally” tiveram desempenho tão bom ou melhor quanto as versões do próprio Richard. (“Tutti Frutti” de Boone chegou ao décimo segundo lugar, superando Little Richard por nove posições). Mais tarde, Penniman contou à Rolling Stone que fez questão de cantar “Long Tall Sally” para garantir que Boone não conseguiria copiar tanto. Então os sucessos pararam, por escolha própria. Depois do que interpretava como sinais - a máquina de um avião que pareceu pegar fogo e um sonho sobre o fim do mundo e a danação -, Penniman desistiu da música em 1957, e começou a frequentar a Oakwood University, na escola de Alabama Bible, onde foi orde-

nado como ministro. Quando finalmente lançou um novo álbum, em 1959, o resultado foi uma seleção gospel chamada God Is Real. Com o fracasso na carreira gospel, Little Richard retornou ao rock secular em 1964. Apesar de nenhum dos álbuns e singles lançados na década seguinte em diversas gravadoras ter vendido bem, foi bem recebido de volta por uma nova geração de roqueiros, como The Rolling Stones e Bob Dylan (que tocava as músicas de Little Richard no piano quando era criança). Quando Little Richard tocou no Star-Club, em Hamburgo, no começo dos anos 1960, o ato de abertura era ninguém menos que os Beatles. “Costumávamos ficar nos bastidores para assistir Little Richard tocar”, John Lennon contou depois. “Ele costumava ler a Bíblia nos bastidores, e só de ouvi-lo falar, nós nos sentávamos em torno para ouvir. Ainda o amo e ele é um dos melhores.” Nos anos 1970, Little Richard vivia respeitosamente no circuito de veteranos do rock, imortalizado em uma performance abrasadora e suada no documentário Let the Good Times Roll, de 1973. Durante esse período, Richard também se tornou viciado em maconha e cocaína e, ao mesmo tempo, retornou às raízes gospel. Little Richard também desmantelou estereótipos sexuais no rock & roll, mesmo que deixasse muitos de seus fãs confusos no processo. Durante a adolescência e no estrelato do rock, sua personalidade estereotipada e extravagante fez algumas especulações sobre a sexualidade dele, mesmo sem nunca se assumido publicamente. Mas essa extravagância não inviabilizou sua carreira. Na biografia de 1984, The Life and Times of Little Richard (escrito em conjunto

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com o artista), Richard denunciou a homossexualidade como “contagiosa... Não é algo com que você nasce”. (Onze anos depois, disse em entrevista à Penthouse que foi “gay durante toda a vida”.) Mais tarde, se descreveu como “omnisexual”, com atração por homens e mulheres. Mas em uma entrevista com o grupo cristãos do Three Angels Broadcasting Group, em 2017, condenou o estilo de vida gay e transexual. “Deus, Jesus, Ele fez homens, homens, Ele fez mulheres, mulheres, entende? Você precisa viver como Deus quer. Muitas afeições não naturais. Muitas pessoas fazendo o que desejam sem pensar em Deus.” No entanto, nada disso pareceu prejudicar a mística ou lenda. Nos anos 80, apareceu em filmes como Um Vagabundo na Alta Roda e em programas de TV como Três é Demais e Miami Vice. Em 1986, foi um dos 10 indicados originais para o Hall da Fama do Rock and Roll e, em 1993, recebeu o Lifetime Achievement Award no Grammy. A última gravação conhecida foi em 2010, quando gravou uma música para um álbum de homenagem à cantora gospel Dottie Rambo. Nos anos anteriores à morte, Little Richard, em Nashville, na época, ainda se apresentava periodicamente. No palco, no entanto, a fisicalidade do passado desapareceu: graças à cirurgia de substituição da anca, em 2009, Richard só conseguia se sentar ao piano. Mas seu espírito rock and roll nunca o abandonou. “Sinto muito, mas não posso fazer isso como deveria ser feito”, disse a uma platéia em 2012. Depois que a platéia deu gritos de encorajamento, ele disse - com um gritinho de Little Richard - “Oh, você vai me fazer gritar como uma garota branca!” Trabalho acadêmico válido como AV2 da turma C304J de Editoração Eletrônica da FACHA - 2020/1

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Little Richard de terno

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Como o Bitcoin funciona? O essencial para um novo usuário

Jonas Alonso Fonte: bitcoin.org Em: 2016 Como um novo usuário, você pode iniciar com Bitcoin sem entender de detalhes técnicos. Depois que instalar uma carteira de Bitcoin em seu computador ou telefone celular, ela vai gerar seu primeiro endereço de Bitcoin e você pode criar mais endereços sempre que precisar. Você pode mostrar seu endereço para seus amigos para receber paga-

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mentos ou vice versa. Na verdade, é bem parecido com o funcionamento de um e-mail, a única diferença é que os endereços de Bitcoin devem ser usados apenas uma vez. Saldo - blockchain A blockchain é um livro de registro de contabilidade público compartilhado no qual toda a rede Bitcoin confia. Todas transações confirmadas são incluídas na cadeia de blocos. Desta forma, as carteiras de Bitcoin podem calcular

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bitcoin.org

TECNOLOGIA

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Transaçõe chaves privadas Uma transação é uma transferência de valor entre carteiras Bitcoin que é incluída na block chain. Carteiras Bitcoin mantém uma informação secreta chamada chave privada ou semente, que é usada para assinar transações, fornecendo uma prova matemática provando que elas vieram do dono da carteira. A assinatura também previne que a transação seja alterada por qualquer um depois de emitida. Todas as transações são divulgadas entre os usuários e normal-

mente começam a ser confirmadas pela rede nos próximos 10 minutos, através de um processo chamado mineração. Processando mineração A mineração é um sistema de consenso distribuído que serve para confirmar as transações e incluí-las no blockchain. Isso impõe uma ordem cronológica no block chain, protege a neutralidade da rede, e permite que computadores diferentes concordem sobre o estado do sistema. Para serem confirmadas, as transações devem ser in-

cluídas em um bloco e verificadas pela rede através de regras criptográficas. Essa regras previnem que blocos antigos sejam modificados, o que provocaria a invalidação dos blocos posteriores. A mineração também cria um jogo equivalente à loteria, que previne qualquer indivíduo de facilmente adicionar novos blocos consecutivamente no block chain. Isto evita que pessoas possam decidir o que incluir no block chain ou mudar partes do block chain e assim conseguir reverter suas próprias transações.

Bitcoin.com

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tecmundo.com.br

O que e Ethereum Jonas Alonso Fonte: foxbit.com.br Em: 2016 O que e Ethereum Ethereum é uma plataforma que permite a programação de aplicativos descentralizados, contratos inteligentes e transações da criptomoeda Ether e vários tokens. Tudo isso baseado na tecnologia da Blockchain, que surgiu

juntamente com o Bitcoin. Em razão disso, muitos consideram o Ethereum uma evolução no conceito da tecnologia da Blockchain. A plataforma Ethereum foi imaginada pelo programador canadense Vitalik Buterin em 2013. A plataforma entrou online no dia 30 de julho de 2015 com 11.9 milhões de Ethers pré-mineradas do ICO.

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Desde então, a plataforma vem ganhando cada vez mais adoção entre pesquisadores, empreendedores e programadores que desejam criar soluções reais utilizando a blockchain e a tecnologia do Ethereum. O Ethereum desde então, se tornou a criptomoeda com a segunda maior capitalização do mercado, atrás apenas do Bitcoin.

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O Ethereum e seguro ? O Ethereum utiliza o mesmo conceito de consenso e rede distribuída do Bitcoin para garantir a segurança do seu sistema. São milhares de computadores distribuídos ao redor do mundo, sendo impossível ocorrer um único ponto de falha. Desta forma, o Ethereum se tornou uma das criptomoedas mais seguras atualmente. Atacar a rede do Ethereum seria inviável logisticamente e economicamente, sendo melhor para um hipotético atacante cooperar com toda a rede. Portanto, a rede do Ethereum é extremamente segura. Desde que as moedas sejam armazenadas da forma recomenda-

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da, utilizando uma carteira segura, você não corre o risco de perder suas moedas. Aplicações descentralizadas Se o propósito do Bitcoin é ser utilizado com uma moeda, ou seja, um meio de transferir valores. O foco do Ethereum, por sua vez, é ser uma plataforma que permite a programação aplicações descentralizadas e contratos inteligentes O Ether é usado como uma moeda para comprar poder computacional no computador mundial, que é o Ethereum. Há vários exemplos de aplicações descentralizadas, como o Augur, uma rede de apostas sem um dono. Maker Dai, que é uma

moeda pareada com o dólar, mas sem um emissor central e há inclusive jogos funcionando inteiramente no blockchain. Quem está utilizando a rede Ethereum? Milhares de pessoas no mundo todo estão utilizando a rede Ethereum, o governo do Canadá está usando para dar mais transparência para suas instituições. Dezenas de grandes empresas fazem parte da Enterprise Ethereum Alliance, uma comunidade de empresas que apoiam a tecnologia, como Microsoft, Itaú e AMD.

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Gizmodo.uol.com.br

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Elon Musk trabalha em tecnologia que usa onda cerebral como senha A ideia do bilionário é conectar o cérebro humano a dispositivos para que não seja mais necessário usar senhas: em vez disso, as ondas cerebrais podem ser usadas para desbloquear aparelhos Jonas Alonso Fonte: olhardigital.com.br Em:2017 As tecnologias de segurança de diversas áreas evoluíram muito nos últimos anos. É possível comprar pelo smartphone, abrir a porta de casa com a impressão digital e até fazer compras em lojas físicas sem intervenção humana. Aparentemente, a humanidade está pronta para dar o próximo passo. O bilionário Elon Musk, responsável por empresas como Tesla e SpaceX, anunciou seu mais novo empreendimento: a Neu-

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ralink, uma startup que promete conectar o cérebro humano a máquinas por meio de pequenos sensores. Segundo Musk, os primeiros testes devem ocorrer no ano que vem. A ideia é que a tecnologia permita desbloquear equipamentos — como smartphones e até portas — com o poder da mente. Além disso, ela pode ser uma importante aliada no tratamento de doenças neurológicas. Em 2015, um grupo de cientistas da Universidade Binghamton, nos EUA, identificou que o cérebro humano reage a certas palavras de modo específico.

Concluiu, então, que as ondas cerebrais podem ser captadas e usadas para substituir senhas. No estudo, 45 voluntários foram testados. Seus sinais cerebrais foram captados enquanto eles liam uma lista com 75 siglas. Essa etapa foi importante para identificar que cada indivíduo reage de forma diferente a um padrão de letras e que pode ser identificado apenas por seu comportamento cerebral. Tecnologia para o futuro Apesar das promessas, a tecnologia depende de muitos fatores (como avanços tecnológicos nos captadores de ondas cerebrais)

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para funcionar. Em laboratório, por exemplo, os testes são feitos com grandes capacetes cheios de fios que captam as ondas cerebrais. Segundo Edgard Morya, coordenador de pesquisa do Instituto Santos Dumont, entretanto, isso deve ser resolvido em breve. “Ninguém quer andar por aí com isso na cabeça, mas é questão de tempo para que esses eletrodos possam ser implantados debaixo da pele.” Pensando nisso, a Neuralink tem investido seus esforços em criar sensores pequenos (cerca de 30% do diâmetro de um fio de cabelo) para que seja possí-

vel conectar o cérebro humano a aplicativos de smartphone. Musk informa que “um robô implantará os sensores delicadamente”. Desafio da mudança constante Outro desafio que deve ser levado em conta pela empresa é o de lidar com a complexidade do cérebro e sua constante transformação. Nas pesquisas feitas em Binghamton, por exemplo, os voluntários foram avaliados em ambientes que pouco se assemelham à realidade — por isso, pode ser difícil reproduzir esses resultados no mundo real. Outra barreira dessa tecnologia

é a segurança. “Registrar a atividade cerebral é a parte mais fácil. O grande desafio é processar o sinal para criar uma senha”, explica Morya. “O problema é que, depois que ela é digitalizada, é muito fácil para um cracker captá-la”, completa. Acredita-se que esse conceito possa ser uma alternativa interessante do ponto de vista da comodidade. Apesar disso, é importante que seja tratado apenas como uma segunda forma de autenticação. Afinal, ainda há obstáculos que podem impedir seu funcionamento satisfatório, como o estresse do usuário ou sua falta de concentração na hora de pensar na senha. Indiamart.com

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GASTRONOMIA

Abacate, o fruto da desigualdade no México Michoacán é o maior produtor da fruta, cujo boom acarretou em violencia e precariedade trabalhista ao estado mexicano

https://news.yahoo.com

Victor Hugo Candelot Fonte: https://brasil.elpais.com em:04/02/19 A culpa foi da louca. Subindo pelo monte se veem casinhas brancas ao estilo Bauhaus e armazéns de empresas com nomes em inglês. Mais acima, tudo é verde pálido, uma cobertura de árvores que acabam em uma pequena flor amarelada de cinco pétalas. Os agricultores mexicanos chamam essa flor que coroa as árvores de la loca (a louca) porque é imprevisível, aparece fora de época: no verão, no inverno, quando tem vontade. Flores loucas o ano todo significam também abacates o ano todo, um ritmo desenfreado que transforma essas árvores nos pomares mais produtivos do planeta. Pela altura, clima e terreno, Michoacán é o paraíso do abacate. “Aqui nascem sozinhos. Mas nos últimos anos se plantou demais e mudou a vida de todos nós”, diz ao pé da colina verde de Uruapan, um produtor que já há duas décadas deixou as plantações de pepino e melão para cultivar abacate. Os norte-americanos estão apaixonados pela louca de Michoacán, o único Estado mexicano que tem permissão para vender abacates ao pais vizinho. Na última década o número de exportações quadriplicou. Somente no ano passado, as vendas aos EUA foram de 2,5 bi-

Homens armados pertencentes ao Conselho de Autodefesa de Michoacan

lhões de dólares (9 bilhões de reais). Mais do que as rendas por petróleo. Os terrenos de cultivo cresceram 200%. É como se quase todo o território da cidade de Londres se transformasse em uma imensa plantação de abacate. Uruapan – de 300.000 habitantes – é o centro do negócio. A capital industrial do abacate michoacano, onde estão as principais empresas comercializadoras e onde é mais perceptível os benefícios e estragos da louca: as casas Bauhaus e as casas minúsculas com tetos de chapas de metal, as empresas estrangeiras e as florestas devastadas, os milionários anúncios de guacamole no SuperBowl e as mortes a tiros. Alejandro García, um distribuidor veterano, teve o filho assassinado na semana passada na porta de sua

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empresa. No final da tarde, quando saía do trabalho com seu pai, dois homens armados atravessaram a rua de moto e o fizeram disparos à queima-roupa. “Eu já tinha saído. Fui avisado por telefone e voltei rapidamente. Cheguei a vê-lo sangrando na porta”, diz García em seu escritório enquanto supervisiona o carregamento de um caminhão. De outros empresários do setor – diz o pai – estão exigindo mensalidades. Para nós não. Ainda que uma ou outra negociação com intermediários tenha acabado com uma pistola em cima da mesa”. A região abacateira sofreu um aumento de violência do crime organizado há cinco anos. Pelo dinheiro rápido, os cartéis hegemônicos da época – A Família Michoacana e Os Cavaleiros Templários – surgi 49


Os entregadores de comida são reféns do seu ‘like’ Prestadores de serviços estão submetidos à um cruel sistema de avaliação virtual Victor Hugo Candelot Fonte: https://brasil.elpais.com em:01/02/19 Apenas sete anos depois de sua estreia, Queda Livre, um capítulo da série Black Mirror que faz uma caricatura futurista da obsessão pelo prestígio nas redes sociais, está se tornando uma realidade assustadora para os prestadores de serviço. Já existem garçons e entregadores de comida rápida que perdem o emprego, ou pelo menos boa parte de sua renda, por causa da má avaliação virtual de um cliente insatisfeito ou simplesmente irritado com a empresa para a qual prestam serviço. Não é difícil verificar. Basta

conversar um pouco com os entregadores que, de capacete, esperam ao lado de suas bicicletas o próximo pedido nas portas de alguma grande rede de fast food Se os observar de longe, perceberá que estão sempre com seus celulares em mão sempre conectados. Eles prestam atenção a um aplicativo de empresas virtuais que, através do celular e em questão de minutos colocam clientes em contato com o restaurante e com o entregador,que tem a missão de levar a comida ainda quente a sua casa. “Nosso trabalho depende inteiramente da pontuação que tivemos. A empresa nos dá horas de trabalho em faixas de horário de alta demanda

-por exemplo, aos sábados das 21h as 23h- em função da avaliação dos clientes que acumulamos. Se perdemos a pontuação de excelência -cerca de 97 pontos em 100- por uma má avaliação, no dia seguinte te reduzem suas horas de trabalho ou as retiraram diretamente, embora na maioria dos casos não sejamos nós os culpados pela comida ter chegado tarde ou fria. Mas o aplicativo só dá a opção de avaliar os entregadores.” Conta um jovem entregador. No caso de que um deles tenha uma diminuição em sua avaliação, fica sem horas atribuídas, contam os jovens entregadores. E então como acontece com vários daqueles que https://d.emtempo.com.br

Entregador de aplicativo verificando seu telefone

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participaram da conversa, a única opção é ir até a porta de um restaurante com alta demanda e grudar os olhos em seus celulares para tentar conseguir algum pedido avulso. Esta é a versão atual daqueles trabalhadores temporários que esperavam na praça da cidadezinha que o capataz os colocasse no furgão para trabalhar por um mísero salário. “As pessoas não sabem o dano que podem fazer com uma simples avaliação negativa” revela um dos entrevistados. Aqueles que sabem são os trabalhadores precários que, seja atrás do balcão de uma loja de departamentos, no serviço de atenção ao cliente de qualquer grande empresa ou instalando internet na sua casa, dependem de uma boa avaliação para obter totalmente os seus salários. Já não é incomum que algum desses trabalhadores, chateados por essa situação, transfiram diretamente para o cliente a importância de uma avaliação positiva. “Agora vão ligar da minha empresa pedindo-lhe para avaliar o serviço. Mas na realidade, quem é avaliado sou eu, mesmo que eles digam ‘avalie a [nome da empresa]’, isso não é verdade. Avalie o técnico que vem a sua casa. E qualquer nota inferior a 10 implica numa redução salarial. O problema é que muitas pessoas costumam estar insatisfeitas com a empresa que dão zero ou uma nota muito baixa. Então eu explico isso muito claramente a todos: com esse telefonema eles estão me avaliando” Explica um instalador de uma empresa de telefonia. O economista e advogado Adrián Todolí analisou o problema e suas conclusões são alarmantes. “A situação piorou a tal ponto que estamos voltando à servidão do século XIX”. E ele explica isso de uma maneira simples: “Estamos enfrentando o risco de uma dupla sanção. Por um

lado, um trabalhador corre o risco de ser despedido por uma má avaliação de um cliente (seja verdadeira ou falsa) ou porque a empresa usa essas supostas opiniões negativas para se livrar de um trabalhador precário. Mas, além disso, agora surge outro problema, que são as plataformas online de pontuação, que coletam as avaliações de patrões e clientes sobre este ou aquele profissional. E aqui vem a dupla sanção. Uma pontuação ruim pode não apenas deixá-lo sem seu emprego atual, mas também trazer uma má reputação online que o impede ter acesso a trabalhos futuros. Quem ousará dizer não a um cliente ou se recusar a fazer horas extras se estiver jogando o futuro?” Todolí refere-se a um aplicativo criado por empresários espanhóis que, sob o suposto objetivo de “promover a meritocracia”, permite com um simples movimento do dedo avaliar o trabalho de qualquer pessoa. Em seu site, os criadores

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da plataforma explicam como tiveram a ideia: “Uma manhã, tomando um brunch em um daqueles maravilhosos cafés do East Village de Nova York, pensamos: como gostaríamos de poder ajudar essa garçonete que nos atendeu tão bem. Quando nos aproximamos do gerente para comunicar nossa boa experiência com sua empregada, ele nos respondeu com um sorriso que somos convidados a avaliar o negócio em qualquer uma das muitas plataformas que já existem. E pensamos: ‘Que injusto não poder avaliar essa pessoa!’. Assim nasceu a ideia...”. A cena é tão parecida com o capitulo de Black Mirror que só de pensar no final desastroso já produz calafrios. Na esquina das ruas Goya e Alcalá, jovens entregadores mantêm os olhos fixos no telefone como a protagonista de ‘Queda Livre’ fazia o tempo todo. Seu futuro depende de um like ou de um dislike. Pinterest.com

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Quanto seu chocolate encareceria sem trabalho infantil? Modelo criado por dois economistas mostra que com 2,8% de aumento daria para eliminar as “tarefas mais extremas”

Victor Hugo Candelot Fonte: https://brasil.elpais.com em:07/06/19 Qual é o preço que os consumidores deveriam pagar para eliminar o trabalho infantil da cadeia de produção de tabletes de chocolate? Dois economistas norte-americanos calcularam quanto o preço do cacau precisa aumentar para que continuasse gerando a mesma renda a seus produtores sem a necessidade de empregar crianças, que são mais baratas e manejáveis: 2,8%. Esse é o preço de tirar um menor da escola para que vá trabalhar na lavoura. Jeff Luckstead e Lawton L. Nalley conceberam um modelo econômico para calcular o impacto deste comércio mais justo sobre o preço final. “Desenvolvemos um modelo de lar rural, em que a renda é gerada pelo cultivo de cacau. Para este trabalho, o lar pode usar o tempo dos adultos, o das crianças ou o de trabalhadores contratados”, diz Luckstead. Estes 2,8% se referem ao aumento resultante após eliminar as formas de trabalho infantil mais “extremas” (que incluem tarefas perigosas ou implicam mais de 42 horas semanais). Suprimir as tarefas “normais” (jornadas de 14 a 42 horas semanais) elevaria o preço em 12%, ao passo que desligar por 52

completo os menores da produção de cacau (jornadas nunca superiores a 14 horas semanais) fariam o produto aumentar 47%. A Organização internacional do trabalho estabelece estas três diferenças refletindo critérios de duração da jornada de trabalho e a periculosidade das tarefas. A pesquisa foi divulgada na revista Plos one “As discussões sobre o preço do cacau e de outros produtos básicos são complexas, mas necessárias. Proporcionar um preço justo ao agricultor pode ser um ponto de partida crucial para enfrentar a pobreza e o trabalho infantil. No entanto, este não é o único problema a ser abordado. O acesso a serviços de qualidade, como educação, saúde e registro de nascimentos, é igualmente importante”, diz Muhammad Rafiq Khan, do escritório do UNICEF em Gana. Economistas desenvolveram seu modelo no contexto de Gana, o segundo maior produtor de cacau (20% do total mundial), que emprega diretamente dois milhões de pessoas. “O modelo que adotamos poderia ser adaptado a outras situações, mas, dependendo do tema e do mercado, seria preciso fazer modificações”, ressalva o pesquisador. Neste país da África Ocidental, o

UNICEF estima que exitam cerca de 200.000 crianças trabalhando no setor em condições muito duras. Toda a região da África Ocidental é responsável por 70% da produção mundial de cacau, um setor que emprega 2,2 milhões de crianças, de acordo com o CacauBarômetro de 2018, um relatório de 15 ONGs europeias. No topo está a Costa do Marfim, país que contribui com 40% deste produto. O Governo de Gana lançou em 2017 um plano para reduzir esses números. “Temos de abordar as situações de pobreza que levam as famílias a depender da renda que as crianças podem trazer e mudar as percepções sociais que consideram o trabalho infantil como normal, aceitável ou mesmo necessário”, diz Blanca Carazo, chefe de programas do Comitê Espanhol do UNICEF. É extremamente difícil aplicar a lei do trabalho infantil sem empurrar as famílias para a pobreza “São mão de obra barata, obediente, muito rentável e, para muitas famílias, a única alternativa para sobreviver”, complementa David del Campo, diretor de Cooperação Internacional da Save the Children. No total, 30% das crianças de Gana abandonam o ensino primário e 15% nunca puseram os pés em uma escola, segundo dados da UNESCO.

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“É extremamente difícil aplicar a lei do trabalho infantil sem empurrar as famílias para a pobreza, e é por isso que criamos esse modelo, porque os lares que dependem do cacau estariam mais dispostos a reduzir essas práticas se isso não implicasse uma sobrecarga financeira. Além do mais, os consumidores querem produtos obtidos eticamente, incluindo o cacau”, explica um dos autores do estudo. A pesquisa se insere no Cocoa Livelihood Program, um projeto da Fundação Mundial do Cacau, patrocinado pela Fundação Bill e Melinda Gates e destinado a melhorar as condições de vida de mais de 200.000 pequenos agricultores na África Subsaariana, por meio de capacitação, a diversificação de cultivos e a organização dos agricultores. “Tradicionalmente, o sistema tem focado seus esforços na resposta (isto é, retirando as crianças do trabalho infantil), mas as evidências mostram que uma abordagem mais abrangente e preventiva, que contemple mais poder econômico, o desenvolvimento, a educação e a proteção infantil, é mais eficaz”, enfatiza Rafiq Khan. A pesquisa não analisa se os consumidores estariam dispostos a assumir esse aumento de preço e quais mecanismos de controle teriam que ser estabelecidos para garantir que o aumento se traduza de fato na redução do trabalho infantil. “Seria necessário acompanhar essa medida de intervenções para a mudança social e com mecanismos de proteção que não dependam do mercado ou da produção”, diz Carazo. “Também temos que pôr a ênfase nos produtores que compram o cacau para fabricar seus produtos e que, às vezes, se baseiam em relações comerciais abusivas. São eles que exigem que os agricultores continuem a produzir mais a baixo custo”, diz Del Campo. O coautor do estudo cita um fato interessante: “Se for bem-sucedido em reduzir ou eliminar as piores práticas de emprego infantil, o Conselho de Comercialização do Cacau de Gana poderia rotular seu produto como livre de trabalho infantil, o que diferenciaria seu cacau do de outros países e melhoraria sua comercialização”.

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ram com extorsões e assaltos afim de conseguir uma fatia do bolo. Nos povoados da serra chegaram a invadir plantações, expulsando os produtores de suas terras. As respostas das milícias de autodefesa – grupos civis armados contra o trafico de drogas – e a queda dos grandes chefes diminuiu a intensidade e levou o foco da mídia a outras regiões problemáticas do país. Mas a violência nunca foi embora. “Em Uruapan, como é mais cidade, não chegaram a organizar milícias. Além disso, antes pelo menos sabíamos quem eram. Agora já não sabemos mais”, afirma o empresário. Pelas ruas do centro, os moradores reconhecem nomes e famílias: Os Viagras? “São de Buenavista, de um povoado que se chama Pinzándaro. Foram se expandindo até se tornarem fortes aqui”. Jalisco Nova Geração? “El Mencho – o chefe mais procurado atualmente no México – é de Aguililla. São primos. Já entraram em muitos municípios daqui. Vêm com tudo”. Em 2014, o presidente da Produtores e Empacotadores de Abacate de Michoacán (APEAM), Sergio Guerrero Urbina, renunciou a seu cargo após aparecer em um vídeo conversando com Servando Gómez La Tuta, líder dos Cavaleiros Templários, ao lado de outros empresários e políticos locais. Pelas ruas do centro, os moradores reconhecem nomes e famílias:

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Os Viagras? “São de Buenavista, de um povoado que se chama Pinzándaro. Foram se expandindo até se tornarem fortes aqui”. Jalisco Nova Geração? “El Mencho – o chefe mais procurado atualmente no México – é de Aguililla. São primos. Já entraram em muitos municípios daqui. Vêm com tudo”. Em 2014, o presidente da Produtores e Empacotadores de Abacate de Michoacán (APEAM), Sergio Guerrero Urbina, renunciou a seu cargo após aparecer em um vídeo conversando com Servando Gómez La Tuta, líder dos Cavaleiros Templários, ao lado de outros empresários e políticos locais. Gabriel Villaseñor, atual presidente do sindicato patronal abacateiro, conta que naquela época “o chamavam” sob ameaça de morte. Afirma que agora a tensão diminuiu, mas reconhece que os crimes aumentaram, culpando os bandidos comuns. Desde que há dois anos teve um primo assassinado, decidiu se proteger com guarda-costas. Dentro da fábrica da empresa comercializadora dirigida por Villaseñor, uma das mais antigas da área, se trabalha sem parar. É a grande semana porque no domingo do SuperBowl a demanda dispara. Mais de 100 funcionários cortam, limpam e armazenam abacates. 51% dos habitantes de Uruapan

são pobres, de acordo com dados oficiais de 2016. Em novembro, toda a rede do negócio esteve parada por quase três semanas graças a um protesto dos produtores. Diziam que os distribuidores estavam abaixando o preço ao dar abertura a abacate de outros Estados No meio, estão os diaristas, o elo mais frágil. “Se não cortamos, não comemos”, diz Francisco Hinojosa, 50 anos, segurando tesouras de poda para colher a fruta da árvore. Conta que antes costumavam trabalhar diretamente para o distribuidor, com contrato, seguro médico e pagamentos mensais. Agora trabalham sob subcontratos. Trabalham por horas e só têm seguro médico quando estão nas plantações. “Se minha família fica doente, precisa esperar o dia em que vou trabalhar”. Ganha 30 dólares por cinco horas colhendo. De tarde tenta ganhar a vida com outros trabalhos. No topo da colina, ainda resta uma faixa de floresta de pinheiros. Os limites com a plantação de abacates não são homogêneos e uma língua dos abacateiros penetrou pela metade da área de mata. “Estiveram cortando e plantando, mas o Governo percebeu e pararam”, dizem na plantação mais abaixo. Não há números oficiais e confiáveis do desmatamento provocado pelo voraz cultivo intensivo do abacate no México.

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Geração que vale ouro? NBA domina Top 100 dos atletas mais bem pagos do mundo Na lista anual dos 100 atletas mais bem pagos do mundo divulgada pela revista “Forbes”, no ano de 2020, nenhuma outra modalidade tem tantos esportistas quanto o basquete.

www.esporte.ig.com.br

Lebron James em coletiva de imprensa representando os Los Angeles Lakers.

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ESPORTES Por: João Lucas Andrade Em: 01/06/2020 Fonte: www.espn.com.br

www.wikipedia.com

Ao todo, são 35 entre os 1000, à frente do futebol americano, com 31. E todos esses atletas do basquete são, obviamente, da NBA. LeBron James puxa a fila da NBA com o quinto lugar no geral. O astro fatura US$ 88 milhões (R$ 469 milhões), sendo US$ 28 milhões de salário do Los Angeles Lakers e outros US$ 60 milhões de patrocínios e publicidade. Logo atrás dele na lista vem Stephen Curry, do Golden State Warriors. que faturou no último ano US$ 74 milhões (R$ 394 milhões), sendo US$ 30 milhões em salários. Em sétimo na lista geral, liderada por Roger Federer, e terceiro na NBA, está Kevin Durant, que mesmo não jogando pelo Brooklyn Nets nesta temporada embolsou US$ 63,9 milhões (R$ 340 milhões). Os outros três jogadores da NBA no top 20 da lista da Forbes são os três últimos MVPs: Russell Westbrook (12º), James Harden (17º) e Giannis Antetokounmpo (18º). Westbrook faturou US$ 56 milhões (R$ 298 milhões), enquanto Harden embolsou US$ 47,8 milhões (R$ 255 milhões), e Giannis ganhou US$ 47,6 milhões (R$ 253 milhões). O top 10 da NBA é completado por Kyrie Irving (24º no geral), Klay Thompson (28º), Damien Lillard (30º) e Chris Paul (35º)

Stephen Curry, segundo atleta de basquete mais bem pago, em quadra pelo Golden State Warriors (time da NBA)

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Transmissões do Campeonato Espanhol terão gritos e torcida virtuais nas arquibancadas Presidente da liga que organiza torneio, Javier Tebas revela que usuários poderão escolher entre acompanhar partida com som ambiente ou com opções gráficas para preencher o estádio

commons.wikimedia.org

Camp Nou, estádio do FC Barcelona, em um dia de jogo do Campeonato Espanhol.

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Por: João Lucas Andrade Em: 08/06/2020 Fonte: www.globoesporte.com Perto da volta oficial, o Campeonato Espanhol dará uma opção para os espectadores que sentem falta do barulho da torcida e da arquibancada preenchida. Javier Tebas, presidente da La Liga, revelou que as transmissões do torneio contarão com áudio e torcedores virtuais. No entanto, caso alguém prefira o som ambiente original, será possível mantê-lo. – Estamos em uma situação excepcional, mas para nós é fundamental nos adaptar e oferecer uma transmissão pioneira aos nossos espectadores – disse Tebas, em entrevista ao canal espanhol “Movistar+”. De acordo com Tebas, a opção estará disponível para todas as retransmissoras internacionais do torneio. Para o áudio, a La Liga contará com a mesma tecnologia usada pela EA Sports para os jogos da franquia Fifa. Para preencher o vazio nas arquibancadas, a entidade utilizará um recurso disponibilizado por uma empresa norueguesa. A tecnologia apenas oferece uma imagem que se assemelha a vários torcedores sentados, mas imóveis e sempre nas cores da equipe mandante. A Bundesliga também tem oferecido recurso de sons virtuais de torcida para suas retransmissoras. No entanto, ele não está disponível para todas as partidas. O Campeonato Espanhol será retomado nesta quinta-feira, com o clássico entre Sevilla e Real Bétis, às 17h. O Barcelona entra em campo no sábado, dia 13/06, contra o Mallorca fora de casa, e o Real Madrid recebe o Eibar no domingo, dia 14/06.

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O jogador de futebol Lionel Messi em campo pelo time FC Barcelona no Campeonato Espanhol.

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Manchester City inicia defesa no Tribunal Arbitral do Esporte de punição imposta pela Uefa Clube está impedido de disputar competições europeias nas duas próximas temporadas por violar regras do fair play financeiro Por: João Lucas Andrade Em: 08/06/2020 Fonte: www.globoesporte.com O recurso do City foi apresentado após a decisão da Câmara de Investigação do Comitê de Controle Financeiro de Clubes (ICFC) em 14 de fevereiro. De acordo com essa decisão, o órgão de controle financeiro da Uefa deixou o Manchester City impedido de jogar as próximas duas temporadas (2020/2021 e 2021/2022) das competições europeias (Liga dos Campeões ou Liga Europa). Além disso, acrescentou uma multa de 30 milhões de euros. A audiência no TAS ocorre remotamente, por videoconferência, devido às restrições causadas pela crise do coronavírus. A sessão foi aberta por volta de 4h no horário de Brasília. Não se espera um veredicto imediato e a decisão “pode ser comunicada durante o mês de julho”, disse à AFP Matthieu Reeb, secre62

tário-geral do TAS. Se o tribunal de arbitragem esportiva tomar uma decisão desfavorável ao City, o clube inglês ainda poderá apelar para o Tribunal Federal Suíço, que seria a última esperança para o time treinado por Josep Guardiola. As perdas financeiras pela provável ausência nos torneios europeus superariam em muito os 100 milhões de euros por ano e teriam consequências para o clube, principalmente porque a Liga dos Campeões é a principal vitrine e a mais desejada pelos donos do City, empresários dos Emirados Árabes. “Se eu não for demitido, ficarei aqui. 100% de chances, mais do que nunca”, afirmou Guardiola após a punição da Uefa em fevereiro, garantindo que a disputa pela Liga dos Campeões não o fará procurar um novo horizonte. Nesta Liga dos Campeões, o Manchester City venceu o Real Madrid por 2 a 1 no Santiago Bernabéu

no jogo de ida das oitavas de final. Ainda resta a partida de volta no Etihad Stadium, quando a Covid-19 interrompeu a atual temporada do torneio, que aguarda retorno. O regulamento foi aprovado pela entidade europeia em 2010 e entrou em funcionamento efetivamente em 2011. Ele visa melhorar a saúde financeira dos clubes do continente e, basicamente, tem como meta equilibrar os gastos dos times. Eles não podem gastar mais do que arrecadam. No entanto, em 2015, o texto foi atualizado e incluiu itens de controle de investimentos. O próprio Manchester City, o PSG e o Chelsea, financiado com bilhões por seus donos, inspiraram a atualização. Quais são as principais regras do Fair Play Financeiro? São três princípios básicos: •Sem calote: os clubes que se qua-

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lificam para as competições da Uefa têm de provar que não têm dívidas em atraso com outros clubes (transferências, etc), salários de jogadores, previdência social e autoridades fiscais. •Controle de gastos: o clube não pode gastar € 5 milhões além do que arrecada por período de avaliação, que é de três anos. No caso de clubes cujos donos tenham patrimônio como garantia para fazer o pagamento, o valor pode chegar a € 30 milhões. As despesas com estádios, centros de treino e aposta na formação de jovens e no futebol feminino não entram na conta. •Investimento “sustentável”: em 2015, a Uefa atualizou o regulamento para ter um maior controle sobre os gastos excessivos. É o principal item no qual Manchester City e PSG se encaixam. A entidade monitora clubes que tenham tido injeção suspeita de dinheiro, mas, ao mesmo tempo, controla aqueles times com dificuldades estruturais.

Qual o protocolo? O Manchester City está sob investigação da Uefa desde o início do ano passado. O clube é notificado e intimado a apresentar documentos e dados para análise da entidade, que atestará ou não a fraude. O caso é acompanhado a cada três meses. Caso a inconsistência persista, uma punição pode ocorrer. – O Fair Play serve para trazer lisura e sustentabilidade a longo prazo. Se não há lavagem de dinheiro. Se as coisas estão feitas com boas práticas. Com o PSG aconteceu a comunicação e há um acompanhamento. No caso do City, isso já tinha acontecido, e agora com a comunicação, significa que não cumpriu com aquele plano – avaliou Pedro Daniel. Por que o City foi punido? O City foi considerado culpado

por ter inflacionado de forma falsa os valores de seus patrocínios, no período entre 2012 e 2016. O regulamento considera uma parte relacionada ao clube quando uma entidade, sozinha ou em conjunto com outras ligadas a um mesmo dono, represente mais de 30% das receitas totais de um clube. A Uefa determina que os proprietários façam seus investimentos nos clubes através de contratos de patrocínio. Tais acordos são passíveis de ajustes do órgão europeu para garantir um “equilíbrio das contas para um nível mais adequado com os preços de mercado”. Para simplificar: se um clube apresentar uma receita de origem duvidosa, ele pode sofrer consequências. No caso do City, seu proprietário, o Sheik Mansour bin Zayed Al Nahyan, da família que governa Abu Dhabi, estava financiando o patrocínio anual de 67,5 milhões de libras da camisa, estádio e as divisões de base através da Etihad Airways, companhia aérea de seu país. No entanto, documentos obtidos pela Uefa atestariam que apenas 8 milhões de libras foram financiados diretamente pela empresa.

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Quais as punições possíveis? A Uefa criou o Comitê de Controle Financeiro dos Clubes (CFCB, na sigla em inglês) para fiscalizar seus afiliados. Foi o órgão responsável pela punição ao City. Há vários tipos de sanções em caso de descumprimento das regras: •Advertência •Repreensão •Multa •Dedução de pontos •Retenção das receitas de uma competição da Uefa •Proibição de inscrição de novos jogadores nas competições da Uefa •Restrição ao número de jogadores que um clube pode inscrever para a participação em competi-

ções da Uefa, incluindo um limite financeiro sobre o custo total das despesas com salários dos jogadores inscritos na lista principal para a participação nas competições europeias •Desqualificação das competições a decorrer e/ou exclusão de futuras competições •Retirada de um título ou prêmio

Escudo do time de futebol Manchester City

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Time no México muda de nome, escudo e até de cidade, e gera revolta dos torcedores O Monarcas Morelia vai se chamar Mazatlán FC e vai mandar seus jogos em cidade homônima ao novo nome Por: João Lucas Andrade Em: 08/06/2020 Fonte: www.globoesporte.com O tradicional time mexicano do Monarcas vai fazer uma mudança drástica. O clube, controlado por uma emissora de TV local, vai se mudar de Morelia a Mazatlán, 770 quilômetros ao norte. Além da sede, o Mazatlán FC terá um escudo reformulado e novas cores, anunciados nesta segunda, o que não agradou os torcedores. São dois os principais motivos para essa mudança, ambos relacionados a vantagens econômicas. O governo de Sinaloa, Estado onde fica a cidade de Mazatlán, ofereceu um estádio mais moderno, que será administrado pelo clube. Outro benefício visto pelo grupo que administra o Monarcas é que as autoridades estaduais vão pagar cerca de US$ 23 milhões (R$ 111 64

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milhões) à equipe por temporada, quantia 12 vezes maior comparada àquela que o clube recebia em Morelia. - Pela primeira vez na história, a primeira divisão chegará a Mazatlán, um dos portos mais importantes da América Latina, com um projeto inovador que buscará impulsionar o espírito incansável dos sinaloenses. Desde já, o futebol e todo o esporte serão parte da construção da nova visão social e econômica que Mazatlán e Sinaloa estão vivendo - destacou o comunicado feito pelo clube. Com essa medida, os jogadores profissionais terão que seguir os passos dos donos e se mudar para Mazatlán. Um dos atletas do time é Jorge Valdivia, ex-meia do Palmeiras. Recentemente, o treinador Pablo Guede foi demitido, e não ainda não se sabe qual será o des-

tino das categorias de base nem do time feminino. A mudança não foi bem aceita pelos torcedores, que ficarão órfãos de um clube de futebol na cidade de Morelia. Por isso, o ex-jogador e ídolo do clube Marco Antonio Figueroa conversa com empresários locais para que o time dispute a segundona do país e volte à primeira divisão mexicana. O que pode atrapalhar esses planos é que o México suspendeu o rebaixamento e a promoção nos próximos 6 anos por conta da pandemia do corona vírus. - Este projeto pretende devolver a equipe aos torcedores desde as raízes. Seu orçamento está previsto para começar na Liga de Desenvolvimento por meio de uma franquia que está atualmente sob a proteção da Federação Mexicana de Futebol e com cujos proprie-

tários já existe um acordo - disse Figueroa em uma transmissão ao vivo. Apesar das recomendações de distanciamento que estão em vigor no México por conta do coronavírus, milhares de torcedores do Monarcas foram às ruas protestar contra a decisão dos donos do clube, e uma página nas redes sociais endossa a campanha de recuperação promovida por Figueroa. Comum em franquias dos esportes americanos, a mudança de sede também não é novidade no futebol mexicano. O Necaxa e o Atlante, por exemplo, são times fundados na Cidade do México, mas que optaram continuar suas trajetórias em Aguascalientes e Cancún, respectivamente. Nenhuma das duas equipes, no entanto, sofreu uma mudança brusca no escudo como ocorre com o Morelia.

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Antigo escudo do time e novo escudo, respectivamente. Ambos contém as cidades (Morelia e Mazatlan) em evidência.

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