2 | Revista Informe - 2018.2
04 - EDITORIAL Editorial e Expediente
05 - RIO DE JANEIRO Roger Waters convida coral de alunos de projeto social para cantar ‘Another Brick In The Wall’ em show
14 - ECONOMIA
O homem do presidente
18 - POLÍTICA NACIONAL O ‘mito’ virou realidade
26 - SAÚDE
Álcool, cigarro e problemas precoces em jovens
34 - INTERNACIONAL “Macron, um rei sem coroa
42 - TURISMO Noronhe-se
51 - CULTURA - PATRIMÔNIO CULTURAL O país tropical é também cultural
60 - CULTURA - EDUCAÇÃO O país tropical é também cultural
68 - CULTURA - MÚSICA Cartola reúne música clássica e samba em novo álbum de orquestra
72 - ENTRETENIMENTO
Baby One More Time: Música que lançou Britney Spears ao estrelato completa 20 anos
81 - CINEMA
Novos dilemas femininos em De Pernas pro Ar 3
89 - SÉRIES
Matou ou não matou? (Making a Murderer)
97 - MODA
São Paulo Fashion Week N46
105 - ESPORTE - ARTES MARCIAIS O olhar absoluto de um competidor
Revista Informe - 2018.2 | 3
EDITORAÇÃO ELETRÔNICA 2 - 2018.2
EDITORIAL Esta revista foi desenvolvida pelos alunos do quarto período do curso de Jornalismo das Faculdades Integradas Hélio Alonso, com auxílio do professor Gilvan Nascimento, como requisito para a Verificação Final (VF) da disciplina de Editoração Eletrônica II. Nesta disciplina, os alunos puderam ter contato direto com as principais ferramentas e técnicas necessárias para a construção e editoração eletrônica das páginas de uma revista impressa. A disciplina trouxe bastante aprendizado, e este foi enriquecedor para toda a turma e será certamente um diferencial no ambiente competitivo empresarial jornalístico. O conhecimento adquirido por cada um ao longo do período está exposto nesta revista, uma simulação do que encontraremos no mercado de trabalho. Aqui você encontrará os assuntos mais relevantes nas áreas de Cidade (Rio de Janeiro), Economia, Política, Saúde, Internacional, Turismo, Cultura, Entretenimento, Cinema, Séries, Moda e Esportes relacionado às Artes Marciais. Boa leitura!
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EXPEDIENTE Revista impressa desenvolvida como trabalho acadêmico para a Verificação Final (VF) de Editoração Eletrônica II, organizada pelos alunos do quarto período do curso de Jornalismo das Faculdades Integradas Hélio Alonso da turma C406D, do bairro de Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro (RJ) – 2o semestre/2018. Os alunos foram orientados pelo professor Gilvan Nascimento. As matérias e imagens desta edição não produzidas pelos alunos, terão seus créditos devidamente inseridos. É importante salientar que, por se tratar de um trabalho acadêmico, toda diagramação, planejamento e programação visual deste projeto foram elaborados pelos alunos, e que os erros cometidos não serão corrigidos. Este trabalho não possui fins lucrativos. Alunos que participaram desta revista eletrônica: Agnes da Silva Rigas, Alefe Dantas Panaro Lima, Ana Cecília Barros Guimarães Maia Bressane, Ana Paula Carneiro Corelli, Barbara Scarpa Framil, Beatriz Amorim Barboza de Oliveira, Beatriz Froes de Souza, Beatriz Valiante Domingues, Brenda Cristina dos Santos Camara, Carla Araújo de Macêdo Nogueira, Clara Molter Bertolot, Clara Rosa Guimarães, Edigley Duarte da Costa, Eduardo Castello Branco de Mello Saback, Juliana Coelho da Silva, Karina Gutman Gouvea, Leonardo Lima dos Santos, Leonardo Mendes Sanfilippo, Letícia Rodrigues Ponso, Maiza Costa dos Santos, Maria Eduarda Moraes Dusi, Matheus Ruas Bastos, Nathalia Cristina Antonio de Souza, Nathalia Villaça Simões dos Santos, Rafael Bianco Fernandes, Thatyanne Pedra Studart, Vitor Lobo Valle e Viviana Carvalho da Costa.
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RIO DE JANEIRO
Promoções em rede de supermercado termina em confusão
A verdadeira ‘Black Friday’ brasileira começou com filas quilométricas nesta sexta-feira de manhã. (Luiz Gomes /Fotoarena/Folhapress)
Campanha de aniversário da rede de supermercados Guanabara que promete descontos de até 60% dos produtos leva multidão de clientes na loja de Vila Vaqueire na zona norte do Rio de Janeiro
Matheus Ruas e Maria Eduarda 11/11/18 Fonte: oglobo.com Black Friday’ está com nada. O verdadeiro saldão de descontos do Brasil acontece no aniversário do Supermercado Guanabara, no estado do Rio de Janeiro, no mês de outubro. Para comemorar 68 anos de história, a rede promoveu dia 19 sua 25ª edição de aniversário com megaofertas que chegam a 60% de desconto em 26 lojas no estado do Rio. Apesar de os descontos durarem por mais 43 dias, a maior movimentação acontece nesta sexta.
Segundo a empresa, o movimento deste ano já é 20% maior do que do que em 2017 e, comparado a um dia normal, é seis vezes maior. Para garantir os melhores descontos, os consumidores formaram filas quilométricas nos portões dos supermercados nesta madrugada. Os primeiros consumidores fizeram uma verdadeira “maratona” de compras pela manhã e levaram poucos minutos para chegar ao caixa. “Deixei minha cunhada no caixa e fui pegando as coisas. Eu tinha produtos comprados no ano pas-
sado até o último mês”, afirmou ao Jornal Extra o eletricista Henrique Souza, de 48 anos, que foi o primeiro da fila e demorou apenas 16 minutos para finalizar as compras. Como nas outras edições, as pessoas literalmente correm para conseguirem os melhores negócios. Nestas corridas, no entanto, algumas pessoas acabam se desequilibrando e caindo. Em uma das aberturas das lojas pela manhã, alguns consumidores se desequilibraram e caíram. Os seguranças tiveram que intervir para eles não acabarem sendo pisoteRevista Informe - 2018.2 | 5
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RIO DE JANEIRO
Coral de alunos ensaiam para cantar com Roger Waters em show no Rio Canção é um clássico da banda. Coro de crianças e adolescentes ensaia letra da música e apresentação há quatro meses. Foto: Yasmim Restum/ G1
Jari Amorim, maestro do projeto, rege um dos ensaios
Matheus Ruas e Maria Eduarda 11/11/18 Fonte: G1.com A música que é um dos maiores sucessos da banda inglesa e terá um destaque especial no show de Roger Waters, ex-baixista e um dos principais compositores do grupo, no Estádio
do Maracanã, no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (24). “Another Brick in the Wall” é uma faixa do álbum The Wall. É dividida em três partes, sendo elas “Parte I”, “Parte II” e “Parte III”. Todas as partes foram compostas pelo baixista Roger Waters. A Parte II da música é muito coFoto: Stephanie Hahne/TMDQA!
nhecida por sua frase famosa “We don’t need no education...” e foi um dos maiores hits da banda, alcançando o primeiro lugar das paradas norte-americanas, inglesas e de diversos outros países. Ela é basicamente uma crítica ao rígido sistema educacional, especialmente de interDo que se trata a música do Pink Floyd
Roger Waters convidou crianças para participarem da performance da música nos shows da sua turnê em outras cidades, como Salvador e São Paulo
6 | Revista Informe - 2018.2
Roger Waters fala, desde os anos 1970, de política e crítica social. Isso fica nítido nos três álbuns clássicos do Pink Floyd, da fase em que ele assumiu o protagonismo da banda. “Animals”, que é inspirado em “A Revolução dos Bichos” e ironiza o liberalismo desenfreado; “The Wall” e “The Final Cut”, que falam de isolamento social e do perigo da ascensão de regimes ditatoriais, com apoio militar. Na carreira solo de Waters, defensor dos direitos humanos, essa temática também aparece forte.
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RIO DE JANEIRO A performance vai contar com a apresentação de 12 crianças e adolescentes moradores de comunidades cariocas e membros do coral do projeto EducaGente, que faz parte da Associação Beneficente São Martinho. Os jovens são alunos do
Centro de Música Jim Capaldi, em Vicente de Carvalho, Zona Norte do Rio, que fica dentro da Igreja Nossa Senhora do Carmo. Lá eles aprendem canto, cavaquinho, percussão, violão e prática de conjunto. Vários dos alunos moram em comunidades ca-
rentes da região. Há quatro meses, o grupo – cujas idades variam entre 10 e 15 anos – ensaia para a apresentação com o acompanhamento remoto da produção do show. Para a professora de canto e técnica vocal Nai Dias, o convite foi inesperado, Foto: Yasmim Restum/ G1
Detalhe do ensaio do coro, que vai se apresentar em fileira na horizontal
“Tá todo mundo muito ansioso e esperando o dia chegar. A gente já vem ensaiando há quatro meses numa agitação porque é uma experiência única e uma oportunidade ímpar. Quando nós descobrimos esse convite foi uma surpresa maravilhosa e única porque é uma
chance que não teríamos”, diz Nai. O maestro do projeto, Jari Amorim, contou que inicialmente a maioria dos alunos não sabia quem era Roger Waters e que os pais e avós deles deram apoio por conhecer a carreira do britânico.
“Passamos um vídeo aqui sobre o cantor e a carreira dele. Os pais conheciam e davam apoio porque são fãs. Os avós são fãs. Então, eles buscaram a partir dos pais, na internet. Poucos alunos conheciam o Roger Waters. Mas uma das mães me falou: ‘Você tem cerG1.com
Professora de canto e técnica vocal Nai Dias e alunos do Centro de Música Jim Capaldi, em Vicente de Carvalho, Zona Norte do Rio
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RIO DE JANEIRO
A importancia da adoção de animais abandonados Projeto “Amor aos animais das comunidades”já salvou mais de mil bichos em sua trajetória Foto: Maria Eduarda Dusi
Joelson Torres e suas voluntárias na campanha de adoção na rua Marques de Abrantes
Matheus Ruas e Maria Eduarda dusifotografia@gmail.com Na rua Marques de Abrantes 142, no bairro do Flamengo, Rio de Janeiro, o senhor Joelson tem uma barraquinha de campanha de adoção onde expõe os animais que ele recolhe nas principais favelas do Rio. Ele e suas voluntárias ficam de segunda a sábado, das 10 às 19 horas expondo filhotes de cães e gatos que estão necessitando de um novo lar. 8 | Revista Informe - 2018.2
O idealizador do projeto recolhe os filhotes nas maiores comunidades do Rio de Janeiro, como a Rocinha, Completo do Alemão e Complexo da Maré. E de forma totalmente independente leva esses filhotes para campanhas de adoção. Além de salvar os filhotes da condição de rua, ele mesmo cuida dos ferimentos e trata de sinomose e parvovirose, que são doenças urbanas, suscetíveis a animais que são abandonados nas ruas. O trabalho do senhor Joelson só é pos-
sível graças a doações para que ele possa comprar ração e medicamentos para esses animais. Nessa campanha, ele tem uma média de dois adotados por dia, segundo ele, uma média boa. E os que sobram são guardados em um local alugado, para no dia seguinte serem expostos novamente na campanha. Ele também faz questão de acompanhar os animais adotados por foto e vídeo, mantendo contato com os novos donos.
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RIO DE JANEIRO Foto: Maria Eduarda Dusi
Filhotes de cães e gatos para adoção
Como seu principal trabalho é o recolhimento de animais, o senhor Joelson conta com a ajuda de voluntários para promover essas campanhas de adoção na rua. Estudantes de veterinária, veterinários e pessoas que se sensibilizam com a causa animal fazem o trabalho de auxílio, como cuidar de ferimentos, alimentar os cães e gatos e também administrar o procedimento de adoção. Carolina, 18 anos, estudante de medicina veterinária, além de voluntária, também cuida da página do projeto no ins-
tagram (@pet_adote_fl) e diz que está sendo incrível cuidar dos bichos e que não tem nada mais gratificante do que ver eles chegando do resgate e saindo com novos donos. “Todos que chegam, saem. É a melhor parte do meu trabalho aqui como voluntária. E a parte mais difícil é o laço que crio com cada um que eu cuido” Uma amizade que se tranformou em projeto de amor O primeiro animal que o senhor Joelson resgatou na rua foi um cachorro vira-lata, que
ele batizou como Negão. A partir da grande amizade dos dois, que durou mais de 10 anos, ele encontrou sua missão de ajudar mais vidas que foram abandonadas. Além de fazer o resgate, ele também faz o trabalho de montar as campanhas de adoção e conduzir os animais resgatados até outras campanhas, em outros bairros e cidades. Seu Joelson também cuida de ferimentos e doenças, e nos casos mais graves conta com a ajuda de médicos veterinários e doações. Revista Informe - 2018.2 | 9
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RIO DE JANEIRO
Morrem 10 pessoas em deslizamento de terra em Niterói Onze foram resgatadas com vida. Seis casas foram atingidas. Acidente ocorreu no Morro da Boa Esperança, em Piratininga.
Jose Lucena/Futura Press/Estadão Conteúdo
Deslizamento Morro da Boa Esperança, Niterói
Matheus Ruas e Maria Eduarda 11/11/18 Fonte: G1.com Dez pessoas morreram após um deslizamento atingir imóveis no Morro da Boa Esperança, em Niterói, Região Metropolitana do Rio, na madrugada deste sábado (10). Até as 15h15, 11 pessoas foram resgatadas com vida dos escombros. De acordo com o Corpo de Bombeiros, a lista com a identificação das vítimas deverá ser divulgada por volta das 18h. O que se sabe até o momento Até o momento, 9 casas e uma pizzaria foram atingidas pelo 10 | Revista Informe - 2018.2
deslizamento. Segundo os bombeiros o que atingiu os imóveis foi uma pedra que rolou devido o deslizamento. Foram resgatadas 11 pessoas com vida, sendo uma delas um bebê. Foram encontrados 11 pessoas sem vida, entre elas uma criança e duas idosas. O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves (PDT), afirmou que o local não era considerado de alto risco geológico, e que a tragédia foi causada por uma “rachadura no maciço” da encosta. “Esse fenômeno do dia de hoje não foi deslizamento de encosta. Na realidade, o que ocorreu foi uma rachadura do maciço de um ponto onde infeliz-
mente ocorreu a tragédia.” O secretário de Defesa Civil, comandante Roberto Robadey, afirma que a cidade estava em estágio de atenção por conta das chuvas dos últimos dias. “Choveu muito nos últimos dois dias. Niterói estava em estágio de atenção e alerta de acordo com a área e as comunidades estavam avisadas dessa situação, com recomendação para buscarem locais seguros”, disse à GloboNews Segundo o presidente da associação de moradores do Morro da Boa Esperança, Claudio dos Santos, alguns imóveis estavam interditados, mas o prefeito nega a informação.
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RIO DE JANEIRO Jose Lucena / Futura Press / Estadão Conteúdo / CP
Desde a noite de quarta-feira, fortes chuvas atingem o Estado do Rio
Trabalho de resgate Uma força-tarefa foi montada, desde as primeiras horas da manhã, para as ações de resgate às vítimas da tragédia. São cerca de 200 profissionais da Defesa Civil de Niterói, secretarias de Obras, Conservação, Assistência Social, Saúde e Companhia de Limpeza estão trabalhando de forma integrada com as equipes do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil Estadual no socorro às vítimas. Agentes da NitTrans e da Guarda Municipal coordenam o tráfego para acesso à região. Uma base de apoio foi montada na Escola Municipal Francisco Portugal Neves, em Piratininga, para receber os desabrigados. A Secretaria Municipal de
Assistência Social e Direitos Humanos informou que providencia alimentação no local, além de doação de cestas básicas para as famílias que optarem por ficar com familiares e amigos. ‘Todo mundo sabia que ia acontecer’ Entre os mortos há uma criança, duas senhoras de mais de 60 anos, um homem de 37 e uma mulher de meia idade , segundo o Corpo de Bombeiros. Idade e sexo dos 11 resgatados ainda não foram divulgados pela corporação. De acordo com o Hospital Estadual Azevedo Lima há 6 pacientes internados vítimas do deslizamento. Duas são crianças (de 2 e 3 anos), uma delas
em estado grave, e as demais têm entre 20 e 30 anos. A moradora Rosemary Caetano da Silva, que ficou ferida no deslizamento, afirma que a neta de 8 meses está nos escombros. “Minha neta de 8 meses está lá soterrada. Consegui tirar um neto meu que está no hospital e meus filhos estão no hospital. Tudo o que está acontecendo aí todo mundo sabia que ia acontecer. A Defesa Civil chegou a interditar as casas, falou que tomaria providência”, disse Rosemary sobre o acidente ocorrido na noite anterior. O Lugar vem sendo monitorado sobre quaiquer outros riscos que possam provocar deslizamento. Revista Informe - 2018.2 | 11
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RIO DE JANEIRO Zacharias Abubeker/AFP
Escavadoras movem a terra enquanto equipes de resgate trabalham no local de um deslizamento de terra no principal lixão da Etiópia, no subúrbio de Addis Ababa. Ao menos 30 pessoas morreram e dezenas foram feridas
Segundo Claudio dos Santos, que se apresentou como presidente da associação de moradores do local, algumas das casas atingidas pelo deslizamento já estavam interditadas pela Defesa Civil há cerca de um ano, mas seus donos se recusavam a deixá-las. “As casas estavam isoladas pela Defesa Civil. Só que os moradores são complicados, não querem sair. Ontem (sexta-feira) mesmo a gente estava preocupado com essa chuva”, disse Santos à GloboNews. Em entrevista o “RJTV”, da TV 12 | Revista Informe - 2018.2
Globo, uma moradora confirmou a interdição de algumas casas e acusou a Prefeitura de Niterói de não ter agido. O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves (PDT), negou que houvesse casas interditadas e descreveu o acidente como uma fatalidade, pois não se tratou de um deslizamento de encosta que poderia receber obras de contenção. “Foi a ruptura de um maciço, não foi deslizamento de encosta”, afirmou Neves, por telefone, em entrada ao vivo no “RJTV”. Em nota, a Prefei-
Há 8 anos, o Morro do Bumba No dia 7 de abril de 2010 a cidade de Niterói também sofreu com uma tragédia que marcou todo o Rio de Janeiro. Quarenta e oito pessoas morreram no deslizamento de terra que soterrou centenas de casas no Morro do Bumba, uma comunidade situada no bairro de Viçoso Jardim. O principal motivo para a catástrofe foi a construção de casas em um terreno instável, onde no passado havia um lixão. De acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Niterói. “Desde 2013, a Prefeitura de Niterói investiu mais de R$ 150 milhões em obras de contenção em 50 encostas da cidade”, diz a Prefeitura.
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ECONOMIA
PAULO GUEDES
O HOMEM DE CONFIANÇA DE BOLSONARO
jornaldoempreendedor.com.br
COMO PENSA O GURU ECONÔMICO DO NOVO PRESIDENTE ELEITO 14 | Revista Informe - 2018.2
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ECONOMIA
o antigo acessor para assuntos de economia do PSL defende sua visão sobre a economia brasileira e o que precisa mudar para as contas do país entrar nos eixos Eduardo Saback 9 de novembro de 2018 com fontes de InfoMoney e G1 Jair Messias Bolsonaro, candidato a presidência eleito no último dia 28 de outubro, já assumiu publicamente mais de uma vez que não detém conhecimentos suficientes da área econômica e usou durante toda a campanha o economista Paulo Guedes como conselheiro para os assuntos da Fazenda. Guedes até foi apelidado de Posto Ipiranga pelo futuro presidente por ser consultado o tempo inteiro pelo então candidato. Com o resultado das eleições, Guedes foi nomeado para assumir o novo ministério da Economia, que englobará as antigas pastas da Fazenda, Planejamento e Indústria. O economista tem doutorado na Universidade de Chicago, berço do pensamento econômico neoliberal, e foi professor na FGV e na PUC-RJ, no IMPA, além de ser sócio do Ibmec por 16 anos. Grande conhecido no mercado financeiro, foi um dos fundadores do Banco Pactual, trabalhou na JGP e sócio majoritário do grupo BR Investimentos, que foi incorporado pela Bozano Investimentos. Guedes, em entrevista ao InfoMoney, afirmou que irá propor medidas liberais para a economia brasileira. “Eu acho que, depois de 30 anos de social-democracia,
vai haver uma aliança liberal-democrata, de centro, conservadores e liberais em torno de um programa liberal para a economia.” Privatizações Em entrevista à Globo News em agosto, o então acessos econômico de Bolsonaro afirmou que era favorável à privatização de todas as empresas estatais, sem medo de ter rejeição no congresso. “Se os liberais democratas estiverem no governo, eles vão aprovar um plano de privatização.” Em outro momento da entrevista ele disse que o modelo de empresa estatal já se esgotou há 10, 15, 20 anos. “Só que a classe política se aboletou, aparelhou e não sai de cima. E está atrasando o desenvolvimento do Brasil, porque eles não investem, não têm capacidade de investimento e ao mesmo tempo é um monopólio público, o privado não consegue entrar.” Reformas e juros da dívida Segundo o economista, 45% do PIB é gasto em contas do governo e boa parte dessa fatia são juros da dívida brasileira, por volta de R$ 4 trilhões. Ele afirma que ela não caiu do céu e que foi consequência da estratégia social democrática dos dois governos de FHC e os 4 mandatos em que o PT foi eleito. Os juros que a União tem que pagar dessa dí-
vida gira na casa dos R$400 bi. “R$400 bilhões é um plano Marshall (trazendo os valores aplicados para cotações atuais). O que foi usado para reconstruir a Europa inteira no pós-guerra o Brasil usa todos os anos em juros da dívida.” Porém ele disse que não renegociará a dívida Quanto à Reforma da Previdência, Guedes, em outra entrevista ao G1, afirmou que vai sondar o Congresso para tentar aprovar o texto proposto pelo presidente Michel Temer. “Do ponto de vista econômico, é extraordinário. É um bom fecho para o governo anterior, você desentope o horizonte de dúvidas e o Brasil já entra crescendo no ano que vem.” Porém, se o Congresso não apoiar a Reforma proposta por Temer, Guedes tem outra carta na manga: Nossa proposta é diferente. Ela é mais profunda, abre espaço, inclusive, para um enorme aumento do ritmo de empregos. [...] Precisamos trazer as futuras gerações brasileiras para um sistema previdenciário diferente. É um crime contra as futuras gerações continuar em um sistema de repartição”. A nova proposta pensada por ele seria próxima a um regime de capitalização, onde o trabalhador deveria poupar para garantir a própria aposentadoria. No atual modelo, o benefício dos aposentados é garantido pela contribuição dos atuais trabalhadores. Revista Informe - 2018.2 | 15
exame.abril.com.br
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ECONOMIA
PRECISAMOS FALAR SOBRE IMPOSTOS Fonte: OCDE
Venezuela Peru Paraguai Colômbia Chile
14.4 16.1 17.5 19.8 20.4
Bolívia
26
Uruguai
27.9
Argentina Brasil
31.3 32.2
Porcentagem da carga tributária em relação ao PIB, por país da América do Sul
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Dentre todos os países da América do Sul, o Brasil, além de ser o maior país do continente, é o que possuí a maior carga tributária. 3 economistas e uma advogada tributarista com atuações no meio acadêmico e corporativo explicam como funciona a estrutura tributária no país e uma possível solução para o problema dos impostos brasileiros.
INFORME
ECONOMIA Eduardo Saback 9 de novembro de 2018 O grande número de impostos é uma reclamação comum entre os brasileiros. A carga tributária flutua na casa dos 32% e, para muitos, esse valor é altíssimo dada a péssima qualidade dos serviços oferecidos pelo governo. A nossa carga tributária se aproxima de países desenvolvidos, mas além da má gestão do dinheiro arrecadado, o real problema está na forma como essas taxas são cobradas da população. Tainá Cardoso explica que há duas formas de um governo tributar a população: “A União pode aplicar impostos progressivos, cujas taxas flutuam de acordo com os valores atingidos, como o imposto de renda; ou regressivos, que incidem diretamente sobre todos os contribuintes, independente do nível social”. “A grande questão é como é que se tributa rico e como é que se tributa pobre. O pobre normalmente tem uma quantidade de dinheiro que é exaurida ao longo do mês. Mesmo que essa pessoa consiga guardar alguma coisa, a grande parte do salário dela vai para o consumo”. Quem diz isso é João Pedro Reis Velloso, doutorando em economia pela PUC-RJ. Ele alega ainda que, como a população carente consome um percentual maior da renda Arquivo Pessoal
João Pedro Reis Velloso Doutorando em Economia pela PUC - RJ
dela do que os mais ricos. Se taxarmos o consumo, estamos afetando mais os pobres e se taxamos renda, afetamos os mais ricos, ou quem tem mais renda. Ivan Salles, doutorando em Economia na Toulouse School of Economics, reforça tal pensamento ao alegar que o imposto sobre o consumo, em geral, atinge os mais pobres, principalmente quando aplicado em produtos das cestas básicas: “É mais comum que ocorra uma tributação de produtos cuja elasticidade de demanda é mais baixa, isto é, que não terá sua demanda afetada por um leve aumento do preço. O problema desse tipo de imposto é que ele afeta justamente a parcela mais pobre da população brasileira”. Quanto aos impostos progressivos presentes no Brasil, Ana Beatriz Cammarota, advogada tributarista, revela que nem tudo são flores com as taxas do imposto de renda: “A questão aqui envolve suas alíquotas desproporcionais. Uma pessoa com um salário bem baixo pode pagar a mesma alíquota de quem recebe um muito maior”. Ela também nos mostra outro ponto sensível da tributação brasileira: a isenção de imposto de renda para lucros e dividendos. “Na maioria das vezes os grandes empresários recebem direto como dividendos distribuídos das empresas. Assim eles conseguem burlar o fisco e se facebool.com/ivanmasf
Ivan Salles doutorando em Economista pela Toulouse School of Economics
tornam isentos”. Mas para ela, essa tributação precisa ser aplicada com cautela para que esses empresários se mantenham no país. “A França aplicou uma lei tributando grandes fortunas e os milionários do país, incluindo o ator Gerard Depardieu, migraram para a Bélgica”. Ivan, por outro lado, nos revela um empecilho para a arrecadação brasileira. “Países em desenvolvimento, em geral, tem mais dificuldade de arrecadação. Ainda mais num país como o Brasil que tem praticaamente metade da força de trabalho no mercado informal e não tem como ser tarifado. A solução acaba não sendo além da tributação sobre o consumo”. Para João, outro ponto vale ser salientado: para ele, pessoas têm dificuldade de entender que, se um governo não arrecada o suficiente e gasta muito dinheiro, tudo que ele faz é empurrar essa arrecadação para frente, via impostos ou dívida. “Existe em macroeconomia um conceito chamado de equivalência ricardiana. Ela basicamente diz que, se um governo gasta mais do que arrecada hoje, em algum momento do presente ou do futuro esse governo vai cobrar mais impostos”. Ele conclui que boa parte dessas taxas são mais uma tentativa de cobrir o déficit público do que um esforço para trazer serviços de qualidade para a população. Arquivo Pessoal
Ana Beatriz Cammarota Advogada tributarista
facebook.com/tainacardosodelima
Tainá Cardoso Economista pela UFRJ, trabalhando na OXFAM - NZ
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POLÍTICA NACIONAL terra.com.br
O ‘MITO’ VIROU REALIDADE Poderia ser só mais uma blogueira, mas é o primeiro presidente eleito através das mídias sociais 18 | Revista Informe - 2018.2
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POLÍTICA NACIONAL
Graças as redes sociais, Bolsonaro é eleito com 55,7 milhões de votos
Bárbara Scarpa Fonte: Guilherme Mazui, G1.com, (adaptado), 28/10/2018
O que era piada, tornou-se realidade. Jair Messias Bolsonaro, do PSL, foi eleito o 38º presidente da República no domingo (28) ao derrotar em segundo turno o candidato Fernando Haddad, do PT. A vitória foi confirmada com 94,44% das seções apuradas,quando Bolsonaro alcançou 55.205.640 votos (55,54% dos válidos) e não podia mais ser ultrapassado por Haddad, que naquele momento somava 44.193.523 (44,46%). Com 100% das seções apuradas, Bolsonaro recebeu 57,7 milhões de votos e Haddad, 47,7 milhões de votos. Ao todo, 31,3 milhões de eleitores não compareceram às urnas. Isso demonstra como a população está desacreditada nos políticos. Somando os votos nulos e brancos com as abstenções, houve um contingente de 42,1 milhões de eleitores que não escolheram nenhum candidato, cerca de um terço do total. No discurso da vitória, Bolsonaro afirmou que o novo governo será um “defensor da Constituição, da democracia e da liberdade”. Aos 63 anos, deputado federal desde 1991, e dono de uma extensa lista de declarações polêmicas, Bolsonaro materializou em votos o apoio que cultivou e ampliou a partir das redes sociais para obter o mandato de presidente de 2019 a 2022.
Na campanha, por meio das mídias socias e do aplicativo de mensagens WhatsApp, apostou em um discurso conservador nos costumes, preconceituoso, de aceno liberal na economia, de linha dura no combate à corrupção e à violência urbana e opositor do PT e da esquerda. Com isso, tornou-se um “mito” eleitoral ao vencer a corrida presidencial sem alianças formais com grandes partidos, não ter participado de nenhum debate com a justificativa de que não estava apto por conta da facada que sofreu durante ato de campanha em Juiz de Fora (06/09) e pouco tempo na propaganda eleitoral de rádio e TV. Bolsonaro criou uma espécie de alto comando da campanha que o levou à Presidência, composto pelos três filhos que são políticos (Carlos, Flávio e Eduardo);o advogado Gustavo Bebianno, presidente do PSL; o economista Paulo Guedes, e gene-
rais da reserva, com destaque para o general Augusto Heleno. Paulo Guedes assumiu o papel de embaixador de Bolsonaro junto ao mercado financeiro, e os generais ajudaram a conter resistências ao nome do capitão nas Forças Armadas.Políticos também apoiaram Bolsonaro, a exemplo do deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), já anunciado como ministro da Casa Civil no novo governo. Dentre as propostas de Bolsonaro estão a redução do número de ministérios dos atuais 29 para cerca de 15, com cortes de cargos e fim das indicações políticas; redução da carga tributária e desburocratização; privatização ou extinção de estatais; reforma política e o fim da reeleição; redução da maioridade penal; garantia de retaguarda jurídica de “excludente de ilicitude” para civis e policiais, entre outras propostas que iremos descobrir a partir de 2019. metropoles.com
Família na política: Carlos, Flávio, Jair e Eduardo Bolsonaro
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hypeness.com
POLÍTICA NACIONAL
As candidatas eleitas dos partidos PSOL e PT continuarão a ser resistência e representatividade na política
A LUTA DE MARIELLE CONTINUA
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POLÍTICA NACIONAL
O Congresso terá 74 mulheres entre os 513 parlamentares eleitos brasil247.com
Bárbara Scarpa Fonte:hypeness.com(adaptado), 08/10/2018 Se tem uma notícia boa em meio ao caos das eleições de 2018, ela mora na conquista de mulheres negras. Isso mostra que a luta de Marielle Franco: mulher negra e a quinta vereadora mais votada no Rio de Janeiro, não foi em vão. Marielle foi assassinada há 7 meses e até hoje não se sabe quem foi o responsável. A ineficiência do Estado é enorme, mas isso não impede que sementes plantadas por ela germinem e deem frutos. No Rio de Janeiro, terra de Marielle Franco, Talíria Petrone foi eleita a nona deputada federal mais votada no Rio. Ela foi vereadora com trabalho destacado em Niterói e representará mulheres negras no Congresso Nacional. Em São Paulo, Erica Malunguinho se tornou a primeira mulher transexual a ocupar uma cadeira na Assembleia Legislativa paulista. Antes mesmo de assumir o cargo, a agitadora cultural se tornou um símbolo da luta pela diversidade. Malunguinho é administradora do quilombo negro Aparelha Luzia. A candidata Erika Hilton, foi eleita como membra da bancada ativista do PSOL em São Paulo. Ao lado de nove pessoas, ela vai fiscalizar e propor novos rumos para a política paulista, especialmente contra o preconceito de gênero. E a sambista Leci Brandão está novamente garantida como
“Quiseram te enterrar, mas não sabiam que eras semente.” definiu PSOL
deputada estadual. Em Minas Gerais, a notícia de que Áurea Carolina será outra voz combativa em Brasília, enche de orgulho. A socióloga foi a mulher com o maior número de votos entre candidatos mineiros. No estado mais negro da nação, Bahia, Olívia Santana fez história ao se tornar a primeira mulher negra eleita deputada estadual. Santana recebeu mais de 55 mil votos.
“Quantos mais vão precisar morrer para que esssa guerra acabe?” Marielle Franco, vereadora
Ainda, Benedita da Silva, chegou a ser agredida por simpatizantes de Jair Bolsonaro durante a campanha, mas foi eleita. A notícia mais bonita fica para o final. Renata Souza e Mônica Francisco, ex-chefe de gabinete e assessora de Marielle Franco, respectivamente, se elegeram deputadas estaduais no Rio de Janeiro. Agora, o Congresso Nacional terá 74 mulheres entre os 513 parlamentares eleitos. Em 2014, eram apenas 51. Os números ainda são baixos, mas a presença de mulheres negra nos âmbitos federais e estaduais, reafirmam o compromisso da luta de Marielle Franco. Um dia antes de sua morte, Marielle publicou no seu Facebook a frase “Quantos mais vão precisar morrer para que essa guerra acabe?”. Revista Informe - 2018.2 | 21
INFORME
noticiasR7.com
POLÍTICA NACIONAL
Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), na disputa da presidência e na discussão do Whatsapp
O caixa 2 de Bolsonaro
Empresários compraram pacotes de mensagens de Whatsapp para difamar PT e favorecer Boslsonaro Bárbara Scarpa Fonte: Reuters, exame.abril.com (adaptado), 18/10/2018 O Partido dos Trabalhadores (PT) entrou com um pedido para que a Polícia Federal investigue a suspeita de práticas ilícitas no uso de redes sociais por parte da campanha do candidato do Partido Social Liberal (PSL) à Presidência, Jair Bolsonaro, incluindo denúncia de que empresas estariam pagando pelo envio de mensagens em defesa do candidato. 22 | Revista Informe - 2018.2
Na sua edição desta quinta-feira, o jornal Folha de S. Paulo revelou que empresários têm bancado a compra de distribuição de mensagens contra o PT por Whatsapp, em uma prática que se chama pacote de disparos em massa de mensagens, e estariam preparando uma operação para a próxima semana, antes do segundo turno. Segundo o jornal, cada pacote de disparos em massa custaria cerca de 12 milhões de reais, para o envio de centenas de milhões de mensagens. Ao menos
quatro empresas podem ter usado essa prática, segundo o jornal. A prática pode ser considerada doação de empresas por meio de serviços, o que é proibido pela legislação eleitoral, e não declarada, o que configura caixa 2. Em entrevista à rádio Tupi nesta manhã, o candidato do PT à Presidência, Haddad, afirmou que a campanha de Bolsonaro “criou uma verdadeira organização criminosa com empresários que, mediante caixa 2, dinheiro sujo, estão patrocinando mensagens mentirosas no Whatsapp”.
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POLÍTICA NACIONAL No pedido feito à PF na quarta-feira, o PT solicita a investigação em relação à utilização deliberada de notícias sabidamente falsas (as fake news), doação não declarada de verbas do exterior, propaganda eleitoral paga na internet e, por fim, a utilização indevida do WhatsApp. O pedido, no entanto, foi feito antes da revelação da Folha de S. Paulo. Agora, de acordo com a campanha petista, deve incluir a reportagem. “Os métodos criminosos do deputado Jair Bolsonaro são intoleráveis na democracia. As instituições brasileiras têm a obrigação de agir em defesa da lisura do processo eleitoral”, disse o partido, em nota, nesta quinta-feira. “O PT levará essas graves denúncias a todas as instâncias no Brasil e no mundo. Mais do que o resultado das eleições, o que está em jogo é a sobrevivência do processo democrático.” De acordo com o advogado Guilherme Salles Gonçalves, especialista em Direito Eleitoral e membro fundador da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político, a prática revelada pelo jornal pode ser enquadrada como um caso clássico de caixa 2 eleitoral, com agravantes e poderia levar à cassação da chapa de Bolsonaro. “É um caso clássico de caixa 2 duplamente qualificado. Primeiro é um caso de gasto a favor da candidatura vindo fora do orçamento da campanha. Depois, é feito por fonte vedada. A decisão do Supremo Tribunal Federal proibiu doação de empresa a partidos e candidatos em qualquer momento, sobretudo em campanha eleitoral”, explicou. “A punição não tem gradação. Ou
cassa ou não pune.” Mesmo que as doações fossem feitas como pessoa física, o advogado explica ainda que a doação de serviços só pode ser realizada por algo que a própria pessoa possa oferecer seus servi-
“É um caso clássico de caixa 2 duplamente qualificado. É um caso de gasto a favor da candidatura vindo fora do orçamento da campanha.”
Guilherme Salles, advogado
ços ou de sua própria empresa. A compra de serviço de terceiros é vedada. Além disso, explica, mesmo que Bolsonaro alega desconhecimento dos fatos, a responsabilização é objetiva e mede a influência que a ação pode ter no resultado da eleição. O advogado acrescenta ainda que o Whatsapp se enquadra nas regras de uso das redes sociais. Ou seja, eleitores não podem pagar por impulsionamento e nem fazer propaganda disfarçada de um candidato. Vale ressaltar a importância das fontes de notícia e ficar de olho em mensagens encaminhadas do Whatsapp. brasil247.com
O jornal Folha de S. Paulo revelou o caso que configura Caixa 2
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br.noticias.yahoo.com
POLÍTICA NACIONAL
Fake News: eleita a palavra do ano, mesmo não sendo uma palavra, pelo dicionário inglês da editora Collins
Fake News: Encaminhada
As famosas notícias falsas estão espalhadas pela internet e principalmente nos grupos de Whatsapp Bárbara Scarpa barbara.scarpa.framil@gmail. com Em época de eleições, o assunto mais comentado na mídia e em conversas com amigos são as famosas Fake News. Recentemente, a Folha de São Paulo descobriu que empresários têm bancado a compra de distribuição de mensagens em massa contra o PT por WhatsApp. A maior parte da proliferação de notícias falsas acontece em época de eleição, e é importante saber como identificá-las. 24 | Revista Informe - 2018.2
Não é à toa que Fake News foi eleita a palavra do ano, mesmo não sendo uma palavra pelo dicionário inglês da editora Collins. Como as pessoas procuram saber se a notícia recebida pelo Whatsapp é verdadeira? Será que elas acreditam nas mensagens enviadas por amigos no aplicativo? Segundo Elisa Soupin, 29 anos, apuradora da TV GLOBO, “os grupos de Whatsapp podem ser fontes muito boas e costumam ajudar porque é onde circula muita informação sobre tiroteios,
arrastões, assaltos. Mas muitas dessas mensagens são falsas.” Ela também informou “a gente dá o número durante o jornal e as pessoas mandam muitas informações para nós.” As notícias transmitidas em telejornais, por exemplo, são sempre apuradas e revisadas antes de serem passadas na tv, como diz Elisa “Notícia boa é notícia no ar”, mas e as notícias informais que recebemos via Whatsapp? Essa é uma questão problemática. Vemos muitas pessoas acreditarem veemente em tudo que é espalhado por esse aplicativo. Para Cássia
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Chaffin, jornalista e psicóloga “O ser humano é crente. Ele precisa acreditar em alguma coisa. As pessoas tomam um discurso como se fosse verdade de uma maneira muito rápida. Essa necessidade de acreditar em alguma coisa é intrinsicamente humana.” Vivemos na era da tecnologia, e recebemos diversos conteúdos com muita velocidade. E na maioria das redes sociais, podemos seguir uma página de jornal, ou um blog de jornalismo independente. Boa parte dos usuários das redes sociais seguem páginas de jornalismo, como é o caso de Angelo Bruno, 24 anos, formado em economia pela UFRJ, “Costumo ler jornais e revistas como O Globo, Extra, Folha de SP; na tv, Globo News e Rede Globo e Internet: Twitter e sites como G1”. Já Rejane Grivot, 75 anos, autônoma, “Leio o jornal O Globo, a revista Veja e assisto ao Globo News, às vezes vejo o Jornal da Globo e não tenho celular, mas meus vizinhos me contam várias notícias que recebem pelo WhatsApp.” Ela [Rejane] lê o jornal impresso O Globo todos os dias e pondera “eu acredito mais ou menos nos jornais e já li muitas notícias falsas de políticos”. O economista, Angelo Bruno, diz “Uma vez li uma notícia falsa e acreditei, mas logo depois descobri que era mentira. Geralmente analiso a fonte da notícia e procuro no Google o assunto para saber se é verdade.” As notícias falsas, na maioria das vezes, transmitidas por Whatsapp, podem ocasionar danos na vida de uma pessoa. Para as pessoas não acreditarem em tudo que elas recebem “um gran
Bárbara Scarpa
POLÍTICA NACIONAL
Rejane Grivot, 75 anos, lê seu jornal diário e também a revista Veja
“Essa necessidade de acreditar em alguma coisa é intrinsicamente humana.” Cássia Chaffin, psicóloga
de segredo é você ter sempre um desconfiômetro, se você recebe uma notícia da qual não tem certeza, procura em veículos grandes, como Extra, Globo, Folha de São Paulo. Se nenhum grande veículo confirmou, você tem que ficar minimamente desconfiado, porque
só a notícia do WhatsApp não é nada”, pontua Elisa Soupin. Para identificarmos se uma notícia é real, é sempre bom lê-la inteira e procurar saber se a fonte é de veículo confiável ou não. Sabe aquela mensagem que te mandaram no WhatsApp falando que tal político fez tal coisa e você não tem certeza se aconteceu? Uma dica fácil é antes de repassá-las buscar na internet se algum site de jornalismo reconhecido publicou algo sobre o assunto. Se não, é melhor não encaminhar. Revista Informe - 2018.2 | 25
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SAÚDE
Karina Gutman Fonte: Arthur Leal, oglobo.globo.com (Adaptado) em 18/09/2018
HOSPITAIS DO RIO
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m Setembro deste ano, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio (Cremerj) expôs a situação de quatro hospitais municipais, a partir de fiscalizações feitas durante o mês. Superlotação e falta de médicos são apenas alguns dos problemas tidos como resultado, problemas estes que já são de conhecimento dos moradores. Para eles, o problema existe por conta do corte de orçamento feitos pela Secretaria Municipal de Saúde. Os hospitais visitados foram os Evando Freire, Pedro II, Albert Schweitzer e Lourenço Jorge. O primeiro é relatado como em estado crítico, com sua falta de material, mal uso dos leitos e superlotação. O Hospital Municipal Pedro II também enfrenta dificuldades, tendo diversas cirurgias canceladas devido também a falta de materiais, além da falta de enfermeiros na equipe, má organização dos pacientes e falta de segurança para os mesmos. O Hospital Albert Schweitzer foi fiscalizado no dia 10 de setembro e o problema divulga-
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SITUAÇÃO FINANCEIRA
do neste, além da escassez de leitos de UTI e de clínica e da omissão de uma previsão de uma possível reativação, equipamentos necessários estão em falta. Por fim, do Lourenço Jorge obteve-se a informação de que há déficit de profissionais falta de vagas na UTI. A seguinte declaração foi feita pela Secretaria Municipal de Saúde: “A Secretaria Municipal de Saúde informa que estão sendo concluídos diversos processos de compras de novos equipamentos, como intensificadores de imagem e tomógrafos, que serão adquiridos com verbas de emendas parlamentares, entre elas uma emenda de R$ 50 milhões, liberada em 7 de março, que permitiu a compra de um aparelho de ressonância magnética para o Hospital Miguel Couto, na Gávea, o primeiro da rede a contar com o serviço. Só esse equipamento custa cerca de R$ 4 milhões. O empenho já foi feito e o processo de compra segue seu trâmite legal. Além da ressonância, estão entre os novos equipamentos aparelhos de
tomografia computadorizada de última geração, novas camas hospitalares, aparelhos de raio-X, aparelhos de ultrassonografia, intensificadores de imagem (usado em procedimentos como aneurisma cerebral e marcapasso), microscópios oftalmológicos, além de diversos equipamentos de oftalmologia para a realização de cirurgia de catarata, entre outros procedimentos, autoclaves (aparelho para esterilização de materiais), carrinhos de anestesia, macas clínicas, ventiladores microprocessados, bombas de infusão, berços para maternidades, e computadores, que vão auxiliar na implantação do prontuário eletrônico nos hospitais.Fora a compra de equipamentos, foi autorizada a chamada de 82 médicos para recomposição de quadro das unidades com administração direta. A SMS reitera que trabalha com a Secretaria Municipal de Fazenda no alinhamento do calendário de repasses. Os pagamentos são garantidos e feitos conforme a disponibilidade financeira e orçamentária”.
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SAÚDE
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SAÚDE
MICROCEFALIA,
Como mães lidam com a doença que desapareceu das manchetes
g1.globo.com rgadvocaciape.com.br
Beatriz Fróes Fonte: Julie Steenhuysen, Reuters g1.com (Adaptado) em 17/10/2018 e Alexandre Yuri, redebrasilatual.com (Adaptado) em 17/06/2018 Aproximadamente três anos atrás, o Brasil enfrentava um surto de Zika que teve dentre diversas consequências, a causa de milhares de casos de microcefalia e outras anormalidades em recém-nascidos. O Zika foi o primeiro vírus de mosquito conhecido por afetar 28 | Revista Informe - 2018.2
o desenvolvimento dos fetos, e que mesmo depois de tanto tempo, órgãos mundiais de saúde temem a disseminação para novas populações, segundo pesquisa. Mas como as mães das crianças que foram atingidas pelo vírus lidam com essa doença hoje em dia? Pra começar, o poder público vendou seus olhos para esse tipo de problema, o que dificulta as pessoas que necessitam de recursos. No nível federal, a fragilidade governamental é evidente. O SUS e a saúde da população deixaram de ser uma prioridade orçamentária
do governo. “Nós continuamos enfrentando problemas sérios. A minha filha, por exemplo, está com uma sonda provisória que tem que ser trocada por uma definitiva com urgência. Ela está correndo perigo de vida por causa disso, não temos recursos para comprar uma sonda e o governo não nos fornece. Entrei com uma ação no Ministério Público, mas ainda estamos aguardando resposta”, afirmou a mãe de uma criança micro de 2 anos e 4 meses, que preferiu não se identificar. Mas, segundo a pesquisa de uma antropóloga, essas mães
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SAÚDE não desistiram de seus filhos e começaram a se mobilizar. Primeiro nas salas de espera dos serviços de saúde, depois nos corredores das clínicas de reabilitação, por fim nas organizações não governamentais que abraçaram a causa. Elas passaram a ir às audiências públicas, aos gabinetes dos deputados no Congresso Nacional, às farmácias públicas. Reclamam que um remédio não chega, que um hospital não está atendendo e que um projeto de lei precisa de suporte. “As mulheres criaram outras redes, por falta de familiares, com os profissionais de saúde, as assistentes sociais e terapeutas de reabilitação e, mais do que tudo, com as outras ‘mães de micro’. Elas mantêm grupos super assíduos de WhatsApp, que é um meio de comunicação importante onde podem pedir informações, dar conselhos, desabafar e se consolar quando preciso. Mas também onde podem circular dicas de eventos, festas, diversão ao redor dos bairros da cidade. É uma sociabilidade intensa, que vai além da microcefalia, que se tornou amizade e força política”, destaca a antropóloga. Alguns jornalistas do Brasil foram atrás de mães que contraíram o Zika na gravidez. O resultado é que a maioria delas foi abandonada pelos maridos e cuida sozinha das crianças, com muito preconceito e incompreensão até da própria rede familiar. Muitas dessas mulheres abriram mão da própria realização pessoal para dar assistência à
criança que não pode andar e falar. Muitas delas confessaram ter desespero e depressão, e algumas consideraram suicídio. Mas elas têm em comum o amor forte pelas crianças e a esperança de uma vida melhor. — Sou muito feliz por ser mãe da Valentina. Deus só entrega uma criança como essas para quem tem capacidade de dar muito amor e carinho a elas. Se ele confiou em mim para isso, é porque eu sou capaz — diz Fabiane Lopes, de 32 anos, moradora de Duque de Caxias, mãe de outros quatro filhos, que foi abandonada pelo pai da menina no terceiro mês de gestação.
fazem treinamento para atender crianças com microcefalia. O treinamento foi com profissionais de um núcleo de educação do Samu e envolveu orientações de primeiro socorros para que os cuidadores fiquem aptos a todas as situações. Em Campina Grande, são atendidas no Centro Especializado em Reabilitação 103 crianças com microcefalia, sendo 74 provenientes da Síndrome Congênita Zika Vírus. Desse total, 30 crianças são de Campina Grande, e tem capacidade de atender o dobro dessa demanda, até 60 crianças e suas famílias. Elas serão assistidas por equipe multipro-
g1.globo.com
“As pessoas não respeitam os direitos da minha filha”, diz uma mãe. Outras contaram histórias semelhantes a essa, como a de um passageiro de ônibus que se recusou a seguir viagem com “esse demônio”, referindo-se a um bebê com microcefalia. Segundo o Jornal da Paraíba, neste ano, alguns cuidadores
fissional com assistentes sociais, psicológicos, psicopedagogos, terapeuta ocupacional e cuidadores. Entretanto, em pesquisa, essa é a última notícia que se tem sobre mobilização em prol da ajuda para as famílias que estão escassaz de recursos de saúde governamentais, em 2018. Revista Informe - 2018.2 | 29
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SAÚDE
O TABU DO SUICÍDIO NA FACULDADE DE MEDICINA
Karina Gutman, gutman91@gmail.com
Medicina e suicídio. Por que
os dois temas são correlacionados? Por que o suicídio é um dos primeiros assuntos a serem discutidos ao entrar neste curso? Por que a população não se assusta mais ao citarmos que mais um estudante da área resolveu acabar com a sua vida? É preciso reconhecer que os alunos de medicina sofrem tremenda pressão. Desgaste emocional e físico também estão sempre presentes, uma vez que, na maioria dos casos, estamos falando de ensino em período integral. Frustra-
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ção, autocobrança, medo do fracasso, sem contar a carga emocional, são apenas alguns dos itens que abalam a saúde mental do jovem e, os alunos da área lidam com todos eles de uma vez. O suicídio hoje é a terceira causa de morte entre jovens, com o percentual sempre aumentando. Uma pesquisa feita na Faculdade de Medicina de São Paulo (USP) em 2017 apresenta que 41% dos estudantes de medicina no Brasil possuem sintomas de depressão. Estudos científicos apontam que o número de suicídios entre quem ainda está cursando me-
dicina e quem acabou de concluir o curso é quatro a cinco vezes maior que a da população em geral em todo o mundo e, para a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), a estimativa de tentativas ainda superam o número de êxito em pelo menos dez vezes. É evidente a quantidade de alunos que fazem uso de antidepressivos e, por isso, as instituições procuram apoiar seus alunos através de núcleos de ajuda. Tais núcleos são de tremenda importância já que suicídio ainda é um tabu e, dessa forma, debates são feitos e o assunto é discutido.
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Fonte: gazetadopovo.com.br
SAĂšDE
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SAĂšDE
Jovens enfrentam problemas arteriais causados por bebidas alcĂłolicas e cigarro russia-now.com
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SAÚDE Beatriz Fróes Fonte: BBC em 01/10/2018 (Adaptado) Segundo estudo, jovens e adolescentes que fumam e bebem já têm danos perceptíveis em suas artérias aos 17 anos de idade. A Universidade College London e da Universidade de Bristol, ambas no Reino Unido, fizeram uma pesquisa que mostraram que há um enrijecimento das artérias por conta desses hábitos quando ainda se é bem jovem. Este efeito está ligado a um aumento do risco de problemas cardíacos e em vasos sanguíneos, como AVC e infarto, em idade mais avançada. A pesquisa também detectou que as artérias dos adolescentes voltaram ao normal quando eles pararam de fumar e beber. Os cientistas estudaram dados coletados entre 2004 e 2008 de 1.266 pacientes que participaram do Avon Longitudinal Study of Parents and Children (ALSPAC), que reuniu informações de saúde de 14,5 mil famílias de Bristol, na Inglaterra. Participantes de 13, 15 e 17 anos detalhava seus hábitos em relação ao tabaco e bebida, e exames foram feitos para verificar se havia ocorrido enrijecimento arterial. Foi informado, por exemplo, quantos cigarros já se havia fumado na vida e a idade em que se começou a beber álcool, além da frequência e intensidade com que faziam isso. Entre aqueles que haviam fumado mais de cem cigarros até o momento dos testes ou que consumiam mais de dez doses de álcool nos dias em que bebiam, havia uma maior incidência de enri-
jecimento das artérias do que entre participantes que tinham fumado menos de 20 cigarros durante a vida ou tomavam menos de duas doses nos dias em que consumiam álcool. “Beber e fumar na adolescência, mesmo em níveis inferiores àqueles informados em estudos com adultos, está associado a enrijecimento arterial e à progressão da arterioesclerose”, diz o autor principal do estudo, John Deanfield, do Instituto de Ciência Cardiovascular da Universidade College London. A pesquisadora Marietta Charakida, fala que o dano aos vasos sanguíneos por conta destes hábitos “se dá ainda em um momento precoce da vida”. “Quando se faz as duas coisas juntas, os prejuízos são ainda maiores”, diz Charakida. Breno Caiafa, presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular do Rio de Janeiro (SBACV-RJ), diz que isso merece um cuidado maior do governo. Hoje, as campanhas dizem ‘se beber, não dirija’, mas não falam para não beber. As empresas de bebidas vão continuar a fazer propaganda livremente se não forem pressionadas, como ocorreu com o fumo. ”Estudos mostram que beber moderamente até pode fazer bem, mas o álcool não deixa de ser uma droga e, se consumido em excesso, gera alterações hepáticas e ganho de peso, enrijece as artérias e aumenta as chances de um AVC. Se tem esses efeitos, precisa ser controlado. O álcool talvez esteja sendo subestimado.”, afirma Caiafa.
Sinal encorajador
Caiafa avalia que estudos trazem novidades ao mostrar o impacto do álcool e da bebida ainda na juventude. “Já sabíamos dos efeitos negativos a médio e longo prazo, mas não a tão curto prazo”, diz. Ele explica que esses hábitos danificam a parede das artérias, gerando uma lesão à camada interna dos vasos, o que leva à formação de placas, provocando um enrijecimento e estreitamento arterial e, como consequência, há um aumento da pressão sanguínea. Metin Avkiran, diretor médico associado da British Heart Foundation, organização que financiou parte da pesquisa, diz que o fato dos danos poderem ser revertidos é um “sinal encorajador”.”Parar de fumar é a melhor decisão que você pode tomar para proteger seu coração. E, se você bebe, não o faça de forma excessiva e siga as recomendações (das agências de saúde)”, afirma.
“Nunca é tarde demais para fazer mudanças que podem acabar salvando sua vida.”
Metin Avkiran, diretor médico da organização que financiou parte da pesquisa
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INTERNACIONAL
Macron
Um rei sem coroa
Já foi comparado a Napoleão, mas a figura que inspira o presidente francês é a de um monarca. 34 | Revista Informe - 2018.2
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Nesta semana, remodelou seu Governo. Sua autoridade agora ĂŠ vista como autoritarismo.
brasil.elpais.com
INTERNACIONAL
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INTERNACIONAL
Carla Nogueira e Juliana Coelho Fonte: Marc Bassets, brasil.elpais.com. em 29/10/2018. O presidente francês, Emmanuel Macron, chegou 20 minutos atrasado ao encontro com os reis da Espanha no Grande Palais de Paris, onde visitariam juntos uma exposição de Miró. O carro oficial de Felipe VI e Letizia ficou dando voltas pelas ruas próximas até que Macron e sua esposa, Brigitte, chegaram. Era 5 de outubro. Não era a primeira vez que ocorria — em julho, Macron compareceu com uma hora e 15 minutos de atraso a um jantar no Palácio Real de Madri. O incidente não tem maior gravidade, mas é revelador. Da arbitrariedade com que Macron administra seu tempo. E do paradoxal caráter monárquico que envolve a instituição da presidência da República Francesa. Se houver desconfiança, a autoridade se torna autoritarismo. Macron quis ser um rei: sem dizer com estas palavras, argumentou nesse sentido antes de chegar ao poder. Nesta semana,
obrigado pela deserção do ministro do Interior, Gérard Collomb, remodelou o Gabinete: saem quatro ministros e secretários de Estado e entram oito, mas “não há hoje nem um giro nem uma mudança de rumo ou de política”, como disse em uma mensagem televisiva à nação. Tampouco houve mudança em um traço notável dele: a tendência a se cercar de ministros de pouco peso político, a ser ele o ministro de tudo. Tudo é teorizado, e a reflexão vale para outros países: que limites o poder presidencial exige? Qual é a linha que separa autoridade de autoritarismo, ou popularidade de populismo? Como exercer o poder num tempo em que este se desagrega, numa era do “fim do poder”. Em 2015, quando faltava um ano e meio para que ganhasse o segundo turno das eleições presidenciais, Macron descreveu como concebia o exercício do poder. “A democracia implica sempre que há algo incompleto, porque por si só não basta. Na política francesa, o ausente é a figura do rei, cuja morte
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INTERNACIONAL no espelho e custava a se ver no cargo. A vontade de ser mais parco que Hollande em palavras. Por seu ímpeto juvenil, era comparado a Napoleão Bonaparte e a Napoleão III. Por seu afã de acabar com o método de governar verticalmemte, e pelo interesse pelo o Antigo Regime, foi caricaturado como Luís XIV. “O ponto de partida de tudo isto não é Macron: são as instituições da V República”, diz em seu escritório Alain Minc, conselheiro de presidentes e um dos mentores de Macron. “A França é uma monarquia republicana. Quando o presidente não entende isto, fracassa. Foi o caso de François Hollande, que se comportou como um primeiro-ministro de coalizão num país escandinavo. Não ocupou a função de presidente, com tudo o que tem de autoritária. Isto influiu na filosofia do poder de Macron. Porque esteve no Eliseu com Hollande e viu que o poder presidencial não era usado. Retornou a uma concepção clássica da V República.” Os franceses, para Macron, “são infelizes quando a política se reduz a uma técnica”. “Gostam que haja uma história. Eu sou a prova viva!”, proclamou em maio passado numa entrevista à revista literária Nouvelle Revue Française. Sua trajetória poderia ser o argumento de um romance do século XIX. “Na verdade, não sou senão a emanação do gosto do povo francês pelo novelesco”,
comentou. Uma reportagem no Le Monde por ocasião do primeiro aniversário de sua presidência se referia à teoria que o historiador Ernst Kantorowicz expôs no clássico Os Dois Corpos do Rei sobre a combinação, na figura do soberano, de um aspecto temporário e humano, e outro institucional e eterno. Seus antecessores imediatos, François Hollande e Nicolas Sarkozy, dizia o artigo: eram humanos, demasiado humanos. Macron quis reconciliar ambos os corpos: sintetizar o ser humano e o líder que encarnava uma instituição. Daí a importância da liturgia republicana e da busca obsessiva do contato com o povo, esquivando o Parlamento: os sindicatos, as entidades patronais, a sociedade civil. Os banhos de massas remetem, segundo os assessores do presidente, a outro clássico da história do século XX, Os Reis Taumaturgos, de Marc Bloch. “[Para Macron] tocar é fundamental: é uma segunda linguagem”, disse ao Le Monde seu assessor Bruno Roger-Petit. “É um toque performático: ‘O rei te toca, Deus te cura’. Há aqui uma forma de transcendência.” Macron não faz milagres tocando os seus concidadãos. Mas houve algo de fervor místico na ideia de que a chegada de um presidente jovem e inteligente, alheio aos velhos partidos e com promessas de renovação, serviria para liberar a França do fantasma da decadência
e para frear na Europa a onda de populismo e nacionalismo que meses antes havia triunfado nos Estados Unidos com Donald Trump e no Reino Unido com o Brexit. O historiador Stanis Perez, autor do Corps du Roi (“o corpo do rei”), recorda que, ao chegar ao poder, Macron era o que os romanos chamavam de homo novus: sem experiência, sem cargos eletivos e desconhecido. “Foi necessário compensar essa relativa virgindade política com sinais ostensivos”, diz Perez numa entrevista por telefone. O historiador estabelece uma diferença entre a encarnação do poder no corpo do rei durante o Antigo Regime e agora. Em seu apogeu, o corpo era visível na corte quase sempre. “Tudo era teatralizado, porque tudo era público.” A encenação não desapareceu — é inclusive mais enfática e alcança um público mais amplo que no século XVII —, mas não é completa e está controlada: a corte não assiste ao despertar e ao deitar-se de Macron. Foi dessacralizada. O mesmo ocorre com o aspecto taumatúrgico. “O contato físico é importante, mas separado de toda espiritualidade e com um contexto laico. Pode parecer uma monarquia, mas é uma monarquia falsa: o espetáculo monárquico sem a espiritualidade”, diz. O perigo do que Stanis Perez chama de “majestade do governante” é que, quando o país funciona, ninguém a questiona.
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acho que o povo francês fundamentalmente não quis. O terror cavou um vazio emocional, imaginário”, disse numa entrevista à publicação Le 1. Macron falava da revolução de 1789, da execução de Luís XVI em 1793 e do período de violência e repressão. “Mais tarde, tentou-se preencher o vazio: foram, sobretudo, os momentos napoleônico e gaullista”, prosseguia o futuro presidente, aludindo a Napoleão Bonaparte e ao general Charles de Gaulle o regime democrático atual. “No resto do tempo, a democracia francesa não preenche o espaço. Isto se vê bem com o questionamento permanente em torno da figura presidencial, vigente desde a saída do general De Gaulle. Depois dele, a normalização da figura presidencial reinstalou uma cadeira vazia no coração da vida política.” Macron, depois de ganhar as eleições em 2017, deixou claro que desejava encher o vazio deixado por Luís XVI ao ser guilhotinado. Multiplicou os gestos. O passeio pela Champs Elysées após sua posse, num veículo militar aberto. O convite ao presidente russo, Vladimir Putin, para o palácio de Versalhes: a pompa do Antigo Regime como arma eleitoral. A maioria na Assembleia Nacional que deixava ao país sem uma oposição preparada para a alternância. O desejo de marcar distância do seu antecessor, François Hollande, um homem que se olhava
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INTERNACIONAL
Espionagem na Espanha franquista
Carla Nogueir e Juliana Coelho Fonte: Miguel González, brasil.elpais.com (Adaptado), em 29/10/2018. Outubro de 1968. Passaram-se cinco meses do maio francês, e a universidade espanhola está em ebulição. O Serviço de Inteligência Militar da Marinha da Espanha informa que “começou a ser montado o Serviço de Escuta na Universidade, o qual consta de aproximadamente seis trios distribuídos entre as diferentes faculdades. Graças a esse serviço, começa a auscultar-se bem mais de perto a realidade universitária de Barcelona”. A comunicação dos espiões militares prenuncia iminentes “algazarras de caráter revolucionário”. Esta nota está incluída em uma das 1.022 caixas com documentos 38 | Revista Informe - 2018.2
da Segunda Seção (Inteligência) do Estado Maior Central do Exército espanhol, guardados no Arquivo Geral Militar de Ávila (107 quilômetros a noroeste de Madri). Em 20 de setembro, a ministra espanhola da Defesa, Margarita Robles, autorizou, embora com muitas limitações, o acesso aos relatórios secretos anteriores a 1968, quando entrou em vigor a atual Lei de Segredos Oficiais daquele país, que abarcam parte do período da ditadura de Francisco Franco (1939-1975). Durante quase três semanas, o EL PAÍS mergulhou numa documentação que ainda não foi informatizada, catalogada nem descrita, e cuja consulta está restrita a pesquisadores. A nota que informa sobre a instalação de sistemas de escuta na Universidade de Barcelona não é
um caso isolado. Outro relatório, de dezembro de 1961, relata as queixas contra o aumento de preços no refeitório da Faculdade de Filosofia e Letras de Madri. Os líderes do protesto eram três estudantes: Fernando Sánchez Dragó, Luis Gómez Llorente e Alberto Míguez, “todos pró-comunistas e socialistas”. Recuperada a democracia, o primeiro deles ganharia o Prêmio Nacional de Ensaio, o segundo chegaria a vice-presidente do Congresso dos Deputados pelo PSOE, e o terceiro se tornaria jornalista do diário La Vanguardia. Que fazia o Exército franquista fuçando na universidade? O capitão-geral (chefe da guarnição militar) de Burgos escreve em agosto de 1959 a um amigo seu, chefe do Estado-Maior Central, reclamando que seus subordinados precisam se dedicar à “vigilân-
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cia de elementos civis suspeitos, estabelecimento de estrangeiros em populações costeiras, entrada e saída de navios” e outras tarefas que “os distraem da sua missão principal, que considero ser a informação interna dos corpos”. O chefe do serviço de informação se vê obrigado a justificar sua tarefa. “Este serviço ausculta todas ou quase todas as atividades da Nação. [O combate a] conflitos sociais, greves, paralisações operárias e atividades extremistas está ligado ao vital interesse nacional, tanto ou mais que o puramente militar”, escreve. Dentro da segunda seção havia um órgão ainda mais secreto: a chamada Segunda Bis. Se a parte visível era responsável pela informação operacional e estratégica, com o apoio fundamental dos adidos militares, a oculta se dedicava a espionar supostos inimigos do regime, com o auxílio de equipamentos em todas as regiões militares e uma rede de informantes dentro e fora da Espanha. A Segunda Bis é a única unidade do Estado-Maior Central que dispunha de verba para gastos secretos. Em 1957, era de 311.455 pesetas (cerca de 430.000 reais, pelo valor atual). Uma fortuna para um país subdesenvolvido como a Espanha daquela época, cuja renda per capita era equivalente a um décimo da atual. A Segunda Bis do Exército de Terra (e em menor medida da Marinha e da Força Aérea) foi parte do tripé de sustentação do aparato de espionagem política da ditadura, junto com o Serviço de Informação da Guarda Civil e a Brigada Político-Social da Polícia. Só no final do franquismo viria a ceder essa função ao Serviço Central de Documentação (Seced) da Presidência do Governo, criado em 1972 pelo almirante
Carrero Blanco. Na década de 1940, a máxima preocupação da Segunda Bis e do próprio regime eram os vermelhos exilados na França e os maquis guerrilheiros antinazistas da França que em outubro de 1944 protagonizam uma tentativa de invasão do vale de Arán (Catalunha), que acabou em fiasco por não resultar na esperada sublevação popular no interior da Espanha. Em 19 de dezembro de 1939, oito meses depois do fim da Guerra Civil, o Estado-Maior francês informou ao adido de Franco em Paris que “o número de milicianos [espanhóis] presentes na França é de 98.000 aproximadamente. A maior parte deles”, especifica, “serve como voluntários em companhias de trabalhadores ou foram alocados na indústria e agricultura”. Além disso, acrescenta, “há nos campos 40.000 refugiados adicionais, entre crianças e idosos”. O adido tranquiliza Madri anunciando que “até o final do ano só restarão nos campos do sudoeste [junto à fronteira espanhola] pouquíssimos milicianos, quase todos mutilados, doentes incuráveis ou homens fisicamente inaptos para qualquer emprego”. Em maio de 1940, a Alemanha nazista invade a França. Os refugiados espanhóis iniciam um segundo exílio, são deportados para campos de concentração ou aderem à resistência. Depois da derrota de Hitler, o regime franquista se torna um pária. Um telegrama do Estado-Maior Central em 10 de janeiro de 1947, dirigido às três capitanias-gerais dos Pirineus, informa que “o Governo espanhol tem notícias do iminente reconhecimento do Governo Giral pelo francês”. Prevendo possíveis incidentes na fronteira, o Ministro
do Exército ordena que sejam reforçadas as medidas de vigilância, interrompendo os acessos à mesma”. O temor do regime não se materializou. O Governo republicano espanhol no exílio, comandado por José Giral, não foi reconhecido pela França, só por alguns países latino-americanos, e se dissolveu pouco tempo depois por causa das divisões nas forças antifranquistas. Os relatórios diários da Segunda Bis nos primeiros anos do franquismo parecem informes de guerra. Dez anos depois do fim da Guerra Civil (1936-39), as planilhas do Estado-Maior Central refletem uma média de 40 “rebeldes” mortos por mês. O boletim de 2 de abril de 1949 resenha laconicamente que “em 29 de março, forças da Guarda Civil procederam à detenção de dois cúmplices dos bandoleiros em Vega del Codorno (Cuenca), os quais, quando eram conduzidos, tentaram fugir, por isso abriuse fogo contra eles, resultando em sua morte”. Essa prática tão frequente tinha o nome de lei de fugas. A atitude das autoridades francesas foi se alterando em favor da ditadura e contra os republicanos. Em 1948, a França reabre a fronteira, e o adido de Franco em Paris informa que os exilados espanhóis são obrigados a informar à polícia francesa sobre todos os seus deslocamentos. Os serviços de informação do país vizinho, relata em 1949, têm uma “nítida orientação anticomunista” e “grampearam os telefones” dos comunistas espanhóis. O exílio espanhol estava minado. O representante franquista se gaba com seus superiores de contar com “os serviços de um informante que é excelente e que está completamente metido nos ambientes Revista Informe - 2018.2 | 39
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O menino que viaja sozinho entre os milhares de hondurenhos Mario Castellanos foge do recrutamento
por gangues em San Pedro Sula, Honduras folha.uol.com.br
Carla Nogueira e Juliana Coelho Fonte: BBC News Brasil, folha.uol.com.br (Adaptado), em 29/10/2018. “Você sabe bem como uma mãe se sente sem seu filho. Se eu não deixo este mundo, é porque o único que pode nos levar embora é o nosso pai celestial.” Assim relata sua angústia Dilsia Murillo, 36, mãe de Mario Castellanos, um menino de Honduras que viaja sozinho na caravana de imigrantes que buscam entrar nos Estados Unidos. Mario, 12, partiu no sábado da semana passada de San Pedro Sula, no norte de Honduras, e, na tarde da última sexta-feira (19), estava em meio às milhares de pessoas que tentavam cruzar a ponte na fronteira entre a Guatemala e o México. Mario foi um dos primeiros que tentou fazer a travessia e, assim como outros, aparentemente tentou se atirar no rio abaixo quando sua passagem foi bloqueada pela polícia mexicana. Segundo ele conta, um policial o pegou pelo pescoço e o atirou no chão, ferindo-o. Ele também foi afetado pelo gás lacrimogêneo lançado pela polícia. Depois do incidente, foi atendido no posto de imigração. “Em Honduras, as pessoas sofrem”, disse ele à BBC. Mario conta que, em seu país, ele não frequentava a escola. Em vez 40 | Revista Informe - 2018.2
Mario Catellanos de 12 anos
disso, ia ao centro de sua cidade vender chicletes para conseguir algum dinheiro. “Queriam que eu entrasse para uma gangue. Diziam que me pagariam bem, mas eu não queria.” Sua mãe diz que a família vive em condições muito difíceis. O pai de Mario trabalha como vigia. “Digo a Mario que, quando temos o que comer, ele tem de comer. Quando não temos, ele tem de aguentar”, afirma Dilsia. Ela se lembra que, em algumas ocasiões, o menino lhe disse que queria ir para os Estados Unidos, porque lá podia “ganhar muito dinheiro”. Dilsia afirma que o menino falou para os pais que ia ao centro da cidade e voltaria mais tarde. Mas horas se passaram, e Mario não voltou.
“Umas amigas me avisaram por telefone que o tinham visto na televisão”, diz ela. Assim como outros que participam da caravana, Mario conta ter encontrado pelo caminho muita gente que o ajuda. “As pessoas são boas, me dão comida”, diz. Ele diz que, na caravana, todos já o conhecem. “Cada vez que quero voltar, me fazem ir adiante”, diz e ri. A última vez em que ele falou com sua mãe foi no dia 15 de outubro. Dilsia sente saudades, mas não é totalmente contrária ao fato de ele estar com a caravana. “Se ele puder atravessar são e salvo, melhor para ele. Mas, se não, é melhor que venha para cá”, diz. Mario é uma das pessoas que saíram em caravana de San Pedro Sula rumo ao México.
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Os cães no mundo da diplomacia Carla Nogueira e Juliana Coelho Fonte: Jaime Spitzcovsky, folha.uol.com.br (Adaptado), em 29/10/2018. Apaixonado por animais de estimação, o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, ganhou recentemente um casal de cães da raça pungsan, rotulada como “tesouro nacional” da Coreia do Norte. O ditador comunista Kim Jong-un enviou o mimo em mais um sinal de aproximação entre os vizinhos, e a iniciativa diplomática observou cuidados veterinários: os pets chegaram com “três quilos de ração, para uso na adaptação ao novo lar”, informou Seul. A diplomacia canina ajuda a lubrificar engrenagens das mais complexas da geopolítica global, e sua presença, na península coreana, não é novidade. Kim Jong-il, pai do atual potentado, presenteou o então presidente da Coreia do Sul, Kim Dae-jung, em 2000, com um casal de pungsan igualmente após reunião de cúpula entre os países divididos pela Guerra Fria. Kim Jong-un aplaina o terreno para entrar em fase desafiadora de sua estratégia, as novas negociações com Donald Trump. O ditador norte-coreano faz promessas vagas de desarmamento nuclear, com objetivo de arrancar dos EUA ajuda econômica e garantias de sobrevivência, ao menos no curto prazo, do regime stalinista. Enquanto se prepara para reencontrar Trump, depois da primeira reunião, em Singapura, há quatro meses, Kim investe na aproxi-
mação com os sul-coreanos. Anunciou, no último diálogo com Moon, no mês passado, visita a Seul, fechamento de uma instalação de teste de mísseis e parceria, com Seul, em candidatura para sediar a Olimpíada de 2032. Na ofensiva de relações públicas, o czar comunista ainda enviou os cães a Moon Jae-in. O dirigente sul-coreano convive com vários animais de estimação: já tem um pungsan, chamado Maru, e um cachorro sem raça definida, Tory. O gato Jjing-Jjing completa a família de quatro patas. Vladimir Putin é outro presidente fascinado pelo mundo canino. Sabedores de sua paixão presenteiam-no com pets, a fim de ganhar pontos no mundo da sedução. Em 2012, o Kremlin recebeu Yume, akita oferecida pelo governo japonês. A matilha russa inclui mais dois exemplares, concedidos pelos
governos da Bulgária e do Turcomenistão. A labradora Konni, que morreu em 2014, era o pet mais famoso de Putin. Também chegou como presente, de um ministro russo. E protagonizou momento de pouca diplomacia, a julgar pela reação da imprensa internacional. O presidente russo, em 2007, reuniu-se com a chanceler alemã, Angela Merkel, na residência oficial de verão, na cidade de Sochi. No início do encontro, enquanto fotógrafos registravam imagens, Konni entrou na sala e, sem cerimônias, começou a cheirar a visitante. Merkel, por meios de expressões faciais, deixou visível o desconforto com a presença animal. Análises chegaram a apontar a triunfal entrada canina como tática putinista para intimidar, no início de negociações, a chanceler, que jamais folha.uol.com
Cachorro pugsan dado ao governo sul-coreano pelo Norte.
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Noronhe-se Fernando de Noronha, a ilha mais cobiรงada pelos famosos e dona da praia mais bonita de 2018
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Letícia Ponso lele.ponso@hotmail.com
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arquipélago Fernando de Noronha é um dos pontos turísticos do Brasil mais visitado por estrangeiros e pelos próprios brasileiros. Localizado no estado de Pernambuco, ficou conhecido por ter uma paisagem paradisíaca enfeitada com rochedos vulcânicos encantadores e também praias com águas transparentes e esverdeadas. A beleza do lugar é tão incrível que a Praia do Sancho foi eleita, pelo site de viagens TripAdvisor, a mais bonita do Brasil e a segunda mais bonita do mundo em 2018.Por ser um local isolado precisa seguir por uma trilha até chegar à passarela dos mirantes, de onde dá para ver o visual da praia junto
com o cartão-postal da cidade, o Morro dos Dois Irmãos, e após descer por duas escadas verticais até o nível do mar chega-se ao tão famoso lugar. Para ter acesso a ela é necessário ter o ingresso, para o Parque Nacional Marinho, no valor de R$99,00 para brasileiros acima de cinco anos e é válido por dez dias. Assim como a Baía do Sancho, a Baía dos Porcos é utilizada para a prática de mergulho com equipamentos para observação dos peixes, mas também uma atividade mais relaxante como, banhar na piscina natural formada durante a maré baixa na Baía dos Porcos. Para ter mais contato com os animais, na Praia do Porto tem um passeio de barco com a aparição dos golfinhos rotadores (ideal fazer no inicio da manhã), na Praia do Leão fica o projeto Itamar que ajuda na procriação das
tartarugas-verdes e na Praia do Sueste temos os tubarões. O final do dia também pode ser inesquecível para escolher um bom lugar e admirar embasbacado o pôr do sol, como nos mais famosos: mirante do Boldró e a Praia de Conceição que apresentam uma imagem panorâmica do Morro dos dois Irmãos junto com o Pico. E a vida noturna tem forró, reggae MPB e até música eletrônica na Praia do Cachorro. O lugar preferido dos famosos tem uma viagem nem um pouco econômica. Os voos custam aproximadamente R$1,5 mil, além da passagem tem um ingresso para preservação ambiental no valor de R$ 70,66/ por dia e a hospedagem custa R$200,00/diária na casa de moradores locais até R$ 2 mil/ diária na pousada Maria Bonita dos atores Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank. Revista Informe - 2018.2 | 43
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O melhor do
O
Parque Nacional da Chapada Diamantina, na Bahia, é o principal destino de turismo ecológico do país. Avaliado com cinco estrelas pelo Guia Quatro Rodas, a área de preservação reserva uma imensidão de montanhas, rios de água avermelhada, cachoeiras em cânions e grutas cuja beleza é estonteante. Para conseguir a melhor visão possível só do alto do Morro do Pai Inácio, uma subida de 20 minutos. De lá você vê o Morro Três Irmãos, pode curtir o pôr do sol e garantir fotos incríveis. A atração fica no caminho para as grutas da Pratinha, Lapa Doce e Torrinha, então os passeios podem ser feitos em um único dia, sendo uns dos poucos que podem ser feitos sem guias turísticos. Considerada a capital da Chapada Diamantina, Lençóis abri-
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bloggiramundo.com
ga os melhores hotéis e restaurantes da região. A cidade fica perto do aeroporto e é base para mais seis locais turísticos: o Vale do Capão, as cachoeiras de Ibicoara, a cidade histórica de Igatu, as quedas-d’água de Itaetê e o Vale do Paty, principal destino para trekking do país. Leve dinheiro em espécie para a sua estadia na Chapada. A maioria dos lugares não aceita cartões e só há uma agência bancária em toda a região, localizada em Lençóis. Mas pode ficar tranquilo, as atrações possuem preços acessíveis.
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Nathalia Villaça nathaliavss@hotmail.com
Vista do Morro do Pai Inácio
Cachoeira do Buracão (Ibicoara)
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O M S I R ECOTU
Lençóis, a porta de entrada da Chapada Diamantina
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viagemet urismo.
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Bonito, no Mato Grosso do Sul, é um dos principais destinos para amantes do ecoturismo no Brasil. Mesmo recebendo milhares de turistas por anos, muitos de seus atrativos parecem intocados, já que a preocupação com o meio ambiente por lá é levada muito a sério. É por isso que ninguém põe os pés em Bonito sem antes fazer reserva. Para manter tudo preservado os principais passeios de Bonito acabam sendo um pouco caros, mas a experiência vale muito a pena. As flutuações são as maiores atrações da cidade: destaque para as do Rio da Prata, da Nascente Azul, do Aquário Natural e do Rio Sucuri, local super indicado para a prática de mergulho com cardumes coloridos. A cidade também abriga diversas cachoeiras. Uma atração que impressiona muito seus visitantes é a Gruta do Lago Azul. Um dos passeios mais acessíveis de Bonito, deve ser feito em grupo e
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campismo.com.br
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com supervisão de um guia. É importante que o visitante esteja com um sapato fechado por conta da caminhada de dez minutos inicial e dos quase 300 degraus irregulares que dão acesso a um lago incrivelmente azul cercado de estalactites e estalagmites. Em relação à hospedagem, quase todos os hotéis da região estão localizados no centro, onde fica a maior parte dos restaurantes e do comércio local, e são bem simples. A cidade de Bonito é famosa por seus atrativos aquáticos, como flutuações, grutas e cachoeiras, então aí vai uma recomendação para você que também curte atividades como boia cross e arvorismo: O Hotel Cabanas, que fica fora do centro, em um terreno de fazenda. Os quartos são em formato de cabana, trazendo a sensação de total imersão na natureza. Revista Informe - 2018.2 | 45
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Capadócia: a terra dos conto
Nathalia Villaça nathaliavss@hotmail.com
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número de visitantes à incomparável região histórica turca aumentou bastante nos últimos três anos - somente nos primeiros oito meses deste ano foram quase dois milhões de turistas, 31% a mais do que o mesmo período de 2016. A Capadócia tornou-se esse fenômeno graças à sua beleza digna de contos de fadas formada por vales cobertos com formações rochosas naturais, cidades subterrâneas,
mosteiros históricos escavados em rochas e, é claro, os famosos passeios de balão. Entre os locais mais visitados da região nos primeiros meses do ano estão o Museu ao Ar Livre de Göreme, um complexo com mais de dez igrejas e cavernas medievais esculpidas por monges entre os anos 900 e 1200; e a Cidade Subterrânea de Kaymakli, um dos lugares mais misteriosos de toda a Europa. A Capadócia possui dezenas de cidades subterrâneas como essa interligadas por túneis, construídas
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para proteger cristãos da invasão de inimigos. Kaymakli tem cerca de oito andares abaixo do solo, mas apenas os quatro primeiros estão abertos para visitação. Os vôos de balão formam, sem dúvidas, a principal atração da Capadócia. Os passeios são realizados durante o nascer ou o pôr do sol e possuem uma vista incrível da região composta por formações cônicas de calcário conhecidas como “chaminés de fada”. Não há motivo para ter medo, basta informar-se sobre as melhores companhias
- A Royal Balloon e a Butterfly Ballon têm as maiores notas nos sites de avaliação. São cerca de vinte pessoas por balão e o passeio, que dura em torno de uma hora, custa aproximadamente 150€. Não é muito caro, já que a experiência é inesquecível. Não é preciso visitar a Capadócia em uma época do ano específica, mas fique atento, pois os balões não levantam voo com mau tempo. Por isso, durante a primavera e o outono são os períodos mais aconselháveis. Para fugir do
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frio, evite voar no inverno - as temperaturas por lá podem até baixar de zero. E não se esqueça de reservar antes de chegar, o passeio é super concorrido! Para fazer a reserva basta pedir na recepção do seu hotel (a maioria organiza tudo para os seus hóspedes) ou diretamente com alguma das companhias locais. A Turquia é uma mistura de Ocidente e Oriente, portanto é de se imaginar que a culinária local seja riquíssima. Destaque para os kebabs, que são sanduíches feitos
com pão pita, carne e acompanhamentos, como tomate e alface. Os kebabs são famosos por serem baratos e facilmente encontrados em barracas de rua. Também são populares a carne de cordeiro, as caftas, a sopa de lentilha e os doces, como a baklava e o iogurte. Na Turquia, é hábito deixar gorjetas de 5 a 15% do valor cobrado para o garçom. Como a região é bem rudimentar, cartões de crédito não são aceitos em todos os lugares, por isso troque seu dinheiro por algumas liras turcas.
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tos de fada
Museu a Céu Aberto De Göreme
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Gozo: Azure Window
Ilha cinematográfica Malta foi cenário de Game of Thrones e do filme Popeye, que apresenta até um parque temático na região Letícia Ponso lele.ponso@hotmail.com
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república de Malta é um país bem pequeno na Europa, o arquipélago fica entre o sul da Itália na Sicília e nordeste do continente africano na Tunísia. Por ser um lugar localizado em uma posição estratégica no mar Mediterrâneo, consegue unir as belezas das praias,
pelas suas águas claras no tom de azul turquesa, com cidades históricas deixadas por diversos povos ao longo do tempo e por isso, foi protagonizada em cenários de famosos filmes e séries. A sua história reflete e muito na cultura e arquitetura, até porque são 7.000 anos de civilização, possuindo até templos anteriores as pirâmides egípcias. Ao todo
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foram dez povos a dominar a região, os primeiros a colonizar foram os fenícios que influenciaram e muito no nome da ilha e para eles significava paraíso. Em relação à religião, os romanos, em 218 A.C., pela primeira vez em todas as suas colonizações utilizaram o cristianismo como forma de conversão dos habitantes, porém a influencia mais forte e importan-
te foi a da Ordem dos Cavaleiros de São João, em 1530, dando continuidade ao catolicismo até os dias de hoje, com seus palácios e igrejas intactos e 95 % da população acreditando em Deus (o país mais religioso da Europa). O local possui três ilhas: Malta, Comino e Gozo. Apesar de ser habitada em apenas duas, o turismo é feito em toda região.
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A última das três ilhas da república de Malta é o Gozo. Nele resistiu o Blue Hole uma piscina do lado do arco de calcário (Azure Window) que foi cenário também da sério famosa da HBO, Game of Thrones, mas que devido a uma tempestade no último ano foi afundado o arco; Tem o Ggantija Temples que são ruínas dos monumentos mais antigos do mundo e patrimônio da Humanidade da UNESCO; e a cidade murada, Cittadella.
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Já a parte que não é habitada, Comino, tem como principal atração às belezas naturais de suas praias. O Blue Lagoon é o mais procurado pelos turistas e possui as águas mais azuis que já se viu; também tem o vilarejo que foi set de filmagens do filme musical estrelado por Robin WilIiams chamado Popeye e o lugar, que leva o nome do personagem, possui um parque temático e brinquedos aquáticos.
Por ter sido colonizada também pelos árabes sua língua oficial é o maltês, uma mistura de dialeto árabe com alfabeto latino, e como segunda língua pela colonização inglesa é o inglês. O que faz com que muitos jovens nos últimos tempos queiram fazer intercâmbio por um preço mais barato do que em outros países da Europa, o que acabou atraindo uma noite mais agitada na ilha com bares, restaurantes e baladas mais concentrados na região de Paceville. A gastronomia é um mix de influências, uma mistura de cozinha italiana, árabe francesa e inglesa todos com referências daqueles que influenciaram a região, tendo o coelho como carne mais consumida e o mel considerado o maior tesouro da ilha. lalarebelo.com
Valletta, capital de Malta
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Você sabia?
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Na ilha que leva o nome de todo lugar, Malta, tem na capital Valletta, considerada a Capital da Cultura 2018, uma riqueza histórica. Nela está a St.John’s Co-Cathedral, igreja com obras de Caravaggio; o jardim elevado que era descanso dos cavalheiros com canhões e uma paisagem incrível; a cidade de Mdina ou Cidade Silenciosa com sua arquitetura barroca e medieval e uma calmaria que o nome já diz (sendo cenário da série Game of Thrones); e nas belezas naturais possui o Blue Grotto: sistema de cavernas com um mar azul fosforescente e o St. Pete’s Pool: É uma piscina natural que virou moda há pouco tempo pela pratica de pular das pedras.
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CULTURA | PATRIMÔNIO CULTURAL
O PAÍS TROPICAL É TAMBÉM CULTURAL Edigley Duarte
Setor abrange 2,64% da economia brasileira e é motivo das muitas visitas ao país
A Praça Mauá está situada no bairro do Centro, na Zona Central da cidade do Rio de Janeiro, onde ficam localizados o Museu do Amanhã e Museu de Arte do Rio, Point dos festivais culturais Revista Informe - 2018.2 | 51
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CULTURA | PATRIMÔNIO CULTURAL
Edigley Duarte da Costa duartedacosta@outlook.com.br O Brasil é um país que exala cultura, seus estados são grandes promotores culturais e muito está sendo feito para que isso não se perca. Desde 1991, com a Lei Rouanet, o Governo Federal incentiva práticas culturais. Mas, não é só isso, também é possível encontrar no Rio de Janeiro, tanto no nível estadual, como municipal, tais leis que venham contribuir com o mesmo setor. Mas, por que isso é tão importante? O antropólogo Dr. Gabriel Chavarry ressalta que a cultura é todo tipo de prática, de hábitos; um tipo de existência que, de alguma forma, consolida regras institucionais e não institucionais, dentro da própria sociedade. - Cultura é uma cola, às vezes, visível ou invisível, da nossa vivência. A cultura é uma espécie de roteiro da sociedade, demonstra como deve ser nossa participação. LEI DE INCENTIVO MUNICIPAL (RIO DE JANEIRO N° 5553/13 No Rio de Janeiro, cartão postal do País, a cultura tem papel fundamental, é o que movimenta a economia, não é à toa que a cidade tem sua própria lei de incentivo. Atualizada pelo Vereador Paulo Messina – PV, a lei solucionou problemas como as filas de espera. – As mudanças não foram ape-
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nas na questão do valor, mas na distribuição de recursos. Antes era distribuído por fila, em ordem cronológica, isto é, por ordem de chegada. Pessoas ficavam duas semanas nas filas, esperando a abertura do processo, isso tudo porque antes o calendário era fixado a cada ano. Agora é fixo na lei: o mês de maio é para os produtores, e o mês de agosto para as empresas. Até dezembro buscamos os resultados, e em janeiro começa o recolhimento. Messina explicou, ainda, que na primeira versão da lei, não foi entendida a problemática dos prazos, o que resultava em uma entrega parcial do valor requerido, questão modificada na atualização: – Como o ISS é um imposto mensal, o recolhimento das empresas é feito de mês em mês, então quando o calendário começava em março, o produtor só recebia 9 parcelas do total, e não o valor total. Com a mudança da lei e o processo de distribuição dos recursos iniciando-se em janeiro, o produtor recebo o valor que precisa, na sua totalidade. Sobre o processo de escolha, o vereador licenciado da cidade carioca comentou que existe uma comissão composta pelo poder público e sociedade civil, para definir quais serão os projetos contemplados. LEI DE INCENTIVO ESTADUAL (RIO DE JANEIRO N° 1954/92 Criada em 1992, a Lei Rouanet
valoriza a cultura nacional, especialmente a fluminense, estimula a produção e difusão de bens culturais de valor universal, entre outras questões. Através do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS, os tributários e empresas, contribuem com os projetos culturais que estejam dentro dos requisitos. Todas as informações dos processos em aberto, estão disponíveis no site: www. rouanet.cultura. gov.br. INVESTIMENTOS CULTURAIS X PRECONCEITO O apresentador de TV, Lucas Salles, que também é ator e roteirista, comenta sobre o fato ocorrido La Bête, onde o homem estava nu e protagonizava enquanto pessoas o tocavam, que se tornou conhecido com um vídeo colocado na internet, quando uma criança o tocou: - Isso é arte? Merece o incentivo de alguma lei do governo, do estado, do município? Quem somos nós para julgar? Quem seria alguém que pudesse julgar o que é arte ou não? Aquilo irá modificar a vida de alguém, culturalmente? Como artista, eu não posso, nunca, criticar alguma obra de arte. Seja ela de que gosto for. Para o Dr. Gabriel, realmente alguns grupos conseguem, com mais facilidade, o incentivo, isto porque as pessoas produzem a ideia de Cultura Alta e Cultura Baixa, a superior e inferior, algo que não existe, “tudo é cultura, todos tem cultura”.
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CULTURA | PATRIMÔNIO CULTURAL
Mas nem tudo é espinhos, o vocalista carioca da banda Bento Veiga e Velha Raiz, do Rock Clássico, fala que consegue perceber uma grande presença da prefeitura no incentivo de festivais com cantores independentes, e isso é bastante importante. – Está tendo uma verdadeira abertura, existe um
apoio, seja cedendo um espaço ou patrocinando o evento, por parte da prefeitura. O problema real está na administração dos ambientes onde as apresentações são realizadas. Os teatros, espaços culturais são abandonados pela prefeitura, este é o teor da questão. Isso dificulta. Musimundi Ltda
Victor Toledo durante apresentação cultural na cidade carioca.
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MAIS DE CINCO MUSEUS FORAM FECHADOS NO RIO DE JANEIRO
museusdoestado.rj.gov.br
Nos últimos anos, o Brasil, em especial o Rio de Janeiro, teve inúmeros Museus e Centros Culturais fechados Vitor Lobo Valle vitorlobovalle@gmail.com Com o incêndio do Museu Nacional, os brasileiros e, em especial, os cariocas, ficaram em alerta para com a conservação das estruturas e espaços culturais. Mas não só isso, relembraram episódios semelhantes ao ocorrido no Museu bicentenário, localizado no bairro da Quinta da Boa Vista, na zona Norte da Cidade. Em 1978 , também no Rio, o Museu de Arte Moderna viu seu prédio ser pedido nas labaredas do fogaréu. Afinal, como e quem administra esses tesouros históricos da sociedade? A resposta vem sendo dada desde março de 54 | Revista Informe - 2018.2
1985, com a criação do Ministério da Cultura. Mas com a crise que abate a todos os órgãos públicos, o repasse das verbas, que deveria ser destinada totalmente, não vem sendo feito há um bom tempo. Todo esse percurso feito pela crise e desvios de verbas, além da saúde e educação, a Cultura sofre bastante com esse recenciamento, o que resultou em muitos museus e espaços culturais fechados, como: Solar Marquesa de Santos, que fica localizado no Bairro de São Cristóvão, fechado em 2015. SOLAR MARQUESA DE SANTOS Seu acervo é composto de pin-
turas, mobiliários, porcelana e objetos pessoais de Domitila de Castro Canto e Melo, que em 1826 recebeu aquela casa de presente do imperador Dom Pedro I, com quem mantinha um romance, e ali viveu por três anos. A edificação possui uma infinidade de salões ricamente decorados. Há pinturas murais, tetos em relevo, portas e janelas com bandeiras em forma de coração, tudo confeccionado pelos melhores artistas da época, empenhados em produzir uma ambiência digna do prédio, projetado por Pedro Alexandre Carvoé, que ocupava o cargo de Arquiteto das Obras Nacionais, em parceria com seu arquiteto particular, Pierre Joseph Pézerat.
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CULTURA | PATRIMÔNIO CULTURAL MUSEU DE LIMPEZA URBANA O Museu de Limpeza Urbana, fechado no mesmo ano, em 2015, também tinha um grande acervo, este composto por de mais de 600 peças. Idealizado pelos próprios garis (servidores do SLU), o espaço abriga peças encontradas no lixo, peças doadas antes serem descartadas, esculturas produzidas a partir do lixo, além de acervos que contam a história da instituição. São diversos objetos de diferentes épocas, tais como quadros, máquinas fotográficas, brinquedos, aparelhos de televisão, dinheiro e até um piano. MUSEU ANTÔNIO PEREIRA Outros também, como noticiou o Jornal O Globo, em 2016, tiveram suas portas fechadas. Exemplo disso é o Museu Antônio Pereira, em Ingá, Niterói, que também é muito importante e, sua perda, é algo terrível para a história dos niteroienses. A BBC Brasil trouxe à tona outros tristes episódios, mas ressaltou a falha no órgão responsável quando fala sobre “iniciativas para a área do patrimônio, incluindo os museus”. Na reportagem, a BBC reata que “em 2003, foi lançada a Política Nacional de Museus, destinada a unidades de todas as esferas. Seis anos depois, foi sancionado o Estatuto dos Museus, regulamentado em 2013. Tais medidas garantiriam, em tese, a segurança e a conservação aos locais que guardam parte da história do país ou do mundo”. Comenta também que “na prática as iniciativas não costumam ser seguidas. De acordo com o
Conselho Federal de Museologia (Cofem), o orçamento público destinado aos museus é precário e não garante quesitos considerados fundamentais para preservar os acervos”. MUSEUS NO BRASIL Atualmente, os Museus são catalogados em mais de 3.800 espalhados pelo Brasil, sendo 107 apenas no estado do Rio. Esse aglomerado de artes e prédios são peças fundamentais para a construção de uma educação ampla e também: “Lugar em que sensações, ideias e imagens de pronto irradiadas por objetos e referenciais ali reunidos iluminando valores essenciais para o ser humano. Espaço fascinante onde se descobre e se aprende, nele se amplia o conhecimento e se aprofunda a consciência da identidade, da solidariedade e da partilha”. Numa tentativa de combater esse método que não pode se tornar comum em nossa sociedade, o Ministério Público Federal intimou o “Instituto Brasileiro de Museus criado pelo ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, em 2009”, para que manutenções sejam feitas em
seis museus da cidade do Rio de Janeiro. INTERDIÇÃO DA POLÍCIA FEDERAL Na matéria publicada no Portal G1 Notícias, do Grupo Globo, “a ação pede a interdição dos seguintes museus, que, segundo o MPF, estão sem condições mínimas para funcionar: Museu da República; Museu Nacional de Belas Artes; Museu Histórico Nacional; Museu Villa Lobos; Museu da Chácara do Céu e o Museu do Açude”. “O pedido, da procuradora Solange Braga, é que eles permaneçam fechados, sem receber público, até que haja segurança para que eles voltem a funcionar. Solange disse que está ‘rompendo’ com a decisão de que não é necessário que os museus tenham alvará do Corpo de Bombeiros: - ‘A gente vinha agindo normalmente como há um entendimento de que um museu deva permanecer aberto, mesmo que ele não tenha todas as condições ou boas condições para funcionar. Eu estou rompendo com essa ideia agora, mas era usual que entendesse ’. museusdoestado.rj.gov.br
Obra de Debret, entre as gravuras no Casa da Marquesa de Santos – Museu da Moda Brasileira. Inclui também alguns exemplares que retratam personagens ilustres da sociedade do Primeiro e Segundo Reinados, de autoria de Sisson, e a“Vista da Praça do Comércio”, atual Casa França Brasil.
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ALGUNS PATRIMÔNIOS Teatro de Bonecos (RN, PE, PB, CE, DF) O teatro de bonecos é conhecido por vários nomes pelo Brasil: Cassimiro Coco, no Maranhão e Ceará; João Redondo e Calunga, no Rio Grande do Norte; Babau, na Paraíba, e Mamulengo, em Pernambuco. A expressão cultural, que envolve a criação de bonecos, textos e apresentações teatrais, entrou para a lista do IPHAN em 2015.
Mamulengos do mestre José Lopes: O Teatro de Bonecos foi registrado como Patrimônio Cultural há três anos
Patrimônios Culturais no Brasil Edigley Duarte da Costa e Vitor Lobo Valle Fonte: jornaljoca.com.br
Um patrimônio cultural é algo reconhecido como de grande valor para entender a história e a identidade de uma comunidade, uma região, um povo e até de um país. Podem ser considerados patrimônios culturais desde centros históricos, edifícios, estátuas, livros e obras de arte (patrimônios materiais), até expressões culturais como danças, ritmos musicais, festas, conhecimentos, profissões e rituais (patrimônios imateriais). O objetivo é divulgar e proteger essas importantes expressões culturais e lugares, para que eles estejam sempre presentes nas sociedades. O reconhecimento (também chamado de tombamento ou registro) pode ser feito pelos poderes municipal, estadual, federal e internacional. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) protege 42 bens imateriais, 20 mil edifícios, 83 centros urbanos, 25 mil sítios arqueológicos cadastrados e mais de um milhão de objetos, incluindo acervos de museus e cerca de 250 mil livros. Outras manifestações também são reconhecidas por cidades e estados brasileiros. O Brasil tem ainda 21 monumentos culturais e naturais na Lista do Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). 56 | Revista Informe - 2018.2
Conjunto urbanístico de Brasília, no Distrito Federal Construído na década de 1950 para se transformar na atual capital do Brasil, o inovador plano piloto de Brasília entrou na lista da Unesco em 1990. A entidade destacou a originalidade do projeto, feito pelos arquitetos Lucio Costa e Oscar Niemeyer, com formato de um pássaro voando.
Carimbó, no Pará O típico ritmo paraense se popularizou nas décadas de 1960 e 1970 com a criação de grupos folclóricos e bandas de baile que espalharam o estilo na região Norte do país. A expressão musical e de dança, marcada pelos tambores e as roupas coloridas, se tornou patrimônio cultural imaterial brasileiro em 2014 pelo IPHAN.
Ofício de Sineiro, em Minas Gerais A profissão de tocar os grandes sinos das antigas igrejas mineiras é considerada patrimônio cultural imaterial do Brasil. Quando um sineiro morre sem transmitir seu conhecimento a um substituto, a atividade corre o risco de cair no esquecimento. Para preservar o ofício e fazer com que mais pessoas se interessem por ele, o sineiro entrou na lista do IPHAN em 2009.
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Cordel da Inspiração Cigana (por Mariane Bigio) “Eu estava num deserto Só que era feito de mar Água por todos os lados: Eu não sabia nadar. Perdida sem nenhum norte Talvez pelo medo da morte Comecei a delirar…” Avistei longe na praia Uma miragem, de certo Algo que jamais se viu Caminhando ali por perto Um tilintar de colares Alfazema pelos ares No calor do Sol aberto”
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Da literatura ao patrimônio cultural Edigley Duarte da Costa e Vitor Lobo Valle Fonte: portal.iphan.gov.br Entre versos, rimas e cantoria, a Literatura de Cordel é uma expressão cultural popular que abrange não apenas as letras, mas também a música e a ilustração. É um gênero literário, veículo de comunicação, ofício e meio de sobrevivência para inúmeros cidadãos brasileiros. Poetas, declamadores, editores, ilustradores (desenhistas, artistas plásticos, xilogravadores) e folheteiros (como são conhecidos os vendedores de livros) já podem comemorar, pois agora a Literatura de Cordel é Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro. A Literatura de Cordel no Brasil é o resultado de uma série de práticas culturais em que os cantos e os contos – e suas variantes – constituem as matrizes a partir das quais uma série de formas de expressão se forjou. Na formação da cultura brasileira, da qual a literatura de cordel faz parte, tanto indígenas quanto africanos e portugueses adicionaram práticas de transmissão oral de suas cosmologias, de seus contos, de suas canções. A questão da harmonia sonora é muito ressaltada pelos poetas. O cordel faz parte da vida social dos brasileiros. Ao longo do tempo, por meio das trocas e empréstimos culturais com a música, o cinema, o teatro, as novelas e as redes sociais, se atualizou e se transformou, sem perder a identidade, a originalidade e sua estética própria, particular. Revista Informe - 2018.2 | 57
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A igreja, de mais de 300 anos, foi interditada em 2014 para garantir a segurança dos fiéis. As cerimônias estão sendo realizadas em um espaço improvisado. Nossa Senhora do Pilar, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, aguarda por obras emergenciais há 14 anos. Considerada um patrimônio histórico da cidade, a construção sofre com a falta de manutenção no interior e no entorno. A Igreja está escrita no caderno 1 do Iphan. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN, é uma autarquia federal do Governo do Brasil, criada em 1937, vinculada ao Ministério da Cultura, responsável pela preservação e divulgação do patrimônio material e imaterial do país.
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As propostas de Bolsonaro e Haddad para o ensino a distância Jair Bolsonaro (PSL) disse ser favorável ao ensino fundamental não presencial; Fernando Haddad (PT) afirma ser contra nessa etapa e no ensino médio.
Ana Cecília Maia e Brenda Câmara Fonte: g1.com Em: 17/10/2018 Imagens: g1.com Os dois candidatos à Presidência da República que disputarão o segundo turno da eleição, Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), têm posições distintas para o ensino a distância. A proposta não é citada no programa de governo de nenhum dos dois candidatos, mas apareceu em entrevistas de ambos durante a campanha. Bolsonaro afirmou ser a favor de permitir a modalidade inclusive no ensino fundamental, que vai do 1º ao 9º ano, com alunos de 6 e 14 anos. Haddad, por sua vez, disse ser contra, e prometeu impedir também ensino médio a distância. Leia abaixo o que disseram os dois candidatos, e quais são as regras atualmente em vigor no Brasil: Proposta de Fernando Haddad (PT) Em seu programa, Haddad não fala diretamente sobre o ensino a distância no fundamental, mas se diz contra o EAD no ensino médio, que foi viabilizada pela reforma do ensino médio do governo de Michel Temer, em 2016, mas atualmente não tem regras definidas. A proposta é regula60 | Revista Informe - 2018.2
mentar a lei atual para detalhar o que é permitido e o que é proibido. “O futuro presidente vai revogar a reforma do ensino médio implantada pelo governo golpista, que estabeleceu que uma parcela importante da grade curricular Durante a campanha: Nesta segunda-feira (15), o candidato do PT criticou, em entrevista coletiva a jornalistas em São Paulo, a proposta de Bolsonaro de estender o ensino a distância para alunos do fundamental. “Se eleitos, nós vamos deixar mais clara na LDB a proibição de educação a distância para o ensino fundamental, como o Bolsonaro está propondo. A educação a distância para o ensino fundamental criaria um problema sério no país”, afirmou Haddad. segndo o candidato, a proposta de ensino a distância para alunos do fundamental vai contra a “perspectiva” de outros países, que caminham para ampliar o número de horas que os alunos passam na escola. “Criaria um problema muito sério, que é a não convivência das crianças... Toda a perspectiva do mundo é a educação em tempo integral. Ou seja, manter a criança na escola em tempo integral, para que ela possa conviver, se socializar, construir a sua própria personalidade.”
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CULTURA | EDUCAÇÃO Proposta de Jair Bolsonaro (PSL) No programa de governo: No documento protocolado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o candidato do PSL menciona o ensino da distância em um parágrafo, sem falar diretamente sobre os alunos do ensino fundamental. “Educação à distância: deveria ser vista como um importante instrumento e não vetada de forma dogmática. Deve ser considerada como alternativa para as áreas rurais onde as grandes distâncias dificultam ou impedem aulas presenciais”, diz o programa de Bolsonaro. Durante a campanha: Em 28 de agosto, porém, durante entrevista ao Jornal das Dez, da GloboNews, Bolsonaro foi questionado sobre uma proposta feita dias antes para expandir a autorização do ensino regular a distância para o ensino fundamental. Segundo o candidato, “o ensino presencial é o melhor possível”, mas ele admite considerar que “algumas matérias” possam ser ensinadas a distância. “Quando você vai para a área rural... (...) Nessas áreas, muitas vezes a escola está muito longe de onde mora aquela criança. E a tecnologia por satélite já chegou lá. Seria nós começarmos a investir por aí. E logicamente, nesses locais, um pai ou uma mãe, ou alguém que tome conta da garotada, pela manhã, tendo esse ensino a distância, vai, no meu entender, levar algum tipo de informação pra essa garotada ser alguém no futuro”, disse Bolsonaro. “Passa por aí. Agora, por outro lado também, eu não quero desempregar professores em hipótese alguma. Eu considero que
o ensino presencial é o melhor possível, mas poderemos, sim, ter algumas matérias a distância dessa forma”, continuou o candidato. Questionado sobre como funcionaria o acesso às aulas em regiões da zona rural, que também são as que têm menos acesso à comunicação, ele negou que a proposta seja vaga. “Não fica vago. Olha só, uma maratona você começa com um passo”, disse o candidato, afirmando que a ideia inicial é aplicar a política para pequenos grupos de alunos. “Eu não posso definir quantas crianças são. Se as crianças se comportarem com uma pessoa que possa exercer autoridade, não tem problema a quantidade de crianças. Agora, se for uma quantidade muito grande, justifica você mandar um professor pra lá. Justifica. Isso aí funcionaria em um primeiro momento para pequenas quantidades de crianças”, afirmou Bolsonaro. A proposta, de acordo com ele, serviria tanto para atender crianças que vivem na zona rural muito distantes da escola e também para pais que preferem tirar a criança da escola e educá-los em casa, uma modalidade chamada de educação domiciliar e que, em setembro, foi proibida pelo Supremo Tribunal Federal (STF). “Agora, o pessoal quer, muitos querem, estudar em casa. Não é um grupo de garotos que vai ter uma aula a distância. Em casa, o pai muitas vezes, ou a mãe fica em casa, o pai fica em casa, ele queria dessa forma educar a criança em casa. Isso já existe no Brasil em parte, e no meu entender está crescendo, exatamente porque não estão aprendendo nada em sala. Revista Informe - 2018.2 | 61
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Escola britânica coloca alunos para ajudar na limpeza da escola Uma escola britânica colocou seus alunos para limparem as salas de aula. A diretora afirma que a medida ensina respeito aos estudantes e também diminui a carga de trabalho do zelador bbc.com
Sammy, de seis anos, disse que estava orgulhoso de poder usar um aspirador de pó, em vez de ter que fazer limpeza à mão.
Ana Cecília Maia e Brenda Câmara Fonte: bbc.com Em: 19/10/2018
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ma escola britânica comprou 10 aspiradores de pó e colocou seus alunos para limparem as salas de aula. A diretora afirma que a medida ensina respeito aos estudantes e também diminui a carga de trabalho do zelador. Hilary Priest, a diretora da escola The Grove, diz que teve a ideia depois de assistir a um programa de TV sobre a educação no Japão. “Nós achamos que seria uma boa forma 62 | Revista Informe - 2018.2
de fazer com que todos, inclusive as crianças, respeitassem nossa escola e o ambiente”, afirma. Cada uma das 10 salas de aula tem seu próprio aspirador. Os alunos se revezam na limpeza. Há apenas um local que está livre das tarefas de limpeza coletivas: a recepção, que é muito pequena, diz a diretora. Ao ser questionado se ele e seus colegas deveriam limpar a sala de aula, Noah, de seis anos, falou: “Sim, estamos protegendo nossa escola”. Imogen, seu colega, disse: “Minha mãe diz que isso é bom porque, quando eu crescer, eu vou saber como usar o aspira-
dor de pó”. A diretora Priest diz que a limpeza feita pelas crianças também está ajudando o orçamento da escola. “Nós não precisamos aumentar a carga horária do zelador. Na verdade, ele não tem tido muito trabalho na limpeza das salas de aula desde que as crianças começaram a aspirar o pó, há cerca de três meses”. Essa não é a primeira vez que as pessoas ao redor do mundo se impressionam com a atitude dos japoneses em relação à limpeza. Na Copa do Mundo de Futebol de 2018, na Rússia, os torcedores ficaram impressionados quando os japoneses limparam de forma
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França: proibição do celular funciona em cerca de 90% das escolas Na prática, a legislação francesa já previa a interdição nas salas de aula, mas o que o governo francês pretende é limitar o uso nos corredores, pátios e outros locais tecnoblog.net
Ana Cecília Maia e Brenda Câmara Fonte: rfi.com Em: 18/10/2018 Cerca de um mês e meio depois da adoção da nova medida, que entrou em vigor nas escolas de ensino médio, o governo francês faz um balanço positivo da adesão dos estabelecimentos à decisão. Em entrevista à rádio francesa France Inter, o ministro da Educação Nacional, Jean-Michel Blanquer, disse que é provável que “mais de 90% das escolas respeitam a proibição,” adotada no início do ano letivo francês, em setembro. O objetivo é diminuir à exposição às telas, as diferenças entre alunos que possuem
Período de adaptação Muitas escolas (e alunos) ainda estão se adaptando à nova realidade. A proposta do governo incluía a instalação de armários onde alunos pudessem deixar o aparelho chegando à escola, mas muitos diretores não puderem aderir à ideia. É o caso do colégio e liceu Jean de la Fontaine, no 16° distrito da capital. “Não instalamos os armários por questões financeiras. Agora será necessário determinar o que faremos com o aparelho se ele for confiscado de um aluno que não respeitar a lei”, disse a diretora da escola, Marianne Dodinet, em entrevista à France Info.
um aparelho ou não, e também limitar os riscos de bullying. A única exceção é para o uso pedagógico da ferramenta. Na prática, a legislação francesa já previa a interdição nas salas de aula, mas o que o governo francês pretende é limitar o uso nos corredores, pátios e outros locais. “Nosso objetivo é que a medida seja aplicada em 100% das escolas”, disse. “Algumas pediram um prazo até o recesso de Finados (que começa na próxima segunda-feira) para se adaptar corretamente à regulamentação interna. Aceitamos esse tempo de adaptação”, explicou. Cerca de 58 mil estabelecimentos devem se alinhar à medida em todo o país. Revista Informe - 2018.2 | 63
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O despreparo na educação do brasileiro gera consequências na hora de comparecer às urnas Com o nível de educação atual do país, a população não está apta para exercer sua cidadania de forma consciente
Ana Cecília Maia anamaiabressane@gmail.com Em: 19/10/2018 Um dos principais obstáculos na vida do brasileiro é a desigualdade social. Ela ocorre principalmente pela diferença no grau de educação, o que acaba gerando pessoas com diferentes níveis de preparo para exercer seu papel como cidadão na sociedade. Com isso, a população em geral sofre, pois, o futuro acaba sendo afetado pela falta de conhecimento político, consciência e qualidade de voto na hora de comparecer às urnas. Vivemos em um país que enfrenta muitos problemas diariamente. A política brasileira deixa algumas falhas quando se trata de aspectos essenciais para vida de uma pessoa. Podemos citar principalmente a desigualdade social presente na sociedade, onde muitos têm pouco e poucos têm muito, e na educação, se deve ter uma atenção maior, pois, é com ela que o jovem vai crescer usando seu conhecimento como bagagem para ser um cidadão consciente, e assim usar seu voto a fim de melhorar seu futuro e da comunidade a sua volta. É notório para todos de dentro e fora, que o Brasil tem altos índi64 | Revista Informe - 2018.2
ces quando se trata da pobreza relacionando com outros países como Estados Unidos. 6,5% da população brasileira vive com menos de 6,30 reais por dia sendo considerada a Linha Internacional de Pobreza do banco multilateral. Com esse valor, é basicamente impossível se ter uma vida de qualidade, quem dirá uma boa educação, visto que somente as escolas particulares têm um alto padrão de ensino. Mas culpar somente o governo também não é a solução. Além disso, o jovem brasileiro é em geral muito desinteressado pelo seu próprio futuro, e assim, desistem da escola antes mesmo do ensino médio. Esse abandono acaba gerando adultos sem a competência necessária para praticar sua cidadania, sendo na hora de comparecer às urnas ou convivendo em sociedade, visto que sem esse conhecimento, o cidadão sofrerá preconceito dos demais e acabará sendo excluído do geral. O preconceito junto à falta de investimento O preconceito social e linguístico é algo muito vivenciado por pessoas de classes sociais mais baixas e pessoas sem a devida escolarização, e este preconceito é um dos mais empregados na
atualidade. No Brasil, ele é muito evidente, visto que muitas pessoas consideram seu jeito de falar superior ao de outros, como por exemplo, um sulista que considera sua maneira de falar superior aos que vivem no norte do país. Segundo o professor, linguista e filólogo Marcos Bagno, não existem uma maneira certa ou errada de falar. Outro fator que contribui para esse problema é a falta de investimento do governo no ensino público, para quem não tem condições de pagar uma escola particular ou uma faculdade privada. Vemos isso com a precária estrutura que muitas escolas possuem: sem material, sem merenda, sem cadeira e até mesmo sem professores. Essa falta de amparo acaba desestimulando até mesmo o jovem que tem interesse em estudar. Para Ana Augusta Maia, 40, professora de uma Escola Municipal, na zona sul do Rio de Janeiro, não existe investimento. Tudo é muito precário. Além de nenhuma valorização dos profissionais que ali trabalham. “O governo faz isso propositalmente, preferem ter pessoas ignorantes, para seguirem o que mandam, do que pessoas questionadoras, que podem interferir no seu governo.” Disse ela.
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CULTURA | EDUCAÇÃO A importância do voto consciente Seguindo esse raciocínio, a situação vira uma bola de neve: a falta de investimento do atual governo, somado ao desinteresse do jovem, gera adultos despreparados para exercer sua cidadania, votando em candidatos despreparados para gerir o futuro governo, que também não vão investir no que deve e assim por diante. Esse despreparo para o voto esta ligado diretamente a falta de informação ou até mesmo competência para pesquisar dados e notícias sobre cada candidato. Muitas vezes, as pessoas votam em alguém indicado por um parente ou amigo, e não percebem a importância do voto consciente e pessoal, pois só a própria pessoa pode saber o que deseja para seu futuro, e o que apoia ou não em cada candidato.
Para isso, é necessário um interesse em se informar sobre cada plano de governo, pois só assim se sabe o que cada candidato fará caso ganhe. Como principais assuntos se têm a saúde, segurança, educação e emprego, aspectos que são importantes para a vida do brasileiro, e que devem ser levados em conta na hora de comparecer às urnas. O voto é um instrumento fundamental da democracia e de transformação na sociedade, portanto, deve ser levado a sério e não deixado de lado. O futuro Nesta época do ano, se torna difícil tomar uma decisão rápida, pois os programas eleitorais nas emissoras de rádio e tv parecem ser todos iguais. Mas como já se viu, votar conscientemente dá um pouco de trabalho, principalmen-
te para quem não se interessa pelo assunto, porém os resultados são positivos. O voto, numa democracia, é uma conquista do povo e deve ser usado com critério e responsabilidade. Votar em qualquer um pode ter consequências negativas sérias no futuro. Portanto, conclui-se que a falta de qualidade na educação representa o maior obstáculo para que o Brasil consiga continuar crescendo. Para melhoria de tal problema, é primordial o estudo sobre a política atual, e sobre os futuros candidatos, porque mesmo com a crise política que o país enfrenta, existem candidatos aptos para ocupar esses cargos de importância, e só assim possam realmente implantar mudanças na sociedade, visando um futuro de qualidade para todos os cidadãos.
O governo faz isso propositalmente: Prefere ter pessoas ignorantes para seguirem o que mandam do que pessoas questionadoras que podem interferir no seu poder"
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A importância da cultura na Educação Infantil Com o mundo avançado de hoje, torna-se inegável a necessidade de se estudar a relação entre cultura e o ensino de crianças Brenda Câmara Brendas.camara@icloud.com Em:29/10/2018 A cultura pode exercer uma grande influência em diversos aspectos no desenvolvimento infantil. Com a chegada da globalização e o elevado número de nações multiculturais, torna- se inegável estudar a relação entre crianças e a cultura. Conhecer outras culturas e costumes não é exclusividade do Dia do Índio e outras datas assinaladas no calendário acadêmico. E como sabemos, as crianças são naturalmente curiosas e como um bônus, possuem uma brilhante capacidade de memorização, resultado de um rápido desenvolvimento cerebral nessa fase da vida. Muitos projetos que lhes introduzam novas lendas, músicas e até mesmo comidas para ‘’brincar’’com o paladar, que muito das vezes promete ser não só educativo, como também fascinante. Você deve estar se perguntando: Por que desperdiçar tempo e energia, e se dedicar de uma maneira tão detalhada do que parece ser geografia a turmas de Educação Infantil? O objetivo esta em apresentar o diferente, o novo e curioso, e levantar discussões. No Brasil, uma lei federal garante que as culturas indígenas e afro-brasileiras sejam ensinadas - porém, curiosidades vindas do outro lado do globo também são bem vindas. O contato com tradições regionais tem suas importâncias; primeiro, o 66 | Revista Informe - 2018.2
desenvolvimento de identidade e pertencimento. Uma criança que conhece de onde veio, e como é a sua cultura, cria um senso mais apurado de sua própria história. Isso vale pra tudo, desde vestimentas até comportamento e religião. A lição é valiosa inclusive no combate à homofobia ou racismo, umas vez que a turma aprende desde cedo que não deve rejeitar o que não lhe é familiar aos olhos. E finalmente, o próprio aprendizados será útil nos anos seguintes de sua escolaridade. Não se deve esperar crianças de 5 anos recitando países e suas respectivas capitais e cidades. Embora, elas são capazes de identificar alguns locais no mapa ou lembrarem das cores de certas bandeiras, talvez de suas preferidas ou que vejam com frequência. FESTIVAIS Vamos enxergar horizontes, sem nos prender a hábitos antigos: Festivais famosos, que ocorrem até hoje, são ótimos para despertar o interesse das crianças. Vídeos trazem essas celebrações para ainda mais perto delas. Será que sua turma de Educação Infantil já imaginou uma festa de ano novo no meio do ano, como acontece na China e grande parte da Ásia? E comemorações em que amigos se encontram para jogar tinta colorida uns nos outros, como o Holi, na Índia? São duas das várias possibilidades que abrirão espaço para que as crianças contem sobre as festas das quais participam, o que celebram e porque.
MÚSICA E DANÇA A música é um traço forte da cultura de qualquer país, e capaz de comunicar sentimentos até para quem não compreende uma palavra da letra. As crianças entenderão se tratar de uma história feliz ou triste, de celebração ou perda, apenas pela melodia, ritmo ou a coreografia. Permita que elas copiem os passos e tentem cantar junto - e, de preferência, encontre traduções caso opte por canções em outras línguas, para contar a elas do que diz respeito. CULINÁRIA Quais comidas frequentes em nossos prato são, na verdade, de outros países? Há diversos pratos estrangeiros fáceis de serem preparados sem necessidade de muitos eletrodomésticos: o pão sírio, a pizza, o bolinho de arroz japonês, fritada ou até mesmo a famosa salada de frutas. Dentro do nosso Brasil, temos o chimarrão à tapioca, desde o pão de queijo e o pinhão. BRINCADEIRAS Crianças do mundo inteiro brincam. O ideal seria usar algumas brincadeiras dentro da sala de aula; brincadeiras em que você pode se inspirar para começar um projeto lúdico entre as crianças. Retomar brincadeiras antigas, conhecidas por seus pais e avós, é outra maneira de fortalecer a cultura e identidade, além de propor um diálogo interessante dentro do ambiente de casa.
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Novas regras do Enem Enem 2018: regra que atribuía nota zero para redação contra os direitos humanos é retirada de manual do Inep Ana Cecília Maia e Brenda Câmara Fonte: g1.com Em: 28/09/2018 O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou, no dia 28 de setembro, a “Cartilha da Redação” da edição 2018 do Exame Nacional do Ensino Médio, uma espécie de manual que explica aos candidatos como funciona a correção da prova de redação e o que pode ou não pode ser feito na prova Pela primeira vez, o Inep retirou da lista de razões para uma redação levar a nota zero o item “desrespeito aos direitos humanos”. Em julho, o Inep já havia antecipado ao G1 que seguiria a decisão judicial para “garantir tranquilidade aos participantes”. Nem nota zero, nem nota mil Desde o Enem do ano passado, desrespeitar os direitos humanos na redação não leva nota zero. Porém, a atitude também garante que o candidato não vai receber a nota mil. Isso porque as regras da redação mencionavam o respeito aos direitos humanos em dois momentos, e da decisão judicial só diz respeito a um deles, justamente os motivos para a nota zero. O outro momento em que a “Cartilha da Redação” proíbe essa prática é nas regras das competências.
A redação de cada candidato é corrigida de acordo com cinco competências. A competência 5 exige do estudante “Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado que respeite os direitos humanas”. Como a nota final representa a soma de cada competência, e cada uma pode render ao candidato no máximo 200 pontos, caso o estudante inclua, em sua proposta de intervenção, alguma medida que desrespeite os direitos humanos, ele pode receber menos pontos nessa competência e, no fim, ficar mais longe da nota mil. O que rende nota zero no Enem 2018? De acordo com a cartilha deste ano, três mudanças foram feitas à lista de motivos para um candidato ficar com nota zero na redação do Enem. A primeira foi a retirada do item “desrespeito aos direitos humanos”. A segunda foi a inclusão de mais detalhes no item “impropérios desenhos e outras formas propositais de anulação”: agora, o Inep deixa claro que números ou sinais gráficos fora do texto também rendem nota zero. Por fim, a terceira foi uma maior rigidez na regra que proibia texto
em língua estrangeira. Até o ano passado, só levava nota zero a redação que tivesse “texto integralmente em língua estrangeira”. No Enem 2018, porém, também terá a prova anulada o candidato que tenha “texto predominantemente em língua estrangeira”. Veja abaixo a lista de motivos para uma redação do Enem 2018 levar nota zero: -Fuga total ao tema. -Não obediência à estrutura dissertativo-argumentativa. -Extensão de até 7 linhas. -Cópia integral de texto(s) motivador(es) da Proposta de Redação e/ou de texto(s) motivador(es) apresentado(s) no Caderno de Questões. -Impropérios, desenhos e outras formas propositais de anulação (tais como números ou sinais gráficos fora do texto). -Parte deliberadamente desconectada do tema proposto. -Assinatura, nome, apelido ou rubrica fora do local devidamente designado para a assinatura do participante. -Texto predominantemente em língua estrangeira. -Folha de redação em branco, mesmo que haja texto escrito na folha de rascunho. Revista Informe - 2018.2 | 67
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Nasce uma
trilhadesucesso Por: Viviana da Costa vivicarvalho765@gmail.com Tendo o ator Brandley Cooper em sua estréia como diretor e a cantora pop Lady Gaga também em sua primeira atuação nos cinemas e protagonizando o longa, “Nasce uma Estrela” tinha grandes chances de causar arrepios pelos motivos errados. Porém, para quem foi ao cinema a partir do dia 11 de outubro provavelmente se arrepiou por conta da emoção que o mesmo causa. Se pararmos para pensar, se trata de um desafio muito grande realizar algo sem clichês,tendo em vista que este é o quarto filme com o nome “Nasce uma Estrela”. Os outros (de 1937, 1954 e 1976) também eram baseados em uma ideia dos roteiristas William A. Wellman e Robert Carson. Apesar da estreia como diretor, Cooper se mostra ótimo no que faz, pois soube conduzir com maestria as interações dos atores, o enredo do filme e os ângulos da câmera. Chance de Oscar? Brandeley faz uma performance digna de Oscar e faz lembrar Jeff Bridges em “Coração Louco”. Contido e atormentado, pode ser indicado, assim como Lady Gaga. Já Gaga, merece uma vaga entre as melhores, mas parece ter menos chance do que o parceiro. A cantora não tem as mesmas chances de brilhar em cenas fora do palco. Caso contário, o filme tem grandes chances de levar “apenas” um Oscar, na categoria de Melhor Canção, com “Shallow”. A boa trilha tem Mark Ronson, o homem que ajudou Amy Winehouse a moldar seu som, entre os produtores. Entre as 100 mais A trilha sonora do filme “Nasce uma Estrela” entrou
para a lista Hot 100 da Billboard, que aponta as 100 músicas mais vendidas na semana. As músicas são interpretadas por Lady Gaga e/ou Bradley Cooper, protagonistas do filme. As cinco faixas chegaram ao ranking após o lançamento do disco, que estreou em 1º lugar da Billboard 200, tal lista contabiliza as vendas de discos da semana nos Estados Unidos. As cinco faixas da trilha sonora ocuparam as seguintes colocações na semana datada em 20 de outubro:5º - “Shallow,” Lady Gaga & Bradley Cooper;36º - “I’ll Never Love Again,” Lady Gaga 41º - “Always Remember Us This Way,” Lady Gaga; 63º - “Is That Alright?,” Lady Gaga e 93º “Maybe It’s Time,” Bradley Cooper. Além disso, o filme possui muita calidez nas partes cantadas. Há cenas no festival americano Coachella, no inglês Glastonbury, no Grammy e no programa “Saturday Night Live”. Cooper, diretor do longa, consegue botar o espectador no palco e no backstage.Infelizmente a produção que é um sucesso de bilheteria (ficou com a vice-liderança nas bilheterias do Brasil, faturando R$ 5,8 milhões e vendendo 301,8 mil ingressos.) e com um dos álbuns mais vendidos de 2018, não pode competir ao Grammy 2019, principal prêmio da indústria da música como os fãs esperavam. O motivo para o ocorrido, foi a data de lançamento do álbum ocorrido no dia 5 de outubro, poucos dias antes data estipulada pela equipe do Grammy para que um álbum de música possa competir ao prêmio no próximo ano. Entretanto, segundo o IndieWire, uma música do filme ainda pode competir na premiação. Trata-se de Shallow, canção que foi lançada em 27 de setembro e que vai poder ser indicada para uma vaga Resta agora aguardar a divulgação dos competidores em 2019. Revista Informe - 2018.2 | 69
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A realeza eternizada Por: Viviana da Costa vivicarvalho765@gmail.com
NOS TELÕES
Queen foi uma banda britânica de rock, fundada em 1970 e ativa, sob sua formação clássica, até 1991. O grupo, formado por Brian May (guitarra e vocais), Freddie Mercury (vocais e piano), John Deacon (baixo) e Roger Taylor (bateria e vocais) é frequentemente citado como um dos expoentes do seu estilo, também sendo um dos recordistas de vendas de discos a nível mundial. A música da banda também é conhecida por ser altamente eclética, variando entre várias vertentes do rock. Originalmente, a banda surgiu a partir do trio Smile, formado por Brian May, Roger Taylor e o baixista Tim Staffell. Com o fim do conjunto, Freddie Mercury e John Deacon, juntamente com May e Roger, estabeleceram a formação de um novo grupo em meados de 1970. Os seus dois primeiros álbuns alcançaram pouco sucesso, até que ganhou popularidade internacional por meio dos álbuns Sheer Heart Attack (1974) e, principalmente, por A Night at the Opera (1975), cujos singles “Bohemian Rhapsody” e “You’re My Best Friend” alcançaram bons desempenhos. Mais tarde, a popularidade do quarteto estendeu-se com News of the World, em 1977, devido aos hits “We Will Rock You” e “We Are the Champions”, bem como com “Crazy Little Thing Called 70 | Revista Informe - 2018.2
Love” e “Another One Bites the Dust”, do elogiado The Game, lançado em 1980. Durante a década de 1980, o Queen passou a adotar sintetizadores nas suas músicas, e apesar de alguns sucessos como “Under Pressure”, a banda recebeu fortes críticas da mídia especializada, perdeu grande parte de sua popularidade em território norte-americano, e passou por crises internas, apesar de manter a sua formação. Em meio às críticas, a banda ainda lançou sucessos nesta época: O álbum The Works (1984) conteve os singles “Radio Ga Ga” e “I Want to Break Free”, que alcançaram grande notoriedade no Reino Unido e em países da América do Sul, como o Brasil e Argentina. Em 1985, o conjunto realizou uma das suas performances mais memoráveis no evento Live Aid, o que revigorou o grupo para A Kind of Magic (1986), que rendeu a última turnê do quarteto. O Filme Agora tal tragetória, está eternizada em um longa que conta a história da banda e do emblemático vocalista Freddie Mercury. O filme conta também com uma trilha sonora incível onde são apresentados os maiores sucessos do Queen, como por exemplo : We Are The Chapions.
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Por: Viviana da Costa vivicarvalho765@gmail.com Reconhecisdos mundialmente e com fãs espalhados por todo lugar, a banda britânica Coldplay surpreendeu ao auniciar que vão lançar um documentário, chamado “Live in Buenos Aires / Live in São Paulo / A Head Full of Dreams”, que vai retratar os 20 anos de história da banda e inclui um show feito em São Paulo em novembro do ano passado. Além da filmagem, também será disponibilizado para os fãs um pacote com CD e DVD.Uma apresentação do grupo em Buenos Aires também fará parte do pacote sobre a turnê “A Head Full of Dreams”, que foi finalizada na América do Sul. O documentário e o DVD e CD com os shows serão lançados em 7 de dezembro.Para acompanhar o anúncio, o Coldplay liberou o vídeo de “Viva La Vida”, gravado na capital paulista. Começo Coldplay é uma banda britânica de rock alternativo fundada em 1996 na Inglaterra pelo vocalista e pianista Chris Martin e o guitarrista Jonny Buckland no University College London. Depois de formar o Pectoralz, Guy Berryman se juntou ao grupo como baixista e eles mudaram o nome para Starfish. Will Champion entrou como vocalista de apoio e baterista, sem nenhuma experiência anterior com o instrumento. O empresário Phil Harvey é considerado o quinto membro não oficial.A banda passou a ter o nome atual quando Tim Crompton, amigo de Chris, sugeriu o nome antigo de seu grupo, “Coldplay”, já que o considerava “excessivamente depressivo”. Antes do lançamento do primeiro álbum, Parachutes, a banda gravou e lançou três EP; Safety em 1998, Brothers & Sisters e The Blue Room em 1999. Este último foi o primeiro lançamento da banda por uma grande gravadora, depois de assinar contrato com a Parlophone. A fama mundial veio, atrvés do com o lançamento do single “Yellow” em 2000, seguido por seu álbum de estreia lançado no mesmo ano, Parachutes, que foi indicado para um Mercury Prize. Em 2002 veio O segundo trabalho, que recebeu o título A Rush of Blood to the Head e ao ser lançado obvteve críticas positivas, vencendo vários prêmios, incluindo o de Álbum do Ano pela NME.
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Coldyplay Made in Brasil
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PRINCESA DO POP
20 anos da música que trouxe o estrelato de Britney Spears
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BABY ONE MORE TIME
Ao lançar o hit, Britney Spears iniciava um novo capítulo na história do pop vevo.com
Álefe Panaro e Beatriz Valiante Fonte: exame.abril.com Em: 31/10/2018 Foi essa canção que lançou a Britney, de apenas 16 anos ao estrelato. Por pouco, a música deixa de ir para a garota nascida em Kentwood, uma cidade de menos de 2500 habitantes no Estado americano de Louisiana. A canção foi lançada na voz da princesinha do pop pela gravadora Jive Records, em 30 de setembro de 1998. Logo atingiu todas as estações de rádio americanas, no dia 23
Curiosidades sobre o hit de estreia 1. A palavra “baby” é cantada por Britney 25 vezes durante a música. 2. A cantora tinha apenas 16 anos quando a música foi lançada. 3. Baby One More Time passou 32 semanas no Hot 100 da Billboard. É o hit de Britney que ficou mais tempo na lista. 4. Nenhum item de roupa utilizado por Britney no videoclipe custou mais que 17 dolares, todas foram compradas em supermercado. 5. O hit foi a única música a alcançar o topo das paradas de charts oficiais em todos os países.
de outubro do mesmo ano. A música vendeu 500 mil cópias no seu dia de lançamento nos Estados Unidos. Recebeu seis vezes o disco de platina, totalizando seis milhões de cópias vendidas. Foi primeiro lugar nas paradas da Bélgica, Alemanha, França, Holanda, Canadá e outros países. Fechou 1999 em terceiro no top 100 mundial da Billboard. O jornal The Guardian escreveu que, sem a faixa, não haveria Christina Aguilera, Katy Perry e Taylor Swift ainda estaria cantando country. Baby One More Time foi um sucesso de vendas e um marco para o pop, com letra e batida que cativaram seu público adolescente. Vinte anos depois, Britney disse ao Guardian como foi a gravação. “Uau, passou rápido. Foi uma época divertida e louca, não é muito clara na minha mente”.
Britney relança o álbum em fita K7 blogs.opovo.com.br
Álefe Panaro alefedepanaro@gmail.com Em seu aniversário de 20 anos, o album irá ganhar algumas novas versões, dentre elas, uma inusitada fita K7, disponibilizada na cor rosa. A novidade foi divulgada por um fã no seu Twitter. Além da Fita K7, a cantora lançou uma versão do álbum em vinil, dessa vez na cor transparente. Outros produtos e coleções também estão sendo vendidos em sua loja oficial.
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BEBÊ REAL A BORDO
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Meghan Markle revela que fez uma grande lista para os possíveis nomes Álefe Panaro alefedepanaro@gmail.com O príncipe Harry e sua esposa, Meghan Markle, anunciaram que estão esperando um bebê, e durante essa última semana de compromissos, eles foram questionados sobre os possíveis nomes para o futuro novo membro da família real. Segundo a CNN, a questão foi levantada por crianças enquanto o casal fazia uma pequena viagem de bonde em Melbourne. “Recebemos uma enorme lista de nomes de todos” revelou
Meghan. “Nós vamos nos sentar e dar uma carinhosa olhada neles” respondeu a ex-atriz. De acordo com o E News!, enquanto cumprimentavam alguns fãs na cidade, Harry e Meghan pararam para conversar com uma criança de cinco anos chamada Harriet e sua mãe Jéssica. “Assim que eu apresentei minha filha a Harry, ele falou: “esse é um ótimo nome”. “Quem sabe eles não escolham esse nome para o bebê deles, seria muito divertido” contou a fã do casal. Meghan, de 37 anos, e Harry, de 34, pegaram o bonde até
a costa marítima para encontrar salva-vidas e voluntário da “Beachpatrol”, uma organização que mantém a limpeza das praias. No começo do dia, eles visitaram o Royal Botanic Gardens, no Palácio do governo; um restaurante da comunidade e uma escola primária, logo após foram a uma exibição de futebol do Australian Rules por membros da campanha “This Girl Can”. Vale ressaltar que, os pombinhos estão numa “turnê real” de 16 dias e, além de visitarem a Austrália, eles irão passar na Nova Zelândia, Fiji e Tonga. dresslikeaduchess.com
Príncipe Harry e Meghan Markle em visita à Australia
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O último corgi da Rainha Elizabeth II simplemost.com
Rainha Elizabeth posa ao lado de seu fiel escudeiro, Whisper
Elizabeth aos 10 anos de idade com seu primeiro corgi, Dookie
Álefe Panaro e Beatriz Valiante Fonte: oglobo.com Em: 31/10/2018
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hisper, o cachorrinho que seguia por todo o palácio da rainha Elizabeth II e o último de raça corgi, a favorita da soberana britânica, morreu, informou nesta sexta-feira o jornal The Daily Mail. “A rainha está consternada com o falecimento de seu fiel companheiro de 12 anos, adotado em 2016 depois da morte de seu dono, um ex-guarda de caça de sua propriedade de Sandringham (leste de Inglaterra), detalhou o tabloide. Whisper era o último cãozinho criado pela rainha desde a morte, em abril de 2018, de Willow, descendente de uma longa linhagem desta raça
criada dentro do palácio. Elizabeth II conta ainda com dois cachorros, da raça dorgi, Candy e Vulcan, cruzmentos das raças corgi e teckel (daschund). Em 2015, a imprensa britânica indicou que a soberana não iria mais criar corgis para não deixar os cãezinhos órfãos após sua morte. Os corgis entraram para a família real nos anos 1930. A rainha Elizabeth II criou várias gerações desde Susan, sua primeira corgi, recebida como um presente por seus 18 anos, em 1944. Estes cachorrinhos tinham o costume de correr em total liberdade por todo o palácio de Buckingham. Vários deles foram retratados junto à rainha, em fotos oficiais ou em quadros, desde sua infância aos dias atuais.
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A Rainha e Príncipe Philip na Escócia, em 1994
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ENTRE ALTOS Demi Lovato deixa clínica de reabilitação depois de 90 dias sóbria
Demi Lovato saindo de restaurante com amigo fora da reabilitação
Beatriz Valiante biavaliante@hotmail.com
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epois de 90 dias de luta, os fãs da cantora Demi Lovato podem mais uma vitória da artista: 90 dias sóbria. Depois do susto que Demi deu em seus fãs, amigos e familiares, em julho deste ano a cantora foi encontrada desacordada em sua casa em Hollywood e, por suposta overdose de heroína, precisou urgentemente ser levada para um hospital. Posteriormente, foi descober78 | Revista Informe - 2018.2
to que a causa da overdose foi o uso de oxicodona com outro opiácio, fentanil, a mesma droga que matou o cantor Prince e o rapper Lil Peep recentemente. Demi participava de uma festa de aniversário de um amigo de sua cidade antes de acontecer o quase fatal episódio. Após ficar internada por 10 dias em um hospital, no final de agosto, quando recebeu alta, Demi passou 3 meses internada em uma clínica de reabilitação. Segundo a família, agora a luta continua aqui
fora. Não é a primeira vez que a cantora é internada em uma clínica de reabilitação. Mesmo com todo o carinho e apoio aqui fora, a luta de Lovato está apenas recomeçando. A cantora aparenta estar com uma aparência ótima. Demi foi flagrada na companhia de um amigo estilista, que não foi identificado, saindo de um restaurante japonês, em Bervely Hills, na California. De acordo com a publicação do site americano ‘’TMZ’’, os dois permaneceram bastante tempo no local e Demi estava feliz, sorrindo e alegre durante o jantar. Capa do single ‘‘Sober’’
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Música em que Demi confessou que não estava mais sóbria antes de sofrer overdose
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E BAIXOS Crise emocional após transplante leva Selena Gomez ao centro psiquiátrico e tem lutado “Elaporé forte, sua vida, mas
Álefe Panaro alefedepanaro@gmail.com
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pós “crise emocional”, Selena Gomez é internada em centro psiqui-
átrico A cantora Selena Gomez foi internada em um centro psiquiátrico dos Estados Unidos após sofrer uma “crise emocional”, informou nessa ultima quarta-feira o site sobre celebridades “TMZ”. As fontes consultadas pela publicação afirmaram que a ex atriz da Disney teve uma primeira internação na última semana de setembro, já que estava “nervosa” e “deprimida” por um nível “alarmantemente baixo” de glóbulos brancos no sangue. “Ela é forte, e tem lutado por
notícias como essa faz com que ela fique desacreditada e depressiva
”
revistaquem.globo.com
revistaquem.globo.com
Selena Gomez posta fotos com cicatriz da operaçao
sua vida, mas notícias como essa faz com que ela fique desacreditada e depressiva” concluiu uma fonte próxima a cantora. No ano passado, Selena Gomez passou por um transplante de rim por causa de sua doença, o lúpus. A cantora recebeu a alta após alguns dias de cirurgia, no hospital Cedars-Sinai Medical Center, em Los Angeles (Califórnia), mas no último final de semana, voltou ao hospital já que o baixo nível de glóbulos brancos persistiu. Ela está internada em um hospital psiquiátrico na costa dos EUA passando por terapia dialética comportamental, um tratamento que já foi submetida no passado e que serve para diversos transtornos. Revista Informe - 2018.2 | 79
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CINEMA Como protagonista, Rami Malek, desempenha com habilidade todos os gestos e ações de Mercury, da mesma maneira que a história, a qual se desenvolve de forma orgânica e é embalada pelos maiores hits da banda. Bohemian Rhapsody é uma celebração exuberante do Queen, sua música e seu extraordinário cantor principal Freddie, que desafiou estereótipos e quebrou convenções para se tornar um dos artistas mais amados do planeta. O filme mostra o sucesso me-
Ofilmeparaosfãsdo and
ROCK ROLL
teórico da banda através de suas canções icônicas e som revolucionário, a quase implosão quando o estilo de vida de Mercury sai do controle e o reencontro triunfal na véspera do Live Aid, onde ele, agora enfrentando uma doença fatal, comanda a banda em uma das maiores apresentações da história do rock. Durante esse processo, foi consolidado o legado da banda que sempre foi mais como uma família, e que continua a inspirar desajustados, sonhadores e amantes de música até os dias de hoje.
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Se você viveu nas décadas de 70 e 80, sem dúvidas, aproveitou um dos melhores momentos do rock and roll, e com certeza presenciou o sucesso da banda inglesa, Queen. Após alguns problemas, finalmente Bohemian Rhapsody, estreou em todos cinemas do mundo. Sendo uma biografia do icônico vocalista Freddie Mercury, o longa dirigido por Bryan Singer é de longe um dos filmes mais aguardados do ano, isso se deve não só a trajetória de sucesso, mas também pelas polêmicas existentes na obra.
Leonardo Sanfilippo e Thatyanne Studart (Adaptado) Fonte: opopularpr.com.br Em 06/11/18 Revista Informe - 2018.2 | 81
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Aquaman
O inĂcio de nova era da DC nos cinemas
Leonardo Sanfilippo e Thatyanne Studart Fonte: legiaodosherois.uol.com.br (Adaptado) Em 16/10/18
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fatosdesconhecidos.com.br
CINEMA
O universo estendido da DC lançará Aquaman em dezembro nos EUA e com uma nova postura. O filme mostrará, de forma mais leve, a história de origem do meio-humano, meio-atlante Arthur Curry (Jason Momoa), que embarca para a jornada de sua vida e tenta se encontrar como alguém digno e capaz de proteger a Terra de sua devastação. Junto de seus aliados, Mera (Amber Heard) e Vulko (Willem Dafoe), Arthur parte para encontrar o tridente do rei, uma arma mítica capaz de controlar os sete mares. O trio precisa
cumprir seu objetivo antes de Orm (Patrick Wilson), meio-irmão de Arthur que pretende tomar o trono de Atlântida. A partir dos trailers, é possível notar um Arthur Curry divertido e legal, trazendo uma “versão” do herói. As artes divulgadas também mostram um ar mais descontraído comparado à maioria dos filmes que a DC já criou. Aquaman está programado para ser lançado em 3D e IMAX em 21 de dezembro de 2018. Revista Informe - 2018.2 | 83
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CINEMA
NOVOS
DILEMASFEMININOSEM
DE PERNAS PRO AR 3
Por Leonardo Sanfilippo e Thatyanne Studart Fonte: Globo.com (Adaptado) Em 16/10/2018 Repleta de cenas divertidas, a franquia de filmes “De Pernas pro Ar” — que conta trajetória de uma executiva que virou empresária de sucesso no mercado de produtos eróticos após um orgasmo intenso — também aborda assuntos sérios. O longa, rodado em Paris, estreará em 20 de dezembro e traz uma discussão sobre o papel da mulher no mundo do trabalho e na família. Na continuação, Alice Segretto (Ingrid Guimarães) tem filiais do sex shop Sexy Delícia por todo o mundo, porém, ao perceber que se distanciou da família, entra em crise. A protagonista decide, então, deixar os negócios nas mãos da mãe, Marion (Denise Weinberg), para dedicar mais tempo ao marido, João (Bruno Garcia), ao filho, Paulinho (Eduardo Melo) e à nova herdeira, Clarinha (Duda Batista). Entretanto, a workaholic não consegue desapegar totalmente da função. “A mulher está sempre se sentindo dividida entre a família e o trabalho. Se ela é bem-sucedida, então, é muito julgada por todos. 84 | Revista Informe - 2018.2
A sociedade julga e ela se culpa”, analisa a diretora Julia Rezende. “O preço da mulher independente é alto. Aqui no set, todo mundo corre para ir para casa ver os filhos ou os traz para cá”, revela Ingrid. Depois de dois longas que acumularam mais de oito milhões de espectadores, a continuação tem, pela primeira vez, uma diretora. Assistente do cineasta Roberto Santucci nos filmes anteriores, Julia comanda uma equipe com mulheres em funções estratégicas da equipe. Além das duas assistentes de direção, a câmera principal é operada por uma mulher e a produção é assinada por Mariza Leão (“Meu Nome Não é Johnny”), idealizadora da franquia. Escrito por Marcelo Saback e Renê Belmonte, o roteiro passou pelas mãos de Ingrid. No processo do roteiro, os autores reconheceram que nem sempre retratam devidamente a alma feminina e dividiram o trabalho com a atriz e a diretora. “Em um momento, disseram: ‘Escrevam vocês’. Os outros filmes foram escritos e dirigidos por homens. Eles não têm esse olhar, mas não é uma questão de machismo. O machismo é tão natural tanto para o homem quanto para a
mulher que ele não tinha essa visão”, reconhece. Algumas das mudanças no texto partiram do olhar de Samya Pascotto, atriz de 25 anos que interpreta Leona, uma jovem concorrente de Alice no mercado erótico que acaba em outra rivalidade ao se envolver com o filho da protagonista. A paulistana percebeu tons sexistas no roteiro e foi convocada para reescrevê-lo. “Os meninos têm um aval da sociedade de serem seres sexuais, as meninas não. Poder ter a minha idade e ser escutada em uma sala de criação é uma conquista de tudo o que está acontecendo em Hollywood e no mundo”, afirma Samya, que levanta a bandeira do feminismo e, mesmo com uma criação evangélica, participa ativamente de discussões sobre a questão feminina, além de ter frequentado manifestações contra a criminalização do aborto: “Já levei porrada e gás de pimenta”. A jovem artista diz já ter ouvido comentários machistas e sobre seu corpo em diferentes filmes e séries. “Quando há homens e mulheres trabalhando juntos por trás das câmeras, faz toda a diferença. Acho que os homens estão um pouco com medo. Quando você vê que seu privilégio está sendo questionado, você vai parando”, acredita. Ingrid Guimarães faz coro. “É a primeira vez em que trabalho em um filme em que a câmera e direção são femininas. É impressionante como nos sentimos confortáveis. A diferença está principalmente nas cenas de sexo, de camisola. Você está ali e a pessoa da câmera está dizendo algo (e sinaliza com as mãos que é para a atriz se ajeitar ou movimentar)”, avalia a protagonista.
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Emmanuele Jacobson-Roques
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“É A PRIMEIRA VEZ EM QUE TRABALHO EM UM FILME EM QUE A CÂMERA E DIREÇÃO SÃO FEMININAS. É IMPRESSIONTE COMO NOS SENTIMOS CONFORTÁVEIS”
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Nasceumanova Lady Gaga Leonardo Sanfilippo e Thatyanne Studart leonardomsanfilippo@gmail. com, thatystudartf@gmail.com
“Nasce uma estrela”, lançado em outubro desse ano, foi marcado com a estreia de Lady Gaga no cinema. E ela já começou com o pé direito. Em uma das primeiras cenas do filme, Gaga fez o que se esperava dela: uma performance arrebatadora da música “La Vie en Rose”, imortalizada por Édith Piaf. A sua boa atuação permanece durante o filme todo, mostrando que além de uma excelente cantora, é uma excelente atriz. A atriz Reese Witherspoon não poupou elogios ao falar de Gaga em sua rede social: “A totalmente original e sem medo de correr riscos: Lady Gaga. Fiquei muito impressionada com ela nesse filme”, postou a atriz em seu Instagram. Quem também elogiou foi a cantora Cher: “Gaga.. Querida.. Eu sempre senti que você poderia fa-
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zer isso e eu estou muito orgulhosa de você”, disse em seu Twitter. Mas ela vai além e sua atuação como Ally, uma cantora muito talentosa, porém insegura, já vem sendo cotada para prêmios como o Oscar. Trilha sonora é o ponto alto As músicas são o destaque do filme. São 34 canções, nas quais 17 são inéditas. Lady Gaga participa da composição de muitas músicas, como “Shallow”, em que canta com Bradley Cooper. O sucesso musical comum na vida de Gaga e dessa vez não foi diferente. A trilha sonora de “Nasce uma estrela”, está a três semanas seguidas no Top 1 da Billboard e segue sendo o álbum mais vendido do mundo, também pela terceira semana seguida.
A informação é do site MediaTraffic, que publica os números da United World Charts, colendo os resultados das paradas musicais pelo mundo. Conforme atualização, a trilha sonora terminou esta semana com 213 mil unidades vendidas, incluindo streamings. Novo recorde para Gaga Nasceu uma nova Lady Gaga: a atriz. Mas a cantora, segue tendo uma bela carreira de sucesso. Além de ter se destacado atuando, as músicas renderam um recorde a Gaga como uma única mulher que conseguiu ter cinco álbuns em 1º lugar na Billboard na última década. Para uma mulher cheia de sucessos, o que mais pode-se esperar dela?
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OQUE IMPORTAÉ
Leonardo Sanfilippo e Thatyanne Studart Fonte: micheltelles.atarde. com.br (Adaptado) Em 30/10/18 Uma distribuição Anagrama Filmes, o longa O que de Verdade Importa (The Healer, 2017), cuja proposta beneficente reverterá a bilheteria líquida para sete instituições que apoiam crianças com câncer, chegou a marca dos 5 milhões de reais de arrecadação bruta. Mais de 300 mil pessoas entraram nesta corrente do bem e foram aos cinemas desde o dia 27 de setembro, data da estreia nacional. “Com uma abertura de 1,8 milhões de arrecadação bruta no primeiro fim de semana, o filme alcançou resultados muito positivos diante do cenário de 88 | Revista Informe - 2018.2
AJUDAR concorrência”, comemora Laercio Bognar, diretor-geral da Anagrama Filmes. Dos 495 filmes lançados nos cinemas brasileiros de janeiro a outubro deste ano, O Que de Verdade Importa está entre os 10% de filmes mais bem-sucedidos do ano, o que pode ser considerado um excelente desempenho. O filme conquistou 3 milhões de espectadores na Espanha, México, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Panamá e Colômbia, com renda líquida revertida para organizações locais que se dedicam ao combate do câncer infantil. Nos sete países onde foi exibido, a arrecadação bruta foi de cerca de US$ 12 milhões.
Filme 100% beneficente Toda a arrecadação líquida da bilheteria do filme no Brasil será destinada a sete instituições dedicadas a ajudar crianças com câncer no Brasil: TUCCA (Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer) em São Paulo; Instituto Desiderata, no Rio de Janeiro; GACC (Grupo de Apoio à Criança com Câncer) na Bahia; NACC (Núcleo de Apoio à criança com Câncer) em Recife; HPP (Hospital Pequeno Príncipe) em Curitiba; Hospital da Criança Santo Antônio em Porto Alegre; e HCAA (Hospital de Câncer de Campo Grande Alfredo Abrão) em Campo Grande.
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“Assédio”, nova série da Globo, relata casos reais de abuso sexual
Agnes Rigas e Beatriz Amorim w w w. v e j a . a b r i l . c o m . b r (adaptado) 30/10/2018 Inspirada no livro “A clínica: A farsa e os crimes de Roger Abdelmassih”, de Vicente Vilardaga, a nova série exclusiva do globoplay intitulada “Assédio” vai conter 10 episódios e vai contar a história real de mulheres que foram abusadas pelo ex-médico Roger Abdelmassih, as investigações do caso e como elas montaram uma rede para denunciar os abusos sexuais cometidos por ele. Roger Abdelmassih é um ex-mé-
dico brasileiro, especialista em reprodução humana e um dos pioneiros da fertilização in vitro no Brasil. Ele foi condenado a 181 anos de prisão por ter estuprado 37 pacientes de sua clínica de fertilização. Enquanto as pacientes estavam em estado de sedação e topor, Roger se aproveitava para beijá-las, tocá-las, acariciar suas partes intimas e, até mesmo, praticar relações sexuais com elas. Dentro das salas de exames, as mulheres passavam da condição de pacientes para as de vítimas, em poucos minutos. A série é uma mistura de ficção e realidade, porém são poucas as
informações que os diretores de “Assédio” decidiram mudar, não afetando em nada a história real. Algumas das mulheres violentadas por Roger Abdelmassih criaram uma associação de apoio para acolher outras vítimas do médico e incentivá-las a denunciá-lo. Diante da fuga do agressor, no entanto, o foco do grupo mudou, e elas passaram a se dedicar a buscar pistas do paradeiro dele. Na vida real, contudo, elas não encontraram nada suficientemente sólido para localizá-lo no Paraguai, como acontece na série. “Elas tiveram um papel importante, cooperaram, não deixaram que o caso fosse esquecido. Se as vítimas não tivessem persistido na história, talvez o Abdelmassih não tivesse sido capturado. A polícia estava acomodada, começou a se mexer apenas em 2014 porque era ano de eleições presidenciais. Mas, no final, foram eles que descobriram o paradeiro do ex-médico, junto com o Ministério Público”, explica Viladarga, autor do livro. Em 2017, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, concedeu um habeas corpus a Abdelmassih, permitindo que cumprisse a pena em prisão domiciliar por questões de saúde — seu advogado chegou a alegar que ele tinha uma “expectativa de vida muito curta”. Desde então, o ex-médico vive com a esposa e os filhos gêmeos em um condomínio de luxo em São Paulo. Revista Informe - 2018.2 | 89 www.abrilveja.files.wordpress.com
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Sharp Objects, série da HBO trata do psicológico em trama sombria Obra de Gillian Flynn é estreada por Amy Adams e com direção de Jean-Marc Vallée Agnes Rigas agnes1941@live.com 30/10/2018 Adaptação da obra de Gillian Flynn “Sharp Objects“, a história retrata a trajetória da jornalista Camille (Amy Adams) que volta para sua cidade natal a mando de seu chefe para investigar recentes desaparecimentos de meninas em Wind Cap. Através do grande mistério que ronda suas investigações, Camille precisará lidar com dramas do passado. Desde do início pode-se perceber o poder feminino muito forte na trama, pois a série é voltada para três gerações da família Crellin. Para Adora (Patricia Clarkson), a matriarca, é essencial fazer com que os outros pensem que sua família vive em completa e perfeita harmonia, exatamente como a sociedade em que ela faz parte impera. Camille pensa de forma diferente, através da automutilação e do cosumo de álcool, ela pode encontrar um refúgio e acaba extraindo e escondendo tudo de ruim que deveria ser colocado para fora. Para sua meia irmã Amma (Eliza Scanlen), a vunerabilidade é o seu disfarce para que não percebam que na verdade, ela está no controle de todas as situações. Com um modo de interpretação 90 | Revista Informe - 2018.2
aguçado, você poderá interpretar a cidade de Wind Cap como um próprio personagem. Seu tempo abafado, seus residentes mostrando uma hospitalidade que é tipicamente normal para as pessoas sulistas. Mas sabemos muito bem que, toda essa hospitalidade se trata de uma falsidade. E isso diz muito sobre como o comportamento da cidada vai se desenrolar de acordo com o passar dos episódios. Durante a trama, somos levados a todo momento para o passado. Onde através das lembranças de Camille, podemos observar sua infância, sua relação com sua irmã e o relacionamento conturbado com Adora. Somos confundidos com a perfeição da montagem das cenas se em tal momento retratado é sobre o passado ou presente. Com o enredo apresentado de forma lenta, pode fazer com que os telespectadores percam o interesse. Mas os curiosos não desistem e ao fim de cada episódio, uma revelação é mostrada e faz com que a nossa curiosidade seja aguçada para saber como isso irá se desenvolver. E somos totalmente recompensados nos três últimos episódios com o desenrolar dos grandes mistérios. E com esses três modos de observação, é que podemos analisar que Sharp Objects é muito mais
que uma mini-série sobre investigação, ela promete te entreter com os seus oito episódios fazendo você se surpreender com o andar das descobertas e com os mistérios que começam a ser revelados. Com rumores de uma renovação para uma possível segunda temporada, os produtores organizaram uma coletiva de imprenssa, onde de maneira rápida acabaram com os boatos. “Nós não estamos falando sobre uma segunda temporada. É isso, então aproveite enquanto você pode”, disse Mati Noxon. Substituindo Big Little Liars no horário nobre da emissora, Sharp Objects desde do início foi um projeto de uma simples e pequena temporada que alcançou cerca de 36% a mais do que o lançamento da série anterior na mesma hora. Como Big Little Liars tinha um projeto similar com somente uma temporada e ganhou mais uma, o questionamento sobre Sharp Obejcts é considerado normal por parte dos telespctadores. Com um final que se assimila bastante ao seu nome e com os seus pequenos detalhes, essa trama promete ser uma das grandes apostas da HBO para o ano. Com a grande chance de render vários prêmios para a trama que mexeu com o psicológico do público.
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The Handmaind’s Tale inspira protesto pela legalização do aborto na Argentina A ação política contou como apoio da autora Margaret Atwood Agnes Rigas e Beatriz Amorim w w w. a d o r o c i n e m a . c o m (adaptado) www.brasil.elpais.com 30/10/2018 Com a chegada de uma facção religiosa ao poder que transforma os Estados Unidos na República de Gilead a trajetória de June (Elisabeth Moss) começa a ser contada por ela em seus diários. Baseada na obra de “O conto de aia“ de Margaret Atwood, a série que está indo para sua terceira temporad, narra os tempos sombrios em que um regime totalitário é imposto seguindo as leis do antigo testamento e todos os direitos das mulheres e das minorias são revogados e tratados como propriedade do Estado. June que é conhecida como “Offered” é uma handmaind que tem como função propriar para que o novo sistema imposto continue em ordem já que vivam em uma situação de calamidade em relação a fertilidade. Desde sua estreia, The Handmaid’s Tale se tornou símbolo para diversas ações políticas ao redor do mundo. O mais recente exemplo aconteceu na Argentina! No dia 25/07, várias mulheres usaram o famoso figurino vermelho e branco típico 92 | Revista Informe - 2018.2
das aias, na adaptação do livro de Margaret Atwood, durante um protesto a favor da legalização do aborto no país. As mulheres caminharam de cabeça baixa, até chegar ao prédio do Congresso nacional. Debaixo da chuva, foi lida uma carta de apoio da própria Margaret Atwood: “Ninguém gosta de aborto, mesmo seguro e legal. Nenhuma mulher escolheria isso para passar tempos agradáveis num sábado a noite. Mas ninguém gosta de mulheres sangrando até a morte, no chão do banheiro, por abortos ilegais. O que fazer?” No início do ano, a autora já havia comentado a causa em seu Twitter, após a vice-presidente da Argentina, Gabriela Michetti, dizer que é contra a proposta. “Não ignore as milhares mortes causadas por abortos ilegais todo ano. Dê o direito de escolha para as mulheres argentinas!” A Câmara dos Deputados da Argentina aprovou uma lei que legaliza o aborto até a 14ª semana de gravidez, mas o projeto ainda precisa ser votado pelo Senado, em 8 de agosto. O presidente Mauricio Macri declarou que se opõe a ideia, mas não usará seu poder de veto.Desde de sua estreia, a série vem chocando a todos com as questões políticas que são tratadas
nela. Principalmente com relação ao papel do poder feminino na sociedade. Através da trama, podemos ver várias semelhanças com o mundo real em como a população machista desmoraliza e rebaixa o papel da mulher no senário atual, não dando a sua devida importância. Até agora, 37 senadores expressaram sua intenção de votar contra a legalização do aborto, entre eles o ex-presidente Carlos Menem; 31 são a favor, incluindo a ex-mandatária Cristina Kirchner, mas há quem peça mudanças nesse bloco; dois permanecem indefinidos, um se absterá e um estará ausente. Se os números se confirmarem, a votação será negativa e o projeto de aborto legal ficará sepultado por pelo menos um ano. A meia aprovação da Câmara dos Deputados à legalização do aborto foi comemorada nas ruas de Buenos Aires por dezenas de milhares de mulheres com lenços verdes, abraços e gritos de “aborto legal no hospital”. Mas a vitória apertada também causou uma contra-ofensiva de setores conservadores da sociedade argentina, liderados pela Igreja Católica, pelos evangélicos e por altas autoridades do Governo Macri, incluindo mulheres importantes como a vice-presidente, Gabriela Michetti; a governadora
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Elisabeth Moss durante a cena da “cerimônia”, onde as aias executavam o processo de procriação
de Buenos Aires, María Eugenia Vidal; e a deputada Elisa Carrió. As argentinas escolheram os trajes da série justamente para se assimilarem com os seus direitos cortados. A justiça da Argentina não estava dando direito as mulheres do seu país a terem uma voz ativa
sobre algo que tem a com o seu próprio direito de escolha. Igual na trama, onde as mulheres não tem o direito de expressar absolutamente nada, são obrigadas a viverem nas regras que foram instituídas a elas e que claramente, não as respeitavam, com um pen-
samento de que estavam fazendo isso por um motivo maior do que todos. No Brasil, é exibida pela Paramount Channel e atualmente, está fazendo um grande sucesso nos países pela reflexão política e social que é retarata na trama. Revista Informe - 2018.2 | 93
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Making a Murderer
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SÉRIES Agnes Rigas agnes1941@live.com 30/10/2018 Passando 18 anos na cadeia após ser acusado de estupro em sua cidade, no condado de Manitowoc em Wisconsin, Steven Avery perdeu grande parte da sua vida dentro de presídios de segurança máxima. Depois que conheceu o gosto da liberdade provando sua inocência, dois anos depois, é novamente
acusado de estuprar e assassinar a fotojornalista Teresa Halbach. Com a sua trajetória narrada pela Netflix, o documentário que contém duas temporadas com 10 episódios cada, conta a história de Steven e sua família para que sua inocência seja provada novamente, e que consiga pelo menos, recuperar parte de sua vida que foi totalmente arruinada pela justiça do Estado de Wisconsin. Porém, mesmo mostrando todos os traumas vividos por ele e seus
Com apenas 16 anos, Brandan foi levado de sua escola até a delegacia para ser interrogado sobre o caso de Teresa Halback. Mas o mesmo não fazia ideia de que estava sendo interrogado como cúmplice do suspeito crime cometido pelo seu tio Steven. Mesmo com Dassey sendo diagnosticado com atraso em sua capacidade mental, a polícia do condado ignorou esse fato e resolveu interrogar sem piedade o jovem sem a presença de seu responsável ou um advogado. Fazendo
com que ele confessasse tudo o que eles queriam para incriminar ele e seu tio, montando um caso completo contra a família. Mostrando que seu interrogatório foi totalmente manipulado pela polícia e pela promotoria que estavam agindo em conjunto, Brandan passou 10 anos na cadeia buscando recursos para que um novo julgamento o fosse concedido para que sua inocência pudesse ser provada, e com isso, ele ainda pudesse correr atrás dos anos perdidos dentro da prisão.
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Com o intuito de procurar Steven Avery para uma matéria de seu trabalho, Teresa nunca imaginou que levaria esse fim. Deixando muitas dúvidas sobre sua morte, a fotojornalista sofreu uma morte que nos traz dúvidas sobre o real responsável até hoje. Com a impossibilidade de estar presente para contar seu lado da história, o que nos resta é acreditar na promotoria quando nos julgamentos, as brutalidades em que foi exposta por um morador da cidade de Manitowoc que causava irã aos órgãos públicos da cidade, foram apresentadas.
familiares e toda a corrupção feita pela justiça do condado de Manitowoc, em alguns momentos, o documentário nos leva a ter dúvidas sobre a real inocência de Steven. www.nytimes.com
Brandan Dassey na época de seu julgamento.
Após as gravações do documentário terem terminado pela Netflix, muitas pessoas dúvidaram sobre Steven. Com base em algumas provas em pertences da Teresa que tem o DNA de Avery, a polícia e a promotoria do Estado montaram um caso em potêncial, mas também podemos ver a grande manipulação por trás de todos esses anos de investigação. Estando presentes em todas as ações judiciais, a família Halback aparenta estar totalmente esgotada com as investidas dos Avery para conseguir abrir um novo julgamento para que uma possível inocência de Steven seja provada. Pois tudo que o a família da vítima precisa é de paz nesse caso para que finalmente possam descansar. Revista Informe - 2018.2 | 95
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14ª temporada de “Supernatural” terá menos episódios O ator Jensen Ackless diz que as aventuras dos irmãos Winchester ainda vão continuar por muito tempo
Agnes Rigas e Beatriz Amorim entretenimento.uol.com.br 30/10/2018 A notícia de que a 14ª temporada de “Supernatural” terá menos episódios pegou muitos fãs de surpresa, mas há um bom motivo por trás dela. De acordo com o ator Jensen Ackles, o Dean da série, o número reduzido de capítulos irá ajudar ele e o colega Jared Padalecki a terem mais tempo com suas famílias. Além disso, Jensen não viverá seu
personagem tradicional. Nesta temporada, ele dará vida ao anjo Miguel, um anjo que vai trazer muitos problemas ao Sam e Castiel. Em entrevista ao site TVLine durante a San Diego Comic-Con, Ackles explicou que, ao negociarem para o novo ano da série, os dois atores pensaram em qualidade de vida. “Nós dois temos famílias, então tem mais a ver com como podemos melhorar o equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal. Cortar
alguns episódios nos deu quase um mês a mais no ano, que passa muito rápido quando você só tem um hiato de dois meses e meio”, explicou. E uma boa notícia para os fãs: Com esse tempo extra de férias, Ackles espera que ele e Padalecki possam continuar com as aventuras dos irmãos Winchester “por mais muitos anos”. Com 20 episódios, a 14ª temporada de “Supernatural” estreiou nos Estados Unidos no dia 11 de outubro e no Brasil dia 23 de outubro, sendo exibida pela Warner Channel.
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O reinado da pochete não acaba! E agora ela vem em tamanho
gigante Grifes como Gucci e Prada já fizeram suas versões enormes
Clara Rosa e Nathália Souza Fonte: Luanda Vieira, glamour.com Em 30/10/2018 Se a pochete fosse uma pessoa, com certeza ela desfilaria por aí com aquele ar de quem venceu na vida repetindo a frase “vocês vão ter que me engolir”. E, no fundo, ela estaria certa. Temporada após temporada o acessório se firma cada vez mais como a escolha certa, confortável e fashionista para várias ocasiões, desde um dia de trabalho até o happy hour com os amigos. Agora, a bolsa polemicona cresceu! Desde que grifes como Burberry, Gucci, Prada e Balenciaga resolveram apostar em suas versões gigantes, a it-bag repaginada ganhou espaço no street style internacional. Ah, as formas de usar continuam as mesmas: cruzadas no ombro, amarradas na cintura ou como preferir. Uma das apostas recentes da Kendall: o modelo Louis Vuitton cheio de bolsos, combinado ao macaquinho xadrez, body colorido e tênis branco.
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MODA
SPFW N46
Tudo o que você precisa saber sobre o maior evento de moda do Brasil Nathália Souza Fonte:Vogue.com Em 29/10/2018 Fotos:Protótipo Filmes É melhor tomar “cuidado com o buraco”, adverte o fundador do São Paulo Fashion Week, Paulo Borges, enquanto nos guia pelo espaço Arca, na Vila Leopoldina, que a partir da próxima segunda-feira (22.10) passa a abrigar a semana de moda paulistana. Muito embora o dress code para a ocasião inclua capacetes de segurança, não há o menor sinal de perigo. No ar, apenas poeira e a expectativa para uma temporada que introduz uma série de novidades, do formato ao line-up, e segue até a véspera do fim de semana em que o brasileiro vai às urnas eleger, no segundo turno, um novo presidente. “Realizar esta edição no epicentro de
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uma discussão tão polarizada é um bálsamo para a vertente criativa do mundo. É um exercício de resistência da criatividade”, diz. “E o SPFW nasceu para isso”, completa. Ele tem razão. Com 22 anos de existência, a maior fashion week do país sabe uma coisa ou outra sobre mudanças – e não apenas as que apontam alternância de tendências nas coleções. Atravessou crises econômicas, experimentou diferentes lógicas de calendário junto ao mercado. Ficou gigante, ficou mais enxuta, viu marcas nascerem, outras sumirem e, ainda hoje, segue firme em pé. Agora, sob um pé direito de 16 metros. São só cinco dias até o pontapé inicial da 46ª edição e as 400 pessoas que constroem agora a estrutura do evento dentro de
um dos dois prédios do complexo industrial erguido pela Votorantim não param. Desde que o bate-estaca teve início no local, coisa de um mês atrás, muita coisa na paisagem mudou. Outras, propositadamente, permaneceram – entre as características originais preservadas, estão os recortes verticais que, em forma de janela, vazam luz natural durante o dia. E também o mezanino que abrigava a gerência da antiga fábrica, agora convertido em espécie de torre de controle para as projeções em video mapping que vão preencher o galpão nos próximos dias. Cinco mil metros de veludo bordô costurados em cortinas definem a linha entre entrada e saída das duas salas de desfile. “Nada aqui tem porta, a nossa ideia é transitar”, con-
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ta Paulo. As passarelas contam agora com dez metros de largura (versus os quatro metros, por exemplo, dos tempos em que se assistia às apresentações no Prédio da Bienal), deixando literalmente a mensagem que, no que depender deste SPFW, há espaço para a moda hoje. Em especial, para a nova moda, feita por jovens talentos: com poucos veteranos no line-up (salvo a adição de nomes consolidados no varejo), é principalmente através do Projeto Estufa que a semana de moda leva uma injeção de frescor, colocando em cena marcas pouco ou nunca antes contempladas pela indústria fashion desta
maneira. São delas os desfiles para os quais, junto a uma agenda de masterclasses, talks e laboratórios que abordam economia criativa e empreendedorismo, há ingressos à venda (100 por dia, somente nos dias 23, 24 e 25.10), em uma movimentação que enfatiza o novo potencial desejado para a semana de moda. “A ideia é criar acesso e incluir cada vez mais gente na discussão”, conta Paulo. Para não perder a deixa da discussão, pergunto se ele acredita que o efervescente contexto político será alinhavado com alguma das coleções que serão apresentadas na próxima semana (afinal, independente do grau
de interesse na própria cidadania, basta ter um celular conectado nas redes sociais para saber que é improvável navegar a comunicação nos dias de hoje, seja lá qual for a mensagem desejada, sem esbarrar nesse assunto – e seres criativos como estilistas estão, frequentemente, explorando traduções para o espírito dos tempos). “Em todos esses anos, o SPFW sempre defendeu liberdade e criatividade, nunca se posicionou de maneira partidária. Também não temos qualquer
relação com as propostas de moda trazidas pelas marcas. Ronaldo Fraga, para citar um exemplo, tem discurso político desde sempre, é o caso do artista pensador. Não acho que todos têm que ser como ele e também não acho que não podem ser como ele. Para alguns estilistas esse assunto não entra na discussão. Para outros, faz parte da vida” conclui.
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Quando você achava que já sabia tudo... A moda vem e, páh, cria uma coisa nova. Para o verão 2019, temos um spoiler de tendências: as bolsas diminuíram (muito), os óculos cresceram e as botas brilharam! Olha aí nosso guia insider de acessórios que você vai querer usar nos próximos meses.
Clara Rosa e Nathália Souza Fonte: Redação Glamour Em 30/10/2018 100 | Revista Informe - 2018.2
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Óculos máscara Sorry, Gigi Hadid, Bella Hadid e Kendall Jenner, mas os minióculos estão com os dias contados. É que tem uma onda de modelos grandões vindo aí, especialmente estes aqui em cima, da linha DiorColorQuake, da Dior, que têm ar 70’s pop.
Bota cano médio metalizado Médio é o cano. Metal, o efeito. Ambos aparecem nas botas que as mulheres do street style (Helena Bordon entre elas) estão amando desde que a Fendi lançou suas versões dourada e prateada com estilão western. O jeito mais novo de usar é com saia mídi (e daí que encurta a perna?).
Fotos: Glamour.com
Fotos: Glamour.com
Minimicro bolsa É um porta-moedas? Uma cigarreira? Um chaveiro? Não! São as minimicrobolsas que as fashionistas estão usando agora. A criatividade para apostar nelas, porém, deve ser grande: afinal, onde guardar smartphone, identidade, aquele corretivo? Help!
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MUDANÇAS AO LONGO DA HISTÓRIA DA MODA Clara Rosa e Nathália Souza Fonte: dilsonstein.com.br Em 07/11/2018 Os padrões de beleza não são imutáveis. A cada época surgem modelos para estabelecer o que é considerado belo, e a moda se tornou uma aliada importante nessas referências. Os critérios dependem do contexto cultural, social e histórico de cada época. Então para que você entenda sobre a história da moda e dos padrões de beleza, contaremos um pouco das mudanças e suas consequências na sociedade. Anos 1600 a 1700 Esses anos foram marcados por corpos mais robustos. Quanto maiores fossem os corpos, mais demonstravam riqueza e beleza. Anos 1800 a 1900 Em plena Era Vitoriana, as mulheres usavam utensílios, como espartilhos e longos
vestidos, para manter a cintura o mais fina possível, o que implicava alguns problemas na coluna e deformações. Anos 1900 No ano de 1900, muitas mudanças aconteceram nos padrões e formas de entender a moda. As roupas de alta qualidade eram confeccionadas apenas por costureiras, o que tornava as peças em artigos de luxo. Porém, com o tempo, as máquinas de costuras se tornaram comuns, o que permitiu que as roupas fossem confeccionadas em grandes fábricas. A partir dessa época, o padrão masculino era representado pelos lutadores e homens mais fortes, como o fisiculturista Eugene Sandow, e depois a Primeira Guerra Mundial trouxe o estilo elegante e refinado com bigodes. Anos 1920 Nessa época, para as mulheres, os corpos valorizados eram aque-
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les sem curvas, diferentemente da época passada. Além disso, optavam por cabelos curtos. As roupas eram mais retas e largas, permitindo que o corpo não ficasse marcado. Já os homens usavam um estilo arrumado com cabelos penteados e olhar sedutor, como os atores de filme mudo da época. Anos 1930 a 1940 Passando pela Grande Depressão da década de 1930, as pessoas deixaram de comprar para reparar e consertar as peças de roupa. O corpo feminino ideal passa a ser mais arredondado, com cintura levemente fina. Os homens continuavam imitando as estrelas de cinema, com estilo forte, ombros largos e músculos delineados. Em 1940, a atriz Marilyn Monroe representava o padrão feminino almejado, e os homens foram influenciados pela guerra: homem forte, masculino e sem
barba. Anos 1950 a 1960 Na década de 50, tornou-se acessível a moda de roupa feita à mão para a classe média. E em 60, a indústria têxtil deslanchou, surgindo no mercado muitas empresas do ramo. Já o padrão agora era outro: corpos magros, altos, sem curvas e com uma aparência jovem. A modelo Twiggy é o exemplo que influenciou muitos na época. No mundo masculino, o padrão seguido era de homens como Elvis Presley e Marlon Brando, este último com estilo rebelde e roupa de couro. Anos 1970 Podemos afirmar que a moda anos 70 foi uma das mais ricas na história da moda, tanto que até nos dias atuais, a época serve como inspirações para alguns estilistas famosos que muitas vezes estão resgatando peças que fizeram sucesso nessa
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época. A década de 70 foi caracterizada pela moda hippie e romantismo. O período foi de bastante revolução no comportamento dos jovens, tanto na música como na liberação sexual da mulher. Anos 1980 Houve uma mudança na indústria de tecidos, e o vestuário começou a ficar mais barato. Além disso, foi aplicado o ciclo da estações da moda: primavera/ verão e outono/inverno. O “bronzeado natural” foi a maior tendência dessa época entre homens e mulheres. Em 1982, com vídeos de exercícios gravados por Jane Fonda, outra moda explodiu: as mulheres podiam malhar em casa para ter o corpo das artistas. Os homens também seguiam essa linha e exibiam seus corpos atléticos e bronzeados. Anos 1990 Expandiu a colonização mundial da moda e, nesse momento, marcas estrangeiras
entraram nos mercados locais, tornando a compra cada vez mais fácil e acessível. O corpo desejado da época era o da modelo Kate Moss, um estilo muito magro, com ossos protuberantes. Os homens seguiam a linha grunge, passando uma imagem de despreocupação com o estilo. Padrão atual Atualmente, a moda é bem diversa. É possível escolher tanto roupas soltas quanto mais justas, curtas ou longas. A moda permite que você escolha o que acha que mais combina consigo. Ainda hoje os padrões tendem a corpos magros ou bem definidos. Mas o mais importante é ter liberdade para escolher o corpo que deseja e que lhe faça sentir mais feliz e saudável! Gostou de saber sobre a história da moda e das mudanças nos padrões de beleza? Então, compartilhe este post nas suas redes sociais e espalhe conhecimento!
OS MITOS DA MODA PARA QUEBRAR Tudo aquilo que você achou estar correto pode não estar Clara Rosa e Nathália Souza Fonte: dilsonstein.com.br Em 07/11/2018 Os mitos da moda são crenças populares que se espalham por aí e, muitas vezes, ficam na mente e nos hábitos das pessoas. Como a moda é uma área em que as tendências estão sempre evoluindo e mudando, não faz sentido ficarmos presos a regras que não fazem muito sentido, não é mesmo? Tudo aquilo que você sempre pensou estar correto, pode ser perfeitamente modificado e adaptado. No mundo da moda, o que realmente importa é o que te deixa confortável, cômodo e feliz. Tudo depende do seu gosto e da sua vontade. Se sentir linda, é o que importa. Hoje em dia, tudo está na moda. Por isso, separamos aqui pra vocês, alguns mitos da moda que podem, muito bem, ser quebrados ou não, vai depender do seu bom senso. -Sapatos, carteira e cinto devem ser todos da mesma cor; -Não devemos misturar estampados ou texturas; -Visuais que misturem peças em azul-escuro e preto não funcionam; -Roupa castanha não combina com roupa preta; -Loiras não podem vestir amarelo; -Peças com brilho não devem ser usadas de dia; -O cetim e o veludo destinam-se apenas para visuais noturnos; -Não devemos conjugar no mesmo look joias de prata e de ouro; -Roupa branca não se adequa ao inverno; -Os blazers só são apropriados para ambientes de trabalho; -Os jeans apenas permitem fazer visuais casuais. Não deixe que esses mitos paralisem você! Na moda existem infinitas possibilidades. Conheça seu estilo pessoal e qual a imagem que você quer passar. O estilo e o bem vestir estão mais na forma e na atitude com que usa as peças, do que uma série de regras.
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Chilli Beans e ‘Harry Potter’
São 25 óculos de sol, 10 de grau e 7 relógios que remetem ao universo criado por J. K. Rowling
Clara Rosa Fonte: Júlia Warken, mdemulher.com Em 30/10/2018 Se você é fã do universo da saga “Harry Potter”, então prepare-se para cair de amores pela mais nova coleção da Chilli Beans. Já estão disponíveis 42 produtos inspi-
rados na saga do bruxo e também em “Animais Fantásticos”. Ao todo, são 25 óculos de sol, 10 de grau e 7 relógios. Os modelos têm referências bem variadas. Os óculos redondos do Harry fazem parte da coleção, lógico, tanto no modelo da réplica fiel, quanto em versões mais
estilizadas. Há também óculos com detalhes discretos, especialmente nas hastes, além de dois modelos espalhafatosos que remetem àquele usado por Luna Lovegood. Os relógios são um destaque à parte na coleção e apresentam riqueza de detalhes, como ponteiros no formato das asas
de um Pomo de Ouro. Como não poderia deixar de ser, o clássico símbolo das Relíquias da Morte também está presente. Já é possível conferir a coleção em todas as lojas da Chilli Beans do Brasil. O preço médio dos produtos é de 269,80 reais. Fotos: Lucciana Ferreira
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estacaosaudecxs.wordpress.
ESPORTES | ARTES MARCIAIS
Maiza Santos maiza.santos.186573@gmail. com
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Jiu-jítsu é uma arte marcial que surgiu no Japão e que apresenta golpes para que você domine o seu oponente. Como quase todas as lutas vêm com o ensinamento de ancestrais, não podemos apontar com precisão quando surgiu. Encontramos esse estilo em diversos povos da índia, China e Japão Feudal, onde foi
refinada na escola de samurais, por volta do século III e VIII. Tem o sinônimo literal Arte Suave – por que o que prevalece é a técnica e não a força física, necessariamente. Surgiu com a finalidade de que, no campo de batalha, um samurai poderia se defender caso ficasse sem armas. Com golpes, quedas e estrangulamentos, a manipulação é feita com uma grande eficiência. Mitsuyo Maeda foi um dos grandes mestres que teve como missão
principal conhecer a arte e disseminar para todo o mundo. O mestre Maeda deixou o Japão no ano de 1904 para visitar inúmeros países e realizar várias demonstrações e combates. Em 1914, Mitsuyo Maeda chegou ao Brasil e foi auxiliado e recebido por Gastão Gracie. Para agradecer a hospitalidade de Gastão, o mestre ensinou a Carlos Gracie (filho de Gastão). Em meados do século XX, Carlos Gracie transmitiu os seus conhecimentos
marciais aos irmãos Osvaldo, Gastão, Jorge e mais tarde para Hélio Gracie. Ao aprofundar os estudos, os irmãos Gracie desenvolveram o Jiu-jítsu Brasileiro, que é uma variante distinta da arte marcial original. O Jiu-Jítsu Brasileiro pode ser classificado como uma ciência exata dos movimentos coordenados de defesa pessoal, que utiliza alavancas e bloqueios de respiração sem magoar o seu agressor, mas que o forçam a desistir.
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ESPORTES | ARTES MARCIAIS
O olhar absoluto de um competidor Ana Carneiro anapaulacarneirocareli@ gmail.com
Diego Mere e Igor
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alar sobre o Jiu-Jítsu como o conhecemos hoje e não mencionar o perfil competidor atual dessa arte marcial é ficar parado no tempo. Existem campeonatos em praticamente todos os fins de semana no Brasil inteiro e no mundo. Mas como mapear o perfil de um competidor de jiu-jítsu dentro e fora dos tatames? Qual a preparação física, psicológica e os cuidados que todo competidor deve ter? Será verdadeira a afirmação de que esses atletas carregam a postura que têm nos tatames para sua vida particular? Bruno Vinícius Seta Lagares é um exemplo de como carregar esse título de competidor com nobreza. Defensor Público, casado com a bela Renata, pai da incansável Raphaella, Faixa Preta da Escola De La Riva de Jiu-Jítsu com 23 anos de quilometragem nos tatames, Bruno ou Valderrama, como é alcunhado no meio, é um competidor completo. Frequência nos treinos e um ritual saudável de vida são as formas em que Bruno prepara seu corpo
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Diego Mere e Igor
Diego Mere e Igor
Bruno Lagares competindo no último Gracie pró
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Ana Car-
ESPORTES | ARTES MARCIAIS
Concentração de competidores no Maracanãzinho
para os embates. “Eu gosto bastante de treinar! Jiu-Jítsu é uma paixão então naturalmente treino com uma frequência boa. Quando uma competição se aproxima, procuro intensificá-los conjugando com exercícios de força e flexibilidade. A alimentação não é descuidada pois, apesar de lutar com o peso que tenho, busco evitar excessos”, disse o atleta considerado peso pluma. Quem treina com Val sabe que mesmo nos rolas do dia a dia ele busca sua preparação na excelência. Como disse Luan Santos, companheiro de
equipe de Bruno desde 2006: “Treinando ou competindo ele é duríssimo! Para seu peso é extremamente forte e ágil. Como dizemos ele é o melhor peso por peso da academia”. Mas a preparação de um competidor completo não está simplesmente no corpo. A mente é uma grande aliada. Bruno busca preparar sua mente por mergulhar no ambiente, como disse: “representar a família De la riva da melhor forma, e me sentir como parte daquele todo do campeonato, é o que me impele”. E Helvécio Pena, Faixa Preta,
companheiro de equipe e de competições, e amigo de toda uma vida, conta como a preparação mental fez com que Bruno, na final do Brasileiro sem Kimono de 2009, virasse o jogo de forma impressionante! Como relatou: “O Val, perdendo de dois pontos, manteve o sangue frio e com isso reverteu o jogo em uma virada espetacular fechando em 9 à 2, levantando assim a torcida De La Riva presente e me deixando muito emocionado. Para mim, além de um irmão, ele é uma referência no Jiu-Jítsu”. E essa é outra faceta que todo Revista Informe - 2018.2 | 107
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Com seus companheiros de equipe no CT
competidor e atleta deve buscar, um ótimo inter-relacionamento nos treinos do dia a dia com seus parceiros de tatame. E essa busca em ajudar seus companheiros também é característica do atleta Bruno. Tiago Rosa, professor baseado nos Emirados Árabes, relatou a generosidade do competidor: “Uma pessoa com um caráter impar dentro e fora dos tatames. Ele sempre está disposto a ajudar no final do treino os amigos dando dicas e conselhos”. E o mergulho final de toda preparação para uma competição é o dia da luta. Igor Pereira, que lutou em sua categoria ao lado do companheiro de equi-
Renata Deschamps La-
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em Copacabana
pe no último Gracie Pro, deu o arremate final sobre como o convívio com um verdadeiro competidor pode impactar positivamente seus parceiros de equipe. “Carismático, divertido, sempre pronto para treinar, ele é admirado por todos. Não é a toa que é um dos melhores representantes da Escola De la Riva em campeonatos! Sempre se jogando e trazendo resultados”, como relatou Igor, que desde 2009 convive com o amigo no tatame azul e amarelo do CT em Copacabana. Os resultados são a consequência de todo esse trabalho. E não é a toa que no último Gracie Pro, realizado no Maracanãzinho, considerado
Bruno em família após a vitória
por muitos o Templo da Luta , que Bruno Lagares lutou de forma Magistral como um ‘Nikola Tesla do Tatame’ no Absoluto, se sagrando campeão na sua categoria. Os aprendizes de competidores devem se preparar com o mesmo olhar e persistência do atleta Bruno, que arrebanhando amigos e admiradores dentro e fora dos tatames, mostra em competições e na vida, o jeito certo de amar a Arte Suave de forma absoluta.
João CeClick
Bruno ao lado dos companhei ros de equipe e de seu mestre Ricardo De La riva
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No pódio do último Gracie pró
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Disputa pelo Absoluto no Gracie Prรณ Diego Mere e Igor
Diego Mere e Igor
Diego Mere e Igor
Diego Mere e Igor
Diego Mere e Igor
Diego Mere e Igor
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Um tatame para todos
Ana Carneiro
anapaulacarneirocareli@gmail. com
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uores, odores fortes, muitas escoriações, machucados e a impressão que o ambiente de uma arte marcial como o Jiu-Jítsu seja unicamente hétero e masculino, é a percepção da maioria. Será? O que se vê no dia a dia das academias dessa arte marcial, que tem no significado do nome a palavra suave, porque busca exatamente isso, sobrepor o seu oponente usando técnica, é que a afirmativa é 110 | Revista Informe - 2018.2
falsa, e que o tatame é assexuado e para todos. Isso pode ser comprovado no interesse e inclusão do público hétero feminino e LGBT nos tatames. Em busca de diversão, condicionamento físico ou autodefesa, esse público que está nos tons mais pastéis da palheta do arco-íris tem encontrado também seu lugar nesse ambiente. Cada pessoa tem um motivo em desbravar esse ambiente novo. André Bernardo da Silva, professor de Educação Física que há 8 anos pratica essa arte, falou seus moti-
vos. “Devido a turbulências na minha vida pessoal, entrei no Jiu-jítsu para melhorar minha autoestima e aumentar minha motivação na vida”, disse o Faixa Roxa da Escola De La Riva de Jiu-Jítsu. Apesar do predomínio hétero no tatame, André nunca se sentiu excluído ou rejeitado. Como relatou: “O que me encantou foi o acolhimento do meu mestre, Ricardo De La Riva, e de todos os companheiros de equipe. Entrei e realmente me sinto como parte dessa grande família.” Quanto à impressão que os
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“Sou André, gay, professor, amante de carnaval e Jiujiteiro. Rótulos não me comportam” gays jiujiteiros precisam ficar no armário dentro do tatame, essa afirmativa, segundo André não procede.“ Sempre tive postura lá dentro, a mesma que se espera de qualquer aluno independentemente de sua opção sexual. Mas nunca escondi quem sou e nunca fui rejeitado ou excluído por causa disso”, disse o professor. Os rótulos pré-concebidos pela sociedade que formatam uma caixa que mostra onde cada grupo deve transitar são
engessados. Segundo André, ser praticante de Jiu-jítsu é só uma das facetas do que ele é. “Sou André, Gay, professor, amante de carnaval e Jiujiteiro. Rótulos não me comportam”, afirmou. Estar atento também com a própria segurança, em um mundo que ainda se mostra tantas vezes homofóbico, é outra vantagem em treinar. “O jiu-jítsu me dá um suporte bom. Nunca usei e espero nunca precisar, mas se acontecer, saberei me defender”, afirmou
o professor que também já lutou capoeira. Segundo André: “O Jiu-Jítsu não me defendeu simplesmente de ataques físicos, mas da vida. É minha válvula de escape e escudo.” Como uma grande aldeia democrática, cada vez mais o tatame, esse local especial onde a mágica dessa arte acontece, recebe a todos, independente das suas vivências, para que a partir dali contem novas histórias.
“O jiu-jítsu não me defendeu simplesmente de ataques físicos, mas da vida. É minha válvula de escape e escudo”
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André com o mestre Ricardo De La Riva
Após conquistar certificado de faixa azul
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Ascenção do Jiu-Jítsu feminino Maiza Santos maiza.santos.186573 @gmail.com
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Jiu-Jítsu brasileiro surgiu com a família Gracie por volta dos anos 90, quando seus ensinamentos passaram a ser disseminado pelo país. A arte marcial sempre esteve muito ligada aos homens, pois despertava o interesse de saber se defender. O Jiu-Jítsu feminino demorou a decolar no Brasil. A primeira faixa preta brasileira
foi Yvone Duarte. Atualmenrte ela tem 51 anos, 37 de Jiu Jitsu. A primeira campeã mundial da arte suave foi Rosângela Conceição, mais conhecida como a Zanza. Em relação à família Graice, a primeira a conquistar uma faixa preta e começar a competir ativamente no esporte foi a Kyra Gracie Guimarães. Atualmente tem 33 anos, é casada com ator global Malvino Salvador e tem duas filhas - Kyra e Ayara.
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Ela é pentacampeã mundial, tricampeã do ADCC. Ela começou a treinar aos onze anos de idade. Foi considerada a atleta mais jovem a conquistar o Mundial e atualmente é considerada por muitos como a melhor mulher lutadora da história do Jiu-Jítsu por simplesmente nunca ter perdido para uma adversária com mesma faixa e mesmo peso. O esporte traz muitos benefícios para as mulheres como a defesa
pessoal, que neste momento de violência nas ruas, pode ajudá-las a se auto defender, serve também como uma terapia para relaxar e eliminar o estresse do trabalho, melhorar o sistema cardiovascular e respiratório, fazendo com que o corpo tenha uma evolução no condicionamento físico e entre outros. Se você sente vontade de fazer, faça. Você não irá se arrepender, pois os benefícios não são simplesmente para o tatame, mas pra vida.
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