Revista informe c406n 2017 2

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Trabalho Acadêmico - VF - Editoração Eletrônica II - C406N (2017.2) - Facha Méier.

Anthony Garotinho

A faxina na política tw

PAIXÃO NACIONAL

VERDADE REVELADA

EDUCAÇÃO EM FOCO

Trabalho, gritaria e muita paixão.

Hollywood por trás das câmeras.

Semana acadêmica na Facha.

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Expediente

Editorial O Rio falhou

Todos os ex-governadores vivos do Rio, das últimas duas décadas, estão presos. O que parece ser uma piada de stand up, como o bom e velho “todo político é ladrão”, é o cenário político atual do estado do Rio de Janeiro. A decadência governamental da última sede das olimpíadas atingiu seu ápice, deixando até os mais esperançosos sem chão, e, nesse meio do caminho, a população aguarda catatônica, sem conseguir se nortear e escolher um caminho para seguir. É fato que a democracia passa por uma de suas piores crises, isso, é claro, a nível nacional, mas o estado do Rio parece demonstrar os piores sinais. O marco atingido pelos cariocas, no dia 22 de novembro – todos os ex-governadores vivos, de 1999 para cá, presos – é um demonstrativo de quão fundo é o poço habitado pelo Estado que abraça a baía de Guanabara. O atual governador, apesar de não estar com seus colegas, também tem pendências com a justiça e, ao fim de seu mandato, arcará com suas responsabilidades legais. Descendo no escalão do poder, desta vez adentrado na Alerj, temos deputados estaduais igualmente presos, um deles, o mais conhecido pela população, ocupava o cargo de Presidente da Câmara, quando saiu a primeira ordem de prisão. Resta saber se a justiça, de fato, será cumprida ou, mais uma vez, isso é movimentação para inglês ver e, daqui a alguns anos, estes processos estarão guardados no fundo de uma gaveta, na sede do Ministério público, esperando algum fã do italiano Falcone os resgatar. Até o “trânsito em julgado”, como dizem os advogados, sair, resta à população aguardar ansiosamente o desfecho deste episódio, que, seguindo as tradições brasileiras, costuma finalizar com cheiro de óregano, mussarela, molho de tomate e massa.

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Revista Informe - EE2-AD - 2017/2 Desenvolida como trabalho acadêmico - VF, pelos alunos da disciplina Editoração Eletrônica II - C406N - do 4º período do curso de Jornalismo das Faculdades Integradas Hélio Alonso (FACHA), Méier - Rio de Janeiro/ RJ - 2º semestre/2017 Nesta Edição, você encontrará matérias interligadas com temas diversos nas áreas de política, cultura, entretenimento, educação, cinema e mais uma variedade infinda de temas. A orientação foi dada pelo professor Gilvan Nascimento, que não conta com nenhum apoio ou intenção financeira. As matérias podem não ser originais, bem como as imagens. Aquelas que não foram produzidas pelos alunos terão seus créditos devidamente inseridos. Vale ressaltar que toda a diagramação, planejamento e programação visual foram feitas pelos alunos, sendo o conteúdo de sua inteira responsabilidade, e que foram mantidos os erros cometidos pelos mesmos na produção do trabalho.

FACHA - Faculdades Integradas Hélio Alonso Rua Lucídio Lago, 345, Méier - Rio de Janeiro - RJ. Curso de Comunicação Social/Jornalismo Disciplina: C 406N - Editoração Eletrônica II Professor: Gilvan Nascimento Semestre: 2017.2

Editores: Nícolas Caldeira - nick.caldeira@yahoo.com.br e Rafaela Ferreira - rafaelafmdesouza@outlook.com

Projeto Gráfico, editoração e reportagens:

Caio Henrique Vasconcelos Cardoso Cassiel Matheus Costa de Macêdo Carlos Alberto G. de Souza Felipe Costa de Oliveira Felipe J. Santos de Brito Flávia Gabriela Santiago Barros Costa Gabriela Costa Josiane Santana dos Santos Luana Aguiar Brando Luana Rios Feriguetti Luiza Gomes Mattos Cavalcante Teresa Cristina de Sousa Thaise Lima Viktória Santos Bastos


Sumário

Design de interiores parcial 49/2016 da lei 13,369/16 que garante exercício da 4 Veto profissão de designer de interiores RJ 2017: Espaço CoLab é perfeito para receber 5 CASACOR amigos 7 Living com estilo contemporâneo em tons neutros pequeno tem base neutra, cobogó e parede de 9 Apartamento tijolinhos. 11 Memória: Conheça as histórias da bandeija

Cultura

Cinema

61 O que dizem as cores 64 Bingo: O rei das manhãs 67 Cinefilia Bastidores de Hollywood: os casos de assédio sexual por 70 Nos trás das câmeras 76 Super Estreias

Moda

de criança com artista nu em museu de São Paulo gera 12 Interação polêmica 77 As tendências do Verão 2018 Rock in Rio 2017: Veja como foram os 7 dias do festival 18 Marina Ruy Barbosa: 4 casamentos e 4 vestidos de noiva Lázaro Ramos lança o livro ‘Na Minha Pele’, que fala sobre toma- 83 21 da de consciência e afeto 88 Cortes clássicos de cabelo curto que nunca saem de moda Bar em São Paulo é preso por guindaste a 42 metros de altura 25 27 Bruno Mars é processado por publicar foto de quando era criança

Entretenimento

POLÍTICA

94 Garotinho é levado para exames na prisão. 96 Picciani, Albertassi e Paulo Melo voltam para a prisão

de ‘Velozes e Furiosos’ diz que não volta ao nono filme da 28 Ator franquia caso Dwayne Johnson continue no elenco Lado do Paraíso’: Revisite a carreira da gigante Fernande Benfica. 30 OdaOutro Montenegro 32 Planeje férias inesquecíveis nos alpes franceses, em Courchevel. 98 Niterói vota contra armamento da Guarda Roberta Sudbrack estima prejuízo de R$ 400 mil com Rock Municipal 34 Chef in Rio 100 Rodrigo Maia: reforma da Previdência é a salvação 36 Acusação de estupro contra Ed Westwick vira caso de polícia. do Brasil Saiba tudo sobre o casamento de Marina Ruy Barbosa e Xandi37 nho Negrão Beauty Festival: tudo o que vai rolar no parque temático 38 Glamour da beleza 39 John Mayer no Rio de Janeiro em 2017 Ronaldo é eleito o melhor jogador do mundo pela 101 Cristiano quinta vez Michelle Alves se casa com Guy Oseary no Cristo Redentor 42 102 Trabalho, gritaria e muita paixão! Medina é tricampeão em Hossegor e volta a brigar 104 Gabriel pelo título James está no caminho para superar Jordan; a 107 LeBron pergunta é: ‘Vamos permitir que ele o faça?’ projetos e modelos de ensino é um dos grandes desafios 44 Novos dos gestores 46 Taxa de meninas fora da escola é preocupante genérico é problema na formação de gestores na 47 Ensino educação 110 Batuque repaginado 50 Tipo sanguíneo no uniforme 116 Céu: Latino-americana e eletrônica 55 Semana Acadêmica da Facha 124 “A mulher do fim do mundo é aquela que tem alma” 59 Entrevista com Romualdo Ayres 126 Como uma Fênix

Esporte

Educação

Música

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VETO PARCIAL 49/2016 DA LEI 13.369/16 QUE GARANTE EXERCÍCIO DA PROFISSÃO DE DESIGNER DE INTERIORES Layane Coelho Fonte: Renata Amaral, Revista ABD, 20/10/2017 A Associação Brasileira de Designers de Interiores (ABD) é a entidade de âmbito nacional que representa designers de interiores de todo o Brasil. A ABD congrega estudantes, profissionais de nível técnico e superior, com formação em Design de Interiores e celebrou muito a grande conquista que foi a sanção do PL 4692/2012 (PLC 97/2015), aprovado pelo Congresso Nacional no ano passado, que se transformou na Lei 13.369/16, garantindo o exercício da profissão de Designer de Interiores. Infelizmente, o Veto Parcial 49 da Mensagem Presidencial nº 640/2016 retirou do texto da lei os dispositivos que garantiam formação especializada (artigos 3º e 7º), criando insegurança à sociedade. Sem formação específica, a atividade exercida por Designers de Interiores e arquitetos poderá ser executada por leigos que poderão colocar em risco a sociedade. O design de interiores era comumente confundido com a decoração, atividade esta que era desempenhada apenas por pessoas sem formação específica e reconhecidas pelo bom gosto. O objetivo da lei 13.369, que muito bem foi compreendido pelos deputados e senadores, foi de garantir que o design de interiores fosse uma atividade constituída 4

por uma formação especializada, oferecida pelas principiais universidades públicas e privadas do país. Para execução da atividade é preciso conhecimento técnico em acessibilidade (adequação a leis e normas regulamentadoras, como a LBI – Lei Brasileira de Inclusão, e a NBR-ABNT 9050); segurança (uso adequado de materiais inflamáveis, por exemplo); ergonomia; luminotécnica; normas regulamentadoras sanitárias de ambientes comerciais como clínicas, hospitais, restaurantes etc. A formação em Design de Interiores assegura ao profissional a necessária expertise de segurança à sociedade. É preciso conhecimento técnico em intervenções dos itens fundamentais à integridade do usuário, como por exemplo: 1- as corretas especificações de materiais que evitem riscos de incêndio ou assegurem a qualidade do ar interior livre dos chamados COVs (Compostos Orgânicos Voláteis); 2- assim como o adequado dimensionamento de rotas de escape nas situações de emergência e pânico, dentre muitos outros elementos que trabalham pela qualidade de vida nesses espaços. Um exemplo marcante é o incêndio da Boate Kiss, em 2013, na cidade de Santa Maria/RS, que

matou mais de 200 pessoas e deixou quase 700 feridas. O uso de material inadequado como revestimento foi o principal fator da tragédia: altamente inflamável e tóxico. As chamas se alastraram pelo local em alta velocidade emitindo fumaça tóxica, o que dificultou a ação de fuga das vítimas. A formação garante também a devida compreensão dos limites da atuação do designer de interiores. O limite da atividade previsto no Parágrafo Único do Art. 4º da Lei 13.369/2016 deve ser compreendido por ter duas dimensões: 1- limite expresso; e 2- limite técnico intrínseco. O limite expresso é aquele que está escrito na lei: “As atividades que visem a alterações nos elementos estruturais devem ser aprovadas e executadas pelos profissionais capacitados e autorizados na forma da lei”. O limite técnico intrínseco encontra-se no conhecimento técnico que é garantido pela formação.


CASACOR RJ 2017: Espaço CoLab é perfeito para receber amigos Assinado por Paula Neder e Luiz Fernando, esse ambiente usa arquitetura e decoração em prol da arte de receber amigos POR ANA CAROLINA HARADA

Receber amigos em casa é sempre agradável. Os 90 m² do Espaço CoLab, da CASACOR Rio de Janeiro 2017, foram projetados exatamente para isso. Com uma linda vista para a Baía de Guanabara, esse living feito à quatro mãos pelos profissionais Paula Neder e Luiz Fernando Grabowsky, convida os visitantes a sentar e ter uma boa conversa. Esse foi um dos trabalhos que mais exigiram esforço, mas o resultado foi satisfatório e ainda possui uma vista sensacional da cidade. O mobiliário é confortável, perfeito para passar o tempo com convidados. O sofá de linhas curvas permite receber pessoas dos dois lados, um balanço suspenso e a poltrona. Mas, com estrutura em lâmina maciça de cobre, garantem lugar a todos. Uma pérgola de madeira no teto direciona o olhar de quem visita para a bela Baía de Guanabara do lado de fora. Na direção oposta, é possível admirar o mosaico de Paulo Werneck, com destaque para o Cristo Redentor e os quadros do Coletivo Muda.

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Vista da sala conjugada com a cozinha (Foto:Divulgação)

Os itens de decoração do ambiente foram escolhidos para compor o espaço harmoniozamente, mas sem deixar de destacar o protagonismo da pérgola de madeira e da estrutura de lamina maciça. Os spots ocupam uma posição estratégica para iluminar os objetos da estante e ampliam o pé direito do espaço.

Poltronas posicionadas na sala (Foto:Divulgação)

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Living com estilo contemporâneo em tons neutros Assinado pela designer de interiores Danielle Bellini, o ambiente possui design futurista e tecnológico POR ISABELLA PURKOT

SALA I Sofá e paredes em tons neutrons. Itens de decoraçao da Tok Stok. ( Foto: Divulgação/Bellini Arquitetura e Design de Interiores)

A proposta deste ambiente, assinado pela designer de interiores Danielle Bellinipara CASACOR MG 2017, é reunir a família com o melhor do que a tecnologia tem a oferecer. A madeira e os tons de café deixam o ambiente aconchegante e sofisticado, e os móveis, que garantem praticidade, foram todos projetados pela própria arquiteta. As cores vibrantes ficam por conta dos quadros e da poltrona de couro azul cobalto, ponto focal do living.

SALA I Sofá em tons neutros, parede com texturas. Itens de decoraçao da Tok Stok. ( Foto: Divulgação/Bellini Arquitetura e Design de Interiores)

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(Divulgação/Bellini Arquitetura e Design de Interiores)

Com estilo contemporâneo e arrojado, o living integrado possui home theater de última geração e iluminação pontual, controlada por dispositivos móveis, com spots de LED. 8


APARTAMENTO PEQUENO TEM BASE NEUTRA, COBOGÓ E PAREDE DE TIJOLINHOS Com apenas 27 m², o studio ganhou boas soluções de aproveitamento de espaço. Projeto do escritório TRIA Arquitetura POR MARINA PASCHOAL

SALA E QUARTO | Mesa de centro da Oppa. Tapete da Tok & Stok. Base da cama que se estende como banco, de madeira freijó. Futon da Leroy Merlin. Ao fundo, atrás da cama, persianas da Dekora escondem a parede de vidro do banheiro (Foto Alessandro Guimarães / Divulgação)

Um apartamento pequeno que fosse aconchegante e se destacasse dos demais – essa foi a demanda para

este imóvel de apenas 27 m² no bairro Vila Olímpia, em São Paulo. Projetado para ser alugado, o maior desafio das arquitetas Marina Cardoso de Almeida e Sarah Bonanno, do TRIA Arquitetura, foi tornar-lo diferenciado, mas, ao mesmo tempo, deixar espaço para que o futuro morador expresse sua personalidade na decoração. “Assim, é possível investir em objetos, tecidos e itens de decoração sem se preocupar com a base”, explica Marina. A alternativa foi abusar dos tons neutros que garantem flexibilidade na hora de complementar o espaço. Na marcenaria, o destaque é a cama de freijó que se estende e conecta os ambientes tornando-se banco com gavetas na sala e na cozinha. Uma boa solução para aproveitar melhor os espaços. E para garantir a entrada de luz natural no imóvel, o cobogó foi a aposta das arquitetas para separar os ambientes sem fechá-los completamente. 9


SALA E COZINHA | Armários de MDF revestidos de Formica branca. Parede de tijolinhos da Lepri Cerâmicas. Itens de decoração da Storehouse, Homedecor, Collector e Macadâmia. Coifa da Electrolux (Foto Alessandro Guimarães / Divulgação)

“Este é um apartamento inovador, adaptável, flexível e principalmente confortável. O cobogó foi a peça chave para o resultado”, finaliza Sarah.

ENTRADA | Cobogó da linha vintage, cor 70-pétala, da Neorex. A peça traz privacidade de maneira criativa e charmosa (Foto Alessandro Guimarães / Divulgação)

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MEMÓRIA: CONHEÇA A HISTÓRIA DA BANDEJA POR MARIANA MELLO - CASA E JARDIM 17/11/2017

Criadas por volta dos anos 1940 no sul do país, graças à herança europeia na região, as bandejas decoradas com obras de arte, vidro e marchetaria foram um clássico na casa brasileira até os anos 1970. Colecionador do modelo, o arquiteto Marcelo Lellis tem hoje cerca de cem exemplares e elenca os motivos mais comuns: paisagens, cenas campestres, pássaros, borboletas, naturezas mortas e temas orientais. “Quando a pessoa não podia ter uma bandeja de prata, tinha essa. Costumava-se ganhar de presente de casamento”, afirma ele. 11


Interação de criança com artista nu em museu de São Paulo gera polêmica Movimentos de direita falam em pedofilia. Juiz e desembargador veem ‘histeria’. Museu diz que sinalizou sobre nudez em sala e que trabalho não tem conteúdo erótico. Josiane Santana e Luiza Mattos Fonte: G1 SP, São Paulo, em 29/09/2017 A performance de um artista nu no Museu de Arte Moderna (MAM), no Ibirapuera, Zona Sul de São Paulo, gerou polêmica nas redes sociais. Um vídeo que viralizou no Facebook mostra quando uma criança de aproximadamente quatro anos toca no pé do homem. O Movimento Brasil Livre (MBL) e outros movimentos de direita falam em cri-

me; desembargador vê “histeria”. A apresentação do artista Wagner Schwartz ocorreu somente na terça-feira (26), na estreia do 35º Panorama de arte Brasileira, tradicional exposição bienal que aborda a arte no país e propõe reflexão sobre a identidade brasileira. Segundo o MAM, o evento era aberto a visitantes que estivessem no local. O museu também informou que havia sinalização sobre a nudez na sala onde a performance ocorria.

A performance chamada “La Bête” foi inspirada em um trabalho de Lygia Clark. “Bichos” é considerada a obra viva da artista, pois sua intenção era de que a arte ultrapassasse os limites da superfície de um quadro. A série de esculturas com dobradiças permite que o espectador se torne figura atuante na obra, e foram construídas com formas geométricas para que não se parecessem animais, mas que permitissem uma visão livre do que a peça re

Artista foi atacado nas redes sociais por permitir interação de criança quando estava nu em performance no Mudeu de Arte Moderna (MAM), na Zona Sul de SP (Foto: Divulgação)

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presentava.

filha, tocam seus pés.

Em “La Bête”, o premiado artista Schwartz, que trabalha há quase 20 anos com coreografia, manipula uma réplica de plástico de uma das esculturas da série e se coloca nu, vulnerável e entregue à performance artística, convidando o público a fazer o mesmo com ele.

Reação

De acordo com o MAM, o público presente na performance era formado essencialmente por artistas e, uma das pessoas que prestigiou a apresentação foi a performer e coreógrafa Elisabeth Finger acompanhada da filha. O vídeo que viralizou nas redes sociais mostra o momento em que Schwartz está deitado, e mãe e

O MBL divulgou um vídeo nas redes sociais em que chama a apresentação de “repugnante”, “inaceitável”, “erotização infantil”, “afronta”, “crime”, e afirma que a criança “se sentiu constrangida”. O grupo acrescenta que o vereador Fernando Holiday (DEM) vai “tomar as providências sobre o caso da criança induzida a ato libidinoso”. O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) chamou os envolvidos de “canalhas” e categorizou a atividade como “pedofilia”. O deputado Marco Feliciano (PSC-SP) considerou as cenas “revoltan-

tes” e os envolvidos “destruidores da família”. Em nota (veja a íntegra ao final da reportagem), o MAM informou que a sala estava “devidamente sinalizada sobre o teor da apresentação, incluindo a nudez artística”. O museu também afirmou que “o trabalho não tem conteúdo erótico e trata-se de uma leitura interpretativa da obra Bicho, de Lygia Clark”. “Importante ressaltar que o material apresentado nas plataformas digitais não apresenta este contexto e não informa que a criança que aparece no vídeo estava acompanhada e supervisionada por sua mãe”, diz a nota.

Movimento Brasil Livre (MBL) reage intensamente nas redes sociais contra performance realizada no Museu de Arte Moderna (MAM) (Foto: Reprodução/Facebook)

Deputado Jair Bolsonaro também reagiu contra a apresentação no museu (Foto: Reprodução/Facebook)

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Aspecto jurídico O G1 consultou o juiz Jaime Medeiros da vara da Infância e da Juventude sobre o caso. “É importante deixar claro que não acompanhei o caso, mas pelo que vi por meio da imprensa, seria adequado se houvesse restrição de idade à apresentação por conta do conteúdo. Sou um defensor da liberdade artística e de expressão, mas vejo que foi a falta de cautela que gerou a polêmica”, opinou o juiz. “Sobre tipificar a conduta do artista como crime, não me parece adequado. Não sei como o MAM procedeu, mas vejo uma falha por não terem aumentado a idade de acesso permitida. Essas questões de exibição são sempre delicadas porque você não pode censurar de maneira nenhuma, mas a criança tem que ser protegida integralmente”, continua o magistrado. O desembargador Antônio Carlos Malheiros, do Tribunal de Justiça, compartilhou com o G1 uma opinião similar àquela do juiz. Ele disse que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) orienta os espaços a indicarem restrição de idade sobre o conteúdo exibido. “Chamar qualquer episódio mais insinuante de ‘pedofilia’ virou uma histeria coletiva. Isso precisa ser afastado. Agora, de fato, a criança não poderia estar presente. Não considero pedofilia, mas é uma ação absolutamente inconveniente para uma criança. Ou seja, esse artista e a própria mãe da criança que estava com ela podem ser advertidos. Mas não va-

mos chegar ao exagero de achar que era um comando pedófilo”, explica o desembargador. “O ECA tem medidas protetivas às crianças, que não permitem que as crianças estejam em determinados locais onde determinadas cenas podem eventualmente chocá-las. E a cena pode, sim, vir a chocar uma criança. Nesse aspecto foi absolutamente inadequado”, continua. “Não sei qual foi o procedimento do MAM, mas ele deveria estar ciente de que haveria cena de nudez com manipulação e restringir o acesso do público. Em caso de dúvida sobre restrição de idade, ele poderia acionar a vara da Infância e da Juventude, pedindo uma orientação”, completa o desembargador Antônio Malheiros. Veja a íntegra da nota do MAM: O Museu Arte de Moderna de São Paulo informa que a performance ‘La Bête’, que está sendo questionada em páginas no Facebook, foi realizada na abertura da Mostra Panorama da Arte Brasileira, em apresentação única.

rial apresentado nas plataformas digitais não apresenta este contexto e não informa que a criança que aparece no vídeo estava acompanhada e supervisionada por sua mãe. As referências à inadequação da situação são resultado de desinformação, deturpação do contexto e do significado da obra. O MAM reafirma que dedica especial atenção à orientação do público quanto ao teor de suas iniciativas, apontando com clareza eventuais temas sensíveis em exposição. O Museu lamenta as interpretações açodadas e manifestações de ódio e de intimidação à liberdade de expressão que rapidamente se espalharam pelas redes sociais. A instituição acredita no diálogo e no debate plural como modo de convivência no ambiente democrático, desde que pautados pela racionalidade e a correta compreensão dos fatos.

A sala estava devidamente sinalizada sobre o teor da apresentação, incluindo a nudez artística, seguindo o procedimento regularmente adotado pela instituição de informar os visitantes quanto a temas sensíveis. O trabalho apresentado na ocasião não tem conteúdo erótico e trata-se de uma leitura interpretativa da obra Bicho, de Lygia Clark, historicamente reconhecida pelas suas proposições artísticas interativas. Importante ressaltar que o mate17


Rock in Rio 2017: Veja como foram os 7 dias do festival Saiba tudo sobre a cobertura do evento em fotos, GIFs e vídeos. Josiane Santana e Luiza Mattos Fonte: G1 em 25/09/2017 O Rock in Rio 2017 teve uma de suas programações mais diversas nesta sétima edição. Do axé de Ivete Sangalo ao rock do Guns N’ Roses, passando pelo soul de Alicia Keys aos lacres de Pabllo Vittar, o festival animou cerca de 100 mil pessoas em cada um de seus sete dias na maior Cidade do Rock de todas. Veja abaixo o que aconteceu de melhor neste ano.

DIA 1 O Maroon 5 tinha a difícil missão de substituir Lady Gaga logo na sexta-feira (15), primeiro dia do festival. A banda de Adam Levine, o Cristiano Ronaldo do pop, matou o desafio no peito e se virou bem, e ainda elogiou ao G1 os memes com Alcione. O resto do dia foi marcado pela diversidade. Além da atração principal, o Palco Mundo teve o axé de Ivete Sangalo, o synth-

‘Harder to Breathe’ é a terceira música do Maroon 5 no Rock in Rio 2017

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pop dos Pet Shop Boys e o pop punk do 5 Seconds of Summer. Já o Palco Sunset foi do samba à música eletrônica. E Pabllo Vittar dava uma pequena amostra de seu poder num palco paralelo.


DIA 2

DIA 3

DIA 4

O Maroon 5 voltava para o segundo dia consecutivo no sábado (16). Talvez por isso tenha sido menos grave que Pabllo Vittar tenha roubado a cena em sua participação no show de Fergie, que não teve medo de jogar para a torcida e ainda elogiou a brasileira em entrevista ao G1.

O domingo (17), último dia de som mais pop no festival, foi dominado pelo soul e R&B de Alicia Keys e Justin Timberlake . Ambos seguiram à risca seus scripts. Enquanto o cantor se soltou mais com as gracinhas com o público, a cantora convidou uma representante da comunidade indígena para discursar sobre demarcação de terras na Amazônia.

A quinta-feira (21) foi finalmente o primeiro dia de rock no Rio. O Aerosmithvoltawia no festival contando com grande atuação vocal de Steven Tyler. Já o Def Leppard fez apresentação no estilo “o maior veterano que você respeita”.

O segundo dia de festival teve ainda gritinhos para o “caçula” Shawn Mendes – o novinho falou ao G1 que curtia o status – e homenagens para os veteranos Elza Soares e João Donato.

Os novatos do Walk The Moon até foram esforçados, mas não agradaram tanto. Nile Rodgers fez no encerramento do Palco Sunset a melhor festa de formatura do mundo. E Johnny Hooker contou com a participação de Almério e Liniker para um importante discurso contra a homofobia – para o cantor foi a edição “mais gay” do festival.

Dois shows que contrastavam com a juventude dos brasileiros do Scalene e dos americanos do Fall Out Boy – que demoraram tanto para ir ao Rio de Janeiro que já nem pareciam mais aquele grupo que ficou famoso pelo pop punk do começo dos anos 2000.

Foto: Stella Ribeiro/Coca Cola

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DIA 5

DIA 7

Bon Jovi, Tears For Fears e Jota Quest transformaram o festival em Rock Romântico in Rio na sexta-feira (22). Com banda mais completa que em 2013, Jon Bon Jovi fez um show repleto de sucessos dos 33 anos do grupo. Já no Palco Sunset, protestos foram mais altos que o amor. A parceria de Ney Matogrosso e Nação Zumbi tinha vozes desencontradas nas canções, mas não nas manifestações. Os discursos políticos também estiveram presentes nos shows do Grande Encontro entre Elba Ramalho, Alceu Valença e Geraldo Azevedo, do Baiana System e de Sinara.

O Rock in Rio fechou sua sétima edição no domingo (24) com uma festa anos 1990, na qual Red Hot Chili Peppers, Offspring e Sepultura mostraram a força do rock da década passada.

O dia atraiu até gente que tentou entrar na Cidade do Rock de barco.

DIA 6 Os destaques do sábado (23) não podiam ser outros que não os dois lendários headliners do dia. O Guns N’ Roses se redimiu das passagens anteriores pelo festival com sua formação clássica. Já o Who fez um show histórico em sua primeira turnê no Brasil em 53 anos de carreira. Em entrevista ao G1, o guitarrista Pete Townshend, disse que o público parecia cansado, mas conhecia as músicas. O dia também foi marcado pela morte de Charles Bradley, cantor de 68 anos que tinha cancelado sua apresentação no festival por causa de um câncer no fígado. 20

Mas o dia também teve repetecos. O Capital Inicial tocou pela quinta vez no festival, mandando sucessos e abrindo espaço para protestos. E o Thirty Seconds to Mars seguiu o mesmo roteiro de sua apresentação de 2013.

Opinião: Rock in Rio peca pelo excesso e deixa música de lado Gente, o que foi o primeiro dia de shows? Ok, o lugar é enorme e a gente já sabia, mas o primeiro dia da edição 2017 do festival foi marcado como um dos piores line-ups de toda a história do evento. Mas vamos por partes, muita coisa funcionou melhor do que nos outros anos. Confira abaixo a crítica: A temperatura beirava os 40º às 15h quando entrei na Cidade do Rock. Pela quarta edição consecutiva estava eu lá, cruzando os portões do Rock In Rio. Ok, dessa vez foi diferente: o espaço estava enorme, mas nada que a gente já não soubesse. Aliás, a ultima coletiva de imprensa aconteceu na terça-feira, 12, no dia do Preview. Mas vamos aos fatos: com a saída de Lady Gaga do evento, a produção optou por trazer Maroon 5. “Ah, legal, Maroon 5 arrasa!”, e não é pra menos, os caras contam com uma série de sucessos dos últimos vinte anos. Mas alguém já parou para pensar no público? Esse foi, de longe, o pior line-up das últimas edições, não é atoa que Ivete e Pabllo roubaram a cena e fizeram, sim, os melhores shows. O Sunset também reuniu grandes apresentações com o Salve o Samba, atração que foi escolhida para encerrar o palco, e que atraiu parte da multidão que deixava o espaço após o encerramento do Palco Mundo. Que a verdade seja dita: se o Rock in Rio já havia perdido sua identidade de Rock, o que foi alvo de muitas críticas, hoje se estabelece como um festival além da música, pecando pelo excesso e deixando de lado o que realmente deveria ser importante. Lógico que há públicos de todos os tipos e gostos, mas se um festival vende música, cadê a música? Arena XP, Espaço Gourmet, Rock Street, Rock District, drones, blá blá blá… isso tudo para atrair cada vez mais gente. Antes, porém, o festival não pagava penitência para ter um dia em “sold out”. A música falava por si, o evento fluía, os preços eram justos e a diversão estava garantida. Para os que foram na edição de 2017, meus pêsames. Que os próximos anos sejam melhores!


Lázaro Ramos lança o livro ‘Na Minha Pele’, que fala sobre tomada de consciência e afeto Ao rever a própria carreira, ator exibe seu ponto de vista sobre discriminação e a formação de identidade Josiane Santana e Luiza Mattos Fonte: Ubiratan Brasil, O Estado de S. Paulo em 10/06/2017 Foram dez anos de maturação, período marcado por muitas dúvidas, algumas certezas, mas uma convicção: estabelecer um diálogo franco com os leitores sobre pluralidade cultural, racial, étnica e social. Um trânsito de gêneros que também marca a carreira de seu autor, Lázaro Ramos - aos 38 anos, ele não só se consolidou como um dos principais atores brasileiros como também solidificou a imagem do artista preocupado com questões da sociedade. É o que marca Na Minha Pele, livro que a Companhia das Letras lança na próxima semana e no qual Lázaro convida o leitor para uma conversa franca, mas agradável, na qual compartilha suas experiências pessoais e, principalmente, suas reflexões sobre temas caros, como a importância que se dá à pele que nos habita. “Quando comecei, nem sabia qual era o assunto sobre o qual iria escrever”, comenta Lázaro, convidado há dez anos por Isa Pessoa, então editora da Objetiva, para publicar um livro. “Primeiro, busquei dados oficiais (do IBGE, Ipea), mas o livro ficou duro. Voltei então à ilha do Paty, onde nasci, na Bahia, para conversar com amigos de infân-

cia e parentes mais velhos, a fim de buscar inspiração. Começou a surgir uma costura de assuntos, mas a ordem cronológica me incomodava - parecia uma palestra.” O clique surgiu a partir da experiência com o programa Espelho, que Lázaro apresenta há 12 anos no Canal Brasil e no qual assuntos pertinentes são tratados por meio de uma boa conversa. Na Minha Pele, portanto, é um caldeirão no qual se misturam autobiografia e diário, costurados por uma escrita sincera, que impressiona por tocar em assuntos delicados de forma direta, por falar de intimidades que incomodam e emocionam. Lázaro conta que o nascimento dos filhos João Vicente e Maria Antônia, além de seu casamento com Taís Araújo, atriz que cada vez mais conquista respeito pela solidez de seus argumentos, foram momentos que o ajudaram a consolidar a forma de pensar questões urgentes para sua vida e para o Brasil, país cada vez mais desigual. Sobre a obra, Lázaro conversou com o Estado, quinta-feira, 8, em São Paulo.

dou minha narrativa, a maneira de eu contar o mundo, as dores que sinto, as alegrias, as expectativas. E, do meio para o fim, o livro foi escrito no último ano e sem nenhuma expectativa de ser uma verdade absoluta - é uma conversa em andamento. Principalmente porque apareceram assuntos que me fizeram pensar, como um movimento na internet que estimula o pensamento. Há uma juventude hoje que fala do empoderamento e também sobre o próprio feminismo que me faz pensar em muita coisa. Você e Taís causaram comoção nos diversos teatros em que apresentaram a peça No Topo da Montanha, sobre Martin Luther King. O espetáculo também mexeu com vocês?

O livro ora se parece com uma biografia, ora um diário, mas muitos fatores foram decisivos na sua escrita, como o nascimento de seus filhos, não? Se esse livro tivesse ficado pronto antes, não seria o mesmo. O nascimento dos meus filhos mu21


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A peça mexeu pelo contato com as pessoas, pelas histórias que a gente ouviu e pelo exercício de narrativa. É um jeito de se comunicar e uma estratégia, quando se fala em público-alvo, para se ter um público muito diverso - a peça nos deu algumas pistas. Mas, no livro, quando trata da peça, você descreve um debate com o público que não foi bom, com questões ruins. Eu não precisava fazer um elogio, lembrando que a peça transformou um público de mais de 80 mil pessoas. Isso a imprensa, as redes sociais já fizeram. No livro, prefiro falar sobre o que pensei e que não foi acessado pelas pessoas. A alegria que tenho ao fazer a peça é super acessível, nos números de público, nos vídeos que fazemos na rede social. A escolha foi a de compartilhar um sobressalto existente mesmo em um momento de celebração. Porque isso descreve um comportamento de vida que é meu e eu não gostaria de ter, mas que está só aqui. O livro é rico em citações, que contribuem para o debate. O pensador Muniz Sodré, por exemplo, comenta sobre a presença do negro na publicidade como uma questão de reconhecimento mercadológico, baseado no politicamente correto. E agora já existem dados estatísticos sobre isso. Há um instituto brasileiro, do qual ainda não recebi uma pesquisa, que faz uma associação direta do crescimento econômico de uma empresa que tem maior diversidade, não só ética. Minimamente, as empresas que adotaram essa política cresceram 43% no mercado, o 24

que gerou mais renda, conseguiu atingir um público novo e descobriu como falar melhor com esse público. A publicidade já vem percebendo isso. Faltariam no Brasil movimentos negros como os americanos Black is Beautiful e Black Power? É difícil falar porque pareceria que estou recorrendo a uma solução efetiva. Acredito que o problema de desigualdade e preconceito no Brasil é tão grave que todas as medidas são necessárias e eficientes à sua maneira.

Entre os negros, ainda há uma parcela que tem dificuldade de assumir sua cor de pele.

É preciso encontrar o que é possível para cada indivíduo - às vezes, pode existir uma cartilha de correção que aponta como correta determinada militância. Não é fácil encontrar um modelo. Somos seres humanos e cada um vai ter uma possibilidade e um caminho. E, às vezes, surgem caminhos novos que não experimentamos nem sabemos se são possíveis. Temos que avaliar ainda a cultura na qual estamos inseridos. Vivemos em um país capitalista? Sim. Como colocar a questão da igualdade nesse país? O que atacar primeiro? Vivemos em um país onde discursos conservadores têm permanecido e onde a religião católica não é mais a única voz. O que fazer? Não dialogar com outras correntes religiosas? Estamos em um

momento de nova alfabetização. Intuo que estabelecer diálogos, incluir pessoas nessas conversas, é um caminho. Por isso, tenho me colocado como um provocador de diálogos. O Topo da Montanha é isso: provoca diálogo e mostra que não se deve abrir mão de falar sobre as coisas. Assuntos não são sonegados. Falamos do genocídio do jovem negro, do silenciamento da mulher, mas por meio de uma narrativa que fomos encontrando. todas as medidas são necessárias e eficientes à sua maneira.


Bar em São Paulo é preso por guindaste a 42 metros de altura Bar funciona no meio do Parque Villa-Lobos, na zona oeste de São Paulo

Josiane Santana e Luiza Mattos Fonte: Felipe Resk, do Estadão Conteúdo em 20/11/2017 (Bar nas Alturas/ Facebook/Divulgação)

Vista do Bar nas Alturas: ingresso custa R$ 25 (crianças até 3 anos não pagam)

São Paulo – Mal começa a subir, uma mulher já confessa: “Ai, meu Deus! Estou morrendo de medo”, diz, segurando firme as duas mãos no balcão. Não é a única. Entre os presentes, a expressão mais comum é de apreensão e nervosismo – pelo menos, no início do passeio. O bar, então, é içado por um guindaste até “estacionar” a 42 metros do chão, no

meio do Parque Villa-Lobos, na zona oeste de São Paulo. Feito com uma estrutura de aço, com o piso forrado por madeira e com uma tenda por cima, o “Bar nas Alturas” tem dez banquinhos ao redor do balcão central. Outras quatro pessoas também podem ir em pé, segundo a capacidade do equipamento. Durante o passeio inteiro, que dura cerca de 15 mi-

nutos, todos ficam presos a cintos de segurança. O ingresso custa R$ 25 (crianças até 3 anos não pagam). “É show de bola! A sensação quando chega lá em cima é meio punk: é muito alto e venta bastante. Bate aquela coisa no começo, mas é bem seguro”, diz o corretor de imóveis Paulo Santos, de 25


52 anos. “Escolheram um lugar estratégico do parque, então dá para ter uma vista bem legal.” Na fila, o casal Leandro Pagani, de 28 anos, e Giovana Gentil, de 29, tinham opiniões opostas. “Eu já tinha lido antes sobre o Dinner in The Sky (jantar a 50 metros de altura), que acontece em outros países. Então quando vi na internet que ia ter esse bar aqui, fiquei logo interessado”, conta Pagani. “Mas eu não queria vir, não”, completa a namorada, aos risos. “Só vim pelo companheirismo mesmo. Tenho medo de altura.” Lá de cima, é possível ter uma visão panorâmica do parque: os bosques, os gramados, a criançada brincando no solo. É a hora preferida para sacar o celular e fazer uma selfie. “A gente tem um retrato da cidade. Desse lado dá para ver o paredão de prédios de Alto de Pinheiros. Do outro, a favela do Jaguaré”, comenta Janaina Máximo, uma das coordenadoras do evento. O bar também oferece um drink (sem álcool, porque no Villa-Lobos não pode), servido em copo plástico. Segundo a coordenadora, a altura do bar varia, por questões de segurança, com condições meteorológicas, velocidade do vento e até tipo de solo. “No sábado, por exemplo, ele subiu 30 metros”, afirma Janaina. “O público tem de crianças de colo até senhorinhas. É para todo mundo.” “Mais do que um bar, é um mirante”, diz o engenheiro Fábio Paschoal, proprietário do equipamento. “Antes, as pessoas só queriam ir ao shopping, ficar em um espaço fechado. A impressão que eu tenho é que esse tempo já passou”, afirma. “Elas que26

rem estar ao ar livre, então nossa ideia é oferecer um ambiente legal, para que se crie o hábito desse tipo de passeio.”De mão dada com a namorada na saída, Leandro Pagani diz que a experiência nas alturas “correspondeu à expectativa”. Animada, Giovana não deixa por menos. “É muito, muito mais tranquilo do que eu pensava. Foi ótimo.” Atrações. O “Bar nas Alturas” faz parte da programação do “Família no Parque”, que começou no sábado e termina hoje no Villa-Lobos. Com um “complexo de entretenimento”, o evento tem outras atrações, das 10 horas às 19 horas, incluindo food trucks e food bikes.Estacionado ao lado do bar, fica o “Caminhão de Eventos”, com um palco montado em cima, onde se apresentam bandas e DJs. Lá, toca de rock a canções infantis. As músicas são reproduzidas em um equipamento de som que dá conta de até 8 mil pessoas. Em uma das cabines do caminhão, há uma área de Realidade Virtual, com dois óculos disponíveis para o público. Em outra uma motocicleta é usada de cenário para as fotos de recordação. Como a moto está em frente a um plano verde, é possível escolher o fundo da imagem. Os serviços são gratuitos. Para crianças a partir de 2 anos, brinquedos infláveis se concentram na “Área Kids”. São escorregadores em formato de galo, baleia, camaleão – ao custo de R$ 5. “Tivemos a preocupação de trazer uma estrutura focada na família”, diz Fábio de Francisco, um dos organizadores. “Hoje, é muito difícil competir com quantidade de atrativos que a criança já tem em casa. Seja um celular, um tablet… A ideia é conseguir trazer todos.”

Uma das atrações preferidas é o bungee trampolim (R$ 12), em que o usuário, amarrado em elásticos, fica saltando em uma cama – também – elástica. Nela, o pequeno Gabriel Farias, de 2 anos, era só risadas. “Eu adorei o evento”, diz a mãe, Karine Pereira, de 28 anos. “É muito importante conseguir tirar a criança do videogame e trazer para brincar na rua, como a gente fazia antigamente.”


Bruno Mars é processado por publicar foto de quando era criança Uma fotógrafa chamada Catherine McGann afirma que foi ela a responsável pela imagem de Mars, em 1989, quando ele tinha 3 ou 4 anos

Josiane Santana e Luiza Mattos Fonte: Estadão Conteúdo em 21/11/2017 Bruno Mars entrou numa batalha judicial após ter postado em seu perfil oficial do Instagram uma foto de sua infância, na qual imitava o cantor Elvis Presley.

Catherine McGann, afirma que foi ela a responsável pela imagem de Mars, em 1989, quando ele tinha 3 ou 4 anos, e agora exige os direitos autorais da imagem.

De acordo com informações do TMZ, uma fotógrafa, chamada

O site informou que, segundo documentos obtidos, McGann

afirma que Mars publicou a imagem em suas redes em junho – no Instagram, a fotografia reuniu 1,2 milhões de likes – e está processando o artista e sua produtora, a Warner Music, por danos e todos os lucros que eles tiveram de sua foto.

Bruno Mars: a fotografia reuniu 1,2 milhões de likes

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Ator de ‘Velozes e Furiosos’ diz que não volta ao nono filme da franquia caso Dwayne Johnson continue no elenco A relação conflituosa entre Tyrese Gibson e The Rock já criou algumas polê(Foto: Getty Images) micas nos últimos meses

O ator Dwayne The Rock Johnson e o rapper e ator Tyrese Gibson E a guerra de insultos e ameaças protagonizadas pelos atores Tyrese Gibson e Dwayne Johnson nas redes sociais ganhou mais um capítulo. Agora foi a vez do intérprete do ex-policial Roman Piearce criar polêmica ao anunciar pelo Instagram sua saída da franquia ‘Velozes e Furiosos’, caso Dwayne Johnson permaneça escalado para o nono episódio da saga de carros tunados. Na rede social, ele postou a 28

decisão na legenda de uma foto na qual aparece brincando com Vin Diesel e o próprio Dwayne. “Olá mundo. Olá fãs leais e entes queridos do NOSSO universo veloz. Lamento anunciar que, se Dwayne estiver em Velozes e Furiosos 9, não haverá mais Roman Pierce - Você bagunça com a sobrevivência da minha família e das minhas filhas e eu bagunço com a sua. Feche os seus olhos cara, você é um ‘Palhaço’...”,

publicou o ator. Até o momento, nem Dwayne Johnson ou os seus representantes, como a própria assessoria de Tyrese comentaram o desabafo. Além disso, a Universal Pictures, estúdio responsável pela franquia, também não se manifestou. Polêmicas envolvendo The Rock e Vin Diesel, protagonista da saga sob quatro rodas. Um dia após a Universal anunciar o adiamento da estreia de ‘Velozes e Furiosos


9’ para abril de 2020, Gibson foi ao Instagram e culpou The Rock pelo fato do atraso. Vale lembrar que em setembro, Tyrese também havia criado polêmica ao postar um comentário no Instagram de Johnson, questionando a realização de um filme solo de Robbs, personagem de Dwayne na franquia. Já em meados de outubro, The Rock mandou um recado nada amigável para Gibson, enquanto malhava com uma gigantesca corrente sobre o pescoço: “Cachorrões comem e filhotinhos ficam observado do sofá”. Após pedir a cabeça de Dwayne Johnson, pedindo para que ele fosse expulso da franquia ‘Velozes e Furiosos‘, Tyrese Gibson parece finalmente ter hasteado a bandeira branca da paz, encer-

rando toda a tetra com o seu colega de elenco. Em uma publicação feita em sua conta do Instagram, o ator/cantor revelou que teve uma conversa franca com um dos sócios de The Rock, dizendo que este será seu último post sobre o assunto. Confira: “Quero que todos vocês saibam que tive uma conversa franca com um dos sócios de Dwayne e este será meu último post sobre ele… eu repito, o último. Eu respeito o sócio que me ligou. Minha história nunca vai mudar, eu nunca foi o coadjuvante de Dwayne Johnson…eu sou o pai da Shayla em primeiro lugar…Justin Lin está de volta na cadeira do diretor e isso é animador porque vai real-

mente ser a verdadeira família de Velozes e Furiosos novamente… quando vemos Justin, nós vemos Paul…” A Universal Pictures adiou a estreia de abril de 2019 para abril de 2020, um ano de atraso. Com isso, ‘Velozes e Furiosos 10‘ pode ser adiado para 2022. Justin Lin (‘Star Trek: Sem Fronteiras’) dirigirá os próximos dois filmes. Lembrando que Lin já trabalhou na franquia, tendo comandado ‘Velozes e Furiosos’ 3, 4, 5 e 6. Diesel também revelou que Jordana Brewster voltará para a saga e reprisará seu papel como Mia Toretto. Detalhes do retorno e da trama não foram revelados.

(Foto: Igor)

Elenco do filme Velozes e Furioses: Vin Diesel, Charlize Theron, Michelle Rodriguez, Dwayne Johnson, Tyrese Gibson, Ludacris e Jason Statham. 29


O Outro Lado do Paraíso’: Revisite a carreira da gigante Fernanda Montenegro A nova novela das nove traz de volta à telinha nomes memoráveis da teledramaturgia brasileira. O Gshow recorda agora a carreira destes grandes atores Nascida Arlette Pinheiro Esteves Torres, Fernanda Montenegro é considerada a maior dama da dramaturgia. Sua carreira começou aos 15 anos de idade ao fazer um teste para locutora na Rádio MEC, no Rio de Janeiro. Fernanda estreou na TV Globo em 1981, na novela Baila Comigo,

de Manoel Carlos. A personagem Sílvia Toledo Fernandes foi escrita pelo autor especialmente para ela. Logo depois, a atriz atuou em Brilhante, de Gilberto Braga. Em 1983, a atriz marcou sua carreira com a personagem Charlô, no sucesso Guerra dos Sexos, em que contracenou com o

saudoso Paulo Autran. E quem não se lembra da icônica cena, dirigida por Jorge Fernando e Guel Arraes, onde Charlô e seu primo Otávio (Paulo Autran), fazem uma guerra de comida durante o café da manhã na mansão em que moravam?

(Foto: Divulgação)

Outros atores e atrizes famosos fizeram parte do elenco, tais como: Reynald Gyanecchini, Mariana Ximenes, Tony Ramos e Edson Celulari.

Após três anos afastada da televisão, Fernanda retornou a Globo em 1986 na novela Cambalacho, dando início à uma parceria com Silvio de Abreu. A atriz atuou nas novelas Sassaricando (1987), A Rainha da Sucata (1990), As 30

Filhas da Mãe (2001), Belíssima (2005) e Passione (2010). Na minissérie “O Auto da Compadecida”, que mais tarde se tornaria filme, a atriz interpretou Nossa Senhora, a própria Compadecida. Ter dado vida a um persona-

gem de Ariano Suassuna é algo que enche Fernanda de orgulho. O Suassuna é um referencial único na dramaturgia brasileira. “Foi um momento muito bonito quando Guel Arraes me chamou para ser a Compadecida.”


Um dos papéis mais memorá. veis de Fernanda na televisão foi a Bia Falcão, de Belíssima (2006). Na trama, a personagem despreza a filha e forja a própria morte. Mesmo assim, a vilã se dá bem no final e foge para Paris junto com o amante Mateus, vivido por Cauã Reymond. criou os netos Júlia e Pedro após a morte prematura de sua filha, Stella, fundadora da Belíssima. Sua elegância e firmeza nos negócios permitiram que adminis-

trasse a empresa Belíssima até que Júlia estivesse pronta para assumir a presidência. Não podemos deixar de mencionar aquele que seria um marco não só na carreira de Fernanda, mas também para todo o cinema nacional. Em 1999, a atriz foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz por seu papel como a escritora de cartas, Dora, em Central do Brasil. Ao longo de sua carreira, Fernanda Montenegro recebeu inúmeros prêmios de cinema e dramaturgia, um

deles foi o Emmy Internacional de Melhor Atriz, por seu trabalho em Doce de Mãe, em 2014 Uma aura de santidade envolve Fernanda Montenegro quando a atriz se faz Mercedes, a personagem mística de “O outro lado do paraíso”. Sensitiva, ela escuta vozes que aconselham, principalmente a Clara (Bianca Bin) e Josafá (Lima Duarte), o melhor caminho a seguir. Curandeira, cuida do corpo e da alma de quem a solicita. No entanto, na (Foto: Globo/ Luiz C. Ribeiro)

Fernanda Montenegro participa no International Emmy World Television Festival no Sofitel Hotel em Manhattan.

contramão de grande parte dos telespectadores da novela, sua intérprete não a considera uma mulher poderosa. Mercedes é frágil, singela, ingênua. A força não vem dela, mas das vozes que falam com ela e a deixam alerta, que a impulsionam a socorrer o próximo. Se ela é médium ou esquizofrênica, eu não sei. A missão de Mercedes é fazer o bem no mundo. Sua emoção é

descompromissada com qualquer sofisticação ideológica. Ela é uma representante da fé do povão — define Fernanda. Em 1º de novembro, Dia de Todos os Santos, segundo a tradição católica, a atriz gravou cenas no Quarto de Benzer de Mercedes, repleto de imagens deles. E, para falar de sua própria fé, ela gosta de citar Santo Agostinho: — Ele dizia que se você duvida é

porque já crê. Eu também acredito em muita coisa, embora, às vezes, duvide. E se cabelo branco é sinônimo de sabedoria, a veterana é fonte inesgotável dela. Ainda mais agora, aos 88 anos, que pela primeira vez deixa os fios em sua cor natural, a favor de uma personagemv

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Planeje férias inesquecíveis nos alpes franceses, em Courchevel. Destino da família real, Courchevel é um encanto e mais acessível do que você imagina. Foto: Divulgação

Chalê em Courchevel

Era uma vez uma plebeia cujo sonho passava longe de encontrar um príncipe. Sua aspiração era esquiar e bem. Muitos lugares ofereciam aulas, mas ela escolheu viver o conto de fadas viajante nos alpes franceses, em Courchevel. A estação de esqui entre as mais famosas e luxuosas do mundo é 32

bem mais acessível do que você pode imaginar. Apesar de ser um destino de superluxo, frequentado pela família real, o resort tem opção hoteleira e restaurantes para todos os bolsos. Aqui, tem os caminhos para chegar e o que não pode perder. É fácil ir por Genebra, na Suíça, e

rodar duas horas até lá. Não durma no caminho, pois a vista é maravilhoso e passa, entre outros lugares, por Annecy, a Veneza dos Alpes. Já é hora de se programar. A temporada 2018 abre em 9 de dezembro de 2017. É uma excelente dica para quem busca um Natal de sonhos, embriagado por luzes e esculturas na neve.


As vilas têm enfeites encantadores. A cada temporada, esculturas de gelo e outras manifestação de arte tomam conta da estação de

esqui. É o Festival de Arte Urbana e na Montanha. A arte está tanto nas vilas, como no topo das montanhas, no “Art at the top”.

Na temporada de 2017, o sucesso foi a escultura do panda gigante de Julien Marinetti.

Como é o lugar Courchevel é formada por cinco vilas dispostas em etapas e interligadas, desde 1.100 m a 1.850 m. Para circular entre elas, todos usam o esqui bus, gratuito em qualquer ponto das vilas. Alguns hotéis também têm transfers próprios. Nas vilas, casinhas e complexos com arquitetura de madeira e teto cheinho de neve abrigam restaurantes, mercados, agências para passeios e lojas, desde as de suvenir às de grifes famosíssimas. Quem curte o clima de montanha encanta-se com o vinho do fim de tarde ao cair da neve, gastronomia premiada, spá, clube aquático Aquamotion, e aventuras, como snowmobile, sobrevoo de helicóptero e até paraquedismo – para os muito corajosos.

(Crédito: @Patrick Pachod Office)

Estação de esqui Courchevel Veja abaixo tudo o que você precisar saber para visitar Courchevel: Courchevel faz parte do complexo Les 3 Vallées, a maior área esquiável interligada do mundo. São oito estações de esqui – as mais famosas são Courchevel, Méribel e Val Thorens – interligadas por 169 teleféricos, somando 321 pistas espalhadas em 105 km² (10,500 hectares). Para se ter uma ideia: os esquiadores hardcore saem de Courchevel de

manhã, esquiam até o fim do dia, e chegam do outro lado dos três vales, em Val Thorens. Courchevel é uma estação que abrange cinco vilarejos, nomeados de acordo com suas altitudes: Courchevel 1850, Courchevel 1650, Courchevel 1550, Courchevel 1300 e Courchevel 1100, todos interligados por teleféricos. Quanto mais alto, mais alta a conta. Os hotéis em Courchevel 1850 são todos na pista de ski. Não é só para os excelentes esquiadores que Courchevel é um

paraíso. A estação tem 19 pistas verdes (para iniciantes) e 35 azuis (para intermediários). E é famosa por ter suas pistas voltada para o Norte, o que garante a melhor qualidade de neve para o esqui. E é possível ter aulas de esqui em português.E para quem não é adepto da adrenalina do esqui alpino, há 66 km de pistas de esqui cross-country (espécie de caminhada com esquis). Ou ainda a opção de andar na neve com raquetes. 33


Chef Roberta Sudbrack estima prejuízo de R$ 400 mil com Rock in Rio No estande do evento, Vigilância Sanitária do município apreendeu 160 quilos de alimentos que seriam comercializados; em entrevista ao G1, chef premiada acusa agentes de usar truculência (Foto: Prazeres da MESA)

Roberta Sudbrack abandona Rock in Rio: Mais de 150kg de alimentos foram jogados no lixo.

Em entrevista ao G1 neste sábado (16), a chef Roberta Sudbrack estima ter tido um prejuízo de pelo menos R$ 400 mil no Rock in Rio com a apreensão e descarte de alimentos pela Vigilância Sanitária. Do total, R$ 200 mil foram pela compra dos produtos apreendidos e outros R$ 200 mil que seriam do lucro arrecadado nos sete dias de evento. O órgão subordinado à prefeitura recolheu, na sexta-feira (15), 160 quilos de alimentos que seriam comercializados. 34

Outros 850 quilos do estande “Roberta Sudbrack - Bar de Cachorro Quente” foram lacrados. Roberta Sudbrack acusou os 15 agentes da Vigilância Sanitária de usar a truculência no momento da fiscalização. Segundo ela, havia cerca de 100 pessoas na fila para serem atendidas e mais cinco funcionários, três deles nutricionistas. “É um momento difícil para mim como profissional. Fomos tratados como se estivéssemos fazendo algo errado, como se es-

tivéssemos carregando malas de dinheiro. Foram truculentos. Não podemos ser tratados assim. Foi abuso de autoridade”, contou. Roberta explicou que enviou a ficha técnica dos alimentos, com informações sobre a procedência e a produção, para a direção do Rock in Rio, que, de acordo com ela, a autorizou a vendê-los. Os ingredientes, como queijos, linguiças e salsichas, foram fabricados por pequenos produtores da cidade de Gravatá, em Pernambuco. “Trabalho com os mesmos pro-


dutos há 20 anos. Sempre passei por fiscalizações durante esse tempo e nunca foram apreendidos. Antes de chegar no Rock in Rio, eles passaram por uma transportadora e por dois aeroportos, tudo com nota fiscal. Eu não os trouxe na mala do carro de forma irregular”, ressaltou. A chef informou que conseguiu na Justiça uma liminar para que cerca de 100 quilos de queijo, seis mil linguiças e seis mil salsichas apreendidos não sejam jogados fora. Roberta escreveu à mão um aviso colado em seu estande do Rock in Rio: “Fomos fechados pela Vigilância Sanitária do Rio de Janeiro porque usamos produtos de artesãos brasileiros. Todos os nossos produtos estavam dentro das normas sanitárias e dentro da validade. Os produtos foram jogados fora!!! Enquanto no mundo tanta gente está morrendo de fome!!”. Com o lucro do evento, a chef

iria investir em outros projetos. Roberta lamentou a situação: “Sem o pequeno produtor nacional, a gastronomia brasileira acabará. Na Europa, esse tipo de produção é motivo de orgulho. Participei de congressos na Espanha, na Itália e na França. Contei a história desses alimentos e os ofereci para degustação. Todos adoraram. É um trabalho da vida inteira que está em jogo. Não é um carimbo (da prefeitura)”. Foi vendendo cachorros-quentes durante a juventude, em Brasília, que Roberta Sudbrack, gaúcha de Porto Alegre, começou a trabalhar com comida aos 17 anos. Chef de cozinha premiada, ela também trabalhou por sete anos para o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso no Palácio do Planalto. Cursou veterinária, mas não se formou. Roberta é autodidata em culinária. Em 21 de janeiro deste ano, a chef anunciou o fechamento

do restaurante que tinha o seu nome, no Rio. Aberto em 2005, a ideia do estabelecimento era de alta gastronomia. O local recebeu uma estrela no primeiro guia Michelin brasileiro e outros prêmios. Em nota ao G1, a direção do Rock in Rio lamentou: “A organização informa que é responsável pelo mix de produtos oferecido ao público, garantindo uma oferta variada. Fica a cargo das marcas o cumprimento das normas previstas pelos órgãos competentes. O Rock in Rio lamenta o ocorrido e a saída da Roberta Sudbrack do evento. A Operação do Gourmet Square foi um sucesso, com atendimento a mais de 14.3mil pessoas. A média de espera de atendimento foi de apenas 10 minutos e a administração do espaço foi feita com tranquilidade, preservando o conforto do público.

Sem autorização para venda A Vigilância Sanitária do Rio divulgou nota na tarde deste sábado (16) sobre a apreensão de alimentos. Segundo o órgão, os produtos encontrados no local pelos técnicos não possuíam registro para a comercialização dentro do município, chamado de Serviço de Inspeção Federal (SIF). “Portanto, os 160 kg de alimentos irregulares encontrados no Rock In Rio, que seriam disponibilizados imediatamente à população, foram impedidos de serem comercializados. Já os 850 kg de alimentos encontrados no local de estoque, que fica localizado fora da área do evento que seria usado para abastecer o estande, foram lacrados para impedir a comer-

cialização”, diz a nota. A Vigilância Sanitária informou ainda que será encaminhado um ofício ao Ministério Público para que seja definida a destinação dos produtos lacrados “já que entraram de forma ilegal no município”. Segundo os técnicos, Roberta Sudbrack não foi proibida de vender os alimentos nos próximos dias do evento, mas deverá apresentar a documentação exigida. “De acordo com a redação do artigo 4º da lei 7.889 de 23 de novembro de 1989, apenas produtos oriundos de estabelecimentos registrados pelo Ministério da Agricultura estão habilitados ao comércio interestadual e internacional. No estabelecimento

Sudbrack Gastronomia, foram encontrados produtos de origem animal (linguiça e queijo) sem os devidos registros. Ainda, segundo o artigo 12 do decreto 6235 de 30 de outubro de 1986, todo alimento só deve ser exposto ao consumo se estiver devidamente registrado em órgãos competentes”, ressaltou o órgão da prefeitura. A Vigilância Sanitária, por meio da assessoria de imprensa, negou ao ter havido truculência por parte dos agentes da fiscalização.

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Acusação de estupro contra Ed Westwick vira caso de polícia. Testemunhas se pronunciam.

Ed Westwick (Foto: Divulgaçåo)

Gabriela Costa Fonte: Hugogloss.com, 8/11/17 A acusação de estupro contra o ator Ed Westwick, mais conhecido por seu papel de Chuck Bass em “Gossip Girl”, acabou virando caso de polícia. Como todos devem saber, a atriz Kristina Cohen acusou o ator de tê-la abusado sexualmente em 2014 e prestou queixa contra ele nesta terça-feira (07), no Departamento de Polícia de Los Angeles. Uma cópia do relatório, obtida pelo Deadline, afirma que “o suspeito forçou a vítima a ter relações sexuais dentro de sua residência… há três anos“.Segundo a publicação, duas testemunhas também se pronunciaram em apoio às alegações de Cohen. O ator Blaise Godbe Lipman, amigo da atriz, disse ao site que ela falou sobre incidente no dia se36

guinte ao suposto abuso. “Ela veio para minha casa na manhã seguinte e me contou tudo. Ela estava em estado de choque. Foi sem dúvidas um estupro“. A irmã da atriz, Katalina Colgate, também conversou com o Deadline e afirmou que foi difícil para ela falar sobre o caso. “Muito pouco depois do que aconteceu, ela me disse que tinha sido estuprada. Ela contou a mim e a minha outra irmã. Eu fiquei furiosa“. Nesta semana, Cohen decidiu expôr um episódio de estupro que teria sofrido nas mãos de Ed Westwick. Segundo a jovem, o caso teria acontecido no apartamento do astro, em 2014. Ela relatou que visitou o ator acompanhada do namorado (naquela época), que era um produtor, e que enquanto

dormia Ed a atacou. “Foi aí que fui acordada abruptamente com Ed em cima de mim, e seus dedos entrando em meu corpo. Eu disse a ele para parar, mas ele era forte. Eu lutei com ele o máximo que pude, mas ele agarrou meu rosto com as mãos, me sacudindo, dizendo que queria me foder. Fiquei paralisada, aterrorizada. Eu não podia falar, não podia mais me mexer. Ele me segurou e me estuprou. Foi um pesadelo, e os dias seguintes não foram melhores“, escreveu ela em relato no Facebook. Pelo Instagram, Ed se defendeu, afirmando não conhecer a atriz. “Eu não conheço essa mulher. Eu jamais forcei nenhuma mulher a nada, de nenhuma forma. Eu jamais cometi estupro“.


Saiba tudo sobre o casamento de Marina Ruy Barbosa e Xandinho Negrão

Bruna Marquezine e Neymar se encontraram e passaram quase

toda a festa juntos.

Marina Ruy Barbosa (Foto: Divulgação)

Gabriela Costa Fonte: glamour.com, 10/10/17 No último sábado, a atriz Marina Ruy Barbosa e o piloto Xandinho Negrão se casaram na fazenda do noivo, em Campinas, no interior de São Paulo. Marina usou um vestido Dolce & Gabanna. Ao contrário de outros casamentos de famosos, tudo era liberado ali: fotos, vídeos, selfies... Todos se sentiam muito à vontade. Mas o bafafá mesmo foi o revival de Bruna Marquezine e Neymar. Eles se viram, cumprimentaram e começou a ‘beijação’ e assim ficaram quase toda a festa juntos. Uma pessoa perguntou, displicentemente, se eles haviam reatado, a resposta foi: “estamos nos curtindo. Nos comentários dos bastidores sobre as mais bem e mal vestidas, as mais elegantes eram Paula Fernandes (madrinha), Karin Roepke, namorada de Edson

Celulari, Vitória Grandene, namorada de Enzo Celulari, e Julia Faria (que aliás estava vestida igual a mãe do noivo). A mais mal vestida, uma unanimidade: Bruna Marquezine! Ninguém entendia a jaqueta por cima do vestido e os óculos escuros. Todos ficaram impressionados com o tamanho gigantesco da casa de Xandinho. A propriedade é infinita. Galvão Bueno narrou a hora em que Marina jogou o buquê como se estivesse numa corrida automobilística. Galvão foi o responsável pelo momento saia justa: chamou Ronaldo Fenômeno no palco e praticamente o obrigou a pedir a namorada em casamento. Ele, sem graça, disse que casaria em 2026. Não teve shows, apenas DJs. No final, simplesmente Alok tocou. Se teve alguém que curtiu muito

a festa, esse alguém foi Marina. Juliana Paes foi muuuuuuuito assediada. Era um tal de Bibi pra lá, Bibi pra cá. Em certa hora, ela foi ao banheiro com Angélica... Pra quê? Coitada de Angélica, que teve que fazer o papel de ‘assessora’. O casamento também contou com a presença de Luciano Huck e o casal Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso, além de Glória Maria, Aguinaldo Silva (padrinhos), entre outros. Titi, filha de Bruno e Giovanna, roubou a cena como uma das damas de honra. O bufê tinha tudo e mais um pouco. De lagosta a camarão. Por volta das 2h30, começaram a servir pizzas de todos os sabores. O comentário é que o casamento foi o maior banquete da história!

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Glamour Beauty Festival: tudo o que vai rolar no parque temático da beleza

Veja todas as ativações e marcas participantes do evento, que acontece neste sábado (11/11). Dica: vai ter show com IZA! Gabriela Costa Fonte: glamour.com, 7/11/17 Como já é tradição, o Glamour Beauty Festival traz, além de muitos talks sobre o mercado e uma gift bag recheada de produtinhos, toda uma gama de experiências de marcas renomadas. Profissionais especializados mimam as visitantes com penteados, esmaltação, maquiagens, degustação de novidade, massagens... É um verdadeiro parque temático da beleza! Quer ver tudo o que vai rolar no Shopping JK Iguatemi, dia 11? Confira abaixo a lista de participantes e as surpresas que eles prepararam para quem for ao evento (tudo gratuito!): Vult: maquiagem express e esmaltação. The Body Shop: cartomante e árvore dos desejos. Pernas Maravilhosas: aplicação de produtos nas pernas. Granado: personalização de perfumes. Wella: styling e penteados nos cabelos. Paypal: venda de ingressos para as palestras. Embelleze: tratamentos e penteados/finalização dos cabelos. Avon: maquiagem no longe da marca e talk + pocket show de encerramento com a cantora IZA no palco principal. Fujifilm / Instax: Fotos divertidas! Kenzo e Givenchy: degustação olfativa da linha Kenzo + máquina de boomerang Think Print 38

Cantora Iza (Foto: Karine Basílio / Edições Globo Condé Nast.)

+ tattoos temporárias douradas de olho Vyvedas: massagens e ritual nos pés. Koleston: ativação de foto com ring light. Selfies que serão compartilháveis via WhatsApp! GLAMOUR BEAUTY FESTIVAL 11.11 no Shopping JK Iguatemi São Paulo PROGRAMAÇÃO 12h|BELEZA NEGRA E EMPODERAMENTO 13h|HEALTHIFICATION + AS MUSAS FITNESS DO

MAKEOVER 14h|O FIM DO ANTI-AGING 15h|BELEZA VEGANA/ CRUELTY-FREE 16h|BALANÇO DE TENDÊNCIAS: CABELO, MAKE E MANICURE 17h|BELEZA DE TV 18h|O SEGREDO PARA BOMBAR NAS REDES SOCIAIS PELAS YOUTUBERS 19h30| MAQUIAGEM COMO FERRAMENTA DE EMPODERAMENTO


John Mayer no Rio de Janeiro em 2017 Cantor faz show em outubro no palco da Jeunesse Arena.

John Mayer (Foto: Divulgação)

Gabriela Costa Fonte: ingresso.com, 16/10/17 O cantor e compositor John Mayer, vencedor de 7 Grammy Awards, traz sua turnê The Search for Everything World Tour para o Brasil em outubro. Essa é a primeira turnê solo do cantor desde 2014 e passará pelas arenas européias e norte-americanas antes de vir à América do Sul. Todos os shows da turnê serão compostos de canções solo acústicas, com o John Mayer Trio e com a banda completa. É a terceira grande turnê mundial de John Mayer depois do lançamento do álbum homônimo no início deste ano, seu sétimo álbum de

estúdio, iniciada em 31 de março em Albany, Estados Unidos. O cantor John Mayer volta ao Brasil para shows em 2017 e se apresenta no dia 27 de outubro, quinta-feira, no Rio de Janeiro, no palco da Jeunesse Arena (Arena Rio). Os ingressos serão vendidos pelo site Livepass a partir de 22 de junho às 10h para o público geral, custando de R$ 120 a R$ 590. Nesta vinda ao país, o cantor está divulgando seu novo disco, The Search For Everything,

sendo que as novas apresentações de John Mayer contam com shows divididos em três partes: o um set acústico, um set com o John Mayer Trio e um set com a banda completa. O cantor também passa por São Paulo no dia 18 de outubro, no Allianz Parque; Belo Horizonte no dia 20 de outubro, na Esplanada do Mineirão; em Curitiba no dia 22 de outubro, na Pedreira Paulo Leminski; e em Porto Alegre no dia 24 de outubro, no Anfiteatro Beira-Rio. 39


Os looks das brasileiras no Halloween amFAR

Festa badaladissíma aconteceu nos Estados Unidos

Bruna Marquezine e Sasha Meneghel na amFAR (Foto: Divulgação)

Gabriela Costa Fonte: purepeople.com.br, 9/10/17 Mais um baile badalado em prol da amFAR foi realizado neste sabábdo (28). A festa de Halloween Fabulous Found Fair, oferecida pela modelo russa Natalia Vodianova, aconteceu em Nova Iorque. O evento reuniu famosos que capricharam no look por uma boa causa: os fundos levantados com a comemoração foram revertidos para o apoio as pesquisas sobre a AIDS e o HIV, e a fundação Naked 40

Heart, que apoia crianças com necessidades especiais. Bruna Marquezine usando um Le Lis Blanc, Sasha Meneghel de Bo.Bô e Thaila Ayala envergando um John John foram as brasileiras que ganharam destaque entre as famosas internacionais. Bruna Marquezine e Sasha Meneghel arrasaram em uma festa de Dia das Bruxas no último sábado (28). As duas estiveram no baile de Halloween da amfAR em

prol da Naked Heart Foundation. Ambas fantasiadas (e com looks muito poderosos), as amigas de longa data investiram no carão e na maquiagem bastante marcada para a ocasião - elas apostaram no batom puxado para o vinho e na boca degradê. O look inspirado em Malevola de Marquezine (Foto: Divulgação)


Sasha curte festa em cabine do DJ Alok e internautas especulam: ‘Namorando?’ Filha de Xuxa Meneghel foi filmada conversando com produtor musical no casamento de Marina Ruy Barbosa

Sasha Meneghel e Dj Alok (Foto: Divulgação)

Gabriela Costa Fonte: purepeople.com.br, 9/10/17 Sasha Meneghel curtiu com DJ Alok o casamento de Marina Ruy Barbosa e Xandinho Negrão, realizado no sábado (7), em Campinas. Em vídeo publicado no Instagram, a filha de Xuxa Meneghel foi vista na cabine do produtor musical durante a festa ao lado de Bruno Gagliasso e a filha, Títi, a daminha de honra da cerimônia. Em outro clipe, a jovem foi vista conversando com o DJ. Nos comentários, os internautas especularam sobre um possível romance entre os dois. “Gente, a

Sanha está namorando o Alok?”, questionou um. “Sasha nesse momento estava pegando Alok porque ela não é boba!”, disse outro. Sasha Meneghel aproveitou muito o casamento de Marina Ruy Barbosa e Xande Negrão, no último fim de semana. Em alguns vídeos de fãs, Sasha apareceu com ninguém menos que DJ Alok na festa pra lá de animada. Amamos!

Sasha Meneghel é flagrada de topless De acordo com o jornal Extra, a filha de Xuxa Meneghel e o DJ foram vistos juntos em dois momentos da festa. Em um deles, Sasha conversava ao pé na letra com Alok. Já em outro, eles aparecem no palco, conversando com Bruno Gagliasso e a pequena Titi. Sasha Meneghel (Foto: Divulgação). Dj Alok (Foto: Divulgação)

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Michelle Alves se casa com Guy Oseary no Cristo Redentor Modelo vestiu Zac Posen e joias Ana Khouri no casamento

Gabriela Costa Fonte: vogue.globo.com, 25/10

Michelle Alves e Guy Oseary(Foto: vogue.globo.com

Michelle Alves disse “sim” ao empresário Guy Oseary, no Cristo Redentor, na terça (24.10), no Rio de Janeiro. A cerimônia - que contou com a presença de famosos como Dakota Johnson, Ashton Kutcher, Madonna, Bono Vox, Noel Gallagher, Anthony Kiedis e Demi Moore - parou a Cidade Maravilhosa. O vestido do “sim”, assinado por Zac Posen, é avaliado em US$ 100 mil (cerca de R$ 320 mil, de acordo com a cotação do dia 24.10), conta com várias camadas de tule francês rosa, lilás, off-white e tangerina, e uma longa cauda. As joias são de Ana Khouri. O detalhe do acessório mais luxuoso usado por Michelle é uma joia de cabeça de brilhantes e brincos de 21 quilates, além de pulseiras e brincos de ouro amarelo para a troca de roupa. A beleza foi assinada por Daniel Hernandez, que apostou em um make iluminado e natural, enquanto o cabelo ficou por conta de Andy Lecompte, hairstylist de Madonna, uma das convidadas do casal. O penteado foi simples: um rabo de cavalo bem puxado para trás, enfeitado pela joia Ana Khouri na lateral. 42

Os 150 convidados da cerimônia ao pé do Cristo Redentor receberam um mimo do casal em seus respectivos quartos no Hotel Fasano. Um kit com camiseta e boné da Reserva, mais cachaça premium Leblon, e chocolates e castanhas da Aquim. O empresário Guy Oseary compartilhou o primeiro clique do casamento com Michelle Alves nesta quarta-feira (26.10). Após a cerimônia, noivos e convidados seguiram para a mansão de Luciano Huck e Angélica no Joá para uma festa. Na lista exclusivísima, nomes como Madonna, Ashton Kutcher, Demi Moore, Bono Vox, Anthony Kiedis e Dakota Johnson marcaram presença.

Vogue já havia mostrado um clique exclusivo do vestido assinado por Zac Posen da noiva. A peça, feita sob medida, está avaliada em 100 mil dólares.


Nah Cardoso sobre novo livro: “as pessoas vão se sentir amadas” MENSAGEM POSITIVA EM SEU PRIMEIRO LIVRO Gabriela Costa Fonte: capricho.abril.com.br, 29/09/17

O primeiro livro de Nah Cardoso já está em pré-venda! Desde o dia 29 de setembro, A Vida Sem Filtros está na pré-venda na Saraiva, tendo o lançamento oficial da Outro Planeta previsto para o dia 27 de outubro.Por meio de um vídeo publicado no canal da youtuber no mesmo dia em que o livro foi liberado para compra, é apresentado o contexto de sua primeira obra, que enaltece uma mensagem bem positiva, dizendo que “todos estão conectados”, e que assim como o leitor, ela também já sentiu medo, tristeza e insegurança. ADVERTISINGNo início do vídeo ela diz:”Eu nunca planejei escrever um livro, ou ter milhões de seguidores nas redes sociais. Mas uma coisa eu sei, eu sempre quis compartilhar de alguma forma minha vida com as pessoas. Você pode ter algumas ideias sobre mim, imaginar coisas, sabe? Talvez você me enquadre em alguns filtros, mas você já parou para se perguntar sobre o que eu sinto?”, diz a digital influencer. Você pode conferir o vídeo na íntegra aqui:A capa do livro também foi divulgada na conta oficial da

Nah no Instagram. E claro, os seguidores ficaram apaixonados e mais ansiosos ainda para ler. Dá só uma olhada: - Esta notícia pertence a http://www.ofuxico. com.br/noticias-sobre-famosos/ nah-cardoso-manda-mensagem-

-positiva-em-seu-primeiro-livro/2017/10/02-304347.html © 2000 - 2017. Todos direitos reservados. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização. 43


crédito: revista educação

Novos projetos e modelos de ensino é um dos grandes desafios dos gestores Felipe Brito e Luana Rios Fonte: Paulo de Camargo (Adaptado) em 11/10/2017 Houve épocas de líderes hierárquicos, desbravadores, inspiradores, criadores de cenário para suas equipes atuarem. No contexto atual, que muitos especialistas chamam de VUC (que significa algo como tempos voláteis, incertos e complexos), o maior desafio do líder é a capacidade de produzir mudanças culturais nas organizações. Esse é o resultado de um estudo feito pela consultoria internacional Deloitte, que periodicamente pesquisa a opinião de executivos de todas as áreas. Para os líderes globais, reposicionar as empresas em uma era de transformações rápidas e imprevisíveis requer a capacidade de mudar a cultura interna, vencendo a inércia, a burocracia, mudando o jeito de pensar. 44

Nas escolas não é diferente. O líder escolar deve procurar deixar de ser um apagador de incêndios e passar a contribuir para que a cultura interna de seu colégio mude. Mover um modelo institucional acomodado ao longo de dois séculos em uma rígida estrutura hierárquica e funcional implica desenhar um novo molde, e isso não é simples. A dificuldade de implantação de projetos de tecnologia é apenas a ponta do iceberg de transformações necessárias – por exemplo, a de modelos de ensino mais abertos à experimentação e novos formatos. Em conferência recente, o educador português António Nóvoa, reitor honorário da Universidade de Lisboa, alertou para as profundas mudanças que vão acontecer na educação – e que mexerão nas estruturas mais clássicas da escola, como o tempo e o espaço escolar. “Como e quando

vai acontecer, não sabemos, mas é certo que dificilmente a escola continuará a funcionar como funcionou desde o século 19”, disse Nóvoa. Para ele, as mudanças serão mais aceleradas do que se imagina, e lembra que, na história da educação (sua especialidade), a introdução de tecnologias se mostrou sempre disruptiva. “A lousa foi uma invenção que levou apenas poucos anos para se difundir por escolas de todos os continentes”, exemplificou. Não por acaso, pipocam pelo país experiências educativas inovadoras. Há dois anos, o MEC deu o primeiro passo para tentar entender esse movimento, e criou a Rede de Inovação e Criatividade, listando 200 propostas recolhidas país afora. São experiências que tentam subverter rotinas, tempos, currículo e mesmo objetivos da educação.


Síndrome da velha escola O Brasil necessita de uma renovação no ensino que valorize a educação nacional. Nem sempre práticas educativas que vêm de fora são melhores Felipe Brito e Luana Rios Fonte: José Pacheco (Adaptado) em 11/10/2017 Há meio século, perguntávamos: por que é que nós damos aulas tão bem dadas e há alunos que não aprendem? Éramos competentes dando aula, mas, afetados pela síndrome da Velha Escola, negávamos direitos de aprendizagem a muitos alunos. A abertura democrática permitiu-nos conhecer e adotar práticas escolanovistas: as barrinhas da Montessori; a proposta antroposófica de Steiner; a individualização de Dottrens; o personalismo de Mounier; os ficheiros do Freinet, as taxonomias do Bloom, a pedagogia por objetivos… Mais tarde, adotamos a metodologia de trabalho de projeto e fizemos construir uma escola de área aberta. No trabalho em equipe, acabamos com a solidão do professor em sala de aula. E fomos experimentadores dos ciclos de aprendizagem. Tudo em vão: ainda havia quem não aprendesse. Compreendemos que a nossa escola, como todas as escolas, eram ilhas nas comunidades. E que seria necessário eliminar interfaces feitas de cerca elétrica, câmera de vigilância e guarda de portão. Modificamos técnicas de

gestão e introduzimos no nosso quotidiano as novas tecnologias de informação e comunicação, produzimos uma intranet e uma plataforma digital. Mas, ainda havia alunos que não aprendiam. Na década de 1980, apercebemo-nos de que a maioria dos formadores nos tratava como objetos em quem debitavam teoria. E que, vítimas da síndrome da incoerência, não praticavam nas universidades tais teorias. Assumimo-nos como sujeitos em autoformação. Fomos precursores do que agora dá pelo nome de ensino híbrido. Mas concluímos que todas as mudanças operadas não passavam de panaceias, ingênuas tentativas de mitigar a naturalização do insucesso operada pela velha escola. Apercebemo-nos de que o escolanovismo continuava a não garantir a todos o direito à educação. Compreendemos que, como diria o Sartre, seríamos responsáveis por aquilo que fizéssemos com aquilo que fizeram de nós. Éramos competentes, dando aula. Só nos faltava assumir um compromisso ético com a educação. Dedicamo-nos ao estudo de história, filosofia, sociologia da educação… até chegarmos à conclusão de que tínhamos sido enganados em milhares de horas de uma formação que, enfeitada

de propostas teóricas contemporâneas, reproduzia o modelo de escola da revolução industrial do século 19. Negociamos com o Ministério da Educação a nossa autonomia pedagógica, administrativa e financeira. Fomos a primeira escola pública a celebrar um contrato de autonomia. Fizemos o nosso caminho ao andar, a partir do que nós éramos. Valorizando o que sabíamos fazer (dar aula), operamos a indispensável ruptura com a Velha Escola. Passamos pela Escola Nova, a caminho da Nova Escola, uma construção social de aprendizagem, que a todos garante o que a Constituição consagra: o direito à educação. Hoje, com pesar, vemos que se confunde inovação com a utilização de novas tecnologias. Fundações e outras agências de financiamento patrocinam projetos com aparência de novidade. A Universidade desperdiça milhões em cursos de “aula invertida”. Professores brasileiros vão à Europa, ver “comunidades de aprendizagem” e deslumbrar-se com a Finlândia, desconhecendo que há muitas finlândias e comunidades de aprendizagem (sem aspas) no Brasil. Haverá um santo protetor dos educadores, que os livre de padecer da síndrome do vira-lata? 45


Taxa de meninas fora da escola é preocupante

Na faixa dos 15 aos 17 anos, quase 70% das meninas que se tornam mães optam sair da escola. Luana Rios e Felipe Brito Fonte: Marina Kuzuyabu (Adaptado) em 19/09/2017 Meninas de 15 a 17 anos com pelo menos um filho têm taxa de abandono escolar três vezes superior à do restante de jovens na mesma idade: 68% contra 22%. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo IBGE, havia 5,2 milhões de meninas nessa faixa etária em 2015 e em torno de 6% delas (ou 297,5 mil) eram mães de, no mínimo, uma criança. Destas, 203 mil não estavam mais estudando. Analisando o histórico dessas taxas, observa-se que em números absolutos, a soma de mães precoces na referida faixa etária está decrescendo: eram 379 mil em 2001 – queda de 27% em 14 anos, portanto.

Porém, em termos proporcionais, a situação praticamente não mudou. Em 2001, elas representavam 7% do total. Mas a evasão escolar, sim, está diminuindo. No período analisado, houve queda de 10 pontos percentuais – saindo de 78% para os atuais 68%. Isso indica que a ocorrência de gravidez nessa idade está nos mesmos patamares há anos, porém, menos meninas estão abandonando os estudos por esse motivo. Vale notar também a alta distorção idade-série nessa população. Mesmo com idade para estar no ensino médio, apenas 30% das que evadiram estavam nesse nível de ensino anteriormente. A maioria, 70%, estava no ensino fundamental antes de abandonar

a escola. Em 2011, esse indicador estava na casa dos 92%. A Pnad também revela que 33% das mães de 15 a 17 anos trabalham, indicador estável há alguns anos, embora já tenha alcançado a marca de 48% em 2005. Quanto aos rendimentos, observa-se um empobrecimento desse universo de meninas. Atualmente, 28% delas têm renda domiciliar per capita de ¼ do salário mínimo (a faixa mais baixa de rendimentos) e apenas 5% vivem com 1 a 2 salários mínimos. Em 2011, contudo, esses mesmos percentuais eram de 22% e 11%, respectivamente. Na segmentação por raça, revela-se que a maioria das meninas (61%) são declaradas como pardas, característica que não se alterou ao longo do período. Fonte: Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios)

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Ensino genérico é problema na formação de gestores na educação Na última mesa de debate do 3º Seminário Internacional de Gestão Escolar, especialistas destacaram importância de melhorar formação inicial e oferecer formação continuada de qualidade para gestores (Crédito: Divulgação/Instituto Unibanco)

Felipe Brito e Luana Rios Fonte: Da Redação (Adaptado) em 02/10/2017 A avaliação de que a formação inicial de gestores nos cursos de pedagogia é deficitária foi consenso na última mesa de debate do 3º Seminário Internacional de Gestão Escolar, que aconteceu em São Paulo (SP) no dia 28 de setembro. Bernardete Gatti, presidente do Conselho Estadual de Educação de SP, afirmou que a formação inicial de gestores peca por ser genérica e superficial. “As diretrizes curriculares nacionais dos cursos de pedagogia, onde se pressupõe que se dá uma formação inicial para gestores, precisam ser revistas”, defendeu. Gatti enfatizou que os mestrados profissionais em gestão podem ser uma boa alternativa para melhorar a formação, podendo ser estimulados por meio da oferta de bolsas. Para Guiomar, também membro do mesmo conselho, uma boa formação passa pela vivência no ‘chão da escola’, já que o gestor atua como formador permanente. “A educação continuada na escola é a mais eficiente”, avalia. Outras competências necessárias ao gestor, diz, incluem a presença constante nos corredores e na

Última mesa do 3º Seminário Internacional de Gestão Escolar debateu formação. Da esquerda para a direita: Silvia Donnini, diretora da Educação Básica MEC; Guiomar Namo de Mello, membro do Conselho Estadual de Educação de SP; Telma Vinha, professora da Unicamp; e Bernardete Gatti, presidente do Conselho Estadual de Educação de SP.

sala de aula, conhecendo bem professores e alunos, e a atuação como “guardião do foco”, permitindo que a escola não se perca em meio a inúmeros projetos, problema bastante comum na educação. Silvia Donnini, apresentou alguns cursos de aperfeiçoamento em gestão oferecidos pelo MEC, como o Pradime, o Pro-Conselho, o Programa de Conselhos Escolares e a Escola de Gestores, mas assumiu que as matrizes curriculares dessas formações ainda são genéricas. “A realidade específica, só vamos conseguir trazer quando as próprias redes e as próprias escolas puderem dis-

cutir seus percursos formativos”, acredita. Izolda Cela, afirmou. “Para termos processos de gestão suficientemente articulados e comprometidos com a equidade, com altas expectativas, minha ficha vai no desenvolvimento de gestores”, disse. A vice-governadora apontou também outros fatores importantes para uma gestão bem-sucedida, como a definição de prioridades e metas, a garantia de insumos para as escolas e políticas de reconhecimento e incentivo. O Ceará é considerado por especialistas como o mais bem-sucedido caso de cooperação entre os entes federativos. 47


Brasileiros estão lendo mais e indo mais ao cinema

O consumo de cultura no Brasil tem crescido. Uma parcela de brasileiros estão lendo mais e indo mais ao cinema, segundo pesquisa. Felipe Brito e Luana Rios Fonte: Agência Brasil (Adaptado) em 25/04/2017 Pesquisa nacional divulgada pela Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ) sobre os hábitos culturais dos brasileiros revela que 56% dos entrevistados – o correspondente a cerca de 86 milhões de pessoas – frequentaram pelo menos uma atividade cultural no ano passado, com avanço de três pontos percentuais em comparação a 2015. Em relação a 2008, o resultado mostrou incremento de 13 pontos percentuais.

A principal atividade mencionada foi a leitura de livros, revelando a prática por 37% dos entrevistados e aumento de seis pontos percentuais comparativamente ao início da série histórica, em 2007. Cinema foi a segunda atividade citada, com 34% das respostas e o maior aumento comparativamente à pesquisa de 2007: 17 pontos percentuais.

Pelo menos 29% dos entrevistados revelaram frequentar shows musicais, mostrando a expansão de nove pontos percentuais ante 2007 na prática. Os frequentadores de peças de teatro aumentaram 11%, com crescimento de cinco pontos percentuais. Os que assistem espetáculos de dança aumentaram 11%,

Crédito: Brambila

A sondagem feita em parceria com o Instituto Ipsos, entre os dias 30 de novembro e 12 de dezembro de 2016, com uma amostra de 1.200 pessoas, em 8 capitais (Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Florianópolis, Salvador, Recife, Porto Alegre e Brasília) e em mais 64 cidades. Charge em crítica ao formato do brasileiro em consumir cultura 48


um crescimento de quatro pontos percentuais; e os que vão a exposições de arte, passaram a 11%, com aumento de três pontos percentuais em relação a 2007. No caso de museus, que começaram a ser pesquisados em 2015, as respostas totalizaram 10%, mostrando avanço de três pontos percentuais. O gerente de Economia da Fecomércio-RJ, Christian Travassos, disse que são avanços significativos em relação à série histórica.

nhum programa cultural no ano passado, a atividade mais procurada foi a televisão, com 80% das respostas. O gerente destacou que o total de entrevistados que relataram não ter consumido nenhum bem cultural vem caindo de ano a ano. Em 2015, eram 47%; em 2008, 48%. Segundo Travassos, a não realização de uma atividade cul-

passou de 52%, em 2008, para 80%, em 2016. Na mesma comparação, ir à igreja ou a algum centro religioso subiu de 11% para 24%; fazer almoço ou churrasco com amigos, de 9% para 21%; ir a bares, de 10% para 15%; e jogar futebol, de 9% para 10%. O economista avaliou que o cenário econômico ainda adverso

Crédito: Site Revista Época

“Há dez anos temos acompanhado os hábitos de lazer e culturais dos brasileiros. Não há ruptura de um ano para outro mas, gradualmente, vemos uma melhora significativa. Então, aos poucos, percebemos uma melhora na frequência de ambientes culturais por parte do brasileiro”, disse o economista. Desde o primeiro ano da pesquisa, a maior adesão a bens culturais continua sendo a leitura de algum livro ou e-book (livro digital). “É mais acessível, a gente toma emprestado. Na listagem, é o mais representativo”, disse Travassos. Ele atribuiu a maior expansão do hábito de ir ao cinema nesta década (de 17% para 34%) ao não só ao desenvolvimento da linguagem visual, mas também ao boom (explosão) de filmes 3D. Em paralelo, ocorreram promoções e parcerias de salas de cinema com empresas de telecomunicações e bancos, que contribuíram para facilitar o acesso do consumidor, com ingresso mais em conta. Entre os 44% de brasileiros que não fizeram ne-

tural se deve, historicamente, à falta de hábito. O desafio é despertar o interesse de pessoas que nunca tenham lido um livro ou ido ao cinema, afirmou o gerente. “Pode ser um fator de mudança trazer crianças e adolescentes para os ambientes culturais para que isso tenha efeito entre os mais velhos. O preço das atrações culturais é uma questão secundária, até porque há muitos shows, exposições e espetáculos gratuitos.” As atividades mais procuradas pelos que não consomem bens culturais, ao contrário, vem se ampliando. Assistir televisão

acaba impactando o lazer do brasileiro em geral. Por isso, disse ser razoável que, para manter o padrão de consumo, seja reservado um valor menor para o lazer, que não é visto como atividade essencial como ir ao supermercado ou farmácia. Daí ser razoável que na passagem de 2015 para 2016 haja, para a maioria dos itens, uma redução de custo justo sugerido. A pesquisa revela que os consumidores declararam estar dispostos a pagar pelas atividades culturais. Os preços considerados justos por eles R$ 35,61 para ingresso de shows musicais. No ano anterior, os mesmos itens tinham preços apontados R$ 41. 49


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TIPO SANGUÍNEO NOS UNIFORMES Para facilitar o socorro em caso de serem atingidos por balas perdidas, alunos de escolas públicas terão seu tipo sanguíneo registrado em uniforme. Luana Rios e Felipe Brito luana_riostrab@hotmail.com felipejsbrito21@gmail.com Das 1.537 escolas e creches municipais no Rio de Janeiro, onde, neste ano, estudam 641.655 alunos, 381 escolas ficaram fechadas um ou mais dias durante o primeiro semestre de 2017 por causa de tiroteios ou consequências deles. Mais 140 mil alunos foram prejudicados por essa violência que toma conta da cidade. Em recente pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, revela-se que o desempenho de alunos que passam por nove ou mais episódios de violência é duas vezes menor do que o desempenho de alunos de instituições que tem menos de três episódios de violência.

Parece absurda a realização de uma pesquisa para entender como a violência afeta o desempenho de crianças que deveriam ter respeito quanto ao direito de estudar. Mas a realidade diante disto é que a violência tem impacto direto na capacidade de aprendizado e de desenvolvimento de habilidades, comprometendo as possibilidades destas crianças e jovens. Os bairros de Costa Barros, Acari e Cidade de Deus são os que concentram maior número de escolas municipais, estaduais e creches expostas à violência armada. Grande parte das ocorrências de tiroteios/disparos de arma de fogo se concentraram na Zona Norte, principalmente

Mapa das escolas em áreas mais atingidas pela violência na cidade do Rio de Janeiro

nas regiões do Complexo do Alemão (218 registros) e da Maré (119 registros). As imediações da Avenida Brasil, na altura do bairro da Penha, com 128 registros, também chamam atenção. “Das 1.537 escolas e creches municipais no Rio de Janeiro, onde, neste ano, estudam 641.655 alunos, 381 escolas ficaram fechadas um ou mais dias durante o primeiro semestre de 2017 por causa de tiroteios ou em consequências deles. Nessas instituições municipais de ensino, 129.165 alunos ficaram sem aulas por períodos que variaram entre um e 15 dias. O número equivale a 20,12% do total da rede municipal (641.655 alunos)”, descreve o estudo da FGV DAPP em parceria com o aplicativo Fogo Cruzado.

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Crédito: G1

Crianças observam balas perdidas após tiroteio em comunidade do Rio de Janeiro

Especialistas apontam que remover as escolas destas áreas não é uma resposta adequada à situação porque as crianças e os adolescentes vivem nessas comunidades, então eles continuariam sofrendo os efeitos da violência e seriam impedidos de frequentarem as aulas. Para mitigar os efeitos adversos da exposição à violência, o poder público deveria fazer capacitações para os professores de forma que eles possam atender às necessidades especiais de seus alunos e oferecer condições especiais de contratação para os profissionais que atuam nessas áreas, de forma a garantir estabilidade nas relações escolares, com o intuito de diminuir a rotatividade dos professores. O Estado que esteve omisso durante todo o período alegando falta de recursos para agir, apontou criar uma espécie de cimento que “pare” balas perdidas como melhor solução para suposta52

mente garantir o direito básico de acesso à educação de qualidade dos alunos de escola pública em área de risco. Obviamente, a ideia se tornou piada e não seguiu adiante.

não adiciona novas atribuições à Prefeitura, que já tem o papel constitucional de garantir proteção às crianças e adolescentes. Portanto, julgou a ação improcedente.

Perante essa realidade, no último dia do mês de outubro, o Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado decidiu que não há inconstitucionalidade na Lei Municipal 6.062, promulgada pela Câmara dos Vereadores em março de 2016 e contestada judicialmente pela Prefeitura.

De acordo com o desembargador, a identificação do tipo sanguíneo é necessária, pois facilita o tratamento médico imediato e eficaz, em casos de emergência, diante da ‘infeliz realidade de crianças, feridas por balas perdidas e outras formas de violência’. A lei que entrará em vigor determina que as informações sobre tipo sanguíneo e fator Rh dos estudantes estejam afixadas na parte dianteira superior direita do uniforme, seja blusão, camiseta ou agasalho. Os dados poderão ser pintados, bordados ou afixados de qualquer forma, desde que seja permanente. O que resta é o intrigante questionamento se não existiria uma medida menos humilhante e estarrecedora.

Após a promulgação, o prefeito Marcelo Crivella (PRB) entrou com ação alegando que a lei violava o princípio da separação dos poderes e criava vício de iniciativa, ou seja, dava novas tarefas ao Poder Executivo. O desembargador relator Gabriel de Oliveira Zéfiro entendeu que, embora a norma crie despesas para a administração pública, ela


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II SEMANA ACADÊ 54


DÊMICA DA FACHA 55


II Semana Acadêmica da FACHA

Crédito: FACHA

do Tijuca Tênis Clube; Roberto Santarém, Coach Executivo ACC/ICF; Cintia Magno, diretora de RH Essilor; Lilian Cidreia, Nexialistas Consultores; Gilberto Ururahy, Medi Rio check up; Leonardo Menezes, do Museu do Amanhã; Guida Soares, do Comitê Olímpico Rio 2016; e o cineasta Rosemberg Filho, dentre muitos outros grandes nomes respeitados do mercado de trabalho.

Da esquerda para a direita: Ivana Gouveia, coordenadora do curso de Jornalismo da FACHA, Leda Nagle, jornalista e youtuber, Professor Paulo Alonso, presidente da FACHA e Anna Ramalho, jornalista e blogueira.

Luana Rios e Felipe Brito luana_riostrab@hotmail.com felipejsbrito21@gmail.com A segunda edição da Semana Acadêmica da FACHA, aconteceu de 23 a 26 de outubro de 2017. O evento de ideia “Vai achando que trabalho cai do céu”, para representar o tema Mercado de Trabalho em Transformação: Desafios e Oportunidades. Ocorreram feiras de livros, de intercâmbios, de pós-graduação, de extensão e de estágios. O evento também contou com painéis, oficinas, rodas de conversas, workshops, palestras, apresentações musicais e culturais, além de estandes atlética e DCE. Os coordenadores convidaram profissionais renomados das áreas de administração, cinema, direito, jornalismo, publicidade e propaganda, rádio, tv e internet, 56

relações públicos e turismo. Foram 7.061 inscrições nos 148 eventos, painéis, oficinas, rodas de conversa para prestigiar o conhecimento dos 240 palestrantes e moderadores. Entre eles, Francisco Aiello, do Sistema Globo de Rádio; Vera Iris Paternostro, da TV Globo; Eduardo Manssell, do Lance; Luiz Quinderé, da Brownie do Luiz; Andréia Cursino, editora e crítica de Cinema; o publicitário Lula Vieira; Marcelo Alves, presidente da Riotur; Paulo Gontijo, da Associação Comercial do RJ; Marco Antonio Vieira Souto, vice-presidente da Artplan; Junior Negão, técnico da seleção brasileira de futebol de areia; Leticia Epifanêo, Gerente de RH do Club Med; Priscila Zanatelli, projeto Lótus; Pedro Scapinni, da Vale do Rio Doce; Edvaldo Ramos e Souza, vice-presidente de marketing

No primeiro dia, o diretor geral da instituição, Paulo Alonso, realizou a abertura com homenagens às jornalistas Anna Ramalho e Leda Nagle na unidade Botafogo. Sandra Marin, Ana Julião e a professora Maria Helena Carmo lotaram o auditório, comandando o painel “Cenários da comunicação atual: oportunidades e desafios”. Já na unidade Méier, Guida Soares, do Comitê Rio 2016, e Adriana Moreira, da Empresa Olímpica Municipal, fizeram um workshop sobre gestão de crises. “Essa realização da semana acadêmica é feita exclusivamente para os alunos, para que eles possam através dos palestrantes e do conhecimento adquirido vivenciar questões que envolvem as suas profissões”, declarou Paulo Alonso. Leda Nagle que descobriu o universo do Youtube como nova oportunidade no mercado de comunicação declarou “Descobri isso, a liberdade do Youtube. As entrevistas ficam melhores, as pessoas ficam mais à vontade”, e


Crédito: FACH

Painel sobre produção para cinema Caví Borges, da Cavideo Produções e o cineasta Luiz Rosenberg Filho Juíz Federal Marcelo Bretas, da 7ª vara criminal do Rio de

Janeiro, recebendo pelas mãos do professor Paulo Alonso, o título de professor emérito por seu trabalho no desdobramento da operação Lava Jato no RJ. ainda aconselhou os estudantes a usarem a leitura como ferramenta de construção para um bom profissional. Durante a mesma palestra Anna Ramalho confirmou que o mercado está cada vez mais acirrado, mas incentivou aos alunos a nunca perderem a coragem. “Para o mercado é fundamental a inovação, a busca desse frescor que vocês têm trago, essa cabeça aberta”, afirmou Anna Ramalho. No segundo dia, o juiz federal, Marcelo Bretas, da 7ª vara criminal do Rio de Janeiro, participou de um painel onde recebeu o título de professor emérito por seu trabalho no desdobramento da operação Lava Jato no RJ. Após isso, falou sobre como lida com as críticas do seu trabalho no judiciário. “Recebo todas as críticas muito bem, sem nenhum problema. Mas não deixo de fazer nada por causa disso. Não estamos torturando ninguém,”

afirmou o juiz federal durante o painel sobre a Operação Lava Jato. “Não precisa ser muito inteligente para saber que isso é feito para não funcionar. Esse é hoje um grande problema”, disse o juiz. “Zero crítica a ministros de qualquer tribunal. Não é isso. É uma questão de estrutura. Eles não têm estrutura. Esses órgãos não têm especialização e não têm como fazer.” O juiz criticou mudanças propostas por parlamentares ao projeto que previa 10 medidas contra a corrupção, afirmando que a população precisa ficar atenta aos políticos que vão se candidatar nas próximas eleições, para que haja “renovação política”. “Não podemos viver sem classe política. A solução não é pensar em um juiz e colocá-lo no governo. Não somos treinados para isso” disse Bretas. As falas de Marcelo Bretas no painel da FACHA estiveram presentes nos grandes noticiários do Brasil. No terceiro dia as cenas se repetiam, salas lotadas, alunos em-

polgados. O grande destaque foi o painel “Além da Redação: o jornalista e as rede” com o professor Rafael Dupim, o infografista Andre Moscatelli e a jornalista Karla Mendes da Reuters. Para os alunos de cinema aconteceu o painel sobre produção independente – da criação a distribuição, com Caví Borges, da Cavideo Produções e o cineasta Luiz Rosenberg Filho que declarou sobre o mercado de produção para cinema. “Ler te dá uma quantidade de imagem, capacidade de elaborar e aproveitar por que tudo você tira de alguma coisa, ninguém tira uma imagem do nada”, afirmou o cineasta Rosenberg Filho sobre como se preparar para realização uma produção independente. Ambos sugeriram aos alunos para firmarem relações na faculdade e junto aos seus colegas planejarem um projeto para criarem durante o período acadêmico ou logo após a conclusão do curso. Dudu Lopes, Presidente da Associação Brasileira de Propaganda, Pedro Portugal, Presidente do Grupo de Criação, Duda Montalvo, Presidente dos Indicados das 57


Crédito: FACHA

O deputador estadural, Índio da Costa em palestra na FACHA, umidade Botafogo Agências de Propaganda discutiram a empregabilidade na área de publicidade e propaganda Para discutir sobre esporte a FACHA trouxe Bruno Spindel, Diretor de Marketing do Flamengo na palestra “Flamengo, uma plataforma estratégica completa de marketing – máquina de engajamento, entretenimento, awareness e construção de marca. O dia contou também com Márcio Padilha, Vice-Presidente de Marketing do Botafogo, com o pai- Denisem Lillenbaum, jornalista e professora da FACHA, Marcos Uchôa, jornanel “Botafogo Digital – redes lista da Rede Globo e Fábio Cândido, jornalista e professor da FACHA. sociais e propaganda de sócio torcedor” para a palestra “A Ex- criado por Silva aos 11 anos, hoje mento do Brasil hoje, diria que a contribuição é fraca, pequena.” periência de Grandes Clubes de ele tem 24. Afirmou, Uchôa. Futebol com Marketing Digital” No último dia os alunos conta“As pessoas acham que é um ram com a presença de Bettina Quando perguntado sobre as mito, que é de difícil acesso. Chateaubriand da Band News transformações do mercado de Quando na verdade o marketing em workshops sobre locução de trabalho e como se preparar para é um conjunto de coisas que você rádio e contou que o segredo para esse novo formato, aconselhou. pode fazer de licenciamento, en- ser um profissional de sucesso é gajamento, atividades e experi- ler todos os jornais, todos os li- “O meio audiovisual que vocês nasceram nele, estão acostumaências, tudo isso é marketing”. vros que puderem. Na unidade do Méier, Marcos dos com ele, é um meio probleContou, Márcio Padilha. Uchôa, jornalista da TV Globo mático você se basear só nele. Outra atração teve a presença que já cobriu 6 guerras, 3 tsu- Você aprender a filmar, gravar, de René Silva, Maria Morganti, namis, 10 olimpíadas, 8 copas e tirar foto é muito legal, mas Betinho Casas Novas, Roberta uma eleição de papa abrilhantou a verdade é que o papel de coMeireles e Tiago Bastos, jovens o último dia com sua experiência. nhecimento, de imaginação vem através da leitura, uma coisa que do Voz das Comunidades. A iniciativa é um veículo de comuni- “Se a gente pensar qual é a con- a geração atual em geral prática cação das favelas com o mundo, tribuição dos jornalistas no mo- muito pouco”. Contou, Uchôa. 58


ENTREVISTA COM ROMUALDO AYRES de Janeiro que é o juiz Marcelo Bretas, recebemos diretores e presidentes de entidades. Da área de publicidade e propaganda recebemos diretores e presidentes de entidades, como o presidente da Associação Brasileira de PP. Temas muito bacanas, trouxemos a equipe que está na final do campeonato mundial universitário de games para falar um pouco sobre esse mundo dos games que está se tornando uma nova oportunidade profissional para nós da área de comunicação. Como foi a decisão da escolha dos palestrantes e mediadores? Romualdo Ayres, coordenador do curso de publicidade e propaganda da FACHA

Luana Rios e Felipe Brito luana_riostrab@hotmail.com felipejsbrito21@gmail.com Nossa redação encontrou com o coordenador do curso de Publicidade e Propaganda para conversar sobre os desafios e surpresas da semana acadêmica. Como foi a semana acadêmica diante do seu ponto de vista? - Foi uma grata surpresa na questão do sucesso das palestras. Em termos de tamanho de público, a gente mais que triplicou o número de inscrições da semana acadêmica do ano passado para esse ano. A programação estava muito boa, recebemos aqui, talvez, o magistrado que está mais em evidencia nesse momento no Rio

- Isso foi um trabalho em conjunto com o professor Paulo Alonso com todos os coordenadores, como era uma semana acadêmica ela envolvia vários cursos, então cada um de nós fez as propostas, trouxe uma programação com tema, conteúdo e palestrantes. A partir disso fazíamos reuniões e todos avaliaram a programação dando sua opinião para chegar a uma decisão final. Contamos também com a ajuda de todos os professores dos cursos que promoveram workshops, oficinas, palestras e convidaram outras pessoas do mercado para conhecerem nossos alunos e ministrarem as atividades. Em relação ao Méier, esse ano foi o número esperado de alunos? - Não, foi bem mais. Dessa vez o número de alunos nas atividades

do Méier, bombou. Totalmente diferente das outras vezes, na palestra no Marcos Uchôa não cabia nenhum a mais, teve gente que ficou do lado de fora. Como é determinado a disponibilidade do número de alunos para participarem das atividades? - Nós sempre temos um over book a mais de quem chega na última hora e deixamos aberto para se aparecesse alguém de última hora. Na palestra do Marcos Uchôa, algumas pessoas ficaram do lado de fora e foi necessário transmitir ao vivo para outra sala, isso é uma coisa que estamos fazendo, algumas foram transmitidas simultaneamente online pelo facebook da FACHA, nós só não transmitimos os workshops. A semana acadêmica foi criada de que forma? - Foi uma ideia geral, uma ideia do professor Paulo Alonso. Antigamente fazíamos só de comunicação, mas nós agora temos cursos que não são de comunicação, como administração, rh, marketing etc. E nós preferimos unir tudo em um evento único. Agora já estamos nos reunindo para decidir a semana acadêmica do ano que vem, já que há uma expectativa muito grande que seja muito melhor do que a segunda. Existe um plano inclusive de no primeiro período de 2018 iniciarmos a criação do auditório na unidade Méier. 59


Finalizamos, os trabalhos da 2ª Semana Acadêmica da FACHA e torna-se, nesta oportunidade, imprescindível promover um pequeno balanço das atividades desenvolvidas. Nesta segunda edição, que versou sobre “O Mercado de Trabalho, oportunidades e Desafios”. Tema, inclusive, sugerido por vocês próprios, quando preencheram, no final da 1ª Semana Acadêmica, a Pesquisa de Satisfação.

Produzimos, em 2017, 148 eventos (painéis, oficinas e rodas de conversa realizados no Auditório, biblioteca, salas de aula e nos laboratórios de Mac). Outras atividades ocorreram no pátio, mas essas atividades não estão computadas nos números ora apresentados. Na primeira edição, que tratou sobre “Os jogos Olímpicos 2016 e o seu legado para o Brasil”, tivemos 3.307 inscritos, sendo 92% de alunos da FACHA e 8%, de público externo. E 88% do público avaliou positivamente o evento, superando toda e qualquer Expectativa da Comissão Organizadora. Ou seja, nesta edição ultrapassamos, e em muito, o número de inscritos no ano passado,7.061 x 3.307. Fora destacar que nesses quatro dias da semana, tivemos uma constelação de editores, diretores, presidentes, gerentes e atletas. Todos oriundos das áreas do Jornalismo, da Publicidade, das Relações Públicas, do Cinema, do Esporte, da Administração, do Marketing, do Direito, do radia60

lismo, dos Recursos Humanos e do Turismo. Basta observarmos o programa da semana acadêmica e comprovaremos o altíssimo nível dos convidados que aqui estiveram, nesses quatro dias, dessa forma, pode-se, perfeitamente, concluir que esse megaevento veio para ficar e está se tornando uma tradição anual de uma equipe coesa e que desejasse efetivamente produzir algo de real qualidade, a FACHA não teria alcançado esse maravilhoso e espetacular resultado.

Dessa forma, cabe aqui o meu mais profundo agradecimento ao Escritório de Relações Públicas, na pessoa da Professora Maria Helena e equipe, aos Coordenadores dos Cursos, professores Anderson Ortiz, Alexandre Motta, Daniel Machado, Ivana Gouveia,Guto Neto, Romualdo Ayres e Marcelo Tesserolli, assim como a todos os professores que, desde o projeto de criação, também se envolveram e participaram ou como moderadores/ debatedores, ou ofertando oficinas, ou promovendo o júri simulado ou, simplesmente, apoiando nossa iniciativa e estimulando os nossos alunos a comparecer a esse evento. Também cabe agradecer, por razões óbvias, aos voluntários, estagiários, funcionários, à Trevo Comunicação, à Professora Ana Cristina Rosado, demais coordenadores de áreas, incluindo, com certeza os Srs. Guilherme Farias e Ricardo Fernandes, de Botafogo, e Regina Lago, do Méier, e equipes do

Crédito: FACHA

Carta de agradecimento por Paulo Alonso Paulo Alonso em II Semana Acadêmica

Jornal da FACHA, do CPP, do Play Facha, da TI e da TV Facha, pelo suporte atento e profissional. A participação do NAP, por intermédio da Professora Maria Cristina Chagas, deve ser, igualmente, destacada. E como a cena tem de continuar, em 2018, pretendemos realizar a 3ª Semana Acadêmica, em setembro, com a participação de juristas, cientistas políticos, sociólogos, historiadores e candidatos aos cargos eletivos de Governador do Estado, Senador da República, Deputado Federal e Deputado Estadual. Se der, quem sabe, poderemos convidar candidatos à Presidência da República. A Semana Acadêmica foi idealizada pensando exclusivamente em vocês, visando possibilitar a todos os nossos discentes uma maior e mais abrangente oportunidade para absorção de novos conhecimentos, em uma verdadeira universidade moderna e aberta. Cordialmente, Professor Paulo Alonso, Diretor-Geral.


O QUE DIZEM AS CORES? Flávia Gabriela flaviagsbc@gmail.com Imagens: Divulgação Segundo a psicologia, as cores exercem uma grande influência nas pessoas fisicamente, mentalmente e emocionalmente, sendo que cada pessoa responde particularmente a cada cor. No cinema, não é diferente. A paleta de cores usada no cinema é feita para que haja harmonia entre as mesmas, e que elas entrem em uma conversa com o público. A cor é uma parte fundamental para o efeito visual do filme e, se usa-

da corretamente, fazer parte da história. Em um filme as cores se tornam sua identidade visual, sendo assim, as cores dizem muito sobre a cena, o personagem, a obra e aqueles que a fazem, As cores se comunicam com o público que inconscientemente sente o que já era planejado para que sentissem. A utilização de umwa agradável e harmoniosa paleta de cores no cinema (ou no audiovisual em geral) é de extrema importância para que o filme consiga passar emoções, sentimentos junto com a atuação. Além de apenas am-

bientar uma cena. Cada filme é diferente e por isso, cada um necessita de uma paleta de cores diferenciada para adequar ao enredo da obra. O uso de uma paleta de cores correta transforma toda a fotografia e ambientação em uma narrativa. Para explicar a comunicação através das cores, separamos dois filmes em que o uso paleta de cores é uma parte importante para a narrativa da obra: O Fabuloso Destino de Amélie Poulain (Jean-Pierre Jeunet, 2001) e Moonlight (Berry Jenkins, 2016).

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Moonlight: Sob a luz do luar Moonlight (2016) Moonlight é sobre Chiron e sua história é contada em três fases: Little, Chiron e Black. Cada uma dessas fases representa a infância, adolescência e idade adulta, respectivamente. O enredo se passa em uma parte periférica em Miami onde Chiron vive com sua mãe, que é viciada em drogas. Durante a trama, acompanhamos Chiron em seus questionamentos e descobertas como sua sexualidade. Na trama, Chiron se conecta com personagens que assim como ele, também evoluem, mudam. Para o resumo de toda uma obra: Chiron é um menino negro, homossexual e que mora na periferia de Miami e a cor azul, foi a escolhida para nos contar os sentimentos do personagem como: dúvidas, solidão, luxúria, encantamento, raiva e poder. Um trabalho feito em conjunto por James Laxton (fotografia), Alex Bickel (edição/coloração) e Berry Jenkins (direção), a fotografia, a paleta de cores e a atuação nos faz sentir exatamente o que os diferentes azuis da obra nos conta. A coloração do filme

se utiliza do tom azul em todas as fases de Chiron. A cor azul é variada durante o longa indicando as mudanças do personagem como por exemplo, na primeira parte (Little) o azul é mais vivo e combinado com tons neons, onde talvez indique a inocência do personagem e seus primeiros indícios de conflitos em casa. Na segunda parte (Chiron), a paleta é tomada por azul em suas variáveis, indicando a passagem do personagem por conflitos e tensões e na terceira e última parte (Black) o azul já tem um tom menos vivo, mas ainda presente e combinado com tons terrosos indicando o amadurecimento de Chiron. Percebe-se que a paleta de cores de Moonlight assume um tom mais escuro no decorrer da trama. Iniciando com um azul vivo e cores beirando ao neon e terminando com cores terrosas e mais escuras. Outros personagens também são apresentados seguindo as cores de cada fase de Chiron. Sua mãe por exemplo, Paula, faz aparições em cenas com as cores mais for-

tes da paleta. Paula é viciada em crack e para sustentar o seu vício, ela se prostitui. O local usado por ela, é seu quarto, exatamente onde a luz roxa, quase neon está. Nas outras duas fases de Chiron, a personagem já aparece com cores mais claras e, obviamente, com o azul. Juan, outro personagem importante para o desenvolvimento da história de Chiron, já é introduzido com a cor azul, por exemplo, em seu carro. No filme, Juan diz a Chiron que “sob a luz do luar, garotos negros parecem azuis”, frase que o público parece lembrar em todos os momentos de Chiron sob a luz azul nas cenas e nos posteres do filme, por exemplo. Moonlight é um filme que nos mostra o quanto o uso de uma única cor e suas variações podem ser utilizadas e importantes para o desenvolvimento do filme. A cor azul carrega o resto da paleta de cores, e só essa cor, conta toda a história do menino, do adolescente e do homem Chiron.

Foto: Divulgação || Design: ArtMarketing

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O Fabuloso Destino de Amélie Poulain Le fabuleux destin d’Amélie Poulain (2001) Foto: Divulgação || Design:Roxy Radulescu/Movies in Color

O filme conta a história de Amélie, uma jovem francesa que resolve abandonar o ambiente em que vivia com seus pais e acaba parando no subúrbio de Paris e trabalhando como garçonete. Amélie acha em seu banheiro uma caixa que acredita ter sido do dono anterior. Logo, a jovem começa uma busca ao dono da caixa e a partir dessa aventura, a vida de Amélie começa a mudar. Quando o assunto é comunicação, fotografia e paleta de cores no cinema, falar de Amélie Poulain é essencial. O longa que foi feito e é ambientado na França, foi lançado em 2001 e até hoje é lembrado por sua maravilhosa fotografia e harmoniosa paleta de cores. A obra fala sobre sentimentos,

sobre as pessoas, relações, condutas, ou seja, o que acontece com pessoas aleatórias no dia-a-dia. O diretor de fotografia Bruno Delbonnel, fez um excelente trabalho ao harmonizar a trama com as atuações e a fotografia fazendo com o que público reparasse nos pequenos detalhes que compõem o filme e sentisse de um jeito mais íntimo o que estava sendo proposto. Algumas das marcantes cores da paleta, como o vermelho e o verde, foi inspirada em obras do pintor brasileiro Juarez Machado. A paleta de cores muda no decorrer do filme. A mudança ocorre por equilíbrio - cenas onde uma cor é posta para harmonizar ou valorizar as demais em cena - ou

por causa das mudanças da personagem no decorrer da trama. O Fabuloso Destino de Amélie Poulain é de fato uma arte. A composição de objetos cênicos, a atuação e caracterização dos personagens e a excelente composição de cores, não são coisas que deveriam passar despercebido do público que assiste. E nem foram feitas para isso. Amélie Poulain não é uma obra para ser esquecida.

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Bingo: O Rei das ManhĂŁs 64


Teresa Cristina Fonte: Wikipédia (08/11/17) Imagens:Divulgação/Globo Filmes Bingo: O Rei das Manhãs é um filme de comédia dramática brasileiro de 2017 produzido por Gullane Filmes e distribuído por Warner Bros. Pictures. O roteiro, cuja inspiração consiste no período da vida de Arlindo Barreto em que interpretava Bozo na televisão, é de Luiz Bolognesi. Marca a estreia na direção de Daniel Rezende e é estrelado por Vladimir Brichta, Leandra Leal, Emanuelle Araújo e Tainá Müller. O filme retrata a história de Augusto Mendes, um ator que sonha em ter uma carreira notória e duradoura na televisão brasileira. Divorciado e pai de Gabriel, ele trabalha fazendo pornochanchadas e pequenas participações em novelas da TV Mundial – a emissora com maior audiência do país. Porém, em busca do seu maior sonho, e devido uma promessa ao filho, cogita se desprender dos trabalhos pornográficos para trabalhar animando um programa matinal infantil. O grande revés vem a tona quando descobre que o público não pode saber sua identidade. Portanto, anônimo, entra em crises pessoais, o que corrobora em uma convivência ruim com o filho e em seu ambiente de trabalho. A concepção da ideia inicial do longa-metragem foi pensada por Dan Klabin durante a leitura de um artigo da Revista Piauí, no qual tratava o conflito de Arlindo Barreto com seu filho. Klabin convidou Rezende, que até então tinha trabalhos no meio cinematográfico apenas como montador, para a direção, e ambos apostaram nessa história com o objetivo

de contar um recorte dela, sobre o ator que encarnou o palhaço ídolo dos anos 1980. O roteiro de Luiz Bolognesi veta elementos que pudessem, de alguma forma, barrar a liberdade criativa da obra, assim acarretando em algumas mudanças, entre elas, o nome de Bozo para Bingo. O estágio de escolha do elenco pendurou-se até o fim de 2015, onde foi iniciado as filmagens

ser reconhecido pelo público. “Bingo – O Rei das Manhãs” também é um dos 23 filmes nacionais na disputa por uma vaga entre os indicados de melhor filme estrangeiro do Oscar; alguns longas são “Gabriel e a Montanha”, “O Filme da Minha Vida”, “Polícia Federal – A Lei é Para Todos” e “Como Nossos Pais”, entre outros.

Prêmio Goya

Oscar 2018

Fonte: Giulia Covre; Papel Pop (14/09/17)

Fonte: Diego Domingos, Cinepop (05/10/17)

A Ancine, Agência Nacional do Cinema, anunciou ontem, quarta-feira, que “Bingo – O Rei das Manhãs”, será o representante brasileiro em busca de uma vaga no Goya, premiação de cinema espanhola. “Bingo”, dirigido por Daniel Rezende e com Vladimir Brichta, tentará ser um dos quatro finalistas da categoria de melhor filme ibero-americano. “Após debate sobre os filmes inscritos, a Comissão de Seleção propôs ‘Bingo – O Rei das Manhãs’ como representante brasileiro a ser indicado ao Prêmio Goya de Melhor Filme Ibero-americano, por ser uma obra cinematográfica com consistente marca autoral, força criativa ao apresentar um universo genuinamente brasileiro e capacidade de se comunicar com plateias de todo o mundo.” O filme é inspirado na história de Arlindo Barreto, um dos intérpretes do palhaço Bozo. Na história, Brichta é Augusto Mendes — por trás das máscaras, ele é Bingo, um palhaço apresentador de televisão que é sucesso absoluto, porém frustrado com o fato de estar sempre fantasiado e não

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood liberou a lista completa dos 92 filmes que irão concorrer ao Oscar de Melhor Filme em Língua-Estrangeira. A Academia informou ainda que a lista bateu dois recordes: o de maior número de inscritos na categoria na história da organização e esta também é a primeira vez que a quantidade de elegíveis ultrapassou o número de 90 produções. O Brasil concorre com ‘Bingo – O Rei das Manhãs‘, mas nenhuma publicação internacional cita o filme como um dos favoritos. O mais próximo que temos do Brasil como favorito é o chileno ‘Uma Mulher Fantástica’.

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CRÍTICA

Teresa Cristina Fonte: André Miranda, O Globo (24/08/17) Ah, os anos 1980, aquele tempo em que um sujeito vestido de palhaço se divertia em frente às câmeras dando foras em crianças e ainda colocava moças com pouca roupa para dançar sensualmente ao lado da molecada. “Bingo, o rei das manhãs” retrata esse mundo que parece totalmente absurdo, mas que foi praticamente ontem. E não se deixe enganar pelo tema: o filme, apesar de todas as caretas e piadas, é um drama dos grandes. Com direção de Daniel Rezende, “Bingo” é baseado na história de Arlindo Barreto, artista que viveu o palhaço Bozo, um sucesso grande na TV na década de 1980. Vladimir Brichta vive o protagonista, batizado no filme como Augusto Mendes: ele é um ator de pornochanchadas que por acaso acaba fazendo um teste para 66

ser o apresentador de um programa infantil. Aprovado, Augusto se torna Bingo, um palhaço de sorriso largo, caretas cativantes, mas com uma vida privada conturbada. São as contradições de Augusto que guiam a história. Ele é filho (de uma atriz decadente, vivida por Ana Lúcia Torre) e pai (de um menino que sente a ausência paterna, interpretado por Cauã Martins). É famoso como Bingo, mas por contrato deve se manter anônimo como Augusto. É um homem naturalmente feliz, mas sua alegria excessiva vai aos poucos se transformando em decadência devido ao uso indiscriminado de álcool e cocaína. O roteiro de Luiz Bolognesi reúne essas diversas faces do personagem e as põe em conflito. “Bingo” não é simplesmente um filme sobre a ascensão e a derrocada de um apresentador de TV; ele trata das máscaras que

vestimos diariamente para encarar o mundo. O rosto do palhaço funciona, assim, como uma metáfora para qualquer posição que assumimos frente a problemas. A direção de Rezende trabalha muito bem as várias percepções sobre seu protagonista e as transfere com sutileza para o espectador. Sem apelação para soluções fáceis, em pouquíssimo tempo qualquer um se envolve com a história de Bingo. Por fim, a perfeição se confirma com a atuação de Vladimir Brichta. Ele mantém desde o início as expressões alegres que seu Augusto exige, mas vai evoluindo conforme as crises vão surgindo. Brichta extrai o drama da comédia, encontra o ponto certo dos tradicionais clowns de circo. Suas cenas com Leandra Leal (de contraste) e com Augusto Madeira (de complemento) são uma delícia para um dos melhores filmes feitos no ano.


CINE FILIA 1

destaques de novembro

ESTREIA DE “LIGA DA JUSTIÇA” Dilvulgação/Warner Bros. Pictures

Flávia Gabriela flaviagsbc@gmail.com Depois de uma longa espera, os fãs de super heróis já podem comemorar. O filme dos principais heróis da DC já chegou nos cinemas. Liga da Justiça estreou no Brasil no dia 15 quebrando todos os recordes de estreia e arrecadando mais de R$13 milhões. Entre os recordes estão: 1) o maior de dia de abertura de cinema, retirando a liderança do último filme da Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte II (2012); 2) o maior dia de abertura do segmento de super heróis na história, retirando a liderança da rival Marvel com Capitão América: Guerra Civil (2016); 3) o maior dia de abertura da Warner Bros. Pictures superando Batman vs. Superman: A Origem da Justiça (2016); 4) o maior dia de abertura geral de 2017, que até a estreia do filme pertencia à Velozes e Furiosos 8; 5) e por último, mas não menos importante, o maior dia de abertura de filmes de super heróis,

retirando o novo Homem Aranha com Homem Aranha: De Volta ao Lar do topo. Ainda antes da estreia do longa nos cinemas, o trailer de Liga da Justiça tambem bateu o recorde de mais visto em 2017 com mais de 110 vizualições, ultrapassando o filme da Marvel, também recém estreado nos cinemas, Thor

Ragnarok que tinha 9,5 milhões de vizualizações. Liga da Justiça está em cartaz nos cinemas brasileiros e conta com a participação dos estreantes no universo extendido da DC como Flash, Ciborgue e Aquaman. Além da famosa trindade formada por Batman, Mulher Maravilha e Superman. 67


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TRAILER DE” CINQUENTA TONS DE LIBERDADE” Divulgação/Universal

Teresa Cristina Fonte: Redação; VEJA (06/11/17) O casamento digno de contos de fadas de Anastasia Steele (Dakota Johnson) e Christian Grey (Jamie Dornan) ficará conturbado após a pomposa festa. No primeiro trailer completo de Cinquenta Tons de Liberdade, o casal vai para a lua de mel e encara, em seguida, momentos de ciúme, dúvidas de traição e até uma perseguição de carro. O longa é o terceiro e último episódio da saga erótica inspirada nos livros da escritora E. L. James. Cinquenta Tons de Liberdade está previsto para estrear em fevereiro de 2018.

Anastasia Steele e Christian Grey se casam no último livro da trilogia que foi best seller mundial.

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“OS ÍNCRÍVEIS 2” EM 2018 Divulgação/Disney - Pixar

Teresa Cristina Fonte: Jefferson Satto; Jovem Nerd (18/11/17) A Disney e a Pixar divulgaram o primeiro teaser trailer de Os Incríveis 2, continuação da famosa animação que trará de volta a família superpoderosa. Veja acima! O vídeo é curtinho e foca no Zezé, com o Sr. Incrível descobrindo os poderes insanos de seu filho mais novo. Detalhes da trama da animação não foram revelados. Os Incríveis 2 tem lançamento previsto para 28 de junho de 2018.

A família do Sr. Incrível voltará 14 anos após a estreia de Os Incríveis.

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THOR: RAGNAROK ULTRAPASSA US$ 700 MILHÕES NA BILHETERIA MUNDIAL

Teresa Cristina Fonte: Camila Souza, Omelete (20/11/17)

Divulgação/Marvel Studios

Segundo informações do Box Office Mojo, Thor: Ragnarok alcançou a bilheteria mundial de US$ 738 milhões. Desse valor, US$ 247 milhões são dos EUA, enquanto US$ 490 milhões são do mercado internacional. Por enquanto a China é a maior arrecadação fora dos EUA, com US$ 95 milhões, na frente de locais como Reino Unido (US$ 34 milhões) e Coreia do Sul (US$ 30 milhões). No Brasil, a renda acumulada do filme ultrapassa os R$ 79 milhões. Thor: Ragnarok continua em cartaz nos cinemas.

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MULHER MARAVILHA BATE RECORDE MUNDIAL DE HOMEM - ARANHA

Divulgação/Warner Bros. Pictures

Flávia Gabriela Fonte: Lucas Rafael, Legião dos Herois (02/11/17) E mais um recorde foi quebrado por Mulher-Maravilha, longa da DC desse ano que explora as origens da personagem título na ilha de Themyscira até a primeira guerra mundial. Agora, o longa é a história de origem de um herói mai lucrativa de todos os tempos. Mulher-Maravilha já era um dos filmes mais lucrativos de 2017, estando em segundo lugar, atrás apenas de A Bela e a Fera. O fil-

me também foi o mais lucrativo da DC, superando Batman Vs Superman, Homem de Aço e Esquadrão Suicida em sua bilheteria doméstica. Agora, o filme de Patty Jenkins sobre a jornada heroica da Amazona conseguiu arrecadar mundialmente um total de $821.74 milhões de dólares, sendo um valor maior do que os $821.7 milhões do Homem-Aranha de Sam Raimi. Esses novos dados fazem de Mulher-Maravilha o filme de origem heroica mais lucrativo de todos os tempos. 69


NOS BASTIDORES DE HOLLYWOOD OS CASOS DE ASSÉDIO SEXUAL POR TRÁS DAS CÂMERAS 70


Flávia Gabriela flaviagsbc@gmail.com Imagem: Divulgação Nos bastidores de grandes filmes e produções hollywoodianas homens poderosos como empresários, produtores, agentes, diretores e atores assediam sexualmente suas colegas de trabalho. O assunto tem estado em baixo do tapete vermelho por muitos anos. No final de outubro, Harvey Weinstein foi acusado de assédio sexual e até mesmo estupro por várias mulheres, entre elas, atrizes reconhecidas como Gwyneth Paltrow e Angelina Jolie. Felizmente, Weinstein foi só o primeiro. Após as denúncias por partes das atrizes, muitas outras denunciaram diretores e atores. A cada novo dia de novembro, um novo gigante de hollywood é acusado de assédio sexual por suas vítimas. Até o fechamento desta edição, os homens denunciados publicamente e que tiveram notoriedade da mídia foram: Harvey Weinstein, James Toback, Kevin Spacey e Ed Westwick. Imagem: Bastidores do filme “Último Tango em Paris” (1972). A atriz Maria Schneider contou que se sentiu violada durante a cena que envolvia a simulação de sexo anal. Tempos depois, o diretor Bernardo Bertolucci afirmou que a “cena da manteiga” foi um acordo feito entre ele e o ator Marlon Brando (em pé) e que a atriz não sabia. O diretor também disse que “não queria que Maria interpretasse a raiva e a humilhação. Queria que ela as sentisse.”. Diretor e ator ganharam o Oscar pelo filme, enquanto a atriz foi desacreditada até sua morte, em 2011.

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O canal Quase Vingativa interrompeu a sua programação de Halloween em outubro para falar das acusações de assédio sexual contra Harvey Weinstein e como em Hollywood há mais homens que cometem assédio sexual e não são punidos por isso. Assista o vídeo no canal no youtube: Quase Vingativa

Algumas mulheres que o acusaram:

Esq. para dir.: Gwyneth Paltrow, Angelina Jolie e Lupita Nyong’o. Também acusararam Brit Marling, Cara Delevingne, Lea Seydoux e muitas outras.

Harvey Weinstein Flávia Gabriela flaviagsbc@gmail.com Imagem: Marco Grob/TIME As denúncias contra Harvey Weinstein começaram no final de outubro quando duas atraizes famosas resolveram expor o produtor considerado gigante em hollywood. As atrizes e ganhadoras do Oscar, Gwyneth Paltrow e Angelina Jolie foram as que fizeram com que os casos de assédio sexual envolvendo Weinstein se tornassem assunto principal da mídia mundial. Sendo Weinstein um grande produtor, seu trabalho não era ser reconhecido pelos holofotes do olhar público como o trabalho de direção e atuação, porém, 72

fez com que este homem tivesse mais oportunidades para assediar e abusar de suas vítimas. Apesar da grande carreira que Harvey Weinstein conquistou, após as acusações de mais atrizes, aos poucos, sua carreira caiu. Os resultados foram grandes: expulso da Academia e demissão da produtora que dirigia e que levava seu nome. A carreira de Weinstein assim como a de Kevin Spacey parece ter acabado. Casamento Após saber das inúmeras acusações de assédio contra seu marido, Georgina Chapman separou-se de Harvey Weinstein. Georgina alega que está de “coração partido por causa de todas as mulheres que sofreram uma dor tremenda por causa destas ações

imperdoáveis”. Além da separação, Chapman alegou que no momento sua prioridade é cuidar de seus filhos e pede à imprensa que a deem privacidade. Defesas Além das acusações, alguns nomes importantes de hollywood defenderam Weinstein. Woody Allen foi o primeiro a ficar ao lado do produtor ao alegar que não deveríamos “iniciar uma caça às bruxas” contra o produtor e à Hollywood. Além de Woody Allen, o famoso diretor Quentin Tarantino dise que sabia dos assédios por parte de Harvey porém, nunca denunciou, apenas ignorou. Lembrando que uma das acusações partiu da ex namorada do diretor e esta sendo uma acusação de estupro.


Algumas mulheres que o acusaram:

James Toback assediou cerca de 300 mulheres em Hollywood. Entre elas, as atrizes que mais se destacam são: Rachel McAdams (acima), Caterina Scorsone (acima e dir.) e Juliane Moore (dir.).

James Toback Teresa Cristina Imagem: Nick Wall/Eyevine /Redux Fonte: Camila Sousa, Omelete (30/10/17) Segundo o site Yahoo Movies, mais de 300 mulheres já acusaram o diretor e roteirista James Toback de assédio sexual. As primeiras denúncias foram publicadas pelo Los Angeles Times na última semana. O comportamento de Toback é semelhante ao caso de Harvey Weinstein: afirmando ter o projeto de um filme, ele convidava mulheres para reuniões, quando cometia os assédios. Além de fazer perguntas constrangedoras de

cunho sexual, ele também pedia que as mulheres ficassem nuas e, em alguns casos, se masturbava na frente das vítimas. As atrizes Selma Blair e Rachel McAdams também revelaram à Vanity Fair que foram assediadas por Toback. Blair afirmou que precisou ficar nua em uma reunião e, depois de afirmar que não faria sexo com Toback, o diretor se masturbou enquanto a segurava: “Ele me levou para a cama, se ajoelhou e continuou se pressionando contra a minha perna. Tentei olhar para o outro lado, mas ele segurou o meu rosto, então

fui forçada a olhar em seus olhos. Senti nojo e vergonha”. Já McAdams disse que o diretor falou coisas constrangedoras, como “acabei de me masturbar no banheiro pensando em você” e “você pode me mostrar seus pelos pubianos?”, antes que ela conseguisse sair da reunião. Em resposta, James Toback disse que não se lembra dos casos e que seria “biologicamente impossível” ter o comportamento citado pelas atrizes.

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Kevin Spacey Flávia Gabriela flaviagsbc@gmail.com Imagem: Divulgação Conhecido atualmente por seu papel na série House of Cards, a carreira de Kevin Spacey foi a que mais sofreu com as denúncias de assédio sexual. Demitido da série e da Netflix, demitido de um filme já finalizado e tendo novas acusações surgindo a cada dia. A diferença entre Kevin Spacey e os outros homens apresentados nesta matérias são suas vítimas: as de Spacey, são homens. O ator Anthony Rapp foi o primeiro a falar sobre os assédios. Segundo Rapp, Kevin Spacey o assediou sexualmente quando tinha apenas 14 anos. Logo após as

acusações do ator, Spacey pediu desculpas publicamente e assumiu-se homossexual. No dia seguinte a denúncia, Kevin Spacey já não tinha mais carreira. Nas redes sociais, internautas criticaram a postura do ator e ao fato de que o mesmo relacionou os assédios e, neste caso, a pedofilia à sua sexualidade, deixando subentendido que sua orientação sexual é fator chave para os assédios. Após Anthony Rapp mais de 8 homens também acusaram Kevin Spacey de assédio sexual, sua maioria no ambiente de trabalho. A lista contém atores e pessoas que trabalhavam nos bastidores de House of Cards, por exemplo.

Divulgação/Reproduçãp

Kevin Spacey no filme “Beleza Americana” que rendeu ao ator um Oscar. No filme, o personagem se envolve e se apaixona por uma menor de idade. Na internet, várias pessoas ligaram as denúncias ao filme.

Divulgação/Reproduçãp

Cena de House of Cards, série da Netflix da qual Spacey foi demitido. Na cena, Spacey se envolve em um sexo à três. O ator que fez a cena também acusou Spacey de assédio sexual nos bastidores.

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Ed Westwick Teresa Cristina Fonte: Diário de Pernambuco; Correio Braziliense (07/11/17) Imagem: TCA2017 1ª acusação de estupro Ed Westwick, conhecido pelo papel de Chuck Bass na série Gossip girl entre 2007 e 2012, é o novo nome na lista de celebridades acusadas de violência sexual na indústria cinematográfica dos Estados Unidos. Em uma publicação no Facebook, a atriz Kristina Cohen revelou que foi estuprada pelo artista britânico, que atualmente está na série White gold, há três anos enquanto estava na casa dele dormindo. “Fui acordada abruptamente com Ed em cima de mim, com seus dedos entrando no meu corpo. Pedi que ele parasse, mas ele era forte”, descreve ela.

2ª acusação de estupro

3ª acusação de estupro

Fonte: Quem Online, Revista Quem (09/11/17) No dia 8, o ator recebeu uma nova acusação, dessa vez da atriz Aurélie Wynn. Aurélie, que demonstrou apoio à Kristina, também usou seu perfil no Facebook para denunciar o caso. Em julho de 2014, ela curtiu a noite com um casal e o ator. O grupo decidiu ir ao apartamento de Ed, que era dividido com um colega de quarto. “Eu disse não e ele empurrou meu rosto para baixo, me senti sem forças. Eu estava usando um maiô, que ele rasgou. Eu fiquei em choque, sou muito pequena. Quando tinha acabado, descobri que a mulher [que estava com o grupo durante a noite] tinha saído ou havia sido expulsa”, escreveu ela. Na época, Aurélie namorava Mark Salling, ator de Glee, que foi condenado à prisão por posse de pornografia infantil. Ao contar o que havia acontecido, o ator teria terminado o namoro e afirmado que o estupro aconteceu por culpa dela. “Meus outros amigos disseram que era melhor não dizer nada, que ninguém ia acreditar em mim e que eu só ia querer meus 10 segundos de fama”, escreveu Aurélie. Com a repercussão do primeiro caso, Ed Westwick afirmou não conhecer Kristina Cohen, mas já está sendo investigado pela polícia de Los Angeles, nos Estados Unidos.

Fonte: Henrique Brinco, RD1 (20/11/17) Mais uma acusação contra Ed Westwick por assédio sexual foi apresentada. Agora, a denúncia foi feita pela assistente administrativa Rachel Eck, durante entrevista ao site “Buzzfeed”. Rachel contou que tudo aconteceu uma noite antes do Oscar 2014, quando o seu ex-namorado na época, Kaine Harling (produtor de filmes australianos), a convidou para ir a um hotel. No trajeto, ela foi comunicada que Ed também estava lá. Chegando ao local, Kaine encontrou os dois em um quarto com várias camas. “Westwick me pediu para convidar uma amiga para sair com nós três. Quando eu não consegui trazer nenhuma garota, ele virou para mim”, afirmou ela. “Ele tentou me beijar e me empurrou para a parede. Ele foi ficando cada vez pior e me tocando mais”, lembrou. “Ed então me jogou na cama e agressivamente subiu em cima de mim e pegou nos meus peitos. Eu lutei contra ele e saí o mais rápido que podia”, detalhou. De acordo com Harling, o seu ex-namorado disse inclusive que Ed não estava fazendo aquilo “por maldade”. “Eu nunca me senti tão desconfortável com uma situação em toda a minha vida”, finalizou ela.

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SUPER ESTREIAS

OS FILMES MAIS ESPERADOS DE DEZEMBRO/17 Perfeita é a mãe 2

Data de Estreia: QUI, 07/12

Extraordinário

Data de Estreia: QUI, 07/12

Fonte: Filme B (20/11/17) Imagem: Divulgação/Diamond Films Nessa continuação de Perfeita é a Mãe, Amy, Kiki e Carla lidam com o stress familiar da época natalina e com as visitas de suas respectivas mães. Será que elas conseguirão jogar tudo para o alto novamente?

Fonte: Filme B (20/11/17) Imagem: Divulgação/Paris Um menino com uma deformação facial enfrenta os desafios de iniciar seus ensinos em uma escola regular. Baseado no best-seller homônimo de R. J. Palacio.

Star Wars - Os Últimos Jedi Data de Estreia: QUI, 14/12 Fonte: CinePop (17/11/17) Imagem: Divulgação/Disney Em ‘Star Wars: Os Últimos Jedi‘, a saga Skywalker continua quando os heróis de ‘O Despertar da Força‘ se juntam com as lendas galácticas em uma aventura épica repleto de mistérios antigos da Força e revelações chocantes do passado.

Fala Sério, mãe!

Data de Estreia: QUI, 28/12

Fonte: Filme B (20/11/17) Imagem: Divulgação/Downtown/Paris/Globo Filmes Uma história bem-humorada da relação de convivência entre mãe e filha. Baseado no romance adolescente de Talita Rebouças.

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As maiores tendências do verão 2018 Transparências, vestidos com detalhes inesperados e sobreposições mil.

Por Luana Brando e Viktória Bastos Fonte: Revista Elle

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Misturamos tendências da temporada de verão internacional que ainda está acontecendo, das coleções Resort e do street style para reunir algumas ideias que andam fazendo nosso coração bater

mais forte. São 10 apostas que conversam entre si e que podem — e devem — ser adaptadas ao estilo de cada um. Acreditamos em peças que vão durar muito mais do que uma estação e que, prova-

velmente você já tem no seu armário. É claro que também nos rendemos a uma ou outra trend passageira, mas que dão um toque divertido ao look de todo dia (alô boinas e óculos branco do Kurt Cobain). 77


1. A peça curinga Como não amar uma peça que consegue resolver o look por si só? Acessórios são sempre bem-vindos, mas o vestido que tem carinha de trench coat também é elegante sozinho. Ele fez sucesso no inverno, e a versão de manga curta é uma de nossas apostas para os dias que temos compromissos que vão da manhã até a noite.

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2. A cor mais quente O amarelo também promete aparecer bastante, mas o poder do vermelho nos conquistou por aqui. E ainda dá para combiná-lo ao rosa e atualizar todas aquelas peças pink millennial que você andou comprando.

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3. Listras atualizadas Ok, não é novidade que listras vão aparecer na próxima estação — afinal, quando elas não estiveram em alta, não é mesmo? A diferença é que agora elas surgem como look total, em vestidos ou conjutinhos, e em sua versão mais extravagante. São estampas grossas e de cores bem fortes como, olha ele de novo, o vermelho!

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4. As tendências passageiras Elas viraram sensação entre as blogueiras e devem começar a pipocar nas lojas com mais força em breve. Se você adora um acessório para o cabelo, vale investir em uma de tecido mais leve para o nosso verão. O óculos branco à la Kurt Cobain também é tendência, mas vamos combinar que os dois andam aparecendo tanto que já estamos começando a enjoar.

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5. As peças que vão durar Para os dias mais frios de verão, um conjuntinho cai muito bem. Vale investir porque dá para usar as peças separadas e a alfaiataria nunca sai de moda. Os tons pastel também não parecem ir embora tão cedo.

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6. Mais conforto Com saltos blocados ou kitten heels, independentemente de qual você prefira, o sapato do momento é o slingback (este com a tirinha atrás). Para quem está cansada de se equilibrar no escarpim, mas quer ganhar um pouco mais de postura.

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7. O sapato-desejo E dentro da tendência do sapatinho baixo, o que se destaca é o branco! O modelo com decote “V” foi hit absoluto no street style de Nova York e Milão. Será que pega por aqui? Obs.: Também fique de olho na pochete sendo usada como cinto.

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8. No campo, na praia e na cidade Não conseguimos pensar em algo mais charmoso do que uma cesta de palha. Ela dá um toque Jane Birkin a qualquer look que você imaginar e faz tempo que está ensaiando um retorno. Se você curte, vai ser fácil encontrar uma neste verão.

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9. Tecidos transparentes Todos os tipos de transparência surgiram nas passarelas, mas as capas de chuva de tecido levinho fazem muito sentido para o nosso país, quando uma chuva de verão pode acontecer a qualquer momento. Mais ideias para adotar a trend aqui.

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10. Príncipe de Gales Como falamos antes, o xadrez é A estampa do momento — novamente. Foi hit no inverno, vai continuar no verão, principalmente para os dias mais frios, quando um blazer oversized é tudo o que precisamos. Os prints na cor cinza, como o príncipe da gales, são os preferidos da moda e a gente explica da onde essa tendência veio.

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Marina Ruy Barbosa: 4 casamentos e 4 vestidos de noiva

(Fotos: Reprodução/Instagram/@marinaruybarbosa)

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(Fotos: Reprodução/Instagram/@marinaruybarbosa)


Casamentos e vestidos no plural Por Luana Brando e Viktória Bastos Fonte: Site Terra

Os casamentos de Marina Ruy Barbosa foram os mais comentados dos últimos tempos. Sim, no plural, porque não foi apenas uma cerimônia. Foram quatro, com quatro vestidos diferentes . Teve a benção budista, na Tailândia, em julho do ano passado, logo depois de Xande Negrão a pedir em casamento , nesta mesma viagem. Teve a cerimônia civil , além do casamento religiosona fazenda da família do noivo, em Goiás, e a cerimônia com

(Fotos: Reprodução/Instagram/@marinaruybarbosa)

benção do padre e presença de amigos e famosos em Campinas , no último dia 7. Pois bem, a atriz, que está voltando da lua de mel na África do Sul e é referência fashion, agora também é inspiração para as noivas . São vários estilos de vestidos e ocasiões, para noiva nenhuma reclamar. E olha que ela nem divulgou todos os looks de uma vez. O da cerimônia religiosa na capela da fazenda em Goiás, por exemplo, postou apenas após o estilista Sandro Barros colocar as fotos

do vestido em seu Instagram. O modelo Dolce & Gabbana foi segredo até as fotos do casamento começarem a pipocar nas redes sociais assim que a cerimônia começou. Os looks da benção budista, ela nem mostrou na época. No dia 1º de junho deste ano, fez um post explicando o ritual. Durante a viagem à Tailândia, porém, a atriz postou várias outras fotos com seus looks. Relembre os quatro vestidos e os quatro casamentos da ruiva..

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Cerimônia Budista Marina Ruy Barbosa foi pedida em casamento durante passeio na Tailândia , em julho de 2016. Na mesma viagem, ela e Xande Negrão participaram de uma cerimônia budista, para receber a benção dos monges. Esta foto só foi publicada dia 1º de junho deste ano, em sua conta no Instagram. O vestido escolhido foi da estilista Paula Aziz com sobreposição, rendas, decote e transparências. O estilo mais sexy do vestido foi equilibrado com a maquiagem e o penteado simples.

Cerimônia Religiosa O estilista Sandro Barros foi o escolhido para fazer o vestido do casamento religioso na capela da fazenda da família do noivo, em Goiás. O modelo teve, segundo o estilista, três tipos de rendas feitas na Inglaterra, uma italiana e dois tipos de tule. Em sua conta no Instagram, ele explicou mais detalhes do modelo: “Quatro godês de tule point d’sprit de algodão com bicos de renda inglesa formando um “V” em cada costura. Por último um tubo justo de renda soutachada italiana com forro nude”.

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Cerimônia Civil O casamento no civil aconteceu em setembro , quando ela postou foto ao lado dos pais de ambos. O vestido branco foi uma criação dela junto com a estilista mineira Patricia Bonaldi. A mistura de texturas se dá com o tule e o tecido opaco. O modelo tem um quê romântico, misturado a uma certa sensualidade, por conta da transparência. Para o casamento civil, Marina usou um modelo curto da estilista Patricia Bonaldi, também com transparência. O vestido tinha detalhes delicados como a gola alta, os babados e o tule de poá (point sprit).

Cerimônia Festiva Para terminar as celebrações com chave de ouro, Marina subiu ao altar em uma festa chiquérrima para familiares e amigos com um vestido de noiva tradicional assinado pela grife italiana Dolce & Gabbana. O modelo tomara que caia tinha uma saia volumosa feita com várias camadas de tule. E como uma noiva tradicional, é claro que não poderia faltar um véu longo com detalhes de renda.


(Fotos: Reprodução/Instagram/@marinaruybarbosa)

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Cortes clássicos de cabelo curto que nunca saem de moda Alguns tipos de cabelo sobrevivem décadas sem perder o estilo

Por Luana Brando e Viktória Bastos Fonte: Revista Claudia

Alguns cortes de cabelos são datados, você olha uma foto e sabe exatamente em qual década ela foi tirada. No entanto, alguns estilos sobrevivem por décadas sem perder o charme. Separamos algumas inspirações clássicas para quem está pensando em adotar cabelos curtos:

Pixie com franja comprida Esse é ideal para quem quer sentir a nuca fresca, mas gosta de um pouco de movimento nos fios. A socialite Kris Jenner é adepta do estilo há anos.

Pixie

Chanel clássico

Fios bem curtinhos além de práticos, são elegantes. A atriz Kate Hudson, 38 anos, tem desfilado com um nos últimos tempos e está puro charme!

O cabelo curto icônico da estilista francesa pode ser considerado o mais clássico entre os cortes curtos. Podemos dar ao corte, inclusive, os créditos

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por parte do sucesso da atriz Maria Casadevall quando estourou na televisão na novela Amor à Vida. Blunt bob Esse é o favorito de quem quer aderir aos fios curtos sem radicalizar – e fica lindo! A atriz Bruna Marquezine é uma das adeptas.


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Pixie com franja comprida (Alberto E. Rodriguez / Equipa/Getty Images)

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Chanel clรกssico 91


Blunt Bob 92

(Ramon Vasconcelos/Rede Globo)


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Ex-governador Garotinho é levado para cadeia após fazer exames no IML

Garotinho deixou a sede da PF, no Centro do Rio, sob gritos de 'bandido' e 'corrupto'. Por :Felipe Costa e Thaise lime Fonte:G1 Rio, G1 Norte Fluminense e TV Globo

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ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho está sendo levado para a cadeia no início da tarde desta quarta-feira (22). Garotinho foi preso nesta manhã no apartamento onde no Flamengo, na Zona Sul. Rosinha Matheus, mulher dele e que também exerceu o cargo de governadora do Estado do Rio de Janeiro, foi presa em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. Quando deixou a sede da Polícia Federal no Rio de Janeiro, na Zona Portuária, por volta das 11h, populares xingaram o ex-governador com gritos de 94

"bandido" e "corrupto". Ele foi conduzido até o Instituto Médico Legal (IML), no Centro, para fazer exame de corpo de delito. Por volta das 11h30, Clarissa Garotinho, uma das filhas dele, chegou ao local para acompanhar o exame. Segundo um agente da Polícia Federal, a prisão tem relação com a delação do Ricardo Saud, da JBS. Ao todo, foram expedidos 9 mandados de prisão e 10 de busca e apreensão pelo juiz eleitoral de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. Segundo a PF, a ação apura os crimes de corrupção, concussão,

participação em organização criminosa e falsidade na prestação das contas eleitorais. A polícia ainda não informou se ele vai ser levado para Campos ou se a ex-governadora Rosinha vai ser levada para o Rio. Segundo a Polícia Federal, durante as investigações, foram identificados elementos que apontam que uma grande empresa do ramo de processamento de carnes firmou contrato fraudulento com uma empresa sediada em Macaé para prestação de serviços na área de informática. Ainda segundo a PF, há suspeita que os serviços não eram prestados e que o contrato, de aproximadamente R$ 3 milhões, serviria apenas para o repasse irregular de valores para utilização nas campanhas eleitorais. Outros empresários também informaram à PF que o exgovernador cobrava propina nas licitações da prefeitura de Campos, exigindo o pagamento para que os contratos fossem firmados. Investigação Segundo a denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), o presidente do PR, Antônio Carlos Rodrigues, negociou com Anthony Garotinho e com a JBS a doação de dinheiro oriundo de


propina para a campanha do exgovernador ao Governo do Estado do Rio de Janeiro, em 2014. Após ser pressionado por Garotinho, Antonio Carlos pediu que a JBS conseguisse mais R$ 4 milhões para a campanha, ficando combinado, por fim, o pagamento de mais R$ 3 milhões, dinheiro oriundo de propina, para selar apoio do PR ao PT e ao PMDB, dinheiro que foi destinado, segundo o MP, a outra conduta ilícita, que era custear despesas do grupo político de Garotinho sem a devida declaração nem comprovação O inquérito que embasa a denúncia partiu da delação de Wesley, Joesley e Saud. "Na ocasião, foi relatado que o referido Grupo Econômico doou cerca de R$ 3.000.000,00 para a campanha de Anthony Garotinho ao Governo do Estado do Rio de Janeiro em 2014, a título de "caixa 2", dinheiro não contabilizado na prestação de contas eleitoral, valendo-se de um contrato de prestação de serviços celebrado com uma empresa indicada por aquele candidato, apenas para dar

aparência de legalidade ao repasse de dinheiro.", diz o documento. Ainda segundo o MP, após a divulgação dos fatos, André Luiz da Silva Rodrigues procurou a Polícia Federal espontaneamente e se dispôs a esclarecer os fatos e de colaborar com as investigações, trazendo fatos até então desconhecidos dos investigadores. "Inclusive apontando e revelando a estruturação de uma organização criminosa, com emprego de arma de fogo inclusive, no seio da gestão municipal de Campos dos Goytacazes, no período em que Rosinha Garotinho foi prefeita (2009 a 2016)", diz o MP-RJ. Ex-secretário também foi preso Suledil Bernardio, que foi secretário de Governo da Prefeitura de Campos durante a gestão de Rosinha, também é alvo da operação. Os agentes fizeram buscas na casa do ex-secretário e ele foi levado para a sede da polícia federal em Campos. A defesa dos ex-governadores Anthony Garotinho e Rosinha Garotinho informou que só se pronunciará quando tiver acesso aos documentos que embasaram

os mandados de prisão, o que ainda não aconteceu. Em nota oficial, o ex-governador Anthony Garotinho atribui a operação de hoje a mais um capítulo da perseguição que diz estar sofrendo. Garotinho afirma ainda que nem ele nem nenhum dos acusados cometeu crime algum. A nota ainda reforça que essa operação à qual Garotinho e rosinha respondem não tem relação alguma com a Lava Jato. Os presos serão encaminhados ao sistema prisional do Estado, onde permanecerão à disposição da Justiça. Garotinho já tinha sido preso na Operação Chequinho da PF, que investiga um esquema de troca de votos envolvendo o programa social Cheque Cidadão, na eleição municipal do ano passado. Ele foi solto em setembro, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) derrubou a prisão domiciliar do ex-governador, e também as restrições que incluíam proibição de contato com qualquer outra pessoa, exceto seus familiares, e de uso celulares, internet ou outros meios de comunicação.

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Picciani, Albertassi e Paulo Melo A cadeia José Frederico Marques é a mesma Por :Felipe Costa e Thaise Lima Fonte:G1 Rio e Veja Os deputados Edson Albertassi, Paulo Melo e Jorge Picciani, todos do PMDB, chegaram no fim da tarde desta terça-feira (21) à Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, Zona Norte do Rio. O trio se entregou na superintendência da Polícia Federal pouco depois de o Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) determinar que eles voltassem à prisão. A cadeia de Benfica é a mesma onde está o ex-governador Sérgio Cabral. Os três parlamentares haviam sido presos na quinta-feira (16), também por determinação do TRF, por crimes investigados na Operação Cadeia Velha, mas foram soltos na sexta-feira (17), após votação na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), sem que houvesse notificação judicial. Eles são suspeitos de receber propina para defender interesses de empresários de ônibus dentro da Alerj e de lavar o dinheiro usando, por exemplo, empresas e compra e venda de gado. Albertassi foi o primeiro a se entregar, segundo nota de sua assessoria divulgada às 15h22. Paulo Melo chegou minutos depois e, Picciani, às 16h30. O trio foi ouvido rapidamente na superintendência da PF, depois foi levado ao IML e, de lá, para Benfica. 96

Foto: Wilton Junior/Eestadão Conteúdo

5 votos a 0 Por unanimidade, os desembargadores do TRF2 votaram pela prisão dos deputados. A Justiça Federal também determinou o afastamento deles da Alerj. Em entrevista à GloboNews, o professor de direito constitucional da Universidade Federal Fluminense (UFF) Guilherme Peña explicou como a decisão do TRF se sobrepõe à da Alerj “Prevalece a decisão do tribunal", disse. "O alvará de

soltura é um ato jurisdicional. não pode um órgão legislativo efetuar a soltura. Deveria ter havido comunicação ao Poder Judiciário, para que ele efetuasse, se fosse o caso, a soltura. Por conta desse vício formal, a decisão da Alerj foi invalidada”, explicou Peña. Ainda segundo o especialista, a Alerj pode se manifestar sobre a decisão do TRF-2, mas essa será uma análise política, e não técnica. Ou seja, a Assembleia não pode determinar a soltura novamente. Defesas anunciam recursos


voltam para a prisão de Benfica onde está o ex-governador Sérgio Cabral. Tribunal Regional Federal. Não cometi nenhum crime e tenho o máximo de interesse na rápida apuração dos fatos", afirmou.

A cúpula política do Rio implode.

As defesas dos deputados já anunciaram que vão recorrer da decisão. O advogado Nélio Machado, que defende Picciani e o acompanhou na PF, considerou a decisão do TRF2 "ilegal, inconstitucional e infeliz" e disse que vai recorrer ao STJ, em Brasília. A defesa de Picciani questionou o fato de não ter tido acesso ao teor da questão de ordem antes da sessão desta terça. Segundo Machado, ele e os colegas não tiveram um "tratamento igualitário" por parte do tribunal. Ele também disse

que seu cliente está "muito abalado". “Picciani está muito abalado, acabou de vir de uma operação, tem filho pequeno, estava se preparando para se defender e agora veio essa decisão. Vou priorizar a liberdade do meu cliente agora” A defesa de Albertassi disse que ele "confia na Justiça e estará sempre à disposição para esclarecer os fatos". Paulo Melo também divulgou nota questionando a decisão do TRF. "Mais uma vez vejo como injusta a decisão do

O deputado Jorge Picciani recebeu R$ 58.580.000 de reais em esquemas de corrupção nos transportes do Rio. Segundo planilha publicada pelo Ministério Público Federal, o líder peemedebista era chamado por dois codinomes: satélite e platina. “Jorge Picciani, inicialmente, aparece identificado como Platina e depois como Satélite . Ele foi destinatário, no período de 15/07/2010 a 14/07/2015, de R$58.580.000,00, via pagamento Álvaro Novis, sendo R$ 49.960.000,00, a mando da Fetranspor”, afirmam os procuradores. “O restante de R$ 8.620.000,00, a mando de Carlos Miranda e Sérgio Ca e será tratado posteriormente”, diz o MPF. “Álvaro Novis esclareceu que os pagamentos efetuados a mando da Fetranspor para Picciani iniciaram na década de 90 e perduraram até a véspera da Operação Xepa da Lava Jato, em 2016, mas que só possuía parte das planilhas de pagamentos feitos a Jorge Picciani”, diz o documento do MPF. 97


Em consulta pública, população de Niterói vota contra armamento da Guarda Municipal Apesar da adesão de apenas 5% dos eleitores, proposta foi rejeitada por 70% dos moradores que foram às urnas neste domingo Por: Felipe Costa e Thaise lima Por: O Globo A população de Niterói decidiu votar contra o armamento da Guarda Municipal da cidade da Região Metropolitana do Rio, após uma consulta pública realizada neste domingo, em 45 pontos de votação espalhados do município. Apesar da baixa adesão dos moradores com direito à voto - compareceram às urnas apenas 18.990 (5,1%) dos 371.736 eleitores do município -, a proposta foi rejeitada por 70,1% (13.478) dos niteroienses que foram às urnas. Somente 5.480 (28,9%) dos participantes da consulta pública votaram a favor da proposta, enquanto 32 pessoas votaram branco ou nulo. Com a votação, realizada das 8h às 17h deste domingo, e contagem sendo feitas manualmente, a apuração, mesmo com o baixo número de votos, foi demorada, e o resultado oficial só foi divulgado pela assessoria de imprensa da prefeitura de Niterói pouco antes das 2h desta segunda-feira. Todos os eleitores com título e um 98

documento oficial com foto tinham direito a participar, mas o voto não era obrigatório. A apuração começou logo após o fechamento das urnas, no 12º BPM (Niterói). Caso a população do município tivesse votado a favor do armamento da Guarda Municipal, a prefeitura daria um prazo de dois anos até que todo o efetivo dos guardas estivesse armado nas ruas. O projeto para armar a Guarda Municipal em Niterói foi anunciado pela prefeitura há cerca de dois anos, logo após a então presidente Dilma Rousseff sancionar o Estatuto Geral das Guardas Municipais, em agosto de 2015, que permitiu municípios com mais de 50 mil habitantes a adotarem a medida. Desde então, a proposta passou por uma série de reformulações até chegar ao modelo apresentado na consulta pública. O planejamento inicial previa armar apenas parte dos agentes e agora propõe transformar a corporação numa Polícia Comunitária, com todos os

600 guardas do efetivo total usando armamento letal. CREDIBILIDADE DA VOTAÇÃO COMPROMETIDA Mesmo com o resultado contrário ao projeto da prefeitura, a votação foi marcada por uma série de problemas, que podem inclusive comprometer sua credibilidade. Diante de relatos de moradores de Niterói sobre a fragilidade do sistema da consulta pública sobre o uso de armas de fogo pela Guarda Municipal, uma repórter do GLOBO comprovou que era possível participar mesmo sem ter endereço eleitoral no município e, pior, votar mais de uma vez. O GLOBO esteve em várias seções eleitorais, onde mesários relataram problemas no processo. O voluntário Victor Borges explicou que teve um treinamento rápido para aprender a usar um aplicativo desenvolvido exclusivamente para a consulta, que permitia conferir se o eleitor estava apto ou não a votar. Só após


a conferência, por meio deste aplicativo, o morador de Niterói poderia marcar a cédula de papel e depositá-la na urna. O voto não era obrigatório, e só moradores da cidade poderiam participar. A prefeitura optou pela consulta, apesar de ter autoridade legal para armar a Guarda. Na Escola Municipal Paulo de Almeida Campos, em Icaraí, os mesários estavam sem acesso às informações dos eleitores por meio do aplicativo. Por isso, as pessoas votavam apresentando um documento de identidade, como fez a repórter do GLOBO. Neste caso, não era possível verificar se o eleitor era ou não morador de Niterói. Em outra sessão, na Escola Municipal Anísio Teixeira, em São Domingos, a repórter do

GLOBO votou pela segunda vez, mesmo sem que o mesário encontrasse seus dados na plataforma. Para não interferir na decisão, a jornalista deu um voto a favor do uso de arma e outro, contra. A assessoria de imprensa da prefeitura de Niterói alegou que a votação foi organizada com apoio do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), com supervisão da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e do Conselho Comunitário de Segurança de Niterói. Sobre o sistema permitir que o eleitor votasse duas vezes, a assessoria disse que pedirá explicações à empresa contratada para desenvolver o aplicativo de verificação. Em nota, no entanto, o TRE afirma que não forneceu apoio

para a realização da consulta pública. Segundo o órgão, de acordo com a Resolução TSE 22.385/2012, "a participação da Justiça Eleitoral na organização e realização de consultas populares restringese a plebiscitos e referendos, os quais, na forma da Lei 9.709/98, somente podem ser realizados conjuntamente com a realização de eleições ordinárias", pois não há custos extraordinários para a realização do pleito, uma vez que se utiliza da mesma estrutura operacional e administrativa destinada às eleições. "A Prefeitura de Niterói, inclusive, foi informada pelo TRE-RJ sobre tais restrições à participação da Justiça Eleitoral na referida consulta popular", diz ainda a nota.

Proposta de armamento da Guarda Municipal de Niterói foi rejeitada por 70% dos moradores que foram às urnas - Hermes de Paula / Agência O Globo

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Rodrigo Maia diz que reforma da Previdência é a salvação do Brasil Por : Felipe Costa e Thaise Lima Fonte - Do Radiojornalismo agenciabrasil.

Em almoço em Porto Alegre com deputados da bancada gaúcha, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse hoje (20) que a reforma da Previdência não pode ficar para mais tarde. "Tem alguns temas que, em determinado momento, não podem mais fazer parte da briga política. A reforma da Previdência não é de direita nem de esquerda. Ela é a salvação do nosso Brasil. Se nós não fizermos a reforma da Previdência, ela será feita da forma mais injusta", acrescentou. De acordo com o deputado, o sistema previdenciário atual é injusto, porque penaliza os mais pobres. Segundo Rodrigo Maia, enquanto quem ganha mais consegue se aposentar com 100

pouco mais de 50 anos, os mais humildes só conseguem parar de trabalhar depois dos 60 anos, em média. Para Maia, a reforma da Previdência não é mais uma questão política. "Se quisermos projetar o Brasil para 20 anos, ou vamos enfrentar desafios que geram mais desgaste - e a Previdência é o número um - ou todos aqueles que vão para a eleição no próximo ano estarão mentindo", afirmou Maia. Conforme o presidente da Câmara, o debate parlamentar sobre a permissão para exploração de jogos de azar, como os cassinos, pode ser positivo, mas, mesmo que seja aprovado, não resolverá o déficit da Previdência por muito tempo. "A legalização do jogo pode

ter um papel importante na geração de empregos, mas não adianta falarmos dessa receita, porque, em dois ou três anos, a Previdência a retira da segurança dos estados brasileiros. Rodrigo Maia destacou que a legislação trabalhista brasileira é um grande exemplo disso. "Eram leis que, em tese, protegiam, mas deixaram o Brasil com 14 milhões de desempregados e milhões de empregos precários. Essa é a realidade da antiga lei trabalhista. Conseguimos algum avanço na Câmara em 2017." O presidente da Câmara adiantou que ele, o presidente Michel Temer e a base aliada se reunirão nesta quarta-feira (22), no Palácio da Alvorada, para discutir a votação da reforma da Previdência.


Cristiano Ronaldo é eleito o melhor jogador do mundo pela quinta vez Por : Felipe Costa e Thaise lIma

O português Cristiano Ronaldo, do Real Madrid, foi escolhido hoje (23) melhor jogador do mundo da Fifa pela quinta vez. Ele havia ganhado em 2008, 2013, 2014 e no ano passado. Com cinco premiações, o português se iguala ao argentino Lionel Messi. Junto com Cristiano Ronaldo e Messi, o brasileiro Neymar, do PSG, era um dos finalistas ao troféu de melhor do mundo, mas recebeu apenas 6,9% dos votos. Messi teve 19,25% e Ronaldo, 43,26%. Além do melhor jogador, a Fifa também elegeu a seleção do mundo, com os melhores jogadores de cada posição. Três brasileiros estão na lista: Neymar e Daniel Alves, do PSG, e Marcelo, do Real Madrid. A seleção eleita pela Fifa também tem Buffon (Juventus), Sergio Ramos (Real Madrid), Bonucci (Juventus), Modric (Real Madrid), Kroos (Real Madrid), Iniesta (Barcelona), Messi (Barcelona) e Cristiano Ronaldo (Real Madri). O franco argelino Zinédine Zidane, do Real Madrid, foi eleito o melhor técnico do futebol masculino, e Sarina Wiegman, técnica da seleção holandesa, venceu entre os treinadores de futebol feminino. A também holandesa Lieke Mertens ficou com o prêmio de melhor jogadora do mundo. O Prêmio Puskas, atribuído ao gol mais bonito, foi para o jogador francês Giroud, do Arsenal, da Inglaterra, marcado contra o também inglês Crystal Palace. 101


TRABALHO, GRITARIA Segundo dados do IBGE, 75% dos homens brasileiros que são apaixonados por futebol, tem vontade de trabalhar com o esporte Por: Thaise Lima e Felipe Costa

Tr a b a l h a r c o m o q u e realmente ama é o desejo de muitos, montar um projeto e unir as duas coisas, é o de sonho da grande maioria de pessoas, esse é o lema do jornalista é publicitário Alexandre Madruga, de 37 anos, que influenciado pela paixão futebolística deu inicio ao projeto Liga Zona Norte fundada em setembro 2012. Com um número tão grande de participantes tanto no campo como na administração do projeto e em divulgação nas redes sociais, campeonato F u t - 11 v e m c a d a v e z crescendo e obtendo mais jogadores amadores no torneio.

- A ideia da Liga não é exclusividade minha, alguns diretores de equipes amadoras como Ronaldo (do time Guarani de Bento Ribeiro) e (Leonardo do t i m e M i l a n d e Va l q u e i r e ) também tinham esse sonho, quando fui chamado para fazer parte da administração das competições eu tinha um papel mais secundário, comecei a ter mais independência quando criei o nome Liga Zona Norte. Outro motivo que me influenciou muito na produção do projeto foi a minha profissão, afinal, todo jornalista tem um “Q” empreendedor – comenta o comunicólogo e também agente da civil Alexandre Madruga. Nem tudo são gols!

Alexandre Madruga, jornalista e fundador do campeonato.

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Mas não é apenas de desejo e sonhos que se monta um projeto, dedicação, trabalho e perseverança tem que andar de mãos dadas, o administrador de jogos

do campeonato Renan Pereira acredita que tendo esse pensamento e um trabalho coletivo é o fundamental para encarar os problemas. - Eu entrei na Liga esse ano, sou ex-jogador e apaixonado por esportes, depois que não firmei como j o g a d o r, decidi trabalhar em projetos ligados a isso. Nem sempre trabalhar com aquilo que amamos é fácil, o campeonato esta passando por um momento de transição, é preciso ter muita paciência, pois os problemas como patrocínio e ter um campo melhor para as competições são as nossas maiores dificuldades hoje, mesmo tendo em mente que existe muita burocracia em relação a p a t r o c i n a d o r, n ã o é u m obstáculo impossível, é só uma questão de tempo, divulgação e muito trabalho – diz o estudante de administração de 24 anos. Numa entrevista em um


E MUITA PAIXÃO! dos jogos, Alexandre Madruga relatou que ainda existem normativas e diretrizes administrativas a serem concluídas, como a formação do Estatuto e a oficialização da Liga em cartório e com CNPJ que será feito em janeiro de 2018. O presidente do Expresso, time atual campeão da Liga, Jose Irineu de 56 anos mais conhecido no campeonato como Zezé, diz que esses problemas são apenas detalhes, levando em consideração que o projeto existe há apenas 3 anos. - Eu confio na liga e acredito que a liga esta crescendo, agora estamos com projeto de segunda divisão e já tem time para isso, o que acontece depende de todos nos, diretos de time, diretor de elenco e diretor de arbitragem. Em relação ao patrocínio, isso tudo vai crescendo, cada vez mais tem gente que esta divulgando e o pessoal cada vez mais esta se interessando. Pra mim, um fato realmente problemático é a relação dos diretores dos times com os jogadores, pois são pessoas que trabalham e o lazer de domingo é

o futebol, eu tenho que ser homem, criança e menino, compreender os problemas de cada um e resolver uma de cada às vezes, a Liga é um trabalho de seriedade e ao mesmo tempo de lazer – conta o administrador Zezé, que muitas vezes depois de confusões em durante as partidas, conversa em particular com os jogadores para que continuem no elenco. Rafael Lima de 39 anos segue a mesma linha de pensamento, para o publicitário e presidente do clube Boleiro Fanático lidar com homens de variadas idades não é fácil, pois ninguém é igual a ninguém, dentro do futebol, o que me parece sempre é que “todos” são totalmente diferentes. O jogo “nosso” de cada domingo! Para os jogares, os domingos não são apenas o ultimo dia chato dos finais de semana, acordar cedo e ir para o Bombeiros no bairro de Guadalupe é uma felicidade sem tamanho. Acordar e ter a consciência que estou saindo de casa para fazer algo importante, não se trata de uma simples

pelada que você perdendo ou ganhando, se diverte e nada muda existe uma diferença enorme, pois vejo o meu time seja pessoalmente ou através do grupo que temos no Whatsapp, criamos u m v i n c u l o – d i z Ti t i , apelido do estudante de 20 anos Thiago Alves goleiro do time Lendas. To d o d o m i n g o é u m l a z e r, representar essa equipe maravilhosa, a Liga esta crescendo e ajudando o meu time a crescer também, isso é um orgulho pra mim – afirma o técnico de refrigeração We l l i n g t o n d o s S a n t o s de 23 anos que já foi jogador dos juniores no clube Madureira. Ronaldo Albuquerque do time Guarani de Bento Ribeiro, conta que o intuito é promover lazer e proporcionar oportunidades para quem não teve chance de jogar num clube grande. Muitas empresas e administradores não patrocinam o campeonato por medo de não dar certo, mas mesmo com esse problema o projeto esta conseguindo atender as expectativas do publico que é a diversão com responsabilidade – relata o aposentado de 60 anos um dos fundadores da Liga. 103


Gabriel Medina é tricampeão em PorFelipe Costa e Thaise lima Fonte: iG São Paulo/ Esporte

Circuito mundial A elite do surfe agora desembarca em Peniche, Portugal para o MEO Rip Curl Pro, que tem início em 20 de outubro, com janela até o dia 31. A última e tão esperada etapa do tour acontece no Havaí, na tão famosa Pipeline, em 8 de dezembro. Gabriel Medina tem estes dois eventos para brigar ainda pelo seu segundo título mundial, já que o primeiro brasileiro campeão do mundo conquistou o troféu em 2014.

Time

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Hossegor e volta a brigar pelo título Surfista de 23 anos de idade vence na França, sobe cinco posições no ranking do circuito e tem chances matemáticas de ser bicampeão do mundo

Gabriel Medina se sagrou campeão em Hossegor, etapa de Landes, na França. O surfista da praia de Maresias venceu o havaiano Sebastian Zietz na grande decisão por uma bela folga no placar de 16.00 a 9.30. Com a vitória, o brasileiro volta a brigar pelo título mundial de surfe. Na semi, Medina havia vencido o atual campeão do mundo John John Florence em uma bela disputa e apenas 0.40 pontos de diferença. Nas quartas, tirou o tricampeão Mick Fanning de combination. Enquanto Gabriel fez um total de 15.20 pontos, o australiano somou

em duas ondas apenas 1.20. “Estou muito feliz, quase sem palavras, esse é um lugar especial para mim, estou muito excitado. Tive um grande evento aqui, boas ondas, estou realmente muito feliz. Não pensei em título mundial, em ranking, quis apenas me divertir. Prometi para o meu pai e para mim mesmo que iria ganhar ao menos um evento esse ano e cumpri. Então estou muito feliz”, disse o campeão. Com o fim da etapa na França, Gabriel vai iniciar a penúltima etapa do circuito, em Portugal, como terceiro colocado geral do

ranking. Com 40.750 pontos, o surfista canarinho fica atrás apenas do sul-africano Jordy Smith e do havaiano John John. Matematicamente, ainda há chances de briga pelo seu segundo título mundial. Além do bom surfe apresentado durante toda a campanha no Quiksilver Pro France, Gabriel pegou uma onda que acabou surpreendendo a todos. Depois de um belo aéreo, é possível ver que ele fica com somente um dos pés na prancha. Para a alegria da torcida brasileira, o jovem de 23 anos de idade, completa a manobra e comemora. 105


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LeBron James está no caminho para superar Jordan; a pergunta é: ‘Vamos permitir que ele o faça?’ Por: Felipe Costa Fonte:Ricardo Pincigher, especial para o ESPN.com.br

Peço que leiam o texto até o final. Se, após a leitura, discordarem de mim, tudo bem. Mas, por favor, leiam. Quero deixar claro antes de começar que, neste momento, Michael Jordan ainda é o melhor jogador de basquete que o mundo já viu. Isso posto, posso começar o texto. Vamos voltar no tempo. Quando LeBron James amarelou nas finais de 2011 contra os Mavericks, se não todos, muitos amantes de basquete tiveram o mesmo pensamento: “Ok, agora ninguém jamais vai chegar perto do Jordan”. Só que, desde então, o que LeBron James tem feito não é apenas notável. É absurdo. É, simplesmente, a maior sequência da história do basquete. Ele é o melhor jogador da NBA desde que ele entrou na liga. Agora, vamos colocar aqui alguns números que mostram que, fatalmente, LeBron James terminará a carreira com estatísticas melhores que Michael Jordan. Por exemplo: LeBron se tornou (em porcentagem) um arremessador de 3 pontos melhor que Kobe Bryant, que, por sua vez, foi melhor que Michael Jordan nesse quesito.

LeBron James 34,2% 32,7% Michael Jordan

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Acho que todos aqui vão concordar que LeBron é maior e mais forte do que Michael; melhor passador e melhor reboteiro. Lebron James: 7 assistências e 7 rebotes de média Michael Jordan: 6 assistências e 5 rebotes de média Com pelo menos 6 anos restantes na NBA, se nenhuma lesão o atrapalhar, LeBron vai superar Michael em pontos, rebotes, assistências, porcentagem nos arremessos de quadra e aparições em finais. Isso não é pouca coisa, fã de esportes, não é. Vamos colocar mais alguns fatos na discussão! Quando LeBron deixa um time, esse time praticamente acaba. Quando ele deixou Cleveland, os Cavs deixaram de ser um time de 60 vitórias por temporada e foram direto para a primeira escolha do Draft, logo, foram o pior time da temporada seguinte. Um LeBron bicampeão saiu de Miami após 4 finais consecutivas. O que aconteceu com o Heat? Eles nem foram para os playoffs na temporada seguinte. Quando Jordan deixou

os Bulls para tentar beisebol em 1993, Chicago, que tinha vencido 57 partidas na temporada anterior, venceu 55 na seguinte. Gostaria de reiterar que, na minha opinião, enquanto você lê este texto, Michael Jordan É o maior jogador de basquete da história. Sim, ele ainda é o ‘G.O.A.T.’. Se, em 2011, perguntassem o que LeBron teria que fazer para se tornar o maior após a derrota vexatória para Dallas, eu diria que além de ser o melhor jogador da liga durante um bom tempo, ele teria de enfrentar e passar por todos os grandes concorrentes de sua geração. Kevin Durant, tchau. Dinastia Popovich, tchau. Golden State Warriors, tchau. Assim, James soma 3 títulos, 4 MVPs, 3 MVPs das finais. O que eu quero dizer é que, se um anel contra este Golden State Warriors de Durant, Thompson, Curry e Green não colocar LeBron, pelo menos, no mesmo patamar que Jordan, a resposta, infelizmente, será que LeBron ‘não pode’ passar Jordan. Quando digo “não pode”, quero dizer que “não vão deixar”. Jordan permanecerá intocável. E a resposta não pode ser essa. Simplesmente não pode. 107


Michael Jordan: 6 assistências e 5 rebotes de média x Lebron James: 7 assistências e 7 rebotes de média

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Jordan somou 33,4 pontos, com 48,7% nos arremessos de quadra, 33,2% nos três pontos e 82,8% nos lances livres, além de 2,1 roubadas de bola, 0,9 tocos e 3,1 erros. LeBron tem 28,2 pontos, com 47,3% nos arremessos de quadra, 31,8% nos três pontos e 75,2% nos lances livres, além de 1,7 roubadas de bola, 0,9 tocos e 3,5 erros. 109


Anna Mascarenhas

BATUQUE REPAGINADO Cassiel Macêdo “O Brasil pode ser um absurdo, mas não é surdo. O Brasil tem ouvido musical que não é normal.” Disse Caetano Veloso em sua música em 1978, lembrando que o musicos controem e reiventam músicas em todo país. Os nomes de Baco Exu do Blues e Céu caracterizam a geração nova, muito hibidrismo sonoro agregados de outros países, mas principlamente ritmos brasileiros. Eles pegam referência em grandes nomes daqui, entretanto criam identidades próprias. O que ajuda a explicar dois grandes nomes da música brasileira se colocarem com roupagem contemporânea: Mano Brown e Elza Soares. Os dois dialogam com a geração mais nova, como Baco e Céu, mas de maneiras diferentes. O enfoque musical na carreira dos dois gigantes vai para um nível experimental, referindo-se ao público antigo. Portanto, levando-os a transmitir canções de diversas formas; resgatam suas histórias e um discurso sonoro novo.

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Baco (Divulgação)

B A C O

D O B L U E S

E X U RELIGIÃO, ANTROPOLOGIA E IDENTIDADE Cassiel Macêdo Fonte: Tiago Ferreira, namiradogroove.com.br, 12/09/2017 Quando o rapper de Salvador Baco Exu do Blues lançou o single “Sulicídio” no ano passado (ao lado de Diomedes Chinaski), mostrou que tinha uma proposta diferente do eixo Rio-SP, beneficiado pela visibilidade. Mesmo comparado a outros rappers do Nordeste, como RAPadura e Costa a Costa, Baco se diferencia por traduzir a divergência cultural que marca a representatividade do estado baiano. Nenhum outro trabalho traz o peso tão grande de uma carga que vem da exploração dos portugueses na

costa baiana com a chegada dos primeiros navios, passando pela colonização, escravidão, aculturação e pós-modernidade. ‘Eu faço o que eu quiser/Nada vai me parar‘, canta Baco em “Senhor do Bonfim”, numa mistura de trap com percussões das religiões afrobrasileiras. Toda linha do tempo já está traçada em sua música, e o que ele faz é utilizála como expressão de sua própria contemporaneidade, com algumas ligações míticas que envolvem tanto a iconografia do deus do vinho na mitologia grega quanto os santos do candomblé. Em poucas palavras, Esú é um exercício de interconexão cultural, que leva em consideração mais de 500 anos de trocas

de informações, rituais e hábitos distintos. Assim, o que chamam de ‘hibridismo’ na antropologia, em Esú se materializa como uma expressão popular. Individual, claro, como usualmente acontece com as possibilidades do rap. Mas é um individual criado a partir da influência externa do coletivo. Conflitos e simbologias Todo esse pano de fundo por trás de Esú não chega a ser mencionado pelas composições. Sua maior riqueza, claro, está justamente nessa (des)construção estética, mas não podemos ignorar a habilidade de Baco em comunicar-se com a geração que acompanha a evolução do rap. 111


“O álbum é um indivíduo em uma transição eterna. Ele passa por diversos conflitos. Sentimentos, no caso. Ele passa pelo sentimento de onipotência e da depressão, que são dois opostos. Ele vai da autoafirmação, da autoconfiança. E aí a trilha dele é até ele se achar”, explicou o rapper ao site Genius. Quanto a isso, ele se permite divagar pelos clichês, como em alguns versos de “Oração a Vitória” e “Te Amo Disgraça”, um som romântico que se diferencia pelo tratamento despojado – em que ‘disgraça‘ se traduz como ‘paixão’. O melhor é a forma como essa canção fixa no imaginário do ouvinte. Com backings de fãs e barulhos de pessoas nas ruas, a música cria uma ambiência própria que remete a uma crônica de amor nos morros e favelas. “Capitães da Areia” é homenagem ao título do livro homônimo de Jorge Amado, que conta a história de garotos do litoral da capital baiana que, excluídos da sociedade, formam uma própria, submetidos à marginalidade. Num som típico do maracatu (temperado pelas guitarras de Gabriel Brandão e Fred Menezes Filho), Baco menciona ‘Macunaíma’, sampleia Nação Zumbi (“Rios, Pontes e Overdrives”) e conta sobre como a xenofobia e o preconceito têm minado a liberdade das grandes cidades. Da mesma forma que antigamente não existia gêneros musicais, conforme a declaração no início da canção, a necessidade de rótulos têm deixado as pessoas confusas, levando-as à intolerância. Desde já, um legado Com apenas 10 canções, Esú já constrói de antemão um le112

Anna Mascarenhas

Baco Exu do Blues traz várias referências para o rap

gado próprio dentro do rap. O site Oganpazan fez uma ótima análise sobre a obra de Baco: “Ao seu modo Baco Exu do Blues produziu uma síntese curiosa, que passa da sua herança familiar (a mãe professora que lhe pagava pra ler) de leituras da mitologia grega e da literatura

mundial, de Jorge Amado ao Marquês de Sade, a um resgate simbólico de sua ancestralidade religiosa não vivida”. Poucos discos têm a capacidade de erigir um ethos próprio num espaço tão curto de tempo.


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“Sinto que os deuses têm medo de mim Medo de mim Metade homem, metade deus e os dois Sentem medo de mim” ESÚ, MÚSICA QUE DÁ NOME AO ÁLBUM

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CÉU: LATINO-AMERICANA E ELETRÔNICA Cassiel Macêdo Fonte: Tiago Dias, uol.com.br, 16/12/2016 O ano para Céu foi uma montanha-russa de emoções. Apontada como representante da ‘nova MPB’, quando surgiu há dez anos com o hit “Malemolência”, a cantora aumentou seu holofote e agregou tribos distintas com seu quarto disco, “Tropix”, um dos mais premiados do ano.Diante de um 2016 pesado e repleto de perdas na música, a paulista de 36 anos fica até sem graça em festejar: “É estranho porque eu não tenho o que reclamar”, diz, com uma risada tímida.Sem ser 116

uma mera intérprete e na direção de seu próprio caminho, Céu foi eleita a artista do ano pela Associação Paulista de Críticos de Arte, a APCA, e saiu do Grammy Latino deste ano com dois prêmios.Disco cintilante e tropical, de clima noturno e tomado por timbres eletrônicos, “Tropix” venceu como melhor álbum de pop contemporâneo (em língua portuguesa) e melhor engenharia de gravação(de toda a América Latina) para a produção pilotada pelo marido, o baterista Pupillo, pelo músico francês Hervé Salters e com o toque do irmão Diogo Poças.O trabalho também encantou o júri especializado no

Prêmio Multishow em quatro categorias – Gravação, Versão do Ano (para “Chico Buarque Song”, da obscura banda Fellini), e Fotografia e Direção pelo clipe de “Perfume do Invisível”, que entrou na trilha da novela “Velho Chico”. Foi a grande vencedora da noite, embora o fervo do evento girasse em torno de artistas mais midiáticos, eleitos com voto popular, como Luan Santana, Anitta e Henrique & Juliano. Uma cantora de música brasileira . Quando Céu decidiu cantar, aos 14 anos, Marisa Monte talvez fosse a única compositora a conseguir conectar ainda as duas


Luiz Garrido

pontas, entre o popular e a dita música autoral. Introspectiva na época, ela se sentia atraída pela música e pela “maloqueragem”. “Sempre fui amiga dos mais podres na escola. Aprontava, mas era quieta, sabe? Nem era boa aluna”. Não demorou para escolher uma viagem a Nova York como sua grande universidade. Queria descobrir sua própria voz, ironicamente, distante da família de músicos. “Eu fui a ovelha negra nesse sentido”, relembra. Seria natural seguir os passos do pai, Edgard Poças, que abriu caminhos na criação de jingles publicitários -- e criou o grupo infantil Balão Mágico,

em 1982. Ela chegou a fazer alguns trabalhos na área, mas decidiu: “O que eu escolhi fazer é muito pessoal. [Se trabalhasse na publicidade] eu começaria a fazer uma coisa mercadológica”, explica. “Mas foi mais do q Descobriu na composição sua melhor análise. Entre o trabalho de garçonete e apresentações em barzinhos, voltou dos Estados Unidos com as canções “Malemolência” e “10 Contados” na mala. Conhecidas dos fãs, as músicas se tornaram carros-chefe do primeiro álbum. Intitulado apenas com parte de seu nome composto – Maria do Céu – o disco foi lançado com relativo

sucesso no Brasil, mas vendeu muito mais na América do Norte, graças à distribuição do selo Starbucks – aquela mesma rede de cafeteria. Com o barulho na cena, recebeu logo um convite para gravar em inglês. Mas a proposta que faria qualquer outra cantora chorar de emoção, foi recebida com frieza por Céu. “Eu disse que eles estavam pensando na pessoa errada. Meu empresário ficou me cutucando embaixo da mesa”, ela ri. “Eu sou tão louca pela música brasileira – eu acredito tanto, sabe? Achei um insulto na época.” A decisão não a impediu de 117


emplacar turnês nos Estados Unidos e Europa, integrar programação de festivais como Coachella, Roskilde e Montreaux Jazz Festival, e até tocar em TV aberta – motivo de orgulho para quem tenta caminhar no lado inverso das divas. “Eu tenho uma vida normal de qualquer dona de casa. Faço compras, faço mercado, levo minha filha na escola”, explica. Rosa, de 8 anos, é um dos motivos para que agora Céu agende menos datas em outros países. “E eu ainda não fui para o Brasil praticamente inteiro. É louco. Eu já toquei no Canadá, Europa inteira, e nunca consegui chegar a Maceió”. Na “ralação” de sempre, “Tropix” segue na estrada até ano que vem. Principalmente agora que ela vê mais pessoas cantando suas canções no gargarejo dos shows. Para aquela adolescente tímida, sem jeito de estrela, é uma conquista e tanto. “Isso sim, pra mim, é retorno.”

Céu (Divulgação)

Céu canta seu quarto álbum

“Eu adoraria estar mais confortável, trocar uma ideia com a Anitta e conversar com o Wesley Safadão. A gente se ‘agalerar’ e aprender um com outro. É engraçado, estou em um nicho ali, me sinto meio inadequada. Eles devem sentir a mesma coisa: ‘O que é aquilo?’” 118


Mano (Divulgação)

MANO BROWN

“Já venho mudando há algum tempo” Novo álbum de Brown muda rótulo musical

Carlos Nhanga Fonte: Tiago Ferreira,namiradogroove.com. br,17/12/2016/ Jacídio Junior, Omelete.com, 09/12/2016 (adaptado) O que nomes como o do escritor José de Alencar e a composição “Sinfonia nº 3”, de Beethoven, têm a ver com Mano Brown? São todos românticos, mas numa acepção voltada para o campo artístico. O Romantismo tem impregnada a ideia de confrontar uma injustiça. No caso de Alencar, seu objetivo era colocar a figura do índio como a origem de uma cultura nacional vasta e complexa. Beethoven inspirou-se

nos discursos de Napoleão Bonaparte e seu ideário de justiça social após a Revolução Francesa. E Mano Brown, desde os anos 1980 com os Racionais, acreditava que o rap seria a poesia de consciência social diante de tanto preconceito contra pobres, negros e favelados. Uma das características dos românticos, de acordo com o crítico Antonio Cândido, é “acompanhar a diferenciação da sensibilidade local”. Beethoven ficou puto quando soube que Napoleão iria tornar-se imperador, e mudou o nome da composição que inaugurou o Romantismo na música; Alencar

tinha um projeto nacionalista em relação à literatura, tanto que acabou transitando para o realismo. E Mano Brown, agora, conclui uma mudança de abordagem já apontada desde 2009, quando o single “Mulher Elétrica” caiu na rede e fez com que muitos fãs dos Racionais questionassem a direção artística a ser seguida depois de Nada Como Um Dia Após o Outro Dia (2002). Em Boogie Naipe, primeiro disco solo de Brown, estamos diante de uma expressão romântica do Romantismo. É uma transição: o homem que gritou ferozmente contra um 119


sistema excludente agora passa a cantar o que diz o seu coração em canções repaginadas com o soul-funk-disco dos anos 1970 e 80. Da preocupação com o coletivo, finalmente Brown se despiu para falar de amor, paqueras, frustrações e de rolês em bailes black. O resultado é que essa transição não é assim tão impactante. Como é comum aos detratores de Brown, não há incoerência com o que ele disse anteriormente – a não ser que voltemos a canções como “Mulheres Vulgares”, de Holocausto Urbano (1990), que tem uma perspectiva misógina. (Quanto a isso, uma recente entrevista do cantor à revista Trip ajudou a elucidar: “A gente acaba sendo criado num sistema machista. É difícil pra gente admitir todos os direitos iguais. As mulheres vão assumir os melhores lugares”, disse o rapper, quando perguntado se era machista.) Mas, como aliar o romantismo antissistêmico com algo próximo de uma paixão amorosa? A resposta está em Boogie Naipe. No disco, Brown não nega ser combatente de uma batalha contra as injustiças. Em “Gangsta Boogie”, ao mesmo tempo em que diz ‘Meu mau humor crônico/Longe do lar/A luto das ruas/ Várias horas no ar’ – sintomático de seu comprometimento com uma causa, e não importa saber qual ela seja – ele tenta agradar uma mulher fruto de desilusão: ‘Falei pra ela/Comprei sapato de salto/Te trouxe colar/Não pergunte nem julgue de onde vem’. Adotar esse lado mais sentimental pode ser percebido como duas coisas: uma tentativa de recuo diante da agressividade 120

das letras dos Racionais; e uma forma de fugir da previsibilidade, uma preocupação tipicamente romântica. Desde que surgiram os primeiros rumores de que Mano Brown ensaiava uma nova linguagem musical, as referências foram dichavadas aos poucos. Obviamente Tim Maia e Cassiano seriam dois ídolos a serem perseguidos – algo que quem vai atrás dos samplers dos Racionais já supunha. A última faixa de Cores e Valores (2014), “Eu Te Proponho”, sob um som funkeado de teclado, era a deixa perfeita: a canção termina com um trecho de “Castiçal”. Algumas canções de Boogie Naipe têm versos da música de 2014, mas nem tudo se resume a Cassiano. Quanto a isso, é importante ter ciência dos parceiros convidados. O principal deles é Lino Krizz, que bem poderia ter seu nome estampado ao lado de Brown no álbum. Ele ajuda a imprimir versatilidade no trabalho: em “Mal de Amor”, ele segue uma linha meio Isley Brothers; ao lado de Hyldon, em “Baile Black”, ele serve o pano de fundo de um som à lá Sly Stone; e no principal single, “Amor Distante”, Krizz desfila com sua voz como se tivesse num teste para entrar na Motown. William Magalhães, da Banda Black Rio, sabe como criar o dinamismo perfeito para injetar velocidade e sensualidade no canto de Brown. Em “Boa Noite São Paulo”, sua voz ao fundo lembra a movimentação das cidades, enquanto em “Louis Lane”, com Seu Jorge, ele se inspira nas pistas black que jamais sairão de moda. E o baile continua com “Dance, Dance, Dance”, com ajuda de


Mano (Divulgação)

Don Pixote. O fato de ter vários participantes diz duas coisas de Boogie Naipe. A boa: ajuda a dar ritmo e balanço, evitando que o romântico soe piegas. O ruim: não vemos Brown por em desafio seu ímpeto de cantor. Os grandes louvores estão nas faixas menos eclipsadas, como é o caso de “Flor do Gueto” (com aqueles arranjos que remetem ao melhor de Gene Page) e com a melancolia de “Nova Jerusalém”. Boogie Naipe tem canções radiofônicas poderosas, como “Felizes/Heart 2 Heart”, com participação e produção de Leon Ware, famoso por seu trabalho com gigantes como Marvin Gaye e Michael Jackson. Embora não seja tão nova assim, “Mulher Elétrica” é outra ponta de lança desse lado romântico de Mano Brown – algo pouco óbvio, que tem muito a ser lapidado, mas que ainda assim não foge da forte personalidade que tanto associamos ao rapper que agora assumiu a aura de cantor.

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Gisele Sanfelice

“Esse disco é uma soma de muitos recortes de músicas que já existem” 123


“A mulher do fim do mundo é aquela que tem alma” Carlos Nhanga Fonte: Gabriel Nunes, roolingstones.uol.com.br, 27/10/2016

São Paulo, 22 de maio de 2016. Virada Cultural. Sob a pálida iluminação das luzes de vapor de sódio ressoava o burburinho incompreensível de uma densa multidão. Sem esconder a inquietação, alguns empinavam os narizes e erguiam as cabeças para observar a movimentação em cima do palco instalado na Avenida São João. Outros, um pouco mais discretos, lançavam olhares furtivos à sua volta, entre um cigarro e outro. Os murmúrios então se converteram em um urro homogêneo de aprovação. Os aplausos farfalhavam sonoros, como folhas carregadas pelo vento. Elza Soares subiu ao palco. Sentada sobre uma vistosa poltrona 124

cromada, a carioca carregava a imponência estrondosa de uma personagem de Fritz Lang. As pequenas mãos carnudas, de unhas compridas e negras, seguravam despreocupadamente o microfone rente à boca. “Eu quero é grito, mais barulho nesta cidade”, ela disse. “Se não fizer muito barulho ninguém acorda.” O show na Virada Cultural paulistana, gratuito, na rua, simboliza o “aqui e agora” de Elza: aos 79 anos – ou 75, dependendo da fonte, já que ela não revela a idade – ela desfruta do sucesso do 34º disco da carreira. Gravado na centenária subestação Riachuelo (atual Red Bull Station), A Mulher do Fim do Mundo cravou o início da parce-

ria entre a veterana e alguns dos principais nomes da nova cena musical paulistana. “Não conhecia nenhuma música deles”, diz quando questionada se antes das gravações já havia tido contato com o Passo Torto, grupo do qual fazem parte Rodrigo Campos, Kiko Dinucci e Romulo Fróes – colaboradores do mais recente álbum dela, sendo este último o autor da faixa-título ao lado de Alice Coutinho. Apesar do estranhamento inicial, Elza não titubeia em responder se deseja dilatar a parceria para um possível próximo álbum: “Espero que sim, espero a Deus que sim”, enfatiza. Com produção de Guilherme Kastrup, o disco


Elvis Benício

começou a ser gestado durante um show de Cacá Machado. Por meio de um extenso trabalho de síntese – o qual Elza resume com profundo desembaraço – foram selecionadas somente 10 das 50 canções pensadas para o álbum. “Eles vieram aqui em casa, ficamos sentados no chão da sala e escolhemos o repertório.” Por meio dessa peneiração do que deveria entrar ou não em A Mulher do Fim do Mundo nasceu aquele que a cantora considera, resoluta, o seu disco favorito. “Gosto muito dele por ser um trabalho só de inéditas. O inédito é uma coisa muito séria porque nem todo mundo aceita bem o diferente”, declara. “Ele prova que cantar ainda é

remédio bom.” Embora Elza não tivesse na época a convicção de que o álbum ganharia tamanha repercussão, o disco cresceu nos ouvidos das pessoas como uma espécie de manifesto noise-samba contra um universo em constante desencanto. “A gente trabalhou muito, mas não esperava uma repercussão assim”. Entremeando o poético ao politizado, a cantora coloca em pauta temas como violência de gênero (“Maria da Vila Matilde”), degradação dos seres humanos frente à urbanização desenfreada (“O Canal”), transexualidade e dependência química (“Benedita”) sem as lentes da estigmatização e do preconceito. “Nunca tive medo de defender aquilo que acredito.

Porque é isso que é ser mulher: defender o que pensa. Acho que a mulher do fim do mundo é a mulher que tem alma.”

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COMO UMA FÊNIX Icônica e simbólica por si só, Elza Soares fez questão de ressurgir tal qual pássaro da mitologia grega. A voz marcante e a personalidade forte tornou impossível a alcunha de fazer seu último álbum algo que passasse despercebido. Depois de um hiato de mais de 10 anos, a cantora se reinventou dentro de um mundo que ela domina e ainda consegue surpreender. Com durezas nas letras e firmeza na voz, Mulher do Fim do Mundo vem para afirmar a necessidade de espaço de fala aos menos visados na sociedade. Mulheres, negros, gays e trans são representados por Elza nos cantos de seu álbum que traz um misto de confronto e provocação. A roupagem atual de seu primeiro disco de inéditas (numa carreira de mais de 30 anos) dá-se pela participação inovadora de nomes como Kiko Dinucci e Rômulo Fróes que colaboraram com a produção. Outrora eleita pela BBC a melhor cantora do milênio, Elza se consagra como a Mulher do Fim do Mundo.

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Patrícia Lino


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