Fanzine Into the Woods + Cinderella

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Cinema

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FILME

O filme, que estreia este mês, conta com um elenco poderoso. Meryl Streep, Emily Blunt, Johnny Depp, James Corden, Anna Kendrick e Chris Pine fazem atuações incríveis.

AUTOR GABRIELA POUCHAIN

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Cinema Doze anos atrás, depois do fenomenal sucesso da adaptação cinematográfica do musical da Broadway Chicago (ganhador de seis prêmios da Academia®, incluindo o de Melhor Filme), o diretor Rob Marshall reuniu-se com Stephen Sondheim e expressou o interesse em dirigir uma versão em filme de uma das produções teatrais do lendário compositor. No topo da lista de Sondheim: Caminhos da Floresta (Into the Woods), uma de suas obras mais aclamadas – e comoventes – que ele considerou que seria perfeita para Marshall. Marshall e seu parceiro de produção, John DeLuca, eram fãs das músicas famosas de Sondheim e James Lapine desde a estreia na Broadway no Martin Beck Theatre, em 1987. Ao descrever a peça, Marshall diz, “A história entrelaça com perfeição a trilha emocio-

? Você Sabia O musical ganhou três Tony Awards em 1988, ficando na frente até de O Fantasma da Ópera em diversas categorias.

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“Entrelaça com perfeição a trilha emocionante, engraçada e brilhante de Sondheim com o livro intrincado e magistral de Lapine”

nante, engraçada e brilhante de Sondheim com o livro intrincado e magistral de Lapine, que é uma abordagem moderna de vários contos de fadas adorados, e é divertido, enquanto examina temas complexos como as consequências dos desejos, o relacionamento pais e filhos, ganância, ambição e, talvez mais importante, o amor incondicional e o poder do espírito humano”. Então em 2011, no 10º. aniversário dos ataques de 11 de setembro, Marshall ouviu o presidente Obama falando às famílias das vítimas. Em um esforço de consolá-las, Obama disse, “Vocês não estão sós… Ninguém está só”. A frase “Ninguém está só”, que também é uma das mais emocionantes e memoráveis canções de Caminhos da Floresta (Into the Woods), tocou Marshall e, naquele

momento, ele soube que enfim era a hora certa para levar o adorado musical para a tela do cinema. “De muitas maneiras, eu acho que Caminhos da Floresta (Into the Woods) é um conto de fadas para a geração do século 21 pós 11 de setembro”, diz Marshall. “Sondheim e Lapine estavam bem à frente do tempo quando escreveram isso. O entendimento reconfortante de que não estamos sós neste mundo instável nos dá todo esse lampejo de esperança.” Para Sondheim, “No One Is Alone” foi escrita como uma canção comunitária. “Acho que foi Arthur Wing Pinero quem disse que ao escrever uma peça, você diz ao público o que vai fazer, você faz e depois diz que fez. Se disser que fez, aí está concluído”, elabora ele.


“’No One Is Alone’ diz que nós fizemos”, explica Sondheim. “A peça fala sobre isso. Ninguém está só: estamos todos conectados de alguma maneira, e somos todos responsáveis pelas ações uns dos outros. Isso é algo em que eu acredito piamente e sobre o qual vale a pena escrever.” Marshall e DeLuca levaram seu adorado projeto para a Disney e logo souberam que haviam encontrado a empresa perfeita para dar vida ao musical. “Nós ficamos empolgados com o fato de a empresa ter abraçado o projeto do modo como fez”, diz Marshall. “Eles estavam realmente interessados em ampliar a definição do que poderiaser um filme de um ‘conto de fadas moderno’.” O produtor Marc Platt, que se juntou à dupla na realização do filme, diz, “A Disney é uma empresa que historicamente conta as fábulas clássicas, então seguindo nessa linha, ela também deveria ser a empresa que busca histórias novas, contemporâneas e encontra maneiras inesperadas de contá-las”. Então depois de 27 anos, o clássico muito aguardado começaria sua jornada. “A floresta da nossa história é universal, e pode significar muitas coisas”, diz Marshall. “É o lugar aonde você vai para buscar seus sonhos, confrontar seus medos, soltar-se, encontrar-se, amadurecer e aprender a seguir em frente. Tudo faz parte da vida. Então pela floresta nós vamos, sempre e sempre…” DIsney freak | 3


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Um pouco mais sobre mEryl streep...

A atriz já teve 19 nominações ao Oscar e ganhou três.

Por quase 40 anos, MERYL STREEP (Bruxa) vem interMeryl também pretando uma fabulosa gama de personagens em uma participou do carreira única no teatro, cinema e na televisão. musical Streep cursou o sistema público de ensino em Nova Mamma Mia! Jersey até o segundo grau, formou-se cum laude pelo Vassar College e concluiu mestrado com honras pela Yale University em 1975. Ela começou a vida profissional no palco de Nova York onde rapidamente estabeleceu sua marca versátil e talento como atriz. Três Seu nome anos depois de se formar, ela estreou na Broadway, artístico é uma ganhou o Emmy® (por Holocausto) e recebeu sua primistura de seu primeiro e meira indicação ao Oscar® por O Franco Atirador (The segundo nomes: Deer Hunter). Mary Louise. Em 2014, em um recorde ainda não batido, recebeu sua 18a indicação ao prêmio da Academia® pelo desempenho em Álbum de Família (August: Osage County). Ela ganhou o prêmio três vezes, com os desempenhos em A Dama de Ferro (The “Este é um musical com cérebro. Há uma inteligência por trás graças a Iron Lady) em 2012, Sondheim e Lapine. É visualmente e emocionalmente gratificante, mas A Escolha de Sofia também tem outros elementos que nos envolvem como artistas e nos fazem (Sophie’s Choice) em querer fazer o melhor que podemos. Do ponto de vista musical é desafiante e 1983, e Kramer vs. emocionante, então isso é o que eu espero para as pessoas: que se comovam e Kramer em 1980. se sintam desafiadas.” - MERYL STREEP Streep seguiu com seu interesse pelo meio ambiente através do trabalho com Mothers and Others, um grupo de defesa do consumidor que ela cofundou em 1989. Ela também atua no Women for Women International, na Women in the World Foundation e no Partners in Health. É integrante da diretoria de curadores do Vassar College e da American Academy of Arts and Letters. Recebeu o título de Commandeur de L’Ordre des Arts et des Lettres do governo francês, o prêmio pelo conjunto de suas obras do American Film Institute, o prêmio da Film Society of Lincoln Center em 2008, a National Medal of Arts do presidente Obama, em 2010, e em 2011, o Kennedy Center Honor. disney freak | 4


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. . . a i mag

amor ...

sonhos

...

Um filme inspirado no clássico conto de fadas, Cinderela (Cinderella) , dá vida às eternas imagens da obra de arte de animação de 1950 da Disney com seus personagens reais em um espetáculo deslumbrante AUTOR GABRIELA POUCHAIN

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o LEGADO de um clássico A Disney estava interessada em trazer esta duradoura história de Cinderela para a telona há algum tempo, para reapresentar a história de amor épica ao público de hoje e desenvolver os personagens tão amados em todo o mundo. O filme original Cinderela (Cinderella) foi um sucesso monumental na história cinematográfica da Disney. Com um orçamento de produção de quase $3 milhões, o filme foi um enorme risco financeiro para o estúdio na época, mas foi recebido com aclamação da crítica e faturou mais de $34 milhões, solidificando firmemente o estúdio como uma grande força no setor. Hoje, o filme está incluído na lista do American Film Institute entre os “10 Melhores Filmes de Animação de Todos os Tempos” e é um dos títulos mais estimados do estúdio. Para muitos, o conto de fadas ganhou vida com o lançamento do filme em 1950, mas as origens da heroína maltratada data do primeiro século, com a primeira versão conhecida da história, o conto egípcio chamado “Rhodopis” do historiador grego Strabo. Em 1697, a interpretação francesa do conto de Charles Perrault intitulado “Cendrillon or the History of the Little Glass Slipper” foi publicado, e apresentou a fada madrinha, a carruagem de abóbora e os sapatinhos de cristal, sendo a adaptação mais semelhante à da Disney. A história dos irmãos Grimm, “Aschenputtel”, foi lançada na Alemanha em 1812 e apresentava um pássaro no lugar de uma fada madrinha. Desde então várias versão apareceram em todas as mídias, incluindo, impressa, cinematográfica, televisiva, teatral, musical e artística. disney freak | 6


“Cinderela é a história definitiva do bem triunfando sobre o desespero e a tragédia, e isso é algo que podemos identificar.”

Kenneth Branagh, diretor do live-action, é um artista multifacetado e um dos mais respeitados cineastas da atualidade. Além de suas renomadas habilidades como diretor (indicado ao Oscar de Melhor Diretor e ganhador do prêmio BAFTA na mesma categoria por Henrique V), ele é um talentoso ator, escritor e produtor. Mas foi sua paixão pela narrativa e a habilidade de encontrar humanidade em todas as situações que o tornou a escolha ideal para dar vida a esta história. “Eu nunca considerei dirigir um conto de fadas”, diz ele, “Mas fiquei cativado pelo poder da história e achei que estava em sintonia com o aspecto artístico do visual que estava sendo desenvolvido.” De acordo com o produtor Allison Shearmur, “’Cinderela é a história definitiva do bem triunfando sobre o desespero e a tragédia, e isso é algo que podemos identificar.” Escrever um roteiro que tivesse um bom equilíbrio entre a essência do filme de animação e ao mesmo tempo torná-lo relevante e

atraente para as plateias de hoje, ficou a cargo do roteirista Chris Weitz. Como Branagh, Weitz é também ator, produtor e diretor consagrado e ficou intrigado com a perspectiva de dar ao público uma ideia da história passada e das motivações de cada personagem, mostrando assim que eles são mais complexos. “Não estamos fazendo uma versão revisitada de Cinderela”, diz Weitz, “Ela faz o que a personagem fez no conto de fadas, mas para o público moderno é muito difícil entender porque ela não foge e procura o serviço social ou algo parecido. A questão era como incorporar o que achávamos ótimo e belo na história e na heroína, e para nós foi uma tremenda sensação de propósito, honra e força que não se vê sempre nos heróis de hoje.” Branagh continua, “No roteiro, tentamos deixar bem claro que estávamos apresentando uma garota cuja vida não seria dependente ou definida pela chegada de um homen. Sua vida não seria dependente nem definida pela chegada de glamour ou disney freak | 7


Cinema de coisas caras. Esta garota também não seria definida por uma magia disponível facilmente ou por uma força sobrenatural, como uma fada madrinha, como um agente onipotente e onisciente que cuidaria de tudo. A Fada Madrinha ajuda, é claro, mas como na vida, as coisas dependem mais de cada um. Cinderela enfrenta o desafio.”Com a figurinista, vencedora do Oscar, Sandy Powell no comando, o resultado é um figurino de roupas únicas e maravilhosas, que compõem o universo do novo filme Cinderela! Com a figurinista, vencedora do Oscar, Sandy Powell no comando, o resultado é um figurino de roupas únicas e maravilhosas, que compõem o universo do novo filme Cinderela! Cate Blanchett, que vive a Madrasta má no filme, aparece em looks que equilibram a quantidade certa de glamour e maldade em seu vestido preto e verde. As irmãs postiças de Ella exageram em

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looks florais pesados, gola Peter Pan e penteados repletos de cachos. Mas o que dizer sobre O vestido da Cinderela? Pra começar ele foi feito com mais de 240 metros de tecido e mais de 10.000 cristais Swarovski, tem inúmeras anáguas e mais de quarto mil quilômetros de costura! Pra ter certeza que eles estaria perfeito para as gravações, foram feitas nove cópias do vestido do baile. “O vestido fica lindo quando ela está correndo. Eu queria que se parecesse com uma pintura em aquarela. Esse modelo tem camadas de tecido mais fino em cores diferentes e, por isso, quando ela se movimenta, elas se movem em uma forma semelhante à da água.” – Sandy Powell figurinista do filme Cinderela.

“O vestido fica lindo quando ela está correndo”


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