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Prevenção Tecnologia com experiência salvam

TECNOLOGIA COM EXPERIÊNCIA SALVAM

Sentir dor frequente não é normal. Porém, 80% dos brasileiros já sofreram com a coluna. O ortopedista Rodrigo Lima atesta: tratamento conservador e reabilitação curam

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Por Fernanda Moura

Comparar o corpo humano com a engenharia por trás de uma construção parece loucura? Há uma relação familiar. Toda casa precisa de sustentação, existe uma estrutura responsável por mantê-la em pé. Então, ao passo que toda edificação necessita de um esqueleto, o corpo humano também não consegue manter-se sem um suporte: a coluna.

E como é exatamente uma coluna? Voltando às aulas do Ensino Médio, a coluna é uma haste óssea, firme e flexível, responsável por proporcionar mobilidade ao tronco, permitindo as mais diversas posições e conectando-se à qualidade de vida de cada indivíduo. Afinal, já pensou em como deve ser realizar as atividades do dia a dia com problemas nesse órgão?

A maior contradição é: como uma estrutura firme, sustentada pela presença de ligamentos e músculos resistentes, pode ser, ao mesmo tempo, frágil e delicada? De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 80% da população brasileira já teve ou terá dor na coluna. Ainda, entre as condutas responsáveis por gerar complicações na estrutura central do corpo estão: sedentarismo; sentar-se de qualquer jeito para trabalhar, assistir à televisão, dirigir; carregar peso de forma errada; não praticar atividade física; usar saltos muito altos; e até mesmo a posição em que a pessoa dorme.

“Quando você associa uma boa tecnologia com uma boa técnica e uma boa experiência do cirurgião, a cirurgia não é traumática para aqueles que já estavam sofrendo”

Fotos: Agência Mithi

Quais as maiores consequências na vida de quem tem comportamentos danosos para este pilar do corpo humano? Além de conviver com dores agonizantes, as simples tarefas rotineiras, a prática de exercícios, o desempenho no trabalho e os momentos de lazer tornam-se atividades muito difíceis. “Hérnia de disco, artrose, dor lombar e estenose estão entre os problemas mais comuns relacionados à coluna. Com o passar do tempo e sem tratamento adequado, essas complicações podem gerar sequelas motoras”, comenta o médico ortopedista Rodrigo Lima.

Contudo, reverter alguns quadros é possível. “É sempre importante lembrar que a maioria dos casos se resolve sem cirurgia. Em torno de 70 a 80% das ocorrências melhoram com tratamento conservador e com uma boa reabilitação. Desses, até 30% das vezes é indicado um procedimento cirúrgico, muitas vezes porque houve falha no tratamento conservador”, esclarece.

Cirurgias na capital federal

Foi-se o tempo em que as pessoas preferiam conviver com dores agudas a se submeter a intervenções consideradas mais delicadas. Depois de passar uma temporada em Los Angeles e se aprofundando em Cirurgia Minimamente Invasiva e Deformidade do Adulto com Técnica Minimamente Invasiva, na renomada Cedars-Sinai Medical Center, Rodrigo Lima acrescenta o cenário brasiliense no universo das cirurgias de coluna vertebral.

De acordo com o ortopedista, antigamente, era necessário causar grandes lesões no paciente durante os procedimentos invasivos — afinal, abrir e fazer cortes são técnicas agressivas. “Havia muitos casos de complicações, alterações neurológicas, sangramentos intensos e transtornos no pós”. Porém, em 2018, essa realidade passou por mudanças, principalmente na capital do País. Hoje, as cirurgias são feitas com cortes cada vez menores, em que o objetivo é preservar ao máximo as estruturas do corpo. Assim, os médicos não abrem mais as camadas dos tecidos. “Aqui, nos últimos anos, houve uma revolução imensa de tecnologia e qualidade de serviço”, conta Rodrigo.

O médico explica que Los Angeles é referência em termos de tratamentos médicos e equipamentos e, em contrapartida, quando traz para o cenário do Brasil, torna-se claro que não existe mais uma diferença gritante. Nós não ficamos para trás.

Nas palavras de Rodrigo, o mesmo material que é usado na Califórnia hoje em dia, podemos encontrar em Brasília. Cada vez mais, o Planalto Central é reconhecido mundo afora. “Em um caso de hérnia de disco, por exemplo, conseguimos fazer um corte de cerca de meio centímetro e, assim, introduzir uma câmera de alta resolução”. Uma das vantagens das cirurgias batizadas de percutâneas é a recuperação. O paciente fica menos tempo internado no hospital, terá uma melhora mais rápida, além de diminuir o número de complicações no pós-operatório.

A resposta observada traduz-se pelo sorriso no rosto do paciente e pelo brilho no olhar de uma família que consegue qualidade em seus momentos de lazer. “Quando você associa uma boa tecnologia com uma boa técnica e uma boa experiência do cirurgião, a cirurgia não é traumática para aqueles que já estavam sofrendo”.

É mito falar que os indivíduos com lesões na coluna não podem fazer atividade física ou que ficarão limitados para o resto da vida. Pelo contrário, as cirurgias são realizadas para que o paciente volte a fazer tudo que fazia antes. Cicatriz menor, mais precisão e vida normal.

@dr.rodrigo_lima

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