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ANO 5 Nº 12 – 2016
HUGO GLOSS
IRREVERENTE, ELE TROCOU BRASÍLIA PELO SHOWBIZ OS PODERES A PRAÇA QUE AGREGA E DIRECIONA O PAÍS
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Diretora de redação Paula Santana Editora-chefe Marcella Oliveira Reportagem Andressa Furtado, Marina Macêdo e Raquel Jones Diretora de criação Chica Magalhães Editor de fotografia Celso Junior Fotografia Sérgio Lima Tratamento de imagem Davidyson Oliveira Produção Karine Moreira Lima Colaboradores Redação Duda Portella Amorim, Larissa Duarte, Lúria Rezende, Maria Thereza Laudares, Mariana Rosa, Morillo Carvalho, Patrícia Justino e Paulo Pimenta Colaboradores Fotografia Bruno Fioravanti, Fernanda Ferreira, Giovanna Bembom, Jefferson Modesto, Marcos Araújo, Marcelo Camargo e Ueslei Marcelino Revisão Jorge Avelino de Souza Marketing e Relacionamento Guilherme Siqueira Comercial e Administrativo Rafael Badra Contato Publicitário Adriana Chaves Tiragem 30 mil exemplares Circulação e Distribuição EDPRESS Transporte e Logística
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GPS|BRASÍLIA EDITORA LTDA. www.gpsbrasilia.com.br SÓCIOS-DIRETORES RAFAEL BADRA rafaelbadra@gpsbrasilia.com.br PAULA SANTANA paulasantana@gpsbrasilia.com.br GUILHERME SIQUEIRA guilhermesiqueira@gpsbrasilia.com.br SHIS QI 05, bloco F, sala 122 Centro Comercial Gilberto Salomão CEP: 71615-560 Fone: (61) 3364-4512
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EQUIPE
Chica Magalhães
Marcella Oliveira
Celso Junior
Marina Macêdo
Raquel Jones
Andressa Furtado
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Sérgio Lima
Giovanna Bembom
Fernanda Ferreira
Larissa Duarte
Lúria Rezende
Mariana Rosa
Marcus Barozzi
Morillo Carvalho
Paulo Pimenta
COLABORADORES
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ANO 5 – Nº 12 – JAN FEV MAR 2016
Monica Bellucci veste Dolce&Gabbana. Fotografada por Domenico Dolce
24. ESSA PRAÇA TEM PODER
104. SEM RESERVAS
36. MARIANNE PERETTI
106. COM TAYPÁ
44. ORAI POR NÓS
110. TIME DE CAMPEÕES
50. TEMOS UM DOM, O DOM MARCONY
112. CONGELA, E SOME
56. CORONEL AFFONSO HELIODORO
114. ARTIGO POR FLÁVIO CADEGIANI
61. OLHA ELEEEEEE
118. ARTE QUE CIRCULA
70. CALL ME HENRY ZAGA
120. ENTRE NÓS POR PATRICIA JUSTINO
74. UMA GALERIA DE BELEZA
122. BLOGAZINE POR MARIA THEREZA
78. OS INFORMAIS
124. OLHAR POR DUDA PORTELLA AMORIM
98. OS NOVOS INVASORES
144. O CARTÃO DA CIDADE
102. BLOQUINHOS, PANELAS E PASSAPORTES
146. SEMPRE ALERTA
A região que agrega e direciona o País As criações da artista plástica pela Capital Mosteiro de São Bento: o templo dos monges A vida do homem intitulado bispo
Os contos do melhor amigo de JK
Bruno Rocha, o criador do Hugo Gloss O brasiliense ator em Hollywood Ricardo Maia abre um salão-conceito A irreverência da banda Móveis Coloniais de Acaju Os drones e seus prós e contras As multifacetas de Valéria Vieira
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O Bloco C de Marcelo Petrarca O chef Marco Espinozza e suas mãos mágicas Corpos esculturais no calendário Metafísicos A Criolipólise e sua técnica para eliminar gorduras Dicas de como entrar em forma para o verão A itinerância da galeria de Maurício Lima Tudo que há de novo pelo olhar da fashionista Jornalista fala sobre moda e arte
As melhores dicas da Cidade Luz Os 18 anos da Cartão BRB
Adelmir Santana e seu mandato na Fecomércio-DF
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150. A VANGUARDA
212. ESSA LINDA JUVENTUDE
152. PARA SALVAR VIDAS
224. APRECIAR O BELO
154. ARTIGO POR LUCIANA ASPER Y VALDÉS
230. SPFW 20 ANOS
156. ARTIGO POR HELIO PUGET MONTEIRO
232. COM MINEIRICES
158. JÁ PLANEJOU O SEU FUTURO HOJE?
234. SINTA-SE EM CASA
164. ESSE IMÓVEL É UMA JOIA
248. ELA É DE BH
168. MANSÕES VERTICAIS
250. ONDE ESTÁ ZENI?
172. FESTA DIGITAL
268. PARAÍSO PARTICULAR
174. A ESTÉTICA DE RENOIR
274. UM MERGULHO NA COLÔMBIA
178. PEQUENOS SONHOS, GRANDES IDEIAS
278. O EXÓTICO PERU
194. LA NOSTRA ITALIA
282. MI BUENOS AIRES QUERIDO
200. UM SOPRO DIVINO
286. AMAZÔNIA FABULOSA
204. MONICA BELLUCCI
292. PROGRAMA DE ÍNDIO
Instituto Roberto Miranda desembarca na cidade Clínica Aliança oferece tratamento humanizado Promotora analisa a impunidade do País
Advogado explica a importância da mediação Dicas de como orquestrar seu dinheiro
Diomédio Santos lança boutique imobiliária O mercado imobiliário em Miami Boom dos LEDs no mercado local e seus recursos Salão de beleza é referência em tintura Festas Criativas lança novos serviços
Um passeio pela embaixada italiana em Brasília As obras do artista Carlos Araújo em Roma A bond woman italiana que estampa a capa
Mulheres contam como lidar com os 50 anos Homem inspirado no icônico James Bond Duas décadas da semana de moda As novidades apresentadas no Minas Trend Marcas internacionais nos 50 anos do Iguatemi SP A criatividade nas joias da designer Letícia Farah Mãe e filha abraçam o mercado de high bijus Destinos no litoral do México encantam os turistas Um dos países mais visitados da América do Sul Além das belezas de Macchu Picchu Uma viagem pela capital argertina e suas belezas As excentricidades da Floresta Amazônica Registros dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas
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EDITORIAL
Guilherme Siqueira, Paula Santana e Rafael Badra
O LADO BOM DA VIDA
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ão sejamos ingratos com 2015. Ele teve o seu valor. Foi árduo, mas certamente muitas coisas boas aconteceram. É que tendemos a dimensionar apenas o que nos incomoda. Vamos fazer as pazes com ele e seguir em frente? Para entrar em 2016 com novas vibrações, fôlego retomado e disposição para receber as oportunidades que surgirão é preciso ser grato. Gratidão. Por aqui é palavra de ordem. Aprendi em uma viagem à Terra Santa o mantra: “Tudo o que nos acontece, nos favorece, se a gente não se aborrece e ainda agradece”. Vou começar pela nossa vitória. Somos o Veículo Impresso do Ano pelo Prêmio Colunistas. Obrigada. Neste ano, viajamos para lugares incríveis, entrevistamos personagens maravilhosos, degustamos comidas saborosas, estivemos em situações especiais. Obrigada. Apesar da crise, lutamos e crescemos. Obrigada. Para iniciar nosso quinto ano de revista, um belo presente: Monica Bellucci na capa, fotografada pelo estilista Domenico Dolce. Muito obrigada. Para nós, representa muito, uma vez que a atriz italiana é a mulher mais celebrada do momento ao exibir sua excelen-
te postura aos 50 anos. Também demos um passo adiante. Cruzamos mares e desembarcamos em Miami com nossa primeira publicação na adorada cidade da Flórida. Obrigada. Nesta edição, apresentamos a Praça dos Três Poderes, conhecemos melhor o trabalho de Marianne Peretti, conversamos com Dom Marcony. Estivemos no México, na Argentina… E até fizemos um programa de índio. Demos risada e nos divertimos com o delicioso Hugo Gloss. E tivemos a honra de fotografar dez mulheres cinquentonas que representam essa geração de Brasília. Obrigada. Olha quanta coisa bacana. Monica Bellucci disse que se encanta por nós porque somos o povo que acredita no amanhã. Persevere, prossiga. Seja alegre, sorria. Confia e entrega. Faz o bem… O resto vem. Outro dia ouvi de um amigo, encorajando-me nesses dias de labuta intensa: “Nada resiste à força do trabalho”. Num é? Obrigada leitores e parceiros. Boas férias. Estejam felizes.
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CÍVICO
DO ALTO DA BANDEIRA, NÃO É UMA PRAÇA COMUM. NÃO TEM ÁRVORES OU SOMBRA. LÚCIO COSTA DISSE QUE ELA SERIA O INTERMÉDIO PARA O CORAÇÃO DO PAÍS. OU, O ELO QUE DEVERIA FAZER COM QUE OS PODERES FOSSEM HARMÔNICOS, INDEPENDENTES E COM O MESMO PESO POR ANDRESSA FURTADO « FOTOS CELSO JUNIOR
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ESSA PRAÇA TEM PODER E
xatamente às 6h33 do dia 3 de novembro de 2015, sentei em um dos bancos da Praça dos Três Poderes. E foi de lá que vi o nascer do sol mais belo da cidade. Aguardei os primeiros raios surgirem no céu para então apreciar a beleza da praça em sua plenitude, idealizada por Lúcio Costa. Para quem não sabe, o urbanista nasceu na França e trouxe para a arquitetura brasiliense referências parisienses. Como a Praça da Concórdia, localizada ao pé da Avenida Champs-Élysées, está a Praça dos Três Poderes ao pé de toda Esplanada dos Ministérios. É reverenciada pe-
los elementos que lá estão: os Palácios, os Ministérios e a Catedral. Construída para ser palco de manifestações e solenidades cívicas, atualmente é um dos pontos turísticos mais visitados da cidade. São cerca de 800 turistas por dia. De diversos lugares do Brasil e do mundo. “Como a palma da mão que se abrisse além do braço estendido da esplanada onde se alinham os ministérios, porque assim sobrelevados e tratados com dignidade e apuro arquitetônicos em contraste com a natureza agreste circunvizinha, eles se oferecem simbolicamente ao povo; votai que o poder é vosso”, disse o urbanista ao descrevê-la.
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RETRANCA
Aos que não compreendem o centro da Capital da República ainda, saiba que ele foi delineado com um grande corredor de jardins cercado por duas grandes avenidas, conhecidas como Eixo Monumental. Ele divide a cidade em duas áreas similares, Norte e Sul. Esse extenso corredor culmina na Praça dos Três Poderes, onde se encontram o Supremo Tribunal Federal, sede do Poder Judiciário; o Congresso Nacional e suas duas cúpulas e torres gêmeas, sede do Poder Legislativo; e o Palácio do Planalto, sede do Executivo. A ideia é que esses prédios não se sobressaíssem um diante dos outros, em atenção ao princípio de que os poderes são harmônicos e independentes e, portanto, têm o mesmo peso. Antes da praça, localiza-se a Esplanada dos Ministérios, com seus edifícios repetitivos, que criam uma aparência de ordem, em linha com o que deveria ser o governo. Deveria ser. Não é uma praça comum, não tem árvores nem qualquer outro elemento que proporcione sombra às pessoas que nela permanecem. De vegetação, somente as palmeiras imperiais que circundam a grande superfície de água à altura do Congresso Nacional. É em sua sombra que os amantes do yoga praticam exercícios três vezes por semana.
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Durante a minha visita, com a subida do sol, aos poucos, um dos elementos mais importantes da praça, a bandeira do Brasil, hasteada e imponente, começa a ter seu merecido destaque. Majestosa, a bandeira projetada por Sérgio Bernardes possui 286m² e 24 hastes metálicas, cada uma representando as 24 unidades da federação. Dizem que ela é a maior do mundo, mas há rumores de que o Guiness Book está desatualizado e que existem outras maiores, como a que está em Piedras Negras, no México, fronteira com os EUA, com 2040m². A brasileira, localizada no centro do Poder e feita com nylon de paraquedas, sofre com a forte velocidade do vento. Desgastada e sem brilho, é trocada todo primeiro domingo do mês, com uma solenidade à sua altura. A cerimônia dura cerca de 30 minutos, é aberta ao público e acontece com o objetivo de estimular o aspecto cívico do Brasil e a memória dos símbolos nacionais. Durante a troca, são entoados os hinos nacional e da bandeira, seguidos de 21 tiros de canhão. Assim que chega ao solo, a bandeira velha é retirada e queimada posteriormente. Todos os meses, Marinha, Exército, Aeronáutica, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros se revezam na condução da cerimônia, que ocorre desde 1973. Assim é o ciclo. Renovada, à espera dos próximos dias – melhores, se possível. Após a redemocratização do País, quando Brasília foi governada por José Aparecido, Oscar Niemeyer recebeu o convite para fazer algumas intervenções nos palácios. Uma de suas propostas era de que o mastro da bandeira fosse retirado dali e transferido para outro lugar da cidade o que contou, na época, com o apoio de muitos, por considerarem que a obra é um símbolo do período do Regime Militar. Entretanto, por questões técnicas, que não permitiam a desmontagem e remontagem da estrutura, somadas à pressão popular que entendia ser o mastro uma obra incorporada à imagem da cidade, a ideia foi abandonada. E lá continua, no mesmo lugar. Ao seu lado direito, as curvas do Panteão da Pátria, criado para homenagear todos aqueles que se destacaram em prol da pátria brasileira logo após a morte de Tancredo
Neves, encantam pela sua arquitetura em formato de pomba. No início da manhã, os raios de sol refletem em alguns pontos e lhe dá vida. Infelizmente, apenas do lado de fora, pois seu interior encontra-se subutilizado e esquecido. O local onde ele foi construído imprime um sentido de fechamento ao espaço da praça, dificultando a percepção da paisagem. Indo de encontro ao aspecto simbólico idealizado por Lúcio Costa, que dizia que “a capital por intermédio da praça, abria-se para o coração do País”. “O Panteão com sua forma é um contraponto à ortogonalidade e à clareza do ritmo estrutural comum dos principais edifícios. Ele interfere na harmonia do conjunto arquitetônico”, explica o arquiteto Antônio Carlos Carpintero. Com o passar das horas, a Praça começa a ganhar vida. Os ambulantes se instalam em diversos pontos. Vendedores de balas e artesãos com réplicas dos pontos turísticos. O trânsito fica intenso. Visitantes descem dos ônibus e começam a desbravar tudo que está por lá. Os flashes não param. Tem gente de Tóquio, Guiné Bissau, Itália. As línguas se misturam, mas o encantamento é o mesmo. Todos reverenciam sua imponência.
O pombal; as escadas para a Pira da Pátria; e a bandeira majestosa projetada por Sérgio Bernardes
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CÍVICO RETRANCA João Brito
As palmeiras imperiais
O Panteão da Pátria em homenagem aos heróis brasileiros
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Em frente ao Supremo Tribunal Federal, está A Justiça, escultura de Alfredo Ceschiatti. Atualmente, uma grade a separa dos visitantes. O que dizem por lá é que as últimas manifestações foram o motivo para esse apartheid. Pode-se ver ainda a Pira da Pátria, feita de concreto e revestida por mármore branco com 12 metros de altura. No topo do monumento, uma tocha fica acesa 24 horas por dia. É possível subir até lá, a qualquer hora do dia e da noite. Há quem acredite que sua chama nunca apaga. Mas isso não passa de um grande mito. Ela pode se apagar com ventos e chuvas fortes, segundo a Secretaria de Cultura do Distrito Federal. Quando o fato ocorre, o CorA estátua em homenagem a JK
A escultura Os Dois Guerreiros, popularmente conhecida como Os Candangos, não passa imperceptível por eles. A estátua esculpida pelo artista Bruno Giorgi intimida com sua grandiosidade. Feita em bronze, com oito metros de altura, é considerada um dos símbolos da cidade. Homenageia aqueles que construíram Brasília e é a responsável por inspirar a letra da Sinfonia da Alvorada. Próximo à estátua está a antiga Casa de Chá, que hoje funciona como Centro de Atendimento ao Turista. Em horário comercial, de 8h a 18h, os visitantes tiram dúvidas sobre os pontos turísticos da Capital. O busto de Juscelino Kubitschek adorna a fachada do Museu Histórico de Brasília: um pequeno museu que conta a luta percorrida até a transferência da Capital para a nova sede. É o mais antigo da cidade.
Hastes metálicas que representam os estados brasileiros
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RETRANCA CÍVICO
po de Bombeiros é acionado para o reacendimento imediato. De lá é possível ter uma das mais belas vistas do centro, com direito a um sensacional pôr do sol. O Marco Brasília, em homenagem ao ato da Unesco, que considerou a cidade Patrimônio Cultural da Humanidade, também não passa despercebido. Mas perdido mesmo está o Pombal. Com 25 metros de altura, a obra foi feita pelo mestre Oscar Niemeyer, a pedido da primeira-dama Eloá, mulher do presidente Jânio Quadros, a contragosto de Lucio Costa. Não há muitos fãs em torno dele. O centro da Praça dos Três Poderes faz homenagem especial ao urbanista Lúcio Costa: uma enorme maquete reproduz o Plano Piloto e painéis mostram parte do projeto original da construção, no subsolo. Ao fundo da praça, os espaços Israel Pinheiro e Oscar Niemeyer completam as homenagens. Em tempos de greve dos servidores do GDF, turistas não podem
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A escultura Os Guerreiros ou Dois Candangos
nem sequer desfrutar desses espaços. O passeio é de longe, apenas. Mas não deixa de ser surpreendente. Ao cair da tarde, os carros, que ali estavam estacionados, começam a se deslocar. No caminho para casa, apreciam a paisagem, o céu que é o mar de Brasília. Os ambulantes se vão. A antiga Casa de Chá se fecha. Os postes são ligados. Ainda há poucos turistas. E quem começa a chegar são os moradores da cidade. Jovens com seus skates, rodas de violão e casais apaixonados se instalam para admirar o céu. Não são muitos, mas a impressão é de que voltamos para a década de 1980, quando lá era um dos pontos mais agitados de Brasília, pelas vozes jovens da contracultura e do statement. Hoje, ela é palco de esporádicas manifestações, festivais de música, e seus arredores servem de casa para os moradores de rua. No dia seguinte? Começa tudo novo. De novo.
SERVIÇO Solenidade da Troca da Bandeira Nacional Primeiro domingo do mês, às 9h Supremo Tribunal Federal (STF) (61) 3217-4066 ou 3217-4038 www.stf.jus.br Congresso Nacional (61) 3126-0000 www.congressonacional.leg.br Palácio do Planalto (61) 3411-1221 www2.planalto.gov.br Panteão da Pátria (61) 3325-6244 Visitação: terça a domingo, das 9h às 18h Centro de Atendimento ao Turista (CAT) Horário de funcionamento: 8h as 18h
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HISTÓRIA
MARIANNE
Divulgação
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Marianne em36 sua « casa, em Olinda GPSBrasília
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Fotos: Breno Laprovitera
O vitral da Capela do Palácio do Jaburu
AO LADO DE ATHOS BULCÃO, ALFREDO CESCHIATTI E BURLE MARX, A ARTISTA PLÁSTICA FOI O TOQUE FEMININO NA ARQUITETURA DE BRASÍLIA. COM OSCAR NIEMEYER TRABALHOU VINTE ANOS CONSECUTIVOS, DANDO MOVIMENTO E LEVEZA AO SEU CONCRETO POR MARCELLA OLIVEIRA
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mensas folhas de papel vegetal alinhadas sobre o chão. O lápis lentamente desenhava os longos traços que formariam os enormes vitrais de uma moderna catedral. A obra da artista não nasce somente da inspiração, é preciso entregar-se fisicamente ao árduo trabalho braçal. Era a década de 80, os computadores ainda não estavam à disposição, as ferramentas de trabalho eram a mão, o lápis e o papel. Dias, semanas, meses debruçada sobre o chão para fazer nascer as curvas, as cores, a arte. Seus desenhos formavam a escala real da pintura final dos 16 vitrais triangulares, com 30 metros de altura e base de dez metros cada um. Estavam dispostos lado a lado para que a ilustração tivesse a continuidade de um vitral para o outro. Perfeccionista, a mulher ficava de pé e analisava tudo. Subia e descia os degraus do Ginásio Nilson Nelson, que era a sua base de trabalho e o único local capaz
Escultura O Pássaro, no foyer do Teatro Nacional
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RETRANCA
Vitral que decora o Salão Verde, na Câmara dos Deputados
de abrigar a dimensão da obra. Do alto da arquibancada, pegava um binóculo e olhava o resultado das imagens estendidas na quadra. Descia novamente para fazer ajustes. Foram dias assim, ela nem sabe precisar quantos. O grande esforço físico e a dedicação artística da franco-brasileira Marianne Peretti ficaram marcados na Catedral de Brasília. E, também, no corpo da artista. “Dei muito de mim nesse trabalho. Fisicamente falando. Tenho sérios problemas de coluna por causa desta obra maravilhosa. Uma parte de mim está lá”, declarou a artista de 87 anos, em entrevista à revista GPS|Brasília. O concreto de Oscar Niemeyer era como um papel em branco para ser preenchido pelo colorido da arte de Marianne. Os vitrais da artista se encaixavam perfeitamente com seus monumentos. Era a única mulher de sua equipe de artistas. Criou obras importantes em Brasília e pelo Brasil. Mas, ela admite: há uma falta reconhecimento por seu trabalho. Parte, talvez, por ser mulher. “O brasileiro é machista”. Com sensibilidade e persistência venceu preconceitos e deixou a sua marca virar patrimônio histórico da humanidade. Ela é a mais importante vitralista brasileira, porém,
FRANCESA E BRASILEIRA
Sou francesa porque nasci em Paris. Mas fui registrada como brasileira com dois dias de vida. Sempre tive dupla nacionalidade. Gosto do Brasil e não cogito morar na França, mas tenho as duas pátrias dentro de mim. Adoro o sol e a liberdade que a gente sente aqui.
BRASÍLIA
Eu cheguei num momento ótimo. Oscar já tinha feito os principais projetos, mas sua arquitetura precisava de um toque, porque era muito dura. Ele me deu espaço para criar em toda a cidade. Brasília é bonita porque tem arte por onde você anda.
PARCERIA
Ele ficou contente ao me encontrar, pois não tinha uma pessoa que o entendia e dialogava com a arquitetura. Cada um contribuía de um jeito. Athos, Ceschiatti. Eu trazia a leveza. Ele me dava liberdade de criar e confiava demais no meu trabalho.
LIÇÕES DO ARQUITETO
Ele sempre me pedia as coisas “pra ontem”. E eu me acostumei. Até acho bom trabalhar em ritmo acelerado, com rapidez. Você pensa menos e as ideia surgem direto do coração.
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como esse tipo de arte é pouco estudada no Brasil, ela quase não é conhecida por aqui, mesmo com suas seis décadas de carreira. Poucos sabem que está viva e em plena atividade. Atualmente, tem viajado lançando o livro Marianne Peretti – A Ousadia da Invenção, organizado por Tactiana Braga e Laurindo Pontes e que reúne em 348 páginas sua obra. Depois de Paris, Recife e São Paulo, a publicação bilíngue – em francês e português – será lançada em Brasília em dezembro, na Embaixada da França. “Sempre senti falta de um livro sobre meu trabalho. Gente que não conhecia minha obra agora pode conhecer. É um importante reconhecimento”, declara. A artista nunca viveu na Capital, mas deixou sua delicadeza por aqui. Seja nos famosos vitrais da Catedral, no Panteão da Pátria, no salão verde da Câmara dos Deputados, na fachada do Superior Tribunal de Justiça, na câmara mortuária no Memorial JK. Marianne hoje caminha com a coluna curvada por conta da escoliose. Não perde a elegância. Usa calças de tecido, camisas brancas impecavelmente lavadas e engomadas
e um lenço no pescoço. Os cabelos na altura do ombro, uma maquiagem leve e os óculos completam o visual. O seu porte denuncia a origem francesa. Fala com delicadeza, baixinho e com um sotaque que nunca lhe abandonou, mesmo vivendo há mais de 50 anos no Brasil. Gosta de conversar e se interessa por diversos assuntos. É de uma modernidade desconcertante quando se pensa numa senhora de quase 90 anos. Possui um espírito vibrante, dinâmico e atento. Não frequenta igreja. Um dia desses, soltou para amigos: “Mas se fulano não pecou, não deve ser interessante. As pessoas que pecam são muito mais interessantes”. Ela mora sozinha em Olinda, Pernambuco. Separada, tem apenas uma filha, que reside em Paris. Marianne vive em um sítio repleto de árvores e cachorros. Logo na entrada, um cajueiro enorme dá as boas-vindas. Lá, fica a casa e o ateliê. Janelas e portas, esculturas, vitral em forma de pássaro e móveis foram criados por ela. Ao olhar para o seu cotidiano é possível observar como a arte é capaz de renovar e rejuvenescer a alma. Talvez, este amor pelo trabalho seja o segredo de uma vida longa.
Fotos: Breno Laprovítera e Jarbas Jr
Vitrais do Palácio do Jaburu GPSBrasília « 39
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RETRANCA
Sua obra mais conhecida são os vitrais da Catedral de Brasília
Diariamente, recebe visitas de clientes e amigos. No escritório, ela tem uma mesa com livros, revistas, papéis e esboços de trabalho – ela adora desenhar por lá. “Dentro da desorganização tem a minha própria organização”, brinca. O telefone fica perto da mesa, ao lado de um bloquinho de anotações. “Os melhores desenhos surgem quando eu estou falando ao telefone”, diz. A rotina começa às 6h, Marianne prepara seu café e lê os jornais. Segue para o ateliê para coordenar a equipe. “Acredito que o artista não para nunca. Produzo muitas obras ao mesmo tempo. Eu desenho na minha sala, temos um galpão para os trabalhos grandes e outras duas salas pequenas para acabamento”, conta. Além das obras novas, Marianne mantém um espaço onde restaura peças e faz manutenção, por exemplo, quando algum cliente muda de endereço e a obra precisa se adequar ao novo espaço. Atualmente, desenvolve a obra A Árvore da Vida, uma escultura em ferro, vidro e aço com 13 metros de altura que será instalada em uma escola no Recife. Por lá, tem mais de 200 obras. Em Brasília, outras tantas que nem sabe quantificar. Além de Paris, sua cidade natal. “A arte é minha vida”, resume.
A CATEDRAL Sem dúvidas, o trabalho mais importante de Marianne Peretti é na Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida. Ao entrar no monumento, não é possível imaginá-lo sem seus vitrais. Eles estão super integrados ao projeto de Oscar Niemeyer. Os raios de sol atravessam os vidros e ressaltam o azul, verde e branco, formando curvas coloridas no chão de mármore claro. Com o branco das colunas e os anjos flutuantes de Alfredo Ceschiatti, compõem a atmosfera de paz. A obra foi uma insistência de Niemeyer. “O céu de Brasília é tão bonito, não precisa de vitrais”, retrucava Marianne para o arquiteto, quando ele pedia para ela os criar. A igreja já estava pronta há uma década, mas Niemeyer sempre dizia que precisava de vitrais. “Toda catedral tem vitrais”, justificava. O trabalho iniciou com a troca dos vidros externos, que estavam marrons. Depois, Marianne pediu para que as colunas fossem pintadas de branco pelo lado de dentro. Ela então começou a desenhar. Tinha uma equipe de três ajudantes. “Não havia outra forma de desenvolver a ideia que não fosse desenhando à mão”, relatou Marianne no livro.
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VIVER DE ARTE
É claro que é difícil viver de arte no Brasil. Mas é mais fácil que na Europa. Os brasileiros são mais abertos ao novo. Gostam de ter obras em suas casas, em seus prédios, suas empresas.
VISITA À CAPITAL
Eu gosto muito de ir a Brasília. Tem um pouco de mim por aqui. É como se voltasse a um lugar que vai me emocionar sempre. Quando vou, percebo que a cidade mudou muito. Cresceu. Sinto-me parte da cidade. Estou desenvolvendo uma árvore de 13 metros de altura, em ferro laqueado, que será instalada na fachada de uma escola particular no Recife. É grande, mas nem levou muito tempo. Aprendi com Oscar a fazer as coisas rapidamente. Também tenho dedicado um bom tempo ao lançamento do livro e palestras nas escolas de arte e arquitetura.
Niemeyer visitou Marianne uma vez para ver o primeiro vitral pronto. Olhou e limitou-se a dizer: “Continue”. Em uma carta escrita em dezembro de 1991, reproduzida no livro, disse: “Me emocionava vê-la durante meses debruçada a desenhar os vitrais da Catedral de Brasília. Eram centenas de folhas de papel vegetal que coladas representavam um gomo da catedral”. Foram longos meses de trabalho. “Era um trabalho exaustivo. Cada parte que fazia, emagrecia de 3kg a 4kg. Fiquei com um deslocamento na coluna, uma escoliose terrível, que tenho até hoje”, relata no livro.
FRANCO-BRASILEIRA Nascida na França em 13 de dezembro de 1927, foi lá que teve os primeiros contatos com a arte. Filha da modelo francesa Antoinette Louise Clotilde Ruffier e do historiador pernambucano João de Medeiros Peretti, Marie Anne Antoinette Hélène Peretti desde cedo demonstrava seu interesse pela vida artística: foi expulsa do colégio por matar aulas para desenhar nos museus. Adotou o nome de Marianne para se diferenciar de
Fotos: Breno Laprovítera e Jarbas Jr
TRABALHO ATUAL
Vitral do Panteão da Pátria
uma colega de classe que chamava Ana Maria Peretti. Seu pai era colecionador de antiguidades. Cresceu visitando galerias de arte e museus em Paris, em meio a artistas e intelectuais. Arte era a única coisa que a interessava. Aos 15 anos, Marianne tornou-se a aluna mais nova da École Nationale Supérieure des Arts Décoratifs, e aprendeu as primeiras lições sobre desenho e pintura. Depois, frequentou a Académie de la Grande Chaumière, em Montparnasse. Conheceu o Brasil aos 20 anos, quando morou um ano no Recife. Voltou à Paris e continuou fazendo ilustrações, publicadas em livros e revistas. Viajou pela Europa para aperfeiçoar seus conhecimentos em arte. Tinha 25 anos em sua primeira exposição. Salvador Dali, certa vez, ao conhecer a sua obra, disse: “Você não é uma artista burguesa”. Logo que perdeu o pai, casou-se e mudou-se de vez para o Brasil, em 1953. O marido, o inglês Henry Albert Gilbert, tinha negócios em São Paulo. Era o início da vida em terras tupiniquins. Por lá, continuou a produzir arte. Engravidou e, em janeiro de 1956, nasceu sua única filha, Isabella. Quando a menina tinha apenas três anos, Marianne se separou de Henry, mas decidiu continuar vivendo no Brasil. Dividia seu tempo entre São Paulo e Recife. GPSBrasília « 41
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Breno Laprovitera
HISTÓRIA
Vitral na câmara mortuária do Memorial JK
NIEMEYER As famosas curvas de Niemeyer se encontraram com o movimento de Marianne. Ela visitava a mãe em Paris, quando viu pela televisão um prédio criado por Oscar Niemeyer em Milão, na Itália. No dia seguinte, pegou um avião e foi para lá. Apaixonou-se pelo prédio. Quando voltou ao Brasil, fez uma escala no Rio de Janeiro e decidiu visitar Niemeyer em seu escritório. “Acabei de ver seu projeto em Milão. É maravilhoso”, disse a ele. Marianne pediu a Oscar para fazer algum trabalho com ele. Marianne, então, fez o painel de vidro transparente no Palácio do Jaburu, residência oficial dos vice-presidentes. Inicialmente, ela faria apenas esse trabalho. Não se sabia como a obra de Marianne, conhecida pela sua ousadia, seria aceita em Brasília. Mas a receptividade foi grande. Marianne tornou-se a única mulher na equipe artística de Niemeyer, ao lado de Athos Bulcão, Alfredo Ceschiatti e Roberto Burle Marx. Foram mais de 20 anos de parceria. Era o toque feminino na arquitetura moderna. O ritmo de trabalho era intenso, assim como tinha
sido a criação de Brasília. “A medida que eu finalizava uma obra, outra maior ele me oferecia para criar. Oscar chegava e dizia para ver tal prédio, que ele queria que tivesse uma obra de arte ali. Ele estava sempre com pressa”, relata, em seu livro. “Ele [Oscar] sempre me deu liberdade de criação. Por isso esse conjunto de obras monumentais continua atual, moderno. Uma fantasia que criei para esta cidade, de arquitetura inventiva”, diz Marianne, sobre Brasília. No salão verde da Câmara dos Deputados, um painel em vidro temperado, batizado de Araguaia, com sobreposição de peças de vidro. Na entrada do Teatro Nacional, uma escultura em bronze chama atenção: O Pássaro. Além da fachada do STJ, fez uma obra intitulada A mão de Deus, no plenário, em azul e branco. Sem esquecer o Panteão da Pátria, na Praça dos Três Poderes. Marianne é muito mais que a artista que fez os vitrais da Catedral. Ela marcou Brasília com sua cor. E Brasília tornou-se parte da sua vida. Impossível imaginar uma sem a outra. “Se tirar minhas coisas, fica um branco enorme”, costuma dizer. Ela é uma francesa de alma pernambucana que, por que não, também é uma candanga.
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Natal no Brasília Shopping Tudo de mágico pra você. Estamos prontos para a época mais amada do ano. Preparamos uma decoração em tons azuis celestiais com luzes que brilham e lindos esquilos natalinos. A sensação de harmonia, leveza e alegria vai tomar conta de você. Nossa programação também está impecável, e com a chegada do Papai Noel tudo vai se tornar mais mágico e divertido.
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RELIGIÃO
ORAI POR NÓS EM UM DOS LOCAIS MAIS PRESERVADOS DE BRASÍLIA, VIVEM 14 MONGES QUE LEVAM VIDA RECLUSA, E DE MUITA ALEGRIA. O MOSTEIRO DE SÃO BENTO ABRIGA HOMENS QUE TROCARAM A ROTINA COMUM PARA REZAR SEM CESSAR PELOS CRISTÃOS POR PAULO PIMENTA « FOTOS SÉRGIO LIMA
A
ntes de entrar no Mosteiro de São Bento de Brasília, uma longa pista permite ao visitante desacelerar. Ao cruzar o portão, o tempo parece correr mais lento. É o canto dos pássaros que dá o tom exato ao local, interrompido apenas pelas badaladas dos sinos ou pelos cânticos entoados pelos monges durante as orações. Embora vivam na clausura, eles não estão fora do mundo. Muito pelo contrário, são os responsáveis por rezar pela humanidade. Há quem diga que se a Amazônia é o pulmão da Terra, os mosteiros são os do Cristianismo. O barulho, algumas vezes, serve para nos dar a noção de tempo. Como ali não se escuta muitos motores de carros, buzinas, vozes ou sons de um mundo cada vez mais acelerado, temos a impressão de estarmos inertes. Ao estacionar no mosteiro, um sentimento de imensidão enche os olhos. De um lado, uma construção imponente no alto de uma escadaria. Do outro, uma árvore bonita que presenteia os visitantes com uma sombra agradável. Entre os dois, um “orelhão” reforça a ideia de um tempo que passa mesmo mais devagar.
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Depois de meia dúzia de longos degraus, chega-se à loja e à capela, que acolhe os fieis que precisam de um momento íntimo com Deus. As visitas são sempre bem-vindas. Os monges sentam-se na parte de baixo, enquanto as outras pessoas ficam em uma parte mais elevada. A imagem de Cristo com um pergaminho e uma de Nossa Senhora preenchem o lindo e colorido painel ao fundo. No pergaminho, os dizeres: “Ecce Nova Facio Omnia”, que significa “Eis que faço novas todas as coisas”. E realmente faz. A reportagem da GPS|Brasília conseguiu ir além. Entrou no prédio onde os monges vivem uma rotina regrada e descobriu a vida tranquila pelos corredores do claustro. Moram lá 14 monges, todos homens. Na comunidade de Brasília não é permitido o ingresso de mulheres. São ex-funcionários públicos, psicólogos, letristas e tantos outros profissionais, que deixaram para trás mãe, pai, irmãos, namoradas e outras coisas para se doar inteiramente a Deus. Fecharam contas bancárias e não têm nada no próprio nome. Estão ali para orar.
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RETRANCA
OS MONGES
Para se tornar um monge, o processo leva anos. Primeiro é feito um acompanhamento vocacional, por e-mail, carta ou diretamente no Mosteiro, quando o candidato é convidado a passar uns dias na casa e acompanhar a rotina dos monges. Em seguida, é convidado a passar, aproximadamente, três meses com os irmãos. Após esse período, caso deseje, ingressa no Postulantado, que leva um ano, depois o Noviciado, que dura dois anos. Ao fim desse período, tornam-se monges e fazem os votos. A esse período dá-se o nome de Profissão Temporária. Três anos depois, fazem a Profissão Solene, quando é consagrado e tem os votos ratificados. Passa, então, a carregar, antes do nome, a palavra “Dom”.
ORIGEM
A ideia de um mosteiro na cidade existia desde a fundação de Brasília. No entanto, só em julho de 1987 a Abadia de Olinda, Pernambuco, fez morada no DF. Em um terreno no final do Lago Sul, às margens do Lago Paranoá, eles têm como vizinhos um Seminário, um Carmelo e a Ermida Dom Bosco. É naquele pedacinho de Cerrado que se ergueu o Priorado Conventual da Santa Cruz de Brasília, um dos vários mosteiros beneditinos espalhados pelo Brasil.
Decidiram por uma grande mudança de vida. Recebem novas vestes, nomes e costumes. Os tantos Antônio, João e Marcelo ganham outros vocativos à escolha do prior – o responsável pela casa. Passam a usar longas túnicas pretas, chamadas “hábito”, em momentos de oração e, na medida em que se dá a formação monástica, novas peças são anexadas à roupa, como capa e capuz. Para cuidar da horta ou da loja, no entanto, podem usar roupas normais – é comum vê-los de calça e camisa polo. Também fazem o compromisso de viver três votos: obediência, conversão dos costumes e estabilidade.
Nas orações, os monges ficam na parte de baixo da Capela do Mosteiro
Quem não conhece pode até ver como uma prisão, mas os monges passam a certeza de que a vida que escolheram, finalmente, torna-os plenamente livres. Apesar da dedicação, não ficam trancados ali dentro como se imagina. Eventualmente, podem sair do mosteiro, mas só com autorização do prior. Normalmente, eles vão a feiras, shoppings e até pegam uma sessão de cinema. A única quebra na rotina regrada se dá na última segunda-feira do mês, quando as portas do mosteiro ficam fechadas e eles podem acordar a hora que quiserem, sem compromissos. Uma vez por ano, depois da Páscoa, passam quatro dias em alguma cidade próxima ao DF, descansando. Normalmente, o destino é Caldas Novas (GO).
QUEM SÃO Embora muitos achem que são só de alma, eles são, sim, de carne e osso. Conversam, riem, brincam e têm amigos. Nada, no entanto, em exagero. Leem jornal, trocam mensagens em redes sociais, assistem televisão de vez em quando. Apesar de reservados, não há impedimentos para que novas amizades surjam com o tempo. Quinzenalmente, em geral, vão ao supermercado fazer as compras da casa.
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A escolha de estar ali é uma vocação. Muitos vão jovens. É o caso de Dom João Evangelista, um baiano de 24 anos, que passou pela última etapa da formação em junho deste ano. No Mosteiro desde os 18, é o monge católico mais jovem do País. “Não há nada melhor do que experimentar a alegria de ser de Deus, de ser amado. Diante dos muitos desafios que essa vida nos propõe, a liberdade sempre está em nossas mãos”, lembra. Dos pais, em 1991, recebeu o nome Ambrósio. Do prior, anos depois, João Evangelista. Sempre com um sorriso no rosto, possui uma quantidade considerável de amigos e pessoas que vão ao mosteiro para visitá-lo, a grande maioria jovens. Fruto da geração Y, também utiliza as redes sociais para evangelizar e colocar o papo em dia. O modo de vida simples dos monges confronta os ensinamentos do mundo atual, que prega o imediatismo. Pelos corredores da clausura, sozinhos, buscam a si próprios e encontram-se para que consigam encontrar Deus. “O melhor de ser monge é descobrir que você está sempre a caminho,
Um dos quartos da hospedaria do Mosteiro (acima); livro de orações usado nas refeições (abaixo)
A ROTINA
Dom Mauro dedica-se há mais de três décadas ao Mosteiro
nunca está pronto, que você não é perfeito”, conta Dom Mauro Cruz, 57 anos, 34 deles como monge. Quando o Mosteiro ganhou autonomia e foi elevado ao grau de Priorado, em 1995, foi ele o eleito para ser o prior do local. Hoje, 20 anos depois, faz valer os votos de obediência ao não ocupar mais o cargo para o qual o elegeram à época. Para Dom Mauro, estar ali não significa estar preso. “Você pode estar entre quatro paredes e estar com o mundo todinho em você, assim como você pode estar no mundo e estar enclausurado”, lembra. “Apesar de monge significar ‘só’, é uma solidão povoada de Deus e da presença dos irmãos”, finaliza. Na nova família, o sorriso paterno dos mais velhos dá a certeza de que os laços são verdadeiros.
Pela manhã, enquanto nas casas vizinhas do bairro mais nobre de Brasília famílias amanhecem para um dia corrido, os monges, sem pressa alguma, já rezam. O sino toca às 5h. Sem falar uns com os outros, seguem direto para a capela e lá iniciam a primeira oração: “Senhor, abri meus lábios”, enquanto passam o dedo na boca em forma de cruz. A partir de então, o diálogo está permitido. Quando terminam as vigílias – como é chamado esse primeiro momento juntos –, o sol começa a surgir. Durante todo o dia, têm outros seis momentos de oração em comum na capela. As três principais refeições – café da manhã, almoço e jantar – são feitas no refeitório. Não é permitido conversar enquanto comem. Pela manhã, canto gregoriano é a única coisa que quebra o silêncio. No almoço e no jantar, a voz é a de um dos irmãos, que se senta em uma cadeira, com uma pequena mesa à frente, que serve de base para o microfone, e faz leituras bíblicas ou espirituais. Acredita-se, segundo a regra de São Bento, que no mesmo tempo em que se alimenta materialmente é preciso se alimentar espiritualmente. GPSBrasília « 47
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ORA ET LABORA
Refeitório dos monges
Durante o dia, eles circulam pelo pátio interno – onde os visitantes não têm acesso –, que tem um jardim com algumas flores em volta de um chafariz, além das imagens de São Bento, da Imaculada Conceição (pintada pelo próprio prior) e outra da Virgem Maria. Algumas vezes, nos fins de semana, o som do órgão (único instrumento utilizado nas orações) é abafado por músicas eletrônicas ou o som de funk provenientes de festas que acontecem à outra margem do lago. Por volta das 19h, já satisfeitos com o jantar, reúnem-se em uma área com várias cadeiras que formam um círculo para o “Recreio”. É o momento de confraternizar e conversar. Dura apenas meia hora. Após isso, voltam para a capela para a última oração do dia. Às 20h, dirigem-se aos aposentos e o portão do Mosteiro é fechado. O lugar onde os monges dormem é chamado de cela. Elas são individuais e é proibido que sejam acessadas por qualquer outra pessoa, inclusive outros monges. No total, são 32. Dentro, cada irmão arruma como quiser. Tem uma cama, escrivaninha, guarda-roupa e um banheiro. Também são eles os responsáveis pela faxina das próprias celas. Lá estudam, leem, ouvem as músicas que gostam e mexem no computador. No Mosteiro de Brasília, o uso da internet é liberado pelo prior. A senha: oraetlabora. SERVIÇO Mosteiro de São Bento de Brasília SHDB QL32 Conjunto 1 Bloco B – Lago Sul (61) 3367-2949 www.msbento.org.br
O termo em latim significa “Ora e trabalha”. É o princípio da vida beneditina. Engana-se quem pensa que os monges estão ali só para rezar. Como o Mosteiro não tem uma casa de formação, alguns deles estudam no vizinho Seminário Redemptoris Mater. Um deles, psicólogo, obteve permissão do prior para realizar atendimentos no Mosteiro. Quem já fez a Profissão Temporária, tem direito a férias de 30 dias, uma vez por ano. Normalmente, visitam as famílias. Eles também cultivam uma horta, pintam imagens de santos e fazem as próprias vestes. Fora isso, mantém uma lojinha ao lado da capela. Lá, vendem o que produzem: pães, licores e biscoitos. Estes últimos acabam num piscar de olhos depois da missa dominical, sempre cheia de fieis. A receita, que leva farinha de trigo, leite, açúcar e raspas de limão, é unanimidade no gosto dos visitantes. “Tem alguns irmãos que não fazem [o pão e o biscoito]. Eu, por exemplo, nunca acertei o ponto”, brinca um dos monges. Para ajudar nas tarefas do dia a dia, o Mosteiro tem quatro funcionárias: duas cozinheiras, uma faxineira e uma lavadeira. Ao claustro, como é chamado o local restrito aos monges, elas são umas das poucas pessoas que têm acesso liberado. Elas também cuidam da hospedaria, uma das principais fontes de renda do local – além das vendas da lojinha e das doações. Seja individual ou em grupo, quem quiser, a depender a disponibilidade de quartos, pode se hospedar no Mosteiro. Confortáveis, os quartos têm três camas, uma cadeira, uma mesa, guarda-roupa e um banheiro. Na janela, uma tela contra insetos protege o hóspede de visitas inesperadas. Para quem não é vocacionado à vida religiosa, pode ser difícil compreender a decisão de largar tudo o que tem e seguir a Cristo, mas a certeza e a alegria de estarem ali estampadas nos rostos dos monges é tão grande que fica fácil perceber o testemunho verdadeiro do Evangelho. Estão no mundo, mas não são do mundo. Como águias, solitárias e livres, desenham o próprio céu.
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SACERDÓCIO
TEMOS UM DOM, O DOM MARCONY NASCIDO NA VILA PLANALTO, ELE É O PRIMEIRO SACERDOTE ORDENADO DE BRASÍLIA E ADORADO PELA COMUNIDADE POR SUA POSTURA FIRME E GENTIL. ESPECIALISTA EM LITURGIA, FOI INTITULADO BISPO PELO PAPA FRANCISCO, ANO PASSADO, E DELE RECEBEU O DEVER DA MISSIONARIEDADE POR PAULO PIMENTA « FOTOS CELSO JÚNIOR
Q
uando pequeno, a diversão de Marcony Vinícius Ferreira era ir para a missa na Catedral de Brasília. Acompanhado dos pais e dos oito irmãos, saía da Vila Planalto, onde morava, e seguia a pé até a igreja. Era final dos anos 60, sem muitos carros na rua, e a família, bem simples, encantava-se com o gramado verdejante da Esplanada dos Ministérios e os monumentos em volta. Mal sabia essa criança que, décadas depois, a bela Catedral Metropolitana de Nossa Senhora Aparecida seria seu local de trabalho. Hoje, aos 51 anos, Dom Marcony mantém uma rotina intensa de afazeres. Às 5h30, antes mesmo de o sol nascer, já está de pé. Segue cedo até a Cúria Metropolitana, local que abriga os organismos administrativos da Igreja Católica de Brasília, ao lado da Catedral. Na Arquidiocese, ele é o vigário-geral, o responsável por ajudar Dom Sérgio da Rocha, Ar-
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cebispo de Brasília, em toda a parte burocrática. É seu braço direito para questões administrativas, representa-o quando ele não pode, e é quem faz toda a gestão de governo. Depois do bispo, é o vigário-geral que responde pela Diocese. Em passos curtos e rápidos, Dom Marcony passa em todas as seções do corredor, desejando Bom Dia e abençoando os funcionários até chegar em sua sala. Lá, a simplicidade chama a atenção. Paredes brancas, uma poltrona preta encostada na parede e logo em frente uma mesa em formato de L. Duas cadeiras para visitantes. Em cima da bancada, apenas um telefone, uma agenda e um livro. A alegria, o carisma e a inteligência caraterísticos de Dom Marcony complementam o vazio da sala. Sobre o tempo livre, que não é muito, ele é direto: “Eu durmo.” Algumas vezes, depois de terminar os compromissos do dia, responde as mensagens que recebeu no WhatsApp. Das redes sociais, esta é a única que ele utiliza. Há uma página no Facebook em seu nome, mas não é administrada por ele. O título de Dom ele ganhou na ordenação episcopal. Antes disso, era Monsenhor, vocativo pelo qual muitos ainda insistem em chamá-lo. Época em que se tornou bastante conhecido e também um dos padres mais queridos da cidade. No início de 2014, entretanto, o Papa Francisco decidiu extinguir alguns títulos honorários, entre eles o de monsenhor. Agora, como bispo, usa uma cruz peitoral prateada por cima de uma camisa social com um detalhe branco no colarinho – a essa parte dá-se o nome de clergyman – e um paletó, além do anel episcopal.
“O PAPA FRANCISCO NOS PROPÕE A AVENTURA E A CULTURA DO ENCONTRO. DE VOCÊ NÃO TER MEDO DE OLHAR O OUTRO, MESMO QUE ELE SEJA DIFERENTE E PENSE DIFERENTE DE VOCÊ”
DESDE A INFÂNCIA “Eu tinha cinco anos, era coroinha e já queria ser padre”. É assim que Dom Marcony responde ao ser questionado sobre vocação sacerdotal. “No colégio, todo mundo sabia da minha vontade. Hoje, quando encontro alguém daquela época, ele diz ‘Rapaz, não é que sempre dizia que ia ser padre?’”, lembra. Segundo ele, tudo aconteceu de forma natural. A família, muito religiosa, sempre o apoiou. “Quando eu fui pro seminário todo mundo chorava, mas era de alegria”, garante o bispo. Hoje, dos oito irmãos, seis moram em Brasília. Outros dois vivem na Região Norte. O discernimento e a certeza da vocação serviram de base para que Dom Marcony focasse no sacerdócio. «Eu tenho muito o que agradecer a Deus porque não passei por momentos de dúvida. Deus tem suas provações, lógico, e a gente tem nossas cruzes, mas nenhuma que tirasse o meu foco do ministério sacerdotal «, desabafa. GPSBrasília « 51
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SACERDÓCIO
SERVO ESTUDIOSO Dom Marcony entrou para o Seminário Menor [Ensino Médio], no Plano Piloto, em fevereiro de 1979, aos 14 anos. Ao fim dos três anos, passou para o Seminário Arquidiocesano Nossa Senhora de Fátima, no Lago Sul, onde cursou outros três anos de Filosofia e mais quatro de Teologia. Em 1987, foi ordenado Diácono por Dom Geraldo do Espírito Santo Ávila, na Vila Planalto. “Ele acompanhou minha vocação de perto. Tínhamos uma ligação muito de pai e filho”, recorda-se. Em 3 de dezembro de 1988, Dom José Freire Falcão, então Arcebispo de Brasília, o ordenou padre. Aos 24 anos, tornou-se o primeiro sacerdote nascido e consagrado na Capital do Brasil. A celebração fugiu à regra e aconteceu no Santuário Dom Bosco. Na época, a Catedral estava interditada para instalação dos vitrais projetados por
VESTIMENTAS DO BISPO
• Báculo – Bastão com uma curva na parte superior que deve ser usada voltada para frente. Remete ao cajado utilizado por pastores para conduzir as ovelhas. • Mitra – É uma cobertura para a cabeça do bispo. Tem dois lados unidos que terminam em ponta. Simboliza a sabedoria que o bispo deve ter. • Cruz peitoral – É o crucifixo utilizado pelos bispos pendendo de um cordão ou corrente. • Anel episcopal – Usado na mão direita, simboliza a união do bispo com a Igreja.
PAPA FRANCISCO SEGUNDO DOM MARCONY - A simplicidade do coração de Cristo - O despojamento - A missionariedade
Marianne Peretti. Poucos meses depois, foi direcionado à primeira missão: conduzir a paróquia Nossa Senhora do Rosário de Fátima, em Sobradinho. Nesse tempo, viu surgir Sobradinho II e a comunidade aumentar. Houve domingos em que celebrou de sete a oito missas. Em 1993, o então padre foi para Roma, na Itália, fazer mestrado em Teologia. Quando já estava para terminar a tese, Dom Falcão precisou dele no Brasil e ele voltou. Em princípio, o retorno seria por dois ou três meses. Marcony foi nomeado pároco da Catedral de Brasília e esses meses viraram 15 anos. Em 2011, foi mais uma vez para Roma e no ano seguinte defendeu outra tese de Mestrado. Dois dias depois, estava em Brasília novamente. Foi nomeado vigário-geral por Dom Sérgio e recebeu o convite do Arcebispo para que morasse com ele em uma casa na QL 12 do Lago Sul, doada por Juscelino Kubitscheck a Dom Newton, primeiro Arcebispo das terras candangas.
Referência em assuntos de Liturgia, Dom Marcony foi nomeado bispo pelo Papa Francisco em fevereiro do ano passado, a única vez que esteve com o Santo Padre. Ele conta que Francisco falou sobre missionariedade, as exigências de ser um bispo hoje, de estar aberto e ir ao encontro do povo. “A gente vê o Papa Francisco com um mundo nas costas, mas sempre alegre, sorridente, otimista, próximo da gente, muito humilde e simples”, admira. No fim do encontro, o Papa cumprimentou cada bispo que estava lá pessoalmente. “Eu falei: ‘Santo Padre, eu sou (bispo) auxiliar de Brasília.’ E ele disse: ‘Ah, Brasília, cidade moderna’. A gente vê que o Papa tem uma delicadeza. Pedi a benção, ele me abençoou e falou: ‘Força, precisamos de bispos jovens’”, lembra. Dom Marcony apoia a Igreja que o Papa propõe, mais próxima da comunidade. «O ser missionário não é só ir
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CURIOSIDADE
Dom Marcony tem dois anéis. O de uso diário traz uma imagem da Catedral de Brasília, que representa o local de origem do bispo, com uma estrela em cima, que remete à Nossa Senhora. Ao lado, o símbolo PX, que significa Jesus Cristo. Embaixo há o lema de Dom Marcony: “Tudo é de Deus”. No anel que guarda para ocasiões especiais, o bispo pediu para um ourives derreter a aliança da mãe, que lhe presenteou em seu leito de morte, e fazer o símbolo Alfa e Ômega, que está anexado ao lado do anel.
para atender comunidades carentes. Você é missionário com a família, no seu namoro, na universidade ou no trabalho. É fácil ser católico dentro da igreja. Mas a gente tem que ir em outros ambientes onde precisam escutar Cristo e não ter medo de um diálogo», recomenda.
UM BRASILIENSE Hoje, Dom Marcony acumula muitas funções dentro da igreja: cuida de toda a parte central de Brasília – são 45 paróquias sob sua responsabilidade direta –, mais a pastoral familiar, assuntos relacionados à bioética, liturgia e comunicação, além do contato direto com os governos local e federal. Embora possa parecer muita coisa, o bispo ainda celebra missa todos os dias em paróquias, capelas e escolas diversas e também no primeiro domingo do mês, às 10h30, na Catedral. “A Igreja em Brasília tem feito um trabalho muito bom. Ainda temos muito a fazer, porque a cidade cresce de uma forma assustadora”, avalia. Apenas quatro anos mais novo que a Capital do Brasil – ele nasceu no dia 3 de março de 1964 –, Dom Marcony diz que ela não perde para nenhum lugar do mundo. ”Brasília significa bênção de Deus, dos traços arquitetônicos fantásticos até os ipês que chamam atenção”, comenta.
“A IGREJA EM BRASÍLIA TEM FEITO UM TRABALHO MUITO BOM. AINDA TEMOS MUITO A FAZER, PORQUE A CIDADE CRESCE DE UMA FORMA ASSUSTADORA” A simpatia do bispo é conhecida desde os tempos em que não tinha título algum. Abraça, conversa, aconselha e realiza confissões sem distinção. Ele acredita que uma simples foto, um abraço e uma palavra podem ser suficientes para deixar o coração de alguém mais feliz. “Eu devo muito a Brasília como cidade, porque eu sinto o carinho do povo. Aonde a gente vai é muito acolhido”, conta. Dia após dia, Dom Marcony auxilia os fieis de Brasília a trilharem o caminho da salvação. Para se tornar o pastor desse grande rebanho, teve de passar por um crivo muito exigente da Igreja Católica Apostólica Romana. Sem descanso, ensina, santifica e governa uma grande comunidade. E, assim, à medida que se esforça para ser um referencial de Deus, marca a vida de milhares de brasilienses encantados com sua doçura, simpatia e firmeza. GPSBrasília « 53
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PIONEIRO
VIDA E CORONEL OBRA DO AFFONSO
HELIODORO
AOS 99 ANOS, ELE É O ÚLTIMO REPRESENTANTE VIVO DA EQUIPE PRESIDENCIAL DE JUSCELINO KUBITSCHEK. FORAM DÉCADAS DE AMIZADE PROFUNDA E TRABALHO DURO, A POSTOS 24H PARA O EX-PRESIDENTE. AINDA HOJE CONTA HISTÓRIAS DO AMIGO E DA CAPITAL FEDERAL QUE TANTO AMA POR MARCELLA OLIVEIRA « FOTOS SÉRGIO LIMA
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“T
odas as manhãs, ao despertar, penso que ainda vou encontrá-lo em meu quarto e no meu banheiro para os primeiros comentários do dia. Hábito velho que trouxemos de Minas, levamos para o Rio, transportamos para Brasília e novamente nos acompanhou para o Rio. Ficou de tal modo integrado na minha lembrança que dele não me posso esquecer”. Foi assim que o ex-presidente Juscelino Kubistchek começou uma carta em 18 de julho de 1964 para um grande amigo. A intimidade nas entrelinhas é o registro mais fiel de uma relação que se eternizou entre JK e o Coronel Affonso Heliodoro dos Santos. “Fui o melhor amigo de Juscelino”, garante, sem falsa modéstia. O sonhador e desbravador Juscelino teve ao seu lado um assessor que, por ser militar, fazia um contraponto ao jeito bossa nova do ex-presidente. Ele estava sempre em alerta e cuidava do amigo com zelo e atenção. Em alguns momentos era possível fazer uma analogia a Dom Quixote e seu fiel escudeiro Sancho Pança. O contraponto e a oposição definiam a tônica desta relação de profunda amizade. Esta analogia termina quando entendemos que Juscelino, ao invés de caçar monstros em moinhos de ventos, construiu a monumental Capital do Brasil. E o Coronel Affonso pôde viver toda a intimidade deste importante momento do nosso País. Aos 99 anos – o centenário será comemorado em 18 de abril –, o pioneiro é a história viva da Capital. É o último representante vivo da equipe presidencial de JK. Conheceu o ex-presidente como ninguém e vive até hoje de contar histórias do amigo. Heliodoro nasceu em Diamantina, foi aluno da mãe do presidente conterrâneo, reencontrou-o em Belo Horizonte, começou a trabalhar com ele no Governo de Minas Gerais e coordenou suas campanhas políticas. Atuou nos bastidores e aconselhou JK em muitas de suas decisões. Era com ele que o ex-presidente compartilhava dos primeiros acontecimentos do dia, como relata a carta, e até as medidas políticas. A cópia da carta, escrita quando JK estava no exílio em Paris, está emoldurada e exposta na parede do escritório do coronel, em sua casa no Lago Sul, onde mora desde 1982. Já leu tantas vezes que sabe narrar de cor. Por ali, fotos do ex-presidente e centenas de livros, um deles com dedicatória de JK. Uma vitrola ainda toca discos que o faz lembrar as serestas que frequentou com Juscelino. Peixe Vivo, de Milton Nascimento, que acabou se tornando uma espécie de hino em toda homenagem ao ex-presidente, traz muitas lembranças e o emociona. No andar de cima, mais fotos do fundador de Brasília.
Coronel passa os dias ao lado da mulher Sãozita, com quem está há mais de 50 anos
Em uma cômoda, um pequeno busto do ex-presidente ladeado pelas bandeiras de Minas Gerais e do Distrito Federal, e uma miniatura do Palácio da Liberdade, sede do governo mineiro. Há ainda placas e medalhas. Um grande relógio decora a sala de jantar. “Sempre fui escravo do horário, afinal, sou militar né? Mas agora é só enfeite, não tenho hora para nada”, comenta, com seu sotaque mineiro. O Coronel da Reserva da Polícia Militar de Minas Gerais, mesmo com a idade avançada, não deixa de atender a imprensa. Adora contar seus casos. Caminha com dificuldades, mas em determinado momento toma fôlego e estica a coluna para dar meia dúzia de passos como um militar marchando, até sentar à mesa onde conversaria com a nossa equipe. Chega com sapato engraxado, calça social, camisa de botão com a manga dobrada, um lenço de tecido no bolso e óculos de grau. Sorridente, já é perceptível seu bom humor, alegria e um semblante de quem é grato à vida que teve. A idade chegou, mas o tempo não passou na sua memória. Os fatos parecem não sair de sua cabeça. Repete GPSBrasília « 57
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RETRANCA
VIDA E FAMÍLA
O busto do ex-presidente e a bandeira de Minas Gerais decoram a casa
relatos como se seu inconsciente não permitisse esquecer aqueles momentos. Affonso não se cansa de falar daquele que foi, na verdade, seu grande herói, morto há quase 40 anos. “Vivi a relação mais íntima que uma pessoa pode ter com a outra. Com JK, aprendi a ser gente, a ser homem, a ser amigo e a me preocupar com as pessoas”, declara. De vez em quando, uma pausa para enxugar as lágrimas e respirar fundo. “Sempre me emociono”, confessa. A intimidade dos dois era tamanha que até pegar as roupas que JK ia deixando pelo caminho quando chegava em casa o coronel fazia. “Imagina só, um militar, fardado, com todas aquelas estrelas na roupa, dobrando as vestimentas do presidente e cuidando das cuecas dele. Eu pedia: ‘presidente, não joga’. Ele me olhava e me xingava. Era aquele xingamento de amigos, sabe? A gente caía na gargalhada”, conta. Aos 99 anos, ainda é galanteador. Não perdeu a natureza de admiração pelas mulheres. Dá para imaginar as festas que fez ao lado de JK, conhecido por ser sedutor. “Ele era um homem bonito e simpático e, além de tudo, tinha o poder. O mulherio ficava doido. Ele tinha muitas fãs por aí”, revela, às gargalhadas.
Assim como JK, Heliodoro nasceu em Diamantina. Perdeu o pai no dia do aniversário de sete anos. Na época, era aluno de dona Júlia Kubitscheck, mãe de Juscelino. “Ela era uma ótima professora, uma boa pessoa, mas muito severa. Meu dedo dói até hoje de uma reguada que levei enquanto fazia uma leitura. ‘Não se lê com o dedo’, ela me disse. Essa é uma lição que lembro até hoje”, brinca. Ainda na infância, já em Belo Horizonte, vendeu doces, engraxou sapatos e trabalhou em bancas de jornal para ajudar a mãe, Dolores, viúva com sete filhos. Ao completar 18 anos, escolheu a carreira militar, assim como seu pai e alguns de seus irmãos. A formação acadêmica só veio mais tarde, quando, já adulto, cursou Direito na antiga Faculdade Nacional de Direito, no Rio de Janeiro. O coração de Affonso foi conquistado há 50 anos por Conceição Samarco, uma mineira de Ouro Preto que ele conheceu no Rio de Janeiro. Na época, os dois eram casados e só ficaram juntos tempos depois. E o amor era verdadeiro. Sãozita, como é carinhosamente chamada, é sua companheira no dia a dia até hoje, aos 94 anos. O segredo desta longa relação ele garante que é o bom humor. “Nós não brigamos. Ela é brava. Quando vem me dar uma bronca, retribuo com um elogio e ela se desmancha”, diverte-se. Os dois estão sempre de mãos dadas, veem televisão juntos e apreciam o pôr do sol da sala de TV de que, até pouco tempo, antes de as árvores crescerem, era possível visualizar o Memorial JK. “Quando dava para ver, eu todos os dias chegava na janela e acenava para Juscelino”, conta. As coincidências não param por aí. Os números do endereço da casa – Quadra 19, conjunto 7, casa 6 – formam o ano de morte do ex-presidente. O coronel leva uma vida tranquila, sai pouco de casa. Vai ao Memorial JK – que ajudou a fundar e dirigiu de 1981 a 1995 – e ao Instituto Histórico e Geográfico do DF, do qual é presidente desde 1993, que fica na 903 Sul, e atua na promoção da história da cidade e de seu criador. Toda última quinta-feira do mês, participa de um almoço no Clube da Aeronáutica .“Eu ainda não me aposentei. Só vou parar de trabalhar quando morrer”, garante. Affonso é 14 anos mais novo que JK. Quando Juscelino era governador de Minas Gerais, no início da década de 1950, iria receber um embaixador da Síria e precisava de alguém que falasse inglês. Affonso foi indicado para o trabalho. Desde então, não saiu mais do seu lado. Tornou-
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A foto de JK entre porta-retratos da família
“COM JK, APRENDI A SER GENTE, A SER HOMEM, A SER AMIGO E A ME PREOCUPAR COM AS PESSOAS” -se Chefe do Gabinete Militar. Todas as noites, colocava o amigo na cama, sempre depois de meia-noite. “Ele dormia tarde. Eu ficava até o momento de apagar a luz”, conta. E o despertar era por volta de 6h. “Dormíamos muito pouco. Juscelino era muito trabalhador “, garante.
PRESIDÊNCIA E EXÍLIO Quando JK foi eleito presidente, Heliodoro tornou-se subchefe do Gabinete Civil na Presidência da República. Acompanhou JK em todo o processo de construção de Brasília, desde as primeiras viagens para analisar a região. “Aqui era só mato. Mas Juscelino era um entusiasta e empolgava todos que estavam a sua volta. Ele sempre acreditou que conseguiria construir a Capital”, conta. Heliodoro lembra que chamava a atenção a alegria dos trabalhadores e a rapidez como tudo acontecia. “Juscelino não se continha de tanta felicidade”. A tristeza, segundo ele, foi quando JK deixou o governo e, por isso, não conseguiu dar continuidade ao desenvolvimento da cidade. Anos depois, após o Golpe Militar, Juscelino foi acusado de corrupção e cassado, tendo os direitos políti-
cos suspensos por dez anos. Foi quando precisou deixar o Brasil, em um exílio voluntário. A carta, citada no início do texto mostrava a solidão que JK viveu. “Não posso deixar de confessar que viver fora do País sem saber quando será possível o regresso é o castigo mais cruel imposto a um homem que só pensava no Brasil”. Aquelas palavras tocaram Affonso, que, sem pensar, desembarcou em Paris para uma temporada com o amigo. “Larguei a família para passar um tempo com ele. Ele precisava de mim, estava sozinho”, acredita. Quando JK mudou-se para Nova York, ele voltou ao Brasil. “Em Nova York ele tinha as filhas e a mulher”, conta. JK voltou ao Brasil em 1967. Emocionado, o coronel conta que, como acompanhava JK em todos os compromissos, era para estar no acidente que vitimou o presidente, em 22 de agosto de 1976, na Rodovia Presidente Dutra, enquanto ia de São Paulo para o Rio de Janeiro. “Nesse dia, precisei ficar no Rio. Quando cheguei em casa e minha mulher me contou o que aconteceu, peguei o carro e fui até o local do acidente. Precisava ver que aquilo era real. Foi horrível”, lamenta. “Até hoje isso não foi esclarecido. Mas foi um assassinato”, acredita. Apesar do coração mineiro, foi Brasília, a cidade que ele viu nascer, que ele escolheu para viver. Voltou para cá quando se iniciou a construção do Memorial, em 1979. Nunca mais saiu. “Vou morrer em Brasília. Não fui eu que escolhi, a cidade que me escolheu”, declara o coronel, que já recebeu o título de Cidadão Honorário de Brasília. Por aqui, seguiu sua vida contando as histórias. Palestras e entrevistas sempre fizeram parte do seu dia a dia. E também colocou no papel muitas dessas vivências. São seis livros lançados, todos relacionados a Brasília e JK. “Para mim, foi uma felicidade ter servido a um homem com as qualidades de JK. Ele era inteligente, culto e muito bom. Não tinha maldade, não fazia nada para prejudicar ninguém. Ele deixou um grande buraco nesse País. O Brasil precisava de mais políticos como ele”, acredita. Heliodoro diz ter muito orgulho de ser candango. “Ser candango significa que eu participei de uma fase importante para o Brasil, assim como muitas outras pessoas. Mas, modéstia à parte, eu participei da intimidade. Eu era o auxiliar que estava 24 horas com JK. Acompanhei as primeiras reuniões, a discussão sobre cada etapa da cidade, tudo mesmo”, lembra. Depois de quase duas horas de entrevista, é possível sentir JK mais vivo do que nunca. Ao ser questionado sobre o que diria ao amigo se o reencontrasse, não hesitou em responder: “O que você está fazendo aí do outro lado. Volta para cá, sinto muito a sua falta”, diz, com um largo sorriso saudoso no rosto. GPSBrasília « 59
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ENTREVISTA
E
le não tem papas na língua. Aliás, ela é bem afiada. Fala o que todo mundo pensa com humor e espontaneidade. Comenta a roupa extravagante de uma celebridade, dá apelidos hilários a personagens e divulga, em tempo real, o que acontece em eventos super badalados. Acompanhá-lo pelo Snapchat enquanto assiste à televisão é diversão garantida. Ele é sagaz e tem o raciocínio rápido. Está atento a tudo no mundo do showbiz. Nada escapa dos comentários debochados da web celebridade Hugo Gloss. O motivo do sucesso? Sem dúvida, a criatividade de seu criador, o brasiliense Bruno Rocha. Tudo começou como brincadeira e Bruno nem sabe dizer ao certo como fez para alcançar tanta popularidade. São 3,7 milhões de seguidores no Instagram, 3 milhões no Facebook e 1,3 milhão no Twitter. Além de perfis no Snapchat - cada vídeo tem, em média, 550 mil visualizações -, Periscope e um site que chega a ter 20 milhões de acessos mensais. É inexplicável como esse jovem de 29 anos conseguiu tamanha façanha. Tornou-se paixão nacional. É a prova viva da força que as mídias sociais têm neste século. Haja bateria para ficar 24 horas conectado. Ele tem um iPhone normal, um Plus S e um Android. “Acho bom ter um telefone reserva para viagens internacionais, ou caso ele caia na água, seja roubado… o seguro morreu de velho, né?”, diz. E anda com carregadores de tomada, portáteis, veicular e capinhas carregadoras. “Mas mesmo assim fico sem bateria às vezes. Acontece”, conta. Seus posts têm fofoca da vida das celebridades, entretenimento e notícias. Também tem propaganda. “São contratos pontuais, mas precisam ter a ver comigo e com o público que me segue. Muita coisa eu não faço, pois acho que não será bem recebido”, explica. A popularidade o levou a ser convidado para participar de grandes eventos, no Brasil e no mundo. Este ano, foi para o Emmy Awards, 60 « GPSBrasília
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OLHA ELEEEEEE BRUNO ROCHA, CRIADOR DO PERSONAGEM VIRTUAL HUGO GLOSS, É NASCIDO E CRIADO NA CAPITAL FEDERAL. JORNALISTA E LITERATO, SONHA EM ESCREVER NOVELA, ENQUANTO DESFRUTA DA ÓTIMA FASE DE SER UM DOS MAIS INFLUENTES NOMES DA MÍDIA SOCIAL NA ATUALIDADE POR MARCELLA OLIVEIRA « FOTOS BRUNO FIORAVANTI GPSBrasília « 61
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RETRANCA ENTREVISTA
“BOM DIA GPS|BRASÍLIA! UMA REVISTA DE LEITORES QUE NÃO SOFREM A CRISE, QUE VIAJAM COM O DÓLAR A 4 REAIS, QUE SABEM QUE SQN NÃO SIGNIFICA #SÓQUENÃO E QUE NÃO SE ABALAM COM A TERRA VERMELHA DESSA CIDADE! QUE NOSSA SENHORA DO LUXO E RYQUEZA NOS ABENÇOE HOJE E SEMPRE!”
em Los Angeles, para o MTV EMA, em Milão, e voltou a Hollywood para a premiere de Jogos Vorazes – A Esperança Final e a gravação do The Voice norte-americano. “Existem eventos que ganho, outros são convite, outros considero pautas”, diz. Até pouco tempo, pode-se dizer que Bruno era uma versão brasileira da Gossip Girl, série nova-iorquina famosa pelo personagem misterioso que fazia fofocas da turma. Seus fãs o desconheciam e Gloss gostava disso. Mas foi ficando difícil esconder. Entre tantos posts de conteúdo, vez ou outra tem uma selfie. “Acho que botei a cara no sol mesmo no Emmy”, diz. Sem resistir, postou fotos ao lado Lady Gaga e Jimmy Fallon. Depois, liberou geral. E teve selfies com Rihanna, Sam Smith, Demi Lovato para citar alguns. A internet foi a loucura com suas selfies. O comentário foi geral: “viram que o Hugo Gloss apareceu?”. O resultado, claro, foi imediato. Basta ele andar na rua e os seguidores bradam: “Olha elaaaaaaaaa!”, um de seus bordões na internet. Desde então, suas aparições são cheias de personalidade. A marca registrada tornou-se o chapéu. “Às vezes, nem quero usar, mas coloco”, revela, como complemento do figurino clean, geralmente preto, branco e cinza. “Adoro Givenchy, Hood By Air e Marcelo Burlo, mas gosto de roupas básicas, como H&M, Zara e Forever 21”, conta.
O INÍCIO Formado em Letras Tradução pela Universidade de Brasília e em Jornalismo por uma faculdade particular, em 2008, Bruno foi cursar pós-graduação em Relações Públicas em Barcelona, onde morou por dois anos e trabalhou no marketing de uma multinacional. Antes disso, tinha atuado como revisor, repórter, tradutor e intérprete. Bruno adorava imitar o personagem Christian Pior, do Pânico na TV!. Quando estava na Espanha, criou um fake do personagem no Twitter, com lendários “bons dias”, em que brincava com situações corriqueiras. O sucesso foi grande e, para desvincular, criou o perfil próprio. O nome veio da marca Hugo Boss. No final de 2009, veio ao Brasil para tirar o visto de trabalho e ir de vez para a Espanha. Mas tudo começou a mudar. Nessa época, Claudia Leite, em Brasília, revelou ser fã de seu trabalho. E foi um seguidor, o Boninho, que lhe convidou para participar do Big Brother Brasil 10. Bruno fez até a entrevista, mas desistiu. A partir daí as portas se escancararam e a Espanha teve que esperar. Foi convidado para trabalhar em várias emissoras. Simpatizante de Luciano Huck, acabou por optar pelo Caldeirão do Huck, no qual desde 2010 é roteirista, produz matérias especiais e acompanha gravações externas.
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O SUCESSO As expressões que adotou repercutem nas ruas. “Tô xo” [estou chocado], “boy magya” [homem bonito] e “Aloka” [a louca]. E por que Gloss é tão amado? “Acho que pela sinceridade. Eu falo tudo o que penso”, reflete, revelando que a maioria de seus seguidores é de mulheres. “Acho que elas me veem como um amigo que conta as notícias”. Bruno é da noite, acordar cedo é uma luta. Ansioso, quase não dorme. Fica desligado por quatro ou cinco horas. No máximo. Nas redes sociais atua sozinho, mas tem uma equipe de cinco pessoas que o ajuda no site. Tem ainda o perfil do Bruno. “Eu me dedico ao Gloss. Ele que é o engraçado. Separo muito a pessoa física do personagem. Por incrível que pareça, somos bem diferentes”, afirma. Bruno é noveleiro assumido. “Fazia isso com minha avó”. Seu sonho? Quem sabe, escrever uma novela. Talento ele tem. Seus resumos divertidos de Verdades Secretas renderam elogio do próprio autor, Walcyr Carrasco, que o chamou de “gênio do humor”. “O Walcyr foi muito generoso em suas palavras sobre mim. E eu amei. Fiz um resumo para cada capítulo. Fui quase um colaborador”. O “resumo gloss” foi tão bem-sucedido que Rodrigo Lombardi, apelidado por ele de RajGrey - por conta do personagem de Caminho das Índias e por Christian Grey, de Cinquenta Tons de Cinza -, passou a ser chamado assim nos bastidores. “A minha forma de comentar sempre foi bem humorada e até ácida. Tive receio de que alguns enxergassem como ofensa, mas a repercussão foi 100% positiva”, comemora.
BRASILIENSE Desde que foi contratado pela Globo, Bruno mora no Rio. Vive sozinho em um apartamento na Barra da Tijuca. Pelas paredes, muitos quadros, comprados em vários lugares do mundo. “A Suely, que trabalha lá em casa, fica louca, pois cada vez que eu viajo chego com um cacareco”, revela. “Sou obcecado”. Mas a verdade é que Bruno é nascido e criado na Capital Federal. Morou a vida toda na Asa Norte, estudou no Colégio Sagrado Coração de Maria. É da época auge do Pier 21. “Vivi momentos incríveis em Brasília”. Daqui, leva um pouco do jeito brasiliense. “Falo muito ‘oxi’, fico esperando os carros pararem na faixa de pedestre e chamo as mães dos amigos de tia”, diverte-se, às gargalhadas. Pelo menos uma vez por mês vem à cidade visitar a mãe, a irmã e a sobrinha, que acabou de nascer, além de tios e amigos. “Vou para Brasília para me desconectar, para voltar para as raízes. É um lugar que conheço bem, em que sei que não vou me perder, em nenhum sentido. É um porto seguro, onde recarrego minhas energias. Volto daí cheio de amor de família e muita positividade”, conta. GPSBrasília « 63
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RETRANCA ENTREVISTA
“BRASÍLIA É MEU PORTO SEGURO. FALO MUITO ‘OXI’, FICO ESPERANDO OS CARROS PARAREM NA FAIXA DE PEDESTRE E CHAMO AS MÃES DOS AMIGOS DE TIA”
Do que mais sente falta daqui? “Da organização”, não hesita em responder. “Bem ou mal, Brasília é uma cidade que você sabe exatamente como funciona. Temos o horário de rush, mas sabemos quando ele começa e acaba. Sinto falta das tesourinhas, acho geniais. E dos ipês. Minha mãe é apaixonada por eles e desde pequeno ela falava pra eu prestar atenção nas suas cores”, revela. Ele tem uma rotina frenética. Na semana que falou com a equipe da GPS|Brasília, esteve em Milão, voltou para o Rio e foi para Nova York. Por sorte, teve um tempinho na agenda para vir a Brasília e posar para as fotos. Apesar do jeito espontâneo de seu personagem, Bruno se considera até um pouco tímido. “Eu sou uma pessoa normal. Não saio pulando, gritando o tempo todo. Sou discreto, falo baixo. Gosto de observar as coisas. Não chego forçando amizade. Sou mais quieto do que imaginam”, garante. Sincero, criativo e perspicaz, estar com Hugo Gloss ou Bruno Rocha é uma diversão. Apesar de ele dizer que são duas pessoas bem diferentes, fica até difícil separar os dois. Independentemente do nome, ele é, sem dúvida, o amigo que todo mundo queria ter.
Quem é o Hugo Gloss? O Hugo Gloss é um personagem da internet, um menino um pouco escandaloso, que não tem papas na língua. Ele adora a vida dos famosos, mas observa bem para enxergar além dos holofotes. Ele não nasceu rico, como ele diz: “O que a vida não me deu, eu comprei”. Foi trabalhando e conquistando as coisas com o tempo. É aquele amigo que você acha hilário. Hugo Gloss não fica triste, está sempre animado, pronto pra ferver. E quem é o Bruno Rocha? É um rapaz normal, que cresceu em Brasília, mas sempre soube que era do mundo. Uma pessoa que gosta de viajar, que não se deslumbra fácil e que é muito apegada aos amigos e à família. Extremamente crítica, principalmente de si mesmo, mas que procura não se levar a sério, nem levar a vida a ferro e fogo. O importante é ser feliz, estar feliz e não passar por cima de ninguém. O resto Deus traz. Quando surgiu seu interesse pela vida das celebridades? Minha avó era assinante da Caras e da Contigo. Ela amava revistas de famosos. Cresci lendo tudo isso, acompanhando a tevê. Desde que me entendo por gente eu tenho essa curiosidade. De onde vem seu humor ácido? Sempre fui assim. Acho também que é de família. Ninguém na minha casa é do tipo meigo. Talvez minha irmã. Mas a maioria é linguaruda como eu. Quando pequeno, via tevê com meus avós, e eles iam comentando. Quando a vilã aparecia, diziam: “Lá vai essa bandida”. Peguei isso deles. É uma coisa minha mesmo. Não é forçado. Você se sente uma celebridade? De Jeito nenhum. Costumo dizer que celebridade é a Beyoncé, a Rihanna, a Kim Kardashian, a Ivete. Celebridade é quem não consegue sair de casa sem ser notícia. O resto todo é apenas conhecido.
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A que você atribui o sucesso do Hugo Gloss? Acho que porque as pessoas gostam de sinceridade. Eu costumo muito ouvir que eu escrevo o que as pessoas pensam. Acredito que existe uma identificação positiva, do tipo “não tive coragem, mas ele teve, e falou”. Você tem circulado por locais de acesso super restrito e posado ao lado de artistas quase diariamente. Como tudo isso aconteceu? Acho que é fruto do meu trabalho. Do fato de tentar sempre ser transparente e sincero sem ser ofensivo, sem xingar ou tratar mal. Ser ácido é diferente de ser leviano, mentiroso. Costumo sempre pensar: “Eu me ofenderia com isso?”. Acho que por conta disso, consigo ser aceito. Eu não sou do mal. Para mim, uma amizade vale mais do que qualquer pauta. Não vou destruir ou prejudicar alguém por cliques. Minha moral e minha criação não permitem. Como entrou no mundo das celebridades? Acho que comecei a falar deles e eles ficaram curiosos pra saber quem era. A primeira que conheci foi a Claudia Leitte. Tinha acabado de voltar pro Brasil e ela estava em Brasília num show privado. Vi no Twitter e falei que também estava. Ela falou pra eu ir ao show e eu fui, morrendo de vergonha. Só ela sabia quem eu era, nem o Huck me conhecia. Dos artistas que encontrou, qual seu maior ídolo? Eu tremi na base quando conheci a Lady Gaga, que foi simpaticíssima. O que eu era mais fã foi o Jimmy Fallon, meu ídolo no entretenimento. Mas surpreendentemente as celebridades internacionais foram sempre muito gentis, todos têm muito carinho pelo Brasil. Quem você tem vontade de conhecer? BEYONCÉ! A Rainha magnânima dos quadris. Meu sonho dar um abraço nela, sentir aquela peruca, pegar um pouco dessa magia que ela tem. Acho que eu não conseguiria nem me mexer. Também queria conhecer a Britney. Ela tem um jeito parecido com o meu, de ficar em casa comendo salgadinho e falando do povo. O que já conseguiu sendo o Hugo Gloss? Tanta coisa, nem sei enumerar. O Hugo Gloss hoje é uma figura respeitada pelo público e pela classe artística. Consigo entrar e sair de qualquer lugar, falar com qualquer pessoa. O respeito é o maior bem que qualquer pessoa pode ter. É mais valioso que o dinheiro ou qualquer bem.
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Você ganha dinheiro com ele? Claro que ganho! Graças a Deus! Não iria me dedicar tanto a um trabalho que não fosse remunerado. Tenho a conta da internet para pagar e não está barata! Hahaha... Você fica 24 horas por dia conectado? O Hugo Gloss fica, o Bruno precisa dormir, nem que seja umas horinhas. Qual das redes sociais você gosta mais? Por que? Eu comecei no Twitter e amo a rapidez e a zoeira das coisas por lá. O Snapchat é ótimo para a gente conhecer o povo de verdade. No Instagram todo mundo tem a vida muito legal, no Facebook eles são engajados politicamente. Enfim, difícil escolher. Em quais momentos foi julgado por causa dos posts? Nossa, hoje em dia a coisa mais difícil é não ser julgado ou causar polêmica. Vivemos no tempo da crise de 15 minutos. Isso porque nesse tempo surge um assunto mais importante e a pauta muda. Outro dia estive em Brasília e postei uma foto do Santuário São Francisco de Assis, que recebeu vários animais para serem abençoados no dia de São Francisco. Achei lindo. Só que na foto só havia Golden Retrievers. Só sei que recebi muitos comentários, dizendo que era preconceito com os cães da rua, os vira-latas. Um horror. Hoje em dia as pessoas procuram negatividade em qualquer post. Já me chamaram de misógino, gordofóbico, homofóbico, racista… Não dá pra levar a sério. Quais os planos para o futuro? Tem vontade de escrever uma novela? Eu amo dramaturgia. Amo imaginar histórias, criar personagens, situações. Eu faço isso na vida, fico pensando tudo que poderia acontecer. Quando entrei na TV Globo, o Luciano Huck me perguntou o que eu gostaria de ser em cinco, dez anos, e eu disse: Quero escrever novela. É um sonho, adoraria tentar transformá-lo em realidade! Alô, Schroeder!
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CINEMA
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os Angeles é conhecida por ser a terra do cinema. E das estrelas. É onde o cinema mundial faz sua estreia a cada novo recorde de bilheteria ou audiência. Ela atrai gente do mundo inteiro. Quem está ali espira arte e tenta a sorte. Pretende concretizar sonhos. E transforma o desejo em realidade. Entre tantos idealistas, um brasiliense tem conquistado seu espaço. Ele se chama Henrique Gonzaga. Tem apenas 22 anos. Nos Estados Unidos é conhecido por Henry Zaga e deu início a uma trajetória que promete ser de sucesso. Há pouco, conseguiu um papel na quinta temporada da série norte-americana Teen Wolf, de Jeff Davis para MTV. Com 1,80 de altura e uma beleza física de arrancar suspiros dos adolescentes – público alvo da série –, Henry não pode contar somente com isso em uma cidade repleta de gente bonita. É preciso mais. “Primeiro, tem que ralar muito para conseguir alguém que te represente artisticamente quando você não tem crédito algum. No meu caso, consegui há um ano e meio, após a minha empresária ver uma apresentação
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minha no Acme Theatre. E, depois disso, seus representantes conseguem auditions, nas quais centenas de atores lutam pelo mesmo papel”, explica. Desde que chegou a Hollywood, em setembro de 2012, sua rotina tem sido intensa, doando-se de corpo e alma ao ofício. Cada semana tem uma agenda de gravação, além de estudar roteiros e ensaiar para auditions. Às vezes sobra um tempinho para praticar ciclismo, yoga ou corrida. Henry mora no bairro de Hollywood Hills, na casa de um amigo irlandês e com outro roommate inglês. No quarto, que ele jura manter sempre arrumado, tem um quadro na parede, que ele mesmo pintou, uma estatueta do Cristo Redentor na escrivaninha e uma foto família reunida. “Não consigo viver na bagunça”, revela. Pintar é um dos talentos do ator, que tem telas espalhadas pelas casas da mãe e do pai e também no escritório da família, em Brasília, sua cidade natal. São nus femininos, homens, artistas e paisagens. Atualmente, tem pintado pouco por conta da vida agitada em Los Angeles. “É difícil achar um lugar para fazer bagunça morando de aluguel”, brinca. Apesar de ter escolhido uma vida em terras norte-americanas, sempre que pode está pelo Brasil. Duas ou três vezes por ano. Quando chega, a mãe, Sônia Gontijo, faz uma tradicional feijoada para ele rever os familiares e amigos. “Apesar de viver na cultura americana, ele é muito família e faz questão de preservar as amizades”, revela a mãe. A reunião na casa dela, no Lago Sul, é sempre especial. “Minha mãe organiza tudo com muito carinho, minha avó fica na cozinha por quatro horas, fazendo a melhor ambrosia do mundo para sobremesa e tomo uma cerveja com meu pai”, conta. “Bateu saudade agora”, confessa. O contato no dia a dia com os pais e com a irmã, Fernanda, de 21 anos, é feito pela internet. É assim também que ele fala com os amigos. Foi por trocas de whatsapps e e-mails que conversou com a reportagem da GPS|Brasília. “Do que mais sente falta daqui?”, perguntamos. “Tenho saudade de tudo, mas principalmente da cultura de família que temos no Brasil. Das refeições diárias em casa com a família e dos amigos que te tratam como irmão e chamam sua mãe de tia”, diz o jovem. Nas redes sociais, interage com os fãs, compartilha os bastidores das gravações e momentos de lazer. E já lida com assédio. “Um dia minha empresária daqui me ligou, dizendo que chegou um pacote com uma carta, duas fotos para autógrafo e uma calcinha”, diverte-se, ainda tentando se ambientar com a fama que começa a surgir.
TALENTO O interesse pelas artes o acompanha desde a infância. Desde pequeno se interessou pelo teatro, ia sempre ao Mapati, na Asa Norte, assistir a peças com a mãe, adorava ver filmes e desenho animado com a irmã. Nos almoços de domingo, na casa da tia avó Alda, havia performance de Henry com os primos. “Planejávamos uma peça durante o dia para apresentar à noite para os familiares”, lembra. Criado na 213 Sul, estudou no Candanguinho, Marista, Galois e na Escola Americana. Nesta última, foi onde seu dom artístico aflorou, após participar do musical Hairspray, encenado na escola, em 2009, em que interpretou Wilbur Turnblad. “Foi hilário. Turnblad era, no mínimo, 40 anos mais velho do que eu. Lembro de ter sentido uma insegurança antes entrar em cena, mas, depois que eu já estava lá em cima, foi uma sensação incrível, que me marcou muito”, lembra. Henry cresceu em meio à cultura norte-americana e fascinado por filmes hollywoodianos. “Ele sempre falou muito bem inglês, mas ficava assistindo filmes e séries, treinando na frente da televisão. Tanto que hoje ele não tem sotaque e isso o ajuda na carreira internacional”, orgulha-se a mãe. Deixar o País não foi novidade para o jovem. A primeira vez que Henry morou no exterior foi na época da escola, quando estudava no Galois. “Vivi na Inglaterra por um tempo, com uma ‘host family’, e estudei inglês na Kings School. Foi quando vi que meu futuro era fora do Brasil”. Depois que terminou o Ensino Médio, Henry chegou ainda a morar em Boca Raton, na Flórida, nos Estados Unidos, onde cursou Business, na Lynn University, por um ano. Contudo a paixão pelas artes cênicas falou mais alto. Enquanto estudava fez um teste para a sede californiana da New York Film Academy, e passou. Contar para os pais foi um momento de tensão. Filho de advogados, todos esperavam que o caminho natural seria seguir a profissão e herdar o escritório do pai, Admar Gonzaga, também ministro-substituto do Tribunal Superior Eleitoral. “Na minha cabeça, eles não iriam apoiar. Mas não teve nada disso. Quando eu contei, para minha surpresa, eles disseram que eu poderia ser brilhante como artista”. A responsabilidade de assumir o escritório ficou para a irmã, que cursa Direito. E ele seguiu rumo a Los Angeles. GPSBrasília « 71
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EU VOU PRA CALIFÓRNIA No percurso até pisar em Hollywood, teve a companhia do pai. Admar fez questão de ver onde filho iria se instalar, conhecer a escola e até presenteou Henry com um carro. “Ele me deu não só um empurrão financeiro, mas também um apoio psicológico e emocional. Ele é meu melhor amigo. Um fã e ídolo ao mesmo tempo”, revela. Com um inglês fluente, durante o curso na New York Film Academy, fez parte de vários projetos ao longo de um ano e meio. Na sequência, protagonizou um curta-metragem batizado de The Wing. Depois, foi a vez do longa Cardinal X. “Fui dirigindo até San Francisco, ensaiando as minhas cenas no caminho e pensando em como aquilo entraria para a minha história. Quase não consegui dormir. No dia seguinte, cheguei no set surpreendentemente tranquilo. Mas é como o primeiro dia na escola, você não conhece ninguém, não sabe como vai interagir com as pessoas, mas tem uma sensação muito boa de que coisas novas estão pra acontecer”, revela o ator. Em seguida, gravou a série de televisão The Mysteries of Laura, em janeiro deste ano. “Logo quando voltei de New York do trabalho, fiz o teste pela terceira vez e peguei o papel do Josh, em Teen Wolf, em março de 2015, que estou filmando até hoje. Nas férias de Teen Wolf, no meio do ano, rodei um filme chamado XOXO, do Netflix Original Movie, em que faço par romântico com a Sarah Hyland (ModernFamily)”, conta. Com uma carreira em ascensão, aos poucos vai se tornando conhecido pelo público brasileiro. Teen Wolf é um sucesso, cada episódio atinge, em média, dois milhões de
telespectadores no mundo. O público de séries tem crescido e, com isso, as oportunidades. “Aqui eles chamam de ‘The Golden Era of Television’. Nunca na história de Hollywood tiveram tantos seriados sendo produzidos com a qualidade e orçamento de agora. E com uma demanda maior ainda, devido às variadas plataformas disponíveis”, enfatiza Henry. Transitando entres as estrelas de Hollywood, Henry lista suas referências: Daniel Day-Lewis, Hilary Swank, Meryl Streep, Christian Bale, Jack Nicholson, Dustin Hoffman e Marlon Brando. E também nomes que o influenciam no trabalho atual, como Brit Marling, Eddie Redmayne, Claire Danes, Jared Leto e Robin Wright. Com uma vida hollywoodiana bem intensa, ainda não é possível ver Henry Zaga em uma produção brasileira. Mas o ator pretende, sim, trabalhar com seus conterrâneos. “Tem tanta gente que eu cresci assistindo e sempre apreciei muito o trabalho que é difícil falar. Pensando rápido, tenho vontade de trabalhar com Selton Mello, Marieta Severo, Maitê Proença, Fernando Meirelles, Heitor Dhalia, José Padilha, Wagner Moura, Camila Pitanga, Matheus Nachtergaele e Giovanna Antonelli”. Henry investe no trabalho em Los Angeles e, aos poucos, conquista uma independência financeira. Para ele, ser estrangeiro não dificulta o trabalho na cidade. “L.A. é um ponto de encontro do mundo todo, você conhece mais gente de fora do que daqui. É realmente ‘The City of Dreams’”, conta. Ele não tem previsão de voltar a morar em Brasília. “Tenho um carinho muito grande pela cidade. Sinto muita falta da minha casa, de jantar com a minha família, de falar português. Mas para a minha carreira, neste momento, é melhor estar aqui”, conclui o nosso astro de Hollywood.
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CONCEITO
RICARDO MAIA SE PREPARA PARA A REALIZAÇÃO DE UMA GRANDE OBRA EM SUA VIDA: UNIR O OFÍCIO DE CABELEIREIRO À ARTE QUE LHE CONDUZ, TRAZENDO À TONA SEU TALENTO DE ARTISTA PLÁSTICO POR MARIANA ROSA « FOTOS CELSO JUNIOR
UMA GALERIA DE BELEZA
E
le tem um sonho: a casa nova. E vai realizar. É sempre assim… Tudo o que Ricardo Maia deseja ele consegue. Mas não é a fada da beleza que num girar da varinha lhe concede, não. É fruto de muito trabalho, muita conquista. Extrema disciplina e absoluta dedicação. Tem sido assim desde que o cabeleireiro e maquiador, um dos profissionais mais celebrados do País, iniciou a sua jornada nesse universo. Nos idos da década de 90, ele estreou carreira solo com a concretização da primeira parte desse sonho. Inaugurou o Ricardo Maia Hair Make Up no Hotel Bonaparte. Local que ficou pequeno diante de sua expressividade. Anos depois, em 2001, ele mudou-se para o Lago Sul, num grande espaço clean e arrojado. E lá ficou por 14 anos, sequenciando o segundo capítulo desse sonho, que entra em sua mais ousada escala. Ricardo em 2016 consolida seu projeto de vida com a abertura da esperada factory, novo formato referência de salões de beleza que se assemelha a um enorme backstage. “Salões são como clientes. Elas não permanecem dez anos com o mesmo corte ou cor de cabelo”, diz com seu jeito calmo, preciso e sagaz. Quem assina o projeto é o arquiteto Beto Consorte, do Rio de Janeiro. O conterrâneo de Maia juntou a vertente minimalista, ao preocupar-se em usar poucos elementos ao conceito art study fundado pelo artista americano Andy Warhol, em Nova York, na década de 1960. “O projeto foi bem conversado e pensado. Ricardo queria algo inspirado em NY, alguma coisa com cara de loft. Eu me preocupei em 74 « GPSBrasília
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buscar elementos seguindo essa linha e concordamos com o conceito da factory”, explica o arquiteto. O resultado é um ambiente com as características arquitetônicas preservadas, sem forro ou revestimentos rebuscados. Instalações aparentes, décor em branco, cinza e preto, harmonizadas com chapas de metal. No amplo espaço, apenas o mínimo de elementos. “Imaginei o bastidor de um grande desfile. Um local apenas com o necessário. A intenção é que o cliente seja a atração principal”, conceitua Beto. A sensação de estar em uma atmosfera estilizada começa na entrada. Em vez do balcão de atendimento, um túnel de descompressão com luz e trilha sonora próprias. “Ir ao salão deve ser uma experiência, apesar de ser um gesto rotineiro.” Nada se assemelhará com o tradicional. E o mobiliário terá seu devido reconhecimento. “Penso em poucos móveis, mas são peças que têm o seu valor no design”. Daí surgem obras de José Zanine Caldas dos anos 1950; sofás Dalilips, aqueles em formato de lábios desenhados pelo surrealista Salvador Dali; espelhos com traços da modernista ítalo-brasileira Lina Bo Bardi, projetista do Museu de Arte de São Paulo – MASP. Os carrinhos porta-utensílios são artesanais e vieram direto da serralheria. Típico mesmo apenas as cadeiras, pois elas são específicas para o trabalho. “Uma galeria de beleza”, analisa Maia.
AS NOIVAS Elas são o coração da estrutura de Ricardo Maia. “Todas terão a suíte integrada a um mini spa, como a sofisticada hotelaria moderna”, conta Beto Consorte. Ricardo Maia é o número um das noivas de Brasília. Tornou-se o queridinho delas. Com psicologia, humor e talento ele as acalma no grande dia, deixando-as seguras e, claro, belas. A procura é tanta que tem data de abertura da agenda do ano seguinte. Houve época em que noivas dormiam na porta. Por sábado, chega a fazer até 14 penteados.
A equipe do profissional, atualmente, conta com 62 funcionários, que o respeitam e o admiram. E deve aumentar na nova casa. Uma evolução que ele considera saudável, haja vista o começo com apenas 15 colaboradores. “Não se trata de ser o maior, o melhor, o mais bonito. Não é essa a minha vibração de trabalho. Quero me relacionar pessoalmente com minhas clientes, aconselhá-las e deixá-las à vontade e confiantes. Como sempre foi”, pondera. Ainda criança Ricardo percebeu o dom para trabalhos manuais. É autodidata e considera a prática diária a sua melhor escola. É no dia a dia que aprende o que considera o seu maior diferencial: saber ouvir. “Às vezes você faz um cabelo maravilhoso, todo mundo elogia, mas a cliente não se sente bem. Nessa hora, entra um pouco de sabedoria e experiência. Não é apenas a prevalência do seu trabalho e da sua assinatura. Trata-se do bem-estar, do cumprimento da expectativa. Uma boa conversa sempre resolve”. E Ricardo é hour concurs. “Apaixonante”, diriam as clientes com as quais convive há tantos anos, tornando-se amigas. Ele não tem o mood caricato de cabeleireiro espalhafatoso. Discretíssimo, usa mais o silêncio como mantra que a tagarelice como postura. Suas ideias são pontuadas. E é aí que reside a sua arte. Ele cria dentro de um contexto. Tudo é estudado, sem deixar de ser emocional. “É muito sério você lidar com autoestima. Quando eu atendo uma cliente que está insegura, passando por algum problema e querendo fazer uma mudança radical, eu evito”. GPSBrasília « 75
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RETRANCA
A JORNADA Aos 22 anos, o carioca decidiu que era hora de fazer sua própria história. Deixou de lado as mudanças de cidade proporcionadas pelo trabalho do pai militar - chegou a morar no Pará e no Rio Grande do Sul - e escolheu ficar de vez em Brasília. Para se sustentar, recorreu à habilidade nata para a maquiagem. Como a procura por esse serviço acontecia aos finais de semana, o jovem decidiu especializar-se também no trato com o cabelo para aumentar as opções de trabalho. Não foi difícil assim. Ricardo cursou Belas Artes na faculdade. Manteve os pincéis como instrumento, apenas trocou a tela por rostos. Hoje, agrega ao currículo diversos prêmios e participação em grandes eventos de marcas mundiais. A carreira sólida atrai personalidades que chegam ao salão muito bem recomendadas. Mariana Ximenes, Fernanda Montenegro, Juliana Paes, Ana Hickmann. Além de jornalistas importantes, que lidam com imagem, como a brasiliense Poliana Abritta. Sobre sua personalidade, ele define: “Eu sou muito intenso. Por exemplo, se tiver uma caixa de chocolate, eu como a caixa inteira. Quando vou a uma balada, o que é raro, não me chame para voltar 2h. Volto com o sol batendo na cabeça”, conta, bem humorado. “Eu sou 100% entregue ao que me proponho a fazer. Não acredito no mediano, o mais ou menos, quem sabe, pode ser ou talvez. Se me propuser a fazer, será o meu melhor”. A rotina é intensa. Ricardo Maia acorda todos os dias às 7h da manhã. Às 8h está na academia. Volta para casa, toma o café da manhã da dieta sempre rigorosa. Às 10h chega ao salão. No trabalho fica até o final do dia, entre cortes, penteados e maquiagem. E a supervisão da gestão empresarial, a quem ele confia à mãe, a adorada Dona Jandira; e à irmã, a rigorosa Patrícia. A idade ele não revela. Aliás, os amigos já sabem… Ele não curte aniversários. No fim de semana, a rotina muda um pouco. “Saio se estiver na vibe. Se não, a minha casa é o melhor programa. Não é fácil me tirar do descanso”, diz Ricardo, que mora em uma linda cobertura na Asa Norte. Maia é um homem bonito e bastante assediado. Por mulheres e homens. Mas sai-se muito bem dessas saias justas e prima pela discrição em seus relacionamentos. Ele nunca se casou. O coração? “Estou feliz. Eu e o Endrigo, meu cachorro Shih-Tzu, estamos vivendo muito bem”, brinca.
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MÚSICA
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ada ao fracasós éramos uma banda fad que o vocalisso”. Foi com essa máxima iais de Acaju, ta da banda Móveis Colon ne u nossa entrevista. “Imagi André Gonzales, começo stu mi e nove integrantes, qu uma banda composta por , s se definia como roqueiros rava gêneros musicais, ma e one mb ws e tinham até tro eram irreverentes nos sho to”, ções? Não podia dar cer flauta em suas apresenta o. ess suc 17 anos de estrada e conta. Mas deu. E já tem Brasília, o Móveis, como Criado e amadurecido em pelos fãs, nunca almejou é chamado carinhosamente é mais sucesso. A banda mudar de cidade para ter do. rra Ce ta da seca e do candanga, brasiliense, gos a Sabe o que é uma tesourinh Fala “véi” e “de rocha”. sim é zes tivo para fincar raí e uma entrequadra. O mo o uir com o desenvolviment ples. Eles queriam contrib seguiram. cultural da cidade. E con mão de marcar presença É claro que não abrem es lusive, dois dos integrant no eixo Rio-São Paulo. Inc do capital paulista. O Eduar moram, atualmente, na latec e ta cromática, escale Borém, tocador da gaita stre da flauta transversal. dos, e o Beto Mejía, o me , tarrista Fernando Jatobá A banda tem ainda o gui barítono, o baixista Fabio o Esdras Nogueira no sax io ro na bateria e Paulo Rogér Pedroza, o Anderson Nig ma, er o Gonzales, citado aci no sax tenor. Sem esquec fundamental da banda, Fa e o produtor que é parte moram na Capital Federal. bricio Ofugi. E todos esses
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S I A M OR
PELO AO ESTRELATO, VIVEM S SO ES AV . ES NT LE A, MAS GIRAM AUTORAIS E INSO DEM DEIXAR BRASÍLI EN ET PR O NÃ A. IC US E COM AMOR À M PÕEM COM A ALMA M CO S. O AN 17 HÁ RQUÊ DO O PAÍS EM TURNÊS BEM AO CERTO O PO SA M NE A. AM S O UE VEIS O PÚBLICO, Q . APLAUSOS PARA MÓ O IM ÁX M O O SÃ ES A NOME DA BANDA. EL « FOTOS SÉRGIO LIM U POR ANDRESSA FURTADO AJ AC DE S AI NI LO CO
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RETRANCA
amigos que em 1998 iniEsse é o grupo de jovens os e interessantes projetos ciou um dos mais ambicios exportou. Além, claro, de musicais que Brasília já s cial, Cássia Eller e algun Legião Urbana, Capital Ini e sobrevivemos a uma im outros. “Podemos dizer qu da brasiliense, talvez aponta portante geração do rock o pel nea etâ pilada em col como a terceira geração com F. rnando Rosa, o Senhor jornalista e produtor, Fe nas bém , bem como tam Estamos entre esses grupos lene, cuja carreira acomnovas gerações, como a Sca ”, analisa Ofugi. panhamos desde o início am de três momentos imNos anos 2000, participar nominada “calanga”, que portantes: a geração autode a Antiatômica, Corindó e juntava bandas, como A Tub da como as apostas do Porão Feijão de Bandido; a segun cy ação do Senhor F, com Lu do Rock; e a terceira ger s Bicolores, Phonopop. and the Popsonics, Sapato
A BANDA sempre com casa lotaSuas apresentações estão de fãs descolados. Quem da e arrastam uma legião a a verdadeira festa em cim acompanha sabe que é um bém. Não existe o distan do palco. E lá embaixo tam se e banda. Eles descem e ciamento entre público em. jogam. Brincam e se divert da um se veste como se Não há formalidades. Ca o estilo é meio “largado” e sente mais confortável. O s ir os presentes. As cançõe objetivo é atingido: divert s. frente e de frente para trá são entoadas de trás para dos músicos se forma Uma imensa roda atrás de Copacabana ressoam: quando os primeiros versos v eranto e traria Gorbache “Por você aprenderia esp tia ras/Na casa da minha para uma série de palest /Na casa da minha tia foonde todos beberíamos chá ika”. É bonito de se ver. focando sobre a Perestro 80 « GPSBrasília
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há participação coletiva. Na hora da composição, os pode músicas e letras e tod “Compartilhamos ideias ge, uma pessoa traz a ideia dem contribuir. Geralmente es içõ a partir daí. Têm compos ral e inicia-se o processo ta Gonzales. individuais também”, con esenta quatro vezes por Em média, o Móveis se apr cio os lugares do Brasil. No iní mês. E faz turnê em todos . ste várias cidades do Norde de novembro, percorreram , po mais ama é fazer turnê” “Uma das coisas que o gru conta Fabrício. é bem ativa. O Esdras é Nas redes sociais, a banda is ores no Facebook com ma quem responde os seguid itam manter a mesma proxim frequência, mas todos ten a cad . Na trupe, não há líder. É dade existente nos shows organizada. um por si. Uma bagunça ntecem no Rock’n Hood, Em Brasília, os ensaios aco e, io da Scalene. Antigament no Lago Sul, mesmo estúd de mas hoje em dia acontecem os ensaios eram diários, acordo com os projetos.
DISCOS & PROJETOS de estúdio, o Idem, o C_ No total, são três discos s de i; um EP Móveis Coloniai mpl_te e o De lá até aqu lex, Ro 2002/2003, com Seria Acaju; um EP virtual de os ça, dois singles intitulad Copacabana e Menina Mo no o Viv olhar; um DVD Ao Dois Sorrisos e Vejo em teu filme Mobília em Casa. Auditório Ibirapuera e um al Móveis Convida. Nele, Em 2005, criaram o festiv Los bandas, como Pato Fu e já passaram mais de 20 de no tor dio por edição gira em Hermanos. O público mé tival ano, a primeira fase do fes quatro mil pessoas. Este aloc as e setembro, em divers foi realizada, entre junho Mas s e rodadas de negócios. lidades do DF, com oficina s ado vid tival encerra com con é em dezembro que o fes que iodicidade. Teve ano em surpresas. “Não existe per ta o produtor. fizemos três edições”, con
Sobre uma nova turnê internacional, assim como a que fizeram em 20 08 pela Europa – realizaram shows na Bélgica, Suíça, República Tcheca e Alemanha – e mais um CD, eles ainda não têm previsão. Porém, estão a todo vapor na composição de músicas inéditas que deverão soltar em breve. No Dia das Crianç as, lançaram o tema infantil Anibem. “Quem sab e não vira um disco?”, diz Ofugi, deixando o sus pense no ar.
OS INTEGRANTES
. Eduardo Borém – ga ita cromática, escaleta e teclados . Beto Mejía – o mestre da flauta transversal . Fernando Jatobá – gu itarrista . Esdras Nogueira – sax barítono . Fabio Pedroza – baixis ta . Anderson Nigro – ba terista . Paulo Rogério – sax ten or . André Gonzales – voc alista . Fabricio Ofugi – produ tor
VIDA ALÉM DO MÓVEIS
André e Borém são de signers e trabalham na área. Na música, André tem o projeto Sr. Gonza les Serenata Orquestra. O Nigro é professor de bateria, além de tocar em outras bandas. Jat obá trabalha com produçõe s musicais e também toc a na banda Brown-Há. Já o Beto tem trabalho sol o. Paulo é professor de mú sica e o Esdras possui projetos gastronômicos, o Coma lá em Casa. Fab io coordenou, no ano pa ssado, uma incubadora de bandas, chamada Circul a, e lançou recentement e o Vaitéchá. E Ofugi é professor universitário e consultor de projetos.
O NOME
“A Revolta do Acaju nun ca aconteceu”, esse foi o título de uma matéria publicada na revista Ép oca, em 2009. O texto desm ente a história contad a pelos componentes da banda em que afirmam que existiu um obscuro episódio da história do Brasil, chamado a Revol ta do Acaju. “A verdade é que nós não sabemos direito o motivo da esc olha do nome. Aí acabamo s criando essa história, mas tudo não passou de um a brincadeira”, finaliza o vocalista. NAS REDES SOCIAIS . Instagram @moveis . Twitter @moveis . Facebook /moveiscolo niais
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Coleção de Tecidos Areias por Estúdio Orlean
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NOITE DE RAISSA
TÂNIA E VALDECY EVANGELISTA REÚNEM A JEUNESSE DORÉE EM FESTA DE 15 ANOS DA FILHA RAISSA. REALIZADO NO PATÚ ANÚ, O EVENTO MESCLOU A DELICADEZA DAS ORQUÍDEAS COM O LUXO DAS PRATARIAS E LUSTRES. TUDO MINUCIOSAMENTE PENSADO PELA DECORADORA RAFAELA ORLANDINI. FOTOS: MARCOS ARAÚJO
Raissa Evangelista
Valdecy, Tânia, Raissa e Rodrigo Evangelista
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Mãe e filha
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Valdecy e Raissa
Os irmãos Rodrigo e Raissa
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SOCIAL
PARA A RECEPÇÃO, A DEBUTANTE ADERIU VESTIDO E SAPATOS FLORAIS DA DOLCE & GABBANA. JÁ PARA VALSA, A BELA SURGIU COM UM MODELO DO ESTILISTA FERNANDO PEIXOTO. FOI QUANDO EMOCIONOU OS 360 CONVIDADOS AO DANÇAR A VALSA COM O PAI AO SOM DE EVERYTHING, DE MICHAEL BUBLÉ. Valsa com o pai
Valsa com o irmão
A aniversariante com o avô Jonas
Raissa com a avó Ana
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Raissa em família
Paloma Pimenta, Raissa, Lara Garcia e Laura Ferreira
A aniversariante entre William Mello, Érico Vieira, Luis Eduardo Chaer e Gabriel Haiek
Raissa e Alexandre Cecin
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SOCIAL
Mariá Medeiros, Raissa e Mariana Versiani
A PISTA DE DANÇA FERVEU. COM CLIMA JOVIAL, O EVENTO CONTOU COM SHOW DO RENOMADO MC KORINGA. NA SEQUÊNCIA, FOI A VEZ DO DJ EDY, QUE COMANDOU AS PICAPES ATÉ ALTAS HORAS. Henrique Innecco e Carolina Garcia
Mc Koringa com Raissa
Davi Rehem, Raissa e Letícia Vianna
Raissa e Sophia De’Carli
Mc Koringa anima a pista de dança
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A debutante e Giulia Abbott
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ALMOÇO PARA 120 MULHERES MARCA O LANÇAMENTO DA NOVA COLEÇÃO DA DESIGNER CARIOCA LUISA SCHRODER. REALIZADO PELO TRIO DIOMÉDIO SANTOS, MARGOT ALBUQUERQUE E TATIANA JANUÁRIO, DA JOALHERIA GRIFITH – O EVENTO OCORREU NA SACADA DO RESTAURANTE RUBAIYAT.
Margot Albuquerque, Luisa Schroder e Diomédio Santos
AVES EM JOIAS
FOTOS: CELSO JUNIOR
Elaine Costa Lima e Tatiana Januário
Isabela Martins
Bruno Melo e Guilherme Siqueira
Luiz Fernandes e Luisa Schroder Verônica Goulart e Marta Martins
90Lilian « GPSBrasília Lima e Marina Slaviero
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Isabella Carpaneda
Cláudia Pohl, Ana Paula Gontijo, Tati Lacerda e Sônia Lim
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Mônica Azambuja, Isabelle Moraes,Mayra Perin e Ana Paula Fonseca
Rita Coelho Paula Santana e Patricia Leal
Diomédio entre Dra Andrea Arredondo e filha
Mariana Saltarelli, Joanna Siciliano e Claudia Jucá
Cintia Suaiden e Paula Barbosa
Tatiana Januario e Janaina Toscano Juliana Leão, Tatiana e Natacha Lucena
Dark e Débora Sarkis
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Isabela Lira e Keila Cardoso
Margot e Juliana Estrela
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SOCIAL
JUST MARRIED Renata Hanones e Erick Carpaneda
Erick e Isabella Carpaneda
RENATA HANONES E ERICK CARPANEDA CASAM-SE EM CERIMÔNIA ROMÂNTICA REALIZADA NA CATEDRAL METROPOLITANA DE BRASÍLIA. EMBALADA PELA ORQUESTRA MAGDA ROCHA, RENATA SURGIU RADIANTE COM UM VESTIDO DA ESTILISTA MARIA VIRGÍNIA. FOTOS: FERNANDA FERREIRA
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As daminhas e pajens
Carla Amorim e Fábio Andrade
Carlos e Isabella Carpaneda
Neyla Terezinha e Clovis Hanones
Laisa Carpaneda e Lucas Quintella
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SOCIAL
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VEÍCULO
OS NOVOS INVASORES ENQUANTO SUA REGULAMENTAÇÃO É DISCUTIDA NO BRASIL, ESSE INSETO VOADOR ABRE ASAS, SOBREVOA NOSSAS VIDAS, PARTICIPA DA NOSSA ROTINA E ATÉ AGORA NINGUÉM SABE AO CERTO: OS DRONES SÃO DO BEM OU DO MAL? POR MORILLO CARVALHO « FOTOS
CELSO JUNIOR
S
kate voador, pizza instantânea, cadarços que se amarram sozinhos. Estas seriam as facilidades tecnológicas do mundo em 21 de outubro de 2015, caso se concretizasse o que previa o filme De Volta Para o Futuro, há 30 anos. Nas redes sociais, não se falou sobre outra coisa que não a falta das generosidades tecnológicas quando a data real chegou. Mas uma cena do atual queridinho vintage das telonas chama atenção: um drone leva um cachorro para passear. Acertou em cheio nessa? Melhor dizer que bateu na trave. Os drones são a atual febre tecnológica e estão cada vez mais populares. Fazem uma espécie de revolução quase invisível e silenciosa sobre as nossas cabeças. Na Índia, já existe até pizzaria que faz serviço de delivery usando
drones dotados de GPS. Mas nem levar o cachorro para uma voltinha nem a pizza até sua casa serão possíveis no Brasil, pelo menos por enquanto: a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) encerrou, no fim de outubro, uma consulta pública para regulamentar a atividade dos drones, já deixando claro que aqueles que não são controlados por pessoas estão e continuarão proibidos. Enquanto isso, já é possível encontrá-los em vários tamanhos e formatos, com duas, quatro e até oito hélices. Câmeras que registram imagens em alta resolução e encantam. A faixa de preços é extensa e vai de R$ 300 a R$ 12 mil, mas há modelos que custam pelo menos R$ 100 mil. E o mercado está otimista: para 2016, a previsão é movimentar de R$ 100 a R$ 200 milhões no Brasil, entre venda de equipamentos e treinamentos de pilotos. “Além da geração de empregos. Para o ano que vem, a previsão é de três a cinco mil novos postos de trabalho no setor”, disse Emerson Granemann, durante a DroneShow, idealizada por ele e a primeira feira de drones do Brasil, realizada em outubro, em São Paulo. O evento contou com 25 estandes e reuniu fabricantes, empresários, admiradores e profissionais interessados nos drones.
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PODE
• Em áreas distantes, pelo menos, 30 metros horizontais das pessoas • Em áreas menores que o limite de 30 metros, desde que as pessoas autorizem. Este controle será todo do operador • Drones de até 25kg sobre áreas urbanas ou rurais, a até 60 metros de altura
NÃO PODE
• Drones com voo automático (sem controle do operador) • Drones que coloquem em risco vidas ou propriedades de terceiros • Drones para transporte de pessoas, animais, artigos perigosos ou cargas vedadas Fonte: Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)
A tal revolução aérea está em curso, mas só será possível quantificá-la quando houver regulamentação. Por enquanto, a estimativa da Associação Brasileira de Multirrotores (ABM) é de que sejam em torno de 20 mil os profissionais no Brasil que utilizam o drone.
DILEMAS ATUAIS E, afinal, os drones são do bem ou do mal? Tire suas conclusões. Em agosto de 2014, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou o envio de drones para atacar iraquianos e sírios que promovem terrorismo. Em setembro passado, o exército sírio anunciou o início do uso de drones russos para ataques a terroristas no leste e no norte do país. O fato é que a proximidade do regime de Bashar Al-Assad com a Rússia aumenta as tensões com os Estados Unidos, numa nova edição da polarização entre as duas nações já vivida – e superada – pelo mundo, mas que tem agora os drones no meio do caminho, como coadjuvantes. “Esse é um dos grandes dilemas atuais e com certeza absoluta essa divisão de bem e mal está presente nessa tecnologia. De fato, ela atende às duas vertentes”, defende Abiézer Fernandes, coordenador do curso de Engenharia
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RETRANCA
Carlos Moreira
de Computação do UniCeub. E completa: “é acessível, o custo é baixo, a operação é simples”. Segundo o professor, já se fala em minidrones, aqueles que não são visíveis a uma determinada distância. “Vai ficar cada vez mais difícil perceber que alguma coisa está acontecendo”. A partir daí, as possibilidades são as mais diversas. O professor defende que, enquanto não houver uma regulamentação em escala mundial, as imprevisões sobre as aplicações de uso estarão cada vez maiores. “A quem responsabilizar? O fabricante? Vão parar de fabricar de forma disseminada? Será que todo material terá que ser controlado e a aplicação deverá ficar bem definida? Como nada disso existe, o uso está da forma mais diversificada possível. Para o bem e para o mal”, conclui Abiézer. Difícil mesmo é imaginar como seria a fiscalização sobre o uso dos drones e as situações de invasão de privacidade e as chantagens que podem surgir a partir deles. Mas, ainda bem, tem o lado positivo. Nem mesmo o sobrevoo mais baixo de um helicóptero, equipado com a melhor câmera, seria capaz de apresentar os detalhes ornamentais mais escondidos das torres das igrejas de Olinda. Com eles, isso é possível. “Estamos redescobrindo ângulos inéditos, inusitados, que as pessoas não conheciam, porque era impossível você chegar com uma aeronave e ficar pairando a dois metros da torre de uma igreja”, contou o empresário Luiz Calainho, quando uma das patrocinadoras do Festival Mimo de 2014 desenvolveu o Drone do Amor, para reapresentar imagens
das cidades onde o evento estava aos moradores. Ele é o produtor executivo do Mimo que, todos os anos, é realizado em cidades históricas como a já citada Olinda, além de Ouro Preto e Parati, e promove mostras de música erudita de filmes em seus patrimônios.
NO QUADRADO Em Brasília, o céu generoso e bem traçado conforme o cálculo do arquiteto não só inspira canções como também fica muito bem na foto e no filme. O vigilante Thiago Albuquerque, 33 anos, é um viciado em drones. Seu primeiro foi um bem simples. Ele já gostava de automodelismo, o que se potencializou quando surgiram os drones. Vendeu os automodelos e, hoje, usa um equipamento profissional, que custou mais R$ 9 mil. E não se arrepende do gasto: o drone dele filma em 4k – resolução próxima da capacidade máxima de visão do olho humano – e usa duas baterias adicionais, que garantem mais tempo de voo, além de dispor de um iPad mini para ver as imagens em tempo real. Faz três trabalhos por mês, em média, para empresas de publicidade e para pessoas físicas. “A questão de conseguir ângulos diferentes em fotos é bem interessante”, afirma. Os droneiros viram no equipamento uma oportunidade de negócio. Emissoras de TV e empresas de comunicação têm se esbaldado com imagens cinematográficas. Filmagens de casamento também. Além de shows.
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O publicitário e geek convicto Carlos Moreira começou a pilotar drones há cerca de dois anos por mera curiosidade. Já teve dez equipamentos de lá pra cá e, para ele, a filmagem mais inusitada foi o registro do show de dez anos da dupla Jorge e Mateus, em outubro. Por mês, faz, em média, cinco trabalhos. Na captação aérea para o show, por exemplo, a precificação foi favorável ao bolso de Carlos, já que leva em conta os riscos para outras pessoas e o tempo de voo. «A responsabilidade era muito grande, o voo tinha que ser muito cauteloso e o pouso extremamente calculado, devido ao grande público”, revela. Seu equipamento também capta imagens em altíssima resolução e ainda fotografa em modo RAW, ou seja, imagem crua, sem os ajustes automáticos de câmera – o que é ideal para profissionais de edição de imagens.
REGULAMENTAÇÃO Embora o novo mundo a ser descoberto pareça maravilhoso, pilotar um drone envolve riscos. Em 15 de maio, com a avenida Paulista tomada por manifestantes contrários ao governo, um acidente com drone deixou duas pessoas feridas, uma mulher teve cortes na cabeça e um homem, ferimentos no ombro e no rosto. O equipamento era utilizado pela Folha de São Paulo para cobertura fotográfica do evento. O próprio diário publicou, na versão online, que a dupla faria boletim de ocorrência e processaria a dona do drone, uma empresa terceirizada. E este é apenas um exemplo do que pode ocorrer nos próximos passos desta revolução de imagens em curso. Em mãos erradas, os prejuízos podem ser imensuráveis. “Hoje, existem muitas pessoas que voam com seus equipamentos sem o conhecimento necessário, o que gera insegurança, e essa regulamentação vem para ajudar quem faz o uso dos drones corretamente”, decreta Carlos Moreira. Outra premissa da regulamentação é minimizar ônus administrativos e burocracia e permitir a evolução do regulamento conforme o desenvolvimento do setor, ou seja, evitar deixar na ilegalidade novidades tecnológicas que venham a aparecer. Talvez esta seja a explicação para que apenas sete drones em todo o País possuam Certificado de Autorização de Voo Experimental (Cave) – nenhum em Brasília. Mas a proposta de regulamentação também prevê que algumas das operações possam ser feitas sem autorização expressa da Agência, desde que estejam relacionadas apenas ao esporte e ao lazer e respeitando as regras sobre o aeromodelismo no Brasil.
Isso significa que quem desrespeitá-las pode ser responsabilizado pela própria Anac, com multas que devem variar de R$ 800 a R$ 30 mil, ainda podendo responder nas esferas civil e penal. A Agência também já sabe o que vai ser permitido e o que deve ser proibido. Isso significa que a revolução poderá até ser televisionada, desde que se mantenha a distância sobre a cabeça das pessoas e que, mesmo capazes de chegar a 90 metros de altura, os drones terão de voar mais baixo: poderão alcançar apenas 200 pés, ou 60 metros de altura, o equivalente a um prédio de 18 andares. Agora, se sua preocupação tem a ver com intimidade, esta é uma garantia constitucional, e valem as regras atuais: captada ou não por drone, qualquer violação se mantém expressamente proibida. Se pudéssemos avisar Robert Zemeckis, o cineasta de De Volta Para o Futuro, o recado seria claro: não subestime esse robô voador que leva cães para passear. Eles podem ser muito mais que meras babás de pets e revolucionar o modo com que as pessoas veem o mundo. GPSBrasília « 101
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CULINÁRIA
ENTRE , S O H N I U Q O BL PANELAS E S E T R O P A S S PA ELA É JORNALISTA, CHEF DE COZINHA E AMANTE DE VIAGENS. CHEIA DE MINEIRICES, VALERIA VIEIRA CONCILIA SUAS TRÊS MAIORES PAIXÕES EM AVENTURAS SABOROSAS QUE RENDEM BOAS HISTÓRIAS PARA CONTAR EM SEU NOVO LIVRO, TEMPERO DO MUNDO POR LARISSA DUARTE 102 « GPSBrasília
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m tempos de apogeu do glamour na cozinha, o apetite da jornalista e chef de cozinha Valeria Vieira é a descomplicação. Com mais de 25 anos de estudos e pesquisas sobre a arte da culinária, a mineira de Patos de Minas, hoje, aos 54 anos, com uma bagagem rica e admirável, relembra como era o mercado na época. “Não havia nada de elegante em aprender gastronomia. Eram pouquíssimos os cursos no País voltados para o segmento”, conta. Persistente, pegou um avião rumo à Inglaterra em 1986, onde iniciou o seu sonho. Em Londres, formou-se na renomada Leiths School of Food and Wine, trabalhou em restaurantes e também como professora de culinária. Durante sua jornada profissional de 14 anos pela Europa, publicou os livros Leith Latin-American Cooking, pela editora Running Press, e Leiths Book of Desserts, pela Bloombury Publishing. Quando retornou ao Brasil, em 2001, foi para Belo Horizonte. Logo casou-se com o advogado criminalista Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, e mudou-se para Brasília em 2003. O fruto dessa união é Érico Leão, um menino de dez anos apaixonado por futebol. Além do marido e do filho, Valeria ainda acrescenta em sua responsabilidade os restaurantes Piantas Adega e Bistrô e Piantella, ambos na Asa Sul, e a loja de vinhos Saca Rolha, no JK Shopping, em Ceilândia.
tasse um sentimento dentro de mim, tirava o bloquinho da bolsa e anotava a minha impressão”, explica. A pedido dos fiéis leitores, Valeria resgatou as colunas da extinta revista mineira, adicionou receitas e as uniu em uma coletânea que suscitou seu novo livro Temperos do Mundo. Idealizado no estilo Moleskine, a obra é um passeio por cozinhas de 13 países dos quatro cantos do mundo de uma maneira leve e simplificada. “Não é um livro de chef ou um guia gastronômico. Não tem receita muito elaborada. O mote das colunas é a curiosidade para quem se questiona a história de um produto”, afirma. Com prefácio assinado por Carolina Ferraz, atriz e apresentadora do programa Receitas da Carolina, do GNT, a obra é divertida, cheia de piadinhas e ilustrações que tornam a leitura estimulante. O livro ainda acompanha adesivos, cartões postais e espaço para o leitor escrever as próprias receitas. “Não é mais um daqueles livros enormes que dão dó de levar para a cozinha”, brinca. No índice, uma seleção eclética de temas. São colunas sobre países, culinária japonesa, embutidos, sal, cerveja, alergias alimentares, gastronomia molecular, comida de avião, navio, e por aí segue. Entre as páginas, o inquietante artigo Ditadura Gastronômica chama a atenção. Não é uma receita, mas, sim, um desabafo da autora sobre o atual sentimento de obrigação de apreciar o que é novo. “Vivemos numa ditadura do que comer, fazer e saber. Gastronomia não é uma coisa de outro mundo. Temos que fazer disso uma coisa divertida, afinal, nós comemos todos os dias”, afirma.
AVENTURAS EM SÉRIE Em veículos brasileiros disseminou o seu conhecimento sobre o tema. Assinou uma coluna semanal no Jornal do Brasil, esteve à frente do Cravo Bem Temperado, transmitido na Rádio Guarani FM, de Minas Gerais, e encontrou-se na revista Viagens Gerais, em que finalmente pôde explorar o júbilo da cozinha mundial do jeito que mais gosta: leve, espontânea e divertidamente. Sem pautas demandadas, Valeria era livre para escrever sobre o que quisesse. “Nada era programado. Não viajava a propósito da gastronomia. Se, por um acaso, em alguma de minhas aventuras, um tempero, bebida, ingrediente, prato, costume ou técnica desper-
• Melhores restaurantes… Parador La Huella, em Faro José Ignácio, no Uruguai; e Amanjena, no Resort Marrakesh, em Marrocos. • Como uma boa mineira... Gosto de carne de porco. Eu não como carne vermelha. Brinco que só não sou vegetariana por conta disso. • Na minha cozinha não pode faltar... Farinha. Não consigo imaginar uma vida sem farofa. • O mundo precisa de uma pitada de... Paciência. O imediatismo tomou conta do nosso dia a dia. Não devemos parar apenas para pensar, mas também desfrutar.
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SEM RESERVAS TALENTO, CRIATIVIDADE E GESTÃO COMPÕEM A RECEITA DE SUCESSO DO RECENTE BLOCO C, RESTAURANTE QUE TEM O JOVEM CHEF MARCELO PETRARCA PRONTO PARA QUALQUER DESAFIO. SEJA ELE COZINHAR EM CASA, PREPARAR INESPERADAMENTE O PRATO DESEJO, FAZER UMA ENTREGA GOURMET. COM SORRISO NO ROSTO, ELE TOPA TODAS POR ANDRESSA FURTADO « FOTOS CELSO JUNIOR
C
om menos de um ano de casa nova, o chef Marcelo Petrarca, 27 anos, mostrou que não brinca em serviço. Após decidir seguir carreira solo e abrir seu próprio restaurante, o Bloco C, na 211 Sul, o jovem chef arrebanhou novos fãs e conquistou de vez aqueles que ainda tinham dúvidas sobre sua comida e criatividade. Seus seguidores do Instagram que o digam. A cada nova postagem, um suspiro e uma vontade: teletransportar-se para a cadeira do restaurante. Boa parte desses seguidores são clientes assíduos da casa. Prova disso é a fila de espera em pleno dia de semana. Comportamento incomum em tempos de crise. O menu é dinâmico. A cada semana, no horário do almoço, o chef sugere um novo prato. Mas têm os clássicos que já são hors concours, em português, “fora de competição”. É o filé ao molho roti com risoto de grana padano e rapadura, a lasanha de confit de pato trufada, e, claro, a sobremesa mais desejada da cidade: o churros de banana, que já ficou famoso e ganhou reposts nas redes sociais pelo Brasil e mundo. Fica a dica. São mais de 80 churros produzidos por dia. E se quiser comer algo que não está escrito no cardápio, não se preocupe. O chef não se estressa com surpresas. O que ele quer mesmo é te surpreender. É só pedir, que vai chegar. Quentinho, bem apresentado e delicioso. E ainda
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Mas não para por aí. O jovem empreendedor, ao lado dos seus irmãos, Carolina e Daniel, estão lançando mais uma novidade: O Bloco C em Casa. Imagine ter o chef e sua equipe cozinhando para você na sua cozinha? Essa é a proposta. “Serão duas opções: o cliente pode reproduzir o Bloco C na casa dele com toda nossa estrutura ou escolher apenas o menu feito por mim”, explica Petrarca. A única restrição é a quantidade de pessoas: são eventos para até 100 pessoas.
AS FESTAS
TRAJETÓRIA
Gaúcho de Pelotas, mas radicado em Brasília desde pequeno, Marcelo Petrarca é dono de uma grande bagagem profissional. Formado em Gastronomia pelo Instituto de Educação Superior de Brasília (IESB), mudouse para a Espanha, onde cursou a Escola de Hotelaria de Sevilha e por lá atuou na cozinha de um dos melhores chefs do mundo, Martín Berasategui. Também trabalhou com o chef Carlo Cracco, em Milão, na Itália.
poderá vir direto das mãos dele, que circula no salão sem formalidades. Fica ali à espera do seu sorriso e satisfação. Vai ficar um tempinho esperando por uma mesa? Continue sem se preocupar. Rapidamente uma taça de espumante e um bolinho crocante de peixe branco chegará em suas mãos. Mas se quiser levar a comida para casa, é só pedir pelo telefone que eles entregam direto no seu carro. Uma espécie de drive-thru gourmet. Nas datas festivas também há ações para fidelizar o cliente. No Dia das Mães, as homenageadas levaram para casa mudinhas de manjericão. Já no Dia dos Pais, os homens da casa voltaram a ser criança e se divertiram em um escorregador inflável montado na parte de trás do restaurante. Os casais apaixonados, no Dia dos Namorados, ganharam potinhos de doce de leite feito pelo próprio chef.
Outra novidade é que a casa vai aceitar encomendas de ceias de natal. Entre as opções, destaque para o tender com redução de tangerina, o cordeiro com chutney de frutas vermelhas e o carré suíno com crosta de pistache. Sem falar nas rabanadas de nutella, doce de leite e brigadeiro. Um menu natalino também está sendo produzido pelo chef, que ficará disponível à parte. “Já posso adiantar que, a partir do dia 1º de dezembro, vai ter lombo de cordeiro com purê de maçã e farofa de cebola queimada”, afirma. Em 2016, o menu da casa será reformulado, mas Marcelo garante que os pratos clássicos vão continuar, como os queridinhos citados lá em cima, o camarão grelhado com molho de trufas e aligot e a espuma de doce de leite. A carta de bebidas vai ganhar uma parte especial para os amantes de uísque, com mais de 20 rótulos, e novos drinques. “Será uma grande seleção de single maltes com destaque para o Hakushu, 12 anos, e o Royal Salute, 21 anos”, diz. E, por fim, mas não menos importante, a temporada de trufas do próximo ano também está confirmada – até porque não deu para quem quis. As trufas foram caçadas e trazidas para o Brasil pelo próprio chef, que viajou até a região de Alba na Itália, e escolheu criteriosamente cada uma delas. Antes mesmo de desembarcar por aqui, os sessenta menus já estavam todos reservados. Isso que é clientela. SERVIÇO Bloco C 211 Sul, Bloco C, Loja 17, Comércio Local, Asa Sul – Brasília (DF) (61) 3363-3062
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INTERNACIONAL
COM TAYPÁ
PERUANO DE CORAÇÃO E BRASILIENSE DE ALMA, O CHEF MARCO ESPINOZZA TEM COLECIONADO PRÊMIOS DESDE QUE SE INSTALOU NO BRASIL, HÁ CINCO ANOS. SÃO SEUS EXPERIMENTOS SURPREENDENTES A PARTIR DA CULINÁRIA ANDINA POR ANDRESSA FURTADO « FOTO CELSO JUNIOR
E
le é de poucas palavras. Mas suas mãos são mágicas. Capazes de transformar um simples pescado em um ceviche que provavelmente você não vai esquecer. E a receita não é complicada: ingredientes frescos e um bom peixe. É exatamente isso que ele usa. Não tem um segredo ou elemento surpresa, é apenas sua simplicidade, sua tradição e suas mãos. Ele tem nome. É Marco Espinozza. Chef peruano de 36 anos. Nascido em Lima, mudou-se para a Argentina no fim da sua adolescência. Já foi taxista, trabalhou numa fábrica de roupas, estudou computação, mas foi a gastronomia que fez seu coração bater mais forte. Em terras argentinas, quis transformar sua vida. “Naquela época, o país ainda estava bem economicamente”, relembra Espinozza. Sua mãe estava por lá, trabalhando na embaixada do Peru. Foi aí que o chef Roberto Marino apareceu em sua vida e tudo mudou. Marco entrou como ajudante de cozinha. Lavava pratos, auxiliava Marino, observava a alquimia dos alimentos, os melhores temperos e combinações. Aprendeu a preparar um delicioso aji de gallina – famoso prato peruano feito com frango desfiado a molho de pimenta amarela. Ali foi sua escola. E foi quando se apaixonou perdidamente pela gastronomia. Dividia seu tempo com as aulas de culinária no Instituto Argentino de Gastronomia. Dois anos depois, deixou de ser assistente para enfim se tornar o chef principal. Fazia jantares para pessoas importantes, cozinhou inclusive para o renomado escritor Mario Vargas Llosa. Mas Espinozza queria mais. Após juntar dinheiro com o amigo Lucas Matillo, decidiu abrir seu primeiro restaurante, o Moche, em Palermo. Moche ficou aberto durante quatro anos, mas devido à crise argentina, precisou fechar as portas. “A crise pegou todos e nós não conseguimos continuar. Hoje, analiso e vejo que eu também não estava preparado tecnicamente,
nem tinha maturidade. Eu era um menino, tinha apenas 23 anos”, conta o chef, que saiu em todos os jornais da cidade na época, por ser a nova aposta do ramo gastronômico. Mas como o velho ditado diz “há males que vêm para o bem”. Em 2009, esteve em Brasília para um festival de comida peruana. Foi quando se encantou com o sucesso que os sabores andinos faziam por aqui. Um ano mais tarde, decidiu fundar o Taypá – que na sua língua quer dizer fartura –, junto com quatro sócios brasileiros, aberto em 2010, na QI 17, do Lago Sul. Se sua escolha foi acertada? Não há dúvidas. Espinozza se tornou um dos expoentes da nova gastronomia andina. Suas mãos mágicas possuem o dom de exaltar os produtos e temperos tipicamente peruanos, utilizar novas
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técnicas e fundir tudo isso com a cozinha contemporânea. Há cinco anos transita no eixo Rio-Brasília, onde chefia 140 funcionários. Morador de Botafogo, orquestra seu tempo entre três restaurantes: o Tupac, em Ipanema, Lima Restobar e El Chalaco, no Leblon. Recentemente ganhou mais um restaurante para orquestrar, o Muju, em Porto Alegre. Espinozza aproveita os horários livres que tem para sair com os três filhos, Catarina, Maximo e Chavela, e sua mulher, a argentina Maria Fernanda. Ir para a praia, não. Gosta mesmo é de desbravar a culinária brasileira. Não abre mão de um bom arroz com feijão. “Estou sempre visitando novos restaurantes. Sou fã da cozinha brasileira”, afirma. Ele não para. Trabalha mais de dez horas por dia. E não reclama, não. Faz tudo com primor e cuidado. Com maes-
tria e educação administra seus funcionários. Seu semblante sério engana. De vez em quando sai um sorrisão no canto da boca, mas é bem rápido, porque sua timidez logo volta a aparecer. Nas suas criações, Espinozza é ousado. Não tem medo de criar e misturar. Prova disso é que o Taypá, após um ano de abertura, foi reconhecido pelo Governo do Peru como Melhor Peruano no Brasil. O restaurante também já foi eleito um dos cinco melhores peruanos do mundo, em 2013, de acordo com o jornal Diario el Cormercio do Peru. Ano passado, a casa ficou em 4ª como melhor do Brasil e 8ª da América do Sul, segundo avaliações do site TripAdvisor. E a maior conquista do chef foi este ano, quando o Lima Restobar ganhou uma estrela no Guia Michelin Brasil. Temperos & misturas Marco muda os cardápios de todas as casas a cada seis meses. “É um trabalho árduo. O processo é longo e necessita de criatividade”, analisa. Em sua penúltima troca desbravou cidades de Minas Gerais, São Paulo e Bahia para se inspirar. “Estou sempre fazendo testes, pequenas pesquisas para criar novidades”, completa. Um de seus últimos experimentos resultou em pratos surpreendentes, com destaque para a costillitas com molho agridoce, brulé de alho e tempurá de espinafre. Você já imaginou em algum momento da sua vida comer um brulé de alho, com sua crosta crocante e a mistura perfeita do doce com salgado? Espinozza o fez com primor. Quem conhece o chef, sabe que ali não existe vaidade. Conhecer sua culinária é sua premissa. Após cinco anos morando no Brasil, diz que ainda se surpreende com o público e sua fidelidade. Talvez Espinozza ainda não compreenda o poder que suas mãos mágicas têm. O poder de trazer à tona memórias gustativas até então esquecidas. Proporcionar prazer após uma garfada ou simplesmente um sorriso de satisfação ao ver uma bela apresentação. Um salve ao chef peruano de coração e brasiliense de alma. GPSBrasília « 107
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TIME DE CAMPEÕES
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eterminação, organização e capacidade de superação. São estes os três pilares que o nutricionista Clayton Camargos institui para quem chega em sua clínica a fim de uma mudança radical no comportamento alimentar e na sua relação com o exercício físico. Chamado de coach por seus pacientes, ele é procurado por quem busca o corpo da contemporaneidade, que, segundo ele, está associado à saúde. O alvo não é a beleza esquálida de passarela, tampouco os perfis volumosos enaltecidos por mulheres-fruta. “É um corpo que que vai muito além da estética. Oferece, sobretudo, a sensação espontânea de saúde”, explica. A apresentadora Sabrina Sato e as atrizes Grazi Massafera e Giovanna Ewbank são alguns exemplos que elencam a tendência. Entre homens, destacam-se os atores Reynaldo Gianechinni e Cauã Raymond e o atleta olímpico César Cielo. Se os pilares forem seguidos com foco, é possível atingi-lo. “O segredo é pensar magro para agir como tal. Cabeça de gordo, corpo obeso”, diz. O paciente deve fazer da saúde a sua rotina. E perceber que longevidade e qualidade de vida são consequências de quem entende que é preciso mudar de vida. “Não é dieta com data para terminar. É para sempre”. Para definir o método ou tratamento a ser seguido com cada paciente, Camargos atua em duas etapas. Primeiro, é preciso que o paciente faça uma avaliação clínico-nutricional
A LUTADORA
Aos 29 anos, a baiana e atleta profissional de jiu-jitsu Bárbara Matos iniciou uma luta com o seu maior adversário: um câncer de mama bilateral. Após ter feito a cirurgia de reparação das duas mamas e quimioterapia, ela procurou o expert em busca de suporte nutricional para lidar com o tratamento e se manter dentro do esporte. Ela emagreceu, melhorou os indicadores de saúde e conseguiu voltar a treinar com desempenho.
para traçar seu estado geral de saúde, além de um exame antropométrico, que calcula resultados baseado nas medidas das variações físicas e na composição corporal global, inclusive, com estimativa de gasto energético. “O protocolo de tratamento perfará entre 90 e 120 dias com metas programadas, e pode contemplar, além do seguimento nutricional, a prescrição de treinos e assistência em endocrinologia, envelhe-
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O TRIATLETA
Um triatleta profissional de 57 anos. Luiz Cassemiro se consultou com o doutor há quatro anos, quando começou a sentir dificuldade em se desenvolver dentro do esporte. Além de ser enfermeiro na Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação, ele representa o País em provas de Ironman Triathlon por todo o mundo. Aos poucos foi surgindo a necessidade de suporte nutricional para atingir as marcas dentro da modalidade e manter a saúde em bom estado. Com o tratamento, perdeu peso e equacionou as questões de saúde que o incomodavam há tempos.
O diferencial de Camargos é o atendimento personalizado e com acompanhamento sistemático. Ele vai adaptar a prescrição alimentar à realidade do paciente, levando em conta rotina e limitações. “A sapiência do profissional é entender que as pessoas têm vida social. Muitas viajam com frequência, outras enfrentam dificuldades em conceber receitas nutritivas. Tudo isso deve ser levado em conta e exige o conhecimento para adaptação”.
O CALENDÁRIO A GESTANTE
Médica do esporte, Beatriz Gonzalez já era paciente do nutricionista antes de começar o tratamento para perder o sobrepeso. Durante o processo, uma surpresa: um bebê. Com o foco agora voltado para uma gravidez saudável, Beatriz seguiu uma prescrição que não lhe causou enjoos e outros sintomas habituais da condição. Ela aparece no calendário com o barrigão de sete meses de gestação.
cimento bem sucedido, dermatologia e até cirurgia plástica. Tudo feito de forma integrada e personalizada”, explica. Na segunda etapa, ocorre a prescrição do plano alimentar e respectivos suplementos e nutracêuticos de acordo com as demandas de cada indivíduo. Cria-se o protocolo de tratamento, que perfará entre 90 e 120 dias com metas programadas. O desdobramento pode contemplar também a prescrição de treinos e assistências em endocrinologia e envelhecimento bem-sucedido, além da dermatologia e até da cirurgia plástica.
Com o objetivo de estimular as pessoas a perceberem que atividade física e dieta juntos podem atingir objetivos inimagináveis, o líder da equipe MetaFísicos desenvolve há quatro anos uma campanha de estímulo com os pacientes que apresentaram as melhores performances do ano anterior. Um calendário, que já tem fama e expectativa entre os convidas do segmento. Para 2016, o tema se remete aos jogos olímpicos. O formato sofisticado com alta performance de produção não expõe os personagens, pois não possui o apelo do antes e depois. São pessoas comuns. Entre eles, médicos, enfermeiros, advogados, juízes, jornalistas. “Essa mistura confirma a busca pela saúde, o que invariavelmente desencadeará uma boa forma física. No calendário, são apenas ajustes pontuais para alcançar um padrão estético predefinido. O fato é que a busca é constante, contínua e há de ser eterna. Basta querer”, explica. SERVIÇO Metafísicos Complexo Brasil XXI, SHS 06, conjunto A, torre C, bloco E, salas 820, 821 e 822, Asa Sul – Brasília (DF) – (61) 3039-8207 – www.metafisicos.com.br
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ESTÉTICA
EM MEIO ÀS NOVIDADES DA INDÚSTRIA ESTÉTICA, UM PROCEDIMENTO VEM FAZENDO A DIFERENÇA NA HORA DE ELIMINAR AS GORDURINHAS QUE INSISTEM MESMO COM DIETA E MALHAÇÃO JUNTAS: A CRIOLIPÓLISE POR MARINA MACÊDO
Erica Ramalho
CONGELA, E SOME C
ontagem regressiva para o verão. Com a praia batendo à porta, o culto ao corpo perfeito se intensifica. A fórmula parece certa com a combinação de atividade física e alimentação restritiva. Mas há um adendo importante que pode ajudar bastante: os procedimentos em clínicas de estéticas. Um tratamento tem ganhado destaque devido ao seu resultado rápido e eficaz: a criolipólise. Esta é uma técnica não invasiva para perder as gorduras localizadas em pouco tempo. O aparelho suga e segura a prega de gordura, refrigerando-a à temperaturas que variam de 5ºC a 10ºC negativos. Uma vez congelada, a célula de gordura não volta ao seu estado normal e é eliminada pelo organismo. “Uma única aplicação é capaz de eliminar cerca de 20% a 30% da gordura localizada da área tratada”, afirma Erica Ramalho, da Slim Esthetics Center. O resultado aparece gradativamente ao longo dos dois meses seguintes ao procedimento. Mas o aparelho sozinho não faz milagres. “É necessário que o cliente mantenha o peso, aliado a uma dieta e exercícios regulares”, alerta Erica, referência no tratamento e palestrante do IV Fórum de Estudos Práticos e Científicos em Criolipólise e Associações.
A criolipólise não pode ser realizada em todas as áreas do corpo. São permitidas com segurança as aplicações no abdômen, braços, costas, culotes, flancos (pneuzinhos), parte interna das coxas e peitoral masculino. “Existe um desconforto no momento que o aparelho faz a sucção da prega de gordura. Mas logo se ameniza com o processo de congelamento”, explica Erica. A sessão dura cerca de 60 minutos por área e custa a partir de R$ 800. A técnica não é recomendada para gestantes, pessoas com hipersensibilidade ao frio, obesas ou com feridas na região a ser tratada. Ainda existe uma resistência devido ao perigo de queimadura. Mas Erica Ramalho afirma que as ocorrências decorrem de equipamentos não certificados pela da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ou do uso de películas inapropriadas. É primordial enfatizar que essa película é descartável e de uso único. “Se forem observados os pontos: aparelho com registro, película adequada, calibração correta e profissional habilitado, o procedimento estará seguro. Esses fatores acabam elevando o custo. Logo, desconfie de sessões muito baratas”, finaliza.
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ARTIGO POR FLÁVIO CADEGIANI Endocrinologista
A MENOS DE DOIS MESES PARA CHEGAR AONDE PRECISO: DÁ TEMPO?
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verão está chegando. Agora é a hora, ou melhor, a melhor hora já foi há duas edições da GPS|Brasília. Mas tudo bem, sempre existe uma solução. Com o verão, vem sua sonhada viagem de Ano Novo e, em seguida, a de Carnaval. E você não pretende ir de burca às praias, certo? Ao mesmo tempo, tem acompanhado o grau crescente e exigente do “mercado” e tem estabelecido padrões cada vez mais rígidos para si mesmo. Mas, junto com a alta exigência, veio a ansiedade que te presenteou com alguns quilos de gordura. E agora, o que fazer? Primeiro, é importante ressaltar que as perspectivas têm de ser reais. Você pode e deve ter excelentes resultados, porém existem dois pontos que são importantes para se ter sempre em mente. O primeiro é que determinadas áreas do corpo, como flancos, “bananinhas” abaixo do glúteo e do abdômen inferior só perdem as “gorduras finais” após longos períodos de dieta e atividade física regulares, sem interrupções. O segundo ponto é que a recém-melhora corporal é fragilmente destruída por pequenos abusos. Tão e somente o tempo para consolidar a evolução. E disso não se pode fugir. O passo então será procurar um bom nutricionista e um bom personal trainer ou então atividades físicas em grupo.
Não é o melhor momento de procurar um médico, porque a ajuda dele só poderá ser feita responsavelmente após avaliadas todas indicações e contraindicações, e então fazer um plano a longo prazo. A dieta terá de ser mais rígida, infelizmente. Redução alimentar, o ponto mais importante de todos nos dias de hoje, terá de entrar ao longo da dieta e junto com a melhora do seu relacionamento com a comida, de amor e ódio. O treino, então, para grandes resultados, a curto prazo, não pode ser de passeios turísticos na academia ou no cross fit. Chegando as datas festivas, quem sabe você não cria um “natal fitness” para não ganhar peso? Brincadeiras à parte, quanto mais definido, mais fácil perder, e controlar é a chave ao longo de todo o processo. Ao chegar no sonhado lugar e evento, não se acabe (demais). Alguns tipos de álcool, como cerveja, são destruidores de resultados. Interrupção súbita das atividades física, falta de ingestão de proteína e irregularidade alimentar são outros fatores que pioram seu aspecto. Algum grau de disciplina é necessário para que você ainda permaneça ao menos com parte do corpo conquistado até a viagem. Afinal, valem a pena meses de grandes esforços para estragar em alguns dias? Ou seja, melhorar o corpo para algumas fotos e eventos apenas? Acredito que não.
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EXPOSIÇÃO
NUM FORMATO INVENTIVO, O GALERISTA MAURÍCIO LIMA DECIDE ITINERAR COM SUAS OBRAS PARA ESPAÇOS QUE TENHAM IDENTIDADE COM O SEU ACERVO. O FIO CONDUTOR É A DIVERSIDADE POR PAULA SANTANA
ARTE QUE CIRCULA H
á quatro anos, o marchand Maurício Lima criou a Galeria Clima numa proposta inusitada. “Ela deveria ser itinerante e se fixar onde houvesse ambiência para a cartela de artistas”, explica. Sua última instalação foi no Gilberto Salomão, no Lago Sul, com a exposição Divergentes. “A ideia principal foi a ausência de uma curadoria formal. O que não impediu de reunir uma diversidade de obras com seus conceitos e formas”. Foram exibidas pinturas,
esculturas, fotografias, vídeoinstalações e até obras sonoras. Entre os destaques, as esculturas em aço inox de Waltercio Caldas; o Cavalo em latão dourado com terra preta, de Vanderlei Lopes; e os belos cadernos de cobre do artista Hilal Sami Hilal. Na pintura, havia obras do Eduardo Sued, Siron Franco, José Bechara, Cláudio Cretti e Edith Derdyk. Sued, o renomado colorista, ganhou um destaque maior, por ter completado 90 anos.
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Crygina Bandeira e Mauricio Lima
Ana Alice Costa e Fabiano Cunha Campos
Marcio Salomão e João Carlos Padilha
Dos artistas que trabalham com fotografia, destacou-se Miguel Rio Branco, brasileiro nascido na Espanha, e um dos fotógrafos que melhor entrelaça fotografia artística e documental. Ele integra a célebre Magnum Photos. Com obra no jardim botânico de Inhotim, em Minas Gerais, o artista ganhou um pavilhão com seu nome, construído para abrigar parte de sua produção. Já a paulista Georgia Kyriakakis usa a fotografia para
criar obras que mexem com a percepção do equilíbrio e do horizonte. De Eder Santos, expressivo nome em vídeoarte no Brasil, veio uma projeção de pássaros, cuja imagem revelava na parede um conjunto de gaiolas. Outro destaque foram os trabalhos de Cildo Meireles, um dos brasileiros com maior destaque internacional na atualidade com suas instalações surpreendentes. “Colecionadores locais aprovaram o formato e aguardam a nova ‘itinerância’”, conclui. GPSBrasília « 119
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ENTRE NÓS POR PATRICIA JUSTINO pattyjustino@hotmail.com
FASHIONARY Se você é um estilista profissional ou mesmo um fashionista que adora colocar no papel as suas ideias de looks ou peças de indumentária, o Fashionary foi feito para você. É um caderninho de bolso no formato similar ao dos queridinhos moleskines, que em suas páginas vêm impressas as bases dos corpos femininos, masculinos ou infantis (você escolhe), e permite que você use a sua imaginação e crie em cima desses formatos. São várias versões de tamanhos e customizações de capas, inclusive, a cada temporada são oferecidas edições limitadas desenvolvidas por designers famosos, que rapidamente se tornam objeto de desejo para colecionadores e afins. E não é só isso, o caderninho vem com uma espécie de dicionário recheado de dicas de medidas universais, tipos de tecidos e nomenclaturas usadas no mundo da moda. É super bacana e, o melhor, dá para comprar pela internet! www.fashionary.org
ESTILO MASCULINO NO CERRADO Cada vez mais os homens estão seguindo tendências e procurando se diferenciar no modo de vestir. Até mesmo nos looks básicos do dia a dia eles querem apresentar um estilo único, divertido e, acima de tudo, confortável. Com esta concepção, os designers brasilienses e sócios, Daniel Moreira e Enozor Jr., criaram há oito meses a marca DANESE (uma alusão divertida aos nomes dos criadores). A dupla, que começou lançando apenas camisetas, caiu no gosto dos mais antenados e passou a desenvolver bermudas, alpargatas, bonés e uma linha de pulseiras e colares masculinos. Já lançaram cinco coleções de fevereiro até agora (acima da média das marcas nacionais), partem para o desenvolvimento de peças femininas até o final do ano, e, em termos de matéria-prima, sempre as mais confortáveis possíveis: algodão, algodão com elastano, moleton e visco-linho. Para quem procura algo diferenciado, vale a pena conferir!
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METALIZE-SE! Uma onda de tons metalizados começa a surgir nas ruas e sites especializados em street style. A tendência, ícone dos anos 80, ressurge com força total intimando as pessoas a ousar nas combinações e a desfilar suas peças com brilho em todas as paletas de cores. É fato que muita gente ainda não se sente à vontade e precisa de certa “iniciação» para exibir looks purpurinados sem medo. Outras pessoas já pensam que “quanto mais brilho, melhor”. O bacana é que as passarelas e vitrines internacionais já estão recheadas de peças metalizadas, encantando assim os aficcionados pelo estilo dramático. Os mais comedidos não precisam se assustar, é possível incorporar a tendência sem ficar caricata ou fora da sua realidade. Até mesmo um acessório ou esmalte para unhas está valendo, o que importa é tentar.
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MÚSICA TODO TEMPO, TODA HORA Para quem ama música e não vive sem o seu aparelhinho de som por perto, esse lançamento veio a calhar! É a caixinha de som 100% à prova d’água para uso através de conectividade bluetooh, Boom Swimmer. Super compacta, resistente e com uma qualidade de som impressionante, a caixinha foi feita para ser levada a qualquer lugar, até mesmo no chuveiro ou piscina! Totalmente emborrachada, possui alça ajustável e acompanha uma ventosa para fixá-la em qualquer superfície lisa. Compatível com o seu Ipad, Iphone ou Ipod, a Boom Swimmer possui uma bateria que dura, em média, de 8h a 16h de uso ininterrupto. É o máximo! www.store.apple.com
FERVEÇÃO NO REVEILLÓN Maceió ficou conhecida como a capital do Reveillón. O paraíso das águas, como também é chamada, encanta tanto pelas belezas naturais quanto pela hospitalidade local e, há alguns anos, pelas grandes festas, shows e agitos que embalam o verão e as viradas de ano. A partir de novembro, mais uma atração promete ferver a região: o Café de La Musique, um dos beach clubs mais badalados do país, desembarca na praia da Sereia e promete ser o destino ideal para os amantes de boa música, gastronomia diferenciada e diversão. O empresário Álvaro Garnero, idealizador do projeto, afirma que o espaço (com capacidade para 800 pessoas) será um dos mais bonitos do mundo e terá inspiração nas asas das arraias e raízes dos manguezais. Estamos ansiosos para ver! contato@cafedelamusiquemaceio.com.br
DRINKS E TACOS À MODA PARISIENSE Paris é uma cidade para se descobrir a pé. Uma ótima pedida para descontrair, principalmente se estiver entre amigos, é dar uma circulada no Marais (um dos bairros mais descolados da cidade) e aproveitar para fazer um pit stop no Candelaria. Eleito um dos melhores bares do mundo, o Candelaria é pequeno, mas com decór cheio de charme, fervidinho de gente bonita; é perfeito para se tomar excelentes drinks e beliscar uma deliciosa comidinha mexicana. O bar é tão simpático que, se você não se agradar de nenhuma bebida que viu no menu, eles podem até criar algo especial com ingredientes que agradem o seu paladar. Passa lá. Vai que numa dessas você cruza com Gerogia May Jagger, lá é um de seus lugares preferidos na cidade e o de muitos outros famosos.
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BLOGAZINE POR MARIA THEREZA LAUDARES mtlaudares@blogazine.com.br
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Milão, capital da moda italiana, respira design e bom gosto. A cena cultural oferece modernidade enquanto a gastronomia inova a tradicional culinária da “buona cucina”. Nesta edição, selecionamos alguns endereços de insiders para você. Aproveite!
A brand italiana Dolce & Gabbana resgatou a centenária arte de barbear e abriu no coração de Milão sua barbearia, il Barbiere. O templo de beleza masculino oferece tendências de corte e aquela barba de um dia feita com perfeição. O décor clássico em madeira e mármore verde dá o tom de tradição. Permita-se! www.dolcegabbana.com Corso Venezia, 13
PAUSA PARA O CAFÉ A Pasticceria Marchesi, mais antigo café milanês, chega ao quadrilátero da moda com a Prada, sua nova proprietária. Fundada em 1824, a casa firma seu DNA na fabricação de doces. O espírito sofisticado dos cafés do início do século passado foi traduzido em paredes espelhadas, veludo verde e prateleiras repletas de enormes potes de vidro com caramelos. Saboreie um cappuccino ou mesmo um almoço leve. www.pasticceriamarchesi.it – Via Montenapoleone, 9
ATMOSFERA DE COLECIONADOR Para acrescentar um toque histórico ao guarda-roupa a pedida é a boutique milanesa Madame Pauline. Aqui os fãs de moda vintage encontram peças exclusivas e originais, como bijuterias assinadas, bolsas e roupas em perfeitas condições.
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MADEIXAS ASSINADAS A maison francesa Balmain explora o mundo da beleza transformando os cabelos. O cabelereiro Alberto Frigeri lança mão da linha de apliques perfumes, laquês e óleos de tratamento para criar novos looks.
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QUANDO A NOITE CAI O bar do hotel de luxo Mandarin Oriental é o queridinho da vez. Balada ao som de DJ, design contemporâneo e coquetéis autorais promovem o ambiente descolado. Via Andegari, 9
CARLO E CAMILLA Uma antiga serralheria dos anos 30 abriga o novo restaurante do estrela-michelin chef Carlo Cracco, Carlo e Camilla in Segheria. A atmosfera industrial recebe lustres de cristal para compor o ambiente com uma única mesa central que hospeda até 65 pessoas. Inovadora e moderna, a cozinha de Cracco joga com sabores contrastantes.
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IMERSÃO SHOPPING A multimarca de luxo Antonia é parada obrigatória na hora das compras. Destinada a homens e mulheres a loja é uma das mais bonitas da cidade e oferece grande variedade de marcas como Gucci, Louboutin e Dior espalhadas em seus 600 metros quadrados. www.antonia.it – Via Cusani,1
FASHION POWER PESQUISA MODA Um armazém ganha nova vida nas mãos do designer Giorgio Armani. Batizado Armani Silos, o prédio transformado em museu abriga o arquivo com 40 anos de história da marca. As criações do artista expostas em manequins oferecem uma experiência visual única. Todos os detalhes e recursos de costura podem ser observados de perto e também fotografados. Uma visita imperdível para os amantes da moda e em especial para os estudantes. www.armanisilos.com – Via Bergognone, 40
Mini Bag, a bolsa miniatura, é a superstar do inverno europeu. Desejada como a última figurinha do álbum, ela assume a posição de acessório para colecionar. Escolha a sua. • Dolce & Gabbana – Dolce Mamma é a joia em forma de bolsa. Seus detalhes preciosos e únicos a transformam em relíquia de família. • Fendi – Mini peekaboo pode ser pequena, mas transmite sofisticação com detalhes sutis de acabamento. • Louis Vuitton – Petite Malle, a clutch que vai buscar nas raízes da marca sua razão de existência. Em diversas cores e com aplicações divertidas a peça reinventa o desejo.
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OLHAR POR DUDA PORTELLA AMORIM
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FRAGONARD Quem passar por Paris não pode deixar de visitar a exposição do pintor, ilustrador e desenhista Fragonard Amoreux, em cartaz até janeiro no Museu do Jardim de Luxemburgo. Seu trabalho, focado na inspiração amorosa, retratou durante meio século o amor no período do Século XVIII, de um jeito irreverente e sedutor. Hoje, é considerado um dos mais prolíficos artistas ativos das últimas décadas. Com uma super seleção, a mostra conta com 80 obras, somente as mais importantes, captando momentos especiais desses amantes, a maior parte transmitindo uma atmosfera de erotismo. Imperdível. Site: www.museeduluxembourg.fr
PETIT COMITÉ
Se a ideia for fazer um petit comité para receber amigos em Paris e chamar um chef para elaborar o menu, a dica é o Lenôtre. Além de ser o mais tradicional, ainda é o melhor catering de Paris. Faz de grandes casamentos e aniversários a pequenas degustações, com um menu vasto, apresentação prática e pratos deliciosos. Site: www.lenotre.com
CLOSET VIRTUAL Variar os looks é o sonho de toda mulher. Quem não quer ter um novo modelito para usar naquele casamento ou formatura? Pensando nisso, há dois anos e meio, as sócias Mariana Penazzo e Bárbara Almeida criaram o site Dress & Go, que aluga vestidos de festa exclusivos, de grandes marcas, como Reinaldo Lourenço, Tufi Duek, Emanuelle Junqueira, Adriana Barra, dentre outros. A ideia foi pioneira nesse nicho e tem sido um verdadeiro sucesso. No último ano, o crescimento do negócio foi de 600%. O ateliê fica em São Paulo, mas o envio é para todo o Brasil. O serviço inclui adaptação para o tamanho e corpo da cliente. E não precisa nem lavar depois de usado. Um modelo mais lindo que o outro. O que vocês faziam antes da Dress & Go? Bárbara – Fomos colegas de faculdade e nos formamos em Administração de Empresas pela Insper. Trabalhei no mercado financeiro, mas sempre tive a sementinha de empreender. Depois de cinco anos, em uma conversa com a Mariana, resolvemos arriscar tudo para seguir o sonho, foi quando nasceu a Dress & Go. Hoje, cuido da parte financeira e operacional. E como surgiu a ideia do negócio? Mariana – Começamos a nos reunir periodicamente para identificar e analisar oportunidades. Certo dia, estava na casa da Bárbara, durante o período de maturação de ideias, e precisava de um vestido para usar em um casamento. Fui dar uma olhada nos vestidos dela e experimentei dois ou três. Nesse momento surgiu a ideia de empreendermos nesse nicho. Hoje, transformamos a Dress & Go em referência no segmento de locação de vestidos de luxo no Brasil. Site: www.dressandgo.com.br
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VOILÀ
COURO PARA O VERÃO A minha aposta para o verão é o couro. O material nobre e imponente chega com tudo, várias marcas capricharam no seu uso em novas coleções. Cruise dá destaque para as peças com cortes impecáveis, sempre atemporais. Juliana Sanmartin vem fazendo um trabalho diferenciado com o couro exótico, leve e colorido. Clé tem se mostrado uma especialista em peças com tendência do mainstream, fórmula pela qual tem feito parte do closet das principais fashionistas do País.
O novo restaurante do chef Guy Savoy fica na Casa da Moeda de Paris e está à altura do personagem que o chef três estrelas do Guia Michelin criou em torno de si. O espaço conta com uma sofisticada decoração feita por Jean Michel Willmote, em tons sóbrios, dando destaque para a irreverente coleção de arte contemporânea por todos os lados, pé direito alto e grandes janelas. A atmosfera ambiente e luz são perfeitas para saborear os maravilhosos pratos, como o salmão cozido no gelo e servido com limão e consomê. A vista para o Rio Sena nos permite sonhar e passar uma noite inesquecível. Depois de vários restaurantes, ele encontrou seu lugar e fez com que sua clientela atravessasse o Sena com ele.
Monnaie de Paris 11, quai de Conti, 75006, Paris Reservas: reserv@guysavoy.com | Site: www.guysavoy.com
LE JARDIN D’ANTOINE Sempre bom ter por perto um florista daqueles de encher os olhos. É o caso de Antoine, que tem duas belas floriculturas em bairros nobres de Paris e também está na feira da Avenue President Wilson, todas as quartas-feiras. Ele é português e trabalhou 15 anos com o super decorador Alberto Pinto, com quem fez famosas mesas e jardins. Antoine é referência de bom gosto, além de conseguir tornar sua casa, festa ou um simples buquê em algo especial.
Endereço: 57, rue de la Pompe, 75116, Paris E-mail: lejardindantoine@hotmail.fe
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SOCIAL
JURAS DE AMOR
Os noivos Raquel Vaz e Bruno Amaral
RAQUEL VAZ E BRUNO AMARAL TROCARAM ALIANÇAS EM ELEGANTE CERIMÔNIA. TRAJADA EM UM MODELO ASSINADO PELO ESTILISTA SAMUEL CIRNANSCK, A NOIVA ESTAVA BELÍSSIMA E EMOCIONOU OS 600 CONVIDADOS AO ADENTRAR AO SOM DA CLÁSSICA MARCHA NUPCIAL. FOTOS: FERNANDA FERREIRA
Selma e Bruno Amaral
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Raquel com o pai Rubens Vaz
Leandro, Patrícia e Matteo Vaz
Sandra Costa, Antônio de Castro e Janete Vaz
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SOCIAL
REALIZADA NA NOVA CASA DE EVENTOS MAASTIK, A RECEPÇÃO CONTOU COM JANTAR BY SWEET CAKE E FOI EMBALADA PELA VOZ DE ROGÉRIO MIDLEJ E DO QUINTETO DE JAZZ. PARA FERVER A PISTA DE DANÇA, O CASAL CONVOCOU O DJ HUGO SOARES, DE BELO HORIZONTE, E A DUPLA SERTANEJA HENRIQUE E RUAN.
Os noivos em família
Tanara Machado e Diogo Costa
Marcelo Costa e Fabia
Fabiane e Cláudio Cohen 132 « GPSBrasília
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Rafael Vaz e Rafaela Corrieri
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Artur Maestri Ribeiro
Carolina Pellegrino e Gabriel Soares
Mateus Bastos e Liliane Roriz
Show da dupla sertaneja Henrique e Ruan
Paula Raphaela e Rafael Godoy
André e Rafaela Machado
A noiva entre Carol, Bruno e Iara Matias
Nathalia Mello e Marcelo Vaz
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RETRANCA SOCIAL
Os aniversariantes Carolina e Eriston Uhmann
ERISTON E CAROLINA UHMANN CELEBRARAM OS ANIVERSÁRIOS, RESPECTIVAMENTE, DE 50 E 10 ANOS, EM GRANDE ESTILO. SEDIADA NO CLUBE DOS MÉDICOS (AMBR), A FESTA PARA 300 CONVIDADOS TEVE COMO TEMA ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS. FAMILIARES, AMIGOS E MÉDICOS DE PORTO ALEGRE ESTIVERAM PRESENTES. FOTOS: GIOVANNA BEMBOM
DE PAI PARA FILHA
Janice e Eriston Uhmann
Carolina e Roberta Uhmann
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Jorge Tadeu Vargas, Carolina Uhmann e Nilva Vargas
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Jaqueline Finkler, Vera Pires e Luiza Finkler Eriston Uhmann, Carolina Uhmann e Fábio Azevedo
Mayra Pestana, Eriston Uhmann, Janice Uhmann e Onofre Silva
Gladys Buarque, Cristovam Buarque e Eriston Uhmann
Carolina Uhmann
Banda Alisson Takaki
Sérgio Levy, Rafael Badra, Eriston Uhmann e Sérgio Kniggendorf
Maria Eduarda, Luiza Rocha, Roberta Uhmann e Giovana Pestana
Rafaela e André Marrocos
A aniversariante com DJ Luigi
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SOCIAL
Miranda Castro, Terezinha Falcão e Ana Maria Gontijo
PASSARELA E BINGO
MIRANDA CASTRO, TEREZINHA FALCÃO E ANA MARIA GONTIJO OFERECEM EVENTO EM PROL DA REDE FEMININA DE COMBATE AO CÂNCER. COM DIREITO A DESFILE DE JOIAS E BINGO, A OCASIÃO CONTOU COM O LANÇAMENTO DA COLEÇÃO SOPHIA, NOME DA FILHA DE MIRANDA QUE AJUDOU A DESIGNER A CRIAR MODELOS EXCLUSIVOS. FOTOS: FERNANDA FERREIRA
Melissa Gontijo com as filhas Ana Cecília e Ana Maria
Um total de 14 meninas e 12 jovens moças desfilaram com as novidades
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Cecília e Celine Collor
Valeska Tonet e Pompéia Bastos
Karina Rosso e Carol Collor
Denise Barbosa e Eloise Ururahy
Rita Márcia Machado, Maria José Santana e Maria José Cunha Guimarães
Ana Amélia, Silvia Adriano e Denise Barbosa
Fabiana e Kátia Siciliano
A beleza do desfile foi assinada pelo salão Renoir
Sophia Castro exibe a coleção que carrega seu nome
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DISPOSTA A CRIAR UM VÍNCULO AFETIVO COM O CLIENTE E ENVOLVER-SE CULTURALMENTE COM BRASÍLIA, A CARTÃO BRB COMPLETA 18 ANOS E INVESTE PESADO NO RELACIONAMENTO COM A CAPITAL. ESPORTE, GASTRONOMIA E SOCIAL SÃO PRIORIDADES
Sérgio Lima
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O CARTÃO DA CIDADE A
Cartão BRB chega à maioridade, celebrando 18 anos de existência. Ao longo dessa jornada, a maturidade veio com a proximidade com os clientes e a identificação do seu principal mercado: a cidade de Brasília. À frente dessa nova empreitada que se inicia, o presidente da Cartão BRB, Ralil Salomão, fala de sua estratégia para alavancar os negócios no atual cenário econômico. “É preciso perceber os sinais”. A expansão? Aumentar a rede de distribuição e desenvolver uma central de vendas eficiente. “É desafiador para qualquer empresa”, diz o presidente.
CRIATIVIDADE, A ESTRATÉGIA Houve o aumento da inflação e da taxa de desemprego. Porém, é possível buscar oportunidades na dificuldade. E isso se torna mais fácil quando se conhece o mercado. Brasília possui uma das maiores rendas per capita do Brasil. Por isso, a criatividade está em perceber a atual necessidade do cliente. É o caso do recém-lançado Cartão BRB Vale-Cultura, o único aceito em todo o País, em qualquer segmento cultural. Foi criado para estimular o acesso dos trabalhadores que recebem até cinco salários mínimos.
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HONRAR OS COMPROMISSOS Essa é uma preocupação muito grande em ambos os lados, até porque o cliente precisa ser preservado. O uso consciente do cartão é fundamental. É preciso desenvolver a cultura baseada no planejamento financeiro. Na Cartão BRB, quando identifica-se algum problema, rapidamente vem a alternativas viáveis de solução.
O RELACIONAMENTO COM A CIDADE Somos uma empresa brasiliense e investimos nessa relação. Por isso, acreditamos nos segmentos esportivo, negocial, gastronômico, social e cultural. A nossa intenção é ajudar a consolidar a identidade do brasiliense e promover o desenvolvimento da economia local.
OS INVESTIMENTOS
O MERCADO DE CARTÕES No primeiro semestre, as compras com cartões de crédito e débito cresceram 10,2% em relação ao mesmo período de 2014. O mercado vai continuar a crescer em 2016 pelos seguintes motivos: a possibilidade do parcelamento sem juros do cartão, além de a transação ser segura, prática, gerar recompensas, ajudar no planejamento financeiro e ainda aceitar compras de menor valor.
RISCOS NA HORA DA COMPRA Essa atividade, como qualquer outra, possui os seus riscos. Temos, hoje, ótimos indicadores de prevenção à fraude que nos coloca dentre as melhores empresas desse mercado. Já recebemos, inclusive, prêmios das bandeiras Visa e Mastercard. Isso nos dá muita tranquilidade e confiança. Mas os projetos são contínuos em tecnologia, tanto em infraestrutura como na área de sistemas.
Entre nossos patrocínios podemos citar: o time de basquete UniCeub/Cartão BRB/Brasília, que jogará a liga nacional, além importantes competições internacionais. Também patrocinamos, desde 2013, as edições do evento Picnik, além dos tradicionais festivais Bar em Bar e Brasil Sabor. Há ainda as corridas de rua da cidade. Valorizamos eventos que privilegiem a qualidade de vida em Brasília.
CARTÃO BRB/ SHOPPING IGUATEMI/ LOUNGE GPS|BRASÍLIA Uma parceria de sucesso. Os clientes Platinum e Black têm acesso ao lounge, que disponibiliza computadores, acesso a wi-fi, serviço de bar premium, conciergeria, internet banking, guarda-volumes. É fundamental atender os desejos do cliente.
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ECONOMIA
SEMPRE ALERTA EXPERIENTE E EMPREENDEDOR, ADELMIR SANTANA COMANDA PELO QUARTO MANDATO A FECOMÉRCIODF, EXPRESSIVA ENTIDADE QUE REPRESENTA 27 SINDICATOS. ELE GARANTE QUE, APESAR DA RETRAÇÃO, HÁ SAÍDAS PARA TODA CRISE. BASTA PROCURAR NICHOS E NÃO PARAR DE ESTUDAR O MERCADO POR MARINA MACÊDO
FOTOS CELSO JUNIOR
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as manchetes de jornais, conversas de escritórios e papos informais o assunto do momento é a crise econômica que o Brasil tem atravessado. O cenário é de demissões, queda no faturamento e cortes nos excessos. Nem mesmo para quem sonhava com a estabilidade das carreiras públicas a situação está boa. Recentemente, o governo anunciou a suspensão dos concursos. Empresários e comerciantes estão mais cautelosos. Para o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF), o ex-senador Adelmir Santana, a crise vem sendo realimentada pela dúvida. “Há um excesso de desconfiança. Fazemos uma pesquisa de Índice de Confiança dos Empresários do Comércio do Distrito Federal (Icec-DF) e está desesperador. O próprio empresário vai diminuindo as vendas, ficando sem estoque, sem disposição para alimentar a loja. Um processo de retroalimentação”, avalia. Em doze meses, esse índice de confiança caiu cerca de 31 pontos. “Hoje está abaixo de 100, numa escala que varia de 0 a 200. Isso significa que estamos pessimistas. Esse também é o sentimento do consumidor. Taxas de juros elevadas, perspectiva de desemprego, alto índice de endividamento das famílias”, exemplifica. Como superar a crise? Essa é a pergunta que todo mundo tem feito. “Se eu soubesse a técnica
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para driblar o momento, certamente aplicaria”, brinca Adelmir. E logo complementa: “É necessário buscar nichos de mercado e estar atento à fidelização dos clientes”. Nascido no Maranhão, Santana desembarcou em Brasília em 1964. Com talento nato para empreendedorismo, cursou Administração de Empresas e especializou-se em Gestão Estratégica para Dirigentes Empresariais, na INSEAD, em Fontainebleau, na França. Como empresário, ficou conhecido por consolidar a rede de Drogarias Vison. É casado com Maria José Santana há 44 anos, tem três filhos e seis netos. Foi senador da República, entre 2007 e 2010, e deixou seu legado por ter sido relator da Lei do Micro Empreendedor Individual (MEI). Atualmente, está em seu quarto mandato na Fecomércio-DF, que desde 1970 representa 27 sindicatos patronais e é considerada a maior entidade do setor produtivo local, além de administrar o Sesc (que leva lazer, esporte e cultura para trabalhadores do comércio) e Senac (que oferece educação profissional). Os setores representados pela Fecomércio são considerados os propulsores da economia brasiliense. Hoje, as áreas de comércio e serviços respondem por mais de 93% do PIB privado do DF e por um milhão de empregos diretos na cidade. Em um bate-papo com a revista GPS|Brasília, o empresário fala sobre os desafios do setor.
BRASÍLIA VISIONÁRIA “Juscelino Kubitschek ter tido a coragem de interiorizar a capital do País já trouxe esse espírito empreendedor. Certamente nenhum país do mundo conseguiu mudar a capital em tão pouco tempo”, diz Adelmir. A cidade carrega a braveza de pioneiros que apostaram no sonho de JK. “Brasília é fruto de empreendedores natos. Pessoas que não foram treinadas para isso. Mas tinham a intuição. Vieram pela oportunidade e muitos conseguiram se destacar”, analisa.
NOVO TEMPO Enquanto no passado a maioria empreendia por necessidade, hoje nasce um novo perfil. “Atualmente, o empreendedor também é técnico. Pessoas formadas, que estudam e se especializam para esse fim”. Para Santana, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e as universidades exercem um papel fundamental para despertar esse interesse do mercado privado e lançar empresa júnior.
MIGRAÇÃO BSB-GO É possível identificar uma migração de empresas da Capital para outros estados. O Sindicato do Comércio Atacadista do Distrito Federal (Sindiatacadista-DF) teve uma perda significativa de empresas que operavam no DF, cerca de 500 abandonaram a região de março de 2008 até hoje. Uma das opções é o estado vizinho, Goiás, onde impostos são menores. “A ‘guerra fiscal’ prejudica estados que são menos agressivos”, esclarece Adelmir. “O GDF está buscando uma alternativa para fortalecer os atacadistas locais”, acrescenta.
ECONOMIA CRIATIVA “Certamente, é o caminho para encarar a crise”, enfatiza Adelmir. Segundo estudo da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), a economia criativa emprega 22 mil profissionais, cerca de 1,5% da mão de obra formal. Sem definição precisa, esse segmento é composto por setores como arte, cultura, moda, decoração, gastronomia e novas mídias.
MICRO E PEQUENAS EMPRESAS O Distrito Federal hoje soma mais de 285 mil empresas, sendo 92,6% micro e pequenas. “O governo atento para essa massa, criou a figura do empreendedor individual”, diz Adelmir. Esses trabalhadores buscam a regularidade de suas atividades. “Temos o ganho econômico, pois essas pessoas passam a ter CNPJ, acesso a banco, cartão de crédito; o social, pois podem dizer que são empreendedores; e, o mais importante, o aspecto previdenciário”, destaca. Adelmir comenta ainda que a classe tem peso significativo na geração de empregos. “Elas representam 55% dos empregos”.
MORTALIDADE DAS EMPRESAS A orientação antes de abrir o próprio negócio é buscar ajuda especializada. “Vivemos um momento em que a mortalidade das empresas no Brasil, em especial micro e pequenas empresas, chega a ser muito elevada em espaço curto. A média antes era que 70% morriam antes do segundo ano, hoje a perspectiva vai até o quinto ou sexto ano”, aponta. O Senac e o Sebrae trazem oportunidades para esses empreendedores. Aos que já abriram as portas sem essa ajuda, Adelmir aconselha: “As instituições podem oferecer o papel de suporte. A busca pela melhoria é continua”.
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RETRANCA
DICAS DO PRESIDENTE PARA O EMPREENDEDOR ENFRENTAR A CRISE Ajuste as contas Se for possível, não se endivide ou, pelo menos, procure financiamentos com as taxas de juros menores. Renegocie suas dívidas e economize onde puder. Faça a diferença Procure se estabelecer no mercado sempre de uma maneira diferenciada. Por exemplo, por meio de um preço mais atrativo, mais qualidade no serviço e melhor atendimento. Invista em capacitação Um dos caminhos para o sucesso, em qualquer área, é não parar de estudar. Estude e promova treinamentos constantes para a sua equipe. Ocupe os nichos Diversos segmentos ainda são pouco explorados. Alguns públicos específicos possuem necessidades particulares e atender a essas demandas pode representar um diferencial competitivo.
MAIORES ERROS Para Adelmir o empresário peca ao se acomodar, pois o mercado é extremamente agressivo. “Em qualquer atividade que você exerce, se você não evolui, vem a concorrência e traz essas inovações”. Para ele, o empresário erra ao não buscar esse constante aperfeiçoamento. Outra falha ressaltada pelo especialista é que muitos empresários só procuram ajuda quando as empresas estão na UTI, ou seja, quando já não estão bem.
EMPREENDEDORISMO X SERVIÇO PÚBLICO Chamada de cidade administrativa, Brasília tem enraizado o funcionalismo público. “Logo, grande presença na massa salarial que circula do DF é desse público, o que faz com que a cidade tenha uma alta renda per capita. E esse dado desperta o interesse de empreendedores”, aponta Adelmir. Porém, a vivência familiar e cultural da cidade faz com que muitos jovens com potencial no empreendedorismo optem pelo setor público.
Conheça o seu cliente Em um cenário de retração econômica, é ainda mais importante pesquisar os interesses dos consumidores e saber quais são seus hábitos e preferências de consumo. Encante o consumidor Transforme a compra de um produto ou a visita à empresa em uma experiência mais do que agradável. Ofereça mimos. Pode ser um café, um suco ou um espaço para descanso e lazer, as opções são inúmeras. Ajeite o ambiente A sua loja ou empresa deve possuir instalações agradáveis e adequadas à área de atuação. Espaços bonitos e decorados atraem mais clientes. Compartilhe experiências Uma estratégia muito utilizada hoje para reduzir gastos tem sido a utilização conjunta de espaços e ferramentas por diferentes empresas. A troca com outros empresários também pode facilitar a superação de desafios e o fortalecimento do mercado. Comunique-se O chavão “a propaganda é alma do negócio” nunca esteve tão evidente, com o diferencial de que atualmente os empreendedores podem utilizar canais praticamente gratuitos de comunicação e marketing. Aproveite as redes sociais para impulsionar a empresa e estreitar o diálogo com os clientes.
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UMA NOVA MANEIRA DE COMBATER A VIOLÊNCIA EM NOSSA CIDADE. Mais do que um programa inovador, “Viva Brasília, nosso Pacto Pela Vida” é um compromisso do Governo de Brasília com a segurança de toda a população. Agora, é justamente o cidadão brasiliense que aponta o que precisa ser feito pelo Governo para a melhoria de sua qualidade de vida. Outro diferencial é a atuação de todos os órgãos públicos, de maneira integrada, para resolver tais problemas evidenciados pelo povo. E os resultados já começaram a aparecer: o número de homicídios caiu em 15,9%, comparado ao mesmo período (janeiro a setembro) do ano passado. Uma redução expressiva, evidenciando que Governo e comunidade, juntos, caminham na direção certa, para que Brasília seja um lugar mais seguro de se viver. Saiba mais em www.vivabrasilia.ssp.df.gov.br.
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RETRANCA
Roberto Miranda com a turma formada em extensão no exterior
COM CORPO DOCENTE EXPERIENTE E RECONHECIDO EM SUAS RESPECTIVAS ÁREAS, CHEGA A BRASÍLIA O INSTITUTO ROBERTO MIRANDA EDUCAÇÃO CORPORATIVA. NA BAGAGEM, MBAS SOBRE ENTRETENIMENTO, HOTELARIA E CERIMONIAL POR LÚRIA REZENDE
A VANGUARDA N
em sempre só a graduação garante um espaço de qualidade no mercado de trabalho. Nos dias de hoje, com concorrentes cada vez mais especializados, é de extrema importância que o profissional se qualifique à altura de sua empresa. Na área de recepções e entretenimento de luxo não é diferente. De acordo com a Associação dos Profissionais, Serviços para Casamento e Eventos Sociais (Abrafesta), Brasília é a terceira cidade do País com maior arrecadação na área de eventos, atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro. Na Capital Federal, são movimentados, anualmente, mais de R$ 100 milhões, em um segmento que, por ano, tem um
faturamento nacional de aproximadamente R$ 12 bilhões. Por ser uma área exclusiva, há uma grande expectativa na idealização, na produção e na realização impecável de uma recepção luxuosa. Com o crescimento de serviços voltados para o requinte e glamour, além da necessidade de um alto padrão de atendimento na área, o Instituto Roberto Miranda Educação Corporativa, com sede em São Paulo, traz para Brasília, a partir de 2016, três MBAs (Master Business Administration) voltados para a gestão no mercado de luxo. O reitor e proprietário da escola que leva seu nome, Roberto Miranda, explica que um dos objetivos dos cursos é potencializar o desenvolvimento de negócios. “Os alunos
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saem com total capacidade de ampliar, prestar consultoria, gerenciar e montar o próprio empreendimento, além de gerar empregos”, ressalta. Os três cursos escolhidos para a unidade de Brasília têm a ver com o público da cidade. Um dos MBAs é em Gestão em Cerimonial de Luxo, que engloba recepção de reis e rainhas e delegações estrangeiras, atividades corriqueiras em uma cidade que é sede do Poder e abriga embaixadas. Há também o curso de Hotelaria de Luxo, voltado para quem é do segmento. “É para treinar os herdeiros desses empreendimentos e para melhorar a hospitalidade de luxo. Também é indicado para cirurgiões plásticos, hospitais e gestores de shopping centers”, informa Miranda. E, por último, Gestão de Entretenimento que abrange a capacitação de como montar casas noturnas, de espetáculos e de música ao vivo. “Além de focar também em eventos outdoor, paradas de rua e micaretas”, completa Miranda. A abertura da instituição de Ensino em Brasília marca um movimento vanguardista na área de especialização no mercado de luxo na cidade. Junto ao sócio, professor e ex-aluno da escola, Marco Weido, Roberto Miranda planeja formar as primeiras turmas em março, em uma sede no Lago Sul, com, no máximo, 30 alunos cada. A especialização tem duração de um ano e meio e todas têm extensões no exterior, após o término das aulas. Desde 2001, a Escola já formou mais de sete mil alunos no País. Além de São Paulo, o instituto realiza cursos em diferentes cidades brasileiras e foi construído com uma bagagem de mais de 40 anos em atividades de consultoria.
TEORIA E PRÁTICA O corpo docente, formado por profissionais renomados no mercado de luxo, reforça a credibilidade da instituição e chama a atenção. Fazem parte da equipe nomes como Claudia Matarazzo, chefe do cerimonial do Governo de São Paulo e referência em etiqueta; Chistian Boyens, diretor-geral do Hotel Ritz de Paris; Christian Blanckaert, que foi vice-presidente da Hermès International entre 1996 e 2009. “Nosso fundamento é que todos os mestres estejam no mercado de trabalho para que levem a experiência do dia a dia para os alunos”, justifica Miranda. Ao longo da especialização os estudantes são encaminhados para diversos métodos de aprendizado. “Tudo é feito para gerar um resultado efetivo. Nós sempre fomos demandados a provocar um comportamento nesse aluno que mudasse algo
As aulas são ministradas em hotéis de luxo
na empresa onde ele trabalha. Isso acabou fazendo com que montássemos muitas vivências práticas em espaços de eventos e hotéis de luxo”, ressalta Roberto Miranda. Ao longo do curso, os alunos montam casamentos e formaturas na prática. “A parte de buffet, por exemplo, ministrada pelo Marcelo Sampaio, vivencia desde a ida às compras ao mercadão até a montagem e a parte visual do serviço. O conhecimento oferecido abrange 360 graus na capacidade de montar o evento, evolvendo decoração, cenografia, alimentos, bebidas e pessoas”, completa Marco Weido, professor do curso de cerimonial de luxo. Todos os MBAs têm extensões no exterior. “A turma do ano passado de Hotelaria de Luxo passou uma semana no Hotel Ritz de Paris, enquanto a de Cerimonial ficou imersa por uma semana em Los Angeles, na época do Oscar”, informa Roberto. De acordo com Miranda, um dos principais alvos da pós-graduação é contextualizar todas as tendências e práticas em termos de gestão na área de luxo e colocar os alunos em contato com que o existe de mais atual em relação às melhores marcas mundiais. “Por isso nossas extensões são em locais de referência”, frisa. SERVIÇO Roberto Miranda Educação Corporativa SHIS CL QI 09, bloco H, sala 210, Lago sul – Brasília (DF) (61) 3204-4380 www.urm.com.br
Os alunos recebem o certificado após um ano e meio de estudo e prática
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HOSPITAL
Fotos: Rayan Ribeiro
PARA SALVAR VIDAS BRASÍLIA É REFERÊNCIA EM ONCOLOGIA. ALÉM DE CORPO MÉDICO E TECNOLOGIA, ESTENDER OS CUIDADOS QUANDO O PACIENTE VOLTA PARA CASA E DAR APOIO PSICOLÓGICO PARA A FAMÍLIA É PARTE DO TRATAMENTO HUMANIZADO DA CLÍNICA ALIANÇA
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encer um câncer não é uma batalha fácil. O tratamento muitas vezes é longo e desgastante. Mas essa realidade muda quando se encontra pelo caminho atendimento personalizado e humanizado, que ajuda a tornar cada etapa mais leve. Com dois anos de atuação em Brasília, a Aliança Oncologia é referência na batalha contra o câncer do Distrito Federal, por aliar tecnologia e tratamento próximo ao paciente. Com sede recém-inaugurada na Asa Norte após grande reforma, além de abrir filial no Gama, a rede conta hoje com quatro unidades no DF. A receita para o sucesso não é segredo entre os consultores da Aliança. “O tratamento vai além de remédios e sessões de quimioterapia. A pessoa chega fragilizada na primeira sessão. Nós queremos ser o apoio, cuidar nos mí-
nimos detalhes para deixar mais leve cada sessão”, explica a diretora-executiva, Patrícia de Carvalho. Capitaneada pelos oncologistas Gabrielle Scattolin, Márcio Almeida e Marcos Trindade, a equipe é formada por médicos de diferentes especialidades, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, psiquiatras e farmacêuticos. O tratamento se estende à família também e os cuidados se mantêm mesmo quando o paciente está em casa. Nathália dos Reis, 17 anos, teve câncer de ovário em outubro do ano passado. “Se eu tivesse febre ou dor de cabeça, podia ser às 2h da manhã, era só ligar que me orientavam. O contato era diário, queriam saber se eu estava bem, ouviam meus desabafos”, lembra Nathália. “É o diferencial do tratamento. Todo esse carinho me fez encarar o momento de forma mais tranquila. Sabiam até da quantidade de açúcar que eu gostava no café”, completou. Os dois anos de sucesso foram celebrados com grande festa no Dúnia City Hall. O evento reuniu executivos da saúde e os principais nomes da classe médica em Brasília. “São amigos e parceiros que nos ajudaram a consolidar a Aliança como uma das principais clínicas de oncologia do DF”, pontuou Patrícia de Carvalho. SERVIÇO Aliança Oncologia www.aliancaoncologia.com.br – (61) 3326-2000
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ARTIGO POR LUCIANA ASPER Y VALDÉS
promotora de Justiça do MPDFT
O PREÇO DA IMPUNIDADE
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uem nunca sofreu com a notícia de alguém que, à beira da morte, não conseguiu uma vaga na UTI? Quem nunca se indignou ao ver uma criança sem escola por falta de vagas ou greves? Quem nunca foi tocado ao saber que 70% dos municípios brasileiros não têm política de saneamento básico? Quem nunca se sentiu enclausurado por causa do medo da violência urbana? Quantas empresas pararam de crescer porque não conseguem “concorrer” e vender seu produto ou serviço para o Estado? Quem consegue ser indiferente ao fato de que o dinheiro do povo brasileiro é diariamente desviado para contas bancárias bilionárias no exterior? Esse é o preço que pagamos pela certeza da impunidade. Sabemos que a corrupção é cada vez mais frequente, mais audaciosa e que os valores desviados são cada vez maiores. A ONU estima que, no Brasil, R$ 200 bilhões por ano são desviados por atos de corrupção. Isso se dá pela falta de freio, pela certeza de que é possível roubar um pouco mais e não sofrer qualquer consequência. Vamos mudar nossa história, porque todos nós, necessariamente, ainda que pensemos que não, somos vítimas diretas desses crimes. A esperança existe e o momento é agora. Precisamos vencer a cultura da corrupção. O primeiro eixo a ser conquistado é um sistema jurídico capaz de colocar a proteção da sociedade acima dos interesses dos corruptos. Para isso, é preciso fechar as brechas legais hoje existentes. No Brasil, em regra, é quase impossível que as sentenças condenatórias se materializem no mundo real. Não se transformam em cadeia nem na devolução do dinheiro para o
povo. Primeiro, porque as penas são muito baixas. Depois, porque é muito raro se chegar, sequer, a esse ponto. Aqui, diferentemente da maior parte dos países democráticos, não é possível fazer valer a decisão de um juiz de primeira instância, nem mesmo a decisão de um Tribunal de segundo grau. Não. No Brasil, com as inúmeras petições e recursos sucessivos, advogados de criminosos ricos, poderosos e influentes conseguem facilmente fazer uma condenação vagar nas quatro instâncias judiciais, entre 15 a 25 anos, para só então ela poder ser levada ao caixa da execução – que transforma sentenças condenatórias em algo no mundo real. O que acontece neste prazo com as condenações de colarinho branco? 1) simplesmente deixam de valer pelo transcurso do tempo; 2) são fulminadas por uma nulidade que estranhamente para outros réus são consideradas sanáveis; 3) o réu morre no meio do caminho; ou 3) o réu condenado já está velho demais para cumprir. É, infelizmente, a regra: a impunidade. A sociedade tem algo concreto e simples a fazer para mudar esta realidade. Vamos aproximar o nosso Sistema de Justiça ao dos países que conseguiram vencer a corrupção. Apoie as 10 medidas contra a corrupção por meio da coleta de assinaturas para que esses projetos de lei de iniciativa popular sejam apresentados ao Congresso Nacional. Imprima seu material no www.dezmedidas.mpf.mp.br e entregue na sede mais próxima do Ministério Público. Os brasileiros já abraçaram a campanha em todo o Brasil e mais de 440 mil assinaturas já foram coletadas. Precisamos de 1,5 milhão. Há algo a ser feito contra a corrupção. Aproveite a oportunidade!
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ARTIGO POR HELIO PUGET MONTEIRO* Advogado
MEDIAÇÃO É A SOLUÇÃO
É
de senso comum afirmar que o cidadão brasileiro se vê tomado por ceticismo toda vez que precisa acionar a máquina do Poder Judiciário para resolver um conflito, seja simples ou complexa a questão que lhe atormenta. O direito do cidadão pode ser líquido e certo, mas, mesmo assim, sempre pairam dúvidas quanto aos procedimentos que serão adotados, quanto à demora na solução, quanto ao custo econômico, o social e, principalmente, quanto ao desgaste pessoal que um processo traz. Até mesmo a eficácia desse processo é questionada, ou seja, pairam dúvidas sobre a efetividade do resultado que se busca. Justamente nesse cenário de incertezas, no qual uma promessa de resultado favorável é arriscada e a demora na solução é segura, é que foi sancionada a novíssima lei de mediação1, calcada nos amplos princípios que regem esse instituto, dentre os quais merecem destaque2 a imparcialidade do mediador, a igualdade entre as partes, a oralidade e a informalidade, a autonomia da vontade, a busca do consenso, a confidencialidade e a boa-fé. A mediação é um meio “autocompositivo” para resolver conflitos, ou seja, as partes se envolvem diretamente na solução de seus problemas e não relegam a um terceiro a capacidade e o poder de decidir a questão, como ocorre com a arbitragem e com o processo judicial, que são considerados meios “heterocompositivos”, ou seja, os envolvidos delegam a solução de suas pendências a um árbitro ou a um juiz, respectivamente.
Na mediação, as partes atuam diretamente na solução de seus conflitos. Mas fazer uma autocomposição não é fácil, pois exige isenção e imparcialidade, justamente características que as partes em conflito não possuem. Em suma, o mediador é um facilitador do consenso. Utilizam-se de métodos, técnicas e ferramentas que permitem aos envolvidos dialogar, por intermédio desse mediador, e, assim, buscar um meio termo para suas diferenças, ou mesmo uma solução que, embora não seja a ideal, possa agradar os envolvidos, ao menos em parte, mas com a grande vantagem de evitar todo o desgaste emocional e o custo de um processo judicial. No Brasil as técnicas de mediação não são uma novidade, mas não há um costume estabelecido na adoção desse sistema de resolução de conflitos, apesar de amplamente regulamentada pelo Conselho Nacional de Justiça – CNJ –, por se tratar de uma política pública de prevenção de processos judiciais3. E a nova lei é uma solução que incentiva o saudável hábito de mediar conflitos, o que deve passar a ser uma constante em nossa sociedade, pois é um meio importante ao aprimoramento das relações humanas e um caminho certo na busca da paz social. * Advogado sócio da Gontijo Neves Advogados, Pós-Graduado em Direito e Processo do Trabalho pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e especialista em negociação, mediação e arbitragem pela Finatec – UnB
1 Lei nº 13.140/2015, de 26/06/2015, publicada no D.O.U. de 29/06/2015 2 Artigo 2º e incisos da Lei nº 13.140/2015
3 CNJ – Conselho Nacional de Justiça – Manual de Mediação Judicial 2015 – p.33.
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FINANÇAS
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COM TANTAS INCERTAS, FAZER O PLANEJAMENTO FINANCEIRO PARA A MANUTENÇÃO DA ESTABILIDADE TEM FEITO O BRASILEIRO MUDAR A SUA POSTURA E SE ORGANIZAR COM CONSULTORIAS SÉRIAS ASSIM COMO OS AMERICANOS POR LÚRIA REZENDE « FOTO SÉRGIO LIMA
“A
maioria das pessoas associa dinheiro a prazer imediato. Para mim, ele deve ser acumulado para proporcionar liberdade”. A declaração é do conceituado escritor canadense T. Harv Eker, autor do best-seller Os Segredos das Mentes Milionárias. Conquistar segurança financeira, garantir estabilidade e uma boa aposentadoria são desejos de grande parte da população. No momento atual em que o cenário econômico brasileiro não atravessa sua melhor fase, poupar e investir o dinheiro é uma das alternativas para garantir noites tranquilas de sono. Sem dúvida, o desafio exige disciplina e uma consultoria eficaz. É preciso escolher os investimentos mais vantajosos e estáveis. “Antes de tudo é preciso que se compreenda quais são as opções, as vantagens e os riscos. Não basta apenas investir. É preciso saber o seu perfil no mercado”, informa a consultora financeira Priscilla Lira, de 32 anos, que acumula experiências práticas e estudos em finanças e negócios, adquiridas no Brasil e em Nova York. Pedir informações para amigos e pessoas que já utilizaram o serviço é uma boa alternativa. “As indicações são fundamentais, mas o ideal é ter uma conversa com um consultor financeiro que possa auxiliar o processo. A nossa função é entrar na vida da pessoa para poder entender quais são os gastos, qual é a receita, suas despesas fixas. Tudo precisa ser calculado para que seja adequado à realidade de cada um”, adianta. Não há idade mínima para iniciar um planejamento financeiro, mas quanto mais cedo, melhor. “Há quem diga que não tem dinheiro para aplicar. Então é feita uma análise do cenário de gastos e, às vezes, diminuir algum consumo corriqueiro ou extra, como a compra de um sapato ou um jantar extravagante, por exemplo, pode se transformar em reservas. É preciso organização e disciplina”, afirma.
“CONTAMOS QUE TUDO VAI DAR CERTO E POSTERGAMOS DECISÕES ESSENCIAIS PARA UM MOMENTO DE NECESSIDADE”
POUPAR As opções para garantir renda e tranquilidade são muitas. Desde a mais simples, como a poupança que tem baixo rendimento, até mais complexas e arriscadas, como o investimento em Bolsa de Valores. A consultora Priscilla oferece planos que lideram o mercado em termos de garantia e segurança. Uma dessas opções são os chamados seguros de vida em vida. “Muita gente acha que esse tipo de investimento é só para quando as pessoas morrem. É aí que eu desmistifico toda a história”, revela. A maioria das pessoas pensa que adquirir um seguro de vida é não estar vivo na hora de receber o dinheiro investido. A ideia é planejar para se antecipar de eventuais emergências, por exemplo, se for diagnosticado uma doença grave, novas e maiores despesas surgirão. E ninguém faz reserva para isso. O planejamento financeiro engloba tanto a proteção do período de construção de vida como também reserva futura. “Uma forma de ter o recurso no momento de
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FNANÇAS
“NOS ESTADOS UNIDOS, 95% DA POPULAÇÃO REALIZA O PLANEJAMENTO FINANCEIRO, ENQUANTO NO BRASIL ESSE NÚMERO NÃO CHEGA A 20%”
imprevisto, do qual evitamos imaginar, ao mesmo tempo que serve para acumular dinheiro, como alternativa para um resgate de longo prazo”, explica a consultora. Priscilla esclarece que dentro desse mesmo plano, caso a pessoa não utilize os benefícios do seguro, ela tem a alternativa de resgatar parte do valor investido. “O planejamento mínimo é ao longo de apenas uma década”, sugere Priscilla. Todas as opções são personalizadas e adaptadas para a realidade financeira de cada contratante.
COMPARATIVO De acordo com a consultora, 95% da população dos Estados Unidos realiza seu planejamento financeiro de família, enquanto no Brasil esse número não chega a 20%. “Claro que não podemos comparar as economias destes países, mas podemos contrapor o nível de atitude das pessoas”, diz. Para a consultora, o jeitinho brasileiro interfere na tomadas de atitudes. “Contamos que tudo vai dar certo e postergamos decisões essenciais para um momento de vida melhor. Mas quando é isso? Hoje é sempre melhor”, observa. Priscilla explica que o pensamento de esperar uma estabilidade financeira melhor para depois se planejar não é correto. “É exatamente o planejamento, feito o quanto antes, que vai garantir a melhora da situação, de todas as formas”, afirma a consultora.
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IMOBILIÁRIA
ESSE IMÓVEL É UMA JOIA EXPERT EM VENDAS, DIOMEDIO SANTOS USA O VASTO CONHECIMENTO NO MERCADO DE ALTO LUXO E O APLICA EM NOVO SEGMENTO, UMA BOUTIQUE DE EMPREENDIMENTOS PARA O PÚBLICO PREMIUM POR LÚRIA REZENDE « FOTOS CELSO JUNIOR
B
rasília é reconhecida por sua organização urbana, zonas tombadas e terrenos em áreas de sonho de consumo e grande valor econômico, como o Lago Sul. As quadras Internas e do Lago são alguns dos endereços mais desejados de compra e venda na cartela dos corretores de imóveis da cidade. Negociar imóveis na área mais nobre de Brasília exige muito mais do que conhecimento do imóvel. Arquitetura, localização, design e produtos exclusivos são componentes de criação de uma boutique de imóveis.
Exclusividade, excelência e alto padrão de atendimento são a tríade que o empresário Diomedio Santos estabeleceu desde que iniciou sua carreira no mercado de joias em Brasília. Para ele, produtos caros precisam da especialização dos vendedores, pois esses artigos exibem diversas características especiais. “Isso confere crédito e confiança”, acredita o empresário. Diomedio tem know how em lidar com esse público. Ele começou sua carreira no varejo há mais de 30 anos,
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perspicácia do conhecimento em construção civil e arquitetura de alto padrão. “Minha intenção é oferecer o atendimento de uma joalheira em uma imobiliária. Por isso a chamo de Boutique de Imóveis”. A Itaim Negócios Exclusivos – uma alusão ao bairro de classe alta em São Paulo, o Itaim Bibi – tem sede no Centro Comercial Gilberto Salomão, na QI 5 do Lago Sul. “Nosso escritório será exatamente no bairro onde priorizaremos nossa cartela de imóveis”, informa Diomedio. Segundo ele, o cliente busca nessa região qualidade de vida e fuga do trânsito que tem acometido outras áreas do DF. “O Lago Sul tem várias saídas, o que facilita o tráfego”, acrescenta. Nos últimos anos, o perfil do morador do Lago Sul tem mudado. Se historicamente era ocupado por pessoas mais velhas, tem-se observado uma troca para jovens empreendedores ou funcionários públicos. “Está havendo uma migração de senhores que moram no Lago Sul para apartamentos, com isso esses jovens estão aproveitando as oportunidades de venda. E esse é exatamente o perfil do cliente que eu já tenho”, analisa o empresário. A Itaim também comercializará unidades no Lago Norte, Park Way nas Asas Sul e Norte, Sudoeste e Noroeste. As regiões estão entre as mais valorizadas do DF. Os primeiros imóveis a serem comercializados são da cartela que Randal já tinha. Os anúncios serão feitos em revistas voltadas para o público A e em sites direcionados ao mercado de luxo.
O DIFERENCIAL
sendo 20 deles no mercado premium. Sua joalheria Grifith, localizada no Shopping Iguatemi, é celeiro de grandes marcas de luxo e se tornou indispensável aos adoradores de relógios. Conquistou uma clientela pela qualidade do produto e também pelo atendimento especializado. Após todos esses anos nesse mercado, Diomedio decidiu enveredar para o ramo imobiliário ao firmar parceria com o amigo Randal Juliano Mansur. Eles juntaram a experiência do requinte na comercialização de joias com a
Nascido e criado em Brasília, Diomedio, hoje com 46 anos, está há duas décadas no varejo premium. Com conhecimento vasto na área de vendas de artigos de luxo, ele é responsável por introduzir nas vitrines da Capital Federal marcas de renome mundial, como Grifith, Hublot, Breitling e Cartier. O empresário iniciou sua carreira como vendedor em loja de shopping. “Até o dia que eu recebi um convite para trabalhar na Natan. Lá eu permaneci por 13 anos e ocupei todos os cargos disponíveis na empresa. Sempre tive o jeito para vendas”, conta. Com a experiência, Diomedio montou sua primeira joalheria, no Park Shopping, há sete anos. Fez cursos na Suíça e frequenta os mais importantes salões de vendas do segmento. Anualmente vai ao Salão Internacional de Alta Joalheria, realizado na Suíça. GPSBrasília « 165
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Diomedio Santos utilizará toda a excelência do atendimento na joalheria nas vendas dos imóveis de luxo
Quando o Iguatemi abriu, mudou a loja para lá, onde está há quatro anos. As atualizações constantes de mercado, aliadas ao atendimento de excelência e pós-venda impecável, garantem a Diomedio a exclusividade de trazer marcas de renome para sua joalheria. “O nome vendedor é pejorativo, já se pensa logo em uma pessoa insistente, aquele chato. Acho que o bom vendedor é aquele que transforma um bate papo informal em venda, deixa o cliente à vontade. É um dom”, acredita. Com o novo negócio, Diomedio é o pioneiro na implantação do nicho de boutique de imóveis em Brasília. “Os clientes se tornaram exigentes não só a partir do conhecimento sobre os atributos do produto, eles também querem ser tratados da melhor forma possível, receber certos mimos, além de atenção personalizada”, acredita o empresário. A Itaim saiu do papel após uma grande pesquisa e análise do mercado de São Paulo. “Teremos o mesmo critério que eu tenho de atendimento na venda de uma pedra preciosa”, ressalta Diomedio.
OPORTUNIDADE Mesmo com a instabilidade econômica brasileira, o mercado imobiliário dá um respiro diante do cenário nacional. A
Pesquisa Índice Velocidade de Vendas (IVV) do Setor Imobiliário do Distrito Federal, realizada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-DF), mostra um quadro mais equilibrado na Capital Federal. O IVV dos imóveis residenciais no terceiro trimestre de 2015 foi de 4%, apenas 0,7% abaixo do índice do segundo trimestre. A pesquisa do IVV é de grande utilidade para compradores e vendedores de imóveis, pois sinaliza o comportamento do mercado. De olho em todos os prismas da situação do ramo, os dados não amedrontam esses investidores de olho na classe A. Para inspirar o aquecimento no setor, Diomedio aposta na personalização da venda e na excelência dos imóveis e do atendimento. “Todo negócio tem seu risco, mas a gente não pode esperar para fazer esse tipo de investimento quando a economia estiver às mil maravilhas. Em minha opinião, esse é o momento para investir, pois nos destacaremos”, afirma o empreendedor. “Mesmo com a economia instável, temos certeza no diferencial dos nossos serviços”, acrescenta Randal. SERVIÇO Itaim Negócios Exclusivos SHIS QI 5, bloco F, sala 305, Centro Comercial Gilberto Salomão – Lago Sul, Brasília (DF) (61) 3364-0338 | 9868-3333 www.itaimnegocios.com.br contato@itaimnegocios.com.br
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Projeções do empreendimento
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Parque Towers, em Sunny Isle
s Beach, em Miami
ol o ano inteiro, belo mar de águas mansas, gente bonita, luxo à mostra e entretenimento a qualquer hora constituem o cenário de uma das cidades mais cobiçadas do mundo, especialmente por brasileiros. Mesmo na alta do dólar, o Hemisfério Sul não recuou seus investimentos. Afinal, são 20 milhões de habitantes, além de 15 milhões de visitantes ao ano. É muita gente reunida numa cidade que se tornou em poucas décadas um dos maiores centros de investimento financeiro e imobiliário do mundo. Atualmente, há cerca de mil escritórios de multinacionais unidos à concentração de cem instituições financeiras, 70 consulados, três aeroportos e um trem-bala – com entrega prevista para o fim deste ano –, que fará o percurso de Miami para Orlando em apenas três horas. De acordo com pesquisa feita pela Related Isg, Miami é hoje a oitava cidade mais rica do mundo. Ocupam os primeiros lugares Londres, Nova York e Cingapura, respectivamente. A expectativa é de que, até 2035, ela atinja o pódio. Para o empresário e corretor de imóveis no Brasil e em Miami da construtora J.Milton & Associates, Marcelo Araújo, de 32 anos, esse é o momento para investir no sonho da casa de praia na Flórida. Responsável pelas operações no Brasil, é agente de vendas do Parque Towers, empreendimento luxuoso em construção, da J.Milton. Com 87% vendido, o residencial será o lar de várias celebridades e jogadores de futebol.
Localizado em Sunny Isles Beach, um dos mais requisitados e caros bairros de Miami, o Parque Towers ostenta instalações cinco estrelas, ao lado de marcas como a Porsche, Armani e Ritz Carlton. Araújo afirma que a procura para a compra de mansões verticais na cidade cresce semestralmente. “O mundo está em Miami e quem ainda não se estabeleceu por lá, com certeza, quer achar um lugar para se firmar. Miami é a cidade dos negócios, da residência e dos investimentos”.
PARAÍSO VERTICAL Localizada em um bairro de 20 mil habitantes e com 3km de extensão de praia, Sunny Isles Beach hoje é mais que cobiçada em Miami. Atualmente, o metro quadrado é vendido por cerca de USD 20 mil. Na Torre, as unidades variam com apartamentos de 172 metros quadrados até coberturas duplex de 350 metros quadrados e piscina exclusiva. Outra vantagem é a vista para o mar e para a baía, cuja marina permite que moradores e convidados cheguem por água. Há ainda manobrista, sofisticada academia, serviço de limusine, cinema e teatro privativos, restaurante, além do serviço de lavanderia. Para os hóspedes, o condomínio conta com 14 suítes distribuídas pelas duas torres. As obras estão a todo vapor e a previsão de entrega é no primeiro semestre de 2016. GPSBrasília « 169
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Marcelo Araújo e os gêmeos Flávio e Gustavo Mendonça, da J.Milton Brasil
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SEM CRISE Marcelo Araújo vivencia os dois mercados financeiros, uma vez que vive entre Miami e Brasília. A percepção diante da situação econômica Brasil-Miami é a mais otimista possível. “Os Estados Unidos já viveram essa crise. Eles não vão deixar acontecer de novo. O cenário em Miami é completamente animador. As vendas de imóveis aumentaram 18,33% no primeiro quadrimestre desse ano. Viajar, morar e comprar, todo mundo quer inserir Miami nesses contextos”, afirma Marcelo.
SOCIEDADE Jovem, atento e habilidoso com vendas, Marcelo enxergou há três anos anos o potencial desse relacionamento sério entre Brasília e Miami. Com a mãe residente do local, Marcelo fechou parceria com os gêmeos Flávio e Gustavo
Mendonça, dois nomes que caracterizam bem o elo entre ambos os países. Hoje, sócios no escritório da J.Milton em Brasília, estão transformando o residencial num oásis de luxo e conforto para brasileiros. A construtora existe desde 1963 e foi fundada pelo cubano José Milton, falecido há dois anos. Negócio de família, hoje a empresa é dirigida pelos três filhos de José, que assinam mais de 50 mil unidades residenciais, sendo proprietária de 16 mil desses imóveis, avaliados em USD 2 bilhões. “A empresa tem seu patrimônio, constrói com seus próprios recursos, que somam USD 200 bilhões ao ano, envolvendo 26 condomínios e terrenos suficientes para construir pelos próximos 30 anos”; ou seja, se o Brasil não continuasse a ser um potencial cliente, em outros mares a empresa já teria feito o seu desembarque. “Não há crise para o nosso público”, finaliza o executivo. SERVIÇO J.Milton Imobiliária 303 Sul, Bloco B, loja 1 – Brasília (DF) (61) 3224-2370
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e mais que mil palavras. izem que uma imagem val brilho, melhor ainda. ViSe ela tiver qualidade e constantes novidades vemos uma era que espera e seja surpreende com nada qu em tecnologia e já não se rível. mediano. Tem que ser inc io quanto o universo dig Esse avanço tem mostrado a vida l. A proposta é substituir tal influencia o mundo rea ideia eça no movimento. Essa estática e mergulhar de cab Capital corporativos e sociais da tem ganhado os eventos nder a zer mais dinamismo. Pre Federal. “A intenção é tra , exm” a sabe fazer como ningué atenção. E isso a tecnologi presa prietário da Trend Led, em plica André Marrocos, pro LED (Lie locação de display em especializada em venda ght Emitting Diode). enritório nacional, o empre Com atuação em todo ter jetos mercado, customizando pro dimento ganhou força no derniional quanto para os mo tanto para o público tradic a que lic cm e 64cm, André exp nhos. Com placas de 57 as. “A ntes configurações de tel é possível elaborar difere ndes atrativos do LED”. versatilidade é um dos gra -se s lado a lado, transformam São placas que, instalada gra , pro nsmitir imagens e vídeos em grandes telas para tra D entrou íssima qualidade. “O LE mados ou ao vivo, em alt alidade projetores, que tinham qu na lacuna deixada pelos a. Já o sem a escuridão necessári comprometida em locais door”. LED atende indoor ou out ao encontrar o LED ideal par André esclarece que para soas e r a distância entre as pes evento é necessário analisa necesntagem da estrutura, são as projeções. Quanto à mo xidade as, dependendo da comple sárias, em média, duas hor personão param. Além das telas do projeto. E as inovações D em LE LedPhone, um totem de nalizadas, a novidade é o 1,80m ou 2,5m de altura. formato de smartphone, com igensidente da Câmara de Dir Álvaro Silveira Júnior, pre u um deral, recentemente realizo tes Lojistas do Distrito Fe cinco utilizando, na solenidade, evento e aderiu à novidade, s unida70 metros quadrados e sei telas de LED com mais de
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A novidade no mercado é o
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proporciona outro poder de des do LedPhone. “O LED soas em diferentes distân visualização, pelo qual pes de conteúdo exposto. Além cias conseguem enxergar o aliado a preço acessível”, ser um fôlego novo, que vem comenta Júnior. i, na China, André Recém-chegado de Xanga cidade a chamada digiadianta que fomentará na a tendência mundial, em talização de fachadas. Um sua parte externa ilumique os prédios ganham na ia é elaborar malhas em nação e projeções. “A ide s, lojas e transmitirão um LED, que cobrirão prédio espetáculo a céu aberto”. de já pode ser impleAndré explica que a novida o observar as orientações mentada, sendo necessári Brasília, são poucos os de cada administração. Em apostaram na novidade, empreendimentos que já Luxo, Taguatinga. como o Shopping Toque de dar a cena urbana em A novidade promete mu s, dando-lhe aparência Brasília, nos próximos ano SERVIÇO capitais asiáticas. “É imTrend Led de megalópoles, como nas ível e leve. stecimento Norte (SAAN), saltar que o material é flex res te tan por Setor Armazenamento e Aba 63 (DF) – (61) 3244-02 circulação de vento e não quadra 2, lote 245 - Brasília Permite a continuidade da Instagram: trend_led aliza. Facebook: trendbsb pesa nas edificações”, fin dled.com.br www.tren
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RETRANCA BELEZA
A ESTÉTICA DE RENOIR
REFERÊNCIAS MUNDIAIS PARA COLORAÇÃO DAS MADEIXAS E MAKES ESPECIAIS QUE AGILIZAM A VIDA LEVAM TRENDIES GIRLS AO SALÃO DE BELEZA, NO GILBERTO SALOMÃO, QUE TAMBÉM ATENDE HOMENS MODERNINHOS FOTOS BRUNO
PIMENTEL
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A
brasileira está cada dia mais loira – ou, ao menos, com os fios bem mais claros. Segundo pesquisa feita pelo grupo P&G, esse tipo de coloração representa 40% das vendas totais de marcas especializadas, enquanto as demais se dividem entre as tonalidades de preto, castanhos e vermelhos. A preferência pelo visual blond também é maior no início da temporada de calor, com as idas mais frequentes à praia e à piscina. No salão de beleza Renoir Cabelo e Arte, comandado pela empresária Luciana Côrtes, no Gilberto Salomão, não é diferente. O número de interessadas pelos fios loiros é cada vez maior. “Um dos serviços mais pedidos aqui no salão é a tintura dos cabelos. Mas ser loira não é fácil. Por isso, além de todo o processo de pigmentação, os nossos profissionais prestam uma consultoria de como manter e tratá-los”, explica Luciana. E quem chega lá querendo sair totalmente loira pode se decepcionar. É que nessa consultoria, o hair stylist tem a liberdade para dizer se aquela tintura orna ou não no seu tom de pele. “É importante o cliente entender que nem sempre o que ele quer é o ideal para ele”, completa a empresária. O loiro da nova temporada é o baby blond, um dos
mais pedidos no salão. Feito com luzes mais espaçadas e maior iluminação no contorno do rosto. Nada daquelas luzes que desfiam e embaraçam o cabelo, deixando a cliente por oito horas no salão. “A técnica usada é de free hands ou mãos livres, que aumenta o controle dos pontos que devem ser iluminados. O resultado é um efeito mais natural, com cara de cabelo de criança”, explica um dos hair stylist do Renoir, Paulo Lobo. E, o melhor de tudo, a técnica não necessita de reparos frequentes. Com a tintura longe da raiz, o retoque pode ser feito a cada quatro meses ou mais, de acordo com a necessidade de cada uma. Essa coloração também pode ser feita com a técnica shatush. Tendência em Paris e Nova York, é ideal para quem não tem disponibilidade de estar sempre no salão. É originalmente feita com escovas, mas não a de pentear, a de lavar roupas. “A escova é mergulhada no descolorante e aplicada levemente nos cabelos, separados por mechas. A técnica proporciona aos fios um resultado muito natural”, completa Lobo. Após ficar loira, a cliente antes mesmo de sair do salão já marca o retorno para o profissional acompanhar como estão os fios, 15 dias depois. GPSBrasília « 175
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BELEZA
O SALÃO Luciana Côrtes trouxe sua paixão por beleza para o Brasil assim que deixou a Austrália. Foi aí que decidiu abrir, há um ano, o Renoir Cabelo e Arte. Atualmente, comanda uma equipe de 12 profissionais e oferece o Dia do Noivo, maquiagem com visagismo, além dos serviços tradicionais. O espaço foi projetado pelo arquiteto Marcos Dourado e decorado pela própria empresária. Amante da era vitoriana, no Reino Unido, Luciana reuniu tudo que mais adora na decoração do espaço. Espelhos com molduras elaboradas, lustres, mobiliário clássico, tapetes a la Aubusson, com ar barroco. Além das mulheres, o salão investe no público masculino. O espaço de barbearia é bem movimentado por lá. “Separamos os públicos para todos se sentirem em casa”, conta Luciana. Os homens podem se refrescar com bebidas geladas e se atualizar com os cortes atuais nas tevês que ficam dispostas no ambiente. A equipe de experts também tem chamado atenção no mercado brasiliense. Paulo Lobo e Junoh Padilha estão sempre antenados com as novidades do segmento no mercado nacional e internacional e são disputados pelas it girls quando o objetivo é ficar bonita.
CUIDADOS COM AS MECHAS LOIRAS • Lavagem específica - Usar todos os dias shampoo e condicionador apropriados para cabelo com química ajuda a manter a saúde e a cor dos fios por mais tempo • Hidratação – É essencial para manter a maleabilidade dos fios. Faça a cada 10 dias em casa e ao menos uma vez por mês no salão • Leave-in em mãos – O produto próprio para deixar nos cabelos após a lavagem pode proteger do sol e também do calor da chapinha ou secador. Basta procurar pelas informações na embalagem, que deve indicar sua ação. Aplicar diariamente o produto pode garantir que a cor demore a desbotar.
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INFANTIL
O BOM GOSTO NATO FEZ COM QUE JULIE ANNA SE CONSOLIDASSE NO MERCADO DE EVENTOS INFANTIS DE GRANDES PROPORÇÕES. MAS TUDO O QUE É MAXI, PODE SER PETIT E IGUALMENTE LUXUOSO. SÃO AS MINIFESTAS POR LÚRIA REZENDE « FOTOS GIOVANNA BEMBOM
PEQUENOS SONHOS, GRANDES IDEIAS 178 « GPSBrasília
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Há mais de cinquenta tem
as para a escolha
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s festas para crianças são sempre associadas a muitos detalhes que beiram a perfeição. Quando se trata de celebrar a data de nascimento dos filhos, pais não poupam esforços. Nem gastos. Vale tudo na hora de viver a fantasia. Há quem opte por megaproduções, mas também quem queira comemorar de forma minimalista, mas sem perder a essência de um grande festejo. E é desse desejo que a Festas Criativas, expertise em decoração, lançou a modalidade Petit. A empresária Julie Anna Lopes agregou ao showroom de mais de três mil metros quadrados, localizado no Park Way, um novo acervo de mil peças entre pequenos bonecos e enfeites que, ao todo, englobam 50 temas infantis. “Após 11 anos no mercado e mais de dez mil festas realizadas, fidelizamos muitos clientes, então sempre tínhamos pedidos de pacotes menores. Eram mães que não queriam deixar passar a data em branco. Nós viemos para atender a essa demanda”, explica a proprietária Julie Anna Lopes. Sem esquecer os moldes grandiosos e tradicionais das festas de aniversário característicos da empresa, as Festas Petit são recomendadas para celebrações menores de aniversários ou os mêsversários, como é chamada a comemoração mensal do bebê até completar um ano. “Temos
decoradores especiais para inúmeros formatos. Assim, se o contratante quiser fazer a festividade apenas com a mesa de jantar da sala, embaixo do prédio ou na escola do filho, ele pode ficar tranquilo, porque será tudo calculado e perfeito”, garante Julie Anna. Os pacotes vão de R$ 290 a R$ 390 com, aproximadamente, dez peças. Os itens também podem ser alugados individualmente. “Tudo foi escolhido com muito cuidado. Os itens são novos e têm um diferencial de composição em relação às produções gigantes. São peças compradas no exterior e, muitas delas, são de colecionadores”, complementa a empresária. É um nicho para quem se preocupa com os detalhes. Uma das grandes características da Festas Criativas é a identidade com a sofisticação nas produções. Julie Anna fazia decoração de eventos como hobby e sempre recebeu elogios dos amigos. Certo dia, resolveu que queria viver daquilo. Pesquisou o mercado, viajou em busca de fornecedores e de serviços diferenciais. Há onze anos montou a empresa que atualmente faz, em média, 20 festas por semana e tem 40 funcionários, entre fixos e terceirizados. Hoje, com 38 anos e aos oito meses da primeira gestação, Julie agora entende mais do que nunca o desejo dos pais em realizar a festa para os filhotes. “A proposta é que nosso cliente esteja sempre à vontade, confiante e despreocupado. Nós pensamos em tudo com muito amor e cuidado, sempre prezando pela elegância e decoração impecável”, ressalta Julie. Circular pelo espaço é como entrar no mundo da fantasia. Em exposição, cenários lindos, com réplicas perfeitas dos personagens mais famosos do mundo infantil, feitas com fibra resinada. Mesas em formato de barco, painéis decorativos. Tudo para fazer com que o sonho da criança se torne realidade. O grande showroom oferece itens de decoração como bonecos, bandejas, adornos, painéis de fundo, lembrancinhas, balões e maquetes de bolo. A empresa se destaca no mercado de festas da cidade pela qualidade dos produtos oferecidos e pela grande variedade. São dezenas de temas, que têm cerca de 20 peças cada. A lista inclui personagens da Disney, Cartoon e Discovery Kids. “Entre os favoritos estão Frozen, as Princesas, Peppa Pig, Harry Potter, heróis e heroínas”, destaca Julie. Minicraft, Romero Britto, Soldinho de Chumbo e confeitaria são os temas novos no cardápio. SERVIÇO Festas Criativas SMPW Quadra 05, conjunto 09, Lote 08 – Brasília (DF) (61) 3568-2289 | 3568-0055 De segunda a sexta, das 9h às 18h; e sábado das 8h às 12h. www.festascriativas.com.br
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SOCIAL
CAROL CAMPOS E GUILLERMO AMARAL CELEBRAM UNIÃO NA CAPELA NOSSA SENHORA DE APARECIDA NO RECANTO DAS ÁGUAS. BELÍSSIMA, CAROL ADERIU UM VESTIDO DA ESTILISTA MARIA VIRGÍNIA E BEAUTY DA DUPLA DO DESIDERADA, LALA E GIGI. CELSO JUNIOR E UESLEI MARCELINO
Carol Campos e Guillermo Amaral
CAROL & GUILLERMO
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Renan Calheiros e Verônica
Ex-senador Luiz Otávio Campos com a filha
Luiz Otávio Campos e Lílian
Daminhas e pajens
A benção na capela Nossa Senhora de Aparecida no Recanto das Águas
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SOCIAL
Os noivos com os pais
A DECORAÇÃO DE REJANE DO VALLE TROUXE ARRANJOS COM TULIPAS, LÍRIOS E ORQUÍDEAS IMPONENTES NO SALÃO. A EQUIPE DE CELSO JABOUR, DA SWEET CAKE, ASSINOU O BUFFET PARA OS 500 CONVIDADOS. O AUGE DA NOITE FOI O SHOW DO CANTOR LATINO.
Os padrinhos durante a cerimônia
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Latino com os convidados
Latino com a noiva
Show do Latino
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SOCIAL
RENATA LA PORTA E JOÃO PAULO TODDE NOGUEIRA OFICIALIZAM MATRIMÔNIO NA CATEDRAL METROPOLITANA DE BRASÍLIA. O LOOK ELEITO PARA A OCASIÃO FOI UM VESTIDO DOURADO DE PATRÍCIA BONALDI E TIARA BY DEISE AVIZ.
Os noivos João Paulo Todde e Renata La Porta
LA PORTA & TODDE
FOTOS CELSO JUNIOR E SÉRGIO LIMA
Giovanna Duarte
Alexandre Todde e Daniele La Porta
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Higor Santos e Kátia Maranhão
A noiva com o pai João Luiz Arrobas
Stan, Morena e Martin Jack com Hugo e Daisy Todde
O noivo com a pequena Luna Bianchi
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SOCIAL
A RECEPÇÃO OCORREU NA RESIDÊNCIA DOS NOIVOS NO LAGO NORTE. QUE RECEBEU DECORAÇÃO TEMÁTICA NOITE EM VENEZA, DE RICARDO AZEVEDO. O CARDÁPIO NÃO PODERIA SER DIFERENTE, FOI ELABORADO POR RENATA LA PORTA BUFFET. JÁ OS DOCES FICARAM A CARGO DE FLAVIA LABECCA, EL HAJJ E CECÍLIA FALCÃO. Patrícia La Porta, Lucila La Porta, George Neiva, Beatriz e Gabriella
Vandira e Manoela Peixoto
Laura Coutinho, Orlando Souza, Luisa Carneiro, Mari e Oskar
Os noivos com Wanda Todde Erles Araújo, Cecília Amaral e Lúcia Garofolo
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Os noivos entre José Araújo Libório, Graciela Todde, Enzo Duarte, Lucila La Porta e João Luiz Arrobas
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Neste
final de ano
a estrela
é você.
E para brilhar nas comemorações de fim de ano, a Clínica Dermatológica Dr. Gilvan Alves oferece as mais eficientes e seguras tecnologias a LASER. Agradecemos a todos os nossos pacientes pela confiança depositada em nossa equipe e desejamos um ótimo Natal e um Ano Novo repleto de emoções.
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SOCIAL
POMBINHOS
Os noivos Leonardo Rocha e Natália Marinho
NATÁLIA MARINHO E LEONARDO ROCHA SELAM O AMOR EM CERIMÔNIA NA MANSÃO DOS ARCOS, NO PARK WAY. A CERIMÔNIA TEVE AS BÊNÇÃOS DO PADRE AMÉRICO. FOTOS: CELSO JUNIOR
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Todos os olhares voltados para a noiva
Natália Marinho e Leonardo Rocha com familiares e amigos
Selfie no casamento
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SOCIAL
NA SEQUÊNCIA, OS NOIVOS RECEBERAM OS AMIGOS E FAMILIARES EM JANTAR ELABORADO PELA ADRIANA BUFFET. O BOLO DE SEIS ANDARES FOI ASSINADO POR CECÍLIA FALCÃO, JÁ OS DOCES POR CIRÔNIA E PINA CAKE.
Luiza Moraes e Sulivam Covre
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Karinne Pantazis e Luiz Felipe Hernandez
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DIPLOMACIA
A EMPATIA É NÍTIDA COM O BRASIL E SE FAZ EVIDENTE AO SE ADENTRAR NA EMBAIXADA ITALIANA, CONSTRUÇÃO DO ACLAMADO PÍER LUIGI NERVI QUE HOMENAGEIA OS TRAÇOS DA CAPITAL. LÁ DENTRO, UM CASAL DE EMBAIXADORES QUE CURTE O PAÍS E DELE PRETENDE LEVAR A “ALEGRIA DE VIVER” POR MARIANA ROSA FOTOS CELSO JUNIOR
LA NOSTRA ITALIA
U
m bosque de concreto. Muitas plantas naturais cercando a construção. Largas bases de cimento ramificam-se em quatro grandes braços. Essas vigas
de reuniões, chancelarias e a própria casa do embaixador. Na base da estrutura, encontra-se o subsolo, onde ficam a cozinha industrial, os grandes salões de representação e o teatro.
de concreto armado lembram a estrutura de uma árvore e
Quando Juscelino Kubitschek inaugurou Brasília, em
sustentam uma caixa retangular imitando a cúpula da plan-
1960, um dos pedidos do Presidente foi para que as em-
ta. Para construir a Embaixada da Itália em Brasília, o ar-
baixadas fossem construídas tendo alguma relação com
quiteto Píer Luigi Nervi inspirou-se na Floresta Amazônica.
o plano urbanístico da cidade. E, ao mesmo tempo, não
Inaugurada em 1977, a embaixada, se observada de longe
perdessem as características do país estrangeiro. Naquela
e por fora, passa a sensação de estar suspensa. Impressão cor-
época, o arquiteto italiano mais celebrado no mundo, Píer
reta, pois os pilares de concreto sustentam escritórios, salas
Luigi Nervi, foi escolhido para o projeto. Ele uniu o tra-
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Escada inferior conduz o visitante aos salões de recepção da embaixada. Detalhe para a ausência de corrimão e a iluminação em formato de gotas
balho do brasileiro Oscar Niemeyer com concreto armado – que deu forma à Capital Federal – à ideia de apresentar um ambiente leve, contrapondo-se ao clima ainda pesado deixado pelo fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945. A embaixada entra nos ares bucólicos por causa dos espelhos d’água. Lembram pequenos lagos habitados por peixes e tartarugas. Mármore e granito brancos, verdes e vermelhos – as cores da bandeira italiana – forram o chão. Mais de cem buganvílias vermelhas e lilases e outros tantos flamboyants vermelhos-alaranjados colorem parte dos 25 mil metros quadrados do lote 30 da quadra 807 Sul do Setor das Embaixadas. Hoje, o país europeu é um dos maiores parceiros comerciais do Brasil. Mais de 900 empresas italianas atuam em solo brasileiro. O intercâmbio comercial em 2014 foi de mais de USD 11 bilhões. “Temos uma relação estreita e de longo prazo, fazendo com que os empresários italianos que vêm ao Brasil cheguem com vontade e atitude de superar obstáculos de qualquer tipo”, explica o embaixador da Itália, Raffaele Trombetta. Desde 2010, a Embaixada da Itália implantou o projeto Embaixada Verde, lançado pelo Ministério dos Negócios Es-
trangeiros da Itália. O prédio é autossustentável na questão energética e a primeira sede diplomática no Brasil a utilizar energias renováveis. Usam painéis solares e microturbinas eólicas para gerar energia. Além disso, a água da chuva é captada pelos jardins e reutilizada na limpeza do local.
INTERIOR Se por fora a embaixada assemelha-se a um bosque, por dentro lembra um palácio. “Que bonito aqui”. Esta é a primeira impressão de quem adentra a repartição. Quatro grandes salões de representação no subsolo, muito bem decorados, recebem convidados praticamente toda semana. Destaque para as obras de Pablo Picasso penduradas na sala logo à esquerda de quem chega. São quatro quadros devidamente preservados e admirados. Duas escadas redondas, iluminadas por lustres em formato de pêndulos, levam os convidados aos seus destinos. A de baixo, sem corrimão, leva aos grandes salões. A de cima, com corrimão de metal, encaminha o público em geral à área burocrática do prédio. GPSBrasília « 195
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RETRANCA
O embaixador da Itália no Brasil, Raffaele Trombetta, e a embaixatriz Victoria
A Embaixada da Itália é uma “embaixada portas abertas”. Recebe com frequência estudantes de arquitetura, engenharia e relações internacionais para palestras e visitas guiadas. Promove eventos culturais, mostras de cinema, apresentações de música. “É uma questão de ânimos! Brasileiros e italianos são muito parecidos. Então, como vocês têm braços abertos conosco, mostram amizade, isso nos contagia”, explica a embaixatriz Victoria Trombetta Mabbs. Para integrar a equipe de 56 funcionários da embaixada (sem contar o staff), o candidato presta concurso. Tanto brasileiros, italianos e ítalo-brasileiros que trabalham na repartição passaram pela seleção de talentos. Uns ganham em reais, outros em euros. Já os funcionários de carreira prestaram concurso público na Itália para o Ministério das Relações Exteriores daquele país. Assim como acontece no Brasil. Quem se interessa em conhecer de perto o país da pizza, das massas, dos vinhos e de belezas seculares não tem muita dificuldade. Visitar a Itália é muito simples. Por integrar a União Europeia, o turista pode permanecer até três meses em solo italiano sem a necessidade de visto.
O EMBAIXADOR Raffaele Trombetta é o atual embaixador da Itália no Brasil. O país é a quinta sede da carreira diplomática do italiano. Esteve antes na Colômbia, na Inglaterra, em Bruxelas e na China. Admirador do Brasil, o diplomata adora viajar por aqui. Visitou quase todos os estados brasileiros. Alguma cidade em especial? Sim, as cidades costeiras. “Salvador e Rio de Janeiro são as que mais gosto. Salvador, especialmente, me lembra Nápoles, onde eu nasci e morei muitos anos”, conta. Há quase três anos vivendo em solo brasileiro, uma opinião positiva foi formada: “O Brasil é um país cativante por si só. Mas a atitude acolhedora e a alegria de viver estão explícitos e fazem parte da índole do brasileiro. Isso muito me agrada”, afirma. Entretanto, é o jeito como os brasileiros curtem a vida, nas palavras do embaixador, “sem estresse e com alegria”, que as outras nacionalidades poderiam se inspirar, ou seja, um elemento digno de exportação da cultura brasileira.
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Aos 55 anos, é no Parque da Cidade ou na rua em frente de casa – no setor das embaixadas na L2 Sul – que Trombetta pratica atividades físicas. Gosta de caminhada e corrida. Para agradar o paladar do embaixador, sirva espaguetes com vongoles (mexilhões), seu prato regional preferido. Do lado brasileiro, o italiano não resiste a um bom churrasco e a uma moqueca. Otimista, o embaixador aposta nas oportunidades para aprofundar a colaboração entre os países. Principalmente nos âmbitos cultural, econômico e tecnológico. “A visita que o Chanceler italiano realizou ao Brasil no começo de outubro, acompanhado de uma delegação de mais de 15 empresários, é um bom exemplo disso”, explica.
A EMBAIXATRIZ Esbelta e elegante como uma verdadeira dama, Victoria Trombetta Mabbs, a embaixatriz da Itália em Brasília, expira simpatia e sorrisos. Nos grandes salões, a anfitriã recebe os convidados e conversa com todos em
ótimo “portunhol”, como define, de forma espontânea, o idioma que fala. Clássica – vestida de branco e preto –, mistura qualidade das roupas de grife com o artesanato brasileiro – detalhe para a bolsa, de nenhuma marca mundialmente conhecida. A Embaixatriz da Itália leva seus acessórios em uma bolsa feita com o lacre de latinhas de alumínio. Prestígio ao trabalho manual e de cooperativas brasileiras. Nascida no Quênia, de pais britânicos, a embaixatriz é avessa a atividades físicas. À boa genética atribui o corpo esbelto: “Eu não faço absolutamente nada! ‘Niente’! Acho que é uma coisa cansativa”, revela. “Sou ‘fortunata”, uma sortuda, como dizem os italianos. A história da jovem mudou quando tinha mais ou menos 22 anos. Com apenas duas malas na mão e muita coragem, Victoria deixou a casa da família na Espanha e embarcou no sonho de morar na Itália. Arrumou emprego, fez amizades e na casa de uma amiga conheceu Raffaele. Casaram-se dez meses depois e permanecem juntos há 28 anos. Tiveram dois filhos: Alex, 25 anos, e Emily, 22, ambos estudam e vivem em Londres.
Quadros de Pablo Picasso enriquecem o salão de recepção da embaixada italiana
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RETRANCA
Sala de espera dos visitantes
Sala de reunião
Uma das salas de recepção
A embaixatriz acompanha de perto a preparação dos eventos na embaixada. A parte culinária é a sua preferida. Com a ajuda do cozinheiro, trabalham juntos na missão de criar novos pratos com ingredientes brasileiros e, ao mesmo tempo, manter a excelência da gastronomia italiana. “Eu gosto de inventar. Coitado do meu marido. Tem dia que ele come várias vezes a mesma coisa com pequenas variações, até chegar ao sabor que eu quero”, revela. Sobre a culinária brasileira, ela mesma explica: “Sabe uma coisa que eu gosto demais no Brasil? É como vocês fazem uma carne. Tem um tipo especial de sal que colocam que ela fica ‘uau!’. A carne brasileira é fantástica. Também me agradam as comidas da Bahia, muito diferentes. A variedade de frutas que vocês têm e o jambu da Amazônia, que dá aquela dormência na língua, são muito bons”. Por falar em Amazônia, viajar para a floresta é o roteiro favorito da embaixatriz. “Eu estou completamente apaixonada pela Amazônia. Fui muitas vezes lá. Sempre que posso, volto. Adoro passear pela floresta, tirar fotos e almoçar em restaurantes perdidos por lá”, conta. O envolvimento com projetos sociais é uma marca de Victoria. É responsável pelo setor social do Grupo dos Cônjuges dos Chefes de Missão (GCCM). Formado na cidade e sem fins lucrativos, pesquisam em Brasília as áreas mais carentes, principalmente creches, e ajudam como podem. Entre os eventos organizados pelo grupo está a Feira Internacional das Embaixadas. O dinheiro arrecadado é destinado para essas instituições.
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HISTÓRIA
Foi entre 1880 e 1930 o ápice da imigração italiana para o Brasil. Vieram trabalhar, sobretudo, na lavoura e em busca de uma vida nova. Na época, a Europa vivia uma forte crise de desemprego com a chegada da Revolução Industrial. Máquinas passaram a ocupar o lugar dos trabalhadores. Por outro lado, o Brasil acabava de abolir a escravidão e precisava de mão de obra para a agricultura. Assim, o País recebeu de bom grado e incentivou a vinda dos imigrantes europeus. Instalaram-se, principalmente, na região Sul e Sudeste, mas fundaram colônias por todas as regiões do país.
198 « GPSBrasíliaEscultura Núcleo, do artista ítalo-brasileiro Renato Moriconi
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ARTE
UM SOPRO DIVINO APÓS TRÊS SÉCULOS FECHADO PARA MOSTRAS, O PANTEÃO EM ROMA REINAUGURA O ESPAÇO COM OBRAS DE CARLOS ARAÚJO, O PRIMEIRO ARTISTA CONTEMPORÂNEO BRASILEIRO A EXPOR NO LOCAL QUE ABRIGOU GRANDES RENASCENTISTAS POR PAULA SANTANA
I
magine um engenheiro cujos traços se direcionavam para o etéreo e não para o concreto. Imagine também que esse profissional em vez de cálculos precisos preferiu dedicar-se ao abstrato, ao intangível, ao metafísico. Imagine, por fim, que o desfecho dessa dualidade foi parar no portentoso Pantheon, em Roma, local onde está o corpo do renascentista Rafael. Há 15 anos, o paulista Carlos Araújo dedica-se a pintar passagens da Bíblia. Já criou mais de 1,2 mil telas de até seis metros de altura. Recentemente, recebeu a missão de inaugurar o espaço de exposições do monumento roma-
no, fechado há três séculos para mostras. Para tal, desenvolveu ao longo de oito meses 32 quadros de 2,20 X 0,80 intitulado Gênesis, em referência ao primeiro livro bíblico. Para se instalar nessa atual fase, o artista passou por um período de isolamento, nos anos 90, repensando seus motivos pictóricos. Ao sair desse crepúsculo existencial, decidiu ser instrumento de algo maior e passou a dedicar-se a obras bíblicas. “Meu trabalho é uma mensagem de solidariedade e amor ao próximo, que vale para cristãos, budistas, ateus, judeus, muçulmanos... somos todos irmãos”, diz. Araújo é admirado por autoridades do Vaticano desde os anos 1970 e já expôs telas na Bienal de Florença (2007), no Carrousel du Musée du Louvre, em Paris (2008), no Parlamento Europeu, em Bruxelas (2012), e no Castel dell’Ovo, em Nápoles (2014). “O Genesis é praticamente uma poesia. A primeira carta de amor de Deus ao homem”, explica.
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Fotos: Divulgação
Essa relação é pregressa ao momento atual. Em 1980, o painel Anunciação foi enviado pelo governo brasileiro ao Papa João Paulo II. O Papa Bento XVI também se encantou com sua obra a ponto de fazê-lo escrever um prefácio para a primeira edição do seu livro Bíblia – Citações, uma edição de 685 páginas e sete quilos em que imprime cerca de 900 telas. O artista também trabalha com desenho e litografia, habilidades demonstradas desde criança. Especialistas, como o controverso e genial Pietro Bardi, diziam que suas obras não se concluem onde finaliza a pintura. Elas têm sequência, parecem ter nascido antes de serem pintadas. Como se vivessem além da superfície estrutural.
Foi difícil a decisão de deixar a Engenharia pela arte, uma vez que é autodidata? Comecei na arte muito cedo e percebi que não conseguiria manter meu pé em duas canoas. Foi então que naturalmente continuei pintando; a engenharia muito me ajudou a racionalizar o desenvolvimento de minha carreira como pintor. Você iniciou sua carreira com um viés social, que depois seguiu o caminho da espiritualidade, convergindo com a teologia. O que essas fases e segmentos têm em comum? O próprio homem, a humanidade.
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Você teve formação cristã? Como foi o despertar para a religião? E quando ela passou a te incomodar, culminando em arte? Tive uma formação Cristã, que plantou a semente. Nos anos 80, foi editado em Paris por Claude Draeger o livro ARAUJO, com prefácio de Pietro Maria Bardi e Pierre Restany, que continha cerca de 150 obras que relatavam a opressão do homem sobre o próximo. Títulos de pinturas como O sinaleiro de Itaipu, A neta amamentando a avó por falta de comida, Descanso no latifúndio, Uma escola na Amazônia... Comecei então a perceber que inconscientemente havia deixado um registro de fatos gerados num mundo cuja causa era, e ainda é, a efetiva não compreensão e a consequente não aplicação de Dons Espirituais. Nesta época a editora e realizadora Ariane Lancell me convidou para finalizar uma grande coleção de livros de litografia, uncunables, e ilustrei através desta técnica textos do Apocalipse de São João de Patmos. Foi o início de um chamado que agora completa quase 35 anos. Começar pela Graça, a disseminar a Palavra, tentando através da pintura causar no observador as mesmas emoções que em mim se efetivavam. A Palavra nunca me incomodou, pelo contrário, ela abriu portas e me fortificou para a compreensão daquilo que me incomodava. A sua arte se comunica com outras religiões também? Quais e onde elas se afinam na prática, além da temência a Deus? A palavra religião vem da ação de religar o homem ao seu Criador, o que não é pouco. Pressentir sua verdadeira dimensão nesta peregrinação terrestre e saber que, exercitando com amor esta ligação, você desaparece e tudo passa a existir no Senhor. Todas as religiões que pregam a Verdade têm em sua essência comum: o amor a Deus e ao próximo. Esta aparente simplicidade linguística é impossível de se exercer se não houver efetivamente a ação do Verbo religare, pois é daí que vem toda a força, energia para nossa transformação. Você tem conhecimento da Bíblia. Quais livros te tocam mais? A Bíblia esteve a meu lado nos primeiros 30 anos e não a compreendi. A partir de um determinado momento, comecei a folheá-la e dentro de meus pequenos limites, grandes saltos foram dados, para mim antes inimagináveis. Todos os livros contidos no Antigo e no Novo Testamento pregam uma conduta condizente com um essere humano frágil, porém potencialmente preparado desde sua criação para segui-la. O Evangelho de João me parece anunciar a Verdade como em uma poesia de força inimaginável. Através do limitado linguajar humano, revela uma aura da infinita imensidão de Luz que nos cerca.
Você tem muita afinidade com Gênesis. Por quê? No Livro do Gênesis, percebemos os maravilhosos planos de Deus para o homem no Paraíso, em sua criação, em sua origem, na sua igualdade perante irmãos e na sua Semelhança perante Ele e o quanto temos em comum. Como contextualizar a sua arte com a atual realidade diante de tantos confrontos político-sociais entre crenças? O homem se repete há oito mil anos e tudo isso está relatado na história. Atos que se originam em uma pretensa sabedoria humana, e os consequentes resultados do livre arbítrio. O contexto espiritual da arte sempre esteve presente, acessível e necessário, na transmissão do invisível que pressentimos. Você enxerga a mão de Deus ou a ação do Espírito Santo em suas obras, como creem os cristãos, quando creditam a ambos as boas manifestações oriundas de devotos e fieis? Executei cerca de duas mil pinturas da narrativa Bíblica, desde o Gênesis ao Apocalipse, em 35 anos de trabalho, nos quais me senti extremamente protegido. Não me recordo dos momentos da criação da obra e da sua transposição para a tela. Podemos ser veículos de algo imen-
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põem existir, pois em nossa memória remota foi implantada a Centelha Divina, lembranças do Paraíso, e temos saudades Dele sem saber como nominá-lo. Seria impossível procurar outro retorno através da matéria, na nossa impermanência. O que me diz do Papa Francisco? E você esteve com João Paulo II e Bento XVI? Não conheci pessoalmente nenhum Papa, infelizmente. Quando o Papa Francisco, em sua posse na sacada da Catedral de São Pedro, inclinou-se para a multidão, demonstrando o desejo de servir, ele evidenciou os caminhos que Jesus Cristo percorreu. Estava reiterando a orientação da trilha certa para a humanidade. A cada um é dado o seu talento.
samente maior, independentemente da nominação dada por nossa sociedade em suas escalas de valores: o ego nos cega, e quando conseguimos desaparecer, mesmo que por átimos de segundo, advém emoções inimagináveis e imensamente distantes e maiores do que as sensações que o mundo nos oferece. Na sua obra há mais inspiração divina ou transpiração humana, no sentido do despertar do dom à técnica propriamente dita da pintura? Uma ação gera a outra. Deus nos conhece antes mesmo de termos nascido. Portanto os caminhos que trilhamos, a transpiração humana, são palavras que fazem parte de um contexto muito maior, num percurso de retorno a Ele. Há uma certa euforia em ser credenciado pelo Vaticano a expor no Pantheon, onde apenas grandes artistas estiveram? Existe uma imensa responsabilidade em ter sido levado tão longe, tentar fazer permear em meio milhão de pessoas que visitaram o local uma Mensagem tão pertinente. Quando você percebe que a sua obra emociona o Vaticano? A mensagem pictórica espiritual emociona quem com ela se identifica, algo que acreditam ou pressu-
Qual será a sequência desse trabalho? O que você tem em mente? Estamos finalizando o aplicativo Museu Virtual da Bíblia em 1000 Imagens, em que, através da pintura executada nestes 35 anos, poderemos visualizar passagens Bíblicas com pinturas inéditas à sua narrativa correspondente, facilitando assim a sua compreensão. Será traduzido em vários idiomas e distribuído via internet gratuitamente. Imagino que assim possamos nos ajudar mutuamente mundo afora. Você segue os rituais cristãos? Costumo ir aos domingos à missa com minha família para alimentar o espírito. Não vejo este ato como um ritual, mas como forma de fortalecimento, tal qual o ato de alimentar o corpo diariamente. Segundo as leis de Deus, o que falta no ser humano para tentar fazer de novo o Paraíso de que Adão e Eva abriram mão? Voltar, escutar, retornar à casa do Pai, que sempre esteve esperando por nós. Se Jesus voltasse para a convivência humana, como acha que seria o mundo? E você gostaria de estar ao Seu lado, registrando-o? Jesus já convive a nosso lado através do Espírito Santo e assim será até o final dos tempos humanos. Para Deus, o tempo não existe. Dois mil anos ou três mil anos são como um piscar de olhos. Portanto Ele esteve e estará ao lado de bilhões daqueles que Nele acreditam. E o fato de eu tentar registrá-lo em Sua volta perde o sentido diante da Eternidade. GPSBrasília « 203
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BELÍSSIMA MONICA BELLUCCI
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A MULHER MAIS SENSUAL DO MUNDO TRANSFORMA A VIDA DA NOVA GERAÇÃO DE MULHERES COM 50 ANOS AO SURGIR ESTONTEANTE COMO BOND WOMAN NO FILME 007. FOTOGRAFADA PELOS ESTILISTA DOMENICO DOLCE, ELA FALA COM EXCLUSIVIDADE PARA A GPS|BRASÍLIA POR PAULA SANTANA E GUILHERME SIQUEIRA « FOTOS DOMENICO DOLCE
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ilão – Monica é discreta, quase distante. Diante do pedido para a entrevista, ela topou conversar, mas preferiu o telefone. Para a surpresa, ela mesmo ligou, pontualmente, no horário marcado. Disse que estava numa semana tranquila. Foi precisa e gentil. Pela voz, misteriosa e enigmática, era possível imaginar o seu rosto. Antes de iniciar, ela disse ter conhecimento de que Brasília era uma cidade emblemática e bela. Quando nos referimos ao modo como homem e mulher se relacionam com os 50 anos, ela rebateu: “É um processo evolutivo. Ambos devem entrar num estágio onde haja o respeito mútuo sem que a mulher deixe de ser ela mesma”. Iniciamos a conversa sobre o filme. “Eu pensei que fosse para interpretar M”, disse, ao receber o telefonema do diretor Sam Mendes, convidando-a para participar de 007 Contra Spectre. Na aventura, M era a agente chefe, protagonizada por Judi Dench, de 80 anos. Mas não, Mendes queria Bellucci para ser bond girl. “Quando entendi que ele queria uma atriz de idade similar a de James Bond, passei a me perguntar: ‘como pode haver uma de 50? Será que sou bonita o suficiente?’”. Foi assim que teve início a enorme repercussão da atriz italiana que vive uma memorável noite de amor com Daniel Craig no filme. Esse fato ocorreu em fevereiro de 2014. As filmagens começariam em dezembro do mesmo ano. “Tive todo esse tempo para amadurecer e dar o que ele pretendia extrair do meu personagem”. O fato é que Monica entra em cena
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por exatos dez minutos ao longo das 2h20. Passagem meteórica, porém determinante para a trama. Além de ter sido suficiente para causar todo o alvoroço em torno de sua postura, que se mantém praticamente intacta desde que ganhou há 11 anos o título de mulher mais sexy do mundo, aos 40, logo depois de repercutir o sensual Malena, do italiano Giuseppe Tornatore. “Uma vez que a imagem foi criada, ela já não nos pertence, de certa forma. Eu não a controlo verdadeiramente”, lembrando que personagens de viúvas misteriosas e sensuais sempre lhe cercaram. Ultimamente, Monica é capa de expressivas revistas mundo afora e rosto de campanhas publicitárias. Tornou-se a balzaquiana representante dessa nova geração de cinquentonas bem-cuidadas. “As mulheres da minha idade não podem se sentir invisíveis”, diz. “Não se trata de ser como você é, e sim como você se sente”, pondera. “Quando estou no Brasil, vejo-as de corpos voluptuosos, dançando com tanta feminilidade. É lindo. Com as brasileiras tenho a sensação de liberdade, aquela que vem de dentro”, diz, comparando-as com as europeias. Aliás, Monica tem relação estreita com o Brasil. Morou aqui por dois anos, no Rio de Janeiro, quando era casada com o ator francês Vicent Cassel. Arrisca palavras em português, misturando-as com inglês, francês e italiano. “Adoro o idioma. É poético e sensual”, emenda. Lugar que também aprecia e, sempre que pode, dá uma escapadinha é Itacaré, na Bahia. Os moradores da região confirmam que a atriz tem uma casa por lá e vez ou outra, aparece. Do
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Marcel Camus; Tropa de Elite, de José Padilha; e Cidade de Deus, de Fernando Meirelles, o qual tece elogios como um dos melhores filmes do cinema da atualidade. Monica se divide entre Paris, cidade que ama e que a acolheu aos 17 anos, e Roma, onde nasceram Deva e Leonie, filhas de Cassel, cujo casamento de 14 anos durou até 2013. Enquanto estiveram casados, eles nunca moraram juntos por opção. “Evitávamos a rotina”, explica. A maternidade veio no momento devido, aos 40 e 45 anos. Talvez por isso o medo de envelhecer nunca a tenha afligido. “Saio da amamentação direto para a menopausa. O corpo fica perdido no começo, mas ele se ajeita em um ano”, explica. Sobre as filhas, ela é categórica: “Estão comigo a todo instante. Seleciono minhas atividades para que a rotina de atriz não interfira na jornada de mãe”. Sobre novos relacionamentos, ela dá a deixa: “Estar solteira não significa estar sozinha”. Muito se questiona sobre a natural beleza. E Monica não titubeia ao afirmar que nunca fez plásticas ou sequer aplicou botox. Ela é adepta de vitaminas e repositores hormonais fitoterápicos. Também não segue dieta rígida, apesar de estar disposta a qualquer sacrifício que o papel exija. “O principal é administrar a idade com inteligência”, revela, mesmo tendo consciência de que a natureza sempre foi muito generosa com ela. Generosidade esta que lhe abriu portas para o cinema, quando era modelo e Francis Ford Coppola lhe confiou um sedutor papel em Dracula, em 1993. Daí por diante, veio l’Appartement, do francês Gil-
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les Mimouni. Foi quando apaixonou-se por Cassel em cena. Irréversible, de Gaspar Noé; Matrix Reloaded e Matrix Revolutions, dos irmãos Wachowski, em 2003. Protagonizou Maria Madalena em Paixão de Cristo, de Mel Gibson, em 2004. Também foi Cleópatra na franquia Asterix e Obelix; Aconteceu em Saint-Tropez, de Danièle Thompson. “O que mais me agrada na vida é encenar. Isso me faz levitar. Para mim, todo os resto não pode existir sem isso”. Nesse momento, ela confidencia que tem vontade de filmar com diretores brasileiros. Italiana de nascença, mas com o coração dividido em várias nacionalidades, Bellucci conta que ama a alegria dos brasileiros. Especialmente dos cariocas, cheios de poesia. “O que me fascina é o modo como enfrentam a vida. Vocês acreditam que amanhã sempre será um dia melhor”. Pode não parecer, mas ela enumera seus defeitos. “Não sou prática. Também me sinto um pouco preguiçosa. E, às vezes, gulosa”. Um de seus receios é permanecer bem enquanto as crianças precisarem dela. Alegria… “o motor da alma”. Deus… “uma bela energia”. O refúgio… “as filhas”. Em dez anos… “quero estar viva”. Monica foi fotografada pelo estilista Domenico Dolce, de quem é amiga pessoal. “Uma amiga, uma mãe. Uma beleza, uma inspiração para qualquer idade. A mulher dos sonhos para homens e mulheres”, define Domenico, que a fotografou em um estúdio, em Milão. Sobre Bond, James Bond, ela diz: “É meu homem ideal. Ele tem o perigo e o mistério que a mulher precisa, mas ele também é um cavalheiro inglês perfeito”, conclui.
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AOS 50 ANOS, ELAS ESTÃO SURPRESAS COM A IDADE E TUDO DE BOM QUE ELA TRAZ. SEGURAS E CIENTES DE QUE QUEREM SER FELIZES A TODO CUSTO, A GPS|BRASÍLIA ELENCA DEZ MULHERES QUE REPRESENTAM ESSA NOVA GERAÇÃO DE BOND WOMEN POR RAQUEL JONES « FOTOS CELSO JUNIOR
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e repente, o fio branco, as marcas de expressão, a vista cansada. As curvas do corpo já não são mais sinuosas, a pele não desfruta daquele viço de outrora. Mas quem disse que o corpo perfeito da juventude é o único passaporte para a felicidade? Elas são lindas, vivem o presente, têm urgência de realizar tudo que deixaram para amanhã. As mulheres de 50 estão revolucionando o mundo, são donas do próprio nariz, consomem moda, tecnologia, cuidam da saúde, se arriscam em novos caminhos, mudam de vida, fazem interferências estéticas, ou não. Como queiram. Afinal, nunca é tarde para ser feliz. “Quando chegar aos 50, serei livre, linda e forte, terei gente boa ao lado, saberei um pouco mais do amor e da vida, quem sabe”, escreve a poeta Martha Medeiros. Essas mulheres nasceram na época do Golpe Militar no Brasil. Assistiram na tevê preto e branco Vila Sésamo. E tiveram Silvio Santos como companhia de domingo. Viram surgir a pílula anticoncepcional e tietaram os Beatles e os Rolling Stones. Estiveram na Diretas Já em busca da democracia, mergulharam na euforia urbana dos anos 80, emocionaram-se com o casamento de Lady Di e príncipe Charles. Vibraram com o fenômeno Madonna decretando a independência feminina. E cresceram com Brasília. Elas amadureceram nos anos 90. Casaram-se e construíram suas famílias. Contudo, a mulher de 50 também abriu mão de muitas coisas. Algumas deixaram de trabalhar para se dedicar à criação dos filhos, outras perderam momentos preciosos ao lado da família para se reafirmarem no mercado trabalho. “Aos 50 anos, a mulher não quer mais deixar para trás aquilo que gosta e lhe faz bem. Assim, ela desponta de forma madura e encara a realidade”, comenta a psicanalista Judith Rodrigues. No passado, as balzaquianas, ao atingir os 50, eram como rainhas em seus palácios. Hoje, elas abrem a porta de sua casa, vão às ruas, comandam equipes, correm riscos, influenciam não só a família, mas a sociedade de um modo geral. Há algum tempo, grifes de luxo vem evidenciando as mulheres que usam o tempo a seu favor. Catherine Deneuve para Louis Vuitton, Julia Roberts para Givenchy, Diane Keaton para Lanvin e muitas vovós na Dolce & Gabbana. No cinema, nossa musa, a italiana Monica Belluci, aos 51 anos vive uma bond girl no novo filme de James Bond, 007 Contra Spectre. Fascinante, ela fica dez minutos em cena, mas deixa seu aroma de sensualidade que meninas-mulheres dificilmente conseguiriam emanar. “A mulher de 50 anos tem a sua graça. Basta ela se amar. Não é fácil para ninguém aceitar a idade”, diz Monica Bellucci.
Ser vaidosa não é uma espécie de narcisismo, mas, sim, uma necessidade. “A mulher cinquentona já não conta com os benefícios da juventude, não saem mais de casa com o cabelo lavado e de cara limpa. Cientes de suas limitações, nos figurinos preservam os braços ou evitam expor as pernas. Estão atentas ao pescoço, ensaiam no espelho o melhor ângulo do rosto. Mas, e daí? Estão em busca da melhor versão de si mesmas, mas com uma grande qualidade a seu favor: são emocionalmente seguras”, complementa Judith. Em Brasília, um time de mulheres nos faz acreditar que os 50 são os novos 30. Muito além da beleza, elas emanam a alegria de ser livres, seguras de si e emocionalmente menos afobadas. “Faz parte da mente feminina ser aberta a mudanças. Diferentemente dos homens, as mulheres acham saída para os problemas, mudam de opinião, abrem um leque de possibilidades. Aos 50 anos, você entende que isso é uma forma de crescimento, de amadurecimento”, diz. E o mais genial: “Muitas já entenderam o modo que dispõem para alcançar a forma da felicidade e usam essa descoberta a seu favor”, finaliza a psicanalista. Conheça as bond women que a GPS|Brasília elencou para representar essa geração tão especial que nasceu e cresceu com a Capital Federal.
Fotos Celso Junior Stylist Marcus Barozzi Produção executiva Karine Lima Beleza Ricardo Maia Hair & Make Up
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Eliane Nars Look completo Empório Armani e joias Emar Batalha Maquiagem Isabel Di Santi Cabelo Ricardo Maia
ELIANE NASR
Uma fé inabalável, dois filhos e um casamento que dura três décadas. Eliane Nasr conheceu o marido de origem síria libanesa aos 14 anos. Nunca mais se desgrudaram. Quase a primeira geração nascida em Brasília, ela veio ao mundo em 1963, um ano após os pais se mudarem para a Capital. É mãe do atual piloto de Fórmula 1 Felipe Nasr e da arquiteta Flávia Nasr. De manhã, faz pilates, musculação, ballet fitness e mantém seus 59 kg desde 1966. À tarde, reserva o tempo para os compromissos na empresa Nasr e Nasr, em que atua com produção e festas ao lado da cunhada Karla. Recomeçar para ela nunca é tarde. Eventualmente, é RP da área de marketing da ala internacional do Shopping Iguatemi. “Faço o que eu gosto dentro das minhas possibilidades. É uma conquista que você adquire aos 50”. O segredo para a felicidade? “Mente sã, corpo são. Tenho a cabeça boa e sou muito religiosa. Pode acontecer o pior da minha vida que a minha fé me amparará ”, conclui.
“SE EU TENHO 5% DE ESPERANÇA, EU TENHO 95% DE FÉ” GPSBrasília « 215
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Jacqueline Sá Rego Vestido Ortiga e joias Miranda Castro Maquiagem Junior Leali Cabelo Letícia Cunha Márcia Zardo Vestido Denise Barbosa, brincos Emar Batalha e colar Rosana Bernardes para Ortiga Beleza Junior Leali Cabelo Ricardo Maia
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JACQUELINE SÁ REGO
Uma típica garota de Brasília. Ela morou a vida inteira no Lago Sul, estudou no Objetivo, fez UnB, frequentou os tempos áureos do Gilberto Salomão, nos anos 80. Por ironia do destino, Jaqueline Sá Rego nasceu no Rio de Janeiro, mas é a carioca mais brasiliense de que se tem notícia. Filha de pai militar, a capricorniana com ascendente em touro trabalhou em diversas áreas. Teve dois restaurantes na Asa Sul nos anos 90. Depois, ficou por 12 anos na Caixa Seguradora, coordenando o projeto de informatização da instituição. Em seguida, trabalhou no Instituto Brasileiro dos Museus (IBRAM), na área de eventos. Sua história profissional não para por aí. Seu novo projeto de vida é montar um site de cunho social. “Gosto de ajudar as pessoas”, conta. Mãe de Catharina, 18 anos, ela está no segundo casamento e acabou de finalizar os estudos em Gerência de Projetos na FGV. Está sempre se reinventando. “Não sinto saudades de nada, eu só olho para frente”, pontua.
“NÃO EXISTE IMPOSSÍVEL PARA QUEM ESCOLHEU PROCURAR E ENCONTRAR O LADO BOM DE TUDO”
MÁRCIA ZARDO
Gaúcha de Porto Alegre, Márcia veio para Brasília aos seis anos, nos anos 1970. Na Capital Federal, conheceu o marido, o arquiteto George Zardo, com quem teve Bruno, Thiago e Júlia. O ofício de George sempre fez parte de sua vida, trabalhando ao lado do marido em seu escritório. “Apesar de ter grande ajuda da minha mãe, tive que parar em alguns momentos em detrimento da família”, lembra. Aos 50 anos, ela não abre mão de estar com as amigas. Convive com uma turma grande de mulheres, algumas casadas, outras viúvas, outras separadas. “Hoje, a mulher de 50 anos nunca está sozinha”, pontua. De uns tempos para cá, começou a se permitir momentos consigo mesma. A aula de yoga, por exemplo, é um novo passo para a busca do autoconhecimento. A sensação de ser cinquentona? “Me sinto feliz e realizada. Estou sempre me renovando com meus filhos. Aos 50, a busca é pelo bem-estar físico e emocional”, diz.
“O ESSENCIAL É INVISÍVEL AOS OLHOS, E SÓ SE PODE VER COM O CORAÇÃO” (Saint Exupery)
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Marília de Azeredo Soares Vestido Carol Bassi para Ana Paula e joias Emar Batalha Beleza Meg Medeiros Cabelo Letícia Cunha Valéria Leão Bittar Look completo Dolce & Gabbana e joias Grifith Beleza Isabel Di Santi Cabelo Ricardo Maia
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MARÍLIA DE AZEREDO SOARES
Rússia, França, Inglaterra, Estados Unidos, Argentina – ela rodou o mundo ao lado do marido diplomata, Rodrigo, uma paixão que conheceu na adolescência nos tempos em que cursava Moda, em Paris. Marília de Azeredo Soares é de família tradicional de Belo Horizonte, mas sempre manteve contato com a Capital por causa do Itamaraty. Sua única filha tornou-se o centro do seu mundo, até que a jovem foi fazer faculdade em Nova York. Ela resolveu mergulhar no trabalho e há dois meses tomou a frente da loja Ateen no Shopping Iguatemi. “Só paro para rezar, pois não abro mão dos meus encontros de oração”, revela. Linda, loira, olhos nitidamente azuis, Marília diz não cuidar muito da beleza. Prefere mais os momentos em casa, com a família e os amigos. É a retomada de uma vida mais íntima para quem viveu anos no social. O conselho para chegar bem aos 50? “Ser corajosa e verdadeira sempre. A coragem para evitar o medo, que sempre atrapalha. E a verdade, porque com ela você consegue tudo nesta vida”, garante.
“O QUE TE SALVA NÃO É O QUE ANDAM PENSANDO DE TI, MAS O QUE DEUS SABE A SEU RESPEITO” (Padre Fábio de Melo)
VALÉRIA LEÃO BITTAR
“Os 50 para mim são uma conquista”, conta uma das decoradoras mais requisitadas de Brasília. Com o espírito otimista, Valéria Leão Bittar tem na matriarca Moema a grande inspiração de como envelhecer com alegria e juventude. Ela está sempre com sorriso fácil no rosto e tira de letra os desafios que surgem em sua rotina. Mãe de três filhas, Nathalia, Luiza e Isabella, tem um casamento sólido e uma empresa que se tornou referência no ramo de festas no País. “Houve um tempo em que eu quis ser pequena, mas agora eu quero expandir para todo o Brasil”. Para dar vida à sua arte floral, é comum no auge da confusão da montagem, vê-la bem calma, concentrada nas suas flores, e com um fone, ouvindo o melhor do sertanejo de raiz, como uma boa goiana. Às vezes, assusta-se com a idade, pois não vê o tempo passar. “Conheci uma senhora de 85 anos que ainda trabalha, e pensei ‘Será que vou viver até lá tão bem?’”, devaneia. Sobre o que realmente importa ela diz: “Se você está realizada com as suas escolhas, você está bem”, diz. O segredo de viver em harmonia consigo mesma? “Sorrir internamente”.
“VOCÊ SÓ VIVE UMA VEZ. É SUA OBRIGAÇÃO APROVEITAR A VIDA DA MELHOR FORMA POSSÍVEL”
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Ivana Valença Vestido Renata Campos para DKJ Store e joias Emar Batalha Maquiagem Junior Sartori Cabelo Letícia Cunha Patrícia Lyrio Vestido Renata Campos para DKJ Store e joias Miranda Castro Maquiagem Meg Medeiros Cabelo Ricardo Maia
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IVANA VALENÇA
Que tal ser mãe aos 45 anos? Uma gravidez inesperada deu um novo sentido à vida da empresária Ivana Valença. Com os três filhos já criados, casamento novo, a carreira profissional estabilizada, ela reviveu o sonho da maternidade ao dar à luz a Sophia. “Minha caçula teve que se adaptar mais à minha rotina do que eu à dela. Com três meses, ela já ia comigo para o trabalho”, lembra a empresária que está à frente de um dos maiores shoppings de decoração do País, o Casa Park. Viver sem neurose é o segredo para uma vida intensa, segundo a executiva, que é o braço direito do pai e dos irmãos nos negócios da família. “Os 50 não me permitiram parar. É uma fase muito legal. Me sinto segura e feliz. Estou adorando ser cinquentona. Até porque a gente não se sente mais aquela vovozinha de antigamente. Sou super vaidosa. Faço botox, malho bastante, cuido da alimentação, pinto o cabelo. Isso ajuda muito na autoestima”, diz. Se há algo que a mulher não deve abrir mão? “De ser independente”, enfatiza.
“INDEPENDÊNCIA É QUANDO A GENTE PARA DE PENSAR E SE PERMITE SENTIR”
PATRICIA LYRIO
“Me surpreendi, achava que aos 50 anos seria idosa”, revela a procuradora Patricia Lyrio. Se a carreira jurídica torna a vida mais formal, Patrícia é exceção à regra. Ela adora festa e ama malhar. Acredite, um dia antes de dar à luz a sua primeira filha, lá estava ela na academia. “Sou disciplinada. Não gosto de sair da rotina. Nas viagens prefiro locais onde posso fazer atividade física”, confidencia. Difícil imaginar que Patrícia come chocolate e aprecia um bom vinho com seu shape milimetricamente delineado. Mas para manter as viagens da confraria por Bordeaux ou Borgonha, na França, seu dia começa cedo. Como não precisa de muitas horas de sono, às 7h já está na academia. De tarde vai para o tribunal. Aos finais de semana, recebe em casa. “Tenho muita energia. Daqui a dois anos eu aposento, mas não vou parar de jeito algum”, assegura a mãe de Camila e Amanda. “A mulher tem que ter identidade e não se violentar. Independência e autonomia financeira só engrandecem”, afirma.
“NA PLENITUDE DA FELICIDADE, CADA DIA É UMA VIDA INTEIRA” (Johann Goethe)
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GEORGIA DE LUCA
Gê, apelido carinhoso dado pelos amigos, está sempre a postos. Pode ser para receber em casa, como ótima anfitriã que é, ou para uma balada. Esquiar ou veranear, tanto faz. O que ela ama é celebrar. Nascida em Curitiba, aos 12 anos conheceu seu grande amor, Luiz de Luca. São 25 anos de casados e dois filhos que são grandes companheiros: Luís Felipe, 22 anos, e Bruno, de 18. Formou-se em análise de sistemas e contabilidade. Desde sempre trabalhou na área, mas, ao vir para Brasília, passou a dedicar-se em tempo integral à criação dos filhos. Para ela, chegar aos 50 é se arriscar em novos caminhos. Há pouco tempo resolveu estudar Psicologia para trabalhar com crianças, uma grande paixão. “Meu momento hoje é viver o presente, ser feliz. Sou mais ativa. Faço ginástica, aula de dança e tenho vida social intensa”. Se existe algo que mudou aos 50? Sempre fui tímida e muito conservadora, mas com o tempo aprendi a me soltar”, revela.
“DEPOIS DE ALGUM TEMPO VOCÊ APRENDE QUE O QUE IMPORTA NÃO É O QUE VOCÊ TEM NA VIDA, MAS QUEM VOCÊ É NA VIDA” (William Shakespeare)
ANA PAULA HOFF Georgia De Luca Blusa Burberry, saia Paula Raia para Ana Paula, sandálias Christian Louboutin e joias Miranda Castro Maquiagem Junior Sartori Cabelo Ricardo Maia Ana Paula Hoff Look completo Avanzzo, joias Grifith e sapatos Christian Louboutin Maquiagem Junior Leali Cabelo Ricardo Maia Kika Cardoso Trench coat Burberry, joias Carla Amorim e sapatos Christian Louboutin Maquiagem Junior Sartori Cabelo Ricardo Maia
Ser mãe para Ana Paula sempre foi um sonho. Foram seis anos tentando engravidar até a chegada de Catarina, Cristiano e Flávio. A maternidade tão esperada não fez com que ela se recolhesse para se dedicar aos filhos exclusivamente. Ainda com neném de colo, decidiu trocar o funcionalismo público pela empresa de sua família, a rede de lojas Four Season, há 20 anos. Descendente de alemães, nascida em Passo Fundo (RS), Ana Paula dá muito valor à mesa. Faz questão de reunir a família em todas as refeições. Pratica exercícios quando dá tempo. Dieta não segue. E interferências estéticas não fazem parte de sua rotina. “Aos 50, você não se cobra tanto. Não tem que ser mais a mulher maravilha. A maturidade me deu tranquilidade. E aprendi a dizer não”, confidencia. No último ano, um grande susto a fez repensar a vida. O infarto do marido pegou todos de surpresa. O que aprendeu? “Toda experiência é válida. O que deu certo ou errado, tudo é soma para ser o que me tornei hoje” diz.
“NÃO SEI SE A VIDA É CURTA OU LONGA DEMAIS PARA NÓS, MAS SEI QUE NADA DO QUE VIVEMOS TEM SENTIDO, SE NÃO TOCARMOS O CORAÇÃO DAS PESSOAS” (Cora Coralina)
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KIKA CARDOSO
Ela não é dona do seu tempo. Se o cliente ligar, tem que correr para atendê-lo. Kika Cardoso comanda uma das maiores empresas de publicidade do País, a Lew ‘Lara/TWA. Na agenda, reunião com sua equipe, almoço com o cliente, encontros sociais, intervalos para falar com os três filhos, os músicos Thomas, 20, Gabriel,18, e o piloto Pedro,15, além do marido, o empresário Sérgio Cardoso. A vida de Kika é o reflexo de uma decisão que tomou lá atrás, aos 23 anos, quando morava ainda em Recife, sua terra natal. “Em 1991, recebi proposta de uma agência de publicidade em Brasília. Tinha seis meses de casada. Meu marido veio comigo e nunca mais partimos de volta”, relembra. Apenas a licença-maternidade freou essa pernambucana. Mesmo com a família distante, conseguiu conciliar a rotina de trabalho com a criação dos rebentos. A vida sempre foi agitada. Um acidente, no ano passado, no banheiro de sua casa, a fez pensar sobre o estresse e em como desacelerar. “Desmaiei no banheiro e tive que fazer uma cirurgia às pressas para reconstruir o rosto. Foram oito horas de operação”, relata. Hoje, faz pilates duas vezes por semana para corrigir a postura e não abre mão dos encontros de oração com o Padre Fábio de Melo. Um lema? Busco cada dia ser uma pessoa melhor”, conta.
“NÃO SOU NADA. NUNCA SEREI NADA. NÃO POSSO QUERER SER NADA. À PARTE ISSO, TENHO EM MIM TODOS OS SONHOS DO MUNDO” (Fernando Pessoa) GPSBrasília « 223
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MASCULINO
OS HOMENS CADA VEZ MAIS SE DESCOLAM DA IMAGEM CLÁSSICA VIRIL EM SEU VESTIÁRIO E INCORPORAM CORES, SHAPES, ESTAMPAS E COMPLEMENTOS QUE OS DEIXAM MAIS BONITOS E À VONTADE COM SEU NOVO ESTILO. UM DELES? BOND, JAMES BOND POR RAQUEL JONES
APRECIAR O BELO
Relógio Seamaster 300 Spectre Limited Edition, Ômega
Óculos, Vuarnet Luva, Mulberry
S.T. Dupont Spectre
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Gucci
Burberry
Tom Ford
Prada
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les já provaram que gostar de moda não é coisa de mulher. O homem de hoje usa pulseira, colar, lenço e bolsa de mão. Ousar para o gênero não significa apenas vestir camisa florada ou na cor rosa. 2015 foi o ano em que eles levantaram a bandeira contra o sexismo na moda. Ser fashion não é coisa de “homo” nem de “metro”. É coisa de homem e com H maiúsculo. Não faz muito tempo que Domenico Dolce e Stefano Gabbana vestiram seus modelos na passarela com peças decorativistas, a exemplo das jaquetas sukajan. De origem japonesa, elas são rebordadas em cima do tecido, carregam brilho, desenhos de flores e muita cor. Na mesma temporada, foi a vez da Gucci usar pulseiras e anéis em todos os dedos dos seus modelos, incluindo o indicador; Giorgio Armani não dispensou lenços amarrados no pescoço e maxi bolsas de mão nos looks masculinos; já a Fendi trouxe mochilas de píton, com direito a chaveiro de pom-pom pendurados,
Bottega Veneta
Givenchy
uma versão macho da sua it bag clássica, a bolsa peekaboo. Essas novidades foram apresentadas às passarelas em 2015, durante o Milão Fashion Week Menswear, semana de moda dedicada ao gênero masculino. O que se viu lá fora confirma uma tendência que vem se desenhando há alguns anos, mas eclodiu com força total nos tempos atuais. Há dois anos, o IBOPE divulgou uma pesquisa em que revela que os homens brasileiros frequentam shopping centers na mesma frequência que as mulheres, cerca de cinco vezes por mês. De acordo com o
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MASCULINO
Dior Tom Ford
Dolce&Gabbana
David Beckam
Instituto inglês de pesquisas MarketLine, em 2014, estima-se que a moda masculina mundial alcançou USD 402 bilhões. No Brasil, a previsão é que o mercado de moda masculina cresça de USD 18 bilhões, em 2013, para USD 23 bilhões, em 2017. O homem vaidoso, na verdade, já existiu há quatros séculos. De acordo com o coordenador do curso de Design de Moda do Instituto de Educação Superior de Brasília (Iesb) e consultor acadêmico da CENAATUAL, Marco Antônio Vieira, a imagem da roupa masculina ficou por muito tempo congelada, numa espécie de reação traumática a era aristocrática, pós Revolução Francesa, no final do Século XVIII. “A moda era ditada pelos aristocratas, não havia muita distinção entre a roupa feminina da masculina. O homem usava seda, brocado, peruca, salto alto. Quando a aristocracia francesa cai por terra, surge a possibilidade de um novo sujeito que é um homem batalhador. Os homens passaram a adotar essa aparência mais austera, mais discreta”, contextualiza Vieira.
Esse novo homem encontraria na aristocracia rural inglesa a inspiração para o seu vestuário. “Nas propriedades rurais, eles precisavam de roupas que não sujassem muito, feitas para que se pudessem caçar. Assim surgiu a alfaiataria inglesa. Eram peças não decorativas, mas que tinham funcionalidade”, complementa Vieira. O estilista Alexandre McQueen foi um grande discípulo desta moda austera, sendo doutrinado por uma dessas casas de alfaiataria inglesa. “Quando foi para a Givenchy, ele explorou muito esse lado”, destaca Vieira. Porém se, de um lado, McQueen trazia essa influência do homem comedido, muitos outros estilistas marcaram o retorno da figura masculina mais flexível. As grandes maisons francesas estão contratando atores heterossexuais para suas campanhas. Recentemente, Johnny Depp foi escolhido para ser o homem propaganda da nova fragrância da Dior e o tenista Rafael Nadal estrelou a campanha da americana Tommy Hilfiger, em que aparece nu. Toda a cultura contemporânea vem contribuindo para a imagem desse novo homem. O jogador de futebol David Beckham é um exemplo de um homem heterossexual que tem uma família e que também se identifica com uma imagem de moda. O fato é que eles não querem mais se sentir excluídos desse universo. “Hoje, nós temos o Kadu Dantas que é um blogueiro com mais de cem mil seguidores, por exemplo. Nós temos nomes como Alexandre Taleb, falando de moda masculina”, acrescenta Vieira.
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Apesar do grande passo com relação ao consumo e a aparência do homem, o Brasil ainda engatinha nesse quesito. A identificação com esses movimentos da moda pode apresentar uma “ameaça” à virilidade do homem. Basta observar nos eventos da elite, eles continuam uniformizados, o máximo que se vê de diferente é um relógio mais caro ou uma caneta, itens que não estão ligados à roupa. “Aos poucos, o homem vai tendo esse vocabulário ampliado. A figura do Dândi, o homem que se preocupava com a aparência, para um homem heterossexual brasileiro é ainda algo muito inacessível dentro de uma realidade em que as próprias mulheres vão julgar. Mas essa lógica começou a mudar nos últimos tempos, o homem já precisa ter uma aparência jovem e bem cuidada para o mercado de trabalho, em algumas situações, por exemplo, se ele tiver uma marca grifada, ele terá uma respeitabilidade maior”, finaliza Vieira.
BOND, O PRECURSOR Se hoje o homem consegue carregar no vestuário, não se pode negar que um ícone do universo cinematográfico deu o start para tal, mesmo que no inconsciente coletivo de seus fãs. James Bond, apesar da imagem de um agente secreto britânico, foi um dos primeiros a levantar o lema da vaidade tanto na beleza quanto no vestuário. Relógios, gravatas borboletas, suspensórios, óculos e ternos cortados impecavelmente compõem o figurino do personagem idealizado pelo escritor Ian Fleming.
“Bond é a própria materialização do luxo”, disse Tom Ford, estilista que assina o figurino do agente secreto que será vivido por Daniel Craig no novo filme da série, 007 contra Spectre. Seu vestuário passa pelo afeto ao relógio Ômega, pelas jaquetas esportivas, os blazers e camisões. Muito além do figurino, o objeto de desejo pelo carro Aston Martin e a sua predileção pelo Dry Martini colocam James Bond num patamar de homem real que, como todos os outros, cultivam um caso de amor com seus “brinquedinhos” eletrônicos e com a bebida. Ousar no vestuário para Bond jamais resultaria num questionamento sobre a sua sexualidade. A ideia é de que, se Bond pode, todo o homem pode e, dessa forma, o público masculino começa a enxergar a moda de outra maneira. Ao longo dos anos, James Bond vai trocando uma peça ou outra em seu guarda-roupa, seguindo tendências e modismos da sua geração. Sean Connery, o primeiro agente secreto do cinema, não tinha a imagem de ícone fashion, até chegar o ator George Lazenvye, em 1979, com jaquetas esportivas, blusas de gola rolê e até o terno branco. O ator Roger Moore no papel de Bond não dispensava gravatas de estampas gráficas. O atual 007, Daniel Craig, já aderiu ao smoking azul marinho com a pegada slim, sob a influência da moda italiana, e lenços amarrados no pescoço por baixo de uma parka bonina. A verdade é que nunca o homem em toda a sua história pode ser tão homem usando roupas fashions. E James Bond é a prova disso.
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NOIVAS
Lingeries em Christos
Jogo duplo das saias de Anne Barge
Transparências na Pronovias
Decotes generosos de Monique Lhuillier
A estrutura de Oscar De la Renta
I DO
Antes de dizer sim, a noiva precisa vestir-se com o seu sonho. Mesmo com o predomínio do clássico, é papel dos estilistas criarem diante do que não poder ser mudado, mas revigorado. A paisagem é de romance e o vestuário pode ir além das rendas e silhuetas princess. Lingeries lânguidas, generosas doses de brilho, ombros descobertos, decotes profundos, transparências ousadas, saias que sobem e volumes espumosos reinaram no Bridal 2016 em Nova York. (PS)
Marchesa e seus bordados
Blings de Badgley Mischka
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MODA
20 SPFWANOS POR RAQUEL JONES
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o princípio ao início. O São Paulo Fashion Week celebrou 20 anos e agitou o Pavilhão da Bienal, no Parque do Ibirapuera, sob o comando de seu idealizador Paulo Borges. Teve new faces na passarela da Animale e tops consagradas, como Aline Weber e Caroline Ribeiro para Lilly Sarti. Teve amor de Ronaldo Fraga e pegada social de Alexandre Herchcovitch. E não houve quem não se encantasse. Rolou até homenagem a Alto Paraíso de Goiás. Veja os high lights da semana de moda paulista que foram determinantes para a carreira de duas modelos: a capixaba Ariely Westphal e a brasiliense Larissa Mascarenhas.
RONALDO FALA DE AMOR
Um sentimento de amor tomou conta das passarelas. Ronaldo Fraga, que recentemente teve sua loja na Savassi, em Belo Horizonte, arrombada, desperta o olhar para o amor. Em entrevista recente, o estilista mineiro declarou que falar de amor é um ato de subversão e resistência a um tempo de guerra e horror que o mundo vem enfrentando. O que se viu foi um refresh autoral de peças em tons de vermelho e modelos com rosas vermelhas amarradas no cabelo. Teve até troca de roupas na passarela entre dois modelos em um gesto de cumplicidade que referencia o sentimento mais universal de todos.
PRAIA BRASILIENSE
Depois das atrizes Sophie Charlotte, Thayla Ayala e a top Léia T decretarem amor por Alto Paraíso de Goiás, o refúgio de beleza natural dos brasilienses, a estilista Helô Rocha resolveu homenagear a região com uma coleção repleta de pedras naturais nos acessórios, penas no cabelo e vestidos transparentes e fluidos no corpo. Os acessórios foram feitos a quatro mãos, com uma artesã local. Os longos de festa viraram hits com o mix de texturas, do veludo à renda.
MADE IN BRASÍLIA
Um dos bons momentos do SPFW foi ver a brasiliense Larissa Mascarenhas nas passarelas. Larissa emplacou quase todos os desfiles, vestindo os modelos de Alexandre Herchcovitch, Vitorino Campos, Ellus, Reinaldo Lourenço, Juliana Jabour, Helô Rocha, Osklen e Colcci. A top também celebra ótima fase, com participações nas semanas de moda internacionais, com desfiles para Dolce & Gabbana, Armani e Yohji Yamamoto.
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DEU METAL, TRICÔ E MIDI COM TÊNIS
Leggings e bodys metalizados foram as apostas de Uma by Raquel Davidowicz e Lilly Sarti e prometem entrar na wishlist dos fashionistas. Nos bastidores da bienal, o dress code dos jornalistas foi o tênis branco com saia midi. Coube a Vitorino Campos levar o look para as passarelas. O rosa quartz deu o tom do desfile da Animale, bem como as botas e clutchs de píton, mas foi o veludo molhado que roubou a cena na passarela na versão em vestido monocromático. Tradicionalmente a GIG trouxe o tricô, mas a grife mineira apostou na composição da trama com o lurex para dar brilho à peça. A Iódice trouxe couro para garantir sofisticação aos tricôs artesanais. A mineira Coven, que fez sua estreia em São Paulo, explorou as listras num mix de cores e texturas para
VAI DE METRÔ? PARKOUTS NA PASSARELA
O inverno da Ellus chega mais jovem do que nunca. Depois de skatistas adentrarem deslizando nas passarelas, foi a vez de demonstrações de parkouts, uma divertida prática de pular obstáculos em qualquer ambiente. A moda com pegada street style continua nas peças que evidenciam os hologramas de logomarcas que fizeram a cabeça de fashionistas na década de 90. No final do show, uma fashion party com a rapper Carol Conká fez a alegria da turma da moda.
Quando a moda cumpre seu papel social. Alexandre Herchcovitch levantou a questão da mobilidade urbana ao criar um bilhete customizado para seus convidados irem assistir a seu desfile de metrô. O desfile abriu a semana de moda num domingo e foi realizado na sede da Prefeitura de São Paulo. Para a passarela, o estilista trouxe “uma história de boudoir sobre amor, perda, perversão, sexo e poder”, com vários looks cheios de transparências e seios nus.
O CORTE DE CABELO QUE DEU CERTO
Unanimidade, a capixaba de 21 anos Ariely Westphal foi a modelo revelação da semana de moda paulista. E foi um corte de cabelo errado que fortuitamente colocou a new face no topo. Ela havia pedido ao cabeleireiro para cortar 2cm, mas ele entendeu 12cm e acabou tosando a madeixa farta encaracolada. O resultado foi uma carreira meteórica e seu nome falado em todos os cantos da moda. Ari, como é chamada, certamente vai longe.
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MODA
COM MINEIRICES POR RAQUEL JONES
A
semana de moda mineira deu o start da coleção outono-inverno 2016 no Hemisfério Sul com ótimos encontros entre celebridades e modelos. Teve a angel Camila Queiroz na passarela, a new face Fernanda Liz e a estreia de Lino Villaventura com um estilo casual. O GPS|Brasília foi ver de perto o principal Salão de Negócios de Moda da América Latina. No line up, ainda teve Vivaz, Fabiana Milazzo, Plural, Faven, Lucas Magalhães, Anne Est Folle, Plural, Llas e Mabel Magalhães.
MAIS ANGEL
Linda e simpática, a eterna Angel da novela global Verdades Secretas causou um verdadeiro frisson ao chegar pouco antes para o desfile da grife mineira Fabiana Milazzo. Sem perder a modéstia, a bela garantiu que é “uma modelo que está começando uma carreira de atriz”. Camila também participou do coquetel de lançamento da coleção da LN Deluxe, grife em que estrelou editorial de moda, antes de gravar para a próxima produção do autor Walcyr Carrasco.
QUE BEAUTY
Os makes revolutions do maquiador Ricardo dos Anjos durante o Minas Trend confirmaram o que se viu nas semanas de moda internacionais: make e hair coloful e pele iluminada. “A tendência do colorido continua forte e vem ganhando cada vez mais espaço. A cor no cabelo já não tem ligação com a aparência da mulher rebelde”, declarou Anjos. Ele também indicou a base de cobertura acetinada para dar brilho na pele e fazer o efeito natural, além dos cílios postiços somente nas extremidades para dar aquela “alongadinha”.
A CONTERATO
Queridinha de Miuccia Prada, Daiane Conterato foi a grande estrela da semana de moda mineira. Recém chegada de Paris – onde desfilou para dois grandes amigos, Dries Van Noten e Hayder Ackerman –, a top emplacou todos os desfiles. Ela comemora quase dez anos de carreira e se prepara para novo projeto na TV. Vai interpretar a modelo Ariel na minissérie Psi, da HBO.
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VEM, LINO
Irreverente, Lino Villaventura foi até o final da passarela para agradecer os inúmeros aplausos que marcaram a sua estreia na semana de moda mineira. O estilista paraense apresentou uma coleção com pegada de sporstwear. Tênis estilizado, meias finas com listras nas laterais e uma cartela de cor sóbria revelaram uma moda casual, porém sem perder o DNA sofisticado.
SE LIGA NA LIZ
Descoberta no ano passado por Ricardo Tisci, da Givenchy, Fernanda Liz é o nome para se prestar atenção. Recentemente, a modelo dividiu editorial de moda com a top Naomi Campbell para a Lui Magazine, além de fotografar para a Ralph Lauren. A top de São Caetano do Sul foi a grande atração da grife mineira Vivaz, que levou para as passarelas uma coleção inspirada no universo de ninfas, guerreiras e princesas.
PARA TODOS
No Salão de Negócios, uma grande novidade foi o lançamento de marcas a preço acessível por parte das grifes de luxo. Há um ano e meio, as gêmeas Marcela e Carolina Malloy, da Arte Sacra, criaram a Twins com o intuito de pulverizar os negócios. Diferentemente da roupa de festas, a Twins é voltada para um momento comemorativo, mais despretensioso. A Viva, linha da Vivaz, também está há menos de um ano no mercado. Em tempos de crise, nunca foi tão vantajoso para o consumidor se vestir bem, sem ter que gastar muito.
ANOTA TUDO
O Minas Trend trouxe tendências a serem adotadas já. A saia midi surgiu fluida no corpo e marcando a silhueta. A Faven escolheu fazê-la em tricô, enquanto a Plural explorou no tecido tecnológico. O grafismo marcou a predileção de estilistas pela arte gráfica e pela arquitetura. Lucas Magalhães cravou a tendência com looks carregados de inspiração em obras de Frank Kline, Frank Stella e Agnes Martin. Nem botas de cano longo e nem ankle boots, o inverno da semana de moda mineira pediu plataformas nos pés e foi destaque dos desfiles da Plural. As calças pantacourt – conhecidas também como calças pantalonas curtas ou calças croppeds – foram destaque. A peça foi explorada pela Faven e promete ser o hip dos fashionistas.
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CONSUMO
DARLING DOS PAULISTANOS, O IGUATEMI SÃO PAULO CELEBRA 50 ANOS, RENOVA-SE, E CELEBRA COM A CHEGADA DO RESTAURANTE PISELLI E DAS FLAGSHIPS SAINT LAURENT E CARTIER POR PAULA SANTANA
S
ão Paulo - O Iguatemi São Paulo é cinquentão. E, quem diria, em tão boa forma. O elixir da juventude do shopping está na constante busca pelo surpreendente. O pioneirismo é característica de seus comandantes. Sabe o serviço de conciergeria? Eles trouxeram para o Brasil. Fraldário, valet parking ou programa de relacionamento são alguns dos mimos criados e reproduzidos país afora. A celebração dessa data tão expressiva começou com a renovação da Praça Iguatemi, no primeiro semestre. Novo teto, relógio restaurado, projeto paisagístico imponente. Recentemente, outro presente: o Main Plaza, que traz a Saint Laurent estreando no Brasil com a coleção completa. A chegada da Cartier e a nova loja da Dolce&Gabanna. Outra novidade que nasceu estrelada foi o desembarque do Piselli, com cardápio inspirado no Sul da Itália. “O Iguatemi está sempre inovando e se renovando. Em 2012, o shopping teve sua fachada de 4 mil m² completamente revitalizada. Na sequência, fizemos a modernização do Boulevard”, diz Carlos Jereissati Filho, presidente do grupo Iguatemi.
SINTA-SE EM CASA
Dolce&Gabanna reúne as coleções Bela Joias e Relógios e é a primeira na América Latina a oferecer o Sartoria, a roupa sob«medida para homens 234 GPSBrasília
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Fotos: Divulgação
O QUE TEM DE NOVO
Com conceito assinado pelo arquiteto francês Bruno Moinard, a nova Boutique Cartier é a maior de todas no país, com 290 m² distribuídos em dois andares
• A Praça Iguatemi tem skylight que mantém a luz natural e sem uso de ar condicionado, com projeto arquitetônico assinado pelo escritório Carbondale de Paris • O relógio, inaugurado na década de 80, foi restaurado. Projetado pelo cientista francês Gitton Bernard, tem 8,5 metros de altura por onde percorre o líquido colorido, marcando horas e minutos • O projeto paisagístico de Alex Hanazaki traz árvores tropicais Roda de Fogo. A vegetação térrea das caixas tem linguagem clean de três espécies: Barba de Serpente, Renda Portuguesa e Curculigo
A chegada da Saint Laurent ao Brasil traz loja minimalista, com harmonia holística do diretor criativo Hedi Slimane, que cuidou pessoalmente de todos os detalhes.
Juscelino Pereira abre o Piselli Sud na Praça Iguatemi, com espaço integrado ao jardim. Sofás e poltronas compõem o acolhedor e sofisticado ambiente italiano
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BRILHO
ELA É DE BH A CRIATIVIDADE E O CHARME DO MINEIRO DESEMBARCAM EM BRASÍLIA COM A LETÍCIA JOIAS, QUE UNE HISTÓRIA E JOALHERIA EM PEÇAS QUE ATRAVESSAM GERAÇÕES
Maria Regina Farah comanda a joalheria
POR RAQUEL JONES
Henrique Falci
Q
uando Maria Regina Farah era criança, costumava brincar de vender joias com suas barbies. O namorado da boneca fazia o trabalho administrativo, olhava o preço do ouro, o valor do câmbio, enquanto ela comercializava colares, brincos e pulseiras carregadas de pedras preciosas. Foi assim que a mineira de Belo Horizonte cresceu. Ao lado da mãe, Letícia, acompanhava desde cedo o passo a passo no antigo ateliê da família. São mais de 30 anos de tradição em joalheria. Letícia iniciou com uma prima, depois teve uma parceria de dez anos com uma antiga vendedora. Nos anos 90, fundou a Letícia Joias, com criação de peças autorais. Desde 2011 é a filha, Maria Regina, que cuida da gestão. Com atendimento customizado, a joalheira desembarca em Brasília com a coleção de verão, em parceria com o Spa Dios e petit comité com mailing de Claúdia Salomão. A grande bossa são colares Gatsby, cordões compridos intercalados com brilhantes pendurados ou pedras pequenas coloridas para serem usados juntos. “As mulheres querem joias no dia a dia. As peças carregadas ficaram para o momento celebrativo”, comenta Maria Regina. A coleção traz ainda pingentes para relógio em formato de flor, abelha e borboleta. E também para as rivieras, como os bambolins de brilhante que lembram abraçadeiras de
cortina com franjas. Letícia e Maria Regina estarão sempre por aqui para trazer um pouco da criatividade mineira. Anualmente, elas viajam para as principais feiras da alta joalheria na Europa e nos Estados Unidos e garimpam novidades. “À noite, sempre bate a inspiração. Meus ourives já estão tão acostumados com meus rabiscos que, às vezes, nem preciso passar pela desenhista”, conta Letícia. Um dos diferenciais da marca são as pedras turmalinas paraíbas, que não se comparam às turmalinas asiáticas. “As “Minha mãe percebeu que as clientes não querem somente o diamante e o ouro. Passou a usar coral, apatita, malaquita, jade, lápis lazúli e pedras brasileiras”, lembra Maria Regina. “Outro dia, uma avó me pediu para fazer uma pulseira com medalhas e a fotografia da neta”, conta Letícia, que também cria peças com o nome do filho gravado. Outro charme é presentear a menina com o brilhante individual a cada aniversário até completar uma riviera e presenteá-la aos 15 anos. “Essa história da joia em datas comemorativas é coisa de mineiro”, Em Capital, quem a representa é a brasiliense Patrícia Neves Pertence. . SERVIÇO Letícia Joias (31) 99183-7883 Instagram: @leticia_joias
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COMPLEMENTOS
ONDE ESTÁ ZENI?
INVENTIVAS, MÃE E FILHA ABRAÇAM O MERCADO DE HIGH BIJUS E DESCOBREM A ITINERÂNCIA DE APRESENTAR AS PEÇAS EM TRUNK SHOWS, ENQUANTO AS CLIENTES SE EMBELEZAM NO CABELEIREIRO POR RAQUEL JONES « FOTOS SÉRGIO LIMA
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á duas temporadas no Hemisfério Norte, quando maisons adentraram as passarelas com modelos usando maxi colares e brincos decorativistas, a ex-modelo Carol Zeni e sua mãe, Marlene, perceberam que estavam no caminho certo. Há oito anos, elas assumiram o caso de amor que mantinham por acessórios generosos e criaram a Zeni Joias. “Tudo começou com uma brincadeira. Começamos a vender para as nossas amigas. As peças vinham enroladas naqueles paninhos de veludo. Tempos depois, o paninho virou uma malinha e essa malinha virou Brasília inteira”, recorda Marlene. Das feiras consagradas no mercado de joias, como a JCK Show, em Las Vegas, Marlene e Carol garimpam peças luxuosas, que se tornam protagonistas numa produ-
ção fashionista. Na bagagem, peças florais, pedras brasileiras e também joias da Sutra Jewlery, de Nova York. “Seguimos a moda, mas eu gosto do surpreendente, que pode se tornar eterno e atemporal”. Há cinco anos, elas levaram as peças para dentro dos salões de beleza e hoje vendem nos espaços de Ricardo Maia, no Lago Sul, e Arte da Beleza, na Asa Norte. “Descobrimos que a itinerância é o grande segredo. Porque vamos até elas num momento sempre agradável. Afinal, que mulher não vai ao cabeleireiro rotineiramente?”, pontua Marlene. SERVIÇO Instagram: @zenijoias (61) 8191-0592
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O ENLACE AMOROSO DE BRUNO E TAYANNA CHAVES FOI OFICIALIZADO NO CHARMOSO JARDIM DO PATÚ ANÚ. COM ATMOSFERA ACONCHEGANTE, O CASÓRIO TEVE CÉSAR SERRA NO CERIMONIAL, RAFAELA ORLANDINI NA DECORAÇÃO, IVANA GASPAROTTO NO CATERING E OS DOCES DA SONHOMEU. FOTOS: FERNANDA FERREIRA
Os noivos Tayanna Chaves e Bruno
BRUNO & TAYANNA
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A mãe da noiva, Silvana Chaves
Todos os olhares voltados para a noiva
Valéria e Marconi Perillo
Luciana Fabrino e Mara Alcamim
Caio Mendonça e Clayton Camargos
Glorinha Drummond e Jussara Valente
Carla Vieira e Paulo César Cascão
Luiz Carlos Carvalho e Ilca Oliveira
Synara Chaves, Ronaldo Aspesi e Lucinha Valente
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SOCIAL
DIOMÉDIO SANTOS, PAULO CAVAZOTTI E JUAN CARLOS BELTRAN MOVIMENTAM TARDE BRASILIENSE COM LANÇAMENTO DA MARCA ITALIANA PANERAI. REALIZADO NA RESIDÊNCIA DE BOB LIMA, O ENCONTRO TROUXE AS NOVIDADES DA ALTA RELOJOARIA. FOTOS: CELSO JUNIOR
Os anfitriões Diomédio Santos e Bob Lima
Kakay, Rafael Favetti e Bob Lima
RELÓGIOS DE LUXO
Eduardo Lira e Diomédio
João Paulo Verano e Bruno Pinto
Dr Luis Carlos Alcoforado e Bob Lima
Felipe Regis, Emanuel Arruda, Guto Pupe e Marcelo Urquidi
Osvaldo Sales e Luciano Lobão Leonardo Vasconcelos e Alexandre Falaschi
Klauss Bezerra
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Diomédio, Bob Lima, Paulo Cavazotti, Guilherme Siqueira e Rafael Badra
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Diomédio e Fabiano Cunha Campos
Frederico Guelber e Marco Antonio Demartini
Paulo Moraes, Fabio Pohl, Marcelo Bessa, In Loon Lim, Eduardo Bessa
Kiko Caputo, Ticiano Figueiredo e Diomédio
dre Falaschi
Rodrigo Koenegan, Hugo Caetano, Bruno Pinto, Diomedio, Marcelo Soares, Amilcar Ribeiro, João Paulo Verano e Daniel Dalloca
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SOCIAL
ANA MARIA GONTIJO ABRIU AS PORTAS DE SUA RESIDÊNCIA PARA CELEBRAR O ANIVERSÁRIO DO MAQUIADOR LUIZ CARLOS. O ALMOÇO, PARA SELETOS 35 CONVIDADOS, FOI COMANDADO PELO CHEF SÉRGIO DIAS. FOTOS: FERNANDA FERREIRA
Luiz Carlos e Ana Maria Gontijo
VIVA LUIZ CARLOS Isabela e Melissa Gontijo
Maria Tereza Cavalcanti e Soraia Faraj Miranda Castro e Marcelo Chaves Áurea Farah
Ana Luiza Miranda e Joyce Cardoso Mônica Fonseca
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Os noivos Eduardo Gontijo e Tati Vartuli
TATI VARTULI E EDUARDO GONTIJO UNIRAM OS LAÇOS NA CHARMOSA IGREJINHA DA 308 SUL, AO SOM DA TOCCATA. NA SEQUÊNCIA, OS NOIVOS RECEBERAM OS 150 CONVIDADOS NO SOFISTICADO RESTAURANTE RUBAIYAT BRASÍLIA. FOTOS: GIOVANNA BEMBOM
RECÉMCASADOS
José Augusto, Alexandre Gontijo e Marcelo Quirino
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Josefina Gontijo e Mirtes Vartuli
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Claudia Salomão e Márcio Salomão
Mário Habka e Patrícia Maia
Alexandre Prado e Raquel Souza
Pedro Henrique, Ana Claudia e Luiz Varluti
Poliana Prado, Diego Barbosa e Glaucia Oliveira
Karine e Fábio Michels
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SOCIAL
EM NOITE SOLENE, O ADVOGADO CRIMINALISTA TICIANO FIGUEIREDO RECEBEU O TÍTULO DE CIDADÃO HONORÁRIO DE BRASÍLIA. COMANDADA PELO DEPUTADO DISTRITAL ROBERTO NEGREIROS, A HOMENAGEM MOVIMENTOU A CÂMARA LEGISLATIVA. FOTOS: GIOVANNA BEMBOM
Ticiano Figueiredo de Oliveira e Laisa Gouveia Figueiredo
AGORA, BRASILIENSE O deputado Cristiano Araújo
Ticiano Figueiredo recebe o título do deputado Robério Negreiros
A ex-deputada federal Jaqueline Roriz
O deputado Pedro Ivo
Marcus Figueiredo, Fernando Reis e Marcelo Moura Fernando Abdala, deputado Raimundo Ribeiro e Priscila Ibiapina
Fátima Figueiredo, Julia Scartezini e Joana Angélica
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SOCIAL
O TRIO GUILHERME SIQUEIRA, PAULA SANTANA E RAFAEL BADRA PROMOVEU BADALOS NO GPS|LOUNGE, NO SHOPPING IGUATEMI BRASÍLIA. DOS MAIS VARIADOS TEMAS, OS ENCONTROS TROUXERAM O LANÇAMENTO DE JOIAS DE SILVIA BADRA, EXPOSIÇÃO DE ARTE DE CHRISTUS NÓBREGA E JANTAR DA SWEET CAKE. FOTOS: FERNANDA FERREIRA E GIOVANNA BEMBOM
A designer Silvia Badra
Narciza Leão e Vivianne Piquet
Soso Fagury e Vanessa Lemos
César Santos, Roberta Doelinger e Rafael Badra
O artista Christus Nóbrega
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Família Jabour durante o lançamento do projeto Sweet Family
Obras da mostra A Dimensão das Distâncias Paralelas
Rogy Tokarski, Ana Regina Trávolo, Romelita Tokarski e Romy Tokarski
Guto e Celso Jabour
Fabiano e Luciana Cunha Campos
Carol Zeni e Rogério Truite Antonio Henrique e Augusta Lobo
Iara Rocha e Marcelo Strufaldi
Paula Santana e Raquel Jones
Silvia Gontijo, Ruskaya Nogueira e Mercedes Berlin
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SOCIAL OS EVENTOS SEGUIRAM AINDA COM LANÇAMENTO DA EMPRESA BRASILIENSE DE COSMÉTICOS KOSMEIN, BRINDE À NOVA COLUNA GPS|MODA, COQUETEL DE QUINTA EDIÇÃO DO BRINDA BRASIL E COLETIVA DE IMPRENSA DO TIME DE BASQUETE UNICEUB/BRB/BRASÍLIA.
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Drinks criados pela HelpBar As meninas do New Chicks on The Block
Pedro Marra, Maria Thereza Laudares e João P. Teles
José Carlos Vidal, Ralil Nassif Salomão, mascote Lobo-Guará e Ronald
Picolés da marca brasiliense Vai Bem Gelados
O time Uniceub:BRB:Brasília
Kits da Mercearia do Banho e pipocas da PopCorn Clube
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DESTINO
PARAÍSO PARTICULAR NO MÉXICO, DOIS BALNEÁRIOS EXTREMAMENTE SOFISTICADOS FAZEM SEUS HÓSPEDES SENTIREM-SE NA ILHA DA FANTASIA. TODO CONFORTO E LUXO À BEIRA DO MAR QUE É UM VERDADEIRO AQUÁRIO POR ANDRESSA FURTADO – ENVIADA ESPECIAL
M
éxico – Feche os olhos e imagine uma praia paradisíaca. O barulho das ondas, o céu azul, coqueiros frutíferos, pés na areia, uma espreguiçadeira
Adam Lavine e sua banda Maroon 5. Recentemente, os
de frente para o mar e uma piña colada na mão. É exatamente
da por 15 quilômetros ininterruptos de dunas de areia, Punta
desse jeito que você vai desfrutar as belas praias da costa
Mita fica a apenas 42 quilômetros de Puerto Vallarta, uma das
mexicana. Na verdade, é bem melhor. Especialmente se você
cidades mais animadas do México e o porto de cruzeiro mais
ficar hospedado em um dos hotéis e resorts que Punta Mita e
famoso do país. Essa combinação oferece ao visitante o melhor
Puerto Vallarta – novos destinos de luxo do país – possuem.
de dois mundos: tranquilidade e diversão na mesma viagem.
hóspedes de um resort ganharam essa surpresa. Apesar de estar numa região pouco desenvolvida e rodea-
Esqueça a já popular Cancun. É hora de explorar es-
Punta Mita é o velho México, o vilarejo praiano des-
ses dois balneários mexicanos que são bem conhecidos
contraído que os surfistas buscam desde a década de
pelas celebridades internacionais, especialmente Punta
1960. Suas atrações incluem mergulho autônomo, pesca
Mita. Se hospedar por lá é esbarrar com Lady Gaga,
em alto-mar, golfe e passeios de barco para avistar ba-
Justin Bieber, Kim Kardashian, Nicolas Cage, John Tra-
leias. A vila é minúscula, com um punhado de restauran-
volta e, quem sabe, ainda curtir um show particular de
tes charmosos à beira-mar.
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Já o centro de Puerto Vallarta é outra história: seu coração, o famoso Malecón, é um longo calçadão para pedestres, com a praia de um lado e uma infinidade de lojas e restaurantes do outro. Tem para todos os gostos e a GPS|Brasília conheceu de perto os dois destinos. Aprecie.
UM PORTO SEGURO Puerto Vallarta divide a mesma latitude que as ilhas do Havaí e está muito bem localizada no centro da Bahía de Banderas, a maior baía do México, com 42 quilômetros de ponta a ponta. Ao norte da cidade, o Rio Ameca cria uma fronteira natural entre Jalisco e o Estado de Nayarit, onde os novos empreendimentos turísticos formam a Riviera Nayarit. Os habitantes recebem em média de 3,7 milhões de visitantes, muitos vindos dos Estados Unidos e Canadá, principalmente no inverno. Alguns ficam tão apaixonados pelo clima local que investem em propriedades e negócios na região.
O clima é tropical. Durante a ensolarada temporada seca, de novembro a maio, quase não há chuva. Porém, quando ela chega, o clima fica bem quente e úmido, de junho a outubro. Saindo da praia, as empinadas ruas de paralelepípedos parecem unir-se com as verdes colinas das ladeiras da Serra Madre. O Rio Cuale, que divide a cidade em duas partes, flui desde as montanhas e desemboca no Pacífico.
ONDE SE HOSPEDAR Casa Velas Hotel Boutique – O hotel boutique fica localizado junto à marina e ao prestigiado Marina Vallarta Golf Club. Um dos destaques é a área de lazer, com piscina e espreguiçadeiras aconchegantes. Um bar molhado torna o dia mais relaxante, onde você pode se deliciar com quitutes mexicanos e diversos drinks feitos na hora. O hotel é o lugar ideal para amantes do golfe e da natureza, já que é possível se deparar com animais, como pavões e até iguanas.
O premiado restaurante Emiliano se destaca com pratos saborosos com sistema à la carte. O hotel tem uma horta chamada Botanique Garden, onde são cultivados legumes, verduras e ervas. Elas são usadas nos pratos e nos tratamentos do SPA Casa Velas. Ainda há um exclusivo clube de praia para os hóspedes e traslado feito por vans. O sistema é all inclusive. A diária começa em torno de R$ 1.500, nos quartos mais simples, e R$ 3 mil, os mais luxuosos. GPSBrasília « 275
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ONDE COMER
UMA ILHA LUXUOSA
La Leche e Café Des Artistes – Essas duas opções são inquestionáveis. O primeiro é comandado pelo chef e proprietário da casa, Nacho Cadena. O menu é alterado todos os dias e depende da criatividade do chef. A decoração chama atenção. Caixas de leite, mesas e cadeiras brancas, deixam o ambiente bem clean. O segundo funciona há mais de 20 anos em um prédio histórico com mais de 100 anos e tem os pratos da cozinha francesa com visível influência mexicana. Foi considerado o melhor restaurante do México e já ganhou inúmeros outros prêmios e reconhecimentos. A cozinha fica por conta do chef Thierry Blouetcuid. De quebra, você ainda pode curtir um duo de violino e piano.
A Riviera Nayarit ocupa 307 quilômetros na costa do Pacífico, emoldurada por espetaculares montanhas e a poucos minutos do Aeroporto Internacional de Puerto Vallarta. Conhecido como Tesouro do Pacífico Mexicano, concentra resorts de luxo e hotéis-boutique. Entre os atrativos, hospitalidade, cenários ideais para a prática do surfe, campos de golfe de nível mundial e uma exuberante vida natural, com uma variedade de tartarugas marinhas e aves tropicais. Recentemente, alguns de seus principais empreendimentos hoteleiros receberam a cobiçada chancela de Virtuoso Preferred Destination, o que posicionou Riviera Nayarit no rol dos mais sofisticados destinos em todo o mundo. Entre as praias mais procuradas, destacam-se Nuevo Vallarta, Destiladeras, El Anclote, El Novillero, Punta de Mita, San Francisco e Bucerías. As praias de San Blas e Sayulita são as preferidas dos surfistas. Ao norte de Nuevo Vallarta fica La Cruz de Huanacaxtle, com praias desertas.
O QUE FAZER Vá até Malecón e visite as galerias de arte, o mercado de artesanato Río Cuale, a Paróquia de Nuestra Señora de Guadalupe, o Mirador Matamoros e a Zona Romântica. No calçadão, dê uma paradinha e aprecie o ritual dos Voladores de Papantla, em que quatro homens voam amarrados pelas pernas e pés rodando desde o mastro com mais de vinte metros de altura até o chão. Ao som de uma flauta e batidas de tambor, os quatro voadores saúdam o deus sol, a deusa da chuva, a fertilidade e a primavera. Para curtir um dia de sol, a boa pedida é o Mantamar Beach Club, que fica na Playa los Muertos, muito frequentado pelo público LGBT. No clube de praia, você pode praticar esportes radicais, como o flyboard. Outra opção é o Viva Tequila Experience. Uma imersão ao mundo da bebida mais consumida no país. Lá é possível degustar seus diversos tipos, apreciar um show folclórico mexicano e ainda entender como a bebida é produzida.
OS RESORTS Four Season – Com três piscinas, duas praias privativas e quatro restaurantes, este complexo premiado com o AAA Five Diamond Award está localizado na Praia Punta de Mita, na Baía de Banderas, e a 45 minutos de carro do Aeroporto Internacional de Puerto Vallarta. O hotel é enorme e cheio de ruas. Se arriscar a andar sozinho por esse labirinto é se perder na certa. Para isso não acontecer, é disponibilizado um serviço de carrinhos, incumbidos de transportar os hóspedes. Eles podem escolher diversas atividades, como mergulho com snorkel, mergulho com cilindro, pesca, observação de baleias, passeio de barco e aventura com golfinhos.
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RETRANCA
GASTRONOMIA CALIENTE
E não é só de guacamole, tequila e nachos que vivem os mexicanos. Existem outros pratos típicos que merecem sua atenção. Já ouviu falar do Nopal? É um cacto comestível muito popular entre os habitantes do país. O alimento, exótico para os brasileiros, pode ser consumido de diversas maneiras: na grelha, cozido ou assado. Outro alimento comum por lá são os chapulines. Dizem que é desse inseto que veio a inspiração do famoso Chapolim Colorado. Os grilinhos mexicanos são temperados com pimenta, limão e sal, como tudo no México. As variações são pela espécie, tamanho, cor e estado de conservação. Come-se como se fosse amendoim, enquanto se toma uma cerveja Pacífico ou Corona ou um mezcal no bar; ou, claro, em pratos rápidos, como quesadillas ou tacos. O gosto intimida menos que a aparência. O aperitivo é crocante e servido com a famosa guacamole mexicana.
As suítes com vista para o mar são equipadas com uma piscina de borda infinita particular. É impossível não se impressionar com a suíte presidencial, intitulada Coral. Essa acomodação é na areia e fica em uma praia particular. Conta com cinco quartos, piscina e um mordomo disponível o dia todo. A sofisticação continua nos campos de golfe. Destaque para o Pacífico, com 81 hectares e 18 buracos, sendo o único campo do mundo a ter um buraco em uma ilha natural. O design é assinado por Jack Nicklaus, o maior vencedor de torneios Major’s de todos os tempos. As diárias iniciam em R$ 3 mil. St. Regis – O resort esbanja serviços premium. Três piscinas de borda infinita convidam para um relaxamento inesquecível ao ar livre e de frente para o mar. As espreguiçadeiras para tomar sol são acolchoadas e cabanas à beira-mar ficam disponíveis para locação. Ao entardecer, sofás são posicionados na praia em volta de uma fogueira, para a realização de um ritual que já virou tradição no resort. Regado a uma boa música instrumental, o mâitre estoura uma garrafa de champanhe com uma espada de samurai. Frutos do mar frescos estão disponíveis no Carolina, o restaurante da casa. Você também pode saborear a cozinha clássica mexicana no Las Marietas, ou aproveitar o serviço de quarto 24 horas. Excursões para observação de baleias, vida selvagem nas Ilhas Marietas e mergulho na Baía de Banderas estão disponíveis a poucos minutos do hotel. Uma comodidade interessante é o serviço de eButtler: dentro ou fora do hotel, o mordomo está acessível a qualquer hora por WhatsApp. Basta enviar o pedido e ser atendido. As diárias também iniciam em R$ 3 mil.
SERVIÇO Como chegar Aeromexico Hospedagens Puerto Vallarta Hotel Boutique Casa Velas – Velas Vallarta Riviera Nayarit Four Season – St. Regis Punta Mita – Aramara Hotel – Matlali Hotel *A repórter viajou a convite dos Escritórios de Visitantes e Convenções de Puerto Vallarta e Riviera Nayarit, com apoio da Global Travel Assistance Seguro Viagem
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AS LINDAS PRAIAS DO CARIBE, O CAFÉ DE QUALIDADE INQUESTIONÁVEL E A RICA CULTURA DO PAÍS DO ESCRITOR GABRIEL GARCÍA MÁRQUEZ SÃO ATRATIVOS DE UM DOS LOCAIS MAIS VISITADOS DA AMÉRICA DO SUL POR
ANDRESSA FURTADO
UM MERGULHO NA COLÔMBIA A Colômbia que você encontrará aqui não é a de Pablo Escobar, um dos mais poderosos traficantes do mundo, e que vem sendo estampada na série de tevê Narcos como um país pobre e inseguro. Nesta edição, vamos falar dos dois destinos mais procurados pelos turistas do mundo todo dentro país: Cartagena e Bogotá. Em 2014, a ida de brasileiros aumentou
39% em relação ao ano anterior. No ranking de países que mais visitaram a Colômbia, o Brasil ocupa a quarta posição, atrás dos Estados Unidos, Venezuela e Equador. Em tempos de alta do dólar, escolher um país da América do Sul pode ser uma forma de curtir as férias e, de quebra, conhecer um lugar com cultura rica e com muito a oferecer.
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CONHEÇA BOGOTÁ Ao chegar à capital da Colômbia, o mal-estar é instantâneo. Mas acalme-se, acontece em função da altitude. É que a cidade fica 2.640 metros acima do nível do mar e é a terceira capital de maior altitude do mundo, atrás apenas de La Paz, na Bolívia, e de Quito, no Equador. Assim que você chegar ao aeroporto, poderá se dirigir a uma farmácia e comprar um chá de coca, conhecido por aliviar as náuseas. A primeira parada pode ser no Cerro Montserrat, a 3.200 metros, local de peregrinação, com teleférico e bondinho. Não faltam bons restaurantes, lojas e shopping centers. O bairro La Candelaria tem prédios com ar europeu, tavernas, museus e parques. Aliás, Bogotá é cheia de museus interessantes. Um dos destaques fica para o Museu do Ouro. Assim como o Louvre está para França, o Museu do Ouro está para a Colômbia. De longe, é o mais importante do país, um dos mais bonitos da América do Sul, com o acervo mais caro do mundo. Situado na Candelária, centro histórico de Bogotá, todo nativo sabe onde ele fica, afinal é um ícone emblemático da cidade. O Botero e o Museu Nacional da Colômbia também merecem a visita. A cidade possui vários parques bonitos e bem cuidados. Há um leque de opções, mas o destaque fica por conta do Jardim Botânico. Outro ponto turístico é o El Salto de Tequendama. Trata-se de uma cascata na região metropolitana de Bogotá,
onde funcionava um hotel, e que agora, juntamente com a linda paisagem, ganhou a fama de ser mal assombrado. Isso porque, embora o cenário seja lindo, há várias lendas urbanas sobre o lugar. No quesito alta gastronomia, os colombianos não perdem em nada para os outros países. Recentemente, três casas de Bogotá ficaram no ranking dos 50 melhores restaurantes da América Latina. São eles, Criterión, Harry Sasson e El Cielo. Já na culinária do dia a dia, é possível se deliciar com sucos feitos da própria fruta, assim como no Brasil. Se for tomar café da manhã, peça uma arepa, panquecas de milho branco recheada com o que você quiser. No almoço, a dica é ir em “asaderos”, restaurantes simples em que o prato principal é frango assado no carvão. Colombiano toma sopa a qualquer momento. Pode estar calor, não importa. Sopa é sagrada. E banana frita também. Se possível, também conheça Medellín. Intitulada como a cidade da eterna primavera, oferece um espetáculo de cores, dança e cultura na famosa Feira das Flores. Seus parques-bibliotecas têm construções monumentais, desenhadas por renomados arquitetos, com belos espaços de convivência. Os “paisas” (locais) são muito amáveis e garantem ao turista uma estadia inesquecível. Antioquia, Caldas, Risaralda, Quindío e Vale do Cauca reúnem um total de 62 municípios produtores e exportadores do produto no chamado Triângulo do Café. Na região, declarada Patrimônio Cultural da Humanidade, é possível conhecer fazendas e acompanhar todo o processo, desde a colheita até a produção da bebida, inclusive com degustação de vários tipos. GPSBrasília « 281
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DESFRUTE CARTAGENA É o Caribe colombiano. A cidade que ganhou o título de Patrimônio Mundial da Unesco é uma das cidades mais belas e conservadas do continente. Além de muita história, existe o lado artístico de Cartagena. A cidade foi eleita pelo escritor Gabriel García Márquez como moradia e cenário da maioria de seus romances. Somada aos encantos de sua arquitetura colonial, republicana e moderna, estão os atrativos de uma intensa vida noturna, festivais culturais de renome internacional, paisagens exuberantes, magníficas praias, excelente oferta gastronômica e uma completa infraestrutura hoteleira e turística. Para quem gosta do burburinho e de luxo, a dica é se hospedar no centro histórico. Escolha os formosos hotéis coloniais como o Santa Clara ou o Charleston Santa Teresa; ou os Hotéis Boutique como Água, Cuadrifolio e El Marqués, que garantem comodidade, decoração exclusiva e um serviço personalizado altamente qualificado. Seja a pé, de bicicleta ou em um passeio de carruagem, reserve um bom tempo de sua programação para desvendar a Cidade Amuralhada. A muralha cerca a parte antiga da cidade e concentra alguns dos principais pontos turísticos, como a Torre do Relógio, o Palácio da Inquisição, igrejas, praças e museus, além da própria muralha com seus baluartes. Um pouquinho fora do centro estão o imperdível Castelo de San Felipe e o Convento Santa Cruz de La Popa, com uma vista espetacular. Um dia nas praias ou passe-
ando pelas ilhas do Arquipélago de Rosário, com águas clarinhas, é imperdível. As sorveterias são um destaque local. Tanto as que vendem sorvetes tipo italiano ou as famosas “paletas”, caem super bem com o calor intenso que ocorre durante todo o ano. A dica é ir na La Paleteria. No ranking dos melhores restaurantes da cidade, estão Carmem, La Vitrola, La Cevicheria, Club de Pesca e El Santíssimo. Vale lembrar que Cartagena fica acima da linha do Equador e mesmo no inverno (entre dezembro e março), o calor é grande e a umidade alta, o que torna a sensação térmica maior. Mas seguramente é a melhor época para se visitar a cidade.
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Jotafrança Banho, nova loja em Brasília especializada em salas de banho com exclusivo conceito Roca Top Store. SHIS QI , bloco J, lojas / – Lago Sul () − | −
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PASSEIO
O EXÓTICO
PERU
SEDE DO IMPÉRIO INCA, O PAÍS RESPIRA DIVERSIDADE CULTURAL. TEM VIDA NOTURNA INTENSA, NATUREZA DISPONÍVEL COM MONTANHAS E MAR, BOA GASTRONOMIA E A EXUBERÂNCIA DE SEU POVO POR ANDRESSA FURTADO
R
iqueza histórica define o Peru, sede do Império Inca até o século 16. O país vive esse legado na arquitetura, na gastronomia e nos costumes, como os coloridos teares de lã retirados das lhamas e alpacas. São mais de 50 línguas nativas, algumas ainda em uso, como o quéchua. À mesa, batata e pescado compõem o premiado cardápio peruano. A conquista espanhola imprimiu o catolicismo, sem deixar escapar os pequenos rituais da religião inca, que promove o culto à natureza. O país proporciona também a oportunidade de compras sofisticadas e hospedagens aconchegantes. Uma completa infraestrutura de hotéis e serviços de luxo tem levado muitos turistas para lá nos últimos anos. A começar pela cidade de Cusco, onde grandes redes hoteleiras se instalaram nos prédios históricos. Alguns exemplos são os hotéis La Casona Inkaterra, Palacio Nazarenas, Hotel Monasterio e Casa Cartagena. 284 « GPSBrasília
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Muito bem falado, o famoso transporte de luxo do país, o trem Hiram Bingham, oferecido pela companhia Peru Rail e Orient Express, é frequentado por um público hypadíssimo. Os viajantes têm direito a cabines confortáveis, janelas panorâmicas, música ao vivo, brunch regado a champanhe e outros mimos no percurso entre Cusco e Machu Picchu, que dura 3h30. Independentemente do trem por que você optar, a ida até Machu Picchu está entre os itens da sua lista que você não pode deixar de ir. Porém, é preciso ter paciência e muito fôlego para enfrentar a caminhada. Os efeitos da altitude ficam bem claros lá, mas, no fim, o resultado é incrível. Quando os visitantes se deparam com as ruínas da cidade inca, surpreendem-se com a beleza arquitetônica. Os mistérios e as teorias em torno daquele lugar aguçam a curiosidade dos turistas, que ficam embasbacados diante da cidadela. Além do trem, os cruzeiros pelo Rio Amazonas são muito procurados. Os navios luxuosos que navegam pelo rio oferecem todo o tipo de serviço aos seus hóspedes. Desde academias, bares e restaurantes com gastronomia de alta cozinha até cabines com sacada para apreciar a vista. O país é também um dos mais exclusivos quando o tema é a comida. Na capital Lima, é possível comer pratos elaborados com ingredientes de todas as partes do mundo, como o cordeiro da Patagônia, lentilha da Índia e trufa branca, assinados pelo famoso chef de cozinha Virgilio Martínez, que prepara essas e outras delícias no Central, eleito o melhor restaurante da América Latina. Há também o Astrid y Gastón, comandado pelo famoso chef Gastón Acurio e por sua mulher Astrid, que ocupa o 42º da lista The World 50 Best Restaurants. Tem ainda o Maiddo, que serve co-
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TEM QUE IR Águas Calientes (Macchu Picchu) – Povoado mais próximo da fortaleza de Machu Picchu, às margens do rio Urubamba, cerca de uma hora e meia de caminhada, ou trinta minutos de ônibus. Atrai turistas também pelos banhos termais. Arequipa – Conhecida como “cidade branca”, é envolvida por um quadro natural de rara beleza. Fica aos pés do vulcão El Misti, um gigante de 5.822 metros com picos nevados. Nas redondezas, há vales, montanhas, cânions e outros vulcões. Machu Picchu – Uma cidade de pedras, remanescente das eras pré-colombianas, situada na faixa de transição da Cordilheira dos Andes com a Amazônia, em meio a uma natureza espetacular. A “velha montanha” fica a mais ou menos 2.430 metros acima do nível do mar e representa um dos mais famosos símbolos da cultura inca. Plaza de Armas (Lima) – Onde fica a catedral da cidade, o Palácio do Governo, a igreja e convento de San Francisco e a praça central. A área é atualmente centro do poder político do país e cercada por diferentes bares, lojas e restaurantes. Além de passear a pé, os visitantes podem optar por andar de trenzinho ou charrete. Ruínas de Pachacamac – Uma cidade religiosa inca, com pirâmides, templos e praças, que fica a 40 quilômetros de Lima. Mesmo abalada por alguns terremotos, o sítio arqueológico ainda preserva detalhes importantes dos antepassados pré-colombianos. Parque da Reserva/Circuito Mágico das Águas – Uma grande reunião de fontes luminosas de água em Lima, contando com iluminação especial e que propiciam um belo espetáculo visual para os visitadores. Prefira ir à noite, quando acontecem três shows. É considerado o maior complexo de fontes da América do Sul. Templo do Sol (Cusco) – Construído a pedido do imperador Pachacuteq, foi todo feito em pedras polidas encaixadas perfeitamente umas às outras. No local, os nativos faziam rituais cultuando o deus do sol. Até hoje o templo inca está à mostra e intacto.
mida Nikkei – uma fusão de comida peruana e japonesa –, eleito o 7º melhor restaurante da América Latina. Peru tem vida noturna bastante agitada. Em Lima, as melhores opções de pubs e boates estão em Miraflores, San Isidro e Barranco. Há também o tradicional distrito de Barranco, com ar antigo, charmoso e cheio de romantismo, que também é ponto do encontro da gente boêmia. Os adeptos de aventura se fartam com o andinismo (na montanha dos Andes), ciclismo de montanha, surf, trekking, rafting e asa-delta. Para quem gosta de praia, o litoral peruano, com mais de 3.000 km, tem mar tranquilo e também generosas ondas – ideais para a prática do surf.
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MI BUENOS AIRES QUERIDO 288 « GPSBrasília
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Divulgação Argentina
CENTENAS DE PARQUES, TEATROS, BISTRÔS. HÁ UMA METRÓPOLE CULTURALMENTE VIBRANTE QUE EXTRAPOLA OS ROTEIROS CLÁSSICOS DO TURISMO. CONHEÇA A CIDADE DAQUELES QUE VIVEM A ESSÊNCIA DA CAPITAL ARGENTINA POR MARINA MACÊDO – ENVIADA ESPECIAL
Buenos Aires – ¡Hola! Bienvenido à terra dos hermanos. Famosa pelo alfajor, pelo tango, pelos vinhos e pelas carnes, ela dispensa apresentações. Não é de hoje que atrai brasileiros pela proximidade entre os dois países. Mas Buenos Aires se reinventa. Esqueça tudo que já viu por lá. É o momento de revisitar a capital argentina. Com urbanização no estilo europeu, a cidade abriga 13 milhões de habitantes. Ela vibra história, cultura, lazer e boa gastronomia. A variedade de programação proporciona uma flexibilidade no roteiro, que pode ser elaborado para um único final de semana ou meses. Muitos turistas, principalmente os brasileiros, estão ali pela segunda, terceira e até quarta vez. “É um excelente destino para férias, feriados ou finais de semana prolongados, pela diversidade de atrações, infraestrutura e facilidade de acesso”, destaca Heloisa Ananias, gerente de produto para América do Sul da CVC Viagens e Turismo. Que tal conhecer a cidade sob duas rodas? Essa é uma das novidades que tem conquistado o turismo local. Guiando a magrela, é possível sentir a sensação libertadora de brisa no rosto, conhecer intimamente os bairros e até se assustar com as frequentes buzinas no trânsito. Para quem ainda não conhece os pontos turísticos tradicionais, a dica é optar pelo trajeto Buenos Aires al Sur, da empresa La Bicicleta Naranja, que passa por mais de dez lugares. Entre eles: Plaza de Mayo, que possui a icônica Casa Rosada, a Catedral Metropolitana e a Pirâmide de Maio; o famoso Estádio Boca Juniors; o colorido do Caminito; e o Parque Lezama, no bariro de San Telmo. A alternativa Buenos Aires al Norte apresenta Puerto Madero, Bosque Palermo Y Rosedal, Iglesia Del Pilar, Floralis Generica, entre outros. Já as pedaladas no pacote Lagos y Bosques fazem um giro por locais como Jardín Botánico, Estadio River Plate, Mercado de Pulgas e Palermo Hollywood. Gian Carlo Perez, supervisor receptivo da tipgroup, ressalta que a capital argentina foi ao longo de muito tempo vista como turismo de compras. Mas deve-se mudar esse olhar. “Acho que Buenos Aires deveria ser conhecida mais como destino cultural. A cidade possui mais de 300 salas de teatros, que vão desde entradas gratuitas até casas da Avenida Corrientes, nossa Broadway, onde paga-se cerca de 500 pesos em uma ópera”, comenta. A multiplicidade conta com o glamoroso Teatro Colón, de 1908, que está entre os cinco teatros com a melhor acústica do mundo. Ou o imenso Centro Cultural Néstor Kirchner, instalado na antiga sede do Correio Central, inaugurado em maio deste ano. GPSBrasília « 289
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RETRANCA
A escultura Floralis Generica
A famosa livraria El Ateneo Fotos Divulgação Argentina
Bioparque Temaikèn reúne fauna e flora
EM FAMÍLIA Localizado a 30 minutos de Buenos Aires, o Bioparque Temaikèn é uma atração que tem seduzido cada vez mais os brasileiros. Logo na entrada, é possível ver que os bichos não ficam em jaulas e, sim, em espaços que reproduzem o habitat natural. “São mais de 300 espécies de animais em 34 hectares”, enfatiza Sebastian Oliveira, responsável pelo turismo do Temaikèn. Mas certamente o que fascina crianças e adultos é o aquário do parque. Com grandes vidros e água clarinha, o público imerge no universo submarino. Quem desejar pode até dar comida para raias. Há ainda o cinema 360 graus, que exibe imagens espetaculares da natureza.
Outra programação em família é navegar pelo Rio de la Prata, considerado o mais largo do mundo, a bordo do barco Humberto M. O trajeto parte de Puerto Madero e segue até as proximidades da Cidade Universitária. Uma paisagem que rende bons registros. A programação é combinada com almoço comandado pelo chef César Magnarelli. No menu, entradas de cocktail de kani kama tropical, torre de vitela fatiada com legumes macerados ou frango recheado com mix de folhas e vinagrete. Como sugestões de prato principal, as opções também são de salivar: arroz de açafrão com molho de mariscos; frango à mediterrânea com batatas panadeiras e ninho de espinafre; ou massa. Além de sobremesas variadas. Os fanáticos por futebol podem comemorar. Uma proposta na cidade é conhecer no mesmo dia os dois estádios mais célebres da Argentina: La Bombonera, do Boca Juniors, e Monumental, do River Plate. No passeio, os visitantes entram nos museus dos estádios, sabem mais sobre história dos clubes e até podem levar pra casa um souvenir.
VINHO & TANGO Quando o assunto é vida noturna, a capital portenha se mostra em plena ebulição. São charmosíssimos bares e restaurantes no bairro de Palermo, com diversificadas experiências gastronômicas. Por lá, um espaço tem chamado atenção dos apreciadores de vinhos, o Trova – Bar de Vinos. Com atmosfera intimista, o estabelecimento traz em sua decoração a mistura de amarelo, cinza e preto. Nas paredes, garrafas de vinhos enfeitam o ambiente. O sócio
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Marina Macêdo
gerente Alejandro Verbitsky é quem orienta a degustação de vinhos argentinos. “Ao se apreciar um vinho, existem quatro fases do gosto. Primeiro, sentimos o doce. Depois, a acidez. Na sequência, é a vez do peso/densidade. Por fim, aroma e amargo”, explica Verbitsky. Com apenas um ano e três meses, a casa soma mais de 200 rótulos. Ao longo de duas horas, os visitantes apreciam uma sequência de cinco vinhos – um branco, três tintos e um espumante -, harmonizados com tábua de queijos e frios selecionados, como brie, crottin, peccorino, presunto de parma, presunto de veado ou javali. Aos que preferem desfrutar a noitada no ritmo do tango, a dica é conhecer a dança local sobre duas perspectivas. A primeira, apreciando o tradicional espetáculo Señor Tango. Ao estilo Broadway, a casa proporciona a combinação de jantar e show impecável. E quem pensa que brasileiro só tem samba no pé, engana-se. O Señor Tango conta com brasileiros em sua equipe. “Temos três brasileiros aqui: Roxane Camargo, Rafael Bittencurt e a diretora de ballet Louise Junqueira Maluccelli”, contam Miguel Ângel e Melina Liberati, do Señor Tango. O outro ângulo de interatividade com a dança é tentar aprender alguns passos nas milongas, casas onde argentinos e turistas vão para dançar. Como a La Viruta, na Armênia 1.366, e La Catedral Club, no Sarmiento 4.006. Onde frequentam desde pessoas que sabem dançar até mesmo quem quer tentar os primeiros passos tutoreados por professores. A verdade é que estar em Buenos Aires é descobrir a cada viagem um novo vinho, um novo espetáculo e um novo olhar para a capital argentina.
Bike tour pela La Bicicleta Naranja
ONDE FICAR
Localizado no bairro de San Telmo, o hotel Unique Art Madero expõe em sua fachada uma proposta de tijolos discreta. Mas basta adentrar no hotel que é possível ver sua pegada refinada e clean no lobby. Nos 89 quartos, o conforto vem aliado com decoração vermelha e branca. Mas o que merece destaque é o restaurante do hotel, instalado no último andar, que tem vista panorâmica da cidade.
SEM ESCALAS
A Gol tem voos diretos de nove cidades brasileiras para Buenos Aires. Da Capital Federal, os voos são às segundas, quintas, sextas e domingos, partindo às 11h11, com duração de menos de quatro horas. O voo de volta sai da capital argentina às 16h05.
HERMANOS
Para entrar no país vizinho não é preciso visto nem passaporte. Basta carteira de identidade em boa condição e foto que permita clara identificação do passageiro. *A repórter viajou a convite da CVC e da Gol Linhas Aéreas.
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Marcelo Isola
Jorge Lopes
ECOTURISMO
AMAZÔ FABUL
Vista aérea do Anavilhanas Lodge
ENCONTRO DE RIOS, CONVIVÊNCIA COM ÍNDIOS, DESBRAVAMENTO DA SELVA, EXPERIÊNCIA COM ANIMAIS, ENTROSAMENTO COM A VEGETAÇÃO. UMA AVENTURA, SOBRETUDO, SOCIOLÓGICA QUE PODE SER VIVIDA COM CONFORTO E SEGURANÇA POR MARIANA ROSA
C
obiçada por todos os lados. Apreciada. Disputada. Exuberante. Estonteante. Ora adorada, ora desprezada. Ora preservada, ora devastada. Por
fim, essencial. Essa é a nossa Floresta Amazônica. É a maior do mundo em extensão, com mais de seis milhões de quilômetros quadrados. Desse total, 60% em solo brasileiro. Explorar parte dessa região é uma aventura ecológica que pode ter muito charme. Não se engane ao achar que visitar a Amazônia é necessariamente uma aventura rústica, sem conforto e com pouca estrutura. O setor turístico atende, sim, o visitante
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Fundación Temaikén
ZÔNIA ULOSA que procura contato direto com a natureza, como dormir
ribeirinhos e índios, esportes radicais, observação da
em redes ao ar livre. Entretanto, tem opção para quem não
vida selvagem. A lista é longa. Entre os passeios mais
dispensa o aconchego de uma confortável noite de sono
populares, o turista procura o belíssimo encontro das
após um exaustivo dia de trilha na mata. O ecoturismo na
águas negras do Rio Negro com as águas barrentas do
floresta é ideal para todos os públicos. Passeios em famí-
Rio Amazonas, que seguem separadas por quilômetros.
lia, grupo de amigos, lua de mel, período sabático, para
No caminho, vitórias-régias gigantes – com mais de dois
despertar instintos aventureiros ou simplesmente relaxar
metros de diâmetro e suportando até 40 quilos em sua
sozinho ouvindo o canto dos pássaros.
superfície – e mergulho com o folclórico boto cor-de-
Experiências ecológicas, sociológicas e culturais
-rosa nas águas doces do rio.
dão o tom à viagem. O contato direto com a natureza,
O ecoturismo no Amazonas pode ser praticado o ano
passeios de barco, pernoites na selva, convivência com
todo. O período de dezembro a junho é o preferido dos GPSBrasília « 293
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Fotos: Marcelo Isola
RETRANCA
ante à noite no Anavilhanas Os turistas podem navegar dur
turistas. É a época da cheia dos rios e as florestas ficam inundadas. Entretanto, em novembro, acontece a maior vazante do Rio Negro e se formam praias de areia branca. Nessa época, chove menos e o calor é intenso. O passeio pela região inclui ainda conhecer a capital do maior Estado brasileiro, Manaus, e sua rica vida cultural. Na mala de volta para casa, uma lembrança do artesanato local. Peças exclusivas são produzidas com elementos da floresta, como sementes, frutas e flores. Na gastronomia, o que vale é experimentar. As refeições sempre apresentam uma novidade. De uma carne exótica, como tartaruga ou jacaré, até sucos da planta murici e de taperebá (conhecido no Nordeste como cajá). Especialmente em Manaus, os peixes de rios, como o tambaqui e o pirarucu, são certeza de sucesso na mesa.
Ce¦ücile Dubois
Passeio de canoa no Cristalin
o Lodge
Jungle Lodge
CONFORTO Dois ecolodges se destacam por apresentarem requintes de conforto e luxo no meio da floresta. Anavilhanas e Cristalino estão localizados em pontos estratégicos. O primeiro, dentro de uma reserva ecológica no centro da floresta. O segundo, ao sul da Amazônia, já no estado do Mato Grosso. Sustentabilidade e criatividade são bandeiras dos hotéis. A partir de uma aventura mochileira foi idealizado o Anavilhanas Jungle Lodge. Localizado a 180 quilômetros de Manaus, fica em frente ao Arquipélago de Anavilhanas, um Parque Nacional com mais de 400 ilhas inexploradas. Uma grande vantagem é o lodge ser rodeado pelo Rio Negro. Com pH ácido, entre 4,3 e 5,2, a água escura do rio inibe a proliferação de insetos e quase não se encontra mosquitos ao redor do hotel.
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A aventura começa logo no traslado de Manaus. O mais comum é fazer o percurso por via terrestre. Para os mais ousados, outra opção é fazer o traslado por hidroavião, com sobrevoo em grande parte do Arquipélago de Anavilhanas. A duração é de aproximadamente 35 minutos. Os preços da hospedagem variam de R$ 2.400, em chalés durante a baixa temporada, e chegam a R$ 14 mil em bangalôs com vista panorâmica, durante as festas de final de ano. O Anavilhanas Jungle Lodge faz parte da Associação de Hotéis Roteiros de Charme e foi escolhido pelo guia internacional de viagens Fodor´s em 2014 como um dos cem melhores hotéis do mundo, sendo o único da região Amazônica. Já o Cristalino Lodge foi idealizado há 30 anos. É a primeira Reserva Particular do Patrimônio Nacional (RPPN) do sul da Amazônia. Dessa forma, o turista não precisa sair do Parque Estadual Cristalino, com mais de 11.399 hectares para se aventurar na vida selvagem. Os viajantes terão, ali mesmo, o contato com a biodiversidade da região. As atividades diárias incluem trilhas pela floresta, caminhadas de observação de aves e visitas a projetos de conservação e educação locais. Mais imperdível ainda são os passeios de barco e canoagem e a parada para observar os belos amanheceres e fins de tardes nas Torres de Observação.
IMPORTANTE
• O Ministério do Turismo recomenda vacina contra febre-amarela para quem viaja à região Norte do País. Deve ser aplicada dez dias antes da chegada à região; • É recomendável usar roupas de cores neutras, como os tons de bege, verde e cinza, para aumentar a chance de se observar a vida selvagem. Deve-se evitar cores fortes e claras, como laranja, vermelho ou branco; • As atividades na floresta são indicadas para crianças acima de nove anos; • Estar em boa condição de saúde é importante, pois as atividades de turismo exigem um nível de esforço moderado.
O Cristalino está próximo ao bioma do Pantanal e ao do Cerrado, característica que torna as belezas naturais ainda mais peculiares. O hotel coleciona prêmios nacionais e internacionais. Inclusive, foi selecionado como um dos 25 melhores ecolodges do mundo pela revista National Geographic. Este ano, entrou para a seleta lista de hotéis da Brazilian Luxury Travel Association (BLTA). O apartamento standard quarto solteiro apresenta a diária mais em conta, por cerca de R$ 1.010. Já o bangalô especial pode chegar a R$ 1.230. Mas os preços variam conforme o período do ano. O ideal é ficar pelo menos quatro noites por lá.
Saída nos barcos para o passeio
SERVIÇO Agência 55 Travel SHIS QI 13 bl. A sala 62 Lago Sul – Brasília (DF) (61) 3248-5505 – www.55travel.com.br
noturno
Hotel Anavilhanas Jungle Lodge Av. Eduardo Ribeiro, nº 520, sala 304 - Manaus (AM) (92) 3622-8996 – www.anavilhanaslodge.com Hotel Cristalino Lodge Sul da Amazônia, Alta Floresta – Mato Grosso (11) 2362 5412 ou (66) 3521 1396 – www.cristalinolodge.com.br
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NA MALA
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Protetor solar com no mínimo FPS 30 Repelente de insetos sem cheiro Chapéu/boné Óculos de sol Camisetas leves Shorts/bermudas leves Roupa de banho Blusa de manga longa para passeios na floresta Calça confortável para caminhada Meias longas Tênis ou bota para trilha Sandália/chinelo confortável Binóculo Capa de chuva Lanterna
Bar do Cristalino Lodge Katia Kuwabara
Samuel Melim
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Marcelo Isola
Anavilhanas
Deck flutuante no Cristalino
Luis Gomes
Vista noturna da piscina no
Luis Gomes
Quarto no bangalô privativo do Cristalino Lodge
Lodge
• Abril-Maio – Uma fina camada de vapor d’água aparece logo acima da floresta nas primeiras horas do dia, paisagem que pode ser contemplada do alto das Torres de Observação. O pôr do sol nesta época é muito colorido, e muitas espécies já possuem filhotes jovens – como os macacos –, e as borboletas são vistas regularmente.
Jardim privativo no bangalô
especial do Cristalino Lodge
ESTAÇÕES DO ANO • Fevereiro-Março – A floresta torna-se verde e florida, com destaque para as orquídeas, helicônias e bromélias. O rio é plácido e belo. A umidade do ar é elevada. Boa época para observar macacos, devido à abundância de comida na floresta. Essa é uma época em que muitas espécies estão nidificando ou possuem filhotes.
• Junho-Outubro – A floresta torna-se mais seca e o rio atinge o seu nível mais baixo, revelando rochas e corredeiras de água cristalina. As noites podem ser um pouco mais frias. É um bom período para observar aves e borboletas. As chances de observar grandes mamíferos às margens dos rios é maior. Os macacos, por outro lado, são vistos com menor frequência, porque há maior escassez de comida na floresta e os bandos dividem-se em grupos menores. • Novembro-Janeiro – Época ensolarada e com elevada visibilidade. A floresta torna-se mais verde e, no nível do solo, muitos filodendros aparecem. Esta é uma boa época para se observar macacos e aves, pois a floresta está carregada de frutos e outros alimentos.
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COSTUMES
PROGRAMA DE ÍNDIO
P
almas (TO) – O importante não é ganhar, e, sim, celebrar. Verso do hino entoado na voz de Margareth Menezes e lema da primeira edição dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, que se traduziu numa das mais bonitas realidades vividas pelo País, recentemente, em Palmas (TO). Foi lá que mais de dois mil indígenas de 24 nações do mundo se reuniram para competir sem a égide da vitória, e, sim, da confraternização universal entre os que primeiro ocuparam os territórios e povoam de significados as muitas identidades culturais de cada país. Apenas no Brasil, há 305 povos originários conhecidos – sem contar os isolados, que jamais estabeleceram contato com não índios – e 274 idiomas, muitos hoje ameaçados. Dos 200 milhões de brasileiros, eles representam apenas cerca de 900 mil. Em Palmas, porém, eram maioria e estavam representados por 24 etnias: dos sul matogrossenses Terena, mais bem articulados politicamente e sendo dois de seus líderes os organizadores dos Jogos; aos amazonenses Matis, da região do Vale do Javari, de contato ainda pequeno com outras culturas. Além dos brasileiros,
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EM UMA DAS MANIFESTAÇÕES CULTURAIS MAIS BONITAS DA HISTÓRIA DO PAÍS, PALMAS RECEBE OS JOGOS MUNDIAIS DOS POVOS INDÍGENAS. EM MEIO A JOGOS, RITUAIS E AÇÕES DE CIDADANIA, A MÁ NOTÍCIA VINDA DO LEGISLATIVO REFERENTE À DEMARCAÇÃO DE SUAS TERRAS POR MORILLO CARVALHO « FOTOS MARCELO CAMARGO
os simpáticos maori da Nova Zelândia, finlandeses, russos, estadunidenses, etíopes, mongóis e outros latino-americanos estiveram reunidos para, em oportunidade única e inédita na história do mundo, conhecerem-se, trocar impressões... Celebrar. As modalidades apresentadas se dividiram em dois formatos: as demonstrativas e as integrativas. As demonstrativas foram aquelas que não poderiam ser confrontadas entre etnias – caso do Kagot, uma espécie de “queimada”, em que os guerreiros de cada equipe precisam acertar o “rival” usando uma flecha, mas que é praticado apenas pelos paraenses Xikrin e Kayapó, sendo que apenas o último grupo participava dos jogos. Já as integrativas eram aquelas que são praticadas por quase todos os participantes, como o arco e flecha, a canoagem e a que mais levantava o frisson da arquibancada, a corrida com tora.
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RETRANCA
PEC 215 Os Jogos ocorriam bem, o clima harmônico e festivo se aplacava sobre a calorosa Palmas e seus costumeiros 40 graus, quando o tempo fechou por lá. Além de uma tempestade que esfriou o clima e arrancou telhados madrugada adentro, os indígenas receberam ali a notícia de que a Câmara dos Deputados havia aprovado, em comissão especial, a Proposta de Emenda à Constituição 215, que transfere para o Legislativo a palavra final sobre a demarcação de terras indígenas. Houve protesto. Aliás, desde a abertura oficial, com a presença da Presidente Dilma Rousseff, lideranças já apelavam para que a chefe do Executivo mobilizasse a base de governo para evitar a aprovação da PEC. Mas, quando a aprovação se concretizou, a arena, onde ocorria a disputa da corrida de 100 metros, foi tomada por pelo menos uma centena de manifestantes e os jogos foram interrompidos. A dúvida, até o dia seguinte, era se o evento permaneceria ou não. Naquela noite, a Ocara, onde os índios brasileiros ficaram hospedados e que reproduzia seu modo de vida, sediou uma reunião de líderes das etnias presentes. Eles decidiram por continuar, mas manter a mobilização para pressionar o Congresso e evitar uma aprovação nos plenários do Senado e da Câmara. 300 « GPSBrasília
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GUARANI-KAIOWÁ A etnia de nome mais conhecido dos últimos anos na internet é a Guarani-Kaiowá, de Mato Grosso do Sul. Para apoiá-los, após os relatos de violência entre fazendeiros e índios, muitos usuários das redes trocaram sobrenomes por Guarani-Kaiowá. Nos Jogos, eles estiveram bem representados numericamente na arena e na música. O grupo de hip hop Bro MCs, composto por jovens da etnia, foi convidado a se apresentar em um espaço do complexo esportivo destinado à troca de conhecimentos: a Oca da Sabedoria. Cantando rap em língua nativa, eles bradaram contra a PEC 215 e denunciaram as situações de violência vividas pela comunidade.
CONEXÕES Falando em redes sociais e em interações dos povos indígenas com outras culturas e com a tecnologia, um espaço do evento foi todo dedicado ao ensino dos hábitos digitais contemporâneos aos que detém apenas conhecimentos tradicionais: a Oca Digital. O local tinha 30 computadores, que poderiam ser usados apenas por índios, e onde ocorriam cursos diários sobre como criar blogs, como usar as redes sociais. Houve indígena fazendo e-mail pela primeira vez. GPSBrasília « 301
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RETRANCA
Engana-se, porém, quem aposte no atraso desses povos: os Kuikuro, por exemplo, só falam na língua nativa em grupo de WhatsApp. Era comum perceber que a maioria das máquinas estava com a tela do Facebook aberta. A pesquisadora de educação indígena Marina Terena defendeu que a tecnologia está disponível “para quem quiser, indígena ou não”, já que, assim como diz o antropólogo Roque de Barros Laraia em seu livro “Cultura: um conceito antropológico”, a cultura indígena não é estática, e, sim, dinâmica. Também foi durante os Jogos que pesquisadores da Universidade Federal de Tocantins (UFT) lançaram o “Traduzíndio”, um aplicativo que traduz palavras dos povos Apinajé e Xerente para o português. Ambos eram considerados os anfitriões do evento, já que são tocantinenses – sendo os Xerente os mais próximos de Palmas – e reúnem, juntos, uma população de pouco mais de 5 mil pessoas. O Tocantins, aliás, é território de outras dez etnias, segundo o levantamento Povos Indígenas do Brasil, do Instituto Socioambiental, mas apenas as duas estão hoje no Traduzíndio. Até agora, cerca de dez mil palavras foram catalogadas e traduzidas.
LEGADO Foram muitas as trapalhadas da organização. Impossível era conhecer o calendário exato dos Jogos, que mudava a cada dia. “Programa de índio”, alertou em tom de brincadeira o articulador do evento, Marcos Terena, já na cerimônia de abertura, arrematando que “este é o jeito indígena de organizar as coisas”. Nada que espantasse a adesão dos palmenses a assistir aos jogos. A arquibancada da Arena era capaz de comportar cinco mil pessoas, e esteve totalmente ou quase toda ocupada em todos os dias. Ao lado
da Arena, outro espaço comprovou o sucesso do evento: a Feira Mundial de Artesanato Indígena, organizada pelo Serviço de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae), e que movimentou mais de R$ 200 mil, em uma semana. Mas o sucesso dos Jogos não se encerrou com o fim do evento, em 31 de outubro. O complexo, anexo ao Estádio Nilton Santos, tem mais de 300 mil metros quadrados, e a promessa é de que seja aproveitado em definitivo para a população de Palmas. Este, aliás, foi o maior evento já abrigado pela capital tocantinense, no auge dos seus 26 anos. Um belo começo para o local, a despeito das incertezas e polêmicas envolvendo o financiamento do evento – coisa infelizmente normal no Brasil, mas não no Canadá, onde será a próxima edição, em 2017. A cidade e a data exatas serão anunciadas após os indígenas de lá realizarem uma cerimônia sagrada. Talvez seja a continuidade destes encontros cheios de esporte, cultura, riqueza cultural e celebração do maior dos legados dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas. voi PE py!, ou “até lá”, diriam os guarani, nosso maior tronco linguístico indígena vivo.
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