Revista GPS Brasilia 6

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# 06 / oUt noV deZ 2013

Fiorella Mattheis a gringa coM ginga

gehre e Behr o pintor e o poeta

rainer cadete talento da gente

Vila planalto a tradição da capital










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Hublot is associated with the Instituto Guga Kuerten, which contributes to the education of children and handicapped Brazilians.

GUSTAVO 'GUGA' KUERTEN 3 times French Open winner #1 ATP world ranking – Year 2000

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Editora-chefe Paula Santana Coordenadora Marcella Oliveira Reportagem Andressa Furtado, Marina Macêdo, Marcella Oliveira e Raquel Jones Projeto gráfico Chica Magalhães Edição de arte TAB Marketing Editorial Editor de fotografia Celso Junior Assistente de fotografia Nai Reis e Manuela Acioli Produção Karine Moreira Lima Colaboradores André Schiliró, Felipe Menezes, Fernanda Ferreira, Gian Marco Uccello, Marcio Vieira, Marcus Barozzi, Pablo Valadares, Patrícia Justino, Raphael Mendonça, Sarah Campo Dall´Orto, Ueslei Marcelino, Ugo Braga e Wenderson Araújo Revisão Jorge Avelino de Souza Marketing e Relacionamento Guilherme Siqueira Comercial e Administrativo Rafael Badra Contato Publicitário Adriana Chaves

A Revista GPS, consciente das questões ambientais e sociais, utiliza papéis com certificação (Forest Stewardship Council®) na impressão deste material. A certificação FSC® garante que a matéria-prima é proveniente de florestas manejadas de forma ecologicamente correta, socialmente justa e economicamente viável, e outras fontes controladas. Impresso na Gráfica Coronário - Certificada na Cadeia de Custódia - FSC®.

GPS|BRASÍLIA EDITORA LTDA. www.gpsbrasilia.com.br

SÓCIOS-DIRETORES PAULA SANTANA paulasantana@gpsbrasilia.com.br GUILHERME SIQUEIRA guilhermesiqueira@gpsbrasilia.com.br

Tiragem 30 mil exemplares

RAFAEL BADRA rafaelbadra@gpsbrasilia.com.br

Circulação e Distribuição BADF Express

SHIS QI 05, bloco F, sala 324 Centro Comercial Gilberto Salomão CEP: 71615-560 Fone: (61) 3364-4512

Impressão e Acabamento Gráfica Coronário



EQUIPE

Celso Junior

Marcella Oliveira

Raquel Jones

Ueslei Marcelino

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Andressa Furtado

Marina Macêdo

Karine Moreira Lima

Nai Reis

Manuela Acioli

Simone M. Pontes

Anna Stolf

COLABORADORES

Pablo Valadares

André Schiliró

Raphael Mendonça

Marcus Barozzi

Ugo Braga

Fernanda Ferreira

Sarah Campo Dall’Orto

Patrícia Justino

Marcio Vieira

Gian Marco Uccello


IWC. ENGINEERED FOR MEN.

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Ingenieur Automático AMG Black Series Cerâmica. Ref. 3225: Os vencedores chegaram ao topo pelo menos uma vez. Verdadeiros campeões ficam para sempre. A caixa e os outros componentes do Ingenieur Automático AMG Black Series são feitos de óxido de zircônio preto, uma cerâmica de alto desempenho usada também no esporte motorizado nos discos do freio. O fundo transparente de vidro safira revela uma das mais robustas unidades acionadoras jamais manu-faturadas pela IWC: o movimento de

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.. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ... .. Movimento de relógio mecânico, Corda automática Pellaton, . ... Reserva de marcha depois da corda completa 44 horas, Sistema .. antichoque integrado, Indicação da data com acerto rápido usando ... .. a coroa, Ponteiro central dos segundos com dispositivo de .. . paragem, Coroa de rosca, Vidro safira, plano, antirreflexo de ambos ... .. os lados, Fundo transparente com vidro safira, Resistente à água .. .. 12 bar, Altura da caixa 14,5 mm, Diâmetro 46 mm .

calibre 80110 com dispositivo de absorção de choque integrado. Afinal de contas, um campeão não pode se dar ao luxo de mostrar qualquer sinal de fraqueza. IWC. ENGINEERED FOR MEN.

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ANO 2 – Nº 6 – OUT NOV DEZ 2013

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FEIRA ADORADA No centro da cidade, ela esbanja beleza

38

FLORESTA URBANA O pulmão verde da Capital Federal

46

BALLET SOBRE RODAS Brasília exporta talentos da patinação artística

54

TÊNIS NA PRAIA Esporte é tendência para o verão

58

ESQUECERAM O KART? Categoria de base do automobilismo vive impasse

64

MENINO DE OURO Piloto Pedro Cardoso conquista prêmio

78

AGLOMERADOS Soluções inteligentes para pequenos espaços

82

UM TESOURO A SER DESCOBERTO Banco Central abriga galeria intimista

86

RALPH (GEHRE) NICOLAS (BEHR) Encontro de icônicos artistas da cidade

90

QUE FIGURA Paulo Gustavo é revelação no humor brasileiro

94

DIGITALIZE POR GIAN MARCO UCCELLO O envolvente mundo da música

96

SENHOR INSPETOR A expertise de Coronel Rogério Leão

98

CIDADE PADRONIZADA Robério Negreiros e a polêmica dos alvarás no DF

Montblanc Great Characters Limited Edition Leonardo, em homenagem a Leonardo Da Vinci



100

EM TEMPOS DE SOUS VIDE O olhar do chef Kaká Silva

116

SEGUNDA CASA Orlando é aposta no segmento imobiliário

120

TERRA DE CONTRASTES A diversidade da Cidade de México

126

RIO MARAVILHA Ensaio fotográfico da Cidade Maravilhosa

140

PODE VIR QUENTE QUE ESTÁ FERVENDO Dicas imperdíveis para curtir férias no Rio

146

ASTRAL CARIOCA POR MARCIO VIEIRA O colunista destaca o melhor da capital fluminense

162

A METAFÍSICA DO CORPO Alimentação saudável e seus benefícios

168

ELA É A BELA Saiba os segredos de Bella Falconi

172

SE LIGA NA D Descubra as inúmeras funções da vitamina D

176

CUIDE BEM DO SEU INTESTINO Maneiras de manter o órgão com bom funcionamento

192

FIORELLA MATTHEIS A musa loira estrela editorial de moda

204

DINASTIA FRIDA Diretora da Gucci fala sobre o universo da moda

210

RAINER CADETE O NOSSO ASTRO Brasiliense é destaque no horário nobre

Relógio Omega Speedmaster


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ANÉIS TIFFANY SOLESTE EM PLATINA COM DIAMANTES E GEMAS COLORIDAS, A PARTIR DE R$23.610. OS ITENS EXIBIDOS ESTÃO SUJEITOS A DISPONIBILIDADE E ALTERAÇÃO DE PREÇOS SEM PRÉVIO AVISO. SÃO PAULO SHOPPING IGUATEMI 11 3815 7000 SHOPPING CIDADE JARDIM 11 3552 5200 RIO DE JANEIRO VILLAGE MALL 21 3252 2500 BRASÍLIA SHOPPING IGUATEMI 61 3577 5350 CURITIBA PÁTIO BATEL 41 3020 3757 TIFFANY.COM


# 06 / OUT NOV DEZ 2013

FIORELLA MATTHEIS A GRINGA COM GINGA

GEHRE E BEHR O PINTOR E O POETA

RAINER CADETE TALENTO DA GENTE

VILA PLANALTO A TRADIÇÃO DA CAPITAL

Fiorella Mattheis fotografada por André Schiliró, com styling de Raphael Mendonça e beauty de Wilson Eliodoro. Vestido, bolsa, sandália e cinto Gucci, pulseira Tiffany&Co. e Óculos Dsquared

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COISAS DE PS As últimas novidades da temporada

240

AVEC ELEGANCE O estilo minimalista das francesas

248

UM ESTILISTA PRA CHAMAR DE SEU As agulhas e histórias de Paulo Araújo

252

ENTRE NÓS POR PATRICIA JUSTINO As dicas do mundo fashion 100 EM TEMPOS DE SOUS VIDE O olhar do chef Kaká Silva

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PARA OUVIR E SENTIR116 SEGUNDA CASA é aposta no segmento imobiliário História e tradição do ClubeOrlando do Choro

276

PARA SEMPRE GATE´S PUB MARAVILHA 126 RIOda As memórias do pub pioneiro cidade Ensaio fotográfico da Cidade Maravilhosa

120

140

TERRA DE CONTRASTES A diversidade da Cidade de México

PODE VIR QUENTE QUE ESTÁ FERVENDO Dicas imperdíveis para curtir férias no Rio

282

SABORES DA VILA Os endereços gastronômicos da Vila Planalto 146 ASTRAL CARIOCA POR MARCIO VIEIRA

292

JOVEM GUARDA 162 A METAFÍSICA DO CORPO Alimentação Retrospectiva das manifestações do saudável ano e seus benefícios

O colunista destaca o melhor da capital fluminense

168

ELA É A BELA Saiba os segredos de Bella Falconi

172

SE LIGA NA D Descubra as inúmeras funções da vitamina D

176

CUIDE BEM DO SEU INTESTINO Maneiras de manter o órgão com bom funcionamento

192

FIORELLA MATTHEIS A musa loira estrela editorial de moda

204

DINASTIA FRIDA Diretora da Gucci fala sobre o universo da moda

Anel de diamantes e ouro negro, Silvia Badra para D´OR





rio de janeiro por oskar metsavaht


Rio de Janeiro S達o Paulo Buenos Aires Punta del Este Mykonos Roma N e w Yo r k Miami To k y o


Guilherme Siqueira

Rafael Badra

Paula Santana

Seres divinos

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izem por aí que na vida não há coincidências, e sim sincronias. E eu tenho certeza de que Deus fala por intermédio das pessoas. Dessas coisas etéreas, a vida me ensinou a não duvidar mais. Inclusive, aprendi a captar os sinais que nos são enviados a todo instante e quase sempre deixamos passar. Poderia dizer que é “incrível”, na linguagem dos modernos, mas prefiro continuar crendo que é divino. Quando digo isso é porque somos todos, nesta equipe que só cresce de gente boa, movidos pela fé. E a cada fechamento invocamos nossos protetores para nos dar o discernimento para perceber o que o leitor anseia no momento em que decide nos folhear diante de tanta oferta de leitura. Tudo isso para dizer que há um elo entre vários personagens nesta edição. Quando começamos a pensar a próxima revista, cerca de sessenta dias antes dela se cristalizar, criamos uma coluna para ela. Algo que a sustente. No decorrer das reuniões de pauta, das entrevistas e conversas que temos, as vértebras vão surgindo e se encaixando até formar uma sólida estrutura. Foi assim que o lado divino que citei se fez presente. Desde que Paulo Gustavo estourou com seu humor autoral, passamos a segui-lo, na tentativa de conseguir entrevistá-lo. Mesmo com a agenda megatumultuada, deu certo. Falamos com ele por duas vezes. Divino I. Na sequência, quis atender o apelo do leitor e realizar um editorial masculino, o que nunca havíamos feito. Queria alguém que tivesse sex appeal, envolvimento com a cidade e fosse darling do público. Quem? Doutor Rafael, personagem do brasiliense Rainer Cadete na novela global das nove. A emissora havia lhe dado uma folga exatamente no dia em que tínhamos programado a produção. Fizemos fotos lindas. Deu certo de novo. Divino, parte II. Já estava feliz com nossos ganhos, quando nos veio a decisão

de quem seria a capa. O elo ainda estava por vir e nós nem sabíamos. Nos encantamos com a beleza de Fiorella Mattheis. Era ela, tinha de ser ela, que reunia tudo o que queríamos transmitir com esta revista. E ainda atuava com Paulo Gustavo no Vai que Cola, do Multishow. Carioca de beleza europeia, com a carreira em ascensão e jovem. Isso porque concentramos nossas forças em emplacar um belo ensaio fotográfico sobre o Rio de Janeiro, realizado por Celso Junior e cedido pela construtora JCGontijo. Deu certo outra vez. Divino, parte III. Ela chegou de Nova York direto para o estúdio de André Schiriló. A essa altura, estava agradecida por ter conseguido todas as pessoas que achávamos que tinham a ver com essa edição. A parte que costura todos esses sinais que nos conduzem foi quando numa conversa com Rainer, dias depois, ele me convidou para assisti-lo no cinema, com o filme Cine Holliúdy. Eu fui, e quase não acreditei quando vi com quem ele atuava: Fiorella Mattheis. Divino, parte IV. Pode parecer pouco, quiçá sem sentido. Mas o fato é que os detalhes constroem o todo. E é assim, crente que o mundo pode conspirar ao nosso favor, quando estamos imbuídos de fazer o melhor, que sugiro que entremos em 2014. Cheios de boa vontade.



CIDADE

FEIRA

ADORADA

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No centro da Capital, a Feira da Torre vive um bom momento. Estruturou as bancas de artesanato, tem uma fonte em pleno funcionamento, pĂşblico cativo e atmosfera familiar. Resta, agora, concluir sua grande reforma para que ela volte a ser tĂŁo imponente quanto em sua fase ĂĄurea, nos anos 70


CIDADE

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Por Marina Macêdo Fotos Celso Junior

E

la é majestosa. Localizada no centro de Brasília, recebe, em média, 25 mil pessoas por mês. Projetada por Lúcio Costa, foi construída para a transmissão televisiva e radiofônica da nova Capital. Inaugurada em 1967, tem 230 metros de altura. A Torre de TV é um dos pontos turísticos mais frequentados da cidade. Em seu mirante, a 75 metros do solo, proporciona uma vista esplendorosa do Eixo Monumental. Aos candangos e brasilienses vai além de um simples cartão-postal. É cenário de um domingo. Onde crianças empinam pipas ou brincam com cata-ventos de garrafa pet, enquanto seus pais procuram na

feira por produtos artesanais ou móveis para casa. Ao final do dia, uma subidinha no seu cume para apreciar o pôr do sol no céu aberto da Capital. Conhecida por muitos brasilienses como Feira Hippie, a feira de artesanato funciona sextas-feiras, sábados, domingos e feriados, das 8h às 18h. Lá, dá para encontrar flores do cerrado, peças do vestuário, bijuterias, pedrarias, brinquedos lúdicos, móveis encomendados e artesanato em palha, madeira e couro. Tudo isso envolto num cenário que abriga a cultura popular, com apresentações musicais e teatrais de artistas mambembes. Em abril de 2011, a feira passou por uma grande mudança.

Deixou os pés do monumento por uma estrutura nova, com 600 barracas de ferro, todas com a mesma identidade. “A padronização trouxe mais qualidade e mais segurança ao visitante”, avalia o secretário de Turismo, Luis Otávio Neves. E por ali há muita história de vida e de trabalho. Dona Helenice dos Santos, 63 anos, é proprietária da HS Flores. Natural de Monte Carmelo (MG), está na feira desde 1976. Ela comercializa flores e folhas secas do cerrado em arranjos ornamentais. Quando começou, lembra que não havia estrutura fixa. Montava e desmontava todos os dias a sua banca. Anos depois, conseguiu uma barraca. Hoje é proprietária de um box.

“A nova estrutura facilitou em relação à procura. Quando nossos clientes nos indicam para terceiros, eles conseguem nos localizar”, afirma Helenice. No empreendimento, a artesã tem ajuda do marido, Francisco Neto, e dos filhos Andrezza, Walisson, Charles, Francislan e Franklin. Com o trabalho, comprar sua casa, montou oficina própria e formou os filhos. “De flor em flor, consolidei a minha família”, diz. Antônio José Ramos, 64 anos, mais conhecido como Baianinho, também é pioneiro na feira. Vindo de Santana dos Brejos (BA), desembarcou na Capital e logo expôs seu dom na Feira da Torre. Em 1973, começou trabalhando com


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A artesã Dona Helenice dos Santos (à esquerda), Cleuza Pinheiro proprietária da Barraca da Mainha e Baianinho com seu mobiliário

couro. Vendia bolsas, cintos e sandálias. “Quando cheguei à feira, éramos pouco mais de 12 artesãos. Hoje, são centenas”, lembra Baianinho. Em 1989, resolveu dar uma guinada em sua história e deixou o couro para vender móveis rústicos sob encomenda. E descobriu sua grande paixão. Em seu box, chamado Tapera Móveis, vende mesas, cadeiras, estantes, adegas e outras peças cheias de requinte e criatividade. Em 20 anos, criou mais de 300 modelos. “Já vendi para pessoas de todo Brasil e até para estrangeiros”, conta.

Comidinhas Outra atração da feira são os quitutes. Delícias de todo

os tipos são encontradas lá, como acarajés, pastéis, tapiocas, pamonhas e as mais variadas iguarias. Em maio deste ano, foi inaugurada a praça de alimentação, que concentra as barracas de comida. Com capacidade para 720 pessoas sentadas, o local deu amplitude e conforto ao espaço gastronômico. E tem cada comida típica boa, que um passeio ali é de esquecer a dieta. Uma banca ganha destaque por seu movimento intenso, a Barraca da Mainha. Uma das primeiras a chegar à feira, Mariana Oliveira, a Mainha, começou vendendo acarajé em tabuleiro. Conquistou banca própria e trouxe o verdadeiro sabor da Bahia. Como Mainha

gostava de dizer, ela não fazia fregueses, e, sim, amigos. Após seu falecimento, em abril de 2011, a filha Cleuza Pinheiro, 44 anos, assumiu o negócio. Ela que, desde os sete anos, trabalhou com a mãe, segue encantando paladares com a receita de família. Além do acarajé, traz ainda no cardápio abará, vatapá, bobó de camarão e caruru. “A minha mãe está em cada pedacinho desse local. Muitos vinham até a feira apenas para comer suas iguarias”, lembra Cleuza. Outra pedida é degustar os saborosos pastéis da Pastelaria do Chiquim. Comandada pelo Francisco das Chagas, 65 anos, a barraca já é tradição. Há 40 anos na feira, Chiquim

começou comercializando pipoca, com o pai João Bezerra. E anos depois decidiram vender pastel e caldo de cana. Conforme a clientela crescia, Chiquim também ampliou o cardápio. Atualmente, sua barraca vende mais de oito sabores de pasteis, entre eles carne, queijo, frango, frango com catupiry, carne e queijo e outros.

A torre E depois de conhecer tudo ali debaixo, é só olhar para cima que ela está lá, enfeitando o céu de Brasília. Tem um mirante a 75 metros de altura. Um pouco abaixo, a 25 metros do chão, há um salão panorâmico que abrigava o


CIDADE

Museu Nacional de Gemas, com valioso acervo de pedras brasileiras, e onde há um belo painel de Athos Bulcão. Mas o espaço está atualmente desativado. Em tempos passados, algumas festas e recepções foram realizadas no local, que ostenta uma das mais belas vistas de Brasília. Entretanto, para subir na torre, agora, só em 2014. No início de agosto de 2013, o Governo do Distrito Federal começou a substituição dos três elevadores, que eram os mesmos desde 1967. A reforma, avaliada em R$ 12 milhões, conta ainda com impermea-

bilização, reparos na estrutura metálica, pintura, troca de peças enferrujadas e instalação de dois elevadores para pessoas com necessidades especiais. Essa é a primeira reforma realizada em toda a existência da torre. A reforma completa deve ser concluída em setembro de 2014, mas as visitas devem ser retomadas em fevereiro. As obras no salão panorâmico já começaram. “Vamos fazer um estudo para a melhor maneira de aproveitar o espaço”, diz o secretário. Ele adianta que a ideia inicial é realizar uma licitação para instalação de um café ou algo do gênero.

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A fonte Outra atração é a fonte luminosa. Reinaugurada em setembro de 2010, é uma das maiores da América Latina, com 3,5 milhões de litros d’água. Às quartas, às quintas e às sextas-feiras, das 7h às 9h, das 11h30 às 14h30 e das 18h às 22h, funciona de modo ornamental, apenas com movimento das águas. Entretanto, o grande show se dá aos sábados, aos domingos e aos feriados, das 9h às 22h, quando o movimento das

águas acompanha uma trilha sonora, que sai dos 28 alto-falantes. São músicas clássicas, sons da MPB e até música caipira. É lá onde há a grande concentração de gente, que aproveita para namorar, conversar, descansar. Tem inclusive um trenzinho com ares vintage, que anda em círculos, dando toda aquela adorável atmosfera de cidade pequena.


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CIDADE

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Reinaugurada em setembro de 2010, a charmosa fonte luminosa é uma atração à parte. Com 3,5 milhões de litros d’água, é considerada uma das maiores da América Latina e proporciona um espetáculo de águas coloridas.



www.saude.df.gov.br

Doe leite, doe vida.


Em um potinho tem muita vida. 1 pote de leite materno pode ajudar até 10 recém-nascidos crescerem fortes e saudáveis.

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OPÇÃO 4

PARA O BOMBEIRO COLETAR EM SUA CASA

Secretaria de Saúde

Governo do Distrito Federal


NATUREZA

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FLORESTA

URBANA Criado há 28 anos, o Jardim Botânico de Brasília é o maior jardim de Cerrado do mundo. Abriga as mais raras espécies de plantas da flora brasileira, é uma ótima opção de lazer e um deleite para quem quer contemplar a natureza


NATUREZA

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No sentido horário: Casa de Chá, Biblioteca, Jardim Japonês e Bistrô Bom Demais

Por Andressa Furtado Fotos Ueslei Marcelino

“D

e um lado, o Jardim Botânico. Do outro, o Jardim Zoológico. Constituindo, estas duas imensas áreas verdes, simetricamente dispostas em relação ao Eixo Monumental, como que pulmões”, disse Lúcio Costa ao delimitar o espaço onde seria o Jardim Botânico de Brasília. Localizado no Setor de Mansões Dom Bosco, na QI 23 do Lago Sul, ele é o único do País situado na região do Cerrado e recebe cerca de qua-

tro mil visitantes por mês. O espaço é grande. São cinco mil hectares, sendo 526 destinados à visitação e quase 4,5 mil hectares de Reserva Ecológica. Ali dá para caminhar e se exercitar, fazer piquenique, estudar ou apenas contemplar a natureza. Na entrada, a logomarca exibe um pequizeiro, uma das espécies típicas do Cerrado. Fundado em março de 1985, a unidade de preservação conta com centenas

de plantas nativas e exóticas, devidamente identificadas, animais em extinção, como veado-campeiro, tatu-canastra, lobo-guará e tamanduá-bandeira. Além de aves, como tucanos, papagaios, carcarás e seriemas. Há, ainda, uma trilha ecológica de 4,5 km, um dos principais atrativos do parque. No Centro de visitantes, é possível se informar de tudo o que há por lá. O local conta com um anfiteatro que tem

formato de arena e capacidade para 2.500 espectadores, uma grande área para piquenique, a Casa de Chá, e a Biblioteca da Natureza, onde é possível ler um pouco mais sobre o meio ambiente. Quem quiser conhecer ao vivo a natureza, basta caminhar pela Alameda dos Ipês e os bosques de Kyoto e Baobás, o Orquidário Margareth Mee e o Espaço Guido Pabst, com coleção de orquídeas nativas e exóticas.


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O Jardim Botânico também é um local para reflexão. Ano passado, foram inaugurados o Jardim Japonês, o Jardim de Contemplação e a Unidade de Permacultura, onde os visitantes observam as plantas e seus sistemas cíclicos e evolutivos. O Jardim de Cheiros foi reformado. Para o dia no parque ser completo, o local ganhou um café, o Bistrô Bom Demais, localizado ao lado do Centro de Visitantes, com cardápio variado para lanches e refeições. “Antes, o visitante não tinha a opção de estender sua visita. Também revitalizamos os banheiros e inserimos o sistema de sinalização bilíngue para os estrangeiros que passam pelo local”, conta o diretor adjunto do Jardim Botânico de Brasília, Marcelo Ottoni. A má notícia é que o mirante, um dos pontos mais disputados pelos visitantes, foi desativado para dar lugar ao Centro de Excelência do Cerrado (CEEXC). Com previsão de entrega em 2014, o núcleo vai apoiar projetos dedicados à promoção do desenvolvimento sustentável no DF. O mirante ainda não tem lugar definido para ser realocado e nem previsão de reativação. Ainda é possível aproveitar para comprar mudas de plantas medicinais, ornamentais e circular pelas feiras que se realizam mensalmente e são divulgadas no site oficial do Jardim Botânico. Para visitar o parque, é necessário contribuir com uma taxa de R$ 2, que é revertida para a manutenção do espaço.

Atividades Além de caminhar pelo parque e respirar ar puro, os visitantes podem fazer aulas de yoga gratuitas todas terças e quintas-feiras, às 17h, na Casa de Chá. De terça a sexta-feira, escolas podem agendar visitas guiadas para os alunos conhecerem o mundo da natureza. Para os que preferem mais adrenalina, o Jardim Botânico tem quatro opções de trilha. A Mather é a menor e mais utilizada pela comunidade local, com 1,8 km de extensão. A maior delas é a Ecológica, com 3,5 km. Passa pelo Cerrado sentido restrito, campo limpo, campo sujo e mata de galeria, onde há uma das nascentes do córrego Cabeça de Veado, importante manancial de abastecimento hídrico de Brasília. A terceira é a Trilha Fauna, para quem quer conhecer as características de alguns animais do Cerrado. Com bastante atenção, e um pouco de sorte, é possível avistar um tamanduá, um tatu ou outro animal típico da região. A última trilha é a Labiata, criada em 2009 para facilitar o acesso com a Escola de Administração Fazendária (ESAF). A cada 15 dias, é realizado o projeto Deficiente Visual na Trilha, conhecido como DV na Trilha, com ajuda de voluntários e ciclistas da cidade. Na atividade, são utilizadas bicicletas duplas. Na frente vai um condutor, voluntário do projeto, e atrás um deficiente visual. O objetivo é prepará-los para participar de tri-


NATUREZA

lhas, passeios e competições de mountain bike e ciclismo, promovendo o contato com a natureza. A fisioterapeuta Caroline Carrijo, 27 anos, é frequentadora do parque e voluntária do projeto. “O DV na Trilha mudou minha perspectiva de vida. Uma atitude simples como guiar um deficiente visual reflete em sensações tão intensas que nos levam a rever nossos valores e atitudes. Além disso, o espaço amplo e surpreendente do Jardim Botânico torna o passeio ainda mais especial”, afirma.

Preservação Poucas pessoas sabem que os mananciais que se encontram na estação ecológica do parque abastecem a Região Administrativa do Lago Sul em 20% do total de seu fornecimento. “Quem mora nos Jardins Mangueiral, nos condomínios e na parte alta do Lago Sul é abastecido pela Caesb com a água do parque. Por isso, é fundamental que a comunidade entenda a importância da preservação ambiental, afinal eles são consumidores diretos do bem natural que oferecemos”, afirma Ottoni.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que, no incêndio ocorrido em 2011, o Cerrado, considerado segundo maior bioma brasileiro, perdeu 49% da cobertura original. A área inicial de mais de 2 milhões km² foi reduzida a 1 milhão de km². Este ano, para evitar queimadas, o parque fez uma campanha intensa de conscientização e realizou práticas de prevenção de incêndios. O resultado deste trabalho é que em 2013, houve apenas cinco pequenos focos de queimadas. O Jardim Botânico foi incluído no programa Brasília, Cidade Parque. Com a iniciativa, a unidade de conservação receberá R$ 2,5 milhões para a pavimentação de uma via interna e o plantio de 87 mil mudas de espécies nativas do Cerrado. A via interna, que abrange cinco quilômetros, receberá asfalto para melhorar a circulação dos visitantes. Serviço Jardim Botânico de Brasília Setor de Mansões Dom Bosco, Conjunto 12, Lago Sul Horário de funcionamento: de terça a domingo, das 9h às 17h Ingressos: R$ 2. Menores de 10 anos e maiores de 60 não pagam. Telefone: (61) 3366-2141 | 3366-4482 Site: www.jardimbotanico.df.gov.br

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Um passeio pelo parque

Centro de Visitantes – Informações sobre projetos, exposições, pesquisas, espaços de visitação, materiais bibliográficos, eventos e visita orientada Orquidário Margareth Mee – Abriga uma coleção de orquídeas composta por espécies nativas da flora brasileira Área de Piquenique, Espaço Oribá – Para quem quer desfrutar a vida em família, relaxar na rede, ouvir o vento sacudir as copas das árvores. Oribá significa alegria no idioma indígena Casa de Chá – Espaço utilizado para realização de eventos culturais, como concertos, exposições, feiras e cursos. Perto do lago do Jardim Evolutivo Biblioteca da Natureza – Possui acervo literário infantojuvenil, livros didáticos, gibis e brinquedos com temática ambiental que estimulam a imaginação Mirante – Ponto mais alto do Jardim. De lá avista-se a silhueta de Brasília e boa parte da Estação Ecológica Jardim Botânico. Atualmente está desativado Anfiteatro – Localiza-se na Alameda das Nações e dos Estados, criada para a realização de grandes eventos. O fundo do anfiteatro é guardado pelos experimentos florestais, que funcionam como barreira acústica natural e contra ventos Jardim de Cheiros – O visitante pode interagir com a natureza e estimular os cinco sentidos. Nele, o contato com ervas medicinais, aromáticas e condimentares permite uma experiência olfativa, visual, degustativa e tátil Jardim de Contemplação – Representa seis biomas brasileiros: Mata Atlântica, Cerrado, Pampas, Floresta Amazônica, Caatinga e Pantanal. Perto da área de piquenique e faz interligação com as trilhas Jardim Japonês – É um convite à contemplação, transmite paz e espiritualidade. Os elementos filosóficos e simbólicos – a água, as pedras, as plantas – são mais importantes que seus aspectos visuais


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I G U AT E M I B R A S I L I A . C O M . B R


DANÇA

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BALLET SOBRE

RODAS

Por Marina Macêdo Fotos Ueslei Marcelino

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o som de músicas instrumentais, eles parecem planar. Com rodas nos pés, invadem os ginásios da Capital Federal com coreografias leves e envolventes. Cheios de técnicas, deixam os espectadores com olhos vidrados ao executarem sequências de saltos e piruetas. Os patinadores artísticos são verdadeiros astros sobre rodas. A patinação surgiu na Europa como meio de transporte, fundamental para atravessar

lagos congelados. E logo virou recreação. Em 1924, em Chamonix, na França, a patinação artística no gelo fez sua estreia nos Jogos Olímpicos de Inverno. Mas quando o frio dava espaço ao calor e os lagos congelados derretiam, os praticantes ficavam sem poder executar seus passos. Logo solucionaram o problema, colocando rodas no lugar das lâminas. E assim surgiu a dança sobre rodas. Em Brasília, o esporte de-

sembarcou há 35 anos. De acordo com o presidente da Federação Brasiliense de Hóquei e Patinação (Febrahpa), Thiago Resende, foram patinadores profissionais do gelo que trouxeram a versão sobre rodas para a Capital. A modalidade começou na cidade voltada para o artístico. “Antigamente, em Brasília, a patinação artística girava em torno de apresentações de final do ano. Mas com a criação da federação, em 2000, começou

a se desenvolver à parte de competição”, lembra Resende. Filiada à Confederação Brasileira de Hóquei e Patinação, a federação brasiliense tem o objetivo de desenvolver a modalidade na cidade, além de organizar, sob sua responsabilidade direta ou por delegação, o Campeonato Brasiliense de Patinação Artística, classificando atletas para a disputa do Campeonato Brasileiro e da Taça Brasil de Patinação Artística.


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Talento, treino e a vontade de vencer desafios. Essa é a dinâmica dos patinadores artísticos. Apesar de não integrar os Jogos Olímpicos, o esporte fascina e desperta paixão por quem o pratica. No segmento profissional desde o ano 2000, Brasília figura na terceira classificação nacional

A coreógrafa e estudante de Direito Camila Araújo

Atualmente, Brasília é o terceiro polo no Brasil, atrás de São Paulo e Rio Grande do Sul. Estima-se um total de 550 praticantes, dos quais apenas dez são homens. “Acredito que essa pequena quantidade de patinadores homens é resultado de um preconceito imposto pela sociedade brasileira. Diferentemente da Itália, onde existem mais patinadores homens do que mulheres”, explica Thiago Resende.

Trajados de collants ou malhas brilhantes, cabelos presos por muito gel, os patinadores treinam incansavelmente nas quatro escolas filiadas da Capital: a Academia Alta Rotação da AABB, a Academia de Patinação do Iate Clube de Brasília, Holly Dance Companhia de Patinação Artística no Colégio São Carlos e Espaart – Estúdio de Patinação Artística nos Colégios Cor Jesu e Colégio Galois.

Thiago Resende aponta que o número de escolas é pequeno se comparado, por exemplo, ao Rio Grande do Sul, que possui 160 unidades. “É uma diferença grande de escolas e praticantes. Mas em questão de resultado, Brasília briga com o estado nas principais categorias”, revela. O presidente analisa ainda que o fato de a cidade ter sediado o Campeonato Mundial de Patinação Artística, em novembro de 2011, foi fundamental para a procura de novos alunos.

Atletas Quem pratica patinação artística sobre rodas vê o esporte como uma verdadeira paixão. A maioria se desdobra em carreiras paralelas. Mas há quem consiga tirar sua renda da modalidade, como técnicos ou coreógrafos. O primeiro contato da pedagoga Marcela Mendonça, 23 anos, com a modalidade foi aos cinco anos, quando assistiu a um show de patinação no Iate Clube de Brasília.


DANÇA

Ficou encantada e pediu aos pais que a matriculassem no esporte. Desde então, não parou. Marcela participou de seu primeiro campeonato aos seis anos de idade, em um torneio nacional em Londrina, em 1996. Atualmente, carrega os títulos de campeã brasileira de dupla de dança em 2011, campeã sul-americana de dupla de dança em 2011, medalha de bronze no Campeonato Brasileiro de Combinado de Dança Individual, em 2012, e vice-campeã da Copa Pan-americana de Clubes de 2013, em Orlando, na Flórida.

Com rotina intensa de treinos, a patinadora ressalta que em véspera de campeonato os cuidados são especiais. “Treino três horas por dia de segunda a sexta. Em períodos de campeonato, incluímos alguns treinos aos finais de semana, além de tomar uma atenção redobrada com a alimentação e o sono”, revela. Para Marcela, como a patinação artística não integra os Jogos Olímpicos, é difícil viver financeiramente da carreira de patinadora em Brasília. “É um esporte menos visado e menos conhecido, é complicado. Adiei ao máximo

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a minha entrada no mercado de trabalho de Pedagogia, tendo em vista que isso atrapalharia minhas viagens para campeonatos e as rotinas de treino. Mas ano passado, já com 22 anos, tive que começar a trabalhar e, desde então, é difícil conciliar o trabalho com as viagens”, lamenta. A coreógrafa e estudante de Direito Camila Araújo, 23 anos, é um dos nomes que representa Brasília em campeonatos nacionais e internacionais. Praticante da patinação artística há 14 anos, já representou o Brasil duas vezes no Campeonato Sul-

-Americano de Patinação Artística. No Brasil, faturou os títulos de bicampeã brasileira de Dança Livre, em 2007, e bicampeã da modalidade livre, em 2011.

Prática A patinação artística é uma atividade completa, pois desenvolve a coordenação motora, resistência física, equilíbrio, flexibilidade, trabalha o abdômen e membros inferiores, como coxa e glúteos. Além disso, há ainda os benefícios psicológicos, já que patinar envolve muito prazer. Ao ouvir a música e deslizar pela quadra, o pa-


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tinador esquece o resto do mundo. “Quando entro na pista, todos os problemas somem. É uma atividade na qual me sinto bem. Uma paixão”, revela a patinadora Camila. A prática do esporte exige gastos. A mensalidade varia entre R$ 100 a R$ 150. Os patins indicados aos iniciantes custam em torno de R$ 400, já os modelos profissionais podem chegar a R$ 4 mil. Segundo o presidente da federação, há listas de espera nas academias, da cidade que não conseguem abrigar todos por falta de horários. A patinação é indicada para crianças a partir dos cinco anos. E não há limite de idade. “O esporte pode ser praticado por atletas de todas as idades. Até o ano passado, tínhamos na AABB um praticante de 65 anos”, conta Resende. Assim como qualquer esporte, a patinação artística demanda aptidão e treino. “Uma pessoa que entra hoje deve levar uns dois meses para se adaptar. Para conseguir participar de um campeonato, é preciso mais tempo de treino. Estima-se uma média de oito meses a um ano”, explica Thiago Resende. Para seguir na carreira, é preciso vencer desafios. “A patinação é uma atividade em que não pode ter medo. Afinal, é um esporte de queda. Quanto mais você cai, mais você aprende. Mas também é uma paixão”, finaliza a patinadora Camila Araújo.

Marcela Mendonça é praticante da modalidade há 18 anos


DANÇA

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Conheça os principais saltos

Salto de valsa – Conhecido como salto de meia volta. Quando a entrada do atleta é feita de frente com a perna esquerda no chão. E na saída com a perna direita Flip – Um salto de uma volta. Entrada feita de costas, com ajuda do breque do pé direito, e saída com a perna direita Toe-loop – Salto de uma volta. A entrada do patinador feita de costas, com ajuda do breque do pé esquerdo, e a saída com perna direita Axel – Salto de uma volta e meia. Quando o atleta salta de frente, sem ajuda do breque, com a perna esquerda no chão. E saída com a perna direita Double Mapes – Salto de duas voltas. Entrada feita de costas, com ajuda do breque do esquerdo no chão, e cai na posição de finalização Double Salchow – Diverge do anterior, pois a perna direita envolve a esquerda dando força ao giro

Onde praticar

Academia Alta Rotação da AABB Telefone: (61) 3224-5207 Academia de Patinação do Iate Clube de Brasília Telefones: (61) 3329-8752 ou 3329-8753 Holly Dance Companhia de Patinação Artística no Colégio São Carlos Telefones: (61) 3445-1235 ou 9983-3282 Espaart - Estúdio de Patinação Artística nos Colégios Cor Jesu e Colégio Galois Telefones: (61) 3478-1518 ou 9261-8198

Calendário previsto para 2014 da Confederação Brasileira de Hóquei e Patinação 24 a 31/05/2014 – Campeonato Brasileiro e Torneio Nacional Interclubes, em Santa Catarina 25 a 27/07/2014 – Congresso Técnico, em Santos, São Paulo 06 a 13/09/2014 – Campeonato Brasileiro e Torneio Nacional Interseleções, no Distrito Federal 27/09 a 11/10/2014 – Campeonato Mundial de Patinação Artística, em Reus, na Espanha Camila Araújo em ação





ESPORTE

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TÊNIS

NA PRAIA A nova onda esportiva para esta temporada é o beach tennis. Apresentado aos atletas pelos italianos na década de 80, a prática conta com o Brasil na segunda colocação no ranking mundial. E Brasília não está de fora

Por Andressa Furtado Fotos Fernanda Ferreira

V

erão de 2008. Rio de Janeiro, Praia de Ipanema. Uma nova modalidade surgia nas areias cariocas, o beach tennis. O chamado tênis de praia. Uma mistura do tênis tradicional, vôlei de praia e badminton. Conquistou os brasileiros e hoje é praticado em todo o País. Até mesmo na Capital Federal, longe do litoral brasileiro. Mais que um jogo, uma diversão. O uniforme é simples: short, blusa e boné. Para jogar, é preciso raquete e bola padronizadas. As raquetes não possuem cordas como as de tênis. São confeccionadas com materiais como kevlar, grafite e carbono, além de terem medidas menores, no máximo 30cm de largura e 55cm de comprimento. A bolinha, que diferentemente do tênis não pode quicar no chão, tem 50% da

pressão que uma de tênis tradicional, justamente para diminuir a velocidade do jogo. Ela é pintada em duas cores: laranja e amarelo ou verde e amarelo. O beach tennis deve ser praticado em quadras de areia, com dimensões de 16m x 8m e uma rede com 1,70m de altura. Do tênis e do frescobol, os atletas podem levar algumas manobras, como o lobby – a jogada em que a bolinha passa por cima do adversário e pinga na quadra – e o smash – a cortada forte e na direção do chão –, além do próprio saque. Entre as habilidades exigidas estão coordenação, reflexos e força muscular. A pontuação funciona como no tênis. As categorias e o número de games jogados variam, dependendo da organização do torneio. As princi-

pais categorias são: simples feminina, simples masculina, dupla feminina, dupla masculina e dupla mista. No Brasil, os torneios geralmente se dividem em profissional, A, B, máster +45, iniciante e infantil. Apesar de ser um esporte praiano e tendência para o verão 2014, conquistou a Capital Federal e os brasilienses. Alexandre Grangeiro, 44 anos, um dos adeptos do esporte, conta que a paixão pelo tênis de praia foi à primeira vista. “Por conta do trabalho e da correria do dia a dia, eu havia abandonado a atividade física, apesar de vir de uma família de jogadores de tênis. Não sou muito fã de academia e ainda não tinha achado um esporte para praticar. Há oito meses conheci o beach tennis e me apaixonei. Faço ativida-

de física e ainda mantenho meu lado competitivo”, conta o atleta, que já conquistou o primeiro lugar em campeonatos realizados pelo Brasil.

Torneios Praticado na Itália em meados da década de 1980, o beach tennis está hoje por todo o mundo. O Brasil é o segundo maior país em número de praticantes e de atletas no ranking mundial da International Tennis Federation (ITF). A paixão dos brasileiros pelo esporte é tão grande que, em 2011, o País sediou oito etapas de torneios da ITF. Ano passado, foram realizados campeonatos em Salvador, Fortaleza, Santos, Guarujá, Rio de Janeiro e São Paulo. Em dezembro, a Costa do Sauípe, que sedia torneios de tênis, recebeu uma das maio-


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Um dos adeptos do esporte, Jorge Michel

res competições do circuito mundial, com premiação de até USD 10 mil e presença do italiano Alessandro Calcubbi, atual número 1 do beach tennis. Nos últimos campeonatos por equipe, chamados Nations Cup, o Brasil tem sido vice-campeão. Entre os responsáveis pelas vitórias, estão os atletas que se destacam no cenário mundial: a dupla feminina, Samantha Barijan e Joana Cortez e os jogadores Vinicius Font e Guilherme Prata. Os quatro estão entre os dez campeões do mundo. Internacionalmente também não ficamos para trás. Em 2008, no Campeonato Mundial em Ravenna, a equipe brasileira ficou em terceiro lugar. Já na Copa das Nações em Aruba, em 2010, subiu para primeiro. Em julho deste ano, con-

quistou pela primeira vez o Campeonato Mundial ITF por Equipes de Beach Tennis em Moscou, na Rússia. Em outubro, o campeonato realizado na Associação dos Servidores do Banco Central de Brasília (Asbac) reuniu cerca de cem atletas sob o sol do Cerrado. O Clube Naval, o Iate Clube de Brasília, o Clube da Aeronáutica e o Clube do Exército também oferecem aulas da modalidade.

Campeão mundial Radicado no Rio de Janeiro, Guilherme Prata, 34 anos, participou da entrada de esporte no Brasil, em 2009. Cinco meses depois, jogou na Copa do Mundo de Beach Tennis, na Itália, e ficou em terceiro lugar. A partir daí, não parou mais. Atualmente, viaja pelo menos duas vezes por mês para par-

ticipar de campeonatos internacionais e nacionais e é idealizador do projeto Clube Praia, em que difunde a técnica do esporte no Brasil. Guilherme realiza treinamentos nas escolas de beach tennis pelo País. “Por ser um esporte novo, muitas pessoas não sabem a melhor maneira de ensinar a técnica. O objetivo é difundir um sistema de ensino de qualidade”, afirma. O projeto existe há um ano e dois meses no Rio de Janeiro, na praia de Ipanema e em Niterói, e já chegou a Porto Alegre. Em novembro, desembarcou na Associação dos Servidores do Banco Central de Brasília e pretende se expandir para o Nordeste.

Investimento Ao contrário do tênis, praticar beach tennis não sai

muito caro. “O tênis de praia é um esporte barato. Um dos únicos investimentos que o atleta faz é a compra da raquete, que custa entre R$ 200 e R$ 500 e dura em média três anos”, afirma Guilherme. Não é necessária uma grande preparação, nem investimento. As aulas custam em torno de R$ 30 a hora. Quem treina garante que o esporte é fácil. “Pode ser praticado dos oito anos de idade aos 80. A família inteira pode jogar junta, na mesma quadra inclusive”, afirma Prata. Apesar de não ter muitas restrições, o beach tennis exige alguns cuidados básicos com a saúde. Muita água, protetor solar e proteções, como viseiras e óculos escuros, são itens indispensáveis para a prática. Alongar o corpo também é importante para evitar lesões.


ESPORTE

Conheça as regras

Objetivo – Devolver a bola recebida, sem tocar no chão, para o campo adversário Lado – A escolha de lado, servidor ou recebedor, é feita por sorteio. Quando a totalidade dos pontos for ímpar, os jogadores trocam de lado Pontuação – Como no tênis tradicional, 15, 30 e 40. Ganha o jogo quem ganhar o ponto subsequente a 40 Encontros – Os encontros geralmente são de seis games, podendo variar conforme a disponibilidade de tempo e número de participantes. Em caso de igualdade, joga-se um tie-break Tie-break – Quando existe uma igualdade de games em 6-6, 7-7 ou 8-8 acontece um tie-break. Se a contagem atingir 6 a 6, o vencedor será a dupla que obtiver uma diferença de dois pontos sobre o adversário. Os jogadores mudam de lado sempre que fizerem quatro pontos Serviço – O serviço é efetuado atrás da linha de fundo. Nos jogos da categoria Mista, o jogador masculino é obrigado a servir por baixo Falta no serviço – É considerada falta no serviço se: a bola sair fora da área do campo; a bola atingir um objeto permanente; e o jogador entrar no campo antes de bater a bola Serviço toca na rede – Sempre que o serviço toca na rede, a jogada terá de continuar. Não existe repetição

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Benefícios

• A queima calórica é de 500 a 600 calorias por hora em média • Une a coordenação e reflexos exigidos pelo tênis e pelo frescobol com a força muscular e a explosão proporcionada pela resistência da areia • Trabalha vários aspectos do corpo, desde o condicionamento físico ao trabalho de coordenação muscular, sem contar a agilidade e o equilíbrio • Alivia o estresse

Onde jogar

ASBAC Setor de Clubes Esportivos Sul, trecho 2, conjunto 31 Telefone: (61) 3212-5419 Clube Naval de Brasília Setor de Clubes Esportivos Sul, trecho 2, conjunto 13 Telefone: (61) 3223-2332 Iate Clube de Brasília Setor de Clubes Esportivos Norte, trecho 2, conjunto 4 Telefone: (61) 3329-8700 Clube da Aeronáutica de Brasília Setor de Clubes Esportivos Norte, trecho 1, lotes 1/2A e 1/2B Telefone: (61) 3306-1308 Clube do Exército Setor de Clubes Esportivos Sul, trecho 2 Telefone: (61) 3226-0601



VELOCIDADE

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ESQUECERAM

O KART?


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A esperada primeira reforma do Autรณdromo Internacional Nelson Piquet deixa o kartismo num impasse. Como serรก o futuro do esporte e seus praticantes? Sem incentivo e estrutura, a modalidade que jรก consagrou grandes pilotos e ainda exporta talentos, agoniza


VELOCIDADE

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Campeão brasiliense Vitor Meira

Por Andressa Furtado Fotos Pablo Valadares

O

talento do campeão Ayrton Senna nas pistas de Fórmula 1 era inegável. Rei das ultrapassagens, profundo conhecedor do próprio carro e exímio corredor em dias de chuva, ele se consagrou como lenda do esporte e ídolo dos brasileiros. Mas nada disso seria possível se o piloto amado pelos brasileiros não tivesse começado sua carreira nas pistas de kart. “O kartismo é peça fundamental para os pilotos de corrida. É como a pelada para os jogadores de futebol”, afirma o piloto brasiliense Vitor Meira. Reconhecido internacionalmente, Meira iniciou sua trajetória nas pistas brasilienses em 1989. Hoje, com 24 anos de carreira, se orgulha em fazer parte da história do automobilismo e luta pela ascensão do esporte na Capital.

Brasília tem a terceira maior delegação de pilotos federados, perdendo apenas para São Paulo e Rio Grande do Sul. Além de grandes nomes, como o icônico Nelson Piquet, Alex Dias Ribeiro, Roberto Pupo Moreno. Atualmente exporta novas apostas, como Felipe Nasr, Gustavo Lima e Lucas Foresti. E ainda os adolescentes Pedro Piquet e Pedro Cardoso. O automobilismo brasiliense tem cerca de 70 equipes, composta por pilotos, auxiliares, engenheiros e mecânicos, que participam das principais competições regionais. Em Brasília, são realizadas cinco competições ao ano: Copa Brasília de Kart Endurance, Copa Ferrari Kart Endurance, Copa Guará, Brasiliense de Kart e 6 Horas de Kart de Brasília. As duas primeiras são provas de longa duração e

exigem um bom preparo do piloto. Já a última, reúne pilotos renomados e se realiza uma vez por ano. Esses eventos movimentam a economia local e geram R$ 30 milhões ao ano. Além de 800 empregos diretos, ou seja, funcionários que dependem do automobilismo, e 2,4 mil indiretos. Os pilotos profissionais praticam em dois kartódromos: o Ferrari Kart, no Autódromo Internacional Nelson Piquet, e a Escola de Pilotagem Fellipe de Moraes, no Kartódromo Ayrton Senna, no Guará II. O Carrera Kart, no Parque da Cidade, não é homologado pela Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA) e recebe apenas amantes do esporte.

Os treinos Para se tornar um piloto não basta dominar as quatro rodas.

O principal erro dos amadores é achar que por ser um esporte em que fica sentado, não precisa de preparo. Além de mexer os músculos do ombro, antebraço, abdômen e lombar, a frequência cardíaca fica mais alta do que em esportes coletivos, como futebol e vôlei. Márcio Muniz, 55 anos, anda de kart há 20 anos, mas decidiu levar a sério o esporte há cinco. Treina duas vezes por semana. “Estou perto de me aposentar e a intenção é de me dedicar 100% ao kart”, conta. Muniz participa de provas endurance, que duram até duas horas. Nos treinos, a velocidade máxima alcançada chega a 130 km/h. O piloto Gustavo Lima reafirma a importância dos treinos no kart. “O kart é muito importante na preparação física e também técnica, especial-


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mente quando estou no Brasil. É a forma que tenho de me manter em atividade e treinar meus reflexos e habilidades”. Gustavo disputou a Fórmula 4 Inglesa nesta temporada e ficou entre os dez melhores.

Falta incentivo Brasília não apresenta condições de sediar um campeonato internacional da modalidade e, por isso, não entra na rota dos circuitos. A pista em que os pilotos costumam treinar, no kartódromo do Guará, foi inaugurada em 1976 e não possui as medidas oficiais exigidas pela CBA, com 1,2 a 1,5 mil metros de comprimento. O do Guará tem apenas 830 metros de extensão e o do autódromo, 1,1 mil. Há ainda a ausência de incentivo financeiro, dificultando a prática na cidade. O esporte ainda é sustentado pelos

próprios atletas ou pelos seus. Em geral, para participar dos campeonatos, o gasto ultrapassa R$ 30 mil por ano, com pagamentos de funcionários, revisão do carro, combustível e inscrições de campeonatos. Já para quem compete profissionalmente, o gasto anual pode chegar a R$ 400 mil. O investimento inicial é de R$ 13 mil, que engloba o kart, o motor, macacão, luvas apropriadas, sapatilhas e colete protetor. O capacete custa em torno de R$ 3 mil e a pintura do acessório, mais R$ 3 mil. Fora os valores dos treinos, que saem em torno de R$ 100, com frequência de duas vezes por semana para pilotar por 20 minutos. Para ingressar no esporte, o interessado deve procurar uma das equipes com sede nos kartódromos reconhecidos pela Federação de Automobilismo

do Distrito Federal (FADF). Após um período de teste, se optar pela profissionalização na modalidade, deve adquirir os equipamentos necessários e federar-se à CBA para começar a competir.

Impasse O kartismo vive um momento delicado. Em agosto, o chefão do MotoGP, Carmelo Ezpeleta, anunciou que o Autódromo Internacional Nelson Piquet sediaria a etapa brasileira de motovelocidade no segundo semestre de 2014. A decisão colocou o Brasil de volta no mapa da categoria, após um hiato de dez anos. Motociclistas de todo o País comemoraram a novidade. Todavia, o que para alguns foi motivo de alegria, para outros nem tanto. O Ferrari Kart, que ocupa uma área de 40 mil m² dentro do Autódro-

mo, vive uma incógnita sobre o futuro do estabelecimento. “Não recebemos nenhuma notificação. Estivemos na Secretaria de Esportes, mas disseram que enquanto o GDF não concluir o projeto não podem nos dar nenhum retorno. O problema é que as medições das pistas já estão sendo feitas e eu tenho uma equipe de funcionários à espera dessa resposta, além dos pilotos que correm aqui e o público”, critica o administrador do Ferrari Kart, Yuri Mendes. De acordo com o projeto inicial apresentado por Carlos Senise, presidente da Federação de Motociclismo do Distrito Federal (FMDF), o autódromo terá três circuitos e dois boxes. Um deles deverá ficar na Reta do Militar e o outro na Curva do Sol, que poderão ser utilizados simultaneamente. Os antigos boxes poderão ser

Os pilotos Rodrigo Oliveira, Vinícius Dokas, Artemont Repezza, Hypólito Neto, Galeno Brands, André Luis, Luiz Felipe e Luciano Rabaioli


VELOCIDADE

demolidos, dando lugar à reta das novas arquibancadas, que darão maior visibilidade nos circuitos a ser dispostos no sentido anti-horário. Para Yuri, a mudança no traçado é um dos grandes problemas. “Carros de kart não são como motos. O percurso precisa ser mais largo e as curvas mais espaçadas. Além disso, o local de escape, em caso de batida, tem que ser maior. Diante do projeto que foi divulgado, não existe a possibilidade de estarmos incluídos, pois não terá como os carros circularem nesse trajeto”, analisa.

Abandono O Autódromo faz parte do Complexo Poliesportivo Ayrton Senna e foi inaugurado em 1974 para a corrida de Fórmula 1 vencida por Emerson Fittipaldi, pilotando uma McLaren.

A estrutura é a mesma há 37 anos, nunca passou por uma grande reforma. A pista, jamais recapeada, se tornou um desafio perigoso para os novos pilotos. Rachaduras, valas, instalação elétrica sem funcionamento, placas de sinalização de velocidade e grades de segurança são remendadas por arames. As quatro arquibancadas cobertas, que deveriam comportar 11.500 pessoas, não têm essa capacidade, pois boa parte das cadeiras está quebrada. As condições precárias desencadearam muitos problemas em competições realizadas recentemente, como a Stock Car, em abril, quando acidentes na pista provocaram três entradas do carro de segurança. Em julho, a pilota Vanessa Daya morreu após perder o controle de sua moto

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ao passar por um trecho com terra, numa tentativa de ultrapassagem, na chamada Curva da Piscina, na terceira etapa do Campeonato Brasiliense de Motovelocidade. Para Vitor Meira, a reforma é essencial. “Concordamos que uma reforma é necessária, mas não incluir o kartódromo e não considerar a evolução do kartismo é um erro”, adverte. “Todos os usuários precisam ser escutados”, acrescenta Márcio Muniz. Além do impasse, há também quem acredite que não existe tempo hábil para a conclusão da reforma, já que a competição está prevista para o dia 28 de setembro de 2014. As obras precisam estar concluídas até o dia 23 de março para que o circuito seja homologado. Caso contrário, a competição será adiada para 2015.

A GPS|Brasília entrou em contato com a Coordenadoria de Comunicação para a Copa (Comcopa), que enviou comunicado: “Ainda não há detalhes sobre a reforma do Autódromo, uma vez que o projeto ainda está em fase de conclusão”. Na internet, grupos afirmam que o kártodromo Waltinho Ferrari não está incluído na repaginada do autódromo. Enquanto isso, os kartistas da cidade aguardam algum posicionamento das autoridades competentes. “Se tivéssemos alguma resposta do governo já estaríamos nos organizando. Para um autódromo funcionar é preciso ter um kartódromo dentro dele, pois é a maneira de gerar receita e sustento próprio. O kart t é muito importante porque traz movimento para o kartódromo”, finaliza Vitor Meira.

Onde praticar

• Ferrari Kart – Autódromo Nelson Piquet, entrada Leste Funcionamento: de segunda-feira a sextafeira, de 18h até 0h; sábado, de 14h até 0h, e domingo de 15h a 0h Informações: (61) 3273-9620 • Escola de Pilotagem Fellipe de Moraes – Kartódromo Ayrton Senna – QE 23, Área especial do CAVE, Guará II Funcionamento: de terça-feira a domingo, 7h às 18h Informações: (61) 9200-0525 / 8453-1219 • Carrera Kart – Parque da Cidade, estacionamento nº 11 Funcionamento: de terça-feira a domingo, das 9h às 23h Informações: (61) 3226-0526 Carros estacionados no Ferrari Kart



TALENTO

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MENINO DE

OURO

Aos 14 anos, o brasiliense Pedro Cardoso é considerado uma das grandes promessas do automobilismo. Após conquistar nove títulos este ano, o piloto inicia 2014 com objetivos audaciosos

Jovem piloto exibe o prêmio Capacete de Ouro, sua mais nova conquista


www.gpsbrasilia.com.br Reprodução Instagram

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Por Andressa Furtado Foto Celso Junior

A

poucas horas de embarcar para Navegantes, Santa Catarina, o piloto brasiliense Pedro Cardoso não esboçava preocupação ou ansiedade. Na verdade, nem parecia que tinha acabado de ganhar um dos mais importantes prêmios do automobilismo brasileiro. De camisa, bermuda e tênis, Pedro ouvia atentamente as orientações da mãe, Kika Cardoso. “Você já viu como está o tempo por lá? Coloca um casaco, meu filho”. Neste momento foi possível perceber que, apesar dos mais de 30 campeonatos conquistados desde o início da sua carreira, Pedro ainda é um menino. Com apenas 14 anos de idade, o jovem tem mais de cem prêmios, que ficam alinhados nos mínimos espaços do seu quarto. “Não tenho mais onde colocar os próximos que virão”, diverte-se. O menino compete desde a categoria Mirim, quando tinha oito anos, e sempre se destacou nas principais competições do País. Nessa trajetória, disputou provas no Brasil, Estados Unidos e Europa, tornando-se, em 2013, um dos pilotos que mais disputou competições na temporada. Entre as conquistas deste ano estão: o terceiro lugar no Florida Winter Tour (EUA), em que venceu duas das três etapas; foi destaque no campeonato Pan-Americano de Rotax, em New Orleans; e no Mundial de Kart X30 World, em Lyon, na França. Além de tricampeão do Super Kart Brasil, vice-campeão

Ao lado do ídolo tetracampeão de Fórmula 1, Sebastian Vettel

Brasileiro de Kart, campeão da Copa São Paulo Light de Kart e hexacampeão da Copa São Paulo Granja Viana de Kart. Entretanto, sua última conquista foi um dos motivos de maior orgulho da família Cardoso. Na categoria Kart, modalidade de entrada do automobilismo brasileiro, Pedro foi quem mais venceu corridas nesta temporada e ficou em primeiro lugar no Capacete de Ouro. O piloto foi classificado por sua atuação no segmento Júnior, com larga vantagem, na primeira fase, dos demais corredores. Ao todo foram computadas 22 vitórias contra 13 do segundo colocado e 12 do terceiro. A segunda fase do prêmio, que contou com a votação de um júri formado por 60 jornalistas, Cardoso teve como concorrentes os experientes pilotos Danilo Dirani e André Nicastro. No entanto, de forma bastante imparcial, os profissionais da imprensa que votaram levaram em conta a temporada de 2013 e, com isso, Pedro ficou com o título. Dos 60 votos, o brasiliense levou 45.

“Foi uma grande surpresa. Realmente não esperávamos que ele ganhasse o título. Não porque ele não merecesse, ou porque não fez uma ótima temporada, mas porque ele estava disputando com pilotos reconhecidos nacionalmente”, afirma o maior incentivador de Pedro, seu pai Sérgio. Sobre a conquista, Pedro tem discurso de campeão. “Fiquei muito feliz e surpreso. Meus concorrentes tinham experiência de muitos anos a mais do que eu. Agradeço aos jornalistas que acreditaram em meu trabalho e votaram em mim”, diz. Realmente, não havia melhor maneira de o piloto fechar o ano. Depois de tantas conquistas, Pedro amadureceu. Não é o mesmo de anos atrás. Já sabe como alcançar sua melhor performance e compreende em quais curvas e pistas tem resultado superior. Isso, porque domina a tecnologia e consegue interpretar perfeitamente um aparelho de telemetria – dispositivo que fornece dados valiosíssimos e que podem fazer a diferença durante uma

competição. “O aparelho faz um diagnóstico em tempo real das condições das pistas. Para um piloto isso é essencial, pois uma corrida pode ser perdida por um décimo de segundo”, explica Sérgio. Outra mudança importante na carreira do piloto é que, atualmente, é patrocinado por três marcas. Mas quem pensa que a vida do jovem é só o kart, está muito enganado. Nas horas vagas, pratica Crossfit e joga futebol. E ainda arruma tempo para a vida social. “Apesar do meu compromisso com o automobilismo, eu me divirto com os meus amigos”, garante. Na Escola Americana de Brasília, Pedro recebe um grande suporte dos professores. Em outubro, precisou faltar dez dias de aula devido à agenda de campeonatos. Porém, logo foi amparado pelos professores que se dispuseram a dar aulas de reforço. Pedro faz aula particular de Matemática e ainda se divide entre a Capital Federal e São Paulo, sua segunda casa. A partir do próximo ano, o jovem piloto deixa o kart e começa a avaliar em que categoria de carros irá seguir. “Vou começar tudo da estaca zero,” afirma. A família já está em busca de uma nova equipe. Além disso, viagens já estão marcadas e testes já estão sendo feitos. “Ainda não podemos adiantar, porque não temos nada fechado. Vamos deixar para o ano que vem”, finaliza Sérgio.




SOCIAL

PARTY ROCK A aniversariante entre Claudio, Paula, Luciano e Claudia Melo

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FOTOS: CELSO JUNIOR

Luiza Melo celebra a chegada de seus 18 anos com badalada festa em sua residência no Lago Sul. Ao som de DJ Fabinho, a pista de dança ferveu até altas horas


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Georgia Pantazis e Giovana Cardoso

Ilana Miranda, M. Theodora Zaccara, Natasha Neumann e Juliana Costa

Bruno de Luca e Malu Azeredo

Rafaela Amaral, Leonardo Piquet, Luiza Fregonasse e Pedro Estรกcio Piquet

Nicolas Oliveira e Marcelo Bittar

Julia Barros, Renata Biglia, M. Antonia Pessoa, Luiza, Bia Lomanto, Andreza Amaral e Renata Borges

Isabelle Touma e Fernanda Carvalho


SOCIAL

O noivos Ricardo Oliveira e Mariana Ferrer

FELIZES

PARA SEMPRE FOTOS: FERNANDA FERREIRA

Mariana Ferrer e Ricardo Oliveira casamse diante de mil convidados na Catedral Metropolitana de BrasĂ­lia e festejam a data em noite inspirada na Toscana

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Os pais da noiva: Gláucia e Marcelo Ferrer

Raissa e Leo Araújo

Os pais do noivo: Jaqueline e Cesar Oliveira

Letícia Barros e Gustavo Ferrer

Felipe Leão e Carol Oliveira


SOCIAL

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Joyce Cardoso, Carlos Gurgulino e Melissa Gontijo

Georgia e Luiz De Luca

Carla Amorim e Fábio Andrade

Luciana Ferrer pega o buquê

Fabiano e Luciana Cunha Campos

Paulo Lins e Michelle Nicolai

César e Manuella Mata Pires



SOCIAL

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BRASÍLIA DE

PRADA

FOTOS: CELSO JUNIOR E PABLO VALADARES

Marca italiana abre as portas na Ala Internacional do Iguatemi Brasília com coquetel para 200 convidados e presença da atriz global Camila Morgado

Marcelo Noschese, Valéria e Isabella Bittar

A atriz global Camila Morgado marcou presença no evento

Jacqueline Sá Rego, Flavia Carvalho e Eliane Nars


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Guilherme Siqueira, Daniela Holl, LetĂ­cia Veloso e Bruno Mello

DJ Deborah Falci assumiu as picapes

Maria Camilla Coelho e Luiz Felipe Leal


SOCIAL

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Isabela Gontijo e Alexandre Garcia

Romero Hatem e Karinne Pantazis

Alexandre Flausino e Eduarda Nogueira

Patricia Leal, Diana Morais, Anna Luisa Casc達o e Claudia Pohl



DECOR

>> 78 Clausem Bonifácio

AGLOMERADOS Morar bem não é ter espaço, e sim saber usá-lo. As novas moradas da Capital são menores e geram desafios aos arquitetos: armazenamento com modernidade e bom gosto


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Por Marina Macêdo

B

Clausem Bonifácio

rasília uma cidade planejada, mas está em franca expansão. Em seus primórdios, destacava-se por abrigar casas à vista da W3, apartamentos nas entrequadras, mansões margeando o Lago Paranoá. Mas uma nova realidade desponta diante do caos urbano. Agora, condomínios fechados, flats e lofts se formam e estão situados em novos setores igualmente nobres. Para Pompeia Addário, consultora e empresária no segmento, a veracidade do fato pode ser identificada na grande quantidade de lançamentos de construtoras da cidade. “Brasília vive hoje um novo momento. O mercado aponta por uma imensa procura por casas menores em condomí-

nios fechados aos arredores da cidade. Ou apartamento de luxo de 100 m², em bairros como Noroeste e Park Sul”, explica, ressaltando que nem tudo o que é bom tem que ser grandioso em espaço. As diferentes formas de morar nesses pequenos formatos foram apresentadas na 22.ª edição Casa Cor Brasília, mostra de arquitetura, decoração e paisagismo da cidade, comandada pelo trio Eliane Martins, Moema Leão e Sheila Podestá. “Em cada ambiente, um desejo e um estilo, evidenciado a identidade de quem investe numa morada”, observam as empresárias. Pompeia Addário vê como avanço, mesmo que timidamente, a inserção desses pequenos ambientes na Casa

Cor Brasília. Para a consultora, os novos empreendimentos fomentam ainda mais o mercado de decoradores de interiores, que são desafiados a cada projeto a tornar a casa de seus clientes um local confortável e funcional. Entre os destaques da mostra, Pompéia aponta os espaços: Loft do Colecionador, Casa sob Medida e Apartamento.

O loft Com projeto assinado pelo arquiteto George Zardo e sua filha, Júlia, o Loft do Colecionador trouxe em 200m² um ambiente composto por home, sala de jantar, cozinha gourmet, suíte, closet, banheiro e até uma garagem. “O projeto inicial era apenas um loft. Foi quando Júlia deu a ideia

de integrar uma garagem. Surgiu assim a inspiração de desenvolver o espaço para um casal que tem como hobby colecionar carros antigos”, conta Zardo. Cores neutras como bege, marrom e preto, com alguns toques em caramelo, dão charme ao espaço. Um saudoso Chevrolet Bel Air 1957 na cor amarela complementam. “Além do carro, o loft contou com elementos como uma bomba da Texaco e um painel do artista plástico brasiliense Roger Regne”, ressalta o arquiteto. Outro destaque do ambiente foi a iluminação intimista. “Elaboramos um projeto de iluminação que fosse acolhedor. Com o uso de luzes indiretas que deu ainda mais o clima aconchegante”, desvenda Zardo.

Loft do Colecionador assinado por George e Julia Zardo (ao lado e abaixo)


DECOR

Casa Sob Medida de Denise e Juliana Zuba (acima e abaixo) Fotos Daniel Guerra

A casa A Casa Sob Medida de Denise e Juliana Zuba também foi um dos destaques da mostra. Inspirado na ideia de otimizar espaço, tinha em seus 210m² qualidade, elegância e praticidade em área e custo reduzidos. “Podemos resumir que a Casa sob Medida é o máximo no mínimo. Ela foi elaborada para quem aprecia o moderno e o descomplicado”, conta Denise. “Os ambientes da casa possuem destinações específicas, mas se tornam uma grande e única área social composta de área externa, cozinha gourmet, lareira e li-

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Apartamento Via de Hélio Albuqurque e Sônia Peres (acima e abaixo) Fotos Clausem Bonifácio

O apartamento ving”, explica Denise. A arquiteta ressalta que a principal tendência apresentada foi a integração dos espaços com a natureza. “A fachada principal se destaca com um jardim vertical; ao fundo, a piscina natural e cristalina com peixes e vegetação aquática que cria efeito cênico e especial”, diz. Entre os conceitos inovadores, chamaram atenção o teto revestido em tijolo cerâmico, lâmina em porcelana, tanques e cubas coloridas. Além do artesanato nacional para valorizar a identidade brasileira.

Já a dupla Hélio Albuquerque e Sônia Peres apostou em unir estética e funcionalidade no ambiente intitulado Apartamento Via. Com total de 88m², o projeto foi pensado a partir das condições de entrega de um apartamento de três quartos do empreendimento Via Horizonte, localizado em Alphaville. Hélio revela que se manter fiel à planta deu ainda mais credibilidade ao projeto. “Tivemos um resultado muito positivo. As pessoas que visitaram o espaço se identificavam com o apartamento, por ser algo real e acessível”, diz. Tra-

balhar com espaço limitado fez com que a dupla investisse em itens que passassem a sensação de amplitude, como espelhos na sala de estar e na sapateira iluminada no quarto do casal. “A busca é por espaço de armazenamento. Afinal, a procura por lugares para guardar coisas vai desde flats até mansões. É realmente um quebra-cabeça”, diz. O arquiteto aponta que é preciso simplificar. “Buscamos estéticas que são práticas. Soluções que tornam a vida mais fácil. E poupam tempo e gastos como pisos de fácil limpeza”, finaliza.


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Clausem Bonifácio

O Cubo Cinza de Ney Lima

Café Sebrae de Yeda Garcia Daniel Mira

Apesar de deixar claro que o segmento de decoração não funciona como a moda, pautada por temporadas, Pompeia conta que o que agrega na decoração são as memórias. “Cada pessoa carrega consigo itens que contam um pouco da sua história. Como um vaso comprado em uma viagem ou um quadro que pertence à família há gerações”, revela. Mas as principais apostas vistas durante a 22.ª edição Casa Cor Brasília foram as cores neutras, em especial o cinza Fendi, que imperou nos ambientes. A tonalidade vista por profissionais do mundo inteiro em abril, durante a maior feira de móveis do mundo, o Salone Del Mobile, em Milão, deu até nome ao espaço de Ney Lima, chamado Cubo Cinza, na Casa Cor. Outro destaque foi que o Fendi veio sempre acompanhado por cores vibrantes. As tonalidades foram identificadas desde itens da estrutura ou detalhes do mobiliário de espaço. Como mostra Yeda Garcia em seu espaço Café dos Teares, cujo teto surge trabalhado em cores, como vermelho, verde, amarelo e azul. A edição de 2013 revelou ainda que as obras de artes deram espaço às fotografias. Em sua maioria, os arquitetos usaram fotos de paisagens para compor cômodos, como Angela Castilho Brito, que usou mais de dez imagens para decorar um único espaço, o lounge BRB.

Clausem Bonifácio

Cor é tendência

Lounge BRB de Ângela Brito


GALERIA

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UM TESOURO

A SER DESCOBERTO Por Marina Macêdo Fotos Celso Junior

Em meio aos 21 andares do Banco Central há um espaço de cor turquesa que abriga 86 obras de arte de modernistas. É aberto ao público, mas pouco divulgado. Recebe cerca de cem visitantes ao mês

S

ua estrutura é imponente. Pode ser vista de vários pontos da Capital Federal. Situado no Setor Bancário Sul, o Banco Central está entre os monumentos mais importantes do conjunto arquitetônico de Brasília. Projetado por Hélio Ferreira Pinto, o edifício tem 21 andares e seis subsolos, onde estão os cofres do Tesouro Nacional. Mas o que poucos sabem é que nem só de questões financeiras vive o banco dos bancos. Em seu oitavo andar, a institui-

ção abriga uma intimista galeria de arte. Um recinto pouco explorado por brasilienses e candangos. Inaugurado em 1987, o espaço foi aberto ao público com o propósito de divulgar o acervo do banco. Um acervo artístico riquíssimo, composto por 554 obras de artistas como Candido Portinari, Di Cavalcanti, Volpi, Milton Dacosta e Tarsila do Amaral. Obras que foram adquiridas pelo Banco Central como pagamento por créditos que detinha em instituições fi-


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nanceiras que saíram do mercado ou que foram submetidas à intervenção, nos anos 1970, e até mesmo por doações de artistas que participaram de exposições no local. As raridades ficam guardadas em dois andares do Banco Central. No primeiro subsolo, estão armazenadas as obras com suporte de papel, como gravuras e desenhos. Já no sexto subsolo, ficam as pinturas. Atualmente, das 554 obras, 102 estão na reserva técnica do sexto subsolo, em ambiente de segurança máxima, organizadas em trainéis, em condições ideais de conservação. Em ambos os andares, as obras são mantidas sob rígido controle de umidade e iluminação. Além de segurança reforçada, tanto eletrônica quanto presencial. Afinal, o último subsolo é ainda depósito de segurança do meio circulante, ou seja, cheio de cédulas e moedas.

Galeria Parte dessas obras artísticas pode ser vista na galeria, localizada no oitavo andar do Banco Central. As paredes no tom azul turquesa dão um clima leve e gracioso ao espaço. Ambiente silencioso, onde é possível perder a noção da hora ao apreciar as 86 obras, entre pinturas, gravuras e desenhos, da mostra em cartaz Vanguarda Modernista na Coleção Banco Central. Aberto para visitação de terça-feira a sexta-feira, das 10h às 18h, o espaço recebe

uma média de mil visitantes por ano. Adoradores de arte que fazem questão de deixar seus nomes registrados no caderno de assinaturas na bancada da recepção. Caderno este que foi aberto no dia 27 de agosto deste ano e teve seu maior público dia 5 de setembro, com um total de 18 visitantes. Logo ao lado, uma segunda caderneta. Onde os visitantes deixam suas felicitações ou sugestões, por exemplo, a mudança de um posicionamento de luz que prejudica a apreciação de uma obra. Recados que são lidos e analisados pela equipe do Banco Central. Inaugurada nos anos 80, a galeria foi desativada em 1997, em razão de reestruturações. Foi reaberta apenas nove anos depois, com a exposição O Óleo e o Ácido. Dividida em dois ambientes, um para pinturas a óleo e outro para gravuras em metal, a mostra expôs 66 obras de renomados artistas, como Aldemir Martins, Aldo Bonadei, Antônio Bandeira, Antonio Gomide, Clóvis Graciano, Di Cavalcanti, Ismael Nery, Maciej Babinski, Marcelo Grassmann, Milton Dacosta, Tarsila do Amaral, Vicente do Rego Monteiro e Volpi. O espaço viveu seu auge durante a mostra Candido Portinari em Obras, que ficou exposta de 18 de agosto de 2009 a 27 de junho 2010. Foi quando recebeu um total de 20 mil visitantes. “O grande incentivo à visitação foi o programa educativo, que incluía


GALERIA

transporte de escolares, num total de quatro ou cinco visitas por dia”, explica o Banco Central. De maneira dinâmica, a exposição mergulhava o público em seu envolvente acervo de Portinari. Entre as obras, o painel Descobrimento do Brasil e a série Cenas Brasileiras. A exibição trazia ainda a história do restauro das obras, iniciado em 2007 e concluído em 2008, e os objetos usados durante o processo. Procedimento este que foi acompanhado pelo Projeto Portinari, iniciativa comandada por João Candido Portinari, filho do pintor. A terceira exposição, após sua reinauguração, foi Trilhas da Modernidade na Coleção Banco Central. Que trouxe à

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tona trabalhos de grandes artistas da geração de herdeiros e continuadores do Modernismo – Aldo Bonadei, Alfredo Volpi, Clóvis Graciano e Fulvio Pennacchi. Atualmente, o espaço apresenta a mostra Vanguarda Modernista na Coleção Banco Central. Que destaca dois marcos históricos: a Semana de Arte Moderna de 1922, que ocupou o Teatro Municipal de São Paulo, e o Salão de 1931, designação da XXXVIII Exposição Geral de Belas Artes, patrocinado pela Escola Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro. Especula-se que a equipe de exposição do Banco Central, composta por Dulce Mourão e Gisel Carriconde, já está a todo vapor na elaboração da próxima mostra, que entrará em cartaz em junho de 2014. O tema abordado será a história da aquisição do acervo com cerca de cem obras expostas, com a possibilidade de alternância ao longo do período em cartaz.

Pelo prédio As 554 obras do acervo não ficam apenas nas exposições em cartaz na galeria ou guardadas. Em um breve passeio no Banco Central é possível apreciar telas incríveis, como o painel Descobrimento do Brasil, com cinco metros de altura por quatro de largura, de Candido Portinari. A obra fica na sala de reunião do Conselho de Política Monetária (Copom), no mesmo andar da galeria.

A área circulante que antecede a presidência também conta com obras de Volpi, Milton Dacosta e Aldo Bonadei. Painéis estes que mudam periodicamente, segundo o Banco Central. “As obras expostas na área da presidência sofrem rodízio periódico. Esta prática tem por objetivo alternar a permanência das obras entre exposição e reserva, como medida de conservação e preservação das mesmas”. Já a obra atualmente presente na sala da presidência é a Figura Ajoelhada, de Milton Dacosta. Serviço Galeria de Arte do Banco Central Setor Bancário Sul, Quadra 3, Bloco B – 8.º andar Visitação de terça-feira a sexta-feira, das 10h às 18h. Entrada gratuita Informações: (61) 3414-2099 e 3414-2519



ENCONTRO

RALPH (GEHRE) E NICOLAS (BEHR)

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Artista e poeta, que chegaram crianças à Capital, encontram-se na W3 Sul a convite do GPS|Brasília para falar sobre a cidade que tanto amam. Entre reflexões pessoais e embates sociais, a dupla externa o que pensa e pretende de Brasília. Por meio de suas artes, o pincel e o lápis, o pensamento traçado de uma república mais justa e sincera. Nas linhas abaixo, dois mestres de seus ofícios, que, ao longo de quatro décadas, representam a essência de uma capital projetada para viver um grande sonho

Por Sarah Campo Dall’Orto Fotos Celso Junior

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encontro de Nicolas e Ralph, poeta e desenhista, foi pensado, proposto e aceito em apenas um dia, pelos dois personagens. Tal situação foi uma verdadeira vitória pessoal. Era possível imaginar duas agendas cheias de conflitos e projetos culturais, com pouquíssimos horários vagos disponíveis para a imprensa. A realidade não fugiu desse pequeno devaneio, mas com um diferencial: tanto Behr quanto Gehre demonstraram desejo imediato de bater um papo enquanto todo o conteúdo era gravado. O evento em si se realizou no Bar Brasília, na 506 Sul, na tarde de uma segunda-feira acalorada. Os entrevistados optaram por não consumir o tradicional chope da casa. Apenas água e uma porção de pastel serviram de

combustível para a simpática sessão de digressões. Na sequência, após uma hora, em que ambos puderam expor suas opiniões sobre assuntos selecionados previamente, a dupla foi fotografada por Celso Junior, no Museu Nacional da República. Ao escrever esse texto e reviver o bate-bola desses dois artistas que nasceram no Mato Grosso e elegeram Brasília como cidade para amadurecer, não resisto e me entrego à outro pensamento: o quanto da alma de uma pessoa é possível conhecer por meio de fotos e entrevistas? Talvez muito. Provavelmente nada. Aqui, tento, inutilmente, reproduzir a experiência dividida com Nicolas Behr e Ralph Gehre. Não suas essências. Essas são alcançadas em cada pedacinho de arte que eles produzem.


ENCONTRO

2013 – Um balanço geral Ralph: Estou encaixando meu tempo em uma forma prevista e desenhada. Tenho conseguido ter mais tempo para mim, meu trabalho, meus desenhos. Acredito que esse acerto, que não é fácil, tenha sido a maior conquista de 2013. A verdade é que ainda não fiz um balanço geral desse ano. Daqui a alguns meses, é possível que minha resposta sobre esse tema seja outra. Nicolas: Estou vivendo a melhor fase da minha vida. O ano de 2013 foi muito especial em termos de literatura. Fui convidado para a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) e para a Feira do Livro de Frankfurt, na Alemanha. Isso pode

ser um sinal de que a vida começa mesmo aos 55 anos. Ralph: Gosto muito de uma frase da Bibi Ferreira que diz assim: “A minha velhice é definitiva, mas a sua juventude é totalmente provisória”. Esse acerto de contas com o tempo parece ser uma constante para ambos. Biografias não-autorizadas – polêmica sem dono R: Lamentável a postura do Caetano Veloso. Não é de hoje que me aborreço com ele, que tornou-se um chato opinativo. Ele não é um filósofo, apenas um letrista e compositor, que se acha no poder de regular a opinião de tantos sobre questões existenciais e práticas.

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Quando leio o texto que Chico Buarque publicou no jornal O Globo, fico furioso. Sobre Roberto Carlos, creio que a majestade subiu-lhe à cabeça. Tenho um exemplar da tal biografia barrada, objeto de tanta celeuma. Comprei antes de ser recolhida. É um bom livro, bem escrito, coisa de fã. N: Já fui biografado pelo Carlos Marcelo para a Coleção Brasilienses. O livro se chama Eu Engoli Brasília, e toda a experiência de ter sua vida como tema de uma biografia é bem estranha, mas muito positiva. Sobre a polêmica, sou a favor da liberdade de expressão. O artista é um homem público e quem busca visibilidade vai para a chuva e corre o risco de se molhar. Esses personagens que se pronunciaram sobre as biografias não autorizadas têm todo direito de processar, mas não de impedir uma publicação. É triste ver essas pessoas manchando a própria biografia com atitudes restritivas e mesquinhas. R: O sujeito costuma ser biografado por se tratar de um filtro do mundo. O Nicolas está certo. Nada justifica essa pobreza de visão que corre sério risco de se tornar censura. Black blocks e as manifestações de junho N: Participei de algumas mani-

festações em junho e fui acompanhado dos meus filhos. Falta criatividade aos manifestantes e, honestamente, acho que os black blocks não vão chegar a lugar algum. Eles provocam uma violência maior do Estado. Sou totalmente a favor dos protestos, mas o rastro de agressividade que esses mascarados deixam me parece niilista e, pior, não ajuda a construir nada concreto. R: Discordo do Nicolas. É fácil rejeitar a violência com que os black blocks atacam de forma tão visível, permitindo o registro da mídia, mas é importante que eles deem essa visibilidade à violência, situando-a claramente como um posicionamento diante dos governos, do Congresso, da Câmara Legislativa e como parte da vida. Não é bonito, mas é um fato: a vida é violenta. Creio que as manifestações que vimos tomar as ruas em junho é um desejo por mais verdade sobre a realidade tão artificializada que vivemos. Somos feitos de tantos vazios, tantas tolices, que nos atravessam... 70% de água, 30% de coisas alheias. É sobre essa condição que os black blocs estão aplicando o susto. Não é bom, mas ao menos é um alerta real e as consequências daqueles protestos de junho são definitivas. N: Também me considero um


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anarquista, mas anarquismo não é quebra-quebra. Os black blocks são revoltados? Eu também sou. Só não saio por aí espalhando violência e bagunça. R: Você esquece que a bagunça não começa com os black blocks. A bagunça já existe nas nossas escolas, hospitais, bancos. Está aí, para todo mundo ver. A violência está calcificada em nossas vidas. É preciso quebrar o feito para construir o novo. Quantas palavras você quebrou essa semana, Nicolas Behr? Quantos rabiscos eu quebrei essa semana? Nenhum. A Copa do Mundo e Brasília N: A construção desse estádio bilionário foi uma péssima ideia de investimento. É um Coliseu e as pessoas não querem mais pão e circo. O povo quer transporte público de qualidade, educação. Nunca entrei na obra e não pretendo ir tão cedo. É uma agressão ao povo brasiliense. Durante os jogos da Copa do Mundo quero fugir de Brasília. R: Ele me ofende visualmente e é um erro absurdo de planejamento de governo. A Copa, como legado político, será algo infernal. N: Sabe o que desejo, Ralph? Que o estádio seja desmontado e o governo use todas aquelas colunas, cadeiras e

concreto para construir escolas públicas. R: Boa ideia. Nesse momento, quais as atividades que devem estar acontecendo dentro do estádio de Brasília? Talvez uma noiva sendo fotografada para o book de seu casamento? Que fracasso. Amor por Brasília R: Eu sou bairrista. Nós somos bairristas. Cheguei aqui em 1962. Tinha nove anos de idade. Meus pais resolveram atender o chamado feito por Juscelino Kubitschek. E você? N: A gente vai se conhecendo aos poucos durante essa entrevista. Cheguei em 1974. Agradeço diariamente à minha mãe por ter decidido deixar Cuiabá e vir para cá. Quando minha família se mudou, Brasília era uma cidade com apenas 14 anos de existência. Em termos históricos, são segundos. Hoje, percebo que esse choque da chegada me fez criar. Posso dizer que vivi intensamente as quadras 400. E esse Gehre vem de onde? R: Da família do meu pai, Nicolas. Um “alemão-batata”. Meu avó Rudolph Gehre veio com o irmão e o primo para o Brasil e trouxe o sobrenome Gehre com eles. N: Então, Brasília... “virei” poeta para entender a racionalidade dessa cidade. Tenho

um grande amor por Brasília. Ela me cobra, eu cobro. Como cidade-teste, é provocadora. Já ouvi dizer que não é a pessoa que escolhe morar aqui e sim Brasília que escolhe seus moradores. Arte X Luxo N: Para escrever não precisa de luxo. Nada além de papel e caneta. E imaginação. R: O mesmo serve para um desenhista. Sabia que aos nove anos minha vida já se resumia a desenho? Essa sensação é estranha, mas também muito confortável. Hoje tenho essa consciência. Minha memória de infância inclui as figuras que se formavam nas rachaduras dos muros.

N: Bonito. Outro dia estive na casa de uma socialite brasiliense. Fui apenas conhecer seu jardim, mas ela estendeu o convite para o interior de sua residência. Após o fim do tour, voltamos ao jardim. Ela me abordou, chocada, dizendo que eu não comentei, nem elogiei sua coleção de obras de arte. Ou seja, ela teve aquela atitude com a finalidade de exibir seus quadros e esculturas caríssimos. Arte para mim não é luxo. É expressão. R: Essa cena relatada por Nicolas é o consumo de arte transformado em fetiche, em um símbolo de status esvaziado. O interesse nem sempre está conectado à valorização da arte em si.


HUMOR

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QUE

FIGURA

Paulo Gustavo é o ator mais celebrado do momento. Humorista de trabalho autoral, ele ganhou o brasileiro fazendo-o rir com cenas rotineiras e sem usar o humor ofensivo. Hiperativo por natureza, ele prepara projetos para até 2015 na tevê e no cinema, além de viajar pelo Brasil com o teatro

Por Marina Macêdo Fotos Daniel Chiaco

H

iperativo. Este não é apenas o nome de um espetáculo do ator niteroiense Paulo Gustavo. Ele realmente é assim. No dia a dia, arranca risadas por onde anda, às vezes em um simples cumprimento. Ele não para.

Fala muito, e rápido, gesticula, e é expressivo. Não fica muito tempo sem fazer uma piada. E foram dessas palhaçadas improvisadas que surgiu sua profissão. Paulo Gustavo é apontado como a revelação do humor


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O ator se diverte durante passagem pela Capital Federal

brasileiro. Dono de uma carreira meteórica, transita com desenvoltura entre teatro, televisão e cinema. Sua intimidade é tanta que ele nem sabe ao certo dizer em qual plataforma gosta mais de atuar. De maneira inerente, o público sente-se tão próximo do ator, que suas piadas passaram a integrar o cotidiano brasileiros. Talvez por isso o seu sucesso. E pensar que antes de se encontrar na profissão, chegou a cursar a faculdade de Turismo e até tentar a vida nos Estados Unidos. “Eu era um perdido”, brinca. Quando pensou em transformar o talento nato para a comédia, foi se profissionalizar. Ingressou na Casa das Artes de Laranjeiras (CAL), do Rio de Janeiro. Em 2004, subiu nos palcos com a comédia Surto, apresentando pela primeira vez a neurótica Dona Hermínia, personagem inspirada na própria mãe, que mais tarde viria a ganhar espetáculo e filme próprios. Depois da peça Infraturas, dirigida por Malu Valle e João Ternura, de Marcus Alvisi, resolveu investir em um trabalho autoral. Em 2006, estreou o monólogo Minha Mãe É Uma Peça, com direção de João Fonseca. E foi aí que conquistou o Brasil, contando a história de Dona Hermínia e sua relação superprotetora, exagerada e divertida com os filhos. “O tema mãe é universal, acho que por isso agrada tanto o público”, acredita. Após o sucesso com a peça, em 2010, apostou em outro trabalho autoral, desta vez ins-

pirado em seu jeito agitado de ser. O stand-up comedy Hiperativo traz Paulo, sem maquiagem e figurino, brincando com situações rotineiras e com as relações humanas. “A ideia do título foi porque me considero mesmo um hiperativo. Eu não consigo ficar parado”, revela. O sucesso de Minha Mãe É uma Peça foi tão grande que a adaptação para as telonas, lançada em junho de 2013, atingiu mais de quatro milhões de espectadores. Nas telinhas, ele já foi visto em Sítio do Pica-pau Amarelo, Casos e Acasos, A Diarista e Minha Nada Mole Vida. O primeiro destaque foi como o cabeleireiro tagarela Renée, do seriado e filme Divã. Desde 2011, apresenta o programa 220 Volts, no Multishow, em que vive vários personagens. Em julho deste ano, foi a vez de protagonizar a série Vai que Cola, no mesmo canal, vivendo o malandro Valdo. De passagem por Brasília – onde apresentou os espetáculos Minha Mãe É uma Peça e Hiperativo –, o humorista sentiu-se super à vontade. Foi bem recebido pelos moradores da cidade, recebeu cupcakes personalizados de um fã brasiliense e até arrancou risadas da presidenta Dilma Rousseff, durante inesperada visita ao Palácio do Planalto. Ele até ligou para a mãe conversar com a presidenta, o que arrancou risadas da própria. A estada de Paulo Gustavo na Capital Federal rendeu ainda cenas gravadas no gramado em frente ao Congresso Nacio-

nal, às margens do Lago Paranoá e no parque de diversão Nicolândia, no Parque da Cidade, para seu próximo programa no Multishow. Com amigos na cidade e imensa simpatia por Brasília, ele conversou com a revista GPS|Brasília. Confira. Quando descobriu que seu talento estava no humor? Eu brinco que nasci fazendo comédia. Nas festas de família, fazia palhaçadas e imitava artistas na sala para os convidados. Imitava muito minha mãe. Sempre fui um cara divertido, brincava e interpretava personagens entre amigos. Eles me incentivaram a seguir a carreira de ator. Em que momento viu sua carreira decolar? O espetáculo que mudou minha vida foi Minha Mãe É uma Peça. Ela ganhou muita popularidade, porque mãe é um tema universal. O público se reconhece nas falas, nos trejeitos, na relação que a personagem tem com o filho. Você se inspirou em sua própria mãe para escrevê-la. O que sua mãe tem em comum com a personagem Dona Hermínia? Minha mãe é uma peça rara. Eu até dou uma amenizada para não queimar o filme dela (risos). Ela sempre foi muito presente na minha vida e quando escrevi a peça, me inspirei em suas características. Mas também observei todas as mães, porque elas são iguais. Minha Mãe É uma Peça não é


HUMOR

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uma biografia, mas a realidade dessa relação entre mães e filhos. Acho que esse é um dos motivos do sucesso.

posso gosto de ficar com meus amigos e sair para conversar. Aliás, gosto muito de falar. Quem são seus ídolos na comédia? Tenho vários, como Fernanda Torres, Regina Casé, Pedro Cardoso, Débora Bloch e Ingrid Guimarães.

Tem alguma história que você viveu e levou para o texto? Vários momentos que quando eu vivi não foram engraçados, mas que depois eu consegui inserir humor. Ou vocês acham que eu fiquei rindo quando minha mãe foi até uma boate me buscar, como mostrei no filme? Passei foi muita vergonha. Como é a caracterização de mulher? É muito fácil. Eu tenho um olho bom para a maquiagem. Minha boca fica bonita de batom. Eu acho que quando estou vestido de mulher fico com a cara bem feminina. Não tenho o gogó muito forte. Não tenho cabelo, aí é só colocar a peruca. O filme Minha Mãe É uma Peça atingiu quatro milhões de espectadores. Já planeja uma continuação ou outra adaptação para o cinema? Sim. Vou fazer uma adaptação para o cinema do programa humorístico 220 Volts. Vamos rodar em março e abril. Já no segundo semestre de 2014, vou fazer Minha Mãe É uma Peça 2. Ambos com lançamentos previstos para 2015. Você faz teatro, cinema e televisão. Onde você se sente mais confortável? E qual te deu maior visibilidade?

Qual sua relação com Brasília? Geralmente venho a Brasília a trabalho e fico apenas dois dias. Mas acho a cidade linda e tenho muitos amigos.

Eu não tenho uma preferência. Gosto de todos. Mas o que me deu mais visibilidade foi a televisão. O programa humorístico 220 Volts, do Multishow, me proporcionou projeção grande. A televisão tem um alcance maior e mais rápido.

Acredita que exista um limite para o humor? Com certeza. O limite é a educação. Temos que saber fazer sem ofender as pessoas. O humor ofensivo sempre existiu, mas agora com a internet ele se potencializou. Eu não me identifico com essa vertente.

Depois de tanto tempo em cartaz, como foram os bastidores do filme? Foi muito divertido. Como eu sou muito agitado, não consigo ficar parado. E minha forma de relaxar é me movimentar. Foi muito legal porque eu ficava brincando com todo mundo durante as pausas e a gente já entrava em cena se divertindo.

Qual o lado ruim da fama? Não existe lado ruim da fama, acredito que nem a exposição. Eu não faço a linha galã de novela, então não tenho mil paparazzis em cima de mim. Mas tenho um reconhecimento e um carinho muito grande do público, e isso é muito bom. Afinal, lutamos a vida toda para termos esse feedback do público. E, quando conseguimos, vamos reclamar? Eu hein?!

Você acha que o humor muda conforme o meio? Humor é igual em qualquer lugar. Eu não sou um cara que faz um tipo de humor na televisão e outro no teatro.

O que gosta de fazer nas horas livres? Ultimamente tenho poucas horas livres por causa de uma rotina intensa. Mas sempre que

Além dos filmes, o que você está preparando para o próximo ano? Vamos ter a segunda temporada do programa Vai que Cola. E também vou estrear em abril meu novo programa, chamado Paulo Gustavo na Estrada, no Multishow. O programa vai brincar com o estilo de documentário que corre atrás do artista e mostra seu dia a dia. Inclusive, um episódio mostrará minha passagem por Brasília. Você esteve com a presidenta Dilma Rousseff. Como foi? Foi inesperado e aconteceu sem formalidade e de maneira muito natural. Ficamos 15 minutos juntos. Ela deu risadas, e falamos amenidades. Até liguei para a minha mãe para dizer onde eu estava. Ambas conversaram ao telefone. Mas teve uma hora em que tive que mandar ela desligar. Já viu como é mãe falando do filho, né? Ainda mais para a presidenta.



DIGITALIZE

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POR GIAN MARCO UCCELLO gian.uccello@gmail.com

Hit do momento

E vem aí mais um verão, e surge a expectativa de qual vai ser o hit da estação. Nos Estados Unidos, o foi a incrível Blurred Lines, do Robin Thicke, que é aquela que a Miley Cyrus fez uma participação, digamos assim, exagerada e que deflagrou toda sua onda de escândalos. A torcida aqui é para que seja uma música boa, basta de Eguinha Pocotó, Boquinha da Garrafa e eventuais funks de duplo sentido!

Protesto

As manifestações também foram uma marca desse ano, o que diferencia dos ocorridos no passado, em que não teve uma música que unisse a todos. Se nos anos 60 era Caminhando e cantando, de Geraldo Vandré, que unia o sentimento de mudança, esse ano a música mais representativa foi a dos Detonautas: Quem É Você?. A banda, que hoje segue independente no mercado e tem no vocalista Tico Santa Cruz, um porta-voz da indignação, o vídeo tem mais de 600 mil views no YouTube, sinônimo de sucesso.

Internacional

Os inúmeros shows foram outro destaque esse ano e Brasília se solidifica como rota das grandes tournées. Em 2014, não será diferente. Vários eventos ocorrerão por ocasião da Copa do Mundo (já se fala em U2). Por enquanto, já podemos programar um pulo em Sampa para assistir o Lollapaloza, que anunciou sua poderosa programação. Para quem passou dos 30, o grande chamariz é a volta do New Order. Mas a característica principal do festival é mostrar novos nomes e nesse quesito eles também mandaram bem, com Imagine Dragons, Portugal, The Man, Vampire Weekend, entre outros.

Nacional

No Brasil o ano não foi dos melhores. Temos que reconhecer, quando os principais hits foram funks de Naldo e Anitta. O new sertanejo já dá sinais de enfraquecimento. Começam a surgir muitas duplas que não têm essência e o movimento vai se dissipando. Ao mesmo tempo o The Voice coloca na telinha vários artistas incríveis, que mobilizam toda a audiência, mas que as rádios não incentivam, e eles, literalmente, ficam pelo caminho. Vejam o que acontece com a Ellen Oléria.

De quem é essa voz?

Ainda no digital, um App bem bacana para descobrir quem está cantando é o Shazam. Nos Estados Unidos, vários comerciais na tevê já apresentam a inserção do logo do App na tela, se você o aciona é levado diretamente para o site do anunciante. No Brasil, a poderosa TV Globo não admite essa inserção nas suas políticas comerciais, mas não fechou os olhos para isso e está desenvolvendo sua própria tecnologia baseada no Shazam. O aplicativo apresentou uma novidade bem bacana: um mapa interativo para saber quais as músicas mais “taggeadas” por região, vejam na imagem ao lado. Por enquanto, somente disponível para Android.

Na internet

Os hábitos de consumo continuam em evolução por causa da internet, especialmente para música e filmes. Já são notados movimentos de pessoas que deixam de assinar pacotes de canais premium (em geral aqueles de filmes) para ficar somente com a Netflix. Na música, até o meados de 2014 teremos todos os grandes serviços mundiais de streaming presentes: Spotify, Deezer, Rdio, Google Music, iRadio, Napster e, acredite, você ainda vai usar um deles! Em 2014 também deve chegar ao Brasil o modelo de assinatura no YouTube. Sim, até lá você terá alguns conteúdos que serão pagos, mas que vão acrescentar uma série de funcionalidades e integração com outros produtos do Google, incluindo o Google Music. Quem viver, verá e também escutará!


APRECIE COM MODERAÇÃO


SEGURANÇA

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SENHOR INSPETOR Conhecido como Coronel Leão na área de Segurança Pública, o atual chefe da Casa Militar do DF traz para sua gestão a experiência de oitos anos cuidando do ex-presidente Lula. Para a comunidade, o orgulho de instituir o Eixão do Lazer e a via de mão única na Estrutural Por Marcella Oliveira Foto Pablo Valadares

E

le sabe de tudo o que acontece com o Governo do Distrito Federal. Muito bem informado, tem uma equipe que lhe abastece sobre o que é dito, especialmente quando o assunto é o governador Agnelo Queiroz. Não só o que ocorre em Brasília, mas também em qualquer pedacinho do Brasil, que, por algum motivo, tenha envolvimento com o DF. Precisa saber dos amigos e, principalmente, dos

inimigos. Chefe da Casa Militar, este é o coronel Rogério Leão. Durante as duas gestões do governo Lula, integrou a equipe de segurança da Presidência da República. Desde janeiro de 2011, ocupa o cargo no GDF. A Casa Militar é uma estrutura que age próxima das grandes autoridades, mas, por outro lado, preza pelo anonimato e pela discrição. É composta

por 250 militares e 30 civis. É responsabilidade do coronel saber por onde anda o governador, o vice e suas famílias 24 horas por dia. É um trabalho de inteligência e gestão. “Já tivemos casos de ataques ao governador. E a Casa Militar atuou, atua e atuará sempre para garantir a integridade física e moral do chefe de Estado”, acrescenta. O trabalho executado hoje por Leão não tem nada a ver

com o que fazia na Presidência da República. Antes, era voltado para a segurança de telecomunicações, hoje é a segurança direta do governador. Mas por conhecer de perto a administração do Governo Federal, trouxe para o DF o que considera cases de sucesso. Leão recrutou colegas que dividiram com ele o dia a dia vivido ao lado de Lula para o GDF. “A maioria dos meus subsecretários são oriundos


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da Presidência. Por exemplo, o subsecretário de operações de segurança, que acompanha o governador, trabalhou com Lula; e quem cuida da segurança do Palácio do Buriti atuou no Planalto”, revela. Essa expertise é passada adiante. Leão idealizou um curso que é oferecido pela Casa Militar do DF desde 2011. De seis em seis meses, servidores de vários órgãos governamentais participam de um treinamento de 360 horas que inclui, dentre outras temáticas, a segurança de autoridades, que envolve desde o comboio até participação em eventos públicos. Policiais do Congresso Nacional, da Câmara Legislativa do DF e do Supremo Tribunal Federal já participaram, assim como servidores de todo o Brasil.

Sede Atualmente, um dos focos do trabalho é pensar na transição dos órgãos do governo para o novo Centro Administrativo, em construção em Taguatinga. Mais de 55% já está pronto e a previsão é que os primeiros funcionários comecem a mudar para o local em abril de 2014. “Nosso trabalho é para garantir a segurança do empreendimento. Não só pessoal, mas tecnológica também”, explica. A construção, um investimento de R$ 600 milhões, uma Parceria Público Privada (PPP). Com uma área total de 178 mil metros quadrados, serão quatro prédios de 15 andares e dez de quatro. E ainda um prédio da governadoria e

um shopping. A expectativa é gerar uma economia de 30% em alugueis e serviços de manutenção. Coronel Leão tem visitado as obras com frequência. Observa a segurança, o acesso e a mobilidade. “Busquei conceitos de segurança aplicados à Presidência para efetivar aqui. Será uma transição tranquila”, conta.

Trânsito Nascido em Goiânia, mudou para Brasília aos dois meses de idade. Cursou Direito no UniCeub e ingressou na PM em 1990, na Primeira Turma da Academia da Polícia Militar. Dedicou cinco anos ao Batalhão de Trânsito. Durante o período, foi o responsável pela implementação de dois importantes projetos no trânsito da Capital: o Eixão do Lazer e a mão única na Via Estrutural. Já existiam legislações que criavam o Eixão do Lazer, mas até então nunca tinha saído do papel. Em 1996, a ideia foi colocada em prática com ajuda de Leão. “Transformamos o Eixão em rodovia. Ele passou a ficar sob jurisdição do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e decidimos fechá-lo aos domingos”, conta. Nas duas primeiras semanas, foram necessários 27 policiais no Eixão Sul e 18 no Eixão Norte para garantir que nenhum carro transitasse pela via. “Hoje, a população já incorporou. Não precisa nenhum policial ficar lá, já faz parte da rotina do domingo da cidade”, comemora.

Outra ideia que os brasilienses também abraçaram foi a mão única da Via Estrutural durante os horários de pico. Com a frota de veículos no DF aumentando, o trânsito começou a ficar pesado. Foi quando, em 1997, Leão trouxe a ideia para o governo. “Passei sete meses em São Paulo, que tinha algo parecido em uma via. Imaginei que daria certo aqui. No começo, ninguém acreditou. Os carros tinham medo de pegar a via contrária. Mas hoje é uma realidade e, se não existisse, o trânsito na região ficaria parado”, analisa o coronel. Leão orgulha-se dessas duas contribuições que fez para a Capital Federal. “São atividades que se fazem com o trabalho de pessoas comprometidas, sem nenhum gasto extra e que trazem muitos benefícios para a cidade”.

Presidência Depois de um período na área administrativa da PM, do trabalho de ajudante de ordens do governo PT, entre 1995 e 1998, e dos quatro anos em que ficou no Batalhão de Planaltina, em janeiro de 2003 foi deslocado para trabalhar na segurança presidencial. Logo trabalhou na Secretaria de Administração da Casa Civil. Passou a fazer parte da Coordenação de Segurança de Telecomunicações e atuou na segurança relacionada a grampos eletrônicos. “Fiquei oito anos e conseguimos passar sem sérios problemas, que colocassem em risco a dinâmica da presidência”, lembra.

Foi um período em que acompanhou o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva em viagens internacionais. Participou de todas as assembleias gerais da Organização das Nações Unidas (ONU). Ao longo dos dois mandatos, visitou 78 países. “Apesar de serem viagens a trabalho, conheci muitas culturas e tive oportunidade de estar em lugares incríveis, como o Taj Mahal. Tive a oportunidade de ver o Lula ser homenageado por todo o metrô de Tokio, eles colocaram fotos do presidente em todos os vagões”, contou. Leão presenciou ainda momentos importantes para o Brasil, como quando o Rio de Janeiro foi escolhido para sediar os Jogos Olímpicos de 2016, em Copenhagen, na Dinamarca. “Eu era um dos brasileiros que estava lá, com uniforme e gravata verde e amarela”, revela. Da convivência com Lula, o coronel conheceu um pouco mais do mundo político. “Foi um excepcional aprendizado. Ele é um doutor em ciência política, que serve de exemplo para o mundo”, elogia. Leão deixou a função junto com Lula, no dia 31 de dezembro de 2010. “O Lula é referência política para mim. Tudo que aprendi nos anos que estive com ele serviu de base para me ajudar a desenvolver o trabalho que faço hoje. Não se pode perder oportunidades nem contatos. Olhar atento é essencial para aprender e repassar”, conclui o coronel.


POLÍTICA

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CIDADE PADRONIZADA Não é exagero afirmar que Brasília passou por poucas e [nem tão] boas ao longo de meio século de existência. A deturpação do ditado popular é proposital e serve à necessidade de deixar evidente a grave deformação que o projeto utópico da Capital sofreu no decorrer dessas décadas. Muito da deformação urbanística da cidade tem explicação óbvia na falta de regramento. Sem um marco legal claro e objetivo, as ideias de Lúcio Costa e Oscar Niemeyer puderam ser reinterpretadas – não necessariamente para o bem de Brasília. As discussões do Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCUB) e da Lei de Uso e Ocupação do Solo (Luos) são a solução, digamos, atrasada para o estado caótico em que o Distrito Federal se encontra. A solução demorou, é verdade, mas ainda dá tempo de estabelecer critérios que deem não só padronização às cidades do DF, mas recuperem, também, o espírito inovador e a qualidade de vida imaginada para a Capital. E é esse o objetivo das dezenas de audiências públicas que a Câmara Legislativa tem feito nas cidades para debater a Luos e o PPCUB. Nesses dias, as comissões temáticas do Legislativo local vão às comunidades colher sugestões e impressões para aperfeiçoar os projetos do Executivo que tratam dos dois temas. Uma das comissões de mérito é a de Desenvolvimento, presidida por mim, pois acho importante estar próximo da população neste momento. Só assim saberemos quais as reais reivindicações dos moradores para elaborar novos projetos. Os textos encaminhados pelo GDF estão sendo aperfeiçoados pela CLDF, pois envolvem temas polêmicos, como a manutenção do tombamento de Brasília como Patrimônio da Humanidade, as grades de segurança nos prédios do Cruzeiro Novo, e áreas para instalação de novas cidades e novas regiões de Desenvolvimento Econômico (ADEs). A legalidade do comércio também é um assunto de grande relevância tratado nas comissões. Para ter ideia, 88% do segmento não tem alvará. No caso do PPCUB ainda existe um segundo debate sendo travado com os especialistas, principalmente de arquitetos e urbanistas, que pedem a paralisação da tramitação do projeto, e com a Justiça, que anulou as decisões deliberativas do Conselho de Planejamento Territorial do DF (Conplan). A minha opinião coincide, pelo que parece, com a dos meus colegas da Comissão de Constituição e Justiça da CLDF. A CCJ

aprovou resolução para que o plano só seja analisado após a superação dos impedimentos judiciais. Em agosto, a 3.ª Vara da Fazenda Pública desconsiderou todas as ações adotadas pelo Conplan desde dezembro do ano passado, período em que o grupo aprovou o PPCUB. A liminar foi a pedido do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), que alegou irregularidades. Segundo os promotores, a escolha dos integrantes não teria sido feita conforme manda a lei. Pelas diretrizes estabelecidas no Plano Diretor de Ordenamento Territorial do DF (PDOT), a análise pelo colegiado é um dos requisitos obrigatórios para o envio do projeto de lei ao Legislativo. Assim, a tramitação estaria ilegal. Em novembro, a 3.ª Vara da Fazenda Pública reabriu o prazo recursal para o governo e concedeu cinco dias para reunir a documentação. O processo foi enviado ao MPDFT, que teve o mesmo prazo para fazer considerações e está novamente à disposição do Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT). A expectativa do titular da Secretaria de Habitação, Regularização e Desenvolvimento Urbano (Sedhab), o deputado federal licenciado Geraldo Magela (PT), é de que a Justiça dê uma resposta ainda este mês para o caso. Após vencidos estes embates, tanto a Luos, como o PPCUB vão passar também pelas comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e Economia, Orçamento e Finanças (CEOF). *Robério Negreiros é deputado distrital pelo PMDB


Brasília. Seu shopping de braços abertos. Compre seus presentes de Natal no Brasília Shopping e concorra a prêmios. A cada R$ 50 em compras, troque suas notas por um cupom e escolha o que quer ganhar. Ganhe o dobro de cupons ao realizar trocas aos finais de semana.

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GASTRONOMIA

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EM TEMPOS DE

SOUS VIDE

Fala-se nos folclores culinários que numa tarde de 1985 o estrelado chef Joël Robuchon chamou seleto grupo de pessoas para se deliciar com a comida de seu famoso restaurante parisiense, o Jamin, que acabara de conseguir sua terceira Estrela Michellin, em um inusitado local, o Vagão Nouvelle Première do trem bala francês que iria de Paris a Estrasburgo. Toda a comida foi preparada com dias de antecedência em sua cozinha experimental na capital francesa e embarcada na Gare de l’Est por sua equipe, que seria responsável por aquecer e montar tal jantar com as mesmas qualidades gustativas e sensoriais que seus comensais receberiam no Jamin em Paris. O jantar foi um tremendo sucesso, graças a uma técnica desenvolvida havia poucos anos também na França, chamada de sous vide (sob vácuo, em francês), tipo de cozimento que consiste em embalar ingredientes em sacolas plásticas a vácuo e cozê-las a baixa temperatura por longos períodos de tempo. Tem-se como referência na academia que a moderna técnica de sous vide foi criada em Roanne, na França, no início dos anos 70, por George Pralus, a pedido de Pierre Troisgros (a propósito, pai de nosso carioquíssimo chef francês Cloude Troisgros), que não se conformava em ter uma perda de até 50% na preparação de suas maravilhosas terrines de foie gras. Infelizmente o sous vide ficou por muitos anos restrito a grandes restaurantes estrelados, devido ao alto custo dos equipamentos e à total falta de interesse em disseminar tão maravilhosa técnica, vista por muitos chefs como uma arma secreta em seus icônicos restaurantes. Desde a experiência gastronômica de Joël Robuchon em 1985, o mundo da gastronomia evoluiu muito e hoje a técnica já se encontra à disposição de todos os gastrônomos profissionais e amadores. Os equipamentos para cocção (termocirculador e seladora a vácuo), que custavam em torno de USD 3 mil, hoje podem ser comprados nos Estados Unidos por pouco mais de USD 200. As técnicas estão se simplificando a cada dia. Com certeza, daqui a algum tempo estaremos usando este tipo de cozimento assim como hoje usamos um forno micro-ondas. *Kaká Silva é chef de cozinha, especializado em gastronomia molecular

Fotos Poly Science Culinary



SOCIAL

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Os noivos José Humberto Borges e Camilla El Haje Lobo

CASAMENTO DO ANO FOTOS: CELSO JUNIOR E LINCOLN IFF

Camilla El Haje Lobo e José Humberto Borges selam união diante de 1200 pessoas na orla do Lago Paranoá. Com projeto de Maurício Côrtes e decoração Maria Tereza Cavalcanti, a festa ocorreu lindamente


SOCIAL

A igreja foi construĂ­da no jardim da residĂŞncia

Modelo assinado por Monique Lhuillier

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Porta-guardanapos e forminhas feitas pela Dona Helenita, av贸 da noiva


SOCIAL

Paulo Lobo entra cantando com seu neto Nabil Lobo

A alegria dos noivos

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Daminhas e Pajens

Márcia Helena de Souza e José Humberto Borges

Os noivos entre Paulo Lobo, Susie Lobo, Márcia Helena e Antônio Bento da Silva

Camilla e Paulo Lobo


SOCIAL

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Família da noiva: Gracyela Lobo, Nabil Lobo, Susie Lobo, José Humberto Borges, Camilla Lobo, Paulo Lobo, Gabriela Lobo e Felipe Messina

Família do noivo: Marcus Vinícius de Souza, Márcia Helena de Souza, José Humberto, Camilla, Antônio Bento da Silva, Janiffer Yoneyama e Otávio Bento de Souza

Os avós da noiva, Helenita e Nabil Haje


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Nazir, Andrea, Felipe, Giovanna, Helenita, Nabil El Haje, José Humberto, Nabil Lobo, Fause Haje, Érika Hellen, Felipe Messina e Paulo Lobo

Os noivos entre Jauhyr e Elza Lobo

Os noivos com Percival Lopes e Elizabeth Lobo

Fause Filho e Natália Araújo

Camilla e José Humberto Borges entre Euripedes Neto e Ana Carolina de Souza


SOCIAL

Camila Jardim, Anna Catarina Gurgel, a noiva e Khalil Faraj

Marcos Gutemberg e Aliomar BrandĂŁo

Susie e Paulo Lobo com Cristina e Fernando Queiroz

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Os noivos com Carlos Fernando da Silva e Shirlei Faria

SĂŠrgio Chamas, Denise Pereira, Patricia Roriz e Rafael Barbosa


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Mariana Neves e Luiz Otávio

Fernando Morais e Ana Alice

Alexandra Garcia, Ana Lúcia Resende, Camilla Lobo e Gracyela Lobo

Jaqueline Roriz com os filhos Joaquim Neto e Rodrigo

Marcos Vinícius da Costa, José Lírio Aguiar, Paulo Lobo, Lourenço Peixoto, Luiz Estevão e João Vieira Netto


SOCIAL

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Líderes da Ortopedia Nacional e Internacional prestigiam o casamento de Camilla Lobo e José Humberto Borges, o mais novo especialista em Medicina e Cirurgia do Joelho pelo Instituto Cohen, São Paulo

Estelita e Moisés Cohen

Claudio e Sônia Santili

Elson Miranda e Helena

Lúcio Ernlund, Edilson Thiele, André Pedrinelli e Alberto Miyazaki

Moisés Cohen, Paulo Lobo, Estelita Cohen, Susie Lobo, Alexandra e João Espregueira

Solange e Ernane Avelar


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Os noivos com Alessandra e Benno Ejnisman

Marcos e Solange Musafir com Sinha e Adalto Lima

Adalto Lima, Osvandré Lech, José Luiz Runco e João Granjeiro

Donald Shelbourne com Bill Clausen e mulher

Os noivos com Marilde e Fábio Krebs

Ricardo e Dilza Esperidião com Léa e Walter Albertoni


SOCIAL

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Gabriela Lobo comemora com a irmã

Os noivos na pista de dança

Otávio Bento com seu irmão José Humberto Borges

Banda Squema Seis

Banda 5%



INVESTIMENTO

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SEGUNDA CASA Orlando é a mais recente descoberta dos brasileiros que investem em imóveis nos Estados Unidos. O Magic Village Resort, condomínio que mescla o padrão norte-americano com a demanda dos brasileiros, é a nova aposta


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Por Marcella Oliveira

M

ickey Mouse, Castelo da Cinderela e muita diversão. Orlando, a cidade do mundo da Disney World, é destino internacional mais procurado por brasileiros para passar as férias, segundo pesquisa do Hoteis. com. Sendo assim, por que não escolher uma casa em vez de um hotel? Gesto este que tem se tornado bastante comum entre famílias com crianças e adolescentes. É por isso que, além do bom investimento financeiro, assim como Miami, a procura de brasileiros por imóveis na vizinha Orlando cresce a cada ano. É a busca por sentir-se em casa, mesmo viajando. A expectativa do Departamento de Comércio dos Estados Unidos é que, em 2013, dois milhões de brasileiros passem pela terra do Tio Sam, duzentos mil a mais que em 2012. E a grande

maioria segue rumo a Orlando. Para que o brasileiro se sinta à vontade entre os norte-americanos, um empreendimento desenvolvido por equipes brasileiras está em construção em Orlando. Chama-se Magic Village Resort. Idealizado por Luis Cláudio Sinelli, o condomínio terá 180 casas, sendo quatro tipos de plantas, com opções de três ou quatro suítes, que acomodam até dez pessoas. “As casas seguem o padrão americano. Mas com detalhes para brasileiros, como o lavabo, por exemplo, que normalmente as casas americanas não têm”, explica Eveline Mousinho e Jean Carlos da Silva, proprietários da Imobiliária Remax em Brasília, responsável na região pelo Magic Village. A primeira das três etapas da construção do condomínio

Fachada das casas do condomínio de luxo em Orlando


INVESTIMENTO

Projeções das áreas externa e interna do Magic Village Resort

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já começou e será entregue em outubro de 2014. São projetos de 206 m² e 261 m² e com um preço muito atrativo, a partir de USD 1,6 mil o metro quadrado. Há possibilidade de financiar 50% do valor e as taxas de juros são de 4 a 5% ao ano, com prazo de 30 anos para pagar. “O preço do metro quadrado chama muita atenção. Se comparar com o mercado brasileiro, é mais acessível. Mais barato que muitas regiões aqui do DF”, analisa a corretora. As casas são entregues com climatização, cozinha equipada com eletrodomésticos em inox, além de lavanderia com máquina de lavar e secar roupas. E ainda uma varanda com jacuzzi e área de churrasco. Uma parceria com uma empresa de decoração oferece a mobília da casa dentro do padrão do condomínio, e pode ser pago junto com o financiamento do imóvel. O condomínio luxuoso tem uma estrutura completa. Uma área comum com sala de ginástica, playground, piscina aquecida e um ambiente com adega. “Ficar em uma casa te dá maior liberdade e o acolhimento que não se tem em hotel, além de vivenciar um pouco a rotina dos americanos. Dá até para fazer um churrasco para a família”, diz Eveline. O diferencial do condomínio é o serviço. Chamado de Club House, a equipe conta com funcionários que falam português. Por intermédio deles, todo conforto: é pos-

sível contratar serviços de manutenção e limpeza das unidades. Há ainda uma turma multifuncional para tirar dúvidas, comprar ingressos de shows e eventos na região. Para que a atmosfera tropical seja mantida, haverá a loja de conveniência com produtos brasileiros, onde é possível comprar uma saborosa picanha e cervejas do Brasil. “E, no período em que o morador não estiver na cidade, pode deixar em pool de locação, e terá retorno do dinheiro investido no imóvel. Há demanda de turistas o ano inteiro”, garante. A localização é perfeita para quem quer se divertir. Há praias por perto, como Clearwater Beach, Daytona e Daytona Beach, que ficam a uma hora de carro, e Saint Petersburg, a quarenta minutos. Além disso, está a menos de um quilômetro do Animal Kingdom, um dos parques da Disney. A proposta do empreendimento é dar um clima mais intimista em sua passagem por Orlando. “Além de ser um destino turístico, Orlando é também uma oportunidade para investimento imobiliário. A valorização do mercado é um fato e está cada vez mais crescente”, conclui Eveline Mousinho.

Serviço Imobiliária Remax Lidera (61) 3033-5252 / 9907-8822 Mais informações: www.magicvillage.com e www.remax.com.br/lidera


Tom Jobim


TURISMO

TERRA DE

CONTRASTES

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Por Raquel Jones

A Cidade do México esbanja cor, exuberância. História e contemporaneidade. Entretenimento com cultura. O caótico estilo de vida do mexicano associado à sua inerente alegria faz com que a segunda cidade mais populosa do mundo seja uma das opções apreciadas da temporada

Sítio Arqueológico de Teotihuacan

Q

uer visitar uma cidade intensa? Tumultuada, divertida e coloridíssima? Então a pedida é a Cidade do México. A segunda cidade mais populosa do mundo, com mais de 26 milhões de habitantes, é capaz de deixar qualquer paulista fora do prumo, tamanha a confusão que mescla num mesmo espaço turistas, executivos, estudantes e até indígenas nativos. Nas ruas, trânsito enlouquecedor. Nas calçadas, não é surpresa tropeçar em homens e seus realejos ou altares à Virgem de Guadalupe. Mas é exatamente essa confusão gigantesca que atrai gente dos quatro cantos do mundo. Trata-se de uma metrópole que pulsa vigor. Tem agenda cultural para todos os gostos. Cinema, teatro e shows. Espetáculos enormes se realizam nas casas especializadas. A visita pede mais de uma semana, caso a intenção seja desbravar a cidade. Os roteiros cultural e histórico são os mais procurados, pois não faltam museus, galerias de arte, monumentos, igrejas e sítios arqueológicos. Mas um circuito gastronômico não pode ser deixado de lado, já que as comidas e bebidas típicas estão distribuídas por todos os cantos. A 2.250 metros acima do mar, a cidade de Frida Kahlo e Diego Rivera foi construída

pelos astecas e colonizada pelos espanhóis. “É uma megalópole agitada, que nunca dorme. Pessoas alegres cantam mariachis, um gênero musical popular. São artistas vestidos com roupas pomposas e chapéus enormes”, resume a empresária brasiliense e frequentadora assídua da cidade, Sônia Araújo. A dica é caminhar, caminhar e caminhar. Até porque o trânsito intenso causa nervosismo em quem tem dias contados para o desbravamento. As ruas são arborizadas e servem de moldura para o contraste entre o antigo e o novo. Uma boa opção para os apressados é o metrô. Tem linhas que cortam a capital e facilitam bastante a vida. A cidade tem uma diversidade de estilos e tons. No centro, há a parte histórica, com prédios que são patrimônios culturais, construídos no período da colonização espanhola. Bairros um pouco mais distantes apresentam modernidade, como o luxuoso Polanco, em que prédios novos e uma arquitetura moderna se misturam com casas antigas Para entrar no México, o brasileiro não precisa mais de visto, salvo estadas que ultrapassem três meses. A mesma regra vale para os mexicanos que entrarem no Brasil. A decisão passou a valer a partir deste ano, graças a um acordo realizado entre os governos dos dois países.


TURISMO

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História

Palácio de Bellas Artes

Basílica de Guadalupe Catedral Metropolitana, localizada no Zócalo

Andar pela sua principal praça, a Plaza de la Constituición, ou Zócalo, localizada no Centro Histórico, é conhecer um pouco a colonização espanhola. Em 1325, a Cidade do México foi Tenochtitlán, a capital do Império Asteca. O dominador espanhol Hernán Cortés derrubou o palácio do imperador Montezuma e construiu ali a sede do seu governo. Toda a praça está localizada sob as ruínas astecas. Há o Palácio Nacional, a Catedral Metropolitana, outros edifícios públicos, lojas e feiras. Também no Centro Histórico está o principal teatro de ópera do país, o Palácio Bellas Artes do México, que começou a ser construído no início do século 20 pelo arquiteto italiano Adamo Boari, mas só foi concluído em 1934, pelo mexicano Frederico Mariscal. O palácio é feito de mármore carrara e vitrais que representam os vulcões e os vales do México. Foi palco dos cantores Maria Callas, Plácido Domingo e Luciano Pavarotti. Um dos pontos turísticos mais visitados do mundo está na zona entre Paseo de la Reforma e a rua Mahatma Gandhi, dentro do Parque de Chapultepec. É o Museu Nacional de Antropologia, que guarda importantes artefatos da civilização pré-colombiana. Destacam-se a pedra do sol, usada como calendário pelos astecas, e as estátuas dos deuses astecas, como Xochipilli, o deus do amor.


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Muitas lendas e mistérios cercam a história da Cidade do México. A 50 km da capital, existe uma cidade edificada entre 600 e 300 anos a.C., chamada Teotihuacan. O nome significa a cidade dos deuses e é um dos sítios arqueológicos mais visitados da região. A precisão matemática das edificações fazem muitos estudiosos pensarem que foram deuses astronautas que viveram ali. As técnicas de engenharia eram muito evoluídas para época. Ao chegar em Teotihuacan, avistam-se duas pirâmides: a do sol e a da lua. A primeira é uma das maiores do México e foi construída para atividades religiosas. Em determinadas época do ano, o sol se põe à sua frente. A segunda é menor do que a primeira.

Arte Falar da arte mexicana é pensar em Diego Rivera e Frida Kahlo. Rivera é conhecido internacionalmente pelos seus murais. E Frida, sua mulher, amante e “o grande amor da sua vida”, como ele dizia, compete com o artista no quesito talento. O trabalho de Rivera está por toda a cidade, inclusive na sede do governo. Rivera sempre reivindicou suas convicções políticas. Ao longo da carreira, sua obra esteve associada à estética socialista, utilizando-se de figuras narrativas. Grande parte de seus trabalhos podem ser vistos no Palácio Nacional, no Palácio

Bellas Artes ou no Museu Mural Diego Rivera. Já Frida Kahlo é uma das maiores pintoras do século 20, seus quadros fazem referência ao folclore, à arte popular e à própria vida, que foi marcada por tragédias. O useu La Casa Azul, no bairro de Coyoacán, tem uma boa parte do seu trabalho. Filha de um fotógrafo húngaro com uma indígena, aos seis anos de idade sofreu de poliomelite e aos 18 foi vítima de acidente de trem, que a obrigou a usar colete ortopédico por toda a vida. Foi quando começou a pintar. Aos 21 anos, Frida entrou para o partido comunista e casou-se com Rivera, 20 anos mais velho. Por muito tempo, a artista viveu no anonimato. Era conhecida apenas por seu forte temperamento e jeito exótico de se vestir. Vivia deprimida pelas constantes traições do marido. Em meados dos anos de 1940, sua obra começou a ser valorizada. Tinha as cores vivas, características da arte mexicana. Frida pintava sua vida, sua dor e fazia autorretratos. Chegou a ser classificada como uma pintora surrealista, mas ironizou a definição que lhe deram dizendo: “pensavam que eu era uma surrealista, mas eu não era. Nunca pintei sonhos. Pintava a minha própria realidade”. Frida faleceu em 1954, aos 47 anos, vítima de pneumonia. Três anos depois, Rivera morreu. Hoje, seus quadros

rivalizam em preço com os do marido em leilões mundo afora.

Religião Visitar a Catedral de Guadalupe pode ser um momento de renovação da fé para os que acreditam em Nossa Senhora. O santuário recebe milhares de pessoas todos os dias. Pelos relatos, a Virgem de Guadalupe apareceu para o índio Juan Diego e se identificou como a mãe de Jesus. A Virgem disse ao índio que falasse com o bispo para construir, naquela localidade, um templo. Como prova da sua aparição, a roupa de Juan Diego estampava a imagem da Virgem de Guadalupe. Mais de 80% da população mexicana é católica. Mas é comum ver nas ruas pessoas oferecendo rituais de purificação com ervas naturais. São tradições antigas de povos indígenas, que fazem parte da cultura mexicana.

Diversão A variedade gastronômica é um atrativo e serve de referência mundial. Não há quem não queira degustar um típico guacamole ou chilli, bem apimentados. “Há uma zona de bares bem descolados no bairro de La Condessa. São diversos restaurantes, pubs, bares e cafés para todos os bolsos. Vale experimentar um prato típico, chamado mole poblano: um molho com variedade de ingredientes, dentre eles o frango, o chocolate e a pimenta”,

sugere o arquiteto mexicano Rodolfo Anaya. O morador da cidade recomenda ainda conhecer Puebla, uma região próxima da capital. “Há comidas muito saborosas como chillis en nogada, que é a pimenta poblano recheada com carne e frutas”, sugere Anaya. Pratos contemporâneos também fazem parte da gastronomia mexicana. “O restaurante Pujol e Biko, localizados em Polanco, estão sempre inventando receitas”, conta a espanhola radicada na Cidade do México, Marta Anaya. Um ponto interessante para conhecer na região é o Mercado de Sonora, no centro da cidade. Lá tem de artesanatos a utensílios para casa, passando por produtos para rituais religiosos. É possível levar para casa um pouco da cultura mexicana. Os artigos de luxo podem ser encontrados no bairro Polanco, onde se instalam as grifes internacionais. À noite, uma das sensações da cidade são as lutas livres, que se realizam na Arena México, no bairro de Cuauhtémoc. Lutadores fazem suas performances, muitos acreditam que a encenação do ringue é verdadeira. Há também lugares que recebem DJs famosos e que servem coquetéis exóticos, além das tradicionais tequilas e margueritas. Muitos deles estão em Polanco. No La Condessa, há pubs com ritmos caribenhos.


TURISMO

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Passeios imperdíveis

Plaza de la Constituición – Está sob ruínas astecas. Destaque para o Palácio Nacional e a Catedral Metropolitana La Casa Azul – Localizada no bairro de Coyoacán, é o museu de Frida Kahlo, com documentos e objetos Basílica de Guadalupe – É o segundo santuário católico mais visitado do mundo. É composto por duas basílicas e capelas Palácio de Bellas Artes – É o principal teatro de ópera do país. Reúne boa parte dos trabalhos do artista Diego Rivera Teotihuacan – a 50 km da Cidade do México, no município de San Juan Teotihuacán. As duas pirâmidas são um importante ponto histórico da cidade Estádio Azteca – Inaugurado em 1966, ainda é o único estádio do mundo a ter sediado duas finais de Copa do Mundo. Foi nele que o Brasil foi campeão em 1970, e Maradona fez o lendário gol com a mão contra a Inglaterra em 1986. O estádio é usado pelo América do México e tem capacidade para receber 105 mil pessoas Plaza de Toros México – Local das Touradas. A arena taurina foi inaugurada em 1946 e é ainda a maior do mundo, com capacidade para cerca de 45 mil pessoas. Faz parte de um complexo que inclui o estádio de futebol do Cruz Azul Paseo de La Reforma – A Cidade tem incentivado o uso de bicicletas. Aos domingos, há passeios em grupos com guias. É possível alugar bicicletas em alguns pontos da cidade Martes populares – Uma boa oportunidade de conhecer ou rever esse estranho espetáculo de luta livre é o Martes Populares, na Arena México, realizado às terças-feiras Circuito Arquitetura Contemporânea – Há vários itinerários para quem quer conhecer a arquitetura contemporânea da Cidade do México. O site do governo destaca 22 construções que são marcos arquitetônicos de sete regiões Design mexicano – O site do governo oferece um guia com itinerários por três bairros da cidade. São peças de mobiliário, objetos de decoração e até vestuário expostos em 27 lojas da Cidade do México Granja Las Américas – Trata-se de um parque de diversões diferente, com brincadeiras e jogos educativos para crianças Atlantis – O parque aquático permite mergulhar com os golfinhos e leões marinhos e tocar nos animais com o acompanhamento de um instrutor. Há também exibições de aves amestradas

Auto-retrato de Frida Kahlo

Burrito, prato tradicional da culinária do México

Espetáculos de lutas livres acontecem na Arena México

Os semeadores, de Diego Rivera, retrata os trabalhadores mexicanos



ENSAIO

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RIO MARAVILHA


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Cenas expressivas da cidade mais visitada da América Latina se transformarão em cenário do SQA Atlântica, megaempreendimento da JCGontijo que celebra o Rio de Janeiro. Nas páginas a seguir, imagens clicadas por Celso Junior que serão apresentadas ao brasiliense em 2014


ENSAIO

Por Paula Santana Fotos Celso Junior

R

io de Janeiro apaixonante. Aos 448 anos, desde sua descoberta por Estácio de Sá, em 1 de março, o rio que não é rio, tampouco nasceu em janeiro, continua lindo, muito lindo. Maravilhoso. O Rio é fervilhante. Intrigante também. Com seus submundos particulares e problemas estruturais em meio ao caos social, ninguém deixa de amá-lo, admirá-lo. Será que você, Rio, foi feito pra mim? Percebo do avião... que a minha alma canta quando vejo o Rio de Janeiro. E sinto... estava morrendo de saudades. Saudade do pôr do sol do Arpoador, do sossego do Jardim Botânico, da caminhada no calçadão. Ir do Leme ao Pontal. Ver o Mengão no Maraca. E a feira de Acari, que é um sucesso? Tem de tudo. Bora lá pá Lapa? Tem funk no Chapéu e também no Morro do Borel. Lá no Vidigal, rola o baile Shock Legal. Noitada no Jobi. Chopp no Bracarense. Fica pronto logo bondinho de Santa Teresa. O carioca curte a cidade. Não

se cansa dela. Está sempre na rua. Na praia. No bar. No teatro. Na praça. No parque. O menino do Rio é cheio de bossa. Tem dragão tatuado no braço, corpo aberto pro espaço. Alô, Rio de Janeiro, aquele abraço. O cartão-postal do Brasil é Patrimônio Mundial da Unesco como Paisagem Cultural. São 197 quilômetros de praias, cercadas de morros, emolduradas pelo céu. O quão bela é a vista da Marina. Da Glória. Naturalmente exuberante. Rio de Deus. De Sebastião. De Francisco. Sou carioca, sou do Rio de Janeiro. Do Rio 40 graus, o purgatório beleza e do caos. Comando de comando. Sangue quente. Futebol, samba e batuque. Os seis milhões de cariocas são o Brasil inteiro. O Brasil que ama o Rio. Que sofre quando ele é violento. Que vibra quando ele canta. E faz o mundo inteirinho se encher de graça. Rio, você é a coisa mais linda que eu já vi passar. Rio de Janeiro, você é mais, muito mais, que um poema.

Pão de Açúcar visto de um apartamento na Praia de Botafogo

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Fim de tarde na Pedra do Arpoador



ENSAIO

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Passeio sob os olhos do Cristo Redentor


GRANDES IMAGENS


A silhueta dos morros que cercam a BaĂ­a de Guanabara


ENSAIO

A noite nos arcos da Lapa

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DESTINO Neste verão, o Rio de Janeiro promete muita agitação de entretenimento. Cheia de charme e de boas ideias, a cidade está pronta para receber os viajantes e moradores que apreciam a vida cool pós-praia. GPS|Brasília descobriu o que tem de novo e melhor

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PODE VIR

QUENTE

FERVENDO

Foto Celso Junior

QUE ESTÁ


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Por Raquel Jones

“R

io, seu mar. Praia sem fim. Rio, você foi feito para mim”, já dizia o poetinha Vinícius de Moraes. O destino é conhecido, mas sempre surpreendente. Neste verão, a cidade maravilhosa oferece um roteiro de lugares recém-inaugurados, exposições, restaurantes, hotel e festas que vão dar o que falar. A revista GPSIBrasília conversou com cariocas atentos e traçou o itinerário para os viajantes e turistas em busca de um Rio para chamar de seu.

Museu Aberto em março, após quase três anos de obra, o Museu de Arte do Rio (MAR) tem recebido as melhores exposições da cidade. Localizado na Praça Mauá, reserva uma vista deslumbrante para a Baía da Guanabara. O restaurante Mauá, localizado na cobertura, tem sido elogiado pela comida brasileira e vista incrível. Duas exposições estão em cartaz e ficam abertas até 2014. A primeira é a mostra Pinturas Cegas, da pintora japonesa naturalizada brasileira Tomie Ohtake. São 24 obras realizadas pela artista com os olhos

Hospedagem vendados, no período entre 1959 a 1962. A segunda trata-se da exposição Pernambuco Experimental, que traça um panorama da arte pernambucana produzida desde o início do século XX até os anos 80. Cerca de 300 obras entre pinturas, desenhos, fotografias, vídeos, músicas, performances e documentos dessa época estarão disponíveis para o público.

MAR Praça Mauá, 5 – Centro Funcionamento: de terça a domingo, 10h às 17h www.museudeartedorio.org.br

O estiloso hotel Mirante do Arvrão (foto), no Morro do Vidigal, tem a vista do alto da cidade para as praias do Leblon e de Ipanema. O nome Arvrão faz referência à área nobre do Vidigal, onde uma imensa árvore está estabelecida. Há um tempo, o Morro do Vidigal foi intitulado favela chique do Rio de Janeiro, modelo para outras comunidades no quesito infraestrutura e segurança. A especulação imobiliária surgiu naturalmente devido ao charme do lugar e a proximidade com a Zona Sul. Não foi por acaso que, há dois anos, os empresários Conrado Denton e Antônio Rodrigues resolveram lançar o hotel, juntamente com o arquiteto Hélio Pelegrino. São seis suítes e quatro quartos compartilhados, todos com vista para o mar. O hotel tem coletor solar, coletor de águas pluviais e biodigestor. Há um deck arrojado de um material chamado Eco-Block, feito a partir de garrafa pet e entulho. “Dentro do hotel está o Bar Belmonte, de uma das redes de bares mais tradicionais do Rio”, diz Conrado. O Bar não é restrito aos hóspedes e serve de palco para eventos semanais. O Arvrão está a 30 minutos da praia do Leblon e oferece serviço de transfer gratuito para hóspedes e visitantes do bar. Rua Armando de Almeida Lima, no 8, Arvrão – Vidigal www.mirantedoarvrao.com.br

Inspiração indiana Filha da socialite carioca Yolanda Figueiredo, Yara assimilou o bom gosto da mãe e se inspirou na cultura indiana. Com olhar atento, desenha joias exclusivas, e muitas vezes mistura pedras preciosas com elementos da natureza, como a pena. Em novembro, a designer comemorou um ano da loja e lançou a sua nova coleção, usando o ouro jateado e polido, pedras lapidadas e brutas, mesclados com brilhantes de lapidação antiga e sândalo. A designer ainda apresenta uma linha de peças exclusivas de prata, concha e pedras com banho de ouro negro, criada pela atriz Julia Lemmertz para a Rede Globo, e uma edição de budas cabeças pensantes, que são miniesculturas de topázio, todas diferentes umas das outras. Rua Visconde de Pirajá, 414 Sobreloja 225 Galeria Quartier – Ipanema Funcionamento: de segunda-feira a sexta-feira, das 10h às 18h30; sábados, das 9h às 21h


DESTINO

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Foto Tomás Rangel

Hamburgueria A família Troisgros está à frente deste empreendimento que tem sido parada obrigatória no Arpoador. TT Burger é uma hamburgueria recém-inaugurada por Thomas, filho do famoso chef Claude, juntamente com o grupo Reserva, e serve apenas um tipo de hamburguer: feito com 180 gramas de carne brasileira, tomate, alface, picles crocante e molho TT Burguer, segredo de família francesa. O que faz do TT Burguer uma referência são os ingredientes. O pão é de batata-doce e é produzido na comunidade do Complexo do Alemão. O ketchup é feito do barbecue de goiabada, e o queijo é o meia cura. Destaque para os acompanhamentos, batata palito ou chips, feita no vinagre e no sal, e os milkshakes nos sabores nutella, goiaba ou doce de leite com flor de sal. Quem assina o projeto da hamburgueria é o arquiteto Ricardo Hachiya, que desenhou uma varanda ao ar livre bastante agradável.

Paladar renovado Dos mesmos donos do famoso bar Venga, o restaurante Volta surge com uma importante missão: resgatar a cozinha brasileira. No cardápio, pratos tradicionais, com um toque contemporâneo. “É uma cozinha revisitada, passamos pelas receitas da vovó e das cozinheiras de forno e fogão, até chegar a pratos servidos com apresentação e técnicas atuais. Por isso o nome Volta, é uma viagem gastronômica”, resume o gerente Marcelo Telepho. A torrada de tapioca com sardinha é um dos melhores aperitivos da casa, sem deixar de citar a carne assada com gratin de batata baroa e queijo coalho como prato principal. De sobremesa, delícias mineiras, como o arroz doce, o quindim e o pudim de clara, que acompanham o tradicional cafezinho. Há ainda uma vendinha com alguns produtos de fazenda, como a goiabada cascão e a manteiga prata, para o cliente levar para a casa. O decor ficou a cargo do arquiteto Chicô Gouveia, que redecorou um antigo sobrado na região, com peças de antiquário. A ambientação é do artista Maneco Quinderé, que aprendeu nos teatros e no palco a arte da iluminação. Outra novidade do Volta: o restaurante é o quintal da Globo. Artistas e jornalistas sempre são vistos por lá, desde quando inaugurou, no mês de agosto, pelo ambiente intimista e de bom gosto. Visconde de Carandaí, n 5. Jardim Botânico. Reserva: 3204-5406 Funcionamento: de segunda-feira a sexta-feira: 12h às 15h30 e 18h30 à 0h. Sábados, 12h às 1h. Domingos, 12h às 15h30

Foto Alexander Landau

Rua Francisco Otaviano, 67 – Arpoador Funcionamento: Domingo a quarta-feira: das 12h às 24h. E de quinta-feira a sábado: das 12h às 5h


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Exposição Aos dez anos de idade, ela descobriu sofrer de um transtorno mental. Mas a artista japonesa Yayoi Kusama fez dessa deficiência a sua vida. Considerada um dos maiores nomes da arte contemporânea no mundo, Yayoi, de 84 anos, soube transpor o Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) e as alucinações que sofre desde a infância para telas, objetos e diversos tipos de mídia. Sua obra, caracterizada pelo desenho repetitivo de “bolinhas”, já foi exposta nos principais museus do mundo, entre eles o Tate Modern em Londres, o Pompidou em Paris, e o Museu Inhotim em Brumadinho (MG). Agora, desembarca no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) no Rio de Janeiro, com a mostra Obsessão Infinita. São 110 obras, realizadas entre 1949 e 2012, incluindo pinturas, trabalhos sobre papel, esculturas, vídeos e instalações, com a curadoria de Philip Larratt–Smith e Frances Morris. Partindo do princípio de que arte contemporânea só é possível quando se interage com ela, na mostra, o público é convidado a passear por um jardim de falos decorados com bolas vermelhas numa sala toda em espelho. Uma imersão de sensações também são apresentadas para o público na instalação Cheia de Brilho da Vida. Bolinhas representadas em formato de lâmpadas se ascendem e apagam em formas diferentes num quarto escuro, proporcionando ao visitante uma imersão num mundo de efeitos visuais.

Foto Tomás Rangel

Rua Primeiro de Março, 66, 5.º andar, Centro Funcionamento: de quarta-feira a segunda-feira: das 9h às 21h Até 20 de janeiro de 2014

Boteco Já faz um tempo que a rua Dias Ferreira virou o reduto de gente bonita no Rio de Janeiro. As calçadas estão sempre lotadas no fim de tarde pós-praia. E, há pouco tempo, os cariocas encontraram um novo point na agitada rua para curtir o clima do Leblon. É o restaurante Pipo do chef Felipe Bronze, também proprietário do aclamado restaurante Oro. O estabelecimento pode ser definido como um boteco chique, serve caldinho de feijão, pastéis de bochecha de boi e milho e queijo canastra. Sentar na varanda e pedir o cardápio de bebidas é a melhor escolha para um happy hour. As cervejas são artesanais, fabricadas na Barra do Piraí (RJ). Destaque para os drinks Jiro San – feito com saquê –, shissô e lichia, além do tradicional o Gin Tônica. Se quiser partir para o prato principal, a pedida é pelo spaguettini fresco com ovo caipira, espuma de parmesão e linguiça e a lasanha de bochecha de boi e cenouras aciduladas. Os doces tocam fundo nas recordações da infância do carioca. Arroz doce com doce de leite e coco tostado; palha italiana e a versão de sundae do Pipo. Essa é a proposta do restaurante, um bar típico carioca, com comida boa em um ambiente sofisticado. Quem assina o projeto arquitetônico é Miguel Pinto Guimarães. Luminárias de aço pendem do teto em direção às mesas, desenvolvidas especialmente pelo iluminador Maneco Quinderé. Rua Dias Ferreira, 64 – Leblon Funcionamento: Segundas, das 18h à 0h; terça a sábado, das 12h30 à 0h; domingos, das 12h às 18h


DESTINO

Divulgação

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Que País é Esse (Lagoa) O Rock Nacional é o ritmo que promete embalar as noites do verão carioca no Jockey Club na Lagoa. A festa é autoral da banda Los Urbanos, que homenageia a Legião Urbana e o Los Hermanos, os DJs tocam muito rock, pop e música brasileira. Quem está à frente desse projeto é o promoter Léo Marçal.

Divulgação

Jockey Club Rua Jardim Botânico, 31 – Jardim Botânico

Do Leme ao Pontal (Morro da Urca) O cantor Tim Maia certamente estaria feliz com essa notícia. O Morro da Urca voltou a ser palco de festas memoráveis e recebe no verão a banda Vitória Régia, que há anos consagrou o lugar como reduto de música boa e gente bonita. Do Leme ao Pontal é uma homenagem ao cantor carioca e o foco é sempre a música nacional, seja popular brasileira, pop ou eletrônica. Endereço do bondinho que da acesso ao Morro da Urca Avenida Pasteur, 520 – Urca

Sunset

Divulgação

Quem disse que em balada de música eletrônica não toca instrumentos eruditos ou não se recita poesia? O Shá das 6eis, festa quinzenal que acontece aos domingos no Bar d’Hotel no Marina All Suites, surge para quebrar paradigmas. O house music é o pano de fundo, mas não se espante se no meio da música ouvir um saxofone, acordeon, percussão ou se escutar uma poesia declamada por algum ator global. O nome não é por acaso, Shá das 6eis começa 18h e tem à frente o músico Rodrigo Shá (foto), um dos mais

respeitados instrumentistas do País. Na TV, ao lado de Leo Jaime, lidera a banda do programa Amor e Sexo, da TV Globo. “Cada edição é única. Sempre levamos convidados especiais, atores, instrumentistas, dançarinos que no meio da noite fazem suas apresentações”, explica. O Shá das 6seis acontece de frente para o mar no Leblon, com um visual encantador. Dois dançarinos, Gustavo Novaes e Roberta Carvalho, fazem suas performances. O auge da festa se dá quando Shá faz o solo com algum instrumento musical. Os DJs

Victor Ribeiro e Pedro Tíe dominam as picapes. O ambiente comporta cerca de 300 pessoas. Ao lado há uma varanda para admirar a vista. “O público é diferente daquela garotada que sai para paquerar. No meio da balada, pessoas sobem nas cadeiras e começam a cantar e dançar. Nosso compromisso é com a arte e com a felicidade”, resume Shá.

Avenida Delfim Moreira, no 696 – Leblon Funcionamento: aos domingos, das 18h às 22h instagram @shadas6eis



ASTRAL CARIOCA

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POR MARCIO VIEIRA COM LUIZA LEITE marciovieira55@gmail.com

Exercício nas alturas

O assunto proteínas e músculos está em alta e, com ele, algumas alternativas para quem não é de levantar peso. A acrobacia aérea é a pedida da hora. Uma arte circense realizada em um tecido duplo, onde o acrobata trabalha todos os grupos musculares. O exercício alternativo, além de queimar calorias e ajudar a ganhar massa muscular, trabalha o equilíbrio e a disciplina. O espaço Lunático, na Rua Visconde de Carandaí, no Jardim Botânico, oferece cursos e oficinas de tecido, e o ambiente zen do lugar harmoniza com a prática do esporte, conhecida por relaxar e aliviar o estresse.

Suco do bom

Não adianta só exercícios, é preciso também manter uma rotina alimentar saudável. O restaurante Juice Co., na Avenida General San Martin, no Leblon, quase na praia, oferece cardápio leve e natural, onde a enorme variedade de sucos é o diferencial. Além de combinações incríveis, como laranja com maçã, mamão e kiwi, cenoura com maçã, beterraba, aipo, pera e agrião, os sucos são orgânico e centrifugados, dando uma textura fantástica. Só tem gente bonita!

Hot, hot e hot!

A casa fica em uma das ruas mais descoladas de Ipanema (aliás, tudo aqui é descolado!), a Farme de Amoedo, quase na esquina com a Prudente de Moraes. O fato é que a rede Sí Señor!, criada em 2007, tem três regras básicas: boa música, atendimento de qualidade, com atendentes gatíssimos no puro astral carioca, e ainda a verdadeira culinária tex-mex. Bato ponto umas duas vezes por semana. Vá, vá e vá!


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Obrigatório

Amigos LPG, como vocês todos são sensíveis, o que darei agora não é uma dica, mas uma ordem para quem quer se feliz. Venham ao Rio para assistir aos seguintes musicais: Cazuza e Elis. Não há adjetivo para descrevê-los. Somente assistindo! Belíssimos!!! Ri, chorei, gargalhei e saí de alma lavada!!!!

Queremos!

Só podia ser aqui. No momento de grandes eventos e festivais musicais, o Rio não fica muito atrás. O site Queremos. com.br oferece ao público shows de bandas e cantores de todos os lugares do mundo, famosos ou não. Basta que um número certo de pessoas comprem os ingressos e o show é bancado. Caso a meta não seja atingida, seu dinheiro é devolvido. Bandas como The Kooks, Two Doors Cinema Club, Vampire Weekend e Tame Impala já foram trazidas ao Brasil. Além de bandas, cantoras como a irmã da Beyonce, Solange Knowless, também tiveram a oportunidade de participar. A grande maioria dos concertos é realizada no Circo Voador, na Lapa, lugar não muito grande, onde os fãs conseguem ficar quase lado a lado com seu ídolo.

Sempre teremos o Mr. Lam

O ex-bilionário Eike Batista deixou, ao meu ver, uma herança para quem gosta de alta gastronomia no Rio. Trata-se do restaurante chinês Mr. Lam, na rua Maria Angélica, 21, Lagoa. Chinês legítimo mesmo. Instalado em uma casa de três andares, às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas, o restaurante tem somente cozinheiros chineses, com experiência em restaurantes de Hong Kong. Os carros-chefes da casa são o espetinho oriental (satay) de frango e o de camarão. Como prato principal, a casa sugere o pato laqueado (assado num forno específico, com uma mistura de mel chinês e vinagre), que chega à mesa inteiro, para que os clientes o aprovem, e volte à cozinha, para ser cortado em tiras finas. Façam reserva pelo (21) 2286-6661.


SOCIAL

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Fernanda, Giovana, Luiz Estevão, Ilca, Marita e Cleucy Oliveira

GIOVANA & MARITA FOTOS: CELSO JUNIOR E UESLEI MARCELINO

Família Estevão comemora aniversário de Giovana e Marita com baile de princesas. Com direito a castelo e carruagens, a festa trouxe Cinderela, Branca de Neve, Bela, Aurora e Ariel


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Cleucyzinha, André Rochadel e Luiza Estevão

Luiz Eduardo e Bernardo Haddad

O pequeno Fernando Raphaella Lyra

Flávia Guth e Luiz Estevão


SOCIAL

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Maria Victoria, Márcio, Maria Valentina e Claudia Salomão

SUNSET

FOTOS: CELSO JUNIOR

Márcio Salomão recebe importantes em festa de lançamento do selo Hed Kandi em Brasília. Com paisagem espetacular do Lago Paranoá, o evento traz nas picapes o top DJ Edgard Fontes


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A jovem Duda Portela

Ricardo Cobra e Monique Falcão

Juliana Cunha Campos e Vitoria Henriques

Ana Monteiro, Gustavo e Cristiano Araújo

O anfitrião e DJ Edgard Fontes


SOCIAL

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Marcus Barrozzi, Mara Alcamim, Márcia Matos e Gilvan Alves

Guilherme Arruda, Leila Diniz e Bernardo Bittar

Luiz de Luca, João Carlos Padilha e Raul Balduino

Luciana Cunha Campos, Mônica Haddad, Claudia Pohl, Cristiane Adriano e Georgia De Luca

Ana Paula Gontijo



SOCIAL

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Um brinde ao sucesso

BOM NEGÓCIO FOTOS: PABLO VALADARES

Alexandre Junior, Alexandre, Maria Aldaires e Carolina Matias

O empresário Alexandre Matias inaugura sede própria da Cygnus Imóveis em Brasília. Situado no Setor de Indústrias Gráficas, o espaço ganhou prestigiado coquetel de abertura


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Raul Livino entre Maria Aldaires e Alexandre Junior

Jorge Manzur, Patricia Carvalho e Eduardo Johnso

Alexandre com André Marrocos

O anfitrião com Paulo Muniz

Elenita Maluf e Luci Emidio

Flávia e Luiz Andrade


SOCIAL

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POWER

GUGA FOTOS: CELSO JUNIOR

Grifith apresenta o tenista Gustavo Kuerten como novo embaixador da marca suíça Hublot. Realizado na casa de Cláudia e Cláudio Melo, o encontro revelou o modelo King Power Guga Bang Claudio Melo ganha autógrafo do tenista em sua própria quadra de tênis Margot Albuquerque e Diomédio Santos


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Luiza, Clรกudia e Paula Melo

O chef Dudu Camargo com o campeรฃo

Luciana e Fabiano Cunha Campos

Deputada Iracema Portella, Tatiana Januรกrio e senador Ciro Nogueira

Isabella Carpaneda com Guga


SOCIAL

Carlos Augusto Lopes, Glauco Santana, Osório Adriano e Bob Lima

Lucas e Valéria Bittar Claudio Melo e a turma do tênis

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Apresentação do novo modelo

Eduardo Lira e Mariana Souza registram o evento



Pense numa marca. Pensou na Vivo, não foi?

Vivo. A marca que mais se destacou no Prêmio Folha Top of Mind – Regional Centro-Oeste.

Entre todas as categorias do Prêmio Folha Top of Mind Regional Norte e Centro-Oeste, a Vivo foi a marca com maior destaque, um importante reconhecimento da população local. Também liderou na categoria “Operadora de Celular”, pelo 6º ano consecutivo, e na categoria “Banda Larga”. Ser a marca mais lembrada pelo consumidor é uma conquista que a Vivo nunca vai esquecer.



ESTÉTICA

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A METAFÍSICA DO CORPO

A advogada Juliana Puppin, 26 anos


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A nova estética de corpo preza a silhueta magra, aliada à malhação e alimentação com suplementos. Mulheres com músculos definidos, mas femininas, são a busca pelo novo ideal de beleza

Foto Fernanda Ferreira

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Por Marcella Oliveira Fotos Fábio Morais

Magra e malhada. Essa é a meta das mulheres para 2014. Depois da magreza absoluta e da super musculosa, a mulher brasileira atual busca o meio termo. A genética ainda fala mais alto, mas, aliando dieta orientada e exercício físico adequado, alcança-se esse corpo. E, o melhor, esse novo padrão estético traz junto uma cultura pela saúde e boa alimentação. Se nas décadas de 70 e 80 o destaque estava nas curvas de Sônia Braga, e sua Gabriela, e na bela Luiza Brunet modelando para a saudosa marca Dijon, respectivamente, nos anos 90 a moda passou a exigir que as mulheres fossem mais altas e magras. Surgia o padrão exibido pelas tops Gisele Bündchen, como retrato da beleza natural, e Kate Moss, a imagem da anorexia. Um estilo sem gordura, mas também sem músculo algum. E quando se pensou que a magreza seria o desejo das mulheres, o Brasil começou a destacar um tipo oposto: a gostosona, que deu margem para que surgisse a polêmica piriguete. Com coxa grossa e quadril largo, curvas generosas e um corpo exuberante, elas passaram a ser musas inspiradoras. Abusando de

tops e shorts, com pernas e barrigas de fora, as dançarinas de axé, como Carla Perez e Scheilla Carvalho, e as assistentes de palco Joana Prado, a Feiticeira, e a Suzana Alves, a Tiazinha, levaram para a televisão esse padrão. Em seguida, vieram as mulheres-frutas, mantendo a tendência da musculosa, até meio masculinizadas, muitas vezes usando anabolizantes e dietas mirabolantes. “É um tipo de mulher roliça, com coxa e quadril grandes. São gostosas de biquíni e microshort, mas de roupa parecem gordas”, comenta o nutricionista Clayton Camargos. De dois anos para cá, esse padrão de beleza começou a mudar novamente. “A mulher ideal já não é tão esquálida como nos anos 90, nem musculosa e robusta como as mulheres-fruta”, analisa Camargos. E assim muitos corpos foram se transformando. “Um exemplo claro é o da apresentadora Sabrina Sato. Ela sai do modelo gostosona e se torna um ideal de mulher que todas querem ser atualmente: magra, musculosa, mas muito feminina”, define o nutricionista. Mirella Santos seguiu a mesma linha, desfilando mais slim. Juliana Paes deixou de

O nutricionista Clayton Camargos é referência na cidade

lado o quadril largo e apareceu mais fina, mesmo após dar à luz ao segundo filho. Para o nutricionista, quem reúne todas as qualidades dessa nova estética são as atrizes Grazielli Massafera e Carol Castro. Essa nova demanda faz surgir especialistas que, por meio de alimentação e exercícios, ajudam mulheres a alcançar tal silhueta. Ser bem orientada faz a diferença. Clayton Camargos se destaca em Brasília por fidelizar suas pacientes. Com consultadas a cada 30 ou 40 dias, o processo é acompanhado por cerca de dois anos. “Sou mais um coach do que um nutricionista. O que eu quero oferecer é um estilo de vida, voltado para uma saúde a longo prazo. A ideia é: vamos ser saudáveis sempre”, garante. A marca do trabalho de Clayton é o Calendário Metafísico, em que ele escolhe pacientes que alcançaram seus objetivos durante o ano para estampar uma publicação com fotos que exibem as formas físicas esculpidas de cada um. A quarta edição, de 2014, já está pronta.

O conceito todo mundo sabe: comer de três em três horas, beber muita água, ingerir frutas e vegetais e deixar de lado doces, refrigerantes e todo tipo de alimento industrializado. Mas por que não se consegue atingir a meta? “É preciso aliar atividade física, suplementação e alimentação. Um não funciona sem o outro”, alerta o nutricionista. Camargos explica que não há fórmula mágica que sirva para todas as mulheres. As dietas são construídas a partir do ideal de corpo e estilo de vida de cada um. “Há uma nova ordem mundial. Não é estar de dieta. Isso não é temporário. É incorporar uma nova forma de alimentar-se. Eu auxilio, oriento. Minha função é estimular. E repor as demandas do corpo com suplementação correta e na medida. Junto a isso, malhar... Para sempre. É difícil? Quem disse que seria fácil? Mas digo: vencer o desafio, alcançar o corpo almejado e mantê-lo é uma vitória, uma satisfação inenarrável”, finaliza. Clayton dá algumas dicas para as leitoras da GPS|Brasília.


ESTÉTICA

Atividade Física

• Crossfit – O corpo sequinho e definido é o corpo do crossfit. Há um movimento corporal completo, pois alia treinos aeróbios, de força e potência • Musculação – Esta nova estética não se consegue só com musculação. Tem que dosar e ser orientado por um profissional. É importante envolver outra atividade, como o remo ou um esporte de combate • Corrida – Para quem quer perder peso, a corrida é uma ótima alternativa. É uma atividade aeróbia importante para condição cardiorrespiratória e também uma opção para quem gosta de atividades ao ar livre • Ginástica Localizada – É importante. Geralmente dura uma hora e vários músculos são trabalhados de forma complexa, produzindo gasto de energia intenso, podendo chegar até 500 calorias por aula. Por conter exercícios aeróbios, permite que o coração e os pulmões trabalhem arduamente para distribuir oxigênio para os músculos. Dessa forma, o organismo fica menos vulnerável para diversas doenças, especialmente as cardiovasculares e respiratórias, fora os músculos que podem ficar esteticamente mais belos e definidos • Pré-treino – A melhor opção é uma refeição composta por alimentos cuja liberação de energia seja de médio para longo prazo, como massas e arroz integrais. Esse tipo de carboidrato demanda tempo para sintetizar glicose, assim, mantém os níveis de açúcar no sangue relativamente equilibrados por mais tempo. Isso preserva o padrão de energia corporal, permitindo um treino com maior intensidade e complexidade. Combinar essa refeição com uma porção de proteínas saudáveis maximiza os ganhos • Pós-treino – A refeição logo após o treino deve ser rica em carboidratos e proteínas de liberação rápida. O candidato ideal para isso seria um shake de proteína juntamente com alguma forma de açúcar. Apenas lembre-se de ingerir essa bebida preferivelmente logo após a conclusão da atividade física. Deixe o social para depois, a prioridade deverá ser a refeição pós-treino • Percentual – Entre as mulheres, o percentual ideal é em torno de 15 e 13%. A Grazi Massafera, por exemplo, tem 13%. Não é saudável para mulheres um índice abaixo de 9% • Frequência – Tem que ser pelo menos três vezes por semana, mínimo de 30 minutos por dia. Mas para atingir a silhueta é preciso ser bem disciplinado com relação à dieta • Barriga negativa – Para o abdômen, duas atividades são espetaculares: o remo e a capoeira. O fortalecimento também se consegue com exercícios de pilates, o bosu (a meia bola, com a qual se trabalham exercícios de equilíbrio), o kettlebell (aquela bola com alça) e trabalhos isométricos

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Suplementação

• Conceito – Suplementação não é alimentação, você está dando um plus de acordo com a necessidade de seu corpo • Orientação – É fundamental que os suplementos sejam parte de um tratamento conduzido por um profissional especialista no setor. A ingestão deles isoladamente não produzirá resultados fenomenais, pois dependerá de estar integrada em uma prescrição individualizada • Tipos – São proteínas sintéticas, creatina, glutamina, complexos polivitamínicos, formulações multiminerais e muito mais. Podem ser para aumentar a disposição, melhorar um sintoma de anemia, até para deixar um cabelo mais forte ou uma unha menos quebradiça • Whey – Proteína do soro do leite, podendo ser isolada, concentrada e de absorção rápida. Alternativa interessante para a refeição pós-treino, o que popularizou o seu consumo no mundo fitness • Colágeno – É um suplemento alimentar que pode deixar a pele firme, combatendo a flacidez, rugas e linhas de expressão. Sua forma hidrolisada também é comercializada em pó para ser adicionada à água, suco, leite ou iogurte. Também confere um aumento de espessura ao líquido, deixando-o como se fosse um shake. E oferece sensação de saciedade, ajudando a emagrecer. Uma boa dica é comprar o colágeno em pó, no sabor natural, e adicioná-lo às sopas


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Alimentação

• Reeducação – A grande questão hoje é aprender a comer para evitar o efeito sanfona. O ideal é adotar um estilo de vida saudável constante e não somente até atingir uma meta. Esse é o erro. Para começar, é preciso aprender a lidar melhor com o açúcar e com o sal. Em excesso, eles são nocivos. E fracionar a alimentação, comendo várias vezes ao dia, pois isso mantém seu metabolismo ativo • Personalização – Dieta é muito pessoal, não dá para imitar a prescrição do outro. Existe todo um balanço de energia e de nutrientes que é feito para aquela pessoa. São vários fatores levados em conta, como genética, parte do corpo em que se acumula a gordura, idade, metabolismo, frequência de atividade física. E isso cada um tem o seu • Radicalismo – Não sou adepto ao radicalismo, eu organizo a vida do paciente para melhorar a relação dele com o alimento. Se não há um motivo de saúde, não vejo porque restringir glúten ou lactose, por exemplo, porque limita o consumo de inúmeros alimentos • Carboidratos – São necessários para formação do combustível muscular, também conhecido como glicogênio. A ideia é que os níveis desse estejam saturados, para que o organismo não precise lançar mão da massa magra para produção de energia. Carboidratos também desempenham um papel determinante para a secreção da insulina, um dos agentes anabólicos mais potentes da cadeia hormonal humana. Ele promove a síntese de proteínas e, de outra parte, a formação de adipócitos (células de gorduras) • Proteínas – Músculo é proteína, e proteína é composta por aminoácidos. Você não poderá construir grandes músculos sem uma oferta adequada desse nutriente. Melhor consumir pequenas porções durante o dia. Escolha as de boa qualidade, como carne bovina magra, frango, peixes de água marinha e clara de ovo • Gorduras – Um erro do senso comum é não comer gorduras saudáveis o suficiente: as pessoas quando se submetem às dietas, sobretudo as mais restritivas, tentam abster-se das gorduras. Quando estamos sob consumo restritivo de energia será pouco provável volumizar a massa muscular. Nessa direção, a ingestão desse nutriente poderá ser decisiva ao menos para preservar a composição corporal magra. Sugiro como boas fontes: salmão, óleo de linhaça, azeite de oliva extravirgem, atum, sardinha, abacate, óleo de coco, nozes, castanhas do Brasil e de caju, dentre outros • Água – Um dos fatores mais negligenciados ao treino é o consumo adequado de água. Ora, pois, o corpo é composto 70% por água. Se você não estiver com a hidratação em dia, uma das principais vítimas será a massa muscular. Investigações científicas mostram que 1 kg de músculo pode conter até 3 litros de água. Imagine o prejuízo para a massa muscular em um organismo sob desidratação... Sugiro o consumo médio de 10 copos de 250 ml ou 2,5 litros de líquidos/dia, desses, pelo menos 50% deverá ser exclusivamente de água • Proibidos – O Brasil tem hoje uma oferta enorme de alimentos industrializados, que deveriam ficar de fora de qualquer pessoa que queira ter a vida saudável. Refrigerantes, biscoitos, doces, pães de massa branca e frituras devem estar definitivamente fora dessa dieta • Álcool – O brasileiro precisa aprender a lidar melhor com a bebida alcoólica. A bebida é social e há muito exagero. O ideal seria escolher entre duas tulipas de chopp, duas taças de vinho, três taças de espumante ou duas caipivodkas por semana • Refeição livre –Trabalho com duas refeições livres por semana. Mas não é um dia que você vai poder usar toda a exuberância da culinária. É um dia que você come uma quantidade um pouco maior do que a rotina. É preciso cuidado. O cérebro não sabe o que é uma dieta. Se você segue uma dieta de ingestão de poucas calorias e em um dia come muito, ele entende que vai faltar, e acaba acumulando. E esse estoque vai direto para o tecido adiposo • Escorreguei, e agora? – Volte para dieta imediatamente, o fato de fazer uma refeição fora do plano alimentar não significa que o dia inteiro deverá ser fora da rotina nutricional saudável • Segunda-feira – Segunda é o marco regulador para iniciar qualquer plano alimentar, faça todo dia uma nova “segunda-feira”, começando e terminando sua rotina alimentar saudável, um dia por vez, assim até conseguir fazer da segunda-feira um hábito diário


ESTÉTICA

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Depoimentos

Juliana Puppin, 26 anos Quando eu busquei o auxilio de um nutricionista, o meu objetivo era exclusivamente estético, pois ia me casar. O Clayton conseguiu adequar uma dieta para que eu ficasse satisfeita. Mas sua principal e essencial participação na minha vida foi quando descobri, após voltar da lua de mel, que estava grávida. Minha gestação foi um pouco complicada, e foi difícil me alimentar bem. Orientada, engordei apenas 8kg. Hoje, um ano após o nascimento do meu filho, estou melhor do que era antes de engravidar, tanto na questão da saúde quanto fisicamente. Dalva Dutra, 50 anos Prestes a completar 50 anos, queria envelhecer bem e estar bonita, mas com qualidade de vida. Nunca tive problema de peso, mas minha relação com a comida era difícil. Tinha problemas de intestino e dermatite. Após uma série de exames, descobri que tinha intolerância a glúten e lactose, e precisei cortar alguns alimentos. Com isso, minha dieta passou a ser adaptada e melhorou até mesmo meu sistema imunológico. O ganho físico foi consequência. E hoje mantenho um corpo em forma.

A administradora Dalva Dutra, 50 anos


O restaurante Dali Camões oferece o melhor da cozinha Portuguesa e Catalã. O cardápio conta com vários tipos de bacalhau e os diversificados utos do mar. Nas sobremesas, o ponto alto são os doces Portugueses Conventuais.

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Para quem não resiste a um bom grelhado, o Norton Grill é o lugar certo. Os pratos refinados são acompanhados de uma excelente carta de vinhos e uísques.

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FITNESS

ELA É A BELA

Fenômeno nas redes sociais por difundir a boa alimentação, o fitness e, claro, a silhueta desejada, a mineira Bella Falconi cultua o corpo e a mente. Determinada, ela diz que a jornada é longa, solitária e ingrata. Mas que atingir a meta e vencer o obstáculo é compensador. E revela: eliminou da dieta, para sempre, fast food, refrigerante, vodca e fritura. E mais: não acredita em day off

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Por Raquel Jones Fotos Eduardo Di Castro

E

la não é atriz, não aparece na televisão, mas é mais conhecida que muita gente famosa. Bella Falconi – a musa do abdômen trincado – tem mais seguidores nas redes sociais que a modelo Izabel Goulart, a popular Preta Gil e a protagonista da novela global, Paolla Oliveira. Conquistou mais de 600 mil fãs no Instagram ao postar dicas de alimentação e exercícios físicos. “Não tinha pretensão de ser famosa. Começou como uma brincadeira, de repente um monte de gente me seguia. Acho que as pessoas se identificam com minha determinação”, acredita. Izabella, conhecida como Bella, foi precursora nas redes sociais ao exibir o que seria o novo padrão de beleza feminina: a mulher magra, porém musculosa. Todos os dias, Bella posta fotos ou vídeos com dicas de alimentação, mostra suas refeições, além de compartilhar o exercício físico que ela fez naquele dia. E ainda exibe seu corpo perfeito, com destaque para o abdômen, frases motivacionais e um pouco da sua intimidade no dia a dia. Assim, conquistou quem sonha em ter um corpo – e uma barriga – como o dela. Para ter o corpo perfeito, Bella alerta que é preciso encontrar o caminho saudável e não recomenda que mulheres busquem um percen-

tual de gordura menor que 10%. Seu objetivo é passar uma mensagem de superação e motivação. “A frase que aprendi e jamais irei esquecer é: primeiro você cria seus novos hábitos e depois seus novos hábitos criarão um novo você”, diz. Foi assim que a mineira de 28 anos, nascida em Belo Horizonte e radicada nos Estados Unidos há quase sete anos, atingiu seus objetivos. Se aqui no Brasil não estava realizada após os oito semestres do curso de Direito, arriscou tudo e mudou-se para Orlando. E encontrou na nutrição e na malhação o seu caminho. “Trabalhei por quatro anos em um banco. Em agosto do ano passado larguei o emprego e fui atrás do meu sonho. Chegou num ponto da minha vida que percebi que o fitness era mais do que um prazer para mim, e sim uma missão”, afirma. Hoje, além de ser modelo fitness, é uma empresária de sucesso. Dona de lojas de suplementos alimentares na Flórida, ela se prepara para lançar uma linha de comida congelada no Brasil, além de uma coleção de roupas, biquínis e acessórios. Outro grande projeto é ser palestrante motivacional para compartilhar com o público o seu caso de sucesso. Seu lema é: eu quero, eu posso, eu consigo, eu irei. Nessa entrevista, a revista GPSIBrasília conta a trajetória de Bella Falconi.


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Quando começou a praticar exercícios físicos? Comecei a frequentar a academia aos 17 anos por influência do meu irmão. Eu sempre fui muito magrinha. Ele dizia que se eu começasse a treinar, iria desenvolver meus músculos, principalmente nas pernas, que eram muito finas. Mas, como a maioria das pessoas, nunca levava aquilo a sério e não cuidava da alimentação. Achava que era só treinar que podia comer de tudo. Nessa fase comecei a dar uma “encorpada”, mas ainda sem nenhuma definição. Nem sonhava em ter o abdômen definido, apesar de não ter barriga. Como era seu corpo? Nunca fui gordinha, sempre muito magra. Já cheguei a pesar 43kg e todo mundo pensava que sofria de anorexia. Depois, tive uma fase, já morando nos Estados Unidos, em que era extremamente magra, mas com gordura localizada no abdômen. Nessa época, almoçava e jantava pizza ou macarrão instantâneo de copo. Em que momento começou a transformação do seu corpo? Há cerca de três anos, hospedei uma conhecida do Brasil que era atleta profissional e iria participar de uma competição em Ohio. Numa conversa na cozinha, ela me disse que, para ter aquele abdômen tão definido, a sua alimentação era 100% condizente com os seus objetivos. Percebi que

estava inventando desculpas para não treinar. No dia seguinte, acordei às cinco da manhã para ir para academia e comecei a pesquisar sobre alimentação. Li muitos livros e aprendi a cozinhar, sempre tentando ajustar minha alimentação de acordo com as respostas que via em meu corpo. E acabou dando certo. Ninguém me deu o caminho das pedras. Conte-nos um pouco sobre a sua dieta. Minha alimentação é bem básica. Acredito que não adianta criar regras mirabolantes, tudo que o nosso corpo precisa é do básico, mas de forma correta. Eu me alimento a cada duas horas mais ou menos, pois tento não ingerir carboidrato e proteína na mesma refeição. Acho que assim meu corpo digere melhor o alimento e absorve melhor seus nutrientes, já que estou mandando uma informação de cada vez. Essa é uma filosofia antiga de nutrição holística e se chama food combining. Dentre os alimentos que como estão os carboidratos complexos (grãos integrais, féculas que são substâncias farináceas extraídas de raízes ou grãos ricos em amido), carboidratos fibrosos (vegetais), frutas de baixo índice glicêmico, proteínas magras (não como carne vermelha há mais de um ano) e gorduras boas (castanhas, óleos, abacate). Do total de calorias diárias ingeridas, 55%


FITNESS

vêm dos carboidratos, 30% da proteína e 15% da gordura. Qual a rotina na academia? Treino de cinco a seis vezes na semana por aproximadamente duas horas. Minha ficha de treino é 100% focada em hipertrofia, ou seja, ganho de massa muscular. Faço menos repetições com mais carga e exercícios mais concentrados e isométricos. Além da musculação, pratico ioga, que para mim é uma terapia. Como treino muito pesado, não tenho tanta elasticidade, devido à tensão muscular, e a ioga tem me ajudado muito na parte de alongamento. Você tem um dia livre? Tenho geralmente o domingo livre. Mas é day off da academia, não da dieta. Percebo que muita gente é adepta ao “dia do lixo”, o que para mim não funciona. Primeiro porque não acho que devemos referir a comida, por pior que seja, como “lixo”. E segundo porque um dia é muito longo, e você tende a jogar seu bom senso pela janela. Duas refeições livres para mim já estão

de bom tamanho. Não há nada que eu não coma mais e de que eu morra de saudade. Morreria de saudade se fosse chocolate ou pizza. Mas isso eu ainda como no dia da refeição livre. Cortei fast-food, fritura, vodka, e refrigerante para sempre, e disso não sinto a menor falta. Você está satisfeita com suas medidas? Sim. Melhorei muito minhas pernas e glúteos, que eram meus pontos fracos. Hoje, peso 53 quilos, distribuídos em 1,60 de altura, e um percentual de gordura de 10%. Ainda quero subir meu percentual para 12% e manter, principalmente para que o ciclo menstrual se regule. Não recomendo que mulheres busquem um percentual menor que 10%. Entre 12-15% já se consegue ter definição muscular e abdômen marcado. Você teve muita força de vontade para chegar aonde chegou. Alguma inspiração? Foi uma longa e solitária jornada até chegar aonde cheguei. Hoje em dia, curso Nutri-

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ção e sou personal trainer certificada. Quando comecei, não tive a ajuda ninguém, a não ser de mim mesma. Aprendi na marra, lendo, pesquisando, testando. Vários escritores me inspiraram, como o artista marcial, ator e produtor cinematográfico Bruce Lee, o médico indiano Deepak Chopra, o mestre indiano Osho e a escritora americana Maya Angelou. Um lema que aprendi e jamais irei esquecer foi: primeiro você cria seus novos hábitos e depois seus novos hábitos criarão um novo você. Quanto tempo para chegar ao corpo atual? Com três meses comecei a ver os resultados iniciais, principalmente na região do abdômen. Para chegar ao corpo atual demorei cerca de um ano e meio. O fitness envolve uma luta continua, não é algo que se conquista e para. O barco deve seguir, pois se paramos, perdemos tudo que conquistamos. Infelizmente, é muito ingrato. Com certeza foi a junção da alimentação e do treino, mas a alimentação representou 70% desse pro-

cesso. Trabalho diariamente para manter o que conquistei com muito suor. O que você diria para quem te admira, mas ainda não tem um ritmo de alimentação e exercício? Paciência. Essa é a palavra-chave do sucesso. Não adianta esperar resultados em um mês, pois eles não virão. Os resultados demoram, mas se desistirmos no meio do caminho, esse tempo de espera irá dobrar. Tenha determinação e foque em suas metas. A vontade de vencer é o termômetro do seu sucesso. As dificuldades são inúmeras, como tudo na vida, e elas não irão desaparecer para que tudo fique mais acessível para você. Mas um dia você entende que apesar dos problemas você também fica mais forte e mais apto para superar os obstáculos. E isso que fará de você um vencedor. Se fosse fácil, não teria graça. Você imaginou que se tornaria um fenômeno na internet, com mais de 600 mil seguidores?


Não imaginava nunca. Tudo começou como uma brincadeira. Há cerca de três anos, comecei a tirar fotos de espelho e postava na rede social apenas para eu mesma acompanhar o meu progresso. Não tinha muitos seguidores, acho que uns 50 no máximo. De repente, milhares de pessoas começaram a me seguir. Acredito que elas se identificaram com a minha busca e minha determinação. Foi uma transformação muito grande. Isso certamente inspirou muita gente. Como é a sua relação com os fãs? Amo todos eles e sinto como se fôssemos todos uma família. Sempre que tenho oportunidade, treino com pessoas que me seguem e estão

Quiz

de férias em Orlando. O carinho que recebo é algo inexplicável. Já fui seguida de carro duas vezes por dois fãs. Nada que tivesse sido assustador, mas certamente curioso. Você ganhou um importante concurso de fisiculturismo nos Estados Unidos na sua categoria, o Jax Physique. Você está treinando para o ano que vem? Na verdade eu não sou fisioculturista e nunca sonhei ser. O campeonato foi uma experiência. Meu objetivo é mostrar para o mundo que, sim, é possível ter um corpo de atleta sem ser um atleta. E assim acabei topando o desafio e competi no Jax Physique, em abril deste ano. Ganhei primeiro lugar na minha categoria e overall (sobre

O pecado da gula... leva ao sobrepeso Nas horas de lazer... esteja perto de quem você ama e te faz sentir bem Saudade do Brasil quando... penso na minha avó e no quão velhinha ela já está Um mantra... eu quero, eu posso, eu consigo, eu irei Um ritual... meditar todos os dias, pelo menos por cinco minutos Um vício... café O que te tira do sério... hipocrisia e pessoas interesseiras Um sonho...conhecer o Tibet Ser feliz é... conhecer a si mesmo e se aceitar O que se leva da vida... a energia que aqui acumulou-se, tanto as boas quanto as ruins. Karma e Dharma

todas as outras classes da minha categoria). São dois troféus que ficarão para sempre guardados na minha sala e no meu coração. No entanto, não faço planos de competir de novo. A sua beleza tem chamado atenção do Brasil. Já recebeu propostas de revistas para algum ensaio sensual ou para participar de algum reality show? Já recebi uma proposta de reality show aqui nos Estados Unidos, mas não topei. Achei que não era o momento e algo me dizia para não aceitar. Sou muito intuitiva e gosto de dar um passo de cada vez. Acredito que devagar chega-se do mesmo jeito, porém com mais segurança. Fiz um ensaio sensual recentemente para o site

Paparazzo, mas foi algo muito clássico, de super bom gosto e totalmente dentro daquilo que eu imaginei. Você tem várias tatuagens, alguma tem um significado especial? São 11 no total e cada uma delas marca um momento importante em minha vida. A última que fiz é uma pena com pássaros saindo da ponta desta pena. A pena significa ascensão espiritual e os pássaros, liberdade. Essa tatuagem marca um momento que vivi esse ano. Evolui espiritualmente e, ao ficar frente a frente com meus maiores medos, me libertei. Daí vem o significado dos pássaros. Hoje me sinto uma pessoa mais forte e, certamente, mais evoluída espiritualmente.


SAÚDE

Foto Celso Junior

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SE LIGA NA D Classificada como pró-hormônio, a vitamina D atua nas funções musculares, cardíacas e neurológicas. A sua falta no organismo, causada pela pouca exposição ao sol e má alimentação, gera reações como fadiga, ganho de peso, náuseas e perda óssea

Por Andressa Furtado

C

onhecida por seu papel de regular a absorção de cálcio e fósforo, elementos primordiais na manutenção da saúde óssea, a vitamina D possui inúmeros outros benefícios até pouco tempo desconhecidos pela sociedade. Prova disso é que 50% da população mundial sofre com o deficit da vitamina e não sabem o motivo nem como adquiri-la. Apesar de ser chamada de vitamina – substância que obtemos a partir dos alimentos e que participa em reações biológicas que ajudam o corpo a funcionar perfeitamente –, a vitamina D é considerada

uma classe em si própria. Os seus inúmeros efeitos no organismo ocorrem de modo similar à atuação dos hormônios, que agem, influenciando as vias metabólicas, as funções celulares e a expressão de um número incontável de genes. Daí a intitulação de pró-hormônio. A vitamina D também atua nas funções musculares, cardíacas e neurológicas; é importante para a secreção de insulina e para o sistema imunológico. Combate a enxaqueca, a tensão pré-menstrual e ajuda a emagrecer. E aí, a pergunta: como obtê-la?

A resposta é mais fácil que se imagina: pegar sol e alimentar-se adequadamente. O sol é responsável por manter o ritmo circadiano – que é o relógio biológico e controla o sono e o apetite do corpo humano – e auxiliar no sono noturno, além de ajudar no processo de rejuvenescimento e reabilitação do corpo para o dia seguinte. Quando se toma sol, com roupa de banho, na praia ou no quintal de casa, recebe-se uma dose que varia entre 10 mil e 25 mil Unidades Internacionais (UI) de vitamina D. A fonte natural de luz é tão vital para a saúde e bem-estar quanto os alimentos, a água e o oxigênio. Mas quanto tempo ficar exposto à luz? O endocrinologista e pesquisador norte-americano Michael Holick, considerado um dos maiores especialistas do mundo em Vitamina D, explica que o tempo necessário também varia de acordo com a hora do dia, a estação do ano e a localização da cidade no globo terrestre. No entanto, alguns critérios podem ser considerados universais. Segundo Michael Holick, o tempo médio seria de 15 a 20 minutos ao sol, sem nenhum protetor solar nos braços, pernas, abdômen e costas, mas com o rosto sempre protegido. Ele explica que o filtro solar impede que a Vitamina D seja metabolizada. Mas depois desses minutos de exposição sem proteção, Holick alerta que o uso do filtro é essencial.


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Já a Sociedade Brasileira de Dermatologia defende que pessoas com pele muito clara, que têm maior risco de câncer de pele, devem usar protetor solar e, apenas três vezes por semana, tomar sol, mas só nos braços. Segundo a entidade, essa exposição já é suficiente para um aporte adequado de vitamina D. Um exame simples de sangue detecta os níveis de vitamina D e deve ser solicitado por um médico experiente, sobretudo na presença de sinais e sintomas de carência desse nutriente. As queixas mais comuns são dores ósseas na coluna lombar, quadril e pernas, além de dor e fraqueza na musculatura dos braços. Existe também um risco aumentado de quedas e osteoporose. Muitos pacientes também se queixam de fraqueza e desânimo. O geriatra ortomolecular da Clínica Lovit, Antônio Teixeira, conta que em seu consultório cerca de 90% dos seus pacientes sofrem de deficit de vitamina D. “Quando as

pessoas chegam até meu consultório, não imaginam que muitas das causas das suas queixas podem ser sanadas com um tratamento relacionado à vitamina”. De acordo com o médico, cidades como Brasília e São Paulo tendem a ter esse problema mais acentuado na população, por serem cidades mais frias e não terem a cultura praiana. “Aqui, as pessoas usam roupas mais fechadas e trabalham em ambientes com menos exposição ao sol. Isso dificulta a produção de vitamina D pelo sangue”, explica.

A pitada da alimentação Além do sol, a vitamina pode ser adquirida com a alimentação adequada. Alguns alimentos oferecem a vitamina D em abundância e podem ser incorporados à dieta. A maior parte da vitamina que consumimos vem de alimentos fortificados, como o suco de laranja, o leite e os cereais.

Fontes naturais de vitamina D

Salmão – Existe um número grande de alimentos marinhos com altas doses de vitamina D. O salmão está no topo da lista. Aproximadamente 100g do alimento enlatado oferecem 650 IUs, mais do que é necessário para um dia Atum enlatado – Cerca de 100g de atum enlatado e conservado em água fornece 154 IUs, quase um terço do que pede a recomendação diária. O atum conservado em óleo contém ainda mais vitamina D, no entanto, é mais gorduroso Sardinha – Outro alimento enlatado que pode ser uma opção para uma dieta mais rica em vitamina D é a sardinha. Duas latas destes pequenos peixes oferecem 46 IUs, que representam cerca de 13% do valor recomendado diariamente

Essa vitamina aumenta a absorção do cálcio, além de melhorar a saúde da pele e agir no combate à depressão. Algumas pessoas optam por ingerir este nutriente em cápsulas, para alcançar a recomendação diária, que é de 600 UI para adultos. No entanto, existem muitas fontes naturais que podem trazer muitos benefícios para o corpo. A ingestão recomendada pelo U.S. Dietary Reference Intake para crianças e adultos até 50 anos é de cinco microgramas por dia (200 UI/dia). A recomendação aumenta para 10 microgramas/dia (400 UI/ dia) para pessoas entre 50-71 anos de idade e para 15 microgramas/dia para idosos acima dos 70 anos. Para saber como ingerir corretamente essas doses, vale ficar atento aos rótulos dos alimentos. Serviço Clínica de Longevidade Lovit Dr. Antonio Teixeira Endereço: SEPS 710/910, Lote A, Sala 303, Ed. Vital Brasília – Asa Sul Telefone: (61) 3255-9999 Site: clinicalovit.com.br

Gema de ovo – Uma gema grande de ovo contém 37 IUs de vitamina D. Além disso, ovos são boas fontes de proteína e, apesar de serem associados ao colesterol, não estão ligados ao aumento de risco de problemas cardíacos Queijos – Uma fatia de queijo suíço contém cerca de 6 IUs, é menos processada e contém menos sódio que o queijo americano. Um copo de ricota oferece 25 IUs, mas deve ser consumida com moderação, pois também possui gordura Bife de fígado – Cerca de 100g de bife de fígado pode prover 42 IUs de vitamina D, além de ser uma ótima fonte de ferro. Cogumelos – Alguns tipos de funghi, quando mais expostos à luz solar, podem conter níveis benéficos de vitamina D. Dê preferência às marcas que priorizam este tipo de cultivo


SAÚDE

Suplementação

Em alguns casos, a alimentação e a exposição ao sol não são suficientes para repor os níveis de vitamina necessários. Diante disso, a suplementação é extremamente bem-vinda. Monopreparações de vitamina D e compostos relacionados estão disponíveis em comprimidos, cápsulas, soluções oleosas e injeções. A vitamina D incorpora-se também em combinações com vitamina A, cálcio e em multivitamínicos. “A reposição pode ser oral, em gel e intradérmica com doses injetáveis”, explica Teixeira. De acordo com o especialista, para cada paciente, existe um tratamento específico. “Em casos de deficiência muito baixa utilizo a injetável, por repor de maneira mais rápida. Já nos casos mais brandos, utilizo a oral ou local. Mas existem várias correntes de estudiosos e especialistas que defendem uma maneira diferente. Cada um segue sua linha”, finaliza.

Benefícios da vitamina D

• Saúde dos ossos – previne a osteoponia, osteoporose, osteomalacia, o raquitismo e as fraturas. • Saúde das células – previne determinados tipos de câncer: próstata, pancreático, mamário, ovariano e o de cólon; doenças infecciosas e infecções das vias respiratórias superiores, asma e perturbações respiratórias. • Saúde dos órgãos – previne as doenças cardíacas e o acidente vascular cerebral; previne diabetes do tipo 2, a periodontite e a perda dos dentes, além de doenças inflamatórias. • Saúde dos músculos – auxilia na força muscular. • Saúde do sistema autoimune – previne a esclerose múltipla, o diabetes mellitus do tipo 1, doença de Crohn e a artrite reumatoide. • Saúde do cérebro – previne a depressão, a esquizofrenia, doença de Alzheimer e demência. • Saúde relacionada ao humor – previne a desordem afetiva sazonal, a síndrome de tensão pré-menstrual e as desordens do sono, elevando a sensação de bem-estar.

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Vitamina D em números

• 50% da população mundial apresenta quantidade menor do que a necessária • 30% ng/ml* é a concentração mínima considerada adequada para um indivíduo • 50% ng/ml é a nova recomendação da Sociedade Americana de Endocrinologia *nanograma por mililitro de sangue

O que é?

Chamada de vitamina D, na verdade, a substância é um pró-hormônio, ou seja, um composto que dá origem a vários hormônios que atuam em pontos distintos do organismo

Como se forma?

Sob a ação dos raios ultravioleta B do sol, o corpo transforma uma fração do colesterol, a molécula 7-dehidrocolesterol, na substância que dará origem a ela no organismo

Sinais de alerta • Cansaço • Perda óssea • Falta de apetite • Ganho de peso • Sede excessiva • Náusea • Nervosismo • Raquitismo • Hipertensão arterial

Fatores de risco

• Idade superior a 65 anos • Pele negra • Insuficiente exposição à luz solar • Medicamentos (anticonvulsivantes e corticoides) • Obesidade (índice de massa corporal superior a 30) • Falta de atividade física



ORGANISMO

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CUIDE BEM DO SEU...

INTESTINO Entenda a importância de zelar o órgão, que, além de ser responsável pela maior concentração de serotonina, possui mais de cem milhões de neurônios diretamente conectados com o cérebro

Por Andressa Furtado

O

intestino é temperamental. Com nove metros de comprimento, o órgão, encarregado de absorver nutrientes e água, é a região do corpo que mais sofre a influência das emoções. Quem não digere bem os conflitos da vida cor-

re o risco de ficar enfezado – dias a fio sem ir ao banheiro. É o seu caso? Você não está sozinho. O distúrbio atinge cerca de 20% dos brasileiros, segundo a Federação Brasileira de Gastroenterologia. As mulheres lideram as estatísticas.


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“O sexo feminino está no topo das estatísticas por serem mais emotivas. Além disso, os hormônios femininos são fatores de peso no hábito intestinal delas”, constata, em sua prática diária no consultório, Décio Chinzon, gastroenterologista do Laboratório Exame. Isso acontece porque a progesterona – hormônio responsável por preparar o corpo para a gravidez – reduz a movimentação do intestino, principalmente nos dez dias que antecedem a ovulação, o que contribui para a constipação intestinal, que é popularmente conhecida como prisão de ventre. É no intestino que se produz 90% da serotonina, neurotransmissor responsável pela sensação de bem-estar. O órgão tem também 80% do potencial de imunidade do corpo humano, além de ser grande produtor do hormônio do crescimento. Por isso, ganhou a nomenclatura “segundo cérebro”, do médico americano Michael D. Gershon, do Departamento de Anatomia e Biologia Celular da Columbia Univesity Medical Center, em Nova York. Depois de 30 anos de pesquisas, Gershon conseguiu identificar a interatividade entre os neurotransmissores produzidos no intestino, chamado por ele de órgão inteligente, e as nossas emoções, cuja sede é o sistema límbico, localizado no cérebro. São milhões de neurônios espalhados por todo o tubo digestivo. Eles ficam nas camadas submucosa e muscular da superfície do órgão.

“Essas terminações controlam a movimentação dos músculos da região, atuam sobre as células imunológicas e regulam a secreção das glândulas que produzem o suco intestinal”, explica Chinzon. Em outras palavras, é a central de controle do intestino.

Problemas intestinais Qual a frequência de evacuações semanais para se afirmar que uma pessoa tem prisão de ventre? “Um intestino que funciona uma vez a cada três dias pode ser tão normal quanto o que funciona três vezes por dia”, define Chinzon. É necessário analisar os seguintes fatores: se as fezes são excessivamente ressecadas, escassas ou saem com muito esforço, e a frequência, pois não é bom passar mais de 72 horas sem evacuar. O problema pode estar relacionado a uma dieta pobre em fibras, pequena ingestão de líquidos, sedentarismo, consumo excessivo de proteína animal e de alimentos industrializados. Ou também pode estar associado a doenças do cólon e do reto, como diverticulose, hemorroidas, fissuras anais e câncer colorretal. “Estresse, depressão e ansiedade são outras ocorrências. Além disso, não atender à urgência para evacuar, quando ela se manifesta, também pode comprometer o funcionamento regular dos intestinos”, afirma Décio.

Já os sintomas podem variar de uma pessoa para outra. Os mais característicos são: número reduzido de evacuações, dificuldade para eliminar as fezes, sensação de esvaziamento incompleto dos intestinos, desconforto, distensão e inchaço abdominal, mal-estar, gases e distúrbios digestivos. Tentar resolver o problema com laxantes é um erro. “O uso contínuo do medicamento pode causar dependência, além de danificar o estômago e causar graves irritações. Isso vale até mesmo para os laxantes ditos naturais. Se tiver prisão de ventre e não conseguir resolver com mudança de rotina e alimentação, o melhor é procurar um médico”, aconselha o gastroenterologista.

Cuidados na alimentação Água e fibras são fundamentais para o bom funcionamento do órgão. O importante ao escolher os alimentos da dieta é dar preferência aos integrais, como farinha, arroz e aveia. ”As fibras ajudam no importante papel de limpeza do intestino. A aveia é rica em fibra, já a linhaça é rica em ômega 3, que ajuda a combater o colesterol. E a água é essencial no processo de digestão. O consumo de fibras sem a ingestão de água não adianta. O ideal é ingerir em média dois litros por dia”, explica a nutricionista do Hospital Santa Luzia, Priscila Cseke.

Os intestinos • Intestino grosso É a parte final do tubo digestivo, possui uma rica flora bacteriana e mede aproximadamente 1,5m. Funções: absorção de água e de certos eletrólitos; síntese de determinadas vitaminas pelas bactérias intestinais; armazenagem e eliminação de resíduos do corpo • Intestino delgado É um tubo digestivo localizado entre o estômago e o intestino grosso e mede 6m de comprimento por 4 cm de diâmetro. Funções: é responsável por 90% da digestão, da absorção dos nutrientes e dos minerais do alimentos ingeridos

Recomenda-se Procure ajuda médica se notar mudanças significativas nos hábitos intestinais. Não deixe também de ir ao médico, se as fezes estiverem muito ressecadas ou muito finas, se houver sinais de sangramento ou se estiver emagrecendo sem nenhuma explicação aparente


ORGANISMO

O que comer?

Laranja com bagaço – Ajuda na limpeza do intestino, pois é rica em fibras Abacaxi – Uma fruta laxante, o ideal é consumi-la in natura, pois contém maior número de fibras Ameixa-preta – Rica em fibra e ajuda na liberação rápida do intestino. O indicado é consumir seis ameixas secas por dia Cereais integrais – Todos os alimentos integrais são importantes para o organismo, pois ajudam a limpeza do intestino Iogurte – A lactose presente no leite ajuda no funcionamento. A quem tem intolerância a lactose não é indicada Mamão papaia – É conhecido como uma fruta laxante, pois é rico em fibras e ajuda no funcionamento do intestino Vegetais – São fontes de fibra, principalmente se consumidos sem processo de cozimento, pois nesse caso perdem um pouco a quantidade de fibras Água – É um importante aliado no processo de digestão, ajudando as fibras na limpeza do intestino. O consumo de fibras sem a ingestão de água não adianta. O ideal é ingerir em média dois litros de água por dia

O que não comer?

“Os alimentos considerados constipantes são os que possuem menor quantidade de fibras. Se cozida, a cenoura não ajuda, mas crua age como laxante. O chuchu é neutro, já a batata, mandioca, cará, inhame não ajudam. Entre as frutas, evitar banana, goiaba, caju e maçã sem casca. A maçã com casca já tem mais fibra”, explica a nutricionista. Refrigerantes, comidas congeladas, salgados fritos e fast food também entram nessa lista

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O que não pode ser feito

• Adiar a ida ao banheiro – Quando vem a vontade, vá, seja onde for. Refrear o reflexo é o caminho mais curto para travar • Comer carne vermelha todos os dias – Estudos da Oxford University, na Inglaterra, relacionam o consumo do alimento à maior incidência de intestino preso • Ingerir álcool – O líquido ajuda a desidratar as fezes

O que pode ser feito

• Supositório de glicerina é uma opção para evitar rompimento de vasos anais. Não são recomendados métodos menos agressivos, como laxantes e colonterapia, que podem gerar um desequilíbrio do órgão • Massagem na barriga: Com as pontas dos dedos, comece acima da virilha do lado esquerdo, suba até a altura do umbigo e desça pela direita. São suficientes 15 minutos para a estimulação dos movimentos peristálticos • Na hora da evacuação, procure relaxar, pois os movimentos peristálticos ficam mais ritmados. Procure seu ritual preferido, uns gostam de ler, outros de ouvir música e até meditar. Teste vários métodos até achar o seu

Receita infalível

Coquetel laxante 2 laranjas 1 fatia de mamão 3 ameixas secas 2 colheres de sopa de aveia Colocar todos os ingredientes no liquidificador e bater. A vitamina não pode ser coada, a pessoa deve beber no café da manhã, em jejum. É uma delícia!



SOCIAL

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Os anfitriões: Mônica Paes de Andrade Oliveira, o gemólogo Jeff Politis, Luciana Marsicano e Guilherme Siqueira

ENCONTRO

PRECIOSO FOTOS: PABLO VALADARES

Mônica Paes de Andrade Oliveira é anfitriã do almoço realizado pela joalheria Tiffany & Co., com a presença da CEO da marca, Luciana Marsicano, e do gemólogo Jeff Politis

Ana Paula Gonçalves e Susan Neves


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Valéria Leite

Cleide Marra e Bernardete Pires

Wilma Pereira e Thereza Neves

Valéria Casas, Luiz Pearce e Marcela Oliveira

Thereza Neves

Patricia, Zilda, Mônica e Isabel Paes de Andrade


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Aurea Farah, Elisabeth Amorim, a anfitriã e Sheila Machado

Daniela Lyra e Iza Matias

Virginia Guimarães

Bia Koffes e Eliane Martins

Claudia e Valéria Bittar


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SOCIAL

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O casal Flávia e Robério Negreiros

NEGREIROS EM FESTA

Raissa Araújo e Mariana Zardi

Robério Negreiros Filho, Deputado Wasny de Roure e Robério Negreiros

Paula e deputado Israel Batista

Paulo Villela e Andressa Badua


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O anfitrião entre o vice governador Tadeu Filippelli e Coronel Leão

Adriana Chaves e Agenor Neto

FOTOS: CELSO JUNIOR, UESLEI MARCELINO E FELIPE MENEZES

O casal Robério e Flavia Negreiros celebra nova idade com grande festa. Deputado distrital pelo PMDB, o anfitrião recebeu amigos dos três poderes


SOCIAL

BLUE NIGHT FOTOS: PABLO VALADARES

Projeto Fechado para Jantar, da Blue Label, reúne empresários, jornalistas e gourmets, no Setor de Mansões do Park Way. Noite esta comandada pelo expert Murilo Marques Raphael Despirite, Murilo Marques, Alexandre Rodrigues e Bruno di Dario

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Laszlo Piquet e Juliana Marques Bárbara Souza, Nathália Salvio e Luiza Daher

Tatiana e Eugênio Lacerda Isabela Moura e Augusto Pereira

Daniel e Santina Rocha com Paulo Henrique Marinho Ricardo Guedes, Alexandre Conill e Debora Lima


SOCIAL

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NOVA SEDE,

ÓTIMA FASE

Rafael Durand, Fabio Vilar, Leandro Daroit e Nelson Wilians

O senador Ciro Nogueira com o anfitrião


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Rafael, Graziele Durand, Priscila e Nelson Wilians

Francisco Caputo e Leandro Daroit

FOTOS: PABLO VALADARES E BRUNO PIMENTEL

Nelson Wilians & Advogados Associados inaugura sua nova sede na Capital. Localizada na QI 03 do Lago Sul, no Edifício Terracota, o escritório amplia sua atuação junto à classe empresarial e consolida sua banca de profissionais na cidade. O corpo jurídico nacional da NWADV, cuja sede está em São Paulo, é composto por 1.372 advogados distribuídos em 72 filiais próprias no País


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Fernando Pinto, Marcel Daltro, Sandro Avelar, Jaime, senador Rodrigo Rolemberg, Nelson Wilians, Leandro Daroit e o vice-governador do MT, Chico Daltro

Leandro Daroit e Maria Alice Carvalho

Elenir Daroit,Leandro Daroit, Maria Alice Carvalho, Maria Clara de Carvalho e Hoeck Miranda

Leandro Daroit e Sandro Avelar

Eduardo Emerenciano, Jo達o, Matheus Figueiredo, Rafael, Thiago Oliveira, Olimpio Rodrigues, Junior Luis e Carlos Henrique



MODA

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F

IORELLA

MATTHEIS


Por Paula Santana Fotos Andre Schiriló Styling Raphel Mendonça

I

magine uma mulher linda. Com alma de europeia, mas ginga de carioca. Corpo esguio, cabelos fartos e loiros, olhos azuis e densos. Para completar o impacto da beleza, ainda, é educada, ágil e cheia de bossa. Essa é Fiorella Mattheis, descendente de alemães, nascida em Petrópolis e viajante do mundo. Modelo originalmente, desde os 15 anos é descobridora de possibilidades. Esteve na Alemanha, na Itália, na Grécia, no Japão, na Inglaterra e na China. Ao voltar, três anos mais tarde, iniciou sua jornada na tevê, como apresentadora. Formou-se em Jornalismo e fez Rolê, na SportTV. Descoberta na lanchonete do Projac ao levar suas credenciais para a emissora, não demorou para estrear em Malhação. Na sequência, o programa Turma do Didi, os seriados Casos e Acasos e As Cariocas. E ainda participação na novela A Favorita. No Vídeo Show, Fiorella pôs à prova sua real profissão. E com desenvoltura entrevistou nomes como Joss Stone, Nelly furtado, Hugh Jackman... Tanta coisa para tão pouca idade. Aos 25 anos, veio sua grande proximidade com o público. O sitcom Vai que Cola, no MultiShow, em que interpreta Velna, uma falsa tcheca, que vai parar numa pensão no Méier, subúrbio carioca, em busca de uma suposta herança. “Tem sido uma

experiência única contracenar com tantos atores mestres no humorismo”, diz. “Nos apegamos uns aos outros e não vejo a hora de iniciar as gravações da segunda temporada, em abril”, conta, lembrando que vai ao ar entre julho e agosto. Fiorella diz que Velna será descoberta e todo o roteiro terá uma grande reviravolta. Enquanto isso, a loira realiza trabalhos paralelos e curte o seu casamento com o inglês naturalizado brasileiro Flávio Canto, ex-judoca, medalhista olímpico, com quem se casou recentemente. “Nos conhecemos na Praia do Leblon, há três anos. Foi olhar e amor à primeira vista. Nos vimos e tudo aconteceu”, conta empolgada. Juntos, eles desenvolvem o Instituto Reação, ONG que atua em comunidades de baixa renda, por meio do esporte, envolvendo cerca de mil crianças. “Somos muito parceiros. Um cuida do outro. Vibra com as conquistas”. Fiorella sonha em montar a sua família. “Vivo um momento mágico, mas dou um passo de cada vez. Deposito toda a minha energia nesse projeto: casa, marido e, futuramente, muitos filhos”. A loira ama animais. Tem quatro cachorros, chamados Duda, Brigite, Cora e Manu. E dois gatinhos, Chantal e Maddox. Fiorella diz que é ótima gestora de seu tempo. Ao lado da mãe, sua empresária, ela administra com maestria a

rotina. “Viajo muito, mas dou conta de tudo. Preciso estar em ordem com a minha casa e tudo o que ela representa para mim. Ela é meu templo, minha joia. Só trabalho em paz se as coisas estiverem organizadas”. Um dos projetos próprios que Fiorella e a mãe vão desenvolver juntas é a peca Disque M para Matar. A gata loira é determinada, mas detesta tudo que seja enquadrado. Exemplo: regimes. “Odeio dieta. Prefiro me alimentar bem todos os dias. Como tenho precisado muito do meu corpo, e também amadureci, decidi parar de comer glúten, lactose e carne vermelha. Minha família é de esportistas, então comer bem sempre foi prioridade”, enfatiza, referindo-se ao pai Andreas, pentacampeão de GT3 de automobilismo. Sobre a prática de esportes, a atriz corre e joga tênis semanalmente. Quando não tem nada para fazer, refugia-se em Petrópolis. “Bicho, família e natureza. Não preciso de nada mais para recarregar minha energia”. Questionada sobre suas preferências de atuação, ela é certeira. “Amo televisão, mas sonho com cinema. A televisão é a minha profissão, sou a pessoa mais feliz quando estou atuando. Já o cinema me instiga, pois vivi recentemente em Cine Holliúdy e quero mais”. Em 2014, Fiorella quer dedicar-se à reinvenção de Velna. Como ela pretende es-

tar em dez anos? “Com quatro filhos, trabalhando bastante e com estrutura para passar alguns meses do ano, viajando com a família mundo afora”. Um lugar – Maldivas Um sonho – Ter filhos A música do momento – Estou viciada em Royals da Lorde. Mas sou do rock e fã do Eddie Vedder, Red Hot e Strokes Um diretor – Louca pelo Almodóvar em A Pele que Habito. Também amo a forma como o Woody Allen retrata a vida Um livro – Dom Casmurro, de Machado de Assis Que mania – De mascar chiclete Deus – Gratidão Meu artista – Van Gogh Um vício – Amo dirigir O que te irrita – Falta de pontualidade. Marcou, está marcado Sou muito feliz – Com meu marido Flávio Eu amo – Meus gatos e cachorros Detesto... – Hipocrisia e pessoas com opiniões irredutíveis, que não se permitem O dinheiro... – É uma conquista suada O consumo – Tenho os meus momentos... A sua frase – A vida é uma só


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ENTREVISTA

DINASTIA

FRIDA

Estilista da italiana Gucci, Frida Giannini se consolida como uma das mulheres mais expressivas na moda ao aliar com elegância o passado e o futuro. Seu lema é fazer desfiles reais, para mulheres que sabem o que pretendem da moda. Em entrevista exclusiva, ela revela um pouco desse universo e como se sente confortável com ele

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Por Paula Santana Com Andressa Furtado

E

la é um dos nomes mais importantes da moda atual. Foi a escolhida para substituir Tom Ford e revigorar a maison italiana Gucci. No comando geral há sete anos, Frida foi muito além do imaginado pelo grupo PPR, que detém a marca. Mergulhou no universo de Guccio Gucci, o fundador, fez um verdadeiro resgate histórico e conseguiu criar nova identidade com a mulher Gucci. “Ela é forte, independente, sabe o que quer e para onde vai”, disse em entrevista durante a semana de moda. Discreta na vida pessoal, culta por criação e educada por natureza, ela gerencia sua equipe com a elegância e a paciência de uma líder. Há meses, voltou ao trabalho depois de licenciar-se para cuidar da primeira filha Greta, fruto do casamento com Patrizio di Marco, presidente da marca. Nesse meio tempo, cuidou do Chime for Change, campanha mundial cujo apoio vem de mulheres como Madonna, Beyoncé, Jennifer Lopez. Também na direção da Fundação PPR pela Dignidade e Direitos das mulheres, Frida Giannini foi a primeira mulher a receber o título International Designer of The Year, no Japão. A celebração dos 90 anos da marca foi um marco para, mais uma vez, evidenciar a força de Frida. Ela capitaneou inúmeros projetos em frentes distintas. Dentre eles, a Aquariva by Gucci, iates feitos por encomenda, e


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o 500 by Gucci, linha customizada do Fiat 500. Esses se referiam ao lifestyle da grife. Para celebrar o comprometimento histórico com as artes, Frida fez uma parceria com o The Film Foundation e com a Recording Academy para restaurar arquivos de filmes e músicas para as próximas gerações. A mais expressiva ação, no entanto, foi resgatar a história do fundador Guccio Gucci, abrindo o Museo Gucci em Florença, na Piazza dela Signoria. Para este momento, foram revelados acervos nunca antes abertos ao público. E ainda um espaço dedicado a exposições de arte contemporânea, café, livraria. Para o consumidor, Frida reeditou ícones criativos de Guccio com nova edição das bolsas Bamboo, New Jackie e Horsebit. Seu esforço consiste em deixar um legado para que a marca mantenha essa jornada da renovação constante. Frida é observadora e usa lugares e pessoas para desenvolver suas coleções sazonais. Costuma dizer que não é artista, logo não acredita em desfiles performáticos. Prefere seduzir suas consumidoras fazendo um elo entre passado, presente e futuro, criando a imagem de uma cliente culta, cool e feminina. “É uma mulher que quer ser respeitada por sua inteligência e conquistas. Tanto faz se é uma super profissional ou uma mãe, ou, como na maioria das vezes, os dois casos”.

Nessa jornada, mudou o escritório de Florença, instalado desde 1921, para Roma, sua cidade natal, com o intuito de renovar os ares da equipe. Diz que Roma tem espírito livre, é uma cidade boêmia, tem mercados e muitos shows. Frida tem 41 anos. É filha de pai arquiteto e mãe professora de história. Estudou na Escola de Moda de Roma. Em 1997, estreou no mercado pela Fendi. Sua história com a Gucci teve início em 2002. Diretora de Criação de bolsas, a ela foi confiado outra função: todas as linhas de acessórios da grife. Bem-sucedida no ofício, em 2005, ela assumiu também a direção criativa do prêt-à-porter feminino, antes de tornar-se Diretora Criativa da marca no ano seguinte. “Sou uma estilista e fico muito satisfeita quando um vestido que fiz consegue deixar uma pessoa normal mais bonita, e não somente as modelos nas revistas”. Em entrevista exclusiva para a GPS|Brasília, Frida falou sobre sua trajetória, processos de criação e desafios. A sua ascensão na Gucci foi meteórica. Em quatro anos tornou-se a diretora criativa da marca e o seu bem-sucedido trabalho lhe transformou numa das estilistas mais influentes do universo da moda. A que você atribui esse mérito? Eu nasci com essa paixão. Comecei a desenhar com

quatro, cinco anos de idade, e não parei mais. Minha casa era cheia de lápis e canetinhas. Meu pai é arquiteto, então eu tinha tudo o que precisava ali. Também me lembro nitidamente de quando ia na boutique de minha avó e brincava de vestir os manequins na vitrine da loja. Já que sou filha única, meus pais sempre se preocuparam com minhas escolhas e no começo não estavam muito convencidos sobre eu focar em moda. Mas a partir do momento em que comecei a ganhar várias competições e adquirir mais confiança, eles entenderam que aquele era meu caminho. Eu aprendi a ouvir meus instintos e lutar por minhas ideias. Como foi conhecer o acervo de Guccio Gucci? Guccio Gucci era um pequeno artesão florentino que estava procurando algo para criar que iria durar para sempre. Ele foi capaz de criar uma filosofia de trabalho respeitosa de tradição, enquanto tinha visão do futuro. Penso na longa jornada que a casa tem caminhado, desde o começo até hoje, sempre permanecendo fiel aos princípios de Guccio, como qualidade, artesanato, inovação e criação de produtos que transmitem uma emoção duradoura. Um dos meus grandes desafios é levar esse legado icônico para frente. E esse é o meu eterno objetivo.

Você se emocionou? Quais as décadas mais criativas da marca? Minhas primeiras memórias de Gucci são dos anos 70, época em que nasci. Era um momento de revolução na moda e uma era de ouro para a casa. “Made in Italy” estava em plena evidência e encontrou seu caminho pelos braços da ex-primeira-dama da América do Norte, Jacqueline Onassis. Ela se apegou a uma bolsa Hobo, feita pela Gucci. O estilo da bolsa foi nomeado The Jackie em homenagem a ela. Dessa história fantástica, que tem 90 anos, quais as peças e objetos criados por ele, que você considera mais importantes na trajetória da história da moda? Eu aprecio a história por trás de cada ícone. A bolsa de bambu tem um lugar especial e hoje tem tanta relevância como quando nossos artesãos a confeccionaram, em 1947. O design tornou-se um exemplo do talento dos artesãos da Gucci, que precisaram inventar soluções inteligentes para o racionamento de materiais nos tempos de guerra. O bambu-cana, que ainda podia ser importado do Japão, foi aquecido e dobrado em um semicírculo, e posto como alça decorativa sobre uma bolsa feita de pele de porco. Hoje, o bambu é um símbolo que distingue imediatamente uma peça Gucci.


ENTREVISTA

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Bamboo Shopper, Lady Lock e New Bamboo

E os sapatos, conhecidos por sua alta qualidade? Além disso, um dos itens mais icônicos em todos os arquivos da marca é o 60.º aniversário de Gucci. Os mocassins não são só uma parte crucial do patrimônio da Gucci, mas também teve um impacto na história do mundo da moda, tornando-se parte da coleção permanente do Museu Metropolitano de Arte, em 1985. Desde 1953, a beleza clássica e a funcionalidade do sapato têm permanecido a mesma. Ao assumir, você iniciou um novo capítulo pós Tom Ford, que cultuava uma mulher extremamente sexy. Você foi na contramão e extraiu o floral Grace Kelly, criando uma coleção romântica, comercial e feminina. Foi desse rompimento que surgiu a identidade de Frida na Gucci? No início, eu, claro, vi cada transição como um desafio, mas eu não estava intimidada. Minha primeira coleção, quando me tornei Diretora de Criação de Acessórios, foi Flora. O padrão floral provocou reações iniciais, “O que significa este bambu? Ele parece velho”. Eu estava confiante de que seria um sucesso e tenho o prazer

em dizer que foi. A partir do meu conhecimento em acessórios, comecei a transformar minhas ideias em roupas. Eu sempre confiei nos meus instintos e acredito em tudo o que faço. Para saber onde você está indo, é essencial lembrar-se de onde veio. Você vem de uma família culta, que preza a liberdade criativa. Suas referências vêm da música, da arte, da arquitetura? Foi aí que a moda entrou no seu caminho? Meu amor pela moda vem da conexão e de tantas outras formas de criatividade, seja fotografia, cinema, música ou arquitetura. Você está imerso em um mundo que é sempre estimulante. Suas criações têm a ver também com seu estado de espírito? O processo criativo está sempre em produção. Estou constantemente observando meu redor: pessoas, lugares, objetos. Minha visão criativa envolve certo casamento estilístico entre passado, presente e futuro, de modo que a inspiração vem tanto do meu estado de espírito atual, bem como arquivos de Gucci dos últimos 92 anos.

A vida da Frida interfere numa coleção? Ao produzir, eu nunca olho para mim em busca de inspiração, porque eu acho que realmente limita o designer. Você tem que pensar em uma ideia, um mundo, uma viagem. Quando você termina uma coleção, há uma grande parte de si mesmo, por causa do tempo e da paixão gastos com ela. No final, ela se torna um reflexo de você e de sua personalidade, mas eu acho que é algo mais inconsciente do que premeditado. Você é adepta das roupas possíveis, do comercial ao sofisticado. Como harmonizar o luxo com a solidez exigida pelo mercado? Quando entrei na Gucci, era importante estabelecer meu ponto de vista pessoal e distinguir o meu trabalho do passado. Isso significou passar do conceito de luxo popularizado, durante os anos 90, e introduzir uma abordagem menos agressiva, mais discreta. O cliente Gucci quer investir em peças da última temporada, peças icônicas com seus luxuosos tecidos e acabamentos. E a qualidade de hoje leva adiante os mesmos padrões do fundador Guccio Gucci. Tenho o prazer de dizer que a Gucci é in-

teiramente “made in Italy” com a exceção dos nossos relógios, que são feitos na Suíça. Você faz interferências com astros: James Franco, Rihanna e Claire Danes. Por quê? Hollywood tem a sua importância para a moda além do tapete vermelho? Ao longo de muitos anos, Gucci e glamour sempre foram sinônimos. Desde os anos cinquenta e sessenta, o rótulo tem sido abraçado por celebridades e socialites. Jet setters são fotografados em todos os lugares, usando suas peças favoritas Gucci e acabam se tornando embaixadores. Hoje, eu gosto de colaborar com personalidades, porque elas estão frequentemente dispostas a correr riscos e compartilhar minha mesma ambição de evoluir e inovar continuamente. Como você define a mulher Gucci? Ela é culta, sensual, sofisticada e discretamente conservadora? A mulher para quem eu desenho é ao mesmo tempo feminina, elegante, sofisticada e confiante. Ela nunca pode deixar para trás a sua atitude e seus costumes. Não é sobre a aparência, mas sim a etiqueta e o equilíbrio com que ela se apresenta.


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RAINER CADETE O NOSSO ASTRO

Por Marcella Oliveira Fotos Celso Junior Styling Marcus Barozzi Beleza Max Araújo

A

primeira vez que o ator brasiliense Rainer Cadete pisou em um teatro foi direto para o palco. Tinha 15 anos e não estava lá para assistir a peça, mas para atuar nela. Tudo aconteceu no Teatro Galpão, no Espaço Cultural Renato Russo, na Asa Sul, com um papel em Revolução na América do Sul, dirigido pela brasiliense Adriana Lodi. Era o início de uma carreira que hoje se consagra no horário nobre da televisão brasileira. Depois de uma temporada no Rio de Janeiro, onde participou de duas novelas e fez tevê, teatro e cinema, Rainer estava de volta a Brasília há um ano. Havia feito uma cirurgia e estava sob os cuidados da mãe, uma mulher de fibra, que sempre o incentivou na carreira. “Eu sempre soube que ele tinha uma missão com a arte. Sua ascensão não é novidade para mim. Desde pequeno ele atuava sem perceber”, diz Ronalda. Para não ficar longe de seu ofício, resolveu cursar a faculdade de Cinema e ainda atuou, em janeiro, na peça Doroteia,

com direção de Sergio Menezes, cujo texto faz homenagem ao centenário de Nelson Rodrigues, no Teatro Nacional. Foi então que, em maio, sentado no sofá da casa da sua mãe, em Vicente Pires, recebeu uma ligação: o convite para participar de Amor à Vida. A novela já tinha começado e ele assistia daqui o início da trama. Dias depois, estava no Projac, no Rio de Janeiro, em sua primeira cena, ao lado de Antônio Fagundes, Marcello Antony e Mateus Solano. “Foi muito louco. Imagina que eu era um espectador e, de repente, estava lá contracenando com personagens do horário nobre”, revela o ator de 27 anos. Leonino, Rainer é mais que sociável. Mas curte a espiritualidade. Joga tarô mitológico e fez numerologia para escolher sua assinatura artística. A grafia do seu nome é Rhayner, de origem alemã, escolhido pela mãe por conta de uma grande paixão que ela viveu com um alemão na juventude. “Acredito muito nessas coisas. E tenho sede de autoconhecimento”, diz o ator, que faz aná-

lise e estudou quatro anos de Psicologia paralelamente ao seu trabalho como ator. Apaixonado por Brasília, não é difícil encontrá-lo por aqui. Vez ou outra, gosta de ferver com os amigos, em reuniões em casa ou nas festas realizadas no Museu da República. No circuito artístico local, Rai, como é chamado pelos amigos, transita com naturalidade, o que já não acontece em outras capitais, uma vez que seu personagem vem crescendo na novela e, consequentemente, trazendo a fama. “Brasília para mim é família. Sou muito caseiro. E tenho orgulho de viver aqui”, conta, dizendo que ama o Parque da Cidade, onde gosta de ir com seu filho Pietro, de seis anos, que mora na Capital com os avós maternos e recebe visitas constantes do pai. “Sofro por não estar mais perto do meu filho, mas tenho que cumprir minha missão”, afirma. Rainer aceitou de prontidão o convite da revista GPS|Brasília para estampar este editorial. Tudo se realizou em uma tarde chuvosa

de quarta-feira, tendo como cenário uma casa dos anos 1970 assinada por Oscar Niemeyer, no Lago Sul. Entre um figurino e outro, mostrou-se à vontade. Afinal, estava em sua terra natal e entre amigos. Ao longo dos cliques, contou um pouco dos bastidores da novela e o quão tem aprendido contracenando com mestres da dramaturgia. Ao acessar o e-mail pelo celular, disse ter recebido os próximos capítulos, sem revelar qual é o futuro do seu personagem. Em sua passagem rápida pela cidade, ainda conseguiu encontrar a mãe, o filho e amigos. Jantou no Pontão do Lago Sul, atendeu carinhosamente ao pedido de algumas fãs, contou um pouco da sua relação com a cidade e falou da carreira, relatando a sua dedicação na expectativa de ser contemplado com o contrato com a emissora. No dia seguinte, voltou para o Rio de Janeiro, para retomar a intensa agenda de gravações, que lhe dão apenas dois dias de folga semanais. “Vivo um momento especial”, resume.


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Novela O Rainer que apresentamos aqui é diferente do doutor Rafael, o advogado sério e sensível de Amor à Vida. O terno, a gravata e o jeito de falar fazem com que o jovem ator cresça em cena. Incorporou tão bem o papel, que é abordado na rua por fãs, brincando que querem o contratar como advogado. A preparação para o personagem foi intensa. Frequentou aulas de Direito, assistiu seriados que abordam o tema e conversou com amigos que atuam no ramo. “Eu não entendia nada do assunto. Hoje conheço meus direitos, não levo mais calote”, brinca, refe-

rindo-se a trabalhos de modelo que já fez e não foi pago. Mas o lado sentimental do ator também é colocado à prova quando se envolve com Linda, a personagem autista interpretada pela atriz Bruna Linzmeyer. “Ela está entregue ao papel, é bonito de ver. As cenas envolvem muito amor e o resultado é emocionante”, avalia, revelando sua admiração pela atriz. Os quatro anos de Psicologia que cursou ajudaram na construção da relação com o autismo. Rainer fez seu personagem mergulhar no universo de Linda e lidar com a doença de uma forma lúdica e leve.

“Surgiu um amor puro entre eles. E o público torce para o romance dar certo”, diz. “Espero que ele não magoe Linda. Senão serei penitenciado nas ruas”, comenta. O sucesso do doutor Rafael é notório. No Rio de Janeiro, já houve gente que bateu na porta de sua casa, na praia da Barra, mandou bilhetes e fez declarações. Ele recebeu até proposta de casamento. Em Brasília, o assédio é maior. “Já estive rodeado de mulheres, dizendo que eram loucas por mim. Eu acho estranho, porque não estou acostumado. Mas quando a abordagem é de forma carinhosa, a gente vê

que o trabalho é reconhecido”, diz o ator, que exibe boa forma em seus 1,78 de altura. Além da telinha, Rainer pode ser visto nas telonas. Depois de alguns trabalhos em curtas-metragens, estreia em longas, como Cine Holliúdy, de Halder Gomes, exibido nos cinemas de todo o Brasil, depois de passar pelo Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, em setembro. “Passamos um mês filmando no Ceará. É um filme muito divertido, garante boas risadas”, afirma.

Brasília Nascido na Capital Federal, foi nas ruas de Samambaia, re-


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gião administrativa do DF, que Rainer passou sua infância. “Minha casa era de alvenaria, mas havia barracos e a rua não era asfaltada”, lembra. Como tinha asma, sua mãe não o deixava brincar nas pistas empoeiradas. Restava encontrar algo dentro de casa, que envolvia o tarô de sua mãe e as magias da vida cigana. Foi assim que Ronalda, a quem chama de mãezinha, tornou-se fundamental na jornada de Rainer. “Ela sempre foi muito espalhafatosa. Era taróloga, participava de feiras místicas no Brasil e em diversos pontos do mundo. Então vivi muito isso na minha infância. Ela me fantasiava de ciganinho e eu dançava pela sala”, revela. Mas a timidez era recorrente na rotina de Rai. Para quebrar a inibição e deixá-lo mais sociável, a mãe o colocou em uma colônia de férias do Teatro Mapati, aos nove anos. “Me apaixonei pelo teatro naquele momento. Foi uma sementinha plantada que só foi germinar mais tarde”, lembra. A vida de Rainer deu uma reviravolta aos 12 anos, quando a mãe se casou com um italiano e se mudou para Roma. “Vivi outro extremo. De uma simplicidade extrema, de repente eu estava em um prédio no centro de Roma. Estudei em um colégio tradicional e aprendi latim, inglês, italiano e espanhol. Foi um banho cultural”, revela. No berço da história, Rainer viveu por dois anos. Além da escola e das aulas de línguas,

fez curso de modelo e iniciou alguns trabalhos. Foi outra boa experiência. Sua volta ao Brasil foi às vésperas dos 15 anos. Ronalda foi chamada para tomar posse em um concurso público. Já instalado na Capital novamente, decidiu seguir com a carreira de modelo para se manter, enquanto finalizava os estudos.

Ator Mas as aulas de teatro da colônia de férias ainda estavam na memória. Foi quando conheceu o Espaço Cultural Renato Russo, na Asa Sul, e iniciou um curso gratuito de três anos com a atriz Adriana Lodi. “Ela trabalha com o ator como criador. Lá tive a oportunidade não só de aprender a atuar, mas de conhecer todo o universo do teatro. Não era apenas um personagem. Pude dirigir, escrever, montar o cenário. Conhecer o fazer teatral”, conta. No primeiro ano do curso, fez sua estreia no Teatro Galpão com a peça Revolução na América do Sul. “Foi a primeira vez que entrei em um teatro. Nunca tinha assistido uma peça. Num caminho inverso, subi no palco antes de sentar na plateia”, lembra. Foi quando ele percebeu que, como gosta de dizer, ser artista é sua missão. “Ainda bem que deu certo. Eu não saberia fazer outra coisa”, afirma. Com o grupo, apresentou três peças. Uma delas, chamada Muro, esteve no Teatro Nacional. “Foi incrível”, diz. Nesta época, estudava no Centro Educacional Elefante Branco,

participava das aulas de Artes Cênicas na escola e se destacava, diferentemente do garoto acuado da infância. Paralelo ao teatro, fazia comerciais e peças publicitárias. Não era difícil ver o rosto dele estampado em propagandas pela cidade. Realizou trabalhos ao lado da então namorada, Aline Alves, mãe do seu filho, de quem está separado há quase dois anos. Juntos, modelaram em eventos de moda de Brasília, enquanto a oportunidade profissional não chegava.

Rio Além de Samambaia, morou no Cruzeiro e no Guará. Aos 18 anos, em 2005, disposto a tentar a sorte na cidade das oportunidades para atores, seguiu para o Rio de Janeiro com a namorada. “Fui na coragem, sem saber o que iria encontrar. Morei com modelos, fiz figuração, inúmeros testes. Os muros do Projac pareciam muito altos para mim”, conta. Sem saber qual seria seu futuro como ator, transferiu a faculdade de Psicologia que começou a fazer no UniCeub, em Brasília, para a Universidade Veiga de Almeida, no Rio de Janeiro. “Escolhi a Psicologia porque eu queria entender mais sobre a mente humana, nunca quis ser psicólogo. Queria estudar o inconsciente. Acredito que para um artista, tudo pode agregar e se transformar em arte”, afirma. A conclusão do curso não aconteceu. Ficou o estágio e a monografia, mas a atribulada vida de ator impediu o término.

Depois de frequentar a Oficina de Atores da Rede Globo e a Casa das Artes de Laranjeiras (CAL), Rainer participou de um capítulo da novela Caras e Bocas, em 2009. Em seguida, ganhou um personagem na novela Cama de Gato. “Até agora só fiz papel de bonzinho. Sou louco para fazer um vilão”, revela.

Projeto Até janeiro, Rainer viverá o doutor Rafael. Depois disso, estreia de um projeto em homenagem ao centenário de Vinícius de Moraes. Ao lado das cantoras Ellen Oléria e Maria Gadú, montará uma peça com a direção de Rodrigo Nogueira. “Será de graça. Para que pessoas possam ir ao teatro pela primeira vez, como aconteceu comigo. Quero fazer muito por Brasília. Ela inspira arte. Tem universidadade que movimenta um pensar artístico”, acredita. Rainer vive um momento de crescimento. Quer voltar ao curso Cinema. “Estou muito concentrado no trabalho. Tenho paixão pelo que faço. Em vários momentos pensei em desistir, mas sempre apareceu um anjinho e me fez insistir, persistir”, diz. De fato, o menino tímido morador de Samambaia que sonhava um dia estar na tevê nem acredita que tal desejo se cristalizou. “Brasília é a cidade dos sonhos, pois surgiu de um. sonho. Vivo hoje o que parecia ser muito distante na minha vida. É incrível. Hoje, os muros do Projac não são mais tão altos”, conclui o ator.


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COISAS DE PS

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Pah!!!

Uma das pessoas incríveis que conheci em 2013 foi o fashion consultant Raphael Mendonça. Carioca, mas atuando em São Paulo, ele é um dos profissionais mais requisitados no fashion world. Faz campanhas para grandes marcas e assina editoriais expressivos. Quando pode, adora palestrar sobre lifestyle. Ele também monta um guarda-roupa tipo incrível para quem curte a praticidade de um personal stylist. Rapha estudou no Studio Berçot, em Paris. Rodou pelas principais capitais do mundo. Acabou fazendo morada em Nova York durante seis anos, e volta sazonalmente para assinar alguns desfiles. Divertido, cool e so criative, Rapha curte a capital da República e quer muito nos conhecer melhor. Vem, Rapha!

GoConheci Allegra, go! no estúdio do fotógrafo do Andre Schiriló, em São Paulo, o trabalho da marca Mini U.S Urban Style, dos sócios Tico Sahyoun, exLos Dos e Mandi, Luciana Arcangeli e Allegra Schiriló. A proposta easy going é direcionada para garotos com idade entre 2 e 12 anos. Com o manifesto #coxinhanao, a Urban tem identidade fun e se distancia dos ícones óbvios do universo infantil. A estreia no mundo virtual é em dezembro pelo site www.minius.com.br.

Biblioteca Curte um guia de viagem? Eu também adoro. Em especial os da Louis Vuitton, que eu nunca resisto e compro. Desde 1998, a LV compartilha seu espírito viajante com o City Guides. O que acho legal é que eles revelam a alma das cidades e propõem uma apurada seleção de endereços escolhidos de forma assumida e intuitiva. Ao total, são quinze cidades do mundo. A novidade é o estojo em madeira laqueada, disponível em cinco cores aciduladas, lançado para celebrar os 15 anos da coleção. Me chamou a atenção as imagens do coletivo de fotógrafos Tendance Floue, que assina aqui uma produção inteiramente inédita de 300 fotografias. As tipografias também são very cool. A fonte Futura foi desenhada por Paul Renner, em 1932, e a fonte Arno Pro por Robert Slimbach, em 2007, para Adobe.

Quem sabe?

Ainda no clima gélido, se liga na nova rota de cruzeiros pelo Alasca para 2014. A bordo do Seven Seas Navigator, recentemente restaurado e com capacidade para 490 hóspedes, o navio segue pelas principais cidades do estado norte-americano, como Anchorage, Ketchikan, Sitka e Juneau. O embarque pode ser feito em Vancouver ou em San Francisco. As saídas começam em maio e custam média de USD 4 mil por pessoa a semana. Para descansar...


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Um sonho Conhece a marca italiana Zucchi? Ela acaba de abrir lojas no Brasil: duas em São Paulo - na Rua Oscar Freire e no Pátio Higienópolis - e uma em Brasília, no ParkShopping. Trata-se do maior grupo italiano de home fashion. A fama vem dos tecidos feitos a mão desde a sua abertura em 1785. Os desenhos em folhas detalhadas, feitos com moldes de madeira e metal trazem de florais e paisley até os primeiros artistas vanguardistas representados pela Art Nouveau e Art Deco. Vale conhecer. A empresa ganhou, em 1997, o Prêmio Guggenheim pelo acervo têxtil apresentado em um museu criado pela família.

Momento criativo O stylist brasiliense Yan Acioli está em todas nesta temporada. Lançou sua linha de acessórios pela Le Sis, das irmãs Ana Luiza e Maria Clara Antunes. Correntes, nó de marinheiro, conchas e cavalo-marinho foram alguns dos elementos que caracterizaram os 20 modelos. Amei o brinco de pérolas (foto). Tem mais. A Cute and Chique pediu que Yan estampasse seis t-shirts para meninos e meninas com o tema Egito. A tiragem é limitada. Corre lá no e-commerce da marca.

Refresh

Quem estiver em Paris e passar pelos magazines, a boa nova: a mais tradicional marca de couro francesa, a Fauré Le Page acaba de chegar, com exclusividade, à Galeries Lafayette Haussmann, precisamente no piso térreo da loja de departamentos. Fundada no começo do reinado de Luis XV, em 1717, a marca é uma empresa familiar de 300 anos. E o agradabilíssimo Le Bon Marché redesenhou todo o espaço de acessórios femininos, com vastos murais iluminados em nichos dourados. Bem bonito. O local abrigará criações avant-garde, como as Delvaux e Valextra, Pierre Hardy, Jerome Dreyfuss e Sophie Hulme.

Para começar

A jovem estilista Priscila França é a nova aposta do segmento local. Depois de dar uma rodada pela Europa, fazer morada em Londres e estudar elementos da moda, ela volta para casa e abre seu ateliê no Lago Norte. As peças são despretensiosas e têm leve apelo boho. Como ela disse, em sua apresentação para esta coluna, “é um produto sem tempo, nem ocasião”. Na foto, Priscila elegeu Gabi Constantino como sua bela que traduz sua grife.

Mudança de ares Às vésperas de encarar o ensolarado verão do Hemisfério Sul, dei uma espadinha rápida para conhecer Telluride, no Colorado, a cidade histórica que guarda prédios dos anos 1800. Foi lá que o famoso ladrão Butch Cassidy iniciou sua carreira de assaltos, em 1889, ao lado de Sundance Kid. A estação integra o casting da American Airlines SkiClub, que tem 16 estações de esqui entre Califórnia, Colorado, Utah e Wyoming. Para quem ama esquiar, é bom saber: a Condé Nast Traveller elegeu o Telluride Ski Resort por dois anos consecutivos o preferido dos norte-americanos.



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mood nas salas de desfile. Trata-se do minimalismo imperador, a referência das musas inspiradoras das fashionistas: a parisiense. Ela vive de modo prático, mas jamais perde a classe. Preza qualidade, despreza ostentação. A vida real de uma verdadeira profissional da moda é nada de afetação, tudo de elegância. Veja as representantes dessa nova ordem.

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á ouviu “this is new look”, frase célebre da década de 50, quando Christian Dior resgatou a feminilidade pós-guerra? Então, uma nova estética apresentada especialmente por Lanvin, Givenchy, YSL no início de 2013 se consolida nesta temporada, afirmando o effortless glam das francesas. As trendsetters das semanas de moda europeias exalaram esse novo

Olivia Palermo

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Amante de arte, história e moda, Paulo Araújo é atualmente o profissional de alta-costura mais celebrado pelas noivas. Dedicado e com trabalho absolutamente manufaturado, suas criações têm alma, requinte e leveza


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Por Marcella Oliveira Fotos Celso Junior

A

parede branca com um sofá claro na sala de estar da casa do estilista Paulo Araújo, no Lago Sul, é como uma tela pronta para o artista iniciar sua obra. É neste local que ele encontra pela primeira vez sua cliente, uma mulher animada ou aflita por fazer valer o seu sonho de vida: o vestido de noiva. Começa ali um trabalho que se concretiza no altar. Com mais de 25 anos dedicados à altacostura, Paulo contabiliza histórias, amigos e lembranças de uma vida recheada de moda, arte e cultura. Tudo o que ele ama. Paulo Araújo faz da sua casa um pequeno e nobre museu, cujas peças são garimpadas em leilões seletos, realizados na capital francesa. É de lá que ele traz seus objetos e realiza sua pesquisa têxtil, que envolve tradição e artesania. A obra que mais chama a atenção é a escultura L´Ésprit de La Danse, de Jean Baptiste Carpeaux, ao lado de um piano Essenfelder, de um quarto de cauda. O ambiente é clássico e tem ar aristocrático. Com o correr dos olhos, descobre-se a riqueza de detalhes. Há esculturas e espelhos de todos os tamanhos. Livros de arte e moda. Candelabros, cristais, luminárias e castiçais. O ambiente exala romantismo, com anjos e querubins. O charme está nos pequenos objetos. Um vidro de per-

fume, caixas de música, um binóculo, um porta-agulhas, um chocalho com a marca dos dentes de uma criança, uma caixa de pó de arroz. Ou ainda papeis de carta, um livro de missa, de 1852, editado em Paris, e uma microbolsa de bailes. Paulo coleciona abridores de cartas, de vários modelos e estilos. Tudo está catalogado, com a data e o local de compra. O zelo e o apego com cada um dos itens é evidente. Mas comprar tudo ali é possível. Difícil é resistir. Ficar ali por horas e ouvi-lo contar a história de cada uma daquelas dezenas de peças pode ser um deleite. “Esses objetos mostram a beleza que havia no mundo e que precisa ser resgatada. Tudo tem um valor histórico”, diz. O resultado é um ambiente aconchegante e repleto de elegância. O estilista optou por receber suas clientes em casa. Começou no antigo apartamento na 305 Sul e há 13 anos se instalou na Península dos Ministros. “Receber em um ambiente familiar personaliza o trabalho”, acredita. O atendimento é realizado na mesa da sala. A cadeira onde Paulo senta-se está posicionada de frente para sua tela preferida, A Volta do Filho Pródigo, do pintor italiano Lubra. “É um filho ganhando um abraço do pai. Quem me procura, quer esse abraço, quer se sentir uma especial. Esse quadro me inspira”, revela.

Por dia, cerca de 14 clientes são atendidas pelo estilista. Ao final, passaram-se doze, quinze horas de trabalho, em que Paulo se reveza entre atendimento, prova e confecção com sua equipe de costureiras e bordadeiras. “O ritual se concretiza quando tenho o sorriso pleno delas. Minhas roupas no cabide ou na boneca não são nada. É preciso alma”, afirma.

No espelho Paulo Araújo acaba se tornando um amigo da noiva. Muitas vezes, torna-se psicólogo ou confidente. O reconhecimento do seu trabalho pode ser visto nas caixas e caixas que ele guarda com carinho, repletas de cartões de agradecimento. Tudo isso é resultado de um trabalho impecável, é claro, mas, sobretudo, do esmero e da dedicação com os quais o estilista se comporta. A primeira conversa é longa, dura até duas horas. Paulo quer saber tudo. A história da família, como o casal se conheceu, onde vai ser a cerimônia, o que as mães vão usar. Para ele, é importante harmonizar o convívio das roupas no altar. “Cada detalhe é essencial para me abrir um leque de ideias e construir a roupa, até mesmo o número de convidados. Quero, por exemplo, saber quantas pessoas vão abraçá-la naquele dia”, exemplifica. Com papel e lápis na

mão, desenha ali o primeiro esboço do vestido, a partir de um desejo ou até de uma peça de família. “Cada vestido tem uma história”, afirma. É preciso paciência. A noiva tem que curtir o momento. São cerca de oito provas. O vestido é montado no próprio corpo, usa-se cerca de oito mil alfinetes, e ela chega a ficar mais de uma hora em pé, com Paulo, esculpindo cada detalhe. São tecidos nobres bem costurados, que juntos parecem ser uma peça só. E têm detalhes de rendas, pedrarias arrematadas em leilões ou feiras de antiguidades francesas. São itens que fazem a diferença e revelam o zelo do estilista. O laço recortado de uma toalha de mesa, a peça de um enxoval, o recorte de um mosqueteiro imperial, a barra de uma tolha de missa ou a gola de um babador Dior, usado em 1920. Em seu ateliê, há inúmeras caixas com essas verdadeiras relíquias. “Cada pedaço tem o documento e uma história”, analisa. Paulo não trabalha com aluguel de vestidos, apenas com a venda. Cada peça é única e leva em seu avesso o nome da cliente bordado. “Não é uma roupa inteira tamanho 38 ou 40. É personalizado. O busto pode ser 42, a cintura 38 e o quadril 44. Não tem como colocar um manequim. Não acredito em vestido feito em série. É um casamento”, explica.


PERFIL

E, depois de pronto, a preocupação de Paulo não termina. “Acompanho as joias, os sapatos, o buquê. Faço questão de que os acessórios estejam em harmonia com o vestido”, explica. Quem está sempre ao seu lado na composição do look é sua grande amiga e parceira, Dora Tiago, uma mulher apropriada de extrema sensibilidade e bom gosto com tudo o que se refere a ornamentos. “Trabalhamos juntos há 15 anos. A sintonia é tão grande que basta uma ligação minha, a descrição do vestido e ela já capta qual a mantilha, véu ou peça ideal para casar com a roupa”, conta. Mas o trabalho de Paulo só se encerra mesmo às portas do altar. Ele faz questão de vesti-la. Auxilia na entrada e saída do carro. Arruma o véu

e a grinalda. E dá o toque final em cada um que também ruma pela nave da cerimônia. “É um serviço de ordem. Já até carreguei noiva no colo para não molhar a barra do vestido”, conta. Ao final, volta para casa, feliz, em realizar mais um sonho.

A carreira E pensar que antes de se descobrir entre tecidos e alfinetes, Paulo foi professor, bancário e promotor de eventos. Nascido no Rio de Janeiro, chegou em Brasília em 1972 e cursou História e Geografia. Mas largou tudo para seguir seu dom. Em 25 anos de trabalho, Paulo Araújo tem três Agulhas de Ouro, um reconhecimento nacional por seu trabalho com a alta-costura. E tudo começou quando Bra-

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sília não tinha tradição nessa área. “Falava-se que o melhor costureiro era a ponte-aérea.” O ano era 1987 e Paulo fazia seus próprios ternos para trabalhar no banco. Em um quarto do apartamento onde morava, montou um miniateliê. No final daquele ano, pediu demissão do banco e se formalizou: começou a costurar ternos, camisas e até gravatas para os colegas e, em seguida, saias e camisas. Em 1990, surgiu o primeiro convite para fazer o vestido de noiva, de uma amiga pessoal. Até então, só tinha trabalhado com alfaiataria. “Foi um desafio. Mas descobri que o processo e a técnica eram parecidos”, revela o estilista autodidata, que nunca estudou desenho, moda ou costura. Assim, começou a diminuir a

clientela masculina e aumentar o volume de noivas. Tudo o que Paulo sabe aprendeu sozinho, com a experiência e muita pesquisa. O estilista tem sede pelo conhecimento. Culto, faz questão de dividir sua experiência. É a alma de professor que ainda carrega. “Eu vivo da informação e dou muito valor a ela. As pessoas precisam conhecer o que usam. Tem que saber que o pretinho básico custou a dor de uma pessoa, por exemplo. E cultura não é o que você armazena, mas o que passa para frente”, diz. Foram muitas dificuldades enfrentadas até se consagrar como um dos melhores estilistas do Brasil. “Tive três crises, durante as mudanças de moeda. E ainda ninguém sabia quem eu era. Havia carên-


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cia de tudo em Brasília. Até hoje não há uma grande loja de aviamentos. Meu primeiro desfile foi com tecido emprestado. No dia seguinte, desmanchei todos os vestidos e devolvi a matéria-prima. Mas a dificuldade ensina”, avalia. Para Paulo, o vestido de noiva torna-se uma peça de família. “Depois é possível transformá-lo. Por isso, investir na qualidade do material e do trabalho é fundamental”, conta. “Não podemos ficar refém do que se intitula como tendência. A moda é cíclica. Daqui a dez anos, a cliente olha seu vestido de noiva e percebe que não se arrependeu da escolha”, defende. “Não faço trabalho numérico. Vivo o que Chanel, minha musa inspiradora, viveu na década de 70, quando veio a produção em massa, e ela manteve a manufatura. Ando na contramão da moda”, analisa.

Paixões Aos 51 anos e com um ritmo intenso de trabalho, Paulo Araújo já pensa em desacelerar. Daqui a três anos quer passar oito meses em Paris, cidade que ama e onde está com frequência, e apenas quatro em Brasília. Viajar pelo mundo é um de seus maiores prazeres. O estilista conheceu a França em 1985 e foi amor à primeira vista. “Gosto de respirar o ar, simplesmente andar na rua, observar as pessoas. É a capital do belo, da sofisticação e do respeito”, acrescenta ele que tem como lugar preferido o Jardim de Luxemburgo.

Conversar com o estilista Paulo Araújo é esquecer do tempo. São muitas histórias para contar. Sempre de coluna ereta e muito elegante, mostra em pouco tempo de conversa sua educação e cultura. A grande inspiração são seus pais, que fizeram 60 anos de casados. “Acredito que o diferencial do meu trabalho é o meu comprometimento. E isso veio com a educação dada por eles”, afirma. Paulo leva uma vida discreta. Muito caseiro, faz questão de almoçar com a família aos domingos. Dia sim, dia não, toma um banho de piscina à meia-noite. Aos sábados, depois de colocar suas noivas no altar, também não resiste a um tempinho na água sob o luar e uma boa música clássica. Apesar de viver colado no seu tablet e no smartphone, é um homem tradicional. Não viaja sem mandar um cartão postal para uma pessoa. “Ainda sou adepto ao telegrama e ao correio”, conta. Um docente que tem sede em compartilhar conhecimento não poderia fazer outra coisa senão escrever um livro. Paulo Araújo já reúne fotos e momentos para compor seu projeto chamado A História dos Alfinetes, ainda sem data. Vai reunir sua experiência profissional e também um pouco da história dos objetos que tem em casa. “Tenho paixão pelo que faço e isso me inspira a criar o belo ao longo dos meus árduos dias de trabalho”, conclui.


ENTRE NÓS

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POR PATRÍCIA JUSTINO pjustinovaz@gmail.com

Wish List

Item número um na minha wish list é a bicicleta (ou seria it-bike?) da empresa Martone Cycling co. O seu fundador, Lorenzo Martone, paulista radicado em New York (ex-Marc Jacobs), desenvolveu o produto com a intenção de que ele chamasse a atenção tanto nas ruas, quanto dentro de casa. A fashion bike Martone é quase um objeto de decoração com pegada retrô. Nas versões masculina e feminina, disponível em cinco cores (preta, branca, vermelha, dourada e prateada), ela já conquistou fashionistas do mundo inteiro. Quero a minha já! www.martonecycling.com

Riviera Maya

Quem ainda está em busca de um lugar badalado para passar o Réveillon ou as férias, uma ótima pedida é a paradisíaca e sempre fervida Playa del Carmen, no México. Cosmopolita, a cidade oferece diversão tanto nas praias de areias branquíssimas, quanto fora delas. Nos últimos anos, a cidade bombou de turistas e, com isso, atraiu empresas de todos os setores, tornando-se uma das cidades mais bem atendidas na riviera maya. Em Playa del Carmen podemos desfrutar da atmosfera boêmia tropical em um ambiente de luxo. Vilas, condomínios requintados e inúmeros hotéis boutique estão disponíveis para abrigar os exigentes frequentadores, sem falar nos restaurantes de cozinha internacional, night clubs, artesanato e lojas de grife... é uma incrível mistura que torna a cidade um ótimo lugar para encontrar pessoas interessantes de todo o mundo! Informações: Teresa Perez Tours (61) 3217-2300

Presente siciliano

Apaixonada pelo poder e opulência das pedras preciosas, a dupla Domenico e Steffano, estilistas da grife Dolce & Gabanna, lançou uma edição limitada de make-up para o Natal, com inspiração nas joias sicilianas. Nas cores Rubi, Topázio, Ametista e Esmeralda, a coleção inclui quatro batons e quatro esmaltes que são puro glamour. Se você é do tipo que prefere cores nudes e aspectos naturais na maquiagem, esqueça! Esta linha remete ao brilho e irreverência dos mosaicos bizantinos, e foi feita para mulheres que adoram chocar! www.dolcegabanna.com.br


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A bela da vez

Poucas e boas pessoas de Brasília tiveram o prazer de conhecer a sensibilidade do olhar e o toque todo especial das habilidosas mãos da beauty artist Juliana Rakoza. Trazida recentemente pela Quintal Produções para ministrar um workshop de automaquiagem, a maquiadora paulista, campeã do Prêmio Avon na categoria Editorial de Moda, hoje é reconhecida no mundo todo pelas maquiagens que cria, especialmente para campanhas, editoriais e desfiles de moda. Beldades como Sabrina Sato, Ana Furtado, Luana Piovani e Cláudia Raia já estiveram sob os seus cuidados... a Juliana é nada menos que um dos nomes mais cotados das semanas de moda de Nova York, São Paulo e Rio de Janeiro. Quer conferir? www.julianarakoza.com

Made in Brazil Dior High Jewelry

Joias, cores, brilho, poder... vamos combinar que, de vez em quando, adicionar um pouco de drama às nossas vidas não faz mal nenhum, não é mesmo? E em se tratando de joias, a onda do momento é extravasar! Podemos colocar de lado os diamantes brancos (por alguns instantes) e se jogar nas peças com gemas coloridas de diversos tamanhos e texturas. Exatamente como vem fazendo o diretor criativo de joias e relógios da Dior, Victoire Castellane. Desenvolvendo peças cheias de personalidade, as inspirações do moço vêm desde o mix de silhuetas da alta-costura, seguindo pela explosão de cores dos campos florais, onde Christian Dior passava sua infância em propriedades da família, e até mesmo dos arquivos de tecidos coloridos da maison francesa. É de babar!

www.dior.com

Me enche de orgulho ver as portas do mundo sendo abertas para designers brasileiros, principalmente, em lugares badalados, onde a maioria dos profissionais gostaria de estar. Essa é a experiência vivida pela designer gaúcha Simone Coste. Com talento ímpar, fez cursos de arte e design em Nova York e São Paulo, debutou no campo da joalheria nos anos 90 e em pouco tempo já tinha sua coleção nas vitrines das renomadas lojas Barneys NY (onde vende suas peças até hoje). Em busca de novos desafios, enveredou também para o design de mobiliário, criando peças exclusivas, que são vendidas em série limitada e numerada em showrooms de móveis high-end como Avenue Road (New York, Toronto e Miami) e Micasa (São Paulo). Simone faz arte na forma de móveis e joias, e suas peças, que podem ser esculpidas em bronze, pedras naturais ou resina, já fazem parte de algumas coleções particulares internacionais de peso. Confira! Rua Baltazar da Veiga 335 - 112 Vila Nova Conceição São Paulo Contato: (11) 99277-7070


VERÃO

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Jo de Mer - R$ 300

Água de Coco top R$ 249 e tanga R$ 199

Cris Barros R$ 342

Isolda para Dona Coisa - R$ 430

Salinas top R$ 119 e tanga R$ 109

BEACHWEAR

O tradicional cortininha, o modelo cropped, as estampas geométricas, monocromáticas ou de frutas. De todas as formas, o biquíni brasileiro é um clássico e é peça obrigatória na sua mala de viagem

Lenny Niemeyer

M. Missoni - R$ 530 Maria Filó - R$ 239

Cia Marítima - Top R$ 88 e Tanga R$ 88



JARDIM

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Prada - R$ 2.210

Brincos Saffiano Flowers, Prada R$ 940

Fillity - R$ 488 Short de seda, Raquel Mattar - R$ 528

Dolce&Gabbana

FLORES

A natureza invade o closet das fashionistas e o resultado ĂŠ uma explosĂŁo de cores vivas que se misturam e se complementam nas diversas formas e estampas.

Miu Miu - R$ 1.500

Miu Miu - R$ 1.500

Vestido, Eva - R$ 499


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www.gpsbrasilia.com.br Miu Miu - R$ 690

Miu Miu - R$3.170

Pat Bo - R$ 847,50

Cia Marítima - top R$ 118 e tanga R$ 118 Cia Marítima - R$ 298

ISLA - R$ 575

Blazer flores Gobelin, Red Valentino - R$ 2.500

Saia Gobelin, Red Valentino - R$ 1.140

Ortiga


BELEZA

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Divine Night KohlPowerEyePencil - MAC R$ 66 (cada) Gloss Disco Ball, Sephora - R$ 29

Anarchy Face Case, Urban Decay - R$ 259

Contem 1g R$ 38 Divine Night Mineralize Eye Shadow, MAC - R$ 99

VIDA EM COR Na hora de fazer a maquiagem, escolha tons que valorizam a pele bronzeada. Batons rosa, nude, alaranjados, sombras claras e coloridas compõem o visual fresh e cool que a verão pede

Batom Urban Decay Revolution Lipstick, Urban Decay - R$ 118 Batom Cremoso RS Ameixa Leblon, O Boticário - R$ 31,99

Even Better Powder Makeup SPF 25, Clinique - R$ 169

Different Nail Enamel Summer Trend, Clinique - R$ 57 (cada)



SOCIAL

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Guilherme, Nadim, M么nica, Bernardo e Gustavo Haddad

NADIM, 50

In锚s Martins, Souab Haddad e Myrian Oliveira

FOTOS: FELIPE MENEZES

Nadim Haddad brinda seus 50 anos com encontro para 200 convidados. Organizado pela mulher M么nica Haddad, o evento trouxe performance do DJ Edy e banda Squema Seis

Maria Rafael, S茅rgio e Rosangela Levy


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Marília e Rodrigo Nogueira

Cristina e Gim Argello

Ana Claudia Carneiro e Fernanda Farah

Júlia, Daniela, Sérgio e Natalia Kniggendorf

Bia e Edmur Araújo

Sônia e In Loon Lim

Sabrina Estrela e Ricardo Queiroz


SOCIAL

Cleucy Oliveira e Claudia Salomão

FOTOS: FERNANDA FERREIRA

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VIVA, CLEUCY

Cleucy Oliveira celebra aniversário em dupla comemoração. Uma tarde oferecida pela amiga querida Claudia Salomão e outra pelas colegas de dança

Ilca, Fernanda, Cleucy, Elcy e Cleucizinha Oliveira


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Soraia Debs e Tati Vartuli

A aniversariante entre Roseane JordĂŁo e Fernanda Adriano

Junia Souto e Kika Cardoso

MĂĄrcia Bittar e Adriana Chaves

Patricia Justino e Ana Paula Gontijo

Melissa Gontijo, Caroline Collor e Marcela Villas Boas

Margarida Kalil e Elisa Monteiro


SOCIAL

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ENCANTO DE PASSARELA FOTOS: FELIPE MENEZES

Valéria Leão, Marina Slaviero e Lilian Lima promovem tarde fashionista com desfile de Sandro Barros e Sílvia Furmanovich. Altacostura e alta-joalheria se encontram Sandro Barros, Valéria Leão Bittar, Bruno Astuto e Renata Queiroz

Silvia e Alexandre Furmanovich

Lilian Lima, Guilherme Siqueira e Marina Slaviero

Vivianne Piquet

Rosângela Lacerda


Refletir o futuro em cada projeto

DISTRIBUIDOR OFICIAL

projeto arquitetônico Falanstério, fotografia Rui Miguel Pedrosa

Mercado Design SIA Trecho 3 lotes 165/195 loja 101 Encontre um de nossos showrooms através do www.lightdesign.com.br


SOCIAL

O pai da noiva, Silas C창mara, registra o momento

Eduardo Godoy se diverte

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Milena Câmara e Eduardo Godoy

RECÉM-CASADOS FOTOS: CELSO JUNIOR E UESLEI MARCELINO

Milena Câmara e Eduardo Godoy unem os laços em cerimônia seguida de festa no Recanto das Águas com o badalado DJ Papagaio. A festa reúne 270 convidados


SOCIAL

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Jaqueline Roriz, Manoel Neto e Antonia Lucia C창mara

Napole찾o Brito, Janine Portugal e Rafaela Fittipaldi

A m찾e do noivo Tilza Ferreira

Mayra Perin e Marcos Joaquim

Marta e Luis Sena

Benedito Oliveira e Juliana Sabino


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AL Ê.


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PARA

OUVIR

E

SENTIR Um dos patrimônios de Brasília, o Clube do Choro, celebra a boa fase, o reconhecimento de grandes músicos e a inserção do gênero musical na juventude brasiliense

O violonista carioca Zé Paulo Becker em apresentação na casa


MÚSICA

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Por Marcella Oliveira Fotos Celso Junior

O

clima do início da noite é de descontração. Mesas de boteco, com drinks e petiscos, o bate-papo rola solto. Na hora marcada, as luzes se apagam. O burburinho acaba. O ambiente passa a ser como um teatro. No palco, a música é tocada com paixão. Uma mistura de bar com ambiente teatral que só se encontra no Clube do Choro de Brasília. “Brasília já foi a capital do rock, mas é mais legítimo sermos a capital do choro, por sermos a Capital do País e o choro ser brasileiro. Podemos apreciar outros gêneros, mas no nosso sangue corre uma coisa diferente”, defende o presidente do Clube do Choro, Reco do Bandolim. E é no Clube do Choro que a história musical brasileira se mantém viva. É um ambiente de prestígio à musica. O som é o atrativo da noite. Antes de o show começar, há o aviso de que é um lugar onde se faz silêncio durante a apresentação. Afinal, você está prestes a ver um espetáculo de sons. Em quase 40 anos de existência, registra mais de dois mil shows e uma plateia estimada de 500 mil pessoas. E naquele clima intimista é possível viajar na música. Os artistas no palco parecem estar em transe, por conta da concentração e do prazer em tocar. Exalam amor pelo que fazem. No palco do Clube do Choro de Brasília já passaram muitos artistas importantes,

como Altamiro Carrilho, Sivuca, Paulinho Nogueira, Leo Gandelman, Wagner Tiso, Armandinho Macedo, Pepeu Gomes, Zé da Velha, Silvério Pontes, dentre outros, além de pratas da casa, como Hamilton de Holanda, Daniel Santiago e Rogério Caetano.

Plateia O público é fiel. Há quem vá toda semana e tenha sua mesa cativa, e também quem já tinha ouvido falar, mas até então não conhecia, e se arrisca pela primeira vez. Tem ainda turistas, brasileiros e estrangeiros, que vão conhecer a música feita na Capital. Casais de todas as idades, grupo de amigos, músicos, famílias que acompanham os músicos. Todos apreciadores da música popular brasileira. Durante a apresentação, ouve-se apenas o som que vem do palco. Na plateia, é possível ver gente de olhos fechados, sentindo a emoção das notas. Um comentário ou outro sobre a qualidade da música tocada ali. Há casais que aproveitam para namorar e até levantar e arriscar uns passos para acompanhar o som dos instrumentos. A cada execução, aplausos. A música tocada ali é valorizada pelo público. A professora de música Taís Vilar é frequentadora assídua. “Este é um espaço imperdível em Brasília. Muitas pessoas vinculam o choro ao Rio, mas aqui é que é o celeiro de grandes artistas”, orgulha-

-se. Músicos que passam pela cidade não deixam de prestigiar o espaço. Em outubro, um encontro de clarinetistas latino-americanos levou um grupo para a plateia. No meio da apresentação do músico carioca Paulo Sergio Santos, vários artistas subiram ao palco. “Tocar clarinete com artistas brasileiros é muito gratificante. Estamos fazendo história”, disse o clarinetista peruano Marco Antonio Mazzini. Quem conhece pela primeira vez se encanta. “Para o estrangeiro, é uma oportunidade de conhecer de perto a música feita no Brasil”, disse a francesa Florance Soares, de passagem pela cidade. Já o mineiro Gustavo Vasconcelos, morador da Capital há seis meses, gostou da informalidade do local. “É um lugar onde as pessoas se divertem e ao mesmo tempo respeitam artistas de qualidade. Não precisa de sofisticação, basta música boa”, declarou.

A casa Localizado no Eixo Monumental, meio escondido atrás do Centro de Convenções Ulysses Guimarães, o Clube do Choro ganhou uma sede definitiva somente em novembro 2011. O projeto foi um presente do arquiteto Oscar Niemeyer, entregue ao presidente do Clube do Choro, Reco do Bandolim, três anos antes de ficar pronto, e foi batizado de Espaço Cultural do Choro, por abrigar o teatro e a escola.


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No lado de fora do prédio, nomes de grandes astros do choro, como Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Waldir Azevedo, Ary Barroso, Ernesto Nazareth e Chiquinha Gonzaga, revelam que ali dentro se faz música de qualidade. O local foi reconhecido pela sua importância e é considerado Patrimônio Imaterial do Distrito Federal. O Espaço Cultural do Choro, além do teatro, do café e da escola de choro, terá o Centro de Memória e Referência, que está sendo elaborado em parceria com a Universidade de Brasília (UnB), que vai funcionar onde era a antiga sede. O objetivo é que o público tenha acesso à história do choro, a partir de partituras, discos, fotos e documentos.

História Até chegar a esse espaço de hoje, a luta do choro em Brasília foi intensa. E só foi possível por muito amor à música. Tudo começou com um grupo de artistas que se reunia para tocar música brasileira na cidade recém-inaugurada. Eram cariocas que vieram trabalhar na Capital e queriam manter as famosas rodas de choro. Foram se popularizando na cidade e começaram as apresentações em espaços públicos na década de 70. O governador da época, Elmo Serejo, assistiu uma apresentação e, encantado com a música, cedeu o antigo vestiário do Centro de Convenções para o grupo. Ali surgia o Clube do Choro de Brasília,

fundado oficialmente em 9 de setembro de 1977. O gênero foi conquistando Brasília e ganhando adeptos. Mas a estrutura física do espaço não caminhou, por um tempo, junto com a música. O desconforto do local afastou público e até artistas. O Clube do Choro chegou a ser ameaçado de ter de deixar o espaço e ficou esquecido. Foi preciso amor e dedicação para reerguê-lo. Quando assumiu a presidência, em 1993, o atual presidente do clube, Reco do Bandolim, conseguiu regularizar e recuperar o espaço. Teve apoio de artistas de renome nacional, como o violonista Raphael Rabello e o bandolinista Armando Macedo, que se apresentaram na cidade sem cobrar cachê, com renda revertida para a reforma da casa. As obras foram concluídas em 1997 e começou um trabalho de trazer parceiros para choro. Reco, com apoio de músicos e amigos, elaborou projetos para apresentar ao Ministério da Cultura. E foi então o grande retorno do espaço. Naquele ano, comemorou-se o centenário do nascimento de Pixinguinha, o maior mestre do choro brasileiro, e foi lançado o projeto Amigos do Choro, em que vários músicos tocaram em homenagem ao grande artista. “Foi um sucesso. No ano seguinte, fizemos do Jacob do Bandolim e, em 2000, da Chiquinha Gonzaga”, lembra o presidente. E, assim, a cada ano, um artista é escolhido para ser o homenageado. Em 2013, é


MÚSICA

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Reco do Bandolim, presidente da Casa há duas décadas

realizado o Tributo a Baden Powell. Mas há também apresentações de outros gêneros. “Esta é uma casa para se apreciar a música brasileira. O choro é base de muitos estilos”, defende Reco. Há ainda o projeto Prata da Casa, que prestigia artistas da cidade todas as semanas.

O choro “Ah se tu soubesses como sou tão carinhoso...” Esse é o trecho da música Carinhoso, de Pixinguinha, o mais popular dos chorões, como são chamados os músicos que tocam choro. Não há um ritmo específico, mas se caracteriza pela maneira de tocar, de forma mais solta, cheia de improvisações. O choro nasceu no Rio de Janeiro, por volta de 1850, sob influência da música africana. Um dos primeiros

músicos a tocar o choro foi Joaquim Antônio da Silva Calado. Ganhou notoriedade pelos acordes de Pixinguinha, Chiquinha Gonzaga, Ernesto Nazareth, Jacob do Bandolim, Waldir Azevedo, dentre outros. “Todos os músicos de choro foram autodidatas, desenvolveram-se pelo ouvido”, revela Reco do Bandolim. O choro serviu de base para outros gêneros brasileiros, além de ser inspiração para muitas composições eruditas e populares. Pela sua característica da improvisação, é chamado por muitos de jazz brasileiro. Entre os chorões, há uma discussão se o choro deve ou não ter letra, já que originalmente é instrumental. Outra controvérsia é em relação à origem do nome choro. Uma delas seria pelo sentimento de melancolia que o estilo passa, música

para “fazer chorar”. Ou a derivação da palavra choromeleiros, grupo de músicos que tocava na época da colonização brasileira. E há quem defenda que tenha se originado da palavra xolo, um tipo de baile dos escravos, que virou xoro e depois passou a ser grafado com ch. No dia 23 de abril se comemora o Dia Nacional do Choro, uma homenagem ao nascimento de Pixinguinha. A data foi criada em 2000.

Escola Além de um lugar para ouvir música, no Clube do Choro de Brasília também se produz e aprende. De segunda a sexta-feira, transitam por lá adultos, jovens e crianças durante todo o dia. A Escola Brasileira de Choro Raphael Rabello foi criada em 1998. Eram menos de 20 alunos, hoje são 27 professores e 1.100 estudantes.

A escola foi criada com o objetivo de difundir e passar para as novas gerações a importância do gênero musical para o País. “Não ter uma escola para dizer quem é Pixinguinha e Villa-Lobos é um crime contra a pátria”, opina Reco do Bandolim. São aulas de bandolim, cavaquinho, clarinete, pandeiro, flauta, e outros instrumentos. Uma vez por mês a escola realiza com os alunos uma roda de choro, para estimular as afinidades musicais e formação de grupos. “Há um preconceito de que choro é coisa antiga. Esses jovens da escola, que tocam em muitos bares da cidade, trazem frescor para cá”, diz Reco do Bandolim. No espaço, anexo ao teatro onde são realizadas as apresentações, há dez salas de aula e dez salas de estudo com tratamento acústico. É possível encontrar músicos concentrados, parecendo esquecer que existe vida fora dali. Na entrada do prédio, também se escuta o som dos instrumentos. Seja em sala de aula, no café-concerto ou no teatro, o que não falta no Espaço Cultural do Choro é música de qualidade. Um convite a quem quer diversão, ambiente intimista e, principalmente, se deliciar com a música brasileira. Feche os olhos e escute. Serviço Clube do Choro de Brasília Programação: www.clubedochoro.com.br Telefone: (61) 3224-0599


Capacete é a proteção do motociclista


NOITE

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PARA SEMPRE O pub mais tradicional de Brasília se reinventa ao longo de três décadas, mantendo-se no coração dos saudosos e no roteiro da nova geração. Após o sucesso do formato, novas casas consolidaram-se, criaram sua própria identidade e oferecem o que o brasiliense ama: boa música em clima underground

GATE’S PUB


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Por Marina Macêdo Fotos Wenderson Araújo

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onhecida como a Capital do Rock, Brasília pulsa o gênero musical. Ainda hoje impulsiona jovens talentos da música, inspirados no sucesso da moçada do Legião Urbana, do Capital Inicial e do Plebe Rude, que na década de 1980 inauguraram uma revolução sonora na cidade. Naquela época, os palcos eram porões e garagens, que se transformavam em pistas de dança e espaços que emitiam sons que destroçavam tímpanos. Verdadeiros inferninhos da cidade. Desde então, os cenários clássicos para os novos nomes que surgem na cidade têm sido os adorados pubs, a abreviação de public place, tradução de lugar público, na língua inglesa. Dispostos a estimular a cultura local, os espaços trazem semanalmente em suas programações shows de bandas autorais e covers muito aplaudidos. Entre tantas casas que surgem e somem na cidade, um espaço se destaca pela longevidade. Inaugurado em 1978, o Gate´s Pub, na 403 Sul, não só resiste ao tempo, como mantém seu DNA vivo e pulsante ao longo destas décadas. Viu gerações se formarem. Pais que fizeram filhos e viram nascer os netos, que possivelmente terão uma história para contar do Gate’s num futuro próximo. É assim esse pequeno espaço sinistro, mas cheio de charme, que mora no coração

Detalhes da decoração da casa

do brasiliense. Foi criado pelo empresário Guy Damasceno Sobral e inspirado em um bar de periferia que o mineiro conheceu durante uma viagem à capital do Reino Unido. Com estilo clássico, o estabelecimento, outrora, era frequentado por empresários, políticos e diplomatas. O Gate’s contava com um balcão e uma pista de dardos, no térreo. Há quem fosse lá somente para beber uma cerveja gelada e jogar dardos com os amigos. No primeiro andar, ficavam confortáveis mesas onde o papo se estendia madrugada adentro. Não era difícil cruzar no balcão com grandes nomes do cenário rocker da época.

Mudanças Guy ficou no comando da casa por dez anos, quando vendeu o estabelecimento para Sérgio Resende e Rubens Carvalho, dupla de amigos formada durante os intervalos do Centro Universitário UDF. Os dois, jovens empreendedores e adoradores do local, levaram um pouco de modernidade sem muita interferência para compor com o clima underground já característico. A novidade também ficou por conta da programação musical ao vivo, que passou a ser um dos grandes atrativos da casa, com cantores e grupos de blues, jazz e rock. “Foi quando começamos a imprimir nosso estilo. Um pub londrino com

alma brasileira e identidade de Brasília”, lembra Resende. Um dos maiores sucessos da casa começou em 1990, o projeto Dancin’ Gate’s. Os brasilienses não perdiam nenhuma noite de domingo no local. Filas se formavam na porta. Havia esquentas no estacionamento da quadra e nos bares chamados “pé sujos” à espera da chegada da hora para entrar e curtir o variado estilo musical. O sucesso entre o público foi tão grande que chegou a ganhar edições às terças-feiras. Hoje, os mais saudosistas prestigiam o projeto, ainda realizado aos domingos. Além do Dancin Gate´s, na época, outro projeto fez com que o local conquistasse um público cativo. Foi feita uma parceria com a Escola de Música de Brasília, em que professores e músicos convidados subiam nos tablados da casa para concertos. “As noites atraíam os alunos e lotavam o Gate’s. Eles aproveitavam a ocasião para fazer suas canjas”, conta Sérgio. E tinha música para todos os gostos. A dupla de sócios quis inovar para não deixar o espaço cair na mesmice. Nessa época, Brasília já abria seus ouvidos para outros gêneros musicais. Em 1996, apresentaram a Quarta do Forró, com shows do Trio Siridó. O espaço sediou ainda festivais, como o Gate´s Blues Festival, em 1998, e o Festival da Cultura Calango, em 1999.


NOITE

Outro grande sucesso da casa estreou em 2001, a Quarta do Vinil. Como o nome já diz, o evento tirava os LPs das estantes e os colocavam para comandar a animação da pista de dança. Surgia assim um novo público: o dos gays. “O Gate’s foi o primeiro pub da cidade a apostar em uma festa dedicada ao público GLS. A noite acabou sendo popularmente nominada de Quarta do Viril”, conta Sérgio sobre a extinta festa, que fez história e gerou muita diversão.

Memória No palco, episódios épicos. Como a noite em que Renato Russo chegou como um simples cliente e perguntou aos proprietários se poderia assumir o microfone. “Um quinteto de jazz se apresentava e Renato pediu para subir A noite fervendo

no palco e cantar Miss Celie’s Blues, de Quincy Jones”, recorda Sérgio Resende, atual proprietário. O dia foi inesquecível para quem estava lá. No meio da canção, Renato começou a improvisar em português. “Ele falava: ‘é porque eu sou de Brasília e nunca vi cidade igual’. A interferência no som de Jones gerou uma vaia no cantor. Como Renato não levava desaforo para casa, começou a bater boca com o público. E foi embora”, conta Resende. Outro episódio foi a lendária apresentação do guitarrista Andy Summers, da banda The Police, na casa. Realizado em setembro de 1997, o show era instrumental e, além de Summers, trazia aos tablados o talentoso guitarrista argentino Victor Biglione. “A

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procura pelos ingressos foi tamanha, que fizemos duas sessões”, conta Sérgio. Apesar de ser um espetáculo instrumental, grande parte do público presente queria ouvir pelo menos uma música do The Police. Sérgio conta que, mesmo contra vontade, Andy Summers tocou. O Gate´s também deixou sua marca entre as bandas locais. O baterista Igor Karashima, do grupo Let It Beatles, lembra de um importante momento que viveu na casa nesses 13 anos de banda. “Era janeiro de 2003. Fizemos uma temporada de quatro apresentações e foi a primeira vez que vimos pessoas esperando na fila por um show nosso”, recorda o músico. Depois do sucesso da primeira apresentação, ficava aquela expectativa. “Era emo-

cionante chegar para tocar aos sábados, ansioso por saber qual seria o tamanho da fila. Aquela temporada foi muito importante para nos consolidarmos no cenário musical de Brasília como um tributo sério aos Beatles”, acrescenta o baterista. Depois de embalar a noite de muitos brasilienses, a casa foi ainda cenário do longa-metragem A Concepção. Lançado em 2005, o filme foi dirigido pelo brasiliense José Eduardo Belmonte e foi estrelado por Matheus Nachtergaele, Juliano Cazarré, Milhem Cortaz, Gabrielle Lopez, Murilo Grossi e Rosanne Mulholland. Um cantinho da Capital difícil de passar à margem de uma narrativa que envolve três jovens, filhos de diplomatas, que moram juntos em Brasília.


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O hábito de jogar dardos marca a história do Gate’s Pub

Reforma Em 2009, o empresário Almir Xavier comprou o estabelecimento. Em sua gestão, resolveu reformar a casa. E aí veio o impacto. O Gate’s deixou o seu antigo ponto, por outro. Maior, com três andares, na mesma quadra, mas em outro bloco. Foi um burburinho. Uns curtiram. Outros, não. No subsolo, criou-se uma área para shows com palco e pista de dança. No térreo, um balcão principal. E no primeiro andar, banheiros, cozinha e administração. Tudo sem deixar a identidade do espaço, como o teclado na fachada e a atmosfera de caverna. Em setembro deste ano, Sérgio Resende voltou, desta vez sozinho, a comandar o pub. Como ele mesmo adora enfatizar, é preciso lançar tendências para que o estabeleci-

mento se mantenha vivo. Motivo pelo qual criou um novo conceito para as quartas-feiras da casa. Batizada de Pink - House&Models, a festa é uma realização dos DJs Lurdinha Lima e Igor Fearn, onde misturam o melhor do house music com a presença de modelos e gente bonita. Outra novidade foi o Brasília Cover Festival, realizado em novembro. Foi a oportunidade para covers se apresentarem. Um dos destaques foi a banda tributo Clash City Rockers, liderada por Philippe Seabra, vocalista e guitarrista da Plebe Rude. “Quando fiquei sabendo da possibilidade do espaço fechar suas portas, resolvi encarar o desafio. Aceitei voltar a comandar o espaço para resgatar a história e freguesia do pub. Para o Gate’s voltar aos seus tempos

de glória, resolvi investir em novas festas e até festivais”, conta Sérgio. Nas pistas do Gate´s é possível ver um encontro de estilos, pensamentos e idades. Há os quarentões que frequentaram a casa desde a década de 80. E lá convivem harmonicamente com a nova geração. O arquiteto Adelmo Marinho é frequentador assíduo do Gate’s há mais de 20 anos. “Meu primeiro contato foi na década de 80. Focado no cenário do rock local, o espaço reunia a juventude da cidade que apreciava o melhor do gênero. Além de curtir o som, lembro-me de jogar dardo com os amigos”, recorda. Barbara Galvez, servidora pública, 37 anos, frequentava a casa em sua antiga estrutura. “Nos anos 90, eu era sol-

teira e ia com meus amigos de faculdade. Lembro-me das filas quilométricas na porta e da procura por espaço na pista de dança. Afinal, o Gate’s era o único ponto de encontro dos roqueiros. Ainda conhecia novas bandas e saía sempre culturalmente abastecido”, lembra. Após alguns anos sem voltar ao espaço, Barbara conheceu a nova estrutura no final de novembro, quando foi assistir ao show da Bankrock, de que o marido Pablo Galvez é integrante. “O Gate’s cruzou mais uma vez minha trajetória. Ao conhecer a nova estrutura, acredito que se manteve fiel à identidade e essência de trazer novos talentos”, finaliza. Para 2014, Sérgio Resende adianta que o Gate’s promete grandes novidades, como a implementação do Gastro Pub. Um cardápio com receitas exclusivas, desenvolvidas pelo brasiliense Leonardo Aires, de 35 anos, que vai conquistar o paladar de quem frequenta a casa. Mas a grande novidade para os fãs está na nova ampliação pela qual a casa vai passar. No próximo ano, o fundo da loja será reformado e vai resgatar a famosa pista de dardo. Quem já frequentou, não resistirá a uma nova visita para relembrar os velhos tempos. A tradição está no Gate´s, mas o público de Brasília já mostrou que gosta de um pub. A GPS|Brasília indica outros lugares para conhecer na cidade.


NOITE

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O’Rilley Irish Pub

Inaugurado em agosto de 2005, na 409 Sul, por Aloísio e João Roberto Pádua Pinto, a casa segue o estilo autêntico de um pub irlandês. Em sua marca, traz o desenho de um trevo de três folhas, símbolo da Irlanda. A fachada é rústica, com interior em tijolos aparentes. A ideia de abrir a casa surgiu após uma viagem dos irmãos à Irlanda. “Lá conhecemos diversos pubs e decidimos trazer esse estilo para Brasília. Uma casa que proporcionasse shows de rock e as melhores cervejas importadas”, ressalta Aloísio. A carta de cervejas é o grande atrativo do espaço. Lá é possível encontrar marcas como Duvel, Maredsons, Chimay Blue, ChimayRed, Erdinger, OldSpeckledHen, LeffeBlond, New Castle Brown Ale, entre outras. Além de ser o único pub da cidade a oferecer um chopp Guinness. Melhor dia: Sexta-feira Funcionamento: de quarta-feira a sábado, a partir das 18h Telefone: (61) 3244-2424 Site: www.orilley.com.br

Velvet Pub

Localizada na comercial da 102 Norte, a casa tem gestão de Gustavo e Afonso Guimarães, pai e filho. Inaugurado em setembro de 2009, o espaço tem dois andares. O primeiro com caixas, minibar e banheiro. No subsolo, palco, um bar maior e uma grande pista de dança, a maior dos pubs locais. Na decoração, posters de bandas internacionais como AC/ DC, Pink Floyd e Rolling Stones, que compõem as paredes vermelhas. “Recém-reformado, hoje o Velvet comporta 290 pessoas, 110 pessoas a mais que no espaço anterior”, conta Gustavo. A programação inclui, às quartas-feiras, a festa WOW, destinada ao público GLS. E shows ao vivo de bandas locais às sextas-feiras e aos sábados. Já aos domingos, a festa de música eletrônica Let´s Dance. Melhor dia: Quarta-feira Funcionamento: de terça a domingo, a partir das 22h Telefone: (61) 3327-1950 Site: www.velvetpub.com.br


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Kabareh Karaokê Pub

Com ar burlesco, o pub está instalado na 413 Sul. Inaugurado em fevereiro de 2013, foi idealizado pelos proprietários Guilherme Alves e Nadi Damiani, que adoram subir nos tablados e soltar a voz. “A ideia foi trazer um karaokê com essa estrutura mais arrumada. Foi quando pensamos na temática de Cabaret, que pode ser vista desde a fachada até os elementos da parte interna da casa”, conta Guilherme. Com direito a microfone retrô e até plumas, os frequentadores assistem às performances de amigos e estranhos enquanto esperam por sua vez. Com público diverso, traz em sua lista mais de seis mil faixas de diferentes gêneros. Mas a casa não passa um dia sequer sem tocar Evidências, da dupla Chitãozinho e Xororó. Melhor dia: Sábado Funcionamento: de terça-feira a sábado, a partir das 20h Telefone: (61) 8344-8444

UK Music Hall

Como o nome já revela, o espaço tem influência de pubs londrinos. Sob o comando de Gustavo Gazeta e Juliano Safe Carneiro, a casa fica na comercial da 411 Sul. Logo na fachada, o estabelecimento traz a boa relação entre Brasil e Inglaterra, identificada pelas bandeiras que pendem do alto. Em seus dois pisos, conta com decoração charmosa, em que quadros fazem referência ao Reino Unido, como os famosos telefones públicos vermelhos. No térreo, é onde acontecem, sextas-feiras e sábados, os shows de pop e rock de bandas locais. Uma agenda repleta de novos talentos. Já no segundo andar ficam mesas onde os visitantes podem apreciar cervejas estrangeiras e quitutes. “O UK Music Hall tem essa raiz do rock. Na programação, trazemos bandas da cidade que animam a pista de dança”, conta Juliano. Outro destaque da casa é a festa Kará-UK, karaokê realizado às quintas-feiras com a banda DK Dance. O público pode ter seus cinco minutos de fama e cantar junto a um grupo ao vivo. Melhor dia: Sábado Funcionamento: de quinta-feira a sábado, a partir das 20h Telefone: (61) 3346-5214 Site: www.ukmusichall.com.br


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SABORES DA

VILA

Localizada a quatro quilômetros da Praça dos Três Poderes, a Vila Planalto, lugar de rica história e características de cidade interiorana, tornou-se reduto gastronômico para todos os paladares, apesar do impasse que vive em torno de sua regulamentação


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Clientes sob a sombra da figueira no Casarão

Por Andressa Furtado Fotos Celso Junior

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iver à beira do Lago Paranoá não é apenas privilégio dos moradores das penínsulas Norte e Sul de Brasília. Criada em 1957 para abrigar os pioneiros da construção da nova capital, a Vila Planalto tornou-se símbolo da resistência de operários que ergueram a cidade. Tombada como Patrimônio Histórico Cultural, o vilarejo coleciona, sobretudo, histórias. Dentre

elas, se insere a gastronomia e seus vários causos contados por cozinheiros de mão cheia, que fizeram do local as suas moradas. A diversidade de sabores fez com que o lugar ficasse conhecido como a “praça de alimentação da Esplanada dos Ministérios”. Durante a semana, é comum encontrar servidores públicos, políticos e executivos almoçando por

ali. Aos fins de semana, quando a vila fica mais tranquila e sem a correria do expediente, recebe a visita de famílias em busca de boa comida, preço acessível e ambiente agradável. Figura folclórica da vila, tia Zélia é uma das cozinheiras mais conhecidas por lá. Moradora do bairro há 40 anos, a baiana conta que, quando se instalou na vila, havia apenas

14 casas. “Só tinha barro e a gente”, lembra. Anos depois, decidida a abrir um negócio próprio, com a ajuda de um amigo, a cozinheira resolveu enveredar pelo mundo da gastronomia. “Abri o restaurante em 1992, tinha apenas duas panelas e quatro pratos. Com o tempo, fui ganhando materiais e melhorando a estrutura”, diz. De personalidade


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Traíra Sem Espinha

arretada, a cozinheira já estampou várias capas de revista. Tudo isso, porque se tornou uma das cozinheiras preferidas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “O primeiro prato que fiz para ele foi uma rabada com arroz e feijão. De sobremesa, mandei uma mousse de tamarindo feita da fruta”, conta orgulhosa. Tia Zélia já foi ao Palácio do Planalto para tirar fotos

com o cliente especial e participou de festas no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República. Uma delas foi o aniversário de Lula. “Ainda guardo o botton que usei quando fui lá”. Desde a saída de Lula, não retornou. “Ele é um querido, um amor. Não existe, nem nunca vai existir um presidente como ele na história do País”, afirma.

A Vila Localizada em uma área nobre da cidade, a vila abriga 14 mil habitantes. Mas os moradores convivem com um impasse que parece não ter fim. Em julho deste ano, o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, sancionou a lei n.º 1.514/2013, com o objetivo de regularizar o bairro. Aprovada pela Câmara Legislativa, a lei permitiria que

os moradores adquirissem de forma regular os terrenos onde moram. Porém, no mês seguinte, o quadro se reverteu. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) decidiu que o bairro não poderia ser regularizado por ser área pública tombada, destinada à criação de um parque. A espera da regularização, que já dura cinco décadas, incomoda. “Não sai-


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remos daqui, assim como não haverá acordo para resolver a situação. Para quem espera há tantos anos, mais dez não farão diferença”, afirma o morador Antônio Alves. Em meio ao impasse, entre o Palácio do Planalto e o Palácio da Alvorada, cerca de 40 restaurantes, bares e lanchonetes formaram o DNA da vila, atraindo turistas e trabalhadores da região. A GPS|Brasília fez um giro pelas ruas de nomes rústicos e atípicos dos endereços numéricos da Capital e descobriu os diversos sabores do bairro.

Casarão

Chef parrillero Miguel Angelo Rielphoff, do Figueira da Villa

Localizado ao lado da igrejinha mais conhecida da Vila Planalto, a Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Pompeia, o restaurante está instalado embaixo de uma frondosa gameleira. As mesas e cadeiras de plástico da casa, que se estendem pela calçada da praça principal, ficam sob a sombra da árvore, criando clima agradável e descontraído. Ali ou no salão interno, é possível provar algumas das setenta receitas quentes e quarenta saladas que integram o cardápio. Entre os itens mais procurados estão o salmão grelhado, o camarão ao alho e óleo, a lasanha à bolonhesa e o bacalhau ao forno. A ala de sobremesas inclui pudim de leite, ambrosia e doces em calda. Para beber, a carta reúne 130 rótulos de cachaça. Ao finalizar a refeição, o cafezinho é cortesia da casa, que vem

servido com quadradinhos de rapadura. A praça logo em frente convida os clientes a relaxar e curtir um pouco do clima interiorano que o bairro propicia. Serviço Endereço: Acampamento DFL, Rua da Igreja, Lote 3 Telefone: (61) 3327-1108


Dona Mea do Feitiço da Vila

Restaurante da Tia Zélia O restaurante de cozinha nordestina funciona de segunda a sexta-feira. Nos fins de semana, fecha. “Só trabalho durante o almoço e na semana. Sábado e domingo é dia de descanso”, afirma tia Zélia. Quem ajuda a cozinhei-

ra a administrar o empreendimento é sua filha, Márcia. A casa conta com 12 funcionários e já expandiu para o outro lado da rua. Mesas e cadeiras foram colocadas embaixo de uma lona, na grama em frente a casa. Lotado diariamente, Tia Zélia possui clientela fixa. O

menu não tem cardápio certo. O cliente senta-se à mesa e pergunta qual o prato do dia. A cada dia são três opções diferentes. Entre os quitutes oferecidos, está uma de suas criações, o galope – pé de porco e de galo –, costela com mandioca, bife acebolado, frango com quiabo, além

da feijoada, carne assada e o famoso pernil de panela. A buchada de bode, prato preferido do ex-presidente Lula, não se encontra mais no cardápio. “Agora só faço sob encomenda”, afirma. De sobremesa, apenas uma opção: o pudim de leite moça. Todos os anos, tia Zélia promove o


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que leva ovo, cebola, salsa e batata palha. “O segredo de preparar uma carne saborosa é temperar apenas com sal. Para finalizar, realço o sabor com os molhos chimichurri e provençal”, revela Miguel. Entre as sobremesas, a campeã de vendas é a Celestina: panquecas seladas com açúcar queimado e recheadas com doce de leite puro, acompanhadas por uma bola de sorvete. O projeto do espaço leva assinatura do arquiteto Marcelo Galo. Com capacidade para 130 pessoas, o restaurante tem três ambientes: interno, externo e reservado.

é difícil encontrá-lo. De longe, é possível ver a fachada azul com o peixe estampado na logomarca, cadeiras e mesas de madeiras, com forros laranjas e azuis. “Eu tinha um sócio que sabia preparar o peixe e servi-lo dessa maneira. Por isso, decidimos abrir um restaurante com a traíra como prato principal. O sucesso é tanto, que hoje sirvo 70 pratos por dia. É a melhor de Brasília”, garante Givaldo Menezes, proprietário do estabelecimento. O restaurante é bastante frequentado por políticos nordestinos que visitam Brasília e sentem saudade dos pratos da terra natal. No cardápio, além da traíra, é possível se deliciar com o filé de surubim ao molho de camarão e o filé de salmão ao molho branco. Para quem quer carne vermelha, há a picanha grelhada na chapa, com risoto de cerveja. Por falar nisso, o happy hour também é uma boa pedida após o trabalho.

Serviço Endereço: Acampamento DFL, Rua 1, Lote 2 Telefone: (61) 3081-0541

Serviço Endereço: Acampamento DFL, Rua 4, Lote 1 Telefone: (61) 3306-2596

Traíra sem espinha

Feitiço da Vila

Tradicional prato do Traíra Sem Espinha

tradicional “almoço 0800”, ou seja, de graça. De acordo com ela, os clientes só pagam pela sobremesa e bebidas, o prato principal é por conta da casa. “Vem gente de todos os ministérios da Esplanada”, diz. Serviço Endereço: Acampamento Pacheco Fernandes, Rua Maranhão, 8 Telefone: (61) 3306-1526

Figueira da Villa Erguido à sombra de uma imensa figueira, a casa inspirada na culinária uruguaia se destaca pelos cortes de carnes selecionadas, que ficam sob os cuidados do chef parrillero Miguel Angelo Rielphoff. É um dos restaurantes mais procurados pelos políticos. Durante a Copa das Confederações, foi frequentado pela comissão técnica da seleção brasileira, que estava hospedada na região, e é destino certo do cantor Alceu Valença, quando desembarca em Brasília. O menu tem nove alternativas de cortes. Os mais pedidos são o assado de tira e o bife de costilla, que podem vir acompanhados com o tradicional arroz parrillero,

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Há 15 anos instalado na rua principal da Vila Planalto, o restaurante tem como carro-chefe a traíra sem espinha vendida em porções diferenciadas – da pequena à gigante – e vêm acompanhadas de arroz, farofa e vinagrete. Bem localizado, não

Instalado em uma rua charmosa, a casa é comandada pela pioneira Mea Silva de Araújo. Servidora pública aposentada, Mea chegou a Brasília em 1959. Vinte anos depois, começou a vender pastel no bairro, onde mora desde 1962. A ideia não correspondeu suas expectativas

e, cinco anos depois, decidiu transformar a casa de lanches em restaurante. “Queria trabalhar em algo que me desse prazer”, afirma Mea. As mesas externas têm vista privilegiada para uma pracinha cheia de árvores frondosas. Atenciosa, a cozinheira está sempre circulando pela clientela diversificada, composta por políticos e funcionários da Esplanada dos Ministérios. “No fim do ano, o movimento é grande por causa das confraternizações”, diz. Ao lado dela, está seu escudeiro fiel e genro, Rodrigo Estevão. A casa oferece comida caseira. Os pratos, antes de entrarem no menu, são testados pela família Silva de Araújo. “Se todos gostarem, eu incluo”, conta. O cardápio é de pratos executivos, que possuem até 40 itens, entre eles, nove especiais. A especialidade é o Bacalhau da Dona Mea, que é feito com lascas de bacalhau, batata doce, batata inglesa, tomate, pimentões, azeitonas, cebola e leite de coco. Acompanha arroz e salada verde. Além dele, a feijoada, a moqueca e o Brasileirinho – picanha, feijão tropeiro, vinagrete, arroz, batata frita ou mandioca –, estão entre os pratos mais pedidos. “Saem cerca de 50 a 60 pratos de cada por semana”, contabiliza. O Feitiço da Vila comporta 120 pessoas. Serviço Endereço: Acampamento DFL, Rua 5, Lote 2 Telefone: (61) 3306-1115





RETROSPECTIVA

JOVEM

GUARDA


Momentos como o que o Brasil viveu em 2013 só foram inseridos na história do País porque bravos profissionais da fotografia se arriscaram em busca da imagem que revelasse aquele exato instante. Nessa retrospectiva do que houve nas ruas e gramados da Capital da República, um pouco do talento de Ueslei Marcelino, Eraldo Peres, Dida Sampaio, Olivier Boels e André Coelho. Rememore o fato, contemple a imagem

FOTO UESLEI MARCELINO


RETROSPECTIVA

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Por Ugo Braga

E

i, que fazem vocês, meninos, aí na rua? Por que e contra quem se levantam em tal número e com tanta verve? Ei, menina, por que sobes e com tanto ímpeto sobre o Congresso Nacional? Ei, luz, por que projetas essas formas gigantes na cúpula? Ei, polícia, vais aí ficar só a olhá-los? Ei, seu guarda, por que atiras, por que bates e por que jogas bombas sobre eles? Ei, pimenta, pensa calar-lhes sufocando-lhes as gargantas? Por que se o que gritam são as almas? Que cartazes são estes erguidos à jusante da história? Mais saúde, educação, transporte? Não, vocês não querem Copa do Mundo? Sim, vocês condenam os corruptos? Mas fora eles, quem não? Ei, moçada, por que dizem que o gigante acordou? Um filho teu não foge à luta? Então é assim, será assim, pra sempre? Ei, tem gente reclamando dos celulares! Da internet. Da TV a cabo. Das companhias telefônicas. Dos preços, dos juros, do crediário, do cartão de crédito. Dos bancos. Das lojas de carro. Do sistema. Tem gente -- e quanta gente! -- amaldiçoando Feliciano. Ele não me representa! Mas pera!? Há alguém a quem?

FOTO ERALDO PERES

Ei, garoto, por que escreveste “tem tanta coisa errada que nem cabe num cartaz?” Por que dizes tanto, sem dizer nada, e por que o fazes tão seriamente e com tanta graça? Por que não há líderes, se querem liderar a nação? Por que não há mote, se querem mudança? Por que não há partidos, se o que se quer é política? Que olhos são estes por trás das máscaras? E máscaras, há que usá-las? Não, não façam isso! Temos orgulho da nossa diplomacia, sempre tivemos. Mas vá lá, atacar símbolos é coisa de luta... Ei, vocês, multidões, olhos, máscaras, fogo, balas, algemas, agitação, sangue, prisões, socos, tiros, camisas, centelhas, capacetes, bandeiras, luzes, cartazes, abraços, lágrimas, justiça, injustiça, medo, coragem, valentia, covardia, correria, soldados, gente, muita gente. Por que se misturam? Pra que se misturam? Por quem e por quanto tempo? Sim, assim como veio, se foi a multidão. Ficaram o espanto, o alerta e tantas interrogações. Ei, menino, não vá embora! Não assim, sem dizer quando volta. Não assim, lutando tanto, sem mudar nada...


RETROSPECTIVA

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FOTO DIDA SAMPAIO


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FOTO OLIVIER BOELS


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FOTO ANDRÉ COELHO



CENAS

BOM DE VER FLORES

POR CELSO JUNIOR

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CENAS

BOM DE VER FESTA

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CM

POR CELSO JUNIOR

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CY

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ONDE ENCONTRAR Agiafatto (61) 3248-3142 Água de Coco (61) 3468-3407 Alexander Mcqueen www.alexandermcqueen.com Ana Tinelli www.anatinelli.com.br Animale (61) 3468-6487 Antônio Bernardo (61) 3233-0403 Antonio Henrique (61) 3248-0774 Anya Hinfmarch www.anyahindmarch.com Aquazzura www.aquazzura.com Ara Vartanian (11) 3044-0133 Arezzo (61) 3577-5656 Au Pied de Cochon www.aupieddecochon.com.mx Avanzzo (61) 3037-5599 Balenciaga www.balenciaga.com Balmain www.balmain.com Biko www.biko.com.mx Bottega Veneta (11) 3047-5757 Brian Atwood www.brianatwood.com Burberry (61) 3468-6286 Butter London www.butterlondon.com Camilla Guebur (11) 2539-0250 Carla Amorim (61) 2106-2350 Cartier (11) 3759-3240 Cia Marítima www.ciamaritima.com.br Comme Des Garçons www.comme-des-garcons.com Contém 1g (61) 3577-5150 Chanel (11) 3152-6281 Charlotte Olympia www.charlotteolympia.com Christian Louboutin (61) 3577-5811 Cris Barros www.crisbarros.com.br Clinique www.clinique.com.br Delvaux www.delvaux.com Diane Von Fürstenberg (11) 3152-6979 Dior (11) 3750-4400 Dolce&Gabbana (11) 3152-6230 Dona Coisa www.donacoisa.com.br Dsquared www.dsquared2.com Emilio Pucci www.emiliopucci.com Emporio Armani (61) 3577-5262 Ermenegildo Zegna (61) 3468-5001

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