POEMร RIO 2012-2013
Professora Anabela Louro Alunos da turma A do 8.ยบ ano
CRÍTICAS 1
Uma tela em branco, o cúmulo da imaginação, (não gosto de rimas nos poemas, fá-los parecer uma canção!)
Lá por ter um pincel na mão, não faz de mim um pintor. Tal e qual a caneta, não faz de mim escritor.
Mas não tenho pincel nem caneta, tenho um lápis de carvão. Feito com madeira de carvalho e carvão extraído do chão.
Duarte Azevedo
CRÍTICAS 2 A minha gata, foi recentemente atropelada. A minha irmã desfez-se em lágrimas Com pena da bichana, recentemente esmagada.
Coitado do Tofu, o filho da gata. Ficou órfão (o pobrezinho) o coitado do gato.
Eu sou totó! Eu não sei nadar Isso é porque eu não sou humano. Incapaz de nadar.
Duarte Azevedo
TEIA DA VIDA
Viajar, Ficar a olhar, Imóvel, para o infinito. Que está perto, Que está longe.
Observar, Dois estados. Possível, Impossível.
Ambos fazem parte, do infinito que está aqui, ali, Além…
Olhar o passado! Viver o presente! Preparar o futuro…
João Gil Ribeiro
AMOR
A lua brilha Brilha o amor entre dois Dois um número par Par de amor, Amor ao luar. Lua escura e estrelas Estrelado o céu de noite ou de dia. Dia passa-se sem ver o amor. Amor vê-se de longe e de perto Perto, perto de nós está o amor certo. Mariana Ferreira
MUNDO AO CONTRÁRIO
Num mundo ao contrário, Onde tudo está maluco, Vi por aí a nadar Um cuco.
Continuei a passear, E vi uma toupeira a voar e uma lagarta A cantar.
Cheguei à cidade, Tentei sair dali, a
João Gil Ribeiro
correr ou
Preso a um cão que batera a bota.
A andar, só sei que,
Vi um humano numa casota,
Comecei a voar
E que coisa anormal,
VIVER Viver para contar contar as bolas bolas redondas redondas as maçãs maçãs sumarentas sumarenta a comida comida portuguesa portuguesa a poesia poesia sem tristeza tristeza no coração coração vermelho vermelhas as bochechas bochechas macias macias as pantufas pantufas amarelas amarelo é o sol sol que faz viver
João Gil Ribeiro
ONDAS DO MAR
Ondas do mar, mar de ouro ouro dos piratas Piratas bêbados, bêbados os homens, homens altos, Altos os prédios Prédios grandes, grandes as ondas, ondas do mar.
João Gil Ribeiro
MÚSICA… CONHECEM?
Eu conheço… Não o suficiente para dizer que é a minha vida que é por ela que vivo Mas digo simplesmente Que é linda
Linda como as estrelas Como o sol que brilha E a chuva que cai
É uma língua universal Todos conhecem e falam A todos relaxa É um desabafo de pessoa Todos confiam.
Quando ela aparece 茅 como se todo o mundo parasse S贸 para a ouvir.
Com dupla personalidade Existe sempre mais do que uma face Tal face que pode mudar. Basta a alma transformar.
Mariana Ferreira
OLHAR O INFINITO
Ao olhar o infinito senti-me t達o pequeno. Insignificante, desfocado e atordoado.
Ao olhar o infinito Infinito parecia o ser que n達o mudava de forma, que n達o dava para ver.
Ao olhar o infinito vi que 辿 infinitamente grande e sem fim. Grande demais para mim.
Infinitas são as suas Possibilidades, pois tem, Uma carta branca, Com acesso a todo o lado.
Vai do céu à terra, Vai das profundezas do mar, Mas faz tudo isto, Como se estivesse a passear.
João Gil Ribeiro
VEM AÍ A TROVOADA Vem aí a trovoada, Sorrateira e disfarçada Vem com o seu exército de nuvens, Todas bem armadas.
Atacam de manhã à noite e até de madrugada. As nuvens são negras sempre prontas a matar, fazem fugir quem as enfrenta
Destroem tudo no caminho Para deixar passar Sua Rainha e Senhora, a trovoada João Gil Ribeiro
MAR
De cabelos azuis de cara azul de corpo azul mar…
Me fazes pensar em tudo o que se está a passar fazes me amar fazes me eu querer ficar a olhar para ti mar…
Bruno Vieira
NO CAMPO DE BATALHA
No campo de batalha vejo-me rodeado de soldados cortando todas as saídas. Armados até aos dentes Com as espadas a brilhar com o sangue dos inimigos Olho para o chão todo enlameado Com uma cor vermelha do sangue derramado Desvio-me das espadas, dos machados que caem sobre mim.
Fujo a toda a velocidade para me p么r a salvo consigo escapar, sem me magoar. Estou todo feliz e s贸 consigo pensar que nunca mais quero voltar para o campo de batalha.
Jo茫o Gil Ribeiro
FALAR Falar com um amigo amigo corajoso corajoso é o surfista surfista audaz audaz o capitão capitão dos sete mares mares sem fim fim da história história de Portugal portugal dos pequeninos pequeninos são os homens homens poetas poetas escrevem poesia poesia que fala
João Gil Ribeiro
A SOMBRA Sorrateira e sossegada, segue-nos por todo o lado cola-se a nós durante o dia, mas só aparece quando há sol.
Corremos, travamos, damos voltas e revoltas sem nunca nos conseguirmos separar. Só à noite é que nos deixa e vai descansar. Toda escondida num sítio onde ninguém a consegue encontrar.
João Gil Ribeiro
CAMINHO SEM FIM
Preservar a ilusão Presenteaste-me, com um mundo impossível. Que saiu da tua mão, Interrompe os meus sonhos. Apontando aqui e ali, os certos e errados, que eu nunca vi.
Preservei a ilusão, De que tinha o teu mundo na minha mão… Não sei, Distinguir o certo e o possível, do enredo da solidão. Metes o meu mundo pró ar,
Fazendo-me interrogar,
Tudo o que eu vejo e ouço, Fazes-me desacreditar No meu próprio pensamento. Que deixa de vingar. Neste solo árido e sem vida, sem água para beber. Sem nada que desfaça a ilusão. Sem nada na minha mão.
Caminho sem fim, sem sentido, sem direcção, Sem conseguir desfazer A ilusão…
João Gil Ribeiro
CICLO DA VIDA
Nós nascemos, crescemos, morremos.
Chamam a isto o Ciclo da vida.
Para a minha alegria, Isso nada contribui. Ainda há-de vir o dia, em que diga “Já fui!”
Ninguém quer morrer. Mas isso é inevitável.
Uma coisa é viver, 0utra é saber viver. Para quem vive, A morte é assustador. Para quem sabe viver, é algo compensador.
Duarte Azevedo
MORTE?
Cheguei a casa, Vi-te a sair, Apoiada por uma, Figura de preto.
Chamei, Gritei, sem resposta. SaĂste sem nada. Fugiste de mim.
Segui-te, andando sem parar. Perdi-te, Olhei para trĂĄs, E vi-te a voar.
Sózinha, Levantaste voo, Subiste E deixaste Este mundo.
Seguiste para o céu? Largaste tudo o que tens. Deixaste-me sozinho, Sem ninguém. Partiste Para o além…
João Gil Ribeiro
NA NEVE
Bonecos de neve Surgem no inverno gelado Gelado, onde todos ficam na lareira.
Neve branca, na noite escura ou clara A vaguear por entre as feiras Onde tudo é fantasmagórico
Tudo parece magia A neve, o branco O som, a música A lua, o luar
O meu coração deseja que tu ergas Ergas bem alto o teu troféu Para, no fim, Mariana Ferreira
Dizer que tudo o que é meu é teu!
AMIZADE A cada dia que passa discutimos mais, parecemos pais. ou porque ela te fala
ou porque tu gostas de amá-la.
Já não te percebo começo a ter medo…
És importante, eu sei que sou irritante.
Quando te vejo a andar, começo a achar
que estás a deixar de me amar
Tenta mudar que eu também vou tentar.
Andreia Saraiva
OUTRO DOCE MUNDO
O mundo noutro mundo A vida noutro mundo
Onde não haja fim Nem começo Para lá da linha, Para lá do horizonte.
Verde e mais verde para correr… Com tudo a cantar e a saltar…
Uma dimensão diferente. Sentimentos diferentes. Sonhos diferentes Uma vista totalmente diferente.
Tudo sem medos nem obstáculos Sem escuridão nem solidão.
Vitorioso serei Com um toque de paz e coragem.
O contrário do mundo era este Uma realidade diferente.
Mariana Ferreira
O AMOR ENTRE AS GUERRAS
O amor mortal No infinito das estrelas Onde não existe imortal E o brilhar das estrelas caminha para lá
Guerras, intenção é a dor Amor, intenção é amar
Amar sem dor Das guerras Das estrelas Da escuridão Nem da traição
Amor a limpo, com paz Paz, onde não há guerra Guerra na dor da traição
Tudo para dizer Que o amor entre as guerras é pura traição.
Mariana Ferreira
OURO MALDITO
Ouro, que é destrutivo E poderoso. Corrompe os melhores homens, Tirando-lhes o coração.
O ouro traz a cobiça, que traz a ganância e o ódio. Obriga-nos a fazer coisas inimagináveis, Tira a cor das florestas quando é achado.
Come montanhas. Corrompe cidades, É um criminoso, Muito silencioso.
Mas mortĂfero e mortal, Transforma o homem, Num animal.
Ouro Maldito.
JoĂŁo Gil Ribeiro
VOAR
Eu quero voar Quero viajar Pelo mundo a visitar Terras sem fim Palácio em Berlim Dei a volta ao mundo Até nada mais conseguir ver. Voei até à lua, Voei até ao sol.
Apanhei uma charrua Que estava a planar
Acabara eu de entrar Ela se começara a despenhar Quando toquei no chão foi um estrondão Caíra da cama, ainda de pijama. Fui até à rua, Para verificar Afinal, acabara de acordar.
João Gil Ribeiro