Grande Consumo N.º 3-2010

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N.º3 / Revi 2010 | s M Port ta bime AIO/JUN ugal st HO | €4 ral ,80

200 Lojas até 2013

Scantrends Nielsen alimentação em queda GCT reforça aposta no food-service POPAI chega a Portugal Miau.pt assinala 10.º aniversário em dinâmica de crescimento



03 EDIT ORIA N.º3 /201 L 0 | MAI

O/JU NHO

3 A Nielsen Portugal promoveu, recentemente, mais uma edição da sua habitual conferência anual, onde, além de se encontrarem algumas caras conhecidas do sector, se aprende, regra geral, algo que nos escapa por muito atentos e informados que estejamos relativamente a esse enorme fenómeno que é o mercado de Bens de Grande Consumo. Apesar de Portugal ser reconhecidamente um mercado de escala reduzida para muitas das operações das grandes multinacionais que aqui se fazem representar – e até para algumas empresas portuguesas – continua a ser inequívoco o interesse em estarem presentes no mercado interno, seja pelo cariz experimentalista dos consumidores nacionais, seja pelo facto de o País governado – até à data – por José Sócrates constituir uma natural porta de entrada para mercados de outra dimensão. Independentemente das razões que possam justificar o porquê das suas presenças, certo é que as conferências da Nielsen trazem sempre uma mais-valia a todos aqueles que dedicam uma tarde do seu tempo. Seja para aprender o que torna José Mourinho um líder eficaz, mobilizador e um profissional de sucesso (apresentação extensa, ainda assim interessante), ou para perceber como o fenómeno preço afecta as decisões dos consumidores portugueses, o público-alvo de todos aqueles que compuseram o pequeno auditório do CCB. E que puderam escutar que o retalho é o maior driver actual de consumo, prevalecendo como motivações de compra aparentemente secundárias como a saúde, conveniência ou prazer face ao argumento preço. Afinal o preço não é assim tão determinante para a compra, logo para o consumo, existindo uma clara tendência para que as marcas de indústria sejam ainda mais fortes nos segmentos onde as marcas próprias tendem a ter mais impacto. O que é o mesmo que dizer que no reboliço da propagada crise, o shopper europeu (temática em destaque nesta edição) não alterou assim tanto os seus hábitos de consumo, apresentando-se o actual contexto económico como oportuno para promover o valor da marca. Pelo menos antes de se conhecerem os efeitos das renovadas taxas de IVA e a exacta medida em que irão afectar os níveis de consumo em Portugal, e isto após algumas semanas em que foi propagado o aumento do PIB nacional sem que, naturalmente, tivesse impacto significativo no dia-a-dia de todos nós. Até porque se as grandes agências de rating, cuja apreciação pode colocar a integridade de alguns países em causa, podem, afinal, enganar-se nas suas avaliações, o que se poderá esperar a partir daqui do sistema financeiro capitalista? O melhor mesmo é esperar para ver como a chegada do Verão irá trazer novos desenvolvimentos às demarches feitas nos últimos tempos, sabendo-se de antemão que todas elas, acertadas ou não, são mais do que tardias e apenas têm prejudicado a imagem de Portugal fora de portas. Com claros prejuízos para todos aqueles que são a verdadeira “mola” da economia nacional. Entretanto, a Grande Consumo alargou o seu âmbito de intervenção no sector dos vinhos, através de uma parceria com a publicação Wine Passion cujas notas de prova irão, a partir de agora, reforçar a nossa secção informativa deste importante sector de actividade. Boas leituras!



rias : Bruno Fa e e Editor ad ed ri op sa Pr ugue ade: Port e Nacionalid do Orient re Ga – 19115 Apartado Lisboa 1991-901 o Farias un Br : or om Direct econsumo.c st vi agrand re s@ ia ar unof **** E-mail: br ********** ********** ** ** ** ** ******

EDITORIAL NOTÍCIAS

3 6 10

PRODUTOS S NIELSEN SCANTREND

14

PREÇO

16

GCT

18

SPAR

22

POPAI MINDSHARE OPINIÃO –

8

26

OPINIÃO DE CASTRO – VIEIRA

27 28 29 30 32

OPINIÃO A OOP. BORB – ADEGA C NIELSEN OPINIÃO – GCT OPINIÃO – ERVEJAS MERCADO C

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SURF

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LEGO

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MIAU

44 45 46 50

IÇÃO PROVAS ED VINHOS NOTÍCIAS SOBERANAS A FECHAR

**** ********** ********** ** ** ** ** 837 ****** C. – 125 o na E.R. 0 N.ª Regist /1 07 65 Legal – 30 Vaz Depósito iro Lopo a Conselhe Ru – ão oa dacç -003 Lisb Sede de Re do – 1800 2.º Esquer es – ar 46 pl º em N. 0 Ex dia – 5.00 Tiragem mé Bimestral – e ad id to Periodic LDA. R. Al Gráficas, s te Ar o, – ur – Mx3 Rio de Mo Impressão do Forte, zém Alto ma Ar e Fort 35-446 Lisboa 26 Santos, a Dalila an Jo – s re do ra bo ian Vasvik Cola rtins, St a, Abel Ma nh is Cu te e Duar – Jorg Re Comercial om .c mo Direcção su on ec vistagrand re s@ stelo ei Su er jorg Ana Paula Comercial: m to co en o. am um Depart andecons @revistagr anasustelo 5 912 201 53 APHICS GR L RB : Produção ing, Lda. et o e Mark Comunicaçã ** ********** ********** ** ** ** ** ********


Vimeiro com nova campanha A Água do Vimeiro engrandece a tradição nacional. Cento e dezassete anos de história de uma marca portuguesa de referência, não só em território nacional mas também além fronteiras. Ser Português é a nova acção promocional da Água do Vimeiro a ser lançada nos pontos de venda a partir de meados de Junho. Criada com o objectivo de motivar os portugueses a valorizar as suas marcas, a acção pretende relembrar que somos um país forte, cheio de História e tradição. A campanha vem recordar alguns dos mais valiosos símbolos deste nosso Portugal. A Água do Vimeiro passa assim a ter uma novidade nos seus packs de quatro garrafas de Vimeiro Lisa, uma colecção de oito molduras ímanes com um design exclusivo, onde cada tema representa alguns daqueles que considerámos serem os mais emblemáticos símbolos associados à cultura e tradição portuguesa. O St. António, a Sardinha, o Eléctrico, os Azulejos, o Galo de Barcelos, a Caravela, a Guitarra portuguesa e os Lenços dos namorados, juntam-se à Água do Vimeiro e passam a estar presentes nos frigoríficos de todos os portugueses. A campanha estará disponível: em Hipers e Supermercados a nível nacional e sujeita ao stock existente.

IKEA Loures já abriu

06

A IKEA Loures, terceira loja da marca IKEA em Portugal, já abriu portas a todos os clientes da marca. Cumprindo o plano previsto, a IKEA Loures foi inaugurada na presença da Ministra do Trabalho e da Segurança Social, Helena André, do Secretário de Estado Adjunto da S UNHO A Indústria e do Desenvolvimento, I AIO/J ÍC M T | Fernando Medina, do Embaixador da 0 01 NO /2 º3 N. Suécia em Portugal, Bengt Lundborg, assim como do Presidente da Câmara Municipal de Loures, Carlos Teixeira. Presentes no pequeno-almoço institucional de inspiração sueca, que antecedeu à abertura oficial da IKEA Loures, estiveram também Kristina Johansson, Directora Geral IKEA Portugal, António Machado, Director de Expansão IKEA Portugal e Pedro Abreu, Director de Loja IKEA Loures. Para Pedro Abreu, Store Manager da IKEA Loures, “este é um momento muito especial para toda a equipa da IKEA Portugal. Hoje, inaugurámos a terceira loja IKEA no nosso país, realizando mais um objectivo no cumprimento do nosso plano de expansão. É com muita satisfação que inauguramos a IKEA Loures, que nos permitirá ficar ainda mais perto dos nossos clientes e oferecer-lhes artigos de qualidade, com design, funcionais e a preços acessíveis, de forma a facilitar ainda mais o seu dia-a-dia”.

Staples assina protocolo com Associação Nacional das PMES A Staples e a Associação Nacional das PMES celebraram um protocolo de cooperação, de âmbito nacional, que visa proporcionar um conjunto de vantagens mútuas a associados e clientes. A Staples está consciente de que uma das maiores vantagens que pode disponibilizar aos seus clientes é a inovação; inovação de processos, produtos, serviços, soluções e parcerias; assim, este protocolo nasce de forma a materializar os esforços que a marca tem realizado ao nível do aperfeiçoamento e excelência dos serviços. Este protocolo foi celebrado no âmbito da III Feira Internacional de Negócios para PME’s, iniciativa que se realizou na Alfândega do Porto e que contou com o apoio da União Europeia e da Confederação Europeia das Associações das PMES.

Gateway Portugal assinala 10.º aniversário A Gateway Portugal comemorou 10 anos de experiência no mercado nacional no passado dia 27 de Maio, num evento de celebração da data com direito a bolo e champanhe. Um autêntico showroom com todas as novidades da empresa uniu diversos clientes, fornecedores, os parceiros InVue, MW, 49x40 e PremiValor, assim como os directores da Gateway Brasil e da Gateway Internacional (Suécia), a APED, colegas e jornalistas. Num evento aberto aos media, esta foi uma verdadeira dedicação da Gateway não apenas à sua equipa como também a todos os que proporcionaram duas mãos cheias de sucesso em território nacional. “A todos eles o nosso muito obrigado”, afirmaram sem hesitar os sócios Carlos Truta e José Leocádio, respectivamente, Director Geral e Director Comercial da Gateway Portugal. No showroom foram apresentadas soluções dedicadas a cada sector de retalho, desde os mais recentes e inovadores sistemas EAS – como a nova geração NEO, as Xtender, Doorgate, Prisma e Designergate People Counter, ou detecção de metais, entre outros – a sistemas de merchandising seguro, como Safers, Secure Hooks, e POD Displays (com destaque para a nova série 1000 de PODs, as novidades eReader, iPhone POD, Watch Sensor e Impact Stands) ou ainda sistema de interactividade promocionais. Soluções de vídeo vigilância (CCTV) estiveram também expostas, numa interligação com os sistemas PODs e EAS; e sistemas de marcação e etiquetagem foram apresentados num stand próprio juntamente com as respectivas máquinas de impressão e as mais recentes novidades nesta área.


07 NOTÍ CIAS N.º3 /201 0 |

MAIO /JUN HO

LIDL lidera ranking da Greenpeace No Ano Internacional da Biodiversidade, o LIDL revelou-se como o mais responsável retalhista em Portugal ao manter a liderança no ranking dos supermercados da Greenpeace, posição que assume desde o lançamento deste ranking em 2008. Com uma percentagem de 60%, que equivale ao nível laranja deste ranking, a cadeia alimentar alemã distingue-se nesta classificação, segundo a Greenpeace, “por ter dado passos concretos e seguros no sentido de excluir o pescado mais insustentável e favorecer as melhores práticas de pesca.” A organização ambientalista sublinha ainda que o LIDL “é o único retalhista em Portugal que já adoptou um processo de decisão para o pescado que incorpora vários critérios da sustentabilidade, rastreabilidade a 100%, exclusão de zonas de pesca duvidosas, zero tolerância para o uso da OGM (Organismos Geneticamente Modificados), exclusão de viveiros dependentes de peixe selvagem para alimentação e minimização das capturas acidentais nas actividades de pesca”. Cada vez mais empenhado em melhorar as suas práticas de comercialização de pescado, o LIDL tem descontinuado a venda de uma série de espécies de peixe (tubarões, espécies de profundidade, solhas, peixe-espada e peixes-vermelhos). Esta política é essencial para a manutenção do equilíbrio dos ecossistemas marinhos, sendo que o LIDL defende que não devem ser comercializados peixes ou crustáceos que constem na lista vermelha das espécies.

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Unilever reduz pegada carbónica A UltraLogistik, a empresa de logística da Unilever, já havia batido as suas metas iniciais de emissões de CO2, ao transportar 30% da sua carga por via ferroviária e marítima, em 2010. O que equivale a menos 9,5 milhões de quilómetros feitos por via rodiviária, o que coloca a empresa cerca de cinco anos à frente da concorrência no que a políticas logísticas e ambientais diz respeito, ao mesmo tempo que optimiza custos numa razão de 10%. Para Simon Smith, Vice-Presidente de Logística da Unilever na Europa, considera que “a estratégia de redução de emissões de carbono, eficiência dos custos e de serviço de qualidade implementa uma nova estratégia corporativa para fazer evoluir o negócio enquanto reduz o impacto ambiental. Estamos a conduzir a eficiência até onde ela é possível. Desde Janeiro deste ano que recebemos detalhados relatórios mensais relativamente às emissões de carbono associadas a cada movimento de mercadoria”. Na base dos resultados apresentados pela UltraLogistik está o intelegente sistema de rastreio que permite, além de uma rápida resposta a qualquer solicitação, uma gestão eficiente da cadeia de abastecimento, ao possibilitar a gestão de combinações de carga de modo a maximizar a eficácia da carga e do respectivo transporte, de modo a reduzir as emissões de CO2.


Primor - Prémios Grátis e Sem Sorteio De 5 de Maio a 30 de Junho 2010, a Primor oferece prémios, sem sorteio, aos consumidores que comparem produtos Primor - Gama Levíssimos, Cocktail e Tiritas. Na compra de duas embalagens dos produtos em promoção, o consumidor ganha, de imediato, um prémio completamente grátis. Só tem de seleccionar o que mais lhe convém: 1 semana de actividades desportivas num ginásio aderente; aulas de culinária nas escolas aderentes; ou 400 Assinaturas da revista Wine – A Essência do Vinho. Conheça a mecânica promocional e active as suas vendas em www.premios.primor.pt ou através do telefone 218941273.

Pharmabiz distribui Alara em Portugal A Pharmabiz continua a apostar e a desenvolver novas linhas de produtos Sem Glúten, Sem Lactose, Sem Açúcar e Energéticos, contribuindo, assim, para a melhoria da qualidade de vida e bem-estar da comunidade envolvente, ao apostar em produtos inovadores e de qualidade que vão de encontro às reais necessidades dos consumidores. A mais recente aposta da Pharmabiz recaiu na representação da linha de Mueslis Biológicos e Sem Glúten da marca inglesa Alara, especialista na produção de referências para o mais natural e saudável dos pequenosalmoços. Recorde-se que esta foi a primeira empresa a ter os seus produtos licenciados pela Coelic Society, uma ONG que apoia pessoas com intolerância ao glúten. A política da “Alara Wholefoods” é garantir que os produtos à base de cereais que produz, “Biológicos e Não-Biológicos”, não contenham ou consistam em organismos geneticamente modificados ou qualquer dos seus derivados. Porridge de Luxo (Papa) 500g, Muesli de Luxo (500g), Muesli Biológico (250g), Muesli Biológico Activo (Prebiótiico) 400g, Muesli Biológico (Prebiótico) com Goji & Yacon 650g, são algumas das referências disponíveis em Portugal, à venda no El Corte Inglés, dietéticas e farmácias.

08 PRO DUT OS

N.º 3/2 010 | M AIO /JU NHO

Super Bock sem álcool Maçã A Super Bock Sem Álcool 0,0% Maçã é a mais recente novidade da Unicer. Dirigida ao consumidor que gosta de cerveja suave, leve e refrescante, com este lançamento a Super Bock continua a inovar, reforçando a sua gama de cervejas 0,0% álcool e com sabores, a mais completa no mercado nacional, que inclui já a Super Sem Álcool 0,0% Limão. A marca aproveita ainda este lançamento para apresentar a nova imagem para a sua gama de cervejas sem álcool com sabores. A Super Bock Sem Álcool 0,0% Maçã é uma cerveja muito fácil de beber, caracterizando-se por ter um sabor doce e suave, com cor clara, espuma branca e cremosa. Ao ser uma cerveja baixa em calorias, integrando a única gama em Portugal com um teor alcoólico de 0,0%, destina-se a todos os consumidores que cuidam de si e que não prescindem do prazer. Encontra-se disponível em packs de 6 unidades. A Unicer disponibiliza no mercado nacional a mais completa gama de cerveja sem álcool. Para além desta novidade – Maçã –, o consumidor pode optar pelas referências Super Bock Sem Álcool Pilsener, Super Bock Sem Álcool Preta e Super Bock sem Álcool Limão. P.V.P: 3,39€

Torrié com nova gama Ao todo são cinco as novas variedades de café que a Torrié definiu ao abrigo da sua nova gama, disponível no mercado a partir do segundo semestre deste ano. “Live it well” é a assinatura que acompanha o lançamento desta gama diferenciadora e que procura ir de encontro às mais recentes tendências de consumo, onde a preocupação com o bem-estar e a saúde balizam as motivações emocionais dos consumidores. Bio Active, Silver Skin, Wellness, Zen e Energy são as referências que compõem a nova gama Torrié, variando a sua denominação em função dos princípios activos inerentes a cada um destas referências e que evoluem desde os benefícios para o aparelho digestivo e hepático, propriedades anti-oxidantes, efeitos relaxantes através de infusões de menta e camomila se abdicar do paladar do café, até ao efeito de extra energia para quem procurar cafés mais intensos e com mais cafeína. O tenista Frederico Gil foi o embaixador da marca ao longo da última edição do Estoril Open, prova que o atleta português acabaria por perder na final, mas que logrou veicular a imagem daquela que foi a marca oficial de café do torneio. Prova na qual foi apresentada a gama “Live it Well”, uma nova sugestão no que ao consumo de cafés em pastilhas diz respeito e que procura aproximar ainda mais esta marca do Grupo JMV de todos os consumidores, ao proporcionar-lhe uma gama de cafés que “resulta de alguns estudos desenvolvidos no sentido de que forma é possível contribuir de forma activa para o bem-estar das pessoas, uma vez que está comprovado que os benefícios do café na saúde individual”, explica Pedro Guerreiro, Director de Marketing do Grupo JMV. O segundo semestre deste ano testemunha o seu lançamento.


9 Celebração Coca-Cola A Coca-Cola vai contagiar os portugueses com o espírito da celebração através de uma ambiciosa campanha que suporta o patrocínio oficial da marca ao Mundial FIFA 2010, na África do Sul. Sob o mote “Solta a Celebração”, a marca vai actuar em várias frentes: com uma nova decoração das embalagens alusiva ao Mundial, com um forte investimento e uma elevada cobertura em todos os meios, uma promoção nacional e várias activações, com oferta de milhares de prémios. O objectivo é amplificar a euforia e entusiasmo das celebrações de golos, conceito que traz à luz do dia aquele momento de felicidade e entusiasmo que está no centro do que Coca-Cola representa e sob o qual assentam todas as

iniciativas que a marca irá promover em Portugal, durante a maior festa de futebol do Mundo. O anúncio de televisão, que estreou a 10 de Maio e estará no ar até ao final do campeonato, tem como inspiração o lendário herói da selecção dos Camarões, Roger Milla, que no Mundial FIFA de 1990 marcou um golo inesperado e o celebrou de forma nunca antes vista: dançando. A campanha tem como banda sonora a música “Wavin’ flag Coca-Cola Celebration Mix”, de K’naan. O artista de hip-hop somali gravou o tema que serve de hino da Coca-Cola para o Mundial FIFA 2010 e a toda a campanha universal da marca.

Novos Compal Essencial Kiwi e Ameixa Compal acaba de lançar os novos Essencial Kiwi e Essencial Ameixa, dois novos produtos que mantêm todos os benefícios aliados ao kiwi e à ameixa, frutas ricas em fibra conhecidas por contribuírem para o bom funcionamento do trânsito intestinal. Compal Essencial Kiwi e Compal Essencial Ameixa têm a equivalência nutricional e características de um kiwi e de uma ameixa respectivamente, as frutas que estão na sua origem. Integrados numa alimentação saudável, o consumo de Compal Essencial Kiwi e Essencial Ameixa, por serem ricos em fibra, ajuda-o a atenuar os problemas de trânsito intestinal. Os novos Essencial Kiwi e Essencial Ameixa juntam-se, assim, ao Essencial Laranja, Ananás, Manga, Morangos, Pêra, Pêssego e Maçã, e também ao Essencial Duplo (Morango Maçã, Ananás Pêra e Manga Laranja).

Vasenol Loção Gel Aloe Fresh Vasenol acaba de lançar a nova Loção Gel hidratante Aloe Fresh, uma fórmula inovadora, composta por 100% Aloé Vera. Trata-se do mais recente hidratante da marca, uma Loção em Gel Corporal, para usar depois do banho que se aplica como uma loção. Esta inovação Vasenol promete revolucionar os cuidados diários da pele, numa altura em que o Verão se aproxima. O Sol e o sal tornam a pele mais seca e áspera. É importante lembrar que a hidratação da pele com cremes e loções, após o banho, é fundamental. No Verão dáse preferência a loções hidratantes mais fluidas, mais fáceis de aplicar e de rápida absorção. A Gama Aloe Fresh conta ainda com uma loção à base de Aloé e Pepino, gel de banho e desodorizante, que deixam a pele hidratada e saudável. PVP Recomendado de 4,99€.

Palmolive Nutra.fruit A Colgate-Palmolive apresenta a mais recente novidade em Gel de Banho com o lançamento dos novos Palmolive Nutra.fruit Romã e Palmolive Nutra.fruit Tangerina. Inspirados nas frutas mais delicadas da natureza, os novos Geles de Banho Palmolive Nutra.fruit Romã e Nutra.fruit Tangerina aliam os benefícios da hidratação aos extractos de Fruta, fazendo do duche uma experiência única, rica em fragrâncias, emoções e prazer, constituindo uma proposta Gourmet dentro do segmento de Gel de Banho. Palmolive Nutra.fruit Romã junta os benefícios da exótica fruta e creme hidratante para o cuidado nutritivo da pele, a uma fragrância duradoura; Palmolive Nutra.fruit Tangerina, assume-se como um revitalizante de energia, aliando a um aroma suave e estimulante para a hidratação natural da pele, uma fragrância que realmente perdura. O Palmolive Nutra.fruit Romã e Palmolive Nutra.fruit Tangerina encontram-se disponíveis nos super e hipermercados em inovadoras embalagens transparentes de 400ml.

PRODUTOS N.º1/2010 | FEVEREIRO


10 LISMAEIO/JUNHO ANÁ 0 | /201 N.º3

Alimentação

continua queda

Sara Matos

em

Os Bens de Grande Consumo (BGC) voltaram a registar um ligeiro decréscimo na Quadrisemana 13_16 de 2010 face ao período homólogo de 2009. O resultado reflecte as tendências opostas registadas por Marcas de Fabricante e Marcas de Distribuição+Primeiro Preço, que voltaram a evoluir em direcções contrárias. Um cenário que, aliás, caracteriza TEXTO Duarte Cunha

praticamente a evolução do mercado de BGC ao longo deste ano, ainda que no período analisado seja na Alimentação que as marcas de indústria mais perdem terreno.


11

E O/ IS AI L Á 010 | M N A .º3/2 N

O Scantrends da AC Nielsen referente à Quadrisemana 13_16 de 2010 (28 de Março a 25 de Abril) dá conta de uma ligeira redução do mercado de Bens de Grande Consumo (BGC) na ordem dos 0,8% quando comparado com o período homólogo de 2009. Até aqui nada de novo, até porque a aparente explicação para este fenómeno continua a ser o comportamento antagónico apurado pelas Marcas de Indústria e pelas Marcas de Distribuição+Primeiro Preço (MDD+PP), com as marcas de indústria a reduzir vendas em 2,3% face à subida de 2,5% das marcas próprias. Mesmo após na Quadrisemana 09_12 (1 de Março a 28 de Março) o mercado de BGC ter apresentado uma paulatina luz de esperança ao subir abaixo do meio ponto percentual (+0,4%), enquanto as Marcas de Fabricante haviam estabilizado vendas (-0,5%), não obstante a evolução contínua das MDD+PP, que no mês de Março haviam mantido a mesma bitola de crescimento registada em finais de Abril (+2,4%). Assim se percebe na proporção a importância das Marcas de Fabricante para a valorização das vendas em valor do mercado de bens de grande consumo, sobretudo a nível da Alimentação, uma vez que este segmento foi, igualmente, importante no mês anterior para a recuperação do mercado na sua globalidade, uma vez que na Quadrisemana 13_16 voltou a reduzir fortemente vendas em 4,4%, enquanto as MDD+PP mantiveram-se inabaláveis ao crescer 2,5%. Assim tem sido ao longo das 12 semanas. De facto, nesta abordagem a Alimentação tem sido das áreas de negócio analisadas pela AC Nielsen a que mais tem perdido vendas em valor ao longo deste ano, com as suas quebras a variarem entre um mínimo de -0,5% e um máximo de -5,2%, ainda que a média apurada ao longo deste ano tenha sido sempre acima dos 3%, o que diz o quanto tem sido penoso o ano de 2010 para os operadores deste segmento. Já as bebidas, apesar da flutuação do consumo e de toda a sua sazonalidade, conseguem manter-se mais estáveis no que concerne às vendas de Marcas de Fabricante, ao apurarem uma subida de 2,8%, isto após terem reduzido vendas no mês anterior na ordem dos 2,6%. A chegada das estações de calor pode ser um motivo explicativo para esta subida repentina das Bebidas, ainda que,

como demonstra o gráfico anexo, nem sempre resida no clima o maior factor impulsionador das vendas, sabendo-se, por um lado, o quanto os portugueses são fiéis a algumas marcas em determinadas famílias deste universo, por oposição a outras onde a conveniência e o preço prevalecem face à preferência de marca. Por sua vez, a prestação das MDD+PP (+4,1% no período analisado, 19% quota mercado YTD10) tem sido igualmente oscilante e geralmente acompanha o percurso das Marcas de Fabricante, estabelecendo-se aqui um interessante paralelismo no comportamento deste sector de negócio que deverá manter níveis de crescimento ao longo dos próximos três meses, à medida que o Verão se apresenta com maior incidência. HIGIENE Também a nível dos mercados de higiene analisados pela AC Nielsen neste boletim, se salienta as prestações antagónicas dos segmentos de Higiene do Lar e Higiene Pessoal, ao apresentar performances distintas. No caso da Higiene do Lar, esta recupera neste período, com as Marcas de Fabricantes a manterem-se estáveis (-0,1%) enquanto as MDD+PP reforçam a sua importância ao crescer 2,7% face ao período homólogo de 2009. Isto após ter registado performances modestas ao longo das últimas oito semanas, onde as suas vendas em valor não foram além de variações de +0,1% e +0,5% em valor. No caso dos produtos de Higiene Pessoal, são as MDD+PP que continuam a desacelerar, não obstante o crescimento de aproximadamente 1% (+0,9%) no período em causa, que contrasta com a quebra das Marcas de Fabricante em -1,3%. Indicador que, ainda que ilustrativo de uma prestação negativa, deixa em aberto a possibilidade de no próximo período esta categoria recuperar níveis de crescimento, devido ao facto de existirem determinadas referências de Higiene Pessoal que, habitualmente, são preferencialmente vendidas a partir desta altura do ano e que pela sua especificidade e elevado preço unitário encontram-se na esfera de Marcas de Fabricante, que disponibilizam um maior mix de produtos ao consumidor, não obstante os 25,7% de quota de mercado (YTD10) que as MDD+PP detêm nas vendas deste universo. Em comum, estas

Evolução do Mercado de Grande Consumo Variação em valor

% Variação quadrissemanal em valor vs período homólogo

8,2%

7,0

0,0 –0,1%

2009 vs 2008

-0,3

–0,5%

–1,4 –1,0

2008 vs 2007

-0,4

–0,1 –1,0 –1,0 –1,0 –1,0

–2,6 –0,8

–0,8

YTD 10 vs YTD 09

S 2009 21 S 2009 29 S 2009 37 S 2009 45 S 2009 53 S 2010 08 S 2010 16 S 2009 17 S 2009 25 S 2009 33 S 2009 41 S 2009 49 S 2010 04 S 2010 12


duas categorias apresentam comportamentos oscilantes ao longo deste ano, onde as subidas se sucedem a francas quebras no período seguinte, sobretudo na categoria de Higiene do Lar,

apresentando-se ainda como incontornável a evidente desaceleração das MDD+PP por oposição ao comportamento oscilante das Marcas de Fabricante que tardam em estabilizar vendas. Total FMCG

11,9

Variação vendas valor MDD+PP Variação vendas valor Marcas Fabricantes

4,4 3,6

3,1 2,5

2,3

1,9 2,0

1,9

0,4

2,5

-1,4 -2,6

-1,6

0,2

0,1

-0,1

-1,1 -1,7

2,6

1,3

-1,5

-1,9

-2,2

-1,5

-1,1

-1,5 -2,2

-0,6 -2,3

-3,1

-2,3

2009 YTD 10 S 2009 17 S 2009 25 S 2009 33 S 2009 41 S 2009 49 S 2010 04 S 2010 12 vs 2008 vs YTD 09 S 2009 21 S 2009 29 S 2009 37 S 2009 45 S 2009 53 S 2010 08 S 2010 16

Alimentação

Bebidas

% Variação quadrissemanal em valor vs período homólogo

% Variação quadrissemanal em valor vs período homólogo

11,6

18,6

Variação vendas valor MDD+PP Variação vendas valor Marcas Fabricantes

17,8

Variação vendas valor MDD+PP Variação vendas valor Marcas Fabricantes

14,4 12,9

12,5

6,4

12,5

13,5

9,9

9,5 3,5

0,9

2,0 -0,2 0,2 -3,5

2,5

2,4

2,1

-1,8

0,6

-0,4

-4,3

-2,1 -0,5

-4,9

-5,0

4,3

4,1 2,8

0,3

0,7

-4,2 -4,4 -3,0

2,6

1,6 1,7

1,7 -1,9

1,1

-0,2 -1,5

-1,1

-2,4

-1,8 -1,8

-4,3 -5,2 2009 YTD 10 vs S 2009 17 S 2009 25 S 2009 33 S 2009 41 S 2009 49 S 2010 04 S 2010 12 vs S 2009 21 S 2009 29 S 2009 37 S 2009 45 S 2009 53 S 2010 08 S 2010 16 2008 YTD 09

-2,6 2009 YTD 10 vs S 2009 17 S 2009 25 S 2009 33 S 2009 41 S 2009 49 S 2010 04 S 2010 12 vs S 2009 21 S 2009 29 S 2009 37 S 2009 45 S 2009 53 S 2010 08 S 2010 16 2008 YTD 09

Higiene Lar

Higiene Pessoal

-4,2

-4,4

% Variação quadrissemanal em valor vs período homólogo 6,9

13,6 12,8 10,3

3,1

2,7

1,1

0,3

1,0

0,6

0,5

6,9

1,6

1,8

5,5

1,3 -0,2

0,1

5,6 4,4 2,1

3,0

-1,8

-0,2 -3,5

-2,8

3,8

-0,1 1,0

-1,8

6,6 5,2

0,5 -0,7

-0,8 -1,6

10,5 9,7

3,6

2,5 1,8

9,3

9,3

3,5

Variação vendas valor MDD+PP Variação vendas valor Marcas Fabricantes

11,8

4,5 3,3 2,9

-2,0

% Variação quadrissemanal em valor vs período homólogo Variação vendas valor MDD+PP Variação vendas valor Marcas Fabricantes

5,4

12

3,6

2,8

-2,9

-3,2

4,6

4,1

-0,4

-2,1

-2,6

8,0

-2,5

2009 YTD 10 -5,3 vs S 2009 17 S 2009 25 S 2009 33 S 2009 41 S 2009 49 S 2010 04 S 2010 12 vs S 2009 21 S 2009 29 S 2009 37 S 2009 45 S 2009 53 S 2010 08 S 2010 16 2008 YTD 09

-0,7

1,4

0,3

1,7 0,9

-0,2 -1,0

0,0 -1,2

-0,9

-1,3 -3,5

-2,9

2009 YTD 10 vs S 2009 17 S 2009 25 S 2009 33 S 2009 41 S 2009 49 S 2010 04 S 2010 12 vs S 2009 21 S 2009 29 S 2009 37 S 2009 45 S 2009 53 S 2010 08 S 2010 16 2008 YTD 09

Nielsen Market Track – Total Portugal (inclui LIDL)

ANÁ LIS E |

N.º 3/2 010


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O ISMEAIO/JUNH L Á | ANº3/2010 N.

preço

não é determinante para o

consumo

Saúde, conveniência e prazer são os drivers de crescimento da indústria de Bens de Grande Consumo, mercado onde, afinal, o preço surge numa segunda linha de motivação da compra. Apesar da crise, o shopper europeu não alterou o seu comportamento, mantendo o número de visitas à loja, o gasto médio e a sensibilidade às promoções. Estas são algumas das conclusões da última edição da conferência AC Nielsen, este ano subordinada ao tema “Bens de Grande Consumo nesta conjuntura de mudança. Que desafios?”.

TEXTO Abel Martins

A Indústria dos Bens de Grande Consumo é das menos afectadas pela crise, apresentando crescimentos a nível Europeu, relativamente aos quais Portugal representa uma interessante tendência atípica, ao ser o país que compra Mais por Menos, demonstrando, ainda, um dos maiores crescimentos à escala europeia em volume (+4%) e a maior quebra de preços (-5%). Quebra que não se deve ao aumento do preço por unidade (+1% face ao ano passado), mas sim a uma profunda alteração do cabaz de compras que confere uma maior preponderância às Marcas de Distribuição (29,4% de quota de mercado no 1.ºQ 2010). Estas são conclusões retiradas da última conferência da AC Nielsen, encontro anual que reúne, num mesmo espaço, representantes da produção e da distribuição nacionais, e que apontou ainda como driver de crescimento das Marcas de Distribuição o próprio retalho e não o shopper. Apesar de aderir progressivamente às marcas de distribuição – que ganham quota, em função da diversidade da oferta e do forte investimento feito pela generalidade das insígnias nas marcas com a sua chancela – estas não são diferenciadoras na escolha de uma determinada superfície comercial. De acordo com a auditora, de um total de 23 atributos diversos que promovem a recomendação, preferência e disposição para que o shopper se desloque mais longe para ir a uma loja em particular, as marcas próprias surgem somente no 21.º lugar dessa tabela de motivações de compra. Ainda que o shopper se tenha mantido sensível ao preço dos FMCG ao longo dos últimos anos, uma estratégia de valorização de marca parece ser a mais adequada a este tipo de artigos, aconselhando a AC Nielsen a que os produtores resistam à tentação de baixar preços.


15 ANÁ LIS E |

N.º 3/2 010

DRIVERS As motivações que seduzem o consumidor prendem-se, portanto, com aspectos que não se encontram ligados ao preço, nomeadamente, diferenciação (Premium), saúde, prazer e conveniência, apresentando-se o conforto (loja fácil de ir, ambiente agradável, disponibilidade produto), no caso do retalho, mais diferenciador do que o próprio preço na escolha de uma determinada superfície comercial. Ou seja, são mais apelativas ao consumidor as lojas que oferecem algo mais aos seus visitantes do que somente preço. É nesse sentido que se percebe que, num ano de crise, o Lidl perca quota de mercado e veja baixar os níveis de fidelidade dos seus consumidores, ao contrário do Pingo Doce que viu o store equity subir para 2,7%, enquanto o Lidl baixou para 1,2%, ainda que os portugueses a coloquem, a par do Minipreço, como a cadeia de lojas mais barata de Portugal. Recorde-se que há apenas cinco insígnias na Europa com 3 pontos percentuais de store equity, pelo que os indicadores atribuídos à insígnia de supermercados do grupo Jerónimo Martins colocam-na a par da elite do retalho europeu, vendo sair reforçado o store equity a nível interno ao lhe ser reconhecida força nos atributos de preço e conforto. Ainda assim, não há uma relação entre o store equity e a quota de mercado das MDD, que retiram quota às marcas secundárias, enquanto as marcas com elevado brand equity resistem à investida e profusão das MDD. Preços, promoções e existência de marca própria são importantes argumentos de comercialização mas não são diferenciadores para a escolha de loja, com o shopper europeu a não alterar o seu comportamento de compra de FMCG com a crise, mantendo-se inalterável o número de visitas à loja, gasto médio a mesma sensibilidade às promoções (que ainda assim tendem a perder eficácia). O que não invalida o facto de os Bens de Grande Consumo serem uma indústria privilegiada ao manifestar resistência à crise. Mais ou menos dependente do factor preço para prosseguir vendas e adoptar estratégias de valorização de marca, mas onde o valor acrescentado e os atributos de conforto ganham pontos ao argumento preço junto dos consumidores europeus.

UMA ESTRATÉGIA DE VALOR É A MAIS ADEQUADA PARA A MAIORIA DAS CATEGORIAS/MARCAS Elasticidade Preço Prateleira Baixa

Baixa

Elasticidade Média nos Hipermercados para um reposicionamento de -10% no Preço

Valor

Manter/aumentar preços e não promocionar

Mercados Elásticos >1,2 1,2

1,19 1,17 1,16

1,19

1,18

1,16

1,15

1,19 1,16

Valor/Volume Aumentar preços e investir em Promoções

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Elasticidade Desconto Preço

Uma opção que tende a baixar o brand equity, um importante trunfo para rebater o fenómeno das Marcas de Distribuição. Até porque não deixa de ser curioso o facto de as marcas de indústria tenderem a ser mais fortes nos segmentos onde as MDD são mais fortes, pelo que a presente conjuntura económica revela-se oportuna para reforçar o valor da marca. Cerca de 40% dos consumidores de MDD europeus são heavy buyers integrando-se no perfil de Famílias com Crianças e Rendimento Elevado. Uma vez que os FMCG não são tão elásticos ao preço como numa primeira perspectiva parecem ser, para a maioria das marcas baixar preços não é rentável, obrigando uma redução em valor na ordem dos 10% e a uma subida dos volumes na ordem dos 100% para que se consiga manter uma margem de 20%. O que, sabendo-se de antemão os níveis de margem praticados neste intenso mercado concorrencial, não antecipa o melhor dos cenários, até porque uma estratégia de pricing está sempre dependente das categorias em causa e dos próprios consumidores. Em suma, há que resistir a baixar preços, porque o preço é o driver do lucro, afecta a notoriedade das marcas, torna mais difícil recuperar margens, são facilmente neutralizadas pelos concorrentes, e a sua redução implica reduções nos investimentos das marcas, conduzindo a uma situação de lose-lose.

Alta

AAC

PARA A MAIORIA DAS MARCAS BAIXAR PREÇOS NÃO É RENTÁVEL...

Aumento de vendas necessário para manter rentabilidade Preço

Margem do Fabricante 20% 40% 60%

-10%

100%

33%

20%

As marcas têm que ser muito elásticas ao Preço para compensar uma descida de Preço

MAI O/J UNH O


16

ÃO UIUNÇ B HO I TR IO/J DIº3S/2010 | MA N.

GCT

reforça aposta no

food-service

O Grupo GCT reforçou a capacidade de resposta da GPT – Gestão de Plataformas e Transportes, S.A., empresa da holding do Grupo, em Palmela, para a área de logística e food service, através da inauguração de uma nova plataforma logística com 14.500 m2 de área de armazenamento, dos quais 7 mil de temperatura controlada. Mauro Monteiro, Administrador Delegado da GPT, explica as mais-valias trazidas por esta infra-estrutura.

TEXTO Duarte Cunha FOTOS Sara Matos


17 DI ST RI BU N. º3 /2 IÇ 01 0 ÃO | MA IO

/J UN HO

A GPT – Gestão de Plataformas e Transportes, S.A. reforçou a sua capacidade de resposta ao mercado, ao concentrar numa única plataforma a nível nacional todas as actividades de logística e armazenamento, agora possível graças a um investimento de 7 milhões/€ para a edificação de uma nova plataforma logística, em Palmela, dotada de 14.500 m2 de área de armazenamento, dos quais 7 mil dedicados a temperatura controlada (congelado e refrigerado), e equipada com as modernas referências tecnológicas, nomeadamente, o sistema SAP WM+voice picking, sistema logístico de warehouse management, suportado por radiofrequência, com preparação através de voice-picking, o que coloca a nova estrutura do Grupo GCT na vanguarda a nível nacional. Até porque a área de logística e food service é um pilar estratégico para a evolução do Grupo no espaço ibérico, ainda que o mercado nacional seja prioritário nesta abordagem, ao dedicar-lhe uma nova infra-estrutura construída de raiz e com capacidade de armazenamento para 16 mil paletes que disponibiliza todas as condições para o crescimento do Grupo nesta área de negócio. Para breve está, igualmente, previsto a renovação do armazém para clientes internos, os ELOS Cash & Carry, responsáveis por 50% da facturação da GPT, e que até final do primeiro semestre de 2011 irão ter um armazém renovado, nos mesmos moldes da nova plataforma logística, numa demonstração de compromisso em servir também melhor as unidades grossistas do Grupo. No sector de food service, a GPT aborda três segmentos de mercado, nos quais procura disponibilizar uma proposta de valor “a todos os nossos parceiros, uma vez que só através de sinergias fortes e duradouras se pode aspirar a assegurar níveis de crescimento e na GPT queremos ser um parceiro presente e activo nas relações comerciais com todos os nossos parceiros, procurando activamente novas formas de os servir”, explica Mauro Monteiro, Administrador Delegado e Director Geral de Logística e Food Service. Catering Organizado, Restauração Comercial e Restauração em Gasolineiras são as áreas de negócio onde a GPT mais tem vindo a focar a sua actuação, o que representa mais de 2.500 pontos de entrega por todo o país. Com a inauguração desta nova plataforma logística, a GPT consolida em Palmela a globalidade das suas operações logísticas, actuando nas plataformas secundárias estrategicamente distribuídas pelo País (Leiria e Porto), apenas como espaços de cross-docking de mercadoria. “Esta centralização logística tradu-

zir-se-á em claras sinergias operativas de armazém, administrativas e de distribuição, transmitindo a GPT a todos os seus parceiros a confiança na sua capacidade de resposta, com todas a exigências associadas a um serviço logístico de qualidade e respeitador das exigências e requisitos associadas a estas operações em termos de segurança alimentar”, acrescenta. Outro dos aspectos que diferencia a nova plataforma logística da GCT é a sua capacidade de adaptação às exigências dos seus clientes, ao apresentar-se capaz de expedir seja à caixa, ou à unidade, numa demonstração de versatilidade e adaptabilidade deste operador às exigências do mercado moderno. “O governo espanhol, num estudo recentemente feito, estimou que o sector de food service tinha como potencial de facturação uma cifra superior a 2 mil milhões/€. Ora, sabendo-se da importância que tem hoje todo o tecido Horeca, desde a restauração à hotelaria, era importante reforçarmos a nossa capacidade de resposta nesta área específica, fazendo valer, para isso, um conhecimento detalhado do mercado e dos nossos clientes, assim como uma capacidade de resposta à altura das suas expectativas”, explica Mauro Monteiro. No caso da GPT o food service é responsável por uma facturação aproximada de 7,5 milhões/€, procurando o Grupo sustentar e potenciar da melhor forma possível esta mais-valia na área do armazenamento e abastecimento para que, em 2011, possa reforçar os níveis de crescimento, estimando Mauro Monteiro níveis de subida a dois dígitos. Para que tal aconteça, e de modo a rentabilizar as capacidades da infra-estrutura recentemente inaugurada, a GPT encontra-se em fase de negociação para o abastecimento de uma importante rede de gasolineiras a nível nacional, atenta aos volumes que o negócio de restauração já tem nestas lojas, de elevada conveniência para o consumidor final. A concretizar-se este negócio, considerado de “médio prazo”, o Grupo dará um passo importante para a diversificação da sua carteira de clientes, onde a preferência continua a ser “os clientes de dimensão”, com a GCT a apresentar capacidade de resposta nesta área de negócio, assim como aptidão negocial reconhecida, seja através do abastecimento com marcas de indústria, ou através da marca ELOS, “uma escolha de qualidade reconhecida, para quem procurar baixar o food cost da sua operação, sabendo-se de antemão a sua importância nos dias que correm. Também aqui o Grupo pode responder aos desafios que se lhe colocam”, conclui o Administrador Delegado da GPT.


18

CAOPA E D A | MAIO/JUNH TE3M 0 /201 N.º

A cadeia do ébano voltou a Portugal em 2007 e no regresso trouxe consigo um ambicioso plano de expansão do seu modelo de negócio. Com a meta de ter um parque de 200 lojas até 2013, a SPAR Portugal assume-se empenhada em revitalizar o comércio tradicional. Canal de comercialização no qual está concentrada nesta fase da operação, fazendo prevalecer a experiência internacional da cadeia holandesa na promoção do negócio dos seus aderentes. Luís da Bernarda, Administrador da SPAR Portugal, explica a operação da insígnia no país.

Grande Consumo - A SPAR já esteve presente em Portugal e voltou a reentrar no país em 2007. O que mudou, entretanto, para que voltasse a apostar no mercado nacional? Luís da Bernarda - A SPAR saiu de Portugal devido a conturbações resultantes do 25 de Abril. O seu regresso resultou de um desafio que a actual equipa lançou e do interesse que a SPAR manifestou em retornar a Portugal. O retalho independente precisava de uma estrutura afecta a uma organização internacional que pudesse dar uma imagem de competitividade face aos desafios do comércio e mercado actuais. Em termos de trabalho, uma das grandes bases da SPAR é a conveniência e a proximidade. Nós achamos que temos espaço para crescer como modelo de loja segundo esses conceitos. A SPAR tem muitas valências e muito trabalho realizado de acordo com os parâmetros que referi. Acreditamos que é possível criar uma cadeia de supermercados de conveniência e proximidade e consideramos que este é um desafio interessante para a SPAR, bem como para os

retalhistas independentes ou investidores que estão, e irão, entrar connosco nesse processo. O nosso crescimento processa-se em articulação com estes dois vectores de investimento. GC – Na análise da implementação das vossas lojas em território nacional constata-se que se tem vindo a desenvolver em redor dos principais centros urbanos. É pura coincidência ou uma decisão estratégica? LdB - É onde estão os clientes. Temos de potenciar a abertura de lojas em zonas onde se verifica maior consumo e a localização periférica é também resultante da questão imobiliária, uma vez que, dentro de um centro urbano, a aquisição de espaços físicos é mais limitada em termos de existências e por razões económicas. Existe uma área para a qual temos incidido a nossa atenção e investimento. O Algarve que, pelo facto de ser uma região turística e de concentração de consumidores estrangeiros, terá maior conhecimento e contacto com a SPAR internacional. Aí, a existência de uma comunidade inglesa aliada à projecção que a SPAR tem em Inglaterra são factores potenciadores de negócio e dos quais pretendemos colher mais-valias. GC - Os consumidores nacionais têm percepção do prestígio e da importância que a SPAR possui no Norte da Europa? LdB - Eu costumo lançar um desafio aos retalhistas que vou visitar e que é o seguinte: peguem num cartão meu e perguntem a um cliente de um supermercado se conhece a marca SPAR. Geralmente, são bem sucedidos. Os portugueses conhecem a marca SPAR não só porque já esteve em Portugal, mas também porque a imagem do “pinheiro” é simultaneamente conhecida em resultado da publicidade internacional que a SPAR faz ao nível do atletismo. GC – Como é que se chega a 200 lojas em 2011, conforme já assumiu anteriormente, tendo em conta que 2009 encerrou com apenas 30 superfícies em funcionamento? É uma meta exequível no tempo proposto? LdB - O nosso objectivo tem um intervalo temporal de três a cinco anos para atingirmos as 200 lojas. Ou seja, estamos a falar de um projecto a médio prazo. GC - Qual tem sido o formato privilegiado para abertura de lojas em Portugal? Ponderam trazer algum formato novo para o país? LdB - A SPAR tem quatro formatos: a SPAR, SPAR Express, InterSPAR e EuroSPAR. Em Portugal, o formato potenciado tem sido o de proximidade (SPAR), com áreas de loja de 200 aos 1.000 m2. No que respeita a um novo formato, para já não estamos a equacionar essa


19

A CAHOP E A D AIO/JUN TEº3M/2010 | M N.

“Acreditamos que é possível criar uma cadeia

de supermercados de conveniência”

TEXTO Bruno Farias FOTOS Sara Matos


20 APA DE /JC A N M U E T /2010 | MAIO HO N.º3

possibilidade. Embora a SPAR abra lojas de 20.000 m2, como presentemente está a acontecer na China, aqui o nosso objectivo está focado em cadeias de proximidade onde superfícies com o máximo de 1.000m2 chegam perfeitamente. GC – Existe algum perfil tipo no universo dos vossos aderentes? LdB - Há sempre. É o perfil de pessoas com um espírito empreendedor, com a atenção dirigida também para o detalhe e que não tenham apreensões por correr riscos face a desafios. Este tipo de negócio exige uma dedicação diária e está sempre em evolução. GC - O investimento numa nova loja/reconversão inclui a compra de um determinado conjunto de produtos obrigatórios disponíveis no vosso cardex ou fica inteiramente ao critério do retalhista os itens a disponibilizar na sua loja? As marcas próprias são envolvidas nessa negociação? LdB - Nós temos um conjunto de produtos de marca própria que são de compra obrigatória. Como suporte, facultamos formação de sortido aos retalhistas de modo a potenciar as melhores escolhas de produto, preço e ambiente de loja, tendo em conta a sua área de influência. Dentro da disponibilidade do nosso cardex, os produtos de marca própria ocupam uma percentagem de 20%.

6 milhões m2 de área de venda A SPAR International ultrapassou, em 2009, a fasquia dos 6 milhões m2 de área de venda, com um elevado número de países a registar ainda “resultados excepcionais”, num ano muito positivo para a actividade da SPAR a nível mundial. Palavras de Gordon Campbell, Director Geral da SPAR International, no decorrer o 55.º Congresso Internacional que teve lugar em Dongguan, China, nos dias 25 e 26 de Maio. Ao todo estiveram presentes os 33 países onde a SPAR se faz representar, num total de mais de 270 delegações em representação de 12.100 lojas localizadas nos quatro continentes, que escutaram ainda o responsável da SPAR International apontar parte do sucesso ao crescimento dos hipermercados SPAR (274 lojas em funcionamento, responsáveis por 15% das vendas a retalho), assim como ao formato EUROSPAR, que “além de ter contribuído de forma significativa para a subida das vendas e da quota de mercado na Irlanda, Bélgica, Noruega e Suíça, entrou recentemente no Reino Unido e na Dinamarca, país último onde 18 lojas foram inauguradas num só dia no passado mês de Abril”. Recorde-se que os resultados da SPAR Dinamarca subiram 23% em 2009, resultado da aquisição e integração de 73 lojas na rede SPAR, prevendo-se um reforço da actividade da insígnia ao longo de 2010 devido à introdução do formato EUROSPAR. Já na Rússia a insígnia alargou o parque de lojas para 210 unidades em funcionamento, com uma facturação de 640 milhões/€, um número particularmente interessante tendo em conta a desvalorização do Rublo face ao Euro, enquanto a operação britânica cresceu 2% face a 2008, ao atingir a marca dos 3,8 biliões/€. Valores que deixam antecipar um ano de 2010 com renovados crescimentos para a SPAR.

GC - O facto de haver outros operadores no mercado com modelos de negócio um tanto ou quanto semelhantes ao da SPAR tem sido prejudicial à expansão da insígnia em Portugal? Que mais-valias confere a SPAR aos seus parceiros face aos seus concorrentes? LdB - Comparando o projecto SPAR com esses modelos, estes últimos são exemplos que derivam de uma estratégia de cadeias grossistas. Nós queremos ser especialistas em retalho. Enquanto nós estamos focalizados no negócio do retalhista, nas suas vendas, no consumidor e seus perfis, os outros modelos são suportados pelo cashand-carry cujo objectivo é vender grandes quantidades de mercadoria. Em termos de mais-valias, além da formação que anteriormente referenciei, nós fazemos o acompanhamento constante do dia-a-dia de negócio do retalhista. No final do ano passado tomámos a iniciativa de reunir um conjunto de retalhistas numa viagem à Irlanda com o objectivo de não só trocar experiências como dar-lhes a conhecer o conceito SPAR naquele país. Trouxemos várias ideias e referências que, aplicadas por alguns dos nossos aderentes, já lhes trouxeram crescimento significativo. Outra iniciativa foi a deslocação a Portugal de uma equipa da SPAR Internacional para trabalhar uma loja, tendo como componente a formação em loja. A SPAR tem uma preocupação constante com as melhores práticas no mercado retalhista.


GC - Que comentário lhe merece as movimentações de concentração do retalho em Portugal? São benéficos ou prejudicais à actividade concorrencial em Portugal? LdB - As concentrações nunca são benéficas para o consumidor. Actividade comercial com mais operadores gera uma dinâmica de oferta de mais conceitos/formatos de loja e mais escolha para o consumidor. GC - O evidente crescimento do retalho de proximidade e de conveniência é um impulso acrescido para a estratégia que a SPAR delineou para Portugal? Também neste aspecto o país acompanha os hábitos de consumo europeus? LdB - A nossa estratégia está alinhada com os restantes países europeus, onde existe um aposta no comércio de proximidade. O País apresenta algumas particularidades que compete à SPAR Portugal ajustar face à realidade do mercado. GC - É possível hoje competir no retalho moderno sem ter presente o argumento de venda que é a marca própria? LdB - Sem marca própria, é difícil. Hoje em dia, os clientes começam a ser fiéis às marcas próprias. Um consumidor quando entra num supermercado já tem o conhecimento do nome da superfície, sabe o

SPAR chega ao Vietname O Vietname prepara-se para ser o 34.º país membro da rede SPAR, à medida que a cadeia retalhista constitui uma parceria com o distribuidor Phu Thai Group com vista a criar 26 lojas nos próximos três anos, nos formatos hiper e supermercado. As primeiras lojas a abrir este ano serão entre 1.000m2 e 3.000m2 para os supermercados, enquanto as unidades com 10.000m2 têm inauguração prevista para 2011 e 2012. Recentemente considerado como o mercado número um em termos de potencial de mercado para o retalho, o Vietname foi há já algum tempo identificado como um mercado chave para a SPAR International, ao prever-se que a sua população cresça dos seus actuais 83 milhões para 90 milhões de habitantes em 2020, o que, naturalmente, terá reflexos no seu rendimento per capita. Por sua vez, o grupo Phu Tai é o maior distribuidor grossista do Vietname, ao servir um total de 200 supermercados e de 50 mil retalhistas a partir de 21 centros de distribuição logística. A SPAR encontra-se, igualmente, a expandir-se para outras províncias na China, com a abertura de lojas em Pequim e Jiangxi, dando, assim, continuidade aos níveis de sucesso registados no país até à data. Ao operar em nove províncias com um total de sete parceiros, a SPAR está a rapidamente a torna-se numa das primeiras escolhas a nível de marca no país.

nome do produto marca própria e essa é, muitas vezes, a sua opção de compra. GC - Que peso têm os artigos de marca própria na facturação da SPAR? Quantas referências têm actualmente disponíveis? LdB - Nós temos disponíveis cerca de 2.100 referências, com um peso na nossa facturação que ronda os 20%. Mas a tendência é de crescimento uma vez que, embora actualmente estejamos só com produtos internacionais, é nosso intuito incluir artigos de produção nacional dentro dessas características. Essa inclusão permite, entre outras oportunidades, ter um relacionamento mais estreito com os produtores nacionais, reduzir custos, alargar gamas e, finalmente, utilizar produtos cada vez mais adaptados aos consumidores locais. Para esta introdução de marca própria foi necessário que o volume no que respeita ao número de lojas fosse razoável. Vamos incluir agora cerca de duas dezenas de referências nacionais e, a partir daí, avaliar a repercussão em termos de mercado. GC – O centro logístico da Azambuja tem capacidade de resposta para os desafios futuros? LdB – Tem, claramente! E que o nosso problema seja apenas esse! GC - O tour médio não prejudica o abastecimento das lojas mais distantes? LdB – Não, de todo. Neste momento, temos a situação bem alinhada. Além do mais, a localização das nossas lojas situa-se principalmente no centro e sul do país. GC - O que seria um ano de 2010 positivo para as contas da insígnia? LdB – O que será realmente positivo será saber que os nossos retalhistas aderentes estão contentes e que possam expandir os seus negócios no próximo ano. Para quem hoje tem apenas uma loja, que seja possível ter duas, para quem tem duas, que seja possível possuir três e assim sucessivamente.

21

PA CAHO E N D AIO/JU

MA010 | M TE 2 3/ .º N


POPAI Portugal

para promover Marketing de Ponto de Venda

Em sintonia com outros parceiros mundiais, Portugal também já tem a sua representação da POPAI - Associação Portuguesa de Marketing at-Retail. O membro mais jovem desta família que conta com cerca de 1.900 associados em todo o Mundo e se dedica ao desenvolvimento do marketing no ponto de venda, dimensão preponderante do comércio e consumo à escala mundial. Nuno Monsanto de Campos, Director Executivo da POPAI Portugal, explica-nos as motivações desta associação. TEXTO Bruno Farias FOTOS Sara Matos

22 REPO RTAG N.º3 /201 EM 0 | MAIO / JUNH O


23

AG RT I MA O P 010 | E R .º3/2 N

Se os primeiros passos da comunicação no espaço de loja se associam à figura de um índio que, nos anos 30, nos EUA, tinha como função identificar a secção do tabaco dos restantes produtos vendidos numa determinada loja, hoje a realidade que caracteriza a actividade retalhista à escala mundial é necessariamente diferente. Não só pela complexidade do actual paradigma económico, como pelo próprio perfil emocional que motiva e conduz o consumidor no acto de compra, ou pelos meios financeiros e logísticos alocados a cada campanha publicitária associada a novos lançamentos de produtos e que, regra geral, contemplam acção de promoções directamente no espaço de compra. Por todos estes aspectos, mais perceptíveis e imediatos, o marketing no ponto de venda tem que se encarado de outra forma, não só de modo a melhor compreender a beneficiar o shopper moderno, como

assim como por meio do domínio de novas metodologias na forma de abordar e analisar o marketing no ponto de venda. “Estamos actualmente a iniciar um estudo de shoppers direccionado para o canal Horeca e dentro de pouco tempo vamos anunciar cursos de formação em Marketing de Ponto de Venda. A POPAI tem crescido no que tem para oferecer aos seus associados e reforçará cada vez mais a posição que tem vindo a marcar em Portugal, assumindo-se, progressivamente, como um parceiro importante para a valorização do negócio”, antecipa Nuno Monsanto de Campos, Director Executivo da POPAI Portugal. Retalhistas, produtores, empresas prestadoras de serviços (agências e fornecedores especializados) são o perfil de associados presentes no seio da POPAI, associação que, a nível mundial, se encontra presente

a gerar os melhores resultados para os retalhistas, produtores e empresas de serviços associadas. Em suma, compreender melhor o fenómeno do consumo na era moderna, nos seus diversos canais de comercialização, dotando, simultaneamente, os seus diversos associados com as melhores técnicas e ferramentas, de modo “a promover os negócios do sector e a garantir a melhor prática e ética”. Estes são os principais objectivos da POPAI, uma associação sem fins lucrativos e que, desde 2008, se encontra a dar os primeiros passos em Portugal. Data a partir da qual, a associação tem registado uma crescente adesão de novos associados, em conjunto com algumas acções que visaram, essencialmente, apresentar o organismo ao mercado e promover, em Portugal, o prestígio que a POPAI tem a nível internacional. Seja através da promoção de workshops, estudos de consumidor e de canal,

em cerca de 47 países, onde reúne aproximadamente 1.900 associados. Número que permite a criação de uma verdadeira network laboral e de troca de experiência, constituindo Portugal um case-study nessa matéria, ao ser considerado um mercado muito experimentalista e que acarreta grande valia às acções da POPAI a nível local e global. Consciente de que o ponto de venda é uma dimensão cada vez mais importante de cada negócio e que sua noção é bastante mais ampla face a um passado recente, a POPAI incide o seu trabalho em três vertentes perfeitamente distintas: ”A POPAI trabalha e interage com os três players que gravitam em torno do ponto de venda. Trabalhamos com o dono do ponto de venda, com as marcas que estão lá expostas e com as agências, conseguindo juntar num só universo empresas que trabalham várias vertentes do Marketing. Esta é a


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AGJEUNM T HO R O REP 0 | MAIO/ /201 N.ยบ3


mais-valia que a POPAI tem”, reforça. Mais-valia a que se junta a área do conhecimento, com a associação a ter disponível uma das maiores livrarias on-line a nível mundial, repleta de material técnico alusivo ao tema e que permite aos seus associados aceder a material didáctico e a documentação técnica adequada a esta área de formação. “Por outro lado, nos países onde nos encontramos representados, como também em Portugal, elaboramos estudos e pomos em prática alguns dos melhores comportamentos em Ponto de Venda, tirando daí experiências e conclusões que divulgamos pela nossa rede mundial. Por fim, temos uma importante área de research. Ou seja, é nesta área que nós adquirimos o conhecimento do shopper, do consumidor e do que está a ser feito no ponto de venda”, prossegue Nuno Campos. Conhecimento que permite acompanhar de forma efectiva o comportamento do shopper nacional, ao ter como objecto algumas das ferramentas promocionais e comunicacionais actualmente actualizadas e que contribuem para a elevação do conhecimento generalizado do consumidor e das suas motivações de compra, assim como do impacto que as técnicas de marketing de venda têm na sua decisão final. “Antigamente, o folheto era olhado pelo shopper como um factor invasivo e, neste momento, serve como lista de compras quando se dirige a uma grande superfície comercial. Muitos shoppers chegam às lojas com os folhetos marcados com símbolos, pois são aqueles os produtos que pretendem comprar. Outro dos aspectos prende-se com os topos ou fins de linhagem. O topo se for o primeiro a ser visualizado, é fundamental para escoamento de produto ou para anúncio de um lançamento. Neste momento, é também um local fantástico para divulgação de promoções, embora o shopper já não agarre no produto e o coloque directamente no carro. Ele vai ao linear e vai fazer a comparação de preços. Ainda que a maior parte das vezes leve o produto do topo, já não tem o hábito automático de o apanhar sem comparar”. REPRESENTATIVIDADE Ainda que a POPAI seja um player recente no espaço nacional, a sua chegada foi vista com bons olhos pelos operadores instalados em Portugal, que já conheciam a sua actividade a nível europeu e nacional, e manifestaram-se satisfeitos com as possibilidades que este organismo nascido em 1936, nos EUA, poderia trazer para Portugal, não só a nível dos estudos de cariz regular que promove, como, acima de tudo, pela vertente educacional associada à sua acção, hoje em dia, bastante valorizada pelos operadores. Mas, claro está, que a acção da POPAI Portugal não se esgota nos worshops, formações ou estudos, procurando, actualmente, a associação reforçar a sua representatividade no mercado ao procurar contar com o apoio de outras associações do sector que iriam complementar a sua acção, consubstanciando a troca de experiências, apoio mútuo e valorização do sector. Uma lacuna até aqui latente no mercado nacional e que poderá, a curto prazo, conhecer novos desenvolvimentos, tendo em vista a interacção entre as diversas entidades do sector. “Nós somos uma associação que complementa, por exemplo, a Centromarca ou a APED. Temos relações fantásticas com essas entidades. E cito estas organizações porque, neste momento, são aquelas que estão mais perto da área em que a POPAI está a trabalhar. No entanto, a POPAI não pretende apenas dirigir-se ao sector alimentar. Nós já tivemos reuniões com a ACAP e gostaríamos de começar a trabalhar com o ramo automóvel, saber um pouco mais sobre os stands de veículos e com que tipo de material promocional aí se tra-

balha. A ANF é outra das entidades com quem gostaríamos de projectar acções. No entanto, e ainda dentro do research, demos início às apresentações de um outro estudo subordinado ao shopper + consumidor, em vez de comprador e retalhista, e focado no canal Horeca”, antecipa Nuno Monsanto de Campos. Estudo que tem como objectivo “trabalhar o consumidor, o comportamento do consumidor dentro do ponto de venda, bem como saber o que é que o retalhista pensa das marcas e do material promocional que aí se encontram. Como estudo POPAI, é um estudo inédito e multi-clientes. As entidades ou as marcas que participarem neste estudo têm vantagens a nível de preços, uma vez que este tipo de trabalhos comporta valores de custo muito elevados. Esta é uma das vantagens POPAI, ao trabalhar este tipo de estudos com os seus associados, e não só, sendo que uma das nossas premissas é difundir informação ao mais baixo custo. Nem todas as empresas ou marcas têm capacidade financeira para realizarem estudos apurados e nós temos vindo a trabalhar com todas, desde a maior à mais pequena. Este trabalho, dirigido ao canal Horeca, tem tido, em resultado das nossas primeiras apresentações, uma boa receptividade por parte das marcas e nós esperamos que tenha um impacto e uma adesão tão forte ou maior do que aquela que tivemos com o sector alimentar”, acrescenta. EQUILÍBRIO Presentemente, a POPAI encontra-se a procurar concretizar uma equiparação na representatividade de marcas, agências e empresas de distribuição. Em cima da mesa está a intenção de desenvolver e concretizar protocolos de colaboração com a APED e a Centromarca, assim como de recrutar mais empresas de distribuição, o que lhe permitiria elevar, de forma significativa, o nível de representatividade e mobilização do sector a nível nacional. Grupo Auchan e Jerónimo Martins são dois nomes desejados para integrar a rede de associados POPAI que já conta com a Sonae MC em representação do retalho nacional. “Temos o objectivo de trazer mais empresas da distribuição para o seio da Popai. Se neste momento temos a Sonae MC, gostaríamos também de poder contar com a presença da Jerónimo Martins e do Grupo Auchan a trabalhar connosco para, sentados a uma mesa, podermos falar sobre consumo e retalho, e, sobretudo, acerca de Marketing em Ponto de Venda. Estes são os principais objectivos de trabalho da Popai, em Portugal: a área da educação, do conhecimento e do research. É aqui que nós nos movemos, em que trabalhamos e sobre as quais queremos uma discussão acesa”, assume o responsável pela POPAI Portugal. Para que o ano de “arranque” da associação em Portugal possa ter um balanço positivo, Nuno Monsanto de Campos aponta a importância do estudo shopper/canal Horeca, uma vez que “é através destes estudos que nós aprendemos sobre comportamentos e que, mediante as conclusões, podemos aplicar esta ou aquela acção e promover a excelência no ponto de venda. Assim como as formações de Marketing em Ponto de Venda no sentido de colmatarmos algumas lacunas que existem no retalho a nível de formação. É importante ter um contacto mais directo com as pessoas que trabalham presencialmente com o cliente de modo a ensinar-lhes, e até mesmo a aprender com o que nos poderão transmitir. Não faz sentido impor uma formação criada e vinda do exterior, mas sim haver um intercâmbio de conhecimentos e experiências de modo a que o resultado final seja bom para todos. Que seja uma formação adequada ao nosso mercado interno com os conhecimentos da POPAI a nível internacional”, conclui.

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REPO RTA N.º3 /201 0

| MA I


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O NI|ÃMAIO/JUNHO I P O º3/2010 N.

Trabalhar rumo ao sucesso

Teresa Guerreiro Media Planner MindShareWorld

As marcas e empresas, afectas ao Sector da Grande Distribuição, necessitam de efectuar um trabalho contínuo junto dos consumidores de forma a gerar apetência para a compra, o chamado “Call to Action”. Mas para que isso aconteça a divulgação dos seus produtos/empresas tem que ser bem trabalhada ao nível do Marketing, assim como a sua comunicação terá que ser planeada com a máxima eficácia. Quando estamos a falar de produtos de grande consumo, a comunicação terá que ser mais rigorosa e criteriosa, pois a concorrência neste sector é muito grande e o “tempo útil” dos produtos nem sempre é o mais desejável, pois fica sempre condicionado à aceitabilidade por parte do consumidor final. Hoje em dia a abordagem aos consumidores recorre muitas vezes à Media não tradicional e de uma forma mais criativa, pois os consumidores tendem a experimentar tudo o que é novo e o grande desafio é criar impacto para gerar fidelização. As Agências de Comunicação e de Media, com toda a sua experiência e conhecimento junto dos Meios de Comunicação Social, são uma grande mais-valia para os anunciantes uma vez que conseguem optimizar o

investimento em Media, aconselhar e adequar os vários meios a cada necessidade de comunicação/divulgação. Hoje em dia as Agências de Media não são somente encaradas como Centrais de Compra de Tempo e Espaço Publicitário, mas sim como consultoras de Media, onde o seu relacionamento privilegiado com os diversos Órgãos de Comunicação Social lhes permite ter uma visão mais completa e actual das diferentes ofertas que existem no mercado. As Agências de Media têm a capacidade de oferecer um serviço cada vez mais integrado, passando não só pelo planeamento tradicional mas também pela implementação de acções/eventos, para a comunicação de produtos/marcas ou até mesmo serviços junto dos seus consumidores. Cada produto e/ou empresa tem objectivos específicos, por isso é de extrema importância a partilha de informações entre anunciante, Agência Criativa e Agência de Meios, pois dessa forma poderá haver um trabalho em equipa que, com certeza, trará mais benefícios porque, na realidade, estamos todos a trabalhar para o mesmo objectivo, o sucesso!


Cada vez mais, a competitividade das empresas vai-se medindo em função da sua capacidade de se adaptar às mudanças, daí que é fundamental conhecer e perceber o mercado e as suas tendências, na perspectiva de procurar respostas adequadas e rápidas. Neste contexto, a inovação assume um papel nuclear, pois o ambiente concorrencial, o grau de exigência dos consumidores, e, por que não dizê-lo, os níveis de saturação do mercado, a isso obrigam. Por definição, a inovação ao nível do produto é um processo que envolve concepção, desenvolvimento, gestão, e resulta na apresentação de um novo produto. Mas inovar também é melhorar, recriar, reinventar, renovar, refazer. A inovação, quando suscita aumentos de competitividade, é, sem dúvida, um factor crucial no cresci-

“ready to eat”, que possam ser consumidos “on-thego”, isto é, que possam ser consumidos em qualquer parte (em casa, no local de trabalho, no automóvel, etc.). Por outro lado, o aumento dos agregados familiares com menor número de indivíduos também influencia a decisão sobre o tamanho da embalagem; ou seja, actualmente as empresas têm tendência para oferecer embalagens com capacidade mais reduzida. É de notar que este aspecto também está ligado à recomendação dos nutricionistas para diminuir a quantidade ingerida em cada refeição. Nesse sentido, a Vieira de Castro prepara-se para, já em 2010, apresentar algumas novidades que irão, seguramente, marcar uma nova etapa na história da empresa. Trata-se de projectos que resultam de uma abordagem assente numa estratégia de inovação,

27 OPI NIÃ O |

N.º 3/2 010

MAI O/J UNH O

Os novos desafios do mercado de bolachas mento das empresas; logo, é também um factor essencial no desenvolvimento económico de uma sociedade. Inovação é, pois, um motor de competitividade. Alterar o valor nutricional dos produtos é uma das medidas que têm vindo a ser adoptadas pelas marcas para combater a tendência de um consumo inspirado em maus hábitos alimentares. Tem-se assistido a uma crescente oferta de produtos mais saudáveis, nomeadamente através da diminuição dos níveis do açúcar, sal e gordura, assim como numa selecção mais criteriosa dos ingredientes. Os consumidores procuram, cada vez mais, alimentos saudáveis, que lhes garantam bem-estar e melhor qualidade de vida. A conveniência é o primeiro factor que caracteriza este mercado a nível da embalagem. O consumidor valoriza cada vez mais o produto “easy to use“ e

tanto ao nível do produto, como da embalagem, construída em torno de três vectores principais – saúde, conveniência e prazer -, consubstanciados na oferta de bolachas orientadas para um consumo mais salutar e na reforçada aposta em embalagens mais adequadas e convenientes às necessidades do consumidor moderno. O segmento das bolachas para crianças também não foi esquecido. Os consumidores mais novos irão, assim, ter ao seu dispor um conjunto de produtos pensados especificamente para eles, alguns deles inovadores na categoria de bolachas. O objectivo é alargar a oferta a um público com necessidades próprias, nomeadamente ao nível de alguns nutrientes de que precisa para o seu desenvolvimento, procurando também ensinar a comer de forma moderada e a proporcionar um estilo de vida mais saudável.

João Paulo Oliveira Director de Marketing Vieira de Castro


As mulheres, as novas consumidoras do precioso néctar, olham para o vinho de uma forma franca e simples. Na generalidade, consomem vinho por puro prazer, preocupando-se apenas com o quando e onde. O contexto é tudo... entre amigos, família, com clientes... elas seleccionam o vinho em função do momento de consumo, sem considerar pontuações e/ou reputação. A intenção é, sobretudo, desfrutar o momento, partilhar e envolver os seus convidados. Uma relação muito diferente da dos homens. Eles escolhem o vinho pela sua reputação e prestígio e en-

vezes são elas quem vai ao supermercado e, ao contrário do que acontecia no passado, também são elas quem escolhe os vinhos. A sua relação com o vinho tornou-se livre, sem tabus e as preferências vão muito além do vinho branco e rosé. O vinho tinto é muito apreciado pelo público feminino e até o preferido das mulheres. Esta nova tendência não se verifica apenas no ocidente, onde as mulheres já representam 40% dos consumidores de vinho. Apesar de ser nos Estados Unidos que se registam os índices mais elevados de

A forma como elas olham para o vinho… 28

O NI|ÃMAIO/JUNHO I P O º3/2010 N.

Márcia Farinha Directora de Marketing Adega Cooperativa de Borba

caram este produto como um meio de impressionar. Segundo os experts, elas são as melhores provadoras. Não só têm mais papilas gustativas, como está cientificamente provado que as mulheres são mais olfactivas, mas, sem dúvida que, a paixão e a curiosidade femininas são os grandes alicerces das novas tendências de consumo, num mundo tradicionalmente masculino. Hoje temos consumidoras esclarecidas, jornalistas especializadas, produtoras, sommeliers e enólogas de sucesso. Será o mundo dos vinhos mais uma conquista feminina? A verdade é que a presença feminina neste mundo data de um passado longínquo. Basta recordar mulheres como a viúva Clicquot (Nicole-Barbe Ponsadin), a primeira empresária francesa da era moderna, considerada “La Grande Dame de la Champagne”, ou como Dona Antónia Ferreira, conhecida por “Ferreirinha”, e que ficou conhecida pela sua bondade e tenacidade no mundo dos negócios. Hoje em dia, as mulheres têm um papel activo na selecção dos vinhos para a garrafeira. A maioria das

consumo feminino de vinhos, a realidade é que as mulheres asiáticas estão cada vez mais interessadas em vinho. Segundo um estudo conduzido pela Vinexpo Asia, 70% das consumidoras asiáticas afirmam consumir vinho por puro prazer, reconhecendo que o vinho não só contribui para um ambiente mais sociável, como ajuda a manter uma dieta equilibrada. O consumo de vinho é também visto como um hábito elegante e moderno. As novas tendências de consumo são, por conseguinte, completamente antagónicas ao que acontecia há uns anos atrás, em que o consumo de vinho por parte do público feminino incidia predominantemente sobre o vinho branco, sobretudo na Europa do Norte e nos Estados Unidos. É cada vez mais notório que, neste sector, nasceu uma nova tendência. A alma do vinho nunca mais será a mesma. Graças à interferência do mundo feminino, o sector passou a contar com novos ingredientes - romance, glamour e paixão - aos quais o mercado não pode ficar indiferente.


29 OPINIÃO N.º3/201

0 | MAIO /JUNHO

Um privilégio, muitas oportunidades “FMCG People, you are blessed”. Jean Jaques Vandenheede tem vindo a repetir esta verdade em toda a Europa e disse-o, mais uma vez, na última Conferência Nielsen em Portugal. Quando vários sectores da economia decrescem a dois dígitos, os Bens de Consumo resistem à Crise, crescendo +3,2% em facturação na Europa em 2009. O Shopper Europeu mantém os seus hábitos de compra nos Bens de Grande Consumo visita o mesmo número de lojas, mantém o gasto médio e tem a mesma sensibilidade às promoções. O Shopper Europeu muda é no grau de sofisticação das suas compras – valoriza mais atributos de conforto na escolha das lojas como bom serviço, ambiente agradável, horário de abertura alargado e ter tudo o que precisa em stock. Este fenómeno também está a acontecer em Portugal. Quem cresceu em Portugal em 2009 seduziu o Shopper, oferecendo-lhe algo mais para além do Preço. Num ano de crise, o LIDL – uma das cadeias com a percepção de preço mais baixo mas não valorizada em atributos de conforto - perde Lealdade,

Quota e Store Equity. Na Europa, o driver do crescimento dos Discounts é a abertura de novas lojas, com uma correlação quase linear entre os dois factos. O aumento de número de lojas Discounts potencia o fenómeno MDD na Europa. O fenómeno das MDD na Europa e em Portugal não é um fenómeno de Preço mas sim de Conveniência (mais lojas e mais categorias), não é um fenómono do Shopper ou da Crise mas sim um fenómeno de Retalho. O Shopper Português adere às MDDs (a procura adapta-se à oferta) mas deixa-se seduzir especialmente por produtos que têm como Driver de crescimento outros atributos diferenciadores, que não o Preço - Premium, Saúde, Conveniência e Prazer. Se Portugal tem dos maiores crescimentos reais (+3,5% em volume) no Grande Consumo e se o Shopper Português está mais sofisticado, é estranho Portugal não estar a contribuir para o aumento de Valor (-0,3% em facturação) dos Bens de Grande Consumo na Europa.

Luis Bio Director Marketing Nielsen Portugal


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O NIÃ O/JUNHO OPº3I/2010 | MAI N.

Desde que o homem começou a produzir a sua própria comida, a sua comercialização passou por vários estágios, sendo actualmente dominada por aquilo que chamamos a cadeia de distribuição alimentar. Hoje, esta cadeia assume proporções mundiais com a globalização dos mercados, sendo possível disponibilizar ao consumidor final alimentos provenientes de todos os cantos do mundo, 365 dias por ano, e não apenas com base nos recursos locais e dependentes da sua sazonalidade. As cadeias de distribuição podem-se considerar um conjunto sucessivo de acções e processos como a produção, processamento, armazenagem, distribuição e venda ao consumidor final, relativamente a um determinado lote de um produto. A grande particularidade das cadeias de distribuição alimentar é a degradação das características iniciais dos produtos, ao longo do tempo e desta sequência de acções, pondo em causa a qualidade e segurança no consumo. Estas cadeias agregam várias empresas com um papel fundamental em cada um dos processos, agindo de forma coordenada, embora em muitos casos, sem a existência de contratos de cooperação. Se uma delas falha, significa a existência de rupturas ou mesmo a disponibilização de alimentos sem a desejada segurança e qualidade ao consumidor final, destabilizando os restantes processos e

A cadeia de distribuição alimentar

Joaquim Dias Director de Qualidade Grupo GCT

pondo em causa a eficiência da cadeia de distribuição. A necessidade de garantir alimentos seguros e com qualidade, exigidos pelo consumidor moderno, conduziu ao desenvolvimento de inúmeros métodos de conservação e de modelos que pudessem melhorar estas duas características. No entanto, estes métodos e modelos restringem-se quase exclusivamente à produção e processamento, deixando para segundo plano os processos de distribuição logística envolvendo o transporte a longas distancias, entrepostos e a distribuição. A própria comunidade científica dispensa pouca

atenção a este assunto, em parte por não estar actualizada com os processos da distribuição moderna (basta ver a escassa bibliografia referente a estes temas) e a legislação não contempla regras e instruções de forma objectiva, acabando por os operadores a implementar medidas que garantam a distribuição de alimentos seguros e com qualidade. A aceitação do produto pelo consumidor final e a sua consequente compra é o derradeiro teste à eficácia da cadeia de distribuição alimentar. Gerir e conseguir optimizá-la, significa procurar o balanço entre questões económicas, flexibilidade na distribuição e conservação das características e segurança dos alimentos. Desta forma, o principal objectivo não é fornecer alimentos com a maior qualidade possível, mas sim com os custos mais baixos e com as maiores margens de lucro possível, garantindo ao mesmo tempo, a satisfação do cliente na sua qualidade. Este motivo torna as empresas de distribuição retalhista, proprietárias de redes de supermercados, os operadores com maior poder na cadeia, aproveitando o conhecimento dos mercados locais para criar fidelização nos consumidores e para desenvolver as suas próprias marcas. O crescimento das cadeias de distribuição alimentar para um nível global, como hoje conhecemos, está intimamente ligada ao desenvolvimento de canais de comunicação rápida e eficiente - a Internet. Estes canais permitem a partilha rápida da informação entre os diferentes operadores da cadeia sobre os aspectos e características do produto comercializado, o estado em que eles se encontram, bem como, a compreensão e transparência sobre a forma como cada processo é realizado e gerido. Assim, e porque esta forma de operar exige uma forte competitividade, muitos dos intervenientes não estão devidamente preparados para garantir as exigências do mercado e dos restantes operadores, quer a nível de infraestruturas, quer na capacidade de se adaptarem a novos conceitos de distribuição. Os agricultores têm de aprender a rentabilizar as suas colheitas através de novos métodos agrícolas e selecção de sementes, os fornecedores têm de partilhar mais a informação e enfocar-se mais nas necessidades dos retalhistas (até há pouco tempo era o inverso que acontecia), as empresas transportadoras, em especial as de longa distância, e os operadores logísticos têm implementar sistemas de controlo da qualidade mais eficazes.



Aumento das matérias-primas inflaciona preço da TEXTO Abel Martins FOTOS Sara Matos

cerveja O mercado nacional de cervejas voltou a recuperar níveis de crescimento antes da chegada da estação de calor, ao apresentar uma subida das vendas em valor na ordem dos 7%. Todavia, trata-se de uma “falsa” subida, uma vez que em causa está um aumento ligeiro dos preços médios devido ao propagado aumento das matérias-primas,

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o que poderá ter maior relevância no decorrer do segundo semestre. Até porque os volumes continuam a descer…

MER CAD O

N.º 3/2 010 | M AIO /JU NHO


33 MER CAD O

Em termos de valor, o espaço privilegiado para a venda de cerveja em Portugal continua a ser o canal Horeca, o que não invalida, ainda assim, o legítimo interesse das principais marcas nacionais, e internacionais, em estar perto do consumidor em INA. Não só a julgar pelos cerca de 230 milhões/€ de facturação, como pelos 158 milhões de litros transaccionados no canal Alimentar estimados pela AC Nielsen. Números que não deixam ninguém indiferente e fazem com que as cervejas sejam um dos mais concorrenciais mercados de bens de grande consumo, apresentando comportamentos oscilantes ao longo do ano.

Antes da chegada da estação por excelência para a comercialização de águas, cervejas e diluídos – o Verão -, este importante mercado encontra-se a subir vendas em valor na ordem dos 7%, o que, contudo, se trata de uma subida falaciosa, uma vez que os volumes se encontram em queda, com as cervejas a perderem vendas em 3,7% face ao período homólogo do ano passado. Este fenómeno encontra explicação no aumento da cevada, uma possibilidade que desde o segundo semestre de 2009 vinha a ser acompanhada com algum interesse nas principais bolsas mundiais e que, ao que tudo indica, parece começar a incidir nos preços ao consumidor final. Até porque mesmo que o preço da cevada se mantenha estável, este mercado é muito dependente do preço de petróleo e tendo em conta os preços médios do crude negociado em bolsa nada coloca a cerveja a salvo de uma subida mais expressiva no segundo semestre. Para já, é visível que os volumes continuam em quebra face ao ano passado e que as categorias que crescem em valor sacrificam volumes, o que retrata uma evidente valorização dos preços médios praticados. Esta situação é visível nas referências com álcool, o peso pesado deste universo ao valer uns astronómicos 96% da facturação global, percentagem que se tem mantido estável ao longo dos últimos exercícios, pese embora o esforço de desenvolvimento e inovação que tem caracterizado as propostas sem álcool disponíveis no mercado, sobretudo a nível do sabor. Não é, portanto, de admirar que a cerveja branca continue a ser o líder hegemónico deste mercado, ao representar 91% das vendas em valor (209 milhões/€) e 92,5% em volume (146 milhões/litros) no canal Alimentar, o que leva a que sempre que aumente vendas o restante mercado acuse a subida. No exercício em causa, de 9,5% em valor face a uma redução de 2,2% nas quantidades. Um comportamento sintomático, aliás, da prestação global do mercado.

N.º 3/2 010 | M AIO /JU NHO

Também a cerveja preta alinhou a sua performance pela bitola da cerveja branca, ainda que com indicadores mais modestos, ou proporcionais à sua realidade, que dá conta de uma facturação anual de 5,6 milhões/€ (+6%), equivalente a pouco mais de 3 milhões/litros comercializados (-2,7%). Suficiente, ainda assim, para consolidar a sua posição como a segunda maior categoria deste universo, uma vez que a categoria definida pela AC Nielsen como “especiais” encontrase em queda vertiginosa, na ordem dos -44% em valor e dos -46,5% em volume, não indo além dos 4,1 milhões/€ de facturação, respeitantes a menos de 2,5 milhões/litros vendidos. O que se deve, em grande parte, ao expressivo desinvestimento em publicidade destas categorias especiais de cerveja – materializadas pelas referências Abadia, no caso da Super Bock, e Bohemia, no caso da Sagres – que, não obstante o seu início fulgurante e boa aceitação por parte dos portugueses, não tiveram força suficiente para, por si, “puxar” pela vendas da categoria. Em causa está um tipo de especial de cerveja, muito ao gosto dos países de centro da Europa, e que teve em Portugal uma boa receptividade aquando da sua introdução no mercado, mas cujas vendas acabaram por sair penalizadas por um PVP unitário alto quando comparado com a branca, e mesmo a preta, não obstante o esforço de diversificação em termos do packaging disponível, onde não é virgem a sua comercialização em four-pack de modo a reduzir o seu preço final. Além do factor preço e do desinvestimento em comunicação, também a estratégia de foco das duas principais cervejeiras nacionais tem-se revelado prejudicial para estas categorias de cerveja, que acabam por sair mais prejudicadas em termos de budget para marketing e comunicação, ao optar por concentrar investimentos nas categorias mais significativas – assim, como também nas águas – tendo em conta neste processo não só a sua dimensão e retorno, como os pontos de contacto que com o consumidor se geram. Em suma, uma questão de optimização e de foco em época de menor consumo, ou reduzida prosperidade económica.

SEM ÁLCOOL Que se estende ao universo das sem álcool, durante anos a fio o parente pobre das cervejas, este segmento apresenta um imenso potencial de crescimento e tem sido objecto de inúmeros esforços de diversificação da oferta, sobretudo a nível do sabor. De facto, o paladar


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foi, durante muito tempo, a grande barreira à inovação, apresentando hoje as referências disponíveis no mercado um paladar agradável e muito aproximado ao das cervejas com álcool. Contudo, este segmento continua a enfrentar uma concorrência directa muito grande no que a alternativas de consumo diz respeito, posicionando-se no mesmo espaço das águas com sabores e os refrigerantes, o que dá conta das imensas possibilidades hoje ao dispor do consumidor em alternativa à cerveja com álcool. Ainda que, naturalmente, as cervejas sem álcool tenham inúmeros adeptos, seja pelo seu cariz refrescante e leve, seja por serem desprovidas de álcool sem deixar de ser cerveja, certo é que a concorrência é bastante feroz e tem, de certa forma, limitado o seu crescimento, até porque não é dos produtos mais fortemente enraizado nos hábitos de consumo dos portugueses. Assim confirmam os números que apontam para uma redução do consumo de cervejas sem álcool na ordem dos 4% em valor e 10,4% em volume, o que determina uma quebra generalizada no consumo ainda que o seu preço médio se tenha mantido mais ou menos estável. Também aqui a categoria especial é a que mais perde (à semelhança do verificado anteriormente) ao registar quebras acima dos 30 pontos percentuais em ambos os indicadores, com especial incidência para a performance das vendas em volume (-39%). No que diz respeito às duas principais categorias deste universo, refirase que as cervejas pretas foram a única referência a subir vendas neste segmento, ao crescer 7% em valor face a um decréscimo de 2,2% em volume, reforçando a sua posição como a segunda maior categoria do mercado de cervejas também no segmento sem álcool, com 1,6 milhões/€ de facturação e pouco mais de um milhão de litros vendidos em INA. Por sua vez, a cerveja branca sem álcool tem-se mantido praticamente estável, com as vendas em valor a apresentarem abrandamentos pontuais ou marginais (-1,5% de acordo com o Ano Móvel S 2010 12, equivalente a 7 milhões/€ de facturação), enquanto em volume as quantidades transaccionadas posicionaramse abaixo da fasquia dos cinco milhões de litros, representativa de uma perda em volume de 7,5%.

Em suma, antes da chegada do Verão é a valorização dos preços médios praticados que tem permitido ao mercado de cervejas subir vendas em valor, uma vez que se encontra a perder vendas em volume em todas as categorias analisadas pela AC Nielsen. Culpa da inflação das matérias-primas, do alargamento da concorrência às marcas próprias, do menor poder de compra dos portugueses ou das vicissitudes do mercado, certo é que este fenómeno não poder ser analisado separadamente, até porque o comportamento dos portugueses pouco se alterou face ao período homólogo do ano passado (ver quadro). Pelo que é expectável que a chegada o Verão traga renovados motivos de interesse à categoria, este ano reforçada com a “muleta” do desporto, um importante auxiliar para promover vendas e multiplicar ocasiões de consumo. Resta saber, todavia, se este ano o clima não prega partidas aos players deste mercado.

Total Portugal INA - Cervejas

Vendas Valor

Vendas Valor (%)

Vendas Volume

Vendas Volume (%)

C/Álcool

218,834,795

7.5

151,854,444

-3.4

Branca

209,095,176

9.5

146,348,814

-2.2

Preta

5,620,806

6.0

3,260,156

-2.7

Especial

4,118,813

-44.0

2,245,474

-46.5

S/Álcool

9,554,506

-4.0

6,490,779

-10.4

Branca

7,046,126

-1.5

4,919,599

-7.5

Preta

1,654,310

7.0

1,043,159

-2.2

854,070

-31.9

528,021

-39.0

228,389,168

6.9

158,344,801

-3.7

Especial Total (LT)

Fonte: AC Nielsen Ano Móvel S 2010 12

Cervejas C/Álcool (LT) Penetração Numérica (%)

Compra Média Lar - Volume

Compra Média Lar - Valor

Actos Compra por Lar

Q10-13/09

Q09-12/10

Q10-13/09

Q09-12/10

Q10-13/09

Q09-12/10

Q10-13/09

Q09-12/10

77

79

24.4

25.2

31.13

34.73

7

8

Fonte: AC Nielsen Ano Móvel S 2010 12



“A entrada de

SURF

em Portugal deu-se no

momento certo

TEXTO Duarte Cunha

36 NÃO -AL IME NTA R

N.º 3/2 010 | M AIO /JU NHO


Com 6% de quota de mercado conquistado em apenas doze meses, Surf tornou-se rapidamente uma referência do segmento de marcas de detergentes para a roupa. Com mais de 40 milhões de doses vendidas no primeiro ano de comercialização, a marca assinala o seu primeiro aniversário com uma forte dinâmica de sucesso. Gonçalo Bernardes, Head of Brand Building Laundry da Unilever JM, faz o balanço do ano do lançamento de Surf em Portugal. Grande Consumo - Que balanço faz do primeiro ano de lançamento do Surf no mercado nacional? Esta proposta atingiu os objectivos qualitativos e quantitativos definidos pela companhia para o seu lançamento? Gonçalo Bernardes - Desde o seu lançamento, Surf já vendeu mais de 40.000.000 doses e consideramos que este número reflecte a preferência do consumidor por esta marca. Em apenas doze meses de mercado Surf conquistou 6% de quota, uma óptima performance para uma nova marca de detergente para a roupa. Vimos este desfecho como um sinal de aceitação por parte dos consumidores que foi, aliás, reforçado pela eleição de Surf como Produto do Ano 2010 na respectiva categoria. GC - Que espaço veio Surf conquistar no mercado que outras marcas não haviam reclamado ainda? Que mais-valia apresenta esta marca ao consumidor final? GB - Surf entrou no mercado português com um propósito muito bem definido: preencher uma lacuna identificada. Entre os atributos mais valorizados pelos consumidores encontra-se o perfume e não havia nenhum produto que valorizasse este atributo. Surf trouxe uma resposta a esta falha detectada na oferta de detergentes e avançou de forma inovadora, ao apresentar as três fragrâncias da sua gama. GC – Com que expectativas parte para o segundo semestre? GB – No que respeita a expectativas, continuamos a querer atingir o objectivo a que nos propusemos há um ano: queremos que Surf detenha cerca de 10% de quota de mercado, no prazo de três a cinco anos. E estamos confiantes de que vai ser possível. GC - Está previsto o alargamento da gama ao longo deste ano, além das referências Surf Flores Tropicais & Ylang Ylang, Surf Limão & Flores do Campo e Surf Lavanda & Flores Orientais? GB - À medida que a marca vai crescendo em Portugal é expectável que surjam novas variedades. Para assinalar o primeiro aniversário da marca em Portugal, vamos lançar uma nova referência, com um stock limitado. Mas preferimos guardar a surpresa. GC - Porque demorou tanto tempo a introdução de Surf no mercado nacional? Não havia, anteriormente, espaço para uma marca com as suas características no mercado? O que mudou entretanto? GB - Não acreditamos que a entrada de Surf em Portugal tenha sido demorada, mas sim no momento certo. Cada mercado é diferente e tem as suas próprias características e, como referi anteriormente, Surf veio dar resposta a uma vontade do consumidor, a que nenhuma das marcas existentes estava a dar resposta: o perfume. Foi esta percepção que reforçou a certeza de que este era o momento para introduzir, no nosso mercado, uma marca com estas características diferenciadoras.

GC - A eleição como Produto do Ano 2010 foi um importante impulso para a marca? O que representa esta distinção para Surf e para a sua divulgação e aproximação junto do consumidor? GB - Foi o atestar da preferência do consumidor e, claro, trouxe-nos uma enorme satisfação. Este reconhecimento por parte dos consumidores vai actuar como um voto de confiança na marca junto de potenciais consumidores que ainda não conheçam Surf. GC - O preço médio praticado é, igualmente, decisivo para os indicadores registados até à data (9% de mercado de acordo com AC Nielsen, em Março), ou os argumentos intrínsecos do produto como o perfume, imagem, atractividade e a qualidade do mesmo prevalecem por si neste mercado competitivo? GB - Não podemos dissociar os dois factores. Como diz o nosso slogan, Surf é uma explosão de perfume, a um preço irresistível. Estamos perfeitamente convictos de que são estas as duas fortes mais-valias que fazem desta marca uma das eleitas pelos consumidores portugueses. GC - Os portugueses continuam a ser consumidores experimentalistas? As marcas de detergente para a roupa são alvo de frequente substituição, ou regista-se interessantes níveis de fidelidade? GB - Como em todas as categorias, temos alguns consumidores experimentalistas e outros que se mantêm quase sempre fiéis a uma marca. Neste momento, para o desenvolvimento da marca Surf, precisamos dos dois tipos de consumidores, uma vez que numa primeira fase temos que os levar a experimentar e numa segunda fase temos que os manter fiéis a esta nova marca. GC - O que reserva a marca aos consumidores ainda este ano? É previsível que haja novas acções de comunicação ao longo deste ano? GB - Já este ano, mais precisamente em Março, a marca apresentou uma nova campanha que foi suportada em diversos meios. Para os meses que se aproximam a marca continuará a surpreender, até porque muito em breve celebraremos o seu primeiro aniversário no mercado.

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N.º3


38 NÃO-ALIMENTAR N.º3/2010 | MAIO/JUNHO

LEGO quer crescer 29% em Portugal

O Grupo LEGO fechou 2009 com resultados recorde obtidos num exercício em que o mercado global de brinquedos esteve estagnado e onde Portugal continuou a ser encarado como um destino de oportunidade. Num ano ainda marcado pelo reforço da aposta na inovação e na capacidade produtiva, a marca nórdica assume a pretensão de ter uma presença ainda mais global, sempre com base na versatilidade da sua oferta. Rosa Seegelken Alvarez, Brand Manager da LEGO Iberia, antecipa o que a marca reserva para o final de 2010.

TEXTO Abel Martins


A marca de Billund, na Dinamarca, encerrou o ano de 2009 com um registo financeiro muito apreciável ao ter aumentado vendas (+59%) e lucro (+56%), atingindo os 388 milhões/€ de EBIDTA (248 milhões/€ em 2008) e um equity de 442 milhões/€ no ano em causa (277 milhões/€ em 2008). Apesar de o mercado global de brinquedos se ter apresentado estagnado, 2009 foi para o Grupo LEGO um ano de forte acréscimos em todos os mercados de proximidade, com particular incidência nos destinos anglo-saxónicos. Na base destes bons resultados encontra-se uma interessante dinâmica de inovação associada ao reforço da capacidade produtiva do Grupo, duas armas que se revelaram bastante importantes para os resultados obtidos, em contra-ciclo com a tendência generalizada do mercado. “O mercado de brinquedos não é indiferente à conjuntura económica. No global, este mercado manteve-se estagnado em 2009, ainda que com importantes diferenças. Grande parte dos mercados da Europa e da Ásia experienciam descidas consideráveis, enquanto nos EUA esta quebra foi mais suave. Por oposição, o mercado de brinquedos em Portugal é o segundo que mais cresceu em 2009 a nível internacional, na ordem os 9,4% de acordo com a NPD Eurotosy”, começa por explicar Rosa Seegelken Alvarez, Brand Manager da LEGO Iberia, que aponta ainda outros motivos de interesse ao mercado nacional, onde a marca dinamarquesa subiu vendas em 62% em apenas dois anos. “2009 foi um grande ano para a LEGO, que continuou a reforçar a sua posição com um crescimento das vendas ao consumidor na ordem dos 32% de acordo com o NPD Eurotoys. A companhia reforçou a sua inequívoca liderança na categoria de brinquedos de construção com uma quota de mercado de 72% (+6%), com Portugal a representar cerca de 1% das vendas globais ao consumidor”, acrescenta. A qualidade dos produtos, assim como o seu perfil didáctico, divertido e seguro são alguns dos aspectos mais valorizados pelos consumidores nacionais, que em 2009 tiverem no top das suas preferências a Estação dos Bombeiros e a Estação da Polícia, assumindo-se estes dois artigos como os mais vendidos em Portugal no decorrer do ano passado. Duplo, LEGO City, LEGO Creator e Technic foram as linhas que mais contribuíram para os resultados apurados, com a gama LEGO Star Wars a ser o número um em Espanha, aspecto que contrasta com a realidade nacional, onde os produtos licenciados têm menor impacto quando comparados com outros mercados comunitários e mundiais.

Dos mais pequenos aos adultos, as gamas de brinquedos de construção LEGO cobrem todos os escalões etários desde os 2 anos, disponibilizando gamas de produtos que variam em complexidade e variedade mediante o target etário a que se dirigem. Esta diversidade da oferta é outro dos trunfos da LEGO para se assumir como uma marca de gerações, procurando fidelizar os consumidores, independentemente da sua idade, ao proporcionar-lhes referências actuais, inovadoras e diversificadas, o que ajuda a construir uma forte relação de identidade com a marca. LEGO City e LEGO Star Wars são duas das linhas mais populares de produtos, apresentando-se, simultaneamente, como as que mais vendas geraram ao longo de 2009, fazendo prevalecer o facto de se adequarem a adultos e crianças. “Ambas as linhas são muito interessantes em termos estratégicos: LEGO City ajuda a recrutar os mais novos e estimula o coleccionismo até idades mais avançadas, enquanto a gama Star Wars é uma peça fundamental como extensão do círculo de vida dos consumidores de LEGO. Até mesmo junto daqueles que não são, actualmente, utilizadores de LEGO”, acrescenta Rosa Seegelken Alvarez. De modo a assegurar níveis de crescimento futuros – e na base dos registos financeiros do passado – encontra-se o aumento da capacidade produtiva do Grupo ao longo de 2009, com especial destaque para as infra-estruturas localizadas no México, República Checa e Hungria, que vieram reforçar a aptidão produtiva do Grupo, assim como torná-lo muito mais flexível. “Um aspecto muito importante para a LEGO, uma vez que o processo produtivo é bastante complexo”, confidencia a Brand Manager da LEGO Iberia. No que à evolução do mercado diz respeito, Rosa Seegelken Alvarez antecipa novos crescimentos em 2010, ainda que reconheça que o mercado deverá continuar a sua linha de estagnação. Já a nível interno, a LEGO perspectiva reforçar a sua linha de crescimento em Portugal, seja através de “linhas de produtos bem estabelecidas, assim como promissores novos lançamentos ou possíveis acordos de licenciamento para produções cinematográficas”. Para o segundo de semestre de 2010, a marca antecipa um crescimento de 29%, onde grande parte desta ambição terá por base “alguns produtos inovadores” que serão introduzidos no mercado ao longo do segundo semestre e, seguramente, irão reforçar os motivos de interesse associados à marca dinamarquesa. A confirmar ao longo do etapa complementar de 2010.

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NÃO-A

N.º3/2010 |


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A O OG/I L UNH J O N | MAIO C E 0 1 T 0 3/2 N.º

Miau

assinala 10.º aniversário

em dinâmica de crescimento

Há dez anos online, o miau.pt é um exemplo de sucesso de um portal de leilões feito e pensado por portugueses. Com um registo de mais de 15 milhões de visitas mensais, esta plataforma de e-commerce disponibiliza uma oferta acima dos 95 mil artigos activos e conta com um total de 613 mil utilizadores registados, reservando algumas novidades aos seus utilizadores no ano do seu décimo aniversário. Sofia Galvão, responsável de Comunicação do miau.pt, traça as diferenças entre o passado e o presente do site do “gato”.

TEXTO Duarte Cunha


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A OG/JIUNHO L O N IO TEC 10 | MA 0 3/2 N.º

Grande Consumo - Que balanço faz dos anos que o miau.pt leva como portal de leilões on-line? Sofia Galvão - O miau.pt foi lançado a 10 Novembro de 2000 com o objectivo de ser o maior site nacional de leilões vocacionados para o consumidor final, aproveitando dessa forma uma grande oportunidade num mercado com elevados potenciais de crescimento, tal como se veio a verificar. E é hoje um projecto de sucesso, com resultados de que nos orgulhamos e que partilhamos com todos os membros. No passado recente registámos mais de 700 transacções diárias e mais de 15 milhões de páginas vistas por mês, atingimos a colocação do negócio 8 milhões no miau.pt, indicadores estes que traduzem bem o sentido da forte dinâmica de crescimento. Para este sucesso tem contribuído o incessante desenvolvimento de novas funcionalidades e a aquisição de equipamentos mais avançados, com o objectivo de melhorar as transacções e dar uma melhor resposta às crescentes necessidades da nossa vasta comunidade.

dispõem da situação regularizada junto do miau.pt, podendo a qualquer momento voltar a transaccionar no portal. GC - No seu entender, que aspectos fazem com que o miau.pt se assuma como o maior site nacional de leilões on-line? SG - Uns dos principais aspectos que distingue o miau.pt da concorrência são as medidas de segurança. Nesta matéria, o miau.pt tem mecanismos que permitem algumas garantias, nomeadamente a verificação manual de todos os registos feitos no portal de forma a garantir a veracidade dos dados e a maioridade dos utilizadores. Por outro lado, procede-se também ao envio de uma carta para a morada dos utilizadores, após o seu registo, com um Código de Identificação Pessoal (PIN) para que o membro complete o processo de registo e possa colocar os seus produtos à venda. Adicionalmente, também damos importância aos aspectos que facilitam e simplificam a utilização do site do miau.pt por parte dos utilizadores através da introdução de novas funcionalidades. GC - O que ganha o operador em disponibilizar esta plataforma de e-commerce? SG - O miau.pt é interessante para o vendedor porque lhe permite aceder a um vasta comunidade de utilizadores. Esta capacidade de agregar pessoas, remotamente, em torno da mesma negociação, que é dinâmica e em que todos podem acompanhar em tempo, real é um dos factores de sucesso do negócio. O que torna o miau.pt um excelente canal de venda que pode complementar a oferta online do próprio vendedor, a baixo custo e sem muito investimento por parte do vendedor. O miau.pt cobra ao vendedor por cada artigo vendido uma taxa de 4% sobre o valor final do negócio.

Vamos continuar a apostar numa política de crescimento sustentado e continuar a traçar os nossos objectivos, como sempre o temos feito, de acordo com as exigências do mercado e as necessidades transmitidas pela comunidade. GC - O que se pode encontrar no miau.pt? Quais são os tipos de artigo mais solicitados e procurados pelos internautas? SG - O miau.pt dispõem de uma oferta de mais de 95 mil artigos activos e pode-se encontrar um pouco de tudo, desde acessórios para animais, peças de vestuário, automóveis, artigos de colecção, etc. Entre as categorias com maior expressão em termos de procura encontram-se os ‘Telefones e Acessórios’, ‘Informática’ e ‘Jogos e Consolas’. O miau.pt conta actualmente com 23 categorias de produtos. GC - Quantos utilizadores registados têm neste momento? SG - No final de Abril 2010, o número de utilizadores registados ultrapassava os 613.000. Destes, estimamos que mais de 60% estejam activos. Os que não estão activos, na sua grande maioria,

GC - Que melhorias foram introduzidas no seu funcionamento ao longo dos dez anos que leva on-line? SG - Foram introduzidas diversas melhorias a nível de funcionalidades que disponibilizamos, entre outros, um robusto motor de pesquisa, um completo directório de categorias e artigos em leilão, diversos mecanismos de avaliação de desempenho de compradores e vendedores, gestão de conta pessoal, notificação por e-mail da evolução de leilões ou a possibilidade de programação de licitações automáticas, uma ferramenta de colocação de negócios, ajuda no formulário de colocação à venda, além de outros serviços complementares, como por exemplo, a digitalização gratuita de fotografias. GC - O e-commerce é uma realidade enraizada nos hábitos de compra dos portugueses? SG - O e-commerce já é um hábito de utilização pelos portugueses e o mercado dos leilões em específico tem grande potencial de crescimento em Portugal. O leilão electrónico, ou e-auction, apresenta-se como mais um canal que passa a estar disponível para escoamento de produtos, para testar novos produtos e como uma nova fonte de receitas e excelentes oportunidades de negócio. Maior número de vendedores atrai maior número de compradores e viceversa, levando ao seu crescimento natural e sustentado. Em todos os países, os leilões online têm demonstrado taxas de crescimento muito elevadas e existem já inúmeros casos de exemplos de sucesso. Portugal não é excepção. Na nossa perspectiva é um modelo de negócio perfeitamente adaptado para a Internet, na medida em que


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IAHO OG L / O O JUN CN010 | MAI E T º3/2 N.

tira partido das características únicas deste meio que lhe permitem alcançar uma dimensão muito superior àquela que os leilões tradicionais representam. GC - Os portugueses têm confiança nesta modalidade de compra? SG - A confiança neste tipo de compras têm aumentado com o hábito de utilização, no entanto ainda se verifica muitas vezes a pesquisa online por parte do utilizador para a compra de um produto

pesquisa entre sites de e-commerce e sites de comparação de preços para a escolha final do processo de compra. Nos sites de leilões é possível encontrar de tudo a preços que se podem considerar uns verdadeiros “achados” traduzindo-se em oportunidades. GC - Que novidades estão previstas para assinalar o aniversário do site? SG - Este ano o miau.pt iniciou um processo de renovação de imagem e de reposicionamento no mercado que se irá estender até

e depois preferir efectivar a compra na loja física pode vezes por causa da desconfiança e da segurança da compra. No caso dos leilões online, o miau.pt orgulha-se de ser a comunidade de leilões que oferece as maiores garantias de segurança. Todos os registos feitos no miau.pt são verificados, no intuito de garantir a veracidade dos dados e a maioridade dos utilizadores. Os pagamentos e os restantes detalhes inerentes a cada negócio são combinados entre os respectivos compradores e vendedores. O miau.pt coloca à disposição dos seus membros uma plataforma de comércio electrónico que permite o encontro entre os interessados em vender e em comprar.

GC - A crise também chegou a este tipo de negócio? SG - A crise não atingiu tanto o e-commerce como outros sectores. No processo de compra os utilizadores utilizam a vertente online para encontrar muitas vezes o preço mais barato para um produto para economizar. Para além de que se nota por parte das empresas uma aposta na sua oferta online que permite reduzir custos.

GC - O pricing on-line é uma realidade dos mercados de consumo nacionais? Partilha da opinião de que os portugueses procuram, cada vez mais, informa-se sobre o melhor preço antes de efectuar qualquer compra? Como se reage perante esta realidade? SG – Sim, é uma tendência. Os compradores online estão mais ponderados no seu processo de compra e utilizam cada vez mais a

GC - Perspectivas de crescimento para este ano? Volume de negócios estimado? SG - Existe uma tendência de crescimento no mercado de e-commerce em Portugal e esperamos seguir essa tendência com o crescimento de transacções no miau.pt em especial no período do Natal. Assim aguardamos ter um crescimento na ordem dos 10% no volume de negócios esperado.

ao seu aniversário. Exemplo disso é já a campanha de mudança de imagem lançada em Março a introdução de novas funcionalidade, assim como de um novo layout do site.



44 HOS O/JUNHO VIº3N/2010 | MAI N.

Paixão pelo Vinho – Wine Passion

ALENTEJO ESPORÃO DOC TINTO RESERVA 2007 Nota: 18 % 14,5 € 18,00 Beber já ou guardar Enólogo: David Baverstock, Luís Patrão Castas: Aragonez, Trincadeira, Cabernet Sauvignon. Produtor: Esporão +351 266 509 270 COR: Granada intensa, limpo. AROMA: Excelente evolução; frutos silvestres e de bago, subtil floral, notas de chocolate combinadas com a baunilha, elegante. SABOR: Macio, volumoso, frutado intenso, acidez correcta, taninos macios mas com vigor, termina persistente e rico.

DOURO CALLABRIGA DOC TINTO 2007 Nota: 17,7 % 14 € 15,00 Beber já ou guardar Enólogo: Luís Sottomayor Castas: Tinta Roriz, Touriga Nacional, Touriga Franca. Produtor: Sogrape Vinhos +351 227 838 104 COR: Granada intensa com ligeiros tons violeta. AROMA: Muito bem casado. Frutos do bosque macerados, madeira ligeira de excelente qualidade, toque de chá e de especiarias. SABOR: Potente, com boa untuosidade, acidez equilibrada, taninos com garra mas sedosos, frutos pretos intensos, deixa um final prolongado.

ALENTEJO MONTARIA REG TINTO 2008 Nota: 17 % 13,5 € 2,90 Beber já ou guardar Enólogo: Sónia Martins, António Ventura. Castas: Alicante Bouschet, Trincadeira, Aragonez. Produtor: Parras Vinhos +351 262 770 000 COR: Granada carregado, denso. AROMA: Complexo, compota de frutos pretos bem evidente, ligeiro toque de especiarias a enriquecer o conjunto. SABOR: Fruta jovem combinada com cassis e amora bem maduros, taninos bem domados, boa acidez, final persistente e interessante.

TEJO QUINTA DA LAGOALVA REG TINTO RESERVA 2008 Nota: 17,2 % 14 € 6,15 Beber já ou guardar Enólogo: Diogo Campilho, Pedro Pinhão. Castas: Alfrocheiro, Cabernet Sauvignon, Syrah. Produtor: Soc. Agric. da Quinta da Lagoalva de Cima +351 243 559 070 COR: Granada intensa com ligeiros tons violáceos, límpido. AROMA: Harmonioso; notas de frutos vermelhos, amoras e mirtilos, ligeiro láctico, tosta ligeira e subtil cacau. SABOR: Redondo, com fruta bem integrada, taninos vivos mas sedosos, boa acidez, final persistente e elegante.

ALENTEJO SENSES REG TINTO 2008 Nota: 17,4 % 14 € 6,60 Beber já ou guardar Enólogo: Óscar Gato, Maria João Rosado Castas: Touriga Nacional Produtor: Adega Coop. Borba +351 268 891 660 COR: Intensa com notas violáceas bem evidentes, límpido. AROMA: Cassis a predominar, notas florais complexantes, subtil vegetal seco, interessante. SABOR: Encorpado, com boa acidez, taninos ainda vivos e secos a pedir mais tempo de garrafa, final longo e persistente.

MINHO VINHAS ALTAS REG ROSÉ 2009 Nota: 17 % 11,5 € 3,20 Beber já Enólogo: Osvaldo Amado Castas: Espadeiro Produtor: Cavipor +351 255 711 621 COR: Rosado vivo, cristalino. AROMA: Exuberante; notas de cereja, mirtilo, framboesa e goiaba rosa a predominar. SABOR: Frutado, com frescura equilibrada, agradável volume de boca, termina persistente e elegante.

DOURO CASA AMARELA DOC TINTO 2007 Nota: 17 % 13,5 € 8,90 Beber já ou guardar Enólogo: Jean-Hugues Gros Castas: Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Barroca, Tinta Amarela. Produtor: Laura Maria Regueiro +351 254 666 200

DOURO VAZ DE CARVALHO DOC BRANCO RESERVA 2007 Nota: 16,8 Imagem: 2 % 13 € 7,80 Beber já ou guardar Enólogo: Francisco Paiva, Gabriela Canossa Castas: S/Inf Produtor: António Carlos da Costa Vaz de Carvalho +351 254 821 618

COR: Granada pronunciado, límpido. AROMA: Frutado intenso e notas florais combinadas com tosta subtil. SABOR: Equilibrado, com bom volume, acidez correcta, taninos ainda muito duros e secos a pedir mais tempo de garrafa, termina longo e promissor.

COR: Citrino, límpido. AROMA: Complexo e distinto, fruta de polpa branca, notas de pêra e marmelo combinadas com ligeiro tostado e posteriormente subtil floral. SABOR: Fresco, com acidez agradável, notas florais mais intensas, final persistente e diferenciador.

VERDE CASAL GARCIA DOC ROSÉ 2009 Nota: 16,5 % 10,5 € 3,30 Beber já Enólogo: Manuel Soares Castas: Vinhão, Azal Tinto, Borraçal. Produtor: Aveleda – Soc. Agric. e Com. +351 255 718 200

VERDE QUINTA DE AZEVEDO DOC BRANCO 2009 Nota: 16,5 % 11 € 4,00 Beber já Enólogo: Manuel Vieira Castas: Loureiro, Pedernã. Produtor: Sogrape Vinhos +351 227 838 104

COR: Rosado vivo, límpido. AROMA: Exuberante, intenso em notas de cereja, groselha e flores. SABOR: Fresco, jovem, com acidez no ponto, frutado, deixa um final muito elegante.

COR: Citrino jovem com bastantes laivos esverdeados, brilhante. AROMA: Jovem e exuberante, notas de maracujá, ananás e casca de ostra a conferir uma interessante mineralidade. SABOR: Entra simples e directo, boa acidez, notas tropicais a confirmar o nariz, juventude e frescura são marcantes, deixa um final harmonioso.

Provadores: Gabriela Canossa, Osvaldo Amado, Marco Valente, José Sassetti. Prova cega


45 VINHOS N.º3/2

010 | MA IO/JUNHO

Douro Family Estates galardoada

CARMIM apresenta Monsaraz Premium

Pomares Tinto 2008 surpreende

Torres abre nicho em Portugal

Os vinhos Douro Family Estates (DFE) acabam de conquistar uma Grande Medalha de Ouro e uma Medalha de Ouro no Concours Mondial de Vins de Bruxelles, um dos mais prestigiados concursos internacionais de vinhos. Uma das quintas DFE, a Quinta dos Poços, arrecadou também uma medalha de ouro e outra de prata. A atribuição da Grande Medalha de Ouro é particularmente relevante: entre os 6 mil vinhos de todo o mundo que estiveram em competição, foram distinguidos com esta medalha apenas 69 vinhos, cinco dos quais portugueses. Este é um importante reconhecimento da qualidade dos vinhos Douro Family Estates (DFE), um projecto que acaba de ser lançado no Alto Douro vinhateiro e cujos primeiros vinhos estão agora a chegar ao mercado nacional e internacional. O DFE Signature 2007 DOC Douro tinto (Grande Medalha de Ouro) e o DFE Premium 2007 DOC Douro tinto (Medalha de Ouro) foram os néctares premiados deste inovador projecto duriense, enquanto, por sua vez, a Quinta dos Poços viu o Reserva 2005 DOC Douro tinto ganhar a Medalha de Ouro enquanto o Grande Reserva 2005 DOC Douro tinto reclamou a Medalha de Prata. Ao todo, foram premiados com Medalhas de Ouro 11 vinhos da Região Demarcada do Douro, que tem vindo a conquistar cada vez mais atenções a nível internacional.

A CARMIM apresenta a colheita 2008 do Monsaraz Premium Tinto, o novo topo de gama da empresa, com uma quantidade limitada de 15.000 garrafas. Trata-se de um néctar obtido a partir de uvas provenientes de vindima manual, descarregadas imediatamente após a sua recepção, desengaçadas e esmagadas. A fermentação alcoólica decorre em cuba inox, após a qual, o vinho realiza a fermentação maloláctica em barricas de carvalho francês, nas quais estagia posteriormente durante 8 meses. Após este período cumpriu 3 meses de estágio em garrafa. Posteriormente, este Alicante Bouschet complementado com outras castas DOC Reguengos é engarrafado, apresentando um aspecto retinto com aromas de frutos pretos e algumas notas florais, de cacau e café. Na boca é denso, profundo, com um prolongado final de prova. Para consumo imediato, ou deixá-lo em estágio 6 a 8 anos, este vinho da Carmim é parceiro de pratos de caça, carnes de porco grelhadas ou assadas e queijos de cura, devendo ser consumido à temperatura de 1618ºC. PVP recomendado: 25 €.

A qualidade do Pomares Tinto 2008 foi mais uma vez reconhecida. No Decanter World Wine Awards 2010, este vinho da Quinta Nova de N. S. Carmo, foi distinguido com uma medalha de prata que acrescenta à óptima pontuação (90 pontos) que Jamie Goode já tinha atribuído em prova na Wineanorak. A Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo lançou a nova imagem da gama Pomares no primeiro trimestre deste ano, visando enaltecer a sua qualidade e a internacionalização desta marca. Este lote Pomares da colheita 2008, com uma presença forte das castas Tinta Roriz e Touriga Franca e com ligeiro toque de Touriga Nacional,

A Vinalda disponibiliza no mercado nacional o primeiro vinho sem álcool da Torres, o Natureo, que vem, assim, abrir um novo nicho de consumo em Portugal. Com apenas 0,5 graus de álcool e elaborado a partir da casta Moscatel, o Natureo distingue-se por ser produzido através do inovador sistema Spinning Cone Column, que lhe permite manter o sabor e aromas característicos do vinho. Feito a pensar em todos aqueles que não podem consumir bebidas alcoólicas, mas apreciam vinho, o Natureo não deixa, contudo, de ter um perfil feminino uma vez que apresenta apenas 19 quilo-

estagiou parcialmente em barricas de carvalho francês e americano durante seis meses, apresentando carácter frutado e sedutor, reforçando assim o seu bom posicionamento nas vertentes imagem/qualidade/preço. PVP: 5,90€.

calorias, ou seja possui um teor calórico muito menor quando comparado com os vinhos tradicionais que rondam as 90 quilocalorias. O Natureo apresenta-se como um vinho muito fresco, com aromas intensos de pêssego, maçãs verdes e citrinos. Excelente como aperitivo, a nova proposta da Torres acompanha bem pratos de peixe, marisco e moluscos. Servir à temperatura de 7 a 9ºC. Durante o encontro aos media foi ainda apresentado o Ibéricos 2007, o primeiro projecto da Torres na região de La Rioja. Este é um vinho produzido a partir da casta Tempranillo e adequado para acompanhar carnes assadas, guisados, queijos curados ou enchidos.


46 VINH OS

N.º3 /201 0 | MAIO /JUN HO

SOBERA Terras do Sado sabor das

Localizada no Torrão, a Herdade da Soberana é um dos bons exemplos da riqueza do TEXTO Bruno Farias FOTOS Sara Matos

sector vitivinícola nacional. Com uma produção reduzida e um portfólio composto somente por néctares tintos, a sociedade Soberanas é a prova de de que os perfis dos vinhos nem sempre obedecem ao definido pelos cânones. Em causa está uma produção de Terras do Sado que rivaliza com os melhores vinhos alentejanos. Com o seu sabor soberano.


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HO UN

/J OS| MAIO H N 10 VI 3/20 º N.

A denominação é Terras do Sado, o sabor de um Alentejo de excelência, em qualquer uma das suas – poucas - referências. Em poucas palavras, resume-se assim o que é o projecto Soberanas, um dos bons exemplos da capacidade produtiva vitivinícola nacional, equacionado

ANO e concretizado com metas bem delineadas e sem procurar correr atrás do lucro imediato ou de volumes massivos de comercialização. Oneroso? Sem dúvida. Preconceituoso? Não, de todo, pelo menos até se experimentar cada um dos néctares que a casa de Franklim Ferro Jorge tem para nos oferecer. XS, Soberana e S de Soberanas são as marcas que compõem o seu actual portfólio, elementos representativos de uma produção que não excede a quota anual das 90 mil garrafas e em que cada um dos vinhos apenas é comercializado após uma “sesta” de três anos, independentemente do seu posicionamento. “Desde que considerámos entrar neste mercado, pensámos sempre em ter qualidade, esta foi a nossa linha orientadora desde o início e penso que, anos volvidos, não nos afastámos dessa premissa”, começa por explicar Franklim Ferro Jorge, proprietário da Sociedade Agro-Pecuária das Soberanas. E o resultado final fala por si. Aproximadamente quatro anos volvidos após o primeiro néctar lançado no mercado são inúmeras as menções honrosas e medalhas conquistadas por este “novo” Terras do Sado, região da qual apenas bebeu a denominação geográfica, uma vez que se as vinhas estão administrativamente localizadas na região abraçada por este importante rio português, já o perfil dos vinhos e as suas características organolépticas não deixam dúvida quanto à sua verdadeira identidade: o esquecido e, hoje, valorizado Alentejo. É que, na verdade, a exploração agrícola que dá corpo a este projecto agropecuário está situada no Torrão, terra de bom pão e gente simpática, no limite do concelho de Alcácer do Sal, cujos solos areno-argilosos nutrem as castas que dão origem aos néctares aqui produzidos. Nomeadamente, Tinta Caiada, Alfrocheiro, Aragonês, Trincadeira e Alicante Bouschet, a base de todos os blends que compõem a gama das Soberanas, não se registando, até à data, a existência de nenhum néctar monocasta, ou, numa perspectiva de portfólio mais simples, de nenhum vinho branco. “Claro que já pensámos em ter uma referência de vinho branco, não quer dizer que não possa vir a acontecer, mas para que se concretize terá que haver a garantia de que essa proposta vai de encontro ao prestígio dos vinhos da Soberana, em qualquer uma das suas referências. Quando as condições estiverem reunidas nesse sentido, poderemos pensar em colocar uma referência de vinho branco no mercado. Até lá, a aposta continua nos vinhos tintos, como foi a nossa aposta inicial e cuja linha temos seguido até aqui, mas, seja como for, será sempre numa quantidade muito limitada”, acrescenta.

Com o auxílio do enólogo Paulo Laureano, a sociedade Soberanas tem disponível no mercado as colheitas 2004 e 2005 do S de Soberanas e 2004 do Soberana, tendo, agora, lançado o que genericamente se chamaria de “entrada de gama” - o XS 2006, lançado em finais de 2009 - mas cujo perfil elaborado e complexo, em conjunto com uma imagem apelativa e moderna, faz com que esteja bem cotado dentro do segmento de mercado a que se dirige: vinhos abaixo dos 9€. “O resultado é um vinho fresco e elegante, com corpo e estrutura dos vinhos alentejanos que pensamos não ficar aquém de nenhuma das nossas outras propostas, uma vez que é na vinha que todo este processo começa e temos o cuidado de saber o que queremos, ao apostar na concentração da uva e num acompanhamento cuidado de todo o ciclo produtivo. Optámos pelas castas portuguesas, o Alicante Bouschet - hoje, praticamente uma casta portuguesa pelo seu volume de utilização - e em trabalhar com carvalho francês para estagiar os vinhos. Estas foram as nossas linhas mestras”. O facto de ter também disponível adega própria foi, igualmente, um passo importante para a elevação dos néctares da sociedade Soberanas, que desde a sua primeira colheita tem vindo a elevar a qualidade média das suas propostas e cimentar a sua posição como produtor de qualidade. O que se deve, como já se disse, à forte aposta no trabalho desenvolvido na vinha, mas também à sua localização privilegiada, cuja influência marítima (Oceano Atlântico apenas a 30 km) confere-

-lhe uma frescura, elegância e leveza únicas, dignas dos melhores vinhos alentejanos com que facilmente são comparados. Perdendo, geralmente, nas críticas da imprensa especializada pela denominação de origem, infelizmente, considerada, de menor valia quando comparada com outras mais “nobres” do nosso Portugal vinhateiro. Considerações à parte, a verdade dos factos é que, não só pelas medalhas e menções já conquistadas, como, acima de tudo, pelo feedback do consumidor final, Franklim Ferro Jorge é um produtor com o resultado desta pequena grande herdade de 370 hectares localizada entre o Torrão e Ferreira do Alentejo, que reúne no perfil dos seus vinhos o melhor de dois mundos.


48 VIN HOS

N.º 3/2 010

| M AIO /JU NHO

Em termos de distribuição numérica, os vinhos da sociedade Soberanas estão presentes em todos os canais de comercialização nacionais, onde contam com o apoio de um distribuidor para as negociações com as grandes superfícies, assumindo a estrutura comercial da empresa a responsabilidade pela sua introdução nos restantes canais de comercialização. Ainda assim, e traço comum a este sector da produção nacional, é na exportação que a Soberanas encontra o seu principal leque de clientes (55% do total produzido), encontrando-se actualmente a exportar para Brasil, Hong Kong, Singapura, Alemanha, Japão, Polónia, Macau e Angola. Processo de internacionalização que tem como ponto alto, além dos vários prémios já conquistados, o fornecimento de 12 mil garrafas do tinto Soberana 2004 à prestigiada companhia área asiática Cathay Pacific Airways. “Temos uma política bastante rigorosa no que diz respeito à introdução dos novos vinhos em determinados circuitos comerciais, uma vez que temos uma política de preços bastante rígida e que não contempla oscilações do preço proposto. Este aspecto tem-se revelado, por um lado, prejudicial ao ritmo da velocidade de mercado em determinados canais de comercialização, mas, por outro lado, temos a segurança e a garantia daquilo que estamos a propor aos retalhistas e, por sua vez, ao consumidor. Razão pela qual somos rigorosos no processo de negociação, ainda que conscientes da importância que as grandes superfícies comerciais têm na venda de vinhos em Portugal, que, arrisco-me a dizer, deverá representar, actualmente, cerca de 70% do consumo efectuado a nível nacional”, analisa Ferro Jorge, proprietário da Sociedade Agro-Pecuária das Soberanas. Qualidade e disponibilidade de preço são, assim, os grandes argumentos que a Soberanas tem para oferecer ao mercado nacional e internacional, resumindo nos seus três néctares, XS, Soberana e S de Soberana, todo o trabalho desenvolvido na adega e na vinha, que têm levado a que a sua curta existência se traduza numa história de sucesso. Em português, ou a prova de que, por vezes, “small is beautiful”.

PRINCIPAIS PRÉMIOS Soberana 2004 - Medalha de Ouro e Prémio de Excelência no VI Concurso de Vinhos da Península de Setúbal (Novembro 2006) - Medalha de Ouro, Mondial de Bruxelles 2007 (Abril 2007), Bélgica. - Medalha de Ouro, Mundus Vini International Weinakademie (Agosto 2007), Alemanha - Medalha de Prata, World Wine Awards Decanter 2008 (Maio de 2008), Inglaterra - Medalha de Ouro no Concurso Sélections Mondiales des Vins (Junho 2008), Canadá - Medalha de Bronze, Japan Wine Challenge 2008 (Julho 2008), Japão S de Soberanas 2004 - Concurso a Escolha da Imprensa (Novembro 2007), Lisboa - Prémio de Excelência (Fevereiro 2008), Porto - Medalha de Ouro, Vinalies Internationales (Março 2008), França - Medalha de Prata, International Wine Challenge 2008 (Abril 2008), Inglaterra - Medalha de Bronze, World Wine Awards Decanter 2008 (Maio 2008) - Medalha de Ouro, Sélections Mondiales des Vins (Junho 2008), Canadá - Medalha de Prata, Mundus Vini Internationl Weinakademie (Agosto 2008), Alemanha



50 R HO ECHMA UN IO/J A F | A 0 1 0 /2 N.º3

A Linde Material Handling apresenta o revolucionário CiTi Truck: um portapaletes que facilitará a entrega de mercadorias até ao “último quilómetro”. Com um mínimo de esforço, o operador poderá movimentar cargas até 500 kg e manobrar de forma confortável e segura em espaços muito reduzidos, como a caixa de um veículo de mercadorias e ultrapassar com facilidade rampas e lancis. Os percursos urbanos não serão os mesmos.

CiTi Truck

renova distribuição urbana Num ano em que o mercado de equipamentos de movimentação de cargas se encontra a perder volumes na ordem dos 46,7%, a Linde Material Handling apresenta a sua mais recente gama de veículos, cuja particularidade é o facto de se situar entre o portapaletes manual e o eléctrico. Com este desenvolvimento, a Linde oferece uma solução altamente inovadora para o crescente número de entregas feitas em percursos urbanos. O tráfego de veículos, as ruas estreitas e os obstáculos colocados pelos passeios e estacionamento podem dificultar a entrega de mercadorias para as lojas, restaurantes e supermercados. Além disso, há passeios, rampas e patamares que se têm de ultrapassar. O novo CiTi Truck da Linde elimina o esforço manual e converte a entrega de mercadorias numa tarefa fácil e cómoda. Trata-se de um veículo compacto, adequado para pequenas cargas paletizadas até 500 kg, cujo design tubular apresenta um peso inferior a 100Kg, uma preciosa ajuda para ultrapassar, sem esforço, todos os obstáculos a uma altura de 70 mm, por exemplo, passeios e rampas. Esta característica deve-se às suas rodas exclusivas e inovadoras, especialmente concebidas para este fim. A roda

grande de borracha e as duas rodas basculantes de carga permitem que este inovador porta-paletes passe por cima dos obstáculos. Além disso, as rodas e rolos minimizam o ruído, o que acaba por ser um benefício real para os vizinhos quando se trata de fazer as entregas nas primeiras horas da manhã no centro da cidade, com o seu poderoso motor de elevação a permitir ultrapassar alturas com declive até 8%. O motor é accionado por uma bateria de hidrato metálico de níquel recarregável 36 volts, máx. 15 Ah, que oferece uma autonomia de duas horas de operação contínua, equivalente a um desempenho total de um dia inteiro. A mudança da bateria é feita em menos de um minuto, num processo verdadeiramente simples e intuitivo. À semelhança da sua direcção, que por intermédio do joystick bi-direccional “EasyControl” faz com que os controlos de direcção para transporte, elevação e descida, sejam ergonómicos para um mais fácil manuseamento. Mais rapidez, segurança e conforto de utilização e menores custos associados à cadeia de abastecimento são a promessa da Linde Material Handling, cuja sucursal ibérica foi recentemente distinguida com a certificação ISO 9001, prova da qualidade do sistema de gestão da Linde em Portugal.




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