Grãos Brasil 113

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ADVERTÊNCIA: Proteção à saúde Humana, Animal e ao Meio Ambiente. Estes produtos são perigosos à saúde humana, animal e ao meio ambiente. Leia atentamente e siga rigorosamente as instruções contidas no rótulo, na bula e na receita ou faça-o a quem não souber ler. Aplique somente as doses recomendadas. Mantenha afastadas das áreas de aplicação, crianças, pessoas desprotegidas e animais domésticos. Não coma, não beba e não fume durante o manuseio do produto. Utilize sempre os equipamentos de proteção individual. Nunca permita a utilização do produto por menores de idade. Informe-se sobre o Manejo Integrado de Pragas (MIP). Primeiros Socorros e demais informações, vide o rótulo, bula e a receita. Evite a contaminação ambiental, preserve a natureza. Não lave as embalagens ou equipamentos em lagos, fontes, rios e demais corpos d'água. Não reutilize as embalagens vazias. Descarte corretamente as embalagens e restos ou sobras de produtos. Periculosidade ambiental e demais informações, vide o rótulo, a bula e a embalagem. CONSULTE SEMPRE UM ENGENHEIRO AGRÔNOMO E SIGA CORRETAMENTE AS INSTRUÇÕES RECEBIDAS. VENDA SOB RECEITUÁRIO AGRONÔMICO. Endereço: Av. Antônio Bernardo, 3.950 - Parque Industrial Imigrantes - São Vicente / S.P. CEP: 11349-380 - Tel: +55 13 3565-1208 - faleconosco@bequisa.com - www.bequisa.com.br



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EDITORIAL

Caros Amigos e Leitores

Ano XX • nº 113

Março / Abril 2022

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Diretor Executivo Domingo Yanucci

Colaboradores Antonio Painé Barrientos Maria Cecília Yanucci Victoria Yanucci

Matriz Brasil Rua dos Polvos 415 CEP: 88053-565 Jurere - Florianópolis - Santa Catarina Tel.: +55 48 99162.6522 / 48 99165.8222 E-mail: graosbr@gmail.com br.graosbrasil@gmail.com diretoria@graosbrasil.com.br Sucursal Argentina Rua América, 4656 - (1653) Villa Ballester - Buenos Aires República Argentina Tel/Fax: 54 (11) 4768-2263 E-mail: consulgran@gmail.com Revista bimestral apoiada pela: F.A.O - Rede Latinoamericana de Prevenção de Perdas de Alimentos -ABRAPOS As opiniões contidas nas matérias assinadas, correspondem aos seus autores. Conselho Editorial Diretor Editor Flávio Lazzari Adriano D. L. Alfonso Antônio Granado Martinez Carlos Caneppele Daniel Queiroz Jamilton P. dos Santos Maria A. Braga Caneppele Marcia Bittar Atui Maria Regina Sartori Sonia Maria Noemberg Lazzari Tetuo Hara Valdecir Dalpasquale Produção Arte-final, Diagramação e Capa

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48 99165.8222 Revista Grãos Brasil - Março / Abril 2022

Com grande alegria chegamos uma vez mais a suas mãos; com a intenção de mostrar a melhor tecnologia para nossa especialidade. O mundo não deixa de dar-nos surpresas, já nas últimas etapas da pandemia, se apresenta uma guerra que afeta diretamente nossas atividades. Por um lado, os aumentos das comodities a nível internacional e por outro, o aumento de custos e alguma dificuldade nos abastecimentos de suprimentos para a produção. Podemos ver como variáveis que estão fora do nosso manejo atingem nossos interesses. Por isso devemos questionar-nos: o que está a nosso alcance e pode dar um salto quali-quantitativo na pós-colheita de grãos e sementes no Brasil? Aqui podemos gerar várias linhas de ação que levam a PC de precisão: 1) Otimizar as infraestruturas de manejo, hoje se estão instalando equipamentos e depósitos obsoletos, com os quais é impossível ter uma elevada eficiência. Não podemos confundir novo com moderno, quando o depósito não tem uma aeração o um resfriamento adequadamente desenhado, faltam controles de temperatura e umidade, não se instalam os sensores de ingresso e saída de ar, adequada quantidade de exaustores, quando a instalação carece de sistemas de amostragem em linha, quando se geram movimentos e pré-limpezas desnecessárias e os equipamentos de aspiração no ingresso são pobres ou inexistentes, quando se continua aplicando o secado convencional (calor/ frio) que sabemos que e o mais ineficiente e prejudicial para o grão; quando espalhadores, sensores de nível, de alinhamento, aquecimento, etc., parecem acessórios, sem dúvida podemos dizer que está sendo feito investimento no século XXI com tecnologia do XIX. Devemos tomar consciência e estudar detidamente qual é o melhor projeto antes de iniciar ele, porque o desenho do armazém vai ter implicâncias por décadas. 2) Gerar capacitação permanente nos times de trabalho, hoje parece que o moderno é deixar o manejo das matérias primas em mãos de sistemas automáticos, algoritmos mas isso só é possível se os verdadeiros responsáveis pelos armazéns tem o conhecimento de como funcionam todas e cada uma das práticas que devem concretizar-se na PC. Hoje quase 200 mil funcionários trabalham no manejo de grãos e sementes ao longo do Brasil e sabemos que é imprescindível capacitar, atualizar, treinar; dar para eles as ferramentas que permitam que tomem boas decisões. Analisa junto comigo, cada decisão de um responsável de manejo implica direta ou indiretamente em dinheiro. 3) Sistema de Amostragem, Monitoramento e Controle. Esta ferramenta desde a chegada da matéria prima até o escoamento, nos brinda a informação básica de como estamos trabalhando e como esta nosso produto. Hoje são cada vez mais as empresas que estão considerando estes 3 pontos que apresentamos. Construindo os armazéns que sempre se construíram e trabalhando do mesmo jeito que sempre se trabalho, passando a informação de geração em geração, não vamos a chegar a PC de precisão. Sabemos que a contingencia atual e bem favorável, mais é justamente na atualidade onde devem-se sentar as bases de um aperfeiçoamento contínuo. Com Grãos Brasil levamos 20 anos difundindo boa tecnologia, e podemos dizer que as publicações não perdem atualidade ao longo dos anos, isto e só uma amostra de que não se está avançando ao ritmo que é possível. Nesta edição apresentamos informação sobre qualidade, resfriamento, conservação, atualidade, etc., e queremos agradecer a nossos presados editorialistas, assim como as empresas e instituições que com nossa mesma vocação entregam o melhor para o crescimento da nossa especialidade. Que Deus abençoes suas famílias e trabalhos. Com afeto

Domingo Yanucci

Diretor Executivo

Consulgran - Granos - Grãos Brasil 0055 48 9 9162-6522


SUMÁRIO

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04 - Recebimento e uso de Grãos de Soja Danificados por Estress Hídrico - Safra 2021/22 - Phd. Flavio A. Lazzari 09 - Gestão Avançada de Armazenamento a Granel por Refrigeração de Cereais - Ralph E. Kolb 12 - Conheça os Benefícios da Alimentação Eletrônica para os Suínos – SCHAUER 14 - COPERCANA Reforça Confiança na TOMRA Food e Adquire Mais uma Máquina de Classificação para a sua Linha de Produção – TOMRA 17 - A Rússia, a Ucrânia e o Agro - Aline Locks 21 - Grains London Conference - Destaque do Mercado de Grãos – IGC 22 - Bühler fortalece posições de mercado - BÜHLER 26 - Estações de Isca Para Roedores Características e Interpretação de Consumo e Tendências em Plantas Alimentícias - Guadalupe Galo 30 - Evite Perdas no Pós-Colheita! Garanta um Armazenamento Livre de Umidade - Eng. Pedro Cardoso 34 - Piolhos na Massa de Grãos - Eng Domingo Yanucci 38 Não só de pão.. 39 Utilíssimas Críticas e Sugestões: diretoria@graosbrasil.com.br

NOSSOS ANUNCIANTES

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QUALIDADE

RECEBIMENTO E USO DE GRÃOS DE SOJA DANIFICADOS POR ESTRESSE HÍDRICO - Safra 2021/22

FLAVIO A. LAZZARI, PhD

Eng. Agrônomo Fitopatologista em Pós-Colheita flaviolazzari@gmail.com

Revista Grãos Brasil - Março / Abril 2022

Na safra de soja de 2021/22 ocorreu uma das mais severas e prolongadas secas, da história da região Sul do Brasil, com altas temperaturas, e ausência de chuvas significativas, sendo mais intensa na região Oeste do Paraná. A falta de chuvas por mais de 65-70 dias causou grandes perdas de rendimento e na qualidade do grão de soja. Muitas lavouras não foram colhidas, a grande maioria com rendimentos inferiores a 15, 20, 30 ou 50 sacas/alqueire, e algumas poucascolhendo 70-80 sacas/alqueire. (Fig. 1). Grãos de soja danificados por estresse hídrico durante seu desenvolvimento podem apresentar-se: enrugados, chochos, verdes, imaturos em consequência da falta de água para os processos fisiológicos durante seu desenvolvimento ou na fase de enchimento de grãos. Plantas de soja de ciclo indeterminado apresentam grande desuniformidade no ponto de maturação das sementes e/ou dos grãos. Tem-se na mesma planta vagens secas e vagens verdes com sementes verdes que resultam da inibição das enzimas clorofilase e magnésio-chelatase, que normalmente degradam a clorofila. Sem essa atividade enzimática as sementes ficam verdes ou esverdeadas, não mudando para o amarelado característico da semente de soja madura. A maturação fisiológica é o ponto de desenvolvimento da semente em que a mesma atingiu o máximo de seu peso em matéria seca, com teor de umidade na faixa de 65-70%. A partir desse ponto a semente irá apenas perder água muito rapidamente. As lavouras des-


TECNOLOGIA

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QUALIDADE

tinadas à produção de semente foram igualmente afetadas pela seca, e se espera sementes de germinação e vigor baixos, em função dos grãos verdes e avariados. Contudo, daqui em diante, nesse artigo, nosso foco é o aspecto da classificação comercial do grão de soja. Em safras como essa, algumas empresas classificam e recebem o produto sem aplicar desconto ou aplicar um desconto mais baixo; enquanto outras aplicam o desconto na totalidade dos grãos avariados, que pode ser de 10-15% ou muito mais. A grande maioria dos agricultores e algumas empresas não têm condições para segregar cargas de grãos de soja com os diversos tipos de danos causados pelo estresse hídrico, enquanto que outras podem armazenar separadamente, passar em mesa densimétrica e, posteriormente, fazer misturas (blend) ou processar sem maiores comprometimento dos processos industriais.

Foto 1. - Plantas de soja afetadas por estresse hídrico, com baixo rendimento de vagens por planta e grãos com maturação desuniforme, safra 2021/2022, Corbélia, PR.

Foto 2. - Grãos de soja avariados por estresse hídrico, safra 2021/2022, Corbélia, PR.

Foto 3. - Grãos de soja sadios, avariados e esverdeados avariados por estresse hídrico. Grãos verde mostrando a extensão do dano nos cotilédones, safra 2021/2022, Corbélia, PR.

TIPOS DE GRÃOS AVARIADOS POR SECA: 1. Grãos enrugados, chochos, imaturos Esse dano resulta das altas temperaturas e baixa disponibilidade de água no solo, devido a períodos prolongados de seca, particularmente, na fase de enchimento do grão (R5 e R6). O grão não recebe a quantidade necessária de água para manter a turgescência dos tecidos dos cotilédones e suas atividades fisiológicas. (Fig. 2). A porção desses grãos avariados na amostra ou lote pode ser bastante significativa e, se transformada em porcentagem, pode ou não ser descontada no recebimento ou entrega. Isso depende do critério ou contrato da empresa recebedora. 2. Grãos verdes Pode haver uma porção significativa de grãos esverdeados em lotes de soja sujeita a estresse hídrico. Esses grãos verdes ou esverdeados geralmente resultam da desuniformidade na maturação das plantas estressadas. (Fig 3) Nem todos os grãos esverdeados na amostra ou lote representam um defeito que deva ser desconRevista Grãos Brasil - Março / Abril 2022

tado na classificação. Um grão que é verde apenas na película (por fora), mas é amarelo ou amarelado internamente (cotilédones) não é um grão avariado. A coloração esverdeada da película pode desaparecer, pois o grão pode amarelar durante o armazenamento. A aeração da massa de grãos e o resfriamento auxiliam no processo de amarelecimento de porção desses grãos verdes. Uma análise bromatológica demonstra que não há diferença na quantidade de proteína e óleo nem no TU (%) entre grãos amarelos e verdes; mas há um teor levemente mais elevado de matéria seca e de fibra bruta nos grãos amarelos e um leve aumento na acidez dos grãos verdes (Tabela 1). (Lazzari, 2006 – relatório para APROSOJA, MT). Assim, grãos verdes não devem ser considerados como um defeito que compromete a qualidade da soja para os diversos processos, dentro do li-


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condição física da sua massa de grãos e observe a composição da mesma quanto à proporção de grãos avariados. Amostras representativas retiradas de sua lavoura ou das cargas podem dar uma ideia real da situação do produto. Sugerimos alguns procedimentos que podem ajudar o produtor a mitigar os resultados do estresse hídrico e de temperaturas elevadas no desenvolvimento da soja.

mite de tolerância de 10% do padrão oficial da soja. Lotes com excesso de grãos verdes podem resultar em farelo e óleo mais escuros que o desejado, mas existe tecnologia para remediar essa situação. USO DE LOTES DE GRÃOS DANIFICADOS POR SECA Esses grãos danificados por seca (grãos avariados) requerem atenção extra. Primeiro, avalie a

1. Fale com a seguradora e com seu banco para avaliar a situação (peritagem) da sua lavoura. Negocie a ajuda com relação ao pagamento de parcelas de custeio e/ou de investimentos, para mitigar os prejuízos decorrentes das perdas pelas condições climáticas adversas. 2. Se você tem silos ou condições para armazenar na propriedade, passe o produto na mesa densimétrica, armazene as porções separadamente (grãos sadios dos avariados) e espere o mercado “se acalmar” para negociar. Cuidados para armazenar lotes de grãos danificados por seca: muito cuidado com o teor de umidade. Os determinadores de umidade podem dar leituras pouco precisas de amostras desuniformes como acontece em condições de estresse hídrico. Recomendamos armaze-

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QUALIDADE vada de impurezas, nem teor de umidade fora do padrão. Contudo, a quantidade de grãos avariados (chochos, esverdeados, enrugados, mofados, imaturos, pequenos e com outros defeitos) foi bastante elevada, em torno de 50%. (Tabela 2). O rendimento em farelo obtido por extrusão de soja com grãos avariados foi menor do que o obtido com soja com baixos níveis de grãos avariados, que normalmente é de 50-51 kg/60 kg. Observou-se também alterações na cor do farelo (Fig. 4) e na cor do óleo, mais escuros.

nar com 11-12% de umidade e aplicar aeração com ar ambiente ou ar resfriado, o mais rápido possível durante e após o enchimento do silo. Monitorar a qualidade da massa de grãos semanalmente. Evitar o armazenamento por períodos prolongados se essas condições não forem atendidas. 3. Se não tem estrutura na propriedade para armazenar ou segregar sua soja, negocie com sua cooperativa ou empresa recebedora para não aplicar ou para reduzir os descontos. 4. Se os descontos forem elevados, mantenha o produto na propriedade e destine para a alimentação animal. Lotes de soja com danos de seca podem ser usados para alimentação Foto 4. - Farelo escurecido extrusado a partir de soja com 44,8 % de grãos de gado de leite ou de corte. Esses animais avariados por estresse hídrico, safra 2021/2022, Corbélia, PR. podem consumir soja sem 1. - Análise bromatológica de grãos de soja amarelos e verdes separados manualmente em uma processar, até 1,8 Kg/dia/ Tabela mesma amostra da safra 2005-2006, Município Canarana, MT. cabeça. Mas lembre-se de balancear a ração devido ao alto teor de óleo presente no grão inteiro. 5. Outra alternativa é extrusar o lote todo (grãos bons e danificados); usar o farelo com segurança na formulação ou composição de rações para suínos em todas as Tabela 2. - Análise de alguns parâmetros de amostra de soja sujeita a estresse hídrico, Cascavel, PR, safra fases e idades, gado de lei- 2021-2022. te, gado de corte, galinhas, frangos e peixes. Alguns parâmetros de classificação de uma amostra de soja avariada por estresse hídrico A amostra analisada não apresentou uma porcentagem eleRevista Grãos Brasil - Março / Abril 2022


REFRIGERAÇÃO

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Gestão Avançada de Armazenamento a Granel por Refrigeração de Cereais

Kolb, Ralph E. Frigor Tec GmbH Alemannha ralph.kolb@frigortec.com Kappis, Reinhard Directo de vendas Latinoamérica reinhard.kappis@frigortec.com

A gestão de armazenamento é responsável por manter a qualidade dos cereais, antes do processamento, e por minimizar as perdas. As técnicas comuns englobam a aeração, a fumigação e a movimentação dos cereais, de forma a evitar que se estraguem devido a calor, insetos ou fungos. Estas três tecnologias são amplamente utilizadas na indústria, mas representam desafios no que diz respeito às condições ambiente e à infraestrutura do armazenamento. É necessária uma boa competência para aplicá-las eficazmente, mas muitas vezes a sua eficiência é limitada ou até falha. Por isso, vale a pena analisar a gestão avançada de armazenamento a granel por refrigeração de cereais. O caminho da refrigeração de cereais O refrigerador de cereais está ligado ao depósito de cereais e o ar condicionado é soprado para os cereais a granel. www.graosbrasil.com.br


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REFRIGERAÇÃO O fluxo de ar passa pelos cereais e retira o calor dos mesmos. O ar retira o calor dos cereais e sai do depósito. A refrigeração de cereais continua até que todos os cereais a granel tenham sido arrefecidos até à temperatura pretendida de aprox. 10 a 18ºC, dependendo do tempo de armazenamento desejado. De seguida, o refrigerador de cereais é desligado e as aberturas para entrada de ar e ventilação são fechadas. Os cereais arrefecidos são mantidos no depósito até à descarga ou arrefecidos novamente se a temperatura aumentar durante o armazenamento. Princípios de aplicação do silo na Figura 1.

Figura 1 - Aplicação do refrigerador de cereais no silo

Figura 2 - Geração de calor durante o armazenamento de cereais

Figura 3 - Desenvolvimento de gorgulho em função da temperatura Revista Grãos Brasil - Março / Abril 2022

Os resultados da refrigeração de cereais Prevenção da perda de respiração Os cereais continuam a respirar após terem sido colhidos. As perdas nos cereais recém-colhidos são principalmente causadas pelo seu aquecimento e respiração celular. A taxa de atividade depende da temperatura e da composição da mistura de cereais, como representado na Figura 2, que causa um aumento exponencial da respiração quanto mais altas elas forem. A respiração leva à perda de peso dos cereais, aumenta o calor nos cereais e o respetivo teor de água pela oxidação dos hidratos de carbono dos cereais ou gorduras. Um alto teor de água reduz a duração do tempo de armazenamento dos cereais devido ao favorecimento da infestação de bactérias, ácaros, insetos ou fungos. Um refrigerador de cereais reduz a respiração e, por conseguinte, a possibilidade de os cereais se estragarem durante o armazenamento. Prevenção do desenvolvimento de gorgulho Gorgulhos e outros insetos podem estragar os cereais armazenados e a sua atividade e desenvolvimento são influenciados


REFRIGERAÇÃO

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pela temperatura no respetivo ambiente. Uma temperatura acima de 20 a 32 °C é ideal para o desenvolvimento de insetos. No entanto, uma temperatura inferior a 10 a 15°C reduz a atividade. Por isso, os cereais são protegidos quando são arrefecidos. A Figura 3 mostra os detalhes. Prevenção de fungos ou micotoxinas O desenvolvimento de fungos depende da temperatura, da humidade relativa do ar e da composição da mistura de cereais. O seu crescimento é evitado no depósito, secando e arrefecendo os cereais. A atividade da respiração dos cereais afeta as suas condições e favorece o crescimento de fungos. Por isso, o perigo da contaminação por fungos não é só o da deterioração dos cereais, mas também o aumento de micotoxinas que afetam a saúde das pessoas e dos animais. A refrigeração de cereais reduz o crescimento de fungos a baixas temperaturas, mesmo se a composição da mistura de cereais for superior a 14% como demonstrado na Figura 4.

Figura 4 - Desenvolvimento de fungos em função da temperatura, humidade relativa do ar e composição da mistura de cereais

Prolongamento do tempo de armazenamento O período de armazenamento seguro dos cereais é determinado pela composição da mistura e Figura 5 - Temporizador de armazenamento dos cereais pela temperatura dos cereais. O temporizador de armazenamento, de acordo com samento dos cereais. A sua aplicação em climas a Figura 5, mostra o período previsto de armazena- quentes e húmidos permite uma melhoria fundamento seguro dos cereais, fazendo a correspondên- mental do manuseamento dos cereais, uma reducia da composição da mistura de cereais com a sua ção das perdas e uma boa prática de gestão. Estas temperatura atual. Quando ambas estão ligadas, a vantagens já vêm sendo comprovadas há mais de secção da linha indica o tempo possível de arma- 50 anos. zenamento seguro dos cereais no eixo vertical. É evidente que a refrigeração de cereais aumenta a duração do tempo de armazenamento seguro dos cereais. O exemplo mostra que para uma composição de mistura de 14,5%, a duração do tempo de armazenamento seguro a 31°C é de cerca de 18 dias, enquanto que a 10°C aumenta para cerca de 300 dias. Conclusão A refrigeração de cereais é uma solução abrangente para a gestão pós-colheita, que preserva os cereais a granel. Os seus benefícios são a poupança de custos na quantidade, qualidade e no proceswww.graosbrasil.com.br


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TECNOLOGIA

Além de ajudar os produtores a se adequarem às novas normas brasileiras, o sistema promove economia de ração e aumento na lucratividade.

Conheça os Benefícios da Alimentação Eletrônica para os Suínos

O sistema eletrônico de alimentação (da sigla ESF ou Eletronic Sow Feeding, em inglês) é uma valiosa ferramenta para aumentar a produtividade na suinocultura, de acordo com as novas normas do mercado. Estudos realizados pela Ong de bem-estar animal, World Animal Protection, utilizando solução da austríaca Schauer Agrotronic, já adotada em mais de 60 países, mostram que o ESF pode promover uma economia de ração, evitando desperdícios e, consequentemente, aumentando a lucratividade. Muito difundida na Europa, a tecnologia ESF também ajuda os produtores a se adequarem com mais facilidade à Instrução Normativa nº 113, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Em vigor desde fevereiro de 2021, a nova lei determina uma série de práticas de manejo das granjas de suinocultura, que visam estabelecer o bem-estar animal. O sistema Compident, criado pela Schauer Agrotronic, conta com comedouro individual controlado por computador. A partir da leitura do chip fixado na orelha do porco, o equipamento faz a identificação do animal e fornece a quantidade de ração e suplementos programados para sua necessidade. Apesar de não ser obrigatória, a tecnologia ESF Revista Grãos Brasil - Março / Abril 2022

permite às granjas um manejo de alimentação de mais qualidade, que atende às exigências do MAPA, além de outras vantagens. Conheça os principais benefícios da tecnologia: 1. Fornece alimentação de qualidade de maneira igualitária e sob medida para cada animal, mesmo em criações coletivas, evitando disputas entre o líderes, interferência dos demais membros e stress. 2. Facilita o acesso aos alimentos e água a todos os animais por meio do chip. 3. Permite programar e fornecer dieta com nutrientes necessários e sob medida para o desenvolvimento de leitoas gestantes, matrizes e criações em diferentes etapas de desenvolvimento. 4. Redução significativa de desperdício, já que os comedouros automatizados fornecem a ração e os suplementos em quantidade exata para cada animal, o que resulta em economia na ração e maior desempenho individual dos animais. 5. Melhor acompanhamento da alimentação dos animais, pois o sistema de alimentação eletrônica fornece dados precisos sobre a quantidade de ração ingerida pelos animais por data,


TECNOLOGIA período do dia, o que possibilita os produtores mudarem de dieta, caso necessário, ou verificar as condições físicas e metabólicas individuais, mesmo em lotes de grupo. 6. Maior lucratividade. Os estudos da World Animal Protection, realizados com sistema Compident da Schauer, também apontaram que a gestação coletiva aliada à alimentação eletrônica resultou em maior reprodução dos leitões e melhor aproveitamento da mão de obra. 7. Otimização dos recursos e mão de obra. A automação permite aproveitar melhor a estrutura da fazenda, ajuda a promover um manejo mais eficiente dos animais com menos intervenção humana no processo e eleva a qualificação técnica dos operadores. Com a interação entre o homem e a máquina, é possível executar um manejo de animais mais estratégico e produtivo. Enquanto o equipamento faz o gerenciamento da alimentação e rotina dos animais, o pessoal e os recursos podem ser realocados para outras atividades mais produtivas. "Cada vez mais o agronegócio vem investindo em tecnologia para multiplicar a sua produção, com mais qualidade e melhor aproveitamento dos recursos. Além dos resultados qualitativos e quantitativos, as soluções inteligentes, como ESF, trazem

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outro benefício ao produtor: a imagem de confiabilidade de uma empresa ESG, que vem ganhando importância, seja para atrair novas parcerias comerciais e até mesmo investimentos", afirma Monalisa Gomes, country manager da Schauer Agrotronic para a América Latina e Ibéria. Sobre Schauer Agrotronic Empresa familiar fundada em 1949, na Áustria, a Schauer Agrotronic é líder global em soluções tecnológicas para alimentação e criação de animais. O seu portfólio abrange desde equipamentos eletrônicos de alimentação, de amamentação, para avaliação de desempenho e pesagem de animais, sistemas de reprodução das fêmeas, até softwares de gestão da operação e de criação. Os equipamentos e sistemas de automação da Schauer hoje são exportados para cerca de 60 países. A companhia conta com mais de 300 colaboradores e sete filiais instaladas na Europa e na Ásia. Saiba mais: schauer-agrotronic.com


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INFORME EMPRESARIAL

Situada na cidade de Sertãozinho/SP, região de Ribeirão Preto-SP, a COPERCANA (Cooperativa dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo), atua na produção, beneficiamento, blancheamento, classificação e comercialização de amendoim.

COPERCANA Reforça Confiança na TOMRA Food e Adquire Mais uma Máquina de Classificação para a sua Linha de Produção

O pioneirismo sempre foi característica marcante das ações empreendedoras da COPERCANA, prova disso foi que há 15 anos adquiriu a primeira máquina de classificação da TOMRA Food e recentemente decidiu reforçar a sua confiança. O mercado do amendoim tem registado um crescimento acentuado nos últimos anos, batendo recordes ano após ano. Depois de mais de dois anos de pandemia, 2022 projeta mais um ano de sucesso, em que a safra de amendoim atingirá um crescimento de 15% a 20% superior à safra de 2021, segundo informou Cristiano Zanguetin Fantin, Presidente da Associação dos Beneficiadores e Exportadores de Amendoim do Estado de São Paulo (Abeaesp). A expectativa de volume para esta safra é que possa atingir um milhão de toneladas do amendoim in natura, destacou o Presidente da Associação. O Estado de São Paulo é responsável por 93% de todo o amendoim produzido no país e a CORevista Grãos Brasil - Março / Abril 2022

PERCANA tem contribuído em muito para o crescimento da qualidade e pela reputação do produto que é consumido localmente, mas que também já exporta em grandes quantidades. Hoje, além de comercializar seus produtos no mercado interno, a COPERCANA exporta amendoim para 12 países, distribuídos em todos os continentes e atendendo aos mais exigentes mercados consumidores. Num mercado cada vez mais competitivo, a empresa conta com um aliado de peso, a TOMRA Food, que providencia equipamentos de classificação que permitem níveis de qualidade de produto muito acima da média e alinhados com a demanda do mercado internacional. Uma parceria de sucesso A Diretoria COPERCANA, não hesita na hora de responder: “As principais vantagens de trabalhar com a TOMRA Food são bastantes claras, um maior


INFORME EMPRESARIAL aumento de produtividade, garantia no aumento da qualidade do amendoim e a própria limpeza do mesmo”. De acordo com o responsável da empresa paulista, o equipamento foi instalado depois das gravimétricas permitindo um claro aumento de produtividade. “O volume de amendoins processados hoje com a TOMRA é de 10 tons/h, antes da instalação da máquina eram produzidos 6 tons/h, com praticamente o dobro de pessoas na seleção manual”. Para João Medeiros, Gerente Comercial da TOMRA Processed Food Brasil, a compra de mais um equipamento da TOMRA Food “é um reforço de confiança pela parte da COPERCANA, que é nosso cliente há mais de 15 anos. É uma honra estar presente nas fases de crescimento dos nossos clientes, como é o caso, com a aquisição de uma nova planta”. O responsável da TOMRA Food reforça “que a compra de uma nova máquina comprova que estamos no caminho certo e que devemos buscar continuamente o aprimoramento no atendimento aos clientes. Vamos assegurar que a COPERCANA tenha uma experiência ainda melhor com a nova máquina, com o objetivo de reforçar a parceria entre as empresas e estar presente nas futuras expansões deste cliente que cresce rapidamente a cada ano”. João Medeiros realça que “o mercado de amendoim no Brasil está crescendo rapidamente, e muitos beneficiadores estão buscando alternativas para melhorar a qualidade, agregando valor ao produto, principalmente para a conquista do exigente mercado europeu. A máquina Helius, bem com outras tecnologias de ponta desenvolvidas pela TOMRA, somada à nossa experiência nos mercados local e internacional, por exemplo, Argentina, certamente

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contribuem bastante para com os beneficiadores Brasileiros que pretendem exportar”. Tecnologia ideal para o aumento da qualidade e da produtividade Corria o ano de 2005 quando a COPERCANA instalava pela primeira vez a máquina Helius na sua linha de produção. Trata-se de um equipamento que possui tecnologia de detecção baseado em sensores a laser de alta precisão desenvolvidos pela TOMRA. Com uma combinação de vários tipos de laser, o classificador pode remover quaisquer descolorações indesejadas, materiais estranhos, produtos com imperfeições e muitos outros defeitos com a mais alta eficiência e rendimento. Com um aumento de qualidade e produtividade comprovados ao longo dos anos pela experiência da COPERCANA, João Medeiros sublinha que “essa tecnologia garante alta eficiência e qualidade na classificação de amendoim, se tornando peça fundamental para clientes que exportam seus produtos para mercados altamente exigentes. Através dos sensores a laser, a máquina Helius consegue detectar impurezas a partir da coloração e também da estrutura do material, por isso é muito mais eficiente na eliminação de materiais estranhos. Além disso reduz muito a mão de obra na área de classificação da planta, aumentado a eficiência, qualidade e capacidade de processamento da indústria”. Num mercado nacional e internacional cada vez mais exigentes ao nível da qualidade do produto, a tecnologia ganha um destaque relevante na hora das principais decisões. Para a COPERCANA, a TOMRA Food foi a solução ideal para projetar um crescimento sustentado, explica Augusto César Strini Paixão. “A COPERCANA trabalhava com 3 turnos no beneficiamento, estamos dentro da cidade e o período noturno passou a ser um problema devido as várias reclamações dos vizinhos. Conhecemos o equipamento de classificação por sensores ópticos e após várias discussões e negociação foi adquirida essa tecnologia, com a proposta de uma seleção com 97% de precisão em retiradas por material estranhos e uma capacidade produtiva de 10 tons/h. Foi muito importante, pois conseguimos otimizar nosso processo reduzindo de 3 turnos para apenas 1 turno, porém tudo foi feito na confiança da produtividade da TOMRA e qualidade de seleção do equipamento”. Com duas máquinas em pleno funcionamento, o Diretor da COPERCANA vai mais longe e realça não só a abordagem orientada para o cliente como a confiabilidade e manutenção dos equipamentos. “Estamos muito satisfeitos em relação a manutenção do equipamento, por ser uma máquina robusta, requer pouca manutenção, basicamente as manutenções são realizadas com programação, pois o equipamento é muito confiável no sentido de durabilidade”. www.graosbrasil.com.br


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INFORME EMPRESARIAL

Sobre TOMRA Food A TOMRA Food projeta e fabrica máquinas de classificação baseadas em sensores e soluções integradas de pós-colheita para a indústria de alimentos. Inovamos a tecnologia analítica mais avançada do mundo e a aplicamos para classificação, separação e descascamento. Mais de 12.800 unidades estão instaladas em produtores, embaladores e processadores de alimentos em todo o mundo para confeitaria, frutas, frutas secas, grãos e sementes, produtos de batata, proteínas, nozes e vegetais. A missão da empresa é permitir que seus clientes melhorem os retornos financeiros, ganhem eficiência operacional e garantam um abastecimento alimentar seguro por meio de tecnologias inovado-

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ras e utilizáveis. Para conseguir isso, a TOMRA Food opera centros de excelência, escritórios regionais e locais de fabricação nos Estados Unidos, Europa, América do Sul, Ásia, África e Australásia. A TOMRA Food é membro do Grupo TOMRA que foi fundado em uma inovação em 1972 que começou com o projeto, fabricação e venda de máquinas de venda reversa (RVMs) para coleta automática de embalagens de bebidas usadas. Hoje, a TOMRA fornece soluções baseadas em tecnologia que permitem a economia circular com sistemas avançados de coleta e classificação, que otimizam a recuperação de recursos e minimizam o desperdício nas indústrias de alimentos, reciclagem e mineração e está comprometida com a construção de um futuro mais sustentável. A TOMRA tem aproximadamente 100.000 instalações em mais de 80 mercados em todo o mundo e teve receitas totais de aproximadamente 10,9 bilhões de NOK em 2021. O Grupo emprega aproximadamente 4.600 globalmente e está publicamente listado na Bolsa de Valores de Oslo (OSE: TOM). Para obter mais informações sobre a TOMRA, consulte www.tomra.com


A Rússia, a Ucrânia e o Agro

Aline Locks CEO Produzindo Certo info@produzindocerto.com.br

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Além das lamentáveis consequências humanitárias, o conflito pode trazer impactos relevantes para a produção agrícola Poucos setores da economia brasileira são mais globalizados que o agronegócio. Muito antes de a internet encurtar distâncias entre muitos de nós e o resto do mundo, nos escritórios de empresas e cooperativas espalhadas pelo interior do país já havia terminais conectados em tempo real com as principais bolsas de mercadoria do mundo, como a de Chicago. Uma imensa teia global de suprimentos é necessária para buscar levar alimentos aos mais distantes cantos e, quando ela se rompe, os riscos aumentam para populações em todo o mundo. O ex-ministro da Agricultura Alysson Paolinelli costuma dizer que o agronegócio é um instrumento de paz. Quando a segurança alimentar é ameaçada, milhões de pessoas são colocadas em condição de vulnerabilidade. Por isso, eventos como o que agora ocorre no Leste Europeu são ainda mais alarmantes do que se imagina. Além das populações locais, colocadas na linha de fogo em um conflito com potencial humanitário dramático, a crise entre Ucrânia e Rússia pode reverberar na interrupção da produwww.graosbrasil.com.br


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ção agrícola e do comércio entre países, levando à escassez de alimentos em regiões distantes ou ao encarecimento dos itens para aqueles que ainda têm acesso. Se à primeira vista a movimentação de tropas nas paisagens geladas daqueles países pode parecer distante, na prática o assunto diz respeito a todos, de forma mais direta do que um leigo pode imaginar. Gigantes do agro Quando a neve derrete no entroncamento entre a porção sudoeste da Rússia, as terras ao norte dos mares Negro e Cáspio e boa parte do território ucraniano, revela-se o chernozem, um solo preto, rico em húmus. Esse cinturão negro se transforma em um grande celeiro, que garante aos dois países papel de destaque nas exportações de produtos agrícolas. • Juntas, Rússia e Ucrânia são responsáveis por mais de um quarto do comércio global de trigo; • Exportações de óleo de soja têm crescido a taxas superiores a 18% ao ano. • A Rússia só perde para Estados Unidos, Brasil e Argentina nas exportações de milho. • Também são significativas as vendas externas de cevada e óleo de girassol e farelo de soja. “Eles são fortes concorrentes potenciais do Brasil nos mercados mundiais de soja e milho, sob a batuta da China, que tenta reduzir a sua dependência em relação aos produtores das Américas”, escreveu, em artigo publicado no dia 18 passado, o professor Marcos Jank, coordenador do centro Insper Agro Global - co-assinam o texto os pesquisadores Niels Soendergaard e Cinthia Cabral da Costa, também do Insper Agro. Assim, advertiu Jank, o conflito tem o previsível efeito de prejudicar a produção e a exportação da produção ucraniana, além de eventuais impactos à infraestrutura caso ferrovias, rodovias e portos seRevista Grãos Brasil - Março / Abril 2022

jam atingidos por bombardeios. No flanco russo, o risco vem com os embargos promovidos por eventuais compradores de seus grãos, resultando em menor oferta de commodities no mercado internacional. “No curto prazo, portanto, de um lado vemos uma ameaça à segurança alimentar de diversos países que dependem de importações. De outro, produtores de grãos de concorrentes da Ucrânia e da Rússia, como é o caso do Brasil e Argentina, podem se beneficiar do aumento de preços e participação de mercado nas cadeias de milho, trigo e soja”, analisou. Insumos em alta Trata-se, no entanto, de um benefício ilusório, que pode ser anulado pelos impactos, também previsíveis, no mercado de insumos. A Rússia é o principal vendedor de fertilizantes para o Brasil - no ano passado, 25% do total importado veio de lá. Em 2021, foram 3,6 milhões de toneladas de cloreto de potássio, com valor estimado em US$ 1,3 bilhão, e mais US$ 1,2 bilhão gastos na compra de ureia (1,3 milhão de toneladas), nitrato de amônio (1,4 milhão), nitrogênio, fósforo e potássio (967 mil), segundo noticiou o jornal Valor Econômico. Uma eventual (ou até possível, em função de sanções econômicas impostas aos russos) interrupção no fluxo desses produtos deve comprometer ainda mais o fornecimento de fertilizantes no mercado brasileiro, que já tirava o sono de agricultores brasileiros. “Com as sanções ou até a perda de capacidade de exportação russa, os fertilizantes se tornam mais caros e a rentabilidade dos produtores brasileiros cai, afetando sua capacidade de continuar a ampliar a oferta nos próximos anos”, avalia o ex-ministro Maílson da Nóbrega, em entrevista à BBC. O Brasil contava com o apoio russo para regularizar esse fornecimento. O assunto esteve na pauta da recente visita do presidente Jair Bolsonaro


ATUALIDADE à Rússia. Lá, Bolsonaro teria obtido, do presidente Vladimir Putin, a garantia de que aquele país dobraria a oferta de fertilizantes aos Brasil. Com a deflagração do conflito, não há como ter certeza de que isso ocorrerá. Diante desse cenário, a estratégia a ser adotada pelos produtores brasileiros deve ser um melhor planejamento e a busca de alternativas. O uso racional de fertilizantes, com utilização de ferramentas de agricultura de precisão, a substituição por biofertilizantes ou a adoção de práticas de agricultura regenerativa e rotação de culturas com foco na melhoria da qualidade do solo devem, cada vez mais, entrar no rol de opções dos agricultores. Putin e o agro Os russos são também clientes importantes do agronegócio brasileiro. Eles compraram, no ano passado, cerca de 770 mil toneladas de soja, 105 mil toneladas de frango, 35,3 mil toneladas de carne bovina, além de produtos como café, amendoim e açúcar. São volumes consideráveis, mas com tendência de baixa, a considerar os planos de Vladimir Putin para o agronegócio russo. Na última década, ele inseriu o setor entre os mais estratégicos na lista dos investimentos esta-

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tais, ao lado de energia e eletrônica. Sua estratégia era justamente reduzir a dependência do país de compras externas, garantindo a autossuficiência na produção de alimentos ou, pelo menos, menor impacto em caso de eventuais embargos internacionais, como o que pode acontecer agora. A ameaça não é uma novidade para ele. Em 2014, após a anexação da província da Crimeia, que também estava sob controle ucraniano, União Europeia, Estados Unidos, Nova Zelândia, Austrália e Canadá aprovaram um pacote de sanções econômicas contra a Rússia. Putin reagiu anunciando medidas retaliatórias contra o Ocidente, bloqueando ou restringindo importações de alimentos provenientes dos países que sancionaram a Rússia. Com isso, Moscou obrigou-se a buscar alternativas internas e diversificar a sua economia. “A Rússia se transformará em um dos líderes do mercado global agroindustrial nos próximos anos”, afirmou Putin, em 2018, em um encontro com agricultores no sul do país. Na ocasião, ele ressaltou aos produtores que as exportações agrícolas já superavam a exportação de armas, o que não é pouca coisa para um país com tradição bélica. Foram, segundo dados do governo russo, US$ 28,8 bilhões do setor agrícola contra US$ 15,6 bilhões do de defesa.

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E previu que, até este ano, a Rússia exportaria mais alimentos do que importa. A política de incentivos à agricultura incluiu subsídios pesados (iniciada em 2011, atinge mais de 50% da produção local) e investimentos maciços em infraestrutura para escoamento. A seu favor contou também uma ajuda involuntária do clima. A elevação da temperatura média em algumas regiões antes impróprias para o cultivo permitiu que novas fronteiras agrícolas fossem abertas ao norte dos mares Negro e Cáspio, passando pela região do Volga, dos montes Urais, até a Sibéria Ocidental. A estimativa é que possam ser adicionados 57 milhões de hectares até 2050. De acordo com o Roshydromet, Serviço Federal de Hidrometeorologia e Meio Ambiente, em algumas regiões as temperaturas mais amenas permitiram o aumento da capacidade nominal de cultivo de grãos em até 30%, segundo reportagem publicada pela revista Plant Project em 2018, quando a Rússia sediou a Copa do Mundo. E, a persistirem em elevação, regiões como o norte do Cáucaso e do baixo Volga, por exemplo, podem se tornar produtoras de algodão, uvas, chá, frutas cítricas e legumes. Putin, aparentemente, preparou-se para momentos como esse. O mundo, com fome de paz, parece que jamais estará preparado para enfrentar as dores semeadas por uma guerra.

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Aline Locks é engenheira ambiental, cofundadora e atual CEO da Produzindo Certo, solução que já apoiou a maneira como mais de 6 milhões de hectares de terras são gerenciados, através da integração de boas práticas produtivas, respeito às pessoas e aos recursos naturais. Liderou projetos com foco em inovação e tecnologia, como o 'Conectar para Transformar', um dos vencedores do Google Impact Challenge Brazil. Recentemente foi selecionada pela Época Negócios como um dos nomes inovadores pelo clima, é uma das 100 Mulheres Poderosas do Agro da revista Forbes e uma das líderes do agronegócio 2021/2022 pela revista Dinheiro Rural.


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Destaque do Mercado de Grãos O IGC publicou o seu novo desenvolvimento de mercado no dia 17 de março. Prevê-se que as interrupções nas exportações do Mar Negro e os preços mais altos levem a algum racionamento da consuma. O consumo está, portanto, previsto 8 milhões de toneladas abaixo do anterior, enquanto o valor do comércio global (julho/junho) é reduzido em 9 milhões de Toneladas, para 415 milhões T. Refletindo principalmente um acúmulo antecipado de estoques na Ucrânia, os estoques finais mundiais acumulados (agregados dos respectivos anos de comercialização locais) agora são vistos maiores a/a (ano a ano). Vinculada a novos rebaixamentos para os produtores sul-americanos, a previsão da safra global de soja de 2021/22 é reduzida em 3 mi t, para 350 mi T (-5% a/a). Com o “carry-ins” apertados contribuindo para uma redução na offerta, as perspectivas de utilização e estoques são reduzidas, este último em 1 mi t, para 42 mi, cerca de um quinto menor a/a. Dadas as disponibilidades cada vez menores e os valores elevados, o valor do comércio é reduzido e está para baixo y/y. Ligado às respostas antecipadas da oferta nos três principais, a área colhida pode expandir 2% a/a em 2022/23. O Índice IGC de Grãos e Oleaginosas (GOI) disparou 13%, atingindo o maior nível em seus 22 anos de história, já que o conflito Rússia-Ucrânia provocou ganhos maciços nos mercados de grãos e oleaginosas.

será centrado em quatro sessões principais: • Crescimento econômico, com foco especial em infraestrutura e investimentos logísticos necessários para fazer frente a choques em toda a cadeia de suprimentos; • Critérios de sustentabilidade e novas políticas comerciais de commodities agrícolas; • Esquemas de comércio de carbono e seu uso potencial como ferramenta para incentivar medidas de mitigação das mudanças climáticas no setor de comércio de grãos; • O futuro dos biocombustíveis no contexto da política de energias renováveis, particularmente no setor de transportes. Além disso, o segundo dia do evento incluirá uma série de workshops específicos de commodities cobrindo questões atuais que afetam os mercados de trigo, arroz, soja, canola e leguminosas. A Ásia será o retrato regional da conferência. É um dos mercados regionais mais dinâmicos para grãos e oleaginosas. Em meio a mudanças nos padrões alimentares e nas preferências dos consumidores, as rupturas assimétricas do mercado e os movimentos de preços entre trigo e arroz fornecem alguma margem de manobra para substituição. Esta sessão abordará fatores econômicos e tendências nos mercados de grãos alimentícios (trigo e arroz) nos principais países consumidores. Registrar agora: https://www.igc.int/en/conference/confhome.aspx

Conferência IGC 7 e 8 de junho de 2022: Estamos muito animados para reiniciar a Conferência de 2022 em formato híbrido nos dias 7 e 8 de junho de 2022 no centro de Londres. Apresentando contribuições de palestrantes em formato pré-gravado e ao vivo, o evento se concentrará em vários tópicos importantes, incluindo vulnerabilidades da cadeia de offerta, sustentabilidade e políticas relacionadas à mitigação das mudanças climáticas, e www.graosbrasil.com.br


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Inovações em novos produtos, serviços e aplicações resultaram em posições de mercado ainda mais fortes da empresa global de tecnologia Bühler. A empresa aumentou a entrada de pedidos em 16%, para mais de CHF 3 bilhões.

Bühler fortalece posições de mercado

Graças à sua forte rede global de produção, fornecimento e serviço, a Bühler conseguiu garantir entregas pontuais aos clientes, mesmo em condições difíceis. Ao mesmo tempo, a Bühler melhorou ainda mais sua estabilidade financeira com evoluções na liquidez corrente e no índice de patrimônio líquido. “Nossos funcionários engajados em nossa forte rede global nos permitiram provar nossa confiabilidade para nossos clientes e parceiros. E claramente fortalecemos nosso poder de inovação”, diz Stefan Scheiber, CEO da Bühler. Os principais mercados da Bühler nos setores de alimentos, rações e mobilidade passaram por transições fundamentais impulsionadas por mudanças nas exigências dos consumidores e possibilitadas por novas tecnologias. Como resultado, a demanda por soluções sustentáveis aumentou claramente. Como parte da estratégia de inovação de longo prazo da Bühler, os gastos em pesquisa e desenvolvimento nos últimos três anos, incluindo os “anos de coronavírus”, aumentou para mais de CHF 400 milhões (2021: CHF 141 milhões, 5,2% do faturamento). A Bühler se posicionou como facilitadora e parceira chave de seus clientes, apoiada por colaborações com parceiros chave na indústria e na ciência. Novos sistemas de transmissão e novos designs dominaram a indústria automotiva. As novas tecRevista Grãos Brasil - Março / Abril 2022

nologias de processamento da área de negócio Die Casting da Bühler com células de produção com alta força de fechamento resultaram em um crescimento acelerado neste mercado; a área de negócio Grinding & Dispersing, que estabeleceu seu segmento de mercado de Soluções para Baterias há uma década, teve uma entrada recorde de pedidos em 2021, atribuível à expansão do consumo de baterias de íons de lítio para mobilidade elétrica. Uma demanda de mercado positiva semelhante foi observada nos negócios de alimentos e rações da Bühler; por exemplo, soluções de processamento para proteínas à base de plantas ou alternativas de laticínios estavam em alta demanda e contribuíram para o crescimento do negócio de Value Nutrition da Bühler. Novos tipos de chocolates, bombons e vários produtos de confeitaria e snacks exigiram novas aplicações que o segmento de Consumer Foods da Bühler (que inclui as tecnologias do antigo negócio Haas adquirido em 2018) criou. Além disso, o negócio de soluções de moagem da Bühler cresceu nos segmentos de trigo e centeio e especialidades, com soluções de processamento para plantas de alta capacidade, bem como para aplicações especiais para nichos de mercado locais. A digitalização e os serviços baseados em nuvem atuaram como facilitadores essenciais para


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Stefan Scheiber - CEO Bühler Group melhorar o desempenho dos ativos existentes de clientes em todo o mundo, e isso também atendeu à necessidade de maior sustentabilidade e redução de emissões de CO2. Forte entrada de pedidos No Grupo, a entrada de pedidos aumentou 16% para CHF 3 bilhões. Devido ao intervalo de tempo no negócio de plantas entre a entrada de pedidos e o faturamento, a tendência de aumento dos pedidos ainda não é visível no faturamento, que per-

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maneceu estável em CHF 2,7 bilhões. Isso vale para a rentabilidade, que atingiu CHF 146 milhões, refletindo uma margem EBIT de 5,4%. O lucro líquido totalizou CHF 113 milhões, também um pouco melhor do que no ano passado. Os pedidos disponíveis até o final de 2021 aumentaram fortemente em 27,2%, para CHF 1,9 bilhão. “Nossas inovações, tanto para plantas quanto para serviços, levaram ao crescimento de nossa carteira de pedidos. Nossa estratégia de nos posicionarmos como um fornecedor de soluções inovadoras para transformação de materiais está dando frutos”, afirma Stefan Scheiber. Todos os três segmentos de negócios da Bühler contribuíram para esse desenvolvimento positivo. A área de negócio Grains & Foods aumentou os pedidos em 12% para CHF 1,8 bilhão, Consumer Foods em 6% para CHF 584 milhões; e Advanced Materials apresentou o maior crescimento de 37% para CHF 620 milhões. As áreas de negócio com as maiores taxas de crescimento foram Die Casting, Grinding & Dispersing, Grain Quality & Supply e Milling Solutions. De uma perspectiva regional, as Américas, Europa, Oriente Médio e África e a Índia experimentaram o crescimento mais forte. A China representou o maior mercado individual para a Bühler em 2021.

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Rede global e pessoas apaixonadas são a chave para o sucesso A rede global da Bühler com 30 fábricas, 103 postos de atendimento e 24 Centros de Treinamento e Aplicação em todo o mundo foram fundamentais para o sucesso em um ambiente de negócios muito dinâmico. Isso permitiu que a Bühler garantisse entregas pontuais, também em tempos em que os mercados de fornecimento eram difíceis e as cadeias logísticas parcialmente interrompidas. Em 2021, a empresa executou mais de 2.000 projetos de clientes e, como parte disso, a Bühler produziu e entregou cerca de 50.000 máquinas e componentes essenciais. Isso só foi possível graças à experiência e dedicação dos funcionários da Bühler e seu foco no sucesso do cliente. Em 2021, a Bühler continuou priorizando a segurança e o bem-estar de todos os funcionários, mantendo nosso foco em treinamento e educação. Com quase 12.500 funcionários em todo o mundo, flexibilidade e resiliência tornaram-se fatores primordiais de sucesso em resposta aos desafios de saúde pública e todas as limitações relacionadas. A Bühler manteve seu compromisso com seu programa global de aprendizagem e com o desenvolvimento de funcionários em todos os níveis. Isso vale para o treinamento de pessoal de clientes, tanto nas escolas Bühler quanto em centros de treinamento dedicados. Portfólio de serviços da Bühler em demanda crescente Há muito tempo a estratégia da Bühler é estar na região para a região com nossa organização global de Serviços e Vendas. Essa estratégia foi fundamental para nossa capacidade de continuar oferecendo serviços importantes em todos os momentos para nossos clientes em todo o mundo. A presença de especialistas em todos os principais mercados provou mais uma vez ser um fator chave de sucesso. Entender os desafios que nossos clientes estavam enfrentando nos diferentes países e continentes permitiu à Bühler dar passos decisivos para fornecer uma abordagem ainda mais centrada no cliente e em sua oferta de serviços. O portfólio de serviços recentemente renovado e ampliado – incluindo novos serviços digitais e AcorRevista Grãos Brasil - Março / Abril 2022

dos de Nível de Serviço – cresceu 15% em pedidos para CHF 746 milhões. Combinado com o negócio de Single Machine da Bühler, o negócio de Serviços representa cerca de um terço do faturamento total. Os pedidos na plataforma on-line “myBühler” cresceram 50% para CHF 90 milhões; quase 100 sites de clientes agora estão conectados à plataforma Bühler Insights; e os contratos RemoteCare, que proporcionam aos clientes funções de suporte on-line, aumentaram em um fator de 6 para quase 400. Cerca de 160.000 ordens de serviço foram executadas. “Não é que apenas aumentamos o volume, mas também mudamos o caráter de nosso negócio de Serviços para agregar valores específicos para nossos clientes, permitindo que eles melhorem o desempenho de ativos novos e existentes. Isso, ao mesmo tempo, é um fator fundamental para melhorar a sustentabilidade nas cadeias de valor de nossos clientes”, diz o CEO Scheiber. Fortalecimento adicional da posição financeira Apesar do volume de faturamento estável, a Bühler conseguiu melhorar ainda mais sua posição financeira. Impulsionada por um forte fluxo de caixa operacional que atingiu CHF 256 milhões no final do ano, a liquidez corrente mais que dobrou para CHF 329 milhões. Consequentemente, o índice de patrimônio líquido subiu para fortes 47,2%. “Nosso balanço está mais forte do que antes da crise do coronavírus”, diz o CFO Mark Macus. “Esta solidez financeira dá segurança aos nossos clientes e stakeholders em um ambiente econômico volátil e nos permite continuar executando nossa estratégia, incluindo investimentos estratégicos em ativos e inovação. Somos um parceiro confiável para nossos clientes – em tempos críticos, isso é mais importante do que nunca”. Impacto acelerado em 2022 Tensões políticas, mudanças climáticas, problemas na cadeia de suprimentos e inflação crescente continuam sendo fatores cruciais que afetam o clima econômico, e é improvável que essas questões mudem no futuro próximo. Ao mesmo tempo, novas oportunidades de mercado continuam a surgir. A Bühler se considera bem posicionada para continuar no caminho do crescimento neste ano e além. “Durante os últimos dois anos de crise do coronavírus, aprendemos a dominar o ambiente exigente com um forte propósito e orientação de valor, com uma mentalidade positiva e foco na inovação e nas pessoas”, diz Stefan Scheiber. Os próximos Bühler Networking Days, planejados para o final de junho de 2022, sustentam essa mentalidade positiva. “Estamos ansiosos para reunir novamente tomadores de decisão e parceiros das indústrias globais de alimentos, rações e mobilidade. Gostaríamos de criar um impacto positivo, acelerado e sustentável junto com nossos parceiros”.


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CONTROLE DE PRAGAS

Estações de Isca Para Roedores

Características e Interpretação de Consumo e Tendências em Plantas Alimentícias

Guadalupe Galo

Program Alimentos guadalupe.galo@programalimentos.com Estação de isca É uma caixa fechada com chave ou laços não reutilizáveis, onde a isca anticoagulante é colocada em um bloco perfurado, com a finalidade de manter a isca segura, sem acesso à manipulação e em condições atrativas para roedores. Suas características são indicadas em regulamentos. As Normas Consolidadas Internacionais da AIB para Inspeção expressam literalmente: 4.11.1.3 As iscas externas que contenham raticidas serão fixadas com amarrações plásticas descartáveis, com cadeados ou com dispositivos fornecidos pelo fabricante, como sistemas de chaves. 4.11.1.4 As iscas externas são invioláveis e localizadas, ancoradas no local, trancadas e identificadas com etiquetas. 4.11.1.5 Somente iscas aprovadas pelo órgão regulador que tem autoridade Revista Grãos Brasil - Março / Abril 2022


CONTROLE DE PRAGAS sobre IPM (por exemplo, a Environmental Protection Agency (EPA) nos Estados Unidos) devem ser usadas em estações externas de iscas ou cujo rótulo autorize seu uso em instalações de alimentos. 4.11.1.6 As iscas serão fixadas dentro das estações de isca, serão mantidas em bom estado e serão substituídas conforme necessário, conforme instruções do rótulo ou recomendações do fabricante, para evitar deterioração.” As Estações devem ser limpas, mas não ao extremo ou com limpadores de óleo ou fragrâncias, pois devem manter condições semelhantes às da Usina, para gerar confiança no roedor. Em alguns locais, por exemplo, nas plantações agrícolas, costumam usar tubos de PVC como isca e, embora não cumpram as medidas de segurança e regulatórias, a legislação não proíbe; no entanto, para a Indústria Alimentar e locais expostos à manipulação, não são aceitáveis.

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Imagem 1. - Estações de isca para roedores, características e interpretação de consumo e tendências em plantas alimentícias

Identificação das Estações de Isca De acordo com os regulamen- Imagem 2. - Estações de isca para roedores, características e interpretação de consumo e tendências em tos, as Estações de Isca devem ter plantas alimentícias uma etiqueta. O objetivo é informar a localização e o número para identificá-la no da etiqueta, isso é suficiente. Plano de Distribuição; informações relacionadas ao nível de risco do componente colocado (diamante Rodenticida Anticoagulante de isca de segurança da isca) e dados de monitoramento “Os rodenticidas anticoagulantes são compos(datas de fornecimento e quem o revisou). tos que atuam na dinâmica do tecido sanguíneo Neste ponto, a regulamentação não estabelece do roedor, impedindo sua coagulação normal e geregras sobre localização, formato do rótulo ou ro- ralmente causando a morte do animal por choque tulagem, mas há aspectos que devem ser conside- hemorrágico entre 48 e 96 horas após a ingestão rados, por exemplo, o objetivo do rótulo é ser vis- de uma dose letal.” to a pelo menos 3 metros de distância, para evitar Observou-se que um rato doente ou mais velho, danos com equipamentos ou não colocar objetos consumindo as iscas anticoagulantes, poderia mornessa área; que seja legível para que as pessoas rer sem completar o tempo necessário para desiatentem para o aviso de risco e não toquem nas dratação por hemorragia; isso implica que, ao não Estações de Isca; que contém um número, e neste desidratar, seu corpo entrará em decomposição. ponto fica esclarecido que a numeração não deve O Ingrediente Ativo é combinado com exciestar na capa do Posto, mas sim na etiqueta, para pientes atrativos (palatabilidade) para roedores; que, quando for necessário trocar um Posto, por Podem ser compactados por pressão ou por meio exemplo devido a danos, seja substituído sem que de parafina. Os blocos devem ser perfurados para seja necessário dar um número, pois na maioria mantê-los dentro das Estações de Isca. das Fábricas não é aceitável o uso de tintas, e existe Diferentes tipos de iscas podem ser utilizadas a possibilidade de que a nova Estação fique sem no mesmo fornecimento, por exemplo, colocannúmero. Se o número do dispositivo estiver na eti- do uma isca com maior quantidade de parafina queta e a Bait Station estiver ancorada logo abaixo nas áreas mais úmidas, e em outras uma isca de www.graosbrasil.com.br


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cereais compactada. Além disso, na mesma Estação, podem ser utilizadas várias iscas, desde que sejam anticoagulantes em apresentação em bloco perfurado; isso é feito para oferecer ao roedor diferentes iscas e avaliar qual delas é mais atrativa. Iscas com mais parafina também podem ser utilizadas, em locais com vegetação, expostas à chegada de formigas ou zompopos que atacam iscas não parafinadas com maior força, ou trocam as iscas com maior quantidade de cereal, na época de proliferação de Pragas de grãos. , mesmo quando os Imagem 3. - Localização das estações de isca: imagem de exemplo (marcas amarelas) cereais não são processados, se na área vizinha houver plantas que os processem. a infestação externa da Fábrica de Alimentos (ruas, terrenos baldios, lojas, empresas vizinhas, etc.). Isso é uma questão de ciência e experiência. O consumo nas Estações de Isca, localizadas nos Na Indústria Alimentícia não é utilizada a isca anticoagulante em pellets, pois os roedores car- prédios (2ª. Anel), estaria indicando que os roedoregam a isca na boca para levá-la até suas tocas res conseguiram entrar sem passar pela 1ª. anel, e, nesse trajeto, podem soltá-la e contaminar ali- exemplos: saíram por caixas de drenagem, foram mentos, embalagens, máquinas e equipamentos. transportados em chassis de veículos, chegaram Na Indústria Alimentar, não é aceitável o uso de se- em paletes recebidos de fornecedores, passaram mentes ou ração com rodenticida, nas Estações de por fiação elétrica, outros. Neste caso, aplica-se a investigar os possíveis pontos de entrada e, de Isca. Quando as Estações são abastecidas, se a isca acordo com cada caso, decidir se é necessária Ação anterior estiver em boas condições, ela pode ser de Acompanhamento, Ação Preventiva ou Ação deixada, a parte consumida pode ser complemen- Corretiva. tada ou a nova isca adicionada. A decisão de abasAção preventiva tecer com maior quantidade de isca está relacionaMedidas que são tomadas na Fábrica de Alida ao consumo em cada Estação; se o consumo em um setor vizinho for maior, mas em outros setores mentos, antes da ocorrência do evento, para evitar não houver consumo ou for baixo, a quantidade condições de atração, entrada e desenvolvimento de isca pode ser aumentada apenas nas Estações de roedores. As medidas podem ser de natureza que apresentarem maior consumo e até aumentar física, química ou comportamental, por exemplo, a frequência de abastecimento, até que a tendên- vedação de portões, manejo de resíduos, poda de cia se mostre controle (eficiência). Caso o ambiente galhos e outras vegetações, monitoramento com externo apresente uma ameaça permanente (não armadilhas, etc. manipulável, por exemplo, córregos ou lixões), o Ação corretiva Técnico de Controle de Pragas tomará uma deciMedidas tomadas para corrigir as condições são quanto à quantidade de isca e frequência no que favorecem a atração, entrada e desenvolvisetor onde for necessário. mento de roedores. As medidas podem ser físicas, químicas ou em aspectos comportamentais e de Consumo O objetivo das Estações de Isca é oferecer ali- modificação de decisões. mentação aos roedores das paredes perimetrais da Ação de Acompanhamento instalação, para exercer o controle desde a primeira Com base na regulamentação (ciência), experilinha de defesa, conhecida como "primeiro anel" e inibir a movimentação de roedores, até as Estações ência e conhecimento técnico, podem ser implementadas ações voltadas para a melhoria do conde Isca. colocados em edifícios (segundo anel). Sendo o consumo a finalidade das Estações de trole de roedores, como, por exemplo, alternância Isca, o que se espera é precisamente que haja con- de iscas e quantidades, monitoramento, testes sumo na 1ª. Anel, portanto, não se qualifica como de preferência de consumo de iscas, outros. Estas Não Conformidade que requer Ação Corretiva, pois ações não respondem à prevenção ou reação, mas se localiza justamente para assumir o controle de à melhoria contínua do programa, e é um conceito uma variável que não pode ser manipulada, como implementado pela EXTUNISA, que neste momenRevista Grãos Brasil - Março / Abril 2022


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to não consta expressamente nos regulamentos. Localização das estações de isca As Estações de Isca são colocadas com base nas indicações regulatórias, podendo outras ser acrescentadas conforme conhecimento técnico caso as condições do bairro sejam de alto risco ou sejam detectados pontos de potencial movimentação de roedores. O Plano manterá a localização das Estações permanentes, podendo ser adicionadas Estações temporárias quando houver necessidade de monitoramento para avaliação de presença/ausência ou controle da infestação; após cumprirem sua função, os eventuais devem ser retirados. Interpretação de resultados O consumo observado em cada revisão é registrado por Estação Isca, indicando se o consumo é baixo, médio, alto ou total. Quando o consumo é total, como parte da logística do Programa IPM, várias decisões podem ser tomadas, entre outras: a) certificar-se se a causa do alto consumo se qualifica como normal devido à ameaça externa (não manipulável, portanto permanente ) ou existe alguma forma de influência, por exemplo, pela poda de terrenos baldios vizinhos; b) se é necessário aumentar o número de Estações de Isca ou aumentar a quantidade de isca, ec) identificar se é viável reduzir os atrativos nos setores mais próximos do entorno. Trata-se de ação de acompanhamento do MIP, e não ação corretiva, pois o consumo não se aplica como Não Conformidade no 1º toque, mas confirma a eficácia da proteção exercida por essas Estações de Isca. Os Gráficos de Tendência são utilizados para identificar o traço (comportamento) que acompanha o consumo nas Estações de Isca. Em alguns casos, o Gráfico pode mostrar o consumo em um mês, mas não apresentá-lo nos meses seguintes, portanto, não se configura uma tendência, mas sim um caso eventual que poderia responder a condições que ocorreram em um momento, mas desapareceram. A tendência é marcada quando o

comportamento é repetitivo, pelo menos em dois meses consecutivos ou a cada determinado grupo de meses. Em alguns casos, comportamento semelhante também pode ser observado em vários anos, quando os eventos que o provocam são os mesmos, por exemplo, início do inverno, Zafra, outros, e deve ser controlado, mas se qualifica como normal. Em outra ocasião faremos referência às Armadilhas localizadas no interior das unindades (marcadas em vermelho no Mapa utilizado como exemplo), mas é importante ressaltar que, dentro de casa, o uso de iscas não é aceitável, e que a captura de roedor dentro da Unidade, sem qualquer discussão, é uma Não Conformidade, e requer Ação Corretiva. Os mesmos dispositivos podem ser usados para montar armadilhas de cola, mas sem iscas. A recomendação geral é que, para o Programa MIP (como Programa de Pré-requisitos) e para todos os Programas, a implementação esteja de acordo com a regulamentação, por ser um assunto estudado, a regulamentação oferece as melhores opções e, além disso, a tentação de aplicar "critérios particulares" que é um erro observado com alguma frequência em Auditores, Inspetores ou Pessoal responsável pelo MIP.

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TECNOLOGIA

Evite Perdas no Pós-Colheita!

Garanta um Armazenamento Livre de Umidade

Você sabia que problemas no parafuso do seu silo podem colocar toda a sua colheita em risco?

Eng. Pedro Cardoso GRUPO HARD

Entre em contato, leia o QrCode acima! Revista Grãos Brasil - Março / Abril 2022

Sim! Todo o trabalho de um ano pode ser colocado em risco por um item tão pequeno como um parafuso. Isso porque a corrosão pode nascer nesses pontos mais frágeis e propagar para toda a estrutura metálica. Além disso, sem a vedação adequada, é comum que infiltrações nasçam nesses pontos, o que resulta em grandes prejuízos no pós-colheita. Pensando nisso, nós do Grupo Hard desenvolvemos um sistema de impermeabilização que garante 100% de estanqueidade. Sendo que um dos itens foi pensado justamente para garantir a vedação total dos parafusos. Continue a leitura que eu vou apresentar o Selante RR 500 ECO Telhado, seu aliado para assegurar um pós-colheita seguro. Conheça o Selante RR 500 ECO O Selante RR 500 ECO em sachê é um produto de alta performance, desenvolvido para encapsular a cabeça do parafuso e evitar o surgimento de infiltrações nesses pontos. Com excelente resistência ao clima, esse material serve como proteção para os parafusos mal instalados, aqueles com aperto excessivo ou insuficiente e até mesmo com a borracha de vedação estourada. Além da durabilidade, este selante foi pensado para ter a máxima eficiência na hora da aplicação. Ou seja, você pode fazer repa-


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Hard tem uma linha de impermeabilização completa para este tipo de aplicação. Além do selante, nós temos o Impermeabilizante RR 500 ECO, um produto que não dilui em água destinado para o envelopamento do telhado metálico do seu silo ou galpão. Resistente às ações do tempo, reflete até 89% dos raios solares e amenta a vida útil do substrato em até 15 anos. Para reforçar a impermeabilização, disponibilizamos também a Tela Estruturante Flexfelt. Seu uso é recomendado para pontos críticos do telhado, como cantos, arestas, tubos emergentes, sobreposições de telhas, fissuras e trincas. Esse produto vai agir como um reforço nessas áreas mais frágeis, garantindo o desempenho máximo do impermeabilizante. ros rápidos até mesmo em locais de difícil acesso e sem a necessidade da troca dos parafusos. Temos no nosso canal no Youtube um vídeo que mostra justamente essa facilidade de aplicação, acesse pelo QRCode no final desse texto e veja como assegurar a vedação dos seus fixadores pode ser simples. Proteção completa para o seu silo Proteger os fixadores é muito importante para impedir que as goteiras coloquem em risco os seus lucros com a colheita. Mas, se o seu objetivo é garantir a máxima proteção para o seu silo, o Grupo

Evite problemas! Escolha o parafuso certo Já diz o ditado: melhor prevenir do que remediar. Por isso, sempre orientamos que, na hora de montar a estrutura do seu silo ou galpão, você opte pelo parafuso com o revestimento adequado para a aplicação. Afinal, parafuso não é tudo igual e pode evitar muita dor de cabeça no futuro. Para escolher o fixador com a resistência adequada para sua estrutura metálica, primeiro é necessário analisar a superfície de aplicação. Sendo que a localização da obra influencia diretamente na escolha do parafuso. Após essa análise, torna-se

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mais fácil optar por um item com revestimento certo para o ambiente. Áreas rurais geralmente não têm que suportar a maresia ou a poluição das indústrias, agentes agressores que exigem materiais extremamente resistentes. Mas, isso não significa que não há nenhuma ação do ambiente com a qual se preocupar. Neste caso, o principal agressor são os agentes químicos vindos dos fertilizantes e agrodefensivos. Para estes casos, o Grupo Hard tem dois tipos de fixadores indicados. O primeiro são os parafusos da linha Durs revestidos com Ecoseal. Este revestimento é aplicado em seis camadas e tem a maior resistência à corrosão da categoria. Seu alto desempenho atende às exigências internacionais e sua qualidade foi atestada ao conquistar a rigorosa certificação FM Approved no Brasil. Outra opção indicada quando há índice elevado de corrosão interna e externa é a linha Zaphir. Os itens desta linha são produzidos com um dos materiais mais nobres para fabricação de parafusos, o aço carbono e o aço inox nobre da série 304. Justamente por isso, esses fixadores são altamente resistentes à corrosão, inclusive nos ambientes mais agressivos, onde o desgaste do material é maior.

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Escolha quem é especialista em soluções para construção metálica Com 35 anos de história, o Grupo Hard é líder no segmento de fixação para construções metálicas no Brasil e temos nossa qualidade atestada por inúmeras certificações. De forma pioneira no Brasil, conquistamos o selo internacional FM Approval, uma comprovação de que nossos produtos atendem a requisitos de classe mundial. Por isso, quando o assunto é a proteção dos parafusos, nós somos os maiores especialistas. O padrão de qualidade Hard é tão rigoroso que já entregou aos clientes mais de um bilhão de fixadores para coberturas metálicas com zero defeito. Isso porque todos os produtos são testados em nosso exclusivo laboratório próprio, para assegurarmos a qualidade, segurança e durabilidade de cada solução que chega aos nossos clientes. Evite problemas com corrosão por causa do fixador, acesse o QRCode e conheça a aplicação ágil e duradoura do Selante RR 500 ECO.

Somos especialistas em soluções para construção metálica O Grupo Hard é especialista no desenvolvimento, fabricação e comercialização de soluções inovadoras para os segmentos da construção metálica, construção civil e estruturas metálicas no agronegócio. As linhas de produtos Hard cumprem normas de qualidade nacionais e internacionais. Mas, acima de tudo, após 35 anos de história, a Hard é sinônimo de solução completa em um só lugar, qualidade comprovada por meio de testes e uma equipe técnica preparada para ajudar.


COOL SEED NEWS

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CONTROLE DE PRAGAS

Piolhos na Massa de Grãos

Eng. Domingo Yanucci CONSULGRAN - GRANOS - GRÃOS BRASIL graosbr@gmail.com

Os piolhos são muito comuns a granel, especialmente em climas quentes. Há muito tempo não era incomum as pessoas verem um piolho e chamá-lo de ácaro, gerando assim uma grande confusão. Este ano também assistimos ao ataque de piolhos a granel, pelo que entendemos que este artigo pode ajudar a lançar alguma luz sobre o assunto. O piolho é um inseto (o adulto tem 3 pares de patas) do grupo dos psocídeos e a espécie mais comum é o Liposcelis divinitorius (também conhecido como piolho do livro), geralmente atacando na superfície (penetrando alguns centímetros na massa de grãos). A ordem dos insetos Psocoptera, comumente conhecida como piolho de livro, é uma ordem de pequenos insetos Neópteros cinza transparente, branco amarelado ou marrom escuro, de corpo mole e normalmente sem asas. Nome científico: Psocoptera Ordem: Psocoptera; Shipley, 1904. Classe: Insecta Subclasse: Pterygota Descrição biológica: As fêmeas de Liposcelis decolor têm quatro estágios ninfais, enquanto os machos têm apenas três estágios ninfais. O tamanho médio do ovo é de 0,368 mm x 0,173 mm, são ovóides com uma extremidade anterior mais pontiaguda

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e uma extremidade posterior regularmente arredondada. Geralmente são de cor branca. Os ovos recém-postos são brilhantes e lisos. Durante o desenvolvimento do embrião, os ovos perdem o brilho e a superfície torna-se ligeiramente enrugada. A cor dos ovos perto da eclosão tende a amarelo ocre. As manchas oculares preto-avermelhadas escuras e a mancha ocre das peças bucais (mandíbulas e esclerito cibarial) são visíveis através do córion na extremidade anterior. O período de desenvolvimento dos ovos das fêmeas varia entre 4,6 dias a 32,5 ºC e 14,1 dias a 20 ºC e o dos machos tem uma tendência semelhante à dos ovos das fêmeas, variando de 4,7 dias a 35 ºC a 15,1 dias a 20 ºC.

A fecundidade é afetada negativamente pelas temperaturas extremas, obtendo-se maior número médio de ovos, aproximadamente 130,4 a 32,5 ºC, enquanto a menor fecundidade, 24,7 ovos, é obtida a 37,5 ºC. As ninfas geralmente se assemelham a adultos; o tempo total de desenvolvimento das ninfas das fêmeas varia de 11,3 dias a 35°C a 32,5 dias a 20°C. Os tempos mínimos necessários para completar os três estágios ninfais a 35 °C são, para o primeiro ínstar 2,8 dias, para o segundo 2,7 dias e para o terceiro ínstar 2,9 dias, enquanto o tempo mínimo para o quarto estágio é de 2,6 dias a 32,5 ºC ; o tempo total de desenvolvimento ninfal dos machos é menor que o das fêmeas na mesma temperatura, variando de 8,9 dias a 32,5-35°C a 26,6 dias a 20°C. Temperaturas extremamente altas têm um efeito prejudicial na sobrevivência dos estágios ninfais para machos e fêmeas. A sobrevida global dos estádios ninfais varia de 28,3% a 37,5ºC a 64,0% a 32,5ºC. Os adultos são pequenos, cerca de 1 mm, castanho-claros, sem asas e achatados dorsoventralmente, seus fêmures posteriores caracteristicamente aumentados e achatados. O tempo total de desenvolvimento da fêmea desde o ovo até a fase adulta varia de 46,2 dias a 20°C, diminuindo para 16,1 dias a 35°C e o tempo total de desenvolvimento dos machos é em média 41 dias. .8 dias a 20°C , diminuindo

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36 CONTROLE DE PRAGAS para 13,6 dias a 35°C. Condições predisponentes: A dispersão de longa distância pode ocorrer através de correntes de ar e derivas, ou através do comércio internacional de commodities. Podemos ver na tabela N 1 as grandes diferenças que tem com os ácaros. A forma de ataque, o tipo de dano e a forma de controle de piolhos e ácaros é totalmente diferente. Se temos ácaros temos mais que esse problema, o ácaro necessita de umidade e vem acompanhado de fungos, aquecimento, etc. Por outro lado, podemos ter um grão seco, limpo, frio, tratado com resíduos, em perfeito estado e ter ataque de piolhos. É comum ouvir que o piolho é resistente, muito difícil de controlar, isso não necessariamente é verdade, por quê? , todos os insetos-praga morrem quando o inseticida os toca ou quando tocam no inseticida, o único inseto que não morre ao tocar o inseticida é o piolho. Isso pode ajudar a ideia de que eles são resistentes. A própria morfologia do inseto faz com que seja necessário que o inseticida o toque, por isso o sistema de aplicação, assim como a frequência, são essenciais para o controle desta praga. Claro, não devemos tentar controlar o piolho da mesma forma que outras pragas. Primeiro devemos contextualizar, 1 gorgulho em um kg é preocupante, 2 carunchos em 1 kg são preocupantes, 1.000 ácaros e 10.000 piolhos em 1 kg são preocupantes. Como podemos ver, a capacidade de dano do piolho é praticamente insignificante, por isso devemos refletir se é necessário puni-lo como

um gorgulho é punido, por exemplo, minha opinião particular é que não é. Como consumidor, prefiro alguns piolhos a granel, que serão facilmente eliminados, ao invés de ter que usar agroquímicos para controlá-los. Entre outras particularidades, o piolho é a única praga de grãos de metamorfose incompleta (a forma jovem é uma ninfa), com ciclo de vida de 21 dias (em boas condições ambientais) e pode até se reproduzir por partenogênese (a fêmea se reproduz sem necessidade da macho). Na literatura pode-se constatar que se desenvolvem em grãos com alta umidade, comentando que se alimentam de micélios fúngicos, porém não é comum no granel sul-americano, é comum encontrá-los a granel e condicionados. O maior dano dos psocídeos não é causado pela alimentação, mas por seus excrementos escuros. Devido ao seu pequeno tamanho, eles são capazes de invadir através de rachaduras, aberturas e rasgos muito pequenos no material de embalagem para infestar os produtos. As espécies Liposcelis paetus e L.bostrychophilus fazem pequenos orifícios no tegumento da semente e se os deixarmos agir destroem o grão. Vejamos algumas recomendações de controle de piolhos 1. Limpeza das instalações e meios de transporte. Use o vácuo, lavadora de alta pressão quando possível e remova todos os detritos. 2. Tratamento de instalação (pulverização do exterior – nebulização a frio do interior) com a dosagem habitual. Se ao invés de água for preferível utilizar outro tipo de diluente, como óleo, combustível inodoro, etc., pois auxilia no melhor contato do inseticida com a praga. Deve ser usado o menor tamanho de gota compatí-

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CONTROLE DE PRAGAS 37 vel com a aplicação. Algo fundamental é a frequência: reduzir drasticamente o tratamento é recomendado no máximo a cada 48 horas, até perceber que a praga foi reduzida. Podem ser aplicadas misturas de organofosforados e piretróides comumente usados (que são aprovados em cada país para tratamento de grãos). 3. No caso de ser identificado a granel, os tratamentos são de superfície conforme indicado no ponto anterior. Reiteramos que é imprescindível que o inseticida toque o piolho na aplicação. 4. Tratamentos com inseticida residual na entrada também ajudam a reduzir a infestação se conseguirmos fazer com que o inseticida o toque. Para isso devemos movimentar pouco grão, ter bons sistemas de pulverização e utilizar um grande volume de emulsão. Reitero que após algumas horas de tratamento o inseto caminha sobre o grão tratado e não sofre maiores consequências. 5. Pode ser controlado pela fosfina, se possível com o tempo máximo de exposição, mas devemos garantir que não haja reinfestação, para a qual devem ser especificados os tratamentos previamente recomendados. 6. Os sistemas de extração de poeira e pré-limpeza ajudam muito a eliminar os piolhos. 7. O frio é o grande inimigo dessa praga, quando

as temperaturas caem abaixo de 230C “sua capacidade de se multiplicar sofre.

Quem trabalha na pós colheita de grãos e sementes tem o grande desafio de têr os armazéns livres de insetos vivos, livres de insetos mortos, livres de resíduos perigosos e sempre com segurança e economia.

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38 UTILÍSSIMAS

Revista Grãos Brasil - Março / Abril 2022


UTILÍSSIMAS 39 folha de pagamento foi de 28% em 2021, atingindo R$ 1,1 bilhão.

Cooperativas Puxaram o Crescimento da Economia Catarinense em 2021

O agronegócio, mais uma vez, foi a locomotiva na geração de empregos, renda e produção de riquezas e contribuiu com 72% das receitas globais do sistema O cooperativismo consolida-se como uma das locomotivas da economia catarinense. As 255 cooperativas que atuam em diversas áreas tiveram, em 2021, uma receita operacional bruta da ordem de R$ 67,9 bilhões – um surpreendente crescimento de 37,32%, ou seja, mais de oito vezes a expansão do PIB brasileiro do ano passado (4,6%). O levantamento é da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (OCESC) e foi divulgado na última terça-feira (05/04) pelo presidente Luiz Vicente Suzin e pelo superintendente Neivo Luiz Panho, em coletiva de imprensa. As cooperativas de todos os setores deram importante contribuição ao desenvolvimento catarinense em 2021. O agronegócio, mais uma vez, foi a locomotiva na geração de empregos, renda e produção de riquezas e contribuiu com 72% das receitas globais do sistema. As receitas totais por ramos foram de R$ 48,7 bilhões para as 48 cooperativas agropecuárias; R$ 8,7 bilhões para as 65 cooperativas de crédito; R$ 5,9 bilhões para as 31 cooperativas de saúde; R$ 1,6 bilhão para as 39 cooperativas de infraestrutura; R$ 1,4 bilhão para as 16 cooperativas de consumo e R$ 1,3 bilhão para as 43 cooperativas de transporte. Outras 13 cooperativas de trabalho, produção de bens e serviços faturaram R$ 27,6 milhões. As sobras do exercício ficaram estáveis na casa dos R$ 4,6 bilhões, variação positiva de 0,59%, maior parte delas – 53% – gerada pelo agronegócio. Os ramos com as maiores sobras foram o agropecuário (R$ 2,4 bilhões), crédito (R$ 1,4 bilhão), saúde (R$ 383,4 milhões), infraestrutura (R$ 195,7 milhões), consumo (R$ 73,7 milhões) e transporte (R$ 20,6 milhões). O patrimônio líquido, no conjunto das cooperativas, cresceu 19,15% e atingiu R$ 23,9 bilhões. A carga tributária não poupou as cooperativas. Em 2021 elas recolheram R$ 3,4 bilhões aos cofres públicos em impostos sobre a receita bruta, um crescimento de 26,5% em relação ao exercício anterior. A evolução da geração de contribuições sobre a

ASSOCIATIVISMO Um dos dados mais relevantes do levantamento é a expansão do número de associados (cooperados) que cresceu 14,97% no ano passado com o ingresso de mais 454.084 pessoas. No conjunto, as cooperativas reúnem, agora, 3,4 milhões de catarinenses, ou, em números exatos 3.486.438 pessoas. Isso significa que mais da metade da população barriga-verde está vinculada ao sistema cooperativista. As que mais atraíram associados foram as cooperativas de crédito que têm atualmente 2,6 milhões de cooperados, as de infraestrutura que atuam em distribuição de energia elétrica (400.346 pessoas), as de consumo (326.516) e as agropecuárias (79.698). As cooperativas de saúde têm 13.419 associados e, as de transporte, 5.608 cooperados. As cooperativas também contrataram 11,8% mais em 2021 e criaram 8.734 novos postos de trabalho. Juntas, elas mantêm 82.769 empregados diretos. AVALIAÇÃO O presidente da OCESC enfatizou que as cooperativas catarinenses deram uma contribuição essencial para a retomada da economia em 2021. O ano foi difícil em razão do combate à pandemia, mas as cooperativas em nenhum momento deixaram de operar – sejam as agropecuárias, de crédito, de transporte, de saúde, de consumo, de infraestrutura etc. Mantiveram ininterruptamente as atividades e, em sua maioria, continuaram com os programas de expansão e investimentos. Alguns fatores impactaram a competitividade e as margens de resultados, como a escassez de muitos itens industriais, a valorização do barril de petróleo e a crise hídrica (encarecendo os combustíveis e a energia elétrica), a falta de contêineres, a redução de linhas marítimas, a desvalorização do real, além do explosivo encarecimento dos insumos, especialmente milho e soja. Luiz Suzin prevê que continuará expressiva a participação das cooperativas nas exportações do agronegócio, que respondem por mais de 70% das vendas catarinenses no exterior, decorrente da imensa presença das cooperativas nas cadeias produtivas de grãos, da suinocultura e da avicultura.

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40 UTILÍSSIMAS

Juparanã 20 Anos Desenvolvendo o Agronegócio Brasileiro Recentemente tive a oportunidade de visitar os armazéns da Juparanã, empresa líder na região e que trabalha permanentemente pelo aprimoramento de seus trabalhos, visando sempre entregar o melhor serviço ao setor.

Produção nacional de grãos é estimada em 269,3 milhões de toneladas na safra 2021/22

A sétima estimativa da safra de grãos 2021/22, divulgada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), na quinta-feira desta semana (7), aponta que a produção de grãos no país poderá atingir um total de 269,3 milhões de toneladas, o que representa 5,4% ou 13,8 milhões de toneladas superior à obtida na safra 2020/21. No entanto, em comparação ao primeiro levantamento da Companhia para a atual safra, quando a previsão era de 288,6 milhões de toneladas, o volume representa uma redução de 6,7% ou 19,3 milhões de toneladas, devido às condições climáticas adversas observadas nos estados da Região Sul e no centrosul de Mato Grosso do Sul.

GRANOS 146 JÁ CHEGOU!

Unidades de Negócios Integrando a cadeia produtiva do agronegócio Com o propósito de auxiliar e participar de todo o processo produtivo de grãos, e com forte investimento em pesquisa e difusão de novas tecnologias, a Juparanã dispõe de unidades de negócios com objetivos específicos e segmentados, visando a sustentabilidade do agronegócio. Nossa produção de grãos e sementes é completa. São 20 mil hectares destinados a produção de grãos e sementes de soja, unidades de armazenagem com capacidade estática total de 288 mil toneladas, e uma frota própria de caminhões para otimizar o processo logístico. Nossa atuação na cadeia produtiva de grãos vai do planejamento a comercialização da produção. Com o objetivo de levar soluções integradas para um modelo de agronegócio sustentável e rentável aos nossos parceiros comerciais. Porque? O Agronegócio é nossa vida, e acreditamos que juntos podemos fazer com que o mercado cresça cada vez mais. Nossa atuação é completa e integral, visando proporcionar a nossos clientes apoio em todos os processos. Desde o plantio até o armazenamento e comercialização. Revista Grãos Brasil - Março / Abril 2022

Apresentamos a última edição de nossa primairmã a revista Granos (em espanhol). Entre outros temas, são apresentadas informações sobre: recebimento e uso de grãos de Soja danificados por estresse Hídrico, safra 2021/22 - Gestão Avançada de Armazenamento a Granel por Refrigeração de Cereais - Piolhos na Massa de Grãos - Milho: qualidade da semente e atmosferas anóxicas no armazenamento - A casca de soja é prebiótica: por que guardar? - Biossegurança de uma planta alimentar - A importância de investigar incidentes - Amostragem de grãos. Técnicas e importância na coleta de amostras, uso do instrumento, identificação, determinação e liquidação posterior - Roedores em silos de saco. Controle baseado no conhecimento - Caracterização de sementes de ervilha (pisum sativum l.) de acordo com sua qualidade fisiológica através da utilização de testes de vigor com e sem estresse, etc. Prestigiosas empresas do Brasil e de outras partes do mundo participam desta publicação, que já cumpriu 26 anos e chega a todos os países de língua espanhola. Interessados em fazer assinatura gratuita da revista digital ou fazer publicidade contatar: consulgran@gmail. com ,




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