Grãos Brasil - Edição 111

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EDITORIAL Caros Amigos e Leitores Ano XIX • nº 111

Novembro / Dezembro 2021

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Diretor Executivo Domingo Yanucci

Colaboradores Antonio Painé Barrientos Maria Cecília Yanucci Victoria Yanucci

Matriz Brasil Rua dos Polvos 415 CEP: 88053-565 Jurere - Florianópolis - Santa Catarina Tel.: +55 48 991626522 / 3304 6522 E-mail: graosbr@gmail.com br.graosbrasil@gmail.com diretoria@graosbrasil.com.br Sucursal Argentina Rua América, 4656 - (1653) Villa Ballester - Buenos Aires República Argentina Tel/Fax: 54 (11) 4768-2263 E-mail: consulgran@gmail.com Revista bimestral apoiada pela: F.A.O - Rede Latinoamericana de Prevenção de Perdas de Alimentos -ABRAPOS As opiniões contidas nas matérias assinadas, correspondem aos seus autores. Conselho Editorial Diretor Editor Flávio Lazzari Adriano D. L. Alfonso Antônio Granado Martinez Carlos Caneppele Daniel Queiroz Jamilton P. dos Santos Maria A. Braga Caneppele Marcia Bittar Atui Maria Regina Sartori Sonia Maria Noemberg Lazzari Tetuo Hara Valdecir Dalpasquale

Com grande alegria chegamos a suas mãos com a última edição do ano da Grãos Brasil. Um ano de trabalho, com o objetivo de aprimorar a tecnologia da pós colheita de grãos. Estes são tempos de avaliar o que foi feito e analisar o que ainda está por vir. A colheita do trigo, cevada, etc... já está nos nossos depósitos e devem ser conservados e cuidados com todos os detalhes, que são muitos. A grande colheita de soja, milho, etc., está por vir e nossos armazéns devem estar devidamente preparados, com todos os trabalhos de manutenção corretamente realizados. Ao longo de 2021 foram concretizadas muitas atividades de capacitação e treinamento on-line, sem dúvida devemos continuar com está linha de trabalho que pode adaptar-se de forma positiva para várias situações. Esperamos que ao longo do próximo ano seja possível mobilizar-se com mais facilidade para poder levar a tecnologia do Brasil para os países da região. Nesta edição apresentamos tecnologia de última geração sobre assuntos de alto interesse como o controle de fungos, qualidade, automatização sobre grãos e sementes. Agradecemos aos editorialistas que compartilharam suas experiências com a gente. Aproveitamos a oportunidade para agradecer fortemente a nossos leitores, que são o motivo de nosso trabalho, assim como as empresas e instituições que confiam em nós a mais de 40 anos na especialidade, levando atualização e capacitação aos responsáveis do manejo da PÓS-COLHEITA de grãos e sementes na América Latina . Que Deus abençoe suas famílias e trabalhos, brindamos por felizes festas e um próspero 2022 com muita saúde.

Produção Arte-final, Diagramação e Capa

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Domingo Yanucci

Diretor Executivo

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SUMÁRIO

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04 - Milho: cadeia produtiva na velocidade 5.0 - Dr. Adriano Olnei Mallmann e outros 10 - Novo Agronegócio enfrenta grande desafio: a revitalização dos sistemas de armazenagem - Sandro Mochnacz 14 - Como reduzir a temperatura interna do silo com o Sistema RR 500 ECO? – Hard 17 - Como os processadores de sementes e grãos podem lucrar com as mais recentes tecnologias de classificação? – Tomra 22 - Principais proteções contra explosões por poeira combustível em coletores de pó. - Eng. André Fernandes 26 - Armazenagem 4.0 - Soluções tecnológicas inovadoras garantem rentabilidade na Pós-colheita – NBRTec 32 - Necessitando de soluções tecnológicas em transporte pneumático limpezas em ambientes? - Mover 33 - Mudanças climáticas acentuam riscos das micotoxinas em insumos da cadeia de proteínas animais, alerta Pesquisa Mundial de Micotoxinas - Biomin 37 Utilíssimas 40 Não só de pão.. Críticas e Sugestões: diretoria@graosbrasil.com.br

NOSSOS ANUNCIANTES

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Milho: cadeia produtiva na velocidade 5.0

MSc. Cristina Tonial Simões – LAMIC/UFSM Zootecnista, MSc. Juliano Kobs Vidal – LAMIC/UFSM Médico Veterinário, Prof. Dr. Carlos Augusto Mallmann – LAMIC/UFSM Dr. Adriano Olnei Mallmann Pegasus Science

adriano.mallmann@pegasusscience.com

MSc. Denize Tyska Pegasus Science

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Não há dúvidas de que estamos vivendo a Era da informação, também conhecida como revolução digital ou terceira revolução industrial, que tem como um dos seus grandes marcos o acesso rápido e fácil à informação. Um aspecto muito importante dentro dessa nova realidade, e que exerce grande influência sobre o mercado atual, é o nível de exigência do consumidor em relação ao produto que chega à sua mesa. Há uma crescente preocupação quanto à segurança do alimento consumido, além da busca por itens produzidos a partir de animais oriundos de um sistema de criação sustentável, sob normas adequadas de bem-estar e livres da ingestão de toxinas e antibióticos. A exigência é de que tudo isso possa ser oferecido e sustentado pela cadeia produtiva, na qual um ingrediente é a base de tudo: o milho. A evolução no rendimento (produtividade) de grãos de milho levou o Brasil ao topo da cadeia exportadora; na safra 2019/20, a produção superou 100 milhões de toneladas. O país é o terceiro maior produtor mundial desse grão, atrás apenas dos Estados Unidos da América e da China. As exportações brasileiras de milho giram em torno de 35% anuais, o que coloca o país no Top 3 dos maiores exportadores. Mais de 90% do milho utilizado no consumo doméstico é destinado à nutrição animal, principalmente de aves e suínos. O Brasil também é um dos líderes mundiais na produção de proteína animal; ocupa a terceira posição no ranking dos produtores e a primeira dentre os exportadores de aves, e é o quarto


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maior produtor e exportador de suínos. O mercado disponibiliza anualmente dezenas de híbridos de milho com diferentes caraterísticas e propósitos. Na safra 2019/20, 196 tipos foram ofertados. Conforme publicado pela Embrapa Milho e Sorgo, as empresas produtoras de sementes reportaram os seguintes dados para essa safra: 86,4% híbridos simples, 5,8% híbridos triplos, 3,9% híbridos duplos e 2,6% híbridos intervarietais. O levantamento também abordou o ciclo Figura 1. Variabilidade da produção de milho por hectare (kg) e respectivo custo (R$) da tonelada dessas cultivares, sendo 66% de ração para frangos de corte na fase inicial para diferentes híbridos de milho avaliados. precoces, 25% superprecoces, 5% semiprecoces, 3% hiperprecoces e 1% de ciclo médio. Dos 196 híbridos apresentados, 90% não possui informação quanto à resistência à Fusariose, doença que pode culminar em contaminação micotoxicológica causada por fungos do gênero Fusarium. Isso reflete no fato de que cerca de 85% dos lotes brasileiros de milho apresenta fumonisinas, principal grupo de micotoxinas produzidas por esse grupo fúngico. Além de afetar a qualidade nutricional e física dos grãos, esses metabólitos geram um impacto negati- Figura 2. Fluxo de colheita de milho na segunda safra de 2020. vo na produção animal por demandar aumento no custo da ração, referente à O milho ainda é tratado como uma commodiinclusão de aditivos e nutrientes sintéticos, e por ty, ou seja, os critérios de classificação são simpliinterferir na sanidade e desempenho zootécnico ficados, não permitindo uma correlação precisa dos animais. com os nutrientes presentes no grão. No cenário A cadeia produtiva tem início no aporte ofe- atual, almeja-se que a seleção genética produza recido pelas casas de genética. O melhoramen- híbridos que, além da produtividade, possibilitem to genético do milho é realizado para que uma a formulação de ração a um custo menor. Assim, matéria-prima de alta produtividade seja oferta- os trabalhos com híbridos de milho iniciados em da, considerando em alguns casos tratos cultu- 2013 começam a ganhar corpo e a abranger ourais, como o uso de defensivos agrícolas (doses e tras variáveis, como o local de plantio, o uso de frequências) ou o ciclo de cultura. A partir da ge- diferentes manejos, a resistência a patógenos e nética, utilizada em associação às Boas Práticas insetos e a qualidade nutricional. Inicialmente Agrícolas (BPAs) e condições climáticas, é gera- objetivou-se selecionar um material resistente da a pedra basilar da qualidade e produtividade às micotoxinas, mas outros fatores também se a campo. Infelizmente, uma possível bonificação mostraram intimamente atrelados ao custo da pela qualidade nutricional e micotoxicológica dos formulação de ração, indicando que a seleção gegrãos ainda esbarra na impossibilidade de segre- nética não envolverá parâmetros únicos, mas sim gação do material na indústria; contudo, a qualifi- um conjunto deles. Assim, os parâmetros genécação pode ser realizada após o armazenamento, ticos avaliados nos híbridos de milho foram proo que favorece a tomada de decisão. Dessa for- dutividade (em kg/hectare), percentual de grãos ma, a pressão por médias nutricionais maiores, avariados, energia metabolizável, proteína bruta, que não são exclusivamente determinadas pela aminoácidos digestíveis e presença de micotogenética, tende a aumentar. xinas (aflatoxinas, fumonisinas, desoxinivalenol e Revista Grãos Brasil - Novembro / Dezembro 2021


TECNOLOGIA zearalenona) (Figura 1). As interações podem ser feitas correlacionando-se variáveis como ciclo, época de plantio, tipos de transgenia, textura, resistência a fungicidas e acamamento. “Nem sempre o híbrido mais produtivo é o que apresenta o menor custo de formulação”. Da lavoura ao armazenamento, a colheita do milho é uma das fases chave para a qualidade do ativo em questão. Cerca de 70% da colheita de milho na safrinha de 2020 ocorreu em um período de 60 dias (Figura 2). Considerando esse cenário, a recepção dos grãos ocorre em um período muito concentrado, no qual, por vezes, há perda nos processos de estabilização nutricional e micotoxicológica, levando à degradação da matéria-prima. O recebimento pós-colheita é um processo que não tem a capacidade de melhorar o valor nutricional do produto, havendo apenas a preservação do mesmo. A participação do produtor de grãos é encerrada a partir desse momento. Essa é a primeira oportunidade para que o material, que já está homogeneizado, seja qualificado econômica e nutricionalmente para conexão com o processo de formulação de precisão. É também nessa fase que ocorre a segregação e o direcionamento inteligente da matéria-prima, pois o uso dessa informação na nutrição torna-se mais eficiente e com múltiplas possibilidades de decisões econômicas, tais como a destinação do produto para a espécie animal específica, fases, sexo, genética ou até mesmo a comercialização onde o valor de mercado é mais apropriado. Dessa forma, a cadeia se torna mais transparente e eficaz. Além disso, sabe-se que a grande maioria dos processos de secagem não consegue desempenhar essa tarefa de forma rápida e uniforme em todo o volume de grãos; isso faz com que ocorram alterações termo-hídricas dentro dos silos, as quais são evitáveis com o uso da aeração forçada. Contudo, mesmo atingindo a estabilidade térmica e atendendo às BPAs, muitas vezes não é possível evitar a produção de micotoxinas. A matéria-prima estará pronta para ser amostrada quando temperaturas adequadas de conservação forem atingidas. A amostragem é uma etapa primordial, uma vez que é a partir da amostra coletada que serão gerados os resultados que embasarão a tomada de decisão. As micotoxinas são substâncias detectadas na unidade de partes por bilhão (ppb); sendo assim, configuram umas das substâncias mais difíceis de serem quantificadas com precisão. Buscando-se compreender o quanto 1 ppb representa, pode-se fazer a relação com menos de oito pessoas na população global; isso denota o grau de dificuldade em se estabelecer uma amostragem para micotoxinas.

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Transferindo isso para a realidade do milho, 1 ppb equivale a 1 grão de milho em 350 t (10 caminhões com 35 t). “Estudos comprovam que em torno de 80% da precisão de um resultado de micotoxinas está relacionado a uma amostragem correta”. Além da baixa concentração em ppb, as micotoxinas não se distribuem uniformemente na massa de grãos; suas concentrações podem variar significativamente de um local para outro dentro de um silo ou armazém. Essa distribuição heterogênea tem início ainda na lavoura de milho, onde comumente são produzidas as micotoxinas de campo (fumonisinas, zearalenona e deoxinivalenol) pelos fungos do gênero Fusarium. Isso ocorre devido às diferentes condições de temperatura e umidade favoráveis ao crescimento fúngico e a consequente produção de micotoxinas em diferentes pontos da lavoura. Grãos com concentrações distintas de micotoxinas também podem ocorrer em uma única espiga de milho. Tal heterogeneidade é transferida durante a colheita para os veículos de transporte de grãos, em seguida para a unidade de recebimento na moega, no secador, no armazenamento, e finalmente para os grãos que serão utilizados para produzir a ração ou destinados para outro fim. Ainda, durante as etapas de recebimento, secagem e armazenamento de grãos, há maior risco de produção das “micotoxinas de armazenamento”, as aflatoxinas, que têm alta toxicidade e são produzidas por fungos do gênero Aspergillus. Durante o armazenamento, podem haver hot spots dentro dos silos, ocasionados principalmente pela presença de umidade excessiva em pontos localizados dentro do sistema de armazenagem, contribuindo também para a heterogeneidade do material.

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Portanto, os procedimentos de coleta das amostras devem respeitar o princípio de que cada grão tenha a mesma probabilidade de estar representado na amostra. Somente assim a informação será representativa e ideal para ser utilizada na qualificação do lote amostrado. De forma prática, é necessário Figura 5. Fluxograma das amostras ilustrando o envio e predição dos espectros através da leitura utilizar uma sonda pneumática no equipamento NIR e interpretação dos resultados. para coletar as amostras de silos e armazéns; esta deve ser introduzida na masA amostra em grãos apropriadamente coletasa de grãos, possibilitando a coleta desde o topo da para a análise de micotoxinas é também reaté a base. A quantidade de amostra coletada presentativa para as demais análises, podendo deve ser em torno de 10 a 20 kg, dependendo da ser utilizada para avaliar variáveis de classificação profundidade da instalação. É recomendável que física do milho como umidade, impurezas, grãos a quantidade de pontos de coleta e a separação avariados e carunchados. A seguir, a amostra oride amostras por profundidade siga a demonstra- ginada de cada ponto deve ser integralmente ção ilustrada nas Figuras 3 e 4, pois depende do triturada, de forma que o número de partículas tamanho da estrutura armazenadora. seja totalmente triturado em um triturador básico equipado com peneira de 3 mm; isso garantirá a fragmentação de cada grão em milhares de partículas e consequentemente uma pré-homogeneização da amostra. O volume gerado deverá ser reduzido através de um quarteamento até o peso aproximado de 500 g. O passo subsequente é a moagem mais refinada da amostra, utilizando-se moedores específicos de laboratório equipados com peneira de 0,5 ou 1 mm para padronização da granulometria das partículas. Após, é realizado o processo de homogeneização da amostra e leitura no equipamento de espectroscopia no infravermelho proximal - NIR (Near Infrared Spectroscopy) para obtenção do espectro. Ainda, por se tratar de um grande volume de grãos, recomenda-se que também sejam geradas algumas amostras constituídas por Figura 3. Pontos de amostragem em silos. alíquotas de amostras de diferentes pontos do silo ou armazém, para análise por meio da metodologia de referência Cromatografia Líquida acoplada a Espectrometria de Massas (LC- MS/MS). O NIR é um equipamento que se caracteriza por realizar a leitura espectral da amostra em diferentes comprimentos de onda que variam entre 400 e 2.500 nm. Esses dados espectrais são gerados a partir de uma vibração molecular e são convertidos em níveis de absorbância únicos para cada amostra. Os espectros são selecionados e correlacionados com os resultados obtidos através de análises físico-químicas certificadas. As curvas de calibração são então obtidas através de tratamentos matemáticos, possibilitando tanto análises quantitativas quanto qualitativas das amostras. Os espectros são armazenados para que, havendo novas curvas, essas ainda estejam disponíveis para predição sem a necessidade de guardar a amostra física, permitindo uma análise Figura 4. Pontos de amostragem em armazéns graneleiros. retrospectiva. Revista Grãos Brasil - Novembro / Dezembro 2021


TECNOLOGIA “O grande desafio para elaboração das curvas para micotoxinas é a obtenção de um número suficiente de amostras que represente o universo de interesse técnico/prático da informação gerada.” O fluxo das amostras após o processo de amostragem até a leitura no equipamento NIR é ilustrado na Figura 5. Após a leitura, os espectros são enviados a um programa para a geração das informações sobre os parâmetros solicitados. Em poucos minutos há o retorno da informação para o usuário. O cenário atual não nos permite a segregação do milho. Dessa forma, a alternativa implementada é a de avaliação das unidades de armazenagem. Uma das maiores vantagens desse processo é a obtenção de todas as informações necessárias para qualificação do milho em alguns instantes. A extração dos dados é feita por um software que abastece as informações gerenciais e possibilita o acompanhamento instantâneo do produto que está sendo utilizado. Todas as informações são apresentadas em tempo real para os principais componentes bromatológicos do milho, além da classificação física e as micotoxinas importantes para a formulação (Figura 6). Esse sistema permite que a decisão seja fundamentada em informações corretas e não realizada empiricamente. Essa realidade permite selecionar, dentre todas as unidades de armazenamento, aquelas que oferecem o material ideal para a categoria animal desejada. Isso significa poder escolher, dentre todos os silos de uma unidade fabril, aquele que contém o milho com as características desejadas para produzir uma ração pré-inicial para frangos de corte. Ou então, eleger o silo que apresenta menor contaminação pela micotoxina zearaleno-

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na para produzir ração de matrizes suínas. Uma das possibilidades está na decisão quanto ao emprego de determinados ingredientes nutricionais ou funcionais como, por exemplo, os aditivos antimicotoxinas; tal decisão é definida com base no conhecimento prévio da matéria-prima armazenada, servindo como subsídio para as políticas de compra desses ingredientes. As possibilidades de gerenciamento através da plataforma são infinitas, já que o sistema permite a seleção daqueles silos que poderão ser armazenados por mais tempo, escolhidos para consumo da empresa ou colocados à disposição do mercado. Em breve, a compra de cereais será baseada não só na classificação por tipo de produto, mas também por características da matéria-prima para produção de alimentos com fins específicos. As transações relacionadas às commodities seguramente já utilizam esse processo; alguns países estão qualificando e empregando essa tecnologia para agregar valor ao produto exportado ou atender às exigências específicas do comprador, especialmente quanto aos níveis de micotoxinas contidos no material e seu uso na alimentação de uma categoria animal específica. Cada vez mais exigente, o mercado deterá os parâmetros de compra para atendimento das suas características individuais. Além disso, a informação empregada no monitoramento dos silos e armazéns também pode indicar possíveis ações corretivas quando necessárias, como controle de termometria e melhorias na aeração, ou seja, melhorias no sistema de gestão continuado. “A informação possibilita trabalhar na correta tomada de decisão; a falta dela leva a trabalhar no empirismo.”

Figura 6. Monitoramento de silos quanto à presença de micotoxinas e classificação física dos grãos. www.graosbrasil.com.br


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Novo Agronegócio enfrenta grande desafio: a revitalização dos sistemas de armazenagem

Para o Brasil se manter no topo do mercado global de commodities agrícolas, o desafio atual é avançar em tecnologias no pós-colheita.

Sandro Mochnacz Consultor Hm Rubber

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Com recorde de produtividade e crescimento contínuo, o Brasil tem como desafio implementar um avançado processo de inovação em todo o seu ecossistema serviços, materiais e insumos, especialmente no setor de armazenamento para garantir a comercialização das super safras e evitar perdas. Quem faz o alerta é o consultor da HM Rubber, Sandro Mochnacz. Ele e sua equipe já revitalizaram mais de 1.000 silos e armazéns brasileiros, nos últimos 5 anos com uma solução técnica avançada, desenvolvida à base de nanotecnologia. Trata-se da impermeabilização dos sistemas de armazenagem com a borracha líquida, que envelopa toda a estrutura de silos e armazéns, oferecendo estanqueidade próxima a 100%. O sistema evita quase que totalmente perdas quantitativas ou qualitativas da produção, decorrentes de infiltrações, variações de temperatura e umidade. Estima-se que no Brasil cerca de 20% da produção anual de grãos ainda seja perdida entre a colheita e o armazenamento. “Agora com a diminuição significativa do período de armazenagem nas entressafras a eficiência no armazenamento é de suma importância pois de nada adianta elevar a produtividade e depois perder a produção, devido a um processo inadequado de conservação”, destaca Sandro Mochnacz. Ele explica que foi para oferecer uma solução técnica para este


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problema que a HM Rubber investiu em pesquisas rigorosas e certificações que comprovam a eficácia da borracha líquida, amplamente comercializada em diversos estados produtores brasileiros, tais como Centro-Oeste, Sul e Norte/Nordeste. O produto permite que o armazenador de grãos mantenha em condições adequadas a produção agrícola com a vedação e a impermeabilização da estrutura metálica dos silos, onde a infiltração é o grande responsável por prejuízos. Uma das principais vantagens do uso da borracha líquida é sua aplicação de forma rápida e fácil, sem necessidade de obras e trocas de chapas e parafusos nos sistemas de armazenagem, que precisam estar sempre hermeticamente fechados, garantindo total eficiência ao processo de expurgo.

Outra vantagem é a rapidez da operação. Os silos não ficam ociosos, devido à facilidade de manutenção, que ainda por cima possui um custo significativamente menor se comparado aos métodos tradicionais. “Para se ter uma ideia da diferença, em uma operação de revitalização conseguimos fazer mil parafusos por hora, enquanto pelos métodos tradicionais seriam 800 parafusos por dia”, destaca o consultor da HM Rubber. Além do ganho de homem/hora de trabalho, outro benefício da borracha líquida é que a impermeabilização pode ser feita em condições climáticas adversas, uma vez que o produto químico, que é um elastômero, requer apenas um processo de cura (secagem) adequada.

Cooperativas de grãos avançam na revitalização de silos e armazéns Cooperativas de grãos avançam na revitalização de silos e armazéns Diante desta necessidade de evitar perdas, o que moverá novo agronegócio brasileiro, a partir de agora, será justamente fortalecer o elo entre donos de armazéns e agricultores, resolvendo questões de eficiência na armazenagem e garantindo a eficiência de toda a cadeia de fornecimento, avalia o empresário Ronaldo André Mosna, proprietário da RM Manutenção/ Sarandi RS. Sua empresa é especializada no atendimento às cooperativas de grãos na região norte e noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, atendendo a grandes players como a Cotrisal e Coagril. Ele explica que o cooperativismo agropecuário do Sul do Brasil entendeu que precisava avançar em uma nova era de desenvolvimento, implantando esforços sistemáticos nos projetos de revitalização para gerar ganho expressivo de competitividade aos cooperados, diante das perspectivas do mercado globalizado, que alterou em muito o dinamismo econômico do setor. “Com a borracha líquida, temos em mãos uma tecnologia versátil que possui diversas vantagens, além de garantir a qualidade de armazenagem, reduzir custos e a perda de grãos aumenta também a vida útil dos silos”, pontua Mosna. Ele reforça que boa parte das instalações de armazenagem a granel no Brasil é construída de silos com bastante tempo de uso. E entre as vantagens da borracha líquida é que ela também serve para proteger e fazer a prevenção de avarias nos silos novos, que vêm sendo construídos em função o aumento do cultivo de grãos no país. Revista Grãos Brasil - Novembro / Dezembro 2021

Figura 1 e 2. Colaborador da RM Manutenção faz a impermeabilização de silos de trigo na Unidade Cotrisal do município de Ronda Alta, no Rio Grande do Sul. A cooperativa agrícola atingiu o faturamento de R$ 2,3 bilhões no final do exercício de 2020, com constantes investimentos em construção de unidades de armazenamento, de varejo e infraestrutura.


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Figura 3. Trabalho de revitalização de silo na Coagril, Cooperativa dos Agricultores do município de Chapada, no Rio Grande do Sul, realizado pela equipe da RM Manutenção.

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SOBRE A HM RUBBER A HM Rubber é uma indústria de revestimentos tecnológicos, que oferece soluções inovadoras de impermeabilização de estruturas para diversos segmentos de mercado, com atuação no agronegócio. O carro-chefe da marca é a borracha líquida, uma solução técnica amplamente utilizada em sistemas de armazenagem e transporte de grãos, por oferecer propriedades exclusivas tais como secagem rápida, aplicação interna e externa, redução de temperatura do substrato, alta flexibilidade e elasticidades, além de resistência UV. Tecnologia que Protege!


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Como reduzir a temperatura interna do silo com o Sistema RR 500 ECO? Solução reflete até 89% dos raios solares, o que diminui o uso do sistema de ventilação.

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O armazenamento durante a entressafra é um período extremamente importante para garantir a qualidade do grão e consequentemente aumentar o seu valor no mercado. Por isso, cada etapa do processo de pós-colheita deve ser realizado corretamente, inclusive o controle da temperatura interna do silo. Afinal, temperaturas acima de 20ºC propiciam o surgimento de insetos, enquanto que abaixo de 15ºC inviabilizam o uso de inseticidas fumigantes e até reduzem o teor de umidade dos grãos. Estima-se que 10% de toda a produção anual de grãos é perdida desde a colheita até o escoamento, segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e da Food and Agriculture Organization (FAO/ONU). O armazenamento ainda é um dos principais motivos deste prejuízo, devido ao ataque de pragas. Vale salientar que nesta porcentagem não estão contabilizadas as perdas qualitativas, responsáveis pelo comprometimento do uso de toda a safra ou a classificação para outro uso de menor valor agregado. Eliminar as perdas no pós-colheita é extremamente importante para a produção ser lucrativa, assim como tornar o processo produtivo comercialmente competitivo. Sendo que uma das formas para a


TECNOLOGIA redução de gastos pode ser a diminuição dos custos energéticos dos sistemas de ventilação. Neste cenário, a impermeabilização do silo pode ter um papel fundamental. O Impermeabilizante RR 500 ECO é um aliado no controle da temperatura interna do silo. Isso porque esta solução possui refletância térmica, que pode chegar até 89% dos raios solares. Com isso, há a redução do uso do sistema de ventilação e, consequentemente, uma economia nas despesas com a energia elétrica.

Um exemplo desse tipo de economia é o silo de uma fazenda no interior do Mato Grosso do Sul que foi envelopado com o RR 500 ECO. A redução da temperatura chegou a 25%, o que gerou uma grande economia e garantiu a qualidade final dos grãos com o controle preventivo de pragas.

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Adeus umidade! Além da refletância térmica, a linha de impermeabilização RR 500 ECO oferece outra importante característica: completa impermeabilidade. Isso é importante porque a umidade também é uma variável fundamental para o armazenamento adequado dos grãos. Por esta razão, investir em uma vedação de qualidade do silo é imprescindível e influenciará em quão lucrativa será a safra. Também é necessário salientar que a estanqueidade obtida pela linha RR 500 ECO contribui para o aumento em até 15 anos da vida útil do silo. Com isso, as manutenções poderão ser menos frequentes. E, quando os reparos forem necessários, serão muito mais eficientes, pois a aplicação de todos os produtos foi pensada visando máxima agilidade. O sistema de impermeabilização RR 500 ECO é composto por impermeabilizante, selante e tela de reforço para pontos críticos da impermeabilização. Cada item foi pensado para garantir a vedação máxima, deixando os problemas com umidade para fora do silo. Conheça a linha completa: • O Impermeabilizante RR 500 ECO não diluí em água, depois de curado, o produto forma uma membrana emborrachada de alta performance. Tem alta resistência ao tempo e cli-

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TECNOLOGIA ma, pois conta com aditivos anti UVB em sua fórmula. Além disso, como já foi dito, possui refletância térmica. • O Selante RR 500 ECO tem como função principal encapsular a cabeça dos parafusos e impedir que alguma goteira comece nesses pontos. Esta é uma medida importante porque, se o fixador for instalado incorretamente, não demorará a surgir infiltrações e corrosões que comprometerão a qualidade dos grãos. • A Tela de Reforço Flexfelt é um item desenvolvimento especialmente para reforçar a impermeabilização em pontos críticos, como a sobreposição das chapas metálicas no chapéu do silo, por exemplo. Assim, você elimina a possibilidade de surgimento de goteiras e corrosões nesses pontos.

Quer saber mais sobre essas soluções? Acesse o QRCode no início da matéria e tenha agora mesmo a segurança, eficiência e economia que acompanham cada solução Hard.

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Somos especialistas em soluções para construção metálica O Grupo Hard é especialista no desenvolvimento, fabricação e comercialização de soluções inovadoras para os segmentos da construção metálica, construção civil e estruturas metálicas no agronegócio. As linhas de produtos Hard cumprem normas de qualidade nacionais e internacionais. Mas, acima de tudo, após 35 anos de história, a Hard é sinônimo de solução completa em um só lugar, qualidade comprovada por meio de testes e uma equipe técnica preparada para ajudar.


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Como os processadores de sementes e grãos podem lucrar com as mais recentes tecnologias de classificação?

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A crescente demanda global por sementes e grãos, incluindo sementes de milho e grãos de café, é uma grande oportunidade para os processadores de alimentos aumentarem seus fluxos de receita. Para lucrar com esses mercados em expansão, no entanto, é necessário superar alguns desafios operacionais. Aqui, identificamos esses desafios, damos uma breve olhada nas tecnologias disponíveis para resolvê-los e explicamos por que podem abrir portas para novos negócios. Grandes oportunidades Uma das principais razões para a popularidade crescente de sementes e grãos - e para os especialistas prevendo que as vendas continuarão crescendo nos próximos anos - é o crescimento da renda em países em desenvolvimento altamente populosos. Todos os anos, milhões de pessoas descobrem que têm mais dinheiro para gastar em bens de consumo que se movimentam rapidamente, incluindo alimentos. Já vimos mudanças sísmicas no consumismo global por causa do crescimento econômico na nação mais populosa do planeta, a China - e um estudo recente de 130 nações por analistas econômicos FocusEconomics concluiu que a economia de crescimento mais rápido do mundo nos próximos cinco anos será a de o segundo mais populoso, a Índia. O outro motivo principal é o fortalecimento da tendência, principalmente nos países desenvolvidos, de alimentos saudáveis. Os compradores

estão cada vez mais procurando produtos com "rótulo limpo" contendo ingredientes naturais e nutritivos, o que significa que sementes e grãos estão sendo adicionados a mais alimentos do que nunca. Os exemplos mais vendidos são pães, produtos de panificação e lanchonetes - todos produzidos e consumidos em grandes quantidades. Isso é mais do que apenas um modismo do consumidor ou uma falha nos gráficos de vendas. Os pesquisadores de mercado prevêem que durante os próximos cinco anos (e provavelmente por muito mais tempo) o mercado de sementes se expandirá em valor anual a uma taxa composta de crescimento anual (CAGR) de 6-8%, passando de $ 63 bilhões em 2020 para $ 85-90 bilhões em 2025. No mesmo período, espera-se que o mercado de grãos se expanda a um CAGR de cerca de 6%, de $ 1.150 bilhões para $ 1.556 bilhões. Vale lembrar também que os grãos incluem os grãos de café, fonte de uma das bebidas mais www.graosbrasil.com.br


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consumidas do planeta. Os preços do café atingiram novos recordes no outono de 2021, de acordo com a Organização Mundial do Café. Embora os preços das safras flutuem devido às condições climáticas e rendimentos variáveis, a demanda global está subindo implacavelmente. Nos próximos cinco anos, espera-se que o valor anual do mercado de grãos de café aumente de US $ 27 bilhões a um CAGR de 6,7%. Muito desse crescimento está sendo impulsionado pelo aumento da demanda por cápsulas de café para consumo doméstico e pela abertura de novos pontos de franquia, como CCD e Starbucks em muitos países do mundo incluindo China e Índia. Desafios de processamento O principal desafio que os processadores enfrentam é que novas conquistas de vendas são mais prováveis de serem feitas em mercados de exportação onde as imperfeições do produto não são toleradas. Isso torna mais importante do que nunca para as linhas de processamento detectar e ejetar materiais estranhos, produtos defeituosos, produtos com contaminação cruzada e produtos contaminados com micotoxinas. Uma micotoxina, a aflatoxina, é uma preocupação real: este veneno de ocorrência natural pode contaminar grãos de milho destinados ao uso em alimentos para consumo humano e para animais de estimação, pode facilmente ser letal para cães e gatos e, ainda assim, é extremamente difícil de detectar. Outro desafio é que o suprimento fica aquém da demanda por muitos tipos de sementes e grãos, mas pode levar anos para plantar mais safras ou aumentar o rendimento das safras. Isso significa que os processadores devem ser mais eficazes do que nunca na redução do desperdício de alimentos. Não é mais aceitável usar métodos de classificação desatualizados que descartam grandes quantidades de produtos bons ao rejeitar produtos ruins. Além disso, rejeitar muitos itens bons e ruins é jogar fora uma receita potencial. Outro desafio, que certamente se tornará mais difundido no futuro próximo, é o surgimento de plantações geneticamente modificadas. Embora Revista Grãos Brasil - Novembro / Dezembro 2021

a venda de alimentos geneticamente modificados se torne mais comum, é improvável que sejam bem recebidos por todos os consumidores e podem até ser restringidos ou proibidos por alguns reguladores de alimentos. Isso torna essencial para os processadores evitar que alimentos não-GM se tornem contaminados com alimentos GM. Também é importante evitar a contaminação cruzada, resultando em produtos contendo ingredientes indesejados, como soja, que são alérgenos. Razões para otimismo A boa notícia é que todos esses desafios - até mesmo a ameaça bem escondida representada pela aflatoxina - podem ser enfrentados com o uso de máquinas de classificação óptica modernas. Líder do setor, a TOMRA Food oferece uma ampla gama de soluções de classificação com vários níveis de sofisticação para executar tarefas de complexidade variada. Essas máquinas são calibradas com precisão para aplicações alimentares específicas e altamente eficazes para muitos tipos de sementes e grãos. As máquinas TOMRA estão atualmente em operação em todo o mundo, separando sementes e rações de milho, grãos secos, lentilhas, grão de bico, ervilhas secas, sementes de girassol, sementes de gergelim, sementes de abóbora e grãos de café torrados e não torrados. Além de melhorar a segurança alimentar e a qualidade do produto, os classificadores da TOMRA oferecem outros benefícios. Essas máquinas podem nivelar conforme as especificações, aumentar a eficiência de remoção, minimizar falsos rejeitos, reduzir ou eliminar a necessidade de intervenção manual e reduzir ou eliminar a dependência de trabalho manual. O último ponto é especialmente importante em países em desenvolvimento, onde os processadores tradicionalmente dependem de pessoas em vez de máquinas para classificar: enquanto a classificação manual é subjetiva, imperfeita e especialmente vulnerável a erros quando os trabalhadores estão cansados ou entediados, os classificadores automatizados podem trabalhar hora após hora com precisão superior, padrões consistentes e eficiên-


TECNOLOGIA cia inabalável. Além do mais, as máquinas da TOMRA são projetadas para serem fáceis de manter limpas, melhorar a higiene dos alimentos e ter uma manutenção fácil, reduzindo o tempo de inatividade da linha. E porque as plataformas de máquina da TOMRA são robustas e seus sensores ópticos estão localizados de forma ideal, o desempenho de classificação permanece estável mesmo quando as condições de trabalho são empoeiradas ou sujeitas a temperaturas extremas. Os usuários descobrem que há pouca ou nenhuma degradação no desempenho de classificação do início ao fim de um turno. Soluções de classificação abrangentes Os classificadores da TOMRA podem inspecionar materiais que passam ao longo da linha de processamento de acordo com sua forma, cor, estrutura e características biológicas. Quais desses recursos uma máquina possui depende de sua especificação técnica, que incorporará uma ou mais maneiras de 'ver': raios-x, câmeras de alta resolução, lasers, sensores ópticos de infravermelho próximo (NIR) e a assinatura biométrica exclusiva da TOMRA Tecnologia de identificação.

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Uma variedade de máquinas TOMRA são mais adequadas para sementes e grãos: Ixus Bulk, Zea, TOMRA 3C e Nimbus BSI +, dependendo dos requisitos específicos. O Ixus Bulk emprega a mais recente tecnologia de raio-x e imagem para detectar materiais estranhos de alta densidade, como metal, pedras, vidro e plásticos. A Zea, desenvolvida especificamente para a indústria de sementes de milho, é uma máquina acessível com base em sensores para classificar espigas de milho com palha, defeitos, doenças e tamanho. A TOMRA 3C combina câmeras de alta resolução com iluminação LED e unidades de laser ou NIR para remover materiais estranhos e defeitos do produto. Esta máquina acessível e compacta precisa de muito pouco espaço e é amada pelos operadores por sua interface de usuário TOMRA ACT intuitiva. Ela possui uma tolva de alimentação, onde os produtos são despejados, em seguida, os produtos passam por uma calha vibratória, onde os produtos são espalhados uniformemente por uma rampa de alimentação. Os materiais, então, caem em uma área de detecção, onde são inspecionados por um laser duplo e câmeras de

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alta resolução frente e verso. Em questão de milissegundos, o sistema de inspeção inteligente rejeita todos os defeitos. O produto aceitável continua pela calha de aceitação, enquanto os defeitos são desviados para calha de rejeição. As tecnologias da TOMRA 3C resultam em inúmeras vantagens. A alta eficiência do laser duplo resulta em remoção superior de vidro e material estranho; as câmeras RGB de dupla face, combinadas com iluminação LED de alta intensidade, removem as cores e defeitos de forma mais sutis; a válvula de ejeção de alta velocidade resulta em uma taxa excepcionalmente baixa de falsas rejeições; a limpeza automática inteligente mantém o desempenho ideal da máquina; e a interface de controle, com uma grande tela sensível ao toque que mostra os parâmetros de ajuste específicos do aplicativo, é fácil de usar para os operadores. O Nimbus BSI + combina exclusivamente lasers com NIR, espectroscopia visível e o scanner BSI + patenteado da TOMRA, que pode detectar as características biométricas dos objetos. Esta também é uma máquina de queda livre: um agitador de alimentação ou funil distribui uniformemente o produto sobre a calha de queda livre e, depois que o produto cai na zona de inspeção, é verificado por câmeras, lasers ou BSI +, ou uma combinação de esses. Alguns milissegundos depois de feita essa avaliação, os defeitos são atingidos com uma rajada precisa e poderosa de ar que os envia para a zona de rejeição enquanto o produto bom continua sua queda livre natural. As tecnologias sofisticadas do Nimbus BSI + permitem "ver" através de um espectro mais amplo do que outras máquinas e tomar decisões mais precisas sobre a aceitabilidade e classificação dos materiais na linha. Quando equipado com o scanner BSI +, o Nimbus é capaz de detectar a cor e a composição química na mesma passagem, e de remover materiais indesejados e defeitos do produto que passariam por outros classificadores sem serem detectados - e quando o Nimbus está equipado com o módulo laser Detox , também pode detectar a presença de aflatoxina. Revista Grãos Brasil - Novembro / Dezembro 2021

Uma das empresas que se beneficiaram significativamente com o uso do Nimbus BSI + é a Legumbres Selectas Sierra Nevada, uma empresa espanhola especializada em pulsos de qualidade superior. O CEO da empresa, Vicente Jiménez Blanes, diz: “Quando vi esta máquina em operação pela primeira vez, sabia que era excepcional, mas nunca imaginei do que era capaz. Os resultados são surpreendentes: 99,9% de pureza do produto, e passamos do processamento de 500 quilos por hora para uma capacidade instalada total de 5.000 quilos por hora. O salto foi espetacular - instalar as duas máquinas Nimbus BSI + é a melhor coisa que já fizemos nos 57 anos de história da nossa empresa”. Outro usuário muito satisfeito da TOMRA 3C e da IXUS é a Termont & Thomaes, uma empresa de sucesso na Holanda que se especializou na venda de leguminosas, grãos e sementes há mais de 100 anos. Ettienne Notschaele, operador de processo na fábrica da empresa na cidade de Biervliet, comentou: “Com as máquinas da TOMRA, a qualidade do produto e as quantidades do processo aumentam. O resultado de usar a TOMRA 3C e a IXUS é menor perda de rendimento e clientes mais satisfeitos. Também estamos muito felizes com a orientação e ajuda que recebemos da TOMRA, cuja equipe realmente se uniu para encontrar soluções que nos ajudem a progredir”. Centro de Teste e Demonstração Para garantir que os operadores extraiam todo o potencial de cada máquina, a TOMRA oferece treinamento no local para os clientes, além de tornar os especialistas técnicos acessíveis por meio de uma linha de apoio. E com o recém-lançado aplicativo para smartphone TOMRA Visual Assist, os engenheiros de serviço de campo da TOMRA e os clientes podem trabalhar juntos, mesmo quando estão a milhares de quilômetros de distância. O engenheiro pode fornecer conselhos detalhados como se estivesse em frente à máquina do cliente, e tanto o engenheiro quanto o cliente podem compartilhar documentos ou fazer anotações em imagens para esclarecer e explicar as instruções. Antes de chegar a este estágio, os produtores de alimentos são bem-vindos a experimentar as máquinas da TOMRA com seus próprios materiais de alimentação no Centro de Teste e Demonstração mais próximo da TOMRA. Existem 8 centros de demonstração em todo o mundo na Califórnia, Chile, Bélgica, Turquia, China, Índia, Japão e Irlanda). Por causa da pandemia COVID-19, a TOMRA também oferece Centros de Demonstração Online. Esses programas mostram testes por meio de um link de vídeo ao vivo, com os espectadores estimulados a fazer perguntas, fazer solicitações e direcionar uma das câmeras que mostra


TECNOLOGIA os procedimentos. Após a conclusão do teste, os observadores recebem um vídeo e um relatório que quantifica os resultados em detalhes. Essas demonstrações significam que os clientes podem ter certeza das capacidades e adequação de uma máquina antes de decidirem investir na tecnologia. E é um investimento que tem retorno de várias maneiras: diferenciando processadores mais bem equipados para obter uma vantagem competitiva; abrindo novas portas para mercados que exigem produtos de alto padrão; e protegendo o mais valioso de todos os ativos de negócios, a reputação da marca.

Sobre a TOMRA Food A TOMRA Food projeta e fabrica máquinas de classificação baseadas em sensores e soluções pós-colheita integradas para a indústria alimentícia, utilizando a mais avançada tecnologia de classificação, descascamento e análise do mundo. Mais de 8.000 unidades estão instaladas em produtores de alimentos, empacotadores e processadores ao redor do mundo, nos segmentos de frutas, nozes, vegetais, produtos de batata, grãos e sementes,

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frutas secas, carne e frutos do mar. A missão da empresa é permitir que seus clientes melhorem os retornos financeiros, obtenham eficiências operacionais e garantam o fornecimento seguro de alimentos por meio de tecnologias inteligentes. Para isso, a TOMRA Food opera centros de excelência, escritórios regionais e locais de fabricação nos Estados Unidos, Europa, América do Sul, Ásia, África e Australásia. A TOMRA Food é membro do Grupo TOMRA, fundado em 1972, que começou com o projeto, fabricação e venda de máquinas de venda reversa (RVMs) para coleta automatizada de embalagens de bebidas usadas. Hoje, a TOMRA fornece soluções lideradas por tecnologias que permitem a economia circular com sistemas avançados de coleta e classificação que otimizam a recuperação de recursos e minimizam o desperdício nas indústrias de alimentos, reciclagem e mineração. A TOMRA tem cerca de 100.000 instalações em mais de 80 mercados em todo o mundo, com uma receita total de aproximadamente 9.3 bilhões de NOK em 2019. O Grupo emprega em torno de 4.500 pessoas globalmente e é listado publicamente na Bolsa de Valores de Oslo (OSE: TOM). Para mais informações sobre a TOMRA, acesse: www.tomra.com.

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Principais proteções contra explosões por poeira combustível em coletores de pó.

Eng. André Fernandes IEP Technologies -Latam andre.fernandes@hoerbiger.com

O investimento em um coletor de pó quando considerado em uma empresa, devemos pensar em outros fatores que não são somente faturar, faturar e faturar. Precisamos nos preocupar principalmente com a segurança e a qualidade do seu funcionamento. E não é diferente quando instalamos um sistema de despoeiramento em nossa empresa ou onde trabalhamos. Estes coletores se não estiverem protegidos contra possível explosões por poeira combustível podem gerar perdas na produção e consequentemente impacto direto nos lucros da empresa, tornando-se assim um prejuízo inestimável, visto que a construção de um novo coletor de pó tem seu prazo de entrega muito extenso, podendo ser de até 6 meses. Sabemos, não de hoje, que o pó que tratamos em nosso processo de secagem ou despoeiramento é um potencial risco para a empresa. O que são coletores de pó? Assim como o nome nos sugere, é um equipamento que coleta o pó e os resíduos de um processo que seria descartado no ambiente. Tecnicamente falando o despoeiramento funciona como um sistema de sucção por alta vazão ou trabalhando por alto vácuo. Este permite que essas poeiras não circulem dentro do ambiente fabril gerando assim um ambiente mais seguro aos trabalhadores. Entretanto, para se tornar completamente seguro, temos que ter certeza de que o pó que estamos utilizando no processo não seja explosivo e em caso de afirmativo teremos que instalar equipamentos de segurança contra explosão.

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Existem uma gama de modelos de coletores, por isso sempre que levantar a necessidade da instalação deste equipamento em seu processo deverá ser considerado a hipótese de ele explodir, colocando em risco a vida dos trabalhadores e de seu processo produtivo como um todo. Você não sabia que o pó pode explodir? Este pó é chamado de poeira combustível, veja abaixo uma breve explicação sobre: Uma explosão depende de cinco elementos: combustível, comburente, fonte de ignição, dispersão e um espaço confinado. Os 3 primeiros elementos constituem o que conhecemos como o triângulo do fogo; ao adicionarmos os outros 2 elementos temos a formação do pentágono da explosão, o qual tem comportamento análogo ao triângulo do fogo. Ou seja, é necessário a presença dos cinco elementos para que o evento seja caracterizado como uma explosão; e da mesma forma como no incêndio, se eliminarmos um destes componentes da cadeia, a explosão não acontecerá. Depois que esclarecido, podemos entender os riscos inerentes do simples processamento do pó e podemos afirmar com certeza que os coletores de pó possuem todos os elementos potenciais para que uma explosão ocorra. Em suma os coletores lidam com o particulado de menor tamanho

Figura 1. O Triângulo do Fogo e o Pentágono da Explosão

durante o processo, quanto mais fino for a partícula de poeira, mais fácil será sua ignição e mais energética será a queima. Vamos pensar o exemplo simples abaixo: Possuímos uma lenha e ateamos fogo nela, nota-se que será uma queima muito lenta, logo não haverá risco de explosão.

Figura 2. Imagem ilustrativa

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Quando reduzimos o tamanho desta lenha, verificamos que houve um aumento de velocidade de queima.

Figura 3. Imagem ilustrativa

E se trabalhamos com a forma mais reduzida, que seria o pó, observamos que sua velocidade de queima será exponencial, podendo haver explosões.

Figura 4. Imagem ilustrativa

Por estes fatores os coletores de pó é um dos mais perigosos invólucros da planta. Além disso é o único coletor de poeira que atende frequentemente múltiplas áreas do processo. Uma explosão pode ocorrer no coletor e se propagar para o processo ou até mesmo expor uma área da planta por conta da ejeção da chama. Se instalado em áreas com passagem de pessoas pode colocar suas vidas em risco. A IEP Technologies dispõe de uma variedade de opções de proteção contra explosão com tecnologia de última geração, para reduzir os riscos que seu coletor de pó faça parte de uma estatística negativa e aconteça um evento que pode ser trágico em sua empresa. Tipos de proteção considerados em coletores de pó. 1. Janelas de alívio de explosão Figura 5. Imagem ilustrativa

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Este é o produto mais considerados quando falamos em mitigar explosões em coletores de pó. São dispositivos de alívio de explosão por ruptura, quando esta explosão excede o especificado, elas se rompem e libera a sobrepressão de deflagração e a chama gerada, reduzindo a pressão residual para um nível seguro. Sua vantagem é o baixo custo e os tamanhos que podem variar sua forma e dimensões. 1.1 Exemplo de instalação de janelas de alívio de explosão

Figura 6. Imagem ilustrativa

2. Válvula de alívio corta chama (EVN) Figura 7. Imagem ilustrativa


TECNOLOGIA Esta válvula é um sistema exclusivo IEP Technologies e foi projetado para dissipação de chamas. Diferente das janelas de alívio que quando acionadas deverão ser trocadas este equipamento é reutilizado pós explosão. O seu sistema de alívio é composto por uma placa que fecha o orifício de abertura sustentado por uma mola, ao qual se comprime e libera a pressão no momento da explosão. Posterior a esta abertura temos um dissipador de chamas que extingue a bola de fogo e reduz a temperatura dos gases gerados pela explosão, realizando assim o alívio seguro da explosão.

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desenvolva. Normalmente, os sistemas de supressão de explosão também incluem isolamento de explosão para dutos interconectados através dos quais a propagação da chama pode ocorrer.

2.1 Exemplo de instalação de janelas de alívio de explosão Figura 10. Imagem ilustrativa

4. Válvulas de isolamento IsoFlap

Figura 8. Imagem ilustrativa

Figura 11. Imagem ilustrativa

3. Supressão de explosão

Figura 12. Imagem ilustrativa Figura 9. Imagem ilustrativa

Esta solução é considerada quando o coletor de pó fica localizado em área interna ou quando o material que está sendo processado não pode ser liberado com segurança na atmosfera. Diferentemente das soluções acima esta é uma proteção ativa e não passiva. O sistema detecta a formação de uma explosão em questão de milissegundos, logo após a ignição. Descarregando em seguida um agente extintor químico rápido o suficiente dentro do equipamento para extinguir a deflagração antes que uma sobre pressão destrutiva se

Esta solução é uma válvula de acionamento passivo, é um meio de mitigação de propagação de pressão, da chama e queima de material. Este isolamento é feito para que o evento de explosão não se propague para outras partes do processo evitando que outras explosões aconteçam. Geralmente são instalados nas tubulações entrada dos coletores. Como puderam perceber são inúmeras soluções de proteção contra explosões que podem ser instalados em seu equipamento, lembrando que estas são soluções padrões não impedindo que sejam mesclados os tipos de equipamentos versus aplicação do cliente. Visitem nosso site (ieptechnologies.com.br) e vejam todas as nossas especialidades em proteções contra explosões por poeira combustível. www.graosbrasil.com.br


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Armazenagem 4.0 Soluções tecnológicas inovadoras garantem rentabilidade na Pós-colheita

A tecnologia empregada à agricultura é uma realidade no cenário atual, sendo a pós-colheita uma das etapas que mais requerem aplicação tecnológica, em que o correto armazenamento de grãos se faz necessário para manter a qualidade do grão, evitando perdas na produção e aumentando consequentemente o valor do produto. De mesmo modo a disponibilidade de dados acerca de equipamentos e produtos armazenados torna-se indispensável para melhor controle da produção durante todo o período de armazenagem. Solução NBRCloud e TermoPM Nesse sentido, sistemas computacionais constituem o meio mais eficiente para monitorar, controlar e melhorar o processo, fornecendo acesso a dados e informações importantes, necessárias para um bom gerenciamento da safra armazenada. Pensando nisso, o NBRCloud é um moderno sistema on-line em nuvem desenvolvido pela NBRtec para controle e monitoramento de produtos estocados, além de monitoramento e Revista Grãos Brasil - Novembro / Dezembro 2021

controle de uma gama de equipamentos utilizados no pós-colheita, como secadores, máquinas de limpeza e o próprio serviço de termometria de grãos. De modo geral, o sistema visa aprimorar a forma como é realizado o controle e acompanhamento da estocagem da safra, permitindo ao produtor acessar informações acerca da armazenagem de grãos de modo rápido e fácil. O NBRCloud, por se tratar de um sistema em nuvem, pode ser acessado de qualquer lugar do mundo, sendo assim, não importa se você está geograficamente distante da unidade de armazenamento, precisará apenas de um dispositivo com acesso à internet para monitorar sua estocagem de grãos. Uma, dentre muitas facilidades e recursos disponíveis no sistema. Entre os equipamentos monitorados pelo sistema está o TermoPM, termometria fabricada pela empresa que pode ser sincronizada com o NBR Cloud possibilitando monitorar o armazenamento de grãos em silos e armazéns. Dentro do sistema, toda a organização e estrutura do TermoPM pode ser facilmente modificada e confi-


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gurada de forma a oferecer um visual simples, fiel natários de e-mail específicos. Além dos alertas à organização física da unidade e de fácil utiliza- pelo endereço eletrônico, visando a maior rapidez ção para o usuário, conforme mostra a Figura 1. na entrega das informações, também é possível O funcionamento, de modo geral, é simples, os dados do TermoPM são sincronizados com o serviço de equipamentos do NBRCloud e assim passam a ser disponibilizados on-line para o cliente. Além disso, o sistema conta com outros recursos como, registros históricos das leituras de termometria, possibilitando a visualização de leituras anteriores, acompanhando assim, a alteração de sensores ao longo do tempo. O sistema também fornece, através dos registros históricos, acompanhamento da variação de temperatura de cada sensor, em períodos semanais, mensais e anuais, verificando se um de- Figura 1. Tela de exibição das construções da unidade. terminado sensor ou grupo de sensores possui aumento ou diminuição gradual de temperatura ou até mesmo se está se mantendo em uma faixa de temperatura, agregando valor a qualidade do produto. Outro recurso dentro do NBRCloud é a possibilidade de configurar o nível atual de preenchimento de armazenamento da construção, ou seja, até qual ponto de um silo, por exemplo, há grãos. O NBRCloud conta com uma excelente experiência de utilização do sistema pelo cliente com representações visuais análogas às construções físicas presentes na unidade e totalmente interativas, permitindo ao cliente visualizar as medições termométricas de modo similar ao que acontece fisicamente na construção e interagir com cabos e sensores diretamente na interface, conforme mostra a Figura 2. Aliado a tudo isso entendendo as necessidades dos gestores, a plataforma NBR Cloud oferece um sistema de alertas para o usuário onde é possível configurar alertas de condições não ideais de armazenamento. Podem ser criadas várias regras de alertas cada uma para uma Figura 2. Visão superior e visão lateral de um silo com dados de leitura e gráficos de variação de situação específica com desti- temperatura. Revista Grãos Brasil - Novembro / Dezembro 2021


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configurar os alertas através do aplicativo de mensagens instantâneas Telegram, para assim receber a informação no seu celular de maneira imediata. Dados Meteorológicos e Simuladores de Aeração Além dos recursos relacionados diretamente com o monitoramento da termometria do TermoPM, o NBRCloud também conta com outros recursos que são utilizados por uma gama de outros equipamentos Figura 3. Simulador de aeração do sistema NBRtec Cloud. dentro do sistema, incluindo o TermoPM. Entre esses recursos estão, a previsão metereológica, que fornece A NBRtec está sempre em constante evolução ao cliente dados meteorológicos (temperatura e tecnológica, buscando as melhores soluções para umidade) futuros, e o simulador de aeração inte- aprimoramento da produção. Entre as novidades grado, o qual realiza simulações do processo de também há um segundo simulador de aeração aeração. baseado em modelos matemáticos, que está em O serviço de previsão metereológica do NBR- desenvolvimento, no qual será possível figurar o Cloud é um dos recursos chave, pois fornece da- comportamento das temperaturas de cada sendos não somente ao cliente, para tomada de deci- sor individualmente em relação à quantidade de sões sobre o controle da unidade, como também horas simuladas. Assim, o processo de aeração para outros recursos automáticos do sistema, torna-se cada vez mais preciso, melhorando a como a própria simulação de aeração. qualidade do produto armazenado e consequenA aeração de grãos em silos e armazéns nas uni- temente aumentando seu valor comercial. dades de armazenamento também é um desafio no que diz respeito a manutenção da qualidade do grão armazenado. Problemas como umidade e calor excessivos podem acabar prejudicando o produto armazenado e incorrer em perdas na produção. O simulador de aeração do NBRCloud é totalmente integrado com os dados de leituras de termometria e com dados meteorológicos fornecidos pelo serviço de previsão. Dessa forma é possível verificar com o simulador, a partir dos dados disponíveis, quais serão os melhores horários para acionar e também para desligar a aeração nas construções (silos e armazéns) da unidade, conforme Figura 3.

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MICOTOXINAS

Mudanças climáticas acentuam riscos das micotoxinas em insumos da cadeia de proteínas animais, alerta Pesquisa Mundial de Micotoxinas

Micotoxinas estão presentes em 68% das rações e matérias-primas analisadas na América Latina. Na América do Norte, o risco de contaminação é ainda maior: 72% das amostras de milho e em 89% das amostras de cereais. “Os eventos climáticos não estão apenas mais frequentes. Eles também são mais extremos e impactam cada vez mais nossas vidas e, por extensão, a cadeia da produção de alimentos para as pessoas e os animais”. O alerta é de Tiago Birro, Gerente de Produto da Biomin para América Latina – empresa de soluções naturais para nutrição animal da DSM. A BIOMIN e a Romer Labs realizaram a Pesquisa Global de Micotoxinas: Impacto 2021. E o resultado reforça a relação entre o estresse do meio ambiente e as mudanças climáticas. “Cenários extremos, como desertificação, inundações e flutuações entre os períodos úmidos e secos, afetam o ciclo de vida dos micro organismos. Esse cenário impacta as culturas agrícolas em todos os momentos – do campo até o armazenamento. Nesse ambiente, os fungos produzem cada vez mais micotoxinas. O desafio para a cadeia Revista Grãos Brasil - Novembro / Dezembro 2021

de produção de alimentos de origem vegetal e animal é crescente”, ressalta Tiago. A Pesquisa Global de Micotoxinas envolveu a coleta de 21.709 amostras de rações e matérias-primas em 79 países – incluindo o Brasil –, resultando em 96.684 micotoxinas analisadas. “Um exemplo claro são as baixas precipitações no segundo semestre de 2020, que atrasaram o plantio de soja no Brasil. Algo semelhante ocorreu na Argentina – região afetada pelo fenômeno “La Niña”. Nos Estados Unidos, milho e soja foram afetados por condições climáticas prejudiciais em agosto, em partes da região Centro-Oeste. O início da floração e a época da colheita são determinantes para designar os tipos de micotoxinas que serão produzidos pelos fungos”, explica o especialista da BIOMIN. Em nível mundial, 65% das amostras ultrapassam o limite considerado seguro. Em termos de prevalência, a campeã global é o Deoxinivalenol (DON), seguido pela Fumonisinas (FUM), Zearalenona (ZEA), Toxina T-2, Aflatoxinas (AFLA) e Ocratoxina (OTA). Essa ocorrência e as concentrações de mico-


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36 MICOTOXINAS toxinas nas rações e nas matérias-primas representam ameaça potencial à produção de suínos, aves, leite, carne bovina e peixes. No caso da Zearalenona, por exemplo, os suínos representam especialmente maior sensibilidade, causando o nascimento de leitões fracos e natimortos, distúrbios na concepção, repetição de cio e abortos. Em bovinos, esta micotoxina pode provocar infertilidade e queda na produção de leite. A pesquisa global apontou que no Brasil, um dos países mais importantes na produção e exportação de matérias-primas para produção animal, 83% das amostras de milho estavam contaminadas por FUN. Em seguida apareceu a DON com 48% das amostras. A soja brasileira foi afetada principalmente por DON, ZEA e toxina T-2. Já o farelo de trigo estava altamente contaminado com DON. A situação da Argentina foi muito similar à contaminação do milho brasileiro. Na América Latina como um todo, o risco de contaminação por micotoxinas é alto: 68% de amostras estavam contaminadas. A América Central tem risco considerado extremo, enquanto a América do Sul apresenta risco severo. A FUM é a micotoxina mais abundante nessa região e contamina 84% do milho. DON prevalece em 94% das amostras de cereais. “A FUM é a micotoxina mais comum em milho no México, com 97% de prevalência, seguida por DON, com 65%. Em ambas, a prevalência aumentou em comparação aos dados de 2019. Na Guatemala, 92% das amostras de rações estavam contaminadas por mais de uma micotoxina”, informa o especialista. A América do Norte apresentou risco extremo de contaminação; a micotoxina DON foi encontrada em 75% das amostras. A pesquisa da Biomin e Romer Labs constatou alta prevalência dessa micotoxina no milho (71%), seguida por FUM (69%) e ZEA (37%). “O alerta também é válido em relação aos subprodutos do milho, que se convertem em in-

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gredientes alternativos usados na formulação de alimentos para animais, especialmente em tempos de crise, quando as empresas desejam reduzir o custo das dietas. Os DDGs (coprodutos originados no processamento do milho para obtenção de etanol) foram especialmente susceptíveis à contaminação por FUM, DON e ZEA (92% das amostras estavam contaminadas com mais de uma dessas micotoxinas). Em rações, a pesquisa detectou a micotoxina DON com maior prevalência, em 83% das amostras analisadas”, assinala Tiago Birro. As principais micotoxinas investigadas estão sujeitas aos limites regulatórios e de orientação, mas Anneliese Mueller, gerente de produto da BIOMIN, alerta para o efeito das micotoxinas emergentes. “Apesar da alta prevalência em commodities agrícolas e efeitos nocivos demonstrados na literatura, essa categoria ainda não é regulamentada. Nos últimos anos, a Autoridade Europeia para a Segurança de Alimentos (EFSA) começou a publicar relatórios para realizar avaliação de risco dessas novas toxinas”, explica Anneliese. A gerente de produto da BIOMIN reforça a necessidade de colocar em ação a gestão e o controle de micotoxinas em todas as regiões do planeta. “As concentrações elevadas podem causar efeitos clínicos em animais e representam uma grande ameaça à produção de proteínas animais. No entanto, quantidades menores também afetam o desempenho dos animais, principalmente nos sistemas gastrointestinal e imunológico. E isso impacta a produtividade e a consequente produção de alimentos de origem animal. Os desafios são imensos”, diz.


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Exportações de aves e suínos devem alcançar recorde em 2021 sem comprometer oferta interna

As vendas de aves e suínos devem atingir um novo recorde em 2021. Segundo estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) as exportações de carnes de frango podem chegar a 4,46 milhões de toneladas. Mesmo com os embarques recordes, a disponibilidade interna do produto também irá aumentar, passando de 10,6 milhões de toneladas para 10,9 milhões de toneladas – crescimento de 3%. De janeiro a outubro deste ano, o Brasil já exportou cerca de 3,75 milhões de toneladas de carnes de aves. As informações estão disponíveis no boletim AgroConab, divulgado Companhia. A maior oferta do produto no mercado é acompanhada da elevação na produção em 4,5%, chegando a 15,3 milhões de toneladas (quando comparada com 2020). Como consequência, a quantidade de carne de frango disponível para os brasileiros no ano também é a maior registrada na série histórica, passando de 50 quilos por habitante. O cenário para a carne suína é semelhante. Com a estimativa de um rebanho próximo a 42 milhões de cabeças, tanto a produção quanto as exportações tendem a atingir os maiores níveis já registrados, ficando em torno de 4,45 milhões de toneladas e 1,24 milhão de toneladas, respectivamente. O maior volume de carne produzida reflete na elevação da disponibilidade deste tipo de carne do mercado, o que garante a oferta interna e mantém a quantidade de produto por habitante estável, próximo da marca de 15 quilos por pessoa. Para os bovinos, a Conab estima um aumento de rebanho, devido à retenção de vacas para o abate. Ainda assim, a produção da carne bovina deverá ser menor neste ano, atingindo 8,1 milhões de toneladas. Já as exportações tendem a apresentar um ligeiro recuo em comparação com 2020, e podem chegar a 2,65 milhões de toneladas. A expectativa para a oferta de produto no mercado interno também é de redução, e está estimada em 5,5 milhões de toneladas, o que resulta em uma disponibilidade interna de 25,8 quilos por habitante no ano. Preços pagos aos produtos e custos de produção – Um dos fatores que explicam a menor produção de carne bovina no país é a restrição da demanda. Os custos elevados da produção repercutem no preço para o consumidor. A suspensão das exportações para a

China fez com que o preço pago ao produtor registrasse uma forte queda a partir de setembro, atingindo o menor valor no final de outubro. No entanto, esse reflexo nos preços ao consumidor final começa a ser sentido nos mercados de maneira menos acentuada. Com a retomada das negociações com a China, a tendência é que os preços voltem aos patamares anteriormente vistos, encontrando o equilíbrio entre o aumento nos custos de produção, a baixa demanda e a recuperação da oferta de animais prontos para o abate. Já os preços recebidos pelo produtor de carne de frango seguem com tendência de alta. Entre os principais fatores para este movimento altista estão a maior demanda pelo produto e a elevação dos custos dos insumos para ração (milho e farelo de soja), apesar da redução das cotações de milho em setembro. Dados da Embrapa mostram que a despesa para alimentação do plantel praticamente dobrou entre julho de 2018 a julho de 2021. Neste mesmo período, a participação da alimentação nos custos para o produtor passou de 68% para 76%. Os produtores de carne suína também são impactados pela cotação elevada de milho. Apesar da entrada da segunda safra de cereal, os valores de comercialização deste insumo continuam pesando no custo de produção. No sentido contrário, o mercado continua com pressão baixista dos preços para este tipo de carne, dando relativa estabilidade das cotações, sem espaços para avanços consideráveis. Demais produtos – Além do panorama do mercado de carnes, o AgroConab traz o cenário para outras importantes culturas, como o trigo. Neste ano, a produção do cereal no país deverá ser recorde, sendo estimada pela Companhia em 7,6 milhões de toneladas. No entanto, mesmo em reta final de colheita do grão, os preços pagos ao produtor seguem em estabilidade. A valorização do dólar é o principal fator que interfere nas cotações do produto no mercado interno. Assim como o trigo, a publicação da Companhia traz informação de mercado de algodão, arroz, feijão, milho e soja.

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38 UTILÍSSIMAS Conab e Unicamp firmam acordo para gerar inteligência ao setor agropecuário

André Dobashi é reeleito presidente da Aprosoja/MS

O produtor de Antônio João, André Figueiredo Dobashi, por unanimidade, foi reeleito à presidência da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso do Sul. A entidade representa os produtores de grãos do Estado em esferas políticas e econômicas, e tem por finalidade apresentar projetos e propostas que estimulem o avanço da cadeia em todas as instâncias. O novo mandato se estenderá pelo biênio: 2022/2023. “A produção de grãos em Mato Grosso do Sul avança de forma vertiginosa e esses avanços ocorrem de forma alinhada com conceitos de sustentabilidade. Outro destaque do agronegócio local são as parcerias institucionais, que facilita o trabalho, com base na informação, na ciência e na tecnologia”, aponta Dobashi. “Nesta nova gestão, além de nos aproximarmos ainda mais do agricultor, teremos a missão de estreitar o laço entre a ciência e o campo, por meio das Fundações de pesquisa, universidades e Embrapas. São a essas parcerias que creditamos o sucesso da produção de soja e milho em MS”, pontua. Com perfil técnico, Dobashi é defensor de iniciativas sustentáveis na agricultura, característica que o levou a representar a agricultura Brasileira em evento que antecedeu a COP 26, na Bélgica, onde lançou o termo “kidnapping Carbon”, para facilitar aos representantes de outros países o entendimento sobre o processo de sequestro de carbono, que ocorre na agricultura local, na tradução literal: rapto de carbono. Em sua primeira gestão à frente da Associação, Dobashi precisou reavaliar ações de proximidade com o produtor rural, devido a pandemia da Covid-19. Foi quando a entidade investiu em ferramentas online para manter o diálogo direto. Entre os méritos, está o aumento da equipe e da produtividade da Aprosoja/MS, que passou a contar com um escopo de colaboradores mais robusto, que atualmente repassa, aos agricultores, informações técnicas, econômicas e políticas, diariamente. Atualmente André Dobashi é produtor rural no município de Antônio João, onde se dedica a produção soja, milho, sorgo, aveia e pastagens. Também é consultor técnico da empresa AgroExata em Mato Grosso do Sul, na área de implantação e condução de sistemas integrados de lavoura e pecuária. É Casado com Marina, pai da Elisa e da Cecília. Engenheiro agrônomo pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) e especialista em Engorda Intensiva de Bovinos de Corte (California/ EUA) e em Nutriçao de plantas e Manejo de Pastagens, também pela ESALQ/USP Revista Grãos Brasil - Novembro / Dezembro 2021

Com o compromisso de gerar inteligência para o setor agropecuário, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) celebraram Acordo de Cooperação Técnica. A primeira atividade entre as instituições acontece nesta segunda-feira (29). A intenção é disponibilizar uma visão sistêmica de produção e comercialização, de forma a favorecer a eficiência nos processos, a relação custo/ benefício e o negócio competitivo e sustentável. Entre as ações previstas no acordo está o intercâmbio de dados primários do setor agropecuário elaborados pela Conab e de informações produzidas pelas Faculdades e Institutos ligados à Unicamp, reservando os de conhecimento sensível e que requerem resguardo das instituições, a fim de subsidiar os estudos de interesse das entidades. Além disso, o projeto prevê o desenvolvimento de pesquisas em conjunto. “A união entre as duas instituições traz benefícios para a geração de informações agropecuárias que poderão auxiliar na tomada de decisões dos produtores rurais, bem como, no processo de desenvolvimento de novas políticas públicas para o Agro. Além disso, a parceria com a Unicamp, universidade com excelência no ensino e produção científica, está alinhada e propiciará manter e melhorar a atuação da Conab enquanto empresa de referência de inteligência, formulação e execução de políticas públicas voltadas à agropecuária e ao abastecimento, um dos objetivos estratégicos que são perseguidos pela Companhia” ressalta o superintendente de Inteligência e Gestão da Oferta da Conab, Allan Silveira. O acordo de cooperação técnica terá duração de 5 anos. GRANOS 144 JÁ CHEGOU! Apresentamos a última edição de nossa primaApresentamos a última edição de nossa prima-irmã a revista Granos (em espanhol). Entre outros temas, são apresentadas informações sobre: a traça da farinha indiana - Sistema de regulação de aspiração de pó - Sistema de secagem de grãos em silos com baixas temperaturas - Blockhain interrupções no transporte marítimo de mercadorias - Onde, quando, como e quanto resfriar - Ozonização de grãos armazenados, etc. Prestigiosas empresas do Brasil e de outras partes do mundo participam desta publicação, que já cumpriu 26 anos e chega a todos os países de língua espanhola. Interessados em fazer assinatura gratuita da revista digital ou fazer publicidade contatar: consulgran@gmail. com


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Revista Grãos Brasil - Novembro / Dezembro 2021




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