COLHEDORAS
Perdas evitáveis Comparativo entre duas colhedoras fabricadas em 2003 e 2014 mostra os benefícios de manter a frota moderna, com sistemas tecnológicos que aumentam a eficiência da operação e reduzem as perdas
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arroz é o segundo cereal mais cultivado no mundo e serve como base alimentar para mais de três bilhões de pessoas, sendo muito consumido em nosso país, chegando a 45kg/pessoa/ano. No Brasil, a região Sul é a maior produtora. Na safra de 2017/2018 ela foi responsável por 80% da produção nacional, seguida pelas regiões Norte com 9% e Centro-Oeste com 6% (Conab, 2020). No estado de Mato Grosso, 95% do arroz cultivado é da forma sequeiro, uma das principais formas para recuperação de áreas degradadas principalmente por sistemas extensivos de criação de bovinos, onde é cultivado por uma ou duas safras antes da cultura predefinida soja/milho ou pasto novamente. A produção de arroz no Mato Grosso só é possível em função de conhecimentos técnicos aplicados no campo. Um dos pontos-
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Março 2021 • www.revistacultivar.com.br
-chave para manter a boa produtividade é a eficiência da colheita, seja ela mecanizada ou não. As perdas na colheita mecanizada podem ser significativas quando mal reguladas e não trabalhada nas condições ideais. As colhedoras podem apresentar perdas internas e externas. Geralmente, cerca de 73,2% dos grãos perdidos ocorrem no sistema de alimentação e 22,8% nos mecanismos internos, além de 4% antes da colheita. Cada máquina possui suas peculiaridades, entretanto um padrão recomendado por fabricantes para minimizar as perdas no sistema de alimentação é que a velocidade de molinete seja 20% maior que a velocidade de operação. Quando operado em velocidades inferiores o molinete não suporta a velocidade da máquina e acaba atropelando a planta, resultando em um acúmulo de plantas, consequentemente problemas no