SALA 2 ::: Hypnotic Brass Ensemble A história de um incrível octeto de metais de Chicago, formado por irmãos de sangue, que acaba de virar filme.
Hypnotic Brass Ensemble por LUIZA GANNIBAL
E
ra um dia ensolarado em Manchester, Inglaterra, desses que acontecem uma ou duas vezes por ano. Sorrisos nas ruas, mesas nas calçadas e, de quebra, um show antológico do Hypnotic Brass Ensemble no histórico pub Band On The Wall, local que ainda no século XIX teria sido frequentado – reza a lenda! – por Marx e Engels. Foi lá que, a partir dos anos 70, abriu-se espaço para a famigerada cena roqueira local, representada por bandas como Joy Division ou Buzzcocks,
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e ainda para o jazz britânico e internacional. Os oito rapazes do Hypnotic Brass Ensemble começaram a carreira como músicos de rua, um naipe da pesada tocando nas esquinas de sua cidade, Chicago, e de Nova Iorque. E, apesar de terem colaborado com Prince, Gorillaz, Mos Def ou De La Soul, ficaram mais conhecidos por suas bombásticas performances ao vivo. Quando subiram ao palco do Band On the Wall, naquele dia atípico, portanto, destilando uma mistura eletrizante de jazz, funk e rap, as centenárias paredes da casa quase foram abaixo. O cineasta Reuben Atlas esbarrou pela primeira vez com o