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MERCADO DE TRABALHO

EU EMPREENDO EM... EVENTOS

Um dos principais setores afetados pela pandemia é o de festas. São inúmeros os profissionais que viram a agenda virar do avesso com o cancelamento das atividades que aglomeram. O jeito então foi buscar forças e se reinventar na hora de eternizar memórias afetivas.

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Por: Bianca Teixeira Foto: Arquivo pessoal

Antes da covid-19, a fotógrafa Suelen Geber tinha como foco registrar grandes eventos e ensaios de família. O sucesso dos flashes era justamente a aglomeração. Mas, como medida para salvar vidas, esse tipo de trabalho precisou ser suspenso por tempo indeterminado.

Como muitos paraenses, Suelen também precisou repensar o segmento e ver de que forma o empreendedorismo poderia ser salvo. Foi aí que ela teve a ideia de criar fotolivros que retratam momentos casuais e rotineiros de famílias. A ideia era transformar todo esse isolamento e essas horas de família reunida em registros e recordações.

“Passamos a oferecer um dever de casa para essas pessoas que já estavam cansadas de fazer as mesmas coisas. Esse dever de casa foi: separar fotos e montar seu material impresso. Suas viagens, batizados, festas, ensaios... até mesmo com fotos de quarentena. Fotos profissionais ou amadoras”, conta.

Suelen garante que o retorno foi muito positivo. “Isso forçou muitas pessoas a ver e rever momentos especiais com calma”, acredita. Com a novidade, as pessoas tiveram vários momentos antes registrados apenas em memórias de celulares e computadores, e por vezes esquecidos, transformados em impressos. Entre as principais memórias estão viagens e aniversários.

Além das rotinas impressas em forma de álbum, Suelen criou pacotes de fotos para os aniversários reduzidos e feitos em casas. Registros simples, mas repletos de sentimentos para a posteridade. “Organizamos a entrega online para evitar o contato direto nesta fase”, esclarece.

Mais de um ano de pandemia e mais inovações foram surgindo. De tudo já criado, agora Suelen inicia o processo de fidelizar os clientes no pós-evento. A ideia é criar caixas personalizadas capazes de guardar com segurança as fotos, os álbuns e o tempo.

“Nosso mercado muda muito e a todo momento temos novidades.

A gente busca sempre agregar valor sentimental no nosso trabalho e na nossa entrega. Nosso maior desafio, hoje, é não deixar de fazer os registros das famílias, por menor que seja sua reunião”, explica.

De tantas transformações e adaptações, a lição que fica é que a fotografia é a nossa maior recordação para tudo o que vivemos nessa vida, até mesmo uma pandemia. “Seja com celular ou com qualquer câmera. Tem que registrar. Depois, precisamos colocar no papel, sentar no sofá e olhar tudo isso”, sugere.◊

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