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PSICOLOGIA

DEPENDÊNCIA QUÍMICA

Fugir das angústias e frustrações do dia a dia através da dependência química é um problema mais comum do que você imagina. Muitas famílias passam por isso, mas não sabem nem por onde começar a pedir ajuda.

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O que é considerado dependência química?

A vivência da adicção vai além do uso abusivo destas substâncias, transcende para vários âmbitos da vida da pessoa adoecida, destoando valores, comportamentos e senso crítico diante dos danos da manutenção do uso contínuo pareado com a capacidade de executar tarefas cotidianas e até vitais como; comer, dormir, manter relações interpessoais, trabalhar, estudar e controlar emoções.

Quais os sinais do início de uma dependência química?

Na observância de dificuldades em controle emocional, resistência à frustrações, traços obsessivos capazes de levar a experimentação de quadros de angústia e melancolia condutores a momentos de danos psíquicos pareados a mudanças comportamentais bruscas que resultem em prejuízos biosociopsíquicos; configuram estado de alerta de familiares e até mesmo do vivente dos fenômenos citados em procurar ajuda e orientação profissional para execução de psicodiagnóstico assertivo.

Como a psicologia pode ajudar no tratamento?

É ajudar a pessoa no entendimento de seu funcionamento mediante os gatilhos que mantém o uso da substância na tentativa disfuncional de lidar com a realidade fenomenológica do adicto. Em geral, as pessoas não são literalmente viciadas em substâncias e sim em “fugir”, ainda que momentaneamente e fantasiosamente,

Rodrigo Afonso

psicólogo clínico, CRP: 10/03661

rodrigoafonsopsi@gmail.com @psirodrigoafonso Arquivo pessoal

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de vivências internas dolorosas que não são capazes de lidar e buscam, em seu ledo engano de defesa, uma “realidade paralela de vivência” que ao passar do efeito psicoativo, somam-se os danos do reencontro da mesma realidade somada aos danos ligados ao submundo do uso de drogas. Cabe auxiliar o indivíduo em recuperação, a compreender sua condição impotente diante destas substâncias e à iminência de fuga diante da possibilidade de desconforto psíquico; inicialmente. No quesito familiar, cabe também ao profissional psicólogo, identificar e intervir no que se conhece como adoecimento da co-dependência, que configura um adoecimento muito semelhante a dependência.

Como a psicologia pode evitar?

O processo preventivo pode iniciar com a identificação do fator genético e observação do funcionamento sociobiopsíquico, ainda na fase infanto-juvenil, do indivíduo, sobretudo na microssociedade familiar. Traços de baixa resistência à frustrações, ansiedade patológica e/ou indicadores que apontem para quadros depressivos na pessoa ou no âmbito familiar são sinalizadores que demandam observação da pessoa.◊

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