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ESPORTE

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PSICOLOGIA

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BOXE COMO FORMA DE LUTAR PELA VIDA

Projeto social chamado “Nocaute na Violência” tem o objetivo de mostrar que a luta é muito mais do que uma atividade física. É uma maneira de encarar o dia a dia.

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Por: Bianca Teixeira Fotos: Hermes Júnior / Arquivos pessoais

A transformação social que o boxe esportivo tem provocado na vida de inúmeros meninos e meninas em situação de vulnerabilidade enche o coração do José Odir dos Santos, ou simplesmente Zezé, de orgulho. Criador e coordenador de um projeto social, ele é só emoção quando lembra dos momentos.

O “Nocaute na Violência” surgiu em 2012 depois que uma notícia de briga e morte entre torcedores em um jogo de futebol em Recife mexeu com Zezé. Apaixonado por atividades físicas, ele sabia que não podia deixar o esporte ser visto como algo perigoso à vida. Foi aí que resolveu unir a habilidade da carreira de boxeador com a vontade de mudar o mundo.

No início eram só 4 academias participantes. Hoje, já são 60. Isso significa mais pessoas alcançadas e mais sonhos mantidos. Já foram 33 edições de campeonatos de boxe até agora.

O objetivo de cada uma é dar visibilidade aos amadores e ao mesmo tempo arrecadar diferentes formas de ajudar as famílias. Mais de 600 atletas já participaram.

“Estamos alcançando nosso objetivo, porque da primeira edição já tem atleta hoje como sargento da Marinha e que já convocado para disputar campeonato pela equipe da Marinha”, festeja.

"Tenho certeza que esporte, cultura e educação são a base para combater a violência"

O projeto já ultrapassou divisas e fronteiras, academias da Argentina, do Amapá, do Amazonas, Maranhão e Piauí já assinaram o nome e a participação na iniciativa. Por conta da pandemia, as programações dos últimos meses ficaram prejudicadas, mas Zezé mantém a esperança de que tudo voltará como antes, principalmente a segunda chance que estas crianças e adolescentes merecem.

“Tenho certeza que esporte, cultura e educação são a base para combater a violência, deixa só essa pandemia acabar que a gente volta com tudo”, anuncia. Estamos na torcida.◊

O jeito Gretchen de ser

Rainha do rebolado e dos memes, a cantora brasileira não sai dos holofotes em época alguma. Adorada por gerações, tem a vida pessoal e profissional acompanhada de perto por milhares de fãs. Recentemente, se apaixonou e pelo Pará ficou.

Por: Bianca Teixeira

Fotos: B e M Productions // Divulgação/Assessoria de Comunicação

Foi no Círio de 2019 que Gretchen ficou, literalmente, apaixonada pelo Pará. Convidada da cantora Fafá de Belém para participar da Varanda de Nazaré, a cantora viveu uma das principais experiências da vida que foi acompanhar de perto a procissão e de brinde ainda conheceu aquele que hoje é o seu marido, o paraense

Esdras Souza.

O músico saxofonista trabalha na banda da Fafá de Belém e sempre se apresenta com ela na cidade e no

Círio não foi diferente. Gretchen ficou encantada com o profissionalismo e o jeito do paraense, por isso não perdeu tempo e o convidou para trabalhar com ela também. Entre amizade e trabalho, a rainha do rebolado fez a investida e deu certo. “A iniciativa partiu de mim, lógico. Nós mulheres somos poderosas!”, brinca.

Entre namoro e casamento, foi quase um ano. Em 2020, em uma cerimônia com direito a chegada de barco, culinária, ritmo e convidados paraenses, ela disse sim mais uma vez. Como já se vivia a pandemia, o casamento de Gretchen e Esdras também foi marcado por cuidados sanitários dentro do novo normal.

“Morar em Belém está sendo incrível, eu estou amando. Hoje é o meu porto seguro, é o meu cantinho”

O destino escolhido para a lua de mel foi a Ilha do Marajó, sugestão de Esdras que quis apresentar um pouco das riquezas do Pará à nova moradora do estado. “A minha ideia era ir para a Grécia, queria apresentá-la para ele. Mas o Esdras apostou no arquipélago e amei. Fiquei apaixonada com aquela paz, natureza, tranquilidade”, confessa.

Gretchen já é a típica cidadã paraense que frequenta as praças, restaurantes, salões, supermercados. Não é difícil esbarrar com ela por aí e receber simpatia em troca. “A experiência de morar em Belém está sendo incrível, eu estou amando. É um lugar que me recebeu de braços abertos. E, sinceramente, hoje é o meu porto seguro, é o meu cantinho”, destaca.

A carreira de Grecthen

Ainda adolescente, integrou o grupo As Melindrosas junto com as irmãs Sula e Yara Miranda e a prima Paula. Após 2 anos, lançou-se na carreira solo e vendeu mais de 15 milhões de disco ao longo da carreira, sendo um fenômeno dos anos 80. O sucesso de sua dança fez ela ser conhecida pelo título de ‘Rainha do Rebolado’.

Nos últimos anos, participou de diversos realities, como o ‘Troca de Família’, ‘A Fazenda’ e ‘Power Couple’. Suas expressões faciais viraram hit na web, e ela passou a ser considerada a ‘rainha dos memes’. Em 2017, foi convidada por Katy Perry para estrelar o lyric vídeo da música ‘Swish Swish’. A família de Gretchen

Batizada como Maria Odete Brito de Miranda, Gretchen é o nome artístico. Aos 61 anos, tem 7 filhos: Thammy, Décio, Jennifer, Sérgio, Gabriel, Giulia e Valentina. Cinco são biológicos e dois são adotados. Filha de Maria José Brito de Miranda e Mário de Miranda, nasceu em uma família humilde do subúrbio carioca, tendo sido criada na periferia de São Paulo. Gretchen empreendedora

Além de cantar e dançar, ela é empresária. Já teve lojas de roupas no Brasil e no exterior, lançou livro e sempre que possível realiza ações de merchandising que costumam abalar as estruturas da internet brasileira.

Livro

Em 26 de outubro de 2015, lançou o livro "Gretchen - Uma biografia quase não autorizada". Na biografia Gretchen diz: "É uma despedida oficial da minha carreira, não tenho intenção de voltar, quero ter a oportunidade de cuidar do meu marido, dos meus filhos, viajar e ter uma vida normal. Quero ser a Maria, descansar".

Uma mulher. Muitas premiações

Ao longo da carreira, já recebeu muitas homenagens. Entre elas, o "Troféu Rádio Globo", do programa Globo de Ouro; o "Disco de Ouro" do programa Discoteca do Chacrinha, prêmio dado pelo apresentador aos melhores do mês e também do ano; prêmios de várias rádios, como da Rádio América o prêmio "Destaque América", o qual ela ganhou sete vezes, e prêmios de festivais em estados diversos, como do "Festival do Disco" no Rio Grande do Sul, e outros como revelação do ano de rádios, revistas e programas de TV em seu início de carreira.

Em 1987, o LP "No Mundo da Criança" (com Gretchen, Maria Alcina e outros) foi indicado ao "Troféu Villa-Lobos" como melhor disco infantil de 1986, concorrendo com "Os Abelhudos" "A Turma do Balão Mágico" e "Show da Xuxa".

Em 1999, ganhou um "Disco de Ouro" pela divulgação do CD "Discoteca do Chacrinha". O prêmio foi entregue pelo Gugu no programa Domingo Legal. Em 2006 recebeu o Troféu "Coroa de Ouro" no programa Rei Majestade no SBT. Ela também foi homenageada com o Prêmio "Boas Vindas a Goiânia" pelo premiação Megha Profissionais 2010.

No Carnaval de Pernambuco, foi coroada "Rainha Gay 2010" pela comunidade LGBT. Também foi eleita "Rainha do Baile dos Artistas" em 2011, juntamente com o "rei", o escritor Ariano Suassuna.

Em julho de 2017, após o sucesso de Gretchen no clipe de Katy Perry, Gretchen recebe do programa Domingo Legal uma placa comemorativa como "Rainha da Internet". Antes disso, mais precisamente em fevereiro de 2017, ela recebe uma placa do Youtube em comemoração a marca de 100 mil inscritos em seu canal.

Em dezembro de 2017, recebe outro prêmio "Rainha da Internet ", dessa vez na premiação Digital Awards 2017. Em maio de 2019, ganha o prêmio Networking Empresarial Nacional e Internacional, onde mais uma vez foi eleita a "Rainha da Internet Brasileira".

Em outubro de 2019, Gretchen é homenageada com o prêmio "Veado de Ouro" Rainha do Círio no Pará durante a 41ª Festa da Chiquita, o prêmio é dado a pessoas relevantes na defesa dos direitos LGBT. Por fim, no fim do ano passado, ainda mantém o título de Rainha da Internet e recebe seu segundo prêmio no "Digital Awards 2019". “A principal lição que tiro disso tudo é que somos todos absolutamente iguais”

Aos poucos, a carioca vai se adaptando ao jeito nortista de ser. Confessa que o “égua” ainda não faz parte do vocabulário, diz que não sabe como expressá-lo direito no meio das frases. Na culinária vive um processo de aprendizado e degustações. Por enquanto, nada de açaí, maniçoba e tacacá. “O que como mesmo e gosto é o filhote empanado”, revela.

Assim como todos nós, Gretchen vem sofrendo as dores da pandemia. Isolada, longe dos filhos e com medo, ela vive os dias aprendendo um pouco mais a se reinventar e sobreviver no meio do caos. “A principal lição que tiro disso tudo é somos todos absolutamente iguais. Não tem rico, pobre, famoso ou não. No momento que precisar de atendimento, de leito, todos somos iguais”, ressalta.

Vivendo um dia de cada vez, se protegendo e agradecendo pela vida, Gretchen, como uma boa paraense, se pega em Nossa Senhora de Nazaré e acredita que tudo isso vai passar. No ano passado, mesmo não havendo oficialmente a procissão, ela percorreu as ruas de Belém em forma de gratidão por uma graça alcançada ano antes.

E daqui para frente, com tantos pedidos fortificando a corrente do bem contra o mal, o gesto deve se repetir. “Para o futuro eu só quero continuar nessa terra maravilhosa, casada com esse homem maravilhoso e tendo essa família maravilhosa”, deseja. ◊

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