Influência do Processamento Mecânico da Silagem de Planta Inteira Milho x Nutrição Animal
MARCO AURÉLIO FACTORI
27 de Abril de 2015
Considerações Iniciais
Disponibilidade e qualidade da forragem Demanda animal
Verão
Inverno
• O milho (Zea mays, L.) destaca-se como planta padrão (Nussio et al., 2001) – alta produtividade; – teor matéria seca (MS); – características de uma boa silagem.
Silagem Planta inteira
Grãos úmidos de Cereais
Alimento volumoso
Concentrado energético
Ruminantes (Corte e leite)
Monogástricos
1- Colheita no ponto certo 2- Densidade e compactação da silagem 3- Tamanho de partícula da silagem 4- Enchimento do silo 5- Fechamento e vedação
Planta inteira MS Polinização (%) (dias) Leitoso
20
12
Pastoso
24
24
½ Leitoso
32
36
¼ Leitoso
35
48
45
55
Camada preta
Adaptado de FANCELLI (1981).
Processo de ensilagem O ideal é que o enchimento do silo seja concluído em 24 - 36 horas. O prazo máximo para enchimento de um silo deve ser de 5 a 6 dias.
1°
2°
3°
A distribuição do material que chega ao silo deve ser uniforme e efetuar a compactação, logo após a descarga, de forma rampada e contínua.
Efetivamente a compactação ocorre nos 30 a 50 cm superior da massa que está sendo ensilada.
Mitos Verdades e
Situações
Dentado ou Dent
Duro ou Flint
Resíduo após 72 horas de incubação no rúmen de dois híbridos de milho de textura dura (flint) e dois de textura macia (dentado) em três estádios de maturação (Celestine et al., 2001).
Potencial de produção de matéria seca (MS) e teor de umidade da planta de milho conforme o estágio de maturação. Polinização (dias)
Potencial produção MS (%)
Umidade (%)
Florescimento
0
55
85
Formação grão
6
60
80
Leitoso
12
75
75
¾ Leitoso
24
85
70
½ Leitoso
36
100
68
¼ Leitoso
48
100
65
M. Fisiológica
55
100
60
Duro
60
100
55
Maturidade
Adaptado de (Mahanna, 1996)
Exemplo de consumo de silagens de milho com Exemplo de consumo de silagens de milho com diferentes porcentagens de matéria seca. diferentes porcentagens de matéria seca. Silagem de milho (%MS) Silagem de milho (%MS) Características Características 30 40 25 35 25 30 35 40
Consumo Consumo (kg/cab/dia) (kg/cab/dia) Consumo Consumo MS MS (kg/cab/dia) (kg/cab/dia) Grãos Grãos na na MS MS (%) (%) Consumo Consumo grãos grãos (kg/cab/dia) (kg/cab/dia) Produção Produção de de leite leite estimada estimada (kg) (kg)
25 25
25 25
25 25
25 25
6,3 6,3
7,5 7,5
8,8 8,8
10 10
35 35
40 40
45 45
50 50
2,3 2,3
3,0 3,0
4,0 4,0
5,0 5,0
9,5 9,5
11,3 11,3
13,2 13,2
15,0 15,0
Costa e Meirelles
Processamento de Silagem de Milho
• Textura de Híbrido •
Cruz e Pereira Filho (2005) – os grãos semiduros (48,10%); – duros (32,91%); – dentados são minoria (5,4%) (SILAGEM).
• Escolha de um híbrido de milho (Nussio et al., 2001) – produtividade e qualidade; – alta porcentagem de grãos; – aproveitamento destes grãos.
Aliando produtividade e qualidade Linha de leite ½ Leitoso 32 a 36 % MS
Camada preta 45 a 55 % MS
Degradabilidade Celestine et al. (2001)
“Aproveitamento�
• 1- Colheita no ponto certo • 2- Densidade e compactação da silagem
• 3- Tamanho de partícula da silagem • 4- Enchimento do silo • 5- Fechamento e vedação
Processamento • Maior picagem – – – –
• Esmagamento
Alterações no TP; aproveitamento da fibra; taxa de passagem; Favorecido em teores de MS.
– Constante o TP; – aproveitamento da fibra; – taxas de passagens; – Favorecido em teores de MS enchimento do grão.
“Degradabilidade e digestibilidade de híbridos de milho em função do estádio de colheita, tamanho de partícula e processamento por meio do esmagamento na ensilagem”
Avaliar a degradabilidade ruminal da MS, proteína bruta (PB), fibra em detergente neutro (FDN), amido e a digestibilidade in vitro da matéria seca (DIVMS) da silagem de híbridos de milho em função de duas texturas (dentada e dura), 3 estádios de colheita (¼ leitoso, início de maturação fisiológica e maturação fisiológica), três tamanhos de partículas (fino, médio e grosso) e processamento por meio do esmagamento. Factori (2008).
MS DEGRADABILIDADE EFETIVA A TAXA DE PASSAGEM DE 2%
DEGRADABILIDADE EFETIVA A TAXA DE PASSAGEM DE 5%
70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0
70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0
DuP1
DuP2
DuP1E
DuP2E
DeP1
DeP2
DeP1E
DeP2E
DuP1
DuP2
DuP1E
DuP2E
DeP1
DeP2
DeP1E
DeP2E
DEGRADABILIDADE EFETIVA A TAXA DE PASSAGEM DE 8% 70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0
Factori (2008). DuP1
DuP2
DuP1E
DuP2E
DeP1
DeP2
DeP1E
DeP2E
PB DEGRADABILIDADE EFETIVA A TAXA DE PASSAGEM DE 2%
DEGRADABILIDADE EFETIVA A TAXA DE PASSAGEM DE 5%
80,0 70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0
80,0 70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0
DuP1
DuP2 DuP1E DuP2E
DeP1
DeP2 DeP1E DeP2E
DuP1
DuP2
DuP1E
DuP2E
DeP1
DeP2
DeP1E
DeP2E
DEGRADABILIDADE EFETIVA A TAXA DE PASSAGEM DE 8% 80,0 70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0
Factori (2008). DuP1
DuP2
DuP1E
DuP2E
DeP1
DeP2
DeP1E
DeP2E
FDN DEGRADABILIDADE EFETIVA A TAXA DE PASSAGEM DE 5%
DEGRADABILIDADE EFETIVA A TAXA DE PASSAGEM DE 2% 40,0
40,0
30,0
30,0
20,0
20,0
10,0
10,0
0,0
0,0
DuP1
DuP2
DuP1E
DuP2E
DeP1
DeP2
DeP1E
DeP2E
DuP1
DuP2
DuP1E
DuP2E
DeP1
DeP2
DeP1E
DeP2E
DEGRADABILIDADE EFETIVA A TAXA DE PASSAGEM DE 8% 40,0 30,0 20,0 10,0
Factori (2008).
0,0 -10,0
DuP1
DuP2
DuP1E
DuP2E
DeP1
DeP2
DeP1E
DeP2E
AMIDO DEGRADABILIDADE EFETIVA A TAXA DE PASSAGEM DE 2%
DEGRADABILIDADE EFETIVA A TAXA DE PASSAGEM DE 5%
100,0 90,0 80,0 70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0
100,0 90,0 80,0 70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0
DuP1
DuP2
DuP1E
DuP2E
DeP1
DeP2
DeP1E
DeP2E
DuP1
DuP2
DuP1E
DuP2E
DeP1
DeP2
DeP1E
DeP2E
DEGRADABILIDADE EFETIVA A TAXA DE PASSAGEM DE 8% 100,0 90,0 80,0 70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0
Factori (2008). DuP1
DuP2
DuP1E DuP2E
DeP1
DeP2
DeP1E DeP2E
TP ??????
“DEMANDA ENERGÉTICA NA COLHEITA,
DEGRADABILIDADE E DIGESTIBILIDADE DE HÍBRIDOS DE MILHO PARA SILAGEM EM FUNÇÃO DO ESTÁDIO DE MATURIDADE E TAMANHO DE PARTÍCULA ”
Avaliar o consumo de energia na colheita de híbridos de milho para ensilagem em função de duas texturas (dentada e dura), 4 estádios de colheita (1/2 leitoso, 1/4 leitoso, início de maturação fisiológica e maturação fisiológica) e três tamanhos de partículas (fino, médio e grosso), degradabilidade e digestibilidade dos mesmos.
• A demanda
energética - Seki (2007) • baixo consumo horário de combustível; • e alto consumo de combustível por área • baixa capacidade operacional do equipamento; • volume do material a ser processado
Factori (2011).
TABELA 2. Médias dos parâmetros Velocidade (V; km h-1) e Consumo horário (Ch; L h-1) na interação híbrido *estádios de colheita (1/2 Leitoso, 1/4 leitoso, início maturação e matura fisiológica, 1 a 4, respectivamente)*tamanhos de partículas (TP) onde: F-2; M-7 e G-11 mm). Híbrido Dentado (Estádios)
TP
Híbrido Duro (Estádios)
.
1
2
3
4
1
2
3
4
3,96
3,77
3,76
4,00
3,8 b
4,0 ab
4,1 a
4,0Bab
3,88
3,85
4,06
4,10
3,9 b
3,9b
4,2 ab
4,3 Aa
G
3,81
3,80
3,97
4,04
4,1 b
4,1 b
4,0 b
4,3 Aa
F
9,3 Aa
8,62Ab
8,6 Ab
8,5 b
7,4 Bc
8,7Aab
7,9 Ab
8,4 Aa
8,1 B
7,9 B
8,6 A
NS
7,8 A
7,4 B
7,4 B
7,7 B
7,6Bab
7,3 Cb
7,4 Bb
7,9 a
7,4Bab
7,5 Ba
7,3 Bb
7,1 Cc
F M
M G
V *
Ch **
1: estádio ½ leitoso; 2: estádio ¼ leitoso; 3: início de camada preta e 4: camada preta. Letras maiúsculas diferentes na coluna e minúsculas na linha diferem pelo teste de Tukey (P<0,05). *cv: 2,99%; **cv: 3,51%.
Factori (2011).
TABELA 3. Médias dos parâmetros Consumo por área (Ca; L ha-1) e Consumo por kg de massa seca produzida (CMS; L kgMS-1), na interação híbrido*estádios de colheita (1/2 Leitoso, 1/4 leitoso, início maturação e maturação fisiológica, 1 a 4 respectivamente)*tamanhos de partículas (TP), onde: F-2; M-7 e G-11 mm) Híbrido Dentado (Estádios)
TP
Híbrido Duro (Estádios)
.
1
2
3
4
1
2
3
4
4,45
4,68
4,70
4,41
33,8ABb
35,9Aa
34,4Ab
36,8Aa
4,55
4,59
4,35
4,30
35,3 Aa
33,5Ab
31,8Bc
31,8Bc
G
4,64
4,65
4,45
4,37
32,4 Ba
32,7Aa
32,1Ba
29,1Cb
F
0,0030 Aa
0,0024 Ab
0,0018 Ac
0,0016 C
0,0022 Aa
0,0023 Aa
0,0015 Ab
0,0016 Ab
0,0027 Ba
0,0022 Bb
0,0017 Bc
0,0014 D
0,0023 Aa
0,0021 Bb
0,0014 Bc
0,0014 Bc
0,0026 Ba
0,0021 Ca
0,0015 Ca
0,0014 c
0,0021 Ba
0,0021 Ba
0,0014 Bb
0,0012 Cc
F
M
M G
Ca *
CMS **
1: estádio ½ leitoso; 2: estádio ¼ leitoso; 3: início de camada preta e 4: camada preta. Letras maiúsculas diferentes na coluna e minúsculas na linha diferem pelo teste de Tukey (P<0,05). *cv: 4,23%; **cv: 4,25%.
Factori (2011).
TABELA 4. Médias dos parâmetros Potência teórica (PT; cv), Potência efetiva (Pe; KW) e Rendimento (Re; ha h-1), na interação híbrido*estádios de colheita (1/2 leitoso, 1/4 leitoso, início maturação e matura fisiológica, 1 a 4 tamanhos de partículas (TP), onde: F-2; M-7 e G-11 mm. TP
(P)
F
M
Híbrido Dentado (Estádios)
Pt *
Híbrido Duro (Estádios)
.
1
2
3
4
1
2
3
4
130 Aa
120 Ab
120 Ab
119 Ab
103 c
113 Aab
111 Ab
117 Aa
114 B
110 B
120 A
111B
103
104 B
104 B
108 B
G
107 Bab
102 Cb
104 Bb
110 B
104 a
104 Ba
102 Bb
99 Cc
F
33 Aa
30 Ab
30Ab
30 b
26c
28 Aab
28 Ab
29 Aa
29 B
28 B
30 A
29
26
26 B
26 B
27 B
G
27 Bab
26 Cb
26 Bb
28 a
26 ab
26 Ba
25 Bb
25 Cc
F
4,45
4,68
4,70
4,41
4,1b
4,3 b
4,4 ab
4,4 ab
4,55
4,59
4,35
4,30
4,1b
4,3 b
4,5 ab
4,5 a
4,64
4,65
4,45
4,37
4,4b
4,4 b
4,5 a
4,6 a
M
M G
Pe *
Re **
1: estádio ½ leitoso; 2: estádio ¼ leitoso; 3: início de camada preta e 4: camada preta; Letras maiúsculas diferentes na coluna e minúsculas na linha diferem pelo teste de Tukey (P<0,05). *cv: 3,51%; **cv: 3,10%. Factori (2011).
Degradabilidade da ProteĂna Bruta
Factori (2011).
Degradabilidade da Fibra em Detergente Neutro HDE*NP*TP
Factori (2011).
Degradabilidade do Amido
Tabela 3. Degradabilidade do amido (%) em função do híbrido (dentado e duro) e Processamento (processado ou não processado) Híbrido Duro
Híbrido Dentado
Processado
67,7 aA
64,8 aA
Não Processado
51,5 aB
60,4 bA
Processamento
Letras maiúscula na coluna e minúsculas na linha diferem entre si pelo teste de tukey a 5%.
Factori (2011).
Digestibilidade in vitro da MatĂŠria Seca
Factori (2011).
Para tanto... • Linha de pesquisa: – custos (processamento, colheita); – tamanho de partícula; – densidade e qualidade da silagem.
EFICIÊNCIA
EFICIÊNCIA
EFICIÊNCIA
“A Pesquisa é uma estrada longa... ...que possui muitos postos ao longo dela”
Marco Aurélio Factori Prof. Substituto– DMNA FMVZ/Unesp/Botucatu mafactori@yahoo.com.br Cel: 14 9 8115 6833