SUPLEMENTAÇÃO DE BOVINOS DE CORTE EM PASTAGENS CTE -2016
Flávio A. P. Santos Departamento de Zootecnia- ESALQ/USP fapsantos@usp.br
PRODUTIVIDADE RECRIA-ENGORDA TRADICIONAL •
2000 ha de pastagens
•
1 UA/ha
•
2728 cabeças
•
Ciclo de 2 anos com GPD médio = 0,41 kg/cab
•
Compra:
1364 bezerros 180 kg por ano (6@)
•
Morte em 2 anos:
27 garrotes
•
Vende:
1337 bois gordos 480 kg por ano (17,3@)
PRODUTIVIDADE RECRIA-ENGORDA TRADICIONAL •
2000 ha de pastagens
•
1 UA/ha
•
2728 cabeças
•
Ciclo de 2 anos
•
Compra: 8.184@/ano
•
Vende:
23.130@/ano •
Produtividade (comercializada): 7,5 @/ha/ano
COMPETITIVIDADE E SUSTENTABILIDADE DO SISTEMA TRADICIONAL
•
não é competitivo em comparação com a agricultura moderna
•
carcaça leve para diluir o ágio da @ valorizada do bezerro
•
rendimento de carcaça baixo
•
carcaça não bonificada pelo mercado: –
idade de abate: 31 meses
–
acabamento de gordura: escasso
PAGAMENTO POR QUALIDADE DE CARCAÇA
PAGAMENTO POR QUALIDADE DE CARCAÇA
PAGAMENTO POR QUALIDADE DE CARCAÇA
PAGAMENTO POR QUALIDADE DE CARCAÇA •
FAZENDA VACA BRANCA – MS
•
JBS – FAROL DA QUALIDADE
• • • • •
Lote Nelore 22 meses inteiro 412 kg ao final da recria e entrada no confinamento aos 19 meses 563 kg ao abate (sem jejum) 20,5@ 99 dias de confinamento – 1,5 kg/d
• • • • •
60% das carcaças com acabamento uniforme: 100% do lote classificado como precoce: 0% de penalização Premio total: R$5,20/@ = R$106,60/cabeça
R$2,00/@ R$4,00/@
Intensificação da Pecuária
PRODUTIVIDADE RECRIA-ENGORDA INTENSIVA
•
Recria em pasto adubado + suplementação
•
7 garrotes de 200 kg/ha = 3,1UA/ha em 01 de outubro
•
7 bois de 416 kg/ha = 6,5 UA/ha em 31 de maio – 216 kg em 240 dias = 0,900 kg/cab/dia – (7 cab x 216 kg x 50% RC)/15 = 50,4@/ha/240 dias em pastagem + sup
•
Terminação em confinamento até 580 kg = 21@ em 100 dias – + 0,07 ha de silagem de milho por ha de pasto
•
93,5 @/ha/ano
PÓS DESMAME – 1a SECA (maio – out)
-
Oferta de forragem ? 2 a 6% de PB 66 a 70 % FDN
PERDA DE PESO
INTEGRAÇÃO LAVOURA - PECUÁRIA
MAIO A JULHO: 90 d de pastejo 6000 bezerros desmamados em 1000 ha de pasto pós soja GPD = 0,6 kg/cabeça PI = 200 kg PF = 254 kg
AGOSTO
SETEMBRO
OUTUBRO
Suplementação com concentrado
Suplemento (composição e quantidade)
Forragem (qualidade e quantidade)
Manejo
Fatores edafoclimĂĄticos
Categoria animal
Meta de desempenho
$@, custo insumos, possibilidades de mercado...
PROTEÍNA BAIXA: LIMITANTE
•
Otimização da degradação de FDN no rúmen (Detmann et al., 2009): –
•
Otimização do consumo de forragem (Detmann et al., 2015): –
•
8 mg N-NH4/dL fluido ruminal
15 mg N-NH4/dL fluido ruminal e 14,5% de PB
Relação Proteína/Energia: modulação do consumo de forragens –
Brasil: 288g PB/kg NDT - máximo consumo de forragem (Detmann et al., 2015)
–
Austrália: 210g PB/kg NDT - ótimo uso do N da forragem (Poppi & McLennan, 1995)
PB, % MS NDT, % MS N-NH4 mg/Dl PB/NDT
SECA
ÁGUAS ADUBADO
2-6
12 – 18
50 - 55
60 – 65
<8
>8
110 (6 PB/55 NDT)
288 (17 PB/60 NDT)
N-NH3 ruminal
• Satter e Slyter (1974) : 5 mg/dl de NH3 no fluido ruminal
• 6-7% de PB na MS (Minson, 1990)
• Reciclagem de nitrogênio (NRC, 1984)
Sup. Protéica x Parâmetros Ruminais e CMSF bovinos alimentados com feno ou pasto de baixo valor nutritivo.
Tipo de Suplemento
Conc. Amônia Ruminal (mg/dl)
Taxa Pass. Sólidos (%/h)
Cons. Forragem (kg MS/100 kg PV)
Proteina McCollum e Gaylean (1985)
N SUP 1,8 – 3,4
SUP 5,4 – 10,5
N SUP 2,9
SUP 4,5
N SUP 1,69
SUP 2,15
Stokes et al. (1988)
0,7 – 1,0
2,4 – 3,7
2,21
3,01
1,38
1,93
Caton et al. (1988)
1.2 – 1,8
3,6 – 7,1
2,3
2,8
1,07
1,37
Suplementação Protéica x Ingestão de MS e ED
Dois níveis de farelo de soja sobre a ingestão de ED de novilhos recebendo feno com 5,2% de PB. (Guthrie e Wagner, 1988).
Item
Suplemento Controle
115 g PB
230 g PB
Ing. MS (kg)
4,56
6,65
7,91
Digest. MS (%)
49,6
54,3
58,4
Ing. MS Dig. (kg)
2,26
3,61
4,62
Ing. ED (Mcal)
9,96
15,91
20,36
Suplementos:
115 g PB = 0,36 kg 32%PB
230 g PB = 0,67 kg 34% PB.
Suplementação Protéica vs Energética
bovinos alimentados com feno ou pasto de baixo valor nutritivo.
Tipo de Suplemento
Conc. Amônia Ruminal (mg/dl)
Taxa Pass. Sólidos (%/h)
Cons. Forragem (kg MS/100 kg PV)
Proteína McCollum e Gaylean (1985)
N SUP 1,8 – 3,4
SUP 5,4 – 10,5
N SUP 2,9
SUP 4,5
N SUP 1,69
SUP 2,15
Stokes et al. (1988)
0,7 – 1,0
2,4 – 3,7
2,21
3,01
1,38
1,93
Caton et al. (1988)
1.2 – 1,8
3,6 – 7,1
2,3
2,8
1,07
1,37
N SUP
SUP
N SUP
SUP
N SUP
SUP
2,2
0,61
3,90
3,68
2,3
1,32
Energia Chase Jr. e Hibberd (1987)
Suplementação Protéica vs Energética
novilhos (Guthrie e Wagner, 1988).
Item
Suplemento Controle
115 g PB
230 g PB
Energético
Ing. MS (kg)
4,56
6,65
7,91
7,37
Digest. MS (%)
49,6
54,3
58,4
56,0
Ing. MS Dig. (kg)
2,26
3,61
4,62
4,13
Ing. ED (Mcal)
9,96
15,91
20,36
18,20
Suplementos: 115 g PB = 0,36 kg 32%PB; 230 g PB = 0,67 kg 34% PB; Energ. = 1,41 kg 13% PB.
Baixa qualidade: Estratégias de suplementação na recria 1. Manutenção 2. Ganhos baixos 3. Ganhos moderados .
Manutenção Sal com uréia • Misturas: – Uréia: 30% – Sal mineral: 60% – Palatabilizante: 10%
• Consumo: – 100g/UA
• Resultados: – Manutenção – Redução da perda de peso
Ganhos baixos Sal proteinado • Misturas: – – – – –
Protéico: Energético: Uréia: Sal branco: Mistura mineral: •
15 a 40% 20 a 30% 5 a 12% 15 a 25% 8 a 10%
(Euclides e Medeiros, 2003)
• Consumo: – 0,1 a 0,2 %PV
• Resultados: – 0,100 a 0,300 kg/cab/dia
Ganhos moderados Sup. Protéico ou Protéico energético F. Protéicos:
28 a 45% PB
F. Prot + F. Energ: 20 a 30% PB • Consumo: – 0,3 a 0,6 %PV • Resultados: – 0,400 a 0,700 kg/cab/dia
REVISÃO DE LITERATURA
•
Dórea et al. (2014)
•
CONSUMO DE NUTRIENTES: – 45 artigos publicados entre 1974 – 2011 na literatura internacional e nacional
REVISÃO – CONSUMO DE NUTRIENTES
PC1
n
Forragem baixa qualidade (FBQ) <9% PB
Nível2 CMSf2 CMST2
PBf3
FDNf3
PBs3
Média
323
0,24
1,66
1,91
6,0
73,0
33,2
Máx
580
1
3,42
3,42
8,97
80,89
92,4
Mín
191
0
0,61
0,61
1,94
48,5
19,2
341
Tabela 3. Caracterização dos trabalhos analisados em relação ao consumo de forragem e total, valor nutricional da forragem e do suplemento, nível, numero de animais e peso dos animais (1)=Kg, (2)=%PV, (3)=%
n= número de animais, PC=peso corporal, Nível= nível de suplementação, PB=proteína bruta (%MS) , FDN=fibra em detergente neutro (%MS), f=forragem, s=suplemento, CMSf= consumo de matéria seca de forragem, CMST= consumo de matéria seca total.
FORRAGEM DE BAIXA QUALIDADE 3
Consumo de forragem (% PC)
2.5 2
1.5 1 3 2 Forragem y = 3.3848x - 5.281x + 1.7321x + 1.6344 R² = 0.30 Total y = 0.9009x + 1.7033 R² = 0.65
0.5 0
0
0.2
0.4 0.6 0.8 Níveis de suplementação (% PC)
1
1.2
Gráfico 2. Consumo de forragem (r2=0,30) e total de matéria seca (r2=0,65) em função de níveis de suplementação para animais consumindo FBQ. Efeito de nível de suplementação (P=0.0001), efeito da qualidade da forragem (P=0.0007), efeito da interação qualidade da forragem*níveis de suplementação (P=0.0081).
EFEITOS ASSOCIATIVOS
Substitutivo
Aditivo
Combinado
REVISÃO DE LITERATURA
•
Dórea et al. (2014)
•
DESEMPENHO ANIMAL: – 48 experimentos em 42 artigos + 4 teses e 2 dissertações nacionais • • •
ENERGÉTICO: PROTEICO-ENERGÉTICO: PROTEICO:
< 15% PB >15 < 30% PB > 30% PB
REVISÃO – DESEMPENHO ANIMAL
n
PC
PBf
FDNf
Nível, % PC
Média 43
274
5.63
72.17
0.37
28.7
60.4
n total
Forragem baixa qualidade (FBQ <7% PB)
1533
PBs
NDTs
DP
20
89
1.03
5.95
0.37
23.7
29.8
Mín.
12
168
3.40
62.22
0.00
0.0
0.0
Máx.
116
473
7.00
84.30
1.30
83.1
90.0
Tabela 1. Caracterização dos trabalhos analisados em relação ao número de tratamentos, peso corporal, PB e FDN da forragem, PB e NDT dos suplementos, e níveis de suplementação FBQ= forragem de baixa qualidade (<7% PB), FAQ= forragem de alta qualidade (>7% PB), DP= desvio padrão, Mín= mínimo, Máx= máximo, n= número de animais, PC=peso corporal, Nível= nível de suplementação, PB=proteína bruta (%MS), FDN=fibra em detergente neutro (%MS), NDT=nutrientes digestíveis totais (%MS), f=forragem, s=suplemento.
REVISÃO – DESEMPENHO ANIMAL
FBQ (< 7% PB)
EPM
CONT
ENE
PRO
PRO-ENE
0.273c
0.552ab
0.417b
0.630a
0.06
-
0.65a
0.26b
0.63a
0.05
-
1.90a
0.74b
1.7a
0.17
-
0.250b
0.326ab
0.392ab
0.04
-
1.56a
0.57b
1.44a
0.18
GPD, kg/d
Nível, % PC
Nível, kg/d
CPBs, kg/d
CNDTs, kg/d Tabela 2. Efeito de diferentes tipos de suplementação (proteica, energética e protéico-energética) sobre o desempenho de animais mantidos em pastagens com baixa e alta qualidade (FBQ e FAQ) FBQ= forragem de baixa qualidade (<7% PB), FAQ= forragem de alta qualidade (>7% PB), COM= controle (sem suplementação) ENE= energético, PRO= protéico, PRO-ENE= protéico-energético, EPM= erro padrão da média padrão, F*S= interação entre qualidade da forragem*tipo de suplemento, GPD= ganho de peso diário, Nível= nível de suplementação, CPB= consumo de proteína bruta, CNDT=nutrientes digestíveis totais, s=suplemento.
Ganho médio diário (r2=0,85) em função de níveis de suplementação no período da seca.
Nível de suplementação na seca 0,1%PV – 55%PB
0,3%PV – 29%PB
PVI, kg
206,6
203,0
GPD, kg
0,368b
0,501ª
Roth (2011)
Nível de suplementação na seca
Mineral
0,3%PV – 27%PB
0,6%PV – 27%PB
PVI, kg
195
191,6
197,2
CMS, kg/cab/d
2,88
3,10
3,67
CMSpasto, kg
2,88
2,58
2,57
GPD, kg
-0,107
0,243
0,339
Simoni et al. (2009)
Sup. baixo consumo na seca – 0,2% PV
Desempenho de novilhos (380 kg PV) suplementados ou não em pastagens de B. brizantha na seca.
Tratamento Sem suplemto Sup. 46% PB e 67% NDT Fonte: Adaptado de Lourenço e Leme (1999).
Suplemento (kg)
GPVD (kg)
0
0,498
0,756
0,700
Suplementos NNP vs Proteína Verdadeira Desempenho de bezerros suplementados com diferentes quantidades de suplementos contendo 3 níveis de uréia. Kg suplem./dia
% PB Suplemento % Uréia Suplem.
GPVD (kg)
0,11
9
0
-0,08
0,68 0,68 0,68
40 40 40
0 3,0 6,0
0,26 0,28 0,22
0,45 0,45 0,45
40 40 40
0 3,0 6,0
0,29 0,28 0,26
Fonte: Clanton (1978)
Sup. alto consumo – 1 x 2 secas
Desempenho de bovinos F1 Angus-Nelore recebendo 0,82% PV e/ou 0,92% do PV de concentrado na primeira e segunda seca, respectivamente, pastejando B. decumbens diferida (Euclides et al. 2001).
GPV 1a seca
GPV 2a seca
(kg/dia)
(kg/dia)
Idade de Abate (meses)
Sem suplemento
0,070a
-0,130a
30
Sup. 1a e 2a secas
0,490b
0,500b
24
c
27
Tratamento
a
Sup. 2 seca
0,070
a
0,660
Composição do concentrado: 1a seca = 20,3% PB e 68% NDT; 2a seca = 18% PB e 76,2% NDT. Peso de abate = 460 kg PV. Médias na mesma coluna seguidas de letras diferentes, diferem entre si (p < 0,05).
Suplementação Proteica vs Energética novilhos (Guthrie e Wagner, 1988)
VISUALIZE AO LONGO DA ESTAÇÃO SECA ( 6,89 x 5,96 kg MS pasto)
Item
Suplemento Controle
115 g PB
230 g PB
Energético
Ing. MS (kg)
4,56
6,65
7,91
7,37
Digest. MS (%)
49,6
54,3
58,4
56,0
Ing. MS Dig. (kg)
2,26
3,61
4,62
4,13
Ing. ED (Mcal)
9,96
15,91
20,36
18,20
Suplementos: 115 g PB = 0,36 kg 32%PB; 230 g PB = 0,67 kg 34% PB; Energ. = 1,41 kg 13% PB.
PERÍODO DAS ÁGUAS NOV - ABRIL
0,5 â&#x20AC;&#x201C; 0,7 kg/d
0,5 â&#x20AC;&#x201C; 0,7 kg/d
O DESEMPENHO ANIMAL EM PASTAGENS É LIMITADO
Mês
Peso (kg)
J F M A M
212 237 262 291 320
Ramalho (2006)
GPD 0.920 0.762 0.899 0.857 0.267
Suplementação nas águas???
Suplementação com concentrado ferramenta para: - aumentar a ingestão de nutrientes - reduzir gasto com atividade de pastejo
- GPD - taxa de lotação - @/ha
- qualidade da carcaça - dias em confinamento
PREĂ&#x2021;O DO MILHO X @ BOI
160
80 Boi (10 anos=144% de aumento)
70
Milho (10 anos=50% de aumento)
120
60
100
50
80
40
60
30
40 20
20
0
10
Milho (R$/sc)
Boi gordo (R$/@)
140
jan-15
jan-14
jan-13
jan-12
jan-11
jan-10
jan-09
jan-08
jan-07
jan-06
jan-05
REVISÃO DE LITERATURA
•
Dórea et al. (2014)
•
CONSUMO DE NUTRIENTES: – 45 artigos publicados entre 1974 – 2011 na literatura internacional e nacional
REVISÃO – CONSUMO DE NUTRIENTES
PC1
n
Forragem alta qualidade (FAQ >9% PB)
Nível2 CMSf2 CMST2
PBf3
FDNf3
PBs3
Média
343
0,35
2,13
2,48
13,2
67,9
18,8
Máx
580
1,32
3,49
3,49
23,6
80,8
46,1
Mín
130
0
1,09
1,637
9,5
53,5
10,9
812
Tabela 3. Caracterização dos trabalhos analisados em relação ao consumo de forragem e total, valor nutricional da forragem e do suplemento, nível, numero de animais e peso dos animais (1)=Kg, (2)=%PV, (3)=%
n= número de animais, PC=peso corporal, Nível= nível de suplementação, PB=proteína bruta (%MS) , FDN=fibra em detergente neutro (%MS), f=forragem, s=suplemento, CMSf= consumo de matéria seca de forragem, CMST= consumo de matéria seca total.
FORRAGEM DE ALTA QUALIDADE 3.5
Consumo de MS (% PC)
3 2.5 2 1.5 1
CMS_forragemy = -0.6515x + 2.351 r² = 0.66 y = 0.3486x + 2.351 CMS_total r² = 0.35
0.5 0 0
0.2
0.4 0.6 0.8 1 Níveis de suplementação (% PC)
1.2
1.4
Gráfico 3. Consumo de forragem (r2=0,66) e total de matéria seca (r2=0,35) em função de níveis de suplementação no período das águas consumindo FAQ. Efeito de nível de suplementação (P=0.0001), efeito da qualidade da forragem (P=0.0007), efeito da interação qualidade da forragem*níveis de suplementação (P=0.0081).
EFEITO SUBSTITUTIVO
Grazing time (min/day)
600 500 400 300
y = 521.36-155.22x r² = 0.94
200 100
0 0
0.5 1 1.5 2 Level of supplementation (% of BW)
2.5
SUPLEMENTAÇÃO X DIG FDN 10 artigos revisados 80
70 NDF digestibility
60 50 y = 64.001 R² = 0.08 P>0.05
40 30 20 10 0 0.00
0.20
0.40 0.60 0.80 Level of supplementation (% of BW)
1.00
1.20
SUPLEMENTAÇÃO X TAXA DE LOTAÇÃO
Taxa de Lotação (UA/ha)
7 6
5 4
3 y = 3.2701 + 1.1681x r² = 0.73
2
1 0 0
0.5 1 1.5 2 Nível de suplementação (%BW)
2.5
REVISÃO DE LITERATURA
•
Dórea et al. (2014)
•
DESEMPENHO ANIMAL: – 48 experimentos em 42 artigos + 4 teses e 2 dissertações nacionais • • •
ENERGÉTICO: PROTEICO-ENERGÉTICO: PROTEICO:
< 15% PB >15 < 30% PB > 30% PB
REVISÃO – DESEMPENHO ANIMAL
n total
n
Média 61 Forragem alta qualidade (FAQ >7% PB)
1058
PC
PBf
282 11.38
FDNf
Nível, % PC
PBs
NDTs
65.84
0.29
19.0
58.1
DP
52
92
3.78
5.37
0.28
14.9
36.3
Mín.
16
130
8.10
56.00
0.00
0.0
0.0
Máx.
214
546
20.80
76.22
1.00
48.0
93.4
Tabela 1. Caracterização dos trabalhos analisados em relação ao número de tratamentos, peso corporal, PB e FDN da forragem, PB e NDT dos suplementos, e níveis de suplementação FBQ= forragem de baixa qualidade (<7% PB), FAQ= forragem de alta qualidade (>7% PB), DP= desvio padrão, Mín= mínimo, Máx= máximo, n= número de animais, PC=peso corporal, Nível= nível de suplementação, PB=proteína bruta (%MS), FDN=fibra em detergente neutro (%MS), NDT=nutrientes digestíveis totais (%MS), f=forragem, s=suplemento.
REVISÃO – DESEMPENHO ANIMAL
FAQ (>7% PB)
EPM
CON
ENE
PRO
PRO-ENE
0.572b
0.727a
0.715a
0.728a
0.06
-
0.40
0.31
0.34
0.05
-
1.25
0.97
1.12
0.17
-
0.142b
0.367a
0.250ab
0.04
-
0.91
0.81
0.91
0.18
GPD, kg/d
Nível, % PC
Nível, kg/d
CPBs, kg/d
CNDTs, kg/d Tabela 2. Efeito de diferentes tipos de suplementação (proteica, energética e protéico-energética) sobre o desempenho de animais mantidos em pastagens com baixa e alta qualidade (FBQ e FAQ) FBQ= forragem de baixa qualidade (<7% PB), FAQ= forragem de alta qualidade (>7% PB), COM= controle (sem suplementação) ENE= energético, PRO= protéico, PRO-ENE= protéico-energético, EPM= erro padrão da média padrão, F*S= interação entre qualidade da forragem*tipo de suplemento, GPD= ganho de peso diário, Nível= nível de suplementação, CPB= consumo de proteína bruta, CNDT=nutrientes digestíveis totais, s=suplemento.
SUPLEMENTAÇÃO X DESEMPENHO 21 artigos com forragens tropicais > 9% of CP 1.2
ADG (kg/animal/day)
1 0.8 0.6 0.4
y = 0.393x + 0.6595 R² = 0.89
0.2 0 0
0.2
0.4 0.6 0.8 Level of supplementation (% of BW)
1
1.2
ESALQ – 25 x 35cm x 0 x 0,3% 2.50 1.86
% of BW
2.00
2.01 1.79 1.79
1.34
1.50
1.32
1.68
1.47
1.38
1.15
1.13 0.93
1.00
0.50
0.00 25cm 25/15
35cm 35/15
Manegement, cm cm Forage DMI • • •
00
0.3 0.3
Supplementation, %BW Total DMI
Digestible DMI
Forage, Total and Digestible DMI (Management effect, P<0.05) Forage DMI (Supplementation effect, P<0.05) Total and Digestible DMI (Supplementation effect, P>0.05)
Dórea et al. (2013)
ESALQ – 25 x 35cm x 0 x 0,6% Gráfico 3 – Taxa de bocado de novilhos nelore mantidos em pastagens de capim Marandu durante o período das águas, Dórea et al. (2013). 40 35
29.7a 25.9
Bocados/minuto
30
23.4 19.6b
25 20 15 10 5 0
25
35 Management, cm
0
0.6 Supplementation, %BW
ESALQ – Exp 7 – 25 x 35cm x 0 x 0,6% Gráfico 2 – Tempo de pastejo de novilhos nelore mantidos em pastagens de capim Marandu durante o período das águas, Dórea et al. (2013).
600 494 500 401
379
374
minutos/dia
400
300
200
100
0 0
0.6% of BW 25 cm
0
0.6% of BW 35 cm
ESALQ – Exp 7 – 25 x 35cm x 0 x 0,6% Gráfico 5 – Consumo voluntário de novilhos nelore mantidos em pastagens de capim Marandu durante o período das águas, Dórea et al. (2013). 2.50
2.18a 2.00
1.93
1.88a
1.77a
1.77
% of BW
1.52b 1.33b
1.42a
1.50
1.36a
1.22b 1.05b
0.99b
1.00
0.50
0.00 25cm
35cm
0
Management, cm Forage DMI
0.6
Supplementation, %BW Total DMI
Digestible DMI
Exp. 1 - Nível de Suplementação - Metabolismo
Composição química de amostras de estrato pastejável do capim Marandu
Capim Marandu (% MS) MÉDIA
Milho
Fev
Março
Abril
Maio
PB
12,12
12,43
13,07
14,84
13,12
9,32
FDN
63,97
60,75
63,24
62,26
62,56
13,11
FDA
30,98
31,51
31,72
30,58
31,2
5,07
LIG
3,41
2,85
2,8
2,55
2,82
1,16
MM
11,47
10,77
11,7
10,37
11,08
1,07
Dórea (2011)
Exp. 1 - Nível de Suplementação - Metabolismo
Frações protéicas de amostras de estrato pastejável do capim Marandu
Capim Marandu (% PB) ITEM1
MÉDIA
Período 1
Período 2
Período 3
Período 4
A
30.74
31.09
36.02
22.51
30.09
B1
7.61
10.70
9.36
29.69
14.34
B2
37.03
36.00
33.81
30.89
34.43
B3
20.51
17.72
16.79
12.69
16.93
C
4.11
4.50
4.02
4.22
4.21
Dórea (2011)
Exp 1: Comportamento Ingestivo
Exp 1: Comportamento Ingestivo x dose de suplemento
500 7.78
460 440
8 6.55
441
6.23 5.58
420 400 4.47
4.73 385
380
372
360
6.45 7 6 6.01 5 4 363 3
340
2
320
1
300 -9.99E-16
0
Tempo de pastejo Dórea et al. (2011)
0.3 0.6 Níveis de suplementação (%PV) Consumo de forragem
0.9 Consumo de NDT
Consumo (kg/animal/dia)
Tempo de pastejo (min/dia)
480
9
Exp. 2 – Desempenho x doses Brachiaria Brizantha cv. Marandu 1.2 6.12
6 5.33
1
5.58 0.968
5 4.5
0.8
0,810
4
0.673
0.6
3 0.595
0.4
2 1
0.2
0
0 0
0.3 0.6 Nível de suplementação (%PV) Taxa de lotação
Correia (2006)
Ganho médio diário (GMD)
0.9
GMD (kg/animal/dia)
Taxa de lotação (UA/ha)
7
Exp. 2 – Desempenho x doses Brachiaria Brizantha cv. Marandu
40
36.52
Produção de @/ha
35 27.92
30 24.6
25 20
17.64
15 10 5 0 0
Correia (2006)
0.3 0.6 Níveis de suplementação (%PV)
0.9
Exp.1 - Suplementação x metabolismo de N
Tratamentos
ITEM
Valor P
Contrastes
EPM
0
0.3
0.6
0.9
Trat
L
Q
N ingerido (g/dia)
160.2
150.37
164.71
180.49
0.2672
ns
ns
12.07
N urina (g/dia)
56.95
69.86
50.11
44.72
0.0145
*
ns
4.76
N fezes (g/dia)
64.64
57.97
58.98
51.24
0.0288
*
ns
2.72
N retido (%N ingerido)
20.17
19.10
33.32
47.09
0.0063
*
ns
5.85
PBmic (g/dia)
448.58
591.12
593.14
981.84
0.0380
*
ns
114.6
Efic (gPBMic/kg de NDT)
100.99
111.27
118.53
196.65
0.0694
*
ns
23.69
16.70(2.54)
10.58(2.73)
11.56(3.33)
13.90(3.12)
0.4231
ns
ns
-
NUP (mg/dL)
Dórea (2011)
Exp. 3 – Fontes – Correia 2006 Exp. 111 ––– Doses ––– Correia 2006 Exp. Doses Correia 2006 Exp. Doses Correia 2006 Exp. 1 – Doses – Correia 2006 Brachiaria Brizantha cv. Marandu
Tratamentos experimentais – 0,6% do PV TRATAMENTOS Ingredientes
PB, % na MS
Monensina (90 ppm)
E
EFA
EU
11.32
20.35
20.51
Exp. 3 – Fontes – Correia 2006 Exp. 111 ––– Doses ––– Correia 2006 Exp. Doses Correia 2006 Exp. Doses Correia 2006 Exp. 1 – Doses – Correia 2006 Brachiaria Brizantha cv. Marandu Desempenho animal durante a recria em pasto (janeiro a julho) Componentes PVi, kg
E 242,9a
Tratamentos EFA EU 243,7a 245,8a
PVf, kg
391,1a
394,0a
395,8a
GPD, g
0,903a
0,909a
0,868a
Taxa lotação, UA
9,40a
9,58a
9,09a
Taxa lotação, cab.
13,13a
13,57a
12,60a
Produtividade, @ ha-1
59,08a
61,55a
54,40a
Exp. 4 – Fontes – Ramalho (2006) Capim Colonião – 11,9 – 18,5%PB
Tratamentos: a) Controle b) Energético: c) Proteico-Energético:
0,6% do peso vivo 0,6% do peso vivo
Suplementos: Energético - 95% Polpa Cítrica + 5% Mineral
Proteico - Energético -
40% F.Algodão + 55% PC + 5% Mineral
Ambos com 90 ppm de monensina
Fontes de suplemento x PV Período Peso (kg) 1 2 3 4 5
212 237 262 291 320
Controle 0.920 0.762 0.899 0.857 0.267
GPD Energético 1.054 0.917 0.999 1.138 0.431
PE 1.110 1.005 1.152 1.152 0.416
Experimento 5 Suplementação x Alturas de Resíduo Costa (2007)
Bezerro Tri-Cross
Idade de entrada = 9 meses Peso de entrada = 244 kg
Tratamentos • 15 N – 15 cm pós pastejo • 10 N – 10 cm pós pastejo • 15 S – 15 cm pós pastejo + suplementação energética 0,6 % PV • 10 S – 10 cm pós pastejo + suplementação energética 0,6 % PV
ENTRADA 25 cm
25 cm
RESÍDUO
Exp 1
Duração
Intervalo desfolha (dias)
Exp 2
Exp 4 (15 cm)
Mar/04 Jan/05 Dez/05 a a a Jul/04 Jul/05 maio/06
30-F
21-F
18-V
M F (entrada) (kg/ha)
6,2
7,3
5,2
M F (saída) (kg/ha)
2,9
3,6
3,2
%Folhas (entrada)
40
34
54
% Haste (entrada)
36
32,7
32
% M. Morto (entrada)
24
33,3
14
%PB
12,6
13,3
15,3
UA/ha – 0,6%PV
5,6
9,4
6,1
Composição Morfológica Pré-pastejo
60,0
55,6
53,7
50,0
%
40,0
Colmo 32,4
31,9
Folha
30,0
14,3
20,0
12,0 10,0
0,0
10 cm
15 cm
MMorto
Composição Bromatológica Altura pós-pastejo Variáveis
10 cm
15 cm
Proteína Bruta, %
15,3(0,47)
15,3(0,42)
FDN, %
63,2(2,10)
64,3(1,57)
DIVMO, %
62,7(0,84)
61,9(0,63)
GANHO DE PESO MÉDIO DIÁRIO
0,42 0,4 kg kg 1,2
0,96
1
0,84
0,8
0,54
0,6
0,44
0,4
0,2 0
15 S
10 S
15 N
10 N
Peso (kg)
475 450 425 400 375 350 325 300 275 250 225 200 175 150 125 100 75 50 25 0
369
351 306 284
144
126 81.5
65 225
219
10N
10S
225
225
15N
15S
Experimento PrĂŠ-experimento
Experimento 6 Estratégias de Suplementação Neto (2010)
EstratĂŠgia de fornecimento e dose
. 77 tourinhos ½ Canchim ½ Nelore . 150 dias de dezembro a maio . milho + mineral + monensina
T1: 0 T2: 0,6% do PV
- 0,57% do PV
T3: 0,3% do PV por 60 dias 0,6% do PV por 60 dias 0,9% do PV por 30 dias
- 0,53% do PV
Neto (2010)
Estratégia de fornecimento e dose Tratamentos (% PV)
Neto (2010)
0
0,6
0,3-0,6-0,9
PVi, kg
208
208
208
PVf, kg
284
323
336
Sup, kg/cab/d
0
1,53
1,45
Sup, kg/cab
0
231
221
GPD, kg/cab
0,535c
0,787b
0,867a
UA/ha
5,94b
7,13a
6,90a
@ 54RC/ha
32,0b
53,0a
57,0a
ESALQ – Sumário de desempenho g/cab/dia
UA/ha
GPV/ha
Animais
Dias
N
PVi
0
0.6%
0
0.6%
0
0.6%
Ramalho (2006)
0.739
0.932
-
-
-
-
75
150
225
200
Correia (2006)_a
-
0.903
-
9.4
-
1772
140
183
175
244
4.5
5.6
540
892
132
109
40
222
6.3
7.0
832
1477
150
150
375
220
6.2
7.2
887
1522
76
150
120
208
5.6
7.3
753
1415
114
148
187
218
Correia 0.595 0.810 (2006)_b Costa 0.495 0.900 (2007) Agostinho Neto 0.535 0.827 (2010) MÉDIA 0.591 0.874
ESTRATÉGIAS DE SUPLEMENTAÇÃO
•
Qual a melhor estratégia sequencial
–
recria de bezerros desmamados na seca?
–
recria de garrotes nas águas ?
–
terminação será em semi-cofinameto ou confinamento
ESTRATÉGIAS DE SUPLEMENTAÇÃO
•
Qual a melhor estratégia sequencial
–
APTA – Colina-SP (Oliveira et al., 2015):
–
4 experimentos: recria na seca – recria nas águas - terminação
–
Conclusão: programa com desempenho crescente
Suplementação na recria x desempenho no confinamento - Lancaster et al. (2014)
meta análise de 29 experimentos (23 artigos) desmama normal
recria em pasto de gramíneas ou confinados com alta forragem resposta à suplementação ≥ 0,1kg/d
terminação em confinamento
Suplementação na recria x desempenho no confinamento
- Lancaster et al. (2014) > peso de entrada no confinamento > CMS < GPD < GPD/CMS > AOL
> PCQ
Suplementação na recria x desempenho no confinamento
- Lancaster et al. (2014)
- EGS e MARMOREIO:
CORRELACIONADOS + COM PCQ
- PCQ é mais importante que GPD na recria para acabamento
Lancaster et al., 2014; meta anรกlise de 10 experimentos
Lancaster et al., 2014; meta anรกlise de 10 experimentos
Relação entre PCQ e EGS (21 estudos) 20 18
y = -3.92 + 0.0494*EGS r² = 0.75
16
EGS (mm)
14 12
Para cada 10 kg de carcaça um aumento de aprox. 0,5 mm na EG
10
8 6 4 2
0 150
200
250
300 PCQ(kg)
350
400
450
Intercept
Slope (12th RFT)
P value
r2
Final BW
2.41
0.0168
0.1147
-
HCW
-3.92
0.0494
0.0036
0.75
Perry et al., 1971; Horn et al., 1995a; Horn et al., 1995b; Lake et al., 1974; Lewis et al., 1990; Choat et al., 2003; Elizalde et al., 1998; Lomas et al., 2009; Hersom et al., 2004a; Hersom et al., 2004b; Philips et al., 1991; Ridenour et al., 1982; White et al., 1987; Philips et al., 2001; Sainz et al., 1995; Sharman et al., 2013a; Sharman et al., 2013b; Gomes, 2009; Sitta, 2011; Peres, 2010; Carareto, 2010; Chagas, 2015.
â&#x20AC;¢ DADOS NEBRASKA
Flรกvio A. P. Santos Departamento de Zootecnia- ESALQ/USP fapsantos@usp.br