Urban Design and Sustainable Architecture

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01 a 14 de agosto de 2014 itinerário de estudo nas cidades de:

Londres Amsterdã - Roterdã Copenhague Estocolmo

Grupo S.I.T.U - Unesp - Bauru

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Landscape dimension in contemporary city project

Estocolmo Copenhague Amsterdã / Roterdã

Londres

Urban Design and Sustainable Architecture

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ÍNDICE Coordenador: Prof. Dr Adalberto da Silva Retto Jr. - Unesp Bauru/Professor Visitante da Universite Sorbonne Paris I do Master Erasmus Mundus Techiniques, Patrimoine, Terrotoires de l’industrie. Coordenador do Grupo de Pesquisa em Sistema Integrados Territoriais e Urbanos SITU Colaboradores: Prof. Dr. Alessandra Greggio Prof. Dr. Nadia Fava Prof. Dr. Cristian Suau Prof. Dr. Antonello Alici

1.0 A dimensão paisagística no projeto da cidade contemporânea: um itinerário de estudo nas cidades de Londres, Amsterdã, Copenhague e Estocolmo ............................................................................................. 06 2.0 Entre o mito do Labirinto e de Babel: considerações acerca do projeto e da leitura da cidade contemporânea .......................................... 07 3.0 Percursos 3.1 Londres ............................................................................... 15 3.2 Amsterdã - Roterdã ............................................................. 41 3.3 Copenhague ................................................................... 113 3.4 Estocolmo ....................................................................... 127

4.0 Equipe ....................................................................................... 135



1.0 A dimensão paisagística no projeto da cidade contemporânea: um itinerário de estudo nas cidades de Londres, Amsterdã, Roterdã, Copenhague e Estocolmo.

O título do curso “A dimensão paisagística no projeto da cidade contemporânea” exprime uma hipótese de leitura e também de projeto, que do ponto de vista temporal aciona os primeiros projetos dos anos de 1980, a retomada da democracia no Brasil e os “projetos especiais” na Europa, solicitados até os nossos dias, como reação ao “fenômeno metropolitano”. A pesquisa move-se a partir do levantamento de estudos de casos no âmbito do projeto urbano, paisagístico/ambiental e de mobilidade, que assumiram um valor estrutural na concepção das transformações urbanas, envolvendo a discussão em torno do Concurso de Brasília até as alterações do PAC, das obras em função da Copa do Mundo e das Olimpíadas e das questões relativas ao urbanismo sustentável. O curso homônimo baseia-se em itinerários de estudos em diversas cidades do Brasil e do exterior que possuem projetos paradigmáticos sobre o tema em discussão. Na primeira viagem, que o originou e foi para a cidade do Rio de Janeiro, teve como foco principal a ideia de trabalhar as “Estratificações Históricas”, atualizando as referências clássicas como a noção de “Evolução Urbana”, ainda muito utilizada em trabalhos acadêmicos, principalmente, na área de historiografia e projeto. A segunda viagem utilizou a chave de leitura “Escalas e Temporalidades”, publicada no livro homônimo dirigido pelo arquiteto urbanista Yannis Tsiomis, para refletir sobre as intervenções da cidade de Paris, Veneza e Roma. Na terceira viagem o eixo basilar foram os eventos extraordinários na construção da cidade contemporânea – Mega-Cidades/ Mega-Eventos, partindo de Berlim aos exemplos paradigmáticos de Barcelona e de Atenas. A quarta viagem enfocará o tema ambiental e a relação entre “Desenho Urbano e Arquitetura Sustentável” a partir de exemplos nas cidades de Londres, Amsterdã e Roterdã, Copenhague e Estocolmo. “A história da cidade contemporânea, que se problematiza pari e passu com a consolidação do projeto urbano como disciplina, restitui-nos uma história que fala de fundamentos e de camadas de tempos – a cidade como palimpsesto, de transformações e de interpretações infinitas, onde as permanências históricas são pontos fundamentais de reflexão e de interlocução para os novos projetos urbanísticos, arquitetônicos e paisagísticos: história de expansões e adensamentos, de exclusões e inclusões, de inovações e de perdas”. Logo, “a cidade passível de ser lida, é também aquela apta a ser escrita, em virtude dos sinais progressivamente inscritos, lidos e reinterpretados.” Nessa cidade como um texto, “como lugar revestido de sentido e de valor simbólico, político, social e econômico, na qual cada tentativa de comunicação estabelece uma hierarquia temporal e uma espacial, a partir de uma relação escalar. Dessa forma, a história da cidade é escrita no tempo e em um espaço circunscrito, mesmo que estes sejam fluídos e mutantes, em grau de viver, de se regenerar e de absorver novos significados.” Se a cidade pode ser lida como um texto, o projeto do fragmento, nesse âmbito, é capaz de dialogar com profundidade na sua superfície, nos seus diversos ciclos de vida, conformados em estratos verticais sobrepostos, colocando-se como hipótese de transformação em potencial. “A paisagem dentro da cidade” é a hipótese de investigação que perpassa as últimas três décadas, cujas intervenções urbanas de reconfiguração de partes da cidade, a partir do projeto do fragmento como paisagem, dos projetos de reestruturações de áreas ferroviárias, tramas urbanas, centros históricos e portos desativados, gradualmente começaram a delinear um percurso que coloca o projeto de espaços abertos como conectores das estruturas urbanas e territoriais, promovendo um deslizamento conceitual do Projeto Urbano para o Landscape Urbanism.

2.0 Entre o mito do Labirinto e de Babel: considerações acerca do projeto e da leitura da cidade contemporânea. O filme Inception de Christopher Nolan (2010) propõe algumas reflexões contundentes acerca da condição espacial contemporânea, talvez na mesma proporção que o filme Metropolis de 1926, do cineasta austríaco Fritz Lang, em que foi retratado incisamente a circunstância da “Vida Nervosa” como a base psicológica da vivência na metrópole moderna. Ambos seguem o filão da conhecida montagem do Metropolis (1923) do pintor e fotógrafo Paul Citroën, que constrói uma cidade labiríntica através da justaposição de imagens de diferentes arquiteturas urbanas. A collage dos diversos espaços e pontos de vista traduz de forma visível as novas lógicas perceptivas de simultaneidade e rapidez da metrópole dos primeiros anos do século XIX, ao mesmo tempo em que impõe uma “iconografia metropolitana”, que – além de influenciar muitos dos seus contemporâneos (de Fritz Lang a László Moholy-Nagy, do projeto tipo fotográfico Dinamica della metropoli, 1925) – indica uma linha de desenvolvimento futuro na reelaboração da representação de uma perspectiva urbana, que será retomada pelas neovanguardas da segunda metade do século XIX até os nossos dias. O filme Metropolis constituiu-se referência corrente para o entendimento do nascimento da metrópole, o qual ambientaliza em seu enredo uma grande cidade no século XXI governada autocraticamente por um poderoso empresário. Na narrativa do filme, os seus colaboradores constituem a classe privilegiada, vivendo em um jardim idílico, como Freder, único herdeiro do dirigente da cidade. Os trabalhadores, pelo contrário, são escravizados pelas máquinas, condenados a viver e trabalhar em galerias no subsolo e no meio da miséria entre os operários uma jovem, Maria, destacase ao exortar os trabalhadores a se organizarem para reivindicar seus direitos através de um escolhido, que virá para representá-los. Guardadas as devidas proporções, o filme ainda mantém seu frescor reflexivo a respeito da condição social e econômica da cidade moderna e, por que não, da cidade contemporânea e sua segregação espacial. Inception, traduzido para o português como Origens, convida-nos imediatamente a uma reflexão típica do projeto urbano: o filão comparativo com o mundo arcaico e clássico, que aparece na figura do labirinto e da estudante de arquitetura Ariadne, faz emergir imediatamente uma indagação hipotética sobre a leitura e o projeto da cidade contemporânea. De um lado, emerge a discussão a respeito do papel do arquiteto e urbanista no projeto da cidade contemporânea, e de outro, como o próprio projeto arquitetônico, urbanístico e/ou paisagístico insere-se em uma dinâmica global que se coloca como estratégia de transformação e investigação da cidade carregada de temporalidades. Desde os primórdios, o labirinto foi um dispositivo construído para confundir, colocar à prova, produzir desaparecimento e encantamento. Entretanto, na sua redução a desenho geométrico, que carrega consigo a ideia de uma espiral e representa o espaço no plano, ele explicita o nascimento da planta como descrição e simbolização do mundo. O labirinto, portanto, não é resultado do caos e nem sinônimo de desordem, mas de uma ordem superior, de um sistema complexo cujas regras subliminares escapam do desvelamento do todo. Perder-se na desordem ou aceitá-la passivamente, procurar na confusão um sentido ou uma estrutura submersa em grau de orientar o projeto, eis o papel assumido por Ariadne, e talvez seja esse o mote para pensarmos o papel do arquiteto na construção da cidade contemporânea. “A cidade contemporânea é o resultado de tempos sobrepostos e também, de espaços descontínuos (como retrata muito bem o filme), que entrecruzados com grande complexidade dão vitalidade à metáfora do labirinto. O fio de Ariadne reúne cruzamentos explorados e conhecidos, torna-se uma conexão de pontos nodais, como um traçado que visualiza o percurso e igualmente, assegura o retorno. É a partir dele, entendido como uma estratégia de ação e reflexão, que Ariadne pode


revelar, isto é, tornar visível o segredo do labirinto e consequentemente, de sua travessia”. Será essa talvez, a promessa de visibilidade que estamos à procura hoje na cidade contemporânea? O fio de Ariadne é para nós uma metáfora que acrescenta ao projeto o tema da “travessia” do labirinto, da metrópole ou das cidades mundiais, segundo um itinerário narrativo e espacialmente legível. Os fios de Ariadne, como complexos nós e traçados que interconectam lugares, restituem o sentido de orientação e compreensão das estruturas urbanas, com suas redes menores e maiores, percursos de pedestres, sequências de espaços públicos e infraestruturas integradas com a continuidade na cidade, no território. Será que nessa cidade contemporânea retratada na ficção é possível restituir à travessia uma dimensão estética, em grau de nos tornarmos mais integrados a esse ambiente, conscientes do nosso corpo e dos nossos sentidos? É plausível romper a inércia, a solidão, a opacidade e o estranhamento passivo da nossa condição urbana? Ou seja, deixarmos o estado blasé, como na encarnação da ideologia da “metrópole moderna” descrita no livro “Metrópole e a vida mental”, do alemão George Simmel? Repensar a travessia com passo leve e ritmado de uma dança? Afinal, a dança não era outra coisa, senão uma das inúmeras formas rituais dos cortejos dionisíacos, isto é, dos ritos dedicados ao Dionísio no espaço do labirinto, dos quais Ariadne participava. Entretanto, são as metrópoles ou cidades globais, retratadas como labirintos, lugares dispersos, separados e que aparecem como rede de nós e conexões é que irão dar a real escala da problemática colocada pelo filme; como também, elas são condição primeira para refletirmos a sociedade contemporânea, na questão global que envolve a energia e a sustentabilidade. Na sua desordem nos perdemos como em uma floresta; a sua travessia é um desafio, um rito misterioso, uma experiência iniciática. Em síntese, a grande cidade que aparece contemporaneamente como labiríntica e babélica emerge como artifício e projeto. Os itinerários dos quais o primeiro foi o do Rio de Janeiro; o segundo de Paris, Veneza e Roma; o terceiro, Berlim, Barcelona e Atenas, e agora o de Londres, Amsterdã, Roterdã, Copenhague e Estocolmo, são aqui entendidos como narrativas de experiências espaciais dentro desse específico cenário. A nossa condição é muito semelhante àquela descrita por Paul Auster no livro “A trilogia de Nova York”, onde em suas três histórias, a cidade de Nova York aparece como a imagem de um labirinto mental feito de pistas falsas e verdadeiras, de acasos e equívocos, a partir do confronto de seus personagens com o mistério da identidade, do conhecimento e da arte. Na cidade de vidro, quando traça o percurso de um personagem que vaga nas ruas de Manhattan, somente um código genético da cidade, seu DNA - que é uma escrita original - é capaz de desvelar o segredo do labirinto urbano. A referência do labirinto como horizontalidade ora é substituída, ora é agregada ao mito de Babel, como verticalidade e coloca-se como referência basilar quando pensamos a complexidade das metrópoles contemporâneas. Esse estranhamento tanto de Babel como do Labirinto, essa ausência de centralidade e orientação espacial remonta imediatamente à cidade contemporânea e seu infinito labirinto. E assim, a rede global, que seleciona somente alguns lugares, é capaz de revelar a estrutura sem centro da grande cidade, em uma trama mundial. O recurso à narrativa, com clara alusão ao livro “Acidade do século XX” de Bernardo Secchi, é uma das formas de explicar outra condição possível de leitura da cidade contemporânea. Como em um romance, ou mesmo, em um projeto de urbanismo, é a partir de três narrativas que Secchi desvela a extraordinária estratificação de histórias e de ideias que compõem o universo urbano contemporâneo: a primeira foi intitulada como “Expansão e dissolução da Cidade”; a segunda como “O fim da Cidade Moderna” e a terceira, “Cidade, Indivíduo e Sociedade”. Ao remontarmos à origem do mito do Minotauro, o labirinto aparece como a primeira arquitetura complexa que organiza um lugar circunscrito, separando-o intencionalmente de cada referência com o espaço circundante. O edifício construído por Minosse para esconder o

Minotauro é um grande interior fragmentado por corredores e percursos, que rejeita o olhar do todo e reporta constantemente a atenção sobre o lugar em que se está (DAMISCH, 1996, pp. 39-57). Talvez devamos reinterpretar o mito originário do labirinto com um profundo exercício de imaginação, objetivando imergir na complexidade da cidade contemporânea. Interconexões de nós, pontos, lugares, intersecções e sobreposições de redes diversas, algumas contínuas, mas sempre fragmentadas, que não são capazes de descrever e interpretar a complexidade das relações espaciais e sociais, explicitando que há tempo perdemos a capacidade de representá-las, de conferi-las legibilidade e perspectiva. Em certo sentido, o labirinto de Creta é o lado obscuro e antitético da arquitetura e da cidade: a sua falta de forma se contrapõe à legibilidade volumétrica dos templos e à clareza geométrica dos traçados urbanos ortogonais. O labirinto arcaico é o polo negativo de um percurso dialético que chegará à positividade da arquitetura clássica. Entretanto, a desordem do labirinto e o equilíbrio formal da arquitetura dos templos não são mais assim tão precisos, pois as duas divindades Dionísio e Apolo estão intimamente ligadas. O labirinto é a condição necessária para atingir a clareza na implantação do traçado hipodâmico, do qual emergem os volumes puros da arquitetura dos edifícios, dos templos e palácios. A cidade grega com sua retícula ortogonal e com sua ordem geométrica, claramente descritas em planta, é o arquétipo da tradicional cidade ocidental, imediatamente legível no seu conjunto e nas suas unidades elementares. Enquanto essa cidade tradicional oferece-se à visão global, o labirinto, também na sua versão lúdica de jardim, subtrai-se do olhar, confundindo-se com arabescos e geometrias complexas. Não sabemos quando essa embriaguês primitiva se encontrou com o sonho apolíneo de um mundo perfeito, onde tudo foi transfigurado como ordem, medida e justa distância. Desconhecemos efetivamente se nas tragédias gregas houve o encontro do dionisíaco com o apolíneo. Queremos acreditar que na dança de Teseu já existisse embriaguês e êxtase, como também, conhecimento e serenidade. Desejamos crer que no teatro grego, a sua dança e o coro com suas vozes, representassem uma visão de mundo já consciente; que atrás do sonho se escondia uma realidade violenta e informe, sobretudo vital, e que a consciência restituísse ao público e à comunidade uma percepção de vida mais ampla e madura. O teatro grego sempre foi associado ao Dionísio, cujo templo era colocado na própria cena. Em um espaço teatral organicamente imerso na paisagem, o espetáculo da tragédia para o espectador - ao observar do alto da pedreira – era uma representação que se abria ao conhecimento, tornando-os participes daqueles valores e referências culturais, necessários para viver no mundo. Não sabemos se os gregos entendiam verdadeiramente como se orientar no espaço social e físico ou, se tiveram a capacidade (sophrosyne) de manter um justo equilíbrio nas diversas atividades, nas suas emoções, no modo de se movimentar, de se orientar e de se expor no espaço da cidade. Se eles foram efetivamente “centrados”, como nos recordou Richard Sennett (SENNETT, 1992, pp. 11-14). Hoje, certamente não é mais assim, pois na cidade contemporânea é impossível orientar-se e expor-se com equilíbrio no espaço externo, ou mesmo, confrontar-se com os outros. Não somos tão centrados, algo se rompeu em nossa pessoa e nosso corpo não está mais em sintonia com a mente. A matéria dividiu-se do pensamento e pensar com o corpo é um objetivo difícil a ser perseguido. Ele, como a nossa mente, não está em grau de reconhecerse no espaço da cidade, no movimento de outros corpos, no pensamento de outras mentes. Se fossemos de tal maneira atravessar a cidade dançando, talvez pudéssemos reencontrar o equilíbrio perdido. Provavelmente ainda, conseguiríamos nos liberar da nossa solidão, compreender instintivamente e esteticamente a complexidade da vida e o labirinto da cidade. A dança no labirinto primitivo deu início a um processo do qual perdemos o sentido e os desdobramentos. O andamento parece ter sido interrompido, esgotado. Através da música e da dança os participantes entram em uma relação integral com o espaço, se reconciliam


com as forças da natureza, colhendo seu sentido profundo. Com isso, nos destacamos da própria individualidade para emergir em um todo organicamente recomposto, onde não existe uma separação entre animação e desanimação, entre humano e animalesco; onde não há mais hierarquia e nem divisão social. O rito da dança é libertário na medida em que anula a individualidade dos participantes, mergulha-os no fluxo contínuo e irrestringível da vida. A embriaguês da dança faz com que o mistério se aproxime do fugidio significado da realidade. Alguma coisa do labirinto dançante ficou. O rito do carnaval encontra aqui suas origens, como também, as festas juninas, caipiras, religiosas, além das vagabundagens dos flâneurs da modernidade, como o personagem do filme “Midnight in Paris” de Woody Allen, o nomadismo errante das vanguardas situacionistas e os ritos efêmeros das noites brancas, chuvosas ou estreladas. O labirinto dançante é uma metáfora absoluta, sem tempo. Transferido para a cidade contemporânea, o seu mito não significa só reorientar-se, dar sentido a travessia, mas também, se expor na busca do outro em um espaço público diverso e contínuo, em grau de envolver-se e tirar da prisão a nossa imaginação e criatividade. Atravessar dançando é uma solicitação de liberdade, de segurança, de individualidade e participação; é uma súplica de conhecimento. Na realidade, o espetáculo urbano não é mais uma experiência cognitiva ou um aprendizado instintivo, um sentir dionisíaco, muito menos, um sonho apolíneo. Hoje é só evasão, shock e estranhamento. Atualmente, a travessia urbana como dança ou como experiência estética e cognitiva, não existe. A cidade contemporânea nega essa passagem. A sua forma labiríntica é o resultado de obstáculos físicos, de barreiras e de exclusões. O espaço das metrópoles nasce da violência e das contradições sociais, dos seus conflitos e interesses inconciliáveis. O seu entrelaçamento parece conduzir à morte, entretanto, como já frisado anteriormente, o labirinto não é sinônimo de aniquilamento. Pelo contrário, ele é aspiração à vida, pois reproduz a circularidade infinita de um percurso em que o abismo reconduz ao início. Assim como Dionísio, Ariadne - como senhora do labirinto, são divindades ligadas às partes subterrâneas. O próprio labirinto já é sua representação: o seu entrelaçamento em espiral reproduz o desenho das vísceras de animais sacrificados. A interpretação das vísceras será possível, somente, através da interconexão com os mortos, por isso que na mitologia da Babilônia e na cretense, a parte inferior era denominada de palácio das vísceras e de labirinto. Se seccionarmos o corpo, interpretando-o como o desenho obscuro das vísceras, trava-se uma relação com o mundo dos mortos; do mesmo modo que, através do entrelaçamento do labirinto é possível o acesso ao mundo subterrâneo. Desde o início o labirinto exprime esta relação, este constante diálogo entre a parte superior e a inferior (entre sobre e sub), entre vida e morte, entre a força da razão e das instituições e aquelas obscuras e irracionais do mundo subterrâneo. O ciclo irrestringível da vida e a sua estabilidade era regida sobre essas duas realidades, sobre a sua indivisível unitariedade. Será possível voltar a dançar no labirinto da cidade? A dança poderá nos ajudar na travessia e na concepção do projeto da cidade contemporânea como hipótese de transformação? Não existem estratégias definidas, somente perguntas. E sobre esses questionamentos, os arquitetos e urbanistas começaram a criar hipóteses, modificações e estratégias como princípios de esperança, porém sem renunciar o projeto como utopia, mas como uma busca de saída. A relação entre superfície e subsolo manteve-se ao longo da história da arquitetura, não somente nas grandes construções funerárias da antiguidade, mas nas igrejas cristãs a partir de San Pietro, nos grandes palácios do Renascimento, igual o complexo Ducale di Urbino, na sistematizaçao das muralhas, como em Perugia na obra de Sangallo il Giovane, e também, com o pozzo di S. Patrizio, da cidade Orvieto, que é uma estrutura afundada no terreno como uma torre invertida. O subterrâneo está presente nos desenhos

dos monumentos antigos e nos espaços obscuros dos Carceri di Piranesi, faz parte das grandes construções utópicas dos arquitetos iluministas como Boullée, o que podemos apreciar através do filme “A barriga do arquiteto” de 1987, do cineasta Peter Greenaway. Da mesma forma, emerge poderosamente na cidade moderna, cuja organização inicia-se no subsolo com a introdução das redes de esgotos e das galerias dos trens e dos metrôs. O ventre obscuro da cidade subterrânea entra rapidamente no imaginário coletivo e literário, tornando-se o negativo da cena urbana, da superfície que se embelezava com o verde, típico das transformações ocorridas nos séculos XVIII e XIX. Eugène Hénard foi o primeiro a teorizar a necessidade de um solo urbano artificial embaixo do qual se reorganizava o conjunto das redes tecnológicas da cidade. Para Auguste Perret e Le Corbusier, o solo artificial transformar-se-á em um tema recorrente do projeto moderno-funcionalista. A cidade como canteiro futurista, que Antonio Sant’ Elia explora no subsolo, vem à tona nas megaestruturas dos anos 1960, com os projetos de Paul Rudolph, do Grupo Archigram e de Hans Hollein, que de forma provocatória, organiza uma nova cidade como porta-aviões sepultados na paisagem. Ou ainda, no projeto vencedor para a Novacap, do arquiteto e urbanista Lúcio Costa. Entre as grandes utopias urbanísticas daquele período, a Mesa City to Arcosanti de Paolo Soleri, é a que mais tentou integrar o ambiente e a paisagem da superfície com os espaços escavados por megaestruturas orgânicas, que afundam suas raízes no subsolo, como plantas. As utopias dos anos 1960-70 foram os últimos impulsos do projeto moderno, que buscavam nas redes de infraestruturas em si, um novo desenho para a cidade e o território, através de suas raízes etimológicas, vocação subterrânea, sua finalidade de reorganizar as funções urbanas na superfície, como no subsolo. Na realidade, não foi sempre assim. Nesses mesmos anos, foi realizada uma fratura profunda entre arquitetura e urbanismo, entre cidade e redes infraestruturais. A relação tênue entre solo e subsolo foi progressivamente se rompendo. A cidade na superfície tornou-se um labirinto inextricável, mas ao mesmo tempo, o subsolo tornou-se um entrelaçamento sem medidas, descontínuo, obscuro; um labirinto de vielas, de nós e canos das redes de infraestrutura. Redes desconexas na superfície e, mais ainda no subsolo. As obras de infraestruturas subterrâneas continuamente aumentam em densidade e cada vez mais, de forma autônoma. Entre o sobre e o sub, consolidou-se uma clara separação. Enquanto na primeira modernidade existia uma relação visível e planificada entre implantação na superfície e no subsolo, claramente perceptível nos primeiros planos urbanísticos, na cidade contemporânea, a trama da cidade superficial está independente das redes subterrâneas. Em algumas grandes cidades como Londres, Paris e New York, as redes das galerias dos trens e metrôs mantém uma ligação entre o sobre e o sub, mas progressivamente, tal relação começa a ser dissolvida. Além da rede viária, um entrelaçamento de canos de eletricidades, gás, água, telefones e esgotos, sobrepõem-se sem ordem. Em Roma, por exemplo, no subsolo encontramos estratificações de tecidos edilícios, sítios arqueológicos, necrópoles, cursos de água, os quais se constituem em um emaranhado dificultoso para uma representação, um mapa descritivo. Abaixo da superfície, as redes de gasodutos e oleodutos, galerias viárias e túneis ferroviários atravessam o território. Um entrelaçamento de redes subterrâneas colide com o delicado equilíbrio do subsolo terrestre, com a fertilidade do estrato superficial, com o frágil sistema de lençóis freáticos e com as cavidades de recursos minerais. Embaixo é um labirinto, da mesma forma que em cima. O mundo contemporâneo é constituído de embaraços superpostos sem nenhuma ligação visível. Não são duas realidades simétricas como no labirinto egípcio, onde sem acessar a parte subterrânea podia-se imaginar a sua estrutura, pelo contrário, são dois emaranhados infinitos e incomunicáveis.


Talvez seja dessa fratura que precisamos partir. Desse nó não resolvido depende nosso equilíbrio ambiental, nossa sobrevivência, o nosso modo de perceber o mundo e de se orientar no espaço. Atravessar o labirinto significa também: procurar restabelecer uma ligação com a terra, com a espessura de sua crosta, com o sobre e o sub, individualizando novas formas de integração e de correspondência. Como tornar visível esta relação nos processos de transformação urbana? Como promover um maior equilíbrio ambiental entre as duas partes? Através de quais fios de Ariadne será possível reconectar os dois labirintos? Para o plano e o projeto abrem-se novos itinerários de investigação e de intervencão. Justamente neste ponto, na relação entre Plano e Projeto, os arquitetos a partir dos anos 1960, passando pelos anos 80, debateram-se. O programa do curso que propomos, com colaboração de outros pesquisadores provenientes das universidades de várias cidades que percorremos e que ainda iremos cruzar, passa o repertório teórico necessário para enfrentar a travessia da cidade contemporânea. O primeiro módulo do curso intitula-se: A cidade dentro da Paisagem, o qual abordará a progressiva abertura da cidade em direção à paisagem rural. Neste arco temporal, a transição do campo para a cidade coloca-se como ponto de investigação, quando a arte dos jardins começa a explorar a escala da grande dimensão territorial. A sistematização da paisagem trabalha a “captura do infinito” nos termos do projeto da cidade e do território, podem ser vistos no primeiro projeto para o Vale do Anhangabaú, em São Paulo, na construção da Ringstrasse de Viena e na cidade de Barcelona, com a difusão do verde capilar no Plano de Idelfonso Cerdá, na Utopia burguesa da Cidade Jardim e nos projetos de Park System de Frederick Olmsted. No segundo módulo, intitulado “A paisagem como valor de uso na cidade”, parte-se da construção de modelos urbanos que exploram as grandes referências do Urbanismo Moderno e o papel da paisagem na construção desses padrões: da cidade radiocêntrica à proposta de cidade da Ville Verte de Le Corbusier, do Parque do Flamengo à Brasília e, principalmente, as obras paisagística do brasileiro Roberto Burle Marx. Durante a edição do curso que se inicia, teremos a colaboração da professoraAlessandra Greggio, para a cidade de Londres e da Nadia Fava para a cidade deAmsterdã, do docente Cristian Suau para a cidade de Roterdã e doAntonelloAlici para as cidades de Copenhague e Estocolmo. Em Londres, “A dimensão paisagística” como chave de leitura e de projeto – tanto histórico como contemporâneo, será analisada a partir da “Escala Doméstica”, “Escala do Pedestre” e “Escala XL”, ressaltando a importância das pequenas “vilas metropolitanas”, de bairros com precisas identidades, nos quais estão imersos fragmentos históricos de diversas épocas que se sobrepõem e se unem no tecido urbano. Como em Londres o conceito de “praça” não existe, ou seja, somente os parques, os pátios internos, as galerias e os mercados são colocados como verdadeiros atrativos sociais e comerciais da cidade, essas escalas escolhidas seguiriam a lógica da formação da cidade e do seu amplo território. Nas cidades de Amsterdã, Roterdã, Copenhague e Estocolmo, a chave de leitura explora a relação entre a Cidade, a Água e o Território. No caso de Copenhague, será estudada a praça monumental que se abre para a água e segue até o tecido urbano da parte central e histórica da cidade, construído desde os anos de 1700 até hoje. No caso de Estocolmo, parte-se do tecido antigo para a ilha dos museus e, posteriormente, para os bairros residenciais construídos no século XVII e início do Século XIX. Além disso, um percurso de barco permitirá visualizar a relação entre a cidade e a água Nesse sentido, o programa explora a noção de green lines e blue lines, a começar da cidade de Londres, estruturada a partir do parques e continua nas cidades de Amsterdã, Roterdã, Copenhague e Escolmo, em que a relação da água com as cidades emerge como questão central desde o princípio da aglomeração urbana até nossos dias.


LONDRES

PERCURSOS Colaboradores Internacionais Alessandra Greggio

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AMSTERDÃ ROTERDÃ

PERCURSOS Colaboradores Internacionais Nadia Fava Cristian Suau

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COPENHAGUE

PERCURSOS Colaboradores Internacionais Antonello Alici

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Copenhagen e Stoccolma città d’acqua. a cura di Antonello Alici Università Politecnica delle Marche, Ancona, Italia Copenhagen e Stoccolma, le capitali di Danimarca e Svezia, sorgono e si sviluppano in posizioni strategiche per il controllo dei mari del Nord. La loro potenza militare e mercantile le porta a contendersi a lungo il dominio dell’intera penisola scandinava. Esse ospitano due corti molto raffinate che stabiliscono relazioni costanti con la cultura centro-europea, da cui mutuano i modelli per la formazione di artisti e architetti, cosi come di ingegneri militari. La loro forma urbana è esaltata dal rapporto con l’acqua, su cui si specchiano i sistemi di fortificazione e poi i palazzi di rappresentanza. La sintonia con il sito e con il contesto è un fattore costante e si rinnova oggi nei progetti di riqualificazione della aree costiere. Gli itinerari di visita mirano alla comprensione della natura e della struttura delle due città capitali attraverso la lettura delle stratificazioni storiche. Il viaggio propone agli studenti un esercizio di comprensione della scena urbana e delle espressioni architettoniche delle varie epoche fino alle espressioni contemporanee e alle più recenti e avanzate esperienze di riqualificazione che privilegiano la dimensione paesaggistica e della vivibilità. .

COPENHAGEN La città nasce come porto mercantile (Køpmannæ Hafn) in posizione strategica sulla costa orientale dello Zeeland, nella parte nord dell’isola di Amager, a guardia dello stretto di Øresund. Absalon, vescovo guerriero di Roskilde, costruisce nel 1167 una fortezza a protezione dell’abitato, sull’isola di Strandholmen. Il primo grande sviluppo della città si deve al re Christian IV (1558-1648) che costruisce una nuova cittadella fortificata sull’isola di Amager e determina la topografia moderna della città e la forma del porto nel suo carattere di porto canale. Su Strandholmen, l’isola su cui era il castello di Absalon, furono costruiti l’arsenale marittimo e la Borsa reale oltre al quartiere di Nye Skipperboder per gli equipaggi della flotta reale. Intorno al 1631 fu progettato un nuovo quartiere per marinai, Nyboder, con pianta ottagonale poi mutata in una scacchiera ortogonale dagli isolati stretti e lunghi. Christian IV costruisce anche una nuova cinta di mura a protezione da terra della città. Nella superficie cosi raddoppiata della città egli progettò la Nuova Copenhagen, con una trama a scacchiera di otto file di isolati rettangolari. Il piano fu approvato da Frederick III nel 1649 e la sua realizzazione si protrasse nel tempo. A Christian V (1670-1699) si deve la nuova piazza Kongens Nytorv che realizza la saldatura tra le due città. Gli incendi cancellano grandi parti di città nella seconda metà del Settecento. Sotto il regno di Frederick V (1746-1766) viene realizzato il quartiere di Frederickstaden ad opera dell’architetto Nikolas Eigtved, in cui emerge la nuova piazza monumentale ottagonale di Amalienborg segnata da due grandi assi viari che la collegano alla Frederickskirche e al porto. La nuova fase inizia nel 1852 con la demolizione delle mura bastionate, che lasciano spazio ad aree verdi e a sistemazioni a parco e consentono l’espansione della città a

nord e a sud. A nord mura sorgono i quartieri di Vesterbro, Norrebro, Osterbro, mentre a sud, nel quartiere del porto, enormi colmature consentono di realizzare ampliamenti. Copenhagen cresce ad anelli concentrici che si sagomano intorno al nucleo fortificato: nel primo sono i quartieri operai, affacciati sull’anello ferroviario, dove sono localizzate le industrie più vecchie; seguono le realizzazioni delle cooperative residenziali precedenti alla prima guerra mondiale, poi una zona di casette sparse e ancora le costruzioni realizzate dopo il 1939. Nel 1951-54 viene adottato un nuovo piano regolatore della città, che prende il nome di ‘Piano delle cinque dita’, dalle direttrici di espansione delimitate da spazi aperti lungo le quali si dispongono i nuovi quartieri residenziali e i collegamenti con il centro.

Itinerario 1 – sabato 9 agosto 2014

ore 9 – Introduzione al tema del viaggio itinerario rosso : CITY CENTER – CHRISTIANSHAVN – HOLMEN visita a piedi e in Waterbus

1. Main Railway Station, 1904-11, Heinrich Wenck 2. The Police Main Headquarters, 1918-24, Hack Kampmann 3. Ny Carlsberg Glyptotek, 1892-1906, Vilhelm Dahlerup, Hack Kampmann – 199296 Henning Larsen 4. City Hall, 1892-1905, Martin Nyrop – 1995, KHR AS Arkitekter 5. Strøget, strada pedonale (primo esempio della storia contemporanea) 6. University Library, 1857-61, Johan Daniel Herholdt – extension 7. Christiansborg Palace – Marmorbro Bridge, 1733-45, 1918 Elias David Hausser, Nicolai Eigtved e Thorvald Jorgensen 8. Thorvaldsen’s Museum, 1839-48, Michael Gottlieb Bindesbøll Gammel Dok – Danish Architecture Centre (mostra “The Heart of the Stone” – pausa pranzo)

9. Teatro dell’Opera, 2001-2004, Henning Larsen Tegnestue 10. Cantieri navali reali a Holmen, 1742-72, Philip de Lange (riqualificazione) 11. Nuovo Teatro, 2002-2008, Lundgaard & Tranberg

La visita continua con il Waterbus che ci consente di vedere la città dall’acqua

Itinerario azzurro (sera) Passeggiata consigliata a piazza Amalienborg, centro monumentale (Nicolai Eigtved, 1750-60) e Frederiks Church (Ferdinand Meldah, 1749-70 e 1875-94)


Itinerario 2 – domenica 10 agosto 2014

ØRESTAD (VEST AMAGER) ore 9 – da Stazione Centrale metro Islands Brygge

1. DR Byen, teatro della Radio Danese, 2001-2006, Jean Nouvel 2. IT-University, 2022-2004, Henning Larsen Tegnestue 3. Silo apartments, 2004-2005, MVRDV e altri 4. Collegi studenteschi Tietgen, 2005, Lundgaard & Tranber metro Bella Center 5. WM Mountain housing, 2005, Bjarke Ingels, JDS, PLOT metro Vestamager 6. 8 Housing, Bjarke Ingels Group 7. Ørestad Gymnasium, 3 x Nielsen

IMMAGINI

1. Danimarca vista dal satellite 2. Danimarca 3. Danimarca, carta storica 4. Copenhagen, planimetria sec. XVII 5. Copenhagen, planimetria 1611 6. Copenhagen, veduta 1618 7. Copenhagen, carta 1659 8. Amalienborg, veduta 9. Amalienborg 12. Incendio 1807 13. Piano di espansione, 1857 14. Planimetria, 1888 17. Planimetria, 1906 18. Foto storica

1. Danimarca vista dal satellite


2. Danimarca

4. Copenhagen, planimetria sec. XVII

3. Danimarca, carta storica

5. Copenhagen, planimetria 1611


6. Copenhagen, veduta 1618

7. Copenhagen, carta 1659

8. Amalienborg, veduta

9. Amalienborg


12. Incendio 1807

14. Planimetria, 1888


17. Planimetria, 1906

18. Foto storic


ESTOCOLMO

PERCURSOS Colaboradores Internacionais Antonello Alici

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1 - Planimetrie della Svezia (map of sweden_1996)




EQUIPE

Prof. Dr Adalberto da Silva Retto Jr. Prof. Dr. Alessandra Greggio Prof. Dr. Nadia Fava Prof. Dr. Cristian Suau Prof. Dr. Antonello Alici

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Adalberto da Silva RETTO JUNIOR

Atua como Professor de Desenho Urbano e História do Urbanismo na Universidade Estadual Paulista Unesp e como Professor Visitante no Master Erasmus Mundus TPTI (Techiniques, Patrimoine, Territoire de l Industrie: Histoire, Valorisation, Didactique) da Universitè Panthéon-Sorbonne Paris I , na Universidade de Évora; Possui Pós-doutorado no Doutorado de Excelência do Istituto Universitario de Arquitetura de Veneza Italia (2007); Doutor pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo e pelo Departamento de História da Arquitetura e Urbanismo do Instituto Universitario de Arquitetura de Veneza (2003). Pesquisador na linha de pesquisa “Conhecimento Histórico Ambiental Integrado na Planificação Territorial e Urbana” alimentado por duas sub-linhas: História da Cidade e do Territorio e Planejamento e Projeto da Cidade, do Território e da Paisagem. Na sub-linha de pesquisa de História da Cidade e do Território: Coordenou o Grupo de pesquisa da Unesp (Bauru) no Projeto Temático Fapesp (2006-2011) Saberes Eruditos e Técnicos na Configuração e re-configuração do Espaço Urbano: Século xIX e XX ; Coordenou o I Congresso de História Urbana (2004) Camillo Sitte e a circulação dos saberes em estética urbana: Europa e América Latina 1880-1930; Na sub-linha de pesquisa Território e Planejamento e Projeto da Cidade, do Território e da Paisagem: Coordenou o I e II Workshop Internacional Conhecimento histórico ambiental integrado na Planificação territorial e Urbana: um contributo de Bernardo Secchi (2004 e 2006); Coordenou a elaboração do Plano Diretor Participativo do Município de Agudos SP (20042006), e a revisão do Plano Diretor do Município de Jaú (2010-2011), o Plano Estrutural de Pirajuí (2013) e Coordenador do Plano Diretor do Município de S. Manuel - SP (2014-2015). Coordenador da pesquisa e Curso Internacional de Extensão Universitária A dimensão Paisagistica no projeto da cidade contemporânea: itinerários nas cidades Rio de Janeiro (percuso 01), Paris, Veneza e Roma (percurso 2), Berlim, Barcelona e Atenas (percurso 3) , que objetiva analisar os projetos que assumiram um valor estrutural nas transformações urbanas no campo do urbanismo e do paisagismo durante as três últimas décadas do século XX onde a reconfiguração de partes da cidade assumem uma escala da paisagem, a partir dos projetos de reestruturações de áreas ferroviárias, tramas urbanas, centros históricos e partes de cidades, que começaram a delinear um percurso gradual que coloca o projeto de espaços abertos como conectores das estruturas urbanas e territoriais. Consultor ad hoc Ministero dellIstruzione, dellUniversità e della Ricerca Direzione Generale per il coordinamento e lo sviluppo della Ricerca. Avaliador dos cursos de arquitetura e urbanismo do Ministério de Educação e assessor ad hoc da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - Fapesp.

LONDRES



AMSTERDÃ

COPENHAGUE ESTOCOLMO

Nadia FAVA Curriculum vitae Nascuda a Ginevra, (CH)(1968), llicenciada en Arquitectura a l’Institut Universitari d’Arquitectura de Venècia (1995), postgrau La Gran Escala a la Universitat Politecnica de Catalunya (1998), doctorat a la Universitat Politècnica de Catalunya (2004), amb tesi intitulada títol “Progetti e processi in conflitto: la facciata maríttima di Barcellona “. Trajectòria científica: Els anys de formació van consolidar l’interès respecte a l’arquitectura a escala urbana, la dimensió sociocultural, els temes d’infraestructura urbana i la relació entre les escales del projecte, no només la física sinó també la temporal, la cultural i la històrica. S’han publicat diversos articles en revistes nacionals i estrangeres sobre la relaciò façana maritima i ciutat.(“Il vantaggio del ritardo: il caso di Napoli”, a Portus, núm. 9, revista bilingüe, 2005; “Barcellona messa in mostra: Fòrum de les Cultures, 2004”, a Il Giornale della Architettura, 2005; “La ambivalente relazione tra il sistema infrastrutturale portuario e la città: il caso di Amsterdam e di Barcellona alla metà del XIX secolo”, a Trasporti & Cultura 2004, Barcellona: osservazioni sulla letteratura riguardante i modelli di indirizzo dell’urbanistica negli ultimi 20 anni, a Escripta Nova, 2008). A partir del 2006 participa en el projecte nacional “El sistema de mercados de Barcelona (1868-1972): una aproximación comparada”, ja s`han presentat part dels resultats de la recerca en congresos internacionals i en revistes científiques de ciare internacional. Com a resultats destacables es poden esmentar l’article “I Mercati di Barcellona: la loro formazione e la loro attualità”, a la revista Urbanistica 139, i l’article “Public Versus Private: Barcelona’s Market System, 1868-2007”, a la revista Planning Perspectives 255, ambdós en premsa, i el capítol “El sistema de mercados de Barcelona” de l’obra Making European Cities Through Markets Halls, que s’editarà pròximament. Trajectòria professional: Ha treballat en diversos despatxos de fama internacional des del 1995 al 2006 (Studio Gregotti Associati, Venècia, Despatx d’arquitectura Enric Soria, Barcelona, Despatx d’arquitectura Alfredo Arribas, Barcelona, CCRS, Joaquim Sabatè y Miguel Coromina).

ROTERDÃ Cristian SUAU Director of ECOFABRICA (principal co-ordinator)www.ecofab.org - CV Suau I hold a Ph.D. in Architecture and Master in Urban Design (Barcelona School of Architecture). I have an international professional and advanced research experience in environmental, urban and housing design mainly in Europe and overseas (i.e.: Latin America). For instance, I was senior architect and project leader at the Office for Metropolitan Architecture (OMA), Rotterdam before I moved to the UK. In addition, I have obtained several design awards in international entry competitions. My current research covers the following fields: Sustainable urban design, experimental dwellings, eco-fabrication and water for sustainable habitats. I have a solid foundation of design excellence; conceptualization; innovative and cross-disciplinary vision; and leadership in effective international teamwork. Since mid-2007 I research and teach Architecture at the Welsh School of Architecture (WSA). Since mid-2007 I research and teach Architecture at the Welsh School of Architecture (WSA). Apart from this, I lead RECICLARQ, a design-based NGO established since 2005 in Barcelona

Antonello ALICI Architetto, dottore di ricerca e ricercatore di Storia dell’architettura e dell’urbanistica, insegna Storia dell’architettura contemporanea presso l’Università Politecnica delle Marche di Ancona. Dal 2012 è Guest Professor presso la Facoltà di architettura della Aalto University di Helsinki, Finlandia. Partecipa al Collegio docenti del Dottorato di ricerca dell’Università Politecnica delle Marche sul tema “Ingegneria civile, ambientale, edile e architettura”. E’ responsabile del Laboratorio Archivi Digitali di Architettura (LADA) del DICEA-Architettura, componente del Consiglio scientifico del Centro Interdipartimentale per la Ricerca sul Paesaggio (CIRP) dell’Università Politecnica delle Marche, Presidente dell’Associazione nazionale degli archivi di architettura contemporanea (AAA-Italia). E’ responsabile della pagina di architettura del sito ‘Cultfinlandia.it’ promosso dall’Ambasciata di Finlandia in Italia. Coordina i progetti di ricerca sugli Archivi degli architetti delle Marche, sull’opera di Pier Luigi Nervi nelle Marche e sulle Reciproche influenze tra Italia e Paesi Nordici in architettura. In tali ambiti ha promosso seminari di studio in Italia, in Svezia e in Finlandia. E’ promotore e coordinatore della summer school internazionale ‘The Culture of the City” finalizzata allo studio del paesaggio urbano contemporaneo. Alla summer school aderiscono la Aalto University di Helsinki, il Royal Institute of Technology di Stoccolma, la University of Cambridge, la University of Liverpool. La summer school ha tenuto corsi a Matera (2012), Berlino (2013) e avrà luogo ad Ancona e Urbino a giugno-luglio 2014. E’ promotore e coordinatore del gruppo di ricerca internazionale “Italy and the Nordic Architects”, finalizzato allo studio delle relazioni e reciproche influenze tra la cultura italiana e quella dei Paesi Nordici con particolare attenzione alle arti e all’architettura. Ha promosso convegni di studio a Stoccolma, Roma e Ancona e partecipato a seminari e convegni in Finlandia e in Svezia. Tra le sue recenti pubblicazioni: - Italia Nostra e la tutela del patrimonio storico-artistico in Italia tra gli anni cinquanta e sessanta, in La scoperta della città antica. Esperienza e conoscenza del centro storico nell’Europa del Novecento, a cura di D. Cutolo, S. Pace, Quodlibet, Macerata, 2013 - Words from the North, in “Nordic Journal of Architecture”, n. 3, vol. 2, Copenhagen University Press, 2012, pp. 148-149 - Alvar Aalto. Il viaggio in Italia nella tradizione degli architetti finlandesi, in A Roma/Da Roma. Il viaggio di studio degli architetti: 1900/1950; El viaje de estudio de los arquitectos: 1900/1950, Real Academia de Espana in Roma, Madrid, 2012, pp. 98-111 - Contemporary architecture. Finland, 24 Ore Cultura, Milano 2010.


Projeto Grรกfico: Adalberto Retto Junior - Eriton Tantini


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