DIAFRAGMA

OUTRA MARGEM

DIAFRAGMA/ MURRO#07 POR/ GAL OPPIDO

GRAMÁTICA GESTUAL

PERIMETRAR em indivíduos, ou grupos seletos, o poder do discurso sobre o universo cultural que resultou da complexa mesclagem étnica dentro das fronteiras brasileiras, é tarefa que tangencia a soberba e o turvo.

Podemos observar que nossos corpos, frutos da gramática gestual do índio/africano/ europeu/asiático, são particularmente isentos de uma análise nítida, dada a tamanha diversidade contida em suas estruturas genéticas. O pensar sobre uma cultura não pode ser a aventura humana, que é de todos. As artes do corpo oriundas de ritos de fecundação, sacrifícios, celebrações, combates e outras manifestações são patrimônio mundial.

Para o ensaio, que alinhava o tema desta edição, colaborou com Roberto de Alencar a performer Lidia Lisboa, e para o ensaio a seguir, Paula Miessa, coreógrafa e bailarina, atualmente integrante do Balé da Cidade, descendente de índios, espanhóis, italianos e... de humanos, que tem os códigos da formação dita clássica, samba no pé e rosto de uma nativa de Tóquio.