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#11 #10 - 2010» Distribuição gratuita
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Armando Teixeira » O Homem-Balla
Festival Queer
Dj Shot »
Stereo Addiction
Animal social »
Luís Filipe Borges
AaZ
Santa Apolónia
Guia » cafés | esplanadas | restaurantes | bares | discotecas
101 Noites, Lg. de Stยบ Antoninho, 3 - 1200-406 Lisboa | Tel. 21 343 22 52 101noites@101noites.com | www.101noites.com | www.myspace.com/101noites
Holofotes »
Armando Teixeira A música como uma necessidade fisiológica Texto» C. Sá
Como quem respira, dorme ou se alimenta, Armando Teixeira compõe. Os últimos tempos, passou-os a criar Equilíbrio, o quarto álbum dos Balla, agora editado. Um trabalho que apresenta como “uma homenagem à música portuguesa” Permanentemente embalado nas teias sonoras que constrói, Armando Teixeira vive segundo uma lógica própria. Para ele, a música é tudo. E tudo é música. “Fazê-la é uma necessidade fisiológica para mim”, diz, imerso numa parafernália de instrumentos. O homem por trás dos Balla é casado e tem uma filha, mas, numa pequena cave ao Saldanha, convive várias horas diárias com a sua outra família: as máquinas. “É um trabalho que Guia da Noite Lx magazine 1
Holofotes
faço todos os dias com prazer. Sou como aqueles desportistas que têm que correr todos os dias, porque senão sentem-se mal. Se não estou a fazer música estou a pesquisar sons, ou estou a ler ou a procurar alguma coisa para me inspirar musicalmente”, conta, explicando que, nas alturas em que compõe, tudo se reflete no seu trabalho: “Tudo o que faço, tudo o que vejo na rua…” Esta dedicação à causa está por trás da criação de Equilíbrio, um “disco de contrastes” que considera diferente dos anteriores. “Tem temas mais rápidos e mais dançáveis”, diz, frisando que, ao mesmo tempo, “tem também ambientes bastante mais negros”. E tem um fio condutor. “Sinto-o como uma homenagem à música portuguesa. O cantar em português não é só o fado. Nós temos o fado e ainda bem, mas não temos só o fado. A nossa língua pode muito bem servir a pop como serve e neste trabalho, mais uma vez, o que quis foi fazer música eletrónica cantada em português”, afirma, a propósito de uma obra que inclui uma versão de “Só no Mar”, dos Heróis do Mar, que num outro tema usa um sample de “Rapaz Caleidoscópio”, dos UHF, e que tem a participação, entre outros, de Tiago Guillul e de Samuel Úria. “Pode falar-se de uma maneira eletrónica de ver a música portuguesa”, diz, numa afirmação sustentada por outras provas: Miguel Esteves Cardoso, Pedro Mexia e José Luís Peixoto, três dos mais hábeis manejadores da nossa prosa, que aqui escrevem as letras de quatro dos temas. “A métrica é irrepreensível. Eles fizeram um excelente trabalho na escolha, sílaba a sílaba, das palavras certas que encaixassem nas melodias”. E se o facto de se exprimir na língua nativa sempre lhe foi primordial, a necessi2 Guia da Noite Lx magazine
dade cresceu após a Grande Mentira, álbum anterior a este. “No último disco houve pessoas que se identificaram tanto com o que eu cantava que me vieram dizer: ‘Eu sinto exatamente isso que tu estás a cantar’. Quando estás a falar de sentimentos e quando estás a falar na tua língua, a ligação é muito mais imediata, as pessoas entendem logo. O facto de cantar em português é, sobretudo, pela ideia de chegar até às pessoas. E isso é o que de mais importante há na música ou em qualquer outra área. É chegar às pessoas, conseguir que elas sintam o mesmo que eu senti quando escrevi a canção. Isso é maravilhoso, não se paga!” Outra das grandes preocupações de Armando Teixeira é a simplicidade. Independentemente de as roupagens serem mais ou menos eletrónicas, o objetivo é fazer… canções. “É o que todos os compositores procuram. Fazer com que uma música sobreviva apenas com a voz e com um instrumento. A pop é isso, é fazer com que as coisas pareçam simples”, declara, elegendo o tema “Lixo” como o que mais se aproximou dessa intenção: “Sinto que podia viver só com voz e guitarra.” No álbum anterior, o melhor exemplo seria por certo dado com “O Fim da Luta”, melodia facilmente reconhecível, tendo em conta que se ouvia a toda a hora nas rádios ou nas televisões. A repetição de um fenómeno de popularidade não é, porém, uma necessidade para Armando Teixeira: “O que procuro não é o impacto imediato, mas sim a continuidade. Continuar. E quem faz música sabe que isso já não é mau, aliás, é muito bom. O que quero é tocar, como toquei com o disco anterior, fazer um percurso de concertos e depois fazer outro álbum a seguir. Parece pouco, mas não é, como sabe quem vive a música como uma necessidade…”
Holofotes
Homem-Balla lança novo álbum Equilíbrio tem letras de José Luís Peixoto, Pedro Mexia e Miguel Esteves Cardoso. Uma versão dos Heróis do Mar e samples dos UHF. Corresponde, segundo Armando Teixeira, a “uma maneira eletrónica de ver a música portuguesa”
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#1 Holofotes » Armando Teixeira
# 28 R etratos da Noite »
A música como uma necessidade
Cláudia Clemente
fisiológica
Assumir o Caos
#5Z oom » Festival Queer Lisboa O mundo tem todas as histórias
# 10 V ida Dupla» João Nuno Pinto Vida dupla? Não, tripla!
# 14 1 001 Noites» Santa Apolónia de A a Z
# 20 W ork in Progress» Gabriel Abrantes Pensar global, filmar global
# 24 D j Shot » Stereo Addiction
Best Of
A pista é um vício
# 40 Sabores Glamour # 42 Sabores Gourmet # 44 Sabores do Mundo
# 32 A nimal Social » Luís Filipe Borges para lá da boina
# 37 M anual de Sobrevivência» E agora onde é que eu vou comer?!
# 40 B est Of » Restaurantes, bares e discotecas
# 54 G uia » Diretório das melhores moradas da noite de Lisboa
# 64 L ivre Trânsito» Guia da Noite Porto Magazine
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# 46 Noites Trendy # 48 Noites Cool # 50 Noites ao Vivo # 52 Noites de Dança
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Nota: Não nos responsabilizamos por eventuais alterações na informação sobre eventos e espaços seleccionados. Esta revista foi escrita ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.
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Festival Queer Lisboa O mundo tem todas as histórias
Texto» Patrícia Raimundo
Em setembro o cinema gay e lésbico regressa à capital. Cada vez mais internacional e já com 14 edições, o Festival Queer leva este ano ao São Jorge mais de uma centena de filmes. Histórias sobre tudo e para todos. Já lá vai o tempo em que falar de um festival de cinema gay e lésbico gerava confusões nas cabeças menos avisadas. “Achavam que se tratava de um festival de cinema pornográfico. De início houve
algum preconceito, as pessoas perguntavam-se ‘para que é este festival? O que é que as pessoas vão para lá fazer?’”, conta João Ferreira, o atual diretor do Queer. Catorze anos depois da primeira edição, aquele que é o mais antigo festival de cinema lisboeta pode orgulhar-se de ter conseguido um lugar confortável e pacífico na vida cultural da cidade. “Hoje as pessoas vão ao Queer como vão ao Indie ou ao Doc e estruturalmente são iguais, são festivais internacionais de cinema”, explica. Guia da Noite Lx magazine 5
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São 119 filmes vindos dos quatro cantos do mundo: EUA, França e, este ano, a Suíça são os países mais representados, mas por aqui também passam fitas israelitas ou norueguesas, muitas são estreias nacionais de filmes premiados em festivais do género no estrangeiro. O universo queer é o ponto comum a todas as curtas e longas-metragens apresentadas, mas nem só de histórias de gays e lésbicas se faz o festival. “O principal motivo para termos mudado o nome na 10ª edição para Queer Lisboa foi o facto de a designação de cinema gay e lésbico começar a ser redutora. Há os transexuais, os transgéneros e há discriminação de uma
forma geral. A ideia deste festival sempre foi mostrar aquilo que ainda é considerado a diferença. Não faz sentido o festival ser um gueto, nem em termos de programação”, explica João Ferreira. Este ano por exemplo, a propósito de um dos filmes a concurso, Postcard To Daddy, o Queer promove um debate sobre um tema que atravessa toda a sociedade e não se centra apenas na comunidade LGBT: a pedofilia. “Vamos ter cá o realizador
A não perder no Queer Lisboa 14 17 a 25 Set. @ São Jorge 17 Set., 22h @ Sala 1 – Do Começo Ao Fim, de Aluizio Abranches (longa-metragem) 18 Set., 15h @ Sala 1 – El Cuarto de Leo, de Enrique Buchichio (longa-metragem) 18 Set., 17h @ Sala 3 – Katzenball, de Veronika Minder (documentário + debate sobre cinema queer suíço) 18 Set., 19h15 @ Sala 3 – Prima Donna: The Story Of Rufus Wainwright’s Début Opera, de George Scott (documentário) 19 Set., 19h30 @ Sala 1 – The OWLs, de Cheryl Dunye (longa-metragem, foto §2) 19 Set., 24h @ Sala 3 – L.A. Zombie, de Bruce LaBruce (longa-metragem)
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20 Set., 17h @ Sala 1 – Viola di Mare, de Donatella Maiorca (longa-metragem) 20 Set., 21h30 @ Sala 3 – Postcard To Daddy, de Michael Stock (documentário + debate abuso de menores) 24 Set., 17h30 @ Sala 2 – Autografia, de Miguel Gonçalves Mendes (documentário) 24 Set., 24h @ Sala 1 – Wendy And Judy, de Todd Verow (curta-metragem, foto §3) 25 Set., 17h @ Sala 1 – El Cónsul de Sodoma, de Sigfried Monleón (longa-metragem, foto §1) 25 Set., 22h @ Sala 1 – Plan B, de Marco Berger (longa-metragem) Toda a programação: www.queerlisboa.pt
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Michael Stock e depois da exibição algumas associações portuguesas vão falar sobre a questão do abuso de menores”, revela o diretor. Vencedor de vários prémios em festivais de cinema internacionais, entre eles os conceituados Teddy Awards do Berlinale, o documentário alemão na primeira pessoa é um dos destaques da edição 14 do Queer.
Autografia, de Miguel Gonçalves Mendes, e de organizar uma exposição com algumas obras, o festival convidou pessoas que tiveram a oportunidade de conhecer bem Cesariny a partilhar essa experiência com o público. A Suíça é o país convidado desta edição, um ciclo com a curadoria do ex-diretor do Queer, Celso Júnior, que vive atualmente naquele país, e que vai contar com a presença dos realizadores Veronika Minder e Marcel Gisler. “São sete longas-metragens e duas curtas. No fundo é uma retrospetiva do cinema queer suíço, mas não especificamente sobre o tema gay ou lésbico, mas sobre a diferença, o que é ser-se diferente na Suíça, que é um país de paradoxos”, completa João Ferreira. À meia-noite o Queer volta Na 8ª edição do Queer o próprio Mário a apostar na secção Noites Hard, dedicada ao que de mais Cesariny fez questão de apresentar explícito se faz no cinema Autografia, o documentário intimista gay e lésbico, desta vez quase que o realizador Miguel Gonçalves exclusivamente com mostras Mendes filmou durante quase três anos. de curtas-metragens. Dividida Em 2010, o festival volta a exibir o filme em quatro ciclos – Sexo, sobre o carismático artista português Música e Riso; Noite Hetero; e dedica-lhe um dos dias do Espaço Fora da Norma e Sexo Puro –, da Memória. a rubrica pretende, segundo João Ferreira, “mostrar filmes que não estão no circuito pornográfico, ao contrário Em destaque vai estar também Mário do que se possa pensar. São filmes de Cesariny, um dos homenageados na secção realizadores independentes e que se Espaço da Memória. Para além de exibir o encontram nos circuitos alternativos”. documentário sobre o artista português
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Do Começo ao Fim O polémico filme brasileiro que retrata a história de amor entre dois meio-irmãos abre a 14ª edição do Queer Lisboa Ainda antes de chegar às salas, já a última longa-metragem de Aluizio Abranches fazia furor no Youtube: a relação homossexual e quase incestuosa entre dois meio-irmãos, protagonizada por um elenco escolhido a dedo, chamou desde logo a atenção do público. Explorar dois temas tabu ao mesmo tempo encheu salas, mas Do Começo Ao Fim não se livrou de polémicas. Se, por um lado, a temática era um osso duro de roer, por outro, houve quem criticasse o facto de no filme a relação ser retratada como algo “demasiado natural”, completamente aceite pela família, sem mostrar conflitos. Para João Ferreira,
é precisamente este ângulo feliz que faz falta mostrar ao cinema gay: “O lado mais interessante deste filme é precisamente a forma natural como é apresentada a história. A homossexualidade não é posta em causa e o incesto também não. É o retrato positivo que é importante fazer das personagens homossexuais no cinema”, remata. E se muitos viram o romance entre os irmãos Thomás e Francisco como um inverosímil conto de fadas, o diretor do Queer desmistifica: “A realidade ultrapassa a ficção, nada é inventado. Estas histórias existem. Não são conhecidas, não estão publicadas, mas o mundo tem todas as histórias. Nada disto é irreal”. Do Começo ao Fim inaugura o 14º Queer Lisboa, logo a seguir à gala de abertura, e é uma das estreias a não perder.
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Vida Dupla »
América, a primeira longa-metragem de João Nuno Pinto tem estreia mundial no Festival de Cinema do Rio de Janeiro, que acontece entre 23 de setembro e 7 de outubro deste ano.
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Vida Dupla
João Nuno Pinto Vida dupla? Não, tripla!
Texto» Patrícia Raimundo Fotografia» Isabel Pinto
Vem a correr da Garage, a produtora de publicidade que fundou há cinco anos e onde passa praticamente todo o dia, para se sentar connosco à conversa no agradável terraço do Clube Ferroviário, em Santa Apolónia. João Nuno Pinto, que é realizador de publicidade, mas que também faz cinema e ainda tem tempo para abrir um bar com os amigos, diz que quem corre por gosto não cansa. Só assim se explica que um homem de vida tripla se apresente de sorriso desarmante no rosto e destile boa disposição àquela hora do dia, numa semana de trabalho que ainda vai a meio. “Comecei como criativo numa agência de publicidade até ao dia em que percebi que não era aquilo que queria, o que queria
Prefere desmaiar de cansaço do que ter tempo para se sentar no sofá a ver televisão. João Nuno Pinto, realizador de publicidade e cinema e um dos sócios do novíssimo Clube Ferroviário, diz que a vida só tem graça se for uma correria.
mesmo era realizar”, conta. Não tardou até se despedir da agência e começar a trabalhar como realizador de publicidade, uma forma de ficar mais perto do sonho de fazer cinema. Depois fundou a já multipremiada Garage e, apesar de aqui só poder trabalhar ideias de outros, fazer publicidade para televisão permite-lhe estar sempre a trabalhar naquilo que gosta. “Se há sítio onde estou feliz é num plateau de rodagem, é o sítio onde me sinto como peixe na água. Dão-me uma câmara para as mãos e metem-me num plateau com uma equipa técnica e eu sou feliz”. Guia da Noite Lx magazine 11
Vida Dupla Este ano, João Nuno Pinto conseguiu finalmente estrear-se nos filmes com a longa-metragem América. Um sonho que levou sete anos a construir e que é um olhar sobre Portugal, o Portugal dos portugueses mas também dos imigrantes. “Fazer cinema em Portugal é muito difícil. Passado tanto tempo eu já tinha mudado, já queria falar de outras coisas”. Valeu-lhe o facto de o tema se tornar cada vez mais atual à medida que o tempo foi passando. Filmado na Cova do Vapor, na Costa da Caparica, o filme (que é uma coprodução portuguesa, russa, espanhola e brasileira) aborda “a abertura das fronteiras, a globalização, a circulação das pessoas, o que é a identidade, o que é ser-se português ou um moldavo a viver em Portugal há 10 anos”, através da história de uma família de “pequenos malandros” que ganha a vida a falsificar documentos. O cinema é também uma forma de “refrescar a cabeça” dos “vícios” da publicidade: “Não me imagino a fazer só publicidade. Se tens alguma coisa a dizer criativamente, tens de ter os teus próprios projetos, senão é muito fácil ficares fechado”. Fazer só uma ou duas coisas na vida não é com ele. Por isso, desde o início de junho também é um dos sócios da nova coqueluche da noite lisboeta, o Clube Ferroviário. “Não fomos nós que encontrámos o espaço, o espaço é que nos encontrou a nós. Há muitos anos que o Mikas me andava a chatear para fazermos qualquer coisa juntos. Entretanto eu vim ao Clube Ferroviário ver uma peça de teatro e, quando fui ao terraço fumar um cigarro, passei-me”. A sede do Clube Ferroviário Português, que desde a década de 60 promove diversas atividades desportivas e culturais à boa 12 Guia da Noite Lx magazine
maneira das típicas sociedades recreativas, parece ter cativado as pessoas certas. “Este espaço do terraço não era nada, era o sítio onde se guardava os desperdícios do Clube e onde a Dona Maria estendia a roupa”, conta. Hoje, o que era uma espécie de “ferro-velho” transformou-se num bar trendy, cheio de sofás confortáveis – vários deles verdadeiros assentos de comboios – mesas ao estilo vintage, um palco e até um relvado artificial para quem queira preguiçar com vista para o rio. “Não quisemos descaracterizar o clube, não queríamos que perdesse a identidade de clube social”, explica João Nuno. Fartos de ir sempre aos mesmos sítios, os quatro sócios viram naquele espaço a oportunidade de criar um conceito novo, quase 3 em 1: há um espaço mais chill-out no terraço, uma sala com Dj’s a partir da meia-noite e outra para concertos, uma das grandes apostas da programação. Apesar de ficar fora de mão, o Clube Ferroviário está na moda desde o primeiro dia, o que surpreendeu até o mais otimista dos empresários. Se a tipologia do espaço e o ecletismo da programação explicam o sucesso imediato, para João Nuno Pinto “outro grande segredo é o facto de não ser pretensioso. Quisemos que as pessoas se sentissem em casa, confortáveis”. O dia está a queimar os últimos cartuchos, mas não para João Nuno Pinto, que ainda se vai deixar ficar pelo Clube Ferroviário muito para lá do pôr do sol. “O que é preciso é estares apaixonado pelos projetos em que estás envolvido. Quando estás apaixonado, tens muito mais força e vais até onde for preciso”.
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Com o publicitário Ricardo Sena Lopes, o fotógrafo Nuno O’Neill e o empresário Mikas, João Nuno Pinto abriu em junho o Bar Terraço Clube Ferroviário, em Santa Apolónia.
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A aZ Santa Apolónia Já lá vai o tempo em que Lisboa acabava em Santa Apolónia. Do Jardim do Tabaco até à zona do Beato, passando pela estação dos comboios e arredores, há lugares que vale mesmo a pena descobrir, sempre sem perder o rio de vista.
[e arredores]
râneo, assinada por designers portugueses. A dinâmica cultural é outra das apostas, sendo possível assistir a concertos de Dj’s e de Vj’s ou até mesmo a exposições.
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Bica do Sapato (restaurante) Av. Infante D. Henrique, Arm. B, Cais da Pedra (Sta. Apolónia) | Para além das excelentes especialidaAlfândega (restaurante) R. da Alfândega, 98 des nipónicas servidas no inspirador sushi (Sta. Apolónia) | Aqui vem-se para usufruir bar do piso superior, e da ementa a preços com calma, quer da comida, luso-internacio- mais módicos da cafetaria contígua ao nal, quer do espaço. Antigo armazém da alrestaurante, podes deliciar-te com os delifândega de Lisboa, herdou desses tempos o ciosos pratos confecionados com esmero chão e as ombreiras de pedra que agora lhe pelo chefe Miguel Rodrigues. Um must para conferem um toque de austeridade contras- os mais in da cidade. Reservar é imprescintante com a decoração de estilo contempo- dível. [foto §1]
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Clube Ferroviário (bar) R. de Santa Apolónia, 59 (Sta. Apolónia) | Este espaço multifunções com duas salas para concertos e Dj’s, dois bares, um terraço e uma vista deslumbrante sobre o rio Tejo brinda-nos com cocktails, uma ementa de tapas e refeições ligeiras e ainda, aos domingos, um delicioso brunch Magnólia para ajudar a curar as ressacas das loucas noite de sábado.
dos spots mais agradáveis da zona. Serve queijos, vinho, cocktails, sumos naturais e até brunches salgados e doces. O espaço está servido de internet sem fios gratuita e volta e meia há música e outras atividades na relva.
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Fábrica Braço de Prata (bar) R. da Fábrica do Material de Guerra, 1 (Beato) | Onde antes se fabricava material bélico, hoje discutem-se ideias, ouve-se música, cria-se arte e fervilham novos projetos. A Fábrica Braço Delidelux (loja, restaurante, esplanada) Av. Inde Prata transformou-se num pólo cultural fante D. Henrique, Arm. B, Lj. 8 (Sta. Apolónia) | que se estende por inúmeras salas onde se Este espaço gourmet já conquistou os alfacipode ver cinema, exposições, concertos, e nhas. Para além da cafetaria com esplanada até jantar no meio dos livros. [foto §5] sobre o Tejo, a DeliDelux possui ainda uma loja com uma oferta verdadeiramente surFlur (loja) Av. Infante D. Henrique, Arm. preendente de produtos escolhidos a dedo a B4 (Sta. Apolónia) | Para além de ser uma pensar nos apreciadores da boa mesa. referência para quem procura discos em vinil mais voltados para a eletrónica e para a música experimental, deve ser uma das poucas lojas de discos com uma agradável Entra (restaurante) R. do Açúcar, 80 (Marvista para o rio. [foto §3] vila) | Os amigos Pedro Marques e Luís
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Magalhães dão-nos mais um bom motivo para deixarmos de pensar que Lisboa acaba em Santa Apolónia: abriram o Entra, restaurante onde querem, sobretudo, que se coma como em casa. Despretensiosa e divertida, a “ementra” inclui pratos tão sugestivos como o “Põe-se ao Fresco”, “Com a Verdade M’Enganas” ou o “Bifone”. Se no final da refeição ainda te sobrar espaço, não te inibas e pede um “Ai Jesus” para a sobremesa. [foto §6] Esplanada Clara Clara (café) Jardim de Botto Machado (Campo de Sta. Clara) | Bem perto da Feira da Ladra e com uma vista deslumbrante, esta esplanada é um
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Galeria Baginski R. Capitão Leitão, 51-53 (Beato) | Abriu há sete anos com o objetivo de se tornar um espaço dedicado à divulgação da fotografia, mas hoje a Baginski – que desde 2009 mudou-se suas instalações para o Beato – é uma galeria dedicada a todas as áreas artísticas, com exposições de artistas emergentes e consagrados.
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Hua Ta Li (restaurante) R. dos Bacalhoeiros, 109-115 (Jardim do Tabaco) | Este amplo restaurante chinês tem um atendimento
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rápido e eficiente, para quem queira jantar depressa e bem por pouco dinheiro. Apesar de muito barulhento, vale a pena pela excelente relação preço/qualidade.
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Interrent (serviço) Est. Sta. Apolónia (Sta. Apolónia) | Ideal para aquelas viagens de fim de semana com os amigos, este serviço aluga carros a partir de 6,99€ por dia. Basta teres mais de 21 anos, fazer um seguro e reservar com antecedência, para conseguires os melhores preços.
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Jardim do Marisco / Jardim do Sushi (restaurante) Av. Infante D. Henrique, Pav. A/B (Jardim do Tabaco) | Aqui tens múltiplas hipóteses de escolha: entre a marisqueira e a cervejaria, o interior ou a esplanada, o serviço de take-away ou de comer no momento. Como se não bastasse ser tudo fresco e saboroso, agora este restaurante serve também sushi no piso superior.
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Lux (discoteca) Av. Infante D. Henrique, Arm. A (Sta. Apolónia) | Três andares, três ritmos, um só lema: sofisticação. Não há quem resista à discoteca mais famosa da capital. O Lux continua a ser o destino para diversas “faunas” da cidade e, no piso inferior, a pista de dança encontra-se invariavelmente apinhada a partir das 3h da manhã. No piso intermédio, as batidas são mais suaves e moldam-se às imagens passadas pelos Vj’s de serviço; na esplanada do piso superior, dança-se e descontrai-se com os olhos postos no Tejo. [foto §4]
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Mercearia Vencedora (restaurante) Av. Infante Dom Henrique, Pav. A/B - Espaço R5 (Jardim do Tabaco) | Na Mercearia Vencedora, os bifes e as massas são os reis da carta. O preço ronda os 18€ por pessoa e podes optar entre a sala interior ou a esplanada junto ao rio onde nunca ninguém fica de costas para ninguém, graças à cuidadosa disposição das mesas.
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Net Wi-Fi | Com o alargamento da linha de metro, a Estação de Santa Apolónia oferece cada vez mais serviços, entre eles um hotspot de internet sem fios à borla. Aproveita para ver o e-mail no café da estação enquanto esperas pelo teu comboio.
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Odessa / FactoLab (cabeleireiro-bar) Av. Infante D. Henrique, Arm. B, Lj. 9 (Sta. Apolónia) | De dia é um cabeleireiro muito trendy, o Facto Lab, mas à noite os cortes e penteados dão lugar a um bar agitado com esplanada virada para o rio, o Odessa. De 5ª a domingo os Dj’s tomam conta do cabeleireiro, com propostas dentro do estilo funk, soul e jazz. Imperdível! [foto §2]
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Pizzas | Casanova (restaurante) Cais da Pedra, Lj 7, Arm. B (Sta. Apolónia) | Maria Paola Porru (do Casanostra) escolheu o Cais da Pedra para continuar a divulgar o melhor da gastronomia transalpina. A aposta foi para as pizzas e provou ser uma boa escolha. O ambiente é jovem (os preços não excluem os menos abonados) e moderno. Reservar é imprescíndivel.
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Quinquilharia | Feira da Ladra (feira) Pátio São Vicente (Campo de Sta. Clara) | O mais antigo mercado de Lisboa continua a ser um local obrigatório para quem gosta de objetos em segunda mão. E aqui há mesmo de tudo: desde discos de vinil a livros e móveis antigos, passando por toda a quinquilharia que se possa imaginar.
Uniformes militares | Museu Militar Lg. do Museu da Artilharia (Sta. Apolónia) | Em cinco salas, o museu apresenta uma completa coleção de uniformes militares, armas, documentos históricos e obras de arte dedicadas à vida militar.
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Viagens | Santa Apolónia é uma das principais ligações por terra à Europa: da estação de comboios parte todos os dias o Sud-Express para Paris e o Lusitânia Comboio-Hotel para Madrid, pelo que geralmente é um dos pontos de partida para quem faz InterRails. Para além das viagens internacionais, a estação assegura também ligações a todo o país, nos comboios regionais, alfa pendulares e intercidades.
Restaurante D’Avis (restaurante) R. do Grilo, 96-98 (Sta. Apolónia) | A decoração muito típica e o acolhimento simpático fazem deste restaurante alentejano uma boa escolha para quem aprecia as saborosas migas gatas de bacalhau, o cação frito com pimentão ou a deliciosa açorda de bacalhau. Para sobremesa, deixa-te levar pelo pecado e prova o doce de requeijão.
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Steps (escola) R. dos Caminhos de Ferro, 90 (Sta. Apolónia) | A escola de dança e artes do espetáculo propõe aulas de kizomba, danças orientais, sapateado, forró e outros ritmos latinos e ainda convida ao convívio num simpático bar. Vale tudo menos ficar parado!
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Tango | L.E. Tango (escola) R. de Santa Apolónia, 59 (Sta. Apolónia) | No edifício do Clube Ferroviário funciona uma escola argentina dedicada exclusivamente ao tango. Há cursos de vários níveis de dificuldade e atividades para que se possa praticar em ambiente descontraído, como é o caso dos encontros de domingo e das pontuais “Raves de Tango”.
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Xabregas | Art!st (escola) R. da Manutenção, 45 (Beato) | A Art!st é uma academia de dança, teatro e performance com uma vasta oferta de cursos. Do clássico ballet ao hip-hop, sem esquecer as técnicas de representação, o pilates, a ginástica ou as tradicionais danças de salão, há de tudo para todos os gostos.
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Zzzzz | Guesthouse Beira-Mar (alojamento) Lg. Terreiro do Trigo, 16, 4º esq. (Sta. Apolónia) | Colorida, moderna e confortável, esta guesthouse é uma boa solução para alojar os amigos estrangeiros quando não temos espaço em casa. Tem cozinha, pequeno almoço incluído, internet grátis e zona de convívio. Ah, e fica a três minutos a pé da estação dos comboios.
Work in Progress »
Gabriel Abrantes Pensar global, filmar global Texto» Patrícia Raimundo
Diz que não quer ser “o artista prodigioso”, mas aos vinte e poucos anos acaba por atrair a designação. Gabriel Abrantes, prémio EDP Novos Artistas 2009, pinta, faz escultura, cinema, instalação e ainda dá uns toques na música numa espécie de one-man-band improvisada. Ser artista nunca pôs pontos de interrogação na cabeça de Gabriel Abrantes: pintava desde pequeno e sabia que um dia queria fazer da arte profissão. Cresceu nos Estados Unidos, para onde os pais tinham imigrado, e foi na Cooper Union For The Advancement Of Science And Art, a última 20 Guia da Noite Lx magazine
escola de artes gratuita em Nova Iorque, que começou a explorar outros campos artísticos que não a pintura e a escultura, já que era política da casa incentivar os alunos a sair da sua zona de conforto. “No primeiro ano não podias fazer nada daquilo que já tinhas feito, mesmo que fosses muito talentoso a fazê-lo. Era um pouco para democratizar todos os media e a tua capacidade de os trabalhares”, conta. Assim que acabou o curso, Gabriel Abrantes começou a fazer sobretudo curtas-metragens em 16mm, como Olympia I e
Work in Progress
Gabriel Abrantes (fotos) ganhou este ano o galardão suíço Leopardo de Ouro e o prémio para melhor curta nacional no Festival Indie 2010 com A History of Mutual Respect, a curta-metragem que filmou com Daniel Schmidt no Brasil e em Portugal.
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Work in Progress
Olympia II, dois pequenos filmes inspirados na pintura de Manet com o mesmo nome, onde explora temas como a prostituição e a homossexualidade. Temáticas tão atuais como estas duas são sempre o ponto de partida para os trabalhos do artista: em Visionary Iraq – curta que levou ao Festival Indie 2009 e que, como ocorre frequentemente, também protagoniza – pôs pais e filhos em conflito num cenário pós-guerra; em Too Many Daddies, Mommies And Babies (2008) juntou ecologia, homossexualidade e parentalidade num filme apresentado em três partes em três lugares distintos da capital. “A ideia é lidar com alguns assuntos que são concretamente pertinentes hoje em dia, na vida contemporânea. Em quase todos os meus filmes há uma escolha, uma luta ou conflito entre os problemas privados das personagens e uma crise global em que eles estão de alguma maneira implicados”. E em Liberdade, uma das últimas curtas-metragens que fez, Gabriel Abrantes não quis abrir exceções: o filme, feito em Angola, segue a relação de um jovem angolano com uma rapariga chinesa que de repente é abalada por um problema de impotência sexual. A aparente simplicidade da trama encerra questões maiores: o filme explora temas como a forte imigração chinesa em Angola, o óbvio problema sexual e uma questão maior como a dos relacionamentos inter-raciais ou o desenvolvimento pós-guerra, sempre com a sua dose de irreverência. Gabriel Abrantes autofinancia quase todos os trabalhos que faz. Muitas vezes são as pinturas que pagam os filmes, outras vezes, quando as produções são mais caras, junta pequenos apoios, daqui e dali, sobretudo no estrangeiro. A vontade de fazer 22 Guia da Noite Lx magazine
mais cinema e menos filmes apenas para instalações em galerias é cada vez maior, por isso Gabriel Abrantes está prestes a estrear a sua primeira longa-metragem, um filme rodado em Trás-Os-Montes, sobre o aquecimento global e a chegada de um dilúvio a uma aldeia transmontana. “A ideia era fazer um projeto num sítio específico, com características socioeconómicas e políticas específicas, e Trás-Os-Montes é representativo do rural esquecido da Europa”. Esquecido, mas, na visão do artista, não tão distante assim do resto do mundo: com Anelhe City Gabriel quis mostrar que “os problemas globais também chegam a sítios geralmente excluídos das decisões globais”. Volta e meia, Gabriel Abrantes larga a câmara e as telas, sobe ao palco e senta-se ao piano. O artista leva a sério os ensinamentos da Cooper Union e lança-se na arte, tenha ela que forma tiver, sempre de olho na experimentação mas recusando aquela ideia do menino prodígio que se distingue em qualquer área. Está mais interessado numa certa curiosidade que as coisas lhe despertam: “Não quero ser o artista prodigioso. Comecei a fazer cinema porque tinha uma incapacidade técnica para o fazer. Não sabia bem fazer cinema, e foi isso que eu achei interessante. Com a exploração musical foi a mesma coisa: quis perceber como é que posso pensar e fazer um projeto sem ter o mínimo de formação na área”.
Work in Progress
Liberdade, “uma história otimista” A curta-metragem de Gabriel Abrantes e Benjamin Crotty, rodada em Angola, foi feita a convite para integrar uma exposição na Galeria RESET, em Paris, no início do ano. Como grande parte dos trabalhos do artista, Liberdade é “uma
obra feita especificamente para aquele espaço, uma proposta de cinema narrativo clássico com a contingência de ter sido feito num país de terceiro mundo que se está a desenvolver muito rapidamente”.
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DJ Shot »
Texto» Patrícia Raimundo Fotografia» Paulo Lima
Stereo Addiction Estilo» house, tech-house, electro Onde atuam» Europa, Op Art, Lx Factory, Gare (Porto)
Stereo Addiction A pista é um vício
Ainda nem dez da noite são e a esplanada do Miradouro de S. Pedro de Alcântara já está transformada numa verdadeira pista de dança. A culpa é de Gustavo e John-E, os homens que mesmo por detrás de uma cabine improvisada fazem a festa. É sexta-feira, a noite caiu há pouco e no coração da cidade há mais uma edição das Madame Soirées, as festas ao final da tarde organizadas pela promotora Madame Management. A vista corta o fôlego e a música ajuda: que não se esperem sonoridades lounge ou chill out. Aqui a música obriga a dançar ao som de alguns dos melhores representantes da eletrónica nacional. E dança-se mesmo, nem que para isso o Dj tenha de deixar os pratos por momentos e inaugurar a pista de dança, como fazem, sem problemas, os Stereo Addiction. “Os portugueses são os maiores, mas são tímidos, têm medo da pista. É como o motor de um carro americano, um Ford antigo muito bom: custa a pegar, mas quando pega…”, conta John-E, que com Gustavo dá corpo à dupla nacional.
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DJ Shot
portuguesa não foi exceção. “As viagens dão-nos experiência”, conta John-E. “E o facto de termos vivido algum tempo em A verdade é que ninguém parece resis- várias cidades mudou o nosso som também. Em Macau, por exemplo, só se ouvia tir à adrenalina que os dois Dj’s põem house e progressive, cá em Portugal era nos sets que assinam, seja aqui, numa só techno e house. Entretanto em Londres esplanada ao final do dia, seja na tenda apanhámos uma variedade de estilos”. eletrónica de um grande festival ou nas Partilham a cabine com naturalidade, after-hours de um clube a fervilhar de gente. E é sobretudo para grandes pistas sem atropelos nem outra regra que que os Stereo Addiction mais trabalham. Já não a da empatia. Não são adeptos dos passaram pelos melhores clubes nacionais sets rígidos, gostam de sentir a pista e como o Lux, o Op Art ou o Gare no Porto; adequar a evolução do set à reação do público, sempre dentro de um “estilo partilharam a cabine com nomes tão sonantes como Underworld, Carl Cox ou mais funky, groovy, house e tech-house”, diz John-E. “Normalmente nem temos Gui Boratto e agitaram festivais como o Sudoeste ou o Atlantic Waves em Londres. bem a ideia do que vai acontecer. Quando são coisas maiores, temos um set mais Foi aliás em Inglaterra que os dois se conheceram e que se começaram a dese- pensado e planeado, mas quando é algo nhar os primeiros esboços do que seriam mais confortável temos vários caminhos que podemos seguir durante o set e decios Stereo Addiction. “Começámos a sair à noite juntos e a ir a festas, a ter ideias”, dimos na hora”, revela Gustavo. Para além de Dj’s, os dois Stereo recorda John-E. “Mas a sério, a sério, foi quando voltámos os dois para Portugal”, Addiction são também produtores, uma acrescenta Gustavo. Primeiro chamavam- “evolução lógica na carreira de um Dj”, diz John-E. Para Gustavo, produzir é também -se Zoom e tocavam sobretudo trance. uma necessidade: “Enquanto Dj ouves Depois o house progressivo começou a ganhar terreno e a dupla começou a fazer milhares de músicas, mas tens de entensets explosivos ao misturar techno, house der como é que se faz para perceberes o que é que estás a ouvir”. e electro, já como os Stereo Addiction. Por muitas cidades que percorram, a Até cumprirem a promessa de criar noite lisboeta continua a encantar os um projeto em conjunto, os dois Dj’s dois rapazes. Para os Stereo Addiction, a andaram desencontrados: Gustavo capital está animada e com muito boas deixou Brighton e foi para São Paulo, ofertas quer ao nível dos movimentos depois para a África do Sul e John-E, que tinha passado a adolescência em Macau mais underground, quer ao nível do mainstream, sem nunca deixar de ser e que começou a fazer djing a Oriente, “uma cidade castiça”. Para Gustavo, Lisinstalou-se em Londres até regressar a Portugal. Andar sempre de um lado para boa “tem personalidade, acima de tudo”. o outro influencia qualquer um, e a dupla
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Retratos da Noite Âť
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Retratos da Noite
Cláudia Clemente Assumir o Caos Entre a literatura e o cinema, Cláudia Clemente divide-se em mil e um projetos, sempre em busca de um sentido para as questões essenciais da sua condição: ser mulher, mãe e artista hiperativa. Ah, e o amor, claro…. Sempre foi apaixonada pelo cinema mas começou por licenciar-se em Arquitetura. “Para quem tinha crescido no Porto, nos anos oitenta, era a máxima transgressão possível”. Durante 13 anos exerceu a profissão e viajou pelo mundo: viveu em Barcelona e Buenos Aires, andou pela Índia, teve ocasião de conhecer e vivenciar reali-
Texto» Myriam Zaluar
dades distintas. Até que, um dia em 2006, decidiu dar seguimento ao sonho e “voltar à escola”. Matriculou-se na Restart. O filho tinha então dois anos. Ainda tentou conciliar maternidade, atelier e os estudos de cinema, mas ao fim de um ano percebeu que ia ter de abrir mão de uma das atividades. Fechou o capítulo da arquitetura. É preciso dizer que antes já abrira o da escrita. Sabe quem escreve que não há um momento na vida em que se começa. Seria, pois, impossível situar a entrada da ficção na paleta das atividades de Cláudia Clemente, mas foi a edição do primeiro livro de contos em 2003 que lhe deu o ânimo necessário para dedicar-se às coisas de que gosta. O Caderno Negro, publicado pela Tinta Permanente reflete o seu lado mais Guia da Noite Lx magazine 29
Retratos da Noite
“dark”. Ainda este ano irá sair o próximo, desta vez sob a chancela da Babel. Coisas Negras, revela, rindo. “O meu namorado chama-me gótica”. Desde que, em 2007, realizou o primeiro documentário “a sério”, & etc, sobre a editora homónima que lhe mereceu prémios no Doc Lisboa e no Festival Internacional de Cinema do Fundão, foi adotada como uma das mais promissoras cineastas do panorama nacional. Seguiram-se A Fábrica,
resultado é totalmente esquizofrénico. Se houver subsídio, gostaria que a cenografia fosse do João Louro. É um projeto muito ambicioso, a ver vamos”. Há também aquele a que chama o seu Two minutes Project, um trabalho coletivo e de cariz internacional em que pretende pôr mulheres artistas de todo o mundo a falar da sua condição. O filme irá ter por nome WAM, Woman, Artist, Mother. Artista multifacetada, Cláudia E ainda o trabalho que irá Clemente tem atualmente quatro apresentar ao Fuso das Artes, projetos em curso: o documentário um concurso de videoarte Sarah e Almada, o texto teatral Way em que se coloca a si própria Out, o seu próximo livro Coisas Negras em diálogo com um antigo e o filme WAM, Woman, Artist, Mother. namorado, vinte anos depois: “Trata-se de uma espécie de reflexão sobre a impossibilidade do discurso amoroso”. Para um ano destes fica a prossecução de um dos seus Mulher Morena e A Outra, recebidos em projetos mais caros, o romance encalhado, braços pela crítica e com direito a exibições o tal que qualquer escritor tem em espera, um pouco por todo o circuito internacional nas gavetas de casa ou nas da mente. de festivais. E no meio de tudo isto, difícil mesmo é Agora as suas energias estão concennão se perder. “É o caos, há que assumir o tradas em Sarah e Almada, o filme que se caos”, afirma, enquanto vai explicando que encontra a preparar sobre o casal Sarah as diferentes obras vão nascendo e cresAfonso e Almada Negreiros. Na manga cendo ao seu próprio ritmo. “As coisas saem está texto teatral para o Festival Temps quando têm de sair, o importante é como D’Images. Way Out é o título de um monónaquele poema do Pessoa: logo muito pessoal e doloroso nascido de ‘Para ser grande, sê inteiro: nada uma viagem a Londres com os pais por via Teu exagera ou exclui. de uma doença paterna. “Estivemos três Sê todo em cada coisa. Põe quanto és dias e três noites num quarto de hotel e o No mínimo que fazes. Assim em cada lago a lua toda Brilha, porque alta vive’.” 30 Guia da Noite Lx magazine
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Animal Social
Luís Filipe Borges para lá da boina
Texto» Patrícia Raimundo Fotografia» Salvador Colaço
Não tem um rasto de sotaque, Podia ter sido o primeiro advogado do país mas nasceu nos Açores, garante. a exercer de boina, mas em vez disso foi “Sou terceirense, venho de uma parar à televisão. O humor apareceu pelo ilha que tem um sotaque muito caminho mas, mais do que contar umas diferente daquilo que os continentais entendem por açoriano, piadas, Luís Filipe Borges gosta mesmo é muito mais suave. Basicamente é de escrever. E de “conversá”. consiste em comer os “rr” no fim “Quando disse aos meus pais que queria das palavras: nós estamos aqui a ‘conversá’, ser ator eles tiveram uma longa reflexão de eu estou a ‘bebê’, tu estás a ‘ri’”, exempli2 segundos e disseram não. Eu nem sequer fica na perfeição Luís Filipe Borges. me insurgi porque percebi o ponto de vista Fazer rir (agora com os “rr” todos) nunca deles: é impossível viver como ator lá. foi um plano de vida para o apresentador Então fui para aquilo que me parecia mais do 5 Para a Meia-Noite. Aconteceu. O que semelhante. Como era fã das séries ameele queria mesmo era ser ator, por isso ricanas de advogados, achava que aquele §1 estudou Direito. Sim, Direito. Guia da Noite Lx magazine 33
Animal Social
momento das alegações finais era praticamente um monólogo”. E é assim que Luís Filipe Borges chega a Lisboa, à Faculdade de Direito. “Percebi muito rapidamente que não ia correr bem porque ao fim de três semanas descobri que não havia sistema de jurados em Portugal – foi-se a magia das séries – e depois porque é um curso que não tem uma dose mínima de criatividade”.
“Foi a melhor coisa que fiz na faculdade”. Licenciou-se em Direito mas nunca chegou a pôr a boina num escritório de advogados, nem como estagiário. No último ano sentiu que tinha de tomar uma atitude se não queria ficar preso num fato e gravata. “Apercebi-me que estava apenas a meses de ser advogado. Então comecei a mexer-me e a atirar o barro à parede. Enquanto os meus coleguinhas enviavam currículos para escritórios de advogados, eu escrevi uma carta a um jornalista que não conhecia pessoalmente, mas que admirava, e ele fez uma coisa muito rara em Portugal: respondeu”. O destinatário era Luís Osório, que tinha acabado de abrir a produtora de televisão Mínima Ideia. “Acabei o curso de manhã e à tarde comecei oficialmente a trabalhar na produtora”. Durante dois anos fez o programa Zapping para a RTP2, O apresentador e escritor diz sempre até receber uma proposta que fazer humor nunca foi um objetivo, tentadora. “A sensação que embora o faça com um prazer tremendo eu tinha é que estava a jogar e quem o vê agora no 5 Para a Meia no Benfica e que só trocaria Noite consegue perceber isso. o Benfica pelo Barcelona. E o Barcelona do meio era a Produções Fictícias”. Valeu-lhe o facto de se ter apaixonado Analogias futebolísticas à parte, a por Lisboa – viver na cidade grande foi entrada na conhecida produtora acabou “uma espécie de grito do Ipiranga, um sinó- por levá-lo a trilhar os caminhos do humor. nimo de liberdade e de adolescência vivida “Do que eu gostava mesmo era de escrever, em pleno” – , mas também por uma colega, mas acabei por ser destinado à área da por isso fez o curso até ao fim, “a reboque”. comédia por ser esse o core business da Entretanto, os amigos inscreveram-no empresa”. O apresentador e escritor diz no Cénico de Direito, o grupo de teatro sempre que fazer humor nunca foi um amador da Universidade, onde ficou muito objetivo, embora o faça com um prazer para além de já ter terminado os estudos. tremendo e quem o viu n’ A Revolta dos 34 Guia da Noite Lx magazine
Animal Social
Pastéis de Nata e quem o vê agora no 5 Para sempre quis: “Trabalho há 10 anos e não me a Meia Noite consegue perceber isso. De tem faltado um cheque ao fim do mês”. facto, os programas que deram a conhecer Dez anos de trabalho são dez anos de o Boinas, como lhe chamam, são uma espé- boina, o acessório que comprou por um cie de prazer 3 em 1: junta-se a escrita, o humor e a conversa Com vários livros publicados, num mesmo formato. participações em antologias poéticas, Luís Filipe Borges já sentou no um romance meio escrito e todos os sofá gente tão diferente como argumentos que fez para televisão, Luís António Costa, Rui Veloso ou Filipe Borges pode dizer com orgulho Rui Costa e diz que a alma do que vive da escrita. 5 Para a Meia Noite são os convidados. “Eu gosto mesmo de conversar. Gosto que as pessoas saiam de lá satisfeitas e com a sensação de que tiveram uma conversa bem fundamentada, mas que ao mesmo tempo fugiu da rotina, do habitual. Eu não sou jornalista, tenho liberdade para fazer aquilo que é esperado de um comediante. Se um dia me disserem ‘isto foi tão bom como daquela vez que fui à Ana Sousa Dias’ eu não fico “heroísmo inútil da adolescência, para ser muito contente”, brinca. diferente” dos colegas de faculdade – que Um dia quer ter à conversa Miguel Estejá usavam blazer e pastinha “armados em ves Cardoso, um ídolo, o homem que, diz, doutores” – e que rapidamente se tornou “ensinou a minha geração a escrever” e uma imagem de marca. Luís Filipe Borges com quem chegou mesmo a corresponderfaz, no entanto, uma revelação inesperada: -se há uns anos, quando MEC comentou “Não penso usá-la por muito mais tempo. um post de Luís Filipe Borges no blogue O País Relativo. “Gostava de o ter como convi- Não quero acabar como o Abrunhosa, acho que a partir de certa altura torna-se ridídado, por ser um admirador e porque ele é um eremita, não aparece em lado nenhum”. culo”. Poderá o Boinas perder a boina? Sim, mas – sosseguemos! – ao que parece não Com vários livros publicados, participaé para já. “Como tenho 32 anos acho que ções em antologias poéticas, um romance meio escrito e todos os argumentos que fez ainda tenho 2 ou 3 anos de chapéus pela para televisão, Luís Filipe Borges pode dizer frente. Depois outra coisa virá, nem que seja o cabelo que restar!”. com orgulho que vive da escrita, como Guia da Noite Lx magazine 35
Manual de Sobrevivência »
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Manual de Sobrevivência
E agora onde é que eu vou comer?! São onze da noite, ainda não janA equipa do Guia da Noite preparou uma selecção de taste e a fome já começa a apertar. locais onde é possível comer fora de horas e dos que Podias passar numa loja de conve- estão abertos aos domingos niência e trincar uma sandes, mas se o que queres é comer tarde e bem, não A cozinha tem um horário amigável para desesperes. Encontrar um restaurante onde quem gosta de comer a más horas, mas se possa jantar fora de horas em Lisboa, com também para aqueles que, depois de uma tudo aquilo a que se tem direito, não é uma volta pela movida lisboeta, não recuperam missão tão impossível como parece. sem encher bem a barriga. Outra vantagem Para além do já famoso caldo verde taré que todos os pratos da ementa estão dio d’A Merendeira, na Av. 24 de julho, há disponíveis para take-away! boas soluções para quem quer um jantar Sempre apinhado de notívagos, O Galeto com mais “substância” fora de horas. é outro spot obrigatório neste manual de O Sítio dos Bons Amigos, por exemplo, sobrevivência. Serve belos bifes, peixes, faz jus ao nome e serve boa comida à sopas, hambúrgueres, bolos e tudo mais portuguesa até às cinco da madrugada. que apetecer até às 3h30 da madrugada. Guia da Noite Lx magazine 37
Manual de Sobrevivência
Comer fora de horas não significa ter de comer obrigatoriamente bifes, hambúrgueres e comida portuguesa. No Bairro Alto, também se pode jantar fora de horas no italiano Esperança, no árabe Ali-à-Papa ou no internacional Império dos Sentidos. Se subires um pouco até ao Príncipe Real, consegues até comer sushi e outras especialidades japonesas até às 2h da manhã, no Tsuki. Marcar um jantar ao domingo – esse dia em que TUDO parece estar fechado! – também pode ser uma verdadeira dor de cabeça. Pode, mas não tem que ser. Para um jantar em ambiente simpático e requintado q.b., experimenta o Alecrim às Flores. Se te apetecer uma pizza, não tens que sucumbir à tirania dos congelados ou às cadeias de fast food só porque é domingo, podes sempre ir ao Lucca ou ao Casanostra. Outros sabores esperam-te no Estrela da Bica, no brasileiro Comida de Santo ou no nepalês Everest Montanha. Com a listagem completa de restaurantes deste manual de sobrevivência, comer fora de horas ou aos domingos nunca mais vai ser um problema!
NOME
alecrim às flores Tv. do Alecrim, 4 ali-à-papa R. da Atalaia, 95 café buenos aires Esc. do Duque, 31 B [foto §2] café do paço Paço da Rainha, 62-A casanostra Tv. do Poço da Cidade, 60 [foto §3] cervejaria trindade R. Nova da Trindade, 20 comida de santo Cç. Engº Miguel Pais, 39 el gordo ii Tv. dos Fiéis de Deus, 28 en’clave R. do Sol ao Rato esperança R. do Norte, 95 estrela da bica Tv. do Cabral, 33 [foto §4] everest montanha R. Artilharia 1, 26 faz figura R. do Paraíso, 15 B galeto Av. República, 14 A império dos sentidos R. da Atalaia, 35-37 jurgen’s bar R. Diário de Notícias, 68 kuta bar Trav. do Chafariz de El-Rei, 8 [foto §1] la finestra Av. Conde Valbom, 52A lucca Trav. Henrique Cardoso, 19-B maritaca R. 24 de Julho, 68F merendeira (a) Av. 24 de Julho, 54 G new wok Rua Capelo, 24 rosa da rua R. da Rosa, 265 sítio dos bons amigos R. Dr. Gama Barros, 12
Guia aberto aos domingos e fora de horas
snob {Restaurante-bar} R. do Século, 178 stop do bairro R. Tenente Ferreira Durão, 55 A suite airoldi Al. dos Oceanos, Casino Lisboa taberna ideal R. da Esperança, 112 tamarind R. da Glória 43-45 tsuki R. Nova de S. Mamede, 18
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Manual de Sobrevivência
BAIRRO
TIPO DE COMIDA | VALOR MÉDIO
(Cais do Sodré)
Comida: Portuguesa | €€€
(Bairro Alto)
Comida: Árabe | €€
SIM
SIM
(Av. da Liberdade)
Comida: Argentina | €€
SIM
SIM
(Campo Mártires da Pátria)
Comida: Portuguesa | €€€
SIM
§3]
(Bairro Alto)
Comida: Italiana | €€€
SIM
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(Bairro Alto)
Comida: Portuguesa | €€€
SIM
SIM
(Príncipe Real)
Comida: Brasileira | €€€
SIM
SIM
(Bairro Alto)
Comida: Espanhola | €€€
SIM
§2]
§1]
2
A
a
DOMINGOS
FORA DE HORAS
SIM
(Rato)
Comida: Africana | €€€
SIM
SIM
(Bairro Alto)
Comida: Italiana | €€€
SIM
SIM
(Bica)
Comida: Internacional| €€
SIM
(Amoreiras)
Comida: Nepalesa | €€
SIM
(Alfama)
Comida: Portuguesa | €€€
SIM
SIM
(Saldanha)
Comida: Portuguesa | €€€
SIM
SIM
(Bairro Alto)
Comida: Internacional | €€€
SIM
SIM
(Bairro Alto)
Comida: Refeições ligeiras | €€
SIM
SIM
(Alfama)
Comida: Internacional | €€€€
SIM
SIM
(Avenidas Novas)
Comida: Italiana | €€€
SIM
SIM
(Alvalade)
Comida: Italiana | €€€
SIM
SIM
(Santos)
Comida: Italiana | €€€
SIM
SIM
(Santos)
Comida: Refeições ligeiras | €
SIM
SIM
(Chiado)
Comida: Asiática | €€€
SIM
(Bairro Alto)
Comida: Portuguesa | €€€€
SIM
(Alvalade)
Comida: Portuguesa | €€€
SIM
SIM
(Príncipe Real)
Comida: Internacional | €€€
SIM
SIM
(Campo de Ourique)
Comida: Portuguesa | €€
SIM
(Parque das Nações) 2
Comida: Internacional | €€€€
SIM
(Santos)
Comida: Portuguesa | €€
SIM
SIM
(Baixa)
Comida: Indiana | €€€
SIM
(Príncipe Real)
Comida: Japonesa | €€€
SIM
SIM
A ficha técnica completa destes espaços está no diretório (págs. 54-63)
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Best Of Sabores Glamour
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taberna ideal {Santos} R. da Esperança, 112 | 21 396 2744 | © 3ª e 6ª das 19h/2h; Sáb. e Dom. 13h30/2h | - 2ª | Comida: Portuguesa | €€ Quem é amante de um bom prato à portuguesa não pode deixar de entrar na Taberna Ideal, o restaurante que parece a casa da avozinha na zona de Santos. Pensado por duas jovens “taberneiras”, o espaço está cheio de móveis antigos e loiças que nem sempre têm par. Aqui come-se quase como em casa: os pratos são confecionados só com produtos nacionais e frescos e o vinho é servido a copo. Com um ambiente acolhedor e um atendimento simpático, a Taberna Ideal está sempre cheia. O espaço é pequeno, por isso o melhor a fazer é reservar ou optar pela recém-inaugurada Petiscaria Ideal, na porta ao lado.
At Es tot tod an Ma Jam
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[ af ] JamesonReserve_Guia da noPage 1
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Até as coisas mais preciosas da vida merecem ser experimentadas. Estimadas. Apreciadas. Os nossos Whiskies Reserva são produzidos com total alheamento ao tempo e aos custos. São triplamente destilados, com todo o cuidado, e envelhecem em cascos de carvalho por longos e longos anos na Destilaria Jameson. Esperamos sinceramente que os valorize. Mas guardá-los? Preferíamos que não o fizesse. Jameson…too special to reserve.
Seja responsável. Beba com moderação.
12:28:38
Best Of Sabores Gourmet
manifesto {Santos} Lg. de Santos, 9C | 21 396 3416 | © 12h30/15h; 19h30/23h | - Sáb. ao almoço; Dom. e 2ª| Comida: Internacional | €€€ Os chefes portugueses não param de nos surpreender com a abertura de novos, requintados e glamorosos espaços de restauração nos quais o mais comum dos mortais pode degustar algumas das iguarias que antes só estavam reservadas às bolsas mais recheadas. Depois de Henrique Sá Pessoa e Vítor Sobral é a vez de Luís Baena desenvolver um novo conceito de cozinha criativa onde os petiscos são os reis da mesa: os “Belisquétchi”. Aqui pode-se provar, entre outros, os pastéis de massa tenra de galinha, o bacalhau dourado ou o ovo verde, como também salada russa, sushi de presunto de barrancos. Há opções na caçarola – como os diversos tipos de arroz (coentros, tomate, espargos, peixe e marisco) e até a feijoada à brasileira –, na grelha e pratos como burras de porco alentejano confitadas, migas de bacalhau de coentrada, empada de cabrito, e muito mais. Vale a pena descobrir o conceito arrojado e descontraído deste restaurante.
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Best Of Sabores Sab do Mundo
restaurante lumbini {Santos} R. da Esperança, 42 | 21 396 5870 | 91 692 2294 | © 11h30/15h | Não encerra | Comida: Nepalesa e Indiana | €€ Quem leu Sidarta de Herman Hesse, romance inspirado na história de Buda, saberá que este último nasceu em Lumbini, no Nepal. E saberá também que este buscava a plenitude espiritual, tal como o novo restaurante da Rua da Esperança busca a plenitude dos sentidos, sobretudo do paladar. Com uma ementa riquíssima de pratos nepaleses e indianos na qual se destacam as especialidades grelhadas, os pratos de cabrito e de marisco, bem como os famosos biriyani (arroz basmati frito com frango, cabrito, especiarias e frutos secos). Mas o Lumbini é sobretudo um hino aos prazeres da mesa e à vida trazendo ao bairro de Santos não só o perfume e o exotismo da gastronomia tradicional nepalesa mas também a calma, a sabedoria e delicadeza da filosofia oriental.
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Best Of Noites Trendy
cinco lounge {Príncipe Real} R. Ruben A. Leitão, 17 A | 21 342 4033 | © 21h/2h | - Dom.; 2ª Este original projeto tem a assinatura de quatro ingleses que trouxeram para o coração do Príncipe Real um conceito de lazer pouco implantado em terras lusas: um lounge-bar onde a bebida da casa é o cocktail. Do Passionfruit Margarita ao Milly Vanilly (um mojito com sabor a avelã e baunilha), passando pelo Lemon Pie (com sabor a tarte de merengue de limão), o Green Destiny, (vodka, pedaços moídos de maçã e kiwi) ou ainda o Zesty Martini (vodka, ananás, gengibre e coentros) são mais de cem os cocktails que constam na ementa do Cinco Lounge. O local ideal para um aperitivo e um snack antes do jantar.
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Seja re
Best Of Noites Cool berlin bairro alto {Bairro Alto} R. do Diário de Notícias, 122 | © Dom a 5ª 21h/2h; 6ª e Sáb 21h/4h | Não encerra O Bairro Alto ganhou recentemente um novo inquilino. Depois de ter albergado o La Folie e o Limbo, o nº 122 da R. Diário de Notícias tem agora sotaque germânico e um ambiente informal a roçar o underground que nos remete para a fervilhante atual cena artística da capital alemã. Depois de ter passado pelo Chapitô e pelo Teatro Taborda, o berlinense Lars Meschke – também proprietário do Goetheke, o bar o Goethe-Institut Portugal – decidiu criar um bar-dançante no coração do Bairro. Ao pequeno palco sobem todas as semanas jovens bandas de estilos ecléticos e as noites de sábado albergam o já conhecido Wonderland Club, festas alternativas em que se dança pela noite fora ao som de hits dos anos 60, garage ou R&B. C
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capela {Bairro Alto} R. da Atalaia, 45 | 21 347 0072 | © 20h/4h | Não encerra Nos dias mais concorridos, a entrada estreita deste bar localizado mesmo em frente ao único salão de jogos do Bairro Alto poderá parecer difícil. Mas, com um pouco de paciência, acabará por chegar ao seu destino. A decoração atira para o neogótico, com motivos inspirados num estilo possivelmente “draculiano”. Locais e estrangeiros misturam-se num ambiente descontraído e animado. A qualidade da música passada pelos Dj’s explica em parte o sucesso deste ponto de encontro privilegiado.
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Easygoing Irish.
Para quem leva o riso bem a sério e se aplica na boa disposição, a Jameson preparou um conjunto de festas verdadeiramente divertidas. Entre num caso sério de gosto pela vida. Há poucas oportunidades assim.
www.jameson.pt
Best Of Noites ao Vivo
glória live music club {Chiado} R. do Ferragial, 36A | 91 748 8515 | © 3º a Sáb. 22h30/4h | - 2ª Aberto desde maio deste ano, o Glória Live Music Club é o novo espaço de música ao vivo da capital. Situado na Rua do Ferragial – entre o Cais do Sodré e o Chiado –, o clube aposta numa programação eclética que vai do jazz, soul e funk, passando pela música africana, o pop e o rock. Nomes como o americano Philip Hamilton, a cabo-verdiana Sandra Horta, NBC & Os Funks e Rui Drumond já atuaram nesta novíssima casa de concertos. O espaço é amplo e agradável, decorado com mesas e sofás claros e paredes encarnadas – uma delas adornada com uma adorável colecção de antigas máquinas de escrever e calculadoras. Novos palcos para concertos são sempre bem-vindos e enriquecem a vida cultural alfacinha. Fotografia » Marcos Sobral
50 Guia da Noite Lx magazine
Seja responsável. Beba com moderação
Best Of Noites de Dança
odessa {Sta Apolónia} Av. Infante D. Henrique - Armazém B, Lj.9 | 21 882 2898 | © 5ª e Dom. 22h/2h; 6ª e Sáb. 22h/3h | - 2ª a 4ª Com os olhos postos no rio e a cabeça a imaginar viagens, o Odessa é o novo spot noturno para os lados de Sta. Apolónia. No mesmo corredor que a loja gourmet Delidelux e que a discoteca Flur, este bar-dançante já começa a dar que falar, sobretudo pela programação de Dj’s e concertos, que anda muito à volta das sonoridades funk, jazz e soul. Mas o mais curioso nisto tudo é que o Odessa é um projecto com dupla personalidade: nas noites de quinta a sábado é um espaço cool para dançar, beber um copo e ouvir boa música; durante o dia é um cabeleireiro moderno e muito trendy, o Facto Lab. Quando as tesouras e pentes se recolhem, a recepção do salão transforma-se em cabine de Dj, o espaço ganha outras cores e luzes e convida à diversão. Com uma agradável esplanada de motivos marítimos e industriais e o Lux a dois passos, o Odessa é uma óptima opção para começo de noite.
52 Guia da Noite Lx magazine
Guia de restaurantes, bares e discotecas de Lisboa
Restaurantes e Cafés
Alma {Internacional} Cç. Marquês de Abrantes, 92 (Santos) | 21 396 3527 | © 3ª a Sáb. 19h30/24h | - Dom. e 2ª | €€€€
1º Maio {Portuguesa} R. da Atalaia, 8 (Bairro Alto) 21 342 6840 | © 12h/15h; 19h/23h | - Sáb. jantar; Dom. | €€
Amo.te Lisboa {Internacional} Pç. D. Pedro IV - Teatro Nacional D. Maria II (Rossio) 21 342 0668 | © 10h/1h; 5ª a Sáb. até 2h | - Dom. | €€€
100 Maneiras R. do Teixeira, 35 (Bairro Alto) 21 483 5394 | © 20h/2h | - Dom. | €€€€ Ad Lib {Internacional} Av. da Liberdade, 127 (Av. da Liberdade) 21 322 8350 | © 2ª a 6ª 12h30/15h; 2ª a Dom. 19h30/22h30 | - Sáb. e Dom. ao almoço | €€€€ Afreudite {Internacional} Passeio das Garças, Lt. 439, Lj. 1J (Pq. das Nações) 21 894 0660 | © 20h/24h | - Dom. | €€€ Alcântara-Café {Internacional} R. Maria Luísa Holstein, 15 (Alcântara) 21 363 7176 | © 20h/1h | €€€€ Alecrim às Flores {Portuguesa} Tv. do Alecrim, 4 (Cais do Sodré) 21 322 5368 | © 12h30/15h; 19h30/24h | €€ | U Alfândega {Portuguesa} R. da Alfândega, 98 (Baixa) 21 886 1683 | © 10h/2h | - Sáb.; Dom. almoço | €€€ | U Ali-à-Papa {Árabe} R. da Atalaia, 95 (Bairro Alto) 21 347 41 43 | © 19h30/1h | - 3ª | €€
54 Guia da Noite Lx magazine
Amo-te Chiado {Internacional} Cç. Nova de S. Francisco, 2 (Chiado) 21 342 0668 | © 10h/2h | - Dom. Aqui Há Peixe {Internacional} R. da Trindade, 18 A (Chiado) 21 343 2154 | © 3ª a 6ª 12h/15h; Sáb. Dom. 18h/2h | - 2ª | €€€ Assuka {Japonesa} R. S. Sebastião, 150 (Pq. Eduardo VII) 21 314 9345 | © 12h/23h | - Dom. | €€€€ Aya {Japonesa} R. Campolide, 531, Galerias Twin Towers, Piso 0/Lj 1.56 (Campolide) 21 727 1155 | © 12h30/15h; 19h/23h | - Dom. almoço; 2ª | €€€€ | U BanThai {Tailandesa} R. Fradesso da Silveira, 2 Lj. Dt (Alcântara) 21 362 1184 | © 12h/15h30; 19h30/23h30 | - Dom. | €€€ | U
Bica do Sapato {Internacional} Av. Infante D. Henrique, Arm. B, Cais da Pedra (Sta Apolónia) 21 881 0320 | © 12h30/14h30; 20h/23h30 | - Dom.; 2ª almoço | €€€€ | U Blues {Internacional} R. da Cintura do Porto, 226 (Rocha Conde d’Óbidos) 21 395 7085 | © 20h/1h | - Dom.; 2ª | €€€€ |U Bocca {Internacional} R. Rodrigo da Fonseca, 87D (Rato) 21 380 8383 | © 3ª a 5ª 12h30/14h30; 20h/23h; 6ª e Sáb. até 24h | - Dom., 2ª e feriados | €€€€ | U Bota Alta {Portuguesa} Tv. da Queimada, 37 (Bairro Alto) 21 342 7959 | © 12h/15h; 19h/22h30 | - Sáb. ao almoço; Dom. | €€€ Brasuca R. João Pereira da Rosa, 7 (Bairro Alto) 21 322 0740 | © 12h/15h; 19h/23h | - 2ª ao almoço | €€ Bubbly {Internacional} R. da Barroca, 106 (Bairro Alto) 21 155 6042 | © 3ª a Sab. 12h/15h; 20h/2h (cozinha até 0h30) | - Dom. e 2ª | €€€€
Barra Ibérica {Espanhola} Cç. da Ajuda, 250 (Ajuda) 21 362 6010 | © 19h30/1h | - Dom. | €€ | U
Café Buenos Aires {Argentina} Escadinhas do Duque, 31 B (Av. da Liberdade) 21 342 0739 | © 18h/24h; Sáb. e Dom. 15h/24h | - 2ª | €€
Bengal Tandoori {Indiana} R. da Alegria, 23 (Av. da Liberdade) 21 347 9918 | © 12h/15h; 18h/24h | €€ | U
Café In {Portuguesa} Av. Brasília, Pav. Nascente, 311 (Belém) 21 362 6248 | © 12h/24h | €€ | U
Café no Chiado {Internacional} Lg. do Picadeiro, 11-12 (Chiado) 21 346 0501 | © 11h/2h | - Dom. | €€ Café Royale {Internacional} Lg. Rafael Bordalo Pinheiro, 29 (Chiado) 21 346 9125 | © 2ª a Sáb. 10h/24h; Dom. 10h/20h | €€ Café S. Bento {Portuguesa} R. de S. Bento, 212 (S. Bento) 21 395 2911 | © 18h/2h | - Dom. | €€€ | U Calcutá {Indiana} R. do Norte, 17-19 (Bairro Alto) 21 342 8295 | © 12h/15h; 18h30/23h | - Sáb.; Dom. | €€ Camponesa (A) {Internacional} R. Marechal Saldanha, 23-25 (Bairro Alto) 21 346 4791 | © 12h30/15h; 19h30/23h | - Sáb. ao almoço; Dom. | €€ Cantinho da Paz {Indiana} R. da Paz, 4 (Santos) 21 396 9698 | © 12h30/15h; 19h30/23h | Dom. | €€€ Cantinho das Gáveas {Portuguesa} R. das Gáveas, 82 (Bairro Alto) 21 342 6460 | © 12h/15h; 19h/23h30 | - Sáb. ao almoço; Dom. | €€€ Casa da Comida {Internacional} Tv. das Amoreiras, 1 (Rato) 21 388 5376 | © 13h/15h; 20h/24h | - Dom.; Sáb. e 2ª ao almoço | €€€€€ | U Casa da Morna {Africana} R. Rodrigues Faria, 21 (Alcântara)
21 364 6399 | © 19h30h/2h | - Dom. | €€ Casa do Alentejo {Portuguesa} R. das Portas de Stº Antão, 58 (Baixa) 21 340 5140 | © 12h/15h; 19h/23h | €€ Casa do Algarve {Internacional} Lg. da Academia de Belas Artes, 14, r/c (Bairro Alto) © 12h/16h30; 19h/23h30 | - Dom. | €€ Casa México {Mexicana} Av. D. Carlos I, 140 (S. Bento) 21 396 5500 | © 2ª a 6ª 13h/15h; Dom. a 4ª 20h/1h; 5ª a Sáb. 20h/2h | €€€ Casanostra {Italiana} Tv. do Poço da Cidade, 60 (Bairro Alto) 21 342 5931 | © 12h/15h; 20h/23h | - Sáb. ao almoço; 2ª | €€€ | U Casanova {Italiana} Cais da Pedra, Lj 7, Arm. B (Sta Apolónia) 21 887 7532 | © 12h30/1h30 | - 2ª e 3ª ao almoço | €€€ | U Cervejaria da Trindade {Portuguesa} R. Nova da Trindade, 20 (Bairro Alto) 21 342 3506 | © 12h/24h30 | €€€ | U
Charcutaria (II) (A) {Portuguesa} R. do Alecrim, 47 A (Bairro Alto) 21 342 3845 | © 12h30/15h30; 19h30/23h | - Sáb. ao almoço; Dom. | €€€€ | U Come Prima {Italiana} R. do Olival, 258 (Lapa) 21 397 1287 | © 12h/15h; 19h/23h30 | - Sáb. ao almoço; Dom. | €€ | U Comida de Santo {Brasileira} Cç. Engº Miguel Pais, 39 (Príncipe Real) 21 396 3339 | © 12h30/15h30; 19h30/1h | €€€ Confraria – York House (A) {Internacional} R. das Janelas Verdes, 32 - 1.º (Janelas Verdes) 21 396 2435 | © 12h30/16h; 19h30/22h30 | €€€€ Cop’ 3 {Portuguesa} Lg. Vitorino Damásio, 3 (Santos) 21 397 3094 | © 12h30/23h30 | - Sáb. ao almoço; Dom. | €€€€ | U DeliDelux {Café} Av. Infante D. Henrique, Arm. B, Lj. 8 (Sta Apolónia) 21 886 2070 | © 3ª a 5ª 12h/20h; 6ª 12h/22h; Sáb. 10h/22h; Dom. 10h/20h | - 2ª | €€€
Uma noite com
Guillaume aka Alatak Artista visual
Paragens obrigatórias Café: Bijou do calhariz Restaurante: Esquina de Alfama Bar: Suave Discoteca: Europa
Guia da Noite Lx magazine 55
Guia de restaurantes, bares e discotecas de Lisboa
Divina Comida {Portuguesa} Lg. de S. Martinho, 6-7 (Alfama) 21 887 5599 | © 12h/1h | €€ Doca do Espanhol {Portuguesa} Galeria do Museu da Cera, Arm. 2, Lj. 12-17 (Docas) 21 393 2600 | © 12h30/16h; 19h30/24h | - Dom.; 2ª ao jantar | €€€ |
U
En’Clave {Africana} R. do Sol ao Rato (Rato) 21 388 8738 | © 20h/4h | - 3ª | €€€ Entra {Portuguesa} R. do Açúcar, 80 (Beato) 21 241 7014 | © 2ª a 6ª 12h/15h; 3ª a Sáb. 19h30/23h | - Dom. | €€€ Esperança {Italiana} R. do Norte, 95 (Bairro Alto) 21 343 2027 | © 13h/16h; 20h/2h |
Uma noite com Carmo Risques Produtora Paragens obrigatórias Esplanada: Clube ferroviário Restaurante: Papaçorda Bar: Pavilhão Chinês Discoteca: Viking
Dom Pomodoro {Italiana} Doca de Sto Amaro, Arm. 13 (Docas) 21 390 9353 | © 12h/2h | €€€ | U El Gordo II {Espanhola} Tv. dos Fiéis de Deus, 28 (Bairro Alto) 21 342 6372 | © 17h/2h | - 2ª | €€€ El Último Tango {Argentina} R. Diário de Notícias, 62 (Bairro Alto) 21 342 0341 | © 19h30/23h | - Dom. | €€€ | U Eleven {Internacional} R. Marquês da Fronteira (Pq. Eduardo VII) 21 386 21 11 | © 12h30/15h; 19h30/23h | - Dom.; 2ª | €€€€ 56 Guia da Noite Lx magazine
- 2ª; 3ª ao almoço | €€€ Esplanada Clara Clara {Café} Jd. de Botto Machado - Campo de Santa Clara (Sta Apolónia) 21 885 0172 | © 10h/24h | €€ Estado Líquido / Sushi Lounge {Japonesa} Lg. de Santos, 5 A (Santos) 21 397 2022 | © 20h/3h | €€€ | U Estrela da Bica {Internacional} Tv. do Cabral, 33 (Bica) 21 347 3310 | © 19h/23h; 6ª e Sáb. até 24h | - 2ª | €€
Everest Montanha {Nepalesa} Av do Brasil, 130C (Alvalade) 21 847 3195 | © 12h/15h; 19h/23h30 | €€ Fábulas Café {café} Cç. Nova de São Francisco, 14 (Chiado) 21 347 6323 | © 2ª a 4ª 10h/24h; 5ª a Sáb. 10h/1h | - Dom. | €€€ Farah’s Tandoori {Indiana} R. de Santana à Lapa, 73 B (Lapa) 21 390 9219 | © 12h/15h; 19h/22h30 | - 3ª | €€ Faz Figura {Portuguesa} R. do Paraíso, 15 B (Alfama) 21 886 89 81 | © 12h30/15h; 20h30/23h | - 2ª ao almoço | €€€ | U Fidalgo {Portuguesa} R. da Barroca, 27-31 (Bairro Alto) 21 342 29 00 | © 12h/15h; 19h/23h | - Dom. | €€€ Flor da Laranja {Marroquina} R. da Rosa, 206 (Bairro Alto) 21 342 2996 | © 12h/15h; 20h/24h | - Dom.; 2ª ao almoço | €€ Flores {Internacional} R. das Flores, 116 (Bairro Alto) 21 340 8252 | © 12h30/15h; 19h30h23h | €€€€ Floresta do Calhariz {Portuguesa} R. Luz Soriano, 7 (Bairro Alto) 21 342 5733 | © 12h/23h | - Dom. | €€ | U Fusion Sushi {Japonesa} Lg. de Santos, 5 (Santos) 21 395 5820 | © 12h30/15h; 20h/23h; 6ª e Sáb. até 24h | - Sáb. ao Almoço; Dom. | €€€€ Gambrinus {Portuguesa} R. das Portas de Sto Antão, 23
(Restauradores) 21 342 1466 | © 12h/1h30 | €€€€€ | U Gemelli {Italiana} R. Nova da Piedade, 99 (S. Bento) 21 395 2552 | © 12h30/14h30; 20h/24h | - Dom.; 2ª | €€€€ Império dos Sentidos {Internacional} R. da Atalaia, 35 (Bairro Alto) 21 343 1822 | © 20h/2h | - 2ª | €€€ Jardim dos Sentidos {Vegetariana} R. da Mãe d´Água, 3 (Av. da Liberdade) 21 342 3670 | © 12h/15h; 19h/22h | - Sáb. ao almoço; Dom. | €€ | U Kaffeehaus {Austríaca} R. Anchieta, 3 (Chiado) 21 095 6828 | © 11h/24h; 6ª e Sáb. 11h/2h; Dom. 11h/20h | - 2ª | €€ Kais {Internacional} R. da Cintura - Cais da Viscondessa (Rocha Conde d’Óbidos) 21 393 2930 | © 20h/23h30 | - Dom. | €€€€ | U Koi Sushi Trav. Fradesso da Silveira, 4 Lj B (Alcântara) 21 364 0391 | © 2ª a 6ª 12h/15h; 20h/24h; Sáb. 20h/24h | - Sáb. ao almoço; Dom. | €€€ La Brasserie de l’Entrecôte {Francesa} R. do Alecrim, 117 (Bairro Alto) 21 347 3616 | © 12h30/15h30; 20h30/24h | €€€ La Finestra {Internacional} Av. Conde Valbom, 52A (Avenidas Novas) 21 761 3580 | © 12h/15h; 19h/1h | €€
Uma noite com
Bernardo Marques aka Mr. Mute Dj / Supafly / Deubreka Paragens obrigatórias Esplanada: Esplanada da Graça Restaurante: O Zé da Mouraria Bar: Pai Tirano Discoteca: Musicbox
La Moneda {Internacional} R. da Moeda, 1C (Santos) 21 390 8012 | © 10h/2h | - Dom. | €€€ | U La Paparrucha {Argentina} R. D. Pedro V (Príncipe Real) 21 342 5333 | © 12h/15h; 19h30/24h30 | €€€ | U Lucca {Italiana} Trav. Henrique Cardoso, 19-B (Alvalade) 21 797 2687 | © 12h/15h; 19h/1h | - 4ª | €€€ | U Manifesto {Internacional} Lg. de Santos, 9C (Santos) 21 396 3419 | © 12h30/15h; 19h30/23h | - Sáb. e 2ª ao almoço; Dom. | €€€ Mar Adentro {Internacional} R. do Alecrim, 35 (Cais do Sodré) 21 346 9158 | © 10h/23h; sáb. 14h/24h; Dom. 14h/22h | €€ Maritaca {Italiana} R. 24 de Julho, 54G (Santos) 21 393 9400 | © 3a a 5a e Dom. 13/15h; 20h/24h; 6a e Sáb. até 1h | - 2ª | €€€
Meninos do Rio {Internacional} R. da Cintura do Porto de Lisboa, Arm. 255 (Cais do Sodré) 21 322 0070 | ©12h30/4h | €€€ Mercearia {Portuguesa} R. da Madre, 72 (Madragoa) 21 397 7998 | © 12h30/15h; 19h30/23h | - Dom. ao almoço; 3ª | €€ Mesa de Frades {Casa de Fado} R. dos Remédios, 139 A (Alfama) 91 702 9436 | © 10h/2h | - Dom. e 3ª | €€€ Montado {Portuguesa} Cç. Marquês de Abrantes, 40 (Santos) 21 390 9185 | © 12h/2h | - 2ª e Dom. | €€€ Nariz de Vinho Tinto {Portuguesa} R. do Conde, 75 (Lapa) 21 395 3035 | © 12h45/15h; 19h45h/23h | - Sáb. e Dom. almoço; 2ª | €€€€ New Wok {Asiática} R. Capelo, 24 (Chiado) 21 347 7189 | © 12h/15h; 20h/24h | €€€ Noobai Café {Café} Miradouro do Adamastor (Sta Catarina) 21 346 5014 | © 12h/24h | €€ | U
Guia da Noite Lx magazine 57
Guia de restaurantes, bares e discotecas de Lisboa
Nood {Asiática} Lg. Rafael Bordalo Pinheiro, 20B (Chiado) 21 347 4141 | © 12h/24h | €€€ |U
Pedro das Arábias {Marroquina} R. da Atalaia, 70 (Bairro Alto) 21 346 8494 | © 19h30/1h | - Dom. | €€
Rock’n Sushi {Japonesa} R. Fradesso da Silveira, Bl. C (Alcântara) 21 362 0513 | © 12h/15h; 20h/2h | €€€
Novo Bonsai {Japonesa} R. da Rosa, 244 (Bairro Alto) 21 346 2515 | © 12h30/14h; 19h30/22h30 | - Dom. | €€€
Petiscaria Ideal {Portuguesa} R. da Esperança, 100102 (Santos) | © 3ª a Sáb 19h30/24h30 | - Dom.; 2ª | €€€
Rosa da Rua {Portuguesa} R. da Rosa, 265 (Bairro Alto) 21 343 2195 | © 12h30/15h; 16h30h/24h30 | - 2ª | €€€€ |U
Uma noite com
Manuel San Payo Artista Plástico
Paragens obrigatórias Café: Bijou do Calhariz Restaurante: Príncipe do Calhariz Bar: Le Marais Discoteca: Musicbox
Olivier Café {Internacional} R. do Alecrim, 23 (Cais do Sodré) 21 342 2916 | © 20h/1h | - Dom. | €€€ | U Oriente Chiado {Vegetariana} R. Ivens, 28 (Chiado) 21 343 1530 | © 12h/15h; 19h30/22h30 | €€€ Ozeki {Japonesa} R. Vieira da Silva, 66 (Alcântara) 21 390 8174 | © 12h/15h; 19h30/23h30 | - Sáb. e Dom. almoço | €€€ Paladar - Cozinha de Mercado {Internacional} Cç. do Duque, 43 A (Bairro Alto) 21 342 3097 | © 19h30/2h | - Dom. | €€€ Pap’Açorda {Portuguesa} R. da Atalaia, 57-59 (Bairro Alto) 21 346 4811 | © 12h/14h30; 20h/23h30 | - Dom.; 2ª | €€€€ |U 58 Guia da Noite Lx magazine
Picanha {Brasileira} R. das Janelas Verdes, 96 (Santos) 21 397 5401 | © 12h/15h; 19h30/24h | - Sáb.; Dom. ao almoço | €€€ | U Pitéu (O) {Portuguesa} Lg. da Graça (Graça) 21 887 10 67 | © 12h/15h; 19h/22h30 | - Sáb. ao jantar; Dom. | €€ Pizzeria Mezzogiorno {Italiana} R. Garrett, 19 (Chiado) 21 342 1500 | © 12h30/15h30; 19h30/24h | - Dom.; 2ª almoço | €€ | U Restô do Chapitô {Internacional} R. Costa do Castelo, 7 (Castelo) 21 886 7334 | © 2ª a 6ª 19h30/2h; Sáb., Dom. e feriados 12h/2h | €€€ | U
Santo António de Alfama {Internacional} Beco de S. Miguel, 7 (Alfama) 21 888 1328 | © 12h/15h; 20h/2h | - 3ª | €€€ | U Senhora Mãe {Internacional} Lg. de São Martinho, 6 (Alfama) 21 887 5599 | © 12h30/24h; 6ª e Sáb. até às 2h | - 3ª | €€€ | U Sinal Vermelho {Portuguesa} R. das Gáveas, 89 (Bairro Alto) 21 343 1281 | © 12h/15h; 20h/1h | - Dom. | €€ Sítio dos Bons Amigos {Portuguesa} R. Dr Gomes Barros, 12 (Av. de Roma) 21 848 8721 | © 19H/5h | €€€ Sofisticato {Italiana} R. São João da Mata, 27 (Santos) 21 396 53 77 | © 19h30/23h; 6ª e Sáb. até 24h | - 2ª | €€€€ Sokuthai {Tailandesa} R. da Atalaia, 77 (Bairro Alto) 21 343 2159 | © 20h/2h | - Dom. | €€€ Sommer {Internacional} R. da Moeda, 1-K (Santos) 21 390 5558 | © 20h/24h; 5ª a Sáb. até 2h | - Dom. | €€€€ Spot Lx {Internacional} Al. dos Oceanos (Pq. das Nações) 21 892 9043 | © 18h/3h | €€€€
Stephens Cru Bar R. das Flores, 8 (Chiado) 21 324 0224 | © 2ª a Sáb. 19h30/1h30 | - Dom. | €€€ Stop do Bairro {Portuguesa} R. Tenente Ferreira Durão, 55 (Campo de Ourique) 21 388 8856 | © 12h/15h30; 19h/23h | - 2ª | €€ | U Sucre {Internacional} R. Sousa Martins, 14 D (Saldanha) 21 314 7252 | © 12h30/15h30; 20h/22h30 | - Dom.; 2ª a 4ª ao jantar | €€€ Sul {Internacional} R. do Norte, 13 (Bairro Alto) 21 346 2449 | © 12h/15h; 20h/2h | - 2ª | €€€ Taberna do Chiado {Portuguesa} Cç. Nova de São Francisco, 2A (Chiado) 21 347 4289 | © 12h/23h | €€€ | U Taberna Ideal {Portuguesa} R. da Esperança, 112 (Santos) 21 396 2744 | © 3ª e 6ª das 19h/2h; Sáb. e Dom. 13h30/2h | - 2ª | €€ Tamarind {Indiana} R. da Glória, 43 (Baixa) 21 346 6080 | © 2ª a 6ª 11h30/15h; 18h30/23h30: Sáb. e Dom. ao almoço | €€€ Tapadinha (A) {Russa} Cç. da Tapada, 41 A (Alcântara) 21 364 0482 | © 12h/15h; 20h/2h | - Dom. | €€€ Tasca da Esquina {Portuguesa} R. Domingos Sequeira, 41C (Campo de Ourique) 21 099 3939 | © 12h30/24h | - Dom. e 2ª (almoço) | €€€€
Tasquinha d’Adelaide (A) {Portuguesa} R. do Patrocínio, 70-74 (Campo de Ourique) 21 396 2239 | © 12h30/15h; 20h30/23h30 | - Dom. | €€€€
Vela Latina {Internacional} Doca do Bom Sucesso (Belém) 21 301 7118 | © 12h30/15h; 20h/22h30 | - Dom. | €€€€ |U
Tavares Rico {Internacional} R. da Misericórdia, 37 (Chiado) 21 342 1112 | © 12h30/14h30; 19h30/22h30 | - Dom. | €€€€€
Velha Gruta {Internacional} R. da Horta Seca, 1B (Bairro Alto) 21 342 4379 | © 20h/24h | - Dom. | €€€ | U
Tibetanos (Os) {Vegetariana} R. do Salitre, 117 (Rato) 21 314 2038 | © 12h/14h; 19h30/21h30 | - Dom. | €€€
Vertigo Café {Internacional} Tv. do Carmo, 4 (Bairro Alto) 21 343 3112 | © 10h/24h | €€
Toma Lá Dá Cá {Portuguesa} Tv. do Sequeiro, 38 (Bairro Alto) 21 347 9243 | © 12h/24h | - Dom. | €€ Travessa (A) {Belga} Tv. Convento Bernardas, 12 (Santos) 21 394 0800 | © 12h30/15h; 20h/24h | - Sáb. ao almoço; Dom. | €€€€ Tsuki {Japonesa} R. Nova de S. Mamede, 18 (Príncipe Real) 21 397 5723 | © 12h/15h ; 20h/02h | - 2ª e Sáb. ao almoço | €€€ Txakoli {Basca} R. São Pedro de Alcântara, 65 (Bairro Alto) 21 347 8205 | © Dom. a 4ª 12h/1h; 5ª a Sáb. 12h/2h | €€€ Uai! {Brasileira} Cais das Oficinas, Arm. 114 (Rocha Conde d’Óbidos) 21 390 0111 | © 13h/15h; 20h/23h | - 3ª e 4ª ao almoço; 2ª | €€€ Varanda da União {Internacional} R. Castilho, 14C, 7º (Pq. Eduardo VII) 21 314 1045 | © 12h/15h30; 19h30/23h30 | - Dom. | €€€€
Viagem de Sabores {Internacional} R. S. João da Praça, 103 (Sé) 21 887 0189 | © 20h/23h | - Dom. | €€€ XL {Internacional} Cç. da Estrela, 57 (S. Bento) 21 395 6118 | © 20h/24h | - Dom. | €€€€ | U
Bares e Discotecas Agito R. da Rosa, 261 (Bairro Alto) 21 343 0622 | © 19h30/3h | - 2ª Agra Club R. do Norte, 121 (Bairro Alto) | © 23h/4h | - Dom.; 2ª Arcaz Velho Cç. do Forte, 56 (Sta Apolónia) © 18h/2h | - Dom. Arena Lounge Casino de Lisboa, Al. dos Oceanos, Lote 1.03.01 (Pq. das Nações) 21 892 9046 | © 15h/3h | U Armazém F R. da Cintura do Porto, Arm. 65 (Cais do Sodré) 21 322 0160 | © 19h30/5h | - 2ª Guia da Noite Lx magazine 59
Guia de restaurantes, bares e discotecas de Lisboa
Associação Bacalhoeiro R. dos Bacalhoeiros, 125, 2º (Baixa) 21 886 4891 | © 18h/2h; 6ª e Sáb. 18h/4h | - 2ª Associação Loucos e Sonhadores Tv. do Conde de Soure, 2 (Bairro Alto) © 22h30/4h | - Dom. Baliza R. Bica Duarte Belo, 51 A (Bica) 21 347 8719 | © 13h/2h; sáb. 18h/2h | - Dom. Bar BA R. das Flores, 116 (Chiado) 21 340 8252 | © 10h30/1h30 | U
Bar Terraço Clube Ferroviário R. de Santa Apolónia, 59 (Sta Apolónia) © 4ª a 6ª 17h/4h; Sáb. 12h/4h; Dom. 12h/2h | - 2ª e 3ª BBC - Belém Bar Café {Internacional} Av. Brasília, Pavilhão Poente (Belém) 21 362 4232 | © 20h/3h | - Dom. | €€€ | U BedRoom R. do Norte, 86 (Bairro Alto) 21 343 1631 | © 21h/2h | - Dom. a 3ª
Uma noite com
Débora Marques Produtora
Paragens obrigatórias Esplanada: Noobai Restaurante: Fenícios Bar: Maria Caxuxa Discoteca: Musicbox
Bar das Imagens Cç. Marquês de Tancos, 1 (Castelo) 21 888 4636 | © 11h/2h; Dom. 15h/23h | - 2ª
Berlin Bairro Alto R. do Diário de Notícias, 122 (Bairro Alto) © Dom. a 5ª 21h/2h; 6ª e Sáb 21h/4h
Bar do Bairro R. da Rosa, 255 (Bairro Alto) 21 346 0184 | © 23h30/4h | - 2ª | U
Bicabar Lg. de Santo Antoninho, 8 (Bica) © 10h/2h | - 2ª
Bar do Rio Arm. A, Porta 7 (Cais do Sodré) 21 347 0970 | © 24h/5h | - Dom. a 4ª
Bicaense Café R. da Bica Duarte Belo, 42 (Bica) 21 325 7940 | © 20h/2h | - Dom.; 2ª | U
Bar Rua R. da Barroca, 96 (Bairro Alto) © 21h/4h | - Dom.; 2ª
Bica-me R. da Bica Duarte Belo, 51 (Bica) 21 325 7940 | © 3ª a sáb. 18h30/2h30 | - Dom.; 2ª
60 Guia da Noite Lx magazine
British Bar R. Bernardino da Costa, 52 (Cais do Sodré) 21 342 2367 | © 8h/24h; 6ª e Sáb. 8h/2h Buddha Bar Gare Marítima de Alcântara (Docas) 21 395 0541 | © 21h/4h | - 2ª; 3ª | U Cabaret Maxime Pç. da Alegria, 58 (Av. da Liberdade) 21 346 7090 | © 22h/6h | U Capela R. da Atalaia, 45 (Bairro Alto) 21 347 0072 | © 20h/4h Catacumbas Jazz Bar Tv. Água da Flor, 43 (Bairro Alto) 21 346 3969 | © 22h/4h | - Dom. Chafariz do Vinho (Enoteca) {Internacional} R. da Mãe d’Água à Pç. da Alegria (Príncipe Real) 21 342 2079 | © 18h/2h | - 2ª | €€ Chapitô (Bartô) R. Costa do Castelo, 1-7 (Castelo) 21 885 550 | © 22h/2h | - 2ª Chueca R. da Atalaia, 97 (Bairro Alto) 91 957 4498 | © 2ª a 5ª 19h/2h; 6ª e Sáb. 19h/3h | - Dom. Cinco Lounge R. Ruben A. Leitão, 17 A (Príncipe Real) 21 342 4033 | © 15h/2h Club Carib R. da Atalaia, 78 (Bairro Alto) 96 110 0942 | © 22h/3h30 Club Souk R. Marechal Saldanha, 6 (Bairro Alto) 21 346 5859 | © 22h/4h | - Dom.; 2ª
Clube da Esquina R. da Barroca, 30 (Bairro Alto) 21 342 7149 | © 21h30/2h
Frágil R. da Atalaia, 126 (Bairro Alto) 21 346 9578 | © 23h30/4h | - Dom.; 2ª | U
Incógnito R. Poiais de S. Bento, 37 (Santos) 21 390 8755 | © 23h/4h | - 2ª; 3ª | U
Clube Rua R. da Barroca, 111(Bairro Alto) © 3ª a Sáb. 21h/4h | - Dom. e 2ª
Funicular R. da Bica Duarte Belo, 44 (Bairro Alto) © 22h/2h | - Dom., 2ª a 4ª | U
Crew Hassan R. das Portas de Santo Antão, 159 – 1º (Baixa) © 2ª a Sáb. 14h/24h; Dom. 18h/24h | U
Galeria Zé dos Bois – ZDB R. da Barroca, 59 (Bairro Alto) 21 343 0205 | © 22h/2h | U
Indochina R. Cintura do Porto de Lisboa, 232 Arm. H (Santos) 21 395 5875 | © 23h/6h | - Dom.; 2ª
Dock's Club R. da Cintura do Porto, 226 (Rocha Conde d’Óbidos) 21 395 0856 | © 24h/6h | - Dom.; 2ª e 4ª Elevador Amarelo R. da Bica de Duarte Belo, 37 (Bica) © 22h/2h | - 2ª | U Esquina da Bica Bar R. da Bica de Duarte Belo, 26 (Bica) © 22h/2h | - Dom.; 2ª Europa R. Nova do Carvalho, 28 (Cais do Sodré) 21 342 1848 | © 23h/4h; 6h/10h| U Fábrica Braço de Prata R. da Fábrica do Material de Guerra, 1 (Beato) © 4ª a Sáb. 18h/4h; Dom. 15h/24h | - 2ª; 3ª | U
Groove Bar R. da Rosa, 148150 (Bairro Alto) © 2ª a Sáb 22h/4h | - Dom. | U Hard Rock Café Av. da Liberdade, 2 (Av. da Liberdade) 21 324 5280 | © 12h/24h; 6ª e Sáb. 12h/2h Heidi Bar R. da Barroca, 129 (Bairro Alto) © 2ª a 5ª 18h/2h; 6ª e Sáb. 18h/2h45; Dom. 21h/2h45 Hennessy’s Irish Pub R. do Cais do Sodré, 32-38 (Cais do Sodré) 21 343 1064 | © 12h/2h; 6ª e Sáb. 12h/3h In Rio Lounge Av. Brasília, Pavilhão Nascente, 311 (Belém) 21 362 6248 | © 9h/4h
Jamaica R. Nova do Carvalho, 6 (Cais do Sodré) 21 342 1859 | © 23h/6h | - Dom. | U Kais R. da Cintura – Cais da Viscondessa (Rocha Conde d’Óbidos) © 20h/23h30 | - Dom. | U Kapital Av. 24 de Julho, 68 (24 de Julho) 21 393 2930 | © 5ª a Sáb. e vésp. feriados 23h/6h | - Dom.; 2ª Konvento Pátio do Pinzaleiro, 22-26 (24 de Julho) 21 395 7101 | © 24h/6h | - Dom. a 4ª Kozee Club Cç. Marquês de Abrante, 142 (Santos) © 4ª a Sáb. 21h/4h | - Dom. a 3ª Kuta Bar Trav. do Chafariz d’El-rei, 8 (Alfama) 96 795 7257 | © 3ª a Sáb. 15h/2h; Dom. 11h/18h| - 2ª
Fiéis ao Bairro Tv. da Espera, 42 A (Bairro Alto) © 18h/2h Fiéis aos Copos R. da Barroca, 43 (Bairro Alto) | © 20h/2h Finalmente R. da Palmeira, 38 (Príncipe Real) 21 347 2652 | © 22h/5h | U Fluid Av. D. Carlos I, 67 (Santos) 21 395 5957 | © 22h/4h
Uma noite com
Maria João Guardão Jornalista, realizadora Paragens obrigatórias Café ou esplanada: Vertigo e Psi Restaurante: Casanostra Bar: Baliza e Ferroviário Discoteca: Lux e Cais do Sodré
Guia da Noite Lx magazine 61
Guia de restaurantes, bares e discotecas de Lisboa
Uma noite com
Silva O Sentinela
Slammer dos Social Smokers Paragens obrigatórias Esplanada: Ogâmico Restaurante: Palácio Bar: Musicbox Discoteca: Musicbox
Kremlin R. Escadinhas da Praia, 5 (24 de Julho) 21 395 7101 | © 24h/8h | - Dom.; 2ª a 5ª
Majong R. da Atalaia, 3 (Bairro Alto) 21 342 1039 | © 21h30/4h |U
L Gare R. da Rosa, 136 (Bairro Alto) © 17h/2h | - Dom. e 2ª
Maria B.A. Trav. dos Inglesinhos, 48 (Bairro Alto) 91 177 6883 | © 2ª a 5ª 19h30/2h; 6a e Sáb. até 3h | - Dom.
Le Goût du Vin R. de S. Bento, 107 (São Bento) 21 395 0070 | © 19h/2h | - Sáb. Left Lg. Vitorino Damásio, 3 F (Santos) 91 635 9406 | © 3º a Dom. 22h/4h | - Dom.| U Les Mauvais Garçons R. da Rosa, 39 (Bairro Alto) 21 343 3212 | © 12h/1h | U Loft R. do Instituto Industrial, 6 (Santos) 21 396 4841 | © 24h/6h | - Dom. a 4ª Lounge Bar R. da Moeda, 1 (Santos) 21 846 2101 | © 21h/4h; 6ª e sáb. 22h/4h | - 2ª | ) Lux-Frágil Av. Infante D. Henrique, Arm. A (Stª Apolónia) 21 882 0890 | © 18h/6h | - Dom.; 2ª | ) LX Factory R. Rodrigues Faria, 103 (Alcântara) 21 314 3399
62 Guia da Noite Lx magazine
Maria Caxuxa R. da Barroca, 6-12 (Bairro Alto) © 19h30/2h | - Dom. | U Maria Lisboa R. das Fontainhas, 86 (Alcântara) 21 362 2560 | © 6ª e vésp. feriados 23h30/6h | - Dom. a 5ª Mexecafé R. Trombeta, 4 (Bairro Alto) 21 347 4910 | © 22h/4h | U Mezcal Tv. Água da Flor, 20 (Bairro Alto) 21 343 1863 | © 21h30/4h | U Mini-Mercado Av. D. Carlos I, 67 (Santos) 96 045 1198 | © 22h/4h | - Dom.; 2ª | U MusicBox R. Nova de Carvalho, 24 (Cais do Sodré) 21 347 3188 | © 23h/6h | - Dom. a 3ª | U
O’Gillins Irish Bar R. dos Remolares, 8 (Cais do Sodré) 21 342 1899 | © 11h/2h30 OndaJazz Arco de Jesus, 7 (Alfama) 21 887 3064 | © 3ª a 5ª 19h30/2h; 6ª e Sáb. 19h30/3h | - Dom.; 2ª Op Art Café | Doca de St. Amaro (Docas) 21 395 6787 | © 15h/2h; 6ª 15h/7h; Sáb. 13h/7h | - 2ª | U Paradise Garage R. João de Oliveira Miguéns, 38-48 (Alcântara) 21 790 4080 | © 24h/6h | - 2ª a 4ª Pavilhão Chinês R. D. Pedro V, 89 (Príncipe Real) 21 342 4729 | © 18h/2h; Dom. 21h/2h |U Plateau R. Escadinhas da Praia, 7 (24 de Julho) 21 396 5116 | © 22h/6h | - Dom.; 2ª, 4ª Pop Out R. da Bica Duarte Belo, 31 (Bica) 91 544 4448 | © 5ª a Sáb. 22h/2h | - Dom. a 4ª Porão de Santos Lg. de Santos, 1 (Santos) 21 396 5862 | © 10h/4h; sáb. 19h/4h | - Dom. Portas do Sol Lgo. Portas do Sol (Castelo) 91 754 7721 | © 10h/24h; 6ª e Sab. até 2h | €€€ Portas Largas R. da Atalaia, 105 (Bairro Alto) 21 346 6379 | © 20h/3h30 Project Bar Av. Dom Carlos I, nº 61 – 1º (Santos) 96 391 0337 Ptit DJs & Drinks R. da Atalaia, 172 (Bairro Alto) 21
154 8917 | © 2ª a 5ª 21h/2h; 6ª e Sáb. 21h/3h | - Dom
d’Óbidos) 21 393 2930 | © 23h/5h | - Dom.; 2ª
Purex R. das Salgadeiras, 28 (Bairro Alto) 21 342 8061 | © 23h/4h | - 2ª | U
Snob R. do Século, 178 (Príncipe Real) 21 346 3723 | © 16h30/3h | U
Rock in Chiado Café R. Paiva Andrade, 7 (Chiado) 21 346 4859 | © 11/3h | - Dom. | U
Speakeasy Cais das Oficinas, Arm. 115 (Rocha Conde d’Óbidos) 21 396 4257 | © 20h/3h; 5ª a Sáb. 20h/4h | - Dom. | U
Santiago Alquimista R. de Santiago, 19 (Castelo) 21 888 4503 | © 2ª a 4ª 18h/2h; 5ª a Sáb. 18h/4h; Dom. 20h/2h | U Século (O) R. de O Século, 78 (Bairro Alto) 21 323 4755 | © 9h/2h | - Dom. Sentido Proibido R. da Atalaia, 34 (Bairro Alto) © 19h/2h Sétimo Céu Tv. da Espera, 54 (Bairro Alto) 21 346 6471 | © 22h/2h Silk R. da Misericórdia, 14 - 6º andar (Bairro Alto) © 22h30/4h | - Dom.; 2ª Skones R. da Cintura – Cais da Viscondessa (Rocha Conde
Sweet R. Maria Luísa Olstein, 13 (Alcântara) 21 363 6830 | © 24h/6h | - 2ª; 3ª e 5ª Tasca do Chico R. Diário de Notícias, 39 (Bairro Alto) © 12h/4h Tease R. do Norte, 31-33 (Bairro Alto) 96 910 5525 | © 12h/23h | - Dom. Tejo Bar Beco do Vigário, 1 (Alfama) © 22h/2h Tokyo R. Nova do Carvalho, 12 (Cais do Sodré) 21 342 1419 | © 23h/4h | - Dom. | U Void Club R. Cintura do Porto, Arm. H, Naves A-B
(Rocha Conde d’Óbidos) 21 395 5870 | © 23h/6h | - Dom.; 2ª | U Volúpia Ca Fé Cç. do Sacramento, 21 (Chiado) 21 019 9428 | 93 255 8057 | © 2ª a 6ª 9h/20h; Sáb. 11h/20h Xafarix R. D. Carlos I, 69 (Santos) 21 396 9487 | © 22h30/4h | - Dom. Xannax Club R. do Século, 138 (Bairro Alto) 96 940 7730 | © 12h/20h; 23h/4h | - 2ª; 3ª | U Estes e muitos outros restaurantes e bares de todo o país em www.guiadanoite.net © Horário - Dias de encerramento U Fumadores ou área específica € até 10 euros €€ de 10 a 15 euros €€€ de 15 a 25 euros €€€€ de 25 a 45 euros €€€€€ acima de 45 euros
Diretora Sandra Silva | Coordenação editorial Fernanda Borba | Assistente Editorial Patrícia Raimundo | Redação C. Sá, Fernanda Borba, Myriam Zaluar, Patrícia Raimundo, Sandra Silva | Revisão Fernanda Borba | Design gráfico e paginação Inês Sena | Fotografia Isabel Pinto, Luísa Ferreira, Mundods, Paulo Lima, Salvador Colaço | Colaboradores Luísa de Carvalho Pereira, José Luís Peixoto, Mafalda Lopes da Costa, Maria João Veloso, Natacha Gonzaga Borges, Patrícia Brito, Patrícia Maia e Vítor Belanciano | Impressão Sogapal | Copyright 101 Noites – Criação de Produtos Culturais, Lda | Tiragem e circulação: 35.000 exemplares | Periodicidade Trimestral
Contacta-nos! guiadanoite@guiadanoite.net | redaccao@guiadanoite.net 101 Noites - Criação de Produtos Culturais, Lda | Largo de Stº Antoninho, nº 3 | 1200-406 Lisboa | Tel. 21 343 22 52 | 101noites@101noites.com | www.101noites.com | www.myspace.com/101noites www.guiadanoite.net | http://www.facebook.com/guiadanoite.net | Assinatura Anual: 5 euros
Guia da Noite Lx magazine 63
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A noite do Porto em revista O Guia da Noite, a pedido de inúmeros leitores, irá lançar em breve o Guia da Noite do Porto Magazine, uma revista inteiramente dedicada à cidade invicta. Neste primeiro número, a nossa equipa de jornalistas e fotógrafos andou a calcorrear a cidade cuja movida tem conquistado quer os lisboetas quer os inúmeros turistas que a visitam em busca das novas tendências da cultura urbana e da sua fervilhante vida cultural. Esse périplo resultou numa revista com os melhores espaços nocturnos, cafés, galerias, lojas de design, de discos, mas também glamorosos e exóticos 64 Guia da Noite Lx magazine
restaurantes e locais muito trendy para pernoitar. Descobrimos um Porto renovado cujas ruas da Baixa — o novo Soho portuense —, são literalmente invadidas por performances, concertos e feiras de artigos em segunda-mão. Este novo mapa da movida portuense possui novas catedrais eleitas por uma geração de jovens artistas e freelancers entre elas destacam-se o Passos Manuel, o Maus Hábitos, o Pitch, o Café au Lait, a Galeria de Paris, o Candelabro, o Plano B, o Armazém do Chá ou as Galerias Lumière onde se situa o Inferno de Fernando Alvim. O Porto está imparável e o Guia da Noite também.
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