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www.guiadanoite.net Lisboa #15 - 2011» Distribuição gratuita
Lisboa
You Can’t Win, Charlie Brown António Jorge Gonçalves » O homem do dado
Jameson Urban Routes Dead Combo Cais do Sodré »
A nova (mo)vida
Guia » cafés | esplanadas | restaurantes | bares | discotecas
Festival Jameson Urban Routes p. 5
# 1 Holofotes » You Can´t Win, Charlie Brown a seis cores
# 30 Pela Estrada Fora » Lisboa Mulata, uma combo bem viva
# 5 Livre Trânsito » Festival
# 34 Retratos da Noite »
Jameson Urban Routes
Há (mo)vida no Cais
# 13 É Noite No Mundo » José Luís Peixoto Uma Corona em Xi´an
# 16 Metropolis »
# 49 Guia Cais do Sodré # 44 Best Of » Bares e discotecas
# 50 Guia »
António Jorge Gonçalves
Diretório dos melhores
O homem do dado
restaurantes e moradas
# 21 1001 Noites » Bem vindos à Pensão Amor
da noite de Lisboa
# 60 Post it» O que há de novo na noite
# 27 Radar » A explosão do botelhão
de Lisboa?
Best Of
# 24 Dj Shot » Fabrizio, funk global
# 44 Noites Cool # 46 Noites de Dança # 48 Noites Trendy
Nota: Não nos responsabilizamos por eventuais alterações na informação sobre eventos e espaços seleccionados. Esta revista foi escrita ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.
Holofotes »
Texto» Patrícia Raimundo
Do EP para o disco de estreia, a banda duplicou. Agora, a música dos You Can’t Win, Charlie Brown é feita a seis pares de mãos. Música colorida e luminosa para descobrir em Chromatic, o álbum que já caiu nas bocas – e nos ouvidos! – do mundo.
You Can’t Win, Charlie Brown a seis cores
Guia da Noite Lx magazine 1
Holofotes
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Holofotes Ainda o disco não tinha chegado aos escaparates e já revista francesa Les Inrockuptibles dizia maravilhas dos You Can’t Win, Charlie Brown. O artigo, Seguiu-se uma série de showcases nas diz Afonso Cabral, “caiu completamente do Fnacs, o primeiro lugar no Festival Termómecéu”, tal foi a surpresa – e a alegria – com que foi recebido pela banda. Tudo começou tro 2010 e o EP de estreia, homónimo. “A coisa pegou tão depressa, foi tudo assim de uma com a participação dos seis “Charlies” no festival britânico The Great Escape. “Estava vez, sem termos sequer tempo de nos prepararmos muito bem…”, recorda Afonso Cabral. lá um jornalista da Inrockuptibles que No meio da avalanche de convites e de feedpelos vistos gostou do nosso concerto e back positivo, a voz principal da banda sentiu decidiu escrever umas coisas simpáticas sobre nós”. Entre as “coisas simpáticas” liam-se adjetivos como “sublime” e “luminoso”, o Depois da passagem por Paredes de que pôs os rapazes “seriamente Coura e da apresentação de Chromatic barbudos” no top 5 dos projetos no Lux, em setembro, os You Can’t Win, mais promissores. Charlie Brown regressaram a Inglaterra A revista francesa não foi a para mais uma série de concertos e única a distribuir elogios: as preparam novas datas por cá. referências multiplicaram-se na blogosfera e em julho também o The Guardian destacou a banda lisboeta na lista mensal que muitas vezes as oportunidades surgiram da melhor música nova em todo o mundo. um pouco “à frente” daquilo que pensavam O interesse além-fronteiras é uma dose fazer na altura. Mas as oportunidades são extra de confiança, mas não é isso que move a banda. “Ficamos contentes, mas na assim mesmo e os You Can’t Win, Charlie Brown têm sabido aproveitá-las. verdade continuamos a fazer exatamente Foi o que aconteceu quando um e-mail o mesmo percurso que estávamos a pensar inesperado lhes chegou à caixa de correio. fazer”, confessa Afonso Cabral. O produtor Mário Feliciano tinha assistido O percurso de que se fala começou em a um dos concertos da banda no Musicbox 2009, quando os amigos Luís Costa, Salvae queria convidá-los para gravar um disco dor Menezes e Afonso Cabral decidiram no estúdio do irmão João Paulo Feliciano, formar um trio. Foi o ano em que “Sad com o selo Pataca Discos. “Dissemos logo Song” integrou os Novos Talentos Fnac e que sim, nem pensámos duas vezes”. Foi o em que a necessidade de dar um nome à empurrão que faltava para que os You Can’t banda os fez sacudir o pó a um livro de BD da coleção Peanuts: “You Can’t Win, Charlie Win, Charlie Brown começassem a pensar o álbum de estreia, agora a seis cabeças. Brown”, lia-se. E assim ficou. Depois de um intenso ano de trabalho de estúdio, Chromatic chegou aos escaparates Guia da Noite Lx magazine 3
Holofotes
em maio e já esgotou a primeira edição. Com a entrada de Tomás Sousa, João Gil e David Santos (Noiserv), a banda duplicou e com ela duplicaram as possibilidades. “Esta formação permite-nos fazer aquilo o que queremos, que é reproduzir o disco da maneira mais fiel que conseguirmos, apesar de os arranjos continuarem a ser um bocado di-
primeira apresentação dos temas ao público desafiou a lógica: antes mesmo do concerto “oficial” no Lux, em setembro, os seis “Charlies” decidiram pôr Chromatic na rua. Literalmente. “Achámos que era uma ideia gira darmos uns concertos na rua, sem termos de nos preocupar com nada. Era só abrir o saco da guitarra, começar a tocar, as pessoas apareciam e passado um bocado íamos embora. Sem sound checks, sem nada”. E assim foi: na véspera de cada concerto a banda anunciava o local através do facebook e à hora marcada a música acontecia descontraída e sem palco. No início, confessa Afonso, houve “um certo medo que não aparecesse ninguém para ver. Mas não. Apareceu cada vez mais gente, começámos a ver pessoas novas nos concertos e também já É Peggy Jean-Louis que assegura o reconhecemos algumas caras management dos You Can’t Win, Charlie que estão sempre lá e isso foi Brown, diretamente a partir de Londres. muito engraçado”. A manager estava de passagem por Ao que parece, muitos ouviLisboa quando ouviu o EP da banda dos, dentro e fora de portas, já e não hesitou em convidar os seis se renderam ao indie pop-rock “Charlies” para trabalhar com ela. colorido dos You Can’t Win, Charlie Brown. Uma rápida passagem pela página da banda no facebook é sintomáferentes ao vivo. Quando fizemos o EP deixá- tica: há quem peça concertos em Leiria, São mos a bateria de lado, porque não ia haver João da Madeira, Aveiro, Coimbra… ou em ninguém que fizesse o papel de baterista Berlim, Maputo e Los Angeles. O pedido até propriamente dito. Agora, tendo alguém fixo pode vir do único fã da banda nessa cidade, na bateria, pudemos pensar as coisas de adverte divertido Afonso Cabral. Mas… e outra maneira”, explica Afonso Cabral. se não for? E não foi só a sonoridade do disco que foi pensada de maneira diferente. Também a 4 Guia da Noite Lx magazine
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Jameson Urban Routes Música e um whisky Texto» Patrícia Raimundo
O primeiro festival indoor organizado por um clube faz cinco anos. O Guia da Noite faz uma retrospetiva do Jameson Urban Routes quente para o outono: o Musicbox, que ainda não tinha completado um ano de desde a primeiríssima edição e apresenta vida, inaugurava o Jameson Urban Routes, os principais destaques para 2011. o primeiro festival indoor da cidade. Naquele ano, “Down By Flow”, o primeiro “O objetivo era condensar num festival os single do novíssimo trabalho dos Micro princípios de programação do clube, estreiAudio Waves, rodava com insistência na tando também a parceria com o nosso rádio. Rocky Marsiano preparava o sucesprincipal patrocinador, a Jameson, que sor de The Pyramid Sessions e o coletivo desde o início acreditou muito no nosso londrino de Dj’s Bugz in The Attic lançava projeto”, recorda Gonçalo Riscado, gerente uma refrescante compilação com os melho- do Musicbox. res temas para terminar uma noite de festa. Escusado será dizer que tanto os Micro Mas 2007 reservava ainda uma surpresa Audio Waves como Rocky Marsiano e Bugz Guia da Noite Lx magazine 5
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in The Attic integraram o cartaz desse primeiríssimo ano do Jameson Urban Routes, lado a lado com nomes como Richard Dorfmeister, Vince Varga, Cool Hipnoise, Melo D ou a dupla alemã de Dj’s Boozoo Bajou. Ou não fosse a grande missão da organização “apresentar novidades e referências das tendências atuais da música urbana, conjugando a produção nacional e internacional”, nas palavras de Gonçalo Riscado.
veio provar a intenção. Foi a 25 de outubro de 2008 que os portugueses Orelha Negra [§2] subiram pela primeira vez a um palco. Praticamente até ao último minuto, a banda esteve envolta num certo mistério: pouco se tinha revelado ainda e as fotos que surgiam mostravam os cinco membros escondidos por detrás de capas de discos. Por aqueles dias, dizia-se apenas que o Para Isabel Rocha, brand manager projeto integrava grandes da Jameson, “a presença da marca no nomes da música nacional e circuito cultural é e sempre foi uma que explorava cruzamentos das nossas prioridades. A Jameson entre o jazz, o funk, o hipestá junto do seu público-alvo em tudo -hop e a eletrónica. Quem aquilo que são os seus interesses e a esteve no Musicbox nessa cultura é um deles”. quinta-feira, a primeira noite do Urban Routes 2, pôde comprová-lo com os seus próprios olhos e ouvidos: os Orelha Negra eram Sam The A fórmula é refinada e capaz de agradar Kid, Francisco Rebelo, João Gomes, Fred Ferao melómano mais exigente: juntam-se reira e Dj Cruzfader. A banda que se estreou concertos dos mais variados géneros aos no festival viria a lançar o primeiro disco, Dj sets mais frescos e troca-se a cerveja por homónimo, dois anos depois. um copo de whisky, incluído no preço do As estreias e os exclusivos não se ficaram bilhete. Para Isabel Rocha, brand manager por aí. O segundo ano do Jameson Urban da Jameson, apoiar o festival fez sentido Routes ficou ainda marcado pela estreia desde o início: “A presença da marca no a solo da vocalista dos Terrakota, Romi circuito cultural é e sempre foi uma das Anauel, e por dois espetáculos únicos: nossas prioridades. A Jameson está junto “Carioca Express”, uma homenagem a do seu público-alvo em tudo aquilo que são Chico Buarque por JP Simões, e “Reservoir os seus interesses e a cultura é um deles”. Dogs”, um divertido tributo à banda sonora Para Gonçalo Riscado, era importante dos filmes de Tarantino. Também foi aqui também “aproveitar a visibilidade do fesque Jamie Woon tocou pela primeira vez tival para promover projetos nacionais em em solo luso, antes ainda de ter lançado que acreditamos” e, se dúvidas houvesse, a Mirrorwriting e de fazer parte do cartaz do segunda edição do Jameson Urban Routes Sudoeste 2011. E que dizer da passagem 6 Guia da Noite Lx magazine
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do guru Gilles Peterson [§3] pela cabine no penúltimo dia? Incontornável. de se estrear nos discos com Lost Where I Para os envolvidos no festival o balanço Belong. E como o Urban Routes faz questão só podia ser positivo. “Estamos muito de respirar novidade, a organização trouxe satisfeitos com os resultados obtidos e ainda Mocky, singer-songwriter canadiano com os improvements que têm vindo a com raízes na Somália, e muitos ouviram ser feitos de ano para ano, não só em terSaskamodie pela primeira vez, e ao vivo, mos musicais, tendo um cartaz cada vez no Musicbox. A cabine ficou por conta de mais selecionado, mas também nas inovações tecnológicas que temos vindo a introduzir e que permitem aos consumidores uma maior proximidade com o festival, nomeadamente a transmissão dos espetáculos no facebook da Jameson”, justifica Isabel Rocha. Com um sentido trendy cada vez mais apurado, o cartaz do terceiro Jameson §4 Urban Routes contou com Dj Ride e os seus Beatbombers, no mesmo ano em que o “O objetivo era condensar num festival Dj e turntablist premiado os princípios de programação do apresentou o vinil 180gr, um clube, estreitando também a parceria disco-caixa-de-ferramentas com o nosso principal patrocinador, a para Dj’s amantes do scratch. Jameson, que desde o início acreditou Também os Cacique’97 subimuito no nosso projeto”, afirma Gonçalo ram ao palco nesse outono de Riscado do Musicbox. 2009, com o disco de estreia homónimo na bagagem e muita vontade de mostrar de que matéria é feito o afrobeat luso. Mas esta foi também a edição em que nomes como Jazzanova em Dj set e Markus o festival revela a sua veia mais internacio- Keinzl dos Sofa Surfers. Podia pensar-se que um festival dentro nal. Pelo Cais do Sodré desfilaram a braside quatro paredes nunca vingaria, mas a leira Cibelle [§1], que fez uma antevisão verdade é que as pequenas dimensões de do álbum Las Venus Resort Palace Hotel, e um clube como o Musicbox acabaram por a britânica Andreya Triana, antes mesmo dar uma aura cosy ao Jameson Urban Routes. Hoje Gonçalo Riscado não tem dúvidas: Guia da Noite Lx magazine 9
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“O festival ganhou um espaço relevante na programação cultural de Lisboa”. E, de facto, assim é. A cada outono, a cada rentrée, os lisboetas sabem que no clube do Cais do Sodré podem encontrar-se com artistas em ascenção, artistas trendy e grande referências da cultura urbana contemporânea num ambiente quase familiar. No ano passado, os You Can’t Win Charlie Brown e Noiserv, dois dos projetos mais empolgantes da música nacional, experimentaram o palco do Urban Routes. Na altura, Chromatic ainda nem sequer tinha conquistado o mundo, o que só confirma aquilo que já todos suspeitamos: o festival marca o passo e gosta de antecipar sucessos, mais do que ir atrás deles. Antecipar e surpreender são, assim, os verbos que em outubro mais se conjugam para os lados do Cais do Sodré. A edição de 2010 trouxe também a estreia absoluta do austríaco Louie Austen, um crooner à antiga, um verdadeiro senhor que, aos 64 anos, parece estar a anos-luz da idade da reforma. Umas horas mais tarde, nessa mesma noite, o palco seria inundado pelo sangue novo dos The Correspondents, uma dupla que mistura jazz e hip-hop como poucos. Marina Gasolina foi outra das surpresas no cartaz. Numa entrevista ao magazine digital Noitezine poucos dias antes de participar no Urban Routes, a ex-vocalista do Bonde do Rolê dizia estar “animadíssima” por poder apresentar a sua faceta mais rock ao público português, “um dos melhores do mundo”. Bem animada foi também a atuação de El Guincho, projeto de um homem só, o espanhol Pablo Díaz-Reixa, que gostar de brincar ao tropicalismo contagiante e pôr toda a gente a dançar.
Para 2011, o ano do quinto aniversário, a organização do Jameson Urban Routes espera voltar às lotações esgotadas dos anos anteriores com um argumento de peso, o melhor argumento de todos: o cartaz. “só podemos esperar muitos momentos intensos, tornados possíveis pela proximidade que se cria entre artistas e público num espaço com as características do Musicbox, no ambiente especial de um festival de música”, remata Gonçalo Riscado. Os concertos de Sun Airway, Tom Vek [§5], Owiny Sigora Band, Old Jerusalem e Tigrala e os Dj sets de Jacques Greene [§6], Micachu [§7], Junior Boys, Joakim e The Very Best [§4] são algumas das atuações mais esperadas desta 5ª edição do Jameson Urban Routes. O Guia da Noite dá-te cinco sugestões imperdíveis e diz-te tudo o que precisas de saber sobre o festival. O primeiro whisky, já sabes, é por conta da casa.
jameson urban routes 2011 > 5 anos, 5 sugestões 20, 21, 22, 28 e 29 de outubro @ Musicbox | 1º dia: entrada livre; restantes dias: 12€ com direito a 1 Jameson
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jacques greene @ 20 out. Se ficaste tão entusiasmado com o remix oficial de “Lotus Flower” como o próprio Tom Yorke, este Dj set é para ti. A remistura do single de apresentação do novíssimo trabalho dos Radiohead é apenas uma boa razão para descobrir as incursões house e techno deste jovem Dj e produtor canadiano. Na mesma noite atuam ainda… The Grasspopers e Beatbombers com Rodrigo Amado.
sun airway @ 21 out. Os norte-americanos Sun Airway estreiam-se ao vivo na Europa e o Jameson Urban Routes faz parte da rota! Se os rótulos servissem para alguma coisa, diríamos que a banda se movimenta nas areias movediças da música indie – um “chillwave rock”, como gostam de lhe chamar. Mas, se dissermos que estamos perante meticulosos escultores de sons não estaríamos a falar menos verdade. Na mesma noite atuam ainda… Dear Telephone, Micachu e Matt Didemus.
health @ 22 out. Já partilharam palcos com nomes como Nine Inch Nails e Crystal Castles e têm conquistado o público e a crítica um pouco por todo o mundo. Os norte-americanos Health [§8] deixam mais uma vez a Los Angeles natal e regressam a Portugal para apresentar as canções rock experimental do seu mais recente trabalho. Na mesma noite atuam ainda… The Throes + The Shine, Floating Points e Mike Stellar.
tom vek @ 28 out. A atuação do multi-instrumentista londrino é uma das mais aguardadas desta quinta edição do festival. Uma oportunidade única de ouvir ao vivo em primeiríssima mão as texturas pop-rock experimental de Leisure Seizure, o segundo disco de Tom Vek, lançado em Junho. Na mesma noite atuam ainda… Old Jerusalem, Joakim e Rui Murka.
the very best @ 29 out. Dentro desta caixinha explosiva cabem os sons quentes de África, mas também o hip-hop e alguma eletrónica tropical. Os The Very Best prometem abanar o Cais do Sodré com um set contagiante que é uma verdadeira viagem com paragem obrigatória no Malawi, na Suécia, na França e onde mais nos quiserem levar. Na mesma noite atuam ainda… Tigrala, Owiny Sigoma Band, Granda e Medasosangue.
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É Noite no Mundo »
Texto»
José Luís Peixoto Fotografia» Helena Canhoto
Uma Corona em Xi’an Com oito milhões de habitantes, Xi’an é uma cidade chinesa de dimensão média. Os turistas que dormem nos seus hotéis, interessam-se pouco por visitá-la. Chegam cansados de Xangai ou de Pequim. Na manhã seguinte, têm de acordar cedo. Não querem perder a voz monocórdica do guia e o minibus que os levará por dezenas de quilómetros até ao famoso exército de terracota. Depois de jantar, pedi na receção o inevitável cartão de visita com o nome e a morada do hotel em caracteres chineses e saí sozinho. Xi’an estava com ótima temperatura. Entrei num jardim, onde centenas de pessoas de todas as idades faziam ginástica, cantavam à vez
longas canções chinesas num pequeno palco ou, como eu, apenas caminhavam. Esse jardim tinha quilómetros. Atravessei-o sem pressa. Chegado à saída, uma questão: esquerda ou direita? Esquerda. Esse era o sentido do centro da cidade e tinha ar de maior animação. Após uma rua, uma curva, outra curva, apercebi-me de uma porta rodeada por jovens, de onde saía música. Em meia dúzia de passos estava lá dentro, a subir uma escada, a seguir na direção da música. Não passei por nenhum segurança, apenas tive de desviar-me do incrível número de rapazes e raparigas que entravam e saíam. Aquilo que vi, impressionou-me: milhares de pessoas numa discoteca com um tamanho que não era possível prever desde a rua, uma espécie de pavilhão. O Dj estava lá ao fundo, a centenas de metros de distância.
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É Noite no Mundo
quatro empregados que continuaram a tentar falar comigo em chinês. Por fim, chegou um quinto ou sexto que me segurou pelo braço, me levou até um banco vazio e foi capaz de me dizer: sit here. Sentei-me. Trouxe-me uma lista de bebidas. Pude ver então que todas as pessoas tinham grandes quantidades de garrafas fechadas à frente, garrafas de cerveja, de Coca-Cola, garrafas de vodka, de whisky, baldes de gelo. Era como se fosse obrigatório Aquilo que vi, impressionou-me: pedir de uma só vez aquilo milhares de pessoas numa discoteca que se ia consumir durante com um tamanho que não era possível a noite inteira. Além das prever desde a rua, uma espécie bebidas, havia também de pavilhão. O Dj estava lá ao fundo, grandes travessas de fruta a centenas de metros de distância descascada. Especialmente, melancia. Havia raparigas que ficavam a olhar para o infinito e a comerem talhadas de melancia. Pedi uma Corona porque era a única dos, estátuas. Só eu olhava para eles, as palavra que percebi da lista. Não havia outras pessoas estavam entretidas com ocidentais à vista. A maioria das pessoas as suas vidas. Quando alguém queria ignorava-me. Eu ia dando beijinhos na dançar, levantava-se e subia para cima Corona e espantando-me com pormenode uns cubos. Estava eu a ver isto tudo, res. Uma rapariga ficou parada ao meu a tentar orientar-me quando um empregado se aproximou de mim. Perguntei-lhe lado. Olhei para ela. Não olhou para mim e foi-se embora. Passados minutos, volse falava inglês. Chegaram mais três ou O discoteca era atravessada por uma rede de balcões. Toda a gente estava sentada ao longo desses balcões. De pé, estavam apenas os empregados e alguns soldados, em sentido, de sentinela, fardados, com capacetes de ferro e armas na mão. Os soldados estavam ali, mas podiam estar em qualquer lado, indiferentes à luz e ao ritmo, sérios, concentra-
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tou. Ao sair, passou-me a mão pela perna. Depois, veio outra rapariga. Também olhei para essa, também não olhou para mim e também se foi embora. Também voltou. Dessa vez, trouxe uma garrafa de água. Começou a tentar abri-la, como se fosse muito difícil, como se não tivesse força suficiente. Não resisti. Sim, eu sei, mas não resisti. Ajudei-a a abrir a garrafa. Quanta gratidão. Em meio minuto, éramos amigos. Perguntei-lhe se falava inglês, respondeu um yes convicto. Apanhei-lhe a mentira na segunda frase. Passámos a comunicar por sorrisos. Através dessa linguagem, pediu-me para irmos para cima dos cubos. Cada um no seu cubo, dançámos música pop chinesa. Ela sabia a letra. De repente, chegou um homem que começou a falar com ela com uma certa rispidez. Pareciam estar a discutir. Nos intervalos breves dessa conversa, ela olhava para mim e sorria. Voltei para o meu lugar. Veio atrás de mim. Fez-me sinal para esperar. Afastou-se e via-a continuar a discutir com o homem de antes. Entretive-me a olhar em volta. Havia empregados, por exemplo, que se aproximavam de grupos de pessoas e começavam a jogar dados ou às cartas. Havia muito para ver. Quando ela voltou,
trazia-me uma cerveja. Dei um par de goles e apercebi-me de que era tarde, estava em Xi’an a beber uma cerveja que me tinha chegado aberta às mãos. Disse-lhe: toilet. Não entendeu. Fiz o gesto e saí. Contornei multidões e, já na rua, mostrei o cartão do hotel a um taxista. Ao chegar, dormi profundamente. Sei que ninguém vai acreditar, sei que vão achar que quero arredondar a história mas, no dia seguinte, à tarde, estava eu dentro do minibus, no centro da cidade, quando numa das mil ruas de Xi’an, a atravessar a rua, a vi. Era ela. Tinha a mesma roupa da noite anterior. Tenho a certeza de que era ela. Se não quiserem acreditar, tudo bem. Aquilo que aconteceu não vai mudar por causa disso.
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Metropolis »
Texto» Patrícia Raimundo Ilustrações» António Jorge Gonçalves
ANTÓNIO JORGE GONÇALVES O HOMEM DO DADO
utilizava uma série de exercícios para se familiarizar com a cidade que tinha escolhido para gozar uma espécie de “licença sabática”. Desenhar pessoas nas carruagens do metro era um deles. Estávamos em 1997, o Diz que está sempre a desenhar e está mesmo. António Jorge Gonçalves é ilustra- ilustrador já tinha publicados cinco livros e decidira abrandar por uns tempos. dor, autor de BD, performer e cenógrafo, “De 93 a 97 produzi muito e senti que mas é, também, um amante do acaso. Um tinha batido com a cabeça no teto de dia resolveu ir para Londres fazer reset à vida e deixou que um dado decidisse por si. alguma maneira – o que não significava que não houvesse mais para subir. Também Tamanha abertura ao mundo só podia dar bom resultado. tinha vivido sempre em Lisboa, onde nasci, portanto havia mesmo uma necessidade Antes de ser um livro ou uma exposição, de transplante”, recorda. Aprender Subway Life era um jogo. Recém-instalado mais sobre teatro – uma área em que já em Londres, António Jorge Gonçalves trabalhava mas para a qual não se sentia 16 Guia da Noite Lx magazine
Metropolis bem preparado – foi mais uma motivação para fazer as malas. Durante dois anos estudou cenografia na conceituada Slade School of Fine Arts e rendeu-se à intensa e diversificada vida cultural da cidade. “Apercebi-me que o que me interessava era poder explorar toda a escola de artes e acabei por me dedicar a quase tudo, menos ao teatro propriamente dito. Havia muitos espetáculos e a ideia de ir para Londres passava essencialmente por ver dois ou três por semana e fazer raides de sete exposições numa tarde”. António Jorge Gonçalves não sabia ainda, mas Londres representaria uma reviravolta no seu percurso artístico. A começar pela maneira como via as pessoas e os lugares. “De todas as pessoas com que nos cruzamos, nós selecionamos um número muito restrito para olhar, para dar atenção. Aquilo que eu queria – não só em relação às pessoas, mas a tudo – era voltar a um estado de curiosidade mais primário, que é esse de olhar para tudo”. Inventou então um jogo que cumpria à risca sempre que saia à rua e andava a pé pela cidade: tinha de olhar para toda a gente com quem se cruzasse, por um milésimo de segundo que fosse. O importante era conseguir olhar para tudo. “O que aconteceu foi que eu descobri que os mecanismos do acaso são um
grande auxiliar para despistar essas nossas preferências do olhar e do focar a atenção”, explica. A certa altura, António Jorge Gonçalves lê The Dice Man, livro que Luke Reinhart escreveu na década de 70 para contar a história de um homem que toma decisões com base nos resultados de um lançamento de dados. A possibilidade de se abrir ao aleatório entusiasmou-o tanto que o artista decidiu fazer o mesmo que a personagem do romance. “Passei a usar o dado para definir coisas tão simples como o que fazer depois desta entrevista: ir almoçar, não almoçar, telefonar a alguém para ir almoçar, fazer jejum até amanhã… Hipóteses das mais bizarras às mais rotineiras – e o dado é que decidia. Eu retirava a escolha do meu consciente”, conta. Foi este mesmo conceito – o de se deixar levar pelos acasos e coincidências – que estabeleceu o ponto de partida para Subway Life, a série de desenhos de pessoas no metro, um trabalho que desenvolveu durante vários anos em 10 cidades do mundo, compilado em livro em 2010. O processo era simples e o resultado imprevisível: “Eu entrava nas carruagens, sentava-me – ou ficava de pé se não houvesse lugar – e tinha de desenhar a pessoa que estivesse à minha frente ou no meu mais imediato campo de visão”. Estes “modelos” aleatórios tanto podiam ser um homem normalíssimo que lê o jornal, uma mulher com muletas ou uma mãe com o filho ao colo. Mesmo que ao Guia da Noite Lx magazine 17
Metropolis tudo se tornou mais fácil, deixou de ser um problema a pessoa levantar-se”. Ter um tempo incerto para cada desenho lado estivesse “alguém com um aspeto era apenas um dos desafios do jogo. António bizarro”, que seria, noutras condições, mais Jorge Gonçalves tinha ainda de lidar com interessante de desenhar. a reação das pessoas e corria sempre o “O metro ocupa um lugar muito risco de desenhar alguém que não achasse importante na minha vida desde pequeno. piada ao que estava a acontecer. “Às vezes Tenho sonhos recorrentes com o metro e, havia uma certa animosidade, dependia das quando tinha uns 3 ou 4 anos, fiquei com cidades, mas nunca houve nada de muito o pé entalado entre o cais e o comboio, grave. A coisa mais chata que me aconteceu numa viagem com a minha mãe. Para mim, foi em Moscovo, em que me arrancaram o metro é uma metáfora de uma série de o livro das mãos para ver o desenho. coisas, é um daqueles assuntos que me faz Felizmente o homem não ficou com o livro. pensar em muitas outras coisas”. Ainda bem, porque ele era grande, tinha uns Durante os três anos que esteve em dois metros de altura, e eu não ia discutir Londres, desenhar quem passava pelo muito para ter o livro de volta”, recorda. metro fez parte do dia a dia de António A “transparência de intenções”, diz, Jorge Gonçalves. “Quando voltei a Lisboa ajudou a que tudo corresse pelo melhor. não conseguia parar. Um dia ocorreu-me “Durante estes anos todos percebi que a ideia de fazer este exercício nos cinco quanto mais eu fingisse que estava a continentes. Gostava de estar nessa desenhar outra coisa – fazia isso no início, situação, de me confrontar com o outro”. quando confrontado com um olhar, o meu Foi assim que também os metropolitanos instinto era fugir – pior era. Se eu não de Lisboa, Berlim, Estocolmo, Tóquio, Nova fizesse nada para esconder aquilo que Iorque, São Paulo, Cairo, Atenas e Moscovo estava a fazer, estava mais protegido”. entraram em Subway Life. Três semanas Subway Life – e as viagens a que obrigou e cerca de 300 desenhos em cada uma – foi também uma forma de adiar o difícil das cidades resultaram numa visão única regresso definitivo a Portugal e “prolongar dessas cidades que vivem intensamente a aterragem”, como gosta de lhe chamar. o metro. “Eu nunca sabia quanto tempo “Não havia trabalho, aquele trabalho de tinha para desenhar. Na realidade, eu podia encomenda que me dá sustento, as pessoas ter só o tempo até à próxima estação. Isto não tinham ideia de onde eu estava e o desenvolvia um certo sentido de urgência. que andava a fazer. Depois também se Eu sabia que tinha de me despachar, mas tinha passado mentalmente uma certa também sabia que não me podia apressar. esquizofrenia. Quando estava em Londres Tinha de aceitar que no momento em que era uma pessoa – eu abracei realmente aquela pessoa se levantasse, o desenho aquela anglofonia – e quando chegava acabava, mesmo que lá estivesse só uma cá era outra. Eram dois mundos que não cabeça ou uma perna. Esse era o desenho. coincidiam verdadeiramente”, confessa. O desenho desse tempo de contato. A O regresso a Lisboa, em 2000, era ainda partir do momento em que eu aceitei isso, uma sensação estranha. “Tu vais para fora 18 Guia da Noite Lx magazine
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durante uns tempos e quando voltas toda a gente acha que tu ainda estás fora. Durante três, quatro, cinco anos ainda te perguntam se estás mesmo cá”. António Jorge Gonçalves só deixou de estar mentalmente em parte incerta para se fixar de corpo e alma na capital nos últimos anos, altura em que também decidiu dar vida, entre outros, a um projeto antigo: o desenho em tempo real. “Quando eu era pequeno, a RTP passava um programa, acho que aos domingos à hora do almoço, em que era contada uma história em voz-off e havia alguém que desenhava elementos dessa história num papel vegetal. A câmara estava do lado de cá e o desenhador do lado de lá, via-se só a ponta da caneta e a sombra da mão. Eu achava que aquilo era completamente mágico”. Ter estudado cenografia em Londres anos antes também o motivou a iniciar-se no live drawing, mas talvez não pelas razões mais óbvias. “Todos os espetáculos que eu tinha visto em Londres davam-me a perceber
que eu não queria criar cenografia, que não queria desenhar objetos para serem construídos. Queria a imagem projetada e, de preferência, que eu a pudesse construir em tempo real, que fosse de facto uma ação performativa”. Hoje, aquilo que começou como um projeto experimental é, contra as expectativas iniciais do artista, a sua principal ocupação. António Jorge Gonçalves continua a fazer trabalho de estúdio – as ilustrações, os cartoons humorísticos, a BD –, mas agora concilia os desenhos acabados com a performance ao vivo e os inúmeros espetáculos desenhados que concebe com bailarinos e músicos. O desenho em tempo real, tantas vezes improvisado é, assim, mais um jogo. “Quando as pessoas estão a seguir o desenho e a tentar adivinhá-lo, eu estou muitas vezes a fazer esse mesmo exercício com elas. Eu também estou a tentar adivinhar o que está a ser desenhado”. Um jogo, tão imprevisível e promissor como um lançamento de dados.
a história dos heróis do mar em banda desenhada António Jorge Gonçalves participou na coleção livro de BD + disco dedicada aos grandes nomes da música pop-rock portuguesa com uma interpretação muito própria da história dos Heróis do Mar. O autor teve como base de trabalho recortes de jornais da década de 80, o que lhe permitiu contextualizar a banda no Portugal da época. “Os Heróis do Mar eram, e ainda continuam a ser, ET’s nos anos 80, naquilo que era a onda”.
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Texto» Myriam Zaluar
Bem vindos à Pensão Amor!
Por estes dias quem desça a Rua do Alecrim em direção ao novíssimo Cais do Sodré vai dar de caras com uma movimentação invulgar mesmo em frente ao Hotel Lx Boutique. Será um bar? Um restaurante? Uma loja de decoração vintage? Não! É a Pensão Amor. Para entrar, não precisa de se hospedar: as portas estão abertas.
Porta de entrada para um Cais do Sodré novinho em folha, a Pensão Amor tem todos os ingredientes para se transformar numa coqueluche da cidade. A ideia, explica Queirós de Carvalho, o engenheiro responsável pelo projeto, é criar no local “um caldeirão humano” no qual coabitam artistas, criadores e empresas. “Um espaço diferente para estar e conviver”. Proprietária de vários edifícios na mesma zona, a Mainside Investment já habituou os Lisboetas a intervenções arrojadas de recuperação urbana, nunca esquecendo
a dimensão cultural. O Lx Factory era um excelente cartão de visita. O Hotel Lx Boutique também foi reabilitado por esta equipa jovem de promotores imobiliários cujo projeto mais recente é a recriação da antiga pensão que já ocupou aquele nº 19 da Rua do Alecrim. O primeiro passo foi limpar o espaço que ultimamente “já não era local de prostituição mas sim de okupas” refere Queirós de Carvalho, sublinhando que o que se pretendeu fazer foi “uma intervenção de respeito e compreensão do local, do que já houve aqui”. E ali já houve muita coisa. Muita vida, amores e desamores, camadas de pinturas e frescos que a intervenção tem deixado a descoberto sem destruir. Cada locatário poderá depois decorar a seu gosto o quarto, onde ficaram à vista as marcas de décadas de ocupação, onde “há muitos projetos em cima dos projetos”. Guia da Noite Lx magazine 21
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Numa das varandas sobre a Rua Nova do sala mais pequena com um piano, uma Carvalho – que também tem uma entrada cozinha, um espaço onde deverá ficar um para a pensão – o engenheiro traça em cabeleireiro low-cost que funcionará a poucas linhas o retrato do bairro nos seus horas insuspeitas, uma biblioteca temática anos áureos: “Pela proximidade do porto, a sobre o amor (uma parceria com a Ler Devazona especializou-se em coisas para pesca gar), decorada em tons de rosa choque, e barcos e, obviamente, a prostituição”. Os com literatura exclusivamente dedicada ao promotores quiseram reabilitar também tema do amor. “Não só o amor erótico, mas esse espírito, “recriar a antiga pensão, também o amor platónico, o amor filial...” recriar os quartos e alugá-los”, manter o Qualquer pessoa poderá instalar-se numa conceito de “uma pensão de trabalho, só das poltronas e consultar as obras que já não se trata de alugar quartos à ali existentes. hora a prostitutas e marinheiros”. Os novos Por debaixo da Pensão Amor estão a clientes da Pensão Amor são artistas, criaVelha Senhora e o Povo, dois dos novos tivos, pessoas com “projetos diferentes e inovadores”, quanto mais diferentes do Os novos clientes da Pensão Amor são habitual melhor. artistas, criativos, pessoas com “projetos Nos andares dos quartos diferentes e inovadores”, quanto mais estão já instalados ateliers e diferentes do habitual melhor. escritórios, num patchwork de ideias e projetos. Há quatro modelos de espaço, desde o “quarto de criada” (interior) ao quarto triplo. Os preços são bastante convi- espaços que animam este Cais do Sodré dativos, vão dos 150 aos 375 euros mensais 2.0. Há ainda uma sobreloja, onde deverá com eletricidade e internet. Daí que as funcionar um “bar clandestino”. O patamar reservas estejam esgotadas até pelo menos das escadas será animado por intervenções o final do ano. Mas que isto não constitua regulares de artistas, contribuindo para impedimento para o público em geral: esta- que o local esteja em constante evolução, mos numa “pensão de porta aberta”. em constante movimento. Até porque a No piso ao nível da Rua do Alecrim, há Pensão Amor se quer, como a vida, como os uma zona de esplanada e entra-se para uma outros projetos da Mainside, uma ocupação sala que faz lembrar os bares do início do transitória, um momento na existência do século XX. Decorada em tons de vermelho, edifício e do bairro. pretendeu-se que fosse “muito confortável No fundo, diz Queirós de Carvalho, a Pene acolhedora”. Ali, pode beber-se um copo são Amor será o que os seus habitantes e ao fim da tarde, conversar ou simplesmente visitantes fizerem dela. Um espaço onde o estar. Ao lado fez-se a “recriação de um amor casa com o trabalho, sem preconceitos pseudo-cabaré” onde haverá “concertos, e com espírito aberto. Ah, e a porta também. palestras, happenings”. Segue-se outra Guia da Noite Lx magazine 23
DJ Shot »
Texto» Patrícia Raimundo
Fabrizio Estilo» House, techno, eletro, disco, funk, rock
Onde atua» Musicbox, Clube da Esquina, Souk, Left, Capela, Majong
FABRIZIO FUNK GLOBAL Tempos houve em que Fabrizio se dedicava quase exclusivamente à eletrónica pura e dura. Hoje, o que este porto-santense apaixonado por Lisboa procura é uma espécie de funk global: não é difícil encontrar sons da Tailândia, de Macau ou da Guiné-Conacri à solta nos seus sets. No início era o techno. E o house. E o eletro. “Houve uma altura, nos primórdios, em que eu dizia ‘vou passar aquilo que quero!’ e só passava eletrónica. Hoje quero é funk, disco, rock, cenas de Taiwan ou da Papua Nova-Guiné!” Fabrizio fala de um tempo em que nem lhe passava pela cabeça que um disco dos Velvet Underground pudesse entrar num dos seus sets, quanto mais faixas de discos exóticos! Foi com a eletrónica que a sua melomania começou e, já se sabe, o primeiro amor nunca se esquece. “No Porto Santo tinha um programa de rádio de divulgação de música eletrónica. Convidava pessoas do continente a enviarem um set e fazíamos a entrevista por telefone. Também era uma forma de estar a par das novas tendências da capital”. Com poucos espaços onde tocar, na altura Fabrizio dedicava-se mais à produção. Já a viver no Funchal, ficou entre os
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três melhores produtores num concurso organizado pela Antena 3 Madeira e começou a passar música com mais regularidade por lá. Mas não por muito tempo: o Dj estava de malas feitas rumo a Lisboa. “Senti que precisava de outras vivências, de conhecer pessoas que gostassem realmente de música eletrónica”, explica. Dois dias depois de aterrar na capital, já tinha trocado o curso que vinha fazer por um part-time na extinta loja de discos V-Records, de onde costumava encomendar discos de vinil. “Um dia apeteceu-me ouvir uns discos novos e fui à Travessa dos Inglesinhos, mas a loja estava fechada. Liguei ao dono e ele disse-me que estava a abrir outra loja e que fosse lá ter. No dia a seguir, às 10h da manhã já estava lá a trabalhar!”, recorda. O resto da história não é difícil de adivinhar. Voltada para a eletrónica, a V-Records era muito frequentada por Dj’s, ou seja, era o spot ideal para furar o meio. “Fui conhecendo Dj’s, entregando umas demos do meu trabalho e assim comecei a tocar no Bairro Alto, principalmente”. Do primeiro set à séria, no antigo Mood, Fabrizio lembra-se bem: “Foi horrível! Fui lá na noite anterior à minha e estavam a passar reggae. Eu fui pôr música eletrónica e… só tive dois amigos a noite inteira”, ri-se. O que lá vai, lá vai. Fabrizio lançou-se depois aos pratos – e aos copos – do Majong e não tardou muito até que começasse a rodar outras capelinhas do Bairro Alto. “Fiquei com dois dias para trabalhar no bar e com uma sexta ou um
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sábado só para mim, para tocar. Aí é que entrei mesmo no circuito. Com uma data fixa, as pessoas começaram a conhecer melhor o meu trabalho”. Ao mesmo tempo que as cabines se abriam ao Dj, também o Dj se abria a novas sonoridades. “A certa altura comecei a expandir os meus horizontes… comecei a ser mais versátil”, diz. O funk e o disco começaram, assim, a ganhar terreno à eletrónica pura e dura e hoje, quer a solo, quer no projeto 2ManGang, que partilha com Pedro Beça, o que mais o entusiasma é a procura de uma sonoridade quente, mista e mestiça. Uma espécie de “funk global”, como gosta de lhe chamar. O cocktail musical pode misturar doses variáveis de “uma compilação da Tailândia com remixes de Black Sabbath” e faixas da Angola funk ou de praticamente qualquer outra parte do mundo. “Alguns vão achar que é uma grande salganhada, mas para nós faz sentido”. Em maio deste ano, Fabrizio venceu o primeiro Dj contest organizado pelo Musicbox com um “set quente” que lhe valeu uma residência mensal no clube do Cais do Sodré. “Adorei as eliminatórias e conhecer os meus ‘opositores’”, conta. A final foi disputada com a conterrânea Lady CC, com quem fez questão de partilhar a cabine no set que acabaria a noite. E onde fica a eletrónica no meio disto tudo? É verdade que Fabrizio se deixou conquistar pelos sons mais quentes, mas continua a gostar de apresentar um bom set de techno minimal ou de vestir a pele de produtor. E nesta área as notícias não podiam ser melhores: o Dj prepara-se para assinar um remix para o conceituado Eric D. Clark, a sair em outubro.
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A explosão do Botelhão Noite lisboeta invadida por… garrafas de litro
Texto» C. Sá
vez mais portugueses têm de se ir acostumando. A crise veio para ficar e, por isso, há que recorrer aos estratagemas mais imaginativos para fintar os caprichos da carteira. Um deles, talvez o mais óbvio, é Há quem não tenha problemas em gastar poupar nas bebidas. Simples. Retarda-se o cem euros numa noite. Ou duzentos, ou mais possível a ida para os bares e discoteo que for preciso. Começa por jantar num cas, passando-se o início da noite a beber bom restaurante, com um vinho caro a na rua, em grupo, garrafas de litro, sejam acompanhar, e depois bebe uns uísques de cerveja, vinho ou misturas caseiras. (velhos) na discoteca da moda. Se for caso disso, ainda paga umas rodadas aos amigos. Trata-se de um fenómeno que começou em Espanha há mais de vinte anos e que agora Mas também há quem não goste de ficar alastra a vários países europeus: o botellón, agarrado ao facebook ou às telenovelas numa sexta ou num sábado à noite e tenha expressão que na internet já foi aportuguesada para… botelhão. que se contentar com uma nota de dez ou Vendidas a dois euros nas mercearias de vinte euros para gastar no passeio até ao Bairro Alto, Cais do Sodré, Santos, Docas, ou nas lojas de conveniência abertas até às 2h em vários pontos da noite lisboeta, Parque das Nações, etc. as cervejas de litro são a bebida com mais saída. Mas há quem prefira o vinho, Há quem seja obrigado a contar os trocos também para rodar de mão em mão, ou as até ao último cêntimo, hábito a que cada Guia da Noite Lx magazine 27
Radar
charles baudelaire A embriaguez lança um véu sobre a vida real, apaga o conhecimento das penas e dos desgostos, permite depositar o fardo do pensamento. Compreende-se então como grandes génios puderam usá-la, e por que razão o povo se lhe entrega. Em vez de ativar o cérebro, o vinho embrutece-o. Longe de exercitar as reações do estômago para as forças cerebrais, o vinho, depois de absorvido o valor de uma garrafa, obscurece as papilas, os canais estão saturados, o paladar já não funciona, e é impossível para o bebedor distinguir o primor dos líquidos servidos.
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bebidas brancas, previamente misturadas com sumo de laranja, limão ou coca-cola. Certo é que são cada vez mais os jovens que se juntam ao redor de uma garrafa. Nas ruas do Bairro Alto, nos miradouros e largos adjacentes, como em tantos outros lugares da cidade, é assim que os notívagos contornam o grande problema dos nossos dias (noites): a falta de dinheiro. Deixar de sair à noite? Nem pensar! Deixar de beber? Muito menos! A solução de muitos está nas litrosas e no botelhão. Mas nem tudo é cor-de-rosa. Aliás, é muito mais verde-escuro ou castanho, as cores das garrafas que estão no centro da polémica. As associações de moradores queixam-se do barulho provocado pelos ajuntamentos de pessoas, por um lado, da insegurança, por outro – invocando o perigo dos vidros partidos espalhados pelas ruas – e ainda da sujidade que fica à vista na manhã seguinte. Os donos dos bares e das discotecas lamentam-se de que as mercearias e lojas que vendem as litrosas lhes prejudicam o negócio, considerando que, se as pessoas têm acesso a preços muito mais em conta, vão, teoricamente, diminuir o consumo nos seus estabelecimentos. Nasceu uma ampla discussão e no último verão a Câmara de Lisboa prometeu intervir no assunto. Em vez de estarem abertas até às 2h, as mercearias e lojas de conveniência podem ser obrigadas a fechar às 19h, possibilidade que os representantes destas contestam com veemência, argumentando que a sua sobrevivência depende das
vendas em horário noturno. O próprio presidente da Câmara, António Costa, chegou a pronunciar-se, alegando que «a proliferação de materiais e detritos cortantes na via pública» gera insegurança nas pessoas. Em Espanha, idêntica polémica está atualmente ao rubro, mas com maiores dimensões, atingindo foros de discussão nacional, com intervenções públicas de sociólogos, psicólogos e outros “ólogos”. Há quem alerte para o que consideram ser “um autêntico drama social” ou contra “o incentivo do consumo desenfreado”, e até os principais partidos políticos opinam sobre a matéria. Se em Lisboa o fenómeno não passa de uns quantos ajuntamentos com poucas dezenas de pessoas cada um – e quase sempre junto a estabelecimentos comerciais -, em algumas praças das grandes cidades espanholas são milhares os que se unem para conviver (e beber). Aqui ao lado, o botellón é uma instituição consolidada. Em abril último, por exemplo, 25 mil pessoas estiveram presentes num macro-botellón em Granada para assinalar o início da primavera. Os “macros” são a nova moda: organizam-se competições para ver quem junta o maior agrupamento, convocando-se as pessoas através da internet, telemóvel ou simplesmente do passa palavra.
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LISBOA MULATA UMA COMBO BEM VIVA Em frente àquele bar da Bica há um banco de madeira no qual se encontram sentados dois estranhos personagens. Parecem saídos de um filme, ambos de fato escuro, camisa vermelha e sapatos brancos. Um enverga uma cartola negra que, inclinada sobre o rosto, lhe esconde as feições. O outro traz uma flor na lapela e ensaia umas palavras tímidas para a câmara: “Olá, somos os Dead Combo...” É verdade, os Dead Combo estão aí com mais um disco de originais. O quarto, sem contar com o registo ao vivo no Hot Club e o DVD também ao vivo gravado com a Royal Orquestra das Caveiras no Jardim de Inverno do S. Luiz. Lisboa Mulata é o título 30 Guia da Noite Lx magazine
Texto» Myriam Zaluar Fotografias» Rita Carmo
do novo álbum, no qual o duo viajou desta vez “mais para os lados de África do que para as Américas”, explica Tó Trips, o misterioso homem da cartola. Diga-se que para esta conversa, a última de uma intensa tarde de fim de verão passada a dar entrevistas, os Dead Combo despiram as fatiotas: “Eh pá, está muito calor!”. Está mesmo. Nesta Lisboa Mulata os termómetros marcam 30º C. A temperatura ideal para falar deste disco nascido de
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discografia dead combo Álbuns » Vol. I (2004); Vol. 2 - Quando a Alma não é Pequena (2006); Guitars From Nothing (2007); Lusitânia Playboys (2008); Lisboa Mulata (2011) Ao Vivo » Live Hot Clube (2009) DVD » Dead Combo & Royal Orquestra das Caveiras (2010)
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Pela Estrada Fora uma marchinha. E foi andando e no fim descamba tudo e assim ficou”. Os artistas convidados – Camané, Sérgio Godinho, Alexandre Frazão, Mark Ribot “uma feliz coincidência”: por um lado, havia – também imprimiram o seu toque nesta aquela vontade de fazer “uma coisa” com Lisboa Mulata, cada um a seu jeito. sonoridades mais africanas; por outro, O Camané canta, ou melhor, “tipo sussura” aquela guitarra “da mãe do Pedro”. Da a letra de Sérgio Godinho “Ouvi o texto mãe do Pedro? “Sim, o meu pai ofereceu-a muito ao longe”, um dos raros temas dos à minha mãe há muitos anos”. A guitarra Dead Combo com a presença de voz. Ribot e “estava lá sempre em casa” e o Pedro Frazão colaboram em seis temas colorindo andava a pensar que seria giro usá-la. o disco de matizes talvez mais luminosas Quando o Tó travou conhecimento com ela, que o habitual. Em Lisboa Mulata, à melanquis saber mais a seu respeito. “Comecei colia soma-se a festa, ao Fado o “bailarico”. por ver se havia à venda e, num fórum na Misturas que ao quarto álbum continuam net, alguém contou a história dela: vem de a surpreender. “Quando vamos lá fora, uma escola dos anos 50/60, uma altura em normalmente a reação é: ‘Pá, que é esta que não havia lojas de instrumentos e o cena?’” (risos). A mesma perplexidade que dono da escola resolveu fazer uma fábrica naquele primeiro concerto – terá sido em para os alunos. A Mulata era a guitarra mais 2002 (“Pedro, vê lá quando é que tocámos pequena, para os miúdos”. Uma guitarra no CCB”) – indicou ao público que estava com um som característico, apropriado perante algo único. É verdade, os Dead para este disco que se pretendia simultaCombo estão prestes a fazer dez anos. neamente mais quente e “mais cru”. “O pessoal não pensa muito nisso”. Tal como Então e Lisboa? “Lisboa por uma questão entre eles não costumam recordar muitas de identidade”, explica Tó Trips. “Somos vezes o momento fundador em que Tó pediu daqui. Desta cidade de mistura, de mistuboleia a Pedro depois de uma noitada e ras”. No fundo, uma cidade parecida com Pedro lha concedeu. A pé. E da caminhada o som dos Dead Combo, que eles próprios nasceu o convite para “gravar um contraainda hoje não sabem bem definir. “É baixo” no disco de homenagem a Carlos música popular com influências de vários Paredes que o Tó preparava e também a ida sítios. Mas sempre com a preocupação de do Pedro lá a casa. O Tó tinha gravado “as ter algo português”. Uma portugalidade primeiras malhas sozinho”. “Estava farto de presente mesmo nos temas mais longínbandas, pensei em fazer uma ‘combo’ que quos, lembrando que a viagem é desconão existia”. Tó mostrou a Pedro “umas cenas berta mas também melancolia, saudade. que tinha gravadas” e o Pedro ficou “Eh lá!”. Um feeling próprio dos cowboys lusitanos. Mais tarde, “depois de gravarmos a música Os temas foram nascendo, como sempre, [para o disco de homenagem a Paredes], eu dos encontros em casa de um e de outro, das disse-lhe ‘pá, ainda tenho aqui mais umas coisas que um e outro vão trazendo. Como a malhas’”. E assim foi. Daí até Lisboa Mulata, “Marchinha do Santo António Descambado”. já lá vão quase dez anos desta “combo que “Olha essa cena parece mesmo uma marcha, não existia”. Mas que existe e está bem viva. Guia da Noite Lx magazine 33
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-gerente do Jamaica, assim que entrou 2011. O programa incluía 40 noites de folia, § 1 Cais do Sodré, 1900 fazendo apelo aos mais diversos Djs que já § 2 Arco da R. Nova do carvalho, 1940 animaram as noites do Cais, sessões soli§ 3 Cais do Sodré, 1947 dárias, eventos temáticos. Mas eis senão quando, numa noite de maio, parte de um dos pisos do prédio onde se encontra instalado o mítico bar lisboeta abateu e Texto» da Proteção Civil veio a sentença: Perigo. Myriam Zaluar Na companhia dos vizinhos Tokyo e Europa, o estabelecimento viu-se obrigado a encerrar as portas sem data de reabertura marcada. As festas foram transferidas para o Frágil e boa parte dos foliões da área ficaram de repente órfãos, tanto mais que o que era para durar apenas alguns dias acabou por No princípio eram os marinheiros e as prolongar-se meses a fio. Foi um verão prostitutas, as peixeiras e os vendedores inteiro de obras, a tal ponto que houve de artigos de pesca, os ferros-velhos e as quem chegasse a temer o pior. tascas. Depois vieram os bares e o rock and Mas não há mal que sempre dure e alguns roll. Mais tarde, a zona caiu em descrédito. até parecem vir por bem. As obras terminaMas, de há uns anos para cá, a abertura ram e o outono do Cais do Sodré cheira a de novos espaços e o espírito notívago do primavera. Não só o trio de bares reabriu, local deram uma lufada de ar fresco àquede cara lavada e espírito rejuvenescido, las ruas e ruelas. E neste outono, o Cais do mas toda a Rua Nova do Carvalho parece Sodré renasce, qual Fénix alfacinha. ter renascido. Digamos que é uma Nova Rua Nova do Carvalho. Longe vai o tempo 40 anos não se fazem todos os dias. A efedas ruelas escuras e pouco recomendáveis, méride pedia festa de arromba. Pelo menos dos túneis ameaçadores e das sombras foi o que pensou Fernando Pereira, sóciodecadentes. O novo Cais do Sodré vive à
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luz do sol e dos néons. E nele cabem todos. Todos mesmo. Mas a pé. Desde a reabertura que a rua fechou ao trânsito. “Era um desejo antigo dos comerciantes aqui da zona”, recorda Fernando Pereira. “Já vem do tempo em que Jorge Sampaio era o Presidente da Câmara”. Foi aproximadamente por essa altura que se formou a Associação de Comerciantes do Cais do Sodré a que agora os membros querem insuflar novo ânimo e transformá-la numa Associação de Amigos do Cais do Sodré. Há até o projeto de se criar “a marca Cais do Sodré”. A vontade de inovar, o entusiasmo e o espírito de cooperação sentem-se em cada bar, em cada conversa. À porta do Sol e Pesca, Micas, um dos sócios do Clube Ferroviário, fala-nos sobre a sua nova menina dos olhos: a Velha Senhora. Vai abrir mesmo ali ao lado, no espaço que anteriormente era ocupado pelo Dom Frade. “Vai ser um bar em que se comem coisas boas, vamos tentar recuperar algumas tradições, mas com um toque de novidade. Vamos ter punhetas de bacalhau, pipis…”. Nomes bem sugestivos, não? “Pois”, ri-se Micas, “a ideia é mesmo recriar esse imaginário, manter o espírito do que era o Cais do Sodré. Este espaço era de uma velha senhora e continua a ser mas é uma velha senhora renovada”. De pupila cintilante, transborda de expetativa: “Esta rua é lindíssima! É um ícone da cidade, tem todo um historial atrás dela e está a ganhar uma nova dinâmica. É bom fazer parte disto. Está definitivamente a começar uma nova era. Isso é que me fez ter vontade de vir para o Cais do Sodré: estamos todos na mesma sintonia”.
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Esta “mesma sintonia” é algo que se sente no ar. Uma vontade de cooperar em vez de competir. De unir esforços por um projeto que é comum, embora cada um com o seu espaço. “Fica toda a gente a ganhar”, garante Micas. “Já tentei fazer isso na Bica, mas…”. Mas o espírito do Cais é único. É por isso que a Velha Senhora vai ter performances e vários tipos de música mas não propriamente música ao vivo: “Há espaços vocacionados para isso. Se o Musicbox já o faz – e bem – para que é que nós vamos enveredar por aí? Não, nós vamos fazer outras coisas”. Por falar em Musicbox, são os mesmos quatro sócios que há cerca de quatro anos transformaram o velhinho Texas num dos mais animados clubes de Lisboa que vão abrir outro espaço, precisamente ao lado da Velha Senhora, por debaixo da Pensão Amor. O Povo instalou-se no antigo Arizona e pretende ser um bar de petiscos, “com uma particularidade importante”, explica Alexandre Cortez, um dos anfitriões. “Será uma espécie de residência artística”. Durante um mês, os projetos selecionados poderão ensaiar no local e a ideia é “ao longo do ano editar 12 novas vozes”. O Povo inclina-se para o fado, mas não só. Haverá “outras músicas, flamenco, tango, sarzuela…”. A programação será semanal e “articulada em torno de um artista residente”. A ideia é “criar um espaço para novas vozes”, pelo que irão “aceitar propostas” e abrir o lugar “a espontâneos”. No Povo, que irá funcionar numa primeira fase do final da tarde às quatro da manhã,
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lendas do cais Dos famosos, artistas e não só, que frequentaram a noite do Cais do Sodré, há uma história que todos os habitués recordam. Em maio de 68, um americano apaixonou-se por uma prostituta portuguesa no Texas Bar (atual Musicbox). A paixão foi de tal forma assolapada que o homem não largou mais a zona, acabando por ser preso: tratava-se do assassino de Martin Luther King. Consta que da prisão continuava a escrever cartas de amor à sua apaixonada.
comer no cais O Sol e Pesca com as suas conservas, o Povo e a Velha Senhora com os seus petiscos, não são os únicos sítios onde se pode comer por aqui. A Pensão Amor tem também um espaço de restauração com refeições rápidas. Há ainda os bares irlandeses e, para quem quiser uma refeição mais elaborada, o novo Café Tati, o Sommer, o Yasmin, o MUV e o La Moneda. E ainda pode comer uma sanduíche no Lounge. Para os apetites matinais, um clássico: o Cacau da Ribeira, aberto da meia-noite às 13h. Ideal para quem passou a noite a dançar até de madrugada.
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mas em breve irá abrir pela hora do almoço, servir-se-ão especialmente petiscos, reafirmando o espírito das tascas. “Vamos apostar muito na qualidade da comida e no conforto do espaço”, sublinha Alexandre. E acrescenta: “Será tudo extremamente simples, mas queremos sobretudo que as pessoas se sintam muito bem lá dentro”. Uma das vertentes principais desta nova (mo)vida que se pretende trazer para o Cais passa por destruir o mito que faz com que a zona só tenha animação quando os bares do Bairro Alto fecham. “Queremos trazer as pessoas para aqui mais cedo”, afirma Fernando Pereira. No fundo, assim era há 50 anos, quando a maior parte dos bares ainda nem tinham nascido. Aos 76 anos, o ‘Pepe’ tem idade para se lembrar de todos os que ali houve, dos que morreram, dos que ressuscitaram, dos que se transformaram. Herdeiro do empreendedorismo galego, Pepe foi o primeiro proprietário do Europa enquanto bar. “Aquilo antes era um ferro-velho”, conta. Privou de perto com o arquiteto Cassiano Branco, que, além do projetista do edifício, era um cliente fiel. Ali, nos anos 60, conta Pepe, nos quatro ou cinco bares que então existiam na Rua Nova do Carvalho, os empregados eram letrados e as prostitutas “senhoras autênticas”. Eram “senhoras com um certo nível que agora já não há. Se você as visse na rua nunca diria que eram prostitutas”, afirma. É preciso dizer que na época “tinha de haver muito cuidado, muita discrição”, acrescenta Fernando, que cresceu ali. O pai começou por trabalhar para o Pepe no Europa para, em 1971, abrir o Jamaica. Não tem idade para se lembrar de alguns pormenores. Não sabe, por exemplo, como o Pepe, que “40% das prostitutas casaram”. 38 Guia da Noite Lx magazine
De há uns anos para cá, Pepe já não frequenta tanto a noite. Afinal, passou toda a vida naquela rua: um dia, durante os anos 70, adquiriu o Tamisa Bar, que mais tarde toda a gente veio a conhecer como Tokyo. No fundo, entrou na porta ao lado. Ali está há mais de 30 anos, embora jure a pés juntos que agora passa as noites em casa. Já o Pedro Vieira é relativamente novo por ali. Em 2006 comprou o Europa e introduziu no bairro a novidade musical que por ali faltava: as novas tendências da música eletrónica. Os after-hours foram ganhando fama e um novo público, porventura mais jovem, afluiu ao Cais. Para o Europa, foi a salvação da lavoura, já que a tentativa de reabilitar o espaço, em meados dos anos 90, tinha acabado por fracassar. Depois de quatro meses de encerramento forçado, o espaço reabriu “com pequenos melhoramentos”, mas dentro da mesma fórmula que já deu frutos. “Temos noites temáticas”, explica Pedro “ e de resto o que já era: “às quartas trance, às quintas drum & bass, às sextas dubstep, às segundas house”. Fado, rock, reggae, house, techno, música ao vivo, música para dançar. Petiscos, conservas, comidas de ontem e de hoje. De manhã, à tarde, à noite, de madrugada. O Cais do Sodré tem (mo)vida nova! E espaços para todos os gostos, tamanhos e feitios.
E TU, JÁ LÁ FOSTE?
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GUIA CAIS DO SODRÉ Bar do Cais {bar} R. Nova do Carvalho, 47 | 91 499 7073 | © 22h/4h | - Dom. e 2ª British Bar {bar} R. Bernardino Costa, 52 | 21 342 2367 | © 2ª a 5ª 8h/24h, 6ª e Sáb 8h/02h | - Dom. Copenhagen {bar} R. de São Paulo, 8 | 21 346 7079 | © 22h/4h | - 2ª
Roterdão {bar} R. Nova do Carvalho, 28/30 | 96 605 5306 | © 3ª 22h/4h; 4ª a Sáb. 18h/4h | - Dom. e 2ª Sol e Pesca {bar} R. Nova do Carvalho, 44 | 21 346 7203 |© 18h/2h; 6ª e Sáb. até 3h | - Dom.
Europa {bar} R. Nova do Carvalho, 28 | 21 342 1848 | © 23h/4h; 6h/10h| U
Sommer {restaurante} R. da Moeda, 1 K – | 21 390 5558 | © 2ª/6ª 12h30/14h30; 2ª/4ª 20h/24h; 5ª/Sáb 20h/2h | - Dom. | €€€
Hennessy’s Irish Pub {bar} R. do Cais do Sodré, 3238 | 21 343 1064 | © 12h/2h; 6ª e Sáb. 12h/3h | Não encerra
Tóquio {bar} R. Nova do Carvalho, 12 | 21 342 1419 | © 23h/4h | - Dom. e 2ª | U
Jamaica {bar}R. Nova do Carvalho, 6 | 21 342 1859 | © 23h/6h | - Dom. | U La Moneda {restaurante} R. da Moeda, 1 C | 21 390 8012 | © 12h/2h | - Dom. | €€€ Lounge {bar} R. da Moeda, 1 0/P | 21 397 3730 | © 21h/4h; 6ª e Sáb. 22h/4h | - Dom. O’Gillins Irish Bar {bar} R. dos Remolares, 8 | 21 342 1899 | © 11h/2h30 Olivier Café {restaurante} R. do Alecrim, 23 | 21 342 2916 | © 20h/1h | Dom. | €€€ | U Povo {bar} R. Nova do Carvalho, 32-36 | ©18h/4h | - 2ª
Velha Senhora {bar} R. Nova do Carvalho, 40| © 18h/2h Yasmin {restaurante} R. da Moeda, 1 A | 21 393 0074 | © 12h30/15h; 19h30/2h | - Dom. | €€€ Café Tati R. da Ribeira Nova, 36 | 21 346 1279 | © 11h/1h | - 2ª | €€€ La Moneda {restaurante} R. da Moeda, 1 C | 21 390 8012 | © 12h/2h | - Dom. | €€€ | U Musicbox R. Nova do Carvalho 24 | 21 343 0107 | © 23h/5h | - Dom, 2ª e 3ª | U Muv Lounge-bar R. da Moeda, 1 F/G | 21 197 5939 | © 2ª a 6ª 9h/4h; Sáb. 12h/4h | - Dom. | €€€
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Guia Cais do Sodré
café tati R. da Ribeira Nova, 36 | 21 346 1279 | © 11h/1h | - 2ª | €€€ Duas portuguesas e um espanhol juntaram-se para dar vida a um novo espaço situado junto ao Mercado da Ribeira. Com uma decoração vintage onde predominam os móveis antigos e inúmeros objetos desencantados na Feira da Ladra e em antiquários, o Café Tati funciona como uma acolhedora sala de estar onde podemos ler livros, jornais e revistas e até navegar de borla na internet. A nova coqueluche do Cais do Sodré tem uma ementa de fazer crescer água na boca: sumos naturais, gaspacho, cogumelos recheados, deliciosas saladas, tartines de queijo de cabra, presunto ou salmão e muitas outras iguarias confecionadas pelo chefe francês podem ser degustadas das 11h à 1h da madrugada. Aos domingos, para além do delicioso brunch, há jam sessions de jazz (às 17h) e, às quartas (22h), há Fado no Tati.
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Guia Cais do Sodré
musicbox R. Nova do Carvalho 24 | 21 343 0107 | © 23h/5h | - Dom, 2ª e 3ª | U Este é, sem dúvida, o espaço multicultural que há mais tempo dá cartas, das altas, na dinamização de um dos pólos noturnos mais promissores da capital: o Cais do Sodré. Situado no edifício do antigo Texas Bar, o Musicbox tem-se afirmado como promotor das novas tendências urbanas que marcam o ritmo da capital. Com uma intensa programação de concertos, a caixa de música mais alternativa de Lisboa já recebeu no seu palco grandes nomes da cena musical nacional e internacional, além de inúmeros festivais como o Jameson Urban Routes, o Lisboa Capital República Popular e o Festival Silêncio. Recentemente remodelado, o espaço mantém a original intervenção a nível de arquitetura de interiores que soube aproveitar alguns elementos da traça antiga, como as belíssimas arcadas em pedra, mas oferece agora um palco mais elevado e uma cabina de Dj suspensa.
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Guia Cais do Sodré
muv lounge-bar R. da Moeda, 1 F/G | 21 197 5939 | © 2ª a 6ª 9h/4h; Sáb. 12h/4h | - Dom. | €€€ O Muv é um dos mais recentes espaços multiusos do Cais do Sodré. Restaurante, esplanada, café, bar e clube noturno, o Muv está sempre em movimento transformando-se ao crepúsculo num porto-seguro com bons Dj’s e Vj’s e música ao vivo. Na ementa há tábuas de queijos, enchidos, guisado de moelas, mas também saladas, tostas e pratos elaborados como o rosbife de novilho com molho de mostarda antiga e batata gratinada e o bacalhau espiritual. De segunda a sexta há menus diários, que incluem sopa, prato (carne, peixe ou vegetariano), bebida e café. Aos sábados, os brunches alimentam a alma e o espírito dos notíívagos e não só. Situado junto ao La Moneda e ao Lounge, não longe do Musicbox e do Europa, a nova atração do Cais do Sodré tem andado na boca do mundo graças à excelente programação e ao ambiente trendy.
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Guia Cais do Sodré
la moneda {restaurante} R. da Moeda, 1 C | 21 390 8012 | © 12h/2h | - Dom. | €€€ | U O La Moneda implantou-se definitivamente no roteiro dos gastrónomos mais cosmopolitas da cidade, mantendo-se um porto-seguro para quem deseje deliciar-se com as propostas gastronómicas de inspiração latino-americana e de cozinha de fusão (que baseia o seu conceito na experimentação de novas combinações de sabores). Mas o La Moneda oferece ainda uma seleção de propostas artísticas na área das artes plásticas e da música seguindo o lema inspirador lançado pelo proprietário Leo e afamado chefe de cozinha: “Food and Movement”. O pioneiro da rua da Moeda, assistiu há algum tempo à abertura do Yasmin, do Sommer e do Muv, os novos espaços que a ele se juntaram para dinamizar esta rua considerada hoje dos pólos noturnos mais activos do Cais do Sodré.
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Best Of Noites Cool
bar 49 zdb R. da Barroca, 49 (Bairro Alto) 21 343 0205 | © 4ª e 5ª 22h/2h; 6ª e Sáb. até 3h | - Dom. a 3ª A Galeria Zé dos Bois, criada em 1994 com o objetivo ajudar artistas emergentes a mostrarem o seu trabalho e a confrontarem experiências artísticas, é praticamente o único espaço de arte contemporânea alternativo da cidade e igualmente a única sala de concertos do Bairro Alto. No rés do chão alberga ainda o Bar 49, um ponto de encontro entre criadores e público, onde, semanalmente, se apresentam propostas musicais, duetos e solos improvisados, Dj sets arrojados, festas e torneios de Carambola ou Carron…. Neste espaço da ZDB, como é mais conhecida pelos habitués, há tostas deliciosas, uma pista de dança com bola de espelhos, duas salas acolhedoras, muitas propostas aliciantes e uma excelente programação de concertos. Para ver, ouvir, dançar e beber.
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Best Of Noites de Dança
arte & manha Av. Duque de Loulé (Saldanha), 21 825 8532 | © 11h/4h | - 3ª Promover o encontro das culturas e de pessoas, de todos os géneros e de todas as idades, desafiando-as a sair do círculo vicioso casa-trabalho para (re)descobrir o prazer de conversar, dançar ou simplesmente ouvir música. Restaurante, bar de tapas, salão de baile, sala de concertos, de teatro ou de leitura, tudo isto se pode encontrar neste novo espaço cultural que revolucionou a capital nos últimos tempos. Para muitos lisboetas, o Arte & Manha já se tornou um ponto de encontro incontornável onde podem tomar o pequeno-almoço, almoço, jantar e dançar pela noite fora graças ao seu horário alargado. Os jantares são acompanhados de música ao vivo: à 2ª jazz, à 4ª a Orquestra Arte & Manha que conta com elementos como Luís Bastos dos Kumpania Algazarra ou o cantautor JP Simões, 5ª dança-se ao som dos ritmos brasileiros e 6ª africanos. As noites de sábado e domingo são reservadas para outros andamentos como a música eletrónica. O desafio é cruzar o fado com a morna, o calor do samba com a vertigem do house num espaço que se quer cheio de vida, pessoas, dança e música.
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Best Of Noites Trendy
pharmacia R. Marechal Saldanha, 1 (Santa Catarina) 21 346 2146 | © 13h/01h | - 2ª A dupla de sucesso Susana Felicidade e Tânia Martins começou por investir num acolhedor restaurante de cozinha tradicional na R. da Esperança, a já famosa Taberna Ideal. Com as reservas não chegando para os lugares sentados, decidiram abrir, paredes meias, a Petiscaria Ideal, um espaço dedicado a tapas e petiscos em ambiente de tasquinha portuguesa. Dali voaram para o Adamastor, mais precisamente para o edifício da Associação Nacional de Farmácias, onde acabam de inaugurar um restaurante que dá pelo nome de Pharmacia pois recria o ambiente e decoração das antigas farmácias. Aqui reencontramos os petiscos e a tradicional gastronomia portuguesa que podem ser degustados quer na requintada sala quer na esplêndida esplanada com vista para o Tejo. Quem quiser pode optar por ir apenas provar um dos tentadores cocktails criados a partir de bebidas portuguesas como vinho do Porto, Moscatel ou medronho. Um verdadeiro remédio para a alma.
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Guia de restaurantes, bares e discotecas de Lisboa
Restaurantes e Cafés 28 Para a Estrela {esplanada} Jardim da Estrela 92 907 57 32 | © Dom. a 4ª 10h/21h, 5ª a Sáb. 10h/23h | €€ 1º Maio {Portuguesa} R. da Atalaia, 8 (Bairro Alto) 21 342 6840 | © 12h/15h; 19h/23h | - Sáb. jantar; Dom. | €€ Adega das Mercês {Portuguesa} Tv. das Mercês, 2 (Bairro Alto) 21 342 44 92 | © 12h30/15h; 19h/23h | - Dom. | €€€ Alfândega {Portuguesa} R. da Alfândega, 98 (Baixa) 21 886 1683 | © 10h/2h | - Sáb.; Dom. almoço | €€€ | U Alfândega Museu {Mediterrânica} Lgo. Portas do Sol, 2 (Alfama) 21 886 1683 | © 10h/17h; Verão até 18h30 | €€ Ali-à-Papa {Árabe} R. da Atalaia, 95 (Bairro Alto) 21 347 41 43 | © 19h30/1h | - 3ª | €€ Alma {Internacional} Cç. Marquês de Abrantes, 92 (Santos) | 21 396 3527 | © 3ª a Sáb. 19h30/24h | - Dom. e 2ª | €€€€ Amo-te Chiado {Internacional} Cç. Nova de S. Francisco, 2 (Chiado) 21 342 0668 | © 10h/2h | - Dom.
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Aqui Há Peixe {Internacional} R. da Trindade, 18 A (Chiado) 21 343 2154 | © 3ª a 6ª 12h/15h; Sáb. Dom. 18h/2h | - 2ª | €€€ Armazém da Cachaça {Brasileira} R. S. João da Mata, 88/90 (Janelas Verdes} 21 396 5264 | © 19h30/24h | - Dom. | €€€ Aya {Japonesa} R. Campolide, 531, Galerias Twin Towers, Piso 0/Lj 1.56 (Campolide) 21 727 1155 | © 12h30/15h; 19h/23h | - Dom. almoço; 2ª | €€€€ | U BanThai {Tailandesa} R. Fradesso da Silveira, 2 Lj. Dt (Alcântara) 21 362 1184 | © 12h/15h30; 19h30/23h30 | - Dom. | €€€ | U Barra Ibérica {Espanhola} Cç. da Ajuda, 250 (Ajuda) 21 362 6010 | © 19h30/1h | - Dom. | €€€€ | U Bela Vinhos & Petiscos {bar} R. dos Remédios, 190 (Alfama) 96 467 09 64 | © 19h/4h | €€ Bengal Tandoori {Indiana} R. da Alegria, 23 (Av. da Liberdade) 21 347 9918 | © 12h/15h; 18h/24h | €€ | U Bica do Sapato {Internacional} Av. Infante D. Henrique, Arm. B, Cais da Pedra (Sta Apolónia) 21 881 0320 | © 12h30/14h30; 20h/23h30 | - Dom.; 2ª almoço | €€€€ | U Bistro 100 Maneiras {Internacional} Lg. da Trindade, 9 (Chiado) 91 030
7575 | © 12h/2h | - Sáb.ao almoço; Dom. | €€€ Blues {Internacional} R. da Cintura do Porto, 226 (Rocha Conde d’Óbidos) 21 395 7085 | © 20h/1h | - Dom.; 2ª | €€€€ |U Bocca {Internacional} R. Rodrigo da Fonseca, 87D (Rato) 21 380 8383 | © 3ª a 5ª 12h30/14h30; 20h/23h; 6ª e Sáb. até 24h | - Dom., 2ª e feriados | €€€€ | U Bota Alta {Portuguesa} Tv. da Queimada, 37 (Bairro Alto) 21 342 7959 | © 12h/15h; 19h/22h30 | - Sáb. ao almoço; Dom. | €€€ Brasuca {Brasileira} R. João Pereira da Rosa, 7 (Bairro Alto) 21 322 0740 | © 12h/15h; 19h/23h | - 2ª ao almoço | €€ Café Belvedere {Café}Trav. do Cabral, 4 (Bica) 91 994 4554 | © 2ª a 6ª 14h/20h | - Sáb. e Dom. | €€ Café Buenos Aires {Argentina} Escadinhas do Duque, 31 B (Av. da Liberdade) 21 342 0739 | © 18h/24h; Sáb. e Dom. 15h/24h | - 2ª | €€€ Café In {Portuguesa} Av. Brasília, Pav. Nascente, 311 (Belém) 21 362 6248 | © 12h/24h | €€ | U Café no Chiado {Internacional} Lg. do Picadeiro, 11-12 (Chiado) 21 346 0501 | © 11h/2h | - Dom. | €€
Café Royale {Internacional} Lg. Rafael Bordalo Pinheiro, 29 (Chiado) 21 346 9125 | © 2ª a Sáb. 10h/24h; Dom. 10h/20h | €€
Casa da Morna {Africana} R. Rodrigues Faria, 21 (Alcântara) 21 364 6399 | © 19h30h/2h | - Dom. | €€
Camponesa (A) {Internacional} R. Marechal Saldanha, 23-25 (Bairro Alto) 21 346 4791 | © 12h30/15h; 19h30/23h | - Sáb. ao almoço; Dom. | €€
Casa do Alentejo {Portuguesa} R. das Portas de Stº Antão, 58 (Baixa) 21 340 5140 | © 12h/15h; 19h/23h | €€
Cantina Lx {Portuguesa} R. Rodrigues Faria, 103 (Alcântara) 21 362 8239 | © 2ª 9h/15h; 3ª a Sáb. 9h/24h | - Dom | €€ Cantinho da Paz {Indiana} R. da Paz, 4 (Santos) 21 396 9698 | © 12h30/15h; 19h30/23h | - Dom. | €€€ Cantinho das Gáveas {Portuguesa} R. das Gáveas, 82 (Bairro Alto) 21 342 6460 | © 12h/15h; 19h/23h30 | - Sáb. ao almoço; Dom. | €€€ Cantinho do Avillez {restaurante} R. dos Duques de Bragança, 7 (Chiado) 21 199 23 69 | © 3ª a Sáb 12h30/15h, 2ª a 5ª 19h30/24h, 6ª e Sáb. 19h30/01h | - Dom. e 2ª ao almoço | €€€€ Casa da Índia {Portuguesa} R. do Loreto, 49/51 (Bairro Alto) 21 342 3661 | © 12h/1h30 | - Dom. | €€ Casa da Comida {Internacional} Tv. das Amoreiras, 1 (Rato) 21 388 5376 | © 13h/15h; 20h/24h | - Dom.; Sáb. e 2ª ao almoço | €€€€€ | U
Casa do Algarve {Internacional} Lg. da Academia de Belas Artes, 14, r/c (Bairro Alto) © 12h/16h30; 19h/23h30 | - Dom. | €€ Casa México {Mexicana} Av. D. Carlos I, 140 (S. Bento) 21 396 5500 | © 2ª a 6ª 13h/15h; Dom. a 4ª 20h/1h; 5ª a Sáb. 20h/2h | €€€ Casanostra {Italiana} Tv. do Poço da Cidade, 60 (Bairro Alto) 21 342 5931 | © 12h/15h; 20h/23h | - Sáb. ao almoço; 2ª | €€€ | U Casanova {Italiana} Cais da Pedra, Lj 7, Arm. B (Sta Apolónia) 21 887 7532 | © 12h30/1h30 | - 2ª e 3ª ao almoço | €€€ | U Cervejaria da Trindade {Portuguesa} R. Nova da
Trindade, 20 (Bairro Alto) 21 342 3506 | © 12h/24h30 | €€€ | U Charcutaria (II) (A) {Portuguesa} R. do Alecrim, 47 A (Bairro Alto) 21 342 3845 | © 12h30/15h30; 19h30/23h | - Sáb. ao almoço; Dom. | €€€€ | U Come Prima {Italiana} R. do Olival, 258 (Lapa) 21 397 1287 | © 12h/15h; 19h/23h30 | - Sáb. ao almoço; Dom. | €€ | U Comida de Santo {Brasileira} Cç. Engº Miguel Pais, 39 (Príncipe Real) 21 396 3339 | © 12h30/15h30; 19h30/1h | €€€ Confraria – York House (A) {Internacional} R. das Janelas Verdes, 32 - 1.º (Janelas Verdes) 21 396 2435 | © 12h30/16h; 19h30/22h30 | €€€€ Cop’ 3 {Portuguesa} Lg. Vitorino Damásio, 3 (Santos) 21 397 3094 | © 12h30/23h30 | - Sáb. ao almoço; Dom. | €€€€ | U Cruzes Credo Café R. Cruzes da Sé, 29 (Sé) 21 882 2296 | © 8h/2h | €€
Uma noite com Fernando Pêra Produtor/programador cultural Paragens obrigatórias Café: Confeitaria Nacional Restaurante: Eleven Bar: A Vizinha Discoteca: Viking
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Guia de restaurantes, bares e discotecas de Lisboa
DeliDelux {Café} Av. Infante D. Henrique, Arm. B, Lj. 8 (Sta Apolónia) 21 886 2070 | © 3ª a 6ª 12h/20h; Sáb. 10h/22h; Dom. 10h/20h | - 2ª | €€ Divina Comida {Portuguesa} Lg. de S. Martinho, 6-7 (Alfama) 21 887 5599 | © 12h/1h | €€ Doca do Espanhol {Portuguesa} Galeria do Museu da Cera, Arm. 2, Lj. 12-17 (Docas) 21 393 2600 | © 12h30/16h; 19h30/24h | - Dom.; 2ª ao jantar | €€€ | U
Esperança {Italiana} R. do Norte, 95 (Bairro Alto) 21 343 2027 | © 13h/16h; 20h/2h | - 2ª; 3ª ao almoço | €€€ Estado Líquido / Sushi Lounge {Japonesa} Lg. de Santos, 5 A (Santos) 21 397 2022 | © 20h/3h | €€€ | U Estrela da Bica {Internacional} Tv. do Cabral, 33 (Bica) 21 347 3310 | © 19h/23h; 6ª e Sáb. até 24h | - 2ª | €€ Everest Montanha {Nepalesa} Av. do Brasil, 130C (Alvalade) 21 847 3195 | © 12h/15h; 19h/23h30 | €€
Uma noite com Patrícia Portela Escritora Paragens obrigatórias Café: A Vizinha Restaurante: Entra Bar: A Vizinha Discoteca: café 49 (ZDB)
Dom Pomodoro {Italiana} Doca de Sto Amaro, Arm. 13 (Docas) 21 390 9353 | © 12h/2h | €€€ | U
Fábulas Café {café} Cç. Nova de São Francisco, 14 (Chiado) 21 347 6323 | © 2ª a 4ª 10h/24h; 5ª a Sáb. 10h/1h | - Dom. | €€€
El Último Tango {Argentina} R. Diário de Notícias, 62 (Bairro Alto) 21 342 0341 | © 19h30/23h | - Dom. | €€€ | U
Farah’s Tandoori {Indiana} R. de Santana à Lapa, 73 B (Lapa) 21 390 9219 | © 12h/15h; 19h/22h30 | - 3ª | €€
Entra {Portuguesa} R. do Açúcar, 80 (Beato) 21 241 7014 | © 2ª a 6ª 12h/15h; 3ª a Sáb. 19h30/23h | - Dom. | €€€ 52 Guia da Noite Lx magazine
Faz Figura {Portuguesa} R. do Paraíso, 15 B (Alfama) 21 886 89 81 | © 12h30/15h; 20h30/23h | - 2ª ao almoço | €€€ | U
Fenícios {Libanesa} R. do Conde Redondo, 141-A (Marquês de Pombal) 21 244 8703 | © 12h/15h30; 19h/24h | - Dom. | €€€ Fidalgo {Portuguesa} R. da Barroca, 27-31 (Bairro Alto) 21 342 29 00 | © 12h/15h; 19h/23h | - Dom. | €€€ Flor da Laranja {Marroquina} R. da Rosa, 206 (Bairro Alto) 21 342 2996 | © 12h/15h; 20h/24h | - Dom.; 2ª ao almoço | €€ Floresta do Calhariz {Portuguesa} R. Luz Soriano, 7 (Bairro Alto) 21 342 5733 | © 12h/23h | - Dom. | €€ | U Flower Power Food {Internacional} Cç. do Combro, 2 (Bairro Alto) 21 342 2381 | © 10h/21h | €€ Forneria Estado Líquido {Italiana} Lg. de Santos, 9 A (Santos) 21 397 2022 | © 12h30/16h; 20h/24h; 6ª até 2h | €€€ Fusion Sushi {Japonesa} Lg. de Santos, 5 (Santos) 21 395 5820 | © 12h30/15h; 20h/23h; 6ª e Sáb. até 24h | - Sáb. ao almoço; Dom. | €€€€ Gambrinus {Portuguesa} R. das Portas de Sto Antão, 23 (Restauradores) 21 342 1466 | © 12h/1h30 | €€€€€ | U Império dos Sentidos {Internacional} R. da Atalaia, 35 (Bairro Alto) 21 343 1822 | © 20h/2h | - 2ª | €€€
Jardim dos Sentidos {Vegetariana} R. da Mãe d´Água, 3 (Av. da Liberdade) 21 342 3670 | © 12h/15h; 19h/22h | Sáb. ao almoço; Dom. | €€ | U Kaffeehaus {Austríaca} R. Anchieta, 3 (Chiado) 21 095 6828 | © 11h/24h; 6ª e Sáb. 11h/2h; Dom. 11h/20h | - 2ª | €€ Kais {Internacional} R. da Cintura - Cais da Viscondessa (Rocha Conde d’Óbidos) 21 393 2930 | © 20h/23h30 | - Dom. | €€€€ | U Koi Sushi Trav. Fradesso da Silveira, 4 Lj B (Alcântara) 21 364 0391 | © 2ª a 6ª 12h/15h; 20h/24h; Sáb. 20h/24h | - Sáb. ao almoço; Dom. | €€€ La Brasserie de l’Entrecôte {Francesa} R. do Alecrim, 117 (Bairro Alto) 21 347 3616 | © 12h30/15h30; 20h30/24h | €€€ La Finestra {Italiana} Av. Conde Valbom, 52A (Avenidas Novas) 21 761 3580 | © 12h/15h30; 19h/1h | €€ La Moneda {Internacional} R. da Moeda, 1C (Santos) 21 390 8012 | © 10h/2h | - Dom. | €€€ | U La Paparrucha {Argentina} R. D. Pedro V (Príncipe Real) 21 342 5333 | © 12h/15h; 19h30/24h30 | €€€ | U Le Petit Bistro {Internacional} R. do Almada, 29 (Bica) 21 346 1376 | © 3ª a 5ª 11h/23h45; 6ª e Sáb. 11h/2h; Dom. 11h/20h | - 2ª | €€
Uma noite com Frederico Martinho Músico Paragens obrigatórias Esplanada: Lost In Restaurante: Madragoa Café Bar: Onda Jazz Discoteca: Musicbox
Lucca {Italiana} Trav. Henrique Cardoso, 19-B (Alvalade) 21 797 2687 | © 12h/15h; 19h/1h | - 4ª | €€€ | U Manifesto {Internacional} Lg. de Santos, 9C (Santos) 21 396 3419 | © 12h30/15h; 19h30/23h; Sáb. 19h30/24h | - Dom. | €€€ Maritaca {Italiana} R. 24 de Julho, 54G (Santos) 21 393 9400 | © 3a a 5a e Dom. 13/15h; 20h/24h; 6a e Sáb. até 1h | - 2ª | €€€ Mercearia {Portuguesa} R. da Madre, 72 (Madragoa) 21 397 7998 | © 12h30/15h; 19h30/23h | - Dom. ao almoço; 3ª | €€ Mesa de Frades {Casa de Fado} R. dos Remédios, 139 A (Alfama) 91 702 9436 | © 10h/2h | - Dom. e 3ª | €€€
© 13h/15h; 20h/23h | - Sáb. e Dom. almoço; 2ª | €€€€ New Wok {Asiática} R. Capelo, 24 (Chiado) 21 347 7189 | © 12h/15h; 20h/24h | €€€ Noobai Café {Café} Miradouro do Adamastor (Sta Catarina) 21 346 5014 | © 12h/24h | €€ | U Novo Bonsai {Japonesa} R. da Rosa, 244 (Bairro Alto) 21 346 2515 | © 12h30/14h; 19h30/22h30 | - Dom. | €€€ Olivier Café {Internacional} R. do Alecrim, 23 (Cais do Sodré) 21 342 2916 | © 20h/1h | - Dom. | €€€ | U Oriente Chiado {Vegetariana} R. Ivens, 28 (Chiado) 21 343 1530 | © 12h/15h; 19h30/22h30 | €€€ Ozeki {Japonesa} R. Vieira da Silva, 66 (Alcântara) 21 390 8174 | © 12h/15h; 19h30/23h30 | - Sáb. e Dom. almoço | €€€
Montado {Portuguesa} Cç. Marquês de Abrantes, 40 (Santos) 21 390 9185 | © 12h/2h | - 2ª e Dom. | €€€
Paço d’água {geladaria} Terreiro do Paço Pátio da Galé | © 9h/20h | €€€
Nariz de Vinho Tinto {Portuguesa} R. do Conde, 75 (Lapa) 21 395 3035 |
Paladar - Cozinha de Mercado {Internacional} Cç. do Duque, 43 A (Bairro Guia da Noite Lx magazine 53
Guia de restaurantes, bares e discotecas de Lisboa
Alto) 21 342 3097 | © 19h30/2h | - Dom. | €€€ Pap’Açorda {Portuguesa} R. da Atalaia, 57-59 (Bairro Alto) 21 346 4811 | © 12h/14h30; 20h/23h30 | - Dom.; 2ª | €€€€ |U Pharmacia R. Marechal Saldanha, 1 (Santa Catarina) 21 346 2146 | © 13h/1h | - 2ª | €€€ | U Pedro das Arábias {Marroquina} R. da Atalaia, 70 (Bairro Alto) 21 346 8494 | © 19h30/1h | - Dom. | €€ Pedro e o Lobo {Internacional} R. do Salitre, 169 (Rato) 21 193 3719 | © 2ª a 6ª 12h30/15h; 20h/23h; Sáb. 20h/23h | - Dom. | €€€ Petiscaria Ideal {Portuguesa} R. da Esperança, 100-102 (Santos) | © 3ª a Sáb. 19h30/24h30 | - Dom.; 2ª | €€€ Picanha {Brasileira} R. das Janelas Verdes, 96 (Santos) 21 397 5401 | © 12h/15h; 19h30/24h | - Sáb.; Dom. ao almoço | €€€ | U
Pitéu (O) {Portuguesa} Lg. da Graça (Graça) 21 887 10 67 | © 12h/15h; 19h/22h30 | Sáb. ao jantar; Dom. | €€
Santo António de Alfama {Internacional} Beco de S. Miguel, 7 (Alfama) 21 888 1328 | © 12h30/2h | €€€ | U
Pizzeria Mezzogiorno {Italiana} R. Garrett, 19 (Chiado) 21 342 1500 | © 12h30/15h30; 19h30/24h | Dom.; 2ª almoço | €€ | U
Sea Me – Peixaria Moderna {Internacional} R. do Loreto, 21 (Bairro Alto) 21 346 1564/65 | © 12h/24h; 5ª a Sáb. até 2h | €€€
Restô do Chapitô {Internacional} R. Costa do Castelo, 7 (Castelo) 21 886 7334 | © 2ª a 6ª 19h30/2h; Sáb., Dom. e feriados 12h/2h | €€€ | U
Senhora Mãe {Internacional} Lg. de São Martinho, 6 (Alfama) 21 887 5599 | © 12h30/24h; 6ª e Sáb. até às 2h | - 3ª | €€€ | U
Rock’n Sushi {Japonesa} R. Fradesso da Silveira, Bl. C (Alcântara) 21 362 0513 | © 12h/15h; 20h/2h | €€€ Rosa da Rua {Portuguesa} R. da Rosa, 265 (Bairro Alto) 21 343 2195 | © 12h30/15h; 16h30h/24h30 | - 2ª | €€€€ | U Sacramento do Chiado {Internacional} Cç. do Sacramento, 40-46 (Chiado) 21 342 0572 | © 12h/15h; 19h30/24h | - Dom. ao almoço | €€€€
Uma noite com Raquel Lima Poeta e produtora executiva Paragens obrigatórias Esplanada: Jardim da Estrela Restaurante: Mesa (Lx Factory) Bar: A Vizinha Discoteca: MUV
54 Guia da Noite Lx magazine
Sinal Vermelho {Portuguesa} R. das Gáveas, 89 (Bairro Alto) 21 343 1281 | © 12h/15h; 20h/1h | Dom. | €€ Sítio dos Bons Amigos {Portuguesa} R. Dr. Gomes Barros, 12 (Av. de Roma) 21 848 8721 | © 19H/5h | €€€ Sofisticato {Italiana} R. São João da Mata, 27 (Santos) 21 396 53 77 | © 19h30/23h; 6ª e Sáb. até 24h | - 2ª | €€€€ Sokuthai {Tailandesa} R. da Atalaia, 77 (Bairro Alto) 21 343 2159 | © 20h/2h | - Dom. | €€€ Sommer {Internacional} R. da Moeda, 1-K (Santos) 21 390 5558 | © 20h/24h; 5ª a Sáb. até 2h | - Dom. | €€€€ Stop do Bairro {Portuguesa} R. Tenente Ferreira Durão, 55 (Campo de Ourique) 21 388 8856 | © 12h/15h30; 19h/23h | - 2ª | €€ | U Sul {Internacional} R. do Norte, 13 (Bairro Alto) 21 346
2449 | © 12h/15h; 20h/2h | - 2ª | €€€
© 12h/15h30; 20h/24h; 5ª a Sab. até 2h | - Dom. | €€€
Sushi Fashion {restaurante bar} R. Capelo, 24 (Chiado). 91 247 8100 | © 12h/15h30/ 19h30/2h| - Dom. | €€€
Tia Chica (A) {Internacional} R. S.Tomé, 46 48 (Castelo) 96 797 6754 | © 19h/24h | - Dom. | €€
Taberna Ideal {Portuguesa} R. da Esperança, 112 (Santos) 21 396 2744 | © 3ª e 6ª das 19h/2h; Sáb. e Dom. 13h30/2h | -2ª | €€ Taberna do Chiado {Portuguesa} Cç. Nova de São Francisco, 2A (Chiado) 21 347 4289 | © 12h/23h | €€€ | U Tamarind {Indiana} R. da Glória, 43 (Baixa) 21 346 6080 | © 2ª a 6ª 11h30/15h; 18h30/23h30 | - Sáb. e Dom. ao almoço | €€€ Tapadinha (A) {Russa} Cç. da Tapada, 41 A (Alcântara) 21 364 0482 | © 12h/15h; 20h/2h | - Dom. | €€€ Tasca da Esquina {Portuguesa} R. Domingos Sequeira, 41C (Campo de Ourique) 21 099 3939 | © 12h30/24h | - Dom. e 2ª (almoço) | €€€€ Tasquinha d’Adelaide (A) {Portuguesa} R. do Patrocínio, 70-74 (Campo de Ourique) 21 396 2239 | © 12h30/15h; 20h30/23h30 | - Dom. | €€€€ Tavares Rico {Internacional} R. da Misericórdia, 37 (Chiado) 21 342 1112 | © 12h30/14h30; 19h30/22h30 | - Dom. | €€€€€ Terreiro do Paço {Portuguesa} Pç. do Comércio, Pátio da Galé (Baixa) 21 099 5679 |
Tibetanos (Os) {Vegetariana} R. do Salitre, 117 (Rato) 21 314 2038 | © 12h/14h; 19h30/21h30 | - Dom. | €€€ Toma Lá Dá Cá {Portuguesa} Tv. do Sequeiro, 38 (Bairro Alto) 21 347 9243 | © 12h/24h | - Dom. | €€ Travessa (A) {Belga} Tv. Convento Bernardas, 12 (Santos) 21 394 0800 | © 12h30/15h; 20h/24h | - Sáb. ao almoço; Dom. | €€€€ Tsuki {Japonesa} R. Nova de S. Mamede, 18 (Príncipe Real) 21 397 5723 | © 12h/15h; 20h/2h | - 2ª e Sáb. ao almoço | €€€ Txakoli {Basca} R. São Pedro de Alcântara, 65 (Bairro Alto) 21 347 8205 | © Dom. a 4ª 12h/1h; 5ª a Sáb. 12h/2h | €€€ Varanda da União {Internacional} R. Castilho, 14C, 7º (Pq. Eduardo VII) 21 314 1045 | © 12h/15h30; 19h30/23h30 | - Dom. | €€€€ Vela Latina {Internacional} Doca do Bom Sucesso (Belém) 21 301 7118 | © 12h30/15h; 20h/22h30 | - Dom. | €€€€ | U Velha Gruta {Internacional} R. da Horta Seca, 1B (Bairro Alto) 21 342 4379 | © 20h/24h | - Dom. | €€€ | U
Vertigo Café {Internacional} Tv. do Carmo, 4 (Bairro Alto) 21 343 3112 | © 10h/24h | €€ Viagem de Sabores {Internacional} R. S. João da Praça, 103 (Sé) 21 887 0189 | © 20h/23h | - Dom. | €€€ XL {Internacional} Cç. da Estrela, 57 (S. Bento) 21 395 6118 | © 20h/24h | - Dom. | €€€€ | U
Bares e Discotecas Agito R. da Rosa, 261 (Bairro Alto) 21 343 0622 | © 19h30/3h | - 2ª Arcaz Velho Cç. do Forte, 56 (Sta Apolónia) © 18h/2h | - Dom. Arena Lounge Casino de Lisboa, Al. dos Oceanos, Lote 1.03.01 (Pq. das Nações) 21 892 9046 | © 15h/3h | U Arte & Manha Av. Duque de Loulé, 22 (Conde Redondo) 21 825 8532 | © 11h/4h | 3ª Associação Bacalhoeiro R. dos Bacalhoeiros, 125, 2º (Baixa) 21 886 4891 | © 18h/2h; 6ª e Sáb. 18h/4h | - 2ª Associação Loucos e Sonhadores Tv. do Conde de Soure, 2 (Bairro Alto) © 22h30/4h | - Dom.
Guia da Noite Lx magazine 55
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Uma noite com Nuno Costa Santos Argumentista e escritor Paragens obrigatórias Esplanada: Esplanada da Graça Restaurante:Sea Me Bar: Musicbox Discoteca: Incógnito
Baliza R. Bica Duarte Belo, 51 A (Bica) 21 347 8719 | © 13h/2h; sáb. 18h/2h | - Dom.
Bica-me R. da Bica Duarte Belo, 51 (Bica) 21 325 7940 | © 3ª a sáb. 18h30/2h30 | - Dom.; 2ª
Bar BA R. das Flores, 116 (Chiado) 21 340 8252 | © 10h30/1h30 | U
Botequim Lg. da Graça, 79 (Graça) 21 888 8511 | © 10h/2h
Bar das Imagens Cç. Marquês de Tancos, 1 (Castelo) 21 888 4636 | © 11h/2h; Dom. 15h/23h | - 2ª Bar Entretanto R. Nova do Almada, 114 (Chiado) 29 172 4209 | © 12h/23h BBC - Belém Bar Café Av. Brasília, Pavilhão Poente (Belém) 21 362 4232 | © 20h/3h | - Dom. | U BedRoom R. do Norte, 86 (Bairro Alto) 21 343 1631 | © 21h/2h | - Dom. a 3ª
British Bar R. Bernardino da Costa, 52 (Cais do Sodré) 21 342 2367 | © 8h/24h; 6ª e Sáb. 8h/2h Capela R. da Atalaia, 45 (Bairro Alto) 21 347 0072 | © 20h/4h Catacumbas Jazz Bar Tv. Água da Flor, 43 (Bairro Alto) 21 346 3969 | © 22h/4h | - Dom. Chapitô (Bartô) R. Costa do Castelo, 1-7 (Castelo) 21 885 550 | © 22h/2h | - 2ª
(Príncipe Real) 21 342 2079 | © 18h/2h | - 2ª | €€ Club Carib R. da Atalaia, 78 (Bairro Alto) 96 110 0942 | © 22h/3h30 Club Rubik R. Jardim do Tabaco, 94 (Alfama) 93 326 3112 | © 11h30/21h; 5ª a Sáb. até 4h Club Souk R. Marechal Saldanha, 6 (Bairro Alto) 21 346 5859 | © 22h/4h | - Dom.; 2ª Clube da Esquina R. da Barroca, 30 (Bairro Alto) 21 342 7149 | © 21h30/2h Clube Ferroviário R. de Santa Apolónia, 59 (Sta Apolónia) © 4ª a 6ª 17h/4h; Sáb. 12h/4h; Dom. 12h/2h | - 2ª e 3ª Clube Rua R. da Barroca, 111(Bairro Alto) © 3ª a Sáb. 21h/4h | - Dom. e 2ª Copenhagen R. de São Paulo, 8 (Cais do Sodré) 21 346 7079 | © 22h/4h | - 2ª Dock's Club R. da Cintura do Porto, 226 (Rocha Conde d’Óbidos) 21 395 0856 | © 24h/6h | - Dom.; 2ª e 4ª
Chueca R. da Atalaia, 97 (Bairro Alto) 91 957 4498 | © 2ª a 5ª 19h/2h; 6ª e Sáb. 19h/3h | - Dom.
Elevador Amarelo R. da Bica de Duarte Belo, 37 (Bica) © 22h/2h | - 2ª | U
Bicabar Lg. de Santo Antoninho, 8 (Bica) © 10h/2h | - 2ª
Cinco Lounge R. Ruben A. Leitão, 17 A (Príncipe Real) 21 342 4033 | © 15h/2h
Esquina da Bica Bar R. da Bica de Duarte Belo, 26 (Bica) © 22h/2h | - Dom.; 2ª
Bicaense Café R. da Bica Duarte Belo, 42 (Bica) 21 325 7940 | © 20h/2h | - Dom.; 2ª | U
Chafariz do Vinho (Enoteca) {Internacional} R. da Mãe d’Água à Pç. da Alegria
Europa R. Nova do Carvalho, 28 (Cais do Sodré) 21 342 1848 | © 23h/4h; 6h/10h| U
Berlin Bairro Alto R. do Diário de Notícias, 122 (Bairro Alto) © Dom. a 5ª 21h/2h; 6ª e Sáb 21h/4h
56 Guia da Noite Lx magazine
Fábrica Braço de Prata R. da Fábrica do Material de Guerra, 1 (Beato) © 4ª a Sáb. 18h/4h; Dom. 15h/24h | - 2ª; 3ª | U Fiéis ao Bairro Tv. da Espera, 42 A (Bairro Alto) © 18h/2h Finalmente R. da Palmeira, 38 (Príncipe Real) 21 347 2652 | © 22h/5h | U Fluid Av. D. Carlos I, 67 (Santos) 21 395 5957 | © 22h/4h Frágil R. da Atalaia, 126 (Bairro Alto) 21 346 9578 | © 23h30/4h | - Dom.; 2ª | U Funicular R. da Bica Duarte Belo, 44 (Bairro Alto) © 22h/2h | - Dom., 2ª a 4ª | U Galeria Zé dos Bois – ZDB R. da Barroca, 59 (Bairro Alto) 21 343 0205 | © 22h/2h | U Glória Live Music Club R. do Ferragial, 36A (Chiado) 91 748 8515 | © 3º a Sáb. 22h30/4h | - 2ª Gossip R. Cintura do Porto, Arm. H, Naves A-B (Alcântara) 21 395 5870 | © 23h/6h | - Dom.; 2ª Groove Bar R. da Rosa, 148-150 (Bairro Alto) © 2ª a Sáb 22h/4h | - Dom. | U Heidi Bar R. da Barroca, 129 (Bairro Alto) © 2ª a 5ª 18h/2h; 6ª e Sáb. 18h/2h45; Dom. 21h/2h45 Hennessy’s Irish Pub R. do Cais do Sodré, 32-38 (Cais do Sodré) 21 343 1064 | © 12h/2h; 6ª e Sáb. 12h/3h
In Rio Lounge Av. Brasília, Pavilhão Nascente, 311 (Belém) 21 362 6248 | © 9h/4h Incógnito R. Poiais de S. Bento, 37 (Santos) 21 390 8755 | © 23h/4h | - 2ª; 3ª | U Indochina R. Cintura do Porto de Lisboa, 232 Arm. H (Santos) 21 395 5875 | © 23h/6h | - Dom.; 2ª Jamaica R. Nova do Carvalho, 6 (Cais do Sodré) 21 342 1859 | © 23h/6h | - Dom. | U Kais R. da Cintura – Cais da Viscondessa (Rocha Conde d’Óbidos) © 20h/23h30 | - Dom. | U Kapital | Muii Av. 24 de Julho, 68 (24 de Julho) 21 393 2930 | © 5ª a Sáb. e vésp. feriados 23h/6h | - Dom.; 2ª Kuta Bar Trav. do Chafariz d’El-rei, 8 (Alfama) 96 795 7257 | © 19h30/2h; 6ª e Sáb. até 4h; Dom. Brunch 11h/18h; Bar 18h/2h | - 2ª Kremlin R. Escadinhas da Praia, 5 (24 de Julho) 21 395 7101 | © 24h/8h | - Dom.; 2ª a 5ª
L Gare R. da Rosa, 136 (Bairro Alto) © 17h/2h | - Dom. e 2ª Le Goût du Vin R. de S. Bento, 107 (São Bento) 21 395 0070 | © 19h/2h | - Sáb. Left Lg. Vitorino Damásio, 3 F (Santos) 91 635 9406 | © 3º a Dom. 22h/4h | - Dom.| U Les Mauvais Garçons R. da Rosa, 39 (Bairro Alto) 21 343 3212 | © 12h/1h | U Le Marais R. de Sta. Catarina, 28 (Adamastor) 21 346 7355 | © Dom. a 5ª 12h/2h; 6ª e sáb. 12h/4h | U Loft R. do Instituto Industrial, 6 (Santos) 21 396 4841 | © 24h/6h | - Dom. a 4ª Lounge Bar R. da Moeda, 1 (Santos) 21 846 2101 | © 21h/4h; 6ª e sáb. 22h/4h | - 2ª | ) Lost In Esplanada Bar R. D.Pedro V, 56 (Príncipe Real) © 12h/2h | - Dom. Lux-Frágil Av. Infante D. Henrique, Arm. A (Stª Apolónia) 21 882 0890 | © 18h/6h | - Dom.; 2ª | )
Uma noite com João Leal Escritor Paragens obrigatórias Esplanada: Jardim do Torel Restaurante: La Finestra Bar: Clube Ferroviário Discoteca: Incógnito
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Uma noite com João Silveira Ramos Fotógrafo Paragens obrigatórias Café : Ertilas Restaurante: Pap´Açorda Bar: Bairro Alto Hotel Discoteca: Musicbox
LX Factory R. Rodrigues Faria, 103 (Alcântara) 21 314 3399 Lx Casting Club R. Rodrigues Faria, 103 (Alcântara) 91 526 9222 | © 4ª 22h/2h; 5ª a Sáb. 22h30/6h | - Dom. a 3ª Majong R. da Atalaia, 3 (Bairro Alto) 21 342 1039 | © 21h30/4h |U Maria B.A. Trav. dos Inglesinhos, 48 (Bairro Alto) 91 177 6883 | © 2ª a 5ª 19h30/2h; 6a e Sáb. até 3h | - Dom. Maria Caxuxa R. da Barroca, 6-12 (Bairro Alto) © 19h30/2h | - Dom. | U Maria Lisboa R. das Fontainhas, 86 (Alcântara) 21 362 2560 | © 6ª e vésp. feriados 23h30/6h | - Dom. a 5ª Meninos do Rio R. da Cintura do Porto de Lisboa, Arm. 255 (Cais do Sodré) 21 322 0070 | © 12h30/4h | €€€ Mexecafé R. Trombeta, 4 (Bairro Alto) 21 347 4910 | © 22h/4h | U Mezcal Tv. Água da Flor, 20 (Bairro Alto) 21 343 1863 | © 21h30/4h | U 58 Guia da Noite Lx magazine
Mini-Mercado Av. D. Carlos I, 67 (Santos) 96 045 1198 | © 22h/4h | - Dom.; 2ª | U
Paradise Garage R. João de Oliveira Miguéns, 38-48 (Alcântara) 21 790 4080 | © 24h/6h | - 2ª a 4ª Pavilhão Chinês R. D. Pedro V, 89 (Príncipe Real) 21 342 4729 | © 18h/2h; Dom. 21h/2h | U Plateau R. Escadinhas da Praia, 7 (24 de Julho) 21 396 5116 | © 22h/6h | - Dom.; 2ª, 4ª Pop Out R. da Bica Duarte Belo, 31 (Bica) 91 544 4448 | © 5ª a Sáb. 22h/2h | - Dom. a 4ª
MusicBox R. Nova de Carvalho, 24 (Cais do Sodré) 21 347 3188 | © 23h/6h | - Dom. a 3ª | U
Porão de Santos Lg. de Santos, 1 (Santos) 21 396 5862 | © 10h/4h; sáb. 19h/4h | - Dom.
Muv Lounge-bar R. da Moeda, 1 (Cais do Sodré) © 2ª a 6ª 9h/4h; Sáb. 12h/4h; Dom. 12h/24h
Portas do Sol Lgo. Portas do Sol (Castelo) 91 754 7721 | © 10h/24h; 6ª e Sab. até 2h | €€€
NOITibó R. do Vigário, 74 (Alfama) 21 885 1375 | © 18h/2h | - 3ª
Povo {bar} R. Nova do Carvalho, 32/36 (Cais do Sodré) | © 18h/4h| - 2ª
Odessa Av. Infante D. Henrique - Armazém B, Lj.9 (Sta Apolónia) 21 882 2898 | © 5ª e Dom. 22h/2h; 6ª e Sáb. 22h/3h | - 2ª a 4ª
Portas Largas R. da Atalaia, 105 (Bairro Alto) 21 346 6379 | © 20h/3h30
O’Gillins Irish Bar R. dos Remolares, 8 (Cais do Sodré) 21 342 1899 | © 11h/2h30 OndaJazz Arco de Jesus, 7 (Alfama) 21 887 3064 | © 3ª a 5ª 19h30/2h; 6ª e Sáb. 19h30/3h | - Dom.; 2ª Op Art Café | Doca de St. Amaro (Docas) 21 395 6787 | © 15h/2h; 6ª 15h/7h; Sáb. 13h/7h | - 2ª | U
Project Bar Av. Dom Carlos I, nº 61 – 1º (Santos) 96 391 0337 | © 2ª a 5ª 18h30/3h; 6ª e Sáb. 18h30/4h | - Dom Purex R. das Salgadeiras, 28 (Bairro Alto) 21 342 8061 | © 23h/4h | - 2ª | U Roterdão R. Nova do Carvalho, 28/30 (Cais do Sodré) 96 605 5306 | © 3ª 22h/4h; 4ª a Sáb. 18h/4h | - Dom. e 2ª
Rock in Chiado Café R. Paiva Andrade, 7 (Chiado) 21 346 4859 | © 11/3h | - Dom. | U
Snob R. do Século, 178 (Príncipe Real) 21 346 3723 | © 16h30/3h | U
Velha Senhora {bar} R. Nova do Carvalho, 40 (Cais do Sodré) © 18h/2h
Santiago Alquimista R. de Santiago, 19 (Castelo) 21 888 4503 | © 2ª a 4ª 18h/2h; 5ª a Sáb. 18h/4h; Dom. 20h/2h | U
Space Club R. Isabel Saint-Léger, 12 (Alcântara) © 23h30/6h | - 2ª a 5
Vila Louize Fashion Factory R. Rodrigues Faria, 103 (Alcântara) 91 246 9190 | © 11h/22h | - Dom
Século (O) R. de O Século, 78 (Bairro Alto) 21 323 4755 | © 9h/2h | - Dom. Sentido Proibido R. da Atalaia, 34 (Bairro Alto) © 19h/2h Sétimo Céu Tv. da Espera, 54 (Bairro Alto) 21 346 6471 | © 22h/2h Silk R. da Misericórdia, 14 - 6º andar (Bairro Alto) © 22h30/4h | - Dom.; 2ª Sol e Pesca R. Nova do Carvalho, 44 (Cais do Sodré) 21 346 7203 | © 18h/2h; 6ª e Sáb. até 3h | - Dom. Skones R. da Cintura – Cais da Viscondessa (Rocha Conde d’Óbidos) 21 393 2930 | © 23h/5h | - Dom.; 2ª
Speakeasy Cais das Oficinas, Arm. 115 (Rocha Conde d’Óbidos) 21 396 4257 | © 20h/3h; 5ª a Sáb. 20h/4h | - Dom. | U Supercalifragilistic R. dos Remédios, 98 (Alfama) 93 331 1969 | © 18h/2h | - Dom.; 2ª Sweet R. Maria Luísa Olstein, 13 (Alcântara) 21 363 6830 | © 24h/6h | - 2ª; 3ª e 5ª Tasca do Chico R. Diário de Notícias, 39 (Bairro Alto) © 12h/4h Tease R. do Norte, 31-33 (Bairro Alto) 96 910 5525 | © 12h/23h | - Dom. Tejo Bar Beco do Vigário, 1 (Alfama) © 22h/2h | - Dom. TMN ao Vivo (antigo Armazém F) R. da Cintura do Porto, Arm. 65 (Cais do Sodré)
Vizinha {bar} R. da Bica Duarte Belo 14 (Bica) 91 990 31 32 | © 11h/24h| - 2ª Xannax Club R. do Século, 138 (Bairro Alto) 96 940 7730 | © 12h/20h; 23h/4h | - 2ª; 3ª | U
Estes e muitos outros restaurantes e bares de todo o país em www.guiadanoite.net © Horário - Dias de encerramento U Fumadores ou área específica € até 10 euros €€ de 10 a 15 euros €€€ de 15 a 25 euros €€€€ de 25 a 45 euros €€€€€ acima de 45 euros
Diretora Sandra Silva | Assistente editorial André Campos | Redação C. Sá, José Luís Peixoto, Myriam Zaluar, Patrícia Raimundo, Sandra Silva | Revisão Fernanda Borba | Design gráfico e paginação Inês Sena | Fotografias Cátia Barbosa, Carlos Santos, Helena Canhoto, João Silveira Ramos, Nuno Sousa Dias, Pedro Gaspar, Rita Carmo | Ilustração da capa António Jorge Gonçalves | Ilustrações Inês Sena, António Jorge Gonçalves, Alexandre Cortez | Colaboradores José Luís Peixoto, Luísa de Carvalho Pereira, Mafalda Lopes da Costa, Maria João Veloso, Natacha Gonzaga Borges, Patrícia Brito, Patrícia Maia e Vítor Belanciano | Produção Finepaper | Copyright 101 Noites – Criação de Produtos Culturais, Lda | Tiragem e circulação: 35.000 exemplares | Periodicidade Trimestral
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Guia da Noite Lx magazine 59
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O que há de novo na noite de Lisboa? Há quem diga que a movida da capital está imparável, sendo mesmo considerada uma das melhores da Europa. A comprová-lo, está a aposta de muitos empresários na abertura de novos restaurantes, bares e discotecas. Confere os novos spots noturnos da capital. 28 PARA A ESTRELA {bar} Jd. Guerra Junqueiro, Pç. da Estrela | 92 907 5732 | © Dom. a 4ª 10h/21h, 5ª a Sáb. 10h/23h A VIZINHA {bar} R. da Bica Duarte Belo 14 (Bica) 91 990 3132 | © 11h/24h| - 2ª ARTE & MANHA {bar} Av. Duque de Loulé 22 | 21 825 8532 | © 8h/4h | - 3ª | €€€ CAFÉ BELVEDERE {bar} Tv. do Cabral, 4 (Bica) 91 994 4554 | © 11h/19h | - Sáb. e Dom. CANTINHO DO AVILLEZ {restaurante} R. dos Duques de Bragança, 7 (Chiado) 21 199 2369 | © 12h30/15h; 19h30/24h; 6ª e Sáb. até 1h | - Dom. e 2ª ao almoço | €€€€ LE PETIT BISTRO {restaurante-bar} R. do Almada 29 (Bica) 21 346 1376 | © 11h/24h Dom: 11h/20h | - 2ª | €€€ 60 Guia da Noite Lx magazine
MUV LOUNGE-BAR {restaurante-bar} R. da Moeda 1 F/G | 21 197 5939 | © 2ª a 6ª 9h/4h; Sáb. 12h/4h | - Dom. | €€€ NOITIBÓ {bar} R. do Vigário, 74 (Alfama) 21 885 1375 | © 18h/2h | - 2ª POVO {bar} R. Nova do Carvalho, 32-36 (Cais do Sodré) ©18h/4h | - 2ª PAÇO D’ÁGUA {geladaria} Terreiro do Paço Pátio da Galé | © 9h/20h SEA ME {restaurante} R. do Loreto 21 (Chiado) 21 346 1564 | © Dom. a 4ª 12h/24h, 5ª a Sáb. 12h/02h | €€€€ SOL E PESCA {bar} R. Nova do Carvalho, 44 (Cais do Sodré) 21 346 7203 | © 18h/2h; 6ª e Sáb. até 3h | - Dom. SUSHI FASHION {restaurante-bar} R. Capelo, 24 (Chiado). 91 247 8100 | © 12h/15h30/ 19h30/2h| - Dom. | €€€ TIA CHICA {restaurante} R. S. Tomé 46/48 (Alfama) 91 417 98 19 | © 19h/24h | - Dom. | €€ VELHA SENHORA {bar} R. Nova do Carvalho, 40 (Cais do Sodré) © 18h/2h