Guia da Noite Lx Magazine #9

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Tendências » Cultura Urbana » Música » Net » Sabores » Dj’s » Entrevistas

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Holofotes »

#9 - 2009 » Distribuição gratuita

Tó Trips B.Leza itinerante Zé Pedro »

Animal social

Shortcutz » Curtas no Bicaense

Silent Parties

Guia » cafés | esplanadas | restaurantes | bares | discotecas


101 Noites, Lg. de Stยบ Antoninho, 3 - 1200-406 Lisboa | Tel. 21 343 22 52 101noites@101noites.com | www.101noites.com | www.myspace.com/101noites


Holofotes »

Texto» Patrícia Raimundo Fotografia» Raquel Castro

Tó Trips Há sempre uma guitarra

No início era o rock. A seguir veio o western, o fado e o flamenco misturados num grande caldeirão chamado Dead Combo. Depois, a nudez de um disco a solo. Vá em que sentido for, na vida de Tó Trips há sempre uma guitarra para contar a história. A estrada começa em 1985, algures entre o Liceu D. Pedro V e o Rock RendezVous – RRV, que tinha aberto estrategicamente mesmo ali ao lado. “Havia sempre uma guitarra lá em casa e também tive a influência do pessoal do Liceu e da rua onde eu Guia da Noite Lx magazine 1


Holofotes

parava, em Benfica”, conta. Com uma sala de concertos mesmo à mão de semear e as companhias certas, não tardou muito até que Tó Trips tivesse a sua própria banda. Chamavam-se Amen Sacristi e praticavam o rock duro e sujo que levaram à 5ª edição do mítico Concurso de Música Moderna promovido pelo RRV. Depois vieram os Santa Maria, Gasolina Em Teu Ventre! – um projecto de guitarras em delírio, sem lei nem rótulo – e os Lulu Blind, a que Trips emprestava não só a guitarra mas também a inconfundível voz rouca, primeiro em inglês e mais tarde em português, com o derradeiro disco Foge de Ti. Pelo caminho ficaram os Hi Fi Jô – “uma coisa de dub” – e “uma banda que ainda deu dois concertos, os The Tysons”, acrescenta. “Na altura dos Lulu Blind estava muito mais voltado para cenas de rock, trash metal, hard core, punk. Hoje em dia também sou capaz de ouvir isso – continuo a gostar imenso de rock – mas também ouço jazz, world music, fado… Com a idade comecei a gostar de ser um pouco mais ecléctico. Também aprendi muita música, muita música me foi dada a ouvir”. Foi assim que, naturalmente, surgiu a vontade de pisar em novos terrenos musicais, tão diferentes daqueles em que começou. “Eu já conhecia o Pedro Gonçalves aí das andanças, mas nunca falámos muito. Até que um dia encontrei-o à saída de um concerto do Howe Gelb e pedi-lhe boleia. Viemos os dois a pé a falar e foi aí que nasceram os Dead Combo”. Com espírito de português viajante, o projecto que criou com o contrabaixista

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conta já quatro discos de originais (o quinto vem a caminho ainda este ano) e um gravado ao vivo. Canções tão impregnadas de portugalidade e ao mesmo tempo do resto do mundo como “Lusitânia Playboys”, “a história de dois gajos do jazz que vão ao Cais do Sodré e andam à porrada com dois marinheiros” contada por uma guitarra e um contrabaixo. Em 2008, um convite para “tocar umas guitarradas” na inauguração da exposição dedicada aos 50 anos de On The Road, de Jack Kerouac, no Espaço Av. da Liberdade 211, acabou por lançar Tó Trips numa verdadeira viagem pela estrada fora. “Aceitei, mas em vez de ir lá tocar sozinho, lembrei-me de convidar o Tiago Gomes para ler uns trechos do livro enquanto eu tocava guitarra”. Aquilo que aconteceu quase por acaso acabou por tornar-se um projecto mais sério, com vídeos de Raquel Castro, várias apresentações ao vivo (algumas com banda) e a gravação do EP Vi-os Desaparecer na Noite. “Gosto desse lado do spoken word. O mais fixe nisso é que é uma coisa em que sou mais livre. No On The Road há temas, mas depois há ali um espaço de improvisação, de descoberta e de experimentação de que eu gosto. É quase um balão de ensaio”. Fascinado pela guitarra como instrumento e objecto em si, Tó Trips não passa um dia sem tocar. Com algum desse material nascido das experiências diárias a seis cordas foi para Esmoriz durante uma semana e saiu de lá com o primeiro disco a solo. “Como eu sou um gajo que gosta de experimentar coisas, decidi tocar guitarra de caixa, voltar àquela guitarra da minha


Holofotes

“Gosto desse lado do spoken word. O mais fixe nisso é que é uma coisa em que sou mais livre. No On The Road há temas, mas depois há ali um espaço de improvisação, de descoberta e de experimentação de que eu gosto. É quase um balão de ensaio”

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Holofotes

Fascinado pela guitarra como instrumento e objecto em si, Tó Trips não passa um dia sem tocar.

mãe e compor, que é muito diferente de compor em guitarra eléctrica”. Dedicado à mulher, Raquel Castro, Guitarra 66 é um disco de viagens, as viagens que os dois fizeram e que se podem ouvir em cada uma das 12 faixas. Não são só as canções e as histórias por detrás delas que fazem deste álbum uma obra muito pessoal. As fotos e o design da capa também são da autoria do próprio Tó Trips. “Já nos anos 80 era eu que fazia as capas das demos das bandas em que estava na altura”. Palavra puxa palavra, hoje o músico pode dizer que já assinou a arte dos discos de gente tão diferente como Da Weasel, Jorge Palma, Xutos & Pontapés, Mariza, Boss AC ou Rui Veloso. Para além disto, foi ele que criou o palco para o concerto dos 30 anos dos Xutos, no 4 Guia da Noite Lx magazine

Estádio do Restelo. “Na altura dos Amen Sacristi e dos Lulu cheguei a fazer uns cenários, mas nunca foi nesta dimensão de estádio, em que há um palco gigante à Rolling Stones, com panos de 40 por 18 metros. Foi uma grande experiência para mim”. Só quem andar muito distraído é que não repara como são poucos os álbuns de bandas nacionais que não têm um dedo de Tó Trips na arte final. Se não estiver lá o nome, basta procurar Mackintóxico, o pseudónimo que o músico escolheu para assinar este tipo de trabalhos. “Gosto do lado gráfico, da imagem associada à música. Sempre fiz colecção de bilhetes de concertos, sempre gostei de posters das bandas e das imagens das capas. Sou capaz de ir a uma loja de discos e ficar só a olhar para as capas”.


#1 H olofotes » Tó Trips

# 22 D j Shot » James Warren

Há sempre uma guitarra

A música quer-se cosy

# 6 É Noite no Mundo »

# 26 1001 noites » Shiu!

José Luís Peixoto Ai, ai, a Bulgária

# 10 Lusofonia » Ary dos Santos ainda vive na Rua da Saudade

# 12 Zoom » Shortcutz Todas as terças, para sempre

# 14 L ivre Trânsito» Social Smokers Poesia fora da gaveta

# 17 P ela estrada Fora » Patrícia Almeida Fora do tempo e do mundo num festival de Verão

# 20 Metropolis » Don’t Panic

Best Of

Eles chegaram para salvar o dia (e a noite)!

Isto é uma festa!

# 28 Retratos da Noite » Do B.Leza de todas as noites à itinerância

# 32 Animal Social » Zé Pedro Remar, remar

# 36 Radar » Bunnyranch Não é só rock, é uma aventura!

# 40 Best Of » Restaurantes, bares e discotecas

# 54 G uia » Directório das melhores moradas da noite de Lisboa

# 64 Post it» Guia do Brunch

# 40 Sabores Glamour # 42 Sabores Gourmet # 44 Sabores do Mundo # 46 Noites Trendy

Este símbolo significa que podes ler as entrevistas ou artigos na íntegra e interagir com a revista. Voa para www.guiadanoite.net ou envia um e-mail para redaccao@guiadanoite.net

# 48 Noites Cool # 50 Noites ao Vivo # 52 Noites de Dança

Nota: Não nos responsabilizamos por eventuais alterações na informação sobre eventos e espaços seleccionados.

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É Noite no Mundo »

Texto»

José Luís Peixoto Fotografia» Carlos Ferreira

Ai, ai, a Bulgária Estávamos apaixonados, estávamos na Bulgária. De dia, ao tentarmos tirar cafés em máquinas de moedas com as instruções em alfabeto cirílico, admirávamo-nos com o que saía nos copos de plástico; de noite, queríamos saber para onde iam todas aquelas loiras que usavam roupas compradas em boutiques que só passavam êxitos dos anos 80 – Life is Life, Tarzan Boy, etc. Quem se empenhou em responder a esta dúvida foi um amigo português que vivia em Sófia e que estava ligado às apresentações de livros que eu tinha ido fazer. Eu sei que qualquer lugar é bom quando se está apaixonado mas, entre os

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melhores, aposto que as pessoas que referem Veneza ou Paris nunca estiveram apaixonadas em Sófia. Era o fim do Inverno, o início da Primavera. Por isso, as ruas estavam apenas gélidas. Sentia-se que os búlgaros estavam a sair de um tempo ainda mais frio, mostravam isso pelo sorriso. Após o jantar de Sábado, estávamos num carro – techno no autorádio – em direcção a um bar. Vodka de baunilha, foi nesse bar que experimentei vodka de baunilha pela primeira, pela segunda, pela terceira e pela quarta vez. Ainda não era meia-noite e queríamos um lugar onde se dançasse. Juntou-se a nós


a

É Noite no Mundo

“Havia universitários a falarem de qualquer assunto que desconhecíamos e que pouco aplaudiam no fim de cada canção. Ficava um silêncio de palmas desencontradas."

uma búlgara que falava francês e que nos indicou o caminho para um lugar que lhe parecia corresponder à descrição do que procurávamos. Mais carro, mais techno e chegámos à entrada de um night-club. Os seguranças da porta são grandes em qualquer parte do mundo e carecas quase sempre. No interior, em mesas, estavam grupos de casais na área dos cinquentas que pediam whisky com gelo a empregados fardados e que olhavam para um palco onde cubanos dançavam salsa com cubanas muito sérias, vestidas de folhos garridos. Os búlgaros olhavam para as pernas das cubanas, as búlgaras seguiam os rabos dos cubanos, a reflectirem luz, dentro de calças de cetim. Quando acabaram as acrobacias, o palco ficou vazio, mas a salsa continuou. Então, o palco foi-se enchendo de casais búlgaros de meia idade, descoordenados, a “dançarem" salsa. Não nos foi difícil fazer melhor e não nos foi difícil cansarmo-nos.

Queríamos um lugar mais parecido connosco. Queríamos tudo. Após minutos e outra viagem, estávamos a descer as escadas de uma cave. Comovemo-nos com o talento da vocalista de uma banda ao vivo. Cantava com uma entrega que, àquela hora, nos pareceu excepcional. Havia universitários a falarem de qualquer assunto que desconhecíamos e que pouco aplaudiam no fim de cada canção. Ficava um silêncio de palmas desencontradas. Acreditámos que merecia um público mais entusiasta, nomeámos vários exemplos de vocalistas conhecidos com menos poder vocal. Quisemos falar com ela, dizer-lhe que acreditávamos mesmo que tinha futuro, mas não houve tempo porque, após qualquer coisa, já estávamos de novo no carro, a caminho de um lugar que, afirmava a búlgara, era a grande sensação da noite de Sófia.

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É Noite no Mundo

Chegámos. Era o Lux. Reformulo: não era o Lux, mas tinha muitas semelhanças. A entrada não foi difícil, não se viam muitos estrangeiros nas noites de Sófia. Paredes brancas, a palavra design, penteados em rostos que faziam questão de não se admirar com nada e que, no entanto, estavam a controlar tudo – um emaranhado invisível de relações, como aquele jogo infantil em que se formam

Chegámos. Era o Lux. Reformulo: não era o Lux, mas tinha muitas semelhanças. A entrada não foi difícil, não se viam muitos estrangeiros nas noites de Sófia.

figuras geométricas com um fio à volta dos dedos que, depois, se passa para as mãos de outro. Pessoas que nunca tinham os olhos muito abertos, que baixavam as pálpebras até meio e que viam tudo assim, com aparente desinteresse. A música não era má, mas também não era boa. Havia uma ecologia de emoções

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que estava presente em tudo. Ainda não era bem isto que queríamos. Afinal, nós estávamos apaixonados, prestes a explodir. Começava a ser tarde. A búlgara desistiu, despediu-se: au revoir, à bientôt. E fomos levados ao único lugar que ainda estava aberto, a última possibilidade da noite. A entrada era no metro, perto de uma estação de metropolitano, entre lojas fechadas. Tinha uma multidão de pessoas a entrar e uma multidão de pessoas a sair. Os que saíam estavam transpirados e vestiam camisolas grossas de lã e casacos. Os que entravam, estavam eufóricos, como nós. Abreviando, era uma discoteca imensa, com centenas de metros de balcões. As pessoas dançavam em cima dos balcões e em todos os lugares onde houvesse espaço. Foi o que fizemos até fechar. Estávamos apaixonados. Dois anos e meio depois, haveríamos de ter um filho.


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Lusofonia »

Ary dos Santos ainda vive na Rua da Saudade Temas que nos habituámos a ouvir no masculino ganham agora nova vida no projecto Rua da Saudade e, desta vez, pela voz de quatro mulheres. A ideia partiu do produtor Renato Jr. que quis homenagear o poeta e letrista José Carlos Ary dos Santos, numa altura em que se assinalam os 25 anos da sua morte. Vindas de hemisférios musicais distintos, Luanda Cozetti (Couple Coffee), a fadista Mafalda Arnauth, Susana Félix e Viviane foram as vozes escolhidas para revisitar canções como “Cavalo à Solta” ou “Canção de Madrugar” e dar-lhes uma roupagem mais moderna. A pop é o denominador comum a todas as versões, mas podem encontrar-se finos pós de fado, jazz ou mesmo bossa nova em algumas delas. Cada uma das cantoras deu às interpretações um pouco do seu estilo próprio, mas não se cingiram ao seu próprio registo, quer a solo quer nos duetos ou na canção que partilham as quatro. 10 Guia da Noite Lx magazine

Luanda Cozetti, Mafalda Arnauth, Susana Félix e Viviane vestem as canções de Ary dos Santos de roupagens pop, jazz, fado e até bossa nova.

O disco, que já chegou a ouro, podia incluir os temas que mais celebrizaram os poemas de Ary dos Santos como “Tourada” ou “Desfolhada”, mas os envolvidos preferiram deixar de lado as escolhas mais óbvias e dar a conhecer outras. A Rua da Saudade também já chegou aos palcos e encheu os Coliseus, em espectáculos que contaram com uma banda com cerca de 22 músicos, e parece ter conquistado várias gerações de ouvintes. Com abordagens umas vezes mais clássicas, outras mais ousadas, as palavras únicas daquele que foi um dos mais aclamados poetas e letristas portugueses ganham novas cores numa Rua da Saudade onde não faltam – como em todas as ruas que povoam as cidades – momentos frescos, animados e sentidos que ora contam histórias de amor, ora de fúria.


Lusofonia

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Zoom Âť

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Zoom

Shortcutz Todas as terças, para sempre Começou a 5 de Janeiro e não tem fim à vista. O Shortcutz podia ser mais um festival de curtas-metragens, mas não é. É um movimento feito competição, que promete encher a Bica de cinéfilos todas as terças, para o resto das nossas vidas. Podia parecer demasiado ambicioso, senão mesmo imprudente, dizer que o Shortcutz “acontece uma vez por semana, para sempre”, mas é mesmo assim que Rui de Brito, produtor da Subfilmes e director criativo do Shortcutz, responde quando alguém ousa perguntar a duração do projecto. A verdade é que as noites de terça já estão diferentes ali para os lados da Bica. A ideia de mostrar curtas-metragens num bar, enquanto se bebe um copo e se está à vontade para conversar, tem sido responsável por verdadeiras enchentes num dia que, por norma, era pouco movimentado. O incontornável Bicaense é agora tam-

Texto» Patrícia Raimundo Fotografia» Rita Carmo

bém ponto de encontro dos cinéfilos que preferem trocar o balde de pipocas e os assentos confortáveis por um par de cervejas, um cigarro e dois dedos de conversa. “Nós queremos que isto seja uma experiência diferente da que já existe em festivais ou mostras do género. Como queremos dar muita importância à parte da interacção, decidimos ir para um sítio mais informal. Numa sala de cinema há sempre uma divisão entre as pessoas que estão na plateia e quem está a apresentar o filme. Aqui, tanto durante como depois da sessão, as pessoas misturam-se todas e isso é uma coisa que não existe nos festivais”. Para além da informalidade do espaço, a escolha do Bicaense tem para Rui de Brito um outro propósito: “Queríamos que fosse um sítio de passagem para as pessoas que vão sair à noite. Assim conseguimos um público que de outra maneira não conseguiríamos atrair”. O Shortcutz vive também da competição, que pode vir a ser o segredo para a longevidade do movimento. Todas as semanas acontece um duelo de curtas e, uma vez por mês, dá-se a grande final, com a escolha da curta vencedora desse mês. Madrid, Nova Iorque e Londres vão entrar para a rede do Shortcutz, com sessões às terças em tudo semelhantes às de Lisboa, e que servirão ainda de montra internacional para os vencedores portugueses. Guia da Noite Lx magazine 13


Livre Trânsito »

Social Smokers Poesia fora da gaveta Fotografia» João Silveira Ramos

Sobem ao palco e lançam palavras como baforadas de fumo. Há poesia, mas também cigarros, copos, Biru, Jorge Vaz Nande e Silva o beats e vídeo. Já não há gaveta que prenda o que Sentinela não se conheciam até escrevem este poetas. participarem no poetry slam do Festival Silêncio, em 2009. Alex Cortez fez questão de os juntar e assim nascem completa o trio e acrescenta-lhe nuances: “Enquanto eles têm um lado musical forte, o os Social Smokers. “Nós na brincadeira até dizemos que esta é a primeira boys band de meu passado tem muito mais a ver com recitais de poesia. Quando comecei no slam foi poesia! E tal como numa boys band, todos ainda com essa carga, que entretanto tenho os elementos têm as suas particularidavindo a perder”. Talvez por isso a sua perfordes”. Jorge até pode estar a brincar, mas mance seja ligeiramente mais ao estilo dos não andará muito longe da verdade. tradicionais diseurs. Quando põe a boina e Ao palco do MusicBox sobem, uma vez atira o cachecol para trás, Jorge faz denúnpor mês, três figuras distintas. Com o gorro cia política, mas é a intimidade que mais a complementar o fato e a gravata, Biru explora nos poemas que escreve e diz. Silva desfia as histórias de “Estrada da Vida”. o Sentinela e Biru preferem gosta pôr no Discreto, Alex Cortez pontua as palavras palco crónicas do dia-a-dia. A avaliar pelas com o baixo, o vídeo de João Pedro Gomes sessões Open Mike que acontecem no final dá-lhes cor. “Vários sentidos e mais de duas dos concertos, já há bastante gente a abrir vias/ na estrada da vida há engarrafamena gaveta dos poemas num clube, enquanto tos todos os dias”, o slammer continua o poema sempre sem perder o ritmo, às vezes bebe um copo. Sinal dos tempos? Jorge Vaz Nande acredita que sim. “Em Portugal temos quase que canta. Depois, num fato claro e muito esta ideia de que a poesia tem de ser óculos escuros a ocultar a timidez, Silva o sempre uma coisa muito íntima, guardada Sentinela chega-se à frente. Mão no bolso, mais comedido nos gestos mas nem por isso dentro do cofre a sete chaves. Mas não tem menos carismático, acompanha Biru com os que ser assim. A palavra pode ser também performativa e empolgar um público”. seus próprios jogos de palavras. Vaz Nande 14 Guia da Noite Lx magazine


Livre Tr창nsito

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Pela Estrada Fora »

Patrícia Almeida Fora do tempo e do mundo num festival de Verão

Texto» C. Sá Fotografias» Patrícia Almeida

No Verão, em todos os Verões, as tribos urbanas marcham para fora da cidade. Em estado de encantamento, rumam a norte ou a sul, ao litoral ou ao interior. Seguem a música e os músicos. Vão atrás de som, muito som, luzes, corpos, muitos corpos. Saltos e gritos. Movimento. Tudo é movimento num festival de Verão. Há noites de festa. E há belas manhãs. À beira do rio, estendidos na relva, pairam anjos. A seguir à noite, o dia; a seguir ao barulho, o silêncio; a seguir aos holofotes e à cerveja, o verde da relva, a água a correr. A leveza dos corpos e a doçura dos olhos, de novo nuas, em frente a uma máquina fotográfica. São esses momentos, como se fossem arrancados de um sonho, que Patrícia Almeida levou ao Prémio BES Foto’2009 e que expôs no Museu Berardo no início de 2010. Não a lua, o sol. No Verão de 2009, em Paredes de Coura e no Ermal, foi à luz do dia que ela parou o tempo com uma câmara. Ao maior concurso de fotografia do país, oferece “adolescência… paisagem…

romantismo… comunidade…”, palavras que a própria desfia para ilustrar os seus anjos. “Um festival é uma forma de, num determinado tempo e espaço, se juntarem uma série de pessoas que têm afinidades entre si. É um escape, uma forma de estar fora do tempo e do mundo”. Os filhos da cidade lavam as fardas na nascente mais pura. Mudam de pele. Os olhos brilham. De um cinzento inverno de betão ao translúcido verde de um rio de Verão. A tensão da cidade é trocada pelo conforto da natureza. A paz a seguir à luta. A grande corrida vertiginosa dá um passo atrás. Ganha-se fôlego. “A relação do indivíduo com a natureza é importante para mim”, conta, ela que não quer indicar caminhos. Apenas reportar, captar, figurar, Guia da Noite Lx magazine 17


Pela Estrada Fora

apresentar situações. Momentos que quase não damos por eles, parecem esquecidos, às vezes nem sequer sabemos se na realidade existiram. Como dois primatas se catam um ao outro em plena selva, uma rapariga arranca pontos negros da face do namorado, que descansa no seu regaço. Por alguns dias, neste último Verão como em todos os Verões, as tribos urbanas deixam de ser urbanas. São apenas tribos. Neste trabalho, porém, não há mensagens. Apenas imagens. “Não tenho uma mensagem evidente no meu trabalho. Sou mais de questões do que de respostas, até porque as coisas não são a preto e branco, há várias dimensões possíveis de serem olhadas”, diz a fotógrafa de 39 anos que ainda não acompanha a cem por cento o grande passo tecnológico que faz de cada 18 Guia da Noite Lx magazine

cidadão um brilhante fotógrafo em potência: a digitalização. “Geralmente trabalho apenas com película. Só depois, através do tratamento da imagem, é que entro na digitalização. A primeira parte do processo é analógica e geralmente em médio formato ou câmaras pequenas”, conta, desvalorizando a importância da qualidade técnica de uma máquina: “Uma boa fotografia não depende da questão técnica. Até podia fazer um projecto só com telemóveis.” Vencer o Prémio BES Foto’2009 não é o mais relevante para Patrícia Almeida: “Participar num concurso destes é sempre importante, até porque dá muito maior visibilidade ao trabalho. A questão competitiva é que não tem muito interesse. Tende-se a olhar as coisas comparativamente, quando elas não são absolutamente comparáveis...”


Pela Estrada Fora

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Metropolis »

Don’t Panic Eles chegaram para salvar o dia (e a noite)!

“Um dia estávamos a sair da discoteca Fabric, em Londres e recebemos um pack Don’t Panic. Ficámos quatro anos com este projecto na gaveta, sempre com o intuito de um dia vir a pô-lo em prática cá”, conta Adilson de Auxiliador que, com Carl Von Winning, forma o núcleo duro da Don’t Panic nacional. Conheceram-se ainda miúdos, quando andavam de skate pelas ruas do bairro onde viviam. Os gostos comuns e o percurso que já tinham traçado no marketing e na publicidade – ambos estudaram e já tinham trabalhado nestas áreas – fizeram-os arriscar. “Fomos para Inglaterra aprender como é que isto se fazia. Durante duas semanas tivemos um training intensivo sobre tudo o que é cultura under-

Uns pacotinhos misteriosos começaram a invadir a cidade, mas nada de pânico! O Guia da Noite pediu ajuda aos responsáveis para abrir um pack e nem foi preciso carregar no botão de alarme. Flyers de festas, concertos, programação de teatros, museus, galerias, informação sobre lojas, workshops e cursos, um poster exclusivo e um brinde – pode ser um pin, um preservativo ou qualquer outro, desde que faça sentido e que caiba no envelope. A impressão que se tem é que num pack Don’t Panic cabe tudo o que há para fazer em Lisboa. O conceito não é novo: nasceu em Londres há cerca de 10 anos e estendese já por mais cinco capitais do mundo. Lisboa é uma delas desde Novembro, quando dois amigos de infância decidiram implementar o projecto em Portugal. 20 Guia da Noite Lx magazine

Fotografia» Kenneth Peralta


Metropolis

A partir desta edição, também podes encontrar o Guia da Noite Lx Magazine nos packs Don’t Panic. Fica atento!

ground, noite, distribuição e sobre o nosso próprio target”, explica Adilson. O grande objectivo da Don’t Panic, continua, é “tentar apoiar a cultura em todas as suas vertentes, desde que seja de qualidade e se adapte ao nosso público: jovens dos 17 aos 35 anos”. Mas não todos. Os destinatários dos estilizados packs são escolhidos a dedo, dentro daquela faixa etária: são os trendsetters e opinion leaders, “aquele jovem que usa uns Ray-Ban brancos e passadas duas semanas põe toda a gente a usar o mesmo. É uma pessoa especial, que vai dar valor ao design, que reconhece os artistas que nós seleccionámos”, exemplifica Adilson. A Don’t Panic portuguesa está a dar os primeiros passos, mas já ganhou admiradores fiéis: há quem entre de propósito nas lojas com expositores de packs só para ter o seu

e também já há quem queira “encomendar” o poster do mês. “As pessoas não querem o pack só para saberem o que lá está dentro, querem-no também para fazerem colecção”, conta Carl. Ilustrado por artistas conceituados ou emergentes, todas as semanas o pacotinho Don’t Panic sai à rua com uma cara diferente. Esta peculiar forma de comunicar – em que o conteúdo é o centro das atenções e a publicidade tenta ser o menos intrusiva possível – parece ser o segredo para chegar aos nichos, cada vez mais importantes nas estratégias das promotoras de eventos e das marcas trendy. Para quem recebe o pack Don’t Panic basta despejá-lo e aproveitar o concentrado de informação que lá vem dentro. Pânico? Só mesmo se não souberes o que fazer com tanta sugestão! Guia da Noite Lx magazine 21


DJ Shot »

Dj James Warren Estilo de música » house, acid house, techno Origem » nasceu em Londres, tem uma costela libanesa e outra escocesa e vive em Lisboa Onde actua » Ko-Zee, Europa

James Warren A música quer-se cosy

Texto» Patrícia Raimundo Fotografia» Mundods

Escolheu Lisboa para assentar arraiais depois de ter corrido o mundo. Dj, produtor e sobretudo grande melómano, tem a sua própria editora e um bar, o Ko-zee, em Santos. James Warren podia ser só Dj? Podia, mas não era a mesma coisa. Nasceste em Londres, viveste nos Estados Unidos e em França. Porque decidiste vir para Lisboa? Vim cá pela primeira vez em 2007, para o casamento de uns amigos, e foi amor à primeira vista! As pessoas, o sol, a comida, o estilo de vida, a club scene, a música… Acho que isso basta para qualquer pessoa se mudar para cá. Como é que começou a tua carreira como Dj? Comecei em Nova Iorque, ainda adolescente, com as cassetes e discos antigos do meu pai. Tinha uma pequena mesa de mistura de dois canais, muito fraquinha, que a minha irmã ganhou uma vez num programa de rádio. Em meados dos anos 80, quando o break dance e o break beat estavam na moda,

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do

Guia da Noite Lx magazine 23


DJ Shot

para Paris e de ter conhecido o Arnaud Le Texier, montámos um estúdio, começámos a trabalhar nos nossos próprios sons e depois testámo-los em clubes e festas para vermos a reacção das pessoas. Assim participava em muitas festas na minha que sentimos que tínhamos conseguido escola. Eu era aquele miúdo que andava sempre com o rádio portátil a altos berros a sonoridade que procurávamos, criámos a nossa primeira editora, a Atcha Recorno pátio a chatear os professores todos! dings, em 1998; dois anos depois criámos Depois descobri o soul/jazz, o house e a Kailash Muzik e em 2006 a Safari o bionic-soul, que nós hoje chamamos Electronique, com a ajuda de excelentes techno. E as coisas foram acontecendo. produtores, compositores e remixers que Seguir uma carreira como Dj não era a fui conhecendo ao longo do tempo. minha ideia na altura, o que eu queria mesmo era fazer as pessoas dançarem Abrir um bar onde a música electróao som da música que eu gostava. Queria nica tem um papel muito importante partilhar a vibe da música que tocava e é uma extensão do teu trabalho como descobria. Quando a cena rave começou produtor? no final dos anos 80 e no início dos 90, Não tanto como produtor, mas mais tudo mudou para mim. A música ganhou como amante de música, o ingrediente um novo significado, comecei a misturar mais importante que oferecemos no bar. várias formas de acid house e techno em Sou um bocado picuinhas em relação ao raves e festas um pouco por todos os EUA que lá passamos para que seja sempre e Canadá e pouco depois comecei a tocar de qualidade. Mas o Ko-Zee é sobretudo também na Europa e foi nessa altura que um bar onde as pessoas podem se encona minha carreira como Dj deu um salto. trar e apreciar boa música enquanto se deliciam com um saboroso cocktail num Quais são as tuas principais ambiente cosy. influências? Soul, jazz, electrónica, world music, house, intelligent techno e, claro, todo o groove dos anos 70 e 80, que foi, na verdade, onde tudo começou. Porque é que decidiste criar a tua própria editora? Comecei a compor as minhas próprias faixas em 1996, quando vivia em Washington e comecei a frequentar a Omega Studio’s Music School para aprender música e melhorar o meu trabalho. Pouco depois de me ter mudado 24 Guia da Noite Lx magazine

O Ko-zee destaca-se por ter um estilo e conceito diferente. A tua intenção foi a de criar um lugar alternativo, para um público mais maduro? Sem dúvida. Mas devo dizer que Santos está bastante animado! Coisas muito boas estão a acontecer e muito mais estão por vir. O que achas da movida nocturna lisboeta? Excelente! E fico muito feliz por poder fazer parte dela.



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1001 Noites

Shiu! Isto é uma festa! Centenas de pessoas dançam, mexem-se ao ritmo da música, gritam para encorajar o Dj, mas não se ouve uma única nota. Bizarro? Só para quem tirar os phones dos ouvidos! Falar de silent parties ou silent raves pode causar estranheza por estes lados, mas a verdade é que o conceito não é novo. Estas festas – em que as estridentes colunas são substituídas por headphones e os participantes parecem dançar ao som de música nenhuma – passaram de acontecimentos pontuais com propósitos específicos a verdadeiras experiências sensação que envolvem milhares em clubes e grandes festivais. Como qualquer destas novas tendências, não se sabe com precisão quando ou onde surgiu a ideia, mas crê-se que as primeiras silent parties tiveram lugar ainda durante os anos 90. Diz-se que podem ter sido os movimentos ecológicos os responsáveis pela proliferação destas festas: um par de auscultadores faz uma rave com centenas de pessoas sem que se afecte o ambiente com ruído. O mesmo princípio aplica-se aos chamados flashmobs, aconte-

cimentos em locais públicos que, num abrir e fechar de olhos, juntam multidões que desaparecem com a mesma rapidez. A moda pegou e hoje as festas “silenciosas" já fazem parte da movida nocturna das cidades mais cosmopolitas. Clubes e discotecas por todo o mundo têm noites semanais de headphone parties. Se por um lado “vendem" o conceito com a possibilidade de, na mesma noite, poderem ter dois ou três Dj's de estilos diferentes a passar música em simultâneo, aquilo que mais atrai o público é a experiência em si. Também os grandes festivais aproveitaram a ideia para acabar com as queixas contra o ruído das tendas electrónicas – que interferia com o som dos concertos – e puseram toda a gente a dançar de auscultadores. O hype chegou também às festas caseiras e outros eventos privados, a melhor forma de festejar sem enfurecer os vizinhos de baixo. A logística não é nada de complicado: agora, para além da obrigatória garrafa de vinho os convidados levam também iPods carregados de música. Para quem quiser algo mais profissional, não faltam empresas que alugam todos os equipamentos necessários, como os indispensáveis headphones wireless com dois ou três canais receptores. Depois é só escolher os Dj's – quanto mais diferente for o estilo de cada um, melhor – e fazer silêncio para que a festa comece! Guia da Noite Lx magazine 27


Retratos da Noite »»

B.Leza

Do de todas as noites à itinerância Bastião de uma Lisboa mestiça e multicultural, o B.Leza marcou a noite da capital durante mais de uma década. Há quase 3 anos fez-se itinerante para que o espírito não se perca. Diz quem sabe que não é a mesma coisa, mas vai dando para matar saudades. Texto» Patrícia Raimundo Fotografia» Mundods

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Retratos da Noite

Foi sem surpresas que o último dia de Junho de 2007 ditou o encerramento de um dos locais mais marcantes da noite Lisboeta. Sem surpresas porque os problemas que anunciavam o fim do B.Leza não eram novos: questões relacionadas com o arrendamento do espaço levaram a mítica discoteca africana a fechar definitivamente as portas. Madalena Saudade e Silva, que com a irmã Sofia deu vida ao B.Leza, ainda tem de respirar fundo para relembrar a derradeira noite: “Foi terrível. Por um lado foi muito emotiva, mas foi muito bonita também. Foi maravilhoso saber que havia tanta gente a gostar do B.Leza”. Não tardou muito até que um abaixo-assinado a favor da reabertura da

que era presidente na altura, declarou em conferência pública o interesse cultural do B.Leza na noite de Lisboa e falou na hipótese de nos atribuir o Teatro ABC. Acontece que há um imbróglio jurídico muito grande a propósito desse espaço e portanto as garantias eram nulas, para além de que o valor em causa para as obras era astronómico. Aquele espaço está quase em ruínas. Depois falaram-nos em mais dois lugares, mas todos eles se mostraram inviáveis”. A dificuldade em encontrar uma nova casa para o B.Leza não desmoraliza as irmãs Saudade e Silva que continuam a

casa começasse a circular por entre os seus muitos admiradores. Para Madalena, “foi muito importante perceber que tantos movimentos se iniciavam em prol da continuação do B.Leza. A ideia da petição não foi nossa. On-line temos cerca de 2300 assinaturas, mas em papel temos outras tantas”. Pouco tempo depois do encerramento, a Câmara de Lisboa propôs algumas soluções de localização, mas nem assim o B.Leza pôde voltar a ter poiso fixo. “Carmona Rodrigues,

fazer de tudo para voltar a abrir aquele que ainda hoje é um dos maiores símbolos de uma Lisboa mestiça e multicultural. Enquanto isso, o B.leza renasce aqui e ali, como projecto itinerante. O MusicBox foi o primeiro anfitrião destas noites, mas outras casas como o Maxime ou o Teatro São Luiz já acolheram a ideia. “Havia tanta gente a pedir, a acreditar que haveria sempre gente atrás de nós onde quer que fôssemos. Também houve uma convergênGuia da Noite Lx magazine 29


Retratos da Noite música ao vivo todos os dias, aconteciam acções de solidariedade, workshops, conferências, sessões de poesia ou exposições de artistas das mais variadas áreas. A unir todas as pontas, um espírito para lá do tão batido conceito de melting pot cultural. “Há uma frase do João Gil num documentário (ver caixa) que eu acho que diz muito sobre o espaço: ‘O B.Leza é o Portugal que eu gosto’. Porque reflectia de alguma forma a evolução da sociedade e a assunção do carácter mestiço, multicultural e cosmopolita da cidade de Lisboa. O B.Leza criava “O B.Leza faz falta na noite de Lisboa, todos os dias a oportunidade muitas pessoas que se encontram de nos cruzarmos com gente comigo dizem-me que estão órfãs”, diferente, com portugueses, afirma Madalena Saudade e Silva africanos, italianos, espanhóis Tudo isto dava uma dinâmica, uma palpitação muito importante àquele espaço”. Embora já um pouco ritmos africanos de Tito Paris, Dany Silva ou decadente, o Palácio Almada Carvalhais Calú Moreira, mas, no final da noite, fica a mantinha uma beleza e magia difíceis de sensação de que, ainda assim, nada é como igualar, para além de já ter tradição nocdantes. “Nunca é a mesma coisa. O que nós turna – antes de albergar o B.Leza tinha sentimos é que o próprio espaço tinha uma sido o Noites Longas gerido por Zé da Guiné palpitação própria e o facto de existir todos e depois O Baile, uma casa africana proprieos dias criava uma habituação que não há dade do pai de Madalena. oportunidade de criar em espaços onde Passam já quase três anos desde que as vamos pontualmente. É uma hipótese de portas se fecharam, mas o sonho de reabrir nos reencontrarmos, de voltarmos a ouvir o B.Leza continua a fazer sentido. “O B.Leza aqueles músicos, mas obviamente não é a faz falta na noite de Lisboa, muitas pessoas mesma coisa. O B.Leza não era só uma noite que se encontram comigo dizem-me que e um concerto, era muitas outras coisas. estão órfãs, que desde então não saem. E o espaço também era mágico”. E também nos faz falta a nós”. Para MadaQuem tiver passado pelo número 50 do lena Saudade e Silva é tudo uma questão de Largo Conde Barão, quando o B.Leza ainda tempo: “Nós não desistimos. Não depende dava vida ao velho Palácio, sabe bem do só de nós, mas tudo aquilo que pudermos que é que Madalena Saudade e Silva fala fazer para que o B.Leza reabra, faremos”. quando diz que o B.Leza era muito mais que uma discoteca: para além de oferecer cia de vontades: nós queríamos continuar o projecto e Lisboa pedia esse projecto”. Para Madalena houve uma “necessidade de reencontro” que atravessou não só quem frequentava a casa, como também quem trabalhou directamente para o seu sucesso, ou não fosse o B.Leza um ponto de encontro por excelência de músicos de todo o país. Quando há B.leza itinerante, matam-se as saudades, arranjam-se pares na hora, abanam-se outra vez os corpos ao som dos

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Retratos da Noite

B.Leza, o documentário Quando, em 2005, começam a surgir os primeiros rumores de que o B.Leza estaria para fechar, Rui Lopes da Silva e Victor Pires quiseram registar o espírito que por lá se vivia, em documentário (fotos). Nascia assim um importante documento que inclui, entre outros, depoimentos das proprietárias e de músicos como Rui Veloso, João Gil ou Jorge Palma.

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Texto» Patrícia Raimundo Fotografia» Pedro Cláudio

Zé Pedro Remar, remar Não hesita, a memória não falha, sabe de cor o primeiro disco que comprou. Tinha uns doze ou treze anos. “Foi o LP Chicago III. Era um duplo álbum, juntei umas semanadas para conseguir comprá-lo. Mas aquele que me marcou mais foi o Creedence Clearwater Revival, era a banda de rock que mais gostava na altura”. A música tinha entrado cedo na vida de Zé Pedro, para nunca mais sair. “Lembro-me de a minha mãe contar que eu ouvia muita rádio. Depois comecei a querer pesquisar sobre as bandas, a ouvir discos, a tentar comprá-los. O meu pai também me ensinou a ouvir música, a separar os instrumentos, a diferenciar as melodias”.

Já foi o “Podrezinho” cá do sítio, um dos primeiros punks que Lisboa via nascer, de alfinetes espetados pelo corpo. Depois, com um pequeno anúncio de jornal, marcou para sempre a história do rock português.

Antes ainda de ter uma banda ou tocar qualquer instrumento, Zé Pedro tornou-se jornalista de música, escrevia para um suplemento do desaparecido Diário de Lisboa. Aos dezanove começa a tocar guitarra, “ia aprendendo uns acordes”, diz. Naquele tempo, Zé Pedro era um punk de alfinete na língua, sem banda mas com atitude. Chamavam-lhe Podrezinho. O guitarrista ri-se e desvenda aquela que é, possivelmente, a mais recôndita alcunha da história do rock §1 nacional. “Em 1977, eram poucos os punks Guia da Noite Lx magazine 33


Animal Social

que havia em Portugal, se fôssemos quinze éramos muitos. Todos tínhamos uma banda com um nome, embora não tivessem sequer elementos. Na prática não tínhamos banda, mas fazia parte termos um nome e a maioria de nós tinha alcunha. Eu andava sempre com umas luvas que foram apodrecendo pelos dedos até se desfazerem,

O punk foi, de resto, o motor para o que se seguiu. Ao regressar de um festival internacional de punk, enquanto fazia um InterRail, Zé Pedro decidiu formar mesmo uma banda. Pôs um anúncio num jornal a pedir um baterista e um baixista e o resto é história. A história dos Xutos & Pontapés, há 30 anos na estrada. “O mais engraçado é que o anúncio foi para um baterista que nem era para os Xutos, era para os Faíscas. Mas entretanto a banda acabou e eu, da lista dos bateristas que tinham respondido, acabo, por acaso, por escolher o Kalú porque tinha telefonado duas vezes. Visto a esta distância, tenho a impressão que, na altura, Nos Xutos, para além da guitarra, nós os três sentimos logo Zé Pedro assume o microfone em uma química muito grande e “Submissão” e “Gente de Merda” e talvez isso tenha sido o ponto chegou mesmo a ser o vocalista d’Os fundamental para nunca nos Maduros, projecto relâmpago que subiu termos separado e termos ao palco de Paredes de Coura em 2006. conseguido ultrapassar os “Eu canto muito mal, embora goste momentos difíceis”. muito”, confessa por entre gargalhadas. E não foram poucos os desafios ao longo destas três décadas: “Conseguimos sobree como tinham um aspecto um bocado viver a uma banhada forte que levámos, a podre, puseram-me a alcunha de Podreziestarmos separados durante uns tempos, nho. Encaixou bem”. Mas nem só de luvas conseguimos sobreviver à morte da Marta se faz a história do Podrezinho: a alcunha é [manager que faleceu em 2007] que nos também uma piscadela de olho a uma das tocou profundamente a todos. Acho que maiores referências do movimento punk soubemos estar muito atentos e gerir bem no mundo: Johnny Rotten (= podre), líder a nossa carreira. Fomos sempre uma banda dos Sex Pistols. que nunca baixou os braços”. 34 Guia da Noite Lx magazine


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Levar muito a sério o lema “sexo, drogas e rock ‘n’ roll” deu a Zé Pedro um desafio extra para ultrapassar. Em 2001 um problema grave de saúde atira-o para hospital, consequência de uma vida de excessos. “Tinha chegado ao limite da minha resistência, não só física, como psicológica. Já estava um bocadinho farto, tinha chegado a um beco sem saída”. Foi remédio santo. Zé Pedro estava consciente de se ter safado de boa, por isso despediu-se definitivamente do álcool e de qualquer outra droga. “Não fiz nenhum tratamento, foi um processo normal. Eu comigo próprio a restabelecer-me e a posicionar-me outra vez na vida”. Fala sem qualquer tipo de problema sobre a toxicodependência e a recuperação, e tem consciência que, mais que um ídolo, se tornou quase um exemplo. “Se as pessoas conseguirem contar bem o seu passado, serão sempre referências para o presente. Oxalá as minhas histórias e a maneira como eu as conto sirvam de alerta, no mínimo, como informação”. Zé Pedro gosta de passar a mensagem mas nada de moralismos despropositados. “Não tenho essa atitude conservadora de achar que tenho o dom do conhecimento ou que tenho autoridade para mandar as pessoas fazerem isto em vez daquilo. Não sou assim. Acho que cada cabeça é uma cabeça, cada vida é uma vida”. Se há trinta anos ninguém imaginava viver o “rock ‘n’ roll lifestyle” sem aditivos, Zé Pedro acredita que esse tempo já lá vai. “Hoje em dia, felizmente, a nova geração já tem outros sítios onde ir buscar a adrenalina que é necessária para se viver uma vida de saltimbanco. Vão buscá-la à maneira de tocar e alguns também aos desportos radicais. É claro que ainda é utilizada alguma

ponta de loucura vinda de determinadas substâncias, nomeadamente do álcool. Não sou nada contra, mas andar-se aos caídos constantemente não leva a lado nenhum”. Aos 53 anos, Zé Pedro é um rocker optimista. Da rápida radiografia que tira à música portuguesa, faz um diagnóstico positivo, com um ou outro pormenor por resolver. Nunca houve tanta gente a tocar como agora, Lisboa e Porto estão bem servidas de salas de espectáculos. Fã confesso d’ Os Pontos Negros, vê neles “uma bandeira” para a nova geração de músicos. “É sempre necessário haver bandas de ponta que puxem pelas outras e que originem a formação de outras bandas. Tenho a impressão que desta fornalha de teenagers muita coisa boa irá sair certamente. Pena é que, às vezes, faltem apoios”. O exemplo é recente e deixou o guitarrista indignado: “I Got a Feeling”, dos americanos Black Eyes Peas, é o novo hino da selecção nacional de futebol. “Fiquei chocado. É uma falta de crença enorme em relação aos compositores portugueses. Devemos ser a única selecção do mundo que vai à África do Sul com um hino feito por uma banda estrangeira!”, faz questão de dizer. Em palco, Zé Pedro é o guitarrista carismático que faz jogos de sedução com o público. Fora dele, é como se fosse da família. “As pessoas tratam-me assim como um familiar, quase. Cumprimentam-me, tratam-me por Zé: ‘Ó Zé, deixa-me apresentar-te a minha mulher!’”, conta divertido. “Essas coisas fazem-me sentir bem. Eu ando muito sozinho no meu dia-a-dia, e essa protecção que as pessoas me dão, dá-me confiança, não tenho medo de andar sozinho”. Guia da Noite Lx magazine 35


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Radar

Bunnyranch Não é só rock, é uma aventura! Nove dias num estúdio em Monchique com as companhias certas resultaram em If You Missed The Last Train. A máquina rock ‘n’ roll está de volta aos carris. No número 69 da Moonlight Road, Nevada, Dennis Hof é rei naquele que é um dos mais famosos bordéis em todo o mundo. No Bunnyranch português, a haver trono, pertenceria a um Bo Diddley ou a um Chuck Berry, beber-se-ia rock ‘n’ roll em pé ao balcão e o resto ficaria à imaginação de cada um – como acontece, aliás, no original. A gerência, essa, não podia ficar senão a cargo de Kaló, Augusto Cardoso, Pedro Calhau e João Cardoso, os quatro rockers por detrás da banda de Coimbra. Se a escolha do nome se presta a trocadilhos picantes, nunca foi essa a intenção. “Foi numa noite de 2001. Estávamos a folhear uma Hustler ou coisa assim. Nunca pensámos é que o Bunnyranch fosse algo tão grande nos Estados Unidos. Foi uma

Texto» Patrícia Raimundo Fotografia» Paulo Bernarschina

coisa inocente. Podia ter sido outro nome qualquer”, explica o vocalista-baterista Kaló. Bem antes de o afamado bordel ir à antena, já os quatro rapazes de Coimbra cantavam as aventuras de alguém que queria passar um bom bocado no Rancho das Coelhinhas. “Bunnyranch”, a canção, integrou uma compilação da Optimus e foi o primeiro cartão de visita da banda, que na altura contava com Filipe Costa nas teclas e André Ferrão na guitarra. “Os primeiros anos dos Bunnyranch foram essencialmente divertidos. O que nós sempre quisemos mais era tocar ao vivo. Demasiado até, talvez”, recorda Kaló. Too Flop To Boogie, o EP de estreia, levou-os aos palcos secundários dos festivais e com Guia da Noite Lx magazine 37


Radar também porque trabalhámos com pessoas diferentes em cada um deles. Na primeira parte trabalhámos em Nova Iorque com o Ivan Julian. A segunda parte fizemos com um senhor inglês, Boz Boorer”. A banda admite que nem tudo correu bem com a edição nestes moldes tão particulares, mas não parece haver espaço no meio dos quatro rapazes para arrependimentos: “Isso não foi bem conseguido, mas foi um Acredite-se ou não, ainda nenhum prazer enorme fazer as coisas dos quatro músicos visitou o mítico desta maneira”. Moonlite Bunnyranch que deu Com If You Missed The nome à banda. Kaló ri-se e confessa: Last Train, o novo trabalho “Pedimos autorização para usarmos acabado de chegar aos o nome, enviámos-lhes os discos e escaparates, os Bunnyranch eles sentiram-se muito lisonjeados. Já voltaram ao tradicional fomos convidados para lá passarmos formato de álbum e contase estivéssemos perto, mas ainda não ram outra vez com a ajuda do nos sentimos muito tentados!”. mítico Boz Boorer, conhecido por ter fundado a banda rockabilly The Polecats e por ser o guitarrista e director musical de Morrisey. Para além de assinar Com os 60’s, a sonoridade rockabilly e a co-produção, o músico inglês, que toca os blues como principais referências, os Bunnyranch não estão para seguir modas e também em todas as faixas, disponibilizou aguentam-se à bronca se isso significar ter os seus estúdios Sierra Vista, em Monchimenos airplay nas rádios ou vender menos que, para que, em nove dias, os Bunnyranch dessem vida ao disco, agora com Augusto discos. Fazemos as coisas para nós, fazeCardoso na guitarra. mos aquilo que queremos fazer. Seremos “A escolha do título tem a ver com quesempre nós. Não nos tentamos adaptar aos rermos fazer aquilo que nos apetece sem tempos”, diz o vocalista. estarmos a pensar em mais nada. E se se Foi com a mesma convicção que, em perder o último comboio, há sempre outra 2008, os Bunnyranch decidiram lançar o coisa qualquer para apanhar”. Posto isto, sucessor de Luna Dance em duas partes. a locomotiva rock ‘n’ roll está pronta para Teach Us Lord… How To Wait acabou por atravessar todas as estações e apeadeiros ser um conjunto de dois EP’s: o primeiro chegou às lojas numa caixa para completar deste mundo, e só vai parar quando bem com o segundo uns meses mais tarde. Kaló lhe apetecer. explica que “foi uma questão de timing, Trying To Lose, o primeiro longa-duração, conquistam de vez um lugar nos principais. Representaram Portugal no reputado Festival Eurosonic e deram concertos em França e em Londres ainda antes de Luna Dance, o segundo álbum, chegar aos escaparates. O disco conta já com João Cardoso, que substitui Filipe Costa ao comando do piano.

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Best Of Sabores Glamour

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{Chiado} R. Garrett, 19 | 21 342 1500 | © 12h30/15h30; 19h30/23h | - Dom.; 2ª ao almoço K | Comida: Italiana | €€€ | U À boa maneira italiana, com direito a pátio interior e tudo, este espaço tem a grande vantagem de ficar no Chiado, coração da cidade, sendo, ao mesmo tempo, um momento de evasão para outras paragens. Além do espaço de restauração, redimensionado e remodelado recentemente, conta também com um cocktail bar, o Intermezzo Cocktail Bar. Ambos os espaços são servidos por esplanada ampla e sossegada no “pátio do Siza”. No acolhedor interior, o cheiro a manjericão não engana: o prato forte são as pizzas inspiradas na cultura napolitana e confeccionadas em forno a lenha como manda a tradição. Gerida por dois italianos e um português, a Mezzogiorno convida ao dolce far niente e à conversa entre amigos em torno de uma bruschette e de um inspirador vinho Chianti. Ideal para um jantar numa noite de Verão, convém, contudo, chegar cedo para desfrutar da esplanada.

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Até as coisas mais preciosas da vida merecem ser experimentadas. Estimadas. Apreciadas. Os nossos Whiskies Reserva são produzidos com total alheamento ao tempo e aos custos. São triplamente destilados, com todo o cuidado, e envelhecem em cascos de carvalho por longos e longos anos na Destilaria Jameson. Esperamos sinceramente que os valorize. Mas guardá-los? Preferíamos que não o fizesse. Jameson…too special to reserve.

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Best Of Sabores Gourmet

mercy brasserie {Chiado} R. da Misericórdia, 78 | 21 347 92 32 | © 12h30/1h30 | Comida: Internacional | €€€ Dos mesmos donos do Alecrim Às Flores e do novíssimo Stephen’s Cru Bar, a Mercy Brasserie é o novo poiso gourmet do Chiado. A decoração, da responsabilidade de Isabel Conrado e João Azevedo Coutinho, é cosmopolita e cuidada, mas suficientemente simples para ser confortável e elegante ao mesmo tempo. Com capacidade para 100 pessoas e sistema de som disponível, este espaço torna-se uma boa opção para jantares de grupo e festas. A variada ementa começa a dar água na boca logo nas entradas: pimentos padrón, folhadinhos de queijo cabra com doce de framboesa, carpaccios, etc. Como pratos principais, além dos irresistíveis bifes (tártaro, Quitério, três pimentas), há também opções vegetarianas, como a lasanha de beringela com alcachofra e tomate, e três variedades de peixes. Impossível é resistir, da lista de sobremesas, ao “segundo melhor bolo de chocolate do mundo” ou o sugestivo “gelado do Eusébio”.

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Best Of Sabores Sab do Mundo

viagem de sabores {Sé} R. São João da Praça, 103 | 21 887 0189 | © 20h/23h | - Dom. | Comida: Internacional | €€€ Mesmo ao lado da Sé-Catedral de Lisboa, este simpático e acolhedor restaurante de cores fortes e iluminação ténue oferece uma original ementa de sabores exóticos. Os proprietários souberam aproveitar as antigas arcadas de pedra e com a colaboração do artista plástico Paulo Robalo – autor dos candeeiros e de algumas peças que pontuam o espaço – criaram um porto seguro para os amantes da cozinha internacional. Entre os vários petiscos de entrada, destacamos a salada de abacate com malaguetas, os rolinhos tailandeses, as espetadas de koftas, os mini-crepes asiáticos, o queijo de cara em cama de beringelas com especiarias entre muitas outras deliciosas tentações. Como pratos principais, há nems tailandeses, perninhas de rã à provençal, celoudka com salada de couve, atum com cobertura cítrica tailandesa, caril cremoso de tamboril, empanada mexicana, borrego à turca, couscous vegetariano. As sobremesas são igualmente tentadoras: tarte de limão, canelone de chocolate com molho de café e mousse de gengibre. O conceito que preside a esta invulgar combinação de paladares dá pelo nome de “cozinha de fusão”. O resultado é surpreendente e quase sempre delicioso.

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Best Of Noites Trendy

lx factory {Alcântara} R. Rodrigues Faria, 103 | 21 314 3399 | Aberto para eventos Os edifícios do antigo complexo industrial de Alcântara estavam ao abandono quando o projecto Lx Factory decidiu instalar-se ali de “mala e cuia”. Ocupada por criativos nas áreas da moda, publicidade, design e artes plásticas, a Lx Factory tem gerado uma enorme dinâmica e atraído muitíssimos visitantes a esta zona. Para isso contribuem as inúmeras festas, concertos, inaugurações, lançamentos – muitos decorrem na nova livraria Ler Devagar – e os espaços de lazer e de restauração como o Restaurante Cantina Lx. Esta cantina possui uma ampla sala decorada com cadeiras coloridas e antigas mesas reaproveitadas. Ao utilizar também o mobiliário que restou da antiga Gráfica Mirandela, criou-se um ambiente descontraído e cativante. Enquanto degustamos as deliciosas refeições caseiras por dez euros (que incluem prato, imperial e café), sabe bem olhar para as múltiplas ferramentas que decoram o espaço e imaginar que funcionalidades tiveram durante a vida activa. Definitivamente a Lx Factory transformou-se num dos pólos mais activos da noite alfacinha.

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Best Of Noites Cool

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{Príncipe Real} R. D. Pedro V, 89 | 21 342 4729 | © 18h/2h; Dom. 21h/2h Aberto desde 1986, o Pavilhão Chinês é um dos bares mais bonitos de Lisboa. O nome deste bar é herança da antiga mercearia aqui instalada no início dos anos XX e que vendia especiarias, chás, cafés e outras mercearias finas. Luís Pinto Coelho, o proprietário, recuperou todo o imóvel, incluindo a fachada. Também ele é o responsável pela profusão imensa de peças únicas e históricas – que incluem até peças de Bordalo Pinheiro! –, bem como os recantos acolhedores das suas várias salas que criam uma decoração original, com tónica nos ambientes exóticos orientais e no folclore português. Se o seu encontro estiver atrasado, valerá a pena esperar: descubra, sozinho ou com a ajuda dos empregados da casa, as histórias que trouxeram os inúmeros objectos de colecção para os armários e prateleiras desta antiga mercearia. A carta oferece mais de cem cocktails, com e sem álcool, além de chás de todas as variedades e partes do mundo. E ainda há duas mesas de snooker prontas para serem utilizadas a todo momento. Um dos ex-líbris das noites clássicas da capital.

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Para quem leva o riso bem a sério e se aplica na boa disposição, a Jameson preparou um conjunto de festas verdadeiramente divertidas. Entre num caso sério de gosto pela vida. Há poucas oportunidades assim.

www.jameson.pt


Best Of Noites ao Vivo

galeria zé dos bois - zdb {Bairro Alto} R. da Barroca, 59 | 21 343 0205 | © 22h/2h Criada em 1994 com o objectivo ajudar artistas emergentes a mostrarem o seu trabalho e a confrontarem experiências artísticas, a Galeria Zé dos Bois iniciou suas actividades na Rua da Vinha, no Bairro Alto, tendo mudado de poiso diversas vezes, passando pelo Cais do Sodré e Janelas Verdes, até finalmente regressar ao Bairro Alto. É praticamente o único espaço de arte contemporânea alternativo da cidade e igualmente a única sala de concertos do Bairro Alto. Música electrónica e alternativa são as sonoridades que se podem ouvir aqui, aliadas a espectáculos que exploram a multidisciplinaridade. Fica num enorme casarão meio arruinado, por isso não se deixe enganar: aqui há cultura, muita agitação e, claro, também um bar que serve copos. A ZDB, como é mais conhecida pelos habitués, alberga igualmente a livraria Letra Livre instalada no rés-do-chão com um horário adequado aos noctívagos, de 4a a Sábado, das 18h às 24h. Para ver, ler e beber.

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Best Of Noites de Dança

op art café {Docas} Doca de Sto Amaro 21 395 6787 | © 15h/2h; 6ª 15h/7h; Sáb. 13h/7h | - 2ª Fica nas Docas, mas está à margem da confusão da correnteza dos bares de Alcântara. Quem o visita, seja a que hora do dia for, fica de imediato conquistado pela arquitectura deste espaço e pela magnífica paisagem que se lhe oferece. Uma esplanada deslumbrante sobre o Tejo, um restaurante com uma ementa requintada e um bar/discoteca com vista para o rio, tudo isto oferece o Op Art sem ter de sair do lugar. A partir das 24h, as mesas de jantar dão lugar à pista de dança e esta espécie de cubo de vidro transforma-se num bar-dançante onde o prato-forte é a música passada por Dj’s. Até lá, há música ambiente. O Op Art é, hoje, sem sombra de dúvida, um local incontornável na noite lisboeta.

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Guia de restaurantes, bares e discotecas de Lisboa

100 Maneiras {Internacional} R. do Teixeira, 35 (Bairro Alto) 21 483 5394 | © 20h/2h | - Dom. | €€€€ 1º Maio {Portuguesa} R. da Atalaia, 8 (Bairro Alto) 21 342 6840 | © 12h/15h; 19h/23h | Sáb. jantar; Dom. | €€ A Tasquinha d’Adelaide {Portuguesa} R. do Patrocínio, 70-74 (Campo de Ourique) 21 396 2239 | © 12h30/15h; 20h30/23h30 | - Dom. | €€€€ Ad Lib {Internacional} Av. da Liberdade, 127 (Av. da Liberdade) 21 322 8350 | © 2ª a 6ª 12h30/15h; 2ª a Dom. 19h30/22h30 | - Sáb. e Dom. ao almoço | Comida: | €€€€ Afreudite {Internacional} Passeio das Garças, Lt. 439, Lj. 1J (Pq. das Nações) 21 894 0660 | © 20h/24h | - Dom. | €€€ Agito R. da Rosa, 261 (Bairro Alto) 21 343 0622 | © 19h30/3h | - 2ª Agra {Indiano} R. da Graça, 65 (Graça) 93 955 4013 | © 12h/22h | - 2ª | €€ Agra Club R. do Norte, 121 (Bairro Alto) | © 23h/4h | - Dom.; 2ª Alcântara-Café {Internacional} R. Maria Luísa Holstein, 15 (Alcântara) 21 363 7176 | © 20h/1h | €€€€

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Alecrim às Flores {Portuguesa} Tv. do Alecrim, 4 (Cais do Sodré) 21 322 5368 | © 12h30/15h; 20h/23h | - Sáb. ao almoço; feriados | €€€ | U Alfândega {Portuguesa} R. da Alfândega, 98 (Baixa) 21 886 1683 | © 10h/2h | - Sáb.; Dom. almoço | €€€ | U Ali-à-Papa {Árabe} R. da Atalaia, 95 (Bairro Alto) 21 347 41 43 | © 19h30/1h | - 3ª | €€ Alma {Internacional} Cç. Marquês de Abrantes, 92 (Santos) | 21 396 3527 | © 3ª a Sáb. 19h30/24h | - Dom. e 2ª | €€€€ Amo.te Lisboa {Internacional} Pç. D. Pedro IV - Teatro Nacional D. Maria II (Rossio) 21 342 0668 | © 10h/1h; 5ª a Sáb. até 2h | - Dom. | €€€ Amo-te Chiado Cç. Nova de S. Francisco, 2 (Chiado) 21 342 0668 | © 10h/2h | - Dom. Aqui Há Peixe {Internacional} R. da Trindade, 18 A (Chiado) 21 343 2154 | © 3ª a 6ª 12h/15h; Sáb. Dom. 18h/2h | - 2ª | €€€

Associação Bacalhoeiro R. dos Bacalhoeiros, 125, 2º (Baixa) 21 886 4891 | © 18h/2h, 6ª e Sáb 18h/4h | - 2ª Associação Loucos e Sonhadores Tv. do Conde de Soure, 2 (Bairro Alto) © 22h30/4h | - Dom. Assuka {Japonesa} R. S. Sebastião, 150 (Pq. Eduardo VII) 21 314 9345 | © 12h/23h | - Dom. | €€€€ Aya {Japonesa} R. Campolide, 531, Galerias Twin Towers, Piso 0/Lj 1.56 (Campolide) 21 727 1155 | © 12h30/15h; 19h/23h | - Dom. almoço; 2ª | €€€€ | U Baliza R. Bica Duarte Belo, 51 A (Bica) 21 347 8719 | © 13h/2h; sáb. 18h/2h | - Dom. BanThai {Tailandesa} R. Fradesso da Silveira, 2 Lj. Dt (Alcântara) 21 362 1184 | © 12h/15h30; 19h30/23h30 | - Dom. | €€€ | U Bar BA R. das Flores, 116 (Chiado) 21 340 8252 | © 10h30/1h30 | U

Arcaz Velho Cç. do Forte, 56 (Sta Apolónia) 93 464 8364 | 2ª a 6ª 19h/2h; Sáb. e Dom. 12h/2h

Bar das Imagens Cç. Marquês de Tancos, 1 (Castelo) 21 888 4636 | © 11h/2h; Dom. 15h/23h | - 2ª

Arena Lounge Casino de Lisboa, Al. dos Oceanos, Lote 1.03.01 (Pq. das Nações) 21 892 9046 | © 15h/3h | U

Bar do Bairro R. da Rosa, 255 (Bairro Alto) 21 346 0184 | © 23h30/4h | - 2ª | U

Armazém F R. da Cintura do Porto, Arm. 65 (Cais do Sodré) 21 322 0160 | © 19h30/5h | - 2ª

Bar do Rio Arm. A, Porta 7 (Cais do Sodré) 21 347 0970 | © 24h/5h | - Dom. a 4ª


Bar Rua R. da Barroca, 96 (Bairro Alto) © 21h/4h | - Dom.; 2ª Barra Ibérica {Espanhola} Cç. da Ajuda, 250 (Ajuda) 21 362 6010 | © 19h30/1h | - Dom. | €€ | U Bartô R. Costa do Castelo, 1-7 (Castelo) 21 885 550 | © 22h/2h | - 2ª BBC - Belém Bar Café {Internacional} Av. Brasília, Pavilhão Poente (Belém) 21 362 4232 | © 20h/3h | - Dom. | €€€ | U BedRoom R. do Norte, 86 (Bairro Alto) 21 343 1631 | © 21h/2h | - Dom. a 3ª Bengal Tandoori {Indiana} R. da Alegria, 23 (Av. da Liberdade) 21 347 9918 | © 12h/15h; 18h/24h | €€ | U Bica do Sapato {Internacional} Av. Infante D. Henrique, Arm. B, Cais da Pedra (Sta Apolónia) 21 881 0320 | © 12h30/14h30; 20h/23h30 | - Dom.; 2ª almoço | €€€€ | U Bicabar Lg. de Santo Antoninho, 8 (Bica) © 10h/2h | - 2ª Bicaense Café R. da Bica Duarte Belo, 42 (Bica) 21 325 7940 | © 20h/2h | - Dom.; 2ª | U Bica-me R. da Bica Duarte Belo, 51 (Bica) 21 325 7940 | © 3ª a sáb. 18h30/2h30 | - Dom.; 2ª

Blues {Internacional} R. da Cintura do Porto, 226 (Rocha Conde d’Óbidos) 21 395 7085 | © 20h/1h | - Dom.; 2ª | €€€€ |U Bocca {Internacional} R. Rodrigo da Fonseca, 87D (Rato) 21 380 8383 | © 3ª a 5ª 12h30/14h30; 20h/23h; 6ª e Sáb. até 24h | - Dom., 2ª e feriados | €€€€ | U

Buddha Bar Gare Marítima de Alcântara (Docas) 21 395 0541 | © 21h/4h | - 2ª; 3ª | U Cabaret Maxime Pç. da Alegria, 58 (Av. da Liberdade) 21 346 7090 | © 22h/6h | U Café Buenos Aires {Argentina} Escadinhas do Duque, 31 B (Av. da Liberdade) 21 342 0739 | © 18h/24h; Sáb. e Dom. 15h/24h | - 2ª | €€

Bota Alta {Portuguesa} Tv. da Queimada, 37 (Bairro Alto) 21 342 7959 | © 12h/15h; 19h/22h30 | - Sáb. ao almoço; Dom. | €€€

Café In {Portuguesa} Av. Brasília, Pav. Nascente, 311 (Belém) 21 362 6248 | © 12h/24h | €€ | U

Brasuca R. João Pereira da Rosa, 7 (Bairro Alto) 21 322 0740 | © 12h/15h; 19h/23h | - 2ª ao almoço | €€

Café no Chiado {Internacional} Lg. do Picadeiro, 11-12 (Chiado) 21 346 0501 | © 11h/2h | - Dom. | €€

Uma noite com

Madalena Saudade e Silva Proprietária do extinto B.Leza Paragens obrigatórias Esplanada: Restô e À Margem Restaurante: Mezzaluna Bar: Bica Discoteca: MusicBox e Copenhaga

British Bar R. Bernardino da Costa, 52 (Cais do Sodré) 21 342 2367 | © 8h/24h; 6ª e Sáb. 8h/2h

Café Royale {Internacional} Lg. Rafael Bordalo Pinheiro, 29 (Chiado) 21 346 9125 | © 2ª a Sáb. 10h/24h; Dom. 10h/20h | €€

Bubbly {Internacional} R. da Barroca, 106 (Bairro Alto) 21 155 6042 | © 3ª a Sab. 12h/15h; 20h/2h (cozinha até 0h30) | - Dom. e 2ª | €€€€

Café S. Bento {Portuguesa} R. de S. Bento, 212 (S. Bento) 21 395 2911 | © 18h/2h | - Dom. | €€€ | U

Guia da Noite Lx magazine 55


Guia de restaurantes, bares e discotecas de Lisboa

Calcutá {Indiana} R. do Norte, 17-19 (Bairro Alto) 21 342 8295 | © 12h/15h; 18h30/23h | - Sáb.; Dom. | €€ Camponesa (A) {Internacional} R. Marechal Saldanha, 23-25 (Bairro Alto) 21 346 4791 | © 12h30/15h; 19h30/23h | - Sáb. ao almoço; Dom. | €€ Cantina Lx {Portuguesa} R. Rodrigues Faria, 103 (Alcântara) 21 362 8239 | © 2ª a 6ª 9h30/23h; Sáb. 19h/23h | - Dom | €€

Casa da Comida {Internacional} Tv. das Amoreiras, 1 (Rato) 21 388 5376 | © 13h/15h; 20h/24h | - Dom.; Sáb. e 2ª ao almoço | €€€€€ | U Casa da Morna {Africana} R. Rodrigues Faria, 21 (Alcântara) 21 364 6399 | © 19h30h/2h | - Dom. | €€ Casa do Alentejo {Portuguesa} R. das Portas de Stº Antão, 58 (Baixa) 21 340 5140 | © 12h/15h; 19h/23h | €€

Uma noite com Tamin

Cantora Cais Sodré Funk Connection Paragens obrigatórias Esplanada: Café Rosso Restaurante: Prima Pasta Bar: Catacumbas Discoteca: MusicBox

Cantinho da Paz {Indiana} R. da Paz, 4 (Santos) 21 396 9698 | © 12h30/15h; 19h30/23h | - Dom. | €€€ Cantinho das Gáveas {Portuguesa} R. das Gáveas, 82 (Bairro Alto) 21 342 6460 | © 12h/15h; 19h/23h30 | - Sáb. ao almoço; Dom. | €€€ Capela R. da Atalaia, 45 (Bairro Alto) 21 347 0072 | © 20h/4h

56 Guia da Noite Lx magazine

Casa do Algarve {Internacional} Lg. da Academia de Belas Artes, 14, r/c (Bairro Alto) © 12h/16h30; 19h/23h30 | - Dom. | €€ Casa México {Mexicana} Av. D. Carlos I, 140 (S. Bento) 21 396 5500 | © 2ª a 6ª 13h/15h; Dom. a 4ª 20h/1h; 5ª a Sáb. 20h/2h | €€€ Casanostra {Italiana} Tv. do Poço da Cidade, 60 (Bairro Alto) 21 342 5931 | © 12h/15h;

20h/23h | - Sáb. ao almoço; 2ª | €€€ | U Casanova {Italiana} Cais da Pedra, Lj 7, Arm. B (Sta Apolónia) 21 887 7532 | © 12h30/1h30 | - 2ª e 3ª ao almoço | €€€ | U Catacumbas Jazz Bar Tv. Água da Flor, 43 (Bairro Alto) 21 346 3969 | © 22h/4h | - Dom. Cervejaria da Trindade {Portuguesa} R. Nova da Trindade, 20 (Bairro Alto) 21 342 3506 | © 12h/24h30 | €€€ |U Chafariz do Vinho (Enoteca) {Internacional} R. da Mãe d’Água à Pç. da Alegria (Príncipe Real) 21 342 2079 | © 18h/2h | - 2ª | €€ Charcutaria (II) (A) {Portuguesa} R. do Alecrim, 47 A (Bairro Alto) 21 342 3845 | © 12h30/15h30; 19h30/23h | - Sáb. ao almoço; Dom. | €€€€ | U Chueca R. da Atalaia, 97 (Bairro Alto) 91 957 4498 | © 2ª a 5ª 19h/2h; 6ª e Sáb. 19h/3h | - Dom. Cinco Lounge R. Ruben A. Leitão, 17 A (Príncipe Real) 21 342 4033 | © 15h/2h Club Carib R. da Atalaia, 78 (Bairro Alto) 96 110 0942 | © 22h/3h30 Club Souk R. Marechal Saldanha, 6 (Bairro Alto) 21 346 5859 | © 22h/4h | - Dom.; 2ª


Clube da Esquina R. da Barroca, 30 (Bairro Alto) 21 342 7149 | © 21h30/2h Clube Lua Av. Infante D. Henrique, Arm. A-B (Jardim do Tabaco) © 24h/5h | - Dom. a 4ª Clube Rua R. da Barroca, 111(Bairro Alto) © 3ª a Sáb. 21h/4h | - Dom. e 2ª Come Prima {Italiana} R. do Olival, 258 (Lapa) 21 397 1287 | © 12h/15h; 19h/23h30 | - Sáb. ao almoço; Dom. | €€ | U Comida de Santo {Brasileira} Cç. Engº Miguel Pais, 39 (Príncipe Real) 21 396 3339 | © 12h30/15h30; 19h30/1h | €€€ Confraria – York House (A) {Internacional} R. das Janelas Verdes, 32 - 1.º (Janelas Verdes) 21 396 2435 | © 12h30/16h; 19h30/22h30 | €€€€ Cop’ 3 {Portuguesa} Lg. Vitorino Damásio, 3 (Santos) 21 397 3094 | © 12h30/23h30 | - Sáb. ao almoço; Dom. | €€€€ | U Crew Hassan R. das Portas de Santo Antão, 159 – 1º (Baixa) © 2ª a Sáb. 14h/24h; Dom. 18h/24h | U DeliDelux {Café} Av. Infante D. Henrique, Arm. B, Lj. 8 (Sta Apolónia) 21 886 2070 | © 3ª a 5ª 12h/20h; 6ª 12h/22h; Sáb. 10h/22h; Dom. 10h/20h | - 2ª | €€€ Divina Comida {Portuguesa} Lg. de S. Martinho, 6-7

Uma noite com

Carl von Winning Don’t Panic Paragens obrigatórias Esplanada: Graça Restaurante: Ondajazz Bar: Faktory (Lx Factory) Discoteca: Lux

(Alfama) 21 887 5599 | © 12h/1h | €€ Doca do Espanhol {Portuguesa} Galeria do Museu da Cera, Arm. 2, Lj. 12-17 (Docas) 21 393 2600 | © 12h30/16h; 19h30/24h | Dom.; 2ª ao jantar | €€€ | U Dock’s Club R. da Cintura do Porto, 226 (Rocha Conde d’Óbidos) 21 395 0856 | © 24h/6h | - Dom.; 2ª e 4ª Dom Pomodoro {Italiana} Doca de Sto Amaro, Arm. 13 (Docas) 21 390 9353 | © 12h/2h | €€€ | U Espaço 2010 (antigo Domus Alcântara) R. Maria Isabel Saint Léger, 12 (Alcântara) © Aberto para eventos El Gordo II {Espanhola} Tv. dos Fiéis de Deus, 28 (Bairro Alto) 21 342 6372 | © 17h/2h | - 2ª | €€€ El Último Tango {Argentina} R. Diário de Notícias, 62 (Bairro Alto) 21 342 0341 | © 19h30/23h | - Dom. | €€€ | U

Elevador Amarelo R. da Bica de Duarte Belo, 37 (Bica) © 22h/2h | - 2ª | U Eleven {Internacional} R. Marquês da Fronteira (Pq. Eduardo VII) 21 386 21 11 | © 12h30/15h; 19h30/23h | - Dom.; 2ª | €€€€ En’Clave {Africana} R. do Sol ao Rato (Rato) 21 388 8738 | © 20h/4h | - 3ª | €€€ Esperança {Italiana} R. do Norte, 95 (Bairro Alto) 21 343 2027 | © 13h/16h; 20h/2h | - 2ª; 3ª ao almoço | €€€ Esquina da Bica Bar R. da Bica de Duarte Belo, 26 (Bica) © 22h/2h | - Dom.; 2ª Estado Líquido / Sushi Lounge {Japonesa} Lg. de Santos, 5 A (Santos) 21 397 2022 | © 20h/3h | €€€ | U Estrela da Bica {Internacional} Tv. do Cabral, 33 (Bica) 21 347 3310 | © 19h/23h; 6ª e Sáb. até 24h | - 2ª | €€

Guia da Noite Lx magazine 57


Guia de restaurantes, bares e discotecas de Lisboa

Uma noite com

Mafalda Lopes da Costa Jornalista

Paragens obrigatórias Esplanada: Portas do Sol Restaurante: Pap'Açorda Bar: Maria Caxuxa Discoteca: MusicBox

Europa R. Nova do Carvalho, 28 (Cais do Sodré) © 23h/4h; 6h/10h | 21 342 1848 | U Everest Montanha {Nepalesa} R. Artilharia 1, 26 (Amoreiras) 21 386 6218| © 12h/15h; 19h/24h | €€ Fábrica Braço de Prata R. da Fábrica do Material de Guerra, 1 (Beato) © 4ª a Sáb. 18h/4h; Dom. 15h/24h | - 2ª; 3ª | U Fábulas Café {café} Cç. Nova de São Francisco, 14 (Chiado) 21 347 6323 | © 2ª a 4ª 10h/24h; 5ª a Sáb. 10h/1h | - Dom. | €€€ Farah’s Tandoori {Indiana} R. de Santana à Lapa, 73 B (Lapa) 21 390 9219 | © 12h/15h; 19h/22h30 | - 3ª | €€ Faz Figura {Portuguesa} R. do Paraíso, 15 B (Alfama) 21 886 89 81 | © 12h30/15h; 20h30/23h | - 2ª ao almoço | €€€ | U Fidalgo {Portuguesa} R. da Barroca, 27-31 (Bairro Alto) 21 342 29 00 | © 12h/15h; 19h/23h | - Dom. | €€€

58 Guia da Noite Lx magazine

Fiéis ao Bairro Tv. da Espera, 42 A (Bairro Alto) © 18h/2h Fiéis aos Copos R. da Barroca, 43 (Bairro Alto) | © 20h/2h Finalmente R. da Palmeira, 38 (Príncipe Real) 21 347 2652 | © 22h/5h | U Flor da Laranja {Marroquina} R. da Rosa, 206 (Bairro Alto) 21 342 2996 | © 12h/15h; 20h/24h | - Dom.; 2ª ao almoço | €€ Flores {Internacional} R. das Flores, 116 (Bairro Alto) 21 340 8252 | © 12h30/15h; 19h30h23h | €€€€ Floresta do Calhariz {Portuguesa} R. Luz Soriano, 7 (Bairro Alto) 21 342 5733 | © 12h/23h | - Dom. | €€ | U Fluid Av. D. Carlos I, 67 (Santos) 21 395 5957 | © 22h/4h Frágil R. da Atalaia, 126 (Bairro Alto) 21 346 9578 | © 23h30/4h | - Dom.; 2ª | U Funicular R. da Bica Duarte Belo, 44 (Bairro Alto) © 22h/2h | - Dom., 2ª a 4ª | U

Fusion Sushi {Japonesa} Lg. de Santos, 5 (Santos) 21 395 5820 | © 12h30/15h; 20h/23h; 6ª e Sáb. até 24h | - Sáb. ao Almoço; Dom. | €€€€ Galeria Zé dos Bois – ZDB R. da Barroca, 59 (Bairro Alto) 21 343 0205 | © 22h/2h | U Gambrinus {Portuguesa} R. das Portas de Sto Antão, 23 (Restauradores) 21 342 1466 | © 12h/1h30 | €€€€€ | U Gemelli {Italiana} R. Nova da Piedade, 99 (S. Bento) 21 395 2552 | © 12h30/14h30; 20h/24h | - Dom.; 2ª | €€€€ Groove Bar R. da Rosa, 148150 (Bairro Alto) © 2ª a Sáb 22h/4h | - Dom. | U Hard Rock Café Av. da Liberdade, 2 (Av. da Liberdade) 21 324 5280 | © 12h/24h; 6ª e Sáb. 12h/2h Hennessy’s Irish Pub R. do Cais do Sodré, 32-38 (Cais do Sodré) 21 343 1064 | © 12h/2h; 6ª e Sáb. 12h/3h Império dos Sentidos {Internacional} R. da Atalaia, 35 (Bairro Alto) 21 343 1822 | © 20h/2h | - 2ª | €€€ In Rio Lounge Av. Brasília, Pavilhão Nascente, 311 (Belém) 21 362 6248 | © 9h/4h Incógnito R. Poiais de S. Bento, 37 (Santos) 21 390 8755 | © 23h/4h | - 2ª; 3ª | U Indie Diferenza Live Bar R. da Atalaia, 172 (Bairro Alto) © 21h30/2h


Indochina R. Cintura do Porto de Lisboa, 232 Arm. H (Santos) 21 395 5875 | © 23h/6h | - Dom.; 2ª Jamaica R. Nova do Carvalho, 6 (Cais do Sodré) 21 342 1859 | © 23h/6h | - Dom. | U Jardim dos Sentidos {Vegetariana} R. da Mãe d´Água, 3 (Av. da Liberdade) 21 342 3670 | © 12h/15h; 19h/22h | - Sáb. ao almoço; Dom. | €€ | U Kaffeehaus {Café} R. Anchieta, 3 (Chiado) 21 095 6828 | © 11h/24h; 6ª e Sáb. 11h/2h; Dom. 11h/20h | - 2ª | €€ Kais R. da Cintura – Cais da Viscondessa (Rocha Conde d’Óbidos) © 20h/23h30 | - Dom. | U Kapital Av. 24 de Julho, 68 (24 de Julho) 21 393 2930 | © 5ª a Sáb. e vésp. feriados 23h/6h | - Dom.; 2ª Koi Sushi Trav. Fradesso da Silveira, 4 Lj B (Alcântara) 21 364 0391 | © 2ª a 6ª 12h/15h; 20h/24h; Sáb. 20h/24h | - Sáb. ao almoço; Dom. | €€€ Konvento Pátio do Pinzaleiro, 22-26 (24 de Julho) 21 395 7101 | © 24h/6h | - Dom. a 4ª Kozee Club Cç. Marquês de Abrante, 142 (Santos) © 4ª a Sáb. 21h/4h | - Dom. a 3ª Kremlin R. Escadinhas da Praia, 5 (24 de Julho) 21 395 7101 | © 24h/8h | - Dom.; 2ª a 5ª

Kuta Bar {Internacional} Trav. do Chafariz d’El-rei, 8 (Alfama) 96 795 7257 | © 3ª a Sáb. 15h/2h; Dom. 11h/18h| - 2ª | €€€€ L Gare R. da Rosa 136 (Bairro Alto) © 17h/2h | - Dom. e 2ª La Brasserie de l’Entrecôte {Francesa} R. do Alecrim, 117 (Bairro Alto) 21 347 3616 | © 12h30/15h30; 20h30/24h | €€€ | U La Finestra {Internacional} Av. Conde Valbom, 52A (Avenidas Novas) 21 761 3580 | © 12h/15h; 19h/1h | €€ La Hora Española {Espanhola} Cç. Marquês de Abrantes, 58 (Santos) 21 397 1290 | © 12h/15h;19h/2h | €€€ La Moneda {Internacional} R. da Moeda, 1C (Santos) 21 390 8012 | © 10h/2h | - Dom. | €€€ | U La Paparrucha {Argentina} R. D. Pedro V (Príncipe Real) 21 342 5333 | © 12h/15h; 19h30/24h30 | €€€ | U Le Goût du Vin R. de S. Bento, 107 (São Bento) 21 395 0070 | © 19h/2h | - Sáb. Le Marais R. de Sta. Catarina, 28 (Adamastor) 21 346 7355 | © Dom. a 5ª 12h/2h; 6ª e sáb. 12h/4h | U Left Lg. Vitorino Damásio, 3 F (Santos) 91 635 9406 | © 3º a Dom. 22h/4h | - Dom.| U

Les Mauvais Garçons R. da Rosa, 39 (Bairro Alto) 21 343 3212 | © 12h/1h | U Loft R. do Instituto Industrial, 6 (Santos) 21 396 4841 | © 24h/6h | - Dom. a 4ª Lounge Bar R. da Moeda, 1 (Santos) 21 846 2101 | © 21h/4h; 6ª e sáb. 22h/4h | - 2ª | ) Lucca {Italiana} Trav. Henrique Cardoso, 19-B (Alvalade) 21 797 2687 | © 12h/15h; 19h/1h | - 4ª | €€€ | U Lust {Internacional} R. da Escola Politécnica, 275 (Rato) 21 387 0648 | © 19h30/1h | - Dom. | €€ Lux-Frágil Av. Infante D. Henrique, Arm. A (Stª Apolónia) 21 882 0890 | © 18h/6h | - Dom.; 2ª | ) LX Factory R. Rodrigues Faria, 103 (Alcântara) 21 314 3399 | Aberto para eventos Majong R. da Atalaia, 3 (Bairro Alto) 21 342 1039 | © 21h30/4h |U Manifesto {Internacional} Lg. de Santos, 9C (Santos) 21 396 3419 | © 12h30/15h; 19h30/23h | - Sáb. e 2ª ao almoço; Dom. | €€€ Mar Adentro {Internacional} R. do Alecrim, 35 (Cais do Sodré) 21 346 9158 | © 10h/23h; sáb. 14h/24h; Dom. 14h/22h | €€

Guia da Noite Lx magazine 59


Guia de restaurantes, bares e discotecas de Lisboa

Maria Caxuxa R. da Barroca, 6-12 (Bairro Alto) © 19h30/2h | - Dom. | U

Mexecafé R. Trombeta, 4 (Bairro Alto) 21 347 4910 | © 22h/4h | U

New Wok {Asiática} R. Capelo, 24 (Chiado) 21 347 7189 | © 12h/15h; 20h/24h | €€€

Maria B.A. Trav. dos Inglesinhos, 48 (Bairro Alto) 91 177 6883 | © 2ª a 5ª 19h30/2h; 6a e Sáb. até 3h | - Dom.

Mezcal Tv. Água da Flor, 20 (Bairro Alto) 21 343 1863 | © 21h30/4h | U

Noobai Café {Café} Miradouro do Adamastor (Sta Catarina) 21 346 5014 | © 12h/24h; Dom. 12h/22h | €€ | U

Maria Lisboa R. das Fontainhas, 86 (Alcântara) 21 362 2560 | © 6ª e vésp. feriados 23h30/6h | - Dom. a 5ª

Mini-Mercado Av. D. Carlos I, 67 (Santos) 96 045 1198 | © 22h/4h | - Dom.; 2ª | U

Uma noite com Levina

Produtora – Silva! Designers Paragens obrigatórias Esplanada: Portas do Sol Restaurante: Yve's place Bar: Maria Caxuxa e Lounge Discoteca: Lux-Frágil

Maritaca {Italiana} R. 24 de Julho, 54G (Santos) 21 393 9400 | © 3a a 5a e Dom. 13/15h; 20h/24h; 6a e Sáb. até 1h | - 2ª | €€€ Meninos do Rio {Internacional} R. da Cintura do Porto de Lisboa, Arm. 255 (Cais do Sodré) 21 322 0070 | © 12h30/4h | €€€ Mercearia {Portuguesa} R. da Madre, 72 (Madragoa) 21 397 7998 | © 12h30/15h; 19h30/23h | - Dom. ao almoço; 3ª | €€ Mesa de Frades {Casa de Fado} R. dos Remédios, 139 A (Alfama) 91 702 9436 | © 10h/2h | - Dom. e 3ª | €€€ 60 Guia da Noite Lx magazine

Montado {Portuguesa} Cç. Marquês de Abrantes, 40 (Santos) 21 390 9185 | © 12h/2h | - 2ª e Dom. | €€€ MusicBox R. Nova de Carvalho, 24 (Cais do Sodré) 21 347 3188 | © 23h/6h | - Dom. a 3ª | U Mussulo R. Sousa Martins, 5 D (Picoas) 21 355 6872 | © 23h/6h | - 2ª; 3ª Nariz de Vinho Tinto {Portuguesa} R. do Conde, 75 (Lapa) 21 395 3035 | © 12h45/15h; 19h45h/23h | - Sáb. e Dom. almoço; 2ª | €€€€

Nood {Asiática} Lg. Rafael Bordalo Pinheiro, 20B (Chiado) 21 347 4141 | © 12h/24h; Lounge 18h/2h | €€€ | U Novo Bonsai {Japonesa} R. da Rosa, 244 (Bairro Alto) 21 346 2515 | © 12h30/14h; 19h30/22h30 | - Dom. | €€€ O’Gillins Irish Bar R. dos Remolares, 8 (Cais do Sodré) 21 342 1899 | © 11h/2h30 Olivier Café {Internacional} R. do Alecrim, 23 (Cais do Sodré) 21 342 2916 | © 20h/1h | - Dom. | €€€ | U OndaJazz {Internacional} Arco de Jesus, 7 (Alfama) 21 887 3064 | © 3ª a 5ª 19h30/2h; 6ª e Sáb. 19h30/3h | - Dom.; 2ª | €€€ Op Art Café {Internacional} Doca de St. Amaro (Docas) 21 395 6787 | © 15h/2h; 6ª 15h/7h; Sáb. 13h/7h | - 2ª | U | €€€ Oriente Chiado {Vegetariana} R. Ivens, 28 (Chiado) 21 343 1530 | © 12h/15h; 19h30/22h30 | €€€ Ozeki {Japonesa} R. Vieira da Silva, 66 (Alcântara) 21 390 8174 | © 12h/15h; 19h30/23h30 | - Sáb. e Dom. almoço | €€€


Paladar - Cozinha de Mercado {Internacional} Cç. do Duque, 43 A (Bairro Alto) 21 342 3097 | © 19h30/2h | - Dom. | €€€ Pap’Açorda {Portuguesa} R. da Atalaia, 57-59 (Bairro Alto) 21 346 4811 | © 12h/14h30; 20h/ 23h30 | - Dom.; 2ª | €€€€ | U Paradise Garage R. João de Oliveira Miguéns, 38-48 (Alcântara) 21 790 4080 | © 24h/6h | - 2ª a 4ª Pavilhão Chinês R. D. Pedro V, 89 (Príncipe Real) 21 342 4729 | © 18h/2h; Dom. 21h/2h | U Pedro das Arábias {Marroquina} R. da Atalaia, 70 (Bairro Alto) 21 346 8494 | © 19h30/1h | - Dom. | €€ Picanha {Brasileira} R. das Janelas Verdes, 96 (Santos) 21 397 5401 | © 12h/15h; 19h30/24h | - Sáb.; Dom. ao almoço | €€€ | U Pitéu (O) {Portuguesa} Lg. da Graça (Graça) 21 887 10 67 | © 12h/15h; 19h/22h30 | - Sáb. ao jantar; Dom. | €€ Pizzeria Mezzogiorno {Italiana} R. Garrett, 19 (Chiado) 21 342 1500 | © 12h30/15h30; 19h30/24h | - Dom.; 2ª almoço | €€ | U Plateau R. Escadinhas da Praia, 7 (24 de Julho) 21 396 5116 | © 22h/6h | - Dom.; 2ª, 4ª Pop Out R. da Bica Duarte Belo, 31 (Bica) 91 544 4448 | © 5ª a Sáb. 22h/2h | - Dom. a 4ª

Porão de Santos Lg. de Santos, 1 (Santos) 21 396 5862 | © 10h/4h; Sáb. 19h/4h | - Dom. Portas do Sol {Internacional} Lgo. Portas do Sol (Castelo) 91 754 7721 | © 10h/24h; 6ª e Sáb. até 2h | €€€ Portas Largas R. da Atalaia, 105 (Bairro Alto) 21 346 6379 | © 20h/3h30 Project Bar Av. Dom Carlos I, nº 61 – 1º (Santos) 96 391 0337 Purex R. das Salgadeiras, 28 (Bairro Alto) 21 342 8061 | © 23h/4h | - 2ª | U Restô do Chapitô {Internacional} R. Costa do Castelo, 7 (Castelo) 21 886 7334 | © 2ª a 6ª 19h30/2h; Sáb., Dom. e feriados 12h/2h | €€€ | U Rock in Chiado Café R. Paiva Andrade, 7/13 (Chiado) 21 346 4859 | © 12h/2h; 4ª a sáb. 12h/3h | - Dom. (excepto quando há eventos) Rock’n Sushi {Japonesa} R. Fradesso da Silveira, Bl. C

(Alcântara) 91 384 0839 | © 12h/15h; 20h/2h | €€€ Rosa da Rua {Portuguesa} R. da Rosa, 265 (Bairro Alto) 21 343 2195 | © 12h30/15h; 16h30h/24h30 | - 2ª | €€€€ |U Santiago Alquimista R. de Santiago, 19 (Castelo) 21 888 4503 | © 2ª a 4ª 18h/2h; 5ª a Sáb. 18h/4h; Dom. 20h/2h | U Santo António de Alfama {Internacional} Beco de S. Miguel, 7 (Alfama) 21 888 1328 | © 12h/15h; 20h/2h | - 3ª | €€€ | U Século (O) R. de O Século, 78 (Bairro Alto) 21 323 4755 | © 9h/2h | - Dom. Senhora Mãe {Internacional} Lg. de São Martinho, 6 (Alfama) 21 887 5599 | © 12h30/24h; 6ª e Sáb. até às 2h | - 3ª | €€€ | U Sentido Proibido R. da Atalaia, 34 (Bairro Alto) © 19h/2h Sétimo Céu Tv. da Espera, 54 (Bairro Alto) 21 346 6471 | © 22h/2h

Uma noite com

Adilson de Auxiliador Don’t Panic

Paragens obrigatórias Esplanada: Mãe D’Água Restaurante: New Wok Bar: Ondajazz e Fáb. Braço de Prata Discoteca: Bedroom

Guia da Noite Lx magazine 61


Guia de restaurantes, bares e discotecas de Lisboa

Uma noite com Raquel Castro Videasta

Paragens obrigatórias Esplanada: EntreTanto (Hotel do Chiado) Restaurante: Estrela da Bica Bar: Maria Caxuxa Discoteca: MusicBox

Silk R. da Misericórdia, 14 - 6º andar (Bairro Alto) © 22h30/4h | - Dom.; 2ª Sinal Vermelho {Portuguesa} R. das Gáveas, 89 (Bairro Alto) 21 343 1281 | © 12h/15h; 20h/1h | - Dom. | €€ Sítio dos Bons Amigos {Portuguesa} R. Dr Gomes Barros, 12 (Av. de Roma) 21 848 8721 | © 19H/5h | €€€ Skones R. da Cintura – Cais da Viscondessa (Rocha Conde d’Óbidos) 21 393 2930 | © 23h/5h | - Dom.; 2ª Snob {Internacional} R. do Século, 178 (Príncipe Real) 21 346 37 23 | © 16h30/3h | €€€ | U Sofisticato {Italiana} R. São João da Mata, 27 (Santos) 21 396 53 77 | © 19h30/23h; 6ª e Sáb. até 24h | - 2ª | €€€€ Sokuthai {Tailandesa} R. da Atalaia, 77 (Bairro Alto) 21 343 2159 | © 20h/2h | - Dom. | €€€ Sommer {Internacional} R. da Moeda, 1-K (Santos) 21 390

62 Guia da Noite Lx magazine

5558 | © 20h/24h; 5ª a Sáb. até 2h | - Dom. | €€€€ Speakeasy Cais das Oficinas, Arm. 115 (Rocha Conde d’Óbidos) 21 396 4257 | © 20h/3h; 5ª a Sáb. 20h/4h | - Dom. | U Spot Lx {Internacional} Al. dos Oceanos (Pq. das Nações) 21 892 9043 | © 18h/3h | €€€€ Stephens Cru Bar R. das Flores, 8 (Chiado) 21 324 0224 | © 2ª a Sáb. 19h30/1h30 | - Dom. | €€€ Stop do Bairro {Portuguesa} R. Tenente Ferreira Durão, 55 (Campo de Ourique) 21 388 8856 | © 12h/15h30; 19h/23h | - 2ª | €€ | U Sucre {Internacional} R. Sousa Martins, 14 D (Saldanha) 21 314 7252 | © 12h30/15h30; 20h/22h30 | - Dom.; 2ª a 4ª ao jantar | €€€ Sul {Internacional} R. do Norte, 13 (Bairro Alto) 21 346 2449 | © 12h/15h; 20h/2h | - 2ª | €€€

Sweet R. Maria Luísa Olstein, 13 (Alcântara) 21 363 6830 | © 24h/6h | - 2ª; 3ª e 5ª Taberna do Chiado {Portuguesa} Cç. Nova de São Francisco, 2A (Chiado) 21 347 4289 | © 12h/23h | €€€ | U Taberna Ideal {Portuguesa} R. da Esperança, 112 (Santos) 21 396 2744 | © 3ª e 6ª das 19h/2h; Sáb. e Dom. 13h30/2h | - 2ª | €€ Tamarind {Indiana} R. da Glória, 43 (Baixa) 21 346 6080 | © 2ª a 6ª 11h30/15h; 18h30/23h30 | €€€ Tapadinha (A) {Russa} Cç. da Tapada, 41 A (Alcântara) 21 364 0482 | © 12h/15h; 20h/2h | - Dom. | €€€ Tasca da Esquina {Portuguesa} R. Domingos Sequeira, 41C (Campo de Ourique) 21 099 3939 | © 12h30/24h | - Dom. e 2ª (almoço) | €€€€ Tasca do Chico R. Diário de Notícias, 39 (Bairro Alto) © 12h/4h Tavares Rico {Internacional} R. da Misericórdia, 37 (Chiado) 21 342 1112 | © 12h30/14h30; 19h30/22h30 | - Dom. | €€€€€ Tejo Bar Beco do Vigário, 1 (Alfama) © 22h/2h Tibetanos (Os) {Vegetariana} R. do Salitre, 117 (Rato) 21 314 2038 | © 12h/14h; 19h30/21h30 | - Dom. | €€€


Tokyo R. Nova do Carvalho, 12 (Cais do Sodré) 21 342 1419 | © 23h/4h | - Dom. | U

21 347 8205 | © Dom. a 4ª 12h/1h; 5ª a Sáb. 12h/2h | €€€

Toma Lá Dá Cá {Portuguesa} Tv. do Sequeiro, 38 (Bairro Alto) 21 347 9243 | © 12h/24h | - Dom. | €€

Uai! {Brasileira} Cais das Oficinas, Arm. 114 (Rocha Conde d’Óbidos) 21 390 0111 | © 13h/15h; 20h/23h | - 3ª e 4ª ao almoço; 2ª | €€€

Travessa (A) {Belga} Tv. Convento Bernardas, 12 (Santos) 21 394 0800 | © 12h30/15h; 20h/24h | - Sáb. ao almoço; Dom. | €€€€

Varanda da União {Internacional} R. Castilho, 14C, 7º (Pq. Eduardo VII) 21 314 1045 | © 12h/15h30; 19h30/23h30 | - Dom. | €€€€

Trumps R. da Imprensa Nacional, 104 B (Príncipe Real) 21 397 1059 | © 6ª, Sáb. e vésp. feriados das 23h45/6h | - 2ª a 5ª

Vela Latina {Internacional} Doca do Bom Sucesso (Belém) 21 301 7118 | © 12h30/15h; 20h/22h30 | - Dom. | €€€€ | U

Tsuki {Japonesa} R. Nova de S. Mamede, 18 (Príncipe Real) 21 397 5723 | © 12h/15h ; 20h/02h | - 2ª e Sáb. ao almoço | €€€ Twin’s Lx R. de Cascais, 57 (Alcântara) 21 361 0310 | © 4ª e 5ª 22h/4h; 6ª e Sáb. 22h/6h | - Dom. a 3ª Txakoli {Basca} R. São Pedro de Alcântara, 65 (Bairro Alto)

Velha Gruta {Internacional} R. da Horta Seca, 1B (Bairro Alto) 21 342 4379 | © 20h/24h | - Dom. | €€€ | U Vertigo Café {Café} Tv. do Carmo, 4 (Bairro Alto) 21 343 3112 | © 10h/24h | €€ Viagem de Sabores {Internacional} R. S. João da Praça, 103 (Sé) 21 887 0189 | © 20h/23h | - Dom. | €€€

Void Club R. Cintura do Porto, Arm. H, Naves A-B (Rocha Conde d’Óbidos) 21 395 5870 | © 23h/6h | - Dom.; 2ª | U Xafarix R. D. Carlos I, 69 (Santos) 21 396 9487 | © 22h30/4h | - Dom. Xannax Club R. do Século, 138 (Bairro Alto) 96 940 7730 | © 12h/20h; 23h/4h | - 2ª; 3ª | U XL {Internacional} Cç. da Estrela, 57 (S. Bento) 21 395 6118 | © 20h/24h | - Dom. | €€€€ | U Estes e muitos outros restaurantes e bares de todo o país em www.guiadanoite.net © Horário - Dias de encerramento U Fumadores ou área específica € até 10 euros €€ de 10 a 15 euros €€€ de 15 a 25 euros €€€€ de 25 a 45 euros €€€€€ acima de 45 euros

Directora Sandra Silva | Coordenação editorial Fernanda Borba | Assistente Editorial Patrícia Raimundo | Redacção C. Sá, Fernanda Borba, José Luís Peixoto, Patrícia Raimundo, Sandra Silva | Revisão Fernanda Borba | Design gráfico e paginação Inês Sena | Fotografia Carlos Ferreira, João Silveira Ramos, Luísa Ferreira, Marco Sádio, Mundods, Kenneth Peralta, Paulo Bernarschina, Patrícia Almeida, Pedro Cláudio, Raquel Castro, Rita Carmo, Steve Stoer | Colaboradores Luísa de Carvalho Pereira, Mafalda Lopes da Costa, Maria João Veloso, Myriam Zaluar, Natacha Gonzaga Borges, Patrícia Brito, Patrícia Maia e Vítor Belanciano | Fotografia da capa Raquel Castro | Impressão Sogapal | Copyright 101 Noites – Criação de Produtos Culturais, Lda | Tiragem e circulação: 35.000 exemplares | Periodicidade Trimestral

Contacta-nos! guiadanoite@guiadanoite.net | redaccao@guiadanoite.net 101 Noites - Criação de Produtos Culturais, Lda | Largo de Stº Antoninho, nº 3 | 1200-406 Lisboa | Tel. 21 343 22 52 | 101noites@101noites.com | www.101noites.com | www.myspace.com/101noites www.guiadanoite.net | http://www.facebook.com/guiadanoite.net | Assinatura Anual: 5 euros

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Brunch Já podemos encontrar em Lisboa diversos cafés que aos fins-de-semana oferecem deliciosos e bem servidos brunchs. Cafés, chocolate quente, sumos, croissants, compotas, ovos mexidos, torradas, pães variados, bolos, muffin’s, scones e muitos outros ingredientes podem ser degustados tranquilamente durante um pequeno-almoço reforçado e especialmente elaborado para restituir as energias gastas durante uma semana agitada. Ficam aqui algumas sugestões do Guia da Noite: BAR DAS IMAGENS Cç. Marquês de Tancos, 1 (Castelo) 21 8884 636 | © 11h/2h; dom. 15h/23h | - 2ª | €€ CAFÉ DO MONTE R. de São Gens, 1 - esq. c/ Sra. do Monte à Graça (Graça) | © 3a a Dom. 10h/22h30 | - 2ª CAFÉ ROYALE Lg. Rafael Bordalo Pinheiro, 29 r/c Esq. (Chiado) 21 346 9125 | © 2ª a Sáb. 10h/24h; Dom. 10h/20h | €€

64 Guia da Noite Lx magazine

DELIDELUX Av. Infante D. Henrique, Arm. B, Lj. 8 (Sta Apolónia) 21 886 2070 | © 3ª a 6ª 12h/22h; Sáb. 10h/22h; Dom. 10h/20h | - 2a | €€€ FÁBULAS CAFÉ Cç. Nova de São Francisco, 14 (Chiado) 21 347 6323 | © 2ª a 4ª 10h/24h; 5ª a Sáb. 10h/1h; Dom. 11h/19h | Não encerra | €€€ KAFFEEHAUS R. Anchieta, 3 (Chiado) 21 095 6828 | © 11h/24h; 6ª e Sáb. 11h/2h; Dom. 11h/20h | - 2ª | €€ KUTA BAR Trav. do Chafariz de El-Rei, 8 (Alfama) 96 795 7257 | © 3ª a Sáb. 15h/2h; Dom. 11h/18h | - 2ª | €€€€ MAGNÓLIA CAFFÉ Av. Roma, 7 (Av. Roma) 21 847 1163 | © 10h/23h; 6ª e Sáb. até 24h | Não encerra | €€ PÃO DE CANELA Pç das Flores, 27-28 (Príncipe Real) 21 397 2220 | © 7h30/20h | €€ POIS, CAFÉ R. São. João da Praça, 93-95 (Sé) 21 886 2497 | © 11h/20h | - 2ª | €€


101 Noites, Lg. de Stยบ Antoninho, 3 - 1200-406 Lisboa | Tel. 21 343 22 52 101noites@101noites.com | www.101noites.com | www.myspace.com/101noites


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