Guia da Noite Porto Magazine

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Tendências » Cultura Urbana » Música » Net » Sabores » Dj’s » Entrevistas

Porto www.guiadanoite.net Porto especial - 2010» Distribuição gratuita

Especial

Manel Cruz »

O Bom Bandido

Hard Club » O Regresso

Dj Shot » Nuno Coelho

O Porto é

Top Os melhores spots da Invicta

Guia » cafés | esplanadas | restaurantes | bares | discotecas


Distribuição gratuita nos melhores poisos nocturnos

Não é uma bica é um cimbalino

Porto


Editorial »

A movida do Porto em revista

Depois de três anos a guiar os lisboetas, o Guia da Noite chega finalmente ao Porto. Atentos à nova dinâmica cultural da cidade, decidimos dar voz aos artistas e aos promotores culturais que participam ativamente nesta verdadeira movida artística e urbana. Este Porto renovado — cujas ruas da Baixa foram literalmente invadidas por novos bares, restaurantes, galerias, lojas, mas também por performances, feiras e concertos — tem neste guia uma bússola para que ninguém se perca na fervilhante vida cultural desta cidade. É pela noite que vamos e nestas páginas iremos falar sobre cultura urbana, arte, design, moda, música, cinema, fotografia e gastronomia. Esta é uma revista portátil, gratuita e cosmopolita que será distribuída nos cafés, restaurantes, bares, cinemas, universidades e instituições culturais do Porto e de Lisboa. O Guia da Noite do Porto é uma edição especial do projecto Guia da Noite que comemora três anos de vida. O Porto está imparável e o Guia da Noite também.

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Porto, Manual de Sobrevivência p. 18

#3L ivre trânsito » O Porto é top

#8W ork in Progress » Hard Club O regresso do guerreiro

# 13 V ida Dupla » Nuno Coelho Uma discoteca para levar no bolso

# 18 1 001 Noites » Porto

# 32 H olofotes » Manel Cruz

# 38 B est Of » Restaurantes, bares e discotecas

# 52 G uia » Diretório das melhores moradas da noite de Lisboa

# 60 P ost it » Sai uma francesinha!

Best Of

Manual de sobrevivência

# 38 Sabores Glamour # 40 Sabores Gourmet # 42 Sabores do Mundo

Este símbolo significa que podes ler as entrevistas ou artigos na íntegra e interagir com a revista. Voa para www.guiadanoite.net ou envia um e-mail para redaccao@guiadanoite.net

# 44 Noites Trendy # 46 Noites Cool # 48 Noites ao Vivo # 50 Noites de Dança

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Nota: Não nos responsabilizamos por eventuais alterações na informação sobre eventos e espaços seleccionados. Esta revista foi escrita ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.


Livre Trânsito »

O Porto é top

Texto» Sasha Medeiros

percebermos em que direção fica estamos salvos. Começamos a descer e, mais volta, menos volta, acabamos por ir dar à Ribeira, o nosso primeiro ponto de Saímos cedo de Lisboa e chegamos a meio paragem obrigatório. É lá o apartamento da tarde à Invicta. As ruas desta cidade têm que alugámos e queremos poisar os pertenainda alguns segredos para nós e, como ces. Entramos pela praça principal, cheia não trazemos GPS, quando damos por nós de turistas a beber imperiais nas mesas das estamos metidos numa rua esconsa de que esplanadas e, em frente, um palco daqueles não fazemos a mínima ideia onde seja. Per- programas de televisão de domingo à tarde, didos. Raciocínio número um: para que lado “embelezado” com gigantescos painéis de fica o rio? O Douro é como uma bússola publicidade a anunciar hipermercados. para quem acaba de chegar e, portanto, se Viramos à direita, seguimos junto ao rio e Decidido a dar uma espreitadela ao fenómeno de que toda a gente fala e munido com as preciosas indicações dos meus colegas do Guia da Noite, desafiei alguns amigos a passar um fim de semana no Porto. Andámos pela Baixa, pela Ribeira e até por Leça e Matosinhos. Visitámos as lojas mais trendy e revivemos o ambiente de alguns dos melhores espaços noturnos da cidade.

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Livre Trânsito

entramos finalmente na Rua da Reboleira, bem estreitinha, daquelas em que as pessoas têm que se encostar à parede para deixar passar os carros… Era ali o nosso T1. Entramos e gostamos. Quem diria, ao olhar para as fachadas antiquíssimas dos edifícios daquela rua, alguns bastante degradados – o que até tem a sua piada – que o interior do nosso apartamento era praticamente novo, mais do que perfeito. Vamos direitinhos à varanda (foto §2) e ficamos de boca aberta. Que esplendor. O Douro mesmo por baixo dos nossos pés. As três toneladas de stress que trazíamos às costas desde Lisboa evaporam-se quando abrimos a porta daquele terraço. Ao olhar para a leve ondulação do rio, para os delicados mas convictos barcos rabelos a cruzarem as águas, a cadência do coração acalma. Era o fôlego de que precisávamos para nos fazermos à cidade. Vamos para a zona dos Clérigos e somos seduzidos pela fachada do famoso Café Progresso, fundado em 1899. Como não podia deixar de ser, opto pela típica francesinha. Em Lisboa já se vão encontrando uns cafés e restaurantes que as servem, mas nada melhor do que comê-las onde foram inventadas. E esta é mesmo “top”, como se diz no Porto. A seguir, bebemos um saboroso café de saco, algo praticamente impossível de encontrar na capital, e… rua. Estamos na Baixa. Damos umas voltas por ali e decidimo-nos por mais uns minutos num outro café do antigamente: o famoso Piolho, fundado em 1909. No Porto é assim, quando entramos num café é quase certo que tem mais de cem anos. A tarde desta sexta-feira foi mais do que bem passada, mas é a noite o que mais nos interessa. Para depois do jantar estava 4 Guia da Noite Porto magazine

guardado o esforço de tentar perceber porque anda toda a gente a falar da noite da Baixa do Porto. Que a Foz já não está a dar por aí além, que a Ribeira vale mais a pena durante o dia, etc., etc. Agora é mesmo a Baixa que está a dar. Pelas dez, onze horas começamos a perceber uma movimentação fora do normal nas redondezas e decidimos fixar-nos sobretudo em duas ruas: a Rua da Galeria de Paris e a Rua de Cândido dos Reis. São paralelas uma à outra e têm bares quase porta sim, porta não. As pessoas começam a juntar-se como formigas e quando damos por nós já temos que pedir licença para atravessar a rua. Bebemos umas imperiais no Plano B (foto §5) e umas vodkas no Galeria de Paris quando damos de caras com uma velha amiga: a Carla, que nos conta alguns pormenores sobre o fenómeno. “Muitos destes bares nasceram em antigos armazéns de tecidos. São edifícios com um pé-direito muito alto”, conta, realçando um detalhe que será um dos segredos da explosão de popularidade desta zona. A arquitetura de cada lugar é tão ampla quanto atrativa e, não há dúvida: entre beber um copo num lugar banal sem a mínima preocupação estética ou numa destas magníficas construções de inspiração cuidadosamente retro, a maioria das pessoas opta pela segunda hipótese. Os bares estão atentos às novas tendências musicais, com Dj’s selecionados nas noites de fim de semana e, depois, já se sabe… muita gente atrai ainda mais gente. “Isto anda uma loucura. Agora até as mercearias desta zona abrem à noite para vender umas cervejas”, diz a Carla.


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Livre Trânsito

Estamos quase com a cabeça a andar à roda quando decidimos mudar de ares para acalmar um pouco. Passamos no Candelabro, um café-bar cheio de estantes com livros, ou não ocupasse o lugar de um antigo alfarrabista e passamos a ser mais um dos vários grupos de pessoas que estão a conversar ao redor da porta de entrada. Depois, damos um salto ao Passos Manuel para rever o nosso amigo Becas, que nos proporciona o prazer de uma visita guiada. Descemos à sala de cinema, deserta e completamente às escuras, e, enquanto ele nos conta as últimas novidades notívagas, vamos olhando para as pessoas que estão a conversar nos camarotes. Nós conseguimos vê-los mas eles não sabem que estão a ser observados e há até um casal que se entusiasma mais nas manifestações de carinho. A terminar, bebemos uma cerveja no Maus Hábitos. Entro numa das pequenas salas do quarto andar mais animado da cidade e vou observando a exposição de um jovem desconhecido. Tropeço num arame contorcido pintado de cor de rosa e o resto da cerveja entorna-se no tecido de um objeto forrado com um pano colorido com desenhos abstratos. A mancha de cerveja começa a distorcer a pintura. Enquanto, disfarçadamente, me vou afastando do belo trabalhinho que acabo de compor, penso que, provavelmente, até terei valorizado a obra. Um desastre como estes pode acontecer a qualquer um e a verdade é que um dos objetivos da arte contemporânea é a de tentar uma aproximação cada vez maior ao espectador comum… No dia a seguir, enquanto tomamos o pequeno-almoço no Majestic (foto §4) – deve entrar diretamente na galeria dos mais requintados do mundo – lembramo-nos de

ir até à Rua do Almada dar uma espreitadela ao comércio. Na Louie Louie consegui encontrar o meu disco preferido dos GNR, que andava há anos para encontrar: Os homens não se querem bonitos. Um título que me deixou a pensar e que, como sempre, me reconfortou para o resto da tarde. De facto, para quê ser bonito? Há coisas muito mais importantes num homem – e se até a arte contemporânea já desprezou o conceito… Saímos da loja e começamos a subir a rua. Um senhor pergunta-nos as horas e, mesmo sem muito esforço, ficamos a saber que se chama Amândio (foto §3), que tem um milhão de amigos e foi campeão mundial de kung-fu. O ar ameaçador já o perdeu há muito e, aliás, até anda com uma rosa no paletó. Continuamos e paramos na Zona 6 (foto §6) para ver as novidades. Merece mesmo uma visita: tem tudo nas áreas do Dub e do Drum’n’Bass e, afinal de contas, é a única loja da Península Ibérica que grava discos de vinil à unidade. A seguir, fomos até Leça beber um chá à beira-mar na Casa de Chá Boa Nova (foto §1) porque não é todos os dias que se pode apreciar demoradamente o trabalho de um dos melhores arquitetos do mundo – Siza Vieira, claro – e depois parámos para jantar num restaurante em Matosinhos, o Segunda Casa. O dono é o Eduardo Silva, baixista dos Pluto e dos Zelig, entre outras bandas. Ele é ainda melhor a socializar do que a dedilhar as seis cordas, por isso ainda estivemos por ali umas horas à conversa. Ao regressarmos a Lisboa, tínhamos a perfeita consciência de que não vai demorar muito tempo até voltarmos ao Porto.

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Work in Progress »

Hard Club O regresso do guerreiro

Texto» Patrícia Raimundo

Três palcos, restaurante, esplanada, lojas, estúdio de gravação: o Hard Club voltou à vida e não fez a coisa por menos. Instalou-se no centenário Mercado Ferreira Borges, a um passo da Ribeira, bem no coração da Invicta, e promete voltar a fazer história, desta vez como conceito alargado que está muito para além da mera casa de espetáculos. A diversidade da oferta procura, assim, um público igualmente diverso e torna-se uma das premissas da renovada casa. Para Paulo Ponte, um dos promotores, “o Hard Club tem de ser o sítio para muitos, dos que gostam de rock, jazz, soul, fado, teatro, cinema até aos que gostam simplesmente 8 Guia da Noite Porto magazine

Quatro anos depois de ter deixado a tanoaria em Gaia onde estivera instalado durante quase uma década, o mítico Hard Club está de regresso. Mais ambicioso que nunca, trocou a outra margem do rio pelo centro do Porto e promete dar muito mais que música à Invicta.

de tomar um café e de música ambiente. O objetivo é que todos possam encontrar o seu palco e o seu público neste espaço”. De santuário da música alternativa, o Hard Club passou a centro cultural que agrega muitas outras artes: a música continua a ser


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Work in Progress

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Work in Progress o motor da casa, mas agora também o teatro, o cinema, a gastronomia, o turismo, as artes plásticas e até mesmo as atividades para crianças fazem parte da nova vida do Hard. piso de cima. Para além da extensa área de “O Mercado Ferreira Borges estava à restauração (com restaurante, café-bar com frente dos nossos sonhos, mas, mal vimos internet wifi, lounge e esplanada interior), que podia tornar-se realidade, nunca mais estão disponíveis dois estúdios onde músidesistimos e trabalhámos dia e noite para cos e bandas podem gravar e pós-produzir apresentarmos um Hard Club irrecusável ao discos, sejam eles gravados ao vivo durante Porto”. Irrecusável, para Paulo Ponte, significou criar um projeto para a cidade, para os “O Hard Club tem de ser ‘o’ sítio para que nela vivem e que a visitam, muitos, dos que gostam de rock, jazz, sem, no entanto, descaractesoul, fado, teatro, cinema até aos que rizar o espaço. Uma das solugostam simplesmente de tomar um café ções encontradas foi criar dois enormes blocos negros e de música ambiente”, diz Paulo Ponte, insonorizados que encaixam um dos promotores. no piso principal do mercado, e permitem a realização de espetáculos em simultâneo sem que se interfira com o funcionamento dos outros espaços. A sala 1 os espetáculos ou não. Há até uma netlabel é a coqueluche deste novo Hard Club: com associada ao Hard Club que promete lançar capacidade para receber cerca de 1000 pes- novos valores da música nacional. soas e com três bares prontos a funcionar, a Mas o Hard não se quer ficar por aqui. ela estão destinados os grandes concertos Para Paulo Ponte, este é “um processo que deram fama à casa, mas também Dj contínuo, que vai crescer e melhorar todos sets pela madrugada dentro ou programas os dias, não só a nível de infraestruturas, infantis durante a manhã. mas principalmente nos serviços”. Mais pequena, mas tão polivalente como Com uma vida noturna cada vez mais a primeira, a sala 2 pode funcionar como apetecível, a par das melhores cidades auditório (tem capacidade para cerca de europeias, o Porto pode ter encontrado no 120 lugares sentados) ou como sala de Hard Club uma forma de reabilitar a morna espetáculos e pista de dança (são 300 os Ribeira, que tem perdido adeptos com o lugares em pé). O corredor a meio recebe despertar da fervilhante Baixa. “É preciso exposições e pequenos showcases e perfor- que este fenómeno se alastre à zona ribeimances no palco ao fundo e há ainda lojas rinha, que detém a capacidade física para de discos e merchandising no piso 0. albergar parte da noite ‘tripeira’, e é nosso As maiores novidades em relação ao desejo que o Hard Club possa contribuir antigo Hard estão, porém, reservadas ao para essa movida”, confessa Paulo Ponte. Guia da Noite Porto magazine 11


Work in Progress

O que vai passar pelo Hard Club Mais eclético que nunca, o Hard Club tem já programados grandes concertos dos mais variados estilos. Depois de Foge Foge Bandido, do britânico Senser, dos Moonspell ou dos Black Rebel Motorcycle Club, o palco do Mercado Ferreira Borges promete continuar a receber grandes nomes da música nacional e interna-

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cional. Pela sala secundária vão passar ainda novos talentos e jovens bandas, mas nem só de música se faz o novo Hard: ciclos de cinema, peças de teatro ou dança, workshops e exposições vão animar o renovado Mercado. Fica atento ao site www.hard-club.com, já que se esperam grandes novidades para 2011.


Vida Dupla »

Nuno Coelho Uma discoteca para levar no bolso Texto» Patrícia Raimundo Ilustrações» Nuno Coelho

Foi estudar para o Porto e nunca mais de lá saiu. Nuno Coelho é designer, mas também o Dj que leva as festas Compact Discothèque a alguns dos mais badalados spots da Invicta. Viveu em Lisboa, em Coimbra e depois, quando entrou para a Faculdade de Belas Artes, nunca mais deixou o Porto. Apaixonou-se pela cidade? Porquê? O facto de nunca ter estado antes no Porto pesou na minha escolha pela FBAUP. Mesmo para viajar, tenho tendência para escolher sítios que pouco ou nada sei sobre

eles. E, sim, pode-se dizer que me apaixonei pelo Porto quando cheguei em 1994. Gostei do facto de ser uma cidade manejável e que muito se consegue fazer a pé. Para além disso, proporcionalmente ao seu tamanho, é uma cidade com uma oferta cultural diversificada. Se pudesse fazer uma radiografia ao estado do design gráfico em Portugal, qual seria o diagnóstico? Atualmente, creio que se expressa através de uma vitalidade sem precedentes sendo, ao mesmo tempo, plural e heterogéneo. Em traços gerais, consegue mostrar um Guia da Noite Porto magazine 13


Vida Dupla

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Vida Dupla lado moderno e sofisticado sem esquecer o antigo, aquilo que faz parte da nossa identidade. Na exposição/livro Uma Terra Sem Gente Para Gente Sem Terra aborda o conflito israelo-árabe. A política é um tema que o preocupa e, de alguma forma, o inspira? Esta exposição e livro resultam de um projeto de design sobre um tema político que, neste caso, é o conflito Israel/Palestina. Apesar de ser uma simplificação de uma questão muito complexa, não é uma deturpação da realidade. Partindo de factos objetivos, uma eventual subjetividade reside na forma de os apresentar. Obviamente que me preocupo por questões políticas e encontrei, na minha prática profissional e na concretização deste projeto específico, o meio de expressar a minha opinião sobre uma situação que considero muito importante ser debatida.

temporânea reunindo, para isso, exemplos de produtos de uma época que antecedeu uma homogeneização generalizada do universo material provocada pelo capitalismo nos mais recentes anos. É Dj desde 1995. Sempre foi um grande melómano? Quais são as suas referências musicais? O facto de ser um grande melómano foi o que me conduziu, de uma forma casual, a ser Dj. Após a minha mudança para o Porto para estudar, comecei por trabalhar no bar do Meia Cave, na Ribeira do Porto, mas em pouco tempo passei a ser responsável pela

Para além de trabalhos de ilustração,

Fez um estudo sobre as criação de logótipos e web design, Nuno embalagens antigas, da era Coelho desenvolveu inúmeros trabalhos pré-design, que resultou na área do design editorial, entre eles, na exposição “Undesign”. as capas dos livros Jovens Escritores ‘o6 Quais as principais conclue ‘07 (coedição 101 Noites/CPAI). sões que tirou ao fazer esse trabalho? A exposição “Undesign” reúne um número grande de embalagens de produtos de décadas pasescolha musical de algumas noites. Desde sadas, quando o conceito de design não se 1995 que as minhas referências são muitas encontrava muito presente ou difundido. e muito diversas, obviamente depenCom este estudo pretendi questionar dendo muito da música que se produz valores e conceitos da cultura material con- no momento. Guia da Noite Porto magazine 15


Vida Dupla

O que é podemos esperar de uma noite de Compact Discothèque? Hoje em dia, nas minhas noites Compact Discothèque, costumo tocar música eletrónica dançável com algumas doses de guitarras. Numa fase mais recente tenho tocado no Plano B e no Passos Manuel. Nos seus sets só utiliza CD's. Porquê? Ainda não se rendeu à moda retro do vinil? Acima de tudo, sempre comprei música para ouvir em casa. Os CD’s são, por isso, mais práticos por podermos usufruir deles em todo o lado. Claro que agora há os mp3 e os iPods, e os CD’s começam a ser vistos como “tão-anos-80”. Mas o facto é

Nos últimos dois anos, o Porto tem-me surpreendido bastante com a regularidade com que novos espaços têm aberto na Baixa e nas zonas adjacentes.

que há um mercado maior para CD’s, para além de podermos comprar música na internet – daí nunca ter abandonado as rodelas prateadas e a escolha do nome das minhas noites: Compact Discothèque. Onde se inspira para criar os originais flyers que publicitam as festas Compact Discothèque? Há algum em particular que tenha gostado mais de fazer? Todos os flyers Compact Discothèque são adaptações das múltiplas ferramentas que usamos, ou que usávamos, para comunicar. 16 Guia da Noite Porto magazine

Apropriei-me do universo das artes gráficas e subverti a forma dessas ferramentas à comunicação dos meus eventos. Não há um flyer em particular que tenha gostado mais de fazer. Mesmo aqueles que, isoladamente, não tenham sido tão bem conseguidos têm o seu valor pelo facto de pertencerem a uma coleção, de cerca de 50 flyers, com uma linha condutora coerente. Toca em vários espaços noturnos portuenses e outros ligados às artes. Na sua opinião, como é que está a vida noturna e cultural no Porto? Nos últimos dois anos, o Porto tem-me surpreendido bastante com a regularidade com que novos espaços têm aberto na Baixa e nas zonas adjacentes. O Porto já não se resume às ruas Miguel Bombarda, Galerias de Paris e Passos Manuel, mas sim a uma extensa rede de ruas interligadas entre si: Almada, Picaria, Ceuta, José Falcão, Cândido dos Reis… A vida noturna e cultural do Porto está cada vez mais viva e recomenda-se. Que projetos novos está a preparar? Com Adam Kershaw, coautor de Uma Terra Sem Gente Para Gente Sem Terra, comecei a pesquisa para um novo livro de infografia e visualização de informação sobre uma outra situação política e social. O livro, um pedido da Amnistia Internacional, está previsto ser publicado no segundo semestre de 2011.


Vida Dupla

Flyers Compact Discothèque Nuno Coelho criou uma coleção de cerca de 50 flyers (alguns deles expostos neste artigo) para as festas Compact Discothèque. Todos possuem uma linha gráfica condutora coerente e foram utilizados na divulgação dos eventos.

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É na Baixa que se concentra a nova e eclética movida portuense. O café-bar Candelabro (foto §1) é de paragem obrigatória e um dos spots preferidos para começar a noite. A Casa do Livro (foto §2) é já um clássico para quem prefere ambientes mais sossegados e acolhedores.

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Porto Manual de sobrevivência

Texto» Patrícia Raimundo

A movida portuense não para de dar o que falar. Quase que a recuperar a reputação que tinha na década de 80, a noite da Invicta atrai não só quem vive na cidade, mas também inúmeros visitantes vindos de outras partes do país e, claro, cada vez mais turistas e estudantes estrangeiros.

as galerias ou os espaços culturais a fervilhar de atividade. Há restaurantes para quem quer francesinhas e tripas, mas também os há para A verdade é que o Porto está diferente: a quem prefere sabores Baixa conseguiu revitalizar-se aos poucos, mais exóticos, contemporâneos ou requinos grandes armazéns de têxteis deram tados. Há grandes salas para espetáculos lugar a modernos bares, as ruas que como a Casa da Música, o Coliseu ou o outrora se dedicavam ao comércio tradicio- Teatro Sá da Bandeira, mas também palcos nal estão agora cheias de lojas criativas e mais acolhedores para bandas emergentes muito trendy. As inúmeras possibilidades e para satisfazer a sede dos melómanos de escolha vão dos bares e discotecas mais como o Passos Manuel, o Armazém do Chá coquetes (que continuam a concentrar-se ou o recém-inaugurado Hard Club, que na zona da Foz, mas que já começam a inva- trocou a outra margem do rio pelo Mercado dir também o centro da cidade) ao clube Ferreira Borges, em plena Ribeira. Já não mais alternativo, sem esquecer, claro, os há como negá-lo: o Porto tem de tudo, para cafés apinhados de estudantes e artistas, todos os gostos. Guia da Noite Porto magazine 19


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Baixa: o epicentro da revolução portuense Se até há dois ou três anos a animação noturna se concentrava principalmente junto ao rio – dos míticos bares da Ribeira como o Meia Cave, Aniki Bobó e o ainda resistente O Meu Mercedes É Maior Que o Teu às discotecas mais “bem” da Foz – hoje é na Baixa que se encontra o mais interessante da nova vida noturna do Porto. Classificado como Património Mundial da Humanidade pela UNESCO em 1996, o centro da cidade Invicta está cada vez mais animado. Para além da arquitetura deslumbrante e dos locais históricos, hoje a baixa é sinónimo de noites cool. Com a Torre dos Clérigos como vizinha, bares e discotecas começaram a ocupar os antigos armazéns de tecidos, edifícios amplos, de grande pé-direito, recuperados, mas na grande maioria dos casos com a preocupação de manter os traços originais, o que lhes dá quase sempre um ar retro muito característico. Nas madrugadas de fim de semana, algumas ruas chegam mesmo a ficar intransitáveis, tal é a afluência, e, se nos descuidarmos com as horas, o mais provável é já não conseguirmos mesa para jantar nos restaurantes mais na moda. A Rua Cândido dos Reis é uma das mais concorridas: para além de ser a morada do obrigatório Plano B (p.46), é a rua do novo bar-restaurante 3C (foto §4), um spot que pretende agradar a gregos e troianos: tem esplanada, menus de almoço a pouco mais de 5 euros, jantares tardios, Dj sets – a cabine foi instalada num andaime de 20 Guia da Noite Porto magazine

obras – e um ambiente cosmopolita e trendy q.b. Este foi também o local escolhido pelo empreendedor Batata Cerqueira Gomes para instalar o Twin’s Baixa (foto §3), a nova filial da conhecida discoteca da Foz. Com mais espírito de clube do que de discoteca, o espaço mantém a decoração de espelhos e o espírito selecionado da casa-mãe, sem ser tão exigente na entrada. Por aqui tanto passam os típicos habitués do Twin’s, como novos clientes – que dificilmente veríamos a frequentar a Foz – atraídos por esta versão mais informal da casa original. Também o bar-café-loja Era Uma Vez No Porto preferiu deixar a Foz e instalar-se de vez na fervilhante Baixa. E aqui ninguém corre o risco de não o encontrar: fica mesmo ao lado da mítica Livraria Lello, por isso tanto faz parte dos roteiros mais turísticos como dos mais alternativos. O ambiente urbano e acolhedor é ideal para quem queira beber um café durante a tarde ou para quem prefira tomar um copo ao som do Dj convidado da noite. No mesmo espaço há ainda para explorar a Gira Discos, loja dedicada sobretudo ao vinil. A diversidade de públicos é bem visível nas agitadas ruas da Baixa. Há gente descontraída a beber um copo ao som de música alternativa, mas também há brilhos, saltos altos e música comercial para dançar na porta ao lado. A Rua da Galeria de Paris fica sempre a rebentar pelas costuras nas noites de fim de semana. A concentração de notívagos


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1001 Noites deve-se em grande parte ao Galeria de Paris (p.44), um dos restaurantes mais cool da Baixa que se transforma num bar-dançante (com Dj’s e às vezes música ao vivo) pela noite dentro. Como muitos outros novos espaços nesta zona da cidade, o Galeria aproveitou uma imponente loja de tecidos para se instalar e manteve o enorme balcão de madeira de outros tempos bem como as vitrinas, hoje cheias de brinquedos e outros objetos antigos. A ementa nunca é fixa, por isso os pratos do dia são sempre uma surpresa. O pequeno e charmoso café-bar Café Au Lait também atrai muita gente, sobretudo nas noites de fim de semana, quando oferece uma cuidada programação de Dj’s e concertos (Rui Maia, dos X-Wife, por exemplo, é um dos habitués aos pratos). Quem preferir um ambiente mais sossegado e acolhedor não pode deixar de entrar na Casa do Livro (foto §2), na mesma rua, onde se pode acompanhar um bom vinho com um livro ao som dos Dj’s selecionados. Subir a Rua José Falcão é parar obrigatoriamente no Armazém do Chá, um dos mais completos e agitados espaços da noite portuense: são três andares que recebem constantemente as novas tendências da música contemporânea – sejam elas mais eletrónicas, rock, pop ou hip-hop – em concertos ou Dj sets. As Galerias Lumière também merecem uma visita, quanto mais não seja pelo conceito fora do comum: este reabilitado centro comercial tornou-se um pólo de lojas modernas, bares e eventos (Dj sets, concertos, lançamentos, feiras) que acontecem no átrio mesmo à entrada. No meio das habituais casas de fotocópias e de uma loja de colecionismo e filatelia que parece estar fora de contexto,

encontramos um cabeleireiro aberto até às duas da manhã, o modernaço Haircortex; a loja dos estilistas Story Taylors; a livraria especializada em poesia e teatro Poetria; a loja de discos dedicada ao jazz Mr. Cool; várias casas de mobiliário vintage, objetos retro e artesanato urbano ou o atelier de tatuagens Outline Tattoo. Mas a grande coqueluche do centro é o Inferno (foto §5), o bar de tapas e vinho a copo de Fernando Alvim que só encontra “rival” à altura no argentino El Día Que Me Quieras, que serve petiscos e vinhos, mas também música com cheiro e sabor a Buenos Aires. Antes de subirmos um pouco mais até à Rua da Conceição, vale a pena entrar ainda no Café Lusitano (foto §6). Com uma decoração a fazer lembrar o início do século XX com um toque oriental, uma enorme bola de espelhos logo à entrada e recantos com pufes, sofás e mesas baixas, é um dos spots mais apetecíveis da Baixa portuense. Durante o dia servem-se refeições leves e lanches; à noite o ambiente é descontraído e gay-friendly e a programação muito eclética com noites de tango, fado, mas também Dj’s e concertos. O Candelabro (foto §1) é de paragem obrigatória para os notívagos do Porto e um dos spots preferidos para começar a noite. Este antigo alfarrabista é agora um simpático bar-café com esplanada que mantém o ar rústico e muitos elementos da sua outra vida: livros e revistas antigos decoram as

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estantes altas e a montra. Apinhado desde a primeira noite, há sempre quem ponha uns discos a rodar no sistema de som voltado para a parede que fica num cantinho mesmo junto ao balcão. O Porto parece apostado em recuperar tradições e em dar-lhes novas dinâmicas e os inúmeros espaços que têm aberto na Baixa são só um exemplo. Quem gostar destes ambientes também não pode deixar de espreitar a Casa de Ló, que fica um pouco

mais abaixo, na Travessa da Cedofeita. Aqui continua-se a vender produtos tradicionais e caseiros como tigelas de marmelada, compotas ou bolachas – reminiscências da antiga Casa Margaridense que ali funcionou –, mas agora também se podem beber copos ao som dos Dj’s convidados e, como não podia deixar de ser, acompanhar um bom vinho do Porto com uma fatia de pão-de-ló, enquanto se faz tempo para rumar a outros poisos mais tardios.

Lojas a fervilhar de criatividade Não são só as noites que estão nas bocas do mundo, também a revitalização do comércio mais alternativo tem atraído atenções para a cidade Invicta. A Rua do Almada deixou de ser conhecida como a “rua dos ferreiros” – concentravam-se aqui as lojas de parafusos, borrachas e ferragens – e agora é passagem obrigatória para qualquer melómano que ande pela Baixa. Porta sim, porta não há uma loja de discos para explorar: a Louie Louie – que partilha as instalações com a Embaixada Lomográfica do Porto (foto §7) – é talvez das mais ecléticas e um verdadeiro santuário para os amantes do vinil; na Retroparadise vendem-se discos, roupas e outros objetos vintage para fazer jus ao nome; a Lost Underground tem uma grande oferta nas áreas no hardrock, metal e hardcore, mas também se encontram por lá vinis de outros géneros, novos 24 Guia da Noite Porto magazine

e usados. A grande surpresa está, porém, reservada para o número 448 da mesma rua: é aqui que encontramos a Zona 6, o único sítio do país onde se podem gravar discos de vinil à unidade! Músicos adeptos do analógico são por isso clientes habituais, mas por aqui passa de tudo: desde pessoas que querem gravar declarações de amor a quem utiliza o vinil para registar sons bem mais estranhos. Para além deste serviço exclusivo, a loja tem também uma boa oferta de equipamentos de som e de material para Dj’s. A tão badalada loja-bar Maria Vai Com As Outras também escolheu a Rua do Almada para assentar arraiais. Despretensioso é talvez o melhor adjetivo para definir este espaço que tanto serve copos como vende mobílias, livros ou peças de artistas. Quem entra na Maria sabe que se vai sentir


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como em casa: há sempre um sofá para pensar nos homens mais cosmopolitas; e a esticar as pernas, uma revista para folhear Didakto, especializada em jogos, brinquee qualquer coisa para trincar. Para além da dos e material didático para infantários e informalidade e do caráter gay-friendly do escolas, bem como em mobiliário infantil. lugar, atraem os inúmeros eventos que aqui acontecem, como ciclos de cinema, exposições, Com cerca de 20 lojas abertas, o Centro concertos, encontros de poesia, Comercial Bombarda, da responsabilidade Dj sets, apresentações de livros de Marina Costa, assume-se como um e o que mais se lembrarem as pólo de comércio moderno e alternativo, empreendedoras Marias que muitas vezes ligado às artes e novas gerem a casa. tendências urbanas. O quarteirão da Rua de Miguel Bombarda – a chamada “rua das galerias” – já é outro ponto da cidade onde se concentra muito comércio alternativo. O Centro Comercial Bombarda (fotos §9 e §10), conhecido por CCB – para fazer pirraça ao alfacinha mais empertigado? –, é um bom exemplo. Marina Costa repetiu a proeza que conseguiu com o complexo Artes em Partes (foto §8) – um espaço na transversal Rua do Rosário que reúne várias lojas alternativas Mas ninguém pode sair do CCB sem visie especializadas – e criou um mini-shopping tar a Bidon Ville, uma espécie de três em só com lojas modernas e muito trendy. No um que inclui uma galeria de arte, a CCB os projetos que ocupam as lojas foram Ó! Galeria; o espaço dedicado à leitura escolhidos a dedo, para que funcione como Singularidades e a moderna papelaria um pólo de comércio jovem e criativo: Magasin, que tem uma vasta oferta de destacam-se a Águas Furtadas, dedicada revistas, tabaco e outros objetos. exclusivamente ao design português; a O Porto tem lojas de tudo o que se quiVertigo, ótima para encontrar um presente ser comprar, mesmo aquelas coisas mais original já que oferece um sem fim de improváveis. A Ovelha Negra, por exemplo, objetos inspirados no cinema e na cultura é uma loja especializada em tricô, mas pop; a Coisas d’Homem, um interessante não se pense que é frequentada por avoziconceito que oferece moda e acessórios a nhas. O número 100 da Rua da Conceição

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é antes um espaço que oferece várias peças de autor (gorros, malas, bolsinhas), completamente integrado na nova onda do artesanato urbano. A Ovelha Negra não é a única a desafiar estereótipos. Na mesma rua há uma loja chinesa que em vez dos comuns artigos de bazar vende objetos de design e artesanato, roupa e acessórios chineses que têm tanto de tradicional como de moderno. Chama-se China Qiao e merece uma visita, quanto mais não seja pelo ambiente colorido e acolhedor e pelo conceito inovador. A Vida Portuguesa, a loja de produtos típicos portugueses de Catarina Portas,

também não resistiu aos encantos da Invicta e instalou-se num enorme edifício na Rua da Galeria de Paris. Tal como em Lisboa, vende sabonetes, conservas, brinquedos e outros objetos e produtos retro como a mítica pasta de dentes Couto ou os rebuçados Dr. Bayard. Seja como for, ninguém pode deixar o Porto sem levar consigo um pin personalizado! É que a única Pinoteca do país fica mesmo na cidade Invicta, dentro do complexo Maus Hábitos. Basta chegar, levar uma imagem qualquer e o teu pin – único e irrepetível! – fica pronto na hora.

A arte está em toda a parte! Muito por culpa da Faculdade de Belas-Artes, o Porto – e a Baixa, sobretudo – tem atraído muita gente ligada às artes. Por isso não é difícil encontrar projetos inovadores e únicos nas mais variadas áreas artísticas. Para além da já conhecida concentração de galerias na Miguel Bombarda e ruas adjacentes, multiplicam-se os espaços polivalentes que juntam artistas dos mais diversos quadrantes, da música às artes visuais. É o caso do Villa Community, que tem dado muito que falar na Baixa portuense. Para além de café-bar com Dj’s e concertos, este espaço multidisciplinar inclui ainda uma galeria, lojas, um grupo de teatro, estúdios de gravação, o que o torna 26 Guia da Noite Porto magazine

um dos pontos de encontro da comunidade urbana portuense. Mais voltado para a música, mas com o mesmo ideal de juntar várias artes num só lugar, está o Breyner 85. Num edifício histórico devidamente recuperado mas que mantém traços do estilo original concentram-se uma escola de música, ateliers de dança, salas de ensaio para bandas, um café-concerto, uma galeria de arte e até um acolhedor jardim com esplanada por detrás do edifício. O Porto também é, cada vez mais, sinónimo de moda. Para além das lojas e ateliers de estilistas de renome como Nuno Gama, Luís Buchinho, Story Taylors


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Retratos 1001 Noites da Noite »

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ou Nuno Baltazar, a invicta tem desde 2009 uma alfaiataria à moda antiga que faz fatos por medida para grandes marcas nacionais e internacionais. O Atelier des Createurs recuperou um edifício do início do século XX e pôs 50 costureiras e alfaiates a criar em plena Rua José Falcão. O melhor de tudo é que até podes levar um desenho teu ao atelier, escolher o tecido e já está: tens um modelo único e personalizado! A requalificação urbana não passa despercebida na cidade, muito graças à nova vitalidade do comércio, mas não só. Estão em curso outros projetos que tentam dar uma nova cara às zonas abandonadas e degradadas do Porto. Um dos mais interessantes é o do coletivo internacional

WochenKlausur, que incentiva alunos de belas-artes, muitos deles estrangeiros, a recuperar casas na baixa portuense que depois vão habitar por um determinado período de tempo. Terminado esse período, o edifício é devolvido ao proprietário, devidamente recuperado: ganham a cidade, os alunos envolvidos e os proprietários. Com outro conceito, mas a trabalhar igualmente em prol da reabilitação de espaços urbanos, está a Cirurgias Urbanas, uma equipa que trabalha não só a área da arquitetura (recuperação e conceção de habitações e espaços públicos), mas também a do paisagismo e arboricultura (criação e manutenção de espaços verdes).

Ficar é o melhor remédio Conhecer bem o Porto e desfrutar de tudo o que a cidade tem para oferecer exige ficar por uns dias. E também aqui a oferta de sítios trendy é grande: hostels, guesthouses e modernos apartamentos para alugar multiplicam-se pelas zonas-chave da Invicta. Os amantes do cinema vão adorar pernoitar no Rivoli Cinema Hostel. Podem escolher entre os quartos Tim Burton, Godard, Tarantino e outros dez, todos decorados com motivos cinematográficos. O original hostel tem ainda um amplo terraço no topo do edifício – onde se fazem festas e os hóspedes podem conviver –,

cozinha e sala de estar, tudo a partir de 17 euros por pessoa. O Oporto Poets Hostel (desde 16 euros por noite/pessoa) foi feito a pensar nos amantes do sossego e da literatura, ou não fosse o slogan da casa “One bed to sleep, one book to read, one friend to talk” (“uma cama para dormir, um livro para ler, um amigo com quem conversar”). As instalações são sóbrias e acolhedoras, mas a grande coqueluche do hostel é o agradável jardim, ótimo para relaxar entre um passeio e outro. Para quem prefere ambientes diferentes e mais exóticos, há o Porto Riad, um hostel Guia da Noite Porto magazine 29


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inspirado na decoração marroquina com 16 quartos (múltiplos, duplos e individuais) personalizados. Se o grupo for grande ou se quiser uma solução de alojamento que garanta mais privacidade, as inúmeras guesthouses são boas opções. A 6Only, por exemplo, é uma casa sabiamente recuperada com 6 quartos disponíveis, sala e serviço de pequeno almoço. Moderna e com amplas janelas, é uma das guesthouses mais bonitas e aces-

Com uma localização privilegiada numa das ruas mais agitadas da baixa, a 444 Porto Guest House oferece três quartos, com diferentes soluções de alojamento: há um quarto com quatro camas individuais e dois duplos, todos com casa de banho. Tem ainda uma cozinha equipada e salas de estar e jantar, tudo modernamente decorado. Se preferes um hotel mais convencional para ficar, Conhecer bem o Porto e desfrutar de experimenta um dos Hotéis tudo o que a cidade tem para oferecer Fénix que há no Porto: são exige ficar por uns dias. E também aqui a confortáveis, têm todas as oferta de sítios trendy é grande: hostels, comodidades e o preço por guesthouses e modernos apartamentos noite não assusta ninguém. para alugar multiplicam-se pelas zonasMas se o dinheiro não for -chave da Invicta. problema, o glamoroso Porto Palácio é uma ótima escolha. Para além de incluir vários restaurantes e um lounge bar síveis do Porto (cerca de 70 euros por noite/ com uma vista de tirar o fôlego, tem ainda quarto duplo). spa, ginásio, centro de congressos e tudo Mais clássica e elegante, a Guest House aquilo a que um hóspede de 5 estrelas Douro é a ideal para quem não dispensa tem direito. todos os pequenos luxos de uma estadia confortável: tem ar condicionado, casas de Outros lugares para ficar: Casa do Poema | Hotel da Bolsa | Residencial São Gabriel | banho privativas, serviço de quartos e fica Grande Hotel do Porto em plena Ribeira. Também nesta zona típica da cidade fica Todas as moradas dos locais citados neste artigo o Edifício Reboleira, que tem um T2 e um T1 encontram-se no diretório a partir da página 52. muito bem recuperados disponíveis para alugar. A kitchenette totalmente equipada, a vista sobre o rio e a ampla sala de estar marcam pontos.

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As boas histórias ficam no ouvido COLECÇÃO LIVROS PARA OUVIR AUDIOLIVRO

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O Banqueiro Anarquista

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lido por Filipe Vargas

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Manel Cruz “Não importa o que se diz. Importante é dizer…”

Texto» C. Sá e Patrícia Raimundo Fotografia» Mundods

Combinámos encontrar-nos num É um dos melhores cantores/compositores/ pequeno café da Rua de Santa escritores/ilustradores da cidade de Porto e está de Catarina, mas Manel Cruz prefe- volta com um novo disco. Depois dos Ornatos Violeta, riu levar-nos para um outro sítio dos Pluto e dos Foge, Foge Bandido, chegou a vez ali perto: o pátio das traseiras da dos SuperNada. casa onde cresceu e onde agora É um tema transversal à minha obra, seja o trabalha. Ali brincou à apanhada e às amor-próprio, seja por outros. Há uma ideia escondidas, ali jogou futebol vezes sem de amor, de comunicação entre as pessoas. conta, com uma pequena porta a fazer de baliza. Um sítio perfeito, acolhedor, É o que mais te inspira? para falar de si próprio. É sempre matéria para se começar a escrever. Mas, muitas vezes, escrever é O amor é o tema principal do teu meramente um pretexto para se brincar trabalho? com as palavras. Acima de tudo, o que me É uma palavra que aparece milhões de vezes nas minhas letras. inspira mais é o ato criativo. Brincar com §1 Guia da Noite Porto magazine 33


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uma guitarra ou brincar com as palavras são pretextos para se dizer alguma coisa. E o que se diz nem sequer é o mais importante. Mais importante é conseguir dizer-se alguma coisa, conseguir comunicar. Desabafar e extravasar. Uma amiga minha que eu encontrei depois do disco dos Pluto, perguntou-me: “Tu estás bem?” “Estou, porquê?”, disse eu. “Porque eu ouvi o teu disco, li as tuas letras e fiquei preocupada...” E eu: “Já escrevi, já deitei cá para fora, agora

sinto especialista de nada, porque, quando sinto que me estou a tornar previsível, por dominar já os processos, isso chateia-me e, às vezes, ao variar, seja de instrumento, seja de área, tenho uma sensação de frescura.

É por isso que ao fim de tanto tempo tens apenas quatro discos gravados? Por sentires necessidade de mudar? Sim, acho que é por aí. Não sinto que tenha ou que vá O vocalista e compositor dos Ornatos ter uma carreira musical, no Violeta, Pluto e Foge, Foge Bandido, sentido de que vá cantar a está de volta com os SuperNada, banda vida toda. Acho que vou ser criada na mesma altura dos Pluto e que sempre um gajo à procura. com eles partilha a maioria da formação. Gosto disso, de ser assim, “ Os Supernada têm uma vertente embora sinta que me disperse mais colorida, de diferentes texturas e muito. É o preço que pago por ambientes”, conta Manel Cruz. O álbum ter demasiados interesses, sai por estes dias e deve chamar-se por não conseguir aprofundar Segundo Disco, apesar de ser o… primeiro. muito qualquer um deles.

“Nunca tínhamos gravado nada, mas já tínhamos estado para o fazer e por isso vai ter esse nome”, explica.

estou bem...” Muitas vezes, o ato criativo é uma forma de ter um momento interior, um momento de introspeção. E canalizas essa necessidade não apenas na música, mas também na pintura e na escrita... Sim, essas vertentes fazem com que me sinta menos viciado nas coisas. Não me 34 Guia da Noite Porto magazine

Mas andas à procura de quê? Sempre à procura de algo bonito. Daquela sensação que temos quando vemos uma obra de outro autor e dizemos: “Uau! Incrível!” Não sei se procuro aquilo que os outros sentem ao criar essas obras ou se é mesmo aquela vaidade de conseguir criar algo perfeito. Não me agrada aquela sensação de nascer só para estar aqui um bocado e morrer. Quero fazer coisas que sinta que fui eu que decidi.


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Procuras a obra de arte? Não no seu sentido académico – se bem que, na educação que tive, esse carimbo até está lá. Essa ideia intocável da arte e dos génios não me agrada muito. Todas as pessoas fazem trabalhos bons e maus, só que depois mostram apenas o melhor

que digo: “Esta parte está demais!”. Mas se há uma canção ou um desenho que adoro, depois há uma catrefada deles que são… processo.

Como cidade, o Porto inspira-te? Ao voltar de uma viagem é que me apercebo que esta cidade mexe comigo. E o Porto mexe comigo, mexe mesmo. Não sei se é o Porto em si ou se sou Os Ornatos Violeta deixaram saudades eu que construo o Porto, mas e são muitos os que pedem a Manel Cruz gosto muito desta cidade. que volte a juntar a banda. Sem querer Gosto da proximidade. Não é alimentar falsas esperanças, o músico muito grande a ponto de as confessa que “existe a ideia de um dia pessoas estarem distantes, darmos uma prenda a nós próprios e há ainda um lado de aldeia também às pessoas de fazermos um que é fixe. Gosto de ir ao café, concerto de memória. Mas logisticamente de ter o meu café, de ter conisso é mais difícil do que se pensa”. versas triviais com os meus amigos. Gosto dos rituais, de ensaiar ali, de almoçar acolá…

que fizeram, como é evidente. Mas não tenho esse respeito pelo que faço. Mesmo os meus desenhos, guardo-os para ali aos trambolhões. O que me interessa é conseguir fragmentos de elevação. Já os sentiste? Já. Não numa canção no seu todo, mas, por exemplo, em certos momentos em 36 Guia da Noite Porto magazine

Sais muito à noite? Pouquíssimo. Tive a minha altura de boémia, mas já há muito que não sou bicho da noite. Agora que tenho filhos, é normal que a minha rotina seja mais diurna, mas às vezes tenho saudades de apanhar uma grande piela… Essa história de me deitar cedo e de acordar todos os dias às oito da manhã tem lados ótimos. Agora organizo-me melhor e não me dou assim tão mal. Quando os meus filhos forem mais velhos talvez eu volte aos copos. Ou sei lá o que vou fazer…


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O lado A e o lado B da vida Manuel Cruz canta e desenha histórias no projeto a que chamou Foge Foge Bandido. O resultado destas experimentações estéticas que se prolongaram por mais de dez anos está reunido num álbum duplo com livro: as canções espalham-se entre o lado A, O Amor Dá-me Tesão, e o lado B, Não Fui Eu Que Estraguei, enquanto as ilustrações, também de Manuel Cruz, encontraram lugar num pequeno livro com chancela da Turbina. Ao vivo, os temas do Foge Foge Bandido ganham corpo com a ajuda de uma parafernália de instrumentos – que tanto podem ser guitarras, objetos eletrónicos ou brinquedos de criança – e a indispensável cumplicidade de uma banda de amigos.

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Best Of Sabores Glamour

dop - rui paula {Cozinha de autor} Lg. de S. Domingos, 18 (Palácio das Artes) | 22 201 4313 | © 2ª a 5ª 12h30/15h; 19h30/23h; 6ª e Sáb. até às 24h | - Dom. | €€€ Não satisfeito com o sucesso do DOC em Folgosa do Douro, o renomado chefe Rui Paula decidiu abrir outro espaço que leva a sua assinatura: o DOP. Situado no restaurado Palácio das Artes (dentro de uma área do Porto classificada como Património Mundial), o restaurante ocupa três andares – com uma mezzanine –, decorados com elegância e sobriedade. Há uma zona denominada show cooking, onde alguns dos pratos elaborados pelo chefe são preparados junto às mesas dos clientes (há um enorme exaustor que impede que o cheiro da comida fique impregnado na roupa). As opções da ementa são variadas, sempre com forte influência da comida tradicional portuguesa e, obviamente, muito bem acompanhadas pelos mais de quinhentos vinhos que compõem a carta da garrafeira. Eis uma excelente opção para um jantar inesquecível no Porto.

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Best Of Sabores Gourmet

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o escondidinho

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{Portuguesa} R. Passos Manuel, 144 | 22 200 1079 | © 12h/15h; 19h/23h | Não encerra | €€€ Em todas as cidades portuguesas há um Escondidinho e o Porto não foge à regra. Este, como os seus homónimos, serve a boa e antiga comida portuguesa. Embora tenha conhecido os seus tempos de glória já nos anos 60, mantém um serviço irrepreensível e a qualidade da cozinha tradicional. As especialidades da casa são as cataplanas de marisco e carne, mas as açordas, os vários bifes, os tradicionais pratos de bacalhau e os peixes grelhados também atraem muitos apreciadores da cozinha típica, principalmente turistas. A decoração é tradicional como se quer (abundam as loiças, azulejos e figuras típicas como os galos de Barcelos) e no inverno a lareira acesa torna o Escondidinho ainda mais acolhedor. Para grupos maiores ou para quem queira estar mais à vontade, o restaurante disponibiliza também uma agradável sala privada.

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Best Of Sabores Sab do Mundo

góshò {Japonesa} Av. da Boavista, 1277 | 22 608 6708 | © 2ª a 5ª 12h/15h; 19h30/23h30; 6ª e Sáb. até a 1h | - Dom. | €€ Góshò significa palácio imperial e é o resultado do casamento feliz entre o bom gosto de Harua Morishima e a aNC-arquitetos e a inspiração nipónica da cozinha do chefe Paulo Morais e do sommelier Manuel Moreira. Um espaço muito interessante a pontuar uma refeição original onde os sabores orientais se regam com saquê ou chá. Uma variação do habitual sushi num ambiente curioso, onde imperam o preto e branco com destaque para as fardas desenhadas por Katty Xiomara.

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Best Of Noites Trendy

galeria de paris R. Galeria de Paris, 56 | 93 421 0792 | © 2ª a 4ª. 9h/2h; 5ª a Sáb. 9h/3h | - Dom. A rua da Galeria de Paris fica sempre a rebentar pelas costuras nas noites de fim de semana. A concentração de notívagos deve-se em grande parte ao muito trendy Galeria de Paris, um dos restaurantes mais cool da Baixa que se transforma num bar-dançante (com Dj’s e às vezes música ao vivo) pela noite dentro. Como muitos outros novos espaços nesta zona da cidade, o Galeria aproveitou uma imponente loja de tecidos para se instalar e manteve o enorme balcão de madeira de outros tempos, bem como as vitrinas, hoje cheias de brinquedos e outros objetos antigos que fazem parte da coleção pessoal dos proprietários. A ementa nunca é fixa, por isso os pratos do dia são sempre uma surpresa. Se a fome apertar pela noite dentro, podes sempre optar por pedir uns pratinhos de tapas para acompanhar a cerveja.

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Best Of Noites Cool

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plano b R. Cândido Reis, 30 | 22 201 2500 | © 3ª a 5ª 20h/2h; 6ª e Sáb. 20h/4h | - Dom. e 2ª O Plano B funciona como um pólo dinamizador de cultura na cidade do Porto e mais especificamente na Baixa. Nasceu com o objetivo de colocar a Baixa a mexer e foi um dos responsáveis pela sua transformação: o bairro, outrora sujo e desabitado, tornou-se um local de promoção e divulgação da música, artes plásticas, teatro, cinema, design, fotografia, dança e arquitetura. Este empenho surgiu dos arquitetos Bernardo Fonseca, Filipe Teixeira e do artista plástico/músico João Carlos. Este espaço oferece a quem o visita a possibilidade de intervir, sendo usual a promoção de workshops, concertos de música teatro e cinema.

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Best Of Noites ao Vivo

passos manuel R. Passos Manuel, 137 | 22 205 8351 | © 17h/2h | - 3ª O Becas, um dos mais conhecidos empresários da noite, recuperou o antigo cinema Passos Manuel transformando-o num pólo cultural que veio revolucionar a noite da Invicta. Situado mesmo defronte aos Maus Hábitos – outro local de culto da cidade –, o Passos Manuel desdobra-se em três espaços distintos: uma sala de cinema onde se realizam também concertos, um bar muito trendy com design arrojado e uma discoteca na cave onde se dança ao som dos melhores Dj’s pela noite fora.

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Seja responsável. Beba com moderação


Best Of Noites de Dança

pitch club R. Passos Manuel, 34-38 | 22 201 23 49 | © 23h/6h | - Dom. a 5ª A rua Passos Manuel tornou-se um dos pólos noturnos mais concorridos da movida do Porto. Aos Maus Hábitos e ao Passos Manuel, veio juntar-se, desde 2006, o Pitch Club. O espaço divide-se em dois pisos: no rés-do-chão fica situada a discoteca, inspirada nos clubes londrinos, e no piso superior o bar que durante o dia também funciona como cafetaria servindo refeições leves. A grande aposta em sons alternativos e numa programação muito ativa, com inúmeros concertos ao vivo, ajudou a conquistar uma clientela jovem e assídua.

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Guia de restaurantes, bares e discotecas do Porto

Restaurantes e Cafés 3C {Cozinha de autor} R. Cândido do Reis, 118 (Baixa) 22 201 8247 | © 12h/15h; 20h/2h; 6ª e Sáb. até às 4h | - Dom. | €€€€ 66 Avenida Brasil {Refeições ligeiras} Av. Brasil, 66 (Foz) 22 242 6388 | © 10h/23h | Não encerra | €€ A Cozinha do Manel {Portuguesa} R. do Heroísmo, 215 (Bonfim) 22 536 3388 | © 12h30/15h; 19h30/22h | - Dom. | €€€ A Mercearia {Portuguesa} Cais da Ribeira, 323 (Ribeira) 22 200 4389 | © 12h/15h; 19h/22h30 | - 3ª | €€€ À Parte – Restaurante/ Lounge-Bar {Internacional} R. das Flores, 46 (Baixa) 22 202 2372 | © Rest.:2ª a 6ª 15h/15h; 4ª a Sáb. 19h30/23h30 Bar: 3ª a 5ª até 24; 6ª e Sáb. até 2h | - Dom. | €€€ Abadia do Porto {Portuguesa} R. do Ateneu Comercial do Porto, 22 (Baixa) 22 200 8757 | © 12h/15h30; 18h30/23h | - Dom. | €€ Adega Pacheco {Portuguesa} R. de Miraflor, 20 (Bonfim) 225368787 | © 12h/14h30; 19h30/21h30 | - Dom. | €€€

Adega São Nicolau {Portuguesa} R. São Nicolau, 1 (Ribeira) 22 200 8232 | © 12h/ 15h; 19h/23h | - Dom. | €€€ Adega Vila Meã {Portuguesa} R. dos Caldeireiros, 62 (Baixa) 22 208 2967 | © 12h/16h; 19h/22h | - Dom. | €€€ Al Forno {Italiana} R. Adro da Foz, 4 (Foz) 22 617 3549 | © 12h/01h | - 2ª ao almoço | €€€ Artemísia {Internacional} R. Adolfo Casais Monteiro, 135 (Cedofeita) 22 606 2286 | © 10h/2h | Não encerra | €€€€

Boca do Lobo {Cozinha de autor} Pç. Dona Filipa de Lencastre, 62 (Baixa) 22 339 8500 | © 12h30/14h30; 19h30/22h30 | Não encerra | €€€€€ Bull & Bear {Portuguesa} Av. da Boavista, 3431 (Boavista Poente) 22 610 7669 | © 12h30/15h; 20h/23h | - Sáb. ao almoço; Dom. | €€€€€ Café Ceuta {Refeições ligeiras} R. de Ceuta, 20 (Baixa) 222 009 376 | © 7h/23h | - Dom. | €

Atelier Café {Refeições ligeiras} R. Dr. Barbosa de Castro, 56 (Baixa) © 3ª a 5ª 21h/1h30; 6ª e Sáb. 21h/2h30 | - Dom. e 2ª | €€

Café das Artes {Internacional} Rua das Estrelas s/n - Teatro Campo Alegre (Massarelos) 22 600 0698 | © Rest. 12h/15h; 20h/24h; Bar: 21h/2h | - Dom. | €€€

Barra-Bar Casa da Música {Cozinha de autor} Av. da Boavista, 604 (Boavista) 22 011 5912 | © 2ª a 4ª 12h30/15h; 19h30/23h; 5ª a Sáb 12h30/15h; 19h30/24h | - Dom. | €€€€

Café Lusitano R. de José Falcão, 137 (Baixa) 22 201 1067 | © 2ª a 5ª 12h/1h30; 6ª 12h/3h30; Sáb. 10h/3h30 | - Dom.

BB Gourmet Maiorca {Portuguesa} R. António Cardoso, 301 (Cedofeita) 22 609 2003 | © Dom. a 5ª 8h/24h; 6ª e Sáb. 8h/1h | Não encerra | €€€ Bhule {Cozinha de autor} Av. Montevideu, 810 (Foz) 22 010 9929 | © 12h30/15h30; 20h/24h; 6ª e Sáb. até às 24h30 | Não encerra | €€€€ Big Ben {Portuguesa} R. Gonçalo Cristóvão, 144 (Sto. Ildefonso) 22 205 5723 | © 8h/6h | - Dom. | €€

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Café Progresso {Refeições ligeiras} R. Actor João Guedes, 5 (Baixa) 22 332 2647 | © 2ª a 5ª 7h/19h; 6ª e Sáb. até às 24h30 | - Dom. | € Café-Concerto Rivoli {Internacional} Pç. Dom João I (Baixa) 22 339 2200 | © 12h/15h;20h/23h; 6ª e Sáb. até 24h | - Dom. | €€€ Cafeína {Internacional} R. do Padrão, 100 (Foz) 22 610 8059 | © 12h30/18h; 19h30/1h30 | Não encerra | €€€€


Campo Alegre {Portuguesa} R. do Campo Alegre, 416 (Massarelos) 22 609 7328 | © 12h30/15h; 20h/24h | Não encerra | €€€

Cervejaria Shakesbeer {Internacional} R. do Campo Alegre, 359/365 (Massarelos) 91 217 5353 | © 12h/2h | Não encerra | €€€

D. Tonho {Portuguesa} Cais da Ribeira, 13-15 (Ribeira) 22 200 4307 | © 12h30/15h; 18h30/23h30 | Não encerra | €€€€

Capa Negra II {Portuguesa} R. do Campo Alegre, 191 (Massarelos) 22 607 8380 | © 12h/2h | Não encerra | €€€

Chien Qui Fume | Cão Que Fuma {Internacional} R. Almada, 405 (Cedofeita) 22 205 9340 | © 12h/14h; 19h/22h | - Sáb. ao almoço; Dom. | €€

D’Oliva {Italiana} R. Brito e Cunha, 354 (Matozinhos) | 22 935 1005 | © 12h30/24h | - 2ª ao almoço | €€€

Casa Agrícola {Portuguesa} R. do Bom Sucesso, 241-243 (Massarelos) 22 605 3350 | © 12h/15h; 20h/23h | - Dom. | €€€ Casa Aleixo {Portuguesa} R. da Estação, 216 (Bonfim) 22 537 0462 | © 12h/14h30; 19h30/22h | - Dom. | €€€ Casa D’Ouro {Italiana} R. do Ouro, 797 (Lordelo do Ouro) 22 610 6012 | © 2ª a 5ª 12h30/15h; 20h/24h; 6ª a Dom. 12h30/1h | Não encerra | €€€ Casa de Chá Boa Nova {Internacional} Lugar de Boa Nova (Leça da Palmeira) 22 995 1785 | © 12h/15h;19h/23h | - Dom. | €€€€ Casa de Pasto Ribatejo {Portuguesa} R. Alexandre Herculano, 279 (Sé) 22 200 8991 | © 12h30/15h30; 19h30/22h30 | - Dom. | €€ Casa Nanda {Portuguesa} R. da Alegria, 394 (Sto. Ildefonso) 22 537 0575 | © 12h/15h; 19h/23h | - Dom. | €€ Cêpa Torta {Italiana} R. de Gondarém, 843 (Foz) 22 618 1056 | © 12h/15h; 19h30/2h | - Dom. | €€

DOP - Rui Paula {Cozinha de autor} Lg. de S. Domingos, 18 - Palácio das Artes (Baixa) 22 201 4313 | © 12h30/15h; 19h30/23h30 | - Dom. | €€€€€

Churrascão Gaúcho {Brasileira} Av. da Boavista, 313 (Cedofeita) 22 609 8206 | © 12h/15h; 19h/23h | - Dom. | €€€

Essência {Vegetariana} R. Pedro Hispano, 1190 (Boavista) 22 830 1813 | © 2ª a 5ª 12h/15h; 19h30/22h; 6ª e Sáb. 19h30/24h | - Dom. | €€

Clube do Sushi (Porto) {Japonesa} Cç. do Ouro, 18 (Lordelo do Ouro) 22 610 0907 | © 19h/23h30 | - 2ª | €€€€ Costume Bristo {Internacional} Tv. dos Congregados, 17 (Baixa) 22 201 5015 | © 2ª a 5ª 12h30/15h30; 19h30/24h30; 6ª e Sáb. até á 1h | - Dom. | €€ Cufra {Portuguesa} Av. da Boavista, 2504 (Boavista Poente) 22 617 2715 | © 12h/2h | - 2ª | €€€

Farol Boa Nova {Portuguesa} Muro dos Bacalhoeiros, 115 (Ribeira) 222 006 086 | © 12h/15h;19h/22h30 | - Dom. | €€ Filha da Mãe Preta {Portuguesa} Cais da Ribeira, 40 (Ribeira) 22 208 6066 | © 12h/15h; 19h30/22h30 | - Dom. | €€

Uma noite com

Cláudia Clemente Escritora/realizadora Paragens obrigatórias Esplanada: Casa de Chá Boa Nova Restaurante: Cafeína Bar: Maus Hábitos Discoteca: Plano B

Guia da Noite Porto magazine 53


Guia de restaurantes, bares e discotecas do Porto

6547 | © 20h/24h | - Dom; 2ª | €€€€

Fim de Boca {Refeições ligeiras} R. da Firmeza, 476 (Sto. Ildefonso) 22 518 8924 | © 2ª a 5ª 10h/20h; 6ª e Sáb. 10h/22h | - Dom. | €€

Itamae {Japonesa} R. Miguel Bombarda, 216 (Cedofeita) 22 201 1926 | © 12h/15h; 19h30/24h | - 2ª ao almoço | €€€

Foz Velha {Portuguesa} Esplanada do Castelo, 141 (Foz) 22 615 4178 | © 12h30/24h | - Dom. ; 2ª ao almoço | €€€€ Giroflée {Cozinha de autor} R. Nova de Alfandega, 1-6 (Miragaia) 22 0120752 | © 12h/23h; 6ª e Sáb. 12h/23h30 | - Dom. e 2ª | €€€€ Góshò {Japonesa} Av. da Boavista, 1277 piso -1 (Boavista) 22 608 6708 | © 12h/15h; 19h30/23h30; 6ª e Sáb. até a 1h | - Dom. | €€€€

La Brasserie de l’Entrecôte (Porto) {Francesa} R. Passeio Alegre - Jd. das Sobreiras (Foz) 22 532 1270 | © 12h30/15h30; 20h30/24h | Não encerra | €€€ Loureiro {Portuguesa} R. Monte Burgos, 1112 (Paranhos) 22 831 2519 | © 12h/15h; 19h30/22h | - Dom. ao jantar; 2ª | €€€ Majestic {Refeições ligeiras} R. Santa Catarina, 112 (Baixa) 22 200 3887 | © 9h30/24h | Não encerra | €€

Uma noite com Rui Trintaeum Dj e dono do Trintaeum Paragens obrigatórias Café/ Esplanada: Praia da Luz Restaurante: Al Forno Bar: Trintaeum Discoteca: Trintaeum

Grappa By Chakall {Italiana} Av. da Boavista 1277 piso -1 (Boavista) 22 608 6705 | © 12h30/15h; 20h/23h; 6ª e Sáb. até às 24h | - Dom. | €€€ Hellenikon {Grega} R. de São Dinis, 205 (Paranhos) 22 831

Marrakesh {Marroquina} R. Cais das Pedras, 5 (Miragaia) 22 600 3017 | © 19h30/3h | Não encerra | €€€ Meet Porto {Portuguesa} R. Pedro Homem de Mello, 244B (Boavista Poente) 22 616 0527 | © 8h/24h | Não encerra | €€

54 Guia da Noite Porto magazine

Mendi {Indiana} Av. da Boavista, 1430 (Boavista) 22 609 1200 | © 12h/15h; 19h30/22h30 | - Dom. | €€€ Escondidinho (O) {Portuguesa} R. Passos Manuel, 144 (Baixa) 22 200 1079 | © 12h/15h; 19h/23h | Não encerra | €€€ Ó Macedo {Portuguesa} R. do Passeio Alegre, 552 (Foz) 22 617 0166 | © 12h30/15h; 20h/23h30 | - Dom. | €€€ Paparico (O) {Portuguesa} R. Costa Cabral 2343 (Paranhos) 22 540 0548 | © 20h/24h | - Dom.; 2ª | €€€€ Oporto {Portuguesa} Lg. da Igreja da Foz, 105 (Foz) 22 610 0727 | © 2h30/15h; 20h/23h30 | Não encerra | €€€€ Pajú {Portuguesa} R. Faria Guimarães, 309 (Sto. Ildefonso) 22 502 1555 | © 20h30/4h | - Dom. | €€€ Pedro Lemos {Cozinha de autor} R. do Padre Luís Cabral, 974 (Foz)22 011 5986 | © 2ª e 3ª 19h30/23h; 4ª a Sáb. 12h30/18h; 19h/24h; Dom. 12h30/15h | - Dom. ao jantar| €€€€ Pimms {Internacional} R. Infante Dom Henrique, 95 (Ribeira) 22 201 5172 | © 2ª a Sáb. 12h/2h | - Dom. | €€€ Piolho (Café Âncora D’Ouro) {Refeições ligeiras} Pç. Parada Leitão, 45 (Baixa) 22 200 3749 | © 6h/2h | Não encerra | €€


Pizzzeria Meidin {Italiana} R. Santa Catarina, 949 (Sto. Ildefonso) 22 332 1922 | © 12h/24h | Não encerra | €€ Poivron Rouge {Cozinha de autor} Av. da Boavista, 1466 (Boavista) 22 607 2500 | © 7h/10h30; 12h30/15h; 19h00/23h | Não encerra | €€€€€ Porto Novo {Cozinha de autor} R. Tenente Valadim, 146 (Boavista) 22 040 4000 | © 12h30/15h; 20h/23h | Não encerra | €€€€ Portucale {Portuguesa} R. da Alegria, 598 (Sto. Ildefonso) 22 537 0717 | © 12h30/14h30; 19h30/22h30 | Não encerra | €€€€ Presto Pizza {Italiana} R. Dr. Melo Leote, 21 (Boavista) 22 610 3018 | © 12h/15h; 18h/23h | Não encerra | €€ Cometa (O) {Cozinha de autor} R. Tomás Gonzaga, 87 (Miragaia) 22 200 8774 | © 20h/24h30 | - Dom. | €€€ Restaurante do Museu Serralves {Internacional} R. D. João Castro, 210 - Museu Serralves | 22 617 0355 | © 12h/19h; 20h/24h | - Dom.; 2ª ao jantar | €€€ Restaurante Praia da Luz {Internacional} Av. Brasil (Praia da Luz) 22 617 3234 | © 9h/2h | Não encerra | €€€€ Rogério de Redondo {Portuguesa} R. António Joaquim de Aguiar, 19

Uma noite com João Macdonald

Jornalista "interrompido", trabalha no Parlamento Europeu em Bruxelas Paragens obrigatórias Esplanada: Café Ceuta Restaurante: Adega Vila Meã Bar: Candelabro Discoteca: Swing

(Bonfim) 22 537 9533 | © 2ª a Sáb. 12h/15h; 19h/22h | - Dom. | €€€

Suribachi {Vegetariana} R. do Bonfim, 134 (Bonfim) 22 510 6700 | © 2ª a Sáb. 12h/15h; 19h/22h | - Dom. | €€

Rota do Chá {Refeições ligeiras} R. Miguel Bombarda, 457 (Cedofeita) 22 013 6726 | © 2ª a 5ª 12h/20h; 6ª e Sáb. 12h/24h; Dom. 13h/20h | Não encerra | €€

Taberna do Bonjardim {Portuguesa} R. do Bonjardim, 450 (Sto. Ildefonso) 22 201 3560 | © 2ª a 4ª 10h/20h; 5ª a Sáb. 10h/2h | - Dom. | €€

Salsa & Loureiro {Portuguesa} Av. da Boavista, 1277 piso -1 (Boavista) 22 608 6636 | © 12h30/15h; 20h/23h | Não encerra | €€€€ Segunda Casa {Portuguesa} Av. Serpa Pinto, 124 (Matozinhos) | 22 937 9627 | © 3ª a Dom. 12h/15h; 19h/23h | - 2ª | €€€ Sessenta Setenta {Internacional} R. Sobre o Douro, 1A (Miragaia) 22 340 6093 | © 12h30/14h30;20h/1h | - Sáb. ao almoço; Dom. | €€€€ Shis {Internacional} Esplanada do Castelo (Praia do Ourigo) 22 618 9593 | © 12h/2h; Esplanada: 10h/3h | Não encerra | €€€€

Tapas e + {Petiscos} R. Bonjardim, 680 (Sto. Ildefonso) 22 202 6228 | © 11h/24h | Não encerra | €€€ Tavi - Confeitaria da Foz {Portuguesa} R. Senhora da Luz, 363 (Foz) 22 618 0152 | © Inv. 2ª a Dom. 7h30/20h; Verão 2ª a 5ª 7h30/23h; 6ª e Sáb. 7h30/24h; Dom. 8h/20h | Não encerra | €€ Terra {Internacional} R. do Padrão, 103 (Foz) 22 617 7339 | © 12h30/15h30; 20h30/24h30; 6ª e Sáb. até 1h30 | Não encerra | €€€€ Tripeiro {Portuguesa} R. Passos Manuel, 193 (Baixa) 22 200 5886 | © 12h/15h; 19h/22h | - Dom. ao jantar | €€€

Guia da Noite Porto magazine 55


Guia de restaurantes, bares e discotecas do Porto

Urban Specials {Internacional} R. Caldas Xavier, 160 (Massarelos) 22 606 3748 | © 8h/20h | - Dom. | €€ Verde Tília {Refeições ligeiras} Al. Eça de Queirós, 82 (Bonfim) 22 332 2226 | © 10h/22h; Sáb. e Dom. 14h/22h | Não encerra | €€

Bares e Discotecas ACT R. Manuel Pinto de Azevedo, 15 (Z. Industrial) 22 616 9507/8 | © 24h/6h | - Dom. a 5ª

Uma noite com Manuel Cruz Músico

Paragens obrigatórias Café: Rolo da Massa Restaurante: Segunda Casa Bar: Porto-Rio Discoteca: Armazém do Chá

Vinhas D’Alho {Portuguesa} Muro dos Bacalhoeiros, 139 (Ribeira) | 22 201 2874 | © 12h/15h; 19h/23h30 | Não encerra | €€€ W do Wilson {Portuguesa} R. Conde Vizela, 74 (Baixa) 22 096 3373 | © 11h/4h | Não encerra | €€ Zé Bota {Portuguesa} Tv. do Carmo 16/20 (Baixa) 22 205 4697 | © 12h/15h; 19h/23h | - Dom. | €

Armazém do Chá R. José Falcão, 180 (Baixa) 22 244 4223 | © 10h/2h; Sáb. 18h/4h | - Dom. Bela Cruz Av. Boavista, 5548 (Foz) 22 610 6469 | © Bar: 2ª a Sáb. 21h/2h; Clube: 6ª e Sáb. 23h/6h | - Dom. Breyner 85 R. do Breiner, 85 (Cedofeita) 22 201 3172 | © 14h/2h; 6ª e Sáb. até 4h | - 2ª e 3ª Café au Lait R. Galeria de Paris, 46 (Baixa) 22 202 5016 | © 10h30/2h; Sáb. 12h30/2h | - Dom. Candelabro R. da Conceição, 3 (Baixa) 96 698 4250 | © 13h/2h | - Dom.

56 Guia da Noite Porto magazine

Casa de Ló Tv. de Cedofeita, 20A (Cedofeita) 93 361 9615 | © 10h/2h | - Dom. Casa do livro R. Galeria de Paris, 85 (Baixa) 22 202 5101 | © 2ª a 5ª 21h/3h; 6ª e Sáb. até 4h | - Dom. Clube Literário do Porto R. Nova da Alfândega, 22 (Miragaia) 22 208 9228 | © 9h30/1h | Não encerra Contagiarte R. Álvares Cabral, 372 (Cedofeita) 22 200 0682 | © 16h/2h30; 2ª até 20h | Não Encerra El Día Que Me Quieras R. José Falcão - Galerias Lumière (Baixa) © 22h/2h; 6ª e Sáb. até 4h | - Dom. Era Uma Vez no Porto R. das Carmelitas, 162 -1º (Baixa) 22 202 2240 | © 21h30/2h | - Dom. Estado Novo R. de Sousa Aroso, 722 (Matozinhos) 22 938 5988 | © 23h/6h | - Dom. a 3ª Galeria de Paris R. Galeria de Paris, 56 (Baixa) 93 421 0792 | © 2ª a 4ª 9h/2h; 5ª a Sáb. até às 3h | - Dom. Gare Clube R. da Madeira, 182 (Baixa) 22 202 6030 | © 23h30/4h | - 2ª a 5ª Gato Vadio R. do Rosário, 281 (Cedofeita) 22 202 6016 | © 15h/19h30; 21h/1h | - 2ª; 3ª e 4ª ao almoço Hard Club Mercado Ferreira Borges (Ribeira) 707 100 021 | © Dom. a 5ª 9h/24; 6ª e Sáb. 9h/4h | Não Encerra


Hot five Lg. Actor Dias, 51 (Baixa) 93 432 8583 | © 4ª a Dom. 22h/3h | - 2ª e 3ª

Pinguim Café R. de Belmonte, 6 (Baixa) 22 332 6062 | © 22h/2h | - 2ª

Trintaeum R. do Passeio Alegre, 564 (Foz) 22 610 7567 | © 22h/4h | - Dom. a 5ª

Indústria Porto Av. Brasil, 843 - Lj. A/F (Foz) 22 617 6806 | © 24h/6h | - Dom a 4ª

Pitch Club R. Passos Manuel, 34-38 (Baixa) 22 201 23 49 | © 23h/6h | - Dom. a 4ª

Triplex Av. da Boavista, 911 (Boavista) 22 609 8968 | © 22h/4h | - Dom.

Inferno R. José Falcão, 157 – Galerias Lumière, Lj. 22 (Baixa) 96 600 8185 | © 21h/2h; 6ª e Sáb. 21h/4h | Não encerra

Plano B R. Cândido Reis, 30 (Baixa) 22 201 2500 | © 20h/2h; 6ª e Sáb. até 4h | - Dom. e 2ª

Twins Baixa R. Cândido do Reis, 12 (Baixa) 22 616 5000 | © 18h30/3h; 6ª e Sáb. até 4h | - Dom.

Jazz ao Norte R. General Norton de Matos, 448 (Cedofeita) 22 831 62 06 La Movida Beach Av. Fontes Pereira de Melo, 447 (Zona industrial) 22 615 1265 | © 24h/6h | - 4ª; 5ª e Dom. Labirintho R. Nª Srª de Fátima, 334 (Boavista) 22 600 7023 | © 16h/4h | Não encerra Maria Vai Com As Outras R. do Almada, 443 (Baixa) 22 016 7379 | © 16h30/20h30; 22h30/24h | Não encerra Maus Hábitos R. Passos Manuel, 178 - 4º (Baixa) 22 208 7268 | © Rest. 2ª a 6ª 12h30/15h; Bar 4º, 5º e Dom. 22h/2h; 6º e Sáb. 22h/4h O Meu Mercedes É Maior Que o Teu R. da Lada, 30 (Ribeira) 22 208 2151 | © 22h/4h | - Dom. a 3ª Passos Manuel R. Passos Manuel, 137 (Baixa) 22 205 8351 | © 17h/2h | - 3ª Pherrugem Bar R. das Oliveiras, 83 (Baixa) 91 950 5696 | © 21h/4h | Não encerra

Pop R. Padre Luis Cabral, 1090 (Baixa) 22 615 0166 | © 23h/4h | - Dom. a 5ª

Twins Club R. do Passeio Alegre, 1000 (Foz) 22 616 5000 | © 23h/5h | - Dom. a 4ª

Porto-Rio R. do Ouro – Barco Gandufe (Lordelo de Ouro) 91 787 1912 | © 23h/3h | - 2ª a 4ª

Via Rápida R. Manuel Pinto de Azevedo, 567 – Arm. 5 (Z. Industrial) 22 610 9427 | © 23h/6h | - Dom. a 5ª

Praia da Luz Av. Brasil (Praia da Luz) 22 617 32 34 /22 610 08 5 | © 9h/2h | Não encerra

Villa Community Tv. dos Congregados, 64 (Baixa) 91 259 5882 | © 14h/2h; 6ª e Sáb. até 6h | - Dom.

Rendez Vous R. Cândido dos Reis, 79 (Baixa) © 22h/6h | - Dom. a 3ª Rendez-Vous Lounge R. Sá Noronha, 78 (Baixa) 96 431 3029 © 22h/2h; 6ª e Sáb. até 4h | - Dom. e 2ª Rosa Escura R. da Picaria, 32 (Baixa) 91 880 4659 | © 22h/2h | Não encerra Sahara Cais da Estiva, 4 (Ribeira) 96 920 6037 | © 18h/2h | Não encerra Solar do Vinho do Porto R. de Entre-Quintas, 220 (Massarelos) 22 609 4749 | © 14h/20h; 6ª e Sáb. até 24h | - Dom. Swing Club R. de Júlio Dinis, 766 (Cedofeita) 22 609 0019 | © 24h/6h | - Dom a 4ª

Lojas A Vida Portuguesa R. Galeria de Paris, 20 - 1º andar (Baixa) 22 202 2105 | © 10h/20h | - Dom. Águas Furtadas R. Miguel Bombarda, 285 – C.C. Bombarda, Lj 4 (Cedofeita) 96 823 7139 | © 12h/20h | - Dom. Artes em Partes R. do Rosário, 274 (Cedofeita) 93 433 7703 | © 14h30/20h | - Dom.

Guia da Noite Porto magazine 57


Guia de restaurantes, bares e discotecas do Porto

Uma noite com Rui Murka Dj

Paragens obrigatórias Café/ Esplanada: Doce Mar Restaurante: Casa Nanda Bar: Plano B Discoteca: Indústria

Atelier des Createurs R. José Falcão, 95 (Baixa) 22 201 9185

2037 | © 10h/19h30; Sáb. até 19h | - Dom.

Bidon Ville R. Miguel Bombarda, 285 – C.C. Bombarda, Lj 27 (Baixa) 91 791 9285 | © 12h/20h | - Dom.

Lost Underground R. do Almada, 349 (Baixa) 222 011 994 | © 2ª a 6ª 13h30/20h; Sáb. 14h30/20h | - Dom.

China Qiao R. do Rosário, 284 (Baixa) 93 113 3519 | © 11h/20h | - Dom.

Louie Louie R. do Almada, 275 (Baixa) 22 201 0384 | © 10h30/13h30; 14h30/19h | - Dom.

Coisas d’Homem R. Miguel Bombarda, 285 – C.C. Bombarda, Lj 23 (Baixa) 91 032 4871 | © 12h/20h | - Dom. Didakto Cria Actividades R. Miguel Bombarda, 285 – C.C. Bombarda, Lj 1A (Baixa) 22 609 6165 | © 12h/20h | - Dom. Embaixada Lomográfica do Porto R. do Almada, 275 (Baixa) 22 099 0877 | © 15h/19h| - Dom. Gira Discos R. das Carmelitas, 162 -1º (Baixa) 22 202 2240 © 21h30/2h | - Dom. Hairkortex R. José Falcão, 157 – Galerias Lumière, Lj. 21 (Baixa) 93 687 7521 | © 14h/2h | - Dom. Livraria Lello R. das Carmelitas, 144 (Baixa) 22 200

Mr. Cool R. José Falcão, 157 – Galerias Lumière, Lj. 7 (Baixa) 22 201 1960| © 14h/2h | - Dom. Outline Tattoo R. José Falcão, 157 – Galerias Lumière, Lj. 19 (Baixa) 93 426 1274| © 14h/2h | - Dom. Ovelha Negra R. da Conceição, 100 (Baixa) 22 093 5847 | © 2ª 14h/19h; 3ª a 6ª 10h/13h; 14h/19h; Sáb. 10h/13h | - Dom. Pinoteca R. Passos Manuel, 178 (Baixa) 91 966 7656 | danipires@gmail.com Poetria R. José Falcão, 157 – Galerias Lumière, Lj. 12 (Baixa) 22 202 3071 | © 14h/2h | - Dom.

58 Guia da Noite Porto magazine

Retroparadise R. do Almada, 561 (Baixa) 22 208 5852 | © 3ª a 6ª 14h/19h; Sáb. 12h/19h | - Dom. 2ª Story Taylors R. José Falcão, 157 – Galerias Lumière, Lj. 18 (Baixa) 22 201 7409| © 2ª 15h/20h; 3ª a Sáb. 12h/20h | - Dom. Vertigo Store R. Miguel Bombarda, 285 – C.C. Bombarda, Lj 11 (Baixa) 93 626 0660 | © 12h/20h | - Dom. Zona 6 (foto ok) R. do Almada, 448 (Baixa) 22 201 1027 | © 14h/20h | - Dom.

Hotéis 444 Porto Guest House R. do Almada, 444 - 2º (Baixa) 444portoguesthouse.com 6Only Ghest House R. Duque de Loulé, 97 (Baixa) 92 688 5187 | 22 201 3971 | www.6only.pt Casa do Poema R. de Pêro da Covilhã, 245 (Foz) 22 617 0656 | www.casadopoema245.com Edifício Reboleira R. da Reboleira, 41 (Ribeira) www. ribeiradoporto.com Grande Hotel do Porto R. de Santa Catarina, 197 (Baixa) 22 207 6690 | www. grandehotelporto.com


Guest House Douro R. Fonte Taurina, 99 (Ribeira) 22 201 5135 | guesthousedouro.com HF Fénix Porto R. Gonçalo Sampaio, 282 (Boavista) 22 607 1800 | www.hfhotels.com HF Ipanema Park R. de Serralves, 124 (Boavista Poente) 22 532 2100 | www. hfhotels.com

Uma noite com Paulo Ponte

Director de Relações Instit. do Hard Club Paragens obrigatórias Café ou esplanada: Casa Agrícola Restaurante: Segunda Casa Bar: Com tanta oferta, correr as “capelinhas” Discoteca: Indústria

HF Ipanema Porto R. do Campo Alegre, 156/172 (Massarelos) 22 607 5059 | www.hfhotels.com

Oporto Poets Hostel Privates Trav. do Ferraz, 13 (Baixa) 22 202 6089 | www. oportopoetshostel.com

HF Tuela Porto R. Arq. Marques da Silva, 200 (Boavista) 22 600 4747 | www. hfhotels.com

Porto Palácio Av. Boavista, 1269 (Boavista) 22 608 6600 | www.hotelportopalacio.com

Hotel da Bolsa R. Ferreira Borges, 101 (Baixa) 22 202 6768 | www.hoteldabolsa.com Oporto Poets Hostel 1 R. dos Caldeireiros, 261 (Baixa) 22 332 4209 | www. oportopoetshostel.com

Porto Riad R. D. João IV, 990 (Baixa) 22 510 7643 | www. portoriad.com Residencial São Gabriel R. da Alegria, 98 (Sto. Ildefonso) 22 200 5499 | www. residencialsgabriel.com Rivoli Cinema Hostel R. Dr. Magalhães Lemos, 83 (Baixa) 96 895 8637 | 22 017 4634 | www.rivolicinemahostel.com

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Diretora Sandra Silva | Coordenação editorial Fernanda Borba | Assistente Editorial Patrícia Raimundo | Redação C. Sá, Fernanda Borba, Patrícia Raimundo, Sandra Silva Sasha Medeiros | Revisão Fernanda Borba | Design gráfico e paginação Inês Sena | Fotografia Mundods | Ilustrações Nuno Coelho | Colaboradores Luísa de Carvalho Pereira, José Luís Peixoto, Mafalda Lopes da Costa, Maria João Veloso, Myriam Zaluar, Natacha Gonzaga Borges, Patrícia Brito, Patrícia Maia e Vítor Belanciano | Produção Finepaper | Copyright 101 Noites – Criação de Produtos Culturais, Lda | Tiragem e circulação: 35.000 exemplares | Periodicidade Trimestral

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Sai uma francesinha! Segundo reza a história, a receita original da francesinha data de 1953. O seu inventor, Daniel David da Silva, terá criado esta iguaria a partir da versão gaulesa, o croque madame, que terá experimentado enquanto viajava pelas terras da Bélgica e França. Foi então que nasceu a única, e a mais versátil, invenção gastronómica “tripeira” do século XX.

O modo de preparação, bem como os ingredientes, varia de cozinheiro para cozinheiro. Contudo, todos concordam que o segredo está sem sombra de dúvida no molho. Apesar das variantes, a receita consiste normalmente em duas fatias de pão de forma (que veio substituir o bijou ou carcaça dos anos 50) entremeadas de um bife de vaca, bacon, mortadela, salsicha fresca, linguiça, fiambrino, fiambre e, no topo, fatias generosas de queijo. Leva-se a gratinar e, por fim, acrescenta-se o tão famoso e secreto molho. Molho: Faz-se um refogado com cebola, louro, alho, uma bebida branca (pode ser vinho, vinho do Porto, brandy ou whisky), cerveja, malaguetas ou piri-piri, sal, polpa de tomate, caldo de carne, leite e maizena para engrossar. Et voilá: a francesinha está pronta a sair! Bufete Fase R. Sta. Catarina, 1147 (Sto. Ildefonso) 22 205 2118 | © 12h/21h30 | - Dom. Café Aviz R. de Aviz, 27 (Baixa) 22 200 4575 | ©7h/2h | - Dom. 60 Guia da Noite Porto magazine

Café Progresso {Refeições ligeiras} R. Actor João Guedes, 5 (Baixa) 22 332 2647 | © 7h/19h; 6ª e Sáb. até às 24h30 | - Dom. | €

Café Requinte R. Godinho, 837 (Matosinhos) 22 938 1416 | © 8h/24h | - Dom. Café Santiago R. de Passos Manuel, 226 (Sto. Ildefonso) 22 205 5797 | © 7h30/23h | - Dom. Café Velasquez Pç. Dr. Francisco Sá Carneiro, 301 (Bonfim) 225 095 588 | © 7h/24h; 6ª e Sáb. 7h/1h Capa Negra II {Portuguesa} R. do Campo Alegre, 191 (Massarelos) 22 607 8380 | © 12h/2h | Não encerra | €€€ Cervejaria Galiza R. do Campo Alegre, 55 (Massarelos) 22 608 4442 | © 8h/2h | Não encerra Convívio Restaurante R. do Arquitecto Marques da Silva, 303 (Massarelos) 22 609 2303 | © 7h/2h | Não encerra Cufra {Portuguesa} Av. da Boavista, 2504 (Boavista Poente) 22 617 2715 | © 12h/2h | - 2ª | €€€ Gambamar R. do Campo Alegre, 110 (Massarelos) 22 606 7604 | © 12h/2h | Não encerra



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