Guia da Noite Lx Magazine #1

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Tendências » Cultura Urbana » Música » Net » Sabores » Dj’s » Entrevistas

#1 - Outono ‘07 » Distribuição gratuita

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As Noites Longas de Jorge Palma Nuno Lopes, Actor e Dj As Novas Estrelas da Noite Odeio os Domingos

Lusofonia »

JP Simões e Myléne

Guia » cafés | esplanadas | restaurantes | bares | discotecas


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As melhores moradas da noite [Cafés, Esplanadas, Restaurantes, Bares, Discotecas] » as festas mais concorridas » Concertos imperdíveis » Dj’s de renome » Entrevistas » Cultura Urbana E muito mais! A noite toda num só clique!

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Editorial O que é a noite? É um texto muito antigo entoado por uma multidão de sapos. Mário Cesariny Esta poderia ser uma revista como as outras. Mas não é. É uma revista que pode ir contigo para todo o lado, na mala, no bolso ou no portátil. Gostávamos mesmo que fosse a tua companheira inseparável… Através dela queremos desvendar-te todos os segredos da movida lisboeta. Queremos partilhar as conversas que tivemos com quem faz as nossas noites mais belas do que os nossos dias. Queremos descobrir segredos e sussurrar-te ao ouvido as mais íntimas revelações. Queremos guiar-te por becos e ruelas, em busca do restaurante mais acolhedor, do bar mais animado, da discoteca mais cosmopolita. Dar-te a conhecer as novas tendências urbanas, as músicas que nos fazem vibrar, os artistas que nos fazem sonhar. Mas também ouvir o que tens para dizer, escutar as tuas histórias, receber os teus e-mails e fotos, conhecer os teus amigos. Juntos vamos calcorrear as ruas da cidade branca em busca do melhor que esta tem para oferecer — como sabes, os caminhos que levam ao coração da noite são muitos e, por vezes, sinuosos. Seguimos pela noite e, juntos, vamos encontrar-nos com Jorge Palma, Lady G. Brown, Nuno Lopes, JP Simões, Myléne e outros artistas à solta. Conversamos sobre cultura urbana, questões ambientais, novos sites de internet, design, moda, música, gastronomia e cinema. Queremos também apresentar-te dois noctívagos convictos: o Noitezine, um magazine digital que poderás receber gratuitamente por e-mail, de quinze em quinze dias; e o site www.guiadanoite.net, que te vai deixar sempre a par da programação dos melhores espaços nocturnos do país: festas, concertos, eventos ou festivais. Nele encontrarás uma gigantesca base de dados com cafés, restaurantes, esplanadas, bares, discotecas, hotéis e lojas, tudo ao alcance de um clique. O Guia da Noite Lx Magazine nasceu na editora 101 Noites — nas suas páginas encontrarás alguns dos seus autores, projectos e sonhos — e é o irmão mais novo do Guia da Noite, editado em livro desde 1998. É uma revista portátil, gratuita e cosmopolita que chegará às tuas mãos no início de cada estação. » Sandra Silva


Directora editorial Sandra Silva | Coordenação editorial Fernanda Borba | Redacção C. Sá, Maria Veloso, Patrícia Brito, Sandra Silva, Vítor Belanciano | Revisão Fernanda Borba | Design gráfico e paginação Inês Sena | Fotografia Luísa Ferreira, João Silveira Ramos, Rita Carmo Foto da capa Inês Sena | Ilustração Alexandre Cortez | Publicidade e marketing Alexandra Pássaro | Impressão Sogapal | Copyright: 101 Noites – Criação de Produtos Culturais, Lda | Tiragem e circulação: 25.000 exemplares | Periodicidade: Trimestral | Distribuição

# 4 Junk Mail » As melhores piadas, fotos e outras pérolas que nos chegaram às mãos. Contribui para o próximo número e envia os teus junks para a nossa caixa de correio.

# 5 Livre Trânsito » Metemos Brasil e Portugal dentro de um shaker e abanámos muito bem. Prova o cocktail nas entrevistas de Myléne e JP Simões ao jornalista C. Sá.

# 10 Intolerância Zero » Conselhos de amigo para ajudares a salvar o planeta. # 13 Mala de Cartão » Vítor Belanciano convida-nos a descobrir as tendências urbanas das grandes metrópoles.

# 16 Animal Social » Jorge Palma confessa à jornalista Patrícia Brito por onde andava nos idos 80 e por que razão a noite continua a ser a sua morada.

# 20 Dj Shot » Lady G. Brown. Toda a gente a dançar com a rainha do reggae. # 22 Vj Shot » Alatak, um mestre na manipulação de imagens. # 24 Radar » A Internet dá-nos (a melhor) música. # 26 Ficheiros Secretos » O provocador Fernando Alvim é um dos mais talentosos apresentadores de rádio (Prova Oral) e televisão (Boa Noite Alvim). Aqui revela-te os seus sites favoritos.

# 28 Vida Dupla » Nuno Lopes conta-nos como se tornou um dos mais promissores e talentosos actores portugueses. E sabias que também é DJ?

# 32 Zoo Urbano » Odeio os Domingos. Tu não? Então não percas este micro-conto da jornalista Maria Veloso. A ilustração é de Alexandre Cortez.

# 36 Mercado Livre » Tuppersex. Me liga vai... Tupper quê? Pois é, mudam-se os tempos, mudam-se as vontades. As reuniões em torno dos velhinhos tupperwares foram substituídas por algo muito mais excitante. Descobre do que se trata...

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Agradecimentos: Ana Carolina, Ana Mestre, Bárbara Viseu, David Brito, Francisco Salvador, Gonçalo Riscado, Graça Campelo, Laure e Pierre, Mariana Coxilha, Micas, Miguel Belo, Miguel Melo, Nuno Franco, Pedro Forca, Pedro Azevedo, Rute Marques, e a todos os amigos que nos apoiaram e nos deram força quando este projecto não passava de um sonho. Contacta-nos! redaccao@guiadanoite.net | publicidade@guiadanoite.net | mkt@guiadanoite.net 101 Noites - Criação de Produtos Culturais, Lda | Largo de Stº Antoninho, nº 3 | 1200-406 Lisboa | Tel. 21 343 22 52 | 101noites@101noites.com | www.101noites.com | www.myspace.com/101noites

# 38 Metropolis » Pega na tua agenda e anota já. Estes são os concertos, festivais e eventos aos quais não podes definitivamente faltar.

# 40 Best Of » Selecção dos restaurantes e espaços nocturnos mais trendy da capital. # 55 Guia » Organizado por bairros, eis um directório com os melhores cafés, esplanadas, restaurantes, bares e discotecas de Lisboa. Agora já não tens desculpa para não saíres à noite…

# 55 Uma Noite com » Quais serão as paragens obrigatórias de Zé Pedro, Margarida Vila-Nova, Miguel Melo, Cláudia Efe, Tó Trips, e Rute Marques?

Best Of # 40 Sabores Gourmet # 42 Sabores do Mundo # 44 Sabores Típicos # 46 Noites Glamour # 48 Noites Cool # 50 Noites de Dança # 52 Noites ao Vivo

Quando encontrares este símbolo significa que podes interagir com o conteúdo da revista, enviando histórias, sugestões, fotos, e-mails, o que bem entenderes! Voa para www.guiadanoite.net ou envia um e-mail para redaccao@guiadanoite.net Nota: Não nos responsabilizamos por eventuais alterações na informação sobre eventos e espaços seleccionados.

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Junk Mail » Um amigo enviou-te um e-mail que é só rir? Manda também uma versão para nós.

Nham, nham!

A equipa do Guia da Noite reuniu nesta secção as melhores piadas, adivinhas, fotos e outras pérolas que chegaram à nossa caixa de correio. Se quiseres contribuir para o próximo número da revista basta enviares um e-mail para redaccao@guiadanoite.net com os teus junks preferidos!

*UPGRADE DE NAMORADO 5.0 PARA MARIDO 1.0* */Caro Apoio Técnico,/* No ano passado fiz um upgrade do */ NAMORADO 5.0/* para o */MARIDO 1.0,/* (ou seja: casei!!!) e notei uma redução significativa de performance nas aplicações */FLORES/* e */JÓIAS/*, que operavam sem falhas no */NAMORADO 5.0/*. Além disso, o MARIDO 1.0 desinstalou outros programas importantes como */ROMANCE 9.5/* e */ATENÇÃO AO QUE EU DIGO 6.5/* e instalou aplicações indesejáveis como */JOGO DE FUTEBOL 5.0/ *. Também não tenho conseguido abrir o programa */ CONVERSAÇÃO 8.0/* e */AJUDAR EM CASA 2.5/*: o sistema simplesmente entra em crash. Tentei fazer correr o */RECLAMAÇÕES 5.3/* para corrigir esses bugs e não consegui nada. O que faço? Ass.: Utilizadora desesperada. Queres saber qual foi a resposta do apoio técnico? Voa para www.guiadanoite.net

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Oração do noctívago brasileiro Whisky e Vodka que estão no bar Alcoolatrado seja o nosso fígado Venha a nós o copo cheio Nunca apenas pelo meio Seja feita a nossa cachaçada Assim no boteco como na calçada O mé nosso de cada dia nos dai hoje Perdoai as nossas bebedeiras Assim como nós perdoamos A quem não tenha bebido Não nos deixai cair na Coca Diet E livrai-nos da água gasosa Barmen...

Adivinha O que é o fósforo disse ao cigarro? Por tua causa, perdi a cabeça.


Livre Trânsito » O Mundo somos todos. De cá para lá, de lá para cá, a vida é uma viagem.

O Fado Sambado e o Samba Fadado

foi pura coincidência. Não se tratou de uma iniciativa de um Textos» qualquer minisC. Sá tério, esta onda foi mesmo de geração espontânea. Ao mesmo tempo, portanto, dois discos cantados por brasileiros (no feminino, por sinal) tinham também qualquer coisa de diferente. Em 2007, o Atlântico passou a ser E inédito. É que não há memória de se nada. Ventos? Tempestades? Nada! ouvirem músicos daquele país a cantarem álbuns inteirinhos de música portuguesa. Mansinho, o grande Oceano abriu os braços à união das duas margens. Pois é, aconteceu este ano. Myléne Pires lançou Não muito distante, um conjunto De um lado, o Brasil; do outro, de interpretações dos Madredeus cantaPortugal. A música dos dois países das em português do Brasil (e é preciso está entrelaçada como nunca. mesmo ouvir, porque não dá para explicar), enquanto os Couple Coffee, de Luanda Teresa Salgueiro canta Tom Jobim, Vinicius Cozzetti e Norton Daiello, se aventuraram de Morais, Pixinguinha… Maria de MedeiCo’as Tamanquinhas do Zeca, de homeros interpreta Ivan Lins, Caetano Veloso, nagem a José Afonso, constituído por Gilberto Gil… Maria João faz o mesmo a interpretações de músicas do mesmo. Carlinhos Brown, Zequinha de Abreu, Marisa “Nem os Couple Coffee querem ser o Zeca Monte… Todas elas, musas lusitanas, cantam Afonso, nem a Myléne quer ser os MadreChico Buarque, por sua vez omnipresente no deus, nem eu quero ser o Chico Buarque. disco de JP Simões, 1970. Mas todas essas formas de pegar em obras Do Brasil, a resposta foi instantânea. Ou alheias, esse cruzamento de pessoas de lá melhor, nem de resposta se tratou, porque, que cantam autores de cá, e vice-versa, é afinal, é como aquela história do ovo ou da também uma ligação de afecto que finalgalinha: quem cantou primeiro? Ninguém, mente começa a crescer”, comentou JP Guia da Noite Lx magazine


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Simões sobre o assunto, ele que fala de Chico Buarque como um autor de “canções que criam o seu próprio universo e que juntam música e palavra como se nunca tivessem estado separadas”. Myléne Pires, por sua vez, reconhece a música portuguesa, “feita no tempo dos Descobrimentos”, como “fundamental para aquilo que é hoje a música brasileira”. Não há dúvida, este é um íman gigantesco. Um íman luso-brasileiro…

JP Simões “Alguém me disse: Quem dera que os brasileiros fizessem samba como você faz…”

ao mesmo tempo muita violência. Muita riqueza e muita pobreza, tudo sempre muito de extremos… Claro que isso me tocou, senti-me muito frágil no meio daquela abundância dolorosa que é o Brasil. Mas, passada a primeira impressão e esse choque, saí do Rio e, quando voltei do Recife, já entrei de outra maneira. Apanhei o quotidiano e estive por todo o lado. Pela Lapa, por Santa Teresa, pelos bares mais duros, mas mais engraçados… Andei por lá a viver como cidadão… E andei por lá a curtir, fiz uma série de amigos, que me levaram a passear e fiquei em várias casas. Tanto que houve uma altura em que estava no Rio e tinha a guitarra em casa de uma pessoa, metade da minha mala em casa de outra e estava numa terceira casa.

Musicalmente, absorveste algo de novo? Não houve nada de muito novo. O Brasil também sofre daquele contraste entre o peso da música que é enfiada lá pelas multiJP Simões fez neste Verão uma digressão no Brasil. Deu cinco concertos em cerca de nacionais e, depois, da música do momento, mais popular — o funk da favela, que é uma um mês e trouxe histórias para contar. coisa dura e bruta, muito violenta e insinuosa. Imagina se o Quim Barreiros fosse Que feed-back tiveste do teu trabalho? um punk destrutivo, Quim Barreiros “on Tive alguns comentários bastante curioacid”… Mas não há nada de novo e talvez sos, de gente que me disse, no fim dos concertos: “Quem me dera que os brasileiros por isso até percebi que algumas pessoas sentiram alguma surpresa quando ouviram conseguissem fazer um fado como você a minha alquimia pessoal, entre estas duas faz um samba” — aliás, foi um homem que culturas. As reacções foram muito boas, depois voltou para trás e disse: “Quem dera que muitos brasileiros fizessem samba como mas acima de tudo diverti-me imenso. você faz…” Isso ainda foi mais fantástico… Mas nem foste com grande expectativa… Passeaste muito? Andei com uma série de pessoas com quem tinha conversas prometidas e andei mais pela zona sul: Copacabana, Ipanema… Andei bastante sozinho, mas aproveitei muito bem, depois de sentir uma certa fragilidade e a tensão e o contraste daqueles contrários, de muito afecto e beleza, mas Guia da Noite Lx magazine

Não fui para lá por interesse…. Eu estou sempre a mudar de editora, não sou muito o tipo que pega em si e vai fazer uma autopromoção. Tento fazer a minha música e ir vivendo, gosto de estar descomprometido, essencialmente. Não andei atrás de pessoas que me interessassem, digamos assim, não fiz a coisa por interesse. Quando fui já tinha a


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minha recompensa, quando me meti no avião Antes disso, já existia essa ambição, mas pago por uma instituição, para fazer uma eu pensava que ia me formar em Direito, série de concertos, já tinha essa recompensa. que a música era mesmo um hobby e que não ia ter coragem. É que eu deixei tudo, foi uma confusão na minha casa, foi uma… [pausa] uma merda. Foi o fim do mundo!

Myléne Pires

“Lia as letras deles e pensava: Ai que lindo!” Myléne Pires vive há cerca de um ano em Portugal. Chegou com o álbum Não muito distante na mala e sobre ele recebeu os maiores elogios de Pedro Ayres Magalhães. Quando começou a tua paixão pelos Madredeus? Foi na primeira tournée que eles fizeram no Brasil. E eu pensei: “Nossa! Que banda sensacional, que músicas lindas…”

Mas eles tiveram um papel importante nessa tua decisão, ou não? Depois do concerto, comecei a pesquisar as músicas do Pedro, que eu achava que tinham muito a ver com música brasileira. Eu adorava as letras e me inspirei muito nessas canções para compor e escrever. Conheces Amália Rodrigues? Sim, conheço e acho lindo, incrível, sensacional. Uma cantora grande.

Achas que há algo de “sobrenatural” nas vozes da Teresa ou da Amália? Sim, acho que a voz da Teresa é sobrenatural, no sentido que é muito angelical, e Como foste parar a esse concerto? ela canta num registo muito mais agudo Vi uma matéria na televisão com a Teresa cantando e achei: “Que lindo, nossa, que coisa do que a Amália, que tem aquela coisa rascante do fado boémio, das tascas, que bonita”. E, por acaso, era no mesmo bairro a Teresa não tem. E a Teresa é muito mais onde eu morava, na Barra da Tijuca. intimista no canto dela, a Amália canta com E antes, o que fazias? o coração na mão. Não que uma passe mais Estudava Direito. Estava na faculdade, as suas emoções do que outra, porque pasmas sempre gostei muito de música. Já sam ao mesmo nível, no meu entender. tinha estudado piano – tenho formação E tu, como olhas para ti própria? clássica – e também tocava guitarra. Fazia Bem, a minha escola é a da música brasimúsicas, tinha aquela ideia de ser artista, leira, sou muito influenciada pelo jeito de mas a minha família, na época, se opunha muito. Foi uma transição muitíssimo difícil. cantar da Elis Regina e da Gal Costa, que é um jeito mais bossanova. Desististe completamente da escola? O que achas da tua voz? Desisti. No terceiro ano foi mesmo: “Vou Se eu gosto? Gosto, gosto! Eu sou meio perviver da música, quero ser cantora!” E foi feccionista, quero sempre melhorar e tenho nessa época que conheci os Madredeus… uma disciplina muito rígida comigo mesma. Antes de os conheceres já colocavas a Fiz muitos anos de aulas de canto, porque hipótese de te dedicares à música, ou foi gosto e faz bem, mas quero sempre melhorar. mesmo um “flash” que tiveste ao ouvires as músicas deles? * Lê as entrevistas na íntegra no site Guia da Noite Lx magazine


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Intolerância Zero » N ão temos vergonha de esticar o dedo para apontar o que está mal.

carolo e apanhamos o autocarro para ir ter com o pessoal à praia. Apesar da ressaca, dos gritos na banheira, da falta de glam da roupa, da vontade de ir à retrete e da seca no autocarro, poupámos uma data de quilos de emissões de CO2 e sentimo-nos bem com a nossa consciência ecológica ressacada. Uma espécie de grilo verde que devemos adoptar, como se fosse um tamagotchi ou um avatar, modificando pequenos gestos e atitudes que podem ajudar a diminuir a nossa pegada ecológiTexto» ca. Por falar em pegadas, lembram-se dos Patrícia Brito dinossauros? Pois é, estão extintos... mas dessa vez a culpa não foi deles. Temos pena! Mas estão à beira da Quanto a esta vez, não vale a pena dizer extinção aqueles dias fantásticos em que é do sol, dos vulcões, do vento ou das que nos levantamos da cama, ligamos correntes marítimas, somos nós os culpados. a tv, o computador, o telemóvel e o Se continuarmos a consumir e a emitir som, tomamos um banho de imersão, as taxas de gases que provocam efeitos vestimos as roupas trendy made in de estufa como temos feito até agora, a China, ficamos a olhar para o frigorífico sobrevivência da espécie humana e toda à procura do iogurte Nestlé fabricado a vida na Terra corre graves riscos. Para em Coina-a-Velha e pegamos no carro se ter uma ideia, o europeu médio produz para ir ter com o pessoal à praia. anualmente o equivalente a 11 toneladas de CO2. Se todos nos comprometêssemos a E porquê? Porque vamos sentir culpa. reduzir este valor em 10 por cento, o impacto Muita culpa. sobre o meio ambiente seria enorme, Cada um destes gestos, hábitos de representando uma economia equivalente sempre das novas gerações, custa à Terra, às emissões anuais de CO2 produzidas pela a nossa casa global, suportar mais uma Espanha e Finlândia juntas. data de CO2 na atmosfera, puro veneno que A actividade económica, tal como a asfixia lentamente a sobrevivência futura. conhecemos hoje, bem como o modo E não vale a pena enfiar a cabeça na areia de vida que caracteriza as modernas como a avestruz, também ela vai sofrer sociedades de mercado, são contrários as consequências do aquecimento global ao conceito de desenvolvimento e, muito provavelmente, a areia estará sustentável. Somos mais de 6 biliões de submersa devido à subida da água do mar. seres encafuados num quintalinho que O melhor é recomeçar desde já o nosso dia. está à beira da exaustão, por isso é melhor Acordamos com uma ressaca de Vinho do começarmos a fazer a nossa parte. E já! Porto, ligamos o som baixinho, tomamos um duche rápido de água fria, vestimos a roupinha da Maconde, comemos papas de

Via Verde

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Via Verde » No automóvel » em casa » Think global, act local

No automóvel: Evita usá-lo. Desloca-te a pé, de bicicleta, de skate ou de burro, mas poupa os nervos, uma pipa de massa e vários quilos de emissões de CO2. Se deixares o carro em casa, uma vez por semana que seja, estás a poupar meia tonelada por ano. Caso tenhas mesmo que usá-lo, faz uma condução eco-eficiente. Nada de aceleradelas desnecessárias – a testosterona e a auto-estima não aumentam ao volante e o consumo de combustível aumenta quase 50 por cento – e nada de nervos, a condução nervosa custa-te mais um quinto do depósito. Nem pensar em ligar o ar condicionado, põe a carola ao vento no Verão e enfia o barrete no Inverno.

com classe energética A+ emite menos 135 Kg de CO2 por ano. Se desligares sempre os aparelhos que não estás a usar também podes poupar cerca de 300 Kg na tua quota anual de emissões. Outro gesto simples, caso não possas fazer um isolamento exemplar de telhado, janelas, etc., é baixar o aquecimento ou o ar condicionado um só grau. Estarás a evitar que mais 350 Kg de CO2 sejam libertados para a atmosfera. Se já tiveres passado a fase da indigência e tiveres algum guito, o ideal é investires em formas de energia alternativa. Um painel solar custa papel, mas passados 12 anos já recuperaste o investimento e terás Em casa I: Em termos energéticos, há mui- energia à borla para sempre. tas pequenas coisas que se podem fazer. Por exemplo, se substituíres 3 lâmpadas de Em casa II: No que diz respeito à 60 watts por lâmpadas economizadoras, poupança de água, estamos todos carecas poupas cerca de 100 kg de CO2 por ano. Se de saber que devemos fechar a torneira comprares electrodomésticos, investe nos enquanto lavamos os dentes e por aí fora. que tiverem certificado de eficiência enerO que nós não sabíamos é que basta usar gética. São mais caros, mas duram mais a máquina de lavar roupa apenas quando tempo e fazem-te poupar dez por cento na estiver a abarrotar para pouparmos, electricidade. Além disso, um frigorífico anualmente, água suficiente para encher uma piscina. E o mesmo se diga da máquina de lavar loiça. Outra das coisas que também não sabíamos é que numa casa onde vivam quatro pessoas pode Guia da Noite Lx magazine 11


Intolerância Zero

Via Verde » No automóvel » em casa » Think global, act local

poupar-se uma tonelada de emissões anuais de CO2, se a roupa for sempre lavada entre os 30 e os 40 graus. Quanto aos banhos de imersão, esqueçam de vez. Reduzir em dois minutos o duche diário poupa 150 kg de CO2 por ano e se todos os portugueses o fizessem, seria mais de um milhão de toneladas. Por outro lado, se trocarmos o chuveiro por um de baixa pressão, evitamos a emissão anual de 160 Kg de CO2. Mais porquinhos por um lado, mas mais verdes e felizes por outro. Think global, act local: Este é o slogan de várias campanhas anti-globalização, mas a verdade é que esta coisa da globalização começa a ter um preço muito alto, fazendo jus ao velhíssimo ditado genuinamente tuga que diz “o barato, sai caro”. A política dos países desenvolvidos que consiste em fabricar os seus produtos de marca em países com mão-de-obra mais barata, aumenta em muito as emissões globais de CO2. Pouco poderemos fazer para mudar a atitude dos gigantes mundiais, mas

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não é assim tão difícil invocarmos a nossa costela de Dom Quixote para nos vestirmos de super-heróis de trazer por casa e, com pequenos gestos, lutarmos contra o estado das coisas. Para isso, dizem os gurus, basta comprar, sempre que possível, produtos regionais. Viva o torresmo, o Licor de Merda e as sapatilhas Sanjo que um quilo de uvas vindas da América do Sul equivale a 11 Kg de CO2 emitidos no seu transporte. Já agora, para que fiques a saber como podes aliviar os sentimentos de culpa, verifica qual é a sua pegada ecológica através de um calculador de carbono no site: www.mycarbonfootprint.eu/pt. E não te esqueças de mudar a tua página do Google para fundo preto. Um tipo qualquer descobriu há tempos que o consumo de um computador com fundo branco é de cerca de 74 watts/hora, enquanto que o fundo preto consome 59 watts/hora. Vai daí, dada a popularidade da sua página, utilizada por milhões de pessoas, o Google criou uma versão “negra” do motor de busca que poderás obter em www.blackle.com. Mais dicas em www.climatechange.eu.com


Mala de Cartão » As nossas noites lá por fora.

Texto» Vítor Belanciano Fotografia» Luísa Ferreira Modelo» David Brito

Fotógrafos, as novas estrelas da noite

o mais popular na actualidade da zona de Shoreditch. De câmara na mão passeia-se entre a multidão rendida à recente vaga “neo-rave”, fotografando rapazes e raparigas vestidos e maquilhados com cores Saem de câmara digital na mão, fluorescentes. Quando passa, eles e elas retratando a vida nocturna e colo- sorriem-lhe ou arriscam uma pose provocando o resultado da experiência cante. Ao repórter não lhe interessa registar celebridades, mas sim situações e pessoas na internet. São fotógrafos e comuns, que tenham características com as alguns deles transformaram-se, quais todos se possam identificar. no último ano, em estrelas da vida Mais tarde, quando chega a casa, imortaboémia de centros como Londres, liza a noite, colocando fotos na sua página Nova Iorque ou Los Angeles. da Net (www.dirtydancing.com). Outro fotógrafo que virou famoso é o americano Têm nomes como Alistair Allan, Nikolai Tamin- Mark Hunter, mais conhecido pelo pseudónimo The Cobra Snake, que transformou a dzic ou Mark Hunter, frequentam os clubes nocturnos mais distintos, e os seus endereços namorada e musa, Cory Kennedy, num caso sério de popularidade na Rede, com quase na internet são visitados diariamente por milhares que têm esperança de ter sido foto- 9.000 amigos nas páginas do MySpace, que se revêem no seu estilo e visual com toques grafados por eles na noite anterior. O inglês Alistair Allan, por exemplo, é uma de chique descuidado. O seu trabalho situa-se entre o retrato figura habitual num dos clubes mais badalados da capital inglesa, o Boombox, talvez social, a fotografia de moda, a tradição dos Guia da Noite Lx magazine 13


Mala de Cartão » Queremos saber o que se passa no Mundo depois do pôr-do-sol.

paparazzi e o erotismo. Esta tendência não é propriamente nova. Basta pensar, nos anos 80, em fotógrafos como Alex Gerry, que fotografou tudo o que era gente na Londres da época (www.alexgerry.com). O que é novo é o facto da orientação ter hoje tantos seguidores que existem mesmo festas que recebem a designação de Party Snaps (fotos de festas), com toda a gente a ser fotografada por estas figuras ou, então, a fotografarem-se uns aos outros. Muitas vezes, mesmo antes de chegarem às páginas da internet, algumas dessas fotos são expostas e disponibilizadas à saída dos clubes, como acontece num vulgar casamento ou festa de baptizado em Portugal.

tas nas galerias da Rede e os fotógrafos, encarregues de universalizar as festas, são encarados como as estrelas destas. Os seus instantâneos transformaram-se na prova de que “estive lá”. É claro que, neste contexto, também há efeitos colaterais. Há quem não goste de ser reconhecido nestes ambientes, principalmente quando o sentimento é de culpa. Em algumas entrevistas, Alistair Allan, diz que é comum casais por uma noite lhe endereçarem mails, A ligação entre fotografia digital para verem retiradas fotos suas e a internet, o esplendor da vida menos próprias, com receio nocturna na actualidade e uma de serem descobertos pelos maior apetência para o hedonismo, parceiros. Seja como for, o objectivo são factores que ajudam a explicar é captar a essência de festa, o que está a acontecer. obtendo pequenos momentos, inesperados e emocionantes. O lema do americano Clayton Hauck, com 15.000 visitas diárias A ligação entre fotografia digital e a no seu sítio da Net, é capturar o “espírito de internet, o esplendor da vida nocturna na diversão, mas de modo realista.” As fotos actualidade e uma maior apetência para de festas converteram-se num género em o hedonismo, são factores que ajudam a explicar o que está a acontecer. Num curto si mesmo. De tal forma que nos próximos meses está previsto que sejam lançados, não espaço de tempo, as galerias online que só livros de alguns destes fotógrafos, mas documentam de forma, mais ou menos também de clubes como o Boombox ou Miss artística, as noites de gente jovem e Shapes. A próxima vez que saires à noite, não moderna, converteram-se numa autêntica te esqueças de levar a tua câmara digital. festa virtual. O formato .jpg revolucionou a fotograwww.alexgerry.com fia nocturna e a noite em si. É como se a www.thecobrasnake.com Internet fosse a nova discoteca global. www.everyoneisfamouse.com As pessoas arranjam-se para sair à noite www.dirtydancing.com para saírem favorecidas nas fotos dispos14 Guia da Noite Lx magazine


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Animal Social » Eles andam aí. Aliás, há muitos anos. É por isso que passaram a ter um estatuto especial.

As Noites Longas de

Jorge Palma Noitadas, desgarradas, cantorias e conversas intermináveis são constantes mais ou menos previsíveis na vida de um músico, profissão que, pelo menos no nosso imaginário, se quer boémia. Texto»

A meio caminho entre o baladeiro lírico e o bandoleiro mal comportado, Jorge Palma, senhor que dispensa grandes apresentações, já fez muitas vezes das suas noites os seus dias, e vice-versa: “A malta começava a tagarelar no Porão de Santos, via nascer o dia e depois a lua e novamente o sol, quase sem dar conta.” Copos e conversas que, caso as paredes tenham ouvidos, só elas, provavelmente, poderão recordar. Muitas das suas letras e melodias são inspiração de noites longas e mal dormidas, esse estado de semi-vigília que é tão fértil nos meandros da criatividade e que, recentemente, no caso deste nosso animal

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Patrícia Brito Fotografia» Rita Carmo

social, deu frutos, transformando-se num novo disco intitulado, nem de propósito, Voo Nocturno. E porquê? Porque se fosse um animal, Jorge Palma seria com certeza um bicho noctívago, planando com as asas abertas sobre o seu território: a cidade. Neste preciso instante, virada a noite na Zambujeira do Mar, Alentejo, onde se encontra de férias, o compositor e cantor está à beira de um ataque de nervos. Na sua cabeça feita de belas e rítmicas melodias e no seu ouvido, habituado a escutá-las,


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Animal Social

restaurante e café que serve de grelha de partida para os copos e conversas que irão prolongar-se noite fora. Noutros tempos, quando tocar na rua ainda era “o pão nosso de cada dia” — literalmente — Jorge Palma abandonava-se à vertigem da dança nos locais da moda. Primeiro o 2001, em Cascais, mais tarde o Frágil, santuário da devoção de toda uma geração de boémios, artistas, intelectuais e não só. Hoje, dançar continua a ser uma ecoam os sons desgovernados de uma hipótese, mas só no MusicBox, regresso rebarbadora, tortura que poderia ter eviinesperado a uma zona da cidade que já tado se tivesse aproveitado o sossego da deu cartas no mundo underground e que noite para dormir em vez de ficar “à convolta a estar na crista da onda. Essa onda, “varia consoante o sítio” e também passa pelo Dançar, rir e conversar são, de resto, glamour cosmopolita do inconhobbies de longa data deste músico, tornável Lux. não tivesse ele pedido a cantar Dançar, rir e conversar são, “Deixa-me rir” ou “Dá-me lume”, de resto, hobbies de longa data gestos típicos da noite. Aliás antes deste músico, não tivesse ele de se lançar neste Voo Nocturno, pedido a cantar “Deixa-me rir” Palma havia já homenageado a sua ou “Dá-me lume”, gestos típicos errância tardia com o álbum de 1985 da noite. Aliás antes de se lançar intitulado O Lado Errado da Noite. neste Voo Nocturno, Palma havia já homenageado a sua errância tardia com o álbum de 1985 intitulado O Lado Errado da Noite. E qual será o certo? “O que fizer sentido num dado momento versa” na casa de Tim, frontman dos Xutos da tua vida.” Como agora para ele faz sene Pontapés e seu vizinho ocasional nestas tido acabar com a tormenta provocada pela paragens. Não é o único. Por esta altura, na Casa do rebarbadora, pegar na toalha e ir dar um mergulho à praia com uma directa em cima. Capitão, varanda com vista para a imensidão do mar, passaram já outros pesos pesados da música nacional, como Gabriel Gomes, ex-Madredeus, ou Flak (Rádio Macau e Micro Audio Waves). Aqui, longe das múltiplas possibilidades nocturnas da capital, o ponto de encontro é o Sargo, 18 Guia da Noite Lx magazine


Seis grandes escritores emprestam as suas palavras. Seis actores de renome entregam-se de voz e alma. Seis magn铆ficos contos ganham vida.

As boas hist贸rias ficam no ouvido

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DJ Shot / VJ Shot » Quem é aquela figurinha escondida ali atrás? Retratos da noite escritos de um trago.

DJ Lady G. Brown

Fotografia» Luísa Ferreira

DJ Lady G. Brown Idade: 36 Origem: Angola Tipo de música que toca: reggae, dancehall, funk, etc Onde actua: MusicBox, MexeCafé, Bicaense Shot preferido: B’52

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Reggae é paz, mas ao mesmo tempo é também revolta, crítica, protesto. Acima de tudo, é liberdade. “We free the people with music”, dizia Bob Marley há alguns anos atrás. Hoje, Lady G. Brown quer passar a mesma mensagem. A filosofia reggae é uma das suas principais inspirações, embora não se limite a tocar este estilo de música criado nos anos 60 pela classe trabalhadora jamaicana. Funk, Jazz, Afro-beat são outras das correntes que mais rodam nos pratos de uma apaixonada por música e dança. E pelas pessoas. Lady G. Brown gosta de ver toda a gente a dançar e é isso que tenta fazer nos locais lisboetas onde tem residência: MusicBox (duas vezes por mês), Bicaense (entre duas a três vezes) e MexeCafé (uma vez). Durante o dia, trabalha no restaurante La Moneda, onde também é a responsável pela escolha musical. Estreou-se como Dj no Bob Rasta e já passou por templos como o Jamaica, o Souk, o Europa ou o Clube Naval. Experiência marcante teve em Innsbruck: no dia a seguir à actuação no Nu.Topia Bar, ao passear pelas ruas daquela cidade austríaca, foi cumprimentada por várias pessoas que ainda tinham na memória os bons momentos da noite anterior…


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DJ Shot / VJ Shot » Quem é aquela figurinha escondida ali atrás? Retratos da noite escritos de um trago.

VJ Alatak Idade: 31 anos Origem: França/Portugal Tipo de estética: animações, estética urbana e orgânica Onde actua: na maioria dos espaços nocturnos da capital Shot preferido: vodka pura

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VJ Alatak

Fotografia» Luísa Ferreira

Uma batida forte ecoa na sala. O volume de decibéis atinge níveis impensáveis e ninguém consegue estar parado. Mas, de repente, apercebemo-nos de que estamos constantemente a olhar para o ecrã. As imagens são fortes, originais, cativantes. Perguntamos quem é o VJ de serviço? Alatak!, respondem-nos de forma seca, como se fosse impossível não conhecer ainda este profissional de origem francesa que há mais de dez anos está radicado em Lisboa. E sem parar. Já actuou (e continua a actuar, com regularidade) nos principais espaços nocturnos da capital, como o Lux, Op Art, MusicBox ou Incógnito. Começou na Expo’98, com actuações no palco 6, e, desde então, é presença incontornável nas noites da cidade. Colaborou com bandas como os Mão Morta, Micro Audio Waves, The Gift ou Rádio Macau e, regularmente, participa nos concertos dos Tape Loading Error e dos Bad Lovers & Hysteria Ibérica. A acompanhar música electrónica, cria efeitos hipnóticos como ninguém. Intensidade, muita intensidade. Com as imagens de Alatak sentimos melhor a música. Entramos na música. www.myspace.com/alatak


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Radar » A teia já é gigantesca, mas não pára de crescer. Ao acaso, damos uns cliques na rede.

Radar A teia já é gigantesca, mas não pára de crescer. Ao acaso, damos uns cliques na rede. Neste número o tema é Música para todos os gostos. MySpace (www.myspace.com) Para a música moderna, esta foi a invenção mais importante depois da electricidade. Aqui podes ouvir e ler tudo sobre a maior parte das bandas e projectos de que gostas. Enviar-lhes mensagens e entrar no seu grupo de amigos. Esqueçam o novo testamento – o MySpace é a bíblia dos nossos dias. Anywhere (www.anywhere.fm) A partir de agora podes guardar todas as tuas músicas num site e aceder à tua playlist a partir de qualquer lugar do mundo. Espaço ilimitado para armazenamento de ficheiros. Last FM (www.lastfm.com.br) Escreve o nome da tua banda favorita e a Last FM encarrega-se de criar uma estação de rádio que toca apenas o que tu gostas. Podes também criar um perfil e interagir com pessoas que tenham gostos semelhantes ao teu. Magwerk (www.magwerk.com) Um grupo de noruegueses têm uma revista de música que é do melhor que podes encontrar na Internet.

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Radar (www.blogradar.blogspot.com) O nome é o mesmo, mas não se trata do blog desta secção. É “apenas” uma das melhores rádios portuguesas. Blitz (blitz.aeiou.pt) Nunca se ouviu uma revista assim…! Agenda de Concertos (www.epilepsiaemocional.org/agenda) A mais completa agenda de concertos do país. Rock em Portugal (www.rockemportugal. blogspot.com) O museu do rock português. Bilhetes, capas de discos, fotos de concertos e de promoção, está lá tudo sobre os “dinossauros”. Belleruche (www.myspace.com/ belleruche) Ella Fitzgerald, Jimi Hendrix e Faith No More fazem parte do grupo de influências desta banda inglesa. Dizem que tocam “Turntable soul music… seja lá o que isso for”. Dead Combo (www.deadcombo.net) Este duo lisboeta tem um dos sites mais originais da rede. Entra e viaja por entre as sombras da cidade…



Ficheiros Secretos » Favoritos? Quem os não tem? E segredos? Aqui, alguns ficam a nu.

Os Favoritos de Fernando Alvim Idade 33 » Profissão: animador de rádio e televisão

Sites: www.fernandoalvim.com www.revista365.com www.termometro-online.com Blog: esperobemquenao.blogspot.com Música 1.Jeff Buckley: www.jeffbuckley.com 2. Astor Piazolla: www.piazzolla.org 3. Beastie Boys: www.beastieboys.com Notícias 1. The Onion: www.theonion.com 2. Sic Notícias: sic.sapo.pt/online/ noticias 3. www.comedycentral.com Arte & Cultura 1. Alexandre Soares Silva: soaressilva. wunderblogs.com 26 Guia da Noite Lx magazine

2. The Why Files, Science Behind the News: whyfiles.org 3. 1 Pouco Mouco: 1poucomouco.blogspot.com Revistas 1. Revista 365: www.revista365.com 2. Wallpaper: www.wallpaper.com 3. Playboy: www.playboy.com Blogues 1. Estado Civil: estadocivil.blogspot.com 2. Olhe que não, shô Doutor! Olhe que não...: olhequenao.blogs.sapo.pt 3. Diário Dócil: diariodocil.blogspot.com Outros 1. The “un”Oficial Barry Website: www. davebarry.com 2. Copy, Right?: copycommaright.blogspot.com



Vida Dupla » De dia, vestem um papel. À noite, transfiguram-se.

O Errante

Texto» Maria Veloso Fotografia» João Silveira Ramos

Nuno Lopes, 29 anos, actor e Dj.

É cool e não faz disparates Nuno Lopes anda a dar música pelo menos em dois bares de Lisboa. Actividade que classifica como um escape. Por um lado, ocupa mais uma vez o tempo livre das pessoas, por outro, durante estas horas lúdicas esvazia a cabeça do trabalho de actor. “No deejaying há um lado muito matemático, aliás os meus amigos dizem que não lhes ligo nenhuma porque fico absolutamente dominado pelos pratos e pela mesa de mistura”, ironiza. Apesar de toda esta mise-en-scène não se considera um Dj “à séria”, uma vez que não se dedica em exclusivo a este modo de vida. De resto, “o amor à música, a vontade de divertir as pessoas e de criar uma noite especial” é semelhante ao de qualquer outro Dj. Nas noites em que trabalha neste “ofício” podemos vê-lo carregadíssimo

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com a toda a sua colecção de vinis e CD’s “às costas”. Já no espaço, olha em volta e por pura intuição escolhe o ritmo que lhe parece servir melhor a vontade dos presentes. “Funk ou Hip Hop” que segue para caminhos mais electrónicos, ou para outros mais comerciais, têm é de condizer com o registo da noite em questão. O Nuno aceita “discos pedidos” desde que façam sentido naquele set. Tirando os momentos em que está a estudar ou a ver filmes até às tantas, raramente se fecha em casa. Além de dar uma perninha no deejaying, quando precisa de desopilar anda de bicicleta ou senta-se numa esplanada e fica a ver passar pessoas. Quando vivia naquele país distante que é a infância, via-se longe dos palcos e perto do fundo do mar. Primeiro quis ser biólogo marítimo como Jacques Cousteau. Desistiu porque ficou impressionado com “um documentário sobre os biólogos marinhos


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Vida Dupla portugueses que estavam a limpar os esgotos no Tejo”. Decidiu enveredar pela pintura mas “não tinha muito jeito.” Resolveu atacar noutra frente artística e começou a tocar guitarra. Desaguou inevitavelmente nas bandas de garagem. Os concertos em ponto pequeno mostraram-lhe não só que sabia lidar com o público, como lhe deram noções de palco e musicais. Mas, na altura, mais importante que isso tudo foi arranjar amigos porque era extremamente tímido e solitário. “Tinha receio que as pessoas não gostassem de mim e isso fazia que eu me fosse adaptando a elas, sem nunca ser muito extrovertido. Não era de todo o rapaz mais popular”.

“Tinha receio que as pessoas não gostassem de mim e isso fazia que eu me fosse adaptando a elas, sem nunca ser muito extrovertido. Não era de todo o rapaz mais popular”.

Se hoje a timidez está praticamente vencida, constata que o facto de ter sido sempre um bocado esponja o ajudou imenso na formação de actor, sem considerar esta sua valência muito saudável. O facto de desde os doze anos ter mudado seis vezes de escola deve ter tido a quota parte de responsabilidade neste comportamento que se projecta ainda actualmente. “Faz-me muita confusão estar preso a um sítio. Estou aqui no Chiado há um ano, no próximo dificilmente continuarei aqui.” É este espírito errante, meio cigano, que adquiriu na adolescência que o impede de se vincular, por exemplo, a uma Companhia 30 Guia da Noite Lx magazine

de Teatro. Lida mal com a obrigatoriedade e tem a certeza de que se sentiria preso se fosse um actor cativo numa estrutura deste tipo. Agrada-lhe mais a novidade e o facto de poder descobrir coisas novas. O reverso da medalha é haver momentos em que “é duro não se saber o que se vai fazer a seguir”, até porque qualquer trabalho pode ser o último. Depois nem todas as propostas são exequíveis, mas fazendo um balanço geral não se “pode queixar de falta de trabalho”. Talvez por essa razão continue a inventar superstições várias. Uma diferente para cada espectáculo. Esclarece que estes rituais prendem-se com questões de insegurança: não parece, mas ainda se sente muito inseguro como actor. E essa insegurança transforma-o num animal perfeccionista. Em 2005, para adquirir o ar desesperado de Mário, o pai do filme Alice, inventou uma dieta que constava apenas de galões e maçãs. “Normalmente as pessoas a quem dou entrevistas omitem que essa dieta não me fez nada bem”. Ficou num estado lastimável porque a personagem que vestia tinha de parecer “magra, extenuada e esfomeada”. Por não gostar de estar agarrado a um único registo, não se decide se gostou mais de trabalhar com o Herman ou com o Luís Miguel Cintra, “gosto de saltitar entre a dança, o teatro e o cinema”.


Diz com uma certa pena que o primeiro copo de vinho nunca sabe bem, por isso sempre que prova o néctar dos deuses sente esse constrangimento. Já na óptica do Dj a melhor coisa que lhe pode acontecer é estar a pôr música no meio de pessoas bebidas. “Os portugueses têm um problema: só dançam se estiverem bêbados. São muito introvertidos”. Apesar desta abstinência, Nuno dança imenso e já sentiu na pele o olhar reprovador das pessoas por não cumprir estas regras invisíveis. Atreve-se a invadir um recinto vazio de danças e obriga-se a dançar, mas às vezes a pressão é tanta que se sente envergonhado e pára. Afinal, ele não é só um tipo que está

“Comecei a ler tarde, aos dezassete, dezoito”. O género eleito eram peças de teatro, nunca foi grande adepto de romances. Curiosamente participou recentemente na gravação da colecção de audiolivros “Livros Para Ouvir”, da editora 101 Noites, ao lado de grandes nomes do teatro como Eunice Muñoz, João Perry, São José Lapa, José Wallenstein e Alexandra Lencastre. Sente-se não só orgulhoso, como “a jogar na melhor equipa”. Um desafio incrível que lhe “correu muito bem”. Nuno confessa que nunca ouviu um audiolivro, mas espera que a moda pegue, e conta “Quando me convidaram para este que um amigo seu dos EUA por projecto pensei logo nas filas de “ouvir livros” no carro a caminho trânsito do IC19, se aquelas pessoas do trabalho acabava por “ler” ouvissem um audiolivro por dia, cerca de três livros por semana. liam imenso” “Quando me convidaram para este projecto pensei logo nas filas de trânsito do IC19, se aquelas pessoas ouvissem um audiolivro por dia, liam imenso”, graceja. a dançar, é o Nuno Lopes. Muitas vezes Dá muito de si em tudo aquilo que faz, apetecia-lhe fugir desta “personagem” e por isso é inevitável carregar consigo a mudar de cena. Refere, no entanto, que é energia das personagens que veste. Um agradável reconhecerem o seu trabalho. dos últimos que fez era um actor falhado “ É muito engraçado, tenho um público alcoólico que desistia da vida e Nuno muito diverso. Há pessoas que falam do andou a carregar esse fardo durante uns programa da Maria, outras do Herman, há tempos. Andava em baixo, cabisbaixo, mas ainda outras que só me viram na novela do sóbrio. “Não bebo álcool. Nunca apanhei Brasil. Depois há um público que só me viu uma bezana na vida”, garante. Nem fuma no Alice ou no teatro. E é maravilhoso sentir cigarros ou amigos dos cigarros. Foi uma que gostaram do meu trabalho”. Só não opção para não correr riscos porque se gosta que invadam a sua vida privada. acha uma pessoa muito viciável, apesar de não ser nada de que se orgulhe. “Gostava de poder beber o meu vinhinho e até fumar um charrinho, mas sinto que não posso.” Guia da Noite Lx magazine 31


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Zoo Urbano » L embras-te daquela noite em que…

Odeio os Domingos Uma dor de cabeça gigante acorda-me à bruta. O corpo que me carrega ferve tanto que parece uma destilaria de whisky escocês. Um cheiro pestilento teima em galopar pelas narinas acima. O cérebro lateja ou será falta de massa encefálica? Isto foi tudo provocado por mim? Que nojo. Nunca, mas nunca mais bebo. Que grande desgraça. Está escuro, mas conseguem-se ver as frinchas dos estores do meu quarto. Engraçado, ontem o quarto não tinha estores, nem nenhum mapa mundi pendurado na parede cheio de pioneses fluorescentes. Aiiiiiiiiii, grande merda! O quarto não é meu! Às apalpadelas encontro um interruptor, ligo-o. Um foco de luz fere-me os olhos. A ressaca manifesta-se como uma chapada na cara. Do outro lado de um triângulo que é o espelho deste bunker matinal, vejo-me com umas olheiras escuras até ao umbigo. Feia, com má cara e dores pelo corpo todo. O meu corpo quase putrefacto está à mercê de um domingo radioso. Que mania a das pessoas darem cabo dos domingos. Aos domingos pode-se fazer tanto como aos sábados, com a pequena ressalva que há sempre uma segunda-feira malvada à espreita. Desde que se ignore o pequeno

Micro-conto» Maria Veloso Ilustração» Alexandre Cortez

apontamento mencionado na frase anterior, os domingos podem correr tão bem como os sábados e estes, por sua vez, podem ser tão de ressaca quanto os domingos. Ainda não são 11 da manhã. Tomo um duche rápido na casa-de-banho alheia da tal casa aparentemente vazia. Cobardemente não procuro grandes explicações para ter vindo aqui parar, e raspo-me o mais depressa possível para não ser apanhada por um pai ou uma mãe de um jovem adulto armado em adolescente que teima em não sair da casa materna. Já no vão da escada cruzo-me com uma senhora loura cheia de sacos plásticos estupidamente parecida com a brasa com quem estive a “flirtar” ontem à noite. Lembro-me então do rapagão académico que me dava mojitos sempre que o copo cheio de hortelã se esvaziava. Não me consigo lembrar do nome dele, por mais que me esforce. Voo escadas abaixo na esperança de não ser interpelada por mais nenhum familiar da casa onde fiquei “hospedada”. Sou mesmo horrível. Já a apanhar o ar fresco na tromba vejo que estou numa rua lúgubre do Bairro Alto. Por ali jazem garrafas partidas e copos de plástico sem eira nem beira. Se fosse Guia da Noite Lx magazine 33


Zoo Urbano uma rapariga devota e temente ao Senhor penitenciava-me na Igreja do Loreto, como não sou, dou meia volta e rumo ao Vertigo. A eminência de trincar uma tosta de chèvre com legumes assados e de beber um suminho de ananás com cenoura deixa-me bastante feliz, apesar da minha roupa da véspera amarrotada a cheirar a tabaqueira nacional. Depois de engolir tudo de enfiada, apanho todos os flyers que posso à procura de um domingo divertido. Não encontro nenhuma actividade que me encha por aí além as medidas. Respiro fundo. E a suspirar que nem uma Madalena arrependida desço à pata até ao Terreiro do Paço. Enfio-me no primeiro eléctrico que me aparece à frente até Belém para ver se as frondosas copas das árvores dos jardins me massajam os caracóis. Vou com os olhos postos no rio a tentar sentir-me ao máximo uma turista dentro da cidade; proíbo-me de pensar noutro dia que não este. Entro no Museu da Electricidade à procura de Yoga. Tinham-me dito sobre estas sessões para equilibrar a alma, ainda por cima gratuitas. Grande azar o meu. Haver, havia, mas para pessoas que acordam a horas de gente (quem quiser frequentar as sessões são às 11 da manhã no Amo-te Tejo). Tento atirar uma pedras ao rio e fazer ricochete como aquela menina do filme francês, mas não é nada fácil. Não resisto a um pastel de Belém e, de rabo caído, caminho de volta puxada pela brisa do Tejo até Alcântara. Há milhares de coisas para fazer aos domingos em vez de ficar esparramada no sofá de casa a comer a televisão. A remar contra a maré e ainda em cima dos saltos altos da noite anterior com retroactivos de dor, resolvo apanhar um autocarro para as Janelas Verdes. Saio perto da Madragoa. Ironicamente, é na rua da Esperança no Convento das Bernardas onde vive o Museu da Marioneta que me sinto subitamente em casa. É que 34 Guia da Noite Lx magazine

ao lado das marionetas indonésia e birmanesa sou um simples fantoche prestes a descalçar-se. No fim desta viagem aos calabouços da infância dou de caras com os bonecos da curta portuguesa A Suspeita. O olhar apaziguador da Esmeralda engana-me mais uma vez. Dou-me ao luxo de apanhar um táxi até Alfama. As bolhas que crescem nos meus pés que nem cogumelos fizeram uma petição nesse sentido. Parece que perguntavam: Porquê Alfama? Eu, resoluta respondi-lhes: porque é domingo! O homem do táxi, cheio de brilhantina passada a pente fino, não parece melhor que eu, cheira a mofo e a charuto. Onde é que a menina quer ficar e quase me come viva quando lhe digo onde lhe der mais jeito. A história está mesmo ali ao virar da esquina. Duas comadres de meia idade digladiam-se por causa de um tal Faustino. Fico com um certo receio que me convidem para atirar a moeda ao ar. Doem-me os pés, as costas e a alma. Quero ir a casa tomar um banho, comer uma sopa instantânea e ir ao Purex “cortar os pulsos” com a ajuda de um Red Mint. A minha bebida favorita. A jornalista Maria Veloso brindou-nos com este micro-conto que inaugura a secção Zoo Urbano. Também queres participar? Envia-nos um micro-conto sobre uma história na noite de Lisboa com um máximo de 5.000 caracteres para redaccao@guiadanoite.net. Os micro-contos mais criativos poderão ser lidos em www.guiadanoite.net.



Mercado Livre » Eles tiveram ideias originais que transformaram em negócio. Ora vê lá se te interessa…

Tuppersex Me liga, vai...! Texto» Patrícia Brito

Essências afrodisíacas capazes de fazerem ressuscitar um morto, óleos eróticos que tornam a pele lisa como seda, outros que servem para estimular os mamilos, um gel para lubrificar a vagina e muito, muito mais.

em que os maridos se agarravam pelo estômago, eis que surge um novo conceito: o das tuppersex. Ou seja, inofensivos lanches em que o mulherio continua a reunir-se, não para comprar tupperwares ou para trocar receitas, mas para assistir Nas malas vermelhas das demonstradoras a uma demonstração de adereços e de tuppersex cabe tudo e um par de brinquedos sexuais e para, inevitavelmente, algemas, verdadeiras sex-shops ambulantes falar de sexo. para raparigas que vão para todo o lado, O sistema é o mesmo de antigamente, mas que preferem evitar os embaraços das mas os ingredientes são bem mais picantes. lojas e os olhares lascivos dos homens de Alguém junta em casa um grupo de bigode que espreitam os peep-shows. amigas e convida uma demonstradora de Mas estamos a falar de quê? De um novo tuppersex para animar a sessão, depois conceito de chá tupperware, aquela moda é só esperar que ela comece a tirar da irritante do século passado em que uma cartola, ou da mala, cosmética erótica e data de mulherio se reunia para tomar chá objectos estimulantes para todos os gostos e para ver serem-lhe impingidas uma série como chicotes, óleos alquímicos, tintas de caixas de plástico com fins culinários. comestíveis e fatos de tigresa. Ora, como já vão bem longe os tempos 36 Guia da Noite Lx magazine


Segue-se o capítulo dos brinquedos que inclui coisas tão mirabolantes como o baton 007, um pequeno vibrador de mala em formato de baton, ou um coelhinho transparente que se enfia no pénis, ou no vibrador, para estimular o clitóris. A sessão termina com direito a bolinha no canto superior direito, à medida que de dentro da mala vermelha da demonstradora saem os objectos mais quentes. Vibradores e dildos de todas as cores e feitios. Uns com formato para estimular o clitóris, outros desenhados para o ponto mais famoso do mundo, o G, outros ainda que resistem à água e Alguns objectos dentro da mala: podem levar-se no bolso. Esponja-morango com vibrador para usar no Importadas dos Estados Unidos, as banho » 18 € | Gel pele de seda para deixar a pele tuppersex são actualmente moda na macia » 17 € | Óleos corporais com vários sabores Europa, tendo-se tornado na coquee cheiros (5 frascos) » 50 € | Pincel e tinta de luche das despedidas de solteira chocolate para desenhar a pele e lamber » 33 € em Espanha. A Portugal chegaram, Kit tigresa com lingerie e máscara de tigre » 16 € é claro, pela mão de uma brasileira: Chicote de couro negro » 16 € | Caixa com vibrador Gisele. Atreve-te!: 91 407 6261 Estes e outros objectos também podem ser adquiridos em: www.lamaletaroja.com

e dildos de vários formatos » 30 € | Rabbit anel para aplicar no pénis e estimular o clitóris » 18 € Baton 007 vibrador para o clitóris » 18 € | Vibrador para estimular a vagina e o clitóris » 45 € Vibrador de bolso para estimular o ponto G » 35 €

Bolas de gueixa para ter prazer e reforçar os músculos pélvicos » 20 €

Plumas coloridas para acariciar o teu par » 2,95 € Anéis de pénis para que a erecção do homem seja mais duradoura » 11,95 €

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Vibrawhip palma com a ponta em forma de mão » 49,95 €

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Metropolis » Será que o circo é mesmo o maior espectáculo do mundo?

conceituado festival, organizado por Javier Muñiz Briongos há mais de uma década no famoso bar madrileno, traz a Lisboa uma Este ano o festival DocLisboa terá lugar na selecção dos melhores filmes a concurso. Culturgest de 18 a 28 de Outubro e promete “Madrid me mata”. Se quiseres ficar a par revelar alguns dos mais importantes filmes da programação completa do festival, fica atento ao nosso site. multi-premiados internacionalmente. São onze dias de projecções em regime intensivo que incluem também debates de reflexão sobre o estado do mundo Wordsong e a situação do cinema documental no Grande Auditório do CCB contemporâneo. O festival terá, além da Culturgest, novos espaços de projecção Considerados pela imprensa estrangeira nas duas salas do Cinema Londres, estando como “o melhor projecto de poesia reservada para o Cinema São Jorge uma multimédia europeu”, os Wordsong têm novidade: a Maratonadoc, selecção dos conquistado inúmeros fãs em Portugal 15 filmes preferidos dos comissários a e no estrangeiro. O próximo espectáculo mostrar, non stop, no último dia do festival. em Lisboa terá lugar no CCB, no dia 21 de www.doclisboa.org

5º Festival de Cinema Documental - DocLisboa

Festival de Cultura Espanhola no MusicBox Se gostas de Espanha, de música e cinema, não podes perder o Festival de Cultura Espanhola, de 21 a 24 de Novembro no MusicBox. Para além das imperdíveis bandas de funk, novo flamenco e rock que por lá irão passar, ainda poderás ver as Cortometrajes de La Boca Del Lobo. Este 38 Guia da Noite Lx magazine

Dezembro e contará com vários músicos convidados, entre eles Nuno Rebelo e Vítor Rua. Se ainda não conheces este projecto, espreita o site www.101noites.com onde poderás escutar algumas músicas e ver um excerto de um vídeoclip.


Para tirar as dúvidas convém ir vendo outras coisas de vez em quando…

de ser realizado entre 14 de Setembro a 14 de Novembro. Os filmes seleccionados pelo júri do Festival de Microfilmes de Lisboa (Julião Sarmento, António-Pedro Vasconcelos, Edgar Pêra, André Carrilho, Rui Reininho, David Fonseca, entre outros) Programação da Culturgest serão exibidos num grande ecrã a 1 e 2 de Setembro a Dezembro Dezembro no Cinema São Jorge. Fica a saber mais em: http://microfilmes.sapo.pt. Ninguém fica indiferente aos espectáculos do Faz o filme, faz o festival! colectivo belga C. De la B fundado por Alain Platel. Finalmente poderão revê-los na Culturgest no dias 12 e 13 de Outubro: “Import Export”, encenado por Loen Augustijnen, desafia-nos a viajar até Concertos a não perder! aos limites da condição humana. Mas Caetano Veloso a programação da Culturgest para a 12 e 13 de Out., 22h @ Coliseu dos Recreios rentrée possui muitas outras propostas Bilhetes 20€-60€ interessantes como a peça “Estudo sobre Medeia”, encenada por António Latella (29 Nov. a 1 Dez.), e as exposições “Museus do século XXI” (8 de Dez. a 3 de Fev.) e “The Atlas Group 19892004” (29 Set. a 30 Dez.), na qual Walid Raad nos relata uma parte da história contemporânea do Líbano. Toda a programação em: www.culturgest.pt

David Sylvian 21 Out., @ CCB Patti Smith 28 Out., 21h30 @ Coliseu dos Recreios Bilhetes 25€-30€ Rufus Wainwright 6 Nov., 21h15 @ Coliseu dos Recreios Bilhetes 25€-35€ Interpol 7 Nov., 21h @ Coliseu dos Recreios Bilhetes 25-28€

Festival de Microfilmes de Lisboa As Produções Fictícias lançam um repto a todos os cidadãos-cineastas: agarra no teu telemóvel, máquina fotográfica digital ou vídeo e realiza um microfilme com o máximo de 3 minutos. O upload do microfilme terá

Da Weasel 10 Nov., 22h @ Pavilhão Atlântico Bilhetes 15€-25€ Marilyn Manson 19 Nov, 20h30 @ Pavilhão Atlântico Bilhetes 25€-35€ Xutos & Pontapés 8 Dez. @ Praça de Touros do Campo Pequeno Descobre a agenda completa de concertos no site www.guiadanoite.net Guia da Noite Lx magazine 39


Best Of Sabores Gourmet bica do sapato No restaurante mais “in” da capital, Fernando Fernandes e José Miranda apostaram numa ementa variada e criativa que contrasta com a decoração um tanto ou quanto “design” do espaço. Para além das excelentes especialidades nipónicas servidas no sushi bar do piso superior, e da ementa a preços mais justos da cafetaria contígua ao restaurante, podemos deliciar-nos com pratos tão esotéricos como: ravioli de caranguejo com molho de gaspacho, trouxas de caracóis, filetes de peixe-galo sobre ostras e espinafres com tomate fresco assado. Tudo isto confeccionado pela mão apurada do chefe António Alexandre que tem o poder de transformar um mero jantar numa experiência gastronómica inesquecível. Reservar é imprescindível.

bica do sapato {Sta. Apolónia} Av. Infante D. Henrique, Arm. B, Cais da Pedra 21 881 0320 © Rest.: 12h30/14h30; 20h/23h30 © Café: 12h/15h30; 19h30/00h30 - Domingo; 2ª ao almoço €€€€

flores Numa reinterpretação do “antigo hotel da baixa” que ali funcionou até ao final do século passado, o novo Bairro Alto Hotel aposta numa estética contemporânea, misturando obras de artistas plásticos portugueses com um passado romântico. No restaurante Flores, a receita é a mesma. Arcos de pedra com portas de inspiração colonial e painéis de azulejos são a entrada para um universo que, tal como as propostas culinárias, aponta para outras paragens, misturando os universos asiáticos, com os mediterrânicos e, claro está, com os portugueses. Da ementa — que varia ao sabor dos produtos de cada estação — destacamos o risotto de mariscos, os filetes de garoupa com chouriço de porco preto e as inolvidáveis sobremesas como o creme brulée de erva limeira e framboesas ou o panacotta de baunilha com sopa de morangos macerados. Um exercício inspirador do chefe Luís Rodrigues.

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flores {Bairro Alto} R. das Flores, 116 21 340 8252 © 12h30/15h; 19h30/23h €€€€



Best Of Sabores do Mundo ozeki Quando abriu há já alguns anos, conquistou de imediato os amantes da gastronomia nipónica pela excelente relação qualidade/preço.

ozeki {Alcântara} R. Vieira da Silva, 66 213908174 © 12h/15h; 19h30/23h30 - Sábado; Domingo ao almoço €€€

Hoje continua a servir sushi e sashimi, mas sem algum do requinte dos primeiros anos. Para além das usuais variedades de peixe cru, podem também experimentar-se outras especialidades japonesas, como fondue ou tempura. O famoso pão-de-ló acompanhado do gelado de feijão é a terminação certa e acompanha muito bem com os ambientes estilizados nipónicos. Apesar da concorrência dos seus congéneres, o Oseki continua a ser uma excelente opção para um jantar de degustação de especialidades japonesas a preços compatíveis e num ambiente familar.

velha gruta O Velha Gruta, um dos mais concorridos restaurantes do Bairro Alto, continua a ser um porto-seguro para um bom jantar num ambiente acolhedor.

velha gruta {Chiado} R. da Horta Seca, 1B 21 342 4379 © 20h/24h - Domingo €€€

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A clientela, constituída em grande parte por actores, músicos, jornalistas e afins, e o ambiente de festa são alguns dos ingredientes de sucesso deste restaurante localizado em plena Praça Camões. Depois de algumas obras de remodelação, a ementa também foi revista e melhorada continuando, contudo, a propor saborosas viagens pelas especialidades de diferentes países com destaque para a cozinha francesa: salada de chèvre chaud ou de gambas e frutos exóticos, pannelito de legumes, salmão em “papillote”, confit de pato ou de bacalhau. Os proprietários, Pierre e Laure, decidiram redecorar a sua casa inspirando-se nas cores e materiais da Provença francesa tendo-a tornado ainda mais acolhedora e irresistível. Convém reservar mesa.



Best Of Sabores Típicos santo antónio de alfama Um dos restaurantes mais bonitos e charmosos de Lisboa, o Santo António de Alfama é já um clássico da noite alfacinha. A nova gerência – Miguel Melo, Francisco Salvador e José Pedro Vasconcelos – soube sabiamente conservar os ingredientes que tornam este espaço irresistível: três salas em andares distintos, fotografias de artistas a forrar as paredes, ambiente acolhedor e muitos petiscos originais. Da ementa destacam-se os bifes, mas para uma opção mais ligeira podemos sempre “picar” algumas das deliciosas entradas (cascas de batatas fritas, morcela com puré de maçã, cogumelos salteados, salada com nozes e roquefort, entre outras). E já agora, o bolo de chocolate é irresistível! No Verão, a esplanada é uma excelente opção para um jantar em ambiente castiço.

santo antónio de alfama {Alfama} Beco de S. Miguel, 7 21 888 1328 © 12h/15h; 20h/2h - 3ª €€€

a camponesa Conhecida há longa data por muitos frequentadores do Bairro Alto, a Camponesa mudou de gerência, de decoração e de ementa. Com uma localização privilegiada, a caminho do Adamastor e de Santa Catarina, não estranha que se tenha transformado num dos pontos de encontro dos noctívagos lisboetas. Acolhedora, com uma excelente relação qualidade preço e uma decoração despretenciosa, A Camponesa aposta numa ementa muito diversificada que alia os sabores da gastronomia portuguesa aos de outras paragens mais exóticas. Da ementa destaca-se: o bife de atum em cebolada, a alheira de caça, o couscous, o bacalhau com grão, as costeletas de borrego grelhadas, as massas e saladas. Aconselha-se reserva ao jantar.

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a camponesa {Bairro Alto} R. Marechal Saldanha, 23-25 21 346 4791 © 12h30/15h; 19h30/23h - Sábado ao almoço; Domingo €€



Best Of Noites Glamour frágil Os tempos vão mudando e aquela que continua a ser a discoteca porto-seguro do Bairro Alto vai-se adaptando às novas tendências da noite.

frágil {Bairro Alto} R. da Atalaia, 126 21 346 9578 © 23h30/4h - Domingo; 2ª

Sem perder a identidade própria, continua a ser obrigatório no circuito gay-friendly, mas aqui nem todos os gatos são pardos. A agenda de festas, as remodelações regulares e programação musical de qualidade encarregam-se de trazer gente de todas as espécies e feitios. Da poesia de Mário Cesariny à música de J.P. Simões, passando por lançamentos de livros, todos os eventos reflectem o bom gosto e o espírito empreendedor dos seus gerentes. Ricciardi, Murka e Kaspar são os homens do leme da cabina de som, que tem recebido os principais produtores da música electrónica contemporânea.

arena lounge O bar-esplanada Arena Lounge é a coqueluche do Casino de Lisboa. Concertos imperdíveis, Dj’s e Vj’s de renome, uma tentação para os noctívagos!

arena lounge {Parque das Nações} Casino de Lisboa, Alameda dos Oceanos Lote 1.03.01 21 892 9046 © 15h/3h

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Localizado no espaço central do Casino, permite a comunicação entre a zona de espectáculos e a sala de jogo. Neste bar, os 120 lugares sentados estão distribuídos por três plataformas giratórias, que rodam em sentidos inversos. No tecto, a uma altura de 24 metros, uma espécie de bolacha, apta a subir e descer, serve de palco a animações musicais, circenses, stand-up comedy ou a eventos de moda. O espaço é em si mesmo um acontecimento feito para desfrutarmos do fim do dia ou para entrarmos desvairados pela noite fora. E quem é que ainda não foi lá assistir a um concerto à borla ou beber uma cerveja e relaxar antes de apostar o subsídio de desemprego no blackjack?



Best Of Noites Cool bicaense café É um caso de persistência. O Bicaense continua a oferecer o mesmo ambiente e programação musical de qualidade com que se afirmou, quando Mikas se transferiu do bar-cabeleireiro W.I.P para a porta mesmo em frente. Com mais uma sala aberta, funcionando quer como discoteca, quer como spot de concertos, a Bica está normalmente a escaldar de gente. Conhecido além-fronteiras, o Bicaense é uma das paragens obrigatórias da noite de Lisboa. Frequentado por músicos, artistas, estilistas, actores, jornalistas ou meros noctívagos, é difícil resistir ao ambiente acolhedor e familiar. Além disso, foi aqui que decorreram as famosas LisboaJazzSessions que ofereceram à cidade o melhor jazz contemporâneo. Mikas, o homem do leme, continua a fazer mexer as noites diferentes de Lisboa e promete surpresas para a rentrée.

bicaense café {Bairro Alto} R. da Bica Duarte Belo, 42 21 325 7940 © 20h/02h - Domingo; 2ª

purex Um bar-dançante que, apesar das dimensões despretenciosas, veio animar as noites de dança do Bairro Alto. Desde a sua abertura, o Purex conquistou de imediato gregos e troianos, homens e mulheres, noctívagos convictos ou meros curiosos. Entre os ingredientes que ajudaram a fazer a casa, destacam-se o cardápio de Dj’s regulares, as festas temáticas e, claro, o ambiente informal cujo lema é “todos diferentes, todos iguais”. Ou seja, um dos poucos bares gay-friendly da zona onde toda a gente se mistura, dança, conversa e se diverte. As festas surrealistas, os cocktails e a simpatia das proprietárias são condimentos universais e assim se vai marcando de forma indelével a vertigem da movida lisboeta.

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purex {Bairro Alto} R. das Salgadeiras, nº 28 21 342 8061 © 23h/4h - 2ª



Best Of Noites de Dança lux-frágil Três andares, três ritmos, um só lema: sofisticação. Não há quem resista à discoteca mais famosa da capital.

lux-frágil {Sta. Apolónia} Av. Infante D. Henrique, Arm. A 21 882 0890 © 18h/6h - Domingo; 2ª

O Lux continua a ser o destino para diversas “faunas” da cidade, sendo agora frequentado por uma clientela mais ecléctica do que nos seus primórdios. No piso inferior, a pista de dança encontra-se invariavelmente apinhada a partir das 3h da manhã. No piso intermédio, as batidas são mais suaves e moldam-se às imagens passadas pelos Vj’s de serviço. Na esplanada do piso superior, as noites de Verão decorrem com os olhos postos no Tejo, mesmo ali à mão de semear. A programação musical é, provavelmente, uma das melhores da cidade. A não perder a novas Lux Jazz Sessions, excelentes concertos de jazz contemporâneo, todas as quartasfeiras até Dezembro 2007.

bbc - belém bar café Antigo restaurante italiano Spazio Evasione, o BBC é o restaurante-bar-dançante eleito pelos mais “bem” da cidade e conta com o actor Paulo Pires entre um dos muitos sócios.

bbc - belém bar café {Belém} Av. Brasília, Pavilhão Poente 21 362 4232 © 20h/3h - Domingo €€€

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Bonito, mesmo em frente ao Tejo, e com uma enorme varanda, ideal para quando a temperatura começa a subir, o BBC é o ponto de encontro perfeito para dois dedos de conversa “tá a ver?!”, para aderir ao ritmo das sonoridades eclécticas passadas pelos Dj’s de serviço, ou para ficar de ouvido colado à música ao vivo, a partir das 23h30, dançando na pista improvisada com vista para o rio. Frequentado por muitos VIP’s e caras conhecidas da TV e da moda, o BBC revitalizou a noite da zona ribeirinha de Belém.


Seja responsável. Beba com moderação.

www.finestclubbinseason.com


Best Of Noites ao Vivo musicbox A completar um ano de existência, o MusicBox conquistou um público assíduo e muito ecléctico, transformando-se num dos espaços nocturnos mais “in” de Lisboa. Situado no edifício do antigo Texas Bar, este bardiscoteca tem-se afirmado como promotor das novas tendências urbanas que marcam o ritmo da capital. Com uma intensa programação de concertos, festivais e eventos, o MusicBox tem recebido no seu palco artistas nacionais e internacionais, Dj’s e Vj’s de renome e festas temáticas como as já famosas Songs From Outer Space e Guest Star. A original intervenção a nível de arquitectura de interiores conseguiu criar ambientes distintos aproveitando alguns elementos da antiga casa, como as belíssimas arcadas em pedra. Este é um espaço multicultural que já dá cartas, das altas, na dinamização de um dos pólos nocturnos mais promissores da capital: o Cais do Sodré.

musicbox {Cais do Sodré} R. Nova de Carvalho, 24 21 347 3488 © 23h/6h - Domingo a 3ª

maxime Uma instituição entre os noctívagos mais experimentados que recentemente reabriu as portas e que tem, como principal animador, o músico, artista plástico e eterno candidato à Presidência da República, Manuel João Vieira. Com mais de duas décadas de existência, o Maxime continua a ser palco de shows “quentes’ mas agora de outra índole. A sua programação de concertos de bandas portuguesas e de cinema “à borlix” transformou o Maxime num dos espaços nocturnos mais requisitados de Lisboa. Reabilitou músicos caídos no esquecimento, como José Cid e Vítor Espadinha, e é hoje uma das salas de concertos mais divertidas da capital com uma frequência inusitada e muito ecléctica. Depois de alguns meses encerrado, ei-lo de volta para grande contentamento dos inúmeros fãs!

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maxime {Av. Liberdade} Pç da Alegria, 58 21 346 7090 © 22h/6h - Domingo



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Guia » Este é um excelente apanhado de moradas da noite de Lisboa. Para profissionais e não só.

Uma noite com Tó Trips

Músico dos Dead Combo Paragens obrigatórias Esplanada: Noobai Café Restaurante: Sushi bar (Bica S.) Bar: Bicaense Discoteca: Lux

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Uma noite com

Margarida Vila-Nova Actriz

Paragens obrigat贸rias Esplanada: DeliDelux Restaurante: Casanostra Bar: Majong Discoteca: Lux

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Uma noite com

Cláudia Efe Vocalista dos Micro Audio Waves Paragens obrigatórias Esplanada: Café Royale Restaurante: Luca Bar: Funicular Discoteca: Lux e MusicBox

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Uma noite com Miguel Melo Actor

Paragens obrigat贸rias Esplanada: Adamastor Restaurante: Sto. Ant贸nio Alfama Bar: Majong Discoteca: MusicBox

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Uma noite com Rute Marques Modelo e actriz

Paragens obrigat贸rias Esplanada: Noobai Caf茅 Restaurante: Sto. Ant贸nio Alfama Bar: Bicaense Discoteca: MusicBox

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Mercearia ( R. da Madre, 72 - Madragoa | 21 397 7998 | © 12h30/15h; 19h30/23h | Domingo ao almoço; 3ª | €€ Mini -Mercado w  Av. D. Carlos I, 67 - Santos | 96 045 1198 | © 22h/4h| - Domingo; 2ª Picanha (Santos) ( R. das Janelas Verdes, 96 - Santos | 21 397 5401 | © 12h/15h; 19h30/ 24h | - Sábado; Domingo ao almoço | €€€

Senhor Vinho ( R. do Meio à Lapa, 18 - Lapa | 21 397 2681 | © 20h/2h | €€€

XL ( Cç. da Estrela, 57 -63 - São Bento | 21 395 6118 | © 20h/24h | - Domingo | €€€€

Sushi Lounge (Estado Líquido) ( w   Lg. de Santos, 5 A Santos | 21 397 2022 | © 20h/3h | - 2ª | €€€

Yasmin ( R. da Moeda, 1 A Santos | 21 393 0074 | © 19h/2h | - Domingo | €€€

The Loft w R. do Instituto Industrial, 6 - Santos | 21 396 4841 | © 24h/6h | - Domingo a 4ª Tromba Rija ( R. Cintura do Porto de Lisboa, Edifício

Uma noite com

Zocco Ultra Lounge ( w   R. Cintura do Porto de Lisboa, arm. H - Santos | 21 395 5875 | © 20h30/2h | - Domingo | €€€

Voa para o nosso site e descobre os textos e fotos destas e de muitas outras moradas da noite

Zé Pedro

Músico dos Xutos & Pontapés Paragens obrigatórias Esplanada: Doca do Espanhol Restaurante: Velha Gruta Bar: Incógnito Discoteca: MusicBox

Plateau w R. Escadinhas da Praia, 7 - 24 de julho | 21 396 5116 | © 22h/6h | - Domingo; 2ª, 4ª

254, Arm. 1 - Santos | 21 397 1507 | © 12h30/17h; 20h/24h | - Domingo ao jantar; 2ª ao almoço | €€€€

Porão de Santos  Lg. de Santos, 1 - Santos | 21 396 5862 | © 10h/4h; sáb. 19h/4h | - Domingo

Tuareg  Cç. Marquês de Abrantes, 74 - Santos | 21 397 6057 | © 18h30/2h

Pump  R. da Moeda, 1 K Santos | 21 397 2059 | © 11h/4h Refúgio das Freiras  Av. D. Carlos I, 57, Lj. 2 - Santos | 21 395 7968 | © 22h30/4h

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Varina da Madragoa ( R. das Madres, 34 - Santos | 21 396 5533 | © 12h/15h30; 19h30/24h | - Sábado ao almoço; 2ª | €€ Xafarix  R. D. Carlos I, 69 - Santos | 21 396 9487 | © 22h30/4h | - Domingo

w Discoteca ( Restaurante  Café  Bar © Horário - Dias de encerramento € até 10 euros €€ de 10 a 15 euros €€€ de 15 a 25 euros €€€€ de 25 a 45 euros €€€€€ acima de 45 euros


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