Guia da Noite Lx Magazine #6

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Tendências » Cultura Urbana » Música » Net » Sabores » Dj’s » Entrevistas

#4 - Outono #6 - ‘08 2009 » Distribuição » Distribuição gratuita gratuita

www.guiadanoite.net

Sam the Kid Festival Silêncio! Lisboa Capital da Palavra

OqueStrada Adolfo Luxúria Canibal Sexo Explícito »

Manuel João Vieira Guia » cafés | esplanadas | restaurantes | bares | discotecas


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Holofotes »

Amor em beats e rimas Texto» Patrícia Raimundo Fotografia» Pedro Cláudio

Não vota, nem sequer está recenseado. Diz que o voto é tão valioso que não vai desperdiçá-lo numa escolha por “exclusão de partes”. Sam The Kid faz das rimas e beats a sua arma política, mas quando é preciso também sabe falar de amor.

Sam The Kid tem uma obsessão por palavras. “Não leio livros porque me desconcentro. Se encontro uma palavra com que nunca rimei e que sei que faz parte do meu discurso natural, aponto-a e depois quando estou a fazer um tema vou ver aos meus apontamentos o que tenho”, explica. Do quotidiano do bairro de Chelas – “o berço” – , à prostituição, sem esquecer a política e até o próprio mundo do hip-hop, não há tema que escape ao sentido crítico de Samuel Mira. Para ele, a inspiração está mesmo em todo o lado e se os temas mais narrativos são coisas que vai “matutando durante um ano, dois”, as canções de amor fluem mais facilmente. Depois de Beats Vol. 1: Amor, que conta a história de amor entre os pais de Sam The Kid, e de um disco de rimas muito bem sucedido em 2006, o músico está já a preparar um novo álbum de instrumentais, mas desta vez o “romance” é outro. “Vai ser uma história de amor entre mim e o hip-hop. A história é sempre a mesma: boy meets girl, adoram-se, chateiam-se, mas continuam a gostar um do outro”. Guia da Noite Lx magazine 1


Holofotes

Qualquer romance tem doces e amargos, e o de Sam The Kid com a música não é excepção. “O que mais me deixa aborrecido é que algum pessoal, mesmo os iniciados no rap, não percebe… não percebe o hip-hop”. Quem já ouviu “Não Percebes” ou “Poetas de Karaoke” sabe bem do que se está aqui a falar: “Rappers hoje em dia são como a pornografia / Nem todos dão tusa porque há uma oferta em demasia”. A banalização da música, numa era em que tudo é fácil e acessível, preocupa-o. “Os putos de hoje nasceram com a Internet, não têm culpa, não têm de estar a ouvir as minhas histórias de sofrimento para conseguir comprar um disco, mas que há uma banalização da música, isso há. Isto é uma coisa muito triste, porque as consequências são horríveis: é a indústria da música a ir abaixo, números de vendas que nunca mais vão voltar a ser atingidos… A questão nem é o dinheiro, é a desvalorização da música. Eu próprio, como consumidor, caio nisso. Saco imensos discos! Dantes comprava um disco e ficava a ouvi-lo semanas, agora é difícil. Eu tento fazer álbuns que tu queiras ouvir mais do que uma semana”. Apesar de tudo, Sam The Kid não quer ter “o discurso de um velho”: “A net existe, eu também a uso como ferramenta, mas se me perguntasses se eu a desligaria, se tivesse o poder de fazê-lo, eu dizia-te logo que sim”. No novo álbum Samuel também quer “baralhar um pouco as pessoas. Muita gente não percebe o sampling, vêm-no como um roubo. Quero que as pessoas percebam que a arte não tem limites e o sample é uma arte, venha lá quem vier.” Sam The Kid diz que até nem se pode queixar: “O amor que recebo na rua e nos 2 Guia da Noite Lx magazine

concertos faz-me esquecer um pouco isto tudo. Já assinei discos gravados da net sem problemas”. E desengane-se quem acha que as suas rimas e beats só agradam a um tipo de pessoas: “Mesmo pessoal que nem ouve rap vem ter comigo e diz que ouve a minha cena. Eu recebo amor por parte de todas as áreas da sociedade, do ladrão ao polícia”. Samuel ri-se, é que não podia estar a ser mais literal: “Um dia fizeram uma rusga, neste mesmo jardim onde estamos. Um dos bófias chamou-me à parte – eu pensei que ele me ia revistar – e pergunta-me baixinho: ‘quando é que sai o teu próximo disco?’”. Para além do amor dos fãs, Sam The Kid tem sentido reconhecimento por parte de outros músicos, fora da cena hip-hop. Já foi convidado por João Gil para escrever uma letra para o disco a solo, mas a parceria que mais o marcou aconteceu com o fadista Jorge Fernando. “Ele é o meu mega-fã e eu sempre quis conhecer poetas”. Hoje são grandes amigos e quando vão juntos a Casas de Fado, os preconceitos desfazem-se. “Samuel, dá aí uma rima!”, pede sempre Jorge Fernando. “Eu dou uma à capella e eles ficam todos picados! Alguns nunca tinham ouvido rap! Uma vez disseram-me que parecia o corridinho do Algarve! E é aí que eles passam a respeitar-me, não posso pedir mais do que isso. Sempre quis ser aceite por outras pessoas fora do rap. Adoro colaborações porque me sinto lado a lado. Durante muitos anos as pessoas viam o rap como uma música menor, como uma poesia menor.” Dia 19 de Junho, a poesia de Sam The Kid pode ouvir-se no Festival Silêncio!, um evento que vai fazer de Lisboa a capital da palavra dita e trazer ao palco do MusicBox vários músicos slammers e estrangeiros.


Holofotes

Para o Festival Silêncio!, Samuel convidou o pai, o poeta Viriato Ventura, que já participou em alguns dos seus temas e em álbuns de outros músicos. “A essência do discurso dele é a mesma do rapper. Agora preocupa-se cada vez mais com a rima, sinto que posso tê-lo influenciado nesse aspecto”.

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#1H olofotes » Sam the Kid Amor em beats e rimas

#5M etrópolis » Festival Silêncio Quando a Palavra é Capital

#9A nimal Social » Adolfo Luxúria Canibal

# 12 A bsolut Poetry » Poetry Slam A Poesia Está na Rua!

# 14 R etratos da Noite » (Al) fama & proveito! O melhor de Alfama e Castelo

# 18 D J Shot » Mike Stellar À procura do beat perfeito

# 22 L usofonia » OqueStrada Para dançar e chorar por mais

# 24 Livre Trânsito » Body Art – Corpos mutantes

# 27 Work in progress » Lx Taster’09 – Fábrica de música

# 30 Zoom » Henrique Amaro Música para todos

# 32 Vida Dupla » Manuel João Vieira – Sexo Explícito

# 36 Radar » Terroir/Graffiti: Das ruas para a biblioteca

# 40 Best Of » Restaurantes, bares e discotecas

# 54 Guia » Directório das melhores moradas da noite de Lisboa

# 64 Banda Sonora »

Best Of

Playlist de Alexandre Cortez

# 40 Sabores Glamour # 42 Sabores Gourmet # 44 Sabores do Mundo # 46 Noites Trendy # 48 Noites Cool # 50 Noites ao Vivo # 52 Noites de Dança

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Este símbolo significa que podes ler as entrevistas ou artigos na íntegra e interagir com a revista. Voa para www.guiadanoite.net ou envia um e-mail para redaccao@guiadanoite.net Nota: Não nos responsabilizamos por eventuais alterações na informação sobre eventos e espaços seleccionados.


Metrópolis »

Festival Silêncio Quando a Palavra é Capital O que é que Rodrigo Leão, Adolfo Luxúria Canibal, DJ Ride, José Luís Peixoto, Olivier Rolin, Jorge Silva Melo, Sam the Kid, JP Simões, Marc-Uwe Kling e John Banzai têm em comum? O Festival Silêncio! O spoken word, os torneios de slam poetry e as novas abordagens da poesia e da palavra dita estão a pôr a cultura urbana mundial em reboliço e, em Junho, Portugal não vai ser excepção. Pelo menos, é esse o objectivo dos organizadores do Festival Silêncio! A editora 101 Noites, o MusicBox, o Goethe-Institut e o Instituto Franco-Português juntaram-se para criar um festival internacional que pusesse Lisboa no mapa destes novos movimentos urbanos e agitasse a

Texto» Ana Gíria

cidade em torno da palavra e das novas expressões artísticas a ela associadas. Para isso, convidaram um elenco de luxo, preenchido por alguns dos mais conceituados músicos, escritores e jornalistas portugueses, franceses e alemães. Para além dos debates e conferências em torno do audiolivro e da rádio arte, a programação do Festival Silêncio, que se desdobra pelas instalações dos dois institutos e do MusicBox, inclui leituras encenadas e reputadas performances de spoken word e de slam poetry. Ao palco do MusicBox vão subir alguns dos melhores espectáculos de spoken word nacionais: “Estilhaços”, de Adolfo Luxúria Canibal, “Os Malditos: Cesariny”, com Rodrigo Leão e Rogério Samora, e Al BertoPessoa, dos Wordsong (foto 4). Da Alemanha chegam As Crónicas do Canguru, o espectáculo spoken word do premiado slammer Marc Uwe-Kling (foto 5) e o Dj Bernd Kinski. Guia da Noite Lx magazine 5


Metrópolis

Outra das grandes surpresas do programa é o torneio de poetry slam que convoca todos os “poetas do dia-a-dia” a partilhar palavras em cima de um palco, durante 3 minutos. O concurso apresentado por JP Simões (foto 6), vai pôr em confronto poético 8 concorrentes, sujeitos às críticas de um júri cheio de caras conhecidas. O Festival Silêncio! é ainda pretexto para a apresentação e leitura encenada de audiolivros como Um Caçador de Leões, do reconhecido escritor francês Olivier Rolin, O Banqueiro Anarquista, de Fernando Pessoa lido por Filipe Vargas ou Um Estranho em Goa, de José Eduardo Agualusa.

Sempre de olhos e ouvidos postos na palavra, as noites Absolut Poetry continuam com os novos poetas urbanos, em performances de slam poetry. Sam The Kid convidou o pai, o poeta Viriato Ventura, a subir ao palco com ele pela primeira vez, na mesma noite do carismático slammer, poeta e cantor francês Jonh Banzai. Sob o lema “a poesia está na rua”, o Festival Silêncio! recebe ainda os Mc’s Ruas, Sagas, NBC e Bob Da Rage Sense, acompanhados por Dj Ride (foto 3) num “duelo poético-musical” onde o rap, hip-hop e beatbox se encontram.

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A não perder @ Goethe-Institut Portugal Entrada Livre 19 de Junho, 18h. “O Audiolivro: uma nova forma de leitura’’. Com Aurélie Kieffer, Francisco José Viegas, Kilian Kissling, Mafalda Lopes da Costa, Sandra Silva. Moderação: Oriana Alves.

@ Instituto Franco-Português Entrada Livre 25 de Junho, 22h30. Espectáculo de spoken word “Tout ira bien” por Alex Beaupain (foto 1), Kéthévane Davrichewy, Valentine Duteuil, Diastème.

19 de Junho, 19h. Lançamento do audiolivro O Banqueiro Anarquista de Fernando Pessoa (Ed. 101 Noites). Leitura encenada por Filipe Vargas.

@ MusicBox (10€) 19 de Junho, 23h30. Absolut Poetry – Poetry Slam. Com Sam the Kid, Viriato Ventura, John Banzai e Marc-Uwe Kling.

25 de Junho, 18h. “Criação e Produção de Audiolivros e Peças Radiofónicas: métodos, processo criativo e desenvolvimento de projectos”. Com Amélia Muge, António José Martins, Arnaud Cathrine, João de Sousa, José Luís Peixoto (foto 2), Leonhard Koppelmann. Moderação: Alexandre Cortez.

20 de Junho, 23h30. Spoken World: Al Berto e Pessoa por Wordsong.

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25 de Junho, 22h30. Spoken World: ‘’Os Malditos: Cesariny’’ com Rodrigo Leão, Gabriel Gomes, Rogério Samora e Viviena Tupikova. Toda a programação em www.festivalsilencio.com


Metrópolis

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Animal Social »

As situações limite colocam as coisas de uma forma mais clara, são situações de intensidade por excelência. Há ou já houve alturas no passado em que, em palco, cheguei a situações limite – ou mesmo as ultrapassei – mas regra geral o limite está minimamente bem controlado.

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Animal Social

Adolfo Luxúria Canibal “No palco tenho momentos de orgasmo” Texto» C. Sá Fotografia» Pedro Guimarães

Quando ele está em cima de um palco o tempo pára. Sussurra e logo a seguir grita. Esbraceja, dá murros no ar, arregala os olhos. Salta e dança como se o mundo estivesse a acabar. Como se estivesse disposto a morrer ali. A “brutalidade da música” soa a cerejas e agarra o público pela alma. Adolfo Luxúria Canibal diz que é um péssimo cantor. Mas o que é que isso interessa? Nada! Sentes-te mais um cantor, um actor, um poeta ou um político? De todas essas categorias, a que mais me poderia interessar seria a do poeta, mas não me sinto com engenho e arte suficiente para ostentar o título. Em relação a ser actor, penso que o que faço é mais interpretativo do que propriamente trabalho de actor. Político também não estou rigorosamente nada interessado. Gosto de

comentar o mundo que me rodeia, apenas isso. E quanto a ser cantor, não tenho voz para ser cantor e não me interessa sê-lo.

Não te vês como um cantor? Sou vocalista, o que é diferente de ser cantor. Fascinam-me alguns vocalistas, mais do que os cantores. E os vocalistas de que gosto normalmente até são maus cantores. És um bom vocalista e um mau cantor, é isso? Não sou um mau cantor, sou mesmo um péssimo cantor. Eu nem sequer o “Parabéns a Você” consigo cantar… Há partes dos concertos em que te libertas ao máximo. Chegas a transcender-te… Vivo a intensidade dos personagens, mas percebo o que está a acontecer no concerto, sei o que vem a seguir, não há uma transcendência, está tudo controlado. Há momentos de orgasmo, com algum Guia da Noite Lx magazine 9


Animal Social

“Estilhaços” no Festival Silêncio! “Estilhaços” é um espectáculo de Spoken Word em que Adolfo Luxúria Canibal lê alguns textos e poemas do seu livro homónimo, acompanhado ao piano e outros teclados por António Rafael. Integrado no Festival Silêncio! este espectáculo surgiu na sequência de um convite para uma das “Quintas de Leitura”, o nome das sessões mensais com que o Teatro do Campo Alegre no Porto homenageia a poesia e os poetas, e será apresentado no dia 19 de Junho, no palco do MusicBox.

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Animal Social

descontrolo, porque, por muito que saibas o que estás a fazer e por muito que saibas qual vai ser o final, o momento do orgasmo é sempre descontrolado. Mas é um descontrolo mínimo. Como podes explicar por palavras esses momentos? Sentes um prazer imenso? São momentos em que de repente a acção, que começa por ser controlada pela cabeça, deixa de obedecer à cabeça e passa ela própria a ser o motor do que vai acontecer a seguir. É quando o corpo te foge à cabeça. Quando isso acontece, estás em orgasmo. O que dá prazer, como é evidente… Estamos a falar de uma situação limite, algo muito abordado na obra de Mão Morta… Sim, é verdade, até porque é nessas ocasiões que as leituras são mais simples. As situações limite colocam as coisas de uma forma mais clara, são situações de intensidade por excelência. Há ou já houve alturas no passado em que, em palco, cheguei a situações limite – ou mesmo as ultrapassei – mas regra geral o limite está minimamente bem controlado. E fora do palco? Fora do palco não há situações limite, há um quotidiano vulgaríssimo. A única situação limite é a da pobreza quotidiana de qualquer cidadão deste país… ou deste mundo. Estás a dizer que a verdadeira situação limite pode ser encontrada na banalidade e na vulgaridade? Estou a falar numa situação limite de não-vida. De banalidade, de normalidade, não há maior limite do que isso.

Tens vivido intensamente? Vivi algumas coisas mais intensamente e outras menos, mas não me arrependo da minha vida, acho que está a ser uma vida boa. Trabalhei o mínimo possível e isso já é uma grande vantagem. O tempo que uma pessoa não passa a trabalhar passa a vivê-lo, e aí tenho entregue a minha vida mais à vida em si do que ao trabalho. São essas experiências limite que te dão a sensação de usufruíres a vida em pleno, de viveres realmente? Não é preciso haver experiências limite para haver a sensação de viver. Ver uma criança crescer, ou passear com uma criança, é uma sensação de viver realmente e está longe de ser uma experiência limite. Ou a melancolia de sentir o tempo a passar, isso é algo que pode dar um prazer imenso. Já tens 49 anos? Ou tens apenas 49 anos? Eu não penso em termos de idade. Sempre olhei para as pessoas de 40 ou 50 anos como pessoas velhas, mas de repente tenho essa idade e sinto-me como me sentia quando tinha 20. É muito difícil dizer o que é isso de ter 50 anos. Não faço ideia, francamente não faço ideia… Mas no palco não os tens de certeza… Se calhar tenho. Fisicamente já não tenho 20, o esforço físico é diferente e isso nota-se. Mas é secundário, a questão aqui é uma questão mental e eu, francamente, continuo a olhar para mim como olhava há 20 ou há 25 anos. * Lê a entrevista na íntegra em www.guiadanoite.net

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Absolut Poetry »

Poetry Slam A Poesia Está na Rua! Texto» Sandra Silva

público. Em breve, os concursos de Poetry Slam conquistam milhares de adeptos e alastram a muitas Emblema da cultura urbana, o Slam é um outras cidades norte-americanas, afirmannovo movimento urbano que dá primazia do-se como uma nova forma de arte. à palavra e aos poetas. O conceito do Poetry Slam é simples: basta escolher um tema, tratá-lo de forma Apesar ser ainda pouco conhecido em crítica e espirituosa, adicionar algumas Portugal, o Slam é já considerado uma das rimas e declamá-lo à cappella em apenas mais recentes e cosmopolitas tendências artísticas e, nos últimos anos, tem invadido três minutos no palco de um clube. Regra os palcos de inúmeros clubes e festivais de geral, o organizador elege um júri que atricidades como Nova Iorque, Berlim, Londres, bui pontos aos poetas (de 1 a 10) em função da qualidade do poema e da performance Amsterdão ou Paris. do poeta. Mas, tal como afirma Allan Wolf, Este movimento nasceu em Chicago um dos percursores do Slam e fundador no clube de jazz Green Mill Tavern, hoje considerado um verdadeiro templo para os dos Dead Poets, numa frase que hoje se tornou numa espécie de mantra para todos amantes desta nova arte de performance os slammers: The points are not the point; poética. Com o objectivo de dar um novo the point is poetry. Os encontros de Poetry impulso à poesia, Mark Smith, operário e poeta, decide organizar neste clube noctur- Slam têm sempre lugar em espaços públicos: clubes, cafés, salas de espectáculos, no, em Julho de 1984, um ciclo de leituras cinemas, livrarias, ou em espaços insólitos sob a forma de concurso, o Uptown Poetry como hospitais, mercados, prisões, jardins Slam. Inspirando-se na terminologia do baseball, Smith cria as regras básicas desta — levando deste modo a poesia a outro tipo de público e promovendo a palavra competição que pretende levar a poesia a dita e, claro, a leitura!. Neste sentido, o um público mais vasto e desafia os poetas a focarem-se naquilo que dizem e na forma Slam pode ser encarado como uma nova como dizem, distinguindo-se pela qualidade arma contra a iliteracia e uma forma inovadora de divulgar a poesia. dos textos poéticos e pela participação do 12 Guia da Noite Lx magazine


Absolut Poetry

Festival Silêncio! O Festival Silêncio! irá promover primeiro concurso de Poetry Slam em Lisboa e um espectáculo com grandes nomes do Slam nacional e internacional. 19 de Junho, 23h30 @ MusicBox / Absolut Poetry - Espectáculo de Poetry Slam com Sam the Kid (PT), Viriato Ventura (PT), John Banzai (FRA) e Marc-Uwe Kling (GER). 26 de Junho, 22h30 @ MusicBox / Absolut Poetry - Concurso de Poetry Slam com 8 participantes, apresentado por JP Simões e com um júri composto por 6 convidados. Toda a programação em www.festivalsilencio.com Guia da Noite Lx magazine 13


Retratos da Noite Âť

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Retratos da Noite

(Al) fama & proveito!

Texto» Maria João Veloso

Há os que se perdem em Alfama, outros que vão à procura de Abraão Zarco, personagem de O Último Cabalista de Lisboa, há também os que se encontram. É que Alfama está ao rubro como lhe mostramos. Continua fadista mas efervescente de programas e calendários musicais. Quer de noite, quer de dia, a labiríntica Alfama, das ruas e ruelas estreitinhas, faz lembrar uma típica aldeola. Com a particularidade de se ver enfiada no coração de Lisboa e com um pé metido no rio. As cavaqueiras dos nativos à soleira das portas tinem que nem fado. Se não têm alma de fadista as vidas que protagonizam quase que rimam e não falta o trinar de uma guitarra para compor o ramalhete. Alfama é castiça, misteriosa e fadista, mas ultimamente também modernaça, trendy e maravilhosa. Se por um lado as tradições são mantidas com as típicas casas de fados da qual se destaca na Rua dos Remédios, a Mesa de Frades, onde a já famosa

Carminho (en) canta todas as segundas-feiras, nas suas barbas, em pleno Museu do Fado, o sofisticado restaurante Casa de Fados também pode surpreender pelo ambiente minimalista com cadeiras Philippe Stark. Uma proposta possível pode ser visitar o Museu pela tarde dentro, e ficar para jantar tendo como banda sonora a voz de Celeste Rodrigues, de Beatriz da Conceição ou Pedro Moutinho. E para algo completamente diferente, neste caso nas franjas de Alfama, o Kuta Bar (foto), na Trav. do Chafariz de El-Rei pode, por artes mágicas, mandar-nos de forma harmoniosa para o Oriente. Durante o dia podem devorar-se deliciosos brunches com massagem incluída. No Kuta tanto dá para jantar, como apenas para beber um dos seus Guia da Noite Lx magazine 15


Retratos da Noite exóticos cocktails, como green lagoon, um bombástico cosmopolitan com gengibre. A cozinha é de fusão e soma de sabores “françaises”, portugueses e indonésios numa renovadíssima carta. A música veio também de Paris e no ar paira chill out de colectâneas de Buddha Bar, Café Del Mar ou Hotel Costes Collection. Se a atmosfera vos parecer zen demais, demasiado incenso para a cabeça, não há problema, ao que parece Alfama “é o bairro nocturno do futuro”. Ou do passado recente, ou do presente. No Tejo Bar, o “centro cultural mais escondido do mundo” realizam-se espontâneas jam sessions. Com sorte pode ouvir-se (e cantar) o “Façamos (vamos amar)”, versão do Chico Buarque de “Let’s Do It, Let’s Fall in Love” de Cole Porter. No meio de muitos improvisos e cigarros fumados, na rua debaixo da copa das árvores, há leitura de poemas. Note-se que neste bar, o serviço é inexistente. Temos que levantar o rabiosque ir atrás do balcão e servirmo-nos como se estivéssemos na nossa própria casa. No fim é não esquecer fazer as contas com o Mané do Café que o senhor é artista, mas não é parvo. Noutro estilo Thierry e Corinne Riou têm celebrado o jazz nacional e estrangeiro no OndaJazz. Além de se poder jantar até às onze da noite, este restaurante-bar no rés-do-chão de um velho prédio pombalino, pode assistir-se a espectáculos de grande qualidade musical. Já por ali passaram Carlos Barreto, Bernardo Sassetti, Luanda Cozetti ou António Zambujo. Democráticas as batidas espraiam-se por variadíssimos ritmos. Dos africanos aos orientais com especial incidência pelos tropicalíssimos do Brasil. Por falar nisso todas as terças-feiras há roda de choro no Lusitano Clube. O Choro, também apelidado de chorinho é uma música popular 16 Guia da Noite Lx magazine

brasileira com mais de 100 anos de vida. Se quiser saber mais sobre este ancestral ritmo que pode ter começado em 1808, ano da chegada da família real ao Brasil, rume ao número 81 da Rua São João da Praça. Para agradar gregos e troianos, no Lusitano o choro mescla-se com o tango, a polka e os ritmos populares nacionais. Para dançar de forma menos séria terá que ser no Arcaz Velho, onde desde Novembro passado se fazem patuscadas nocturnas num espaço minúsculo, mas com uma alma enorme. Para começar a catalã Sónia mima os convivas com as suas tapas absolutamente deliciosas que vão mudando conforme o seu estado de espírito e imaginação. Depois Vítor Andrade, Fernando Veiras, Sofia Petinga e João Araújo querem que se prove da sua açucarada anarquia. Os pares para a dança podem ser a boneca insuflável do canto, cabos de vassoura, ou imberbes flamingos feitos do mesmo material das bóias e das braçadeiras, a quem uma unhada mais afoita pode dar cabo da vida. Com o olhar posto nos telhados de Alfama está o Chapitô, a Escola de Artes Circenses de Lisboa. No pátio da escola há um bar, o Bartô, onde em cada noite se desenrola uma nova viagem. Os domingos são de Africanalidade, as quartas de jazz, as quintas de tango em milonga, as sextas de fado e os sábados são para os meninos debutarem no DJing. Ainda no mesmo espaço há o Restô, um restaurante-bar que possui uma esplanada onde pode-se desfrutar refeições ligeiras, mas é no primeiro piso que a gastronomia predomina com a criativa e diversificada cozinha internacional. A dois passos, o bar O Terraço (foto) situado no antigo Mercado Chão do Loureiro oferece deliciosos cocktails para acompanhar a vista sublime sobre a cidade branca. Agora a escolha é vossa!


Retratos da Noite

Q

O melhor de Alfama e Castelo Arcaz Velho {Bar} Cç. do Forte, 56 (Alfama)| 93 464 8364 | © 3ª a 6ª 12h/16h; 18h/2h; Sáb. e Dom. 18h/2h | - 2ª Bartô do Chapitô {Bar} R. Costa do Castelo, 1-7 (Castelo)| 21 885 5550 | © 22h/2h | - 2ª | U Casa de Fados {casa de fado} Lg. do Chafariz de Dentro, 1 – Museu do Fado (Alfama) 92 792 9224 | © 20h/2h | €€€€ Divina Sedução {restaurante} R. Augusto Rosa, 4 (Sé)| 21 888 8144 | © 12h/14h30; 19h/22h30 | - 3ª e 4ª ao jantar; Dom.; 2ª | €€€€ Faz Figura {restaurante} R. do Paraíso, 15 B (Alfama)| 21 886 89 81 | © 12h30/15h; 20h30/23h | - 2ª ao almoço | €€€ Kuta Bar {restaurante-bar} Trav. do Chafariz d’El-rei, 8 (Alfama) 96 795 7257 | © 3ª a Sáb. 15h/2h; Dom. 11h/18h| - 2ª | €€€€ Lusitano Clube {Bar} R. São João da Praça, 81 (Alfama)| 21 888 3190 | © 15h/24h | - Dom.

Mesa de Frades {casa de fado} R. dos Remédios, 139 A (Alfama) | 91 702 9436 | © 10h/2h | - Dom. e 3ª | €€€ Ondajazz {restaurante-bar} Arco de Jesus, 7 | 21 887 3064 (Alfama)| © 3ª a 5ª Dom. 20h/2h; 6ª e Sáb. 20h/3h | - 2ª | €€€ Parreirinha de Alfama {casa de fado} Beco do Espírito Sto, 1 (Alfama)| 21 886 8209 | © 20h30/2h | €€€ Pois, Café {café-restaurante} R. S. João da Praça, 93-95 (Sé)|21 886 2497 | © 11h/20h | - 2ª Santo António de Alfama {restaurante} Beco de S. Miguel, 7 (Alfama)| 21 888 1328 | © 12h/15h; 20h/2h | - 3ª | €€€ Tejo Bar {Bar} Beco do Vigário, 1 A (Alfama)| © 22h/2h | - Dom. Terraço (o) {Bar} Cç. Marquês de Tancos, 3 (Castelo)| © 12h/21h; Julho até 24h | U Viagem de Sabores {restaurante} R. São João da Praça, 103 (Sé)| 21 887 0189 | © 20h/23h | - Dom. | €€€

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DJ Shot »

Mike Stellar

Texto» Patrícia Raimundo

Mike Stellar Estilo de música » Nu-jazz, breakbeat, deep-house, hip-hop, techno de Detroit, drum ‘n’ bass, dub… Onde actua » MusicBox, Ko-Zee, Estado Líquido, Fluid, Mexe Café

À procura do beat perfeito Mike Stellar já era um consumidor obsessivo de música e coleccionava vinis “sofregamente”, mas o salto para as cabines de Dj deu-se por um feliz acaso… Era a primeira visita dos alemães Jazzanova a Portugal. “Num dos eventos, em Coimbra, não havia budget para um disc jockey abrir a noite, então fui eu! Juntei uns discos de que gostava e correu bem”. Correu tão bem que hoje pode dizer que já visitou meio mundo a pôr música: Hungria, Espanha, França, Inglaterra, EUA, Canadá, Alemanha, Áustria… Considerado um dos grandes impulsionadores da música de dança em Portugal, Mike Stellar começou como organizador de eventos de música electrónica. Fez rádio, foi um dos produtores executivos da Red Bull Music Academy em Portugal e programador em vários eventos, mas neste momento está mais concentrado na sua actividade como Dj. Com um gosto muito ecléctico, Mike Stellar faz do seu estilo “uma grande misturada”: “Não me limito só à música electrónica. Tenho uma paixão grande pelo jazz, música brasileira e africana em geral. Tento sem-

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DJ Shot

Peter Kruder, Two Banks Of Four ou Gilles Peterson também gosta de tocar em cidades mais pequenas, onde encontra um público muito receptivo. “Nessas cidades as pessoas estão mesmo expecMike Stellar tantes, estão ali para ouvir. É um espírito semelhante ao que encontro lá fora. Uma pre cruzar essas influências com música das coisas que mais me agrada ao tocar noutros países, principalmente em sítios moderna e isso acaba por ser a essência onde já há uma club culture instalada, é dos meus sets”. que muitas vezes nem sabem quem eu Põe música como se estivesse em casa, rodeado de amigos, e gosta de pensar nos sou, mas vão lá ouvir, entregam-se e só seus sets como uma “viagem de avião”: há ao fim é que tomam uma decisão: gostam ou não gostam”. que levantar voo devagar, subir ao ponto Miguel Bello a.k.a Mike Stellar vai mais alto e voltar a descer suavemente. “Tento sempre que os meus sets comecem embarcar agora noutra aventura, a criação da label Afrotuga. A editora, que calmamente, que haja um pico, mas no deverá ter os seus primeiros lançamentos fim não gosto que as pessoas saiam com até ao final do ano, “tem um conceito simaquela excitação, prefiro que saiam com ples: todas as faixas que sejam editadas, um sorriso nos lábios, devagarinho”. Para Mike Stellar a noite lisboeta está pelo menos para já, têm de ter alguma influência lusófona”. As edições não vão bem e recomenda-se. “Lisboa é uma ter suporte físico e vão estar à venda nas cidade excitante, e quem vem de fora nota isso. Temos excelentes disc jockeys, conhecidas plataformas on-line. “Já tive bons clubes e um bom público. É sempre altos preconceitos contra o digital, hoje possível em qualquer dia da semana ires em dia não. A música é que interessa, não a um sítio ouvir boa música”. Como anda o formato. Mas não vamos ser uma netlabel gratuita porque eu não acredito na sempre de um lado para o outro, o Dj cultura gratuita. Acho que quando gostas sabe como poucos quais são os pontos de uma música deves prestar homenafortes e fracos da noite alfacinha. Para gem ao artista e comprar a faixa. A venda além da quase inexistência de uma cultura de clubbing, Mike Stellar diz que directa continua a ser um meio legítimo”. Exclusivamente digital, a Afrotuga vai “faltam clubes de média dimensão. Em viabilizar projectos de novos artistas: “a Lisboa é tudo muito grande ou muito minha ideia é ir buscar miúdos novos, pequeno. Nesse aspecto, o MusicBox veio preencher uma lacuna que havia, os muito por influência do trabalho que fiz clubes médios para 200/350 pessoas, que com a Red Bull Music Academy. Encontrei pessoas a fazer coisas muito giras, muitas permitem criar cultos”. vezes num quarto qualquer, num canto O Dj que já esteve lado a lado com qualquer do país”. nomes internacionais como Jazzanova,

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Lusofonia »

OqueStrada Para dançar e chorar por mais Texto» C. Sá

Na música dos OqueStrada vêem-se as ruas de Alfama. Sente-se o mar de Cabo Verde e as farras dos Balcãs. Há Paris nos anos 40. Há Hermínia e Marceneiro, Kusturica e Tarantino. Há guitarra portuguesa a trinar, acordeão a bailar. E a contrabacia, uma espécie de contrabaixo feito a partir de um alguidar. OqueStrada é também a voz de Marta Miranda e o seu vestido às florinhas. Quem é a Marta? “Um bocadinho boémia e vadia”, segundo a própria, é alguém que “gosta muito da noite”. De andar pelas tascas a cruzar-se com “pessoas que não andam nos palcos, mas que têm um talento imenso”. É também por isso que tira tanto prazer da noite: como nos diz, “pela espontaneidade que há em encontrar pessoas talentosas”. Porque neste país, que “é muito preconceituoso e é ainda o país do doutor”, há muita gente que “não é académica e tem muito para dar”. Nos OqueStrada cabe o mundo todo lá dentro. Um mundo inventado a partir de “um subúrbio onde convivem ciganos, africanos e portugueses”. Uma “caldeirada de muita gente”, o que musicalmente tem sido inspirador para uma banda que também 22 Guia da Noite Lx magazine

muito tem bebido em cada sítio por onde passou nestes sete anos de existência. Têm andado a fazer-se ouvir de terra em terra, no que chamam o percurso da Estrada Nacional. “Uma viagem onde se tem outro tempo, mais lento, e onde há um contacto muito mais profundo com cada lugar”. Agora, se calhar, a viagem vai passar para a auto-estrada: até porque acabaram de editar Tasca Beat, o primeiro longa duração, que, entre outras, inclui as faixas “Oxalá Te Veja”, “Killing Me Song” ou “Fado Skazito”. Diz a vocalista que estas melodias “são para dançar e chorar ao mesmo tempo”. Há um lado de festa, de baile, de arraial, mas, ao mesmo tempo, uma certa melancolia. “Não é só a festa pela festa, há solidão e, lá ao fundo, um bocadinho de mágoa.” São ritmos feitos por pessoas que vêm de uma escola de espectáculo e que não têm a preocupação de fazer como os outros. Fazem à maneira deles. Não querem ser músicos, apenas fazer música. “É outro dó-ré-mi. É o dó-ré-mi do coração, da vontade e do pensamento”, explica Marta. Música feita por gente que sabe cantar, que sabe tocar, mas que também sabe que essa não é a condição principal. Importante é, sim, a disponibilidade para fazer música.


Lusofonia

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Livre Trânsito »

A body art opera uma ruptura nítida com movimentos artísticos anteriores subordinados às leis do mercado e que reflectem uma procura de reconhecimento e êxito social.

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Livre Trânsito

Body Art corpos mutantes

Texto» Natacha Gonzaga Borges

Aos estúdios de tatuagens e piercings chegam cada vez mais pessoas a querer desenhos tribais, caveiras, borboletas, letras góticas, japonesas ou árabes, entre outros motivos. O mesmo acontece com os piercings. Há quem goste do brinco pequeno no nariz; outros, um maior no sobrolho. E há quem os prefira no lábio, na língua, no umbigo, ou quem opte por colocá-los nos mamilos, no pénis ou na vagina. Resultado do caminho aberto pelo movimento cyberpunk dos anos 70, tatuagens e piercings passaram em poucas décadas de forma de expressão contra-cultura a corrente estética mainstream, não representando hoje, para muitos, mais do que um acessório de moda. Para outros, contudo, as possibilidades de intervenção no corpo ganham todos os dias novos contornos. A crescente adesão à Body Modification tem vindo a impulsionar um movimento mais amplo: a body art, que muitos já classificam de “extrema”. Na body art, o corpo é usado como uma “obra viva”. Ao sujeitá-lo a perfurações,

cicatrizes, cortes, queimaduras, próteses, implantes e cirurgias, o sujeito contraria a sua determinação genética, desmaterializa-se da sua parte corpórea, e torna-a/torna-se objecto, neste caso, da sua arte. A francesa Orlan, o americano Ron Athey, a argentina La Negra, ou o australiano Sterlac constituem alguns dos protagonistas mais visíveis deste movimento, pela forma como reconfiguraram os seus corpos através de cirurgias estéticas, implantes, acoplagem de membros, de sistemas robóticos e de visionamento do interior do corpo. As suas produções aproximam-nos de um cenário futuro potencial, de centros urbanos povoados de seres mutantes, híbridos, Guia da Noite Lx magazine 25


Livre Trânsito

a anorexia ou o jejum, formas pelas quais a superfície corporal não é directamente meio homens meio máquinas; um universo alterada, mas com efeitos físicos externos, de cyborgs, que pensávamos do domínio da como ganho ou perda de massa, gordura e ficção científica. E que nos deixa atónitos, músculos”, considera Fealherstone. pelo fascínio, mas também pela inquietude Actualmente, quem opta por alterar o que nos provoca, pondo em evidência outras corpo de forma “extrema”, é aquele que o formas de pensar o humano e o tecnológico. altera de forma não convencional, que opta O denominador comum dos diferentes pelo hardcore (o “pesado”), pelo que ainda estilos da body art, segundo Glusberg, “é a não entrou no mainstream e assim reforça proposta de fetichizar o corpo eliminando um discurso contra-cultural, de oposição qualquer exaltação estética à beleza”. As aos valores estéticos da modernidade. intervenções no corpo, particularmente as A maioria dos autores e adeptos englobam que deixam marcas inscritas com signos nesta categoria: a colocação de piercings em permanentes, “adoptam a pele como lugar lugares menos comuns – especialmente nos de escrita, subordinando esta ao dinagenitais –, piercings alargados, geralmente mismo da experiência corpórea”. no lóbulo da orelha (stretch), o branding Neste sentido, a body art opera uma (desenhos feitos com queimaduras de ruptura nítida com movimentos artísticos segundo grau), escarificações (desenhos anteriores subordinados às leis do mercado feitos a partir de cortes), implantes subcutâe que reflectem uma procura de reconheci- neos ou, ainda, o dermal anchoring (micromento e êxito social. dermal); técnica híbrida recente, entre os piercings e os implantes transdérmicos. Extreme body modification O termo, divulgado nos EUA na década de 70, Consulte o Anuário Tattoo & Piercing de 2008 em www.anuariotattoo.com refere-se a uma longa lista de práticas que incluem o piercing, a tatuagem, o branding, Algumas moradas em Lisboa: o cutting, as amarrações, as suspensões, Triparte – R. da Prata, 88-90, Baixa / El Diablo – as inserções de implantes ou mutilações. Lg. Rafael Bordalo Pinheiro, 30-A, Chiado / Queen “Mas a lista poderia incluir o body building, of Hearts – R. Luísa Todi, 12-14, Bairro Alto

Dicas Piercings - o formato deve ser simples, sem arestas ou lascas, sobretudo os orais e os genitais, para não traumatizar os tecidos. O material mais aconselhável é o titânio, ou então os de teflon ou bioplast.

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Remoção de tatuagens - o laser é o método mais eficaz de remoção, embora possa deixar marcas. O preço é 20 vezes superior ao da tatuagem.


Work in progress »

Lx Taster’09 Fábrica de música

Texto» Patrícia Raimundo

Durante 4 dias, mais de 50 amantes de música invadiram as antigas fábricas de Alcântara. O Guia da Noite juntou-se ao grupo de audioperários e também picou o ponto. A sirene ecoa por todo o edifício fabril. Arrumam-se discos em enormes malas arquivadoras, desligam-se portáteis, abandonam-se os postos de trabalho espalhados por toda a fábrica, suspendem-se conversas. Os audioperários apressam-se a subir as escadas em ferro. Está na hora da primeira lecture do dia e os horários são para cumprir. Por estes dias, a Lx Factory, em Alcântara, recebe o Lx Taster, uma amostra do que será a Red Bull Music Academy internacional, uma espécie de workshop musical gigante que todos os anos se instala, durante duas semanas, numa cidade do mundo. O objectivo é reunir Dj’s, Mc’s, músicos, produtores, engenheiros de som e outros jovens talentos emergentes da música urbana e convidá-los a trocar experiências em 4 dias intensos. Para isso,

a equipa do Taster remodelou uma das casas de máquinas abandonadas do complexo fabril que deu origem à efervescente Lx Factory. No meio de rotativas, máquinas enferrujadas e muito ferro, nasceram pontos de trabalho com todo o equipamento necessário à criação – mesas de mistura, computadores, instrumentos… –, uma área lounge para convívio e uma sala de conferências, com um sofá negro para receber os lecturers convidados. Acompanhado, como sempre, pela sua flauta, Rão Kyao é o primeiro a ocupar o sofá e em 90 minutos a sala viaja de Portugal ao Oriente. Os participantes ouvem deliciados histórias de rouxinóis – “os maiores músicos do planeta”, diz Rão Kyao –, de músicas para filmes de Bollywood ou de encantadores de serpentes. O músico português consegue por diversas vezes arrancar ruidosas salvas de palmas dos audioperários que se rendem à honestidade do seu discurso. Mesmo em frente ao sofá, numa mesa improvisada feita de pilhas de jornais, um sistema de som recebe as músicas de Rão Kyao e até uma versão de um tema seu feita por Kaspar, um dos participantes neste Lx Taster’09. Quando a música invade a sala, não há quem fique indiferente: abana-se a cabeça, Guia da Noite Lx magazine 27


Work in progress

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Work in progress ideia: “Ontem, no hostel onde ficámos hospedados, muitas pessoas ficaram à conversa até às tantas! Continuavam a falar de música!”. É esse o espírito do Taster, e de manhã bate-se o pé, os dedos tamborilam nos nota-se. Os audioperários começam a braços dos sofás. chegar aos poucos, uns mais agitados, À “hora da bucha”, e até que a sirene soe outros mais ensonados. A sirene não tarda outra vez, é tempo de recuperar energias e a ecoar e, depois das lectures da referência de retomar as conversas. Pela área lounge e internacional do dub Deadbeat e do “charna zona de trabalho, os audioperários pasmoso” Bonga, hoje o dia começa com uma seiam-se com discos de vinil na mão, outros presença de luxo. O músico etíope Mulatu com pratos e copos, alguns aproveitam para Astatke vem ao Taster falar sobre a imporpraticar técnicas de scratch ou para trocar tância da pesquisa na música, mas não só. impressões. “Se não souberes mexer num Alguns dos participantes reservaram-lhe equipamento, basta chamares alguém, uma surpresa: Motown Junkie, Stereosmesmo que não conheças bem, e dão-te logo sauro, X-Acto, Nery e Dj Ride fizeram as umas dicas na boa”. Para Nery, um dos Dj’s suas próprias remisturas de um tema do que participa nesta aventura, o ambiente de companheirismo O Lx Taster09 decorreu de 12 a 15 de que se vive no Taster não poderia Maio na Lx Factory em Alcântara e ser melhor. Para além da partilha juntou mais de 50 amantes de música intensa e dos contactos que se num workshop gigante. estabelecem, “temos acesso a material que de outra forma não teríamos”, aponta Jorge Vieira a.k.a Dj Klash. Embora o evento esteja mais voltado convidado. No final, Astatke e Ride trocam para a música electrónica, podem um abraço emocionado enquanto o resto encontrar-se por aqui pessoas que se movi- da sala aplaude de pé. mentam noutras áreas. É o caso de Tamin, À tarde, é a vez do rapper inglês Ty contar cantora dos Cais do Sodré Funk Connection, as suas histórias no mundo do hip-hop e de do guitarrista dos Groove4tet, Fred “FinPatrick Pulsinger comandar um workshop gers”, ou de Capicua, uma Mc do Porto: “Eu sobre produção. Mas nem tudo é trabalho sou um bocadinho outsider, porque estou nesta fábrica musical. Depois do expediente, mais na área das letras do que da maquios audioperários largam as máquinas e naria. Mas todo este conceito interessa-me preparam-se para a festa! Nas noites After bastante, a experiência completa a minha Work não há sirene a marcar horários, é a formação enquanto aspirante a música”. música e a dança que marcam o ritmo. Meio a sério, meio a brincar, Dr. Ki, Dj do Depois de um barbecue aberto ao público colectivo Breakfast, diz que esta é a primeira no último dia, a aventura Lx Taster chega vez que consegue “falar só de música sem ao fim. Para os 50 audioperários, isto é entediar ninguém!”. Nery ri-se e completa a apenas o início. §1 Guia da Noite Lx magazine 29


Zoom »

Música para todos Texto» Patrícia Raimundo

A série Optimus Discos é mais do que música à borla. É uma interessante montra da melhor música que se faz por cá e ainda aponta novos caminhos para a distribuição musical. Ou não tivesse o projecto a direcção artística de Henrique Amaro. Ao todo são 36 EP’s de novos artistas portugueses disponíveis para download gratuito e numa série limitada de 500 exemplares físicos (à venda na Fnac), com o “objectivo simples de levar a música às pessoas”. Henrique Amaro, a voz da “Portugália” e de tantos outros programas de divulgação musical, fez a proposta e a Optimus aceitou. O resultado é um projecto com cunho pessoal, uma continuação do seu trabalho enquanto divulgador. “As coisas têm de ter um sentido. Este projecto tem o meu sentido, é um projecto autoral, tem a minha marca”. Para Henrique, “a Optimus Discos tem um pé no comércio tradicional e outro naquilo que eu acredito que seja o presente e o futuro”. E o futuro passa, seguramente, por pensar novas formas de divulgar e distribuir a música. “Há 15 ou 20 anos, se uma banda não fosse contratada por uma multinacional, o futuro dela não existia. Hoje, mal do jovem criador que pense que, 30 Guia da Noite Lx magazine

caso uma editora dessas não o queira, ele não pode fazer uma carreira musical. Longe disso”. Foi a pensar nestes projectos que nem sempre conseguiriam ser viabilizados através dos meios mainstream que Henrique Amaro fez os convites e pôs em prática a ideia. O conceito é qualquer coisa como “tu não pagas, nós pagamos por ti”. “Toda a gente fica a ganhar. O patrocinador associa-se a uma geração e o artista viabiliza a obra e consegue uma promoção que sozinho não conseguiria, para além de ganhar o seu cachet”. A muitos fará comichão o facto de haver uma marca associada ao projecto, mas o radialista desmistifica: “O patrocínio só chateia quando se quer sobrepor ao criador. Agora quando o patrocinador ou o mecenas dá a possibilidade ao artista de fazer a obra que ele bem quiser, não vejo ninguém que se belisque com isso. Não é o facto de existir uma marca que lhe tira o lado independente”. Na Optimus Discos, o músico é dono das suas canções e há um princípio de co-responsabilização que dá aos artistas um papel activo em todo o processo, o que contraria a base da indústria discográfica tradicional. Apesar de não concordar com algumas facetas deste modelo de negócio, Henrique Amaro acredita que “ainda estamos numa vivência de realidades paralelas, nada se sobrepõe a nada”.


Zoom

Henrique Amaro » Optimus Discos Depois de Madame Godard, Tiguana Bibles, Dj Ride, Tó Trips & Tiago Gomes, The Bombazines e The Pragmatic terem inaugurado o projecto em Abril, a segunda série sai já este mês com os EP’s de Márcia Santos, Rui Maia, The Vicious Five, Real Combo Lisbonense, Mazgani e Bezegol. “O EP é um formato altamente contemporâneo. É mais barato a

produzir e exige um nível de concentração maior, porque são menos faixas. O álbum caiu um bocado em desuso. Na mente dos artistas provoca uma expectativa muito grande, é quase como um filho. O EP tem uma certa informalidade, é menos sério que o álbum e mais sério que o single”.

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Vida Dupla Âť

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Vida Dupla

Sexo Explícito

Texto» C. Sá

Em finais do século passado não eram poucos os adolescentes portugueses que esperavam pacientemente que as mães, pais, avôs e avós saíssem de casa para colocar, no leitor de cassetes ou no prato do gira-discos, a música mais sexualmente explícita jamais feita neste país.

Encaras o sexo sob uma perspectiva bastante natural, portanto… O sexo é um telecomando que Ena Pá 2000, o nome da banda, Projecto Ena nós temos, com um objectivo, que é o de Pá 2000 Project!, o nome do álbum. Manuel reproduzir a espécie. E esse telecomando tem que ser agradável, porque senão não se João Vieira, vocalista, entoava então pérolas como “Marilu”, cujo histórico refrão reproduzia a espécie. E depois dá para tudo… abordava uma variante pouco católica do É provavelmente o tema mais abordado acto sexual: “Marilu, diz-me se és mesmo na tua carreira… tu, Marilu, deixa-me ir-te ao…”. Entretanto, As minhas músicas são basicamente legou ao Mundo outras preciosidades infantis, escatológicas e estúpidas. E eu como “Bacamarte”, “Quero Foder Contigo” tenho orgulho nisso! Uma das coisas boas ou “Piça de Metal” e, portanto, na música que o sexo tem é a parte que está ligada ao portuguesa, poucos terão tanta autoridade riso. Tem muito a ver com as reacções das para falar dos temas que aqui lhe foram crianças quando começam a ouvir músicas propostos pelo Guia da Noite. malcriadas e que depois todas adoram cantar. E o que eu gosto é de fazer isso, mas Vamos falar de amor… e de sexo. num patamar mais adulto. O amor e o sexo são dois temas que se entrelaçam, pelo menos em determinadas O sexo é ainda demasiado tabu ou é partes da superfície. Há uma intersecção, falado como deve ser? como na geometria descritiva. Aliás, o sexo Eu diria… organizem-se! Quando o sexo é ele próprio uma intersecção, entre sólidos é demasiado exposto, quando o estímulo e outras figuras geométricas. é demasiado grande, o que acontece é que Guia da Noite Lx magazine 33


Vida Dupla deixa rapidamente de ser tão grande. Interessante é quando existe toda uma gama de estímulos, desde os mais pequenos e discretos até aos maiores. Agora, se nós andamos continuamente a ver filmes pornográficos, do princípio ao fim, às tantas habituamo-nos e começamos a reparar nas moscas que estão na sala. É preciso alguma arte!

O sexo é o leitmotiv de muitas canções, embora não tanto o sexo em si, mas, mais, a bestialidade e a obscenidade pela obscenidade.

Quando estás a cantar, preocupa-te o facto de, poderes estar a chocar alguns espíritos mais sensíveis? Quando estou a cantar não me preocupo com coisíssima nenhuma. Há um processo de automatismos que me transcende – e transcende toda a gente –, mas normalmente não tenho criancinhas na audiência. De qualquer forma, as criancinhas gostam de dizer caralhadas, obscenidades e fartam-se de rir com isso. Portanto… só podem gostar. O teu rabo apareceu recentemente em grande plano na televisão, na série “Um Mundo Catita”. Mostrar o rabo ao país deu-te prazer? Sinceramente, não é das cenas que mais aprecio na série. É uma parte do corpo como outra qualquer? É uma parte importante, porque se não tivéssemos cu, não cagávamos e acabávamos por explodir em merda. 34 Guia da Noite Lx magazine

Sexualmente, é a tua parte preferida? Sexualmente, a minha parte preferida são várias: há o sexo nasal, que é interessante, mas também o sovacal e ainda o auricular. Já tiveste experiências homossexuais? Que me recorde, não. E és muito assediado por homens? Há uns bêbedos muito chatos, mas dizem-me mais coisas do género, “Votei em ti!” E por mulheres? Por mulheres sou muito raramente assediado, mas gostava de fazer aqui um pedido público: se não se importam, podem-me assediar à vontade. Desde que tenham menos de 200 quilos e de 90 anos. E mais de dezoito, já agora… A tua posição preferida é a do missionário, presumo… Desde que não me faça mal às costas, porque estou um bocado gordo. Mas tenho um amigo que a posição que prefere é aquela em que está sentado e surge o fellatio. Porque aí ele não se mexe absolutamente nada. Eu não vou até esse extremo de não me mexer e não fazer nenhum, mas vou ter que emagrecer um bocado para praticar alguns malabarismos. Como está a tua vida sentimental? Um mar de lágrimas. Já sabes o que é o amor? Não faço a menor ideia. Mas acho que o amor é… um grande palavrão. É fodido? Fodido é outro palavrão, mas não é tão grande.


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Terroir/ Graffiti: das ruas para a biblioteca Craft e Anabela são artistas plásticos licenciados pela ESAD das Caldas da Rainha. Ele, graffiter, ela não. Ambos participam na exposição que durante este Verão estará dentro e fora da Biblioteca da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa Writer quer dizer escritor em inglês, mas na cultura graffiti trata-se de um “participante de graffiti, em qualquer das suas vertentes”. Ou seja, um writer é aquilo que se traduz na linguagem de todos os dias por um graffiter, mesmo que nunca tenha escrito uma palavra. Não é o caso do Craft. Desde os 17 anos a graffitar muros pelo país fora, reparte a sua intervenção entre a linguagem verbal e a expressão pictórica, na sua opinião duas faces da mesma moeda: “É obviamente uma atitude política, mesmo quando quem a pratica não tem consciência disso”. Aos 26 anos

Texto» Myriam Zaluar

e na posse de uma licenciatura em Artes Plásticas, a experiência de quase uma década nas sombras da contracultura por onde se move a somar à capacidade de teorizar sobre o fenómeno valeram-lhe o convite para “articular a dimensão particularmente imprevisível do projecto [Terroir/ Graffiti] e a realidade do graffiti como actividade”. O que, na prática, equivale a dizer que lhe coube conceber como se iria transpor para uma exposição uma actividade que ocorre lá fora, na rua, o local por excelência onde o graffiti é produzido. “Pareceu-me desde logo evidente que poderíamos fazer uma exposição ‘sobre’ graffiti, mas nunca ‘de’ graffiti. A solução passava pela elaboração de um vídeo”. Assim, Craft será o writer cujo percurso o documentário irá debruçar-se. A realização e produção ficou a cargo de Ricardo Reis, Guia da Noite Lx magazine 37


Radar

seu colega na Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha. Também licenciada na mesma escola, Anabela Santos, 25 anos, é a “artista plástica que aceitou o desafio de articular a sua linguagem com o mundo do graffiti”. O seu trabalho no Terroir/Graffiti irá declinar-se por três espaços distintos. O primeiro, Cronologia, trata do processo criativo e é “uma espécie de making of, mostrando o antes, o durante e o depois”. O terceiro é composto por “três painéis grandalhões”. Ao segundo, composto por 27 quadros de tamanho médio, deu Anabela o nome de Instalação, “Porque vai ficar mesmo instalado”, explica a artista.

tempo inteiro, mas não impede em nada a realização do que realmente interessa a Anabela: trabalhar nas suas peças. Muitas delas tentam dar novas leituras a objectos do quotidiano: cadeiras de baloiço e espelhos inspiram a jovem a criar coisas novas, que visam “provocar alguma inquietação”. Craft também tem uma actividade dita “normal”, que articula com a arte urbana. No dia-a-dia faz jogos de computador a 3D. Mas de noite continua a pintar muros, a grande maioria na Margem Sul, território da sua crew, os UAS (Us Against the System). Também se exprime através de outras linguagens, como a escultura, mas o graffiti é outra coisa. “É um impulso, sou eu, faz parte de mim”. Acredita Terroir/Graffiti estará patente de que se trata de uma “forma de 16 de Junho a 11 de Setembro na vandalismo”, embora “leviano”. Biblioteca da Faculdade de Ciências e Auto-intitula-se “criminoso Tecnologia da UNL. Mais informações intencional” e também “políem: http://sites.google.com/site/ tico em nome individual”. Diz terroirgraffiti/Home que o graffiti é político, tanto na forma como no conteúdo, embora seja de opinião que Para Anabela, as relações entre o seu o movimento tem vindo a perder força trabalho e o graffiti não são evidentes, mas nos últimos anos. Para tal contribuiu, na não parece inquietar-se muito com isso. Foi sua opinião, a aceitação gradual por parte o curador da exposição, Mário Caeiro, que, da sociedade em relação a uma forma de após passar repetidamente num corredor arte que é, por definição, contracultura: da escola onde a jovem tinha um trabalho “Virei-me para o lado ilegal do graffiti”, exposto, teve a ideia de a convidar a partiadmite. Para ele, aliás, não faz sentido de cipar do projecto. E a artista aceitou com a outra maneira. Por isso não poderia aceitar “naturalidade muito própria” que imprime uma encomenda. Se o fizesse, deixaria de ao trabalho que faz, algo que faz parte dela ser graffiti para passar a ser outra coisa. de forma tão profunda que já não sabe A mensagem que veicula é assumidamente quem nasceu primeiro. Faz serigrafia, anarquista. Por um lado, afirma: “Tenho fotografia, escultura, gravura. E como vive, consideração pelos sítios que estou a pinou sobrevive, uma artista plástica recémtar”. Por outro aceita perfeitamente que, se -licenciada? “Nas horas vagas trabalho alguém não gostar do que ele fez, “que vá lá numa livraria”, explica. É um emprego a e limpe ou que pinte por cima”. 38 Guia da Noite Lx magazine



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divina sedução {Sé} R. Augusto Rosa, 4 | 21 888 8144 | © 12h/14h30; 19h/22h30 | - 3ª e 4ª ao jantar; Dom.; 2ª | €€€€ A partir de um velho antiquário, Luís Miguel Caeiro e Paulo Cotrim de Almeida criaram um espaço gourmet, de estilo clássico. No Divina Sedução, a cozinha é intuitiva, sem se reger por nenhuma corrente ou estilo. Dos requintados pratos da ementa destacam-se as pataniscas de azeitona, o magret de pato, a torta de camarão ou as endívias com dois queijos.

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viagem de sabores {Sé} R. São João da Praça, 103 | 21 887 0189 | © 20h/23h | - Dom. | €€€ Mesmo ao lado da Sé, este simpático restaurante de cores fortes e iluminação ténue oferece uma original ementa de sabores exóticos: nems tailandeses, perninhas de rã à provençal, celoudka com salada de couve, atum com cobertura cítrica tailandesa, caril cremoso de tamboril, empanada mexicana, borrego à turca, cuscuz vegetariano. O conceito que preside a esta invulgar combinação de paladares dá pelo nome de “cozinha de fusão”. O resultado é surpreendente e quase sempre delicioso. 40 Guia da Noite Lx magazine


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alma {Santos} Cç.Marquês de Abrantes, 92 | 21 396 3527 | © 19h30/24h | - Dom. e 2ª | €€€€ Depois do sucesso mediático alcançado com o programa “Entre Pratos”, o conceituado chefe Henrique Sá Pessoa acaba de inaugurar um restaurante com um conceito inovador: oferecer a possibilidade de degustar pratos de cozinha de autor a preços compatíveis com a crise, conquistando um público mais jovem que não quer (nem pode!) aventurar-se em restaurantes de luxo. Com um ambiente trendy e uma decoração simples e leve, Sá Pessoa – que já brilhou no Flores (Bairro Alto Hotel) e no Panorama (Sheraton) – aposta numa cozinha criativa e propõe dois menus de degustação a preços acessíveis.

santo antónio de alfama {Alfama} Beco de S. Miguel, 7 | 21 888 1328 | © 12h/15h; 20h/2h | - 3ª | €€€ Um dos restaurantes mais bonitos e charmosos de Lisboa, o Santo António de Alfama é já um clássico da noite alfacinha. Três salas em andares distintos, fotografias de artistas a forrar as paredes, ambiente acolhedor e muitos petiscos originais. Da ementa destacam-se os bifes, mas para uma opção mais ligeira podemos sempre “picar” algumas das deliciosas entradas. No Verão, a esplanada é uma excelente opção para um jantar em ambiente castiço.

gambrinus {Restauradores} R. das Portas de Santo Antão, 23 | 21 342 1466 | © 12h/1h30 | €€€€€ Já existe há umas boas dezenas de anos, e mantém-se inigualável na oferta de marisco e peixe fresco. Frequentado pela classe política e pelos VIP´s do nosso país, mas também por intelectuais e jornalistas, o Gambrinus é para muitos dos seus habitués um ponto de paragem obrigatório. Para além das suas salas, possui um balcão onde se podem encontrar sempre algumas caras conhecidas. A ementa, inspirada na cozinha internacional, é requintada e muito diversificada.

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Best Of Sabores Sab do Mundo la hora española {Santos} Cç. Marquês de Abrantes, 58 | 21 397 1290 | © 3ª e 4ª 12h/24h; 5ª a Sáb. 12h/2h | - Dom. e 2ª | €€€ Entre os novos restaurantes e bares que se instalaram na íngreme calçada que desemboca no Largo de Santos, conta-se o bar de tapas La Hora Española. Tudo aqui remete para a gastronomia, cultura e música de “nuestros hermanos”: presuntos de Bolota pendurados, queijos centenários, saborosas “cañas” e vinhos espanhóis, espectáculos de flamenco e inúmeros cartazes com ícones ibéricos. Eleita já por muitos aficionados como ponto de encontro ao fim da tarde, esta verdadeira taberna espanhola distingue-se das suas congéneres pela genuinidade dos seus produtos e pela simpatia de Paco, o mentor deste projecto.

kaffeehaus {Chiado} R. Anchieta, 3 | 210 956 828 | © 11h/24h; 6ª e Sáb. 11h/2h; Dom. 11h/20h | - 2ª | €€ A gastronomia austríaca tem lugar cativo junto ao Teatro São Carlos, em pleno Chiado. No Kaffehaus a ementa é composta quase exclusivamente por pratos típicos da Áustria, como o escalope de porco panado com salada de batata ou o guisado vienense de vaca. A qualquer hora do dia, este é um espaço descontraído onde também se podem saborear brunches, queijos, saladas, tostas e os famosos doces austríacos. A carta é rica em cafés, chás e chocolates quentes, ideais para quem gosta de fazer uma pausa durante a tarde para ler uma revista ou jornal. Às sextas e sábados o Kaffehaus prolonga o horário até às 2h da manhã, uma excelente oportunidade para experimentar os cocktails, vinhos e a tradicional cerveja austríaca. O balcão, as mesas, cadeiras e posters de espectáculos austríacos obrigam-nos a viajar até Viena, mas não só. Uma parte da mobília é made in Portugal, vinda das oficinas tradicionais do Bairro Alto. 44 Guia da Noite Lx magazine



Best Of Noites Trendy crew hassan {Baixa} R. das Portas de Santo Antão, 159 - 1º | © 2ª a sáb 18h/2h; dom 18h/24h | U Uma das cooperativas culturais mais agitadas da baixa lisboeta, a Crew Hassan oferece diariamente programação musical de qualidade, num ambiente descontraído e acolhedor. Para além de servir de casa a artes tão distintas como a música, a fotografia, o vídeo ou a literatura, na Crew Hassan também se pode navegar na Internet de borla, beber um copo, jantar um prato vegetariano, ouvir música ou dançar pela noite dentro. A associação também se tem destacado pela sua veia solidária ao promover eventos como o Natal Social.

o terraço {Castelo} Cç. Marquês de Tancos, 3 | © 12h/21h; Julho até 24h | U Lisboa possui inúmeros miradouros que nos permitem contemplar a cidade de diversos ângulos. Mas, um dos mais belos é, sem sombra de dúvida, o terraço do antigo Mercado Chão do Loureiro. Vista daqui, a cidade branca oferece-se em todo o seu esplendor aos nossos olhos. Os proprietários do Terraço souberam tirar sabiamente partido deste local mágico e para além dos deliciosos (e perigosos!) cocktails transformaram-no num dos spots incontornáveis deste Verão. Com umas telas brancas suspensas a servir de guarda-sol, o Terraço convida-nos a relaxar ao final do dia num dos inúmeros sofás, cadeiras e espreguiçadeiras multicolores e a apaixonarmo-nos de novo por Lisboa.

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Best Of Noites Cool

arcaz velho {Alfama} Cç. do Forte, 56 | 93 464 8364 | © 3ª a 6ª 12h/16h; 18h/2h; Sáb. e Dom. 18h/2h | - 2ª O Arcaz Velho, mesmo no coração de Alfama, pode ser num espaço minúsculo, mas tem uma alma enorme. Para começar, a catalã Sónia mima os convivas com as suas tapas absolutamente deliciosas que vão mudando conforme o seu estado de espírito e imaginação. O segredo, diz, “é misturar a cozinha do mundo com a portuguesa”. Agora este bar acolhedor é também um restaurante onde se servem refeições ligeiras que vão bem tanto ao almoço como ao jantar. Pela noite dentro, o Arcaz Velho convida toda a gente a levantar-se das cadeiras e a dar um pezinho de dança. Aqui as noites são inesperadas e poéticas para os cinco sentidos, onde até as papilas gustativas bailam.

ko-zee club {Santos} Cç. Marquês de Abrante, 142 | 91 469 6795| © 4ª a Sáb. 21h/4h | - Dom. a 3ª No meio da enorme oferta de bares “adolescentes”, em Santos há um lugar que está a fazer a diferença. No Ko-Zee menores de 21 anos não entram e o ambiente é cuidado e acolhedor, com uma decoração que mistura elementos orientais com o melhor estilo europeu. A música aqui não é deixada ao acaso, ou não estivesse o espaço ligado à editora Safari Electronique, criada pelo proprietário do Ko-Zee, o Dj e produtor James Warren. Dos sons do mundo ao house mais underground, passando pelo nu-jazz, funk ou dubstep, o clube proporciona uma selecção musical refinada. Para além da boa música, capaz de agradar ao mais exigente dos ouvintes, há também deliciosos cocktails experimentais a não perder.

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Seja responsável. Beba com moderação.

Agora a sério... divirta-se. Para quem leva o riso bem a sério e se aplica na boa disposição, a Jameson preparou um conjunto de festas verdadeiramente divertidas. Entre num caso sério de gosto pela vida. Há poucas oportunidades assim. Nos bares do costume, entre Fevereiro e Junho de 2009.

Seriously Playful.

www.jameson.pt


Best Of Noites ao Vivo mesa de frades {Alfama} R. dos Remédios, 139 A | 91 702 9436 | © 10h/2h | - Dom. e 3ª | €€€ De paragem obrigatória para os amantes do fado ou para quem queira sentir a alma de um dos bairro mais típicos da capital, o Mesa de Frades é um restaurante / casa de fado que transpira história. Esta capela setecentista, que já foi taberna e mercearia, é agora um local de outros cultos, onde se pode comer bem e encontrar fadistas de renome a cantar num ambiente informal. Os centenários painéis de azulejos, as portas e até a pia baptismal originais foram recuperados e fazem hoje parte da magia do Mesa de Frades, que mantém a excelente acústica natural ideal para intimistas noites de fado. Como não podia deixar de ser, à mesa só vão pratos típicos portugueses, como carne de porco à alentejana, massada de cherne, chocos à algarvia ou pataniscas com arroz de tomate.

o’gillins irish bar {Cais do Sodré}R. dos Remolares, 8 | 21 342 1899 | © 11h/2h30 O ambiente é suficientemente acolhedor e simpático para se afirmar como um destino incontornável para os amantes da cultura céltica. E ela está patente em todos os pormenores do O’Gillins. Na madeira clara que o reveste, nos sons célticos que predominam, nas várias línguas que se cruzam e, claro, na ementa alcoólica e de petiscos. Tudo aqui nos remete para a noite de Dublin. Não fosse o primeiro bar irlandês a abrir em Lisboa e o único cujo dono é realmente irlandês. Às 6ª e sábados, a partir das 23h, a banda residente contribui para a folia dos muitos que não resistem aos sons célticos, nem tão pouco à cerveja preta.

cabaret maxime {Av. da Liberdade} Pç. da Alegria, 58 | 21 346 7090 | © 22h/6h Com mais de duas décadas de existência, o Maxime continua a ser palco de shows “quentes”, mas agora de outra índole. A sua programação de concertos de bandas portuguesas e de cinema “à borlix” transformou o Maxime num dos espaços nocturnos mais requisitados de Lisboa. A qualidade do som nos concertos deixa a desejar e o barulho do bar, típico de um cabaret, por vezes interfere na boa audição dos concertos e desconcentra os músicos. O atendimento também precisa ser aprimorado.

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Seja responsável. Beba com moderação


Best Of Noites de Dança napron {Bairro Alto} R. da Barroca, 111 | © 22h/4h | - Dom.; 2ª No mesmo espaço do emblemático 3 Pastorinhos, local de romaria obrigatória nos anos 90, o já conhecido Ernani abriu o Napron. Com uma decoração singular realizada pela artista plástica Joana Vasconcelos, os sofás e as paredes estão cobertos de naprons de croché, tal e qual como na casa das nossas avozinhas. Outra aposta da casa é a carta de vinhos nacionais e a possibilidade de beber espumante português servido a copo (bebida da casa) ou em versão cocktail, tudo sob a influência da música soul.

underground lisbon {Marquês de Pombal} Parque de estacionamento do Marquês de Pombal | Fotografia » Ricardo Reis Verdadeiro movimento artístico no qual participam inúmeras disciplinas — das artes plásticas à música, passando pelo cinema, multimédia, moda dança ou poesia —, a cultura urbana é um fenómeno em constante evolução e mutação. Reflectir sobre a cultura produzida nas ruas da cidade é o desafio do projecto Underground Lisbon criado por Alexandre Guerra das Tribus Urbanas e Luís Alcobia da Vaips. Inaugurado no passado dia 20 de Fevereiro, este pólo cultural assenta as suas actividades em eventos propostos por promotoras de eventos, associações e artistas, funcionando como plataforma de gestão de espaços dedicados às várias linguagens artísticas. O objectivo é tecer uma rede de contactos e de intercâmbio cultural em pleno coração de Lisboa e apresentar propostas de arte urbana em áreas tão distintas como o vídeo, a arte do fanzine ou a música electrónica. A programação inclui igualmente festas e concertos todos os fins-de-semana e promete agitar as noites lisboetas.

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Guia de restaurantes, bares e discotecas de Lisboa

Restaurantes e Cafés 1º Maio {Portuguesa} R. da Atalaia, 8 (Bairro Alto) 21 342 6840 | © 12h/15h; 19h/23h | - Sáb. jantar; Dom. | €€ Afreudite {Internacional} Passeio das Garças, Lt. 439, Lj. 1J (Pq. das Nações) 21 894 0660 | © 20h/24h | - Dom. | €€€ Alcântara-Café {Internacional} R. Maria Luísa Holstein, 15 (Alcântara) 21 363 7176 | © 20h/1h | €€€€ Alecrim às Flores {Portuguesa} Tv. do Alecrim, 4 (Cais do Sodré) 21 322 5368 | © 12h30/15h; 19h30/24h | €€ | U Alfândega {Portuguesa} R. da Alfândega, 98 (Baixa) 21 886 1683 | © 10h/2h | - Sáb.; Dom. almoço | €€€ | U Ali-à-Papa {Árabe} R. da Atalaia, 95 (Bairro Alto) 21 347 41 43 | © 19h30/1h | - 3ª | €€ Alma {Internacional} Cç. Marquês de Abrantes, 92 (Santos) | 21 396 3527 | © 3ª a Sáb. 19h30/24h | - Dom. e 2ª | €€€€ Amo.te Lisboa {Internacional} Pç. D. Pedro IV - Teatro Nacional D. Maria II (Rossio) 21 342 0668 | © 10h/1h; 5ª a Sáb. até 2h | - Dom. | €€€

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Assuka {Japonesa} R. S. Sebastião, 150 (Pq. Eduardo VII) 21 314 9345 | © 12h/23h | - Dom. | €€€€ Aya {Japonesa} R. Campolide, 531, Galerias Twin Towers, Piso 0/Lj 1.56 (Campolide) 21 727 1155 | © 12h30/15h; 19h/23h | - Dom. almoço; 2ª | €€€€ | U BanThai {Tailandesa} R. Fradesso da Silveira, 2 Lj. Dt (Alcântara) 21 362 1184 | © 12h/15h30; 19h30/23h30 | - Dom. | €€€ | U Barra Ibérica {Espanhola} Cç. da Ajuda, 250 (Ajuda) 21 362 6010 | © 19h30/1h | - Dom. | €€ | U BBC - Belém Bar Café {Internacional} Av. Brasília, Pavilhão Poente (Belém) 21 362 4232 | © 20h/3h | - Dom. | €€€ | U Bengal Tandoori {Indiana} R. da Alegria, 23 (Av. da Liberdade) 21 347 9918 | © 12h/15h; 18h/24h | €€ | U Bica do Sapato {Internacional} Av. Infante D. Henrique, Arm. B, Cais da Pedra (Sta Apolónia) 21 881 0320 | © 12h30/14h30; 20h/23h30 | - Dom.; 2ª almoço | €€€€ | U Blues {Internacional} R. da Cintura do Porto, 226 (Rocha Conde d’Óbidos) 21 395 7085 | © 20h/1h | - Dom.; 2ª | €€€€ |U

Bocca {Internacional} R. Rodrigo da Fonseca, 87D (Rato) 21 380 8383 | © 3ª a 5ª 12h30/14h30; 20h/23h; 6ª e Sáb. até 24h | - Dom., 2ª e feriados | €€€€ | U Bota Alta {Portuguesa} Tv. da Queimada, 37 (Bairro Alto) 21 342 7959 | © 12h/15h;19h/ 22h30 | - Sáb. ao almoço; Dom. | €€€ Brasileira (A) {Café} R. Garrett, 120 (Chiado) 21 346 9541 | © 8h/2h | €€ | U Café Buenos Aires {Argentina} Escadinhas do Duque, 31 B (Av. da Liberdade) 21 342 0739 | © 18h/24h; Sáb. e Dom. 15h/24h | - 2ª | €€ Café In {Portuguesa} Av. Brasília, Pav. Nascente, 311 (Belém) 21 362 6248 | © 12h/24h | €€ | U Café no Chiado {Internacional} Lg. do Picadeiro, 11-12 (Chiado) 21 346 0501 | © 11h/2h | - Dom. | €€ Café Royale {Internacional} Lg. Rafael Bordalo Pinheiro, 29 (Chiado) 21 346 9125 | © 2ª a Sáb. 10h/24h; Dom. 10h/20h | €€ Café S. Bento {Portuguesa} R. de S. Bento, 212 (S. Bento) 21 395 2911 | © 18h/2h | - Dom. | €€€ | U Calcutá {Indiana} R. do Norte, 17-19 (Bairro Alto) 21 342 8295 | © 12h/15h; 18h30/23h | - Sáb.; Dom. | €€


Camponesa (A) {Internacional} R. Marechal Saldanha, 23-25 (Bairro Alto) 21 346 4791 | © 12h30/15h; 19h30/23h | - Sáb. ao almoço; Dom. | €€ Cantinho da Paz {Indiana} R. da Paz, 4 (Santos) 21 396 9698 | © 12h30/15h; 19h30/23h | Dom. | €€€ Cantinho das Gáveas {Portuguesa} R. das Gáveas, 82 (Bairro Alto) 21 342 6460 | © 12h/15h; 19h/23h30 | - Sáb. ao almoço; Dom. | €€€ Casa da Comida {Internacional} Tv. das Amoreiras, 1 (Rato) 21 388 5376 | © 13h/15h; 20h/24h | - Dom.; Sáb. e 2ª ao almoço | €€€€€ | U Casa da Morna {Africana} R. Rodrigues Faria, 21 (Alcântara) 21 364 6399 | © 19h30h/2h | - Dom. | €€ Casa do Alentejo {Portuguesa} R. das Portas de Stº Antão, 58 (Baixa) 21 340 5140 | © 12h/15h; 19h/23h | €€ Casa do Algarve {Internacional} Lg. da Academia de Belas Artes, 14, r/c (Bairro Alto) © 12h/16h30; 19h/23h30 | - Dom. | €€ Casa México {Mexicana} Av. D. Carlos I, 140 (S. Bento) 21 396 5500 | © 2ª a 6ª 13h/15h; Dom. a 4ª 20h/1h; 5ª a Sáb. 20h/2h | €€€

Casanostra {Italiana} Tv. do Poço da Cidade, 60 (Bairro Alto) 21 342 5931 | © 12h/15h; 20h/23h | - Sáb. ao almoço; 2ª | €€€ | U Casanova {Italiana} Cais da Pedra, Lj 7, Arm. B (Sta Apolónia) 21 887 7532 | © 12h30/1h30 | - 2ª e 3ª ao almoço | €€€ | U Cenoura do Rio {Brasileira} R. da Pimenta, 91 (Pq. das Nações) 21 895 2641 | © 12h/5h | - Dom. | €€€ Cervejaria da Trindade {Portuguesa} R. Nova da Trindade, 20 (Bairro Alto) 21 342 3506 | © 12h/24h30 | €€€ | U

Come Prima {Italiana} R. do Olival, 258 (Lapa) 21 397 1287 | © 12h/15h; 19h/23h30 | - Sáb. ao almoço; Dom. | €€ | U Comida de Santo {Brasileira} Cç. Engº Miguel Pais, 39 (Príncipe Real) 21 396 3339 | © 12h30/15h30; 19h30/1h | €€€ Confraria – York House (A) {Internacional} R. das Janelas Verdes, 32 - 1.º (Janelas Verdes) 21 396 2435 | © 12h30/16h; 19h30/22h30 | €€€€ Cop’ 3 {Portuguesa} Lg. Vitorino Damásio, 3 (Santos) 21 397 3094 | © 12h30/23h30 | - Sáb. ao almoço; Dom. | €€€€ | U

Uma noite com Romi

Cantora dos Terrakota Paragens obrigatórias Esplanada: O Terraço Restaurante: A Velha Gruta Bar: MusicBox Discoteca: Lux

Chafariz do Vinho (Enoteca) {Internacional} R. da Mãe d’Água à Pç. da Alegria (Príncipe Real) 21 342 2079 | © 18h/2h | - 2ª | €€ Charcutaria (II) (A) {Portuguesa} R. do Alecrim, 47 A (Bairro Alto) 21 342 3845 | © 12h30/15h30; 19h30/23h | - Sáb. ao almoço; Dom. | €€€€ | U

DeliDelux {Café} Av. Infante D. Henrique, Arm. B, Lj. 8 (Sta Apolónia) 21 886 2070 | © 3ª a 5ª 12h/20h; 6ª 12h/22h; Sáb. 10h/22h; Dom. 10h/20h | - 2ª | €€€ Divina Comida {Portuguesa} Lg. de S. Martinho, 6-7 (Alfama) 21 887 5599 | © 12h/1h | €€

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Guia de restaurantes, bares e discotecas de Lisboa

Divina Sedução {Portuguesa} R. Augusto Rosa, 4 (Sé) 21 888 8144 | © 12h/14h30; 19h/22h30 | - 3ª e 4ª ao jantar; Dom.; 2ª | €€€€ Doca do Espanhol {Portuguesa} Galeria do Museu da Cera, Arm. 2, Lj. 12-17 (Docas) 21 393 2600 | © 12h30/16h; 19h30/24h | - Dom.; 2ª ao jantar | €€€ | U Dom Pomodoro {Italiana} Doca de Sto Amaro, Arm. 13 (Docas) 21 390 9353 | © 12h/2h | €€€ | U El Gordo II {Espanhola} Tv. dos Fiéis de Deus, 28 (Bairro Alto) 21 342 6372 | © 17h/2h | - 2ª | €€€ El Último Tango {Argentina} R. Diário de Notícias, 62 (Bairro Alto) 21 342 03 41 | © 19h30/23h | - Dom. | €€€ Eleven {Internacional} R. Marquês da Fronteira (Pq. Eduardo VII) 21 386 21 11 | © 12h30/15h; 19h30/23h | - Dom.; 2ª | €€€€

Espaço Cabo-Verde {Africana} Tv. do Falá-Só, 9 (Bairro Alto) 21 342 03 33 | © 12h30/15h; 20h/2h | - Dom.; 2ª | €€

Flor de Sal {Internacional} Pç. das Flores, 40 (Príncipe Real) 21 397 5065 | © 12h30/23h | - 2ª | €€€€

Esperança {Italiana} R. do Norte, 95 (Bairro Alto) 21 343 2027 | © 13h/16h; 20h/2h | - 2ª; 3ª ao almoço | €€€

Flores {Internacional} R. das Flores, 116 (Bairro Alto) 21 340 8252 | © 12h30/15h; 19h30h23h | €€€€

Estrela da Bica {Internacional} Tv. do Cabral, 33 (Bica) 21 347 3310 | © 19h/23h; 6ª e Sáb. até 24h | - 2ª | €€

Floresta do Calhariz {Portuguesa} R. Luz Soriano, 7 (Bairro Alto) 21 342 5733 | © 12h/23h | - Dom. | €€ | U

Farah’s Tandoori {Indiana} R. de Santana à Lapa, 73 B (Lapa) 21 390 9219 | © 12h/15h; 19h/22h30 | - 3ª | €€ Faz Figura {Portuguesa} R. do Paraíso, 15 B (Alfama) 21 886 89 81 | © 12h30/15h; 20h30/23h | - 2ª ao almoço | €€€ | U Fidalgo {Portuguesa} R. da Barroca, 27-31 (Bairro Alto) 21 342 29 00 | © 12h/15h; 19h/23h | - Dom. | €€€ Flor da Laranja {Marroquina} R. da Rosa, 206 (Bairro Alto) 21 342 2996 | © 12h/15h; 20h/24h | - Dom.; 2ª ao almoço | €€

Uma noite com Dj Ride

Produtor e Dj Paragens obrigatórias Esplanada: Noobai Restaurante: Estado Líquido Bar: Clube da Esquina Discoteca: MusicBox

56 Guia da Noite Lx magazine

Fusion Sushi {Japonesa} Lg. de Santos, 5 (Santos) 21 395 5820 | © 12h30/15h; 20h/23h; 6ª e Sáb. até 24h | - Sáb. ao Almoço; Dom. | €€€€ Gambrinus {Portuguesa} R. das Portas de Sto Antão, 23 (Restauradores) 21 342 1466 | © 12h/1h30 | €€€€€ | U Gemelli {Italiana} R. Nova da Piedade, 99 (S. Bento) 21 395 2552 | © 12h30/14h30; 20h/24h | - Dom.; 2ª | €€€€ Haweli Tandoori {Indiana} Tv. do Monte, 14 (Graça) 21 886 7713 | © 12h/15h; 19h/22h30 | - 3ª | €€ Império dos Sentidos {Internacional} R. da Atalaia, 35 (Bairro Alto) 21 343 1822 | © 20h/2h | - 2ª | €€€ Jardim dos Sentidos {Vegetariana} R. da Mãe d´Água, 3 (Av. da Liberdade) 21 342 3670 | © 12h/15h; 19h/22h | - Sáb. ao almoço; Dom. | €€ | U


Kaffeehaus {Austríaca} R. Anchieta, 3 (Chiado) 21 095 6828 | © 11h/24h; 6ª e Sáb. 11h/2h; Dom. 11h/20h | - 2ª | €€

Mar Adentro {Internacional} R. do Alecrim, 35 (Cais do Sodré) 21 346 9158 | © 10h/23h; sáb. 14h/24h; Dom. 14h/22h | €€

Kais {Internacional} R. da Cintura - Cais da Viscondessa (Rocha Conde d’Óbidos) 21 393 2930 | © 20h/23h30 | - Dom. | €€€€ | U

Martinho d’Arcada {Portuguesa} Pç. do Comércio, 3 (Baixa) 21 886 6213 | © 7h/22h | - Dom. | €€€

Kê Sushi {Japonesa} R. Vieira da Silva, 56 (Alcântara) 21 396 3903 | © 19h30/23h30; Sáb. e Dom. 12h30/15h; 19h30/23h30 | €€€ La Brasserie de l’Entrecôte {Francesa} R. do Alecrim, 117 (Bairro Alto) 21 347 3616 | © 12h30/15h30; 20h30/24h | €€€ La Hora Española {Espanhola} Cç. Marquês de Abrantes, 58 (Santos) 21 397 1290 | © 12h/15h;19h/2h | €€€ La Moneda {Internacional} R. da Moeda, 1C (Santos) 21 390 8012 | © 10h/2h | - Dom. | €€€ | U La Paparrucha {Argentina} R. D. Pedro V (Príncipe Real) 21 342 5333 | © 12h/15h; 19h30/24h30 | €€€ | U Luca {Italiana} R. Stª Marta, 35 (Av. da Liberdade) 21 315 0212 | © 12h/15h; 20h/23h | - Sáb. almoço; Dom. | €€€ | U Lucca {Italiana} Trav. Henrique Cardoso, 19-B (Alvalade) 21 797 2687 | © 12h/15h; 19h/1h | - 4ª | €€€ | U

Mercearia {Portuguesa} R. da Madre, 72 (Madragoa) 21 397 7998 | © 12h30/15h; 19h30/23h | - Dom. ao almoço; 3ª | €€ Mesa de Frades {Casa de Fado} R. dos Remédios, 139 A (Alfama) 91 702 9436 | © 10h/2h | - Dom. e 3ª | €€€ Montado {Portuguesa} Cç. Marquês de Abrantes, 40 (Santos) 21 390 9185 | © 12h/2h | - 2ª e Dom. | €€€ Nariz de Vinho Tinto {Portuguesa} R. do Conde, 75 (Lapa) 21 395 3035 | © 12h45/15h; 19h45h/23h | Sáb. e Dom. almoço; 2ª | €€€€ New Wok {Asiática} R. Capelo, 24 (Chiado) 21 347 7189 | © 12h/15h; 20h/24h | €€€

Noobai Café {Café} Miradouro do Adamastor (Sta Catarina) 21 346 5014 | © 12h/24h | €€ | U Nood {Asiática} Lg. Rafael Bordalo Pinheiro, 20B (Chiado) 21 347 4141 | © 12h/24h | €€€ |U Novo Bonsai {Japonesa} R. da Rosa, 244 (Bairro Alto) 21 346 2515 | © 12h30/14h; 19h30/22h30 | - Dom. | €€€ Ogâmico {Ligeira} R. Rúben A. Leitão, 2-a (Príncipe Real) 21 017 0018 | © 17h/1h | - Dom. | €€ Olivier Café {Internacional} R. do Alecrim, 23 (Cais do Sodré) 21 342 2916 | © 20h/1h | - Dom. | €€€ | U Omnia {Internacional} Lg. de Santos, 9C (Santos) 21 390 3583 | © 20h/23h; 6ª e Sáb. 20h/24h | - Dom; 2ª | €€€€€ | U Oriente Chiado {Vegetariana} R. Ivens, 28 (Chiado) 21 343 1530 | © 12h/15h; 19h30/22h30 | €€€ Ozeki {Japonesa} R. Vieira da Silva, 66 (Alcântara) 21 390 8174 | © 12h/15h; 19h30/23h30 | - Sáb. e Dom. almoço | €€€

Uma noite com Tiago Gomes

Poeta e editor da revista Bíblia Paragens obrigatórias Esplanada: Estrela Conde Barão Restaurante: Caracol Bar: MusicBox Discoteca: Lux

Guia da Noite Lx magazine 57


Guia de restaurantes, bares e discotecas de Lisboa

Paladar - Cozinha de Mercado {Internacional} Cç. do Duque, 43 A (Bairro Alto) 21 342 3097 | © 19h30/2h | - Dom. | €€€

Restaurante Típico Faia {Portuguesa} R. da Barroca, 54 (Bairro Alto) 21 342 67 42 | © 20h/2h | - Dom.| €€€€€

Sinal Vermelho {Portuguesa} R. das Gáveas, 89 (Bairro Alto) 21 343 1281 | © 12h/15h; 20h/1h | - Dom. | €€

Pap’Açorda {Portuguesa} R. da Atalaia, 57-59 (Bairro Alto) 21 346 4811 | © 12h/14h30; 20h/23h30 | - Dom.; 2ª | €€€€ |U

Restô do Chapitô {Internacional} R. Costa do Castelo, 7 (Castelo) 21 886 7334 | © 2ª a 6ª 19h30/2h; Sáb., Dom. e feriados 12h/2h | €€€ | U

Snob {Internacional} R. do Século, 178 (Príncipe Real) 21 346 37 23 | © 16h30/3h | €€€ | U

Pedro das Arábias {Marroquina} R. da Atalaia, 70 (Bairro Alto) 21 346 8494 | © 19h30/1h | - Dom. | €€

Rock’n Sushi {Japonesa} R. Fradesso da Silveira, Bl. C (Alcântara) 21 362 0513 | © 12h/15h; 20h/2h | €€€

Uma noite com Ana Mestre

Chief Designer susdesign Paragens obrigatórias Esplanada: Ponto Final Restaurante: Os Tibetanos Bar: MusicBox Discoteca: MusicBox

Picanha {Brasileira} R. das Janelas Verdes, 96 (Santos) 21 397 5401 | © 12h/15h; 19h30/24h | - Sáb.; Dom. ao almoço | €€€ | U

Rosa da Rua {Portuguesa} R. da Rosa, 265 (Bairro Alto) 21 343 2195 | © 12h30/15h; 16h30h/24h30 | - 2ª | €€€€ |U

Pitéu (O) {Portuguesa} Lg. da Graça (Graça) 21 887 10 67 | © 12h/15h; 19h/22h30 | - Sáb. ao jantar; Dom. | €€

Santo António de Alfama {Internacional} Beco de S. Miguel, 7 (Alfama) 21 888 1328 | © 12h/15h; 20h/2h | - 3ª | €€€ | U

Pizzeria Mezzogiorno {Italiana} R. Garrett, 19 (Chiado) 21 342 1500 | © 12h30/15h30; 19h30/24h | - Dom.; 2ª almoço | €€ | U

58 Guia da Noite Lx magazine

Senhora Mãe {Internacional} Lg. de São Martinho, 6 (Alfama) 21 887 5599 | © 12h30/24h; 6ª e Sáb. até às 2h | - 3ª | €€€ | U

Sofisticato {Italiana} R. São João da Mata, 27 (Santos) 21 396 53 77 | © 19h30/23h; 6ª e Sáb. até 24h | - 2ª | €€€€ Sokuthai {Tailandesa} R. da Atalaia, 77 (Bairro Alto) 21 343 2159 | © 20h/2h | - Dom. | €€€ Sommer {Internacional} R. da Moeda, 1-K (Santos) 21 390 5558 | © 20h/24h; 5ª a Sáb. até 2h | - Dom. | €€€€ Spot Lx {Internacional} Al. dos Oceanos (Pq. das Nações) 21 892 9043 | © 18h/3h | €€€€ Stop do Bairro {Portuguesa} R. Tenente Ferreira Durão, 55 (Campo de Ourique) 21 388 8856 | © 12h/15h30; 19h/23h | - 2ª | €€ | U Sucre {Internacional} R. Sousa Martins, 14 D (Saldanha) 21 314 7252 | © 12h30/15h30; 20h/22h30 | - Dom.; 2ª a 4ª ao jantar | €€€ Sul {Internacional} R. do Norte, 13 (Bairro Alto) 21 346 2449 | © 12h/15h; 20h/2h | - 2ª | €€€ Sushi Lounge (Estado Líquido) {Japonesa} Lg. de Santos, 5 A (Santos) 21 397 2022 | © 20h/3h | €€€


Taberna do Chiado {Portuguesa} Cç. Nova de São Francisco, 2A (Chiado) 21 347 4289 | © 12h/23h | €€€ | U Tamarind {Indiana} R. da Glória, 43 (Baixa) 21 346 6080 | © 2ª a 6ª 11h30/15h; 18h30/23h30: Sáb. e Dom. ao almoço | €€€ Tapadinha (A) {Russa} Cç. da Tapada, 41 A (Alcântara) 21 364 0482 | © 12h/15h; 20h/2h | - Dom. | €€€ Tavares Rico {Internacional} R. da Misericórdia, 37 (Chiado) 21 342 1112 | © 12h30/14h30; 19h30/22h30 | - Dom. | €€€€€ Terreiro do Paço {Internacional} Pç. do Comércio (Pç. do Comércio) 21 031 2850 | © 12h30/15h; 20h/23h30 | - Dom. ao jantar | €€€€€ The House of Vodka {Internacional} R. Escola Politécnica, 27 (Príncipe Real) 21 325 9880 | © 19h/4h | - Dom. | €€€ Tibetanos (Os) {Vegetariana} R. do Salitre, 117 (Rato) 21 314 2038 | © 12h/14h; 19h30/21h30 | - Dom. | €€€ Tokyo-Lisboa {Japonesa} Cç. do Sacramento, 34-36 (Chiado) 21 346 9308 | © 12h/15h; 19h/23h | - Sáb.; Dom. ao almoço | €€€ Toma Lá Dá Cá {Portuguesa} Tv. do Sequeiro, 38 (Bairro Alto) 21 347 9243 | © 12h/24h | - Dom. | €€

Travessa (A) {Belga} Tv. Convento Bernardas, 12 (Santos) 21 394 0800 | © 12h30/15h; 20h/24h | - Sáb. ao almoço; Dom. | €€€€ Tromba Rija {Portuguesa} R. Cintura do Porto de Lisboa, Ed. 254, Arm. 1 (Santos) 21 3971 507 | © 12h30/17h; 20h/24h | - Dom. jantar; 2ª almoço | €€€€ Tsuki {Japonesa} R. Nova de S. Mamede, 18 (Príncipe Real) 21 397 5723 | © 12h/15h ; 20h/02h | - 2ª e Sáb. ao almoço | €€€ Txakoli {Basca} R. São Pedro de Alcântara, 65 (Bairro Alto) 21 347 8205 | © Dom. a 4ª 12h/1h; 5ª a Sáb. 12h/2h | €€€ Uai! {Brasileira} Cais das Oficinas, Arm. 114 (Rocha Conde d’Óbidos) 21 390 0111 | © 13h/15h; 20h/23h | - 3ª e 4ª ao almoço; 2ª | €€€ Varanda da União {Internacional} R. Castilho, 14C, 7º (Pq. Eduardo VII) 21 314 1045 | © 12h/15h30; 19h30/ 23h30 | - Dom. | €€€€ Vela Latina {Internacional} Doca do Bom Sucesso (Belém) 21 301 7118 | © 12h30/15h; 20h/22h30 | - Dom. | €€€€ |U Velha Gruta {Internacional} R. da Horta Seca, 1B (Bairro Alto) 21 342 4379 | © 20h/24h | - Dom. | €€€ | U Vertigo Café {Internacional} Tv. do Carmo, 4 (Bairro Alto) 21 343 3112 | © 10h/24h | €€

Viagem de Sabores {Internacional} R. S. João da Praça, 103 (Sé) 21 887 0189 | © 20h/23h | - Dom. | €€€ XL {Internacional} Cç. da Estrela, 57 (S. Bento) 21 395 6118 | © 20h/24h | - Dom. | €€€€ | U Yasmin {Internacional} R. da Moeda, 1 A (Santos) 21 393 0074 | © 19h/2h | - Dom. | €€€ | U

Bares e Discotecas Agito R. da Rosa, 261 (Bairro Alto) 21 343 0622 | © 19h30/3h | - 2ª Agra Club R. do Norte, 121 (Bairro Alto) | © 23h/4h | - Dom.; 2ª Água no Bico R. de S. Marçal, 170 (Príncipe Real) 21 347 2830 | © 21h/2h Amo-te Chiado Cç. Nova de S. Francisco, 2 (Chiado) 21 342 0668 | © 10h/2h | - Dom. Amo-te Tejo Av. Brasília, Museu da Electricidade (Belém) 21 363 1646 | © 10h/1h | - 2ª Arcaz Velho Cç. do Forte, 56 (Sta Apolónia) © 18h/2h | - Dom. Arena Lounge Casino de Lisboa, Al. dos Oceanos, Lote 1.03.01 (Pq. das Nações) 21 892 9046 | © 15h/3h | U Guia da Noite Lx magazine 59


Guia de restaurantes, bares e discotecas de Lisboa

Armazém F R. da Cintura do Porto, Arm. 65 (Cais do Sodré) 21 322 0160 | © 19h30/5h | - 2ª

Bar do Rio Arm. A, Porta 7 (Cais do Sodré) 21 347 0970 | © 24h/5h | - Dom. a 4ª

Artis R. Diário de Notícias, 95-97 (Bairro Alto) 21 342 4795 | © 20h30/4h

Bartô R. Costa do Castelo, 1-7 (Castelo) 21 885 550 | © 22h/2h | - 2ª

Uma noite com Mikas

Empresário da noite Paragens obrigatórias Esplanada: O Terraço Restaurante: Viagem de Sabores Bar: British Bar Discoteca: MusicBox

Associação Bacalhoeiro R. dos Bacalhoeiros, 125, 2º (Baixa) 21 886 4891 | © 18h/2h, 6ª e Sáb 18h/4h | - 2ª Baliza R. Bica Duarte Belo, 51 A (Bica) 21 347 8719 | © 13h/2h; sáb. 18h/2h | - Dom. Bar 106 R. de S. Marçal, 106 (Príncipe Real) 21 342 7373 | © 21h/2h Bar BA R. das Flores, 116 (Chiado) 21 340 8252 | © 10h30/1h30 | U Bar das Imagens Cç. Marquês de Tancos, 1 (Castelo) 21 888 4636 | © 11h/2h; Dom. 15h/23h | - 2ª Bar do Bairro R. da Rosa, 255 (Bairro Alto) 21 346 0184 | © 23h30/4h | - 2ª | U

BedRoom R. do Norte, 86 (Bairro Alto) 21 343 1631 | © 21h/2h | - Dom. a 3ª Bicaense Café R. da Bica Duarte Belo, 42 (Bica) 21 325 7940 | © 20h/2h | - Dom.; 2ª | U British Bar R. Bernardino da Costa, 52 (Cais do Sodré) 21 342 2367 | © 8h/24h; 6ª e Sáb. 8h/2h Buddha Bar Gare Marítima de Alcântara (Docas) 21 395 0541 | © 21h/4h | - 2ª; 3ª | U Cabaret Maxime Pç. da Alegria, 58 (Av. da Liberdade) 21 346 7090 | © 22h/6h | U Capela R. da Atalaia, 45 (Bairro Alto) 21 347 0072 | © 20h/4h Catacumbas Jazz Bar Tv. Água da Flor, 43 (Bairro

60 Guia da Noite Lx magazine

Alto) 21 346 3969 | © 22h/4h | - Dom. Chueca R. da Atalaia, 97 (Bairro Alto) 91 957 4498 | © 2ª a 5ª 19h/2h; 6ª e Sáb. 19h/3h | - Dom. Cinco Lounge R. Ruben A. Leitão, 17 A (Príncipe Real) 21 342 4033 | © 15h/2h Club Carib R. da Atalaia, 78 (Bairro Alto) 96 110 0942 | © 22h/3h30 Club Souk R. Marechal Saldanha, 6 (Bairro Alto) 21 346 5859 | © 22h/4h | - Dom.; 2ª Clube da Esquina R. da Barroca, 30 (Bairro Alto) 21 342 7149 | © 21h30/2h Clube Lua Av. Infante D. Henrique, Arm. A-B (Jardim do Tabaco) © 24h/5h | - Dom. a 4ª Cosmos Café Arm. 243, Pavilhão 5 (Docas) 21 397 2747 | © 12h/4h Crew Hassan R. das Portas de Santo Antão, 159 – 1º (Baixa) © 2ª a Sáb. 14h/24h; Dom. 18h/24h | U Dock´s Club R. da Cintura do Porto, 226 (Rocha Conde d’Óbidos) 21 395 0856 | © 24h/6h | - Dom.; 2ª e 4ª Esquina da Bica Bar R. da Bica de Duarte Belo, 26 (Bica) © 22h/2h | - Dom.; 2ª Estado Líquido Lg. de Santos, 5 (Santos) 21 395 5820 | © 20h/2h | U


Europa R. Nova do Carvalho, 28 (Cais do Sodré) © 23h/4h; 6h/10h | 21 342 1848 | U

Hot Clube Pç. da Alegria, 39 (Av. da Liberdade) 21 346 7369 | © 22h/2h | - Dom.; 2ª | U

Kozee Club Cç. Marquês de Abrante, 142 (Santos) © 4ª a Sáb. 21h/4h | - Dom. a 3ª

Fábrica Braço de Prata R. da Fábrica do Material de Guerra, 1 (Beato) © 4ª a Sáb. 18h/4h; Dom. 15h/24h | - 2ª; 3ª | U

In Rio Lounge Av. Brasília, Pavilhão Nascente, 311 (Belém) 21 362 6248 | © 9h/4h

Kuta Bar Trav. do Chafariz d’El-rei, 8 (Alfama) 96 795 7257 | © 3ª a Sáb. 15h/2h; Dom. 11h/18h| - 2ª

Fiéis ao Bairro Tv. da Espera, 42 A (Bairro Alto) © 18h/2h Fiéis aos Copos R. da Barroca, 43 (Bairro Alto) | © 20h/2h Finalmente R. da Palmeira, 38 (Príncipe Real) 21 347 2652 | © 22h/5h | U Fluid Av. D. Carlos I, 67 (Santos) 21 395 5957 | © 22h/4h Frágil R. da Atalaia, 126 (Bairro Alto) 21 346 9578 | © 23h30/4h | - Dom.; 2ª | U Funicular R. da Bica Duarte Belo, 44 (Bairro Alto) © 22h/2h | - Dom., 2ª a 4ª | U Galeria Zé dos Bois – ZDB R. da Barroca, 59 (Bairro Alto) 21 343 0205 | © 22h/2h | U Groove Bar R. da Rosa, 148150 (Bairro Alto) © 2ª a Sáb 22h/4h | - Dom. | U Hard Rock Café Av. da Liberdade, 2 (Av. da Liberdade) 21 324 5280 | © 12h/24h; 6ª e Sáb. 12h/2h Hennessy’s Irish Pub R. do Cais do Sodré, 32-38 (Cais do Sodré) 21 343 1064 | © 12h/2h; 6ª e Sáb. 12h/3h

Incógnito R. Poiais de S. Bento, 37 (Santos) 21 390 8755 | © 23h/4h | - 2ª; 3ª | U

Kremlin R. Escadinhas da Praia, 5 (24 de Julho) 21 395 7101 | © 24h/8h | - Dom.; 2ª a 5ª

Uma noite com Rodrigo Leão

Compositor e músico Paragens obrigatórias Esplanada: Vertigo Restaurante: Casanostra Bar: Baliza Discoteca: Frágil

Indochina R. Cintura do Porto de Lisboa, 232 Arm. H (Santos) 21 395 5875 | © 23h/6h | - Dom.; 2ª Jamaica R. Nova do Carvalho, 6 (Cais do Sodré) 21 342 1859 | © 23h/6h | - Dom. | U Kais R. da Cintura – Cais da Viscondessa (Rocha Conde d’Óbidos) © 20h/23h30 | - Dom. | U Kapital Av. 24 de Julho, 68 (24 de Julho) 21 393 2930 | © 5ª a Sáb. e vésp. feriados 23h/6h | - Dom.; 2ª Konvento Pátio do Pinzaleiro, 22-26 (24 de Julho) 21 395 7101 | © 24h/6h | - Dom. a 4ª

L Gare R. da Rosa 136 (Bairro Alto) © 17h/2h | - Dom. e 2ª Le Goût du Vin R. de S. Bento, 107 (São Bento) 21 395 0070 | © 19h/2h | - Sáb. Left Lg. Vitorino Damásio, 3 F (Santos) 91 635 9406 | © 3º a Dom. 22h/4h | - Dom.| U Les Mauvais Garçons R. da Rosa, 39 (Bairro Alto) 21 343 3212 | © 12h/1h | U Livraria Trama R. São Filipe Nery, 25B (Rato) 21 388 8257 | © 10h/19h30; 5ª e 6ª até 24h | - Dom. Loft R. do Instituto Industrial, 6 (Santos) 21 396 4841 | © 24h/6h | - Dom. a 4ª Guia da Noite Lx magazine 61


Guia de restaurantes, bares e discotecas de Lisboa

Lounge Bar R. da Moeda, 1 (Santos) 21 846 2101 | © 21h/4h; 6ª e sáb. 22h/4h | - 2ª | )

Mezcal Tv. Água da Flor, 20 (Bairro Alto) 21 343 1863 | © 21h30/4h | U

Lusitano Clube R. São João da Praça, 81 (Alfama) 21 888 3190 | © 15h/24h | - Dom.

Mini-Mercado Av. D. Carlos I, 67 (Santos) 96 045 1198 | © 22h/4h | - Dom.; 2ª | U

Lux-Frágil Av. Infante D. Henrique, Arm. A (Stª Apolónia) 21 882 0890 | © 18h/6h | - Dom.; 2ª | )

Mood Lg. Trindade Coelho, 2223 (Bairro Alto) 21 342 4802 | © 22h30/4h | - Dom.; 2ª

LX Factory R. Rodrigues Faria, 103 (Alcântara) 21 314 3399 Majong R. da Atalaia, 3 (Bairro Alto) 21 342 1039 | © 21h30/4h |U Maria Caxuxa R. da Barroca, 6-12 (Bairro Alto) © 19h30/2h | - Dom. | U

MusicBox R. Nova de Carvalho, 24 (Cais do Sodré) 21 347 3188 | © 23h/6h | - Dom. a 3ª | U Napron R. da Barroca, 111 (Bairro Alto) © 22h/4h | - Dom.; 2ª O’Gillins Irish Bar R. dos Remolares, 8 (Cais do Sodré) 21 342 1899 | © 11h/2h30

Uma noite com Alexandre Pring Encenador e performer Paragens obrigatórias Esplanada: Hotel Chiado, Chapitô Restaurante: Esquina da Bica Bar: “Super-Mário” (Lg . Carmo) Discoteca: Maxime e Jamaica

Maria Lisboa R. das Fontainhas, 86 (Alcântara) 21 362 2560 | © 6ª e vésp. feriados 23h30/6h | - Dom. a 5ª Mexecafé R. Trombeta, 4 (Bairro Alto) 21 347 4910 | © 22h/4h | U

62 Guia da Noite Lx magazine

OndaJazz Arco de Jesus, 7 (Alfama) 21 887 3064 | © 3ª a 5ª 19h30/2h; 6ª e Sáb. 19h30/3h | - Dom.; 2ª Op Art Café | Doca de St. Amaro (Docas) 21 395 6787 | © 15h/2h; 6ª 15h/7h; Sáb. 13h/7h | - 2ª | U

Paradise Garage R. João de Oliveira Miguéns, 38-48 (Alcântara) 21 790 4080 | © 24h/6h | - 2ª a 4ª Pavilhão Chinês R. D. Pedro V, 89 (Príncipe Real) 21 342 4729 | © 18h/2h; Dom. 21h/2h | U Plateau R. Escadinhas da Praia, 7 (24 de Julho) 21 396 5116 | © 22h/6h | - Dom.; 2ª, 4ª Porão de Santos Lg. de Santos, 1 (Santos) 21 396 5862 | © 10h/4h; sáb. 19h/4h | - Dom. Portas Largas R. da Atalaia, 105 (Bairro Alto) 21 346 6379 | © 20h/3h30 Project Bar Av. Dom Carlos I, nº 61 – 1º (Santos) 96 391 0337 Purex R. das Salgadeiras, 28 (Bairro Alto) 21 342 8061 | © 23h/4h | - 2ª | U Rock in Chiado Café R. Paiva Andrade, 7 (Chiado) 21 346 4859 | © 11/3h | - Dom. | U Rua R. da Barroca, 96 (Bairro Alto) Hor. 21h30/2h | - Dom.; 2ª Santiago Alquimista R. de Santiago, 19 (Castelo) 21 888 4503 | © 2ª a 4ª 18h/2h; 5ª a Sáb. 18h/4h; Dom. 20h/2h | U Século (O) R. de O Século, 78 (Bairro Alto) 21 323 4755 | © 9h/2h | - Dom. Sétimo Céu Tv. da Espera, 54 (Bairro Alto) 21 346 6471 | © 22h/2h


Silk R. da Misericórdia, 14 - 6º andar (Bairro Alto) © 22h30/4h | - Dom.; 2ª

Tokyo R. Nova do Carvalho, 12 (Cais do Sodré) 21 342 1419 | © 23h/4h | - Dom. | U

Xafarix R. D. Carlos I, 69 (Santos) 21 396 9487 | © 22h30/4h | - Dom.

Sítio do Cefalópode Lg. do Contador-Mor (Castelo) 21 888 0440 | © 22h/2h | - Dom.

Trumps R. da Imprensa Nacional, 104 B (Príncipe Real) 21 397 1059 | © 6ª, Sáb. e vésp. feriados das 23h45/6h | - 2ª a 5ª

Xannax Club R. do Século, 138 (Bairro Alto) 96 940 7730 | © 12h/20h; 23h/4h | - 2ª; 3ª | U

Skones R. da Cintura – Cais da Viscondessa (Rocha Conde d’Óbidos) 21 393 2930 | © 23h/5h | - Dom.; 2ª Snob R. do Século, 178 (Príncipe Real) 21 346 3723 | © 16h30/3h | U Speakeasy Cais das Oficinas, Arm. 115 (Rocha Conde d’Óbidos) 21 396 4257 | © 20h/3h; 5ª a Sáb. 20h/4h | - Dom. | U Tasca do Chico R. Diário de Notícias, 39 (Bairro Alto) © 12h/4h Tejo Bar Beco do Vigário, 1 (Alfama) © 22h/2h Terraço (O) Cç. Marquês de Tancos, 3 (Castelo) | © 12h/21h

Tuatara R. do Centro Cultural, 27 (Alvalade) 21 849 8953 | © 10h/7h | - Dom.

Estes e muitos outros restaurantes e bares de todo o país em www.guiadanoite.net

Twin’s Lx R. de Cascais, 57 (Alcântara) 21 361 0310 | © 4ª e 5ª 22h/4h; 6ª e Sáb. 22h/6h | - Dom. a 3ª

© Horário - Dias de encerramento U Fumadores ou área específica

Underground Lisbon Parque de estacionamento do Marquês de Pombal (Marquês de Pombal) | U Void Club R. Cintura do Porto, Arm. H, Naves A-B (Rocha Conde d’Óbidos) 21 395 5870 | © 23h/6h | - Dom.; 2ª | U

€ até 10 euros €€ de 10 a 15 euros €€€ de 15 a 25 euros €€€€ de 25 a 45 euros €€€€€ acima de 45 euros

W Disco R. Maria Luísa Olstein, 13 (Alcântara) 21 363 6830 | © 24h/6h | - 2ª; 3ª e 5ª

Directora Sandra Silva | Coordenação editorial Fernanda Borba | Assistente Editorial Patrícia Raimundo | Redacção C. Sá, Fernanda Borba, Maria João Veloso, Myriam Zaluar, Natacha Gonzaga Borges, Patrícia Raimundo, Sandra Silva | Revisão Fernanda Borba | Design gráfico e paginação Inês Sena | Fotografia Kátia Castelo Branco, Hugo Narciso, Pedro Cláudio, Pedro Guimarães, Raquel Carteiro, Ricardo Reis | Colaboradores Alexandre Cortez Pinto, João Silveira Ramos, Mafalda Lopes da Costa, Patrícia Brito, Patrícia Maia e Vítor Belanciano | Fotografia da capa Inês Sena | Impressão Sogapal | Copyright 101 Noites – Criação de Produtos Culturais, Lda | Tiragem e circulação: 35.000 exemplares | Periodicidade Trimestral

Contacta-nos! guiadanoite@guiadanoite.net | redaccao@guiadanoite.net | publicidade@guiadanoite.net 101 Noites - Criação de Produtos Culturais, Lda | Largo de Stº Antoninho, nº 3 | 1200-406 Lisboa | Tel. 21 343 22 52 | 101noites@101noites.com | www.101noites.com | www.myspace.com/101noites www.guiadanoite.net | Assinatura Anual: 5 euros

Guia da Noite Lx magazine 63


Banda Sonora »

Playlist de Alexandre Cortez

Músico, compositor, produtor, professor e sócio do MusicBox, o baixista dos Rádio Macau é igualmente o mentor dos Wordsong, um projecto pluridisciplinar que cruza a poesia com a música e o vídeo e que irá apresentar-se no MusicBox no dia 20 Junho às 23h30, num espectáculo integrado no Festival Silêncio! Em ocasiões especiais, também gosta de vestir a pele de DJ, por isso o Guia da Noite desafiou-o a eleger 10 músicas para a banda sonora desta edição de Verão. 64 Guia da Noite Lx magazine

Lista de canções para o início de um Verão tardio!! 1. Janta » Marcelo Camelo / Sou 2. Family Tree » Tv on the Rádio / Dear Science 3. My Girls » Animal Collective / Merriweather Post Pavilion 4. Red and Purple » The Dodos / Visiter 5. Mansard Roof » Vampire Weekend / Vampire Weekend 6. Parachute » Shugo Tokumaru / Exit 7. Cello Song » The Books / Dark was the night (colectânea) 8. On the Water » The Walkmen / You and Me 9. Epillepsy is Dancing » Antony and the Johnsons / The Crying Light 10. Beyond here Lies Nothin’ » Bob Dylan / Together Through Life


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