GUIAOFFSHORE MAGAZINE
EDITORIAL
Mais recursos para formação e capacitação de mão de obra Investir em pesquisa e desenvolvimento (P&D) na cadeia de óleo e gás é vital para um país que deseje ter o mínimo de soberania sobre seus recursos petrolíferos. E até que não estamos investindo pouco em P&D. De 1998 a 2011 foram gerados R$ 6,2 bilhões em valores correntes para aplicação em pesquisa e desenvolvimento, sendo que metade foi para instituições de pesquisa em universidades brasileiras espalhadas por 21 estados. Apenas para aportes em infraestrutura laboratorial foram destinados R$ 1,1 bilhão. Mas representantes da área petrolífera, entrevistados pela Guiaoffshore Magazine, defendem maior flexibilização na legislação para aplicação destes recursos, sobretudo em formação e capacitação de mão de obra. A cláusula, regulamentada pela ANP, e prevista nos contratos de concessão desde 1998, estabelece que 1% da receita bruta obtida nos campos de grande produção ou de alta rentabilidade seja destinada ao desenvolvimento do tema, que inclui também formação de mão de obra. O que pleiteia a indústria é que os próximos contratos, já sob o regime de partilha – em que está inserido o pré-sal – ofereçam um leque de opções maior para o aporte das empresas. “Hoje temos a seguinte situação: 50% dos recursos provenientes da cláusula podem ser investidos internamente, e o restante deve ser direcionado às universidades, que investem em infraestrutura laboratorial e em centros de pesquisa”, explica o gerente de Tecnologia do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) e presidente do Centro de Tecnologia em Dutos (CTDUT), Raimar van den Bylaardt. Ele ressalta que atualmente o regulamento relativo aos aportes em pesquisa e desenvolvimento não define um percentual mínimo que deve ser direcionado para a capacitação de recursos humanos. “É preciso trabalhar de forma mais objetiva para a formação de especialistas em diversos setores. Deveríamos estar destinando, minimamente, algo na ordem de 10% dos recursos disponíveis para o desenvolvimento de mão de obra”, critica. Também ouvimos especialistas de segurança que relatam que os recentes casos de vazamentos em poços petrolíferos na costa brasileira decorrem da falta de ações preventivas nas atividades do setor. Segen Stefen Farid, diretor de Tecnologia e Inovação da Coppe/UFRJ, acredita que os vazamentos recentes não têm relação direta com a idade ou estado das plataformas, até porque os casos aconteceram durante a fase de exploração. “Acho que o setor como um todo precisa fazer um esforço maior de prevenção, criando procedimentos claros e padronizados de segurança e inspeção. O pré-sal não pode esperar que isso aconteça. Esse processo deve ser conduzido em paralelo à prospecção, exploração e produção”, avalia. Nós assinamos embaixo.
Boa leitura! Marco Antonio Monteiro Editor
Indústria de petróleo e gás pede mais flexibilidade nos investimentos em P&D
2 Prevenção a passos de tartaruga
9 Uma corrida contra o tempo
14 Libra aposta nas operações multimodais
18 Cummins terá fábrica em Itatiba com investimento de US$ 37 milhões
22 GUIAOFFSHORE MAGAZINE Redação Redação: Marco Antonio Monteiro (Editor), Elisa Soares, Maria Carolina Ferreira e Vinicius Medeiros (Repórteres), Marina Lazzarotto (Pesquisa) Arte e Diagramação Diagramação: Lourenço Maciel Publicidade / Comercial Comercial: Luiz Eduardo Jannuzzi (luizeduardo@guiaoffshore.com.br) Telefone da Redação (21) 2240-5077 – Email: releases@guiaoffshore.com.br Endereço (sede própria): Rua Evaristo da Veiga, 35 sala 1512 – Centro Rio de Janeiro – CEP 20031-040 A revista Gui@offshore Magazine é uma publicação da editora MCM Comunicação Ltda, proprietária do portal Gui@offshore (www.guiaoffshore.com.br). A versão digital desta revista pode ser lida no seguinte endereço eletrônico: http://www.guiaoffshore.com.br/ revista_gm9.pdf
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GUIAOFFSHORE MAGAZINE
Recursos Humanos
Indústria de petróleo e gás pede mais flexibilidade nos investimentos em P&D Por Elisa Soares
Representantes da cadeia de óleo e
de-obra. O que pleiteia a indústria é que os próximos
gás defendem maior flexibilização
contratos, já sob o regime de partilha – em que está
na legislação para aplicação de
inserido o pré-sal – ofereçam um leque de opções maior
recursos
para o aporte das empresas.
petrolíferas
das em
desenvolvimento cláusula,
companhias pesquisa
e
(P&D).
A
regulamentada
pela
Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e
prevista
nos
contratos
de
concessão desde 1998, estabelece que 1% da receita bruta obtida nos campos de grande produção ou de
“Hoje temos a seguinte situação: 50% dos recursos provenientes
da
cláusula
podem
ser
investidos
internamente, e o restante deve ser direcionado às universidades,
que
investem
em
infraestrutura
laboratorial e em centros de pesquisa”, explica o gerente de Tecnologia do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) e presidente do Centro de Tecnologia em Dutos (CTDUT), Raimar van den Bylaardt.
alta rentabilidade seja destinada
De 1998 a 2011 foram gerados R$ 6,2 bilhões em
ao desenvolvimento do tema, que
valores correntes para aplicação em pesquisa e
inclui também formação de mão-
desenvolvimento,
sendo
que
metade
foi
para
instituições de pesquisa em universidades brasileiras Fabiano Veneza
espalhadas por 21 estados. Apenas para aportes em infraestrutura laboratorial foram destinados R$ 1,1 bilhão. Segundo diretor do Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Maurício Guedes, grande parte do volume de recursos provenientes
da
cláusula
foram
aplicados
pela
Petrobras. “Nos últimos anos duas áreas receberam investimentos
importantes:
infraestrutura
laboratorial e formação de recursos humanos por meio de bolsas”, diz Guedes. Para ele, a decisão de diversificação nos aportes foi Raimar van den Bylaardt, gerente de Tecnologia do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) e presidente do Centro de Tecnologia em Dutos (CTDUT).
acertada, já que o avanço tecnológico e a qualificação dos recursos humanos determinam o futuro tanto da indústria do petróleo, quanto pós-petróleo. Ele estima
2
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
que a UFRJ receba uma das maiores parcelas referentes
Deste total, cinco mil bolsas serão
à clausula. “Do montante total investido pela Petrobras
patrocinadas pela Petrobras (ver
em universidades, de 30% a 50% é feito na UFRJ”,
Box).
afirma. A Petrobras foi procurada para precisar o
entretanto,
os
valor, mas não comentou esse assunto.
investimento
ainda
Bylaardt
também
defende
a
importância
da
qualificação dos trabalhadores do setor de petróleo e gás. “O preparo da mão de obra é fundamental para
Segundo
integralmente estão
inclusos
a
companhia, valores não
fechados, na
de estão
e
cláusula
não de
pesquisa e desenvolvimento.
atender o crescimento da demanda não só por pesquisa
Mesmo com todos esses projetos,
e desenvolvimento, mas por funcionários técnicos
Bylaardt admite que o volume total
especializados no setor”, assinala. O gerente do IBP
investido na formação de mão de obra
explica
qualificada para o setor é pouco em
que
estão
sendo
feitos
dois
tipos
de
investimentos: o Plano Nacional de Qualificação
relação
Profissional (PNPQ), do Programa de Mobilização da
Atualmente o regulamento relativo
Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp)
aos
criado pelo Governo Federal, que capacita mão de obra
desenvolvimento não define um
de nível básico até superior.
percentual mínimo que deve ser
“Neste programa a Petrobras já aportou mais de R$ 200 milhões”, acrescenta.
ao
aportes
total em
arrecadado. pesquisa
e
direcionado para a capacitação de recursos
humanos.
“É
preciso
trabalhar de forma mais objetiva
O segundo tipo de aportes da petroleira é em conjunto
para a f o r m a ç ã o d e e s p e c i a l i s t a s
com o programa de recursos humanos da ANP, o PRH. O projeto é similar ao Prominp e estimula a formação de graduandos, mestrandos e doutorandos na cadeia de óleo e gás. O PRH disponibiliza, ainda, um conjunto de bolsas de estudo para essa qualificação nas universidades
brasileiras.
A
currículo
instituições
de
de
ideia
é
ensino
incluir,
no
brasileiras,
disciplinas para atender às necessidades específicas da indústria do petróleo, gás natural e biocombustíveis. No total, Bylaardt estima que R$ 220 milhões já foram investidos para formação de mão de obra para o setor desde que a cláusula foi inserida pela ANP nos contratos de concessão. Parecido com o PRH, o Programa Ciência sem Fronteiras, do governo federal, também incentiva a qualificação da mão de obra, só que oferece bolsas de estudo no exterior. A ideia é promover a consolidação, expansão e internacionalização das áreas de ciência e tecnologia, inovação e da competitividade brasileira por
meio
do
intercâmbio
e
da
mobilidade
internacional. O projeto fornecerá 101 mil bolsas de estudos até 2014 para alunos brasileiros de graduação e pós-graduação em instituições internacionais, sendo
Maurício Guedes, Diretor do Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
que 75 mil bolsas serão financiadas pelo governo, e as restantes apoiadas por empresas brasileiras.
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GUIAOFFSHORE MAGAZINE
em diversos setores. Deveríamos
quais R$ 500 milhões podem ser
estar
aplicados
destinando,
minimamente,
internamente
pelas
algo na ordem de 10% dos recursos
companhias e o restante vai para
disponíveis para o desenvolvimento
as universidades. O único problema
de mão de obra”, critica.
da
Segundo o gerente do IBP, analisando
Camerini, é que as tecnologias desenvolvidas nos centros de
os valores provenientes do CT-Petro,
legislação
atual,
defende
pesquisa das faculdades não estão chegando às empresas. “Quase 95% das tecnologias permanecem nas bancadas dos centros. O desafio é fazer essas inovações chegarem aos fornecedores”, contesta o superintendente. Ele afirma que
fundo setorial do petróleo formado por um percentual dos royalties pagos ao governo pelas empresas exploradoras de petróleo e gás, o montante aportado em recursos humanos não ultrapassa 2% do total. “Já na cláusula de P&D, os investimentos feitos pela Petrobras nos últimos anos chegam a 8%. Neste ponto é atingida uma parcela mais significativa”,
explica
Bylaardt,
defendendo, entretanto, que os
recursos
regulamento que
deveriam
provenientes são
do
privados
ser
e
direcionados
exclusivamente ao desenvolvimento de tecnologias. “Entendo que a formação de mão de obra especializada seja uma responsabilidade de governo. É ele quem
deveria
estar
colocando
dinheiro maciço nisso. A Petrobras está qualificando pessoas devido à total falta de recursos humanos necessários para enfrentar todas as obras
que
estão
acontecendo”,
desabafa Bylaardt. Tendo em vista um planejamento de longo prazo, no entanto, ele defende que os recursos
para
pessoal
sejam
qualificação pensados
de com
dinheiro do governo. FLEXIBILIZAÇÃO. O superintendente da
Organização
Indústria
do
Nacional
Petróleo
da
(Onip),
Carlos Soligo Camerini, calcula que sejam gerados, anualmente, R$ 1 bilhão a partir da cláusula de pesquisa e desenvolvimento, dos
4
ANP autoriza Petrobras a investir R$ 320,9 milhões em formação de recursos humanos A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) autorizou a Petrobras, em março deste ano, a investir R$ 320,9 milhões no programa Ciência sem Fronteiras, do Governo Federal. O pleito da empresa foi aprovado pela Diretoria Colegiada da Agência no último dia 29 de fevereiro. Os recursos serão destinados à concessão de cinco mil bolsas de estudo para graduação (2.754 bolsas) e doutorado (1.901 bolsas), na modalidade sanduíche - em que o aluno estuda no exterior por até 12 meses e retorna ao País para continuar o curso - e outras 345 bolsas de doutorado pleno, com duração de até 48 meses, entre 2012 e 2017. O valor aprovado inclui despesas referentes a passagem aérea de ida e volta, em classe econômica, auxílio instalação, seguro saúde e despesas com taxas escolares no exterior. Os alunos contemplados vão participar e desenvolver projetos relacionados à indústria do petróleo, gás natural, energia e biocombustíveis. Os recursos são provenientes da Cláusula de Investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), prevista nos contratos de concessão. Ela determina que as empresas petrolíferas concessionárias invistam em seus centros de pesquisa no Brasil, ou em instituições de pesquisa nacionais, 1% da receita bruta que obtêm nos campos de grande produção ou de alta rentabilidade (que pagam Participação Especial). Introduzida pela ANP nos contratos de concessão em 1998, a cláusula de P&D estimula a pesquisa e a adoção de novas
tecnologias na exploração, produção, transporte, refino e processamento de óleo. De 1998 até dezembro de 2011, foram gerados, em valores correntes, recursos para aplicação em pesquisa e desenvolvimento no montante acumulado de R$ 6,2 bilhões. Deste total, cerca de R$ 3,1 bilhões foram aplicados em instituições de pesquisa de 21 estados brasileiros. Só para a infraestrutura destes laboratórios foram destinados R$ 1,1 bilhão. De 2006 a 2012 a ANP também autorizou investimento de R$ 569 milhões em programas de formação de mão de obra especializada para o setor, como o Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp), do Ministério de Minas e Energia, e o Programa de Formação de Recursos Humanos da Petrobras, que prevê a concessão de bolsas para 12.548 alunos de cursos técnicos, graduação, mestrado e doutorado. O programa Ciência sem Fronteiras busca promover a consolidação, expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade brasileiras por meio do intercâmbio e da mobilidade internacional. A iniciativa é fruto de um esforço conjunto dos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Ministério da Educação (MEC), por meio de suas respectivas instituições de fomento - CNPq e Capes -, e Secretarias de Ensino Superior e de Ensino Tecnológico do MEC. O projeto prevê a concessão, nos próximos quatro anos, de até 75 mil bolsas de intercâmbio.
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
uma solução possível seria permitir
e gás para que a questão seja
de incubadoras de empresas. Por
que
resolvida. “O que precisamos é
isso, ele também defende uma
garantir a inovação. É necessário
alteração no texto do regulamento,
o incentivo às universidades para
que hoje não permite o aporte de
que elas completem o ciclo de
recursos nesse tema.
as
petrolíferas
investissem
diretamente nas empresas. “Não estamos defendendo o fim do apoio financeiro às universidades, mas queremos parcelas para todos da cadeia. O funil tecnológico é de tal tamanho, que o recurso deveria ir
direto
acrescenta
para
as
Camerini,
empresas”, reiterando
que o dinheiro investido é privado, portanto as companhias deveriam ter
permissão
para
investirem
onde desejassem.
inovação associando-se a empresas brasileiras
para
que
elas
se
inteirem dos projetos e fabriquem os produtos”, afirma o gerente de tecnologia do IBP. De
acordo
“A cláusula adotou postura muito conservadora,
restritiva
e
privilegiou a área da pesquisa e desenvolvimento,
esquecendo-se
da importância da inovação para o
com
ele,
falta
às
setor”.
Segundo
ele,
uma
das
universidades brasileiras a cultura
melhores maneiras para que o
de promover integração com o setor
conhecimento da universidade seja
produtivo,
problema
transformado em bens e serviços
mesmo
identificado por Camerini, porém
para a sociedade é por meio da
Bylaardt também vê gargalos na
com proposta de solução distinta.
criação
transferência de tecnologias das
Mauricio
doutorandos
universidades para as companhias,
tecnológico
e apoia a flexibilização na cláusula,
enxerga a necessidade de maior
transformá-lo. “Quanto a isso, o
mas entende que os recursos não
interação do meio acadêmico com a
regulamento da ANP tem inibido
precisam ser deslocados para os
indústria, e entende que isso possa
investimentos em incubadoras de
fornecedores da cadeia de petróleo
ser alcançado por meio da criação
empresas,
Guedes, da
do
parque
UFRJ,
também
de
conhecimento
empresas que e
detêm que
mecanismo
por esse podem
poderoso
5
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
para estimular a transformação de
que deve ser aplicado em pesquisa
cláusula de pesquisa e desenvolvimento
conhecimento em algo que beneficie
e desenvolvimento nos contratos de
renderá, aproximadamente, R$ 70
a indústria. Isso deverá ser revisto
partilha. “Nesse caso, defendo a
bilhões na próxima década.
este ano”, adianta o diretor.
idéia de que precisamos fazer um
Guedes
explica
que
está
estudo prospectivo, olhando para as
em
necessidades
consulta pública o regulamento
do
país
para
os
próximos dez anos”, diz Bylaardt.
para o cadastro de instituições de
“Estamos falando em valores dez vezes maiores do que o registrado até hoje, mas não é possível dizer se o montante é muito ou pouco
ciência e tecnologia autorizadas a
Ele projeta que, se mantida a legislação
frente os desafios impostos pelo pré-
receber recursos da cláusula de
atual para os regimes de partilha, e caso
sal”, explica o gerente do IBP. A
pesquisa e desenvolvimento. Está
o preço do barril do petróleo se
ANP foi procurada pela revista mas
em discussão também o percentual
mantenha no patamar de hoje, a
preferiu não se posicionar.
Oil and gas industry calls for more flexibility in R & D Representatives of the oil and gas in-
ment, and half went to research institutions in Brazilian
dustry advocate greater flexibility in
universities spread across 21 states. Only contributions in
the legislation for application of funds
laboratory infrastructure was allocated US$ 1.1 billion.
from oil companies in research and
According to director of the Technological Park of the
development
clause,
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Mauricio
Petroleum,
Guedes, most of the volume of resources from the clause
Natural Gas and Biofuels (ANP) and
were applied by Petrobras. "In recent years two major in-
provided in the concession since 1998,
vestment areas were: laboratory infrastructure and train-
states that 1% of gross revenue ob-
ing of human resources through scholarships," said Guedes.
ruled
by
(R
the
&
D).
National
The
tained in the fields of high output or high profitability is aimed at developing the theme, which also includes training of manpower. The industry is pleading that the next contract, now under the sharing scheme - in which is inserted the pre-salt - offer a greater range of options for the supply
companies.
"Today we have the following situation: 50% of the proceeds of the clause may
be
invested
domestically,
and
the rest should be directed to universities, investing in laboratory infra-
agreed, as the technological advancement and qualification of human resources determine the future of both the oil industry, and the post-oil. He estimates that the UFRJ receives one of the largest portions relating to the clause. "Of the total amount invested by Petrobras in universities, 30% to 50% is done at UFRJ," he says. Petrobras has been contacted to define the value, but did not comment on this subject. Bylaardt also advocates the importance of skills of workers in the oil and gas. "The preparation of manpower is essential to meet the growing demand not only for research and development, but for technical staff specialized in the sec-
structure and research centers," ex-
tor," he says. The manager explains that are being made
plains the manager of Technology of
two types of investments: the National Vocational Qualifi-
the Brazilian Institute of Petroleum,
cation (PNPQ), the Program for Mobilization of the National
Gas and Biofuels (IBP) and president
Oil and Natural Gas (Prominp) created by the Federal Gov-
of the Center for Technology in Pipe-
ernment, which enables man-work level to top.
lines
6
For him, the decision to diversify in contributions was
(CTDUT),
Raimar
van
den
"In this program, Petrobras has already landed more than
Bylaardt.
R$ 200 million," he adds.
From 1998 to 2011 were generated
The second type of contributions of the oil is in conjunction
US$ 6.2 billion in current values for
with the program of human resources of the ANP, the HRP.
application in research and develop-
The project is similar to Prominp and stimulates the for-
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
mation of undergraduates, masters and doctoral students
FLEXIBILIZATION. The superintendent of the National Or-
in the chain of oil and gas. The HRP provides also a number
ganization of the Petroleum Industry (Onip), Carlos Soligo
of scholarships for this qualification in Brazilian universi-
Camerini, estimates that are generated annually
ties. The idea is to include in the curriculum of Brazilian
billion from the provision of research and development, of
educational institutions disciplines to meet the specific needs
which R$ 500 million can be used internally by compa-
of the petroleum industry, natural gas and biofuels. In to-
nies and the rest goes to universities. The only problem
tal, Bylaardt estimates that R$ 220 million has been in-
with the current legislation, Camerini argues, is that the
vested in training of manpower for the sector since the
technologies developed in research centers of the faculties
clause was inserted by the ANP in the concession contracts.
are not getting to the market.
Similar to PRH, without Frontiers Science Program, the
"Almost 95% of the technologies remain in the stands of
federal government also encourages the qualification of
the centers. The challenge is to make these innovations
labor, but only offers scholarships abroad. The idea is to
reach the suppliers ". He says that one possible solution
promote the consolidation, expansion and international-
would be to allow oil companies to invest directly in com-
ization of science and technology, innovation and competi-
panies.
tiveness through the exchange Brazilian and international
R$ 1
"We're not advocating the end of the financial support to
mobility. The project will provide 101,000 scholarships
universities, but we want it
for Brazilian students by 2014 undergraduate and post-
portions of the chain. The funnel technology is of such size
to be widely spread to all
graduate studies in international institutions, and 75,000 scholarships are funded by government, and the other supported by Brazilian companies. Of this total, five thousand scholarships are sponsored by Petrobras (see box). According to the company, however, the investment amounts are not yet fully closed, and are not included in the provision of research and development. Even with all these projects, Bylaardt admits that the total amount invested in the training of skilled manpower for the sector is small relative to the total collected. Currently the regulation on contributions in research and development does not set a minimum percentage that should be directed to the training of human resources. "You have to work more objectively for the training of specialists in various industries. We should be allocating, minimally, on the order of 10% of available resources for the development of manpower�,
criticizes.
According to the manager of IBP, analyzing the values from the CT-Petro, oil sectorial fund formed by a percentage of royalties paid to governments by companies exploiting oil and gas, the amount contributed in human resources does not exceed 2% of the total. "In the provision of R & D investments by Petrobras in recent years to reach 8%. This point is reached a most significant portion, "explains Bylaardt, arguing, however, that the proceeds of the regulation are private and which should be directed solely to the development of technologies. "I understand that the training of skilled labor is a responsibility of government. It should be the responsible for putting in this massive money. Petrobras is qualifying people due to total lack of human resources needed to meet all the works
Carlos Soligo Camerini, The superintendent of the National Organization of
that are happening ", says Bylaardt. Given a long-term plan-
the Petroleum Industry (Onip)
ning, however, he argues that the resources for personnel qualification are designed with government money.
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GUIAOFFSHORE MAGAZINE
that the money should go straight to the companies, "adds Camerini, reiterating that the money is private, so companies should be allowed to invest
ANP authorizes Petrobras to invest R$ 320.9 million in human resources training
where they want. The National Agency of Petroleum, Natu-
of oil. From 1998 to December 2011 were
ral Gas and Biofuels (ANP) authorized
generated in current values, resources to
nology transfer from universities to
Petrobras in March this year to invest R$
undertake research and development in the
companies, and supports flexibility in
320.9 million in the Without Borders Sci-
aggregate amount of R$ 6.2 billion. Of this
the provision, but believes that re-
ence Program created by the Federal Gov-
total, about R$ 3.1 billion were invested in
sources need not be displaced for sup-
ernment. The funds are intended to award
research institutions in 21 states. Just for
five thousand scholarships for undergradu-
the infrastructure for these laboratories
ate (2754) and Ph.D. (1901) in the sandwich
were R$ 1.1 billion.
Bylaardt also sees bottlenecks in tech-
pliers of oil and gas chain for that matter is resolved. "What we need is to
mode - in which students study abroad for
ensure innovation. It is necessary in-
up to 12 months and returns to the country
centives to universities to complete
to continue the course - and 345 other full
the
partnering
doctor fellowships, lasting up to 48 months
with Brazilian companies so that they
between 2012 and 2017. The approved
cycle
of
take part of
innovation
design and manufacture
the products, "says Bylaardt.
amount includes expenses related to airfare roundtrip, economy class, installation assistance, health insurance and tuition ex-
According to him, Brazilian univer-
penses abroad. Students will participate
sities need to promote the culture of
contemplated and develop projects related
integration with the productive sector,
same
problem
identified
by
Camerini, but with proposed different solution. Mauricio Guedes, director of UFRJ technology park, also sees
to the petroleum industry, natural gas, energy and biofuels. The funds come from the clause Investments in Research and Development (R & D), provided in the concession contracts. It determines that oil companies invest in their
the need for greater interaction of
dealerships research centers in Brazil, or
academia with industry, and believes
national research institutions, 1% of gross
that this can be achieved through the
revenue they get in the fields of high pro-
creation
of
business
incubators.
Therefore, he also advocates a change in
the
regulation,
which
currently
does not allow the allocation of resources in this subject.
duction or high-yield (which pay Special Participation).
From 2006 to 2012 the ANP also authorized investment of R$ 569 million in training programs for skilled labor for the sector, as the Mobilization Program of the National Oil and Natural Gas (Prominp),from the Ministry of Mines and Energy, and Petrobras' Training Program of Human Resources, which provides scholarships granting to 12,548 students in technical courses, undergraduate, master's and doctorship degrees. Without Frontiers Science Program seeks to promote the consolidation, expansion and internationalization of science and technology, innovation and competitiveness through the exchange Brazilian and international mobility. The initiative is the result of a joint effort of the Ministries of Science, Technology and Innovation (MCTI) and the Ministry of Education (MEC), through their respective funding agencies - CNPq and Capes -, and Departments of Edu-
Introduced by ANP in the concession in
cation and Higher Education Technological
1998, the clause R&D stimulates research
(MEC). . The project intends to grant up to
and adoption of new technologies for explo-
75,000
ration, production, refining and processing
next four years.
exchanging scholarships over the
"The clause adopted a very conservative
posture,
restrictive
and
privi-
leged area of research and develop-
viewed this year, "says the director.
He projects that, if maintained in the
ment,
of
Guedes explains that is in public con-
current legislation for the sharing ar-
innovation for the industry." He said
sultation the regulations for the reg-
forgetting
the
importance
one of the best ways for knowledge of the university to be transformed into goods
and
services
to
society
is
through the creation of enterprises by doctoral students holding this knowledge. "In this regard, the regulation
istration of science and technology institutions authorized to receive funds clause of research and development. It is also in discussion the percentage that should be applied in research and
rangements, and if the price of a barrel of oil be kept at a level of today, the provision
of
research
and
develop-
ment will yield approximately R$ 70 billion over the next decade. "We are talking about values ten times greater than reported to date, but can
of ANP has inhibited investment in
development in sharing contracts. "In
business incubators, powerful mecha-
that case, I support the idea that we
or low to face the challenges posed by pre-
nism to stimulate the transformation
need to do a prospective study look-
salt," explains the manager of the IBP.
of knowledge into something that ben-
ing at the country's needs for the next
The ANP was contacted by the magazine
efits the industry. This should be re-
ten years," says Bylaardt.
but declined to stand its opinion.
8
not say now whether the amount is high
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
Upstream
Prevenção a passos de tartaruga Por Vinicius Medeiros
estudos geológicos, delega poucos recursos para uma
Vazamentos se repetem na costa brasileira e ilustram a pouca preocupação do setor petroleiro com ações preventivas
iniciativa ainda mais importante: prevenção. Dois casos recentes e emblemáticos, envolvendo a mesma empresa, marcaram o setor nos últimos meses. Cerca de quatro meses após o primeiro incidente no Campo Frade, na Bacia de Santos, a Chevron não teve como negar que o problema enfrentado era bem mais complexo do que o inicialmente propalado – uma
O risco é inerente ao desafio
distância de 3 km separava os dois vazamentos.
exploratório e o setor de petróleo e
Em suma, o buraco era realmente mais embaixo,
gás tem consciência disso. Ainda
abaixo da camada pré-sal, para ser mais exato. “O
assim, apesar do desconhecido ser
aumento no número de casos é proporcional à
desvendado
aos
pela
complexidade e ao crescimento da operação em águas
tecnologia,
a
poucos
prospecção,
profundas. Não tem jeito, já que se trata de algo novo
exploração e produção do pré-sal
e inegavelmente de risco”, reconhece Alberto Machado,
vêm deixando um rastro que, no
diretor executivo de Energia, Petróleo e Gás &
fim das contas, acaba sendo pago
Petroquímica da Associação Brasileira de Máquinas e
pelo meio ambiente, como os
Equipamentos (Abimaq).
recentes
vazamentos
na
costa
brasileira estão nos mostrando. Para tentar diagnosticar as causas desse crescimento no número de incidentes, ouvimos especialistas e
Mais do que uma falha técnica, o acidente da Chevron foi sintomático para mostrar que, independentemente da operadora, o risco é o mesmo (e grande) para todos. “O caso da Chevron em si é basicamente uma questão
mesma
técnica, que envolve, por exemplo, estudos geológicos
indústria que injeta bilhões na
da região. Temos uma visão mais política, que se
construção
e
relaciona com a quebra do monopólio da Petrobras (em
obra
1999), a chegada de empresas estrangeiras e o início
complexos
de uma exploração predatória”, acredita Marcos Breda,
constatamos
sondas,
que de
em
especializada
plataformas mão
e
a
em
de
9
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
diretor do Sindicato dos Petroleiros
Embora o consenso aponte para a
atividade como essa representa o
do Norte Fluminense (Sindipetro-NF).
necessidade de ações preventivas,
custo infinito. É preciso entender
o setor ainda caminha em passo de
que, como em qualquer outro setor,
tartaruga nessa direção. Um bom
há uma viabilidade econômica que
Breda cita também o estado de algumas plataformas como fonte de preocupação e critica a falta de diálogo
com
os
operadores.
“Percebemos que a política do bom, bonito e barato impera nessas
exemplo é o Plano Nacional de Contingência (PNC), que ainda não foi implementado pelo governo federal. O desenvolvimento de uma
cultura
preventiva,
horas. É comum, por exemplo, o uso
portanto, é o caminho natural
de
para mitigar os problemas. Mas...
equipamentos
restaurados
para
antigos evitar
e
novos
precisa ser respeitada. Ao mesmo tempo, o pré-sal impõe desafios nunca antes experimentados e o setor
naturalmente
acertos. Obviamente, prevenção deve
ser
uma
preocupação
constante,
recebe constantes denúncias de
prevenir tudo”, diz.
impossível
sistema de sensoriamento remoto
mais ampla do que acontece, já que,
(por satélite) com informações
à exceção da Petrobras, as demais reconhecem
é
é problema. “A Coppe dispõe de um
Sindipetro-NF não tem uma noção
não
mas
Já Farid lembra que tecnologia não
conservação das plataformas. ”A
operadoras
se
desenvolver com os seus erros e
investimentos”, diz. Ele revela que petroleiros sobre mau estado de
vai
geológicas e de dinâmica marinha
a
entidade. O que acontece nas
que identifica vazamentos. Não me
plataformas de outras empresas é
pergunte por que, mas prestamos
uma incógnita”, diz.
serviço para empresas que operam no Golfo do México. Ou seja, há
Embora admita que a conservação
tecnologia e mão de obra para
das plataformas seja um foco em
executar o trabalho de prevenção”,
potencial de preocupação, Segen
destaca.
Stefen Farid, diretor de Tecnologia e Inovação da Coppe/UFRJ, não associa os acidentes a isso. “Os vazamentos
recentes
não
têm
Alberto Machado, diretor executivo de Energia, Petróleo e Gás & Petroquímica da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq)
relação direta com a idade ou estado das plataformas, até porque
Procurada para comentar o PNC e que tipo de ações estuda para aumentar
a
fiscalização
operações
offshore,
a
nas
Agência
Nacional de Petróleo (ANP) não
os casos aconteceram durante a fase
respondeu à reportagem. Indagada
de exploração. Acho que o setor
“Quando se fala em cultura de
como um todo precisa fazer um
prevenção, esbarramos novamente
sobre o estado atual de suas
esforço
prevenção,
na política do bom, bonito e barato.
plataformas, a Petrobras fez o
criando procedimentos claros e
Faltam ações concretas, como, por
mesmo.
padronizados
exemplo, mais investimento na
empresa, por meio de sua assessoria
capacitação de fiscais. No Brasil,
de imprensa, confirmou que possui
espera-se para ver o que vai
116 plataformas de produção em
acontecer”, critica Bredas.
operação
maior
de de
segurança
e
inspeção. O pré-sal não pode esperar que isso aconteça. Esse processo deve ser conduzido em paralelo à prospecção, exploração
Alberto
e produção”, avalia.
ponderado. “O risco zero numa
10
Machado
é
mais
Em
na
contrapartida,
costa
a
brasileira,
número que deve subir a 127 até o final de 2013.
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
Prevention at a slow pace Leaks are repeated on the Brazilian coast and illustrate the little concern of the oil industry with preventive actions The risk is inherent to the challenging exploratory oil and gas in-
focus of concern, Segen Stefen Farid, director of Technology and
dustry and it is aware of this. Still, despite the unknown be solved
Innovation Coppe / UFRJ, doesn´t associate the accidents to it. "The
gradually by technology, exploration, exploitation and production
recent leaks have no direct relation with age or state of the plat-
of pre-salt are leaving a trail that ultimately ends up being paid by
forms, because the cases occurred during the exploration phase. I
the environment, as recent leaks on the Brazilian coast have been
think the industry as a whole needs to do more prevention, creat-
showing. To try to diagnose the causes of this growth in the number
ing clear procedures and standardized safety and inspection. The
of incidents we heard experts and found that the same industry that
pre-salt can not expect that to happen. This process should be con-
injects billions to build platforms and rigs, in skilled labor and com-
ducted in parallel to prospecting, exploration and production, "he
plex geological studies, delegates limited resources to an initiative
says.
even more important : prevention.
Although the consensus points to the need for preventive measures,
Two recent emblematic cases, involving the same company, marked
the sector still walks at a slow pace in that direction. A good ex-
the industry in recent months. About four months after the first
ample is the National Contingency Plan (NCP), which has not yet
incident in the Frade Field, Campos Basin, Chevron couldn´t deny
been implemented by the federal government. The development of
that the problem faced was far more complex than initially touted
a preventive, therefore, is the natural way to mitigate the prob-
- a distance of 3 km separated the two leaks.
lems. But ... "When we talk about culture of prevention, we bump
"The increase in the number of cases is proportional to the complex-
back again into the politics of good, nice and cheap. There is a lack
ity of the operation and growth in deep water. There is no other way,
of concrete actions as more investment in training of inspectors.
since this is something new and undeniable risky, "admits Alberto
In Brazil, we wait to see what will happen, "criticizes Bredas.
Machado, CEO of Energy, Oil & Gas & Petrochemical Brazilian Asso-
Alberto Machado has a different pondering view. "The zero risk in
ciation of Machinery and Equipment (Abimaq).
an activity such as this represents the infinite cost. It is critical to
More than a technical fault, the accident at Frade Field was symp-
understand that, as in any other sector, there is economic viabil-
tomatic to show that, regardless the operator, the risk is the same
ity that needs to be respected. At the same time, the pre-salt poses
(and large) for all. "The case of Chevron itself is basically a technical
challenges never before experienced, and the industry will develop
matter, involving, for example, geological studies of the region. We
naturally from their mistakes and successes. Obviously, preven-
have a more political view that relates to breaking of Petrobras’ mo-
tion should be a constant concern, but it is impossible to prevent
nopoly ( in 1999), followed by the arrival of foreign companies and
everything, "he says.
the beginning of a predatory exploitation," says Mark Breda, direc-
Farid points out that technology is no problem. "Coppe has a sys-
tor of the Oil Workers Union of North Fluminense (Sindipetro-NF.)
tem of remote sensing (satellite) with geological information and
Breda also cites the state of some platforms as a source of concern
dynamic marine identifying leaks. Do not ask me why, but we pro-
and criticizes the lack of dialogue with operators. "We realized that
vide service to companies operating in the Gulf of Mexico. That is,
the policy of good, nice and cheap reigns in these hours. It is com-
there are technology and manpower to run the prevention work,
mon, for example, the use of old equipment and restored to avoid
"he says.
new investments, "he says. He reveals that receives constant com-
Sought for comment on the PNC and that type of action studies to
plaints from oil workers about poor state of conservation of the plat-
increase supervision in offshore operations, the National Petro-
forms. "The Sindipetro-NF has a broader notion of what happens
leum Agency (ANP) did not respond to the report.
because, with the exception of Petrobras, the other operators do not recognize the entity. What happens on the platforms of other companies is unknown, "he says. While admitting that the conservation of platforms is a potential
Asked about the state of conservation of its platforms, Petrobras didn´t reply either. However, the company, through its press office, simply confirmed that has 116 production platforms operating in the Brazilian coast, a number that should rise to 127 by the end of 2013.
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GUIAOFFSHORE MAGAZINE
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GUIAOFFSHORE MAGAZINE
Indústria naval
Uma corrida contra o tempo Por Maria Carolina Ferreira
Apesar de não estar imune aos gargalos que
a mão de obra encontrada em outras regiões
“É muita pretensão querer transformar um
emperram o desempenho da indústria naval,
do País.
canavieiro em soldador da noite para o dia,
o parque produtivo fluminense deverá navegar em águas menos turbulentas do que as que ameaçam o Estaleiro Atlântico Sul (EAS), localizado em Suape (PE), afirmam especialistas. A crítica condição do EAS, que precisa encontrar um sócio para substituir a coreana Samsung e aumentar
A necessidade de formar trabalhadores do zero é justamente um dos fatores que tem prejudicado a produtividade do EAS, argumenta o diretor de Relações com o Mercado do Sistema Firjan, Alexandre dos Antonio Batalha
para
construir
operação
daquele
tamanho”, argumenta Reis. O técnico avalia que o problema do atraso também é decorrente da estratégia operacional adotada para tirar o projeto do EAS do papel. Considerado um marco do período de revitalização via
da
indústria
Promef,
o
naval
níveis produtividade, coloca em nova
brasileira
dimensão o delicado momento em que se
controlado pela Camargo Corrêa e Queiroz
estaleiro
encontra a indústria naval brasileira.
Galvão foi erguido simultaneamente à fabricação do João Cândido, lembra.
Por um lado a forte demanda por equipamentos de exploração de petróleo, capitaneada pela
Sem menosprezar as vantagens geradas
Petrobras que planeja investir R$ 224 bilhões
pela tradição, o diretor do Sistema Firjan
até 2015, estimula o crescimento do setor. Por
avalia que os estaleiros fluminenses
outro o tempo é curto para equacionar
também terão que correr contra o tempo
problemas iminentes como o blackout de mão
para driblar o problema da falta de
de obra qualificada e a ausência de uma cadeia
profissionais especializados. “O mercado
de fornecedores bem estruturada – limitações
de trabalho está atrasado em relação à
herdadas de quase duas décadas de falta de
necessidade da indústria naval”, afirma.
investimentos.
Segundo o Sinaval, sindicato do setor, o parque produtivo brasileiro precisará de
“A vantagem do Rio de Janeiro é a tradição histórica na construção de navios e um portfólio de encomendas com equipamentos
Alexandre dos Reis, diretor de Relações com o Mercado do Sistema Firjan
mais 25 mil profissionais até 2013, sendo que 42% das vagas estarão concentrados no
menos complexos do que os listados na
Rio. Atualmente, a categoria emprega 59
carteira do estaleiro pernambucano”,
mil pessoas em todo o Brasil, das quais 25
observa o superintendente da Organização
Reis. O exemplo mais emblemático neste
mil trabalham no estado.
Nacional da Indústria do Petróleo
sentido é o Suemax João Cândido, cuja
(Onip), Jorge Bruno.
Reis pontua que a procura é por candidatos
entrega está atrasada em um ano e meio. O
com experiência e avalia que o esforço do
Um dos legados da longa experiência do Rio
navio é apenas primeiro de um pacote de
governo em capacitar profissionais para a
na área, afirma Bruno, é um contingente
embarcações do tipo encomendadas por R$
atividade só deverá resolver o gargalo no
de trabalhadores que, embora ainda aquém
2,7 bilhões por meio do Programa de
médio e longo prazos. No curto, afirma, a
da demanda local, está melhor preparado
Modernização e Expansão da Frota da
demanda por pessoal qualificado será um
para atender às necessidades do setor do que
Transpetro (Promef).
entrave, pois a oferta desta mão de obra se
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GUIAOFFSHORE MAGAZINE
da
uma empresa que tenha tecnologia e
6% era pequeno demais para estimular o
interrupção da falta investimentos no
know how na construção de navios para
comprometimento da empresa estrangeira
setor durante as décadas de 1980 e 1990.
entrar no EAS, assim como espero que o
com o País.
“Uma geração de profissionais se perdeu
Eike Batista venda pelos menos mais
“A realidade do setor forçará uma
20% da OSX para a Hyundai”, afirma ao
transição da atual política de reserva de
alegar que sem a tecnologia estrangeira
mercado para uma política industrial,
o setor deverá patinar.
que terá a Petrobras como principal
mas sim seis ou sete anos no cargo, além da
A coreana Hyundai Heavy Industries tem
agente e deverá começar ainda este ano”,
formação técnica”, explica.
participação de 10% estaleiro do bilionário
projeta Pires.
brasileiro, que garantiu recentemente que o
Segundo ele, a reestruturação passará
contrato de transferência tecnológica com a
também pela redefinição das regras de
parceira está bem costurado. O mesmo não
conteúdo local aplicadas à indústria
ocorreu com o EAS. A Samsung, que detinha
naval. Enquanto técnicos como Bruno, da
fatia de 6% no empreendimento, abandonou
Onip, avaliam que restrições a produtos
o barco sem antes repassar a expertise na
importados terão mais efeitos positivos que
fabricação de navios aos sócios nacionais.
negativos, Pires argumenta que sem a
Preocupadas com o impacto do problema no
revisão
cronograma da carteira de encomendas, as
industrial brasileiro será uma referencia
tornou
escassa
como
reflexo
por causa disto e não é um curso de 1.300 horas que vai formar, por exemplo, um profissional em manutenção de calderaria,
O blackout de trabalhadores especializados impõe
a
necessidade
trabalhadores
de
especializados
importar para
a
indústria naval, ressalta o diretor do diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires. Na contramão do discurso oficial, o especialista acredita que a vinda de profissionais estrangeiros para os estaleiros brasileiros seria positiva para
da
o País, na medida em que estimularia a
de
transferência de tecnologia e o crescimento
continuarão
da produtividade do setor. “Técnicos de alta qualidade querem vir para o Brasil e eles poderiam ajudar a formar a mão de obra local, sobretudo em segmentos onde a carência é maior”, defendeu.
A
internacionalização
do
mercado de trabalho no setor naval deveria ser o primeiro passo de uma política voltada para a formação de pessoal, que também incluiria a aproximação dos
“A realidade do setor forçará uma transição da atual política de reserva de mercado para uma política industrial, que terá a Petrobras como principal agente e deverá começar ainda este ano”
regulamentação
ineficiência”.
“Os
estourando
“o
pólo
estaleiros prazos
e
entregando navios três vezes mais caros que a média internacional”, afirma. Citando o exemplo da Coreia do Sul, ele ressalta que os resultados da mudança de postura seriam colhidos no médio e longo prazos. “A indústria naval coreana demorou 30 anos para se tornar a melhor do mundo”, aponta. O tempo é, porém, um fator que opera contra os estaleiros brasileiros. Conforme o Sinaval, a demanda até 2020 será de 50
currículos universitários às necessidades da indústria e a oferta de bolsas de estudos
construtoras correm atrás do prejuízo.
plataformas de produção, 50 sondas de
no exterior para estudantes brasileiros,
Informações que circulam no mercado dão
perfuração, 500 embarcações offshore e
argumenta.
conta de que as companhias negociam a
130 petroleiros, em um total de 6,2 milhões
venda de participação na planta com as
de Tonelagem de Porte Bruto (TPB, medida
japonesas Mitsui e Mitsubishi, com a
relativa à capacidade de carga de um
polonesa Remontowa e a norueguesa LMG.
navio). Isso para uma indústria que
Pires defende ainda uma reestruturação da estratégia que vem sendo adotada para fomentar o parque produtivo naval, com
processa anualmente 570 mil toneladas de
aumento da participação de estrangeiros
Pires acredita que a presidente da
também nos estaleiros nacionais. O
Petrobras, Graça Foster, já percebeu que o
argumento por trás da proposta é que estes
atual modelo é um dos fatores que impe o
mecanismos dariam condições para o setor
setor de deslanchar. Antes de a Samsung
A carteira de encomendas do parque naval
oficializar sua saída do EAS, a executiva
fluminense é a segunda maior do País,
se desenvolver e ganhar competitividade.
aço, volume que deve passar para 1,3 milhão em três anos, segundo a entidade.
defendia a proposta de que a companhia
representando 22,17% do total contratado
“Torço para que Camargo Corrêa e
coreana aumentasse sua parcela no
em de TPB. O maior portfólio (49,79%) está
Queiroz Galvão consigam convencer
negócio, por considerar que o percentual de
justamente nas mãos de Pernambuco.
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A race against time Although not immune to the bottlenecks that hinder the performance of the shipbuilding industry, the industrial park in Rio de Janeiro should sail in waters less turbulent than those that threaten the South Atlantic Shipyard (EAS), located in Suape (PE), experts say. The critical condition of the EAS, that needs to find a partner to replace the Korean Samsung and increase productivity levels, puts on a new dimension to the delicate moment is the Brazilian shipbuilding industry. On the one hand the strong demand for oil exploration equipment, led by Petrobras plans to invest US$ 224 billion by 2015, stimulates the growth of the sector. But the time is short to address problems such as impending blackout of skilled labor and the absence of a well-structured supply chain - constraints inherited nearly two decades of lack of investment. "The advantage of Rio de Janeiro is the historical tradition in shipbuilding and a portfolio of equipment orders with less complex than those listed in the portfolio of Pernambuco yard," says the superintendent of the National Organization of the Petroleum Industry (Onip), Jorge Bruno. One of the legacies of long experience in the area of Rio, says Bruno, is a contingent of workers who, though still short of local demand, is better prepared to meet the needs of the sector workforce found in other regions of the country. The need to train workers from scratch is just one factor that has hampered the productivity of the EAS, argues the Director of Market Relations System Firjan, Alexandre dos Reis. The most emblematic in this sense is the Suemax Joao Candido, whose delivery is delayed by one year and a half. The ship is just the first of a package-type vessels ordered for R$ 2.7 billion through the Program for Modernization and Expansion of the Transpetro Fleet (Promef).
that these mechanisms give conditions for the sector to develop and gain competitiveness. "I really hope that Camargo Corrêa and Queiroz Galvao be able to convince a company that has technology and expertise in building ships to enter the EAS, as I hope that the Eike buy at least another 20% of OSX for Hyundai," states to claim that without foreign technology sector should skate. The Korean Hyundai Heavy Industries has 10% stake billionaire Brazilian shipyard, which recently secured the contract to transfer technology to the partner is well tailored. This did not occur with the EAS. Samsung, which had 6% share in the venture, left the project without first passing the expertise in the manufacture of ships to domestic partners. Concerned about the impact of the problem in the schedule of the backlog, the contractors try to minimize their loss. Information circulating in the market realize that companies are negotiating the sale of its stake in the plant with the Japanese Mitsui and Mitsubishi, with Polish and Norwegian Remontowa LMG. Pires believes the president of Petrobras, Graça Foster, has already noticed that the current model is one of the factors that avoid the industry to take off. Before Samsung left EAS, Graça defended the proposal that the Korean company to increase its share in the business, considering that the percentage of 6% was too small to stimulate the company's commitment to the foreign country "The reality of the industry will force a transition from the current policy of market reserve for an industrial policy, Petrobras will have as its main agent and should begin later this year," Pires designs.
"It's great claim to want to turn a sugarcane worker in a highly skilled weldering professional from night to day to build the operation of that size," Reis argues. He believes that the problem of delay is also due to the operational strategy adopted to get the project off the role by EAS. Without underestimating the benefits generated by tradition, the director of Firjan believes that shipyards in Rio de Janeiro will also have to race against time to get around the lack of specialized professionals. "The labor market is lagging behind the needs of the shipbuilding industry," he says. According to Sinaval, sector union, the Brazilian industrial park will need 25,000 more professionals by 2013, with 42% of jobs will be concentrated in Rio Currently, the category employs 59,000 people in Brazil, of which 25 000 work in the state. Reis points out that demand is for candidates with experience and assesses the government's effort to train professionals for the activity should only solve the bottleneck in the medium and long term. In short term, he says the demand for qualified personnel is an obstacle, because the supply of labor became scarce as a result of the lack of investments in the sector during the 1980s and 1990s. "A generation of professionals has been lost because of this and is not a course that will train 1,300 hours, for example, maintaining a skilled professional, but six or seven years in office, in addition to technical training," he explains. The lack of skilled workers makes it necessary to import workers for the shipbuilding industry, says the director of the director of the Brazilian Center for Infrastructure (CBIE), Adriano Pires. Contrary to official discourse, the expert believes that the incoming of foreign professionals to Brazilian shipyards would be good for the country, as it would stimulate technology transfer and productivity growth in the sector.
Tomada aérea do Estaleiro Atlântico Sul, em Pernambuco
He said the restructuring will also involve the redefinition of local content rules applied to the shipping industry. While technicians like Bruno, from Onip, consider that restrictions on imported products will be more positive than negative effects, Pires argues that without reviewing the regulation "the industrial center of Brazil will be a reference of inefficiency." "The shipyards will continue blowing deadlines and delivering ships three times more expensive than the international average," he says. Citing the example of South Korea, he points out that the results of the change of attitude would be harvested in the medium and long term. "The Korean shipbuilding industry took 30 years to become the best in the world," he says.
"Quality professionals want to come to Brazil and they could help train the local workforce, particularly in segments where the need is greatest," he argued. The internationalization of the labor market in the shipping sector should be the first step of a policy for staff training, which also include the approach of university curricula to industry needs and offer scholarships for Brazilian students abroad, he argues.
Time is, however, a factor that works against the Brazilian shipyards. According to Sinaval, demand by 2020 will be 50 production platforms, 50 drilling rigs, 500 offshore vessels and 130 tankers totaling 6.2 million deadweight (DWT measured on the capacity of a vessel). Today, the brazilian industry processes annually 570,000 tons of steel, a volume that should move to 1.3 million in three years.
Pires also advocates a restructuring strategy that has been adopted to promote the productive shipbuilding, with increased foreign participation also in domestic shipyards. The argument behind the proposal is
The backlog of naval Rio Park is the second largest in the country, representing 22.17% of total employed in the TPB. The largest portfolio (49.79%) is just in the hands of Pernambuco.
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Logística
Libra aposta nas operações multimodais Por Vinicius Medeiros
plataformas offshore. A Libra está investindo cerca de R$ 25
Empresa compra Aeroporto de Cabo Frio e amplia base de apoio às operações offshore da Bacia de Campos
milhões na ampliação da estrutura de pátio, terminais e armazéns. A base para recepção de helicópteros, que conta atualmente com 15 posições, ganhará mais 30 e serão criados mais dois armazéns, além dos quatro já existentes, para dar suporte à área de offshore. “Nossa estratégia é poder oferecer todas as alternativas ao cada vez
O
Grupo
Libra,
um
dos
maiores
mais aquecido e sofisticado setor de comércio exterior brasileiro.
operadores portuários e de logística de
Nesse
comércio exterior do País, acaba de se
estrategicamente localizado e preparado para uma operação
tornar o primeiro grupo do setor na
eficiente de carga aérea, é um passo importante nessa direção”, diz
América
Latina
a
Aeroporto
Internacional
de
Cabo
Frio,
forma
Marcelo Araujo (foto), presidente do Grupo Libra, acrescentando que espera que o aeroporto sirva ainda de hub de aviação geral em
– da operação de terminais portuários e
função dos importantes eventos que se espera para os próximos
transporte
anos no Rio de Janeiro, como Copa do Mundo e Olimpíadas.
à
de
o
integrada todos os modais de transporte fluvial
operar
sentido,
carga
aérea,
passando pelas soluções rodoviárias e ferroviárias.
A
recente
aquisição
do
Aeroporto Internacional de Cabo Frio, que por sua vez detém um terço do Aeroporto de Angra dos Reis, completa o leque de soluções modais do Grupo. Situado no litoral norte do Estado do Rio de
Janeiro,
experimentar
uma um
região grande
que
deve
crescimento
econômico por conta dos negócios em torno da indústria de Óleo e Gás e, em especial,
do
Pré-Sal,
o
Aeroporto
Internacional de Cabo Frio conta com estrutura
e
capacidade
para
operar
armazenagem alfandegada e geral de carga
aérea
ou
marítima,
além
de
funcionar como uma importante base de helicópteros e serviços de apoio às
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Marcelo Araujo, presidente do Grupo Libra: Nossa estratégia é poder oferecer todas as alternativas ao cada vez mais aquecido e sofisticado setor de comércio exterior brasileiro.
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
Libra Terminais em expansão Primeiro
operador
privado
de
contêineres no País, a Libra Terminais, uma das líderes de mercado de operação portuária, oferece soluções integradas à
Logística Portuária
Libra Terminais investirá R$ 300 milhões no Porto do Rio
cadeia logística, reunindo as operações portuárias de importação e exportação de
contêineres
na
Libra
Terminais
Santos e na Libra Terminais Rio. Possui projetos de expansão de R$ 1,1 bilhão em investimentos
que
preveem
grandes
Obras do terminal Rio, que já conta com novos portêineres e RTGs, começam pela ampliação de 26% de área no armazém de importação.
de um terminal em Imbituba, no litoral sul de Santa Catarina.
Principal divisão do Grupo Libra e um dos maiores e mais modernos operadores portuários do País, a Libra Terminais já iniciou o projeto de expansão das atividades no Porto
Em Santos, estão previstos investimentos
do Rio. A primeira obra, com duração prevista
de R$ 550 milhões que vão permitir à
de um ano e meio, é a ampliação e modernização
Libra
sua
do Armazém de Importação, que vai aumentar
capacidade de movimentação, para 1,4
a capacidade de armazenamento em 88% e
Terminais
duplicar
a
milhões de TEU/ano, sobretudo por conta da unificação dos seus terminais num único berço de atracação com mais de 1,7 km – o maior do Brasil e único a ser dotado de infraestrutura para receber navios
acima
de
15
mil
TEU.
Recentemente, a Libra Terminais Santos
ampliar a produtividade e a segurança de cargas e funcionários.
investimentos são de cerca de R$ 300 milhões e a primeira obra, com duração prevista de um ano e meio (ver Box), é a
ampliação
emens, inédito na América do Sul, e contam com soluções tecnológicas sustentáveis que reduzem toneladas de emissões de gases que agravam o efeito estufa. Os sete Eco RTGs
de diesel e, consequentemente, 55% menos emissões.
ainda câmaras climatizadas com maior
A próxima etapa da obra vai expandir a
capacidade, escritórios mais confortáveis agentes
da
Alfândega,
Anvisa,
extensão do berço de atracação dos atuais 545m para 665m, o que permitirá receber simultaneamente dois navios post panamax (4ª geração). Ao fim da primeira fase, que prevê uma segunda etapa de obras para extensão de
A obra faz parte de um grande projeto de
berço e retro-área, a capacidade de movimentação
expansão e modernização do Porto do Rio no
da Libra Terminais Rio passará dos atuais 315
qual a Libra Terminais Rio pretende investir
mil para 630 mil TEU/ano.
R$ 300 milhões. “A Libra Terminais não
Em Santos, os planos de investimentos em
poderia ficar de fora desse grande esforço que
infraestrutura seguem firmes e vão permitir
está recuperando a importância histórica do
vai
Porto do Rio e adequando a sua estrutura para
aumentar a sua capacidade em 88%,
o crescimento da economia carioca e para os
além de aumentar a produtividade e a
eventos que a cidade deverá abrigar nos
segurança de cargas e funcionários. O
próximos anos”, afirma Wagner Biasoli,
novo armazém terá uma capacidade
diretor presidente da Libra Terminais.
de 200 mil pallets ano, além de áreas
Parte das obras já foi concluída, como o reforço
maior do Brasil e único a ser dotado de
dedicadas
para
do cais para suportar a nova profundidade do
infraestrutura para receber navios acima de
conferência de cargas e armazenagem
porto e a chegada dos novos equipamentos que
15 mil TEU. Recentemente, a Libra Terminais
vão ajudar a companhia a aumentar a
Santos
eficiência do terminal em até 20%: dois
operações de cargas soltas com capacidade
O terminal de uso privativo em Imbituba
portêineres, responsáveis pela carga e
para 4.870 pallets e uma área para
receberá investimento previsto de R$
descarga dos contêineres dos navios, e quatro
segregação de cargas químicas.
de
modernização
possuem um sistema desenvolvido pela Si-
do
Armazém
e
com o foco da Libra na sustentabilidade,
armazenagem de cargas químicas. Terá
mais segurança.
No Rio, a expansão já começou. Os
os RTGs (Rubber Tyred Gantry), alinhados
que podem gerar até 55% de redução de consumo
um avançado controle de acesso, garantindo
segregação de cargas químicas.
toneladas, alcançam a 21ª fileira do navio. Já
exclusivamente para conferência de cargas e
4.870
para
ou quatro de 20. Com capacidade para 65
em Santos) são equipados com supercapacitores
Ministério da Agricultura e clientes, além de
área
simultaneamente dois contêineres de 40 pés
mil pallets ano, além de áreas dedicadas
de cargas soltas com capacidade para uma
shore crane) e apresentam o sistema Tandem
adquiridos pela Libra Terminais (três estão
para
e
Os novos portêineres são do tipo STS (ship-to-
O novo armazém terá uma capacidade de 200
inaugurou um armazém para operações pallets
contêineres no pátio do terminal.
“Single-Hoist”, que lhes permite movimentar
obras de ampliação de infraestrutura nos terminais de Santos e Rio e na construção
RTG’s, que movimentam e armazenam os
Importação,
exclusivamente
que
de cargas químicas.
à Libra Terminais duplicar a sua capacidade de movimentação, para 1,4 milhão de TEU/ ano. No Porto de Santos, a Libra Terminais Santos pretende investir R$ 550 milhões em obras de modernização, criando um único berço de atracação com mais de 1,7 km – o
inaugurou
um
armazém
para
250 milhões somente na primeira fase.
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GUIAOFFSHORE MAGAZINE
O projeto já tem todas as licenças
e desunitização de contêineres para
de 10 mil m². O terminal é servido por
ambientais expedidas e está em fase final
exportação e importação. Considerada
um
de preparação para o início das obras. O
um operador logístico One-Stop-Shop,
ligação direta, via malha FCA/ALL, a
terminal destina-se a atender o fluxo de
a Libra Logística atua junto aos seus
outras duas unidades mencionadas da
comércio exterior do Sul do País e deverá
clientes
interlocutor,
Libra Logística – o Porto Seco de
se
trazendo
coordenação,
Campinas e a Libra Logística Valongo.
tornar
um
grande
desenvolvimento
indutor
econômico
e
de
como
único
maior
social
agilidade, flexibilidade e visibilidade.
para a região, gerando mais de 2.400
Toda a proposta de valor da Libra é
empregos diretos e 1.100 indiretos, na
focada em reduzir o custo total logístico
fase de obras, e 1.215 empregos diretos
de seus clientes nas operações de
e mais de 1.000 indiretos, quando
comércio
estiver operando.
a
Libra
Logística
infraestrutura,
dispõe
gerenciamento
soluções
que
permite
A empresa é composta por unidades operacionais
estrategicamente
localizadas junto às principais rodovias e ferrovias da região sudeste, como a Libra Logística Campinas (porto seco), a Libra Logística Uberlândia (porto seco),
da utilização do modal ferroviário. Suas
o
de
unidades
e,
(especializado em cargas frigorificadas),
de
agora,
acesso
o Redex do Rio de Janeiro e o Redex
de
Campinas,
Uberlândia
Valongo
possuem
Redex
Libra
Logística
Cubatão
ferroviário. O porto seco de Uberlândia
multimodal
para
possui área alfandegada de 52 mil m²,
Logística
armazenagem,
10 mil m² de armazém, 30 mil m² de
capacidade,
pátio e uma área prevista para expansão
operar cargas especiais e de projetos.
transporte rodoviário e ferroviário e oferece
ferroviário
É intensivo o investimento no aumento
Aposta no modal ferroviário Já
exterior.
desvio
integradas
operações
de
movimentação,
transporte,
unitização
rodo-ferroviário
Valongo,
em
Libra
Santos,
principalmente,
com para
Libra Group bets on multimodal operations The Libra Group, a leading port operators and logistics of
"Our strategy is to offer any alternatives to the increas-
foreign trade of the country, has just become the first
ingly warm and sophisticated sector of Brazilian foreign
industrial group in Latin America to operate in an inte-
trade. In this sense, the Cabo Frio International Airport,
grated manner all modes of transportation - the opera-
strategically located and ready for efficient operation of
tion of port terminals and inland waterways to air cargo
air cargo is an important step in that direction, "says
passing through the road and rail solutions. The recent
Marcelo Araujo, president of the Libra Group, adding
acquisition of Cabo Frio International Airport, which in
that he predicts the airport still serves general aviation
turn owns a third of the Airport Angra dos Reis, fulfills
hub in terms of important events that are expected in
the full range of modal solutions of the Group.
the following years in Rio de Janeiro, as the World Cup
Situated on the northern coast of Rio de Janeiro, an area
and Olympics Games.
that should experience great economic growth from busi-
Higher
ness around the oil and gas industry and in particular, the pre-salt, the Cabo Frio International Airport has structure and capability to operate customs warehousing and general cargo by air or sea, besides functioning as an important base for helicopters and support services to offshore platforms. Libra is investing about R$ 25 million in expanding the patio structure, terminals and warehouses. The basis for receipt of helicopters, which currently has 15 positions, and other 30 will be created
Investments
First private operator of containers in the country, Libra
Terminals
offers
integrated
solutions
for
supply
chain, bringing together the port operations of import and export of container terminals in Santos and Rio. The company has expansion projects of R$ 1.1 billion in investments that predict great things for development of infrastructure at the terminals of Santos and Rio and the construction of a terminal at Imbituba.
plus two warehouses, in addition to the four existing ones
In Santos, the group is investments R $ 550 million that
to support the offshore area.
will allow the Sterling terminal double its handling
20
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
capacity to 1.4 million TEUs / year, mainly due to the unification of its terminals
in
a
single
berth
with
more than 1.7 km - the largest in Brazil and one to be provided with infrastructure
to
accommodate
ships up to 15,000 TEU. Recently, Libra
Santos
inaugurated
a
ware-
house terminals for loose cargo operations with a capacity of 4,870 pallets and an area for segregation of chemical cargo. In Rio, the expansion has begun. The investments are about R$ 300 million and the first work, lasting approximately one and a half, is the expansion and modernization of the Import Warehouse, which will increase its capacity by 88% while increasing productivity and safety cargo and personnel. The new warehouse will have a capacity of 200,000 pallets years, and conference areas
devoted
exclusively
to
freight
and storage of chemical cargo. In addition, the Libra Group intends to build a terminal for private use in Imbituba, on the south coast of Santa Catarina. With a planned investment of only R$ 250 million in the first phase, the project already has all the environmental permits issued and is in final preparation for the start of work. The terminal is designed to meet the flow of foreign
Libra Terminais will invest R$ 300 million in the Porto do Rio Main division of the Libra Group and one of the largest and most modern port operators in the country, Libra Terminais has already started the Terminal expansion project activities at the Porto do Rio. The first work, lasting approximately one and a half year, is the expansion and modernization of the Import Warehouse, which will increase storage capacity by 88% and increase productivity and security of cargo and personnel. The new warehouse will have a capacity of 200,000 pallets years, and check out areas devoted exclusively to freight and storage of chemical cargo. There will also have a climatic chamber with greater capacity, more comfortable offices for Customs agents, ANVISA, Ministry of Agriculture and customers, and an advanced access control, ensuring greater safety. The work is part of a major project to expand and modernize the Porto do Rio in which the Libra Terminais plans to invest R$ 300 million. "The company couldn´t stay out of this great effort that is retrieving the historical importance of the Porto do Rio and adapting its structure to economic growth for the events that the city will host in next years," says Wagner Biasoli , CEO da Libra Terminais. Part of the work already completed, such as strengthening the piers to support the new depth of the harbor and the arrival of new equipment that will help the company increase the efficiency of the terminal by 20%: two portainers responsible for loading and unloading of containers ships, and four RTGs, which handle and store the containers on the patio of the terminal.
The new portainers are of type STS (ship-toshore crane) and present the Tandem system "Single-Hoist," which allows them to simultaneously move two 40-foot containers or four 20. With a capacity of 65 tons, reach the 21th row of the ship. The RTGs (Rubber Tyred Gantry), aligned with the focus of Libra on sustainability, have a system developed by Siemens, a first in South America, and rely on sustainable technology solutions that reduce tons of emissions of gases that aggravate the greenhouse effect. The seven eco RTGs acquired by Libra Terminals (three are in Porto de Santos) are equipped with supercapacitors that can generate up to 55% reduction in diesel consumption and therefore 55% less emissions. The next stage of the project will expand the scope of the current berth of 545m to 665m, which will simultaneously receive two post Panamax vessels (4th generation). At the end of the first phase, which provides a second stage of extension works to cradle and back area, the handling capacity of the Libra Terminals from the current 315,000 to 630,000 TEU / year. In Santos, plans to invest in infrastructure following firm and will allow the Sterling terminal double its handling capacity to 1.4 million TEUs / year. At the Port of Santos, Santos terminal Libra plans to invest R$ 550 million in modernization work, creating a single berth with more than 1.7 kilometers the largest in Brazil and one to be provided with infrastructure to accommodate ships up 15 000 TEU. Recently, Libra Santos inaugurated a warehouse terminals for loose cargo operations with a capacity of 4,870 pallets and an area for segregation of chemical charges.
trade in the south of the country and should become a major promoter of
transportation,
and
economic and social development for
increase the use of the railroad. Its
desunitização container for export
units of Campinas, Valongo and now
the
than
and import. Considered a logistics op-
Uberlândia have rail access. The dry
2,400 direct and 1,100 indirect jobs
erator One-Stop-Shop, Libra Logistics
port of Uberlândia has bonded area
in the construction stage, and 1,215
region,
generating
more
unitization
works with its customers as the sole
of 52,000 m 2 , 10,000 m 2 of ware-
jobs more than 1,000 direct and in-
interlocutor, bringing greater coor-
house, 30,000 m 2 of patio and an
direct, when operating.
dination, agility, flexibility and vis-
area planned for expansion of 10
Bet on the railroad
ibility. The entire value proposition
000 m 2 . The terminal is served by
Libra
has
structure
already
logistics
management,
road
infraand
rail transport and offers integrated solutions for the storage, handling,
of Libra is focused on reducing the total cost of logistics customers in foreign trade operations. The group is heavily investing
an offset rail that allows direct connection via network FCA / ALL, the other two units mentioned Pound Logistics - the Dry Port of Campinas
to
and Logistics Valongo Pound.
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GUIAOFFSHORE MAGAZINE
Negócios
Cummins terá fábrica em Itatiba com investimento de US$ 37 milhões operações terão início em março de 2014, com uma capacidade de produção anual de aproximadamente 3,6 mil geradores a gás ou a diesel. A nova fábrica ocupará 50 mil m², menos de 12% da área total do terreno - de 436 mil metros quadrados -, o que abre a possibilidade de abrigar outros produtos no futuro. A empresa prevê que serão gerados inicialmente 250 empregos diretos, com projeção de alcançar 700 postos em anos subsequentes.
A Cummins vai construir em Itatiba, no interior de São Paulo, sua quarta fábrica no país, para produção de geradores de energia e instalação de um centro de distribuição de peças e equipamentos. Os investimentos iniciais - envolvendo a compra do terreno e as obras civis - somam US$ 37 milhões.
"Fizemos várias análises e percebemos que os geradores precisavam de mais espaço", conta Luis Afonso Pasquotto, principal executivo da Cummins no Brasil, após participar de cerimônia com a presença do governador Geraldo Alckimin. Ele acrescenta que a fábrica dará condições para a empresa lançar novas linhas de geradores, dentro da meta de dobrar o faturamento na área de energia até 2015. No ano passado, esse segmento representou US$ 230 milhões do faturamento total na América do Sul, de US$ 1,9 bilhão.
Mas os aportes poderão chegar a US$ 90 milhões com a aquisição de maquinário e a introdução de novas linhas de produtos, consumindo, nesse caso, a maior parte dos investimentos de US$ 200 milhões previstos para o país em um período de cinco anos. Na fase inicial, a nova planta industrial – que fica às margens da Rodovia Dom Pedro I, KM 97,5, vai receber a Unidade de Negócio de Grupos Geradores e o Centro de Distribuição. A previsão é de que as
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Governador Geraldo Alckimin assina protocolos de entendimento para construção da fábrica, na presença da diretoria da Cummins e demais autoridades
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
23
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
Hoje, a produção de geradores é feita em uma das três fábricas da Cummins em Guarulhos. No local, a empresa também produz motores e turbos, linhas que, com a mudança, ganham espaço para futuras expansões. "A fábrica estava operando em condições apertadas.
Era preciso liberar mais espaço para os escritórios e movimentação de cargas", diz Pasquotto.
De
acordo
com
Pasquotto,
os
No período de 2011 a 2015, estão previstos investimentos de aproximadamente US$ 48 milhões na modernização da fábrica de motores, ocupada pela Cummins há 38 anos.
empresa no Brasil. No ano passado,
investimentos serão custeados por recursos
gerados
pela
própria
a América Latina respondeu por 12% das vendas globais de US$ 18,04 bilhões.
Business
Cummins bets in increasing production in Brazil Cummins will build on Itatiba, São Paulo, its fourth plant in Brazil for producing power generators and installation of a distribution center for parts and equipment. The initial investments - involving the purchase of land and civil works - totaling US$ 37 million. But the whole investment could reach US$ 90 million with the acquisition of machinery
and introduction of new product lines, consuming, in this case, most of the investments of US$ 200 million for the country in a period of five years. In the initial phase, the new plant - along the Highway Dom Pedro I, KM 97.5, will receive the Business Unit Generators and Distribution Center. It is expected that operations will begin in March 2014, with an annual production capacity of approximately 3600 gas or diesel generators. The new plant will occupy 50,000 square meters, less than 12% of the total land area - 436 square meters - which opens the possibility of harboring other products in the future. The company expects to generate initially 250 direct jobs and projects to reach 700 points in subsequent years. "We made several tests and noticed that the generators needed more space," says Luis Alfonso Pasquotto, chief executive of Cummins in Brazil. He adds that the factory will give conditions for the company to launch new lines of generators within the target of doubling turnover in the energy sector by 2015. Last year, this segment accounted for US$ 230 million of total sales in South America, US$ 1.9 billion. Today, the production of generators is made in one of three factories in Guarulhos. On site, the company also produces engines and turbos, lines, with the change, gain space for future expansion. "The factory was operating in cramped conditions. Had to make more space for offices and cargo handling," says Pasquotto. In the period 2011 to 2015, the company intends to invest approximately US$ 48 million in the modernization of the mill engines, occupied by Cummins for 38 years.
Luis Alfonso Pasquotto, chief executive of Cummins in Brazil
According to Pasquotto, investments will be financed by funds generated by the company in Brazil. Last year, Latin America accounted for 12% of global sales of US$ 18.04 billion.
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