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GUIAOFFSHORE MAGAZINE

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UMA DÉCADA DE AVANÇOS E APRENDIZADOS

14

DEMANDA POR PROFISSIONAIS QUALIFICADOS CONTINUARÁ AQUECIDA

20

SALÁRIOS DA INDÚSTRIA DE PETRÓLEO E GÁS CRESCEM 20% EM UM ANO

24

HELIBRAS VOA EM CÉU DE BRIGADEIRO NO MERCADO PETROLÍFERO OFFSHORE

30

COLUNA PRIMEIRO ÓLEO

32

SOFTWARE INOVA NA AVALIAÇÃO DE RISCOS EM ATIVOS INDUSTRIAIS

EDITORIAL

Entre erros e acertos É inegável que a indústria petrolífera brasileira apresentou avanços na última década. Só a descoberta do pré-sal já cria saldo mais positivo do que negativo em termos da simples comparação binária erro e acerto. Estamos realmente todos sentados sobre bilhões de barris de petróleo, o que por si só nos dá a chancela para sonharmos em nos tornarmos um país rico e mais justo com a sua sociedade. Só que parece que paramos por aí... nos sonhos. Por conta de uma interminável disputa política, estamos há mais de três anos brigando para resolver a pendência dos royalties e, por isso, tampouco define-se um marco regulatório que dê aos potenciais investidores o mínimo de segurança jurídica para investir vultosos recursos por meio de leilões para adquirir concessões nas ambicionadas áreas do pré-sal. Ou seja, ligar a máquina capaz de fazer o dinheiro girar com velocidade suficiente para criar uma propulsão gigantesca em nosso PIBinho, já estimado abaixo de 2% para 2012. Em alguns pontos, até andamos para trás ou ficamos parados, sem avançarmos. Provavelmente, vamos encerrar 2012 com recorde na importação de combustíveis; e a Petrobras fechou o segundo trimestre do ano no prejuízo, algo que não acontecia há 13 anos. Não vamos entrar nos detalhes para explicar que grande parte disso se deve ao fato de a empresa ser utilizada como instrumento de combate à inflação, para não aumentar preço da gasolina e do diesel, por exemplo. Há outros problemas risíveis, como elaborarem o projeto do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), com investimento de US$ 7 bilhões, e não pensarem na logística adequada para fazer chegar até lá máquinas e equipamentos, e ficarem mofando à espera de transporte eficiente no porto do Rio, pagando elevadas taxas diárias. Até pouco tempo, o acesso de funcionários e profissionais envolvidos no projeto tinha que se feito por dentro de fazendas e sítios vizinhos ao terreno do complexo. Coisas só explicadas pelo açodamento típico de fases pré-eleitorais. Mas, como dissemos antes, houve acertos, sim, ao longo dos últimos dez anos, período que combina com o início e consolidação do portal Guiaoffshore. Razão essa que decidimos fazer uma ampla matéria de capa, entrevistando personagens que contribuíram de alguma forma com o setor. É o caso de Wagner Victer (atual presidente da Companhia de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro - Cedae), a quem damos o justo

GUIAOFFSHORE MAGAZINE Edição X – Setembro/Outubro 2012

reconhecimento por ter vislumbrado bem antes do presidente Lula a capacidade de revitalizarmos a indústria naval/offshore no país, quando esteve à frente da Secretaria de Energia, Indústria Naval e Petróleo do Rio de Janeiro, no fim dos anos 90 até meados

Redação: Marco Antonio Monteiro (Editor), Fabio Teixeira, Carla Moreira, Sandra Soares (Repórteres), Marina Lazzarotto (Pesquisa)

da década seguinte.

Arte e Diagramação: Lourenço Maciel

Também ouvimos executivos de empresas nacionais e estrangeiras com atuação

Publicidade / Comercial: Luiz Eduardo Jannuzzi (luizeduardo@guiaoffshore.com.br)

marcante no país, como Wilson, Sons, Siemens entre outros, que avaliam que tivemos uma década de avanços e aprendizados, mais acertos que erros. Tire você mesmo sua

Telefone da Redação (21) 2240-5077 – Email: releases@guiaoffshore.com.br

conclusão.

Endereço (sede própria): Rua Evaristo da Veiga, 35 sala 1512 – Centro

E contamos com sua leitura por novas décadas à frente.

Rio de Janeiro – CEP 20031-040

Marco Antonio Monteiro Editor

A revista Gui@offshore Magazine é uma publicação da editora MCM Comunicação Ltda, proprietária do portal Gui@offshore (www.guiaoffshore.com.br). A versão digital desta revista pode ser lida no seguinte endereço eletrônico: http://www.guiaoffshore.com.br/ revista_gm10.pdf


GUIAOFFSHORE MAGAZINE

Matéria de Capa

Uma década de avanços e aprendizados Por Fábio Teixeira

É consenso entre especialistas que a indústria de petróleo acumula mais acertos do que erros. Gargalos urgentes, no entanto, precisam ser superados

estabelecido como um dos principais eldorados para os investimentos no setor petrolífero no mundo. Uma rápida

análise

nos

números

de

reservas provadas de petróleo e gás natural no País ilustra os motivos de tanto otimismo: entre 2000 e 2010,

Em pouco mais de uma década, o

segundo dados da ANP, os reservatórios comprovados

Brasil deu passos decisivos para

subiram 68,5%, passando de 9,854 bilhões de barris de

ocupar um lugar de destaque no setor

óleo equivalente (boe) para 16,609 bilhões.

de petrolífero global. Da quebra do monopólio da Petrobras, em 1997, à

Ainda na década passada, o Brasil conquistou outro

extração das primeiras gotas de óleo

resultado expressivo. No período, o País obteve a liderança

da camada pré-sal no Campo de

global em descobertas de reservas de hidrocarbonetos,

Jubarte, na Bacia de Campos (RJ), a

segundo levantamento da consultoria internacional IHS

indústria nacional percorreu uma

Cera. Considerando volume e número de poços com mais

longa trajetória de desenvolvimento,

de 1 bilhão de barris, 11 dos 35 maiores achados globais

em que, segundo especialistas, mais

se deram no País, que superou inclusive nações do Oriente

acertou do que errou.

Médio, tradicionalmente reconhecidas por abrigar as

Se por um lado o setor claramente

maiores jazidas do planeta.

se modernizou, vencendo gargalos tecnológicos e impulsionando uma ampla cadeia de negócios, além de ter atraído grandes players globais para o País, este crescimento impôs

Wagner Victer, atual presidente da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), destaca acontecimentos importantes na indústria do petróleo brasileira que ajudaram

a

consolidar

o

estágio

atual

de

se

desenvolvimento do setor, entre eles a quebra do

novos

monopólio estatal, em 1997, com a Lei 9478. “A lei

instrumentos de coordenação com as

marca a criação da Agência Nacional do Petróleo, Gás

esferas governamentais em matéria

Natural e Biocombustíveis (ANP), o início dos leilões no

de

a

necessidade

renovar

política

e

da

indústria

definir

fiscal,

setor e a chegada de outros players além da Petrobras,

tecnológica e de recursos humanos.

econômica

e

entre outros acontecimentos”, diz Victer, que à época

É certo, no entanto, que a década

comandava a Secretaria de Energia, Indústria Naval e

passada chegou ao fim com o Brasil

Petróleo do Rio de Janeiro.

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Conteúdo local Victer relembra ter sido plantada ali, no primeiro leilão do setor, em 1999, a semente do conteúdo local nas licitações da indústria petrolífera, em uma articulação que envolveu vários atores, como as três esferas governamentais, empresas e o Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), entre outros. “A questão foi amplamente discutida e até mesmo encarada com uma visão meramente nacionalista, coisa que não era. No Rio, por exemplo, conseguimos reabrir 20 estaleiros há décadas fechados, além de atrair outros players, em função das novas regras”, afirma o executivo, relembrando ainda da primeira obra em que as cláusulas dos

40%

se

fizeram

presentes.

“Houve

evoluções

importantes em cada rodada de licitações e tudo ganhou mais corpo a partir da rodada de licitação de Barracuda e Caratinga”, completa. Wagner Victer: "Somos competitivos em projetos endinheirados e não em sistemas empacotados e rotineiros"

Para Victer, a indústria naval/offshore brasileira está estabelecida. “Temos que romper com o complexo de viralatas e achar que não temos uma engenharia de qualidade. Produzimos barcos de apoio offshore de excelente nível. O mesmo vale para as plataformas”, diz o executivo. Ele admite, no entanto, que o câmbio limita a

competitividade

brasileira

a

nível

internacional.

“Somos competitivos em projetos endinheirados e não em sistemas empacotados e rotineiros. É difícil ser competitivo globalmente em um mercado dolarizado e com atual política cambial.” O

gerente

geral

de

e

Inovação

correlação positiva entre as regras de conteúdo local para e

serviços

e

o

incentivo

à

pesquisa

e

ao

desenvolvimento no setor, considerando-a fundamental para os avanços da indústria nos últimos anos. “Elas transformaram uma demanda do País em oportunidades de negócios e desenvolvimento tecnológico”, afirma o executivo, para quem os principais pontos positivos foram o incentivo aos produtores nacionais a investirem em seus parques industriais e a atração de fabricantes estrangeiros a se instalarem no Brasil para fazer uso desta vantagem

ANP

como

grande

incentivadora

da

pesquisa

e

desenvolvimento no País. “O Sistema Petrobras faz uso desta facilidade e está repassando grandes volumes de recurso para este fim. Empresas fornecedoras também viram vantagens em criar seus próprios institutos de pesquisa

brasileiros,

instalando-os

nos

parques

tecnológicos das universidades, o que acelerou ainda mais

Desenvolvimento

Tecnológica da Transpetro, Isaias Masetti, vê uma bens

destaca a existência da verba de participação especial da

competitiva.

o processo de geração local de tecnologia”, afirma. Masetti, no entanto, observa que, mesmo com todo o desenvolvimento

tecnológico

nas

últimas

décadas,

gargalos ainda devem ser superados. “Um grande entrave é a formação de pessoal qualificado, em tecnologia e gestão, para as indústrias que estão nascendo.

Resumidamente,

os

grandes

gargalos

tecnológicos residem nos parques industriais existentes que precisam ser renovados e modernizados, com massivos investimentos em formação de mão de obra qualificada”, admite.

Logística

Autor de diversas patentes internacionais amplamente

O desafio da exploração do petróleo na camada do pré-sal

utilizadas na atualidade na área offshore, Masetti também

está longe de ser uma questão meramente tecnológica. Pelo

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contrário, explorar as profundezas do

semestre a data da 11ª rodada de

de Santos, áreas de exploração do pré-

oceano

outrora

licitações de blocos exploratórios. Ele

sal. Para o seu mercado, porém,

inatingíveis foram questões contornadas

ressaltou, no entanto, que a agência

Renata prevê anos desafiadores.

de certa forma com tranquilidade pelo

não tem mais tempo hábil para

“Só vai sobreviver quem investir de

setor de óleo e gás no Brasil.

realizar o leilão neste ano, mas se a

forma adequada para enfrentar os

data

como

gargalos logísticos que vão se formar

Petrobras a partir das regras de

organizá-lo para o primeiro semestre

com a demanda do pré-sal”, diz.

conteúdo e manter a competitividade

de 2013. O fato acima ilustra que a

Segundo a executiva, a Brasco, braço

são problemas já previstos e que

situação relativa a novas licitações

do

permeiam

quem

evoluiu desde o início do governo da

investindo

trabalha no setor. Para a área de

presidente Dilma Rousseff, mas, ainda

melhorar a infraestrutura, processos

logística, por exemplo, os próximos

assim,

e treinamento de pessoal.

anos serão de boas oportunidades, mas

incerteza no setor privado.

também de elevação no risco.

A

As

um

Logística Offshore, Renata Pereira,

marítima,

cenário de grandes perspectivas, mas

afirma que o futuro é promissor, com

centros de distribuição logística.”

também de preocupação em relação

a companhia bem alinhada para

Segundo Renata, só as empresas com

à

atender

setor.

soluções integradas ao maior número

exploratórias desde 2008. No final do

Situada na Ilha de Conceição, em

possível de modais – rodoviários,

mês passado, o diretor da ANP, Helder

Niterói (RJ), a empresa está bem

portuários e outros – vão ultrapassar

Queiroz, disse que espera que o

localizada para suprir as necessidades

os gargalos logísticos recorrentes da

governo federal marque ainda neste

de operadoras na Bacia de Campos e

infraestrutura brasileira.

e

chegar

a

locais

Cumprir com os planos traçados pela

o

cotidiano

fornecedoras

falta

de

de

enfrentam

licitações

para

áreas

for

definida

aspectos

diretora

às

logo

legais

executiva

demandas

da

do

geram

Grupo

Wilson

Sons,

pesadamente

está para

“Estamos investindo na ampliação de Brasco

terminais e na expansão da frota bem

como

em

nossos

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GUIAOFFSHORE MAGAZINE

Mesmo com os incentivos recentes, a

Investimentos

executiva

Mesmo

avalia

que

o

governo

diante

da

incerteza,

investimentos

dos investimentos para a cadeia de

localização de tecnologias não é

logística.

disto,

pequeno. Para atender as regras de

elogiou o recente pacote de concessões

conteúdo local, a empresa se prepara

elaborado para privatizar rodovias,

para trazer para o País parte da

ferrovias e aeroportos brasileiros.

produção de conectores elétricos e

O diretor de Óleo e Gás da Siemens

sensores com capacidade de operação

Renata,

apesar

no Brasil, Welter Benício, por sua vez, diz esperar que o governo foque suas atenções na diminuição do chamado custo Brasil. O pedido, porém, não é só mais um entre tantos feito pelo setor privado nesta direção. Benício

da

Siemens

para

ela só se cria com competitividade”.

pela Expro Holdings UK, a tecnologia foi

adquirida

neste

ano

pela

contratação de equipamentos em

multinacional alemã por 470 milhões

grandes

de euros, o que dá uma ideia do valor

fornecedoras ou estão muito bem,

destas marcas para a Siemens.

quando conseguem um contrato, ou

lotes.

muito Esta não é a primeira aquisição neste

governo à questão iria contribuir

sentido. No ano passado a Siemens

para ampliar o tão buscado conteúdo

comprou as empresas norueguesas

local na cadeia de óleo e gás. “Não

Bennex e Poseidon por US$ 150

adianta

fornecedores

milhões. Os componentes a serem

produzir sendo competitivos só no

produzidos com a compra visam ao

mercado local, pois não é possível

desenvolvimento

traçar um plano de negócios visando

elétrica

um só cliente ou segmento.”

funcionar

os

é estabilidade, e

em águas profundas. Desenvolvidos

argumenta que a atenção maior do

para

“O nosso problema

os

poderia contribuir com a desoneração

de

submarina a

3

mil

uma

rede

Desta

mal.

binário”,

“É

diz

um

Benício.

forma,

as

panorama “O

nosso

problema é estabilidade, e ela só se cria

com

competitividade,

com

redução de custos para contratação de mão de obra e redução da cotação do real, ainda muito valorizado.”

capaz

de

Além das questões de competitividade,

metros

de

a

Siemens

se

preocupa

com

a

profundidade. “O teste da tecnologia

demanda por equipamentos. Embora

em águas rasas está previsto para

seja inegável que o mercado de

2014, em linha com as projeções da

fornecimento

Petrobras, que publicou esta como

petróleo e gás existe e está em forte

uma das áreas importantes para o

crescimento, a falta de leilões de

setor em 2015”, diz Benício.

novas

áreas

2008

pode

Não há dúvida de que o setor de óleo e gás cresce fortemente, impulsionado pelos

grandes

investimentos

da

Petrobras, mas o problema, segundo

para

a

cadeia

exploratórias criar

um

de

desde

vácuo

de

demanda no futuro. Benício afirma que certos fornecedores sentirão em breve os efeitos da falta de leilões.

o diretor de Óleo e Gás da Siemens, é

“Empresas que fornecem produtos

operar em um mercado com um só

para operadoras em fase exploratória

grande cliente em um setor apenas.

vão sentir isto nos próximos cinco

“Ter um investimento de peso em

anos”, diz o diretor de Óleo e Gás da

localização e apenas um cliente para

Siemens.

escoar esta produção amplia o nosso

fabricantes de cabeça de poços, árvores

risco”, diz ele.

de natal e às voltadas para o setor da

no Brasil: "Não é possível traçar um plano de

O executivo da Siemens explica que

logística de exploração em geral.

negócios visando um só cliente ou segmento"

a Petrobras e outras empresas de

De acordo com Benício, companhias

exploração

como a Siemens, com portfólio de

Welter Benício, diretor de Óleo e Gás da Siemens

6

costumam

fazer

a

Neste

âmbito

estão

as


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equipamentos

voltados

para

o

leilões, cria-se um gap nas ofertas

desenvolvimento da produção, refino

para os investidores que estão no país.

e petroquímica, demorarão um pouco

Atualmente,

mais para sentir os efeitos da falta de leilões. “Para nós, a continuidade no longo-prazo será sentida em algum momento,

pois

os

projetos

que

deveriam estar sendo desenvolvidos para um período de cinco a dez anos estão parados, o que vai gerar um vácuo”,

explica

o

estão

começando

a

desenvolver as áreas ofertadas na sétima rodada, em 2005. Logo não haverá mais nada, além das áreas que estão nas mãos da Petrobras”, disse a diretora.

Incerteza

executivo,

enfatizando que não se trata de uma

A rápida expansão do setor de óleo e gás no Brasil criou certas anomalias,

preocupação imediata.

que, cada vez mais, enchem de A própria Diretora Geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Bicombustíveis, Magda Chambriard, já vaticinou que o estado de inércia para resolução final do novo marco

insegurança as empresas que atuam na área. O sócio-fundador da HRB Advogados, Heller Redo Barroso, chama atenção para a falta de mão

regulatório do setor petrolífero pode

de obra nacional para operar navios

ocasionar

das

e plataformas. Pelas regras brasileiras,

“Quanto

dois terços da tripulação destas

mais se adia a realização de novos

embarcações precisam ser compostos

atividades

uma na

paralisia

indústria.

por brasileiros. Na prática, este número está longe de ser alcançado. A solução encontrada pela Petrobras, diz Barroso, foi conseguir uma liberação do Conselho de Imigração para operar com mão de obra estrangeira. “Estão isentas destas regras uma série de embarcações até 31 de fevereiro de 2013”, diz. “Há mais de 20 embarcações incluídas, e temos mais 20 que também deveriam estar lá”, completa. Para Barroso, por enquanto, está sendo feita vista grossa para este tipo de problema. Segundo ele, tanto o atual governo, como a administração da presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, têm sido mais pragmáticos do que seus antecessores no que diz respeito aos gargalos do setor de óleo e gás do País. “A Petrobras tem hoje grupos de trabalho muito sérios estudando esta

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questão da falta de mão de obra e do

Há diversos indicativos de que a

conteúdo

atendimento ao conteúdo local.”

gestão de Graça segue trajetória

certificação. Barroso afirma que das

mais técnica. A ameaça imposta

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linha. Ele, que conhece Graça desde

pela

ANP,

os tempos em que era funcionário da

logística da Petrobras, de suspender

consideradas confiáveis. “Não há

Petrobras, acha que, com ela no

o

quadro

cargo, a companhia retoma uma

construção de navios encomendados

avaliar a metodologia empregada

trajetória presidencialista.

com o Estaleiro Atlântico Sul (EAS)

por estas certificadoras.”

Wagner

Victer

pensa

na

mesma

“Ela assumiu de vez a função de presidente e está exercendo muito bem sua função, o que é muito importante para a empresa”, avalia, lembrando que Graça é técnica de carreira, com grande sensibilidade

Transpetro,

envio

de

subsidiária

recursos

de

para

a

para o Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef) após o rompimento da assistência técnica com o estaleiro coreano

Samsung,

em

maio,

é

apenas mais um exemplo. E ele

local

certificadores apenas

tem

aprovadas

cinco

suficiente

sido

a pela

podem

na

ANP

ser para

Na avaliação do especialista, porém, o grande desafio para exploração do pré-sal já está sendo atacado. “O maior problema era este choque de realidade. O governo e a Petrobras podem até errar a mão em alguns

social e que cresceu dentro do processo

deu rápido resultado, pois menos

de

indústria

de um mês depois o EAS firmava

local, sendo decisiva no Programa de

parceria tecnológica com o grupo

pragmáticos, inclusive na questão de

Mobilização da Indústria Nacional de

japonês

conteúdo

desenvolvimento

da

IHI

Marine

United

momentos,

mas local.”

estão Barroso

mais elogiou

Petróleo e Gás Natural (Pronimp). “A

(IHIMU), divisão de construção

também a intenção da estatal de

Petrobras

naval "offshore" da Ishikawajima-

montar uma cartilha detalhada de

parlamentarismo. Às vezes você tem

Harima Heavy Industries.

conteúdo local para as empresas do

pessoas boas no comando, mas que

Legislação

não

está

mais

no

não são do setor. A Petrobras teve

setor.

“A

transparência

está

aumentando bastante, está guiando

presidentes trainees, que ficaram lá

Do ponto de vista jurídico, uma das

seus fornecedores, está se tentando

aprendendo o que é a indústria do

maiores

criar

petróleo”, completa.

fornecedoras no que diz respeito a

8

preocupações

das

um

padrão

conteúdo local.”

para

o

que

é


GUIAOFFSHORE MAGAZINE

TECHNOLOGY

A decade of advances and learning There is consensus among experts that the oil&gas industry accumulates more success than mistakes. Urgent bottlenecks, however, must be overcome

sector, in 1999, the seed of local content in procurement of the oil industry, in a joint involving several actors, such as the three spheres of government, business and the Brazilian Institute of Oil, Gas and Biofuels (IBP), among others. "The issue was widely discussed and even regarded

with

a

merely

nationalistic

In just over a decade, Brazil has taken decisive steps to occupy a

vision, something that was not. In Rio, for example, we reopened 20 shipyards closed for decades and attracted

prominent place in the global oil industry. From breaking

other players, according to the new rules, "said the executive,

Petrobras’ monopoly in 1997 to the extraction of the first drops of

recalling also the first work in which 40% of the local contents

oil in pre-salt Jubarte Field, in the Campos Basin (RJ).

clauses were present. "There have been important developments

If on one hand the industry clearly has modernized, overcoming technological bottlenecks and driving a large business chain, and has attracted major global players to the country, this growth has imposed the need to renew the industry and set new tools for coordination with federal government in terms of fiscal and economical policy, technological and human resources.

in each round of bidding and all gained more body from the bidding round for Barracuda and Caratinga", he adds. To Victer, the shipbuilding / offshore Brazil is established. "We have to break the mutts complex and the common thought that we don´t have a quality engineering. We produce offshore support vessels of excellent level. The same goes for the platforms, ", says the executive. He admits, however, that the exchange rate is a

It is certain, however, that the past decade came to an end with

limitation for the Brazilian competitiveness internationally. "We

Brazil established as one of majors Eldorados for investment in the

are competitive in wealthy projects and not in packaged systems

oil sector in the world. A quick analysis of the numbers proved

and routine. It's hard to be globally competitive in a market with

reserves of oil and natural gas in the country illustrates the reasons

dollarized and current exchange rate policy. "

for both optimism: between 2000 and 2010, according to the National Agency of Petroleum, Natural Gas and Biofuels (ANP), the proven reservoirs rose 68.5%, from 9.854 billion barrels of oil equivalent (boe) to 16.609 billion.

The General Manager of Development and Technological Innovation Transpetro (Petrobras's logistics subsidiary), Isaias Masetti, sees a positive correlation between the local content rules for goods and services and encouraging research and development

Yet in the past decade, Brazil achieved another significant result.

in the sector, considering it essential for the progress of the

During this period, the country earned global leadership in

industry in recent years . "They turned the country demand into

discoveries of hydrocarbon reserves, according to a survey of

business opportunities and technological development," said the

international consultancy IHS Cera. Considering volume and

executive, for whom the main strengths were the incentive for

number of wells with more than 1 billion barrels, 11 of the 35 largest

domestic producers to invest in its industrial parks and attracting

global findings occurred in the country, surpassing even Middle

foreign manufacturers to set up shop in Brazil to use this

Eastern nations, traditionally known for hosting the largest

competitive advantage.

deposits in the world.

Author of numerous international patents widely used today in

Wagner Victer, current president of the State Company for Water

the offshore area, Masetti also highlights the existence of special

and Sewage (Cedae) highlights important events in the Brazilian

funds participation of ANP as a major supporter of research and

oil industry that helped build the current stage of development of

development in the country.

the sector, including breaking the state monopoly in 1997, with the law 9478. "The law marks the creation of the National Agency of Petroleum, Natural Gas and Biofuels (ANP), the start of the auction industry and the arrival of other players besides Petrobras, among other events," says Victer, who at the time commanded the Department of Energy, Marine and Petroleum of Rio de Janeiro. Local content Victer recalls has been planted there in the first auction of the

"Petrobras makes use of this facility and is transferring large volumes of resource with this target. Supplier companies also saw advantages in creating their own research institutions, installing them in technology parks of universities, which further accelerated the process of local generation of technology, "he says. Masetti, however, notes that even with all the technological development in the past decades, bottlenecks must be overcome. "A major obstacle is the training of qualified personnel, technology

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and management, to industries that are being born. Briefly, the

bids evolved since the beginning of the government of President

major technological bottlenecks reside in existing industrial

Dilma Rousseff, but legal issues still create uncertainty in the

parks that need to be renovated and modernized, with massive

private sector.

investments in training of skilled manpower, "he admits. Logistics The challenge of oil exploration in the pre-salt layer is far from being a purely technological issue. Comply with the plans outlined by Petrobras from content rules and maintain

The executive director of Offshore Logistics Brasco, Renata Pereira, says the future is bright, well aligned with the company to meet the demands of the industry. Located on the Ilha da Conceição, in Niterói (RJ), the company is well placed to meet the needs of operators in the Campos Basin and Santos, areas of exploration of

competitiveness problems are already provided and that

pre-salt. For its market, however, Renata predicts challenging year.

permeate daily for those working in the sector. For the area of

"Only those that invest adequately will survive to meet the logistical

logistics, for example, the coming years will years will bring

bottlenecks that will gradually occur with the demand of the pre-

good opportunities, but also increasing risk.

salt," she says. According to the executive, Brasco, an arm of Wilson Sons Group, is investing heavily to improve the infrastructure, processes and staff training. "We are investing to expand terminals and incrase the maritime fleet, as well as in our logistics distribution centers.", said Renata. In her opinion, only companies offering integrated solutions to the largest possible number of modes - road, port and others - will overcome recurring bottlenecks of

the Brazilian logistical

infrastructure. Even with the recent fiscal incentives, the executive estimates that the government could contribute to the relief of investments for the logistics chain. Renata, nevertheless, praised the recent package of concessions designed to privatize highways, railways and airports. The director of the Siemens Oil & Gas in Brazil, Benicio Welter, meanwhile, said he hoped the government focus its attention on reducing the so-called Brazil cost. The request, however, is not just another one of many made by the private sector in this direction. Benicio argues that greater government attention to the issue would contribute to increase the local content as sought in the chain of oil and gas. "There's no point for suppliers produce only being competitive in the market place, it is not possible to draw a business plan targeting a single customer or segment." Investments The executive director of Offshore Logistics Brasco, Renata Pereira:

Even in the face of uncertainty, investments from Siemens for

“Only those that invest adequately will survive to meet the logistical

location technology is not small. To meet the local content rules, the

bottlenecks that will gradually occur with the demand of the presalt,"

company is preparing is bringing to the country part of the production of electrical connectors and sensors capable of operating in deep water. Developed by Expro Holdings UK, the technology was acquired

The suppliers face a scenario of great prospects, but also concern

this year by German multinational for 470 million euros, which

about the lack of bidding for exploration areas since 2008. At

gives an idea of the value of these brands for Siemens.

the end of last month, the director of the ANP, Helder Queiroz

This is not the first acquisition in this direction. Last year Siemens

said he expects the federal government this semester mark the date of the 11th round of bidding for exploration blocks. He stressed, however, that the agency no longer has enough time to conduct the auction this year, but if the date is set soon there are chances to arrange it for the first half of 2013. The fact above illustrates that the situation regarding the new

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bought companies Bennex Norwegian and Poseidon for $ 150 million. The components to be produced with the purchase aimed at the development of a subsea power grid capable of operating at 3000 meters depth. "The test of the technology in shallow waters is planned for 2014, in line with the projections of Petrobras, which published it as one of the important areas for the sector in 2015," says Benicio.


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There is no doubt that the oil and gas sector is growing strongly,

wells,

driven by large investments of Petrobras, but the problem,

exploration in general.

according to the director of the Siemens Oil and Gas, is operating in

According to Benicio, companies like Siemens, with equipment

a market with one major customer in one sector only. "Having an

portfolio focused on the development of production, refining and

investment location and weight in just a customer to transport this

petrochemicals, will take a little longer to feel the effects of lack of

production increases our risk," he says.

auctions. "For us, the effect in the long-term will be felt at some

The executive of Siemens explains that Petrobras and other

point, because projects that were being developed for a period of

exploration companies often make hiring equipment in large lots.

five to ten years are stopped, which will create a vacuum," the

Thus, suppliers are very well, when they get a contract, or very

executive explained, emphasizing that this is not an immediate

badly. "It's a binary picture," says Benicio. "Our problem is

concern.

stability, and it only can be created with competitiveness, reducing

The same thought is shared at ANP head office. The Director

costs for hiring labor and reducing the value of the real, still highly

General of Agency, Magda Chambriard already predicted that the

valued."

inertia for the final resolution of the new regulatory framework

Beyond the issues of competitiveness, Siemens is worried about demand for equipment. While it is undeniable that the market supply chain for oil and gas exists and is growing rapidly, the lack of auctions of new exploration areas since 2008 could create a vacuum of demand in the future. Benicio said that certain

Christmas

trees

and

facing

the

logistics

industry

for the oil sector can paralyze the activities in the industry. "The more we postpone new auctions, it creates a gap in the offerings for investors who are in the country. Currently, they are beginning to develop the areas offered in the seventh round in 2005. Soon there will be nothing, beyond the areas that are in the hands of Petrobras"

suppliers will soon feel the effects of lack of auctions.

Uncertainty

"Companies that supply products to operators in the exploratory

The rapid expansion of the oil and gas sector in Brazil has created

phase will feel that in the next five years," says the director of the

certain anomalies which, increasingly filled with insecurity

Siemens Oil and Gas. In this context are the manufacturers head

companies operating in the area. The founding partner of HRB

11


GUIAOFFSHORE MAGAZINE

Lawyers, Heller Redo Barroso, calls attention to the lack of manpower to operate ships and national platforms. By Brazilian rules, two-thirds of the crew of these vessels must be composed of Brazilians. In practice, this number is far from being achieved.

learning what is the oil industry, "he adds. There are several indications that the management of Graça will follow more a technical shape. The threat posed by Transpetro to suspend the payment of funds for the construction of vessels

According to Barroso, the solution found by Petrobras was to get a

ordered at the Atlântico Sul Shipyard (EAS), within the Program

release from the Board of Immigration to operate with foreign

for Modernization and Expansion of the Transpetro Fleet (Promef)

labor. "They are exempt from these rules a series of vessels until February 31, 2013," he says. "For more than 20 vessels included, and we have 20 more that should be there too," he adds.

after the breakup of technical assistance with the Korean shipyard Samsung in May, is just another example. And it gave quick results, because less than a month after the EAS signed a

To Barroso, meanwhile, is being made a blind eye to this kind of

technology partnership with IHI Marine United Japanese group

problem. According to him, both the current government, as the

(IHIMU), shipbuilding division "offshore" of Ishikawajima-

administration of the president of Petrobras, Maria da Graça

Harima Heavy Industries.

Foster, have been more pragmatic than their predecessors with regard to bottlenecks in the oil and gas in the country. "Petrobras

Legislation

now has groups work studying this very serious issue of lack of

From a legal standpoint, a major concern of suppliers regarding

manpower and service to local content. "

to local content has been certification. Barroso says the 24

Wagner Victer think on the same line. He knows Maria da Graça since the days when he was Petrobras employee. In his opinion,

certifiers approved by ANP, only five can be considered reliable. "The staff in the ANP is not big enough to evaluate the methodology

with her in charge, the company continues a presidential path.

used by these certifiers."

"She took at once the role of president and is exerting her position

For the expert, however, the big challenge for exploration of pre-salt

very well, which is very important for the company," he says,

is already being attacked. "The big problem was this reality shock.

noting that Graça has a technical career with great social

The government and Petrobras may even miss the hand at times,

sensitivity and grew into the development process local industry,

but are more pragmatic, including the issue of local content. "Barroso

being decisive in the Program for Mobilization of the National Oil

also welcomed the intention of Petrobras to assemble a detailed

and Gas (Pronimp). "Petrobras is no longer in parliamentarism.

booklet of local content for companies in the sector. "Transparency is

Sometimes you have good people in charge, but they are not in the

increasing greatly. It is guiding its suppliers, and is trying to create

industry. Petrobras has had trainees presidents who were there

a standard for what is local content."

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GUIAOFFSHORE MAGAZINE

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GUIAOFFSHORE MAGAZINE

Recursos Humanos

Demanda por profissionais qualificados continuará aquecida Não importa de que ponto de vista

mês, dependendo é claro do nível de experiência.

se olhe, mas sempre haverá uma chance de emprego na área petrolífera offshore para o

E, como diz o próprio João Marco, é bem grande a expectativa de que o quadro se mantenha aquecido desta

profissional qualificado. Nesta entrevista exclusiva feita com João Marco, Gerente Executivo de Oil&Gas da Michael Page, percebese que é variado o leque de opções de profissionais demandados pelo mercado. Pode ser de nível médio (técnicos em geral), graduado, pósgraduado e até com mestrado. Em todos os casos, há grande procura e excelentes salários, que giram de R$ 8 mil até R$ 30 mil por

forma nos próximos anos, em razão dos esperados e pesados investimentos que terão que, infalivelmente, ocorrer no setor. O importante é manter o foco e qualificarse sempre que possível para garantir sua vaga numa das várias empresas desta indústria, porque a disputa também é muito intensa. O executivo ressalta que há casos de profissionais que não possuem formação superior ganharem mais que o profissional com mestrado/ doutorado, como poderá ler na matéria a seguir. Guiaoffshore - Quais são os cinco profissionais mais requisitados (por área de atuação e segmento profissional) pelo mercado petrolífero e/ou indústria naval/offshore?

João Marco, Gerente Executivo de Oil&Gas da Michael Page: “Há casos de profissionais que não possuem formação superior ganharem mais do que o profissional com mestrado/doutorado”

João Marco - Essa demanda vai depender do segmento da empresa dentro do mercado Oil&Gas, nas operadoras que estão com a base no Rio de Janeiro - os perfis mais demandados são: Geólogo / Geofisico, Engenheiro de Reservatório, Profissionais de HSE, Company Man, Engenheiro do Petróleo. Nas empresas prestadoras de serviço que possuem a

base

operacional

espalhadas

pelo

Brasil

(principalmente em Macaé) as posições são: Engenheiro Subsea, Profissional de Fluidos, HSE, Engenheiro de Campo, Gerente de Operações.

14


GUIAOFFSHORE MAGAZINE

Para as empresas de equipamentos que fornecem para Oil&Gas, vemos demandas nas seguintes posições: Gerente de Qualidade, Engenheiro de Produto, Gerente de Confiabilidade, Gerente de Engenharia. No caso das empresas perfuradoras, são mais posições offshore: Rig Manager, Toolpusher, Driller, DPO (dinamic position operator), Profissionais de HSE. Já nas empresas da área naval, são os Oficiais de Nautica

No caso de nível superior, a maior exigência é na formação em Engenharia (Mecânica, Elétrica, Petróleo, Produção), Geologia, Geofisica. As exigências de profissionais com formação acima deste nível, como mestrado/doutorado, são para atuar em centros de Pesquisa e Desenvolvimento - mercado bem aquecido com os recentes investimentos no Pólo de Pesquisas da Ilha do Fundão (próximo ao Cenpes).

como Comandante, Imediato e Oficiais de Máquinas,

Outra exigência que detectamos para todos os cargos é a

como Chefe de Máquinas, Chefe de Engenharia.

necessidade do Inglês, sendo tratado realmente como diferencial, visto que em muitos casos esses profissionais participarão de treinamentos constantes no exterior.

Por fim, vemos também demanda para as empresas entrantes no Brasil, ou seja, que querem fazer o start-up da operação. E geralmente as posições são: Country

Guiaoffshore - Aponte as principais dificuldades para

Manager, Diretor Desenvolvimento de Negócios, Diretor

contratação dos profissionais do setor?

de Engenharia.

João Marco - Pela escassez de profissionais do mercado

Guiaoffshore - Quais são os salários médios pagos aos

de Oil&Gas e por ainda se tratar de um mercado pequeno (poucos profissionais com experiência na área), nos deparamos primeiramente com a dificuldade de

profissionais do setor, tanto do profissional com nível técnico, quanto do profissional com graduação, pós graduação e mestrado? João Marco - Isso vai depender se o profissional trabalha

encontrar o profissional ou ter um número maior de profissionais disponíveis no mercado. Além disso, percebemos que algumas posições estão ficando cada vez

embarcado e da sua experiência e senioridade. Em média profissionais com formação superior ganham em torno de R$ 20 mil a R$ 30 mil , tendo em media 10 anos de ex p e r i ê n c i a . O s p r o f i s s i o n a i s t é c n i c o s g a n h a m e m média de R$ 8 mil a R$ 15mil, com média de 10 anos de

experiência

e

vai

variar

também

se

esse

profissional embarca ou não. Uma curiosidade: Há casos de profissionais que não possuem formação superior ganharem mais do que o profissional com mestrado/doutorado. Isso tudo vai depender de que nicho da indústria do petróleo ele trabalha. Por exemplo: há profissionais Drillers - com ensino médio - ganhando R$ 25mil por mês. E profissionais em operadoras ou prestadoras de serviços com doutorado ganhando R$ 15 mil. Guiaoffshore: Quais são as maiores exigências do mercado em termos de formação nos três níveis de profissionais: médio, superior e acima? João Marco - Isso também vai depender do nicho de mercado que ele atua. Porém são profissionais oriundos das áreas técnicas. No nível médio, os profissionais precisam ter feito cursos técnicos que tenham sinergia com a empresa que atuam. Por exemplo. curso de

técnico

fluídos,

técnicos

em

mecânica,

instrumentação, elétrica, eletrônica.

15


GUIAOFFSHORE MAGAZINE

mais valorizadas, uma vez que a empresa

atual

em

que

esse

profissional trabalha, ao perceber que ele pode sair, decide fazer um contraproposta

para

reter

o

funcionário. No fim das contas, acabamos tendo um número elevado de ofertas rejeitadas e salários que são

país, mas que em breve será muito demandada? João Marco - O mercado tende a continuar aquecido. Não somente pelas operações atuais, mas também com as perspectivas do Pré-Sal e com a próxima rodada de licitações.

Macaé)

-

Divisão

International.

Michael

Possui

Page

grande

experiência em gestão de vendas e recrutamento de executivos em diversas

indústrias,

comprovado

com

desenvolvimento

um de

relações globais e multiculturais. Experiência em startups e gestão e

Eu diria que todas as posições desse mercado continuariam aquecidas,

habilidade

em razão do plano de negócios previstos para acontecer no curto prazo do mercado de Oil&Gas e pelos

solidificar clientes, negociações globais e estratégicas, plano de

perspectivas futuras para o mercado

investimentos no Pré-sal.

recrutamento,

petrolífero no Brasil? Há alguma

João Amaral - Gerente Executivo OIL & GAS (Rio e Escritórios de

anunciado de Petróleo e Gás Técnico Sênior e recrutamento Engenharia.

fora

da

realidade

para

outros

mercados (inclusive para Oil&Gas em outras regiões). Guiaoffshore

-

Quais

são

as

profissão que ainda não despontou no

Falta de experiência não é entrave para conquistar vaga nos programas de trainee Nos programas de trainees, nem sempre a vaga disputada está relacionada à pouca experiência ou vivência anterior do candidato. Manoela Costa, gerente da Page Talent, unidade de negócios da Page Personnel dedicada ao recrutamento de estagiários e trainees, garante que, embora a pouca prática seja uma ameaça, é possível contornar o risco com um bom marketing pessoal e atitudes estratégicas no momento da seleção. “Muitas vezes, mérito supera a experiência. O potencial de liderança, por exemplo, é extremamente valorizado pelos recrutadores e é comum que, ao selecionar um candidato, a prioridade caia sobre aqueles que detêm características essenciais para uma boa gestão, como facilidade de trabalho em equipe, criatividade e dinamismo”, ensina Manoela. “Portanto, qualquer atividade que ateste seu espírito empreendedor será notada, inclusive encabeçamento de projetos anteriores, mesmo que sem relação com o cargo pretendido -ou envolvimento com atividades acadêmicas e sociais”, conta.

transações,

para análise

negócios,

lidar

com

competitiva,

contingente, seleção

retido

Reverta falta de experiência em oportunidade: ao invés de se colocar em desvantagem perante os concorrentes, que tal transformar sua experiência diferenciada em algo positivo? Tente descobrir como você, equipado com uma visão exterior, pode colaborar para o

crescimento da área. Só tome cuidado para não sugerir alternativas inviáveis e acabar incitando a ideia de que não compreende totalmente o funcionamento do setor. Não ser selecionado não significa que não esteja capacitado: a enorme concorrência dos programas de trainees torna as chances de sucesso escassas. Portanto, continue investindo em sua carreira e esteja ainda mais preparado para a próxima oportunidade.

A consultora acrescenta algumas dicas para os candidatos que desejam participar de um processo de seleção para programa de trainees: Foco no cargo e área de atuação: faça uma análise da companhia e do emprego ambicionado, comparando-os com seu perfil profissional. Pondere quais características são fundamentais para um bom desempenho das funções e quais não são. Assim, conhecerá os erros que não pode cometer e as qualidades que deve destacar para ganhar a atenção do recrutador. Procure também atualizar-se sobre o mercado em que deseja se estabelecer para que, mesmo sem prática, consiga transmitir confiança e domínio sobre o assunto.

16

as

Manoela Costa, gerente da Page Talent: “Muitas vezes, mérito supera a experiência. O potencial de liderança, por exemplo, é extremamente valorizado pelos recrutadores”.

e


GUIAOFFSHORE MAGAZINE

HUMAN RESOURCES

Demand for qualified professionals will remain high

Finally, we also see demand for entrants in Brazil, or who want to work on start-up operations. Usually the positions are: Country Manager, Director Business Development, Engineering Director. Guiaoffshore - What are the average salaries paid to professionals

No matter from which point of view you look at it, there is always a chance of getting a job in the area for the offshore petroleum qualified professional. In this exclusive interview with João Marco, Executive Manager of Oil & Gas of Michael Page, it is easy to acknowledge the varied range of professionals options demanded by the market. It may be mid-level (general technical), graduate, postgraduate and even master. In all cases, there is great demand and excellent wages, turning from R$ 8.000 to R$ 30.000 per month, depending of course on the level of experience. As João Marco says, there is a big expectation that the framework remains in the same way in the coming years, due to heavy investments that will infallibly occur in the industry. “The important thing is to stay focused and get qualified whenever possible to ensure your place on one of several companies in this industry, because the competition is also very intense”, he says. The executive points out that there are cases of professionals who have no college education earn more than the professional master's / doctorate, as you can read in the following interview.

in the industry, both the professional and technical level, as well the professional and undergraduate, post graduate and masters? João Marco - This will depend on whether the professional works embarked and on his experience and seniority. The average graduate professionals earn around R$ 20,000 to R$ 30,000, with an average of 10 years experience. The professional technicians earn an average of R$ 8.000 to R$ 15.000, with an average of 10 years experience and will also vary if the professional boards or not. A curiosity: There are cases of professionals who have no college education that earn more than professional with a Masters / PhD. This will all depend on what niche in the petroleum industry he works. For example, there are professional Drillers - with high school - earning R$ 25.000 per month. And professional operators or service

Guiaoffshore - What are the five most requested professional (by practice area and professional segment) for the oil market and shipbuilding offshore? João Marco - This demand will depend on the segment of the company within the Oil & Gas market. For example, in the case of operators based in Rio de Janeiro, the most demanded profiles are: Geologist / Geophysicist, Drilling Engineer, Professional HSE , Petroleum Engineer. In service companies that have operational base throughout Brazil (mainly in Macaé) the most requested positions are: Subsea Engineer, Professional Fluid, HSE, Field Engineer, Operations Manager. For companies that provide equipment for Oil & Gas, there is a demand for the following positions: Quality Manager, Product Engineer, Reliability Manager, Engineering Manager. For drilling companies, the are more positions available for: Rig Manager, Toolpusher, Driller, DPO (dinamic position operator), HSE Professionals. In the naval/offshore industry, the most commons requested professionals are Commanding Officer of Nautica, Officers and Immediate, as well as Chief Engineer.

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providers with a doctorate earning R$ 15.000. Guiaoffshore: What are the biggest market requirements in terms of the three levels of training professionals: middle, top and above? João Marco - This will also depend on the niche market it serves. But there are professionals from technical areas. On average, professionals must have made technical courses that have synergy with the company profile. For example. course of technical fluids, mechanical technicians, instrumentation, electrical, electronics. In the case of higher education, the greatest demand is in training in Engineering (Mechanical, Electrical, Petroleum, Production), Geology, Geophysics. The demands of professionals with training above this level, as masters / doctorate, are requested to work in Research and Development centers - well heated market with recent investments in Research Center of Fundão Island (near Cenpes). Another requirement that is detected for all positions is the need of the English fluency really being treated as differential, since in many cases these professionals participate in continuous training abroad. Guiaoffshore – Point out the main difficulties for recruitment of industry professionals? João Marco - The lack of professionals in Oil & Gas market, and yet it is a small market (few professionals with

experience in the area), we meet first with the difficulty of finding a professional or have a greater number of professionals available in the market. Also, realize that some positions are becoming increasingly valued, since the current company in which the professional works to realize he can leave, decides to make a counteroffer to retain the employee. In the end, we come up to having a high number of rejected offers and salaries that are unrealistic for other markets (including Oil & Gas in other regions). Guiaoffshore - What are the future prospects for the oil market in Brazil? Is there any profession that has not yet emerged in the country, but soon will be on focus too? João Marco - The market tends to keep warm. Not only for current operations, but also with the pre-salt prospects and with the next round of bidding. I would say that all positions in this market remain heated, because the business plan expected to happen in the short term the Oil & Gas market and investments in pre-salt. João Marco - Executive Manager - OIL & GAS (Offices Macaé and Rio) - Michael Page International Division. He has extensive experience in sales management and executive recruitment in various industries, with a proven development of global and multicultural relations. Experience in startups and management and ability to handle transactions, competitive analysis, solidify customer negotiations and global strategic business plan, contingent, recruitment, selection and retained announced Oil and Gas Senior Technical and Engineering recruitment.

Lack of experience is no obstacle to achieve a chance in trainee programs

commit and highlight the qualities to win the attention of the recruiter. Try also to update yourself on the market where you want to work with, even without practice, and show confidence and knowledge of the subject.

In trainee programs, not always the dispute for

creativity and dynamism, " teaches Manoela.

Reverse lack of experience into opportunity:

the vacancy is related to lack of experience or

"Therefore, any activity that certifies their

instead of putting yourself at a disadvantage

previous experience of the candidate. Manuela

entrepreneurial spirit will be noted, including

against competitors, how about transform your

Costa, Manager of Talent Page, a business unit

heading past projects, even if unrelated to the

differential

of Page Personnel dedicated to the of interns

desired position or involvement in academic

positive? Try to find out how you, equipped

and trainees, ensures that although the threat

and social activities," she says.

with an outside view, may contribute to the

is a little practice, you can circumvent the risk

The consultant adds some tips for candidates

growth of the area. Just be careful not to suggest

with a good personal marketing and strategic

who wish to participate in a selection process

viable alternatives and end up encouraging the

attitudes at the time of selection .

for trainee program:

idea as you do not fully understand the

"Often merit outweighs experience. The

Focus on the job and area of expertise: make an

potential for leadership, for example, is highly

analysis of the company and the job coveted by

Not being selected does not mean it is not

valued by recruiters and it is common that,

comparing them with their professional

capable: the enormous competition from

when selecting a candidate, the priority falls

profile. Consider what features are essential

trainee programs makes the chances of success

on those who have characteristics essential to

for a good performance and which are not. So,

slim. So keep investing in your career and be

good management, such as ease of teamwork,

pay attention to the mistakes that can not

even more prepared for the next opportunity.

18

experience

into

something

functioning of the sector.


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19


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Recursos Humanos

Salários da indústria de petróleo e gás crescem 20% em um ano Pesquisa da Robert Half aponta alta na remuneração de Gerente de Operações e de Gerente de Desenvolvimento de Negócios Considerado como um dos mercados de maior potencial e ao mesmo tempo com maior escassez de talentos, o segmento de Petróleo & Gás teve valorização salarial de até 20% no Guia Salarial 2012-2013, feito anualmente pela

empresa

de

recrutamento

especializado Robert Half. “O cenário para o segmento é muito promissor e deve continuar bastante aquecido nos próximos anos, pois há a predominância de projetos de longo prazo”, avalia Fabio Porto d’Ave, gerente da divisão de Engenharia Oil & Gas da Robert Half. “Apesar do aumento salarial, foi possível notar um ajuste no mercado, com salários menos ‘estratosféricos’”, acrescenta. As principais demandas do setor, segundo

a

pesquisa,

são

por

profissionais na área de operação e manutenção como o Gerente de Operações -- que tem salário no início da carreira entre R$ 15 mil e 23 mil -- e Engenheiro de Serviços – com

20

Fabio Porto d’Ave, gerente da divisão de Engenharia Oil & Gas da Robert Half:”O cenário para o segmento é muito promissor e deve continuar bastante aquecido nos próximos anos”


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remuneração inicial de R$ 6,5

Além do aumento de salários, em

necessária capacidade analítica

mil até R$ 9,5 mil. Também estão

relação ao ano de 2011, algumas

para

em alta profissionais de compras,

posições como o Coordenador de

empresa para diferentes cenários.

suprimentos e logística. O especialista

Comunicação e Inteligência de

Outras

da Robert Half também destaca a

Mercado foram mais demandadas

mercado são o do Gerente de

escassez de Oficiais de Máquinas e

por empresas do setor. “O fato de este

Desenvolvimento de Negócios e

Oficiais

mercado estar mais sujeito a

Diretor

crises, principalmente ambientais,

remuneração inicial de R$ 16 mil

despertou o interesse por profissionais

a R$ 27 mil, dependendo do porte

que podem preparar as empresas

da empresa. “O segmento de

para essas situações”, explica

Petróleo e Gás segue sendo alvo de

Jorge Martins, gerente da divisão

investimentos e a receber startups.

de Marketing

Por

de

Náutica,

que

são

profissionais formados pela Escola de Formação de Oficiais da Marinha Mercante.

De acordo com Porto

d’Ave, o principal gargalo em termos de perfis profissionais é a falta de fluência em inglês.

& Vendas. “Esta

visualizar

e

posições

preparar

em

Comercial,

conta

deste

alta

que

cenário,

a

no

têm

as

tendência tem feito profissionais de

empresas procuram os profissionais

As posições na área de Marketing &

outros segmentos se interessar pela

que possam iniciar a operação,

Vendas no segmento de Petróleo &

área”,

como

Gás também seguem aquecidas.

especialista, além do idioma inglês é

completa.

Segundo

o

o

Diretor

Comercial”,

enfatiza Martins.

21


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HUMAN RESOURCES

Wages in the oil and gas industry have risen 20% in a year Considered one of the largest potential markets and at the same time with greater talent shortages, the wages in the oil&gas segment has risen to 20%, according to the Salary Guide 2012-2013, made annually by specialist recruitment company Robert Half. "The outlook for the sector is very promising and should remain quite warm in the coming years because there is a predominance of longterm projects," said Fabio d'Port Ave, division manager of Oil & Gas Engineering from Robert Half. "Despite the salary increase, we found

age of officers Machinery and Marine Officers, who are graduates of the Training School for Merchant Navy Officers. According to Port d'Ave, the main bottleneck in terms of job profiles is the lack of fluency in English. The positions in the area of Marketing & Sales also follow heated in the Oil & Gas segment. Besides the increase of wages, compared to the year 2011, some positions as Communications Coordinator and Market Intelligence were demanded by most companies. "The fact that this market is more prone to crises, mostly environmental, sparked interest by professionals who can prepare companies for these situations," explains Jorge Martins, Division Manager Sales & Marketing. "This trend has made professionals from others segments get interested in this area," he adds. According to the expert, in

in this guide’s edition an adjustment in the market, with salaries less 'stratospheric'" he adds.

addition to the English language, is required to have analytical capac-

The main demands of the sector, according to the research, are by

Other high positions in the market are the Manager of Business

professionals in the field of operation and maintenance as Operations Manager - who has career earnings at the beginning of between R$

Development and Sales Director, having initial payment of R$ 16.000 to R$ 27.000, depending on the size of the company. "The Oil and

15.000 and R$ 23.000 - and Service Engineer - with compensation

Gas segment continues to be the target of investment and receive startups. Because of this scenario, firms seek professionals who can

initial R$ 6.500 to R$ 9.500. They are also high in professional purchasing, supplies and logistics. The specialist also highlights the short-

22

ity to visualize and prepare the company for different scenarios.

begin operating as Commercial Director, "says Martins.


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Negócios

Helibras voa em céu de brigadeiro no mercado petrolífero offshore Por Marco Antonio Monteiro

O mercado de helicópteros para uso em atividades petrolíferas offshore está voando em céu azul e límpido. Em decorrência do esperado crescimento da produção no pré-sal, estimativas do setor dão conta que nos próximos sete anos o mercado offshore vai necessitar de mais 100 helicópteros de médio e grande portes para atender a uma demanda que foi de 800 mil passageiros em 2011 e que deverá chegar a 1,6 milhão em 2015. Atenta ao crescimento exponencial deste nicho de mercado, a Helibras

24

fortalece parcerias tecnológicas e comerciais com a sua principal controladora a francesa Eurocopter para continuar voando mais alto. Sérgio Roxo, gerente de vendas militares da Helibras, afirma que o crescimento do mercado offshore trará ainda outros benefícios, no setor de serviços. Além da ampliação de suas bases de manutenção, diz o executivo, a Helibras vai instalar, aqui no Brasil, um simulador de última geração para o modelo EC225, muito empregado nas atividades offshore, com intuito de oferecer treinamento especializado às tripulações que serão necessárias em função dos novos helicópteros que deverão ser adquiridos nos próximos anos. “Considerando, por exemplo, que cada helicóptero necessite de cinco pilotos para operar, a previsão é de que o setor absorva cerca de 500 profissionais, sem contar possíveis


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clientes internacionais que também poderão realizar treinamentos no Brasil. Este simulador deverá ser construído no próximo ano, no Rio de Janeiro”, observa Roxo. A Helibras detém atualmente 27% do mercado offshore (Oil&Gas) no Brasil, que hoje é composto por mais de 200 aeronaves. A empresa possui mais de 50 aeronaves neste segmento, incluindo contratos de longo prazo e o mercado spot, ou seja, contratação esporádica de aeronaves para atender demandas excedentes. Os principais clientes da Helibras/ Eurocopter nesta área são: OMNI, BHS, Aeróleo, Senior e Helibarra. Roxo conta que a ampliação no volume de negócios segue um crescimento constante há alguns anos. No entanto, os negócios neste setor, pelos valores envolvidos, desenvolvem-se em ritmo diferente do que em outros segmentos. As conversas com os operadores são constantes, mas, a concretização dos negócios pode ser mais ou menos espaçada. A partir de 2011, houve um aumento de vendas para atender o planejamento da Petrobras previsto até 2020. Em

termos

de

EC155, o AS365, o EC145 e o EC135,

Forças Armadas Brasileiras e pela

com

Presidência

destaque

para

o

EC225,

a

da

República,

num

aeronave mais adequada para as

contrato de R$ 5,2 bilhões com o

missões do pré-sal.

governo

O EC225 é um helicóptero de grande porte, que, inclusive, será fabricado no Brasil a partir deste ano, com a

federal

para

fornecer

a

última geração do modelo militar EC725, prevendo meta de até 50% de nacionalização.

inauguração de uma nova fábrica,

Para

destinada,

para

Helibras está investindo US$ 420

produzir também a versão militar

milhões na nova planta, instalação

desta

chamada

do inédito simulador no Rio de

EC725. Elas foram adquiridas pelas

Janeiro, na formalização de parcerias

prioritariamente,

mesma

aeronave,

atender

esta

demanda,

a

equipamentos

com universidades e formação de

utilizados, ao menos no médio prazo,

mão de obra. "Estamos construindo a

serão os mesmos oferecidos neste

Helibras dos próximos 30 anos", diz o

momento,

vice-presidente

cujos

projetos

são

de

última geração. Roxo ressalta que também

é

importante

Luiz

considerar O

que, neste setor, os modelos estão em

tem

capacidade

de

mais dois pilotos, dependendo da

agregar equipamentos, sistemas e desenvolvimentos,

EC225,

transporte para até 19 passageiros

constante evolução, o que significa outros

executivo,

Eduardo Mauad.

configuração. Com esta aeronave, a

que

meta da empresa é atingir um índice

incorporam sempre a mais moderna

de nacionalização tal que permita sua

tecnologia de navegação e segurança

inclusão na linha de financiamento

de voo, tornando-os sempre atuais.

do BNDES - FINAME. Dentre os 11 modelos de helicópteros que

a

Helibras

O EC155 também é muito utilizado

comercializa

atualmente no mercado brasileiro, cinco têm características importantes para o transporte até as plataformas de exploração de petróleo. São eles o

Sérgio Roxo, gerente de vendas militares da Helibras: "A ampliação no volume de negócios segue um crescimento constante há alguns anos".

no mercado executivo. No setor de óleo e gás, existem atualmente seis desses modelos em atividade, seja de forma dedicada ou pelo mercado spot.

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GUIAOFFSHORE MAGAZINE

Este helicóptero tem capacidade para transportar até 12 passageiros mais dois pilotos.

é

O modelo AS365N3 é particularmente indicado para o transporte de passageiros no mercado executivo e para missões de defesa civil, o AS365

deste mercado com o modelo EC135,

um

helicóptero

pilotos. A Helibras também participa um helicóptero leve para até seis passageiros mais dois pilotos; de grande versatilidade por oferecer

A Helibras está finalizando seu mais novo projeto: o Bralog – uma plataforma de logística e atendimento ao cliente, para aprimorar e facilitar a oferta de peças e serviços aos helicópteros da empresa já comercializados em todo o território nacional. O projeto está dividido em várias fases, mas já começa a operar em outubro, com a criação de uma estrutura unificada de atendimento chamada front office, que funcionará como uma porta de entrada para agilizar as solicitações dos clientes de forma centralizada provendo assistência técnica, venda de peças de reposição ou contratação de serviços de manutenção. Para o vice-presidente de Suporte e Serviços da Helibras, Flávio Pires, o Bralog vai “concentrar em um só local, com uma ferramenta de comunicação eficiente, todos os pedidos relacionados ao pós-venda, 24 horas por dia e 365 dias por ano. Isso garante muito mais agilidade no trabalho e reduz o custo final ao cliente”, explica. Eficiência internacional Todo o trabalho de logística será feito por uma empresa especializada. Uma concorrência já está aberta e as propostas serão apresentadas para a Helibras até o final de setembro. Nesta etapa, serão analisados detalhes como a localização do terreno, que deve ser em São Paulo por causa da proximidade com um aeroporto internacional, para recebimento das peças vindas do exterior, e a disponibilidade de outras rotas para envio do material a todas as demais regiões do país. Além disso, a empresa a ser contratada precisará possuir tecnologias e ferramentas de gerenciamento deste trabalho, já que estará diretamente conectada com a Helibras e todas as unidades Eurocopter ao redor do mundo.

Outro objetivo da vice-presidência de Suporte e Serviços é aumentar a proximidade com o cliente e, neste sentido, a empresa está expandindo suas bases fixas de manutenção para

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com

capacidade para 11 passageiros e dois

Bralog é aposta para aprimorar o pós-venda

“O Bralog seguirá padrões internacionais de eficiência, equiparando-se aos centros da Eurocopter em Mariagne, na França, nos EUA e na Ásia. Também deverá ter capacidade para atender, no futuro, o mercado de helicópteros da América Latina”, explica Flávio Pires.

médio

condições de voo tanto em missões offshore de média distância, quanto para operações em grandes centros urbanos, em que os espaços para manobras costumam ser mais restritivos. Sua utilização é mais comum, neste mercado, para transporte aeromédico.

cidades de outros estados do país, como Brasília, Curitiba, Rio de Janeiro e Fortaleza. “Atualmente, temos o maior número de representantes técnicos disponíveis no mercado para assistência pós-venda, que se deslocam pelo país sempre que há necessidade. Parte deles atuará junto às novas bases, que funcionarão em regiões estratégicas, o que trará mais agilidade por conta do contato pessoal mais próximo com os clientes”, completa o executivo. Pioneirismo no setor A Helibras é a única fabricante brasileira de helicópteros. Responsável pela montagem, venda e pós-venda no Brasil de aeronaves do Grupo Eurocopter, controlado pela EADS European Aeronautic Defence and Space Company, a empresa desenvolve tecnologia de ponta contribuindo para o fortalecimento da indústria aeronáutica nacional. Com participação superior a 50% na frota brasileira de helicópteros a turbina, a Helibras está em atividade no Brasil desde 1979 e mantém instalações em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Em 1999, a Helibras comemorou a entrega ao mercado brasileiro de seu 400º helicóptero. Em 2004, foi iniciada a operação no Brasil da família AS365 em missões offshore. Em 2005 e 2006 chegaram ao país os primeiros helicópteros EC135 para operações offshore e atendimento médico de urgência. Sua fábrica (foto), que emprega mais de 300 profissionais e tem capacidade de produção de 30 aeronaves por ano, está localizada na cidade de Itajubá (MG), onde são produzidos diversos modelos que atendem aos segmentos civil, governamental e militar. Desde sua fundação, a Helibras já entregou mais de 500 helicópteros no Brasil, sendo 70% do modelo Esquilo. Segundo o site da Eurocopter, a composição acionária da Helibras é a seguinte: 76.52% Eurocopter, 12.45% Governo de Minas Gerais, 10.97% Bueninvest e 0.05% SACS.


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INDUSTRY

Helibras flying in clear skies The market for helicopters used in offshore oil activities is flying in clear blue sky. Due to the expected growth in production in pre-salt, the industry estimates that the next seven years the offshore market will require more than 100 helicopters of medium and large sizes to meet a demand that was 800 thousand passengers in 2011 and which is expected to reach 1.6 million in 2015. Aware of the exponential growth of this market niche, Helibras strengthens technological and commercial partnerships with its principal controlling the French Eurocopter to continue flying higher. Sergio Roxo, sales manager of military Helibras, says the growth of the offshore market will also bring other benefits to the service sector. Besides expanding its maintenance bases, says the executive, Helibras will install, here in Brazil, a next-

generation simulator for model EC225, widely used in offshore activities, to offer specialized training for crews that will be needed in function of the new helicopters to be acquired in the coming years. "Considering, for example, that every helicopter require five pilots to operate, it is expected that the sector will absorb about 500 professionals, not counting potential international customers who may also conduct training in Brazil. This simulator will be built next year in Rio de Janeiro, "says Roxo. The Helibras currently owns 27% of the offshore market (Oil & Gas) in Brazil, which today consists of more than 200 aircraft. The company has more than 50 aircraft in this segment, including long-term contracts and the spot market, ie, sporadic hiring aircraft to meet demands surpluses. The main customers of Helibras / Eurocopter in this area are: OMNI, BHS, Aer贸leo, and Senior Helibarra.

Model EC 135 is a light helicopter for up to six passengers and two pilots: ideal for offshore activities in mid-distance

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Roxo says that the business has shown a steady growth in the last few years. However, businesses in this sector, due to the amounts involved, develop at a different pace than other segments. Conversations with operators are constant, but the achievement of business can be more or less spaced. Since 2011, he adds, there was an increase in sales perspective in order to meet Petrobras' investment planning up to 2020.

the aircraft best suited to the tasks of the pre-salt.

The models used, at least in the medium term, will be the same offered now, whose projects use the latest generation. Roxo also emphasizes that it is important to consider that, in this sector, the models are constantly evolving, which means adding equipment, systems and other developments, always incorporating the latest technology for navigation and flight safety, making them timeless.

art EC-725, with target project of providing 50% of

Among the 11 models of helicopters that Helibras currently markets in the Brazilian market, five are suitable for transport to the oil exploration platforms. They are the EC155, the AS365, EC145, EC135 and the top model EC225,

The EC 725 - bought by the Brazilian Armed Forces and the Presidency of the Republic - is the military version of the EC225, considered the aircraft best suited to the tasks of the presalt operations.

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The EC225 is a large helicopter, which even began to be manufactured in Brazil this year with the opening of a new plant, designed primarily to produce also the military version of the same aircraft, called EC725. They were acquired by the Brazilian Armed Forces and the Presidency of the Republic, in a contract of R$ 5.2 billion to the federal government to provide militarynationalization. To meet this demand, Helibras is investing US$ 420 million in the new plant, installation of simulator in Rio de Janeiro, in the formalization of partnerships with universities and training of manpower. "We are building a Helibras for the next 30 years," says executive vice president, Luiz Eduardo Mauad. The EC225 has the capacity to transport up to 19 passengers plus two pilots, depending on configuration. With this aircraft, the company's goal is to reach such a


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level of nationalization that allows its inclusion in the line of BNDES financing - FINAME.

to be more restrictive. Its use is more common in this market for aeromedical transport.

The EC155 is also widely used in the executive market. In the oil and gas, there are currently six of these models in activity, either with specific use or offered in the spot market. This helicopter can carry up to 12 passengers plus two pilots. The AS365N3 model is particularly suitable for the transport of passengers and market executive for civil defense missions, the AS365 is a medium helicopter with a capacity for 11 passengers and two pilots. The Helibras also participates in this market with the model EC135, a light helicopter for up to six passengers and two pilots; great versatility by offering flight conditions both offshore missions in mid-distance, and for operations in large urban centers, where the spaces maneuvers tend

Helibras executive vice president, Luiz Eduardo Mauad: "We are building a Helibras for the next 30 years,"

Bralog is the bet on post-sales service The Helibras is finishing its latest project: the Bralog - a platform of logistics and customer service, to enhance and facilitate the provision of parts and services to the company’s helicopters already marketed nationwide. The project is divided into several stages, but has already begun in order to start operations in October, with the creation of a unified service called front office, which will act as a gateway to expedite customer requests in a centralized manner by providing technical assistance, spare parts sales and maintenance contracting services. For the VP Support and Services Helibras, Flávio Pires, the Bralog will “concentrate in one place, with a effective communication tool, all claims related to post-sale 24 hours a day, 365 days a year. This ensures much faster work and reduces the final cost to the customer, “he explains. Efficiency international All work will be done by a specialized logistics company. A competition is now open and will be submitted for Helibras until the end of September. In this step, we will analyze details such as the location of the land, which must be in Sao Paulo because of proximity to an

international airport, to receive parts from abroad, and the availability of other routes for sending the material to all other regions country. In addition, the company to be hired will need to possess technologies and management tools of this work, as will be directly connected with Helibras and Eurocopter units all around the world. “The Bralog follow international standards of efficiency, equal to the centers of Mariagne Eurocopter, France, the U.S. and Asia. Also must be able to meet in the future, the helicopter market in Latin America, “says Flávio Pires. Another objective of the vice presidency and Support Services is to increase customer proximity and the company is expanding its maintenance bases fixed to cities in other states, such as Brasilia, Curitiba, Rio de Janeiro and Fortaleza. “We currently have the largest number of technical representatives available in the market for after-sales service, moving the country whenever there is need. Part of them will work together to new bases that operate in strategic regions, which will bring more agility due to the closest personal contact with customers, “, adds the executive.

Pioneering the industry Helibras is the only Brazilian manufacturer of helicopters. Responsible for the assembly, sales and after-sales in Brazil Eurocopter Aircraft Group, controlled by EADS European Aeronautic Defence and Space Company, the company develops technology contributing to the strengthening of the national aircraft industry. With over 50% of the Brazilian fleet of turbine helicopters, Helibras has been active in Brazil since 1979 and maintains facilities in Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro and Brasilia. In 1999, Helibras celebrated the delivery to market of its 400th helicopter. In 2004, started operation in Brazil with the AS365 family in offshore missions. In 2005 and 2006 brought to the country the first EC135 helicopters for offshore operations and emergency medical care. Its factory, which employs more than 300 professionals and has a production capacity of 30 aircraft per year, is located in the city of Itajubá (MG), where are produced several models that cater to segments civil government and military. Since its founding, Helibras has delivered more than 500 helicopters in Brazil, 70% of the Esquilo model. According to the website of Eurocopter, the shareholding structure of Helibras is as follows: 76.52% Eurocopter, 12.45% Government of Minas Gerais, 10.97% and 0.05% Bueninvest SACS.

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Primeiro óleo SERVIÇOS

3Mw de energia para explorar gás no Maranhão

TELECOMUNICAÇÕES

Telefonia por satélite Foi inaugurado em agosto o escritório

A Aggreko reforça sua atuação junto ao mercado

comercial da Arycom, na Barra da Tijuca

de óleo e gás brasileiro com um novo projeto. A

(RJ). A Arycom, empresa 100% brasileira e

empresa é a fornecedora de geradores de energia

com sede em São Paulo, é autorizada pela

para atender as atividades de pesquisa e

Anatel a oferecer serviços de comunicação

exploração em campos de gás natural em Santo

por satélite pelos sistemas Inmarsat e

Antônio dos Lopes, no interior maranhense. As

Iridium, além de terminais e dispositivos

operações estão a cargo da multinacional espanhola

para aplicações em terra, mar e ar.

Duro Felguera, que recorreu à Aggreko por sua expertise em fornecer energia temporariamente em áreas remotas de difícil acesso.

Iñigo López (foto), gerente regional da Arycom e que responderá pelo escritório do Rio, explica que o principal motivo

Como esse trabalho exige a utilização de

para abertura da unidade carioca é

motores de grandes dimensões e alta potência,

proporcionar atendimento personalizado

a Duro Felguera recorreu a soluções da Aggreko

aos clientes que a empresa possui no

para garantir o funcionamento adequado do

estado. O foco maior das atividades serão

motorredutores das sondas de prospecção, já que Santo Antônio dos Lopes encontra-se em uma região com escassez na oferta de energia. Para as operações em Santo Antônio dos Lopes, a Aggreko forneceu 12 geradores de diferentes dimensões (entre 125 e 500 kVA). No total, serão fornecidos 3,1 MW de energia. “O projeto de pesquisa de campos de gás natural em Santo Antônio dos Lopes está fortemente ligado ao know-how da Aggreko e experiência no setor”, afirma Diógenes Paoli Neto (foto), diretor da Aggreko para a América do Sul. “No setor de óleo e gás no Brasil atuamos em parcerias com grandes empresas do segmento, principalmente para o fornecimento de energia em localidades remotas, como Santo Antônio dos Lopes. Além disso, como disponibilizamos geradores movidos a diesel e também a gás, é possível utilizarmos um sistema ainda mais adequado às condições locais. Para esta primeira fase de sondagem do local, fornecemos geradores que usam diesel como combustível. Mas se for constatado que o gás naquele local é viável e interessante de ser utilizado, podemos instalar geradores a gás para isso”.

TECNOLOGIA

Petróleo e gás em 3D A GE acaba de inaugurar, em Campinas (SP), seu primeiro Centro Tecnológico, onde clientes e visitantes poderão conhecer as soluções da empresa para medição e controle. Com investimento de US$ 5 milhões, o Customer Application Center (CAC), da divisão de Measurement & Control da GE Oil & Gas, será o primeiro centro da empresa, deste tipo, na América Latina. “No nosso CAC os clientes poderão ver em primeira mão como as soluções da GE trabalham em conjunto para maximizar as operações de uma unidade fabril”, afirma Edgardo Torres, líder da GE Measurement & Control para a América Latina. Por meio de interfaces interativas e apresentações multimídia de última geração, os visitantes poderão ver e experimentar, em primeira mão, os produtos da GE Measurement & Control, além de participar de sessões de treinamento, demonstração em 3D e personalização de aplicações.

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os setores marítimo, principalmente o segmento de offshore, e o de governo.


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NEGÓCIOS

COMBUSTÍVEIS

Sustentabilidade no ar

Alta tecnologia no refino

A United Airlines acaba de anunciar

A subsidiária brasileira da empresa alemã

sua entrada para o Grupo dos Usuários

EagleBurgmann, do Grupo Freudenberg,

de Combustível Sustentável (SAFUG –

especializada em soluções de vedação de alta

Sustainable Aviation Fuel Users Group),

tecnologia para equipamentos rotativos,

fortalecendo o seu compromisso com a

anuncia o fornecimento para a Rnest

sustentabilidade e o meio ambiente.

(Refinaria do Nordeste, ou Abreu Lima) de

O grupo é formado por empresas do

duas unidades de lubrificação de selos

setor aéreo e tem como objetivo acelerar

mecânicos que necessitam de fluidos entre as

o desenvolvimento e a comercialização de biocombustíveis para aviação.

suas partes. “Este é um projeto desenvolvido

A United Airlines é líder em biocombustíveis e operou o primeiro voo comercial

totalmente pela subsidiária brasileira e é

americano abastecido com biocombustíveis avançados em novembro de 2011, após

customizado para as unidades de destilação

realizar um teste histórico e um voo de demonstração em 2009 e 2010, respectivamente.

a vácuo da Rnest, sendo que cada uma destas

A companhia assinou ainda cartas de intenção de compra para adquirir mais de 50

unidades tem capacidade para lubrificação

milhões de galões de biocombustíveis sustentáveis.

de 22 selos”, conta Benito De Domênico Jr., diretor geral da EagleBurgmann do Brasil.

PIPELINE

Tanque Maracanã para Transpetro

tubulações aéreas e subterrâneas para oleodutos e gasodutos, construção de tanques com até 45 mil m³ e até o Maracanã (em média

A empresa já fornece selos mecânicos e

com 50 mil m³), que levam cerca de 18 meses

acessórios, como sistemas auxiliares e as

A Combustol Amal – empresa do Grupo

para serem construídos. Além disso, também

próprias unidades de lubrificação forçada,

Combustol & Metalpó, com atuação nos

vai fornecer o serviço de jateamento em

para a Rnest que está em fase de construção

segmentos de fornos industriais, refratários,

processos

em Ipojuca (PE). “Para a EagleBurgmann, o

tratamento térmico e metalurgia do pó, acaba

equipamentos. O grupo emprega mais de 600

de ser homologada para fornecer serviços e

funcionários, em três unidades localizadas

equipamentos para a Transpetro. A empresa

nas cidades de São Paulo – a principal, com

prestará serviços como manutenção de

uma área de 30 mil m², Rio de Janeiro e

tanques aéreos verticais, construção de

Contagem (MG).

de

pintura

industrial

dos

fornecimento para a Rnest representa a confiança nas tecnologias que desenvolvemos, pois esta será a mais moderna refinaria construída em território nacional e a primeira adaptada a processar 100% do petróleo com o mínimo de impacto ambiental, além de produzir combustíveis com teor de enxofre

LANÇAMENTO

menor do que o exigido pelos padrões

Navegação monitorada A Metalock passou a oferecer no mercado nacional um sistema de monitoramento de curto alcance para navegações marítimas. O Automatic Identification System (AIS) R5 é

internacionais mais rígidos”, comenta. transferida para o setor civil sem grandes modificações. O sistema AIS (foto) integra

O Grupo Freudenberg atua nos segmentos de

um sistema transceptor VHF padrão, tal

vedação, controle de vibrações, não

como LORAN-C ou receptor GPS, juntamente

tecidos, lubrificantes especiais, agentes

com

desmoldantes,

outros

sensores

de

navegação,

filtração,

entre

outros.

eletrônicos ou não, tais como giro-bússola,

Emprega mais de 37 mil pessoas em 58 países,

Indicador de velocidade (LOG) e indicador de

com um faturamento anual acima de € 6

um novo modelo do sistema para navegações

velocidade de rotação e de direção. O AIS R5

bilhões. No Brasil, está presente com sete

marítimas da SAAB, que foi desenvolvido por

será lançado em duas versões, Solid e

empresas: Chem-Trend, EagleBurgmann,

militares

localizar

Supreme, para toda a América Latina.

Freudenberg Não Tecidos, Freudenberg-

embarcações por intermédio da troca de dados

Sistema AIS terá duas versões lançadas na

NOK,

com estações VTS, porém a tecnologia foi

América Latina.

Vibracoustic.

para

identificar

e

Klüber

Lubrication,

SurTec

e

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Tecnologia

Software inova na avaliação de riscos em ativos industriais Com a disseminação do conhecimento

indicadores de performance de seus produtos e equipamentos.

da PAS 55, norma internacional de

Até 2013, a norma se transformará em ISO 55000, que

gestão de ativos industriais que vem

torna mensurável os riscos de manutenção.

sendo discutida e também aplicada por grandes organizações de todo o mundo, a tendência é que mais setores da indústria nacional usem as ferramentas da Engenharia da Confiabilidade para gerar e acompanhar

A ReliaSoft apresentou o sistema empresarial Orion eAPI, que traz novos módulos para atender as exigências da norma PAS 55, durante o 27º Congresso Brasileiro de Manutenção e Expoman 2012 - Exposição de Produtos, Serviços e Equipamentos para Manutenção, realizado no Rio de Janeiro. O sistema Orion eAPI unifica todas as informações importantes, alocadas em diversos bancos de dados (SAP, Maximo, Oracle etc), em um único local que compartilha todo o processo de gestão de ativos. "O propósito do Orion eAPI não é substituir o sistema informatizado da manutenção (CMMs), mas trabalhar de forma conjunta com

outras

soluções

que

contenham

informações

necessárias para a gestão empresarial", explica Claudio Spanó, diretor executivo da ReliaSoft, que concedeu a entrevista a seguir à Revista Guiaoffshore Magazine. Guiaoffshore: Quais são os principais mercados-alvo do produto? Spanó: O Orion eAPI é um sistema empresarial webbased projetado para a gestão de ativos industriais e Claudio Spanó, diretor executivo da ReliaSoft:

direcionado para empresas que investem na otimização de processos, como os setores de óleo & gás, mineração, petroquímicas, siderurgia e g e r a ç ã o e d i s t r i b u i ç ã o d e energia elétrica.

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Guiaoffshore: Qual investimento da Reliasoft neste novo sistema de gestão de ativos? Spanó: O Orion eAPI foi lançado em 2009 e em 2012 foram incorporados novos módulos para atender as exigências da PAS 55. Ao

Spanó: Orion eAPI é licenciado pelo

todo, a ReliaSoft já investiu 20 mil horas de trabalho no

número de ativos (equipamentos)

sistema Orion eAPI.

que

Guiaoffshore: Houve contratação de profissionais

número de usuários é ilimitado e pode

específicos?

incluir os clientes e fornecedores.

Spanó: Esse é o primeiro sistema da ReliaSoft desenvolvido

Para

no Brasil. Para isso, foi estruturada uma área de

sistema,

desenvolvimento de softwares na unidade brasileira que

empresa usuária tenha um servidor

contou com o apoio do know how da ReliaSoft Corporation.

para o aplicativo e outro servidor para

Hoje, além desse sistema, o Brasil é responsável por mais dois produtos q u e e s t ã o n a f a s e d e e s p e c i f i c a ç ã o e também

trabalha

soluções

customizadas

conforme

Houve

empresa

o

melhor é

irá

gerenciar.

desempenho

recomendado

que

O

do a

o banco de dados, porém o sistema pode ser instalado em um único servidor. Os requisitos mínimos para o servidor do aplicativo são:

demanda de nossos clientes. Guiaoffshore:

a

parceria

nova

com

alguma

- Intel Xeon Dual Core 2.66 GHz ou superior com no mínimo 4 GB de

empresa?

memória; - 1 HD de 160 GB; Windows Spanó: Para o desenvolvimento do sistema Orion eAPI a ReliaSoft Brasil buscou certificações no mercado, para demonstrar o mais alto nível de capacidade e compromisso em soluções

Server

2003;

Framework

Microsoft

versão

3.5

Componente Gráfico MS Chart. Os requisitos mínimos para o servidor de banco de dados são:

A primeira conquista foi a Competência ISV/Software Microsoft,

Network.

no

e

empresarias, com foco em

confiabilidade, para o mercado brasileiro.

da

.NET

SP1;

programa

Microsoft

Partner

A outra grande conquista foi certificar a

integração do Orion eAPI com o SAP que acontece pelo “ReliaSoft Enterprise Connector 1.0”. Esse módulo de integração, permite que o Orion eAPI trabalhe em conjunto com o SAP que já é uma solução de gestão empresarial utilizada em grandes empresas, afim

Intel Xeon

Quad Core 2.00 GHz ou superior com no mínimo 8 GB de memória; 2 HD de 160 GB (Mirrored) para o banco de dados; 1 HD de 120 GB para o OS; Windows Server 2003 + SQL Server 2008; Microsoft .NET Framework versão 3.5 SP1.

de obter as informações necessárias para a gestão

Os requisitos mínimos do usuário são:

de ativos.

Internet

Guiaoffshore: Explique como ocorre o licenciamento do produto e que configuração de hardware é necessária para executá-lo?

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Explorer

7

ou

superior;

Processador Pentium 4 ou superior com 512 MB RAM; Microsoft .NET Framework versão 3.5 SP1 e Silverlight 3.


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TECHNOLOGY

ReliaSoft presents software innovations capable of measuring risks in maintenance management of industrial assets

Spano: This is the first system of ReliaSoft developed in Brazil. We created an area of software development in the Brazilian unit that was supported by the expertise of ReliaSoft Corporation. Today, in addition to this system, Brazil accounts for more than two products are in the specification phase

With the dissemination of knowledge of the norm PAS 55, Interna-

and also works as customized solutions our customers demand.

tional Standard Asset Management industry that has been dis-

Guiaoffshore: Did Reliasfot created a new partnership with this

cussed and also applied by large organizations around the world,

product?

the trend is that more sectors of the domestic industry to use the tools of reliability engineering to generate and monitor performance indicators of its products and equipment. By 2013, the norm will become ISO 55000, which makes maintaining measurable

Spano: For the development of the Orion eAPI ReliaSoft Brazil sought certifications in the market, to demonstrate the highest level of ability and commitment to enterprise solutions with a focus on reliability, for the Brazilian market.

risks. The first achievement was the ISV / Software from Microsoft, the ReliaSoft presented eAPI Orion Business System, which brings new modules to meet the requirements of PAS 55 standard during the 27th Brazilian Congress of Maintenance and Expoman 2012 Exhibition of Products, Services and Equipment Maintenance, held in Rio de Janeiro. The Orion eAPI system unifies all the important information allocated in different databases (SAP, Maximo, Oracle etc.) in one place that shares the whole process of asset management. "The purpose of the Orion eAPI is not to replace the computerized maintenance (CMMs), but working togheter with other solutions containing information required for business management," explains Claudio

Microsoft Partner Network program. The other great achievement was to ensure integration with SAP Orion eAPI what happens at "ReliaSoft Enterprise Connector 1.0". This integration module allows the Orion eAPI work together with SAP is already a business management solution used in large companies, in order to obtain information necessary for the management of assets. Guiaoffshore: Explain how the product is licensing and which is the hardware configuration required to run it? Spano: Orion eAPI is licensed by the number of assets (equipment) that will manage the company. The number of users is unlimited and can include customers and suppliers.

Spano, CEO of ReliaSoft, which granted the following interview to Guiaoffshore Magazine Magazine.

For the best system performance, it is recommended that the user company uses a server for the application to another server and the

Guiaoffshore: What are the main target markets of the product? Spano: The Orion eAPI is a web-based enterprise system designed for the management of industrial assets and directed to companies that invest in the optimization process, as the sectors of oil & gas, mining, petrochemical, steel and generating and distribut-

database, but the system can be installed on a single server. The minimum requirements for the application server are: - Dual Core Intel Xeon 2.66 GHz or higher with at least 4 GB of memory - 1 160 GB HD, Windows Server 2003, Microsoft. NET Framework version 3.5 SP1, and MS Graph Chart Component.

ing electricity. The minimum requirements for the server database are: Intel Xeon Guiaoffshore: What is Reliasoft’s investment in this new asset management system?

Quad Core 2.00 GHz or higher with at least 8 GB of memory, two 160 GB HD (Mirrored) for the database; 1 HD 120 GB for OS , Windows

Spano: The Orion eAPI was launched in 2009 and in 2012 were in-

Server 2003 + SQL Server 2008, Microsoft. NET Framework version

corporated into new modules to meet the requirements of PAS 55.

3.5 SP1.

Altogether, the ReliaSoft has invested 20,000 hours of work in the

The minimum requirements of the user are: Internet Explorer 7 or

system eAPI Orion.

higher, Pentium 4 or higher with 512 MB RAM, Microsoft. NET

Guiaoffshore: Were there specific hiring professionals?

Framework version 3.5 SP1 and Silverlight 3.

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