Guiaoffshore_Magazine_XI

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EDITORIAL

Xô, baixo astral! Demorou, mas valeu a pena esperar. É uma benção dos céus a decisão tomada pelo governo de enfim realizar a primeira rodada das jazidas petrolíferas na área do présal, bem como promover no mesmo ano os leilões de pós-sal (a 11ª Rodada, ocorrida em maio) e o de gás, a ser realizado em novembro próximo.

Libra cria novo paradigma para a indústria petrolífera brasileira

8 11ª Rodada faz mercado superar desconfiança, mas conteúdo local e custo Brasil ainda preocupam

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Ufa! Parece muito e é mesmo. Especialmente para as pequenas e médias empresas que atuam na cadeia petrolífera. A falta de novos investimentos de peso deixou muita gente de braços cruzados e ameaçava inviabilizar muitas empresas, por falta do sangue vital de todo empreendimento comercial – capital de giro. É a chamada Roda da Fortuna, que tem que girar de modo a equilibrar as finanças e manter ajustado o dia-a-dia operacional

Tubos de aço para a Serra Catarinense

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das empresas. E foi um tiro certeiro no alvo a decisão de colocar em leilão da área de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos, tomada pela presidente Dilma Rousseff, em reunião conjunta com a diretora-geral da ANP e com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Trata-se simplesmente da maior reserva de petróleo já descoberta no Brasil.

Motores WEG equipam plataformas do pré-sal nos campos de Guará e Tupi

As estimativas das reservas recuperáveis no prospecto de Libra variam entre 8 e 12

20

bilhões de barris. Este volume superaria Tupi, com jazidas estimadas em 2007 entre 5 e 8 bilhões de barris de óleo equivalente. "Se considerarmos todas reservas acumuladas desde que a Petrobras começou a explorar petróleo no Brasil, temos algo em torno de 14 bilhões de reserva de petróleo equivalente. Isso significa que o Brasil tem a possibilidade de explorar um nível de produção de petróleo que nunca teve antes concentrada num só

Recrutamento global on-line exclusivo para área de petróleo & gás

campo ", comemorou, exultante, a presidente, conforme atesta a nossa matéria de capa.

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Agora, a dúvida do empresariado é como será confeccionado o edital de licitação a ser lançado pela ANP, o primeiro sob o regime de partilha. "A indústria está esperando este novo modelo contratual. O grande desafio do governo é torná-lo tão atrativo quanto o de concessão", afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), João Carlos

Dedini adota software 3D para se manter competitiva

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De Luca, para quem o modelo de concessão provou ser vitorioso. Haja vista a 11ª Rodada, em que a ANP arrecadou R$ 2,8 bilhões em bônus, os quais deverão ser convertidos em mais de R$ 7 bilhões em novos investimentos de prospecção nos próximos anos. A ANP se defende por meio de seu diretor Helder Queiroz, que não compartilha da opinião

Processo Decisório: Como diminuir erros e perdas?

de que o modelo de partilha reduza o interesse das empresas. “Todos os presidentes de empresas petrolíferas com que já mantive contato lembraram que já trabalham com formas diferentes de contratos – de concessão, de serviço, inclusive de partilha – em diferentes países do mundo", frisa. Uma coisa governo e empresariado têm em comum: a idéia de que é necessário bastante equilíbrio no que diz respeito à divisão da renda decorrente da atividade de produção entre o Estado e as empresas. De nossa parte, torcemos para que o bom senso prevaleça. Afinal, foram cinco anos de espera para enfim termos um leilão no pré-sal. E não será agora que deixaremos de aparar as arestas e chegarmos todos a um bom termo, como você mesmo, caro leitor, poderá conferir no extenso conteúdo editorial que dedicamos a este tema.

Boa leitura! Marco Antonio Monteiro Editor

EXPEDIENTE Guiaoffshore Magazine – Edição XI

Redação: Marco Antonio Monteiro (Editor), Carlos Montenegro, Luiz Soares (Repórteres), Luiz Velloso (Fotógrafo) Marina Lazzarotto (Pesquisa) Colaboradores (Artigos): Dr. Alfredo Guarischi Arte e Diagramação Lourenço Maciel Publicidade / Comercial: Luiz Eduardo Jannuzzi Telefone da Redação (21) 2240-5077 – Email: releases@guiaoffshore.com.br Endereço: Rua:Bambina, 134 bl.1 / sala 305 A revista Gui@offshore Magazine é uma publicação da editora MCM Comunicação Ltda, proprietária do portal Gui@offshore (www.guiaoffshore.com.br). A versão digital desta revista pode ser lida no seguinte endereço: http:// www.guiaoffshore.com.br/revista_gm11.pdf


GUIAOFFSHORE MAGAZINE

Matéria de Capa

Libra cria novo paradigma para a indústria petrolífera brasileira pelos técnicos, revela uma imensa

Leilão de megacampo do pré-sal duplica reservas do país e reanima atividades do setor

área de petróleo no fundo do oceano, sendo avaliado entre 26 bilhões a 42

bilhões

de

barris;

como

a

expectativa de recuperação é de 30%, significa que Libra poderá produzir entre 8 a 12 bilhões de barris. Após cinco longos anos de um

É, de longe, o maior do Brasil e se insere entre os maiores

extenso

político-

do mundo. "O campo de Marlim é maior produtor do

federal

Brasil, com 600 mil barris de petróleo por dia, com um

decidiu finalmente pela realização

volume recuperável de 2 bilhões de barris; Roncador

da primeira rodada de licitações

tem 2,5 bilhões de volume recuperável. Campo de Lula

imbróglio

econômico,

o

governo

de áreas petrolíferas do pré-sal, sob o regime de partilha, em vez do tradicional regime de concessão. E não fez por menos. A Agência Nacional

de

Petróleo,

Biocombustíveis (ANP)

Gás

e

que Lula", disse Chambriard.

E deve produzir mais

que Marlim, Roncador, Marlim Sul e Albacora juntos, acrescentou.

colocará

Conhecido desde 2010, Libra fica na Bacia de Santos a

em disputa uma jóia raríssima: a

170 km da costa do Rio de Janeiro. Sua área é de 1.458

área de Libra, situada na Bacia de Santos – simplesmente a maior reserva de petróleo já descoberta no

Brasil.

As

estimativas

das

reservas recuperáveis no prospecto

quilômetros

quadrados,

situada

em

águas

com

profundidades variando entre 1,7 mil e 2,4 mil metros. Ali, de acordo com a ANP, descobriu-se uma coluna de óleo de 326,4 metros,com petróleo com qualidade de

de Libra variam entre 8 e 12

27 graus Ou seja, o óleo encontrado em Libra é de

bilhões de barris. Este volume

densidade média, e considerado de qualidade alta.

superaria Tupi, com jazidas estimadas

Riqueza submersa

em 2007 entre 5 e 8 bilhões de barris de óleo equivalente. "Trata-se

de

um

reservatório

gigantesco, inimaginável”, exulta a diretora-geral da ANP, Magda Chambriard.

Seu

volume

projetado “in situ”, termo adotado

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5 a 8 bilhões de volume recuperável. Libra é maior

Ao se tomar como base comparativa o preço médio atual do barril de petróleo em torno de US$ 100 dólares, o volume enterrado no subsolo oceânico em Libra pode alcançar entre US$ 800 bilhões a US$ 1,2 trilhão. É algo próximo à metade do PIB do Brasil em 2012, que foi de US$ 2,2 trilhões.


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"É realmente algo grandioso... Nossa percepção é que vamos atrair todas as grandes empresas de petróleo do mundo, independentemente de serem estatal ou não. É coisa para gente grande", arremata a diretora da ANP. Em abril, Chambriard havia indicado que Libra teria volumes menores, entre 4 e 5 bilhões de barris recuperáveis. Segundo ela, uma nova sísmica na região, com dados mais avançados, levou ao aumento da estimativa da ANP. Foi a revisão das estimativas, para volumes bem maiores, que motivou o governo a escolher somente este prospecto para a licitação, em uma reunião com a presidente da República, Dilma Rousseff, que inclusive já adiantou que estará presente no leilão, a ser realizado

Dilma Rousseff: Libra nos oferece a possibilidade de explorar um nível produção de petróleo, que nunca teve antes concentrado num só campo

em Brasília em outubro, em vez de novembro, como previsto anteriormente, e por tradição no Rio de Janeiro. "Se considerarmos todas reservas acumuladas desde que a Petrobras começou a explorar petróleo no Brasil, temos algo em torno de 14 bilhões de reserva de petróleo equivalente. Somente este campo de Libra, pode ter entre 8 e 12 bilhões de barris", disse a presidente. "Isso

O regime diz ainda que cabe ao contratante explorar e extrair o petróleo,

às

suas

custas.

As

reservas não extraídas permanecem propriedade do Estado.

significa que o Brasil tem a possibilidade de explorar

Além

um nível de produção de petróleo que nunca teve antes

aprovadas, a Petrobras será a

concentrado num só campo", acrescentou Dilma.

operadora única e sócia de todos os

Uma das razões da mudança de datas também é justificada pelo motivo de que as empresas estrangeiras fecham seu ano fiscal em novembro, e não teriam como realizar desembolsos ou provisionar recursos no mês do leilão.

Com isso, a 12ª Rodada de Licitações,

envolvendo blocos de gás, que ocorreria em outubro,

disso,

pelas

regras

campos, com no mínimo 30% de participação. A lei diz também que será

criada

uma

estatal

para

cuidar das áreas do pré-sal, mas, enquanto não ficar pronta, caberá à ANP a função.

passou para novembro. " Assim, estamos dando um

O edital deverá ser lançado em

pouco mais de coerência aos leilões, já que tivemos um

meados de julho. A reguladora vai

de petróleo (11ª rodada), faremos outro de petróleo

fixar

(pré-sal), e por último o de gás de xisto", afirmou o

programa exploratório mínimo,

Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.

conteúdo local mínimo e volume

Regras distintas A licitação do pré-sal terá regras diferentes dos tradicionais leilões da ANP, realizados sob o regime de

bônus

de

assinatura,

de petróleo mínimo a ser ofertado pelos competidores ao governo. Teste da partilha

concessão. Para o país ficar com uma maior parte da

A escolha de Libra para iniciar os

riqueza, o leilão do pré-sal será feito sob o regime de

leilões das áreas do pré-sal foi bem

partilha, segundo o qual a União é a proprietária do óleo

recebida pela indústria. Mas ainda

e remunera as empresas com parte da produção. Vence

pairam dúvidas no ar relacionadas

a licitação o grupo que oferecer a maior participação

ao contrato de partilha a ser

no volume de petróleo produzido em favor do Estado.

confeccionado pela ANP. O presidente

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da petroleira francesa Total no

a operação dos blocos mais valorizados na 11ª Rodada

Brasil, Denis Palluat, afirmou à

de Licitações, e uma das que mais investirá no Brasil

Reuters que o volume de petróleo

nos próximos anos.

divulgado em Libra é suficiente para atrair petroleiras do mundo todo no primeiro leilão de áreas do pré-sal. Segundo o executivo, não se trata de uma área voltada para a arriscada atividade de exploração, mas sim para um estágio mais

"A indústria está esperando o contrato de partilha, o grande desafio do governo é fazer um contrato de partilha tão atrativo quanto o de concessão", afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), João Carlos De Luca, para quem o modelo de concessão provou ser vitorioso.

avançado, de desenvolvimento do

Segundo ele, a indústria esperava mais blocos, mas foi

campo, no qual se sabe que o petróleo

"um bom começo". Libra aparenta ser um campo

já se encontra ali.

"extraordinário" e a indústria acredita que seja mesmo

"O

governo

experiência

vai com

fazer o

uma

modelo

um grande campo, como diz a ANP, acrescentou.

de

Helder Queiroz, diretor da ANP, não acredita que o

partilha a partir da área de Libra

modelo de partilha reduza o interesse das empresas.

... uma área enorme", acrescentou

“Todos os presidentes de empresas petrolíferas com que

o executivo da empresa, que levou

já tive contato lembraram que já trabalham com formas diferentes de contratos – de concessão, de serviço, inclusive de partilha – em diferentes países do mundo." Em sua visão, o fundamental para a ANP é tentar fazer um trabalho que possibilite elaborar um ótimo contrato de partilha – e com bastante equilíbrio no que diz respeito à divisão da renda decorrente da atividade de produção entre o Estado e as empresas. Críticas ao processo A realização da primeira rodada do pré-sal deverá ser precedida ainda de algumas críticas e debates pela sociedade em geral. O professor Ildo Sauer, diretor do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo, e ex-diretor da Área de Gás Natural e Energia da Petrobras, considera que o Brasil, antes de se preocupar com a conversão das jazidas da camada pré-sal em moeda, deveria formular primeiramente um plano nacional de desenvolvimento econômico e social, e a partir dos objetivos traçados neste projeto, utilizar a riqueza do petróleo para investir na melhoria da educação e da saúde publicas, da infraestrutura e do saneamento básico, entre outros setores. “Que nós saibamos quanto petróleo temos e que façamos um plano nacional de desenvolvimento a fim

Magda Chambriard, Diretora Geral da ANP: “Nossa percepção é que vamos atrair todas as grandes empresas de petróleo do mundo, independentemente de serem estatal ou não. É coisa para gente grande"

de que possamos usar judiciosamente o recurso do petróleo que é fruto de uma luta de gerações que vem antes mesmo da campanha “O Petróleo é Nosso”, na década de 50”, disse.

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O primeiro leilão dos campos de petróleo

da

camada

pré-sal

também sucinta discórdia em torno das regras a serem aplicadas, ao ser baseado

agora

no

sistema

de

partilha e não mais no de concessão. De

acordo

com

Adriano

Pires,

diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie), a iniciativa pode atrair grupos estrangeiros estatais,

mas

afastar

grandes

companhias petrolíferas privadas. Pires sustenta que as regras da partilha, que garantem 30% de todos os campos para a Petrobras e dá o monopólio na operação para a estatal,

não

devem

atrair

as

grandes petrolíferas privadas. “É

uma

rodada

Campo de Libra possui área de 1.458 quilômetros quadrados. E está situado em águas com profundidades variando entre 1,7 mil e 2,4 mil metros, a 170 km da costa do Rio de Janeiro

completamente

diferente, porque as regras são

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outras. O risco da partilha é bem

companhias estatais estrangeiras.

o negócio delas é operar o campo. É

maior.

ocorrem

Segundo ele, “quando uma empresa

um

investimentos muito mais vultosos

estatal olha o risco e a rentabilidade

empresas estatais, como a chinesa

e há desafios tecnológicos que ainda

de um projeto, é com um olhar

Sinopec, que não estão preocupadas

não foram resolvidos. Acho que as

completamente

em operar campo. Elas querem é ter

empresas

uma empresa privada”.

reserva de petróleo”, explicou. Mas

“No regime da partilha, convidam-

pondera que a licitação de Libra

se as empresas a botarem dinheiro,

deverá ter bom resultado

mas elas não podem operar campo

qualidade do campo. "A área de

Para o especialista, o novo regime

nenhum.

empresa

Libra é tão gigante e interessante

que será adotado nos leilões de pré-

tradicional de petróleo, como Exxon

que os riscos regulatórios poderão

sal deverá despertar interesse em

Mobil, Shell ou BP, isso é ruim, pois

ser minimizados", afirmou.

com

No

pré-sal,

estrangeiras

muito

mais

estavam

apetite

nas

rodadas de pós-sal sob regime de concessão.”

Para

diferente

uma

do

de

Libra creates new paradigm for the Brazilian oil industry

modelo

interessante

para

pela

that Libra can produce between 8-12 billion barrels. It is by far the largest in Brazil and stands among the largest in the world. "The Marlim field is Brazil's largest producer,

After five years of extensive political

with 600,000 barrels of oil per day, with a recoverable volume of

and economic imbroglio, the federal

2 billion barrels; Roncador has 2.5 billion recoverable volume.

government has finally decided by the

Lula Field 5-8 billion recoverable volume . Libra is greater than

completion of the first round of bidding

Lula, "said Chambriard. And should produce more than Marlim,

for oil fields in the pre-salt areas, under

Roncador, Marlim Sul and Albacora together, she added.

the

production

sharing

contract,

instead of the traditional concession regime. And the National Agency of Petroleum, Natural Gas and Biofuels (ANP) has put on the table a very rare gem: the Libra area, located in the Santos Basin ,- is simply the largest oil

Janeiro. Its area is 1,458 square kilometers, located in water depths ranging between 1700 and 2400 meters. According to ANP, was discovered a column of oil 326.4 meters with high quality oil 27 degrees, considered as a high quality, but with medium density.

reserves ever discovered in Brazil.

Wealth submerged

Estimates of recoverable reserves in the

When taken as a comparative basis the current average price of

prospectus of Libra ranges between 8

oil at around $ 100 dollars a barrel, the volume buried

and 12 billion barrels. This volume

underground ocean in Libra may reach between US$ 800 billion

surpass Tupi, with deposits estimated in

to US$ 1.2 trillion. It is something close to half of Brazil's GDP in

2007 between 5 and 8 billion barrels of

2012, which was US$ 2.2 trillion.

oil equivalent.

"It's really something great ... Our perception is that we will

"This is a gigantic reservoir, unimaginable,"

attract all the major oil companies in the world, whether state or

exults the director-general of the ANP,

not. This is a bid for big shots," says the director of ANP.

Magda Chambriard. Their projected volume "in situ", a term adopted by technicians, reveals an immense area of oil on the ocean floor, and evaluated between 26 billion to 42 billion barrels, as the expected recovery is 30%, means

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Known since 2010, Libra is located 170 km off the coast of Rio de

In April, Chambriard had indicated that Libra would have smaller volumes, between 4 and 5 billion barrels recoverable. According to her, a new seismic evaluation done in the region, with more advanced data, led to the increase in the estimate of ANP. Was by the way the revision of the estimates for much larger


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volumes, which led the government to

Test sharing

countries of the world." In his opinnion,

choose only this prospectus for bidding in

The choice of Libra to start the auctions of

the key is to try to ANP do a job that allows

a meeting with the president, Dilma

the pre-salt areas was well received by the

preparing a great sharing contract - and

Rousseff. She already decided that will be

industry. But doubts still hang in the air

with enough balance with regard to the division

present at the auction, to be held in

related to sharing contract to be made by

of income resulting from production

Brasilia in October instead of November

the ANP. President of the French oil

activities between the state and business.

as previously planned, and by tradition in

company Total in Brazil, Denis Palluat,

According to Adriano Pires, director of

Rio de Janeiro.

told Reuters the volume of oil released in

the Brazilian Center for Infrastructure

Libra is enough to attract oil companies

(CBIE), it will be a completely different

worldwide in the first auction for the

round, because the rules are different,

pre-salt. According to the executive, it is

and the risk in the sharing contract is

not a risky area for the exploration

much higher. “In the pre-salt, investments

activity, but a more advanced stage of

are much more robust and there are

development of the field in which we know

technological challenges that remain

"If we consider all reserves accumulated since Petrobras started drilling in Brazil, we have something around 14 billion oil reserve equivalent. Libra alone may have between 8 and 12 billion barrels," said President . "This means that Brazil has the possibility to explore a production

that oil is already there.

level of oil that had never before been

"The government is going

concentrated in one field," said Rousseff.

to do an experiment with the sharing model in a

Distinct rules

huge area, as Libra," said

The bid of the pre-salt will have different

the executive, who led the

rules of traditional ANP auctions

operation of the most

conducted under the concession regime.

valued blocks in the 11th

For the country to get a greater share of

Bidding Round, and one

the wealth, the auction of pre-salt will be

that will invest most in

done

scheme,

Brazil after this auction.

Federal

"The industry is waiting

Government is the owner and pays the oil

for the sharing contract, the

companies with part of the production.

government's challenge is

Wins the bid the group that offers the highest

to make a sharing contract

participation in the volume of oil produced.

as

under

according

the

to

sharing

which

the

The regime says that it is up to the

attractive

concession,"

as

the

said

the

Helder Queiroz, ANP director: "All presidents of oil companies who I have had contact with told me that have already worked with different forms of contracts"

contractor to explore and extract oil, at

president of the Brazilian Petroleum

unsolved. I think that foreign companies

your expense. Reservations not taken

Institute (IBP), Joao Carlos de Luca, for

would have much more appetite in post-

remain state property.

whom the concession model proved to be

salt areas under a concession regime. "

victorious.

"In the scheme of sharing, the companies

Petrobras will be the operator and sole

He said the industry expected more

are invited to lay money, but they can not

shareholder of all fields, with at least

blocks, but it was "a good start". Libra

operate any field. For the big majors such

30% participation. The law also says that

seems to be a field "extraordinary" and the

as Exxon Mobil, Shell or BP, this is bad,

a state company will be created to take

industry believes that it is a big field, as

care of the pre-salt areas, but until it is

the ANP, said.

ready, the ANP will assume the role.

Helder Queiroz, ANP director, does not

which are not concerned in operating

The contract rules must be released in

believe that the sharing model reduces

field. They want is to have oil reserves,

mid-July.

fix

corporate interest. "All presidents of oil

"he explained. But he thinks that the

signing bonus, minimum exploration

companies who I have had contact with

Libra bidding should bring good results

program, minimum local content and

told me that have already worked with

due to the field quality. "The Libra field

volume of oil minimum offered by

different forms of contracts - concession,

is so huge and interesting that regulatory

competitors to the government.

service, including sharing - in different

risks can be minimized," he said.

Furthermore, by the rules adopted,

The

regulator

will

because their business is to operate the field. It is an interesting model for state enterprises such as the chinese Sinopec,

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Negócios

11ª Rodada faz mercado superar desconfiança, mas conteúdo local e custo Brasil ainda preocupam Após muita especulação, pluraridade

crença de que a decisão sobre os royalties não trará

de participantes e nervosismo pelos

grandes surpresas e a defesa do Brasil como um país de

resultados, a 11ª Rodada de Licitações

economia e política estáveis, dotado de infraestrutura e

de áreas exploratórias da Agência

cumpridor de contratos. Ao mesmo tempo, avaliam que

Nacional

e

ainda faltam resolver enigmas tais como conciliar a

Biocombustíveis (ANP) comprovou

exigência de conteúdo local e adotar preços competitivos

que permanece o interesse pelo Brasil,

em nível internacional.

de

Petróleo,

Gás

apesar da desconfiança de parte do mercado do potencial de algumas empresas em entregarem resultados.

passada a "boa ressaca" com o sucesso da 11ª Rodada o principal desafio hoje é fazer um contrato que seja

Afinal, somente em bônus a ANP

atrativo para as empresas, como são os de concessão.

arrecadou R$ 2,8 bilhões, que

“Estabelecer um contrato equilibrado é o grande

deverão ser convertidos em torno

segredo", afirmou De Luca, dando sua impressão pelo

de R$ 7 bilhões em investimentos

resultado da rodada em palestra realizada no Rio de

ao longo do processo exploratório

Janeiro durante o 25º Fórum Nacional, organizado pelo

das áreas licitadas, de acordo com

Instituto Nacional de Altos Estudos (INAE).

estimativas da indústria.

Entre os pontos que também ainda merecem atenção,

Passado este desafio, entidades

segundo o presidente do IBP, estão a necessidade de

como a Associação Brasileira da

realização regular de leilões de áreas de exploração e a

Indústria de Máquinas e Equipamentos

flexibilização das regras de conteúdo local. Para o

(Abimaq) e o Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), junto com empresas como Siemens, Brasco Logística Offshore e Agrekko olham com um misto de

executivo, estas regras precisam ser "coordenadas com a capacidade instalada e a competitividade da indústria local", de forma a não "incorrer em custos excessivos", nem "atrasar substancialmente o ritmo de produção".

otimismo e apreensão para questões

A expectativa é reforçada pelo diretor executivo de

como a exigência de conteúdo local,

Petróleo, Gás, Bioenergia e Petroquímica da Abimaq,

marco regulatório e concorrência

Alberto Machado. Para ele, após uma paralisação de mais

com outros países na hora de

de cinco anos, não se pode perder de vista que a retomada

avaliar

dos leilões da ANP traz a possibilidade de aumento na

o

potencial

investimentos.

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Como definiu o presidente do IBP, João Carlos De Luca,

Em

de

atrair

comum,

a

demanda futura de bens e serviços. Segundo o executivo,


GUIAOFFSHORE MAGAZINE

esse movimento pode

contribuir

mercado como um ponto sensível

significativamente na alavancagem

que pode repercutir negativamente

do desenvolvimento da indústria

no processo de prospecção e, por

nacional.

consequência,

O executivo defende que, comparado

produção em si. Na contramão

com outros países que oferecem

desse

áreas para prospecção de petróleo

taxativo na sua defesa: “Os tempos

bem similares à nossa, a exemplo

demandados

da costa atlântica da África, o

exploração de petróleo e gás natural

Brasil

pontos

e os esforços que estão sendo

esses

despendidos por todos os envolvidos

pontos não são verificados em

permitirão que os pontos abordados

outros

Estabilidade

nesta pergunta sejam equacionados

financeira, política e social, ampla

e mitigados em tempo hábil. O

oferta interna de bens e serviços,

interesse das empresas de petróleo

infraestrutura

pela 11ª rodada reforça esse meu

apresenta

favoráveis.

vários

“Muitas países.

vezes

instalada,

respeito aos contratos, existência de mercado interno, entre outros, são exemplos de pontos fortes do Brasil”.

na

pensamento, pelo

extração Machado processo

e é de

entendimento”.

Alberto Machado: Diretor executivo de Petróleo, Gás, Bioenergia e Petroquímica da Abimaq.

Os dados divulgados pela ANP, no entanto,

a

11ª. Rodada foi de 62,32% para a

participação de conteúdo local pelas

Fase de Exploração do contrato de

A exigência de conteúdo local vem

petroleiras ainda tem espaço para

concessão e de 75,96 % para a Fase

sendo

crescer. O conteúdo local médio da

de Desenvolvimento. No leilão de

Conteúdo exigente

apontado

por

parte

do

mostram

que

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GUIAOFFSHORE MAGAZINE

2008,

os

compromissos

foram

respectivamente de 79% e 84%. Em 2007, ficaram em 69% e 77%, e, em 2005, em 74% e 81%. A própria diretora-geral

da

ANP,

Chambriard,

admitiu

Magda que

a

Custo Brasil Junto com a falta de mão de obra qualificada e o chamado “custo Brasil”, a exigência de conteúdo local é motivo de atenção também para o gerente geral da Unidade de Negócios de Óleo e Gás da multinacional ABB, Welington Cintra.

redução no índice de conteúdo

O executivo concorda que, frente à demanda de

nacional reflete o medo de multa

equipamentos e serviços para os próximos anos, há “um

das

não

grande desafio a vencer”. “A ABB se antecipou em

cumprimento das metas prometidas.

investir na capacitação de sua mão de obra local, com

E

concessionárias

os

registros

da

pelo

autarquia

quantificam o “alto valor” deste medo. Entre 2011 e 2012, a ANP aplicou R$ 33,7 milhões em multas pelo não cumprimento de conteúdo local, a maioria paga com desconto legal que reduziu o montante para R$ 24,6 milhões. A maior multa

engenheiros especializados no setor de óleo e gás. Sobretudo no aumento de sua capacidade produtiva, por meio de investimentos como a ampliação e construção de novas fábricas para produção de equipamentos de alta tecnologia. A iniciativa objetiva atender de forma mais eficaz o mercado local, proporcionando maior disponibilidade de produtos e soluções para atender à crescente demanda local”, defende.

foi aplicada à Petrobras, no valor

Desafio é a palavra usada também pelo diretor da divisão

de R$ 29 milhões, reduzida para R$

de Óleo e Gás da Siemens no Brasil, Welter Benício, ao

20,4 milhões com o desconto legal.

comentar os possíveis obstáculos para o desenvolvimento

Dados

ANP

do setor. Para ele, produzir no Brasil a custo comparado

nunca

com países mais competitivos em áreas específicas, “se

estrangeiras

tornou a causa de todos nós”. Benício revela que trata-se

fizeram ofertas em uma rodada de

de um paradoxo. “A todo momento, procuramos atender

divulgados,

mostraram, tantas

ainda,

empresas

pela que

licitações de áreas de petróleo e gás.

a dois critérios: entregar conteúdo local a preços competitivos a níveis globais. Temos conseguido, com dificuldade”, admite. Outro ponto importante, segundo ele, é que o esforço torna-se diferente em determinados pontos da cadeia de fornecimento. “Alguns segmentos simplesmente não têm conseguido atender a ambos os critérios. Em outros, os gargalos aparecem cedo, o que fatalmente leva a uma inflação nos preços. No caso da Siemens, não temos tido problemas para mobilizar os recursos humanos de que precisamos. É claro que em alguns momentos lançamos mão do alcance global da empresa. Posso afirmar que algumas empresas não possuem este privilégio e têm enfrentado dificuldades também nesta área”, destaca. Dificuldades à parte, o Brasil ainda apresenta vários pontos favoráveis, muitas vezes não verificados em outros países. Estabilidade financeira, política e social,

Welter Benício: Diretor da divisão de Óleo e Gás da Siemens no Brasil.

ampla oferta interna de bens e serviços, infraestrutura já instalada, respeito aos contratos, existência de mercado interno, entre outros, são exemplos de pontos

10


GUIAOFFSHORE MAGAZINE

fortes do setor de óleo e gás

surpreendente, pois a exploração do

isso nos fará chegar a um outro

nacional. Os concorrentes mais

pós-sal

patamar

importantes são os países da costa

oportunidades que o setor de óleo e

oeste e do norte da África e alguns

gás no Brasil está proporcionando.

países da América Latina.

E, claro, estamos acompanhando

Diógenes Paoli Neto, diretor da Aggreko para a América Latina,

é

uma

das

excelentes

atentamente os movimentos do mercado sobre isso”.

de

competência

e

competitividade”, diz. Paoli Neto, da Agrekko, segue o raciocínio,

principalmente

relação

equipamentos

a

em e

à

qualidade da mão de obra. “A Aggreko

é

uma

das

principais

empresa que atua no fornecimento

Opinião

de soluções temporárias de energia,

por Cintra, da ABB, para quem as

fornecedoras de serviços e energia

conta que aposta no Brasil, mas

perspectivas

“O

temporária para esse setor no Brasil

possui também operação em outros

interesse é fruto do sucesso recente

e investe fortemente em ter uma

países, como Colômbia, México,

alcançado na exploração dos blocos

frota de equipamentos ampla e

Venezuela, EUA, além de diversas

do pré-sal, não só pela validação da

disponível no país para atender às

localidades

capacidade

mas

demandas que surgirem. Também

da

mantemos uma equipe capacitada

da

Oriente Médio.

África,

Ásia

e

Paoli Neto evita

também

compartilhada são

das

pela

também

positivas.

reservas, confirmação

viabilidade da exploração com as

formada

como preponderante sobre a outra,

tecnologias

Vale

brasileiros qualificados, que pode

afirmando que “em todos eles há

lembrar que houve um período de

dar o suporte necessário e adequado

espaço para o crescimento dos

cinco anos sem a realização de um

para esses projetos”.

negócios

leilão. Fator que impulsiona

A diretora executiva da Brasco

apontar uma dessas localidades

em

fornecimento

de

energia temporária para o setor de

desenvolvidas.

o

por

profissionais

interesse das empresas”.

Logística Offshore, Renata Pereira,

A meta de conteúdo local não o

concorda que a retomada dos novos

Ele admite, porém, que há uma

assusta. “Partindo da premissa que

leilões tem o mérito de manter o

perspectiva “muito interessante”

a regulamentação local obriga o

Brasil em destaque. “O país sempre

de ampliação de negócios na área

conteúdo

vemos

teve posição particular no cenário.

de óleo e gás no Brasil. “Uma vez

concorrência nesse aspecto. Vemos

O mercado nacional ficou parado

que esses leilões sejam concluídos,

uma curva de aprendizado e ganho

por uma série de discussões, mas há

plataformas

de escala, que virá com o tempo e

potencial

geológico.

instaladas e estamos prontos para

rodadas

são

contribuir com esses novos projetos,

diversificação, mas o Brasil sempre

principalmente porque já temos

esteve interessante para se investir.

uma parceria longa e consolidada

Novas oportunidades com outros

com a Petrobras”, afirma.

players é um fator benéfico”, diz.

Movimento de mercado

O entendimento do mercado em

Óleo e Gás”.

terão

que

ser

local,

não

dos royalties assustam, mas não

também é muito boa a grande

tanto. Cintra, da ABB, faz coro com

participação de empresas na 11ª o

o nosso caso. Mas é importante dizer isso

não

é

ouvidos pela reportagem: “Esta é

mercado,

inclusive o de fornecedores, como é que

a maior parte dos especialistas

movimento

todo

exatamente

a

do setor petrolífero e distribuição

o setor de óleo e gás, assim como

impulsiona

para

jurídicas como marco regulatório

no Brasil é muito positivo para todo

“Esse

novas

geral é que a indefinição de questões

O executivo acredita que o interesse

rodada.

boas

As

uma questão política que deve ser Renata Pereira: Diretora executiva da Brasco Logística Offshore.

resolvida na esfera política. No entanto, não deve comprometer o interesse das empresas interessadas”.

11


GUIAOFFSHORE MAGAZINE

Benício, da Siemens, não concorda.

assumindo alterações em todas as

mudanças regulatórias e estruturais

Para ele, mudanças no arcabouço

variáveis. Além do mais, mudanças

aconteceram

jurídico

e

deste nível requerem tempo para

destas

elevam o risco, definido por ele

serem entendidas e assimiladas. No

positivas,

como

meu

na

eventos, como o da Chevron por

esperado, para melhor ou pior. “É

estabilidade para o futuro”, pondera.

exemplo, que trouxeram incertezas

certo

atividade

O executivo resume o sentimento

e

econômica sem risco, mas é preciso

geral pela 11ª rodada. Segundo ele,

arriscam na atividade de E&P no

que as bases jurídicas, pelo menos,

depois de várias rodadas de relativo

país. Ver que tantas empresas se

sejam estáveis no longo prazo.

sucesso, o mercado sentiu o longo

interessaram por esta rodada é

Nenhuma

hiato de cinco anos nas concessões

animador

no Brasil. “Neste período, muitas

potencial atrativo”.

provocam a

incertezas

variação

que

não

do

existe

empresa

retorno

faz

planos

associados a grandes investimentos

entender,

aposta-se

Industry overcomes distrust and sees opportunities in future O&G bids

no

país.

mudanças assim

insegurança

e

Algumas

não

foram

como

alguns

para

os

que

demonstra

se

nosso

The expectation is reinforced by the executive

director

of

Oil,

Gas,

Petrochemical and Bioenergy Abimaq, Alberto Machado. For him, after a gap of more than five years, we can not lose sight that the resumption of the ANP

After much speculation, plurality of

royalties will not bring big surprises and

auctions brings the possibility of

participants and nervousness by the

the defense of Brazil as a country with

results, the 11th Licensing Round of

increased future demand for goods and

stable economy and politics, endowed

exploration areas of the National Agency

services. According to the executive, this

with

of Petroleum, Natural Gas and Biofuels

contracts. At the same time, there are still

movement can significantly leverage the

(ANP) proved that remains interest in

assessing

Brazil, despite the distrust of the market

reconciling the local content requirement

potential some companies deliver results.

and adopt competitive prices internationally.

After all, only the ANP bonus reached

As defined by the president of the IBP,

US$ 2.8 billion, which will be converted

João Carlos de Luca, after the "good

to around US$ 7 billion in investments

hangover" with the success of the 11th

over the exploratory process areas in the

Round the main challenge today is to

next years, according to industry estimates.

make a contract that is attractive to

After this challenge, organizations such

businesses, as are the concession regime.

as

the

Brazilian

Association

of

infrastructure solve

and

puzzles

compliant such

as

"Establish a balanced contract is the big

development of domestic industry. The executive argues that, compared to other countries that offer areas for oil exploration very similar to ours, such as the Atlantic coast of Africa, Brazil has many good points. "Often these points are not

observed

in

other

countries.

Financial stability, political and social, large domestic supply of goods and services, infrastructure already in place, respect for contracts, the existence of the

Machinery and Equipment (Abimaq) and

secret," De Luca said.

the Brazilian Institute of Oil, Gas and

Among the points that also deserve

Biofuels (IBP), along with companies like

further attention, according to the

Siemens, Brasco Offshore Logistics and

president of the IBP, are the need to

Agrekko look with a mixture of optimism

conduct regular auctions of exploration

The local content requirement has been

and apprehension to issues such as local

areas and relaxation of local content

considered by the market as a sensitive

content

regulatory

rules. For the executive, these rules need

point which can negatively impact the

framework and competition with other

to be "coordinated with the capacity and

prospecting process and, consequently,

countries in order to evaluate the

competitiveness of the local industry," so

the extraction and production itself. In

potential of attracting investments. In

as not to "incur excessive costs" or

opposition to this thinking, Machado is

common, the belief that the decision on

"substantially delay the pace of production."

strict in its defense: "The time required

12

requirement,

internal market, among others, are examples of the strengths of Brazil. " Demanding content


GUIAOFFSHORE MAGAZINE

by the process of oil and natural gas and

the development of the sector. For him, the

Market movement

the efforts being expended by all involved

cost to produce in Brazil compared to

will allow the points raised in this

The executive director of Offshore

most competitive countries in specific

Logistics Brasco, Renata Pereira, agrees

question be tackled and mitigated in a

areas, "became the cause of all of us."

that the resumption of new auctions has

timely manner . The interest of the oil

Benicio reveals that it is a paradox. "At

the merit of keeping Brazil highlighted.

companies by the 11th round reinforces

all

criteria:

"The country has always had a particular

my understanding. "

delivering local content at competitive

position in the scenario. The domestic

prices overall levels. We have managed,

market stood for a series of discussions,

with difficulty, "he admits.

but there are geological potential. The

The data released by the ANP, however, show that the share of local content for oil

times,

we

meet

two

new rounds are good for diversification,

still has room to grow. The average local

Another important point, he said, is that

content of the 11th. Round was 62.32% for

the effort becomes different at certain

the Exploration Phase of the concession

points of the supply chain. "Some

agreement

the

segments simply have failed to meet both

Development Phase. At the auction in

criteria. In others, the bottlenecks appear

The understanding of the market in

2008, commitments were respectively

early, which inevitably leads to price

general is that the vagueness of legal

79% and 84%. In 2007, they were 69% and

inflation. In the case of Siemens, we have

issues and regulatory framework for the

77%, and in 2005, 74% and 81%. The

not had problems to mobilize human

general

Magda

resources we need. Of course, at times we

Chambriard, admitted that the reduction

used the global reach of the company. I

in the level of national content reflects

can say that some companies do not have

the fear of concessionaires being fined for

this privilege and have also faced

not meeting the goals promised.

difficulties in this area, "he says.

Brazil cost

Difficulties aside, Brazil still has many

and

director

75.96%

of

for

ANP,

Along with the lack of skilled labor and the so called "Brazil cost", the local content requirement also calls the

but Brazil has always been interesting to invest. New opportunities with other players is a beneficial factor, "he says.

oil sector and distribution of royalties scare, but not both. Cintra, ABB, echoes with most experts interviewed by this reporter: "This is a political issue that should be resolved in the political sphere. However, it should not compromise the interests of the companies involved. "

good points, not often seen in other countries. Financial, political and social stability, large domestic supply of goods

Benicio, from Siemens, disagrees. For him, changes in the legal framework bring uncertainty and increase the risk, defined by him as the variation in the

and services, infrastructure already in

expected return, for better or worse. "It is

place, respect for contracts, the existence

true that there is no economic activity

of the internal market, among others, are

without risk, but it is necessary that the

examples of strengths in the oil and gas

legal bases at least be stable in the long

The Executive agrees that, compared to

country. The competitors are the countries

term.

the demand for equipment and services

of the west coast and in North Africa and

associated

for the coming years, there is "a big

some Latin American countries.

assuming changes in all variables.

attention to the General Manager of Business Unit Oil and Gas multinational ABB, Welington Cintra.

challenge to overcome." "ABB has anticipated the investments in training its local workforce, like specialized engineers in the oil and gas. Especially in increasing its production capacity through

investments

such

as

the

expansion and construction of new plants for

the

production

of

high-tech

equipment. The initiative aims to meet

Diogenes Paoli Neto, director of Aggreko for Latin America, company engaged in the provision of temporary power

No

company with

makes

large

plans

investments

Moreover, this level changes require time to be understood and assimilated. In my view, I bet on the stability for the future, "he adds.

solutions, says Brazil is the main bet, but

The executive sums up the general feeling

also has operations in other countries,

by the 11th round. According to him, after

such as Colombia, Mexico, Venezuela,

several rounds of relative success, the

USA, and several locations Africa, Asia and the Middle East.

market felt the long hiatus of five years in concessions in Brazil. "During this period, many regulatory and structural

He admits, however, that there is a

changes occurred in the country. Some of

prospect "very interesting" to expand

these changes have not been positive, and

business in the oil and gas industry in

some events, such as Chevron for

growing local demand, "he argues.

Brazil.

are

example, that brought uncertainty and

Challenge is a word also used by the

completed, platforms have to be installed

insecurity for those who venture in E & P

and are ready to contribute to these new

activity in the country. To see that many

director of the Division of Oil and Gas of

projects, mainly because we already have

companies are interested in this round is

Siemens in Brazil, Benicio Welter,

a vast and solid partnership with

encouraging and demonstrates our

commenting on the possible obstacles to

Petrobras," he says.

potential attractiveness ".

more effectively the local market, providing

greater

availability

of

products and solutions to meet the

"Since

these

auctions

13


GUIAOFFSHORE MAGAZINE

Negócios

Tubos de aço para a Serra Catarinense A Tuper, que é a quinta maior

Tuper fornecerá 2 mil toneladas de tubulação para gasoduto em Santa Catarina

processadora de aço do Brasil, inaugurou em setembro de 2012, em

São

unidade

Bento

do

Sul,

industrial

uma

para

a

produção de t u b o s d e a ç o d e grandes

diâmetros,

para

A Tuper será a fornecedora dos

atender a o s s e t o r e s d e ó l e o e g á s , c o n s t r u ç ã o c i v i l ,

tubos de aço a serem utilizados na

indústria

rede de distribuição de gás natural

telecomunicações. A Tuper Óleo e Gás possui 34.500

naval,

ferroviária,

sucroenergética

da terceira fase do projeto Serra Catarinense.

O gasoduto de 38

quilômetros se estenderá entre os municípios de Ibirama e Rio do Sul. Com este projeto, a Tuper consolida

como

se

importante

fornecedora para o segmento de óleo e gás. O contrato com a SCGás prevê o fornecimento de 2 mil toneladas de tubos de aço API 5L revestidos, de 12 polegadas por 6,35mm

de

representam

espessura,

que

aproximadamente

40km de gasodutos. A partir do lançamento da ordem de serviço, os construtores terão dois anos para concluir a instalação do gasoduto, que terá duas frentes de obra.

14

Frank Bollmann , diretor presidente da Tuper, explica que a decisão de entrar no mercado de grandes dimensões foi motivada em grande parte pela expectativa de fornecer aos projetos do pré-sal

e


GUIAOFFSHORE MAGAZINE

metros

quadrados

construída

e

de

exigiu

área

R$ 198

milhões de investimentos. A fábrica está equipada com o que há de mais moderno em termos tecnológicos no mundo. Com a unidade Óleo e Gás, a Tuper passou a ser a única empresa de capital 100% nacional entre as grandes fabricantes instaladas no Brasil a produzir

tubos

de

aço

API

(American Petroleum Institute), reconhecidos petróleo

pela

Petrobras - CRCC, tornando-se a mais

entrar no mercado de grandes

nova parceira para o fornecimento de

dimensões foi motivada em grande

tubos de aço para projetos de óleo e

parte pela expectativa de fornecer

gás onshore e offshore.

aos projetos do pré-sal. Clientes na

foi

Frank Bollmann , diretor presidente

indústria naval também são alvo

Certificação

da Tuper, explica que a decisão de

da Tuper no novo segmento de tubos.

indústria

internacional

com

de as

especificações técnicas necessárias para suas atividades produtivas. Recentemente, qualificada

a na

Tuper

15


GUIAOFFSHORE MAGAZINE

Negócios

Motores WEG equipam plataformas do pré-sal nos campos de Guará e Tupi Motores acionarão compressores a bordo das oito plataformas de petróleo, representando suas principais cargas

motores da Linha Master, modelo MGW 800, que integrarão o projeto de oito plataformas do tipo FPSO (Floating Production Storage and Offloading), nos campos de Guará e Tupi, na Bacia de Santos/SP. O primeiro lote com oito motores foi entregue em outubro de 2012 e os demais serão fornecidos

Produzir petróleo a sete mil metros de profundidade já é uma realidade que colocou o país numa posição estratégica. A Petrobras produz, no pré-sal, diariamente mais de 200

a cada cinco meses até 2015. Os motores acionarão os compressores centrífugos dos módulos de compressão de gás a bordo das oito plataformas e representam as principais cargas destas embarcações. A função destes motores é fornecer a energia motriz necessária ao funcionamento dos oito compressores de gás de cada plataforma do projeto. Trata-se do primeiro projeto de exploração comercial em larga escala dos campos de petróleo do pré-sal da Bacia de Santos. Além disso, é o maior número de FPSOs jamais contratado pela Petrobras de uma única vez. A presença da WEG no mercado de compressores de gás é marcada por um histórico de fornecimento de vários anos de motores de alta tensão, acionando compressores em áreas classificadas no segmento de Oil & Gas. “Este fornecimento solidifica a posição da WEG como

a

um dos líderes em tecnologia de máquinas elétricas

estimativa, em 2017, é alcançar

girantes e soluções para o segmento de Petróleo

um milhão de barris por dia. A

e

WEG está presente na exploração

competitividade neste segmento de mercado através

do pré-sal com produtos como os

de produtos inovadores com uma sólida política de

mil

16

barris

de

petróleo,

Gás.

Temos

o

compromisso

de

oferecer


GUIAOFFSHORE MAGAZINE

qualidade”,

enfatiza

Valdemir

Antônio Gonçalves, Gerente de

têm certificação ABS para operação

Um dos diferenciais desta linha é a

embarcada.

sua

São

autoventilados,

fabricação,

que

possibilita

refrigerados a água, pressurizados,

diferentes configurações em relação

tropicalizados,

marinizados,

ao método de refrigeração e grau

Os motores de gaiola de alta tensão

aptos a ambiente offshore agressivo

de proteção, permitindo a adequação

são certificados pelo Inmetro para

e

às condições especiais de operação e

operação em área classificada e

operação ao tempo.

Vendas Internacionais da WEG.

petroquímico

e

também

do ambiente marítimo.

Linha Master, modelo MGW 800, que integrará o projeto de oito plataformas do tipo FPSO (Floating Production Storage and Offloading), nos campos de Guará e Tupi, na Bacia de Santos/SP.

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GUIAOFFSHORE MAGAZINE

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GUIAOFFSHORE MAGAZINE

PAGINA DUPLA NAVALSHORE

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Recursos Humanos

Recrutamento global on-line exclusivo para área de petróleo & gás Michael Page cria site para divulgar vagas a profissionais do setor em 14 países A Michael Page, empresa de recrutamento especializado de executivos para média e alta gerência, lançou um portal exclusivo global para recrutamento de profissionais da área de Oil&Gas. O website www.oilandgas.page.com reúne vagas dos 14 países em que a consultoria possui divisões de recrutamento especializadas no setor, além de noticias e orientação profissional especializada. De acordo com Patrick Hollard, diretor geral do PageGroup para a América Latina, a escassez por profissionais qualificados não é um problema exclusivo do Brasil. "A demanda por profissionais cresce em

ritmo acelerado em todo mundo e a oferta de mão de obra não acompanha", explica. Diante desse cenário, ainda de acordo com Hollard, é cada vez mais comum os profissionais circularem por diversos países em busca das melhores oportunidades profissionais, o que envolve não apenas as melhores remunerações, mas também projetos inovadores e complexos. "O Rio de Janeiro já vive essa realidade. O segmento reúne o maior volume de expatriados entre todos os setores da Michael Page", explica. Dados da divisão de Imigração do Veirano Advogados apontam crescimento de 10% nos processos de vistos profissionais. "De cada 10 profissionais legalizados para atuar profissionalmente no Brasil pelo escritório, 8 são do setor de Oil&Gas", afirma Gabriela Lessa, sócia do Veirano. O setor de Oil&Gas representa 13% das vagas trabalhadas pela Michael Page no Rio de Janeiro no primeiro trimestre. Além de trabalhar as vagas do segmento nos dois escritórios que possui na capital carioca, a empresa também é a única a operar fisicamente em Macaé. Por conta da alta demanda por mão de obra especializada no Brasil, o volume de brasileiros que buscam oportunidades fora do país ainda é baixo, mas deverá aumentar nos próximos anos. "Esse novo portal nos permitirá ter um controle estatístico maior sobre a movimentação desses profissionais pelo mundo", conclui. Profissionais em alta no mercado A Michal Page também produziu estudo sobre os cargos mais demandados em 2013. O levantamento foi feito junto aos especialistas da empresas alocados nas principais polos econômicos do país, contemplando São Paulo (capital), São Paulo (interior), Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre. A remuneração apontada pelo estudo reflete a variação de acordo com a demanda por regiões do país. A média salarial (fixa, não variável) oscila entre R$ 6.500.00 a R$ 45.000.00 para cargos de média e alta gerência.

Patrick Hollard, diretor geral do PageGroup para a América Latina: ” A escassez por profissionais qualificados não é um problema exclusivo do Brasil”

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Dentre as profissões levantadas, a área de Controller, profissional responsável pelo planejamento e desenvolvimento de planos econômico-financeiros de curto, médio e longo prazo, ganhou destaque e foi mencionado por São Paulo, interior de São Paulo e Belo Horizonte. A remuneração para esta área varia de R$ 8.000.00 a R$ 25.000.00 em cargos de alta e média gerência.


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Veja abaixo tabela que aponta as profiss천es mais aquecidas em 2013 e os motivos apontados para o incremento da

demanda:

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Primeiro Óleo

TECNOLOGIA

O poder da nuvem A Autodesk apresentou ao mercado o Autodesk Simulation 360, um conjunto de ferramentas disponibilizadas com segurança em nuvem no modelo de “pagamento por uso”, que possibilita que qualquer empresa torne a simulação parte de seus processos diários de projeto e engenharia.

Os fabricantes de produtos eletroeletrônicos podem compreender o calor gerado por dispositivos eletrônicos, habilitando-os a planejar um resfriamento

Com o Autodesk Simulation 360, designers, engenheiros e analistas podem prever, otimizar e validar com mais facilidade o desempenho de qualquer objeto. O poder virtual da nuvem permite que testes complexos de engenharia, antes limitados aos especialistas em simulação, sejam realizados por designers convencionais.

apropriado, evitar superaquecimento e ajudar a prevenir os dispendiosos recalls de clientes. Os arquitetos e engenheiros podem ter uma percepção mais profunda sobre como será o desempenho das construções, inclusive plantas, simulando o fluxo de ar para assegurar o conforto térmico; analisar efeitos ambientais sobre pontes e construções; e testar o comportamento de materiais estruturais, incluindo concreto — tudo isso antes de iniciar a construção. “As empresas simplesmente não podem se dar ao luxo de não compreender como será o desempenho de seus projetos antes de construir qualquer coisa”, diz Robert Kross, Vice-Presidente Sênior de Projeto, Ciclo de Vida e Simulação da Autodesk. “O Autodesk Simulation 360 coloca, virtualmente, recursos potentes de simulação ao alcance de designers e engenheiros de qualquer empresa, dando a eles as ferramentas que precisam para prever, otimizar e validar melhor seus projetos nos estágios iniciais do processo.”

Ao realizar na nuvem tarefas de simulação que exigem muitos recursos de computação, os designers, engenheiros e analistas são capazes de testar vários cenários hipotéticos de projeto em paralelo. O poder computacional da nuvem também elimina a necessidade de hardware especializado, eliminando, com isso, limitações anteriores e ajudando a aumentar a produtividade.

Para obter outras informações sobre como acessar o Autodesk Simulation 360 visite www.autodesk.com/simulationliberation.

Sem curto-circuito na rede elétrica Engenheiros, técnicos e especialistas em instalações elétricas ganharam um forte aliado digital para executar seus projetos. É o novo módulo do software Elecworks/Elec Calc, que permite a montagem do diagrama de um projeto de instalação elétrica, mas também simula e mostra o dimensionamento automático de transformadores e disjuntores. Executa ainda cálculos de queda de tensão, e exporta os dados do projeto para o Elecworks, viabilizando a montagem de um diagrama elétrico sem erros. O Elecworks, criado pela empresa Trace Software, possui interface semelhante à do Windows e foi desenvolvido como um sistema de CAD elétrico para utilização pelos profissionais de engenharia de projeto.

Soldagem hightech A Henkel, que atua no mercado de adesivos, selantes e tratamento de superfícies, criou nova tecnologia para proteção da tocha de soldagem e para proteção de componentes soldados. A proposta é acabar com a adesão das partículas de metal produzidas durante o processo de soldagem na tocha e nas peças, que causam perda de produtividade e comprometem a qualidade da solda. A tecnologia de proteção para a tocha de soldagem (bocais e bicos) é denominada Ceramishield, proteção cerâmica que

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forma uma camada protetora, cuja alta resistência térmica é capaz de aumentar a vida útil do equipamento em quatro a cinco vezes. “Sua aplicação evita o mau funcionamento de todo o processo, pois

impede a aderência de respingos nos componentes da tocha”, explica Leandro Prudencio Silva, especialista da Henkel. O produto possui dois tipos de aplicação: a versão com aplicação automatizada (em bicos e bocais de robôs), a versão Ceramishield RobotIQ, feita de forma automática e integrada com os robôs de soldagem para máxima produtividade; e a versão em aerossol, o Aerodag Ceramishield, aplicada manualmente nos bicos e bocais da tocha e também nos dispositivos de fixação das peças de robôs, conferindo a mesma proteção do Ceramishield RobotIQ.


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INDÚSTRIA

Referência mundial em pintura

melhorias desenvolvimento novos materiais, como tinta e vernizes, e qualidade superior para os clientes. A nova cabine permite mais flexibilidade na pintura e melhor controle dos parâmetros.

Atinge rapidamente as temperaturas exigidas pelo processo, o que acelera a secagem. O espaço foi concebido para tornar a manutenção e a limpeza mais fáceis e, por consequência, dinamizar o tempo de serviço.

A Helibras inaugurou uma cabine de pintura para helicópteros de grande porte em sua planta industrial de Itajubá (MG). Com ela, a empresa poderá realizar a pintura das aeronaves de maior porte, a exemplo dos modelos EC725/EC225, que são respectivamente a versão militar, usada pela presidência da República, e versão civil, mais adequada para operações na área do pré-sal brasileiro. A construção tem seis metros de largura, oito de altura e 20 de comprimento e é a mais alta depois dos hangares de manutenção e produção. Aeronaves de outros modelos também podem ser pintadas no local. O trabalho de pintura da Helibras é referência mundial no grupo, recebendo até helicópteros de outros países para acabamento no Brasil. Isso porque os processos de pintura adotados fazem com que a aeronave fique sem nenhum tipo de degrau nas faixas. O setor busca constantemente

SEGURANÇA

NEGÓCIOS

Em conformidade com a norma NR-12

Aços de Minas para o Pré-Sal

A TÜV Rheinland do Brasil, subsidiária de um dos maiores grupos mundiais de certificação, inspeção e gerenciamento de projetos, passou a oferecer a importadores, fabricantes e usuários finais de máquinas e equipamentos o Atestado de Conformidade NR-12, focado na segurança, que é o item principal da cadeia produtiva de qualquer empresa. A iniciativa atende às especificações do Ministério do Trabalho e Emprego, que tem intensificado a fiscalização da norma NR-12 – que trata da segurança do trabalho em máquinas e equipamentos – junto às empresas e indústrias de diversos setores da economia. Não conformidades da norma encontradas pela fiscalização, além dos riscos físicos ao trabalhador, podem gerar prejuízos, como a paralisação da indústria e a retirada do equipamento do mercado “Este serviço não é uma certificação, porém trata-se de uma avaliação criteriosa da terceira parte quanto ao atendimento a todos os requisitos da norma NR-12. O nosso atestado de conformidade dá a garantia de segurança dos equipamentos para fabricantes, importadores e aos operadores”, explica o gerente de certificação da área de máquinas e produtos mecânicos da TÜV Rheinland do Brasil, Robynson Molinari. Além de preparar as empresas para possíveis fiscalizações de auditores do Ministério do Trabalho, o serviço da TÜV ainda atesta a segurança aos trabalhadores nas máquinas e equipamentos, promove a melhor compreensão dos requisitos da norma e permite a organização da documentação técnica. “A emissão do atestado está condicionado às evidências de que todos os requisitos, incluindo projeto, fabricação, instalação, manutenção e documentação de equipamentos e máquinas, foram avaliados pela TÜV e atendem à norma vigente”, destaca Molinari.

A Usiminas faz parte de importante operação de exploração do Pré-sal a partir da oferta de aço para a TenarisConfab, responsável pelo fornecimento de tubos para a indústria energética. O aço da siderúrgica, produzido com a tecnologia CLC e que atende a demandas específicas desse mercado, foi aplicado na maior coluna de revestimento de superfície (surface casing) da história de exploração petrolífera no Brasil, com 1.650 metros, dos quais 50 metros estão na camada do pré-sal. Para o projeto, a Usiminas forneceu cerca de 400 toneladas de chapas grossas CLC, utilizadas na produção de tubos. “Nesta operação, o principal desafio da companhia foi garantir a integridade estrutural da coluna, possível com o domínio da tecnologia, que permite a produção de chapas de alta resistência mecânica e com espessura superior, necessárias para atender as demandas específicas dos equipamentos do pré-sal”, afirma Rinaldo Machado, gerente geral de Vendas para Construção e Infraestrutura da Usiminas. Com o dobro de extensão em relação às colunas aplicadas em poços típicos, que giram em torno de 800 metros, a coluna fornecida pela TenarisConfab foi instalada em lamina d´água superior a 2000 metros. Desde que anunciou investimentos da ordem de R$ 539 milhões na tecnologia de resfriamento acelerado de chapas grossas CLC, em 2010, a Usiminas já forneceu mais de 23 mil toneladas de chapas com espessuras acima de 17,00mm, em sua maioria destinada para aplicações severas, que requerem aços de alto conteúdo tecnológico, nos mercados de exploração e condução de petróleo e gás natural.

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Tecnologia

Dedini adota software 3D para se manter competitiva A Dedini Indústrias de Base, com

uma

sede

viveu

limitações de integração de processos e soluções PLM

em

duas

Piracicaba,

grandes

vez

que

a

empresa

começou

a

identificar

transformações

(Product Lifecycle Management – Gerenciamento de Ciclo

tecnológicas ao longo dos seus 92

de Vida do Produto), dificuldade de uso pela equipe e alto

anos

custo em investimento de infraestrutura para que o software

de

ocorreu

existência. há

20

A

anos,

primeira

quando

os

pudesse ser executado nas já robustas workstations da Dedini. Com isso, o cronograma de elaboração

dos

projetos

era

impactado, exigindo mais horas de desenvolvimento da equipe. “No

competitivo

atuamos,

setor

cada

em

que

ganho

em

produtividade, por mais sutil que seja,

faz

Rogério

a

Gaiad,

engenharia projetos de plantas industriais passaram da prancheta para os computadores. A segunda, em 2011, quando optaram por migrar de outro software 3D para do software AutoCAD Plant 3D da Autodesk, dedicado a projetos que envolvem detalhamento de tubulações em plantas industriais. Essa é a constatação do projetista Odair Maciel, projetista da Dedini que contabiliza mais de 20 anos de experiência em produtos da Autodesk. O técnico foi responsável por apresentar essa solução para o grupo de TI e engenharia da Dedini. Isso ocorreu depois que Odair baixou a versão Beta do AutoCAD Plant 3D em sua residência e estudou o software por conta própria. A mudança necessidade tecnológica

24

ocorreu de da

solução

por uma evolução utilizada,

diferenca”,

afirma

supervisor

de

da

detalhamento

de

projetos da Dedini. Segundo ele, três fatores foram essenciais na evolução de software de projetos da empresa: produtividade, facilidade de uso e geração de arquivos leves, que podem ser executados em qualquer tipo de equipamento. Para

a

mudança

benchmark

ser

interno.

execução

de

distintas:

a

um

aprovada,

Essa

mesmo

primeira,

a

Dedini

comparação

fez

um

consistia

na

projeto

por

duas

equipes

composta

por

três

pessoas

utilizando a solução habitual da empresa e a segunda utilizando a versão 2010 do AutoCAD Plant 3D. Assim, o projeto baseado em Autodesk foi executado em 600 horas, cerca de 60% menos tempo que a outra equipe. Além

do

detalhamento

que

o

Plant

3D

oferece

e

facilidade na conversão de arquivos 3D para 2D, há um aspecto essencial para os dias de hoje: uma planta gerada

por

este

software

equipamentos

que

infraestrutura,

como

não

pode

ser

executada

necessitam

dispositivos

móveis

de

em

tanta

(tablets

e

smartphones). Isso porque o peso dos arquivos gerados em AutoCAD Plant 3D pode ser até 90% mais leve se comparado com a solução anterior.


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“Na prática isso nos ajuda com a execução do projeto em si, pois podemos levar plantas detalhadas até o local onde a fábrica está sendo construída, por meio de tablets, por exemplo. Com isso, dúvidas ou possibilidades de erros de interpretação são praticamente anuladas”, conclui Gaiad, para quem a adoção do AutoCAD Plant 3D foi fator decisivo para que a Dedini ganhasse concorrências relevantes nos setores de refinarias e cervejarias nos últimos meses.

foi um desafio para todos nós e

digitalização

juntos

400

conseguimos

gerar

uma

mil

capacitação focada em fluxos reais

volume

de

ocupavam”,

trabalho

que

resultados

além

quebrando

um

mercado

podem do

trazer

esperado,

paradigma

brasileiro”,

afirma

do Juan

Carlos Alfonso, gerente técnico de grandes contas da Autodesk Brasil.

de

aproximadamente

desenhos. que

“Imagine

esses

relembra

Santiago,

o

papeis Robinson

supervisor

de

TI,

funcionário da Dedini há 20 anos. A

empresa

recorreu

fundada

à

recém-

Mapdata,

canal

autorizado da Autodesk com forte

Tradição em Tecnologia

atuação no interior de São Paulo e

Com a popularização dos sistemas

sede em Americana, para executar

pessoais em grandes indústrias nos

a

anos 90, a Dedini passou a investir

eletrônicas

“A adoção bem sucedida de nossa

em

workstations.

tecnologia durante um projeto real

providência do time de TI foi a

tecnologia.

A

primeira

“A

migração

das

por

Mapdata

foi

pranchetas

computadores

fundamental

e

em

uma época em que a Autodesk não tinha

presença

licenças

de

local

e

todas

software

as

eram

importadas. Não é à toa que somos parceiros até hoje. Lembro que o primeiro produto que adquirimos foi o AutoCAD 10”, afirma Santiago. A opção pela Autodesk na ocasião foi relacionada com custo, já que as soluções similares disponíveis eram essencialmente domínio adoção

técnico do

caras

e

difícil.

AutoCAD

com Com

10

a

naquela

época, a empresa enxergou que esse era o caminho para a introdução de soluções CAD e a facilidade que o processo

ganhava

com

essa

iniciativa. A equipe da Dedini hoje se diz convencida

dos

benefícios

na

adoção dos produtos da Autodesk, até porque já tiveram experiência com

outros

fornecedores,

sem

o

mesmo sucesso. Fundada em 1920, a Dedini conta atualmente

com

cerca

de

3.500

funcionários e atua nos setores de açúcar e etanol, mineração, metalurgia, petróleo, gás, petroquímica, química, siderurgia Exemplo de maquete de uma refinaria desenvolvida com o auxílio do software AutoCAD Plant 3D, da Autodesk

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e

tratamento

de

efluentes, entre outros. Em 2011, apresentou

um

faturamento

cerca de R$ 1 bilhão.

de


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Artigo

Processo Decisório: Como diminuir erros e perdas? *Dr. Alfredo Guarischi

Todo dia é publicado um novo livro sobre segurança. Milhares de propostas surgem na tentativa de diminuir erros e suas consequências: o dano. Não existe um claro benchmarking em segurança. Imaginar que existam sistemas mais seguros que outros é voz corrente. A inversão desta assertiva explica a diferença entre o risco real e o percebido: existem sistemas menos seguros que outros. Na medicina erros grosseiros foram recentes manchetes nos jornais e TVs: injetou-se vaselina, leite e café com leite na veia de pacientes. Todos morreram. No Brasil, está nítida a falta de ensino de qualidade, preparo técnico, supervisão e irresponsabilidade de quem contrata. Será que isto ocorre apenas no Brasil, em hospitais públicos ou com gente pobre?

Dr. Alfredo Guarischi - Cirurgião Oncológico do Hospital de Força Aérea do Galeão

Não. O problema infelizmente é mais complexo. É mundial e grave. Será que os pacientes do hemisfério norte têm sistema de saúde mais seguro? Vou ficar na América para não te deixar mais preocupado, meu caro leitor. A medicina nos EUA é considerada um benchmarking para muitos. Com bom preparo, treinamento e compromisso evoluimos em diversas áreas, mas involuimos ao se tornar uma indústria altamente lucrativa e indispensável. A perspectiva de vida dobrou com os avanços médicos, mas as lesões iatrogênicas são preocupantes. Nos EUA morrem anualmente mais pessoas decorrentes de erros no sistema de saúde que a soma de todas as mortes decorrentes de câncer de mama, intestino, próstata, acidentes de trânsito ou crimes. Em NY um paciente recebeu dose letal de radioterapia. Em Boston a dose letal foi de quimioterapia na mais famosa jornalista de saúde de uma rede TV americana. A pequena Josie King, com apenas 18 meses de idade, morreu dois dias antes do dia de sua prevista alta hospitalar. Esta linda menina estava plenamente recuperada de queimaduras decorrentes de um acidente doméstico. Recebeu dose excessiva de narcótico, na famosa Universidade de Johns Hopkins, em Baltimore. Hoje a Johns Hopkins é considerada um dos centros médicos mais importantes em relação à Segurança do Paciente. A morte de Josie e o trabalho de sua família em exigir melhorias no sistema fez a diferença. Foram à Justiça. A Johns Hopkins não foi apenas condenada, mas ouviu, entendeu o ocorrido e mudou. A foto com o lindo sorriso da pequena Josie é sempre mostrada antes de qualquer conferência ministrada por profissionais da Johns Hopkins, ao falar sobre Segurança do Paciente. O dinheiro da indenização revertou na criação de um enorme programa de segurança e treinamento. Perdoar sim, esquecer jamais. A indústria da aviação, nuclear e do petróleo são exemplos de enorme esforço em relação a segurança, mas aviões caem, usinas nucleares explodem e poços de petróleo pegam fogo ou vazam. Após a investigação destes acidentes, frequentemente a falha humana é considerada o elemento mais importante como a causa raiz do problema. Considerar o Fator Humano, de forma isolada, como a principal causa de acidentes é um equívoco. Todo o processo deve ser contextualizado. A linha do tempo, em relação ao inicio da ação e o acidente, pode levar a conclusões diversas, dependendo de onde comecemos esta análise. Os operadores de um sistema, pessoas na ponta final do processo, estão na penúltima etapa do processo de tomada de decisão. Podem errar ou serem induzidos ao erro. Ocorrendo o erro este pode ou não causar um dano. Erramos ao fazer

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uma curva, anotar um recado ou discar um número de telefone e nada de grave pode acontecer. Erramos diariamente mas a frequência de danos, principalmente os de graves consequências, não são frequentes. “Especialistas” em segurança querem tirar um coelho e uma cenoura da cartola, pois as cenouras têm apenas uma raiz e coelhos adoram cenouras: “achar um culpado, de preferência morto no acidente”. O desenho do sistema deve ser considerado para se ter uma visão mais realística do que, como e por que aconteceu o erro. Muitos erros são consequência de um sistema mal concebido o que leva a uma série de armadilhas. Nesta situação o(s) operador (es) toma(m) a decisão equivocada. Em qualquer sistema existe o Fator Humano que interage com outros humanos e máquinas, seguem regras e tomam decisões baseadas na percepção do que julgam que está ocorrendo. Regras claras, situações padrões, diagnóstico correto e total da situação, tempo disponível para a resposta adequada e trabalho em equipe são o cenário ideal. Nestes casos, mesmo que ocorram falhas, é possivel refazer alguma etapa e a ação ser bem sucedida. Mas isto é irreal, principalmente porque temos um diagnóstico parcial do que está realmente ocorrendo. No exemplo do cenário ideal, se considerarmos de forma isolada apenas o fator tempo para a resposta adequada, podemos ter ou não um desastre. A automação de determinados processos elimina o fator memória (máquinas em geral são programadas para terem memória de “elefante”). Os recentes acidentes com aviões Airbus colocaram em discussão o excesso na automação em detrimento da possibilidade de o homem comandar a máquina. Todo acidente tem um precedente, mas isto algumas vezes não está claro. A pirâmida de Heinrich ajuda a entender esta assertiva. Existem precedentes interligados, direta e indiretamente, que levam a uma fatalidade para um histórico de 30 acidentes graves (sem fatalidade ou perda material completa), 300 situações de perigo e 600 situações de anormalidade. Um sistema que se preocupe em analisar em profundidade estas anormalidades, consideradas inerentes ao sistema, poderia evitar

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grandes catástrofes. Existe necessidade de que a investigação dos acidentes tenha foco na prevenção. Acidentes e incidentes precisam de um forum no qual possam ser relatados de forma não punitiva. A judicialização dos acidentes e incidentes tem o seu papel específico e importante, mas pouco contribui para prevenção. A aviação é tida como um dos sistemas mais seguros, pois existe uma busca ativa na tentativa de relatar incidentes e acidentes. Não havendo violação, a princípio não há o que punir. O erro é uma oportunidade de aprendizado. O conceito de trabalho em equipe e discussão de falhas vem sendo aceito, principalmente com a introdução do CRM (Crew Resource Management) na década de 80. Neste treinamento a equipe discute, em sala de aula e de forma multidisciplinar, comunicação, relação interpessoal, consciência situacional, tomada de decisão e gerenciamento do erro. Estudo de casos é a ferramenta principal. Na medicina criei o CRM saúde (GERHUS), juntamente com o Major Aviador Felipe Koeller, e o resultado é promissor. Esperamos que não tenhamos que aguardar os mesmos 20 anos que a aviação levou para sua implantação de forma global. O Rio de Janeiro deverá ter um enorme fluxo de pessoas para os grandes eventos sociais e esportivos de 2013 a 2016. Milhões de pessoas virão a trabalho e a lazer. Será uma enorme oportunidade de negócios, mas também haverá um cenário novo com os velhos riscos novos . A pressão por resultados, a má qualificação na maioria das escolas, a falta de oportunidade para treinamento continuo, stress e fadiga levam a uma percepção que grandes acidentes poderão ocorrer. O setor de transporte, energia e medicina serão criticos neste quesito. O SMS - Safety Management System - (Sistema de Gerênciamento de Segurança) do companhia (hospital ou fábrica) deve ser organizado de tal forma que o foco na prevenção seja sua principal missão. Há necessidade de se investir de forma rápida, porém sem improvisação, na melhoria dos serviços. A melhor capacitação profissional vai demorar. É necessário promover treinamento em

técnicas que possam mitigar a possibilidade de danos maiores. Podemos aprender muito com a análise de incidentes e fatos que ocorrem num sistema, servindo para melhoria num outro sistema. Mas para isto devemos ter um sistema de notificação de caráter não punitivo e voltado para a prevenção. Profissionais especialistas em Ergonomia Cognitiva, atuando com os especialistas de diversas formações, podem fazer um grande trabalho, somando percepções diferentes para entender o que realmente aconteceu e implementar medidas de segurança. Engenheiros podem ajudar médicos e vice-versa. Segurança não pode ter barreiras ou bandeiras O treinamento em técnicas comportamentais (cognição) permite que pessoas fiquem mais alertas sobre o risco. Laboratórios com atores e bonecos podem reconstruir cenários e permitir treinamento em procedimentos. Filmar estes treinamento e discutir com os participantes como se comportaram é altamente efetivo. Ninguém pode alegar o que não fez. Todos aprendem. Na cadeia petrolífera (seja em terra, mar, refinaria e em dutos) é totalmente desejável este treinamento. Os grandes desastres ocorridos mostram que a maior evolução tecnológica não veio acompanhada do treinamento em Fator Humano. Falhas de comunicação, relacionamento interpessoal, consciência do que realmente está ocorrendo, tomada de decisão e gerenciamente de erro estão presentes na maioria dos relatórios destes acidentes. O CRM é uma ferramenta que poderia contribuir para a prevenção destas situações. Como médico cirurgião posso afirmar que, após 43 anos estudando medicina, sei que sei ainda muito pouco. Não estou “pronto”. Podemos trabalhar juntos. Nada perderemos. A segurança precisa ser discutida com foco na prevenção, para mitigar erros e perdas após a tomada de decisão. * Currículo do Dr. Alfredo Guarischi Formado em Medicina pela UFRJ em 1974, com Pós Graduação na Universidade de Toronto, no Canada. Cirurgião Oncológico do Hospital de Força Aérea do Galeão. No setor privado opera no H Samaritano, PróCardíaco, Casa de Saúde São Jose, H. Copa D´Or e H. São Lucas. Idealizador e Organizador do Congresso Safety sobre Erro em Medicina e Segurança do Paciente de 2008 a 2012 (www.safety2012.com.br)




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