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EDITORIAL
Xô, baixo astral! Demorou, mas valeu a pena esperar. É uma benção dos céus a decisão tomada pelo governo de enfim realizar a primeira rodada das jazidas petrolíferas na área do présal, bem como promover no mesmo ano os leilões de pós-sal (a 11ª Rodada, ocorrida em maio) e o de gás, a ser realizado em novembro próximo.
Libra cria novo paradigma para a indústria petrolífera brasileira
8 11ª Rodada faz mercado superar desconfiança, mas conteúdo local e custo Brasil ainda preocupam
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Ufa! Parece muito e é mesmo. Especialmente para as pequenas e médias empresas que atuam na cadeia petrolífera. A falta de novos investimentos de peso deixou muita gente de braços cruzados e ameaçava inviabilizar muitas empresas, por falta do sangue vital de todo empreendimento comercial – capital de giro. É a chamada Roda da Fortuna, que tem que girar de modo a equilibrar as finanças e manter ajustado o dia-a-dia operacional
Tubos de aço para a Serra Catarinense
16
das empresas. E foi um tiro certeiro no alvo a decisão de colocar em leilão da área de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos, tomada pela presidente Dilma Rousseff, em reunião conjunta com a diretora-geral da ANP e com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Trata-se simplesmente da maior reserva de petróleo já descoberta no Brasil.
Motores WEG equipam plataformas do pré-sal nos campos de Guará e Tupi
As estimativas das reservas recuperáveis no prospecto de Libra variam entre 8 e 12
20
bilhões de barris. Este volume superaria Tupi, com jazidas estimadas em 2007 entre 5 e 8 bilhões de barris de óleo equivalente. "Se considerarmos todas reservas acumuladas desde que a Petrobras começou a explorar petróleo no Brasil, temos algo em torno de 14 bilhões de reserva de petróleo equivalente. Isso significa que o Brasil tem a possibilidade de explorar um nível de produção de petróleo que nunca teve antes concentrada num só
Recrutamento global on-line exclusivo para área de petróleo & gás
campo ", comemorou, exultante, a presidente, conforme atesta a nossa matéria de capa.
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Agora, a dúvida do empresariado é como será confeccionado o edital de licitação a ser lançado pela ANP, o primeiro sob o regime de partilha. "A indústria está esperando este novo modelo contratual. O grande desafio do governo é torná-lo tão atrativo quanto o de concessão", afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), João Carlos
Dedini adota software 3D para se manter competitiva
27
De Luca, para quem o modelo de concessão provou ser vitorioso. Haja vista a 11ª Rodada, em que a ANP arrecadou R$ 2,8 bilhões em bônus, os quais deverão ser convertidos em mais de R$ 7 bilhões em novos investimentos de prospecção nos próximos anos. A ANP se defende por meio de seu diretor Helder Queiroz, que não compartilha da opinião
Processo Decisório: Como diminuir erros e perdas?
de que o modelo de partilha reduza o interesse das empresas. “Todos os presidentes de empresas petrolíferas com que já mantive contato lembraram que já trabalham com formas diferentes de contratos – de concessão, de serviço, inclusive de partilha – em diferentes países do mundo", frisa. Uma coisa governo e empresariado têm em comum: a idéia de que é necessário bastante equilíbrio no que diz respeito à divisão da renda decorrente da atividade de produção entre o Estado e as empresas. De nossa parte, torcemos para que o bom senso prevaleça. Afinal, foram cinco anos de espera para enfim termos um leilão no pré-sal. E não será agora que deixaremos de aparar as arestas e chegarmos todos a um bom termo, como você mesmo, caro leitor, poderá conferir no extenso conteúdo editorial que dedicamos a este tema.
Boa leitura! Marco Antonio Monteiro Editor
EXPEDIENTE Guiaoffshore Magazine – Edição XI
Redação: Marco Antonio Monteiro (Editor), Carlos Montenegro, Luiz Soares (Repórteres), Luiz Velloso (Fotógrafo) Marina Lazzarotto (Pesquisa) Colaboradores (Artigos): Dr. Alfredo Guarischi Arte e Diagramação Lourenço Maciel Publicidade / Comercial: Luiz Eduardo Jannuzzi Telefone da Redação (21) 2240-5077 – Email: releases@guiaoffshore.com.br Endereço: Rua:Bambina, 134 bl.1 / sala 305 A revista Gui@offshore Magazine é uma publicação da editora MCM Comunicação Ltda, proprietária do portal Gui@offshore (www.guiaoffshore.com.br). A versão digital desta revista pode ser lida no seguinte endereço: http:// www.guiaoffshore.com.br/revista_gm11.pdf
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
Matéria de Capa
Libra cria novo paradigma para a indústria petrolífera brasileira pelos técnicos, revela uma imensa
Leilão de megacampo do pré-sal duplica reservas do país e reanima atividades do setor
área de petróleo no fundo do oceano, sendo avaliado entre 26 bilhões a 42
bilhões
de
barris;
como
a
expectativa de recuperação é de 30%, significa que Libra poderá produzir entre 8 a 12 bilhões de barris. Após cinco longos anos de um
É, de longe, o maior do Brasil e se insere entre os maiores
extenso
político-
do mundo. "O campo de Marlim é maior produtor do
federal
Brasil, com 600 mil barris de petróleo por dia, com um
decidiu finalmente pela realização
volume recuperável de 2 bilhões de barris; Roncador
da primeira rodada de licitações
tem 2,5 bilhões de volume recuperável. Campo de Lula
imbróglio
econômico,
o
governo
de áreas petrolíferas do pré-sal, sob o regime de partilha, em vez do tradicional regime de concessão. E não fez por menos. A Agência Nacional
de
Petróleo,
Biocombustíveis (ANP)
Gás
e
que Lula", disse Chambriard.
E deve produzir mais
que Marlim, Roncador, Marlim Sul e Albacora juntos, acrescentou.
colocará
Conhecido desde 2010, Libra fica na Bacia de Santos a
em disputa uma jóia raríssima: a
170 km da costa do Rio de Janeiro. Sua área é de 1.458
área de Libra, situada na Bacia de Santos – simplesmente a maior reserva de petróleo já descoberta no
Brasil.
As
estimativas
das
reservas recuperáveis no prospecto
quilômetros
quadrados,
situada
em
águas
com
profundidades variando entre 1,7 mil e 2,4 mil metros. Ali, de acordo com a ANP, descobriu-se uma coluna de óleo de 326,4 metros,com petróleo com qualidade de
de Libra variam entre 8 e 12
27 graus Ou seja, o óleo encontrado em Libra é de
bilhões de barris. Este volume
densidade média, e considerado de qualidade alta.
superaria Tupi, com jazidas estimadas
Riqueza submersa
em 2007 entre 5 e 8 bilhões de barris de óleo equivalente. "Trata-se
de
um
reservatório
gigantesco, inimaginável”, exulta a diretora-geral da ANP, Magda Chambriard.
Seu
volume
projetado “in situ”, termo adotado
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5 a 8 bilhões de volume recuperável. Libra é maior
Ao se tomar como base comparativa o preço médio atual do barril de petróleo em torno de US$ 100 dólares, o volume enterrado no subsolo oceânico em Libra pode alcançar entre US$ 800 bilhões a US$ 1,2 trilhão. É algo próximo à metade do PIB do Brasil em 2012, que foi de US$ 2,2 trilhões.
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
"É realmente algo grandioso... Nossa percepção é que vamos atrair todas as grandes empresas de petróleo do mundo, independentemente de serem estatal ou não. É coisa para gente grande", arremata a diretora da ANP. Em abril, Chambriard havia indicado que Libra teria volumes menores, entre 4 e 5 bilhões de barris recuperáveis. Segundo ela, uma nova sísmica na região, com dados mais avançados, levou ao aumento da estimativa da ANP. Foi a revisão das estimativas, para volumes bem maiores, que motivou o governo a escolher somente este prospecto para a licitação, em uma reunião com a presidente da República, Dilma Rousseff, que inclusive já adiantou que estará presente no leilão, a ser realizado
Dilma Rousseff: Libra nos oferece a possibilidade de explorar um nível produção de petróleo, que nunca teve antes concentrado num só campo
em Brasília em outubro, em vez de novembro, como previsto anteriormente, e por tradição no Rio de Janeiro. "Se considerarmos todas reservas acumuladas desde que a Petrobras começou a explorar petróleo no Brasil, temos algo em torno de 14 bilhões de reserva de petróleo equivalente. Somente este campo de Libra, pode ter entre 8 e 12 bilhões de barris", disse a presidente. "Isso
O regime diz ainda que cabe ao contratante explorar e extrair o petróleo,
às
suas
custas.
As
reservas não extraídas permanecem propriedade do Estado.
significa que o Brasil tem a possibilidade de explorar
Além
um nível de produção de petróleo que nunca teve antes
aprovadas, a Petrobras será a
concentrado num só campo", acrescentou Dilma.
operadora única e sócia de todos os
Uma das razões da mudança de datas também é justificada pelo motivo de que as empresas estrangeiras fecham seu ano fiscal em novembro, e não teriam como realizar desembolsos ou provisionar recursos no mês do leilão.
Com isso, a 12ª Rodada de Licitações,
envolvendo blocos de gás, que ocorreria em outubro,
disso,
pelas
regras
campos, com no mínimo 30% de participação. A lei diz também que será
criada
uma
estatal
para
cuidar das áreas do pré-sal, mas, enquanto não ficar pronta, caberá à ANP a função.
passou para novembro. " Assim, estamos dando um
O edital deverá ser lançado em
pouco mais de coerência aos leilões, já que tivemos um
meados de julho. A reguladora vai
de petróleo (11ª rodada), faremos outro de petróleo
fixar
(pré-sal), e por último o de gás de xisto", afirmou o
programa exploratório mínimo,
Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.
conteúdo local mínimo e volume
Regras distintas A licitação do pré-sal terá regras diferentes dos tradicionais leilões da ANP, realizados sob o regime de
bônus
de
assinatura,
de petróleo mínimo a ser ofertado pelos competidores ao governo. Teste da partilha
concessão. Para o país ficar com uma maior parte da
A escolha de Libra para iniciar os
riqueza, o leilão do pré-sal será feito sob o regime de
leilões das áreas do pré-sal foi bem
partilha, segundo o qual a União é a proprietária do óleo
recebida pela indústria. Mas ainda
e remunera as empresas com parte da produção. Vence
pairam dúvidas no ar relacionadas
a licitação o grupo que oferecer a maior participação
ao contrato de partilha a ser
no volume de petróleo produzido em favor do Estado.
confeccionado pela ANP. O presidente
3
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
da petroleira francesa Total no
a operação dos blocos mais valorizados na 11ª Rodada
Brasil, Denis Palluat, afirmou à
de Licitações, e uma das que mais investirá no Brasil
Reuters que o volume de petróleo
nos próximos anos.
divulgado em Libra é suficiente para atrair petroleiras do mundo todo no primeiro leilão de áreas do pré-sal. Segundo o executivo, não se trata de uma área voltada para a arriscada atividade de exploração, mas sim para um estágio mais
"A indústria está esperando o contrato de partilha, o grande desafio do governo é fazer um contrato de partilha tão atrativo quanto o de concessão", afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), João Carlos De Luca, para quem o modelo de concessão provou ser vitorioso.
avançado, de desenvolvimento do
Segundo ele, a indústria esperava mais blocos, mas foi
campo, no qual se sabe que o petróleo
"um bom começo". Libra aparenta ser um campo
já se encontra ali.
"extraordinário" e a indústria acredita que seja mesmo
"O
governo
experiência
vai com
fazer o
uma
modelo
um grande campo, como diz a ANP, acrescentou.
de
Helder Queiroz, diretor da ANP, não acredita que o
partilha a partir da área de Libra
modelo de partilha reduza o interesse das empresas.
... uma área enorme", acrescentou
“Todos os presidentes de empresas petrolíferas com que
o executivo da empresa, que levou
já tive contato lembraram que já trabalham com formas diferentes de contratos – de concessão, de serviço, inclusive de partilha – em diferentes países do mundo." Em sua visão, o fundamental para a ANP é tentar fazer um trabalho que possibilite elaborar um ótimo contrato de partilha – e com bastante equilíbrio no que diz respeito à divisão da renda decorrente da atividade de produção entre o Estado e as empresas. Críticas ao processo A realização da primeira rodada do pré-sal deverá ser precedida ainda de algumas críticas e debates pela sociedade em geral. O professor Ildo Sauer, diretor do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo, e ex-diretor da Área de Gás Natural e Energia da Petrobras, considera que o Brasil, antes de se preocupar com a conversão das jazidas da camada pré-sal em moeda, deveria formular primeiramente um plano nacional de desenvolvimento econômico e social, e a partir dos objetivos traçados neste projeto, utilizar a riqueza do petróleo para investir na melhoria da educação e da saúde publicas, da infraestrutura e do saneamento básico, entre outros setores. “Que nós saibamos quanto petróleo temos e que façamos um plano nacional de desenvolvimento a fim
Magda Chambriard, Diretora Geral da ANP: “Nossa percepção é que vamos atrair todas as grandes empresas de petróleo do mundo, independentemente de serem estatal ou não. É coisa para gente grande"
de que possamos usar judiciosamente o recurso do petróleo que é fruto de uma luta de gerações que vem antes mesmo da campanha “O Petróleo é Nosso”, na década de 50”, disse.
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GUIAOFFSHORE MAGAZINE
O primeiro leilão dos campos de petróleo
da
camada
pré-sal
também sucinta discórdia em torno das regras a serem aplicadas, ao ser baseado
agora
no
sistema
de
partilha e não mais no de concessão. De
acordo
com
Adriano
Pires,
diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie), a iniciativa pode atrair grupos estrangeiros estatais,
mas
afastar
grandes
companhias petrolíferas privadas. Pires sustenta que as regras da partilha, que garantem 30% de todos os campos para a Petrobras e dá o monopólio na operação para a estatal,
não
devem
atrair
as
grandes petrolíferas privadas. “É
uma
rodada
Campo de Libra possui área de 1.458 quilômetros quadrados. E está situado em águas com profundidades variando entre 1,7 mil e 2,4 mil metros, a 170 km da costa do Rio de Janeiro
completamente
diferente, porque as regras são
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GUIAOFFSHORE MAGAZINE
outras. O risco da partilha é bem
companhias estatais estrangeiras.
o negócio delas é operar o campo. É
maior.
ocorrem
Segundo ele, “quando uma empresa
um
investimentos muito mais vultosos
estatal olha o risco e a rentabilidade
empresas estatais, como a chinesa
e há desafios tecnológicos que ainda
de um projeto, é com um olhar
Sinopec, que não estão preocupadas
não foram resolvidos. Acho que as
completamente
em operar campo. Elas querem é ter
empresas
uma empresa privada”.
reserva de petróleo”, explicou. Mas
“No regime da partilha, convidam-
pondera que a licitação de Libra
se as empresas a botarem dinheiro,
deverá ter bom resultado
mas elas não podem operar campo
qualidade do campo. "A área de
Para o especialista, o novo regime
nenhum.
empresa
Libra é tão gigante e interessante
que será adotado nos leilões de pré-
tradicional de petróleo, como Exxon
que os riscos regulatórios poderão
sal deverá despertar interesse em
Mobil, Shell ou BP, isso é ruim, pois
ser minimizados", afirmou.
com
No
pré-sal,
estrangeiras
muito
mais
estavam
apetite
nas
rodadas de pós-sal sob regime de concessão.”
Para
diferente
uma
do
de
Libra creates new paradigm for the Brazilian oil industry
modelo
interessante
para
pela
that Libra can produce between 8-12 billion barrels. It is by far the largest in Brazil and stands among the largest in the world. "The Marlim field is Brazil's largest producer,
After five years of extensive political
with 600,000 barrels of oil per day, with a recoverable volume of
and economic imbroglio, the federal
2 billion barrels; Roncador has 2.5 billion recoverable volume.
government has finally decided by the
Lula Field 5-8 billion recoverable volume . Libra is greater than
completion of the first round of bidding
Lula, "said Chambriard. And should produce more than Marlim,
for oil fields in the pre-salt areas, under
Roncador, Marlim Sul and Albacora together, she added.
the
production
sharing
contract,
instead of the traditional concession regime. And the National Agency of Petroleum, Natural Gas and Biofuels (ANP) has put on the table a very rare gem: the Libra area, located in the Santos Basin ,- is simply the largest oil
Janeiro. Its area is 1,458 square kilometers, located in water depths ranging between 1700 and 2400 meters. According to ANP, was discovered a column of oil 326.4 meters with high quality oil 27 degrees, considered as a high quality, but with medium density.
reserves ever discovered in Brazil.
Wealth submerged
Estimates of recoverable reserves in the
When taken as a comparative basis the current average price of
prospectus of Libra ranges between 8
oil at around $ 100 dollars a barrel, the volume buried
and 12 billion barrels. This volume
underground ocean in Libra may reach between US$ 800 billion
surpass Tupi, with deposits estimated in
to US$ 1.2 trillion. It is something close to half of Brazil's GDP in
2007 between 5 and 8 billion barrels of
2012, which was US$ 2.2 trillion.
oil equivalent.
"It's really something great ... Our perception is that we will
"This is a gigantic reservoir, unimaginable,"
attract all the major oil companies in the world, whether state or
exults the director-general of the ANP,
not. This is a bid for big shots," says the director of ANP.
Magda Chambriard. Their projected volume "in situ", a term adopted by technicians, reveals an immense area of oil on the ocean floor, and evaluated between 26 billion to 42 billion barrels, as the expected recovery is 30%, means
6
Known since 2010, Libra is located 170 km off the coast of Rio de
In April, Chambriard had indicated that Libra would have smaller volumes, between 4 and 5 billion barrels recoverable. According to her, a new seismic evaluation done in the region, with more advanced data, led to the increase in the estimate of ANP. Was by the way the revision of the estimates for much larger
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
volumes, which led the government to
Test sharing
countries of the world." In his opinnion,
choose only this prospectus for bidding in
The choice of Libra to start the auctions of
the key is to try to ANP do a job that allows
a meeting with the president, Dilma
the pre-salt areas was well received by the
preparing a great sharing contract - and
Rousseff. She already decided that will be
industry. But doubts still hang in the air
with enough balance with regard to the division
present at the auction, to be held in
related to sharing contract to be made by
of income resulting from production
Brasilia in October instead of November
the ANP. President of the French oil
activities between the state and business.
as previously planned, and by tradition in
company Total in Brazil, Denis Palluat,
According to Adriano Pires, director of
Rio de Janeiro.
told Reuters the volume of oil released in
the Brazilian Center for Infrastructure
Libra is enough to attract oil companies
(CBIE), it will be a completely different
worldwide in the first auction for the
round, because the rules are different,
pre-salt. According to the executive, it is
and the risk in the sharing contract is
not a risky area for the exploration
much higher. “In the pre-salt, investments
activity, but a more advanced stage of
are much more robust and there are
development of the field in which we know
technological challenges that remain
"If we consider all reserves accumulated since Petrobras started drilling in Brazil, we have something around 14 billion oil reserve equivalent. Libra alone may have between 8 and 12 billion barrels," said President . "This means that Brazil has the possibility to explore a production
that oil is already there.
level of oil that had never before been
"The government is going
concentrated in one field," said Rousseff.
to do an experiment with the sharing model in a
Distinct rules
huge area, as Libra," said
The bid of the pre-salt will have different
the executive, who led the
rules of traditional ANP auctions
operation of the most
conducted under the concession regime.
valued blocks in the 11th
For the country to get a greater share of
Bidding Round, and one
the wealth, the auction of pre-salt will be
that will invest most in
done
scheme,
Brazil after this auction.
Federal
"The industry is waiting
Government is the owner and pays the oil
for the sharing contract, the
companies with part of the production.
government's challenge is
Wins the bid the group that offers the highest
to make a sharing contract
participation in the volume of oil produced.
as
under
according
the
to
sharing
which
the
The regime says that it is up to the
attractive
concession,"
as
the
said
the
Helder Queiroz, ANP director: "All presidents of oil companies who I have had contact with told me that have already worked with different forms of contracts"
contractor to explore and extract oil, at
president of the Brazilian Petroleum
unsolved. I think that foreign companies
your expense. Reservations not taken
Institute (IBP), Joao Carlos de Luca, for
would have much more appetite in post-
remain state property.
whom the concession model proved to be
salt areas under a concession regime. "
victorious.
"In the scheme of sharing, the companies
Petrobras will be the operator and sole
He said the industry expected more
are invited to lay money, but they can not
shareholder of all fields, with at least
blocks, but it was "a good start". Libra
operate any field. For the big majors such
30% participation. The law also says that
seems to be a field "extraordinary" and the
as Exxon Mobil, Shell or BP, this is bad,
a state company will be created to take
industry believes that it is a big field, as
care of the pre-salt areas, but until it is
the ANP, said.
ready, the ANP will assume the role.
Helder Queiroz, ANP director, does not
which are not concerned in operating
The contract rules must be released in
believe that the sharing model reduces
field. They want is to have oil reserves,
mid-July.
fix
corporate interest. "All presidents of oil
"he explained. But he thinks that the
signing bonus, minimum exploration
companies who I have had contact with
Libra bidding should bring good results
program, minimum local content and
told me that have already worked with
due to the field quality. "The Libra field
volume of oil minimum offered by
different forms of contracts - concession,
is so huge and interesting that regulatory
competitors to the government.
service, including sharing - in different
risks can be minimized," he said.
Furthermore, by the rules adopted,
The
regulator
will
because their business is to operate the field. It is an interesting model for state enterprises such as the chinese Sinopec,
7
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
Negócios
11ª Rodada faz mercado superar desconfiança, mas conteúdo local e custo Brasil ainda preocupam Após muita especulação, pluraridade
crença de que a decisão sobre os royalties não trará
de participantes e nervosismo pelos
grandes surpresas e a defesa do Brasil como um país de
resultados, a 11ª Rodada de Licitações
economia e política estáveis, dotado de infraestrutura e
de áreas exploratórias da Agência
cumpridor de contratos. Ao mesmo tempo, avaliam que
Nacional
e
ainda faltam resolver enigmas tais como conciliar a
Biocombustíveis (ANP) comprovou
exigência de conteúdo local e adotar preços competitivos
que permanece o interesse pelo Brasil,
em nível internacional.
de
Petróleo,
Gás
apesar da desconfiança de parte do mercado do potencial de algumas empresas em entregarem resultados.
passada a "boa ressaca" com o sucesso da 11ª Rodada o principal desafio hoje é fazer um contrato que seja
Afinal, somente em bônus a ANP
atrativo para as empresas, como são os de concessão.
arrecadou R$ 2,8 bilhões, que
“Estabelecer um contrato equilibrado é o grande
deverão ser convertidos em torno
segredo", afirmou De Luca, dando sua impressão pelo
de R$ 7 bilhões em investimentos
resultado da rodada em palestra realizada no Rio de
ao longo do processo exploratório
Janeiro durante o 25º Fórum Nacional, organizado pelo
das áreas licitadas, de acordo com
Instituto Nacional de Altos Estudos (INAE).
estimativas da indústria.
Entre os pontos que também ainda merecem atenção,
Passado este desafio, entidades
segundo o presidente do IBP, estão a necessidade de
como a Associação Brasileira da
realização regular de leilões de áreas de exploração e a
Indústria de Máquinas e Equipamentos
flexibilização das regras de conteúdo local. Para o
(Abimaq) e o Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), junto com empresas como Siemens, Brasco Logística Offshore e Agrekko olham com um misto de
executivo, estas regras precisam ser "coordenadas com a capacidade instalada e a competitividade da indústria local", de forma a não "incorrer em custos excessivos", nem "atrasar substancialmente o ritmo de produção".
otimismo e apreensão para questões
A expectativa é reforçada pelo diretor executivo de
como a exigência de conteúdo local,
Petróleo, Gás, Bioenergia e Petroquímica da Abimaq,
marco regulatório e concorrência
Alberto Machado. Para ele, após uma paralisação de mais
com outros países na hora de
de cinco anos, não se pode perder de vista que a retomada
avaliar
dos leilões da ANP traz a possibilidade de aumento na
o
potencial
investimentos.
8
Como definiu o presidente do IBP, João Carlos De Luca,
Em
de
atrair
comum,
a
demanda futura de bens e serviços. Segundo o executivo,
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
esse movimento pode
contribuir
mercado como um ponto sensível
significativamente na alavancagem
que pode repercutir negativamente
do desenvolvimento da indústria
no processo de prospecção e, por
nacional.
consequência,
O executivo defende que, comparado
produção em si. Na contramão
com outros países que oferecem
desse
áreas para prospecção de petróleo
taxativo na sua defesa: “Os tempos
bem similares à nossa, a exemplo
demandados
da costa atlântica da África, o
exploração de petróleo e gás natural
Brasil
pontos
e os esforços que estão sendo
esses
despendidos por todos os envolvidos
pontos não são verificados em
permitirão que os pontos abordados
outros
Estabilidade
nesta pergunta sejam equacionados
financeira, política e social, ampla
e mitigados em tempo hábil. O
oferta interna de bens e serviços,
interesse das empresas de petróleo
infraestrutura
pela 11ª rodada reforça esse meu
apresenta
favoráveis.
vários
“Muitas países.
vezes
já
instalada,
respeito aos contratos, existência de mercado interno, entre outros, são exemplos de pontos fortes do Brasil”.
na
pensamento, pelo
extração Machado processo
e é de
entendimento”.
Alberto Machado: Diretor executivo de Petróleo, Gás, Bioenergia e Petroquímica da Abimaq.
Os dados divulgados pela ANP, no entanto,
a
11ª. Rodada foi de 62,32% para a
participação de conteúdo local pelas
Fase de Exploração do contrato de
A exigência de conteúdo local vem
petroleiras ainda tem espaço para
concessão e de 75,96 % para a Fase
sendo
crescer. O conteúdo local médio da
de Desenvolvimento. No leilão de
Conteúdo exigente
apontado
por
parte
do
mostram
que
9
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
2008,
os
compromissos
foram
respectivamente de 79% e 84%. Em 2007, ficaram em 69% e 77%, e, em 2005, em 74% e 81%. A própria diretora-geral
da
ANP,
Chambriard,
admitiu
Magda que
a
Custo Brasil Junto com a falta de mão de obra qualificada e o chamado “custo Brasil”, a exigência de conteúdo local é motivo de atenção também para o gerente geral da Unidade de Negócios de Óleo e Gás da multinacional ABB, Welington Cintra.
redução no índice de conteúdo
O executivo concorda que, frente à demanda de
nacional reflete o medo de multa
equipamentos e serviços para os próximos anos, há “um
das
não
grande desafio a vencer”. “A ABB se antecipou em
cumprimento das metas prometidas.
investir na capacitação de sua mão de obra local, com
E
concessionárias
os
registros
da
pelo
autarquia
quantificam o “alto valor” deste medo. Entre 2011 e 2012, a ANP aplicou R$ 33,7 milhões em multas pelo não cumprimento de conteúdo local, a maioria paga com desconto legal que reduziu o montante para R$ 24,6 milhões. A maior multa
engenheiros especializados no setor de óleo e gás. Sobretudo no aumento de sua capacidade produtiva, por meio de investimentos como a ampliação e construção de novas fábricas para produção de equipamentos de alta tecnologia. A iniciativa objetiva atender de forma mais eficaz o mercado local, proporcionando maior disponibilidade de produtos e soluções para atender à crescente demanda local”, defende.
foi aplicada à Petrobras, no valor
Desafio é a palavra usada também pelo diretor da divisão
de R$ 29 milhões, reduzida para R$
de Óleo e Gás da Siemens no Brasil, Welter Benício, ao
20,4 milhões com o desconto legal.
comentar os possíveis obstáculos para o desenvolvimento
Dados
ANP
do setor. Para ele, produzir no Brasil a custo comparado
nunca
com países mais competitivos em áreas específicas, “se
estrangeiras
tornou a causa de todos nós”. Benício revela que trata-se
fizeram ofertas em uma rodada de
de um paradoxo. “A todo momento, procuramos atender
divulgados,
mostraram, tantas
ainda,
empresas
pela que
licitações de áreas de petróleo e gás.
a dois critérios: entregar conteúdo local a preços competitivos a níveis globais. Temos conseguido, com dificuldade”, admite. Outro ponto importante, segundo ele, é que o esforço torna-se diferente em determinados pontos da cadeia de fornecimento. “Alguns segmentos simplesmente não têm conseguido atender a ambos os critérios. Em outros, os gargalos aparecem cedo, o que fatalmente leva a uma inflação nos preços. No caso da Siemens, não temos tido problemas para mobilizar os recursos humanos de que precisamos. É claro que em alguns momentos lançamos mão do alcance global da empresa. Posso afirmar que algumas empresas não possuem este privilégio e têm enfrentado dificuldades também nesta área”, destaca. Dificuldades à parte, o Brasil ainda apresenta vários pontos favoráveis, muitas vezes não verificados em outros países. Estabilidade financeira, política e social,
Welter Benício: Diretor da divisão de Óleo e Gás da Siemens no Brasil.
ampla oferta interna de bens e serviços, infraestrutura já instalada, respeito aos contratos, existência de mercado interno, entre outros, são exemplos de pontos
10
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
fortes do setor de óleo e gás
surpreendente, pois a exploração do
isso nos fará chegar a um outro
nacional. Os concorrentes mais
pós-sal
patamar
importantes são os países da costa
oportunidades que o setor de óleo e
oeste e do norte da África e alguns
gás no Brasil está proporcionando.
países da América Latina.
E, claro, estamos acompanhando
Diógenes Paoli Neto, diretor da Aggreko para a América Latina,
é
uma
das
excelentes
atentamente os movimentos do mercado sobre isso”.
de
competência
e
competitividade”, diz. Paoli Neto, da Agrekko, segue o raciocínio,
principalmente
relação
equipamentos
a
em e
à
qualidade da mão de obra. “A Aggreko
é
uma
das
principais
empresa que atua no fornecimento
Opinião
de soluções temporárias de energia,
por Cintra, da ABB, para quem as
fornecedoras de serviços e energia
conta que aposta no Brasil, mas
perspectivas
“O
temporária para esse setor no Brasil
possui também operação em outros
interesse é fruto do sucesso recente
e investe fortemente em ter uma
países, como Colômbia, México,
alcançado na exploração dos blocos
frota de equipamentos ampla e
Venezuela, EUA, além de diversas
do pré-sal, não só pela validação da
disponível no país para atender às
localidades
capacidade
mas
demandas que surgirem. Também
da
mantemos uma equipe capacitada
da
Oriente Médio.
África,
Ásia
e
Paoli Neto evita
também
compartilhada são
das
pela
também
positivas.
reservas, confirmação
viabilidade da exploração com as
formada
como preponderante sobre a outra,
tecnologias
Vale
brasileiros qualificados, que pode
afirmando que “em todos eles há
lembrar que houve um período de
dar o suporte necessário e adequado
espaço para o crescimento dos
cinco anos sem a realização de um
para esses projetos”.
negócios
leilão. Fator que impulsiona
A diretora executiva da Brasco
apontar uma dessas localidades
em
fornecimento
de
energia temporária para o setor de
desenvolvidas.
o
por
profissionais
interesse das empresas”.
Logística Offshore, Renata Pereira,
A meta de conteúdo local não o
concorda que a retomada dos novos
Ele admite, porém, que há uma
assusta. “Partindo da premissa que
leilões tem o mérito de manter o
perspectiva “muito interessante”
a regulamentação local obriga o
Brasil em destaque. “O país sempre
de ampliação de negócios na área
conteúdo
vemos
teve posição particular no cenário.
de óleo e gás no Brasil. “Uma vez
concorrência nesse aspecto. Vemos
O mercado nacional ficou parado
que esses leilões sejam concluídos,
uma curva de aprendizado e ganho
por uma série de discussões, mas há
plataformas
de escala, que virá com o tempo e
potencial
geológico.
instaladas e estamos prontos para
rodadas
são
contribuir com esses novos projetos,
diversificação, mas o Brasil sempre
principalmente porque já temos
esteve interessante para se investir.
uma parceria longa e consolidada
Novas oportunidades com outros
com a Petrobras”, afirma.
players é um fator benéfico”, diz.
Movimento de mercado
O entendimento do mercado em
Óleo e Gás”.
terão
que
ser
local,
não
dos royalties assustam, mas não
também é muito boa a grande
tanto. Cintra, da ABB, faz coro com
participação de empresas na 11ª o
o nosso caso. Mas é importante dizer isso
não
é
ouvidos pela reportagem: “Esta é
mercado,
inclusive o de fornecedores, como é que
a maior parte dos especialistas
movimento
todo
exatamente
a
do setor petrolífero e distribuição
o setor de óleo e gás, assim como
impulsiona
para
jurídicas como marco regulatório
no Brasil é muito positivo para todo
“Esse
novas
geral é que a indefinição de questões
O executivo acredita que o interesse
rodada.
boas
As
uma questão política que deve ser Renata Pereira: Diretora executiva da Brasco Logística Offshore.
resolvida na esfera política. No entanto, não deve comprometer o interesse das empresas interessadas”.
11
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
Benício, da Siemens, não concorda.
assumindo alterações em todas as
mudanças regulatórias e estruturais
Para ele, mudanças no arcabouço
variáveis. Além do mais, mudanças
aconteceram
jurídico
e
deste nível requerem tempo para
destas
elevam o risco, definido por ele
serem entendidas e assimiladas. No
positivas,
como
meu
na
eventos, como o da Chevron por
esperado, para melhor ou pior. “É
estabilidade para o futuro”, pondera.
exemplo, que trouxeram incertezas
certo
atividade
O executivo resume o sentimento
e
econômica sem risco, mas é preciso
geral pela 11ª rodada. Segundo ele,
arriscam na atividade de E&P no
que as bases jurídicas, pelo menos,
depois de várias rodadas de relativo
país. Ver que tantas empresas se
sejam estáveis no longo prazo.
sucesso, o mercado sentiu o longo
interessaram por esta rodada é
Nenhuma
hiato de cinco anos nas concessões
animador
no Brasil. “Neste período, muitas
potencial atrativo”.
provocam a
incertezas
variação
que
não
do
existe
empresa
retorno
faz
planos
associados a grandes investimentos
entender,
aposta-se
Industry overcomes distrust and sees opportunities in future O&G bids
no
país.
mudanças assim
insegurança
e
Algumas
não
foram
como
alguns
para
os
que
demonstra
se
nosso
The expectation is reinforced by the executive
director
of
Oil,
Gas,
Petrochemical and Bioenergy Abimaq, Alberto Machado. For him, after a gap of more than five years, we can not lose sight that the resumption of the ANP
After much speculation, plurality of
royalties will not bring big surprises and
auctions brings the possibility of
participants and nervousness by the
the defense of Brazil as a country with
results, the 11th Licensing Round of
increased future demand for goods and
stable economy and politics, endowed
exploration areas of the National Agency
services. According to the executive, this
with
of Petroleum, Natural Gas and Biofuels
contracts. At the same time, there are still
movement can significantly leverage the
(ANP) proved that remains interest in
assessing
Brazil, despite the distrust of the market
reconciling the local content requirement
potential some companies deliver results.
and adopt competitive prices internationally.
After all, only the ANP bonus reached
As defined by the president of the IBP,
US$ 2.8 billion, which will be converted
João Carlos de Luca, after the "good
to around US$ 7 billion in investments
hangover" with the success of the 11th
over the exploratory process areas in the
Round the main challenge today is to
next years, according to industry estimates.
make a contract that is attractive to
After this challenge, organizations such
businesses, as are the concession regime.
as
the
Brazilian
Association
of
infrastructure solve
and
puzzles
compliant such
as
"Establish a balanced contract is the big
development of domestic industry. The executive argues that, compared to other countries that offer areas for oil exploration very similar to ours, such as the Atlantic coast of Africa, Brazil has many good points. "Often these points are not
observed
in
other
countries.
Financial stability, political and social, large domestic supply of goods and services, infrastructure already in place, respect for contracts, the existence of the
Machinery and Equipment (Abimaq) and
secret," De Luca said.
the Brazilian Institute of Oil, Gas and
Among the points that also deserve
Biofuels (IBP), along with companies like
further attention, according to the
Siemens, Brasco Offshore Logistics and
president of the IBP, are the need to
Agrekko look with a mixture of optimism
conduct regular auctions of exploration
The local content requirement has been
and apprehension to issues such as local
areas and relaxation of local content
considered by the market as a sensitive
content
regulatory
rules. For the executive, these rules need
point which can negatively impact the
framework and competition with other
to be "coordinated with the capacity and
prospecting process and, consequently,
countries in order to evaluate the
competitiveness of the local industry," so
the extraction and production itself. In
potential of attracting investments. In
as not to "incur excessive costs" or
opposition to this thinking, Machado is
common, the belief that the decision on
"substantially delay the pace of production."
strict in its defense: "The time required
12
requirement,
internal market, among others, are examples of the strengths of Brazil. " Demanding content
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
by the process of oil and natural gas and
the development of the sector. For him, the
Market movement
the efforts being expended by all involved
cost to produce in Brazil compared to
will allow the points raised in this
The executive director of Offshore
most competitive countries in specific
Logistics Brasco, Renata Pereira, agrees
question be tackled and mitigated in a
areas, "became the cause of all of us."
that the resumption of new auctions has
timely manner . The interest of the oil
Benicio reveals that it is a paradox. "At
the merit of keeping Brazil highlighted.
companies by the 11th round reinforces
all
criteria:
"The country has always had a particular
my understanding. "
delivering local content at competitive
position in the scenario. The domestic
prices overall levels. We have managed,
market stood for a series of discussions,
with difficulty, "he admits.
but there are geological potential. The
The data released by the ANP, however, show that the share of local content for oil
times,
we
meet
two
new rounds are good for diversification,
still has room to grow. The average local
Another important point, he said, is that
content of the 11th. Round was 62.32% for
the effort becomes different at certain
the Exploration Phase of the concession
points of the supply chain. "Some
agreement
the
segments simply have failed to meet both
Development Phase. At the auction in
criteria. In others, the bottlenecks appear
The understanding of the market in
2008, commitments were respectively
early, which inevitably leads to price
general is that the vagueness of legal
79% and 84%. In 2007, they were 69% and
inflation. In the case of Siemens, we have
issues and regulatory framework for the
77%, and in 2005, 74% and 81%. The
not had problems to mobilize human
general
Magda
resources we need. Of course, at times we
Chambriard, admitted that the reduction
used the global reach of the company. I
in the level of national content reflects
can say that some companies do not have
the fear of concessionaires being fined for
this privilege and have also faced
not meeting the goals promised.
difficulties in this area, "he says.
Brazil cost
Difficulties aside, Brazil still has many
and
director
75.96%
of
for
ANP,
Along with the lack of skilled labor and the so called "Brazil cost", the local content requirement also calls the
but Brazil has always been interesting to invest. New opportunities with other players is a beneficial factor, "he says.
oil sector and distribution of royalties scare, but not both. Cintra, ABB, echoes with most experts interviewed by this reporter: "This is a political issue that should be resolved in the political sphere. However, it should not compromise the interests of the companies involved. "
good points, not often seen in other countries. Financial, political and social stability, large domestic supply of goods
Benicio, from Siemens, disagrees. For him, changes in the legal framework bring uncertainty and increase the risk, defined by him as the variation in the
and services, infrastructure already in
expected return, for better or worse. "It is
place, respect for contracts, the existence
true that there is no economic activity
of the internal market, among others, are
without risk, but it is necessary that the
examples of strengths in the oil and gas
legal bases at least be stable in the long
The Executive agrees that, compared to
country. The competitors are the countries
term.
the demand for equipment and services
of the west coast and in North Africa and
associated
for the coming years, there is "a big
some Latin American countries.
assuming changes in all variables.
attention to the General Manager of Business Unit Oil and Gas multinational ABB, Welington Cintra.
challenge to overcome." "ABB has anticipated the investments in training its local workforce, like specialized engineers in the oil and gas. Especially in increasing its production capacity through
investments
such
as
the
expansion and construction of new plants for
the
production
of
high-tech
equipment. The initiative aims to meet
Diogenes Paoli Neto, director of Aggreko for Latin America, company engaged in the provision of temporary power
No
company with
makes
large
plans
investments
Moreover, this level changes require time to be understood and assimilated. In my view, I bet on the stability for the future, "he adds.
solutions, says Brazil is the main bet, but
The executive sums up the general feeling
also has operations in other countries,
by the 11th round. According to him, after
such as Colombia, Mexico, Venezuela,
several rounds of relative success, the
USA, and several locations Africa, Asia and the Middle East.
market felt the long hiatus of five years in concessions in Brazil. "During this period, many regulatory and structural
He admits, however, that there is a
changes occurred in the country. Some of
prospect "very interesting" to expand
these changes have not been positive, and
business in the oil and gas industry in
some events, such as Chevron for
growing local demand, "he argues.
Brazil.
are
example, that brought uncertainty and
Challenge is a word also used by the
completed, platforms have to be installed
insecurity for those who venture in E & P
and are ready to contribute to these new
activity in the country. To see that many
director of the Division of Oil and Gas of
projects, mainly because we already have
companies are interested in this round is
Siemens in Brazil, Benicio Welter,
a vast and solid partnership with
encouraging and demonstrates our
commenting on the possible obstacles to
Petrobras," he says.
potential attractiveness ".
more effectively the local market, providing
greater
availability
of
products and solutions to meet the
"Since
these
auctions
13
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
Negócios
Tubos de aço para a Serra Catarinense A Tuper, que é a quinta maior
Tuper fornecerá 2 mil toneladas de tubulação para gasoduto em Santa Catarina
processadora de aço do Brasil, inaugurou em setembro de 2012, em
São
unidade
Bento
do
Sul,
industrial
uma
para
a
produção de t u b o s d e a ç o d e grandes
diâmetros,
para
A Tuper será a fornecedora dos
atender a o s s e t o r e s d e ó l e o e g á s , c o n s t r u ç ã o c i v i l ,
tubos de aço a serem utilizados na
indústria
rede de distribuição de gás natural
telecomunicações. A Tuper Óleo e Gás possui 34.500
naval,
ferroviária,
sucroenergética
da terceira fase do projeto Serra Catarinense.
O gasoduto de 38
quilômetros se estenderá entre os municípios de Ibirama e Rio do Sul. Com este projeto, a Tuper consolida
como
se
importante
fornecedora para o segmento de óleo e gás. O contrato com a SCGás prevê o fornecimento de 2 mil toneladas de tubos de aço API 5L revestidos, de 12 polegadas por 6,35mm
de
representam
espessura,
que
aproximadamente
40km de gasodutos. A partir do lançamento da ordem de serviço, os construtores terão dois anos para concluir a instalação do gasoduto, que terá duas frentes de obra.
14
Frank Bollmann , diretor presidente da Tuper, explica que a decisão de entrar no mercado de grandes dimensões foi motivada em grande parte pela expectativa de fornecer aos projetos do pré-sal
e
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
metros
quadrados
construída
e
de
exigiu
área
R$ 198
milhões de investimentos. A fábrica está equipada com o que há de mais moderno em termos tecnológicos no mundo. Com a unidade Óleo e Gás, a Tuper passou a ser a única empresa de capital 100% nacional entre as grandes fabricantes instaladas no Brasil a produzir
tubos
de
aço
API
(American Petroleum Institute), reconhecidos petróleo
pela
Petrobras - CRCC, tornando-se a mais
entrar no mercado de grandes
nova parceira para o fornecimento de
dimensões foi motivada em grande
tubos de aço para projetos de óleo e
parte pela expectativa de fornecer
gás onshore e offshore.
aos projetos do pré-sal. Clientes na
foi
Frank Bollmann , diretor presidente
indústria naval também são alvo
Certificação
da Tuper, explica que a decisão de
da Tuper no novo segmento de tubos.
indústria
internacional
com
de as
especificações técnicas necessárias para suas atividades produtivas. Recentemente, qualificada
a na
Tuper
15
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
Negócios
Motores WEG equipam plataformas do pré-sal nos campos de Guará e Tupi Motores acionarão compressores a bordo das oito plataformas de petróleo, representando suas principais cargas
motores da Linha Master, modelo MGW 800, que integrarão o projeto de oito plataformas do tipo FPSO (Floating Production Storage and Offloading), nos campos de Guará e Tupi, na Bacia de Santos/SP. O primeiro lote com oito motores foi entregue em outubro de 2012 e os demais serão fornecidos
Produzir petróleo a sete mil metros de profundidade já é uma realidade que colocou o país numa posição estratégica. A Petrobras produz, no pré-sal, diariamente mais de 200
a cada cinco meses até 2015. Os motores acionarão os compressores centrífugos dos módulos de compressão de gás a bordo das oito plataformas e representam as principais cargas destas embarcações. A função destes motores é fornecer a energia motriz necessária ao funcionamento dos oito compressores de gás de cada plataforma do projeto. Trata-se do primeiro projeto de exploração comercial em larga escala dos campos de petróleo do pré-sal da Bacia de Santos. Além disso, é o maior número de FPSOs jamais contratado pela Petrobras de uma única vez. A presença da WEG no mercado de compressores de gás é marcada por um histórico de fornecimento de vários anos de motores de alta tensão, acionando compressores em áreas classificadas no segmento de Oil & Gas. “Este fornecimento solidifica a posição da WEG como
a
um dos líderes em tecnologia de máquinas elétricas
estimativa, em 2017, é alcançar
girantes e soluções para o segmento de Petróleo
um milhão de barris por dia. A
e
WEG está presente na exploração
competitividade neste segmento de mercado através
do pré-sal com produtos como os
de produtos inovadores com uma sólida política de
mil
16
barris
de
petróleo,
Gás.
Temos
o
compromisso
de
oferecer
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
qualidade”,
enfatiza
Valdemir
Antônio Gonçalves, Gerente de
têm certificação ABS para operação
Um dos diferenciais desta linha é a
embarcada.
sua
São
autoventilados,
fabricação,
que
possibilita
refrigerados a água, pressurizados,
diferentes configurações em relação
tropicalizados,
marinizados,
ao método de refrigeração e grau
Os motores de gaiola de alta tensão
aptos a ambiente offshore agressivo
de proteção, permitindo a adequação
são certificados pelo Inmetro para
e
às condições especiais de operação e
operação em área classificada e
operação ao tempo.
Vendas Internacionais da WEG.
petroquímico
e
também
do ambiente marítimo.
Linha Master, modelo MGW 800, que integrará o projeto de oito plataformas do tipo FPSO (Floating Production Storage and Offloading), nos campos de Guará e Tupi, na Bacia de Santos/SP.
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GUIAOFFSHORE MAGAZINE
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GUIAOFFSHORE MAGAZINE
PAGINA DUPLA NAVALSHORE
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Recursos Humanos
Recrutamento global on-line exclusivo para área de petróleo & gás Michael Page cria site para divulgar vagas a profissionais do setor em 14 países A Michael Page, empresa de recrutamento especializado de executivos para média e alta gerência, lançou um portal exclusivo global para recrutamento de profissionais da área de Oil&Gas. O website www.oilandgas.page.com reúne vagas dos 14 países em que a consultoria possui divisões de recrutamento especializadas no setor, além de noticias e orientação profissional especializada. De acordo com Patrick Hollard, diretor geral do PageGroup para a América Latina, a escassez por profissionais qualificados não é um problema exclusivo do Brasil. "A demanda por profissionais cresce em
ritmo acelerado em todo mundo e a oferta de mão de obra não acompanha", explica. Diante desse cenário, ainda de acordo com Hollard, é cada vez mais comum os profissionais circularem por diversos países em busca das melhores oportunidades profissionais, o que envolve não apenas as melhores remunerações, mas também projetos inovadores e complexos. "O Rio de Janeiro já vive essa realidade. O segmento reúne o maior volume de expatriados entre todos os setores da Michael Page", explica. Dados da divisão de Imigração do Veirano Advogados apontam crescimento de 10% nos processos de vistos profissionais. "De cada 10 profissionais legalizados para atuar profissionalmente no Brasil pelo escritório, 8 são do setor de Oil&Gas", afirma Gabriela Lessa, sócia do Veirano. O setor de Oil&Gas representa 13% das vagas trabalhadas pela Michael Page no Rio de Janeiro no primeiro trimestre. Além de trabalhar as vagas do segmento nos dois escritórios que possui na capital carioca, a empresa também é a única a operar fisicamente em Macaé. Por conta da alta demanda por mão de obra especializada no Brasil, o volume de brasileiros que buscam oportunidades fora do país ainda é baixo, mas deverá aumentar nos próximos anos. "Esse novo portal nos permitirá ter um controle estatístico maior sobre a movimentação desses profissionais pelo mundo", conclui. Profissionais em alta no mercado A Michal Page também produziu estudo sobre os cargos mais demandados em 2013. O levantamento foi feito junto aos especialistas da empresas alocados nas principais polos econômicos do país, contemplando São Paulo (capital), São Paulo (interior), Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre. A remuneração apontada pelo estudo reflete a variação de acordo com a demanda por regiões do país. A média salarial (fixa, não variável) oscila entre R$ 6.500.00 a R$ 45.000.00 para cargos de média e alta gerência.
Patrick Hollard, diretor geral do PageGroup para a América Latina: ” A escassez por profissionais qualificados não é um problema exclusivo do Brasil”
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Dentre as profissões levantadas, a área de Controller, profissional responsável pelo planejamento e desenvolvimento de planos econômico-financeiros de curto, médio e longo prazo, ganhou destaque e foi mencionado por São Paulo, interior de São Paulo e Belo Horizonte. A remuneração para esta área varia de R$ 8.000.00 a R$ 25.000.00 em cargos de alta e média gerência.
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Veja abaixo tabela que aponta as profiss천es mais aquecidas em 2013 e os motivos apontados para o incremento da
demanda:
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Primeiro Óleo
TECNOLOGIA
O poder da nuvem A Autodesk apresentou ao mercado o Autodesk Simulation 360, um conjunto de ferramentas disponibilizadas com segurança em nuvem no modelo de “pagamento por uso”, que possibilita que qualquer empresa torne a simulação parte de seus processos diários de projeto e engenharia.
Os fabricantes de produtos eletroeletrônicos podem compreender o calor gerado por dispositivos eletrônicos, habilitando-os a planejar um resfriamento
Com o Autodesk Simulation 360, designers, engenheiros e analistas podem prever, otimizar e validar com mais facilidade o desempenho de qualquer objeto. O poder virtual da nuvem permite que testes complexos de engenharia, antes limitados aos especialistas em simulação, sejam realizados por designers convencionais.
apropriado, evitar superaquecimento e ajudar a prevenir os dispendiosos recalls de clientes. Os arquitetos e engenheiros podem ter uma percepção mais profunda sobre como será o desempenho das construções, inclusive plantas, simulando o fluxo de ar para assegurar o conforto térmico; analisar efeitos ambientais sobre pontes e construções; e testar o comportamento de materiais estruturais, incluindo concreto — tudo isso antes de iniciar a construção. “As empresas simplesmente não podem se dar ao luxo de não compreender como será o desempenho de seus projetos antes de construir qualquer coisa”, diz Robert Kross, Vice-Presidente Sênior de Projeto, Ciclo de Vida e Simulação da Autodesk. “O Autodesk Simulation 360 coloca, virtualmente, recursos potentes de simulação ao alcance de designers e engenheiros de qualquer empresa, dando a eles as ferramentas que precisam para prever, otimizar e validar melhor seus projetos nos estágios iniciais do processo.”
Ao realizar na nuvem tarefas de simulação que exigem muitos recursos de computação, os designers, engenheiros e analistas são capazes de testar vários cenários hipotéticos de projeto em paralelo. O poder computacional da nuvem também elimina a necessidade de hardware especializado, eliminando, com isso, limitações anteriores e ajudando a aumentar a produtividade.
Para obter outras informações sobre como acessar o Autodesk Simulation 360 visite www.autodesk.com/simulationliberation.
Sem curto-circuito na rede elétrica Engenheiros, técnicos e especialistas em instalações elétricas ganharam um forte aliado digital para executar seus projetos. É o novo módulo do software Elecworks/Elec Calc, que permite a montagem do diagrama de um projeto de instalação elétrica, mas também simula e mostra o dimensionamento automático de transformadores e disjuntores. Executa ainda cálculos de queda de tensão, e exporta os dados do projeto para o Elecworks, viabilizando a montagem de um diagrama elétrico sem erros. O Elecworks, criado pela empresa Trace Software, possui interface semelhante à do Windows e foi desenvolvido como um sistema de CAD elétrico para utilização pelos profissionais de engenharia de projeto.
Soldagem hightech A Henkel, que atua no mercado de adesivos, selantes e tratamento de superfícies, criou nova tecnologia para proteção da tocha de soldagem e para proteção de componentes soldados. A proposta é acabar com a adesão das partículas de metal produzidas durante o processo de soldagem na tocha e nas peças, que causam perda de produtividade e comprometem a qualidade da solda. A tecnologia de proteção para a tocha de soldagem (bocais e bicos) é denominada Ceramishield, proteção cerâmica que
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forma uma camada protetora, cuja alta resistência térmica é capaz de aumentar a vida útil do equipamento em quatro a cinco vezes. “Sua aplicação evita o mau funcionamento de todo o processo, pois
impede a aderência de respingos nos componentes da tocha”, explica Leandro Prudencio Silva, especialista da Henkel. O produto possui dois tipos de aplicação: a versão com aplicação automatizada (em bicos e bocais de robôs), a versão Ceramishield RobotIQ, feita de forma automática e integrada com os robôs de soldagem para máxima produtividade; e a versão em aerossol, o Aerodag Ceramishield, aplicada manualmente nos bicos e bocais da tocha e também nos dispositivos de fixação das peças de robôs, conferindo a mesma proteção do Ceramishield RobotIQ.
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INDÚSTRIA
Referência mundial em pintura
melhorias desenvolvimento novos materiais, como tinta e vernizes, e qualidade superior para os clientes. A nova cabine permite mais flexibilidade na pintura e melhor controle dos parâmetros.
Atinge rapidamente as temperaturas exigidas pelo processo, o que acelera a secagem. O espaço foi concebido para tornar a manutenção e a limpeza mais fáceis e, por consequência, dinamizar o tempo de serviço.
A Helibras inaugurou uma cabine de pintura para helicópteros de grande porte em sua planta industrial de Itajubá (MG). Com ela, a empresa poderá realizar a pintura das aeronaves de maior porte, a exemplo dos modelos EC725/EC225, que são respectivamente a versão militar, usada pela presidência da República, e versão civil, mais adequada para operações na área do pré-sal brasileiro. A construção tem seis metros de largura, oito de altura e 20 de comprimento e é a mais alta depois dos hangares de manutenção e produção. Aeronaves de outros modelos também podem ser pintadas no local. O trabalho de pintura da Helibras é referência mundial no grupo, recebendo até helicópteros de outros países para acabamento no Brasil. Isso porque os processos de pintura adotados fazem com que a aeronave fique sem nenhum tipo de degrau nas faixas. O setor busca constantemente
SEGURANÇA
NEGÓCIOS
Em conformidade com a norma NR-12
Aços de Minas para o Pré-Sal
A TÜV Rheinland do Brasil, subsidiária de um dos maiores grupos mundiais de certificação, inspeção e gerenciamento de projetos, passou a oferecer a importadores, fabricantes e usuários finais de máquinas e equipamentos o Atestado de Conformidade NR-12, focado na segurança, que é o item principal da cadeia produtiva de qualquer empresa. A iniciativa atende às especificações do Ministério do Trabalho e Emprego, que tem intensificado a fiscalização da norma NR-12 – que trata da segurança do trabalho em máquinas e equipamentos – junto às empresas e indústrias de diversos setores da economia. Não conformidades da norma encontradas pela fiscalização, além dos riscos físicos ao trabalhador, podem gerar prejuízos, como a paralisação da indústria e a retirada do equipamento do mercado “Este serviço não é uma certificação, porém trata-se de uma avaliação criteriosa da terceira parte quanto ao atendimento a todos os requisitos da norma NR-12. O nosso atestado de conformidade dá a garantia de segurança dos equipamentos para fabricantes, importadores e aos operadores”, explica o gerente de certificação da área de máquinas e produtos mecânicos da TÜV Rheinland do Brasil, Robynson Molinari. Além de preparar as empresas para possíveis fiscalizações de auditores do Ministério do Trabalho, o serviço da TÜV ainda atesta a segurança aos trabalhadores nas máquinas e equipamentos, promove a melhor compreensão dos requisitos da norma e permite a organização da documentação técnica. “A emissão do atestado está condicionado às evidências de que todos os requisitos, incluindo projeto, fabricação, instalação, manutenção e documentação de equipamentos e máquinas, foram avaliados pela TÜV e atendem à norma vigente”, destaca Molinari.
A Usiminas faz parte de importante operação de exploração do Pré-sal a partir da oferta de aço para a TenarisConfab, responsável pelo fornecimento de tubos para a indústria energética. O aço da siderúrgica, produzido com a tecnologia CLC e que atende a demandas específicas desse mercado, foi aplicado na maior coluna de revestimento de superfície (surface casing) da história de exploração petrolífera no Brasil, com 1.650 metros, dos quais 50 metros estão na camada do pré-sal. Para o projeto, a Usiminas forneceu cerca de 400 toneladas de chapas grossas CLC, utilizadas na produção de tubos. “Nesta operação, o principal desafio da companhia foi garantir a integridade estrutural da coluna, possível com o domínio da tecnologia, que permite a produção de chapas de alta resistência mecânica e com espessura superior, necessárias para atender as demandas específicas dos equipamentos do pré-sal”, afirma Rinaldo Machado, gerente geral de Vendas para Construção e Infraestrutura da Usiminas. Com o dobro de extensão em relação às colunas aplicadas em poços típicos, que giram em torno de 800 metros, a coluna fornecida pela TenarisConfab foi instalada em lamina d´água superior a 2000 metros. Desde que anunciou investimentos da ordem de R$ 539 milhões na tecnologia de resfriamento acelerado de chapas grossas CLC, em 2010, a Usiminas já forneceu mais de 23 mil toneladas de chapas com espessuras acima de 17,00mm, em sua maioria destinada para aplicações severas, que requerem aços de alto conteúdo tecnológico, nos mercados de exploração e condução de petróleo e gás natural.
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GUIAOFFSHORE MAGAZINE
Tecnologia
Dedini adota software 3D para se manter competitiva A Dedini Indústrias de Base, com
uma
sede
viveu
limitações de integração de processos e soluções PLM
em
duas
Piracicaba,
grandes
vez
que
a
empresa
começou
a
identificar
transformações
(Product Lifecycle Management – Gerenciamento de Ciclo
tecnológicas ao longo dos seus 92
de Vida do Produto), dificuldade de uso pela equipe e alto
anos
custo em investimento de infraestrutura para que o software
de
ocorreu
existência. há
20
A
anos,
primeira
quando
os
pudesse ser executado nas já robustas workstations da Dedini. Com isso, o cronograma de elaboração
dos
projetos
era
impactado, exigindo mais horas de desenvolvimento da equipe. “No
competitivo
atuamos,
setor
cada
em
que
ganho
em
produtividade, por mais sutil que seja,
faz
Rogério
a
Gaiad,
engenharia projetos de plantas industriais passaram da prancheta para os computadores. A segunda, em 2011, quando optaram por migrar de outro software 3D para do software AutoCAD Plant 3D da Autodesk, dedicado a projetos que envolvem detalhamento de tubulações em plantas industriais. Essa é a constatação do projetista Odair Maciel, projetista da Dedini que contabiliza mais de 20 anos de experiência em produtos da Autodesk. O técnico foi responsável por apresentar essa solução para o grupo de TI e engenharia da Dedini. Isso ocorreu depois que Odair baixou a versão Beta do AutoCAD Plant 3D em sua residência e estudou o software por conta própria. A mudança necessidade tecnológica
24
ocorreu de da
solução
por uma evolução utilizada,
diferenca”,
afirma
supervisor
de
da
detalhamento
de
projetos da Dedini. Segundo ele, três fatores foram essenciais na evolução de software de projetos da empresa: produtividade, facilidade de uso e geração de arquivos leves, que podem ser executados em qualquer tipo de equipamento. Para
a
mudança
benchmark
ser
interno.
execução
de
distintas:
a
um
aprovada,
Essa
mesmo
primeira,
a
Dedini
comparação
fez
um
consistia
na
projeto
por
duas
equipes
composta
por
três
pessoas
utilizando a solução habitual da empresa e a segunda utilizando a versão 2010 do AutoCAD Plant 3D. Assim, o projeto baseado em Autodesk foi executado em 600 horas, cerca de 60% menos tempo que a outra equipe. Além
do
detalhamento
que
o
Plant
3D
oferece
e
facilidade na conversão de arquivos 3D para 2D, há um aspecto essencial para os dias de hoje: uma planta gerada
por
este
software
equipamentos
que
infraestrutura,
como
não
pode
ser
executada
necessitam
dispositivos
móveis
de
em
tanta
(tablets
e
smartphones). Isso porque o peso dos arquivos gerados em AutoCAD Plant 3D pode ser até 90% mais leve se comparado com a solução anterior.
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“Na prática isso nos ajuda com a execução do projeto em si, pois podemos levar plantas detalhadas até o local onde a fábrica está sendo construída, por meio de tablets, por exemplo. Com isso, dúvidas ou possibilidades de erros de interpretação são praticamente anuladas”, conclui Gaiad, para quem a adoção do AutoCAD Plant 3D foi fator decisivo para que a Dedini ganhasse concorrências relevantes nos setores de refinarias e cervejarias nos últimos meses.
foi um desafio para todos nós e
digitalização
juntos
400
conseguimos
gerar
uma
mil
capacitação focada em fluxos reais
volume
de
ocupavam”,
trabalho
que
resultados
além
quebrando
um
mercado
podem do
trazer
esperado,
paradigma
brasileiro”,
afirma
do Juan
Carlos Alfonso, gerente técnico de grandes contas da Autodesk Brasil.
de
aproximadamente
desenhos. que
“Imagine
esses
relembra
Santiago,
o
papeis Robinson
supervisor
de
TI,
funcionário da Dedini há 20 anos. A
empresa
recorreu
fundada
à
recém-
Mapdata,
canal
autorizado da Autodesk com forte
Tradição em Tecnologia
atuação no interior de São Paulo e
Com a popularização dos sistemas
sede em Americana, para executar
pessoais em grandes indústrias nos
a
anos 90, a Dedini passou a investir
eletrônicas
“A adoção bem sucedida de nossa
em
workstations.
tecnologia durante um projeto real
providência do time de TI foi a
tecnologia.
A
primeira
“A
migração
das
por
Mapdata
foi
pranchetas
computadores
fundamental
e
em
uma época em que a Autodesk não tinha
presença
licenças
de
local
e
todas
software
as
eram
importadas. Não é à toa que somos parceiros até hoje. Lembro que o primeiro produto que adquirimos foi o AutoCAD 10”, afirma Santiago. A opção pela Autodesk na ocasião foi relacionada com custo, já que as soluções similares disponíveis eram essencialmente domínio adoção
técnico do
caras
e
difícil.
AutoCAD
com Com
10
a
naquela
época, a empresa enxergou que esse era o caminho para a introdução de soluções CAD e a facilidade que o processo
ganhava
com
essa
iniciativa. A equipe da Dedini hoje se diz convencida
dos
benefícios
na
adoção dos produtos da Autodesk, até porque já tiveram experiência com
outros
fornecedores,
sem
o
mesmo sucesso. Fundada em 1920, a Dedini conta atualmente
com
cerca
de
3.500
funcionários e atua nos setores de açúcar e etanol, mineração, metalurgia, petróleo, gás, petroquímica, química, siderurgia Exemplo de maquete de uma refinaria desenvolvida com o auxílio do software AutoCAD Plant 3D, da Autodesk
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e
tratamento
de
efluentes, entre outros. Em 2011, apresentou
um
faturamento
cerca de R$ 1 bilhão.
de
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Artigo
Processo Decisório: Como diminuir erros e perdas? *Dr. Alfredo Guarischi
Todo dia é publicado um novo livro sobre segurança. Milhares de propostas surgem na tentativa de diminuir erros e suas consequências: o dano. Não existe um claro benchmarking em segurança. Imaginar que existam sistemas mais seguros que outros é voz corrente. A inversão desta assertiva explica a diferença entre o risco real e o percebido: existem sistemas menos seguros que outros. Na medicina erros grosseiros foram recentes manchetes nos jornais e TVs: injetou-se vaselina, leite e café com leite na veia de pacientes. Todos morreram. No Brasil, está nítida a falta de ensino de qualidade, preparo técnico, supervisão e irresponsabilidade de quem contrata. Será que isto ocorre apenas no Brasil, em hospitais públicos ou com gente pobre?
Dr. Alfredo Guarischi - Cirurgião Oncológico do Hospital de Força Aérea do Galeão
Não. O problema infelizmente é mais complexo. É mundial e grave. Será que os pacientes do hemisfério norte têm sistema de saúde mais seguro? Vou ficar na América para não te deixar mais preocupado, meu caro leitor. A medicina nos EUA é considerada um benchmarking para muitos. Com bom preparo, treinamento e compromisso evoluimos em diversas áreas, mas involuimos ao se tornar uma indústria altamente lucrativa e indispensável. A perspectiva de vida dobrou com os avanços médicos, mas as lesões iatrogênicas são preocupantes. Nos EUA morrem anualmente mais pessoas decorrentes de erros no sistema de saúde que a soma de todas as mortes decorrentes de câncer de mama, intestino, próstata, acidentes de trânsito ou crimes. Em NY um paciente recebeu dose letal de radioterapia. Em Boston a dose letal foi de quimioterapia na mais famosa jornalista de saúde de uma rede TV americana. A pequena Josie King, com apenas 18 meses de idade, morreu dois dias antes do dia de sua prevista alta hospitalar. Esta linda menina estava plenamente recuperada de queimaduras decorrentes de um acidente doméstico. Recebeu dose excessiva de narcótico, na famosa Universidade de Johns Hopkins, em Baltimore. Hoje a Johns Hopkins é considerada um dos centros médicos mais importantes em relação à Segurança do Paciente. A morte de Josie e o trabalho de sua família em exigir melhorias no sistema fez a diferença. Foram à Justiça. A Johns Hopkins não foi apenas condenada, mas ouviu, entendeu o ocorrido e mudou. A foto com o lindo sorriso da pequena Josie é sempre mostrada antes de qualquer conferência ministrada por profissionais da Johns Hopkins, ao falar sobre Segurança do Paciente. O dinheiro da indenização revertou na criação de um enorme programa de segurança e treinamento. Perdoar sim, esquecer jamais. A indústria da aviação, nuclear e do petróleo são exemplos de enorme esforço em relação a segurança, mas aviões caem, usinas nucleares explodem e poços de petróleo pegam fogo ou vazam. Após a investigação destes acidentes, frequentemente a falha humana é considerada o elemento mais importante como a causa raiz do problema. Considerar o Fator Humano, de forma isolada, como a principal causa de acidentes é um equívoco. Todo o processo deve ser contextualizado. A linha do tempo, em relação ao inicio da ação e o acidente, pode levar a conclusões diversas, dependendo de onde comecemos esta análise. Os operadores de um sistema, pessoas na ponta final do processo, estão na penúltima etapa do processo de tomada de decisão. Podem errar ou serem induzidos ao erro. Ocorrendo o erro este pode ou não causar um dano. Erramos ao fazer
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uma curva, anotar um recado ou discar um número de telefone e nada de grave pode acontecer. Erramos diariamente mas a frequência de danos, principalmente os de graves consequências, não são frequentes. “Especialistas” em segurança querem tirar um coelho e uma cenoura da cartola, pois as cenouras têm apenas uma raiz e coelhos adoram cenouras: “achar um culpado, de preferência morto no acidente”. O desenho do sistema deve ser considerado para se ter uma visão mais realística do que, como e por que aconteceu o erro. Muitos erros são consequência de um sistema mal concebido o que leva a uma série de armadilhas. Nesta situação o(s) operador (es) toma(m) a decisão equivocada. Em qualquer sistema existe o Fator Humano que interage com outros humanos e máquinas, seguem regras e tomam decisões baseadas na percepção do que julgam que está ocorrendo. Regras claras, situações padrões, diagnóstico correto e total da situação, tempo disponível para a resposta adequada e trabalho em equipe são o cenário ideal. Nestes casos, mesmo que ocorram falhas, é possivel refazer alguma etapa e a ação ser bem sucedida. Mas isto é irreal, principalmente porque temos um diagnóstico parcial do que está realmente ocorrendo. No exemplo do cenário ideal, se considerarmos de forma isolada apenas o fator tempo para a resposta adequada, podemos ter ou não um desastre. A automação de determinados processos elimina o fator memória (máquinas em geral são programadas para terem memória de “elefante”). Os recentes acidentes com aviões Airbus colocaram em discussão o excesso na automação em detrimento da possibilidade de o homem comandar a máquina. Todo acidente tem um precedente, mas isto algumas vezes não está claro. A pirâmida de Heinrich ajuda a entender esta assertiva. Existem precedentes interligados, direta e indiretamente, que levam a uma fatalidade para um histórico de 30 acidentes graves (sem fatalidade ou perda material completa), 300 situações de perigo e 600 situações de anormalidade. Um sistema que se preocupe em analisar em profundidade estas anormalidades, consideradas inerentes ao sistema, poderia evitar
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grandes catástrofes. Existe necessidade de que a investigação dos acidentes tenha foco na prevenção. Acidentes e incidentes precisam de um forum no qual possam ser relatados de forma não punitiva. A judicialização dos acidentes e incidentes tem o seu papel específico e importante, mas pouco contribui para prevenção. A aviação é tida como um dos sistemas mais seguros, pois existe uma busca ativa na tentativa de relatar incidentes e acidentes. Não havendo violação, a princípio não há o que punir. O erro é uma oportunidade de aprendizado. O conceito de trabalho em equipe e discussão de falhas vem sendo aceito, principalmente com a introdução do CRM (Crew Resource Management) na década de 80. Neste treinamento a equipe discute, em sala de aula e de forma multidisciplinar, comunicação, relação interpessoal, consciência situacional, tomada de decisão e gerenciamento do erro. Estudo de casos é a ferramenta principal. Na medicina criei o CRM saúde (GERHUS), juntamente com o Major Aviador Felipe Koeller, e o resultado é promissor. Esperamos que não tenhamos que aguardar os mesmos 20 anos que a aviação levou para sua implantação de forma global. O Rio de Janeiro deverá ter um enorme fluxo de pessoas para os grandes eventos sociais e esportivos de 2013 a 2016. Milhões de pessoas virão a trabalho e a lazer. Será uma enorme oportunidade de negócios, mas também haverá um cenário novo com os velhos riscos novos . A pressão por resultados, a má qualificação na maioria das escolas, a falta de oportunidade para treinamento continuo, stress e fadiga levam a uma percepção que grandes acidentes poderão ocorrer. O setor de transporte, energia e medicina serão criticos neste quesito. O SMS - Safety Management System - (Sistema de Gerênciamento de Segurança) do companhia (hospital ou fábrica) deve ser organizado de tal forma que o foco na prevenção seja sua principal missão. Há necessidade de se investir de forma rápida, porém sem improvisação, na melhoria dos serviços. A melhor capacitação profissional vai demorar. É necessário promover treinamento em
técnicas que possam mitigar a possibilidade de danos maiores. Podemos aprender muito com a análise de incidentes e fatos que ocorrem num sistema, servindo para melhoria num outro sistema. Mas para isto devemos ter um sistema de notificação de caráter não punitivo e voltado para a prevenção. Profissionais especialistas em Ergonomia Cognitiva, atuando com os especialistas de diversas formações, podem fazer um grande trabalho, somando percepções diferentes para entender o que realmente aconteceu e implementar medidas de segurança. Engenheiros podem ajudar médicos e vice-versa. Segurança não pode ter barreiras ou bandeiras O treinamento em técnicas comportamentais (cognição) permite que pessoas fiquem mais alertas sobre o risco. Laboratórios com atores e bonecos podem reconstruir cenários e permitir treinamento em procedimentos. Filmar estes treinamento e discutir com os participantes como se comportaram é altamente efetivo. Ninguém pode alegar o que não fez. Todos aprendem. Na cadeia petrolífera (seja em terra, mar, refinaria e em dutos) é totalmente desejável este treinamento. Os grandes desastres ocorridos mostram que a maior evolução tecnológica não veio acompanhada do treinamento em Fator Humano. Falhas de comunicação, relacionamento interpessoal, consciência do que realmente está ocorrendo, tomada de decisão e gerenciamente de erro estão presentes na maioria dos relatórios destes acidentes. O CRM é uma ferramenta que poderia contribuir para a prevenção destas situações. Como médico cirurgião posso afirmar que, após 43 anos estudando medicina, sei que sei ainda muito pouco. Não estou “pronto”. Podemos trabalhar juntos. Nada perderemos. A segurança precisa ser discutida com foco na prevenção, para mitigar erros e perdas após a tomada de decisão. * Currículo do Dr. Alfredo Guarischi Formado em Medicina pela UFRJ em 1974, com Pós Graduação na Universidade de Toronto, no Canada. Cirurgião Oncológico do Hospital de Força Aérea do Galeão. No setor privado opera no H Samaritano, PróCardíaco, Casa de Saúde São Jose, H. Copa D´Or e H. São Lucas. Idealizador e Organizador do Congresso Safety sobre Erro em Medicina e Segurança do Paciente de 2008 a 2012 (www.safety2012.com.br)