GUIAOFFSHORE MAGAZINE
Mercado financeiro aposta suas fichas na área petrolífera O ascendente mercado de Private Equity, que a grosso modo significa fundos que compram participação em empresas, enfim descobriu o setor de petróleo e gás. Este é o tema central desta nova edição da revista Guiaoffshore Magazine. Esse novo método de investimento é incentivado pelo BNDES, que até criou um departamento para cuidar especificamente da cadeia supridora de P&G, como relata a repórter Regina Teixeira. A intenção do banco é dar todo o suporte financeiro e técnico para que empresas da cadeia petrolífera ganhem musculatura e possam ser tornar competitivas e atenderem as demandas de vultosos investimentos do setor, com a prospecção do pré-sal. Um bom exemplo foi o aporte de R$ 20 milhões no fundo gerido pelo Banco Modal por meio da sua holding, Bndespar. O negócio envolveu aplicação de recursos na Enesa, montadora industrial, com sede no Rio de Janeiro, que pretende aumentar sua participação no setor de petróleo e gás, que responde atualmente por 15% do faturamento da empresa. O banco Modal já está tratando de repetir a dose. John Streithorst, sócio responsável por Private Equity do Modal, informa que a instituição usará parte dos R$ 410 milhões que tem em caixa para reestruturar uma empresa do setor de tecnologia, que atenderá ao mercado de óleo e gás. A parceria societária está ainda em processo de conclusão e será revelada ao mercado no início do segundo semestre, disse o executivo. Sem mencionar o nome, ele apenas adiantou que a empresa em questão registra faturamento anual em torno de R$ 70 milhões. A nova onda de investimentos na área petrolífera ganhará ainda mais força. O aumento da participação do conteúdo nacional na produção de equipamentos da indústria petrolífera, que subiu de 57% para 75% desde 2003, fez com que a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, desse nova ênfase a este segmento. “Esse setor está sendo visto como estratégico dentro da Finep”, frisou em entrevista exclusiva a Secretária Técnica do Fundo Setorial do Petróleo e Gás Natural da Finep, Simone Paiva. A instituição de fomento dispõe este ano de um orçamento global de R$ 6 bilhões, que é R$ 1,4 bilhão maior que o valor de 2010. Como ainda não possui uma área específica para Petróleo e Gás, a Finep não tem ainda discriminado qual a participação do setor dentro do seu orçamento total. Outro foco editorial desta edição é o segmento de escritórios de advocacia, que a cada dia amplia seus quadros de colaboradores com a contratação de advogados especializados na área de petróleo e gás. Os serviços prestados são os mais diferentes possíveis. Inicia com a mera ajuda a empresas nacionais e sobretudo a estrangeiras a abrirem seus escritórios no país, entenderem o intricado e complexo sistema tributário/contábil brasileiro, resolverem situações críticas na área ambiental, e até compreenderem o novo marco regulatório do pré-sal e a “novela política” da definição sobre a distribuição dos royalties entre estados produtores e não-produtores. A matéria ficou a cargo da jornalista e bacharel em Direito Maria Augusta Carvalho, que passou mais de duas semanas ouvindo os principais escritórios de advocacia do país.
BNDES incentiva criação de fundos de P rivate Equity para Private fortalecer empresas da área de petróleo e gás 2 Modal realizará segundo investimento em fundo de private equity 5 Finep vai ampliar foco no setor de petróleo e gás 8 Barra Energia se prepara para novos saltos 12 Fundos de P Private rivate Equity sob 14 as luzes dos holofotes Escritórios de advocacia se ajustam para atender as novas demandas do mercado 16 petrolífero Mercado de proteção individual está seguro em manter crescimento 21 Principais Empresas Mercado de EPI
do 24
Tuper investirá cerca de R$ 200 milhões para atender indústria petrolífera 30 O pré-sal e a demanda por profissionais 32 Redação Redação: Marco Antonio Monteiro (Editor), Regina Teixeira, Maria Augusta Carvalho, Rafael Freitas, Augusto Silva (Repórteres), Marina Lazzarotto (Pesquisa) Arte e Diagramação Diagramação:
Lourenço Maciel
O mercado de EPI (Equipamento de Proteção Individual) também mereceu destaque especial nesta edição. Afinal, este segmento, que movimentou R$ 1,5 bilhão no ano passado, deve repetir em 2011 um crescimento em torno de 10%, mesmo percentual verificado nos últimos anos. O desempenho do setor está lastreado na previsão do aumento acelerados dos investimentos a serem feitos em nível nacional, com o pré-sal, sem contar os vultosos recursos a serem gastos em infraestrutura no país, por conta da Copa do Mundo e Olimpíadas.
Publicidade / Comercial Comercial: Luiz Eduardo Jannuzzi (luizeduardo@guiaoffshore.com.br)
Enfim, conteúdo variado não falta para o seu deleite nesta edição. Esperamos que seja de seu agrado.
A revista Gui@offshore Magazine é uma publicação da editora MCM Comunicação Ltda, proprietária do portal Gui@offshore (www.guiaoffshore.com.br).
Boa leitura! Marco Antonio Monteiro Editor
Telefone da Redação (21) 2240-5077 – Email: releases@guiaoffshore.com.br Endereço (sede própria): Rua Evaristo da Veiga, 35 sala 1512 – Centro Rio de Janeiro – CEP 20031-040
A versão digital desta revista pode ser lida no seguinte endereço eletrônico: http:// www.guiaoffshore.com.br/revista_gm2.pdf
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GUIAOFFSHORE MAGAZINE
INVESTIMENTOS
BNDES incentiva criação de fundos de Private Equity para fortalecer empresas da área de petróleo e gás Por Regina Teixeira
Objetivo é gerar maior competitividade e ampliar rede de fornecedores do setor no país
BNDESPAR, Petros, Funcef, Fundação CEEE, Fachesf, Femco, Fundação Banrisul, Sarahprev e o próprio Modal. O prazo de retorno do investimento de um fundo é calculado em até sete anos.
Os bancos e fundos de private equity (PE) vêm desempenhando papel importante no desenvolvimento do setor de petróleo e gás. A intenção é dar todo o suporte financeiro e técnico para que empresas ganhem musculatura e possam ser tornar competitivas. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), maior banco de fomento do país, também vem participando desse negócio visando ampliar e capacitar os fornecedores do setor. Para isso, criou um departamento que cuida especificamente da cadeia supridora de petróleo e gás. Marcio Spata, gerente do Departamento de Fundos de Investimentos do BNDES, diz
Marcio Spata, gerente do Departamento de Fundos de Investimentos do BNDES
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que os fundos de private equity de petróleo e gás têm a função de alavancar companhias que apresentam potencial de crescimento e competitividade, mas que só alcançarão maior grau de amadurecimento se receberem investimentos e orientação de expertises.
A experiência anterior ao FIP Modal
O objetivo dos investidores quando se junta a essas companhias é de capitalizá-las e depois transformá-las em empresas rentáveis, competitivas e de capital aberto. Os investidores têm participações minoritárias nos fundos, mas participam das reuniões e das decisões.
milhões. São investidores o BNDESPAR
A experiência mais recente do BNDES nesse segmento ocorreu em 2010. O banco fez um aporte de R$ 20 milhões no fundo gerido pelo Banco Modal por meio da sua holding, Bndespar. O negócio envolveu aplicação de recursos na Enesa, montadora industrial, com sede no Rio de Janeiro.
envolvendo o BNDES na área de petróleo e gás foi com o Fundo Brascan de Petróleo, Gás e Energia, constituído em 2002. O fundo é gerido pelo Banco Brascan e tem patrimônio comprometido de R$ 100 (R$ 20 milhões); Petros; Fundação Atlântico; Banco Brascan; Brascan Brasil; GP Investimentos; Fapes e Fibra. O BNDES
é um dos pioneiros na
modalidade de fundo de private Equity. Entre 2005 a 2008 a instituição aprovou 10 fundos (entre esses o Nordeste II, fundo da Rio Bravo; e o Empreendedor Brasil, fundo da BRZ). “Fechamos uma médias de três a quatro contratos por ano”, conta Spata. O surgimento dos fundos no setor de petróleo e gás é resultado da perspectiva,
A Enesa pretende aumentar sua participação no setor de petróleo e gás, que responde atualmente por 15% do faturamento da empresa. Mas o potencial em função da demanda da Petrobras indica que a área compreenderá a maior parte dos negócios da montadora industrial, acredita Spata. “Quando olhamos essa empresa vislumbramos o potencial que ela tinha para atender o setor”, diz.
em médio prazo, de aumento da demanda.
Participaram da consolidação do fundo os investidores do FIP Modal O&G:
Em termos financeiros as encomendas são
Hoje, o país contabiliza em torno de 1 milhão de empresas fornecedoras de equipamentos, peças e serviços. Todas de olho na participação no grande volume de encomendas que o setor demandará. Os analistas calculam que somente a exploração e produção de petróleo na camada do PréSal exigirá a construção de 97 plataformas de produção, 510 barcos de apoio e 49 navios. estimadas em US$ 150 bilhões.
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Apoio ao desenvolvimento tecnológico Para apoiar a inovação no setor, o BNDES destina 10% de seu lucro em fundos não reembolsáveis. Um desses fundos é o Funtec, fundo tecnológico. É destinado à inovação na área de pesquisa e desenvolvimento. Segundo Helena Tenório Veiga de Almeida, chefe do Departamento de Planejamento do BNDES, os recursos desse fundo são voltados às instituições tecnológicas por meio de fundações de apoio. E o projeto precisa ser desenvolvido em parceria com empresa, que tenha intuito tecnológico. A carteira do Funtec é de R$ 400 milhões. Em dezembro do ano passado, o fundo registrava R$ 576 milhões em recursos. De 2008 a 2010, o volume de projetos financiados pelo Funtec chegou a 76. São projetos oriundos de várias regiões do país, porém com maior concentração no Sudeste. Os recursos são anuais. O banco recebe os projetos o ano todo. Entretanto, a participação em determinada rodada está condicionada ao protocolo do projeto até sua
data limite. Os projetos recebidos após essa data são arquivados para uma próxima rodada prevista. As operações não têm caráter de edital ou chamada. São realizadas na forma de apoio direto, na modalidade não reembolsável e limitada a 90% do valor total do projeto. Segundo Helena Tenório, a seleção dos 76 projetos acolhidos exigiu a avaliação de um total de 210 propostas. “A escolha envolve a avaliação do projeto e uma sondagem setorial”, explica. Sobre as propostas que não foram selecionadas, ela diz que podem ser reformuladas e apresentadas novamente ao comitê de avaliação do banco. O BNDES faz parcerias com especialistas para auxiliar na escolha dos projetos e conta com uma ampla rede de experts entre os quais o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) entre outras instituições de referência. Em 2011, a atenção do Funtec
Helena Tenório Veiga de Almeida, chefe do Departamento de Planejamento do BNDES
está voltada para o setor de petróleo e gás e a toda cadeia de fornecedores. “Tem muita inovação na área de soldagem e software”, exemplifica a chefe do Departamento de Planejamento do BNDES. O Funtec não estabelece valor mínimo ou máximo para os projetos apresentados e uma mesma instituição pode apresentar mais de um projeto.
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BNDES supports the creation of funds to strengthen companies in the oil & gas industry The purpose is generating competitiveness and expanding the network of suppliers of the industry in the country By Regina Teixeira Banks and private equity (PE) funds are playing an important role in the development of the oil & gas industry. The intention is providing the whole financial and technical support to give ‘muscles’ to the companies, aiming at making them competitive. BNDES (National Bank for Economic and Social Development), the largest fostering bank in the country, has been also participating in this business with the purpose of expanding and qualifying the suppliers in the industry. By aiming at such target, it created a department specifically in charge of the oil & gas supply chain. Marcio Spata, Manager of the Department of Investment Funds at BNDES, says that the oil & gas private equity funds have the purpose of leveraging companies that present potential of growth and competitiveness, but that will only achieve higher maturing grade when receiving investments and guidance from experts. The interest of the investors on these companies is providing working capital to them and then making them profitable, competitive and publicly-traded companies. Investors have minor quota holding in the funds, but attend meetings and participate in the decision-making process. The most recent experience of BNDES in this segment occurred in 2010. The bank invested R$ 20 million in the fund managed by Banco Modal by its holding company, Bndespar. The business involved application of funds in Enesa, an industrial assembling company, headquartered in Rio de Janeiro. Enesa intends to increase its market share in the oil & gas industry, which currently accounts for 15% of the company sales. But the potential in function of the demands from Petrobras indicates that the area should encompass most of the businesses of the industrial assembling company, Spata believes. “When looking to this company, we foresee the potential that it has to service to industry,” he states. The following FIP Modal O&G investors participated in the consolidation of the fund: BNDESPAR, Petros, Funcef, Fundação CEEE, Fachesf, Femco, Fundação Banrisul, Sarahprev and Banco Modal. The return of the investment in a fund is estimated within seven years. The previous experience before FIP Modal and involving BNDES in the oil & gas industry was Fundo Brascan de Petróleo, Gás e Energia, constituted in 2002. This fund is managed by Banco Brascan and has compromised equity of R$ 100 million. The investors are BNDESPAR (R$ 20 million); Petros; Fundação Atlântico; Banco Brascan; Brascan Brasil; GP Investimentos; Fapes e Fibra. The fund is now in the divestment process.
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BNDES is one of the pioneer entities in the private Equity fund mode. From 2005 to 2008, the institution approved 10 funds (including Nordeste II, fund of Rio Bravo; and Empreendedor Brasil, fund of BRZ, among others). “We sign in average three or four agreements by year,” Spata comments. The raise of funds in the oil & gas industry results from the perspective, in the medium term, of demand increase. Today, the country has around 1 million companies that supply pieces of equipment, parts and services. All of them are looking for participating in the huge volume of orders to be demanded by the industry. Analysts estimate that only the oil exploration and production in the Pre-Salt layer should demand the construction of 97 production rigs, 510 supporting vessels and 49 ships. In financial terms, the orders are estimated in US$ 150 billion.
Support to technological development BNDES invests 10% of its profits in non-reimbursable funds to support innovations in the industry. One of these funds is Funtec, the technology fund. It is aimed at innovation in the research and development area. According to Helena Tenório Veiga de Almeida, Head of the Planning Department at BNDES, the resources of this fund are aimed at technological institutions via supporting foundations. And the project must be developed in partnership with the company that must have technological vocation. Funtec portfolio amounts to R$ 400 million. In December last year, the fund reported R$ 576 million in financial resources. From 2008 to 2010, Funtec financed 76 projects. These are projects proceeding from many regions of the country, but with higher concentration in the Southeast region. Funding is made in an annual basis. The bank receives the projects throughout the year. However, the participation in a given round is subject to the project protocol until its limit date. The projects received after this date are archived for a next expected round. The operations do not have notice to bid or summons. They are carried out as direct support, in a non-reimbursable mode, limited to 90% of the total project value. According to Helena Tenório, the choice of the 76 projects already supported required the evaluation of 210 proposals. “The choice involves the evaluation of the project and a survey in the sector,” she explains. In regard to the proposals not selected, she says they may be reformulated and presented again to the evaluation committee of the bank. BNDES holds partnerships with expert advisors to assist the choice of projects, and counts on a wide network of expert entities, including CNPQ (National Council for Scientific and Technological Development), Capes (Coordination for Academic Personnel Enhancement), among other reference institutions. In 2011, Funtec attention is focused on the oil & gas industry and its whole supply chain. “There are a lot of innovations in the welding and software areas,” exemplifies the head of the planning department at BNDES. Funtec does not establish any minimum or maximum value for the projects presented and the same institution may present more than one project.
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INVESTIMENTOS
Modal realizará segundo investimento em fundo de private equity Por Regina Teixeira
O Banco Modal segue com sua política de expansão da carteira de Private Equity, modalidade de fundo adotada no ano passado pelo banco e que tem como foco investir em empresas que apresentam potencial de crescimento, como fornecedores para o mercado de óleo e gás. A indústria de petróleo e gás prevê nos próximos três anos investimentos superiores a US$ 260 bilhões. Só a Petrobras deverá aplicar mais de US$ 220 bilhões no setor. É este o cenário que vem abrindo caminho para várias formas de investimento, inclusive de fundos, visando o aprimoramento da cadeia de fornecedores de óleo e gás. John Streithorst, sócio responsável por Private Equity do Modal, informa que a instituição usará parte dos R$ 410 milhões
Banco fez a primeira aplicação na Enesa Participações, no valor de R$ 90 milhões que tem em caixa para reestruturar uma empresa do setor de tecnologia que atenderá ao mercado de óleo e gás. A parceria societária está ainda em processo de conclusão e será revelada ao mercado no início do segundo semestre, disse o executivo. Ele informou que a empresa em questão registra faturamento anual em torno de R$ 70 milhões.
Ele não revelou o montante do investimento por parte do Modal e o nome da empresa. Mas o limite máximo em cada aporte do fundo do Banco não pode ultrapassar R$ 100 milhões. Denominado de Óleo e Gás FIP, o fundo foi lançado em maio de 2010 com uma carteira de R$ 500 milhões e investimentos previstos até 2013. Esse tipo de fundo tem como objetivo dar estofo de capital para a companhia escolhida aumentar a sua competitividade e prepará-la a participar do mercado de capitais. Uma vez alcançada a capacitação almejada pelos acionistas, essas empresas são negociadas por um preço superior ao investido. Normalmente isso não costuma acontecer antes de cinco anos a seis anos após os ajustes. O novo negócio de PE do Modal ocorre exatamente um ano após a entrada do banco no capital acionário como sócio minoritário da Enesa Participações, empresa de construção e montagem, que recebeu da instituição aporte de R$ 90 milhões, aplicados no aumento do capital, aquisição de equipamentos e outras melhorias. Segundo Streithorst, em um ano a empresa apresentou crescimento de 114%. “Participamos de reuniões mensais para discutir estratégia de mercado”, conta o executivo. Após a reestruturação, a Enesa voltou a disputar licitações de obras de vulto. Passou a ser convidada a participar de licitações de obras de clientes como Vale e Petrobras. Até o ano 2000, a empresa era fornecedora da Petrobras. Depois disso, a companhia focou sua atuação no setor privado. No mercado há 34 anos, entre os projetos mais recentes e de abrangência estão dois contratos com a Vale no valor de R$ 300 milhões, firmados em 2010.
John Streithorst, sócio responsável por Private Equity do Banco Modal
A receita líquida consolidada saltou de R$ 197,5 milhões em 2005 para R$ 672,6
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milhões no ano passado. O crescimento expressivo teve por base a prestação de serviços sobretudo a empresas privadas de primeira linha, atuantes em diversos setores da economia, tais como Vale, Usiminas, Alumar, EBX, Alcoa, Rio Tinto Alcan, Siemens e Suez. A nova estrutura de capital da Enesa reúne como acionistas o fundo FIP Brasil de Governança Corporativa (gerido pela BR Educacional, do economista Paulo Guedes); o fundo Óleo e Gás (gerido pela Modal Administradora de Recursos) e o Banco Santander (Brasil) S.A. E dentre os cotistas dos dois fundos acima tem como investidores institucionais o BNDES, Funcef, Previ, Petros e Valia. Fase inicial Ainda pouco conhecido no País, o Private Equity é um tipo de atividade financeira realizada por instituições que investem em
empresas que não são listadas em bolsa de valores, com o intuito de alavancar o seu desenvolvimento e aumentar o seu capital. Normalmente são transações feitas em empresas emergentes que apresentam potencial de crescimento. Os ganhos que se pode colher de um fundo de PE requerem longo prazo. O mercado fixa um período de maturação que vai de cinco a oito anos. Esse é o prazo presumido para os investidores obterem retorno financeiro. Streithorst ressalta que a meta do FIP é financiar empresas da cadeia de fornecedores da indústria de óleo e gás, de capital nacional. Perspectivas de ganhos Com as excelentes perspectivas de ganhos para toda a cadeia de fornecedores de óleo e gás no Brasil, há um nível de exigência igualmente alto nesse mercado por parte dos investidores. No caso do Modal, a escolha da primeira empresa da carteira de
Modal to perform second investment in private equity fund
Na opinião dele, é crucial que o mercado tenha uma carteira de fornecedores que possa atender a demanda daqui para frente, pois dos existentes só permanecerão os que tiverem condições técnicas para atender o que o setor exigirá. De um universo calculado em 5.500 fornecedores, em torno de 60% apresentam receita anual de R$ 25 milhões. Desse total, em torno de 1.500 atendem a Petrobras. “A tendência é de a Petrobras passar a ser ainda mais exigente. Por isso, somente as empresas mais preparadas deverão permanecer no mercado”, conclui Streithorst.
of the second semester, said the executive. He informed that the company in question records a yearly income
The bank has made the first investment in Enesa
around R$ 70 millions.
Participações, in the amount of R$ 90 millions
He did not reveal the amount of the investment by Modal
By Regina Teixeira
and the name of the company. But the maximum limit in
Banco Modal continues with its policy to expand its Private Equity portfolio, a fund modality adopted last year
each contribution of the Bank’s fund may not exceed R$ 100 millions.
by the bank and which focus is to invest in companies that
Called Oil and Gas FIP, the fund was launched in March
have growth potential as suppliers for the oil and gas mar-
2010 with a portfolio of R$ 500 millions and invest-
ket. The oil and gas industry foresees, for the next three
ments foreseen until 2013. This kind of fund aims at
years, investments over US$ 260 billions. Petrobras only
providing capital support to the company chosen in or-
will invest more than US$ 200 billions in the industry.
der to increase its competitivity and prepare it to par-
This is the scenario that is opening the way for several
ticipate of the capitals market. Once the capacity aimed
investment modalities, including funds, aiming at improv-
by the shareholders is reached, these companies are traded
ing the oil and gas suppliers’ chain.
by a higher price than the value invested. Usually this
John Streithorst, partner responsible for Private Equity at
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PE exigiu um crivo que envolveu a avaliação de 700 companhias, das quais foram visitadas 114 e escolhida uma e podendo ter uma segunda agora. As empresas que não apresentaram todos os requisitos no primeiro momento poderão fazer ajustes e ser objeto ainda de uma terceira rodada de avaliação, explicou o executivo do Banco.
does not take place before five to six years after the
Modal, informs that the institution will use part of the R$
adjustments.
410 millions it has in its cash to restructure a company of
The new PE business of Modal takes place exactly one
the technology sector which will serve the oil and gas mar-
year after the bank’s entrance in the share capital as mi-
ket. The shareholding partnership is still in the conclusion
nority partner of Enesa Participações, a construction and
process and will be revealed to the market in the beginning
assembly company which received from the institution a
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contribution of R$ 90 millions, invested in the capital
gas industry suppliers’ chain, of national capital.
increase, equipment acquisition and other improvements.
With the excellent gain perspectives for the whole oil and
According to Streithorst, in one year the company pre-
gas suppliers chain in Brazil, there is an equally high re-
sented a growth of 114%. “We participate of monthly
quirement level in this market by the investors. In the case
meetings to discuss the market strategy”, says the execu-
of Modal the choice of the first company of PE portfolio
tive.
required a selection that involved the evaluation of 700 com-
After the restructuring, Enesa went back to competing in
panies, of which 114 were visited and one chosen, with the
bids for large works. It started to be invited to participate
possibility of a second one now. The companies which did
in bids for works of clients such as Vale and Petrobras.
not present all the requirements in the first moment can
Until 2000, the company was a Petrobras supplier. After
make adjustments and be the object of a third round of
that, the company focused its actuation in the private sec-
evaluation, explained the Bank’s executive.
tor. In the market for 34 years, among its most recent projects are two agreements with Vale in the amount of R$ 300 millions, celebrated in 2010.
In his opinion, it is essential that the market has a suppliers portfolio that can meet the demand from now on, because of those currently existing, only the ones that have techni-
The consolidated net income went from R$ 197.5 millions
cal conditions to serve the sector will remain. From a uni-
in 2005 to R$ 672.6 millions last year. The expressive
verse calculated in 5,500 suppliers, around 60% present a
growth was based on the provisioning of services mostly to first line private companies, acting in different sectors of the economy, such as Vale, Usiminas, Alumar, EBX, Alcoa, Rio Tinto Alcan, Siemens and Suez.
yearly income of R$ 25 millions. Out of this total, around 1,500 serve Petrobras. “The trend is that Petrobras starts to be more demanding. Only the most prepared companies will remain in the market”, concludes Streithorst.
The new Enesa capital structure gathers shareholders such as the FIP Brasil Fund for Corporate Governance (managed by BR Educacional, belonging to the economist Paulo Guedes); the Oil and Gas Fund (managed by Modal Administradora de Recursos) and Banco Santander (Brasil) S.A. And among the quota holders of the two funds above, the institutional investors are BNDES, Funcef, Previ, Petros and Valia. Gain Perspectives Still little known in the country, the Private Equity is a kind of financial activity performed by institutions that invest in companies that are not listed in the stock exchange, with the purpose of leveraging their development and increasing the capital. Usually these are transactions carried out in emergent companies which present growth potential. The gains that can be accomplished with a PE fund require long term. The market sets a maturity period which ranges from five to eight years. This timeframe is assumed for the investors to obtain financial return. Streithorst stresses that the FIP goal is to finance companies from the oil and
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FINANCIAMENTOS
Finep vai ampliar foco no setor de petróleo e gás
Os recursos do CT-Petro são aplicados em universidades e centros de pesquisa. O fundo não tem fins lucrativos. Todas as avaliações deste fundo são realizadas por um comitê gestor que discute as relações de relevância do setor tendo como norte a enorme demanda que o pré-sal exigirá em
Por Regina Teixeira
todos os níveis da indústria nos próximos anos. Simone Paiva ressalta que uma das
Parte dos recursos da financiadora, vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, é direcionada às universidades e centros de pesquisa do País
prioridades nas reuniões do comitê é avançar sobre o tema qualificação e formação de recursos humanos e como aumentar o nível desses trabalhadores no setor de petróleo e gás. “O CT-Petro concede
Com a valorização do uso do conteúdo nacional no setor de petróleo e gás natural, talvez o maior desafio seja reduzir a enorme dependência que o país ainda tem no mercado externo para aquisição de equipamentos, peças e contratação de expertises. Para a cadeia de fornecedores, que atenderá a demanda do mercado interno, é importante mais investimento em
como estratégico dentro da Finep”, ressalta.
recursos às
universidades com intuito de estimular o desenvolvimento de projetos que irão
A instituição de fomento dispõe este ano
interessar as empresas”, assinala a Secretária
de um orçamento global de R$ 6 bilhões,
do Fundo Setorial.
que é R$ 1,4 bilhão maior que o valor de 2010. Como ainda não possui uma área específica para Petróleo e Gás, a Finep não
P&G teve as primeiras chamadas públicas
tem ainda discriminado qual a participação
Para atender especificamente ao setor de
do setor dentro do seu orçamento total.
petróleo e gás, a Finep realizou no segundo semestre de 2010 duas chamadas públicas
pesquisa e desenvolvimento, além de linhas
Das linhas de financiamentos não
de financiamento para empresas que atuam
reembolsáveis, a Secretária Técnica do
na área de Petróleo e Gás (P&G). Segundo
Fundo Setorial do Petróleo e Gás diz que
dados do Ministério do Desenvolvimento,
um dos projetos de abrangência é o CT-
Indústria e Comércio Exterior, a
Petro. Criado em 1999, o fundo tem como
participação do conteúdo nacional
desafio alavancar a inovação na cadeia
aumentou de 57% para 75% desde 2003.
produtiva do setor de petróleo e gás natu-
A primeira chamada pública destinará R$
A Financiadora de Estudos e Projetos
ral, promover a formação e qualificação de
25 milhões em recursos não reembolsáveis
(Finep), do Ministério da Ciência e
recursos humanos e o desenvolvimento de
a projetos de pesquisa, inovação e
Tecnologia, um dos mais atuantes canais
projetos em parceria entre empresas e
desenvolvimento ligados ao setor do
de financiamento para universidades,
universidades, instituições de ensino supe-
petróleo e gás natural. São 21 instituições
centros de pesquisa e empresas, prevê dar
rior ou centros de pesquisa do país. Os
selecionadas em duas diferentes linhas de
mais ênfase ao setor de petróleo e gás. Quem
recursos são viabilizados tendo como fonte
ação. A primeira conta com R$ 15 milhões.
confirma é a Secretária Técnica do Fundo
de financiamento 25% da parcela do valor
É voltada a projetos inovadores de pesquisa
Setorial do Petróleo e Gás Natural da Finep,
dos royalties que exceder a 5% da produção
nas redes CT-Petro já existentes,
Simone Paiva. “Esse setor está sendo visto
de petróleo e gás natural.
localizados nas regiões Norte e Nordeste.
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voltadas para a área do pré-sal. A primeira já cumpriu todo o ritual de seleção das empresas e a outra está em vias de ser anunciado pela instituição, explica Simone Paiva.
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Dentre os temas, estão Recuperação de
de R$ 100 milhões e tem como foco o
deve ocorrer agora no segundo semestre.
Área Contaminada e Risco Exploratório.
desenvolvimento de projetos a partir de um
A perspectiva com o resultado dessa seleção
Projetos voltados para a expansão das redes
sistema de cooperação entre empresas da
criteriosa é atender toda a cadeia produtiva
para instituições de outras regiões também
cadeia do setor de Petróleo e Gás e
do setor de P&G, mas priorizando seis
serão contemplados. São 12 instituições
instituições de pesquisa científica e
segmentos: Válvulas, Conexões/Flanges,
selecionadas nesta linha.
tecnológica. Segundo Simone Paiva, a meta
Umbilicais Submarinos, Caldeiraria,
é reunir soluções para enfrentar os desafios
Construção Naval e Instrumentação/
tecnológicos gerados ou ampliados a partir
Automação.
A segunda linha, que dispõe de R$ 10 milhões e tem nove instituições contempladas, visa apoiar a criação de novas
redes
CT-Petro,
dotadas
das descobertas de reservas na camada do Outro mecanismo de financiamento não
pré-sal.
reembolsável é o Programa Subvenção
de Ela conta que na primeira fase participaram
Econômica, criado em 2006 e que pode ser
302 empresas. Todas encaminharam
aplicado diretamente nas empresas. Em
propostas
outras
setembro, a Finep vai anunciar o resultado
particularidades até que ponto a sua
final dos projetos que serão escolhidos este
contribuição poderia representar no
ano para receber a ajuda econômica. No
aumento do conteúdo nacional. Dessas, 254
total, foram entregues 993 propostas no
empresas foram pré-avaliadas e 158 estão
edital de 2010, totalizando uma demanda
Com um orçamento mais amplo, a outra
selecionadas para concorrer a segunda e
de R$ 1,92 bilhão. O edital prevê orçamento
chamada pública contempla investimentos
última etapa. O anúncio desse resultado
de R$ 500 milhões.
infraestrutura desenvolvida e aprimorada em solo brasileiro – desde dispositivos eletrônicos
até
revestimentos
de
superfícies. Serão apoiados projetos de interesse de empresas nacionais que já fornecem bens e serviços para o setor.
contendo
entre
9
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
Inova Brasil
investimentos estratégicos em inovação de
financiadora. As taxas de juros variam de 4%
No âmbito das linhas de financiamento reembolsável, a Finep tem o Inova Brasil para atender empresas médias, médiasgrandes e grandes. É um programa de crédito que visa dar apoio aos planos de
empresas brasileiras. Simone Paiva explica
a 8% ao ano.O acesso à linha de crédito exige
que é uma linha de crédito que pode ser
que o projeto custe no mínimo R$ 1 milhão
acionada o ano todo. Para ter acesso aos
e tenha valor máximo de R$ 100 milhões . A
recursos, as empresas interessadas devem
Finep custeia 90% do projeto e o restante
fazer solicitação de financiamento junto à
fica a cargo da empresa interessada.
Finep to give more emphasis to the oil and gas sector Part of the resources of the financer, associated to the Science and Technology Ministry, is directed to the universities and research centers of the country By Regina Teixeira With the valuation of the use of national content in the oil and natural gas sector, maybe the greatest challenge is to reduce the huge dependence that the country still has on external market for acquisition of equipment, parts and hiring of experts. For the suppliers’ chain that will serve the demand in the internal market, it is important to have more investment in research and development, in addition to credit lines for companies that act in the Oil and Gas (O&G) area. According to data from the Development, Industry and Foreign Business Ministry, the participation of national content increased from 57% to 75% since 2003. The Studies and Projects Financer (Finep), from the Science and Technology Ministry, one of the most active financing channels for universities, research centers and companies, foresees more emphasis to the oil and gas sector. This is confirmed by the Technical Secretary of the Finep Oil and Natural Gas Sector Fund, Simone Paiva. “This sector is being seen as strategic within Finep”, she stresses. The fomentation institution has this year a global investment of R$ 6 billions, which is R$ 1.4 billion higher than the 2010 amount. As it still does not have a specific area for Oil and Gas, Finep still did not determine which will be the sector’s participation within its total budget. Out of the non-reimbursable financing lines, the Technical Secretariat of the Finep Oil and Natural Gas Sector Fund says that one of the scope projects is the CT-Petro. Created in 1999, the fund has the challenge of leveraging the innovation in the production chain of the oil and natural gas sector, promote the education and qualification of human resources and the development of projects in partnership between companies and universities, higher education institutions or research center in the country. The resources are allowed having as financing source 25% of the royalties installment which exceeds 5% of the oil and natural gas production. The resources of the CT-Petro are applied in universities and research centers. The fund is non-profit. All the evaluations of this fund are performed by a managing committee which discusses the relevant relations of the sector as guide to the large demand that the pre-salt will require in all levels of the industry over the following years. Simone Paiva highlights that one of the priorities of the committee meetings is to discuss the education and qualification of human resources and how to increase the level of these workers in the oil and gas sector. “CT-Petro grants resources to universities with the purpose of stimulating the development of projects that will interest the companies”, says the Sector Fund Secretary. O&G had the first public calls To serve specifically the oil and gas sector, Finep performed in the second semester of 2010, two public calls aimed at the pre-salt area. The first has already fulfilled the whole companies selection ritual and the other is about to be announced by the institution, explains the Technical Secretariat of the Finep Oil and Natural Gas Sector Fund, Simone Paiva. The first public call will designate R$ 25 millions in non-reimbursable resources to research, innovation and development projects associated to the oil
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and natural gas sector. There are 21 institutions selected in two different lines of action. The first counts with R$ 15 millions. It is aimed at innovative research projects in the CT-Petro chains already existing, located at the North and Northeast Regions. Among the themes are Recovery of Contaminated area and Exploratory Risk. Projects aimed at the expansion of the chains for institutions from other regions will also be contemplated. There are 12 institutions selected in this area. The second line, which has R$ 10 millions and nine institutions contemplated, aims at supporting the creation of new CT-Petro chains, provided with infrastructure developed and improved in Brazilian ground – since electronic devices until surface coatings. Projects will be supported which have interest by national companies which already provide goods and services for the sector. With a wider budget, the other public call contemplates investments of R$ 100 millions and focuses in the development of projects from a cooperation system between companies of the Oil and Gas sector chain and scientific and technological research institutions. According to Simone Paiva, the goal is to gather solutions to face the technological challenges generated or enlarged from the discovery of the pre-salt layer reserves. She says that 302 companies participated of the first phase. They all submitted proposals containing among other particularities how their contribution could represent an increase in the national content. Out of these, 254 companies were pre-evaluated and 158 are selected to compete towards the second and last stage. The announcement of this result will take place in the second semester. The perspective with the result of this strict selection is to meet the whole production chain of the O&G sector, but prioritizing six segments: Valves, Connections/Flanges, Umbilical Submarines, Boiler Rooms, Naval Construction and Instrumentation/Automation.
Another non-reimbursable financing mechanism is the Economic Subvention Program, created in 2006 and which can be applied directly to the companies. In September, Finep will announce the final result of the projects which will be chosen this year to receive economical support. A total of 993 proposals were delivered in the 2010 call for bid, totaling a R$ 1.92 billion demand. The call for bid foresees a budget of R$ 500 millions. Inova Brasil Within the reimbursable financing lines, Finep has Inova Brasil to serve medium, medium-large and large companies. It is a credit program that aims at providing support to the strategic investment plans in the Brazilian companies innovation. Simone Paiva explains that this is a credit line that may be used the whole year. To have access to the resources, the interested companies must make a financing request to the financing institution. The interest rates range from 4% to 8% a year. The access to the credit line requires that the projects costs at least R$ 1 million and has a maximum value of 100 millions. Finep funds 90% of the project and the remaining 10% are borne by the interested company.
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Fundos de Private Equity sob as luzes dos holofotes
fortemente
alavancadas.
Com
a
desaceleração da economia, a prioridade dos investidores passou a ser o desempenho operacional das empresas neste novo contexto. No Brasil, dada a
A cada dia ganha mais evidência no Brasil
pública inicial) e follow-ons nos últimos
o mercado de Private Equity, que seria
cinco anos -, novos modelos de
algo como fundos que compram
financiamento e de alternativas de
participação em empresas. Só no primeiro
desinvestimento para os fundos de pri-
semestre deste ano, os investimentos
vate
destes fundos representaram mais de 40%
impulsionadores de negócios.
setores.
das transações de fusões e aquisições.
equity
são
alguns
dos
característica dos investimentos sem alavancagem financeira, o foco sempre esteve no aspecto operacional, apoiandose também fortemente no crescimento e nas oportunidades de consolidação de
Mas não é somente em economias em
O contexto atual demonstra que as
Em 2010, foram realizadas 80 transações
expansão que os fundos de private equity
empresas que receberam investimentos
neste mercado por cerca de 50 gestoras
têm assumido uma posição de relevância.
profissionalizaram-se
diferentes. O valor total investido foi de
Em países desenvolvidos, eles têm
desempenho superior ao esperado. Além
US$ 6 bilhões. Em artigo recente de
desempenhado um papel importante na
disto, têm hoje estratégia muito clara da
Leonardo Ribeiro, sócio da Ocroma Al-
recuperação dos desdobramentos da crise
necessidade de crescimento e de
ternative Investments, no jornal Valor
financeira global, iniciada em 2008.
perpetuidade de suas operações.
Embora existam significativas diferenças
A expansão dos negócios é o principal
sociais, econômicas e de perspectivas de
objetivo dos investidores e das empresas
mercado, a atuação destacada dos
investidas (portfolio companies), que
investidores de private equity é uma
voltam a considerar aquisições e
característica comum. Os resultados de
consolidações. O período de permanência
A expectativa, nos próximos anos, é de
uma pesquisa sobre investimentos de pri-
nos investimentos (holding periods) está
que estes fundos serão mais capitalizados,
vate equity publicada recentemente na
maior.
ganhando força para injetar perto de US$
imprensa pela empresa PWC-BRASIL
15 bilhões na economia nacional.
evidenciam a importância desses fundos
Econômico, afirma que é a primeira vez desde 2004 que o volume investido em Private Equity supera o valor levantado nas bolsas de valores por ofertas públicas iniciais (IPO em inglês).
O curioso é que os investidores desse
nas duas realidades.
e
tiveram
A capacidade de atrair e reter talentos é outro importante diferencial numa época em que há uma generalizada escassez de
tipo de fundo aportam mais do que
Veja alguns exemplos. Antes da crise
pessoal qualificado em todos os setores
dinheiro. Eles também trazem para as
internacional de 2008/2009, a indústria de
(e economias), assim como absorver a ex-
empresasa conhecimento de negócios,
private equity, nos países desenvolvidos,
pertise financeira do investidor que chega
práticas mais saudáveis de governança,
era caracterizada por transações
com os recursos de private equity.
profissionalização e a cultura de planejamento de médio e longo prazos. No Brasil, o mercado de private equity tem sido estimulado por uma combinação de fatores. A sofisticação e a liquidez do nosso mercado de capitais - que registrou 181 IPOs (sigla em inglês para oferta
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NEGÓCIOS
Barra Energia se prepara para novos saltos Por Rafael Freitas
divulgou estimativas sobre o volume de óleo existente, mas informou que análises preliminares indicam que a densidade do petróleo está entre 25 e 28
ºAPI,
comparável
a
outras
descobertas do pré-sal da Bacia de Santos.
Novata da indústria brasileira de petróleo tem US$ 1 bilhão em caixa para ampliar investimentos no pré-sal
“Estamos entrando em uma das áreas de maior atratividade mundial da indústria de petróleo, onde certamente muitas companhias maiores que a Barra Energia gostariam de esta. Mas
Formada em maio de 2010 por ex-
A portuguesa Galp completa a
continuamos
executivos de gigantes como Petrobras
composição, mantendo sua fatia de 14%.
possibilidades de negócios, que
Recentemente, a Petrobras confirmou
esperamos
a
nos
próximo”, afirma Cesar Cainelli, vice-
reservatórios do bloco BM-S-8, em
presidente de Exploração e Produção
poço localizado a cerca de 250
da Barra Energia, empresa sediada no
quilômetros da costa do estado de São
Rio de Janeiro e que tem como diretor
Paulo, em águas onde a profundidade
Presidente João Carlos de Luca, também
é de 2.139 metros. A estatal não
presidente do IBP desde 2001.
e Repsol YPF, com o propósito de investir nas oportunidades que a atividade de exploração e produção de petróleo oferece no País, a Barra Energia esperou pacientemente por pouco mais de um ano até dar o passo estratégico na aquisição de seu primeiro ativo. Sua
existência
de
petróleo
analisando anunciar
em
movimentação inicial no tabuleiro foi logo na cobiçada região do pré-sal. Com US$ 1 bilhão na carteira para investimentos, cacife levantado junto aos fundos First Reserve Corporation e Riverstone Holdings, LLC (US$ 500 milhões cada), a Barra Energia apresentou
suas
credenciais
ao
mercado ao injetar, em julho, US$ 175 milhões para adquirir da Shell Brasil participação de 10% no bloco BM-S-8, da Bacia de Santos, na área conhecida como Bem-te-vi. No mesmo movimento, a Queiroz Galvão Exploração e Produção (QGEP) adquiriu os outros 10% da Shell no bloco, investindo também US$ 175 milhões. O bloco é operado pela Petrobras, dona de 66%.
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Cesar Cainelli, vice-presidente de Exploração e Produção da Barra Energia
outras futuro
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Além do bônus de aquisição da
ativos que sempre iremos
participação no BM-S-8, a
analisar com muito cuidado e
Barra Energia prevê investir
critério. Mas a Barra Energia
pelo menos outros US$ 40
também tem aspiração de
milhões na exploração do bloco
participar da décima primeira
da Bacia de Santos. “Caso
rodada do leilão da ANP”.
tenhamos
sucesso
na
Em função do perfil de longo
exploração inicial do bloco, os investimentos
futuros
prazo para maturação da
no
atividade
desenvolvimento da produção
de
extração
e
produção petrolífera, a Barra
ultrapassarão em muito esse
Energia não tem perspectiva
valor”, estima o executivo.
de
faturamento
para
os
Sobre o potencial do bloco, Cainelli
Mas, dependendo das perspectivas
próximos anos. “Os potenciais ativos
ressalta que a decisão de entrar no pré-
dos projetos, não descarta outras
da Barra Energia têm longa maturação
sal da Bacia de Santos foi baseada em
fontes, incluindo o BNDES. “No
e o primeiro óleo ocorre normalmente
uma série de estudos e na experiência
momento não temos necessidade de
de seis a oito anos após a descoberta
do quadro técnico da empresa.
novos aportes, mas certamente o
de óleo ou gás”, explica. Mas a
“Julgamos que o bloco apresenta um
BNDES,
tradicional
empresa revela otimismo em função do
potencial muito grande, evidentemente
financiador da indústria do petróleo,
primeiro ativo adquirido e das
com os riscos inerentes à atividade de
não deve ser descartado”.
perspectivas
exploração. Esse potencial precisa ser
Apesar
em
negócios. Para o futuro, vislumbra até
confirmado
poços
desenvolver e produzir hidrocarbonetos
a possibilidade de abertura de capital.
exploratórios”, comenta, ao lembrar que
em províncias petrolíferas comprovadas
“No planejamento de longo prazo da
um dos poços exploratórios já está em
nas três mais importantes bacias
companhia, é uma hipótese a ser
perfuração, no prospecto conhecido
marítimas brasileiras – Campos, Santos
considerada”.
como Biguá. “Certamente contar com
e Espírito Santo –, a Barra Energia não
um operador do quilate da Petrobras
descarta a possibilidade de entrada em
O quadro da Barra Energia é composto
muito nos ajuda e nos dá tranquilidade
projetos de exploração com outros
atualmente por 20 profissionais, com
de que se aplicarão as melhores
perfis. “Essas são as bacias focos, o
perspectivas de expansão à medida em
práticas,
que não impede que um ou outro
que a quantidade de ativos em carteira
segurança”.
negócio seja feito fora dessas áreas”,
também crescer. Além de João Carlos
Como parte de sua estratégia de
comenta, confirmando também que a
de Luca, ex-presidente da Repsol YPF
empresa analisa a entrada em novos
no Brasil por 11 anos, a Barra Energia
projetos do pré-sal.
tem entre os principais membros os ex-
financeiros dos fundos First Reserve
Sobre o modelo de entrada em novos
Petrobras Renato Bertani (diretor
e Riverstone Holdings para se
projetos, a empresa cogita diferentes
executivo), que também foi presidente
posicionar como uma bem capitalizada
possibilidades. Além do farm-in, que
executivo da Thompson & Knight
companhia brasileira de petróleo. Até
possibilitou a estreia no pré-sal da
Global Energy Services, LLC; Antônio
o momento, foram investidos cerca de
Bacia de Santos, a Barra Energia avalia
Cláudio Pereira da Silva (chief financial
US$ 200 milhões, incluindo os US$ 175
também possibilidades de aquisições,
officer), e O vice-presidente de
milhões pela aquisição do bloco BM-
parcerias estratégicas e as rodadas de
Desenvolvimento de Negócios, Brian
S-8. Em função do fôlego em carteira
licitações promovidas pela ANP. “A
Byrne, atuou como Diretor da
para investimentos, a empresa não
compra
Citigroup Global Energy na área de
cogita novos aportes no momento.
modalidade de ingresso em novos
através
sempre
dos
pautadas
pela
negócio, a empresa pretende aproveitar o compromisso de aporte de recursos
como
do
de
foco
um
prioritário
participação
é
uma
quanto
a
novos
Investment Banking.
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Barra Energia has got US$ 1 billion to invest in the O&G market By Rafael Freitas Created in May 2010 by former executives from giants like Petrobras and Repsol YPF, for the purpose of investing in opportunities that exploration activity and oil production in the country offers, Barra Energia waited patiently for a little over a year to give strategic step in the acquisition of its first asset. Its first movement in the game was toward the coveted pre-salt region.
As part of its business strategy, the company plans to leverage the commitment of financial input of the First Reserve Funds and Riverstone Holdings to position itself as a well-capitalized Brazilian oil company. So far, invested about US$ 200 million, including US$ 175 million for the acquisition of the block BM-S8. Depending on the wind in its portfolio investment, the company is considering new investments at this time. But, depending on the perspectives of the projects, does not rule out other sources, including BNDES. "At the moment we have no need for new investments, but certainly the BNDES, as a traditional lender of the oil industry, should not be ruled out."
With US$ 1 billion in portfolio investment, funds raised from clout First Reserve Corporation and Riverstone Holdings, LLC (US$ 500 million each), Barra Energia presented his credentials to inject the market in July, US$ 175 million to Shell Brazil acquire 10% interest in block BM-S-8, in the Santos Basin, the area known as Bem-te-vi. In the same movement, Queiroz Galvao Exploration and Production (QGEP) owns the other 10% of Shell's block, also investing US$ 175 million. The block is operated by Petrobras, which owns 66%. Portugal's Galp completes the composition, while maintaining its share of 14%.
Although the primary focus in developing and producing oil in
Recently, Petrobras has confirmed the existence of oil reservoirs in Block BM-S-8, well located about 250 miles off the coast of São Paulo, where the water depth is 2,139 meters. Petrobras has not released estimates of the volume of oil in place, but reported that preliminary analysis indicates that the density of oil is between 25 and 28 º API, comparable to other findings of the pre-salt Santos Basin.
considering different possibilities. In addition to farm-in, which
"We are entering one of the most attractive areas of the world oil industry, where indeed many larger companies would like to be as Barra Energia," said Cesar Cainelli, vice-presidente of E&P. "We continue looking at other business opportunities, to be announced in the near future."
the ANP. "
Besides the acquisition of the bonus in the BM-S-8, Barra Energia plans to invest at least another US$ 40 million in exploration block in the Santos Basin. "If we succeed in the initial exploration of the block, future investments in the development of production will far excee this value," estimated the executive, who is also president of the Brazilian Institute of Oil, Gas and Biofuels (IBP) since 2001.
after the discovery of oil or gas," he explains. But the company
The executive points out that the decision to enter the pre-salt Santos Basin was based on a series of studies and experience of the technical staff of the company. "We believe that the block presents a great potential, evidently with the risks inherent in exploration activity. This potential needs to be confirmed by the exploratory wells, "he says, recalling that one of the exploratory wells is already drilling in the prospectus known as Biguá. "Certainly having an operator Petrobras carat helps us a lot and gives us peace of mind that will apply best practice, always guided by security."
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proven oil provinces in the three most important Brazilian offshore basins - Campos, Santos and Espirito Santo - Barra Energia does not rule out the possibility of entry into exploration projects with other profiles. "These basins are the focus, which does not prevent one or other business is done outside these areas," he says, confirming that the company looks to enter new pre-salt projects. On the entry level model in new projects, the company is enabled the opening of the pre-salt Santos Basin, Barra Energia also evaluates potential acquisitions, strategic partnerships and bidding rounds promoted by ANP. "The purchase of participation is a form for entering new assets that we will always examine with great care and discretion. But Barra Energia also has aspirations to participate in the eleventh round of the auction of
Depending on the profile of long-term maturation of the activity of oil extraction and production, Barra Energia has no prospect of revenues for the next year. "Potential Barra Energia's assets have long maturation and first oil is usually six to eight years reveals optimism in the first function of assets acquired and the prospects for new business. For the future, to envision the possibility of going public. "In the long-term planning of the company, is a hypothesis to be considered." The staff of Barra Energia is currently composed of 20 professionals, with prospects of expanding as the amount of portfolio assets also grow. In addition to Joao Carlos de Luca, the company’s president and who was president of Repsol YPF in Brazil for 11 years, Barra Energia has in its board former executives from Petrobras like Renato Bertani (CEO), who was also CEO of Thompson & Knight Global Energy Services , LLC; Cláudio Antônio Pereira da Silva (Chief Financial Officer), and Cesar Cainelli (Vice-President of Exploration and Production). Vice President of Business Development, Brian Byrne, he served as Director of the Citigroup Global Energy Investment Banking.
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LEGISLAÇÃO
Escritórios de advocacia se ajustam para atender as novas demandas do mercado petrolífero Por Maria Augusta Carvalho
A forma como se dará a exploração do présal e as conseqüências para o meio ambiente, de uma maneira geral, são as maiores preocupações dos advogados especialistas, que auxiliam seus clientes na área de petróleo e gás (P&G). Aliás, a preocupação para os escritórios começa na formação profissional do próprio advogado, que nem sempre é encontrado pronto no mercado. Até o final dos anos 90, somente advogados da Petrobras militavam nesse setor; e a partir da abertura de mercado, muitas empresas foram obrigadas a trazer advogados do exterior, que tivessem conhecimentos das especificidades dos contratos a serem fechados. Mas, hoje, várias escolas de direito acordaram para esta preocupação e estão oferecendo especialização aos advogados, principalmente aos recém formados. Para o advogado carioca, especialista na indústria de petróleo e gás e no setor de infra-estrutura, Heller Redo Barroso, sócio gerente do escritório Heller Redo Barroso & Associates Inc., o meio ambiente é a área que requer maiores cuidados jurídicos, sob o risco de sofrer com litígios – tanto administrativos, como jurídicos. Segundo ele, o planejamento estratégico da Petrobras para os próximos anos, que envolve muitos investimentos em bases operacionais
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(upstream), logística (midstream) e refino e petroquímica (downstream), mexerá diretamente com o solo, o ar e a terra. Como o pré sal está no foco das atenções, a Petrobras será o carro chefe destas questões. “No upstream antevejo grandes dificuldades no licenciamento de portos, áreas costeiras de tancagem, bases operacionais na costa ou em ilhas, mesmo as artificiais. Já na área de midstream, a construção de dutos submarinos, instalação de manifolds, wellheads (sistemas subsea) e a construção onshore de óleo e gasodutos; plantas de processamento de óleo e gás; terminais de regaseificação de GNL; a eventual construção de uma planta de liquefação (que não está no atual planejamento quadrienal da Petrobras, mas é ambição antiga do Governo), entre outros, são atividades com grande potencial para processos de licenciamento ambiental complexos”, frisou Redo Barroso. Ele ressalta que a expansão da malha de dutos terrestres, atravessando áreas consideradas de preservação ambiental, estará sujeita à manifestação de ambientalistas que, “por dever do métier, vão sempre querer que o legislador e o Executivo decretem como áreas de proteção ambiental”. “Qualquer intervenção humana
vai ser sempre vista com ojeriza, não importa a tecnologia e o denodo no cuidado com a fauna e a flora”, critica. No downstream, Redo Barroso antevê os maiores desafios, do ponto de vista do licenciamento ambiental. “A construção de refinarias; plantas de calcinação de coque; plantas de lubrificantes; metanol; usinas de etanol; plantas de polímeros para indústrias têxtil, e de plásticos; uma eventual planta de ácido acrílico, são todas atividade intensivas de construção, instalação de equipamentos que, se não cercados de filtros e outros mecanismos de contenção de efluentes, podem tornar-se grande poluentes da bacia aérea e do solo”, adianta o advogado. Quando se fala de efluentes líquidos, resíduo da atividade de refino e petroquímica, vem logo à mente a poluição de lençóis freáticos, embora na região de maior aglomeração desses projetos a água coletada para fins de abastecimento venha de conjuntos hídricos de superfície. A criação de leis e normas jurídicas, como o marco regulatório do pré-sal, instituindo um novo modelo de partilha da exploração e das atividades a serem desenvolvidas, estão no centro das atenções dos escritórios. O advogado Fernando Villela, do escritório Siqueira Castro Advogados, lembra que as empresas não mais atuarão como até então, sob o regime de concessão, nas rodadas, promovidas pela ANP. “Desta vez, para fazer parte das atividades exploratórias do pré-sal, os interessados terão que se reunir, em consórcios tripartites; formado pela Petrobras, por um Comitê Operacional e, finalmente pelas próprias empresas interessadas”, lembra o advogado, que é formado pela Universidade de Nova Iorque, em regulação do comércio. O comitê operacional, por sua vez, será formado pela nova estatal, a ser criada para assumir os trabalhos com o pré-sal, a Petrobras e as interessadas. “Só que a Petrobras terá o poder de veto e de minerva nesta fase”, frisa Villela.
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Este novo formato, e não mais o de concessão, ainda precisa ser bastante estudado, para não acarretar problemas jurídicos para seus clientes. “Toda alteração na norma está sujeita a mal entendidos, dúvidas e brechas na legislação, por isso achamos que este pode ser motivo de um futuro entrave”, lembra o sócio do Siqueira Castro, Márcio Monteiro Reis. O novo modelo de contrato de partilha estipulado pelo Governo Federal prevê quatro regras básicas: a União poderá contratar diretamente a Petrobras para produzir no pré-sal; poderá licitar empresas para participar dos contratos de partilha – o vencedor será quem atribuir maior percentual à União. Uma terceira norma aborda a participação da ANP, que deverá realizar licitação de acordo com as regras do Ministério, aprovadas pelo CNPE e regula os contratos. Mas, o mais significativo é a participação da Petrobras, que será a operadora e terá uma participação mínima, de 30%, em todos os blocos. A Dra. Camila Mendes Vianna Cardoso, do Law Offices Carl Kincaid/Mendes Vianna Advogados Associados, concorda e acrescenta que a área jurídica de contratos também sofrerá, uma vez que o mercado tem “o desafio de atender ao conteúdo local dos contratos de concessão e o respectivo percentual de participação
das empresas brasileiras fornecedoras de bens; sistemas e serviços nas atividades econômicas relacionadas às atividades de P&G”. Na parte tributária a falta de clareza e equidade na interpretação das regras tributárias gera incertezas jurídicas, complementou. O sócio de Veirano Advogados, Luis Fernando Ayres de Mello Pacheco, responsável pelos setores de P&G; Entretenimento; Societário, Tributário e Aduaneiro, acrescenta que, além do tributário e regulatório, problemas eminentes na área contratual, voltada para petróleo e gás, também merecem atenção das partes contratantes e contratados. Ele relatou um caso interessante, em que o escritório defendeu as duas partes do acordo ao mesmo tempo. “Há cinco anos, o escritório representou tanto o vendedor quanto o comprador dos direitos em uma concessão de um campo de exploração e produção de petróleo no Brasil. Na época, o campo era denominado Chinook e pertencia a Encana, que vendeu para a Norsk-Hydro, atualmente Statoil. As duas empresas, clientes do escritório, não abriram mão da escolha do escritório para representá-las e, foi estabelecido uma Chinese Wall (separação entre advogados internos do escritório, sem que um advogado pudesse se comunicar com o outro colega seu do escritório sobre os assuntos discutidos com os seus respectivos clientes). A venda foi concluída com perfeição e o campo em questão é hoje o Peregrino”, relatou. Hoje, sua área dispõe de 20 advogados, sendo seis voltados exclusivamente para P&G. “Outra área do Direito, que precisa ser melhor analisada é a trabalhista”, lembra Luis Pacheco. Segundo ele, deveria haver uma lei específica para trabalhadores em plataforma. É um local de trabalho sujeito a interpretações díspares pelo poder Judiciário, interferindo na contratação. APERFEIÇOAMENTO Com todas essas demandas em curso, os escritórios estão, agora e no futuro, se municiando dos melhores profissionais que o mercado pode dispor. “A expectativa do crescimento da área de Petróleo e Gás no escritório é imensurável: tanto quanto for o crescimento da própria indústria. Estamos fazendo movimentos e gestões para robustecer a estrutura; o número de advogados qualificados, o treinamento, o reforço das atitudes em línguas estrangeiras - porque a internacionalização das empresas brasileiras, a começar pela área de etanol e petroquímica, é irreversível, e não apenas irreversível como aceleradíssima”, frisa o sócio Heller Barroso.
Márcio Monteiro Reis - “Toda alteração na norma está sujeita a mal entendidos, dúvidas e brechas na legislação, por isso achamos que este pode ser motivo de um futuro entrave”.
Ele lembra ainda que os escritórios só não crescerão se não investirem no capital humano, na profissionalização dos advogados, “o que é especialmente problemático no Rio de Janeiro”. “Conheço todos os meus concorrentes, e sei que todos têm isso em mente e não estão dormindo no ponto. Só não vai crescer quem não for capaz de equacionar esse "gargalo" ainda enfrentado por alguns excelentes profissionais”, lembrou. É pensando neste mercado que as escolas de direito têm voltado suas baterias. A advogada e professora do IBMEC Carla Marshall entende bem disto e reconhece que os escritórios ainda estão deficitários de mão
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de obra qualificada no tema. “A procura é grande por este segmento e os escritórios do Rio de Janeiro estão demandando estagiários e advogados com esta especialização o que, infelizmente, ainda é raro”, frisou. Dra. Carla é coordenadora do curso de graduação do Direito, no segmento petróleo, com ênfase em pré-sal. “Temos um Núcleo de Estudos em Direito Empresarial que, desde o início do ano passado, se concentra em estudar o segmento petróleo e gás. Em um primeiro momento focamos nossas leituras nos aspectos constitucionais e, em seguida, abordamos a questão voltada para o meio ambiente”, ressaltou. “Do mesmo modo, temos uma disciplina eletiva que é ofertada uma vez por ano e aborda os diversos aspectos do Direito do Petróleo. Na última vez que ofertamos, tivemos cerca de 35 alunos inscritos, tanto dos cursos de Direito, como de Administração, Economia e uma grande parcela de Relações Internacionais”.
Congresso sejam votados, mais empresas internacionais aportarão no Brasil, fazendo com que os escritórios precisem contratar em massa, para atender à demanda. Atualmente, Valois se orgulha de dizer que seu escritório, apesar de pequeno na quantidade de profissionais do Direito, possui o maior time de advogados voltado para este segmento, com quatro sócios e 17 advogados, de um total de 30 profissionais.
A Fundação Getúlio Vargas, a mais recente escola a oferecer o curso de Direito no Rio de Janeiro, possui um curso de curta duração, em petróleo e gás, oferecido uma vez ao ano, e que é freqüentado por estudantes e profissionais do ramo do Direito, mas também é comum atrair profissionais de formação diversa, que também estão envolvidos nas atividades da indústria do petróleo; como por exemplo, engenheiros, economistas, contadores e aqueles que têm a análise de questões do Petróleo e Gás como ferramenta relevante na condução dos projetos a que se dedicam. O Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), também, oferece cursos voltados para o Direito e os Negócios do Petróleo, coordenado pela professora Marilda Rosado, dentro do Instituto de Pósgraduação do Petróleo.
Já, o tradicional escritório Tauil & Chequer Advogados, que assessorou, entre outras multinacionais, a Vale, associou-se há quase dois anos ao escritório mundial Mayer Brown. Hoje, o Tauil possui, aproximadamente, 90 advogados em escritórios de São Paulo, Rio de Janeiro e Vitória, sendo que 10% desse total se dedicam integralmente à área de P&G. “Este setor representa entre 35 a 40% do faturamento em relação ao total do escritório, no Rio de Janeiro”, revela o sócio Alexandre Chequer. “Crescemos tanto, que hoje em dia, estamos recepcionando advogados ingleses, de nosso sócio internacional, que estão vindo ao Brasil aprender como é o nosso Direito em P&G e, como operamos com nossos clientes”, ressalta.
As contratações ainda não estão em ritmo frenético porque ainda faltam definições de questões jurídicas relevantes sobre a exploração do pré sal. Mas, para o sócio Paulo Valois Pires, do escritório Schmidt, Valois, Miranda, Ferreira & Agel Advogados, tão logo esses detalhes, como a questão dos royalties, em discussão no
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Ele não sabe dizer quantos ainda pretende contratar, uma vez que depende de que tipo de normas o Poder Legislativo estabelecerá. “Mas, nos últimos doze anos, houve um boom de contratação. Hoje, agora, estamos em um momento estável. Mas, novos negócios estão a caminho, como por exemplo, a regulamentação da lei do Gás Natural, a questão das térmicas, e todos os assuntos ligados à infra-estrutura, como energia elétricas – construção de linhas de transmissão -, portos – navios sonda – etc”, lembrou ele.
Ele anuncia, com felicidade estampada no rosto, a mudança para uma nova sede. Atualmente, o escritório atende em dois andares na Rua do Carmo e, até o final do ano estará ocupado um prédio inteiro na Rua Augusto Severo, na Glória. “Só então, poderemos ir às compras”, relata, anunciando futuras aquisições de concorrentes. Em suas previsões, o
escritório dobrará de tamanho nos próximos anos e, somente a área de P&G deverá crescer em 50%. Entretanto, a sócia Marilda Rosado, do Doria, Jacobina, Rosado e Gondinho Advogados Associados, não pretende crescer tão rápido quanto o Tauil. “A idéia é crescermos, mas, de forma sustentada nos próximos anos”, frisa. A Dra. Marilda foi chefe da assessoria jurídica da extinta Braspetro, empresa da Petrobrás, onde entrou ainda nos anos 70. Portanto, seus conhecimentos de legislação do petróleo no Brasil remontam há mais de 30 anos. “Reconheço que meu nome virou uma grife”, sorri. Desde 1997, é professora e coordenadora dos cursos Direito do Petróleo e Gás, no Instituto Brasileiro do Petróleo e na UERJ. É coordenadora do Centro de estudos e pesquisas avançadas em Direito do Petróleo (CEDPETRO), também na UERJ.
Marilda Rosado, sócia do Doria, Jacobina, Rosado e Gondinho Advogados Associados
Por conhecer tão bem o direito do petróleo há tantos anos, seu escritório é muito procurado para assessoramento à contratação nacional e internacional em todos os segmentos da indústria de P&G. Mas, sua especialidade é o acompanhamento de casos de contencioso e arbitragem, bem como de discussões de questões regulatórias e institucionais da implantação e evolução do modelo institucional de petróleo e gás.
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Law firms adjust to meet the new demands of the oil market by Maria Augusta Carvalho The way the pre-salt will be exploited and the consequences to the environment in general, are the greatest concerns of the expert attorneys, who assist their clients in the oil and gas (O&G) area. As a matter of fact, the concern to the offices starts with the qualification of the professional, who is not always found ready in the market. Until the end of the 90’s, only attorneys from Petrobras acted in these sector; and from the opening of the market, many companies were obligated to bring attorneys from abroad, who had knowledge about the specificities of the agreements to be celebrated. But, today, many law schools have became aware of this concern and are offering specialization to the attorneys, mainly those recently graduated.
The creation of laws and legal rules, such as the regulatory mark for the presalt, instituting a new model to share the exploitation and the activities to be developed, is in the center of attention of the offices. The attorney Fernando Villela, of the law firm Siqueira Castro Advogados, reminds that the companies will no longer act as they did until now, under the concession regimen, in the rounds promoted by ANP. “This time, to be part of the presalt exploratory activities, the interested parties will have to gather in tripartite consortiums; comprised by Petrobras, an Operational Committee and, finally, by the interested companies themselves”, reminds the attorney, who graduated from the University of New York, in trade regulation. The operational committee, in its turn, will be comprised by the new state company, to be created in order to undertake the works with the pre-salt, Petrobras and the interested companies. “Petrobras will have the veto power and the casting vote”, stresses Villela.
To the Rio de Janeiro attorney, expert in the oil and gas industry and in the infrastructure sector, Heller Redo Barroso, managing partner of the law firm Heller Redo Barroso & Associates Inc. the environment is the area that requires greater legal care, due to the risk of suffering with litigations – both administrative and juridical. According to him, the strategic planning of Petrobras for the next years, which involves many investments in operational bases (upstream), logistics (midstream) and refinery and petrochemical (downstream), will affect directly the soil, air and land. “In the upstream I foresee large difficulties in the licensing of ports, costal tanking areas, and operational bases on shore or in islands, even the artificial ones. On the midstream area, the construction of submarine ducts, installation of manifolds, wellheads and the onshore construction of oil and gas ducts; oil and gas processing plants; NLG regassing terminals; the occasional construction of a liquefying plant (which is not in the current quadrennial planning of Petrobras, but is an old Government ambition), among others, are activities with great potential for complex environmental licensing processes”, stressed Redo Barroso. He highlights that the expansion of the terrestrial ducts mesh expansion, crossing areas deemed as environmental preservation areas, will be subject to the manifestation from environmentalists who, “by duty of the métier,
Fernando Villela, attorney of the law firm Siqueira Castro Advogados
will always require that the legislator and the executive rule as environmental protection areas”. “Any human intervention will always be seen with aversion, no matter the technology and worthiness in the care with the fauna and flora”, he criticizes.
This new format, and no longer the concession, still needs to be well studied, so it will not cause legal problems to its clients. “Every change on the rule is subject to misunderstandings, doubts and breaches in
In the downstream, Redo Barroso foresees the greatest challenges, from the environmental licensing point of view. “The construction of refineries; coke calcination plants; lubricant plants; methanol; ethanol mills; polymer mills for textile and plastic industries; an occasional acrylic acid plant, are all intensive construction activities, installation of equipment which, if not surrounded by filters and other effluents containment mechanisms, may become large pollutants of the air and soil basin”, advances the attorney. When talking about liquid effluents, residues from the refinery and petrochemical activities, the first thing that comes to mind is the pollution of the ground water, although in the region with higher agglomeration of these projects the water collected for supply purposes
legislation, that is why we think this could be the reason for a future
comes from surface water sets .
will have a minimum, 30% participation, in all the blocks.
dispute”, reminds the partner of Siqueira Castro, Márcio Monteiro Reis. The new apportionment agreement model set forth by the Federal Government foresees four basic rules: the Union can hire Petrobras directly to produce in the pre-salt; it can conduct a bid among companies to participate of the apportionment agreements – the winner will be the one to assign the highest percentage to the Union. A third rule concerns the participation of ANP, which shall carry out a bid according to the Ministry rules, approved by CNPE and regulates the agreements. But, the most significant is the participation of Petrobras, which will be the operator and
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Dr. Camila Mendes Vianna Cardoso, from Law Offices Carl Kincaid/Mendes Vianna Advogados Associados, agrees that the legal area of the agreements will also suffer, once the market “has the challenge to serve the local content of the concession agreement and the respective participation percentage of the Brazilian companies for the supply of goods; systems and services in the economic activities related to the O&G activities”. In the tax
by Professor Marilda Rosado, within the Oil Post-Graduation Institute. The hiring still is not in a frenetic rhythm because there are still a few definitions missing about legal matters about the pre-salt exploitation. But for the partner Paulo Valois Pires, of the firm Schmidt, Valois, Miranda, Ferreira & Agel Advogados, as soon as these details, such as the matter of royalties, under discussion at the Congress are voted, more international
area, the lack of clarity and equity in the interpretation of the tax rules
companies will come to Brazil, causing the offices to perform a mass hiring
generates legal uncertainties, she added.
to meet the demand. Currently, Valois is proud to say that his office, although small in the quantity of Law professionals, has the largest team of attorneys focused in this segment, with four partners and 17 attorneys, out
IMPROVEMENT
of a total of 30 professionals.
With all these demands in progress, the offices are, now and in the future,
He doesn’t know how many they still intend to hire, once this depends on
obtaining the best professionals the market can offer. “The growth
what kind of rules the Legislative Power will establish. “But over the last
expectation of the Oil and Gas area in the office is immensurable: as much
twelve years there was a hiring boom. Now we are at a stable moment. But
as the growth of the industry itself. We are carrying out movements and
new businesses are on the way, such as the regulation of the Natural Gas
managements to strengthen the structure; the number of qualified lawyers,
Law, the issue of the thermal plants and all the matters associated to
the training, the reinforcement of foreign language skills – because the
infrastructure, such as electric power – construction of transmission lines -
internationalization of the Brazilian companies, starting by the ethanol and
, ports – drill ships – etc”, he reminded.
petrochemical area is irreversible; not only irreversible, by extremely accelerated”, stresses the partner Heller Barroso.
As for the traditional firm Tauil & Chequer Advogados, which assisted Vale, among other multinationals, associated itself to the global firm Mayer
He also reminds that the offices will not grow only if they do not invest in
Brown. Today, Tauil has approximately 90 attorneys in offices in São
human capital, in qualification of lawyers, “what is especially problematic
Paulo, Rio de Janeiro and Vitória, and 10% of this staff are fully dedicated
in Rio de Janeiro”. “I know all my competitors, and I know they all have
to the O&G area. “This sector represents between 35 and 40% of the
this in mind and are not asleep at the switch. Growth will not happen only
income regarding the total income of the office, in Rio de Janeiro”, reveals
to those who are not able to equate this “bottleneck” still faced by a few
the partner Alexandre Chequer. “We grew so much, that today we are
excellent professionals”, he mentioned. It is thinking about this market
receiving English attorneys, from our international partner, who are coming
that the law schools are focusing their efforts.
to Brazil to learn about our Law practice in O&G and how we operate with our clients”, he says.
The attorney and professor at IBMEC Carla Marshall understands this well and recognizes that the offices are still lacking qualified labor in this area.
He announces, with happiness in his eyes, the change to a new headquarter.
“The search for this segment is large and the offices in Rio de Janeiro are
Currently, the office operates on two floors at Rua do Carmo and, by the end
demanding interns and attorneys with this specialization what, unfortunately
of the year it will occupy a whole building at Rua Augusto Severo, Glória.
is still rare”, she stressed. Dr. Carla is the coordinator of the Law graduation
“Only then will we be able to go shopping”, he reports, announcing future
course, in the segment of oil, with focus in the pre-salt. “We have a
acquisitions of competitors. In his forecasts, the office will double its size in
Corporate Law Studies Center which, since the beginning of last year,
the next years and, the O&G area only will probably grow 50%.
concentrates in studying the oil and gas segment. In a first moment, we
However, the partner Marilda Rosado, from Doria, Jacobina, Rosado e
focus our readings in the constitutional aspects and then, we approach the
Gondinho Advogados Associados, does not intend to grow as fast as Tauil.
environment issues”, she highlighted. “In the same way, we have an
“The idea is to grow, but in a sustainable fashion, over the next years”, she
optional discipline which is offered once a year and discusses several
says. Dr. Marilda was the legal assistance head at the extinct Braspetro, a
aspects of the Oil Law. The last time we offered, we had around 35 students
Petrobrás company, where she acted during the 70’s. Therefore, her knowledge
enrolled, from the Law courses as well as Management, Economics and
about the oil legislation in Brazil goes back more than 30 years. “I recognize
International Relations.
that my name has become a brand”, she smiles. Since 1997, she is a
Fundação Getúlio Vargas, the most recent school to offer the Law course in Rio de Janeiro, has a short term course in oil and gas, offered once a year, which is attended by Law students and professionals, but usually attracts
professor and coordinator of the Oil and Gas Law Courses at Instituto Brasileiro do Petróleo and at UERJ. She is the coordinator of the Oil Law studies and advanced research center (CEDPETRO), also at UERJ.
professionals from different areas, who are also involved in the activities of
For knowing so well oil law, for so many years, her office is highly sought
the oil industry; such as engineers, economists, accountants and those who
for assistance in national and international hiring in all segments of the
have the analysis of Oil and Gas issues as a relevant tool in the realization
O&G industry. But her expertise is the follow up of disputes and arbitration,
of the projects to which they dedicate. Instituto Brasileiro do Petróleo
as well as discussions of regulatory and institutional matters of the
(IBP), also offers courses focused in Oil Law and Businesses, coordinated
implementation and evolution of the institutional oil and gas model.
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MERCADO DE EPI
Mercado de proteção individual está seguro em manter crescimento Por Augusto Silva
O mercado de proteção individual deve registrar em 2011 um crescimento em torno de 10%, mesmo percentual verificado nos últimos anos. Dados da Associação Nacional da Indústria de Material de Segurança e Proteção ao Trabalho (Animaseg) dão conta de que este mercado movimentou em torno de R$ 1,5 bilhão em
2010. A constante procura por equipamentos de proteção individual (EPIs) é creditada em parte pela conscientização dos empregadores em relação à segurança de seus funcionários, impulsionada pela cobrança por meio de normas técnicas. Paralelamente,o aumento de trabalhadores de carteira assinada também contribui para
o aquecimento do mercado, sempre atrelado ao nível de formalidade das empresas. A discussão da nacionalidade dos produtos e da tecnologia utilizada em sua fabricação, aliada ao descontentamento de parte do mercado com a atuação do governo em relação à leis que regem o setor, joga foco sobre o mercado de EPIs, que têm grande
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atuação no setor petrolífero e deve ganhar ainda mais impulso nos próximos anos. É prevista a aceleração dos investimentos a serem feitos em nível nacional, com o présal, sem contar os vultosos investimentos em infra-estrutura no país, por conta da Copa do Mundo e Olimpíadas. No mercado, os EPIs são divididos em nove grupos, a saber: calçados de segurança, equipamentos contra quedas, proteção auditiva, capacetes de segurança, cremes protetores, luvas de segurança, proteção respiratória, vestimentas de segurança e proteção de face e olhos. “Existe falta de conscientização na questão de segurança entre as empresas, mas sempre que os empresários se informam mais, a demanda por EPIs também cresce”, explica o diretor executivo da Animaseg, Raul Casanova. “Todo trabalhador precisa de EPI, é um direito dele. O empregado formal está mais próximo da informação. Já no caso do trabalhador informal, falta conhecimento dele, e também do empregador. O trabalho da associação é no sentido de conscientizar o trabalhador formal que não tem conhecimento do que a legislação exige”, completa.
segurança do trabalho, entre outros gastos. Segundo a Animaseg, por insuficiência de investimentos, os custos desses sinistros, por falta de prevenção, chegam a mais de R$ 90 bilhões. Dados da Previdência Social demonstram que no ano de 2009 ocorreram registros de 723,5 mil acidentes de trabalho no território brasileiro. De todos esses acidentes, 2,5 mil tiveram um resultado morte, o que alcança um contingente de 7 mortes por dia. Tais estatísticas, reveladas em maio último, ainda não possuem dados a respeito de funcionários públicos ou trabalhadores informais. Desde 2009, o Ministério do Trabalho e Emprego está mudando o conceito de emissão de Certificado de Aprovação (CA) por Termo de Responsabilidade para portarias. Estas exigem a adequação e cumprimento de normativas internacionalmente aceitas e reconhecidas com o objetivo de impulsionar a qualidade nos EPIs comercializados no Brasil.
Casanova pondera que, ao contrário da construção civil, o setor de óleo e gás é essencialmente constituído de grandes e bem formalizadas empresas, de modo que praticamente não existe informalidade na área. “Eu sempre digo que existem dois ‘Brasis’. Um é o que cumpre todas as normas e que busca se aprimorar cada vez mais no atendimento à legislação. O outro é o informal, que nem sabe que as normas existem”, compara.
“Estas novas portarias, começando pela 121, têm papel fundamental na melhoria da segurança do trabalhador e facilitam muito o processo de compra de EPI’s pelas empresas. Ajustes neste processo de mudança estão sendo realizados com a publicação de novas portarias, sendo que a mais recente foi a 209, mas um grande passo já está sendo dado”, acredita a gerente de Marketing do Departamento de Proteção Pessoal da Dupont para a América Latina, Guadalupe Franzosi, cuja empresa produz tecidos, roupas e acessórios de EPIs, envolvendo desde proteção contra materiais perigosos a produtos de limpeza profissional.
O Brasil investe por ano em prevenção de acidentes e doenças do trabalho cerca de R$ 15 bilhões, incluindo os EPIs, as CIPAs – Comissões Internas de Prevenção de Acidentes, profissionais de prevenção como médicos ocupacionais e técnicos de
Para Franzosi, o investimento feito em proteção individual é muito menor quando comparado aos problemas e gastos gerados por acidentes e litígios trabalhistas. “A melhoria na segurança, saúde e meio ambiente de trabalho, além de aumentar a
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produtividade, reduz o custo do produto final, uma vez que as interrupções dos processos da empresa por acidentes ou doenças ocupacionais são reduzidas”, diz. A executiva credita como um dos mais importantes motivos para o crescimento dos EPIs a expansão de atividades que empregam um número elevado de mão de obra como, por exemplo, o setor de petróleo, gás e mineração, de construção civil e industrial. Dentre as linhas em que a Dupont atua, Franzosi ressalta que a empresa já tem grande participação na linha química e agora o foco está em desenvolver o mercado Térmico. “Crescemos muito em relação a 2010 e a nossa expectativa é fechar 2011 com uma atuação ainda mais forte no mercado”, diz a gerente.
Guadalupe Franzosi - Gerente de Marketing do Departamento de Proteção Pessoal da Dupont para a América Latina
Apesar do discurso em torno da conscientização, há quem acredite que o governo não está fazendo a sua parte. Para Émerson Vida da Silva, gerente do Departamento Técnico da Engesel, o motivo pelo qual os EPIs são conhecidos e
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usados é porque o setor privado e as pessoas em geral entendem e aprovam seus benefícios. “Infelizmente o governo não ajuda em nada, apenas impõe normas e procedimentos com prazos irreais, com normas que contrariam nossos costumes ou as características próprias da nossa nação, Além disso, o governo imputa às empresas usuárias e fabricantes de EPIs o ônus da incompetência em treinar, divulgar e conscientizar da importância do uso dos EPIs.”, dispara. Segundo ele, até mesmo produtos “de péssima tecnologia ou de fabricantes inidôneas” tem sido aceitos pelo mercado. “Creio que em um futuro próximo,conseguiremos apresentar ao mercado requisitos mínimos para se adquirir um EPI”. O executivo pleiteia que é necessário reduzir a carga tributária para os fabricantes e diminuir os encargos trabalhistas ou tributários para as empresas com alto percentual de utilização de EPI ou menor número de acidentes. “Poderia ainda se adotar critérios técnicos para determinar se um produto é EPI ou não. Ainda precisamos, aqui no Brasil, de programas de divulgação, conscientização, treinamento e fiscalização do uso. Basta observar o exemplo na área naval e offshore, em que não são considerados EPIs os trajes de hidrojateamento, que protegem contra jatos de água com pressões altíssimas, que cortam até aço. Eles estão à margem do controle legal e também do uso”, acredita. Outro debate que movimenta o setor é a nacionalidade da tecnologia dos produtos. Nesse sentido, a Dupont busca se apresentar como uma empresa de ciência e inovação, responsabilizando-se pela criação de materiais que considera referências no mercado. Todos os EPIs comercializados pela DuPont são compostos a partir de tecnologias desenvolvidas nos Estados Unidos, Europa, Ásia e América Latina. O
Brasil é responsável por grande parte desta tecnologia, principalmente nos segmentos de proteção térmica, química e mecânica. “A vantagem disso é que a DuPont tem todas as tecnologias para desenvolver o produto adequado às necessidades dos países onde atuamos”, defende Franzosi. Já a Arteflex desenvolveu seu processo produtivo por mais de 20 anos exportando calçados de segurança para o mercado europeu. “Hoje somos licenciados exclusivos da Goretex (Estados Unidos) para produção de calçados na América Latina, o que nos confere um grande diferencial em relação aos concorrentes por termos a tecnologia Gore aplicada aos nossos produtos”, acredita o diretor geral
No grupo dos defensores da tecnologia brasileira, Ricardo Queiroz, gerente comercial da fabricante de coletes náuticos Ativa, acredita na capacidade do país em desenvolver novas tecnologias. “Hoje temos grandes fornecedores que são capazes de desenvolver exatamente o que precisamos para atender o mercado. Imagine se precisássemos desenvolver algo fora do país. Talvez não teríamos tanta agilidade no atendimento a nosso cliente”, diz. O caso da Ativa é mais específico do ponto de vista da legislação, já que hoje o país tem uma legislação própria para coletes salva vidas de trabalho. “Assim ainda o impacto internacional é pequeno. Mas sabemos que é um mercado onde todos estão atentos”, garante.
da Arteflex, Rafael E. Müssnich. O executivo admite que o segmento de calçados de segurança no Brasil é basicamente dominado por empresas nacionais. “No entanto, quando falamos de produtos de maior valor agregado, e com aplicação de tecnologias diferenciadas, é mais comum encontrarmos empresas americanas e européias competindo na América Latina. Para a Arteflex, esta concorrência é saudável, porque valoriza o bom produto e nos coloca em posição de competir em bases iguais”, diz. Émerson Silva, da Engesel, ressalta que toda tecnologia utilizada nos produtos da empresa é nacional e desenvolvida pela Engesel e seus parceiros. “Infelizmente por conta da alta carga tributária e falta de um mercado consumidor amplo, alguns materiais nacionais não tem preço suficiente competitivo, então recorremos a importação. A globalização é uma realidade e tivemos que nos adaptar. Muitas vezes temos que enfrentar produtos do exterior em condições comerciais desfavoráveis à nós”, diz.
Executivo de outra empresa do setor, a JGB, o gerente de Engenharia & Produto da empresa, Hercio Spellmeier, revela que todos os produtos comercializados pela JGB são produzidos com marca própria. “Por isso detemos a tecnologia através da produção em nosso quadro fabril ou pelo estabelecimento de parcerias com fornecedores internacionais de matérias primas ou produtos acabados, mas sempre com marca JGB. As tecnologias utilizadas podem advir das mais diversas nacionalidades e a vantagem competitiva é justamente estar sempre na linha de frente em termos de inovação” acredita. Para além da disputa entre nacionais e importados, o setor segue crescendo. O discurso de todas as empresas é positivo, mesmo que a maioria não possa revelar valores absolutos de faturamento. Até a Arteflex, marca nova no mercado brasileiro, acompanha o movimento do mercado. “Não sentimos muito as flutuações de mercado nestes dois anos de atuação. Mas não há dúvidas de que o mercado como um todo tem crescido e as perspectivas são positivas”, conclui Rafael Müssnich.
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CONFECÇÃO CALMAR L TDA LTDA Rua Tupinambás, 524 Diadema - SP - CEP 09991090 Telefone / Fax: 11-4044-9171 E-mail: fiancor@fiancor.com.br Home Page: www.fiancor.com.br
DULL Y INDÚSTRIA EQUIP AMENT OS SEGURANÇA DULLY EQUIPAMENT AMENTOS LT D A - E P P Rua Daniel Defoe, 267 São Paulo - SP - CEP 04445-080 Telefone / Fax: 11- 5611-1021 / 11-5615-5654 E-mail: dully@dully.com.br Home Page: www.dully.com.br
CONFECÇÕES ANT A L TDA ANTA LTDA Rua Espanha, 264 Vila Santa Luzia São Bernardo do Campo - SP - CEP 09671-050 Telefone / Fax: 11-4173-1099 / 4173-1965 E-mail: nbarros@anta.com.br Home Page: www.anta.com.br COA TS CORRENTE L TDA COATS LTDA Rua do Manifesto, 705 - Ipiranga São Paulo - SP - CEP: 04209-000 Telefone/Fax: 4932-8058 / 4932-8249 E-mail: linhas.industria@coatscorrentes.com.br Home Page: www.coatscorrente.com.br TDA CONNEX IND E COM DE EQUIP DE SEG L LTDA Avenida Ruggiero Filho, 1800 13562-420 - São Carlos - SP Telefone / Fax: 16 3501-4988 / 16 3501-4805 E-mail: epr@connex.ind.br Home Page: www.connex.ind.br CONTRA T OS EPI'S L TDA CONTRAT LTDA Av. Ortizio Borges, 1858 Uberlândia - MG - CEP 38408-164 Telefone / Fax: 34 - 4141-0835 E-mail: adm.contratosepis@hotmail.com DAISAN PRODUT OS INDÚSTRIAIS L TDA PRODUTOS LTDA R. Dr. Paulo Leite Oliveira, 265 São Paulo - SP - CEP 05551-020 Telefone / Fax: 11-2105-9300 E-mail: daniel.santos@rexon.com.br Home Page: www.rexon.com.br DANNY COM.IMP .EXP TDA COM.IMP.EXP .EXP.. L LTDA Rua São Domingos do Prata, 200 Guarulhos - SP - CEP: 07193-160 Telefone / Fax: 11-3133-5766 / 11-3133-5767 E-mail: danny@danny.com.br Home Page: www.danny.com.br DRÄGER SAFETY BRASIL EQUIP TDA EQUIP.. SEG. L LTDA Al. Pucuruí, 61 – 1° andar Barueri - SP -CEP 06460-100 Telefone / Fax: 11- 4689-4903 / 11 -4191-3508 E-mail: seguranca@draeger.com.br Home Page: www.draeger.com. DSD – DISPOSITIVOS SEMICONDUTORES DISCRETOS LT D A Rua Wanderley Carsalade, 105 Betim – MG - CEP 32680-490 Telefone / Fax: 31 -3597-0556 / 31 -3596-0455 E-mail: comercial@dsd.com.br Home Page: www.dsd.com.br
DURÁ VEIS EQUIP DURÁVEIS EQUIP.. DE SEGURANÇA Via Anchieta, 463/474 São Paulo - SP -CEP 04247-000 Telefone / Fax: 11 -2066-6700 / 11 -2066-6701 E-mail: vendas.sp@duraveis.com.br Home Page: www.duraveis.com.br DYSTRA Y INDÚSTRIA E COMÉRCIO L TDA DYSTRAY LTDA Av. Jacobus Baldi, 493 – Jd. Fim De Semana São Paulo – SP - CEP: 05847-000 Telefone / Fax: 11 5510-5050 / 5510-5055 E-mail: dystray@dystray.com.br Home Page: www.dystray.com.br EMPREFOUR INDÚSTRIA E COMÉRCIO L TDA LTDA Rua Sacadura Cabral, 148 Rio de Janeiro- RJ CEP: 20081-262 Telefone/ Fax: 21- 2253-5353/ 21-2253-5043 Email: victor@emprefour.com.br Home Page: www.emprefour.com.br ENGESEL EQUIP AMENT OS DE SEGURANÇA L TDA EQUIPAMENT AMENTOS LTDA R. Manoel Fernandes Dias, 126 Campinas - SP- CEP 13060-110 Telefone / Fax: 19 -3227-9844 / 19- 3227-9845 E-mail: engesel@engesel.com.br Home Page: www.engesel.com.br EQUIP AMENT OS GULIN L TDA EQUIPAMENT AMENTOS LTDA Alameda Glete, 788 São Paulo - SP - CEP 01215-001 Telefone / Fax: 11 - 3335-5050 E-mail: gulin@gulin.com.br Home Page: www.gulin.com.br ESAB S/A INDÚSTRIA E COMÉRCIO Rua Zezé Camargos 117 -Cidade Industrial Contagem - MG - CEP 32210-080 Telefone / Fax: 31- 2191-4333 / 31- 2191-4440 E-mail: marketing@esab.com.br Home Page: www.esab.com.br ESTIV AL IMPOR TAÇÃO EXPOR TAÇÃO L TDA ESTIVAL IMPORT EXPORT LTDA Av. Dr. Severino Tostes Meirelles, 2760 - Distrito Industrial Franca - SP - CEP 14406-004 Telefone / Fax: 16 - 3713-7300 / 16- 3713-7301 E-mail: estival@estivalshoes.com Home Page: www.estivalshoes.com FABRICA AR TEF AT OS LÁ TEX SÃO ROQUE ARTEF TEFA LÁTEX Av. 3 de Maio, 307 São Roque – SP- CEP 18134-000 Telefone / Fax: 11- 4713 5000 / 11- 4712-5274 E-mail: latex@latexsr.com.br Home Page: www.latexsr.com.br
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NEGÓCIOS
Tuper investirá cerca de R$ 200 milhões para atender indústria petrolífera Por Regina Teixeira
Entusiasmada com a perspectiva de potencial de encomendas dos projetos do pré-sal, a Tuper, fabricante de tubos de aço e sistemas de escapamentos sediada em São Bento do Sul (SC), prepara sua entrada efetiva na cadeia de fornecedores do setor em 2012. Tradicional fornecedora de mercados diversificados como automotivo, construção civil, sucroenergético, máquinas e implementos rodoviários e agrícolas, a empresa planeja intensificar seu foco na cadeia de óleo e gás, após fornecimentos pontuais de tubos estruturais a clientes que atuam no setor. A aposta será na produção de tubos de diâmetro e espessura maiores para transporte de óleo e gás e revestimento de poços petrolíferos, a partir da inauguração de uma nova unidade no próximo ano. A Tuper acaba de revisar para cima seu plano de investimentos até o fim de 2012, que saltou de R$ 230 milhões para R$ 290 milhões, entre recursos próprios e aporte do BNDES. Cerca de 70% do montante - R$ 198 milhões – será destinado especificamente a projetos ligados ao mercado petrolífero. A maior parte dos recursos será aplicada na construção da nova fábrica, de 34.500 m2, que contemplará a unidade de negócio de óleo e gás da empresa. “Os produtos para o setor de petróleo e gás começam a ser fabricados no primeiro semestre de 2012. Porém, novos investimentos, posteriormente, já estão nos planos da empresa”, afirma Frank Bollmann, presidente e CEO da Tuper. “Dentro do leque de produtos já fabricados, a empresa atende algumas empresas do setor petrolífero. Mas o início da produção na nova unidade, em
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Nova unidade, a ser inaugurada em 2012, produzirá tubos de grande diâmetro para transporte de óleo e gás e revestimento de poços 2012, será a grande entrada da Tuper neste segmento”, completa. A empresa não revela a estimativa de faturamento para o próximo ano e a participação das encomendas de óleo e gás na receita. Com 40 anos de atuação no mercado, a Tuper atende a clientes de 22 segmentos. A estrutura da empresa é formada por sete unidades de negócios, distribuídas em mais de 80 mil metros quadrados de área construída. Com sede em São Bento do Sul e unidades industriais também em Xanxerê e Curitiba, a empresa possui presença física em 25 pontos de distribuição, localizados em cidades estratégicas do país. Novo negócio - O aumento da dimensão dos tubos produzidos – viabilizado a partir da entrada em operação da nova fábrica - é o ponto-chave para a Tuper almejar novos negócios em projetos ligados ao pré-sal. Atualmente, a tubulação de maior dimensão da Tuper é a de 127 milímetros de diâmetro, com 6,3 mm de espessura. Com a entrada em operação da nova unidade, a empresa começará a fabricar tubos de 140 mm até 340 mm de diâmetro e 16 mm de espessura. “A nova unidade será uma das mais modernas do mundo no que diz respeito à fabricação de tubos de grande diâmetro, oferecendo produtos de alta qualidade e atendendo a elevados requisitos técnicos. A Tuper entende que tem plenas condições de
atender a importantes projetos para o desenvolvimento do país, como o présal”, destaca Bollmann. Ele conta que o parque fabril será equipado com máquinas que possibilitarão um processo de solda por resistência elétrica por indução de corrente de alta freqüência, conhecido como ERW-HFI. Os equipamentos permitirão ainda processos como usinagem das bordas por fresamento, solda com proteção gasosa, inspeção por ultrassom de última geração (phased array), ultrassom para o corpo do tubo e testes hidrostáticos individuais. A unidade contará também com uma completa automação do fluxo do processo produtivo, com um laboratório para ensaios mecânicos de tração, impacto, dureza, micrografias e macrografias, além de um laboratório para análise química por espectrômetro de absorção atômica. A empresa revela que a nova unidade conciliará a aplicação de tecnologia própria para a formação de tubos com a aquisição de equipamentos importados, principalmente da Europa. “Esses produtos fabricados pela Tuper atenderão aos mais exigentes requisitos técnicos, tanto à especificação mundial API (American Petroleum Institute) quanto às normas específicas que são exigidas por algumas empresas, como, por exemplo, a Petrobras, Shell, Aramco. São produtos que exigem um grau
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Frank Bollmann, presidente e CEO da Tuper
extremamente alto de qualidade, com zero defeito de fabricação”, garante o executivo. Capacitação - Além da construção da fábrica, a Tuper investe também na formação de pessoal para atuar na nova área. Parte da equipe será formada por especialistas em inspeção de qualidade, aprovados no exame de qualificação aplicado pela Associação Brasileira de Ensaios Não Destrutíveis (Abendi), assim como pela ASNT (American Society of Non Destructive Tests). A empresa também tem injetado recursos na formação de novos especialistas, preparando-os para esses exames de qualificação. A Academia do Conhecimento Tuper é uma das iniciativas da empresa para aprimorar tecnicamente os conhecimentos de seus profissionais. Para Bollmann, o quadro de funcionários está preparado para os desafios do novo segmento. “Temas relevantes para o negócio fazem parte
das matérias ministradas por professores externos das mais conceituadas instituições de ensino e também por profissionais da empresa de alto nível nas suas especialidades. A Tuper investe, em média, 8,55 hora/mês por funcionário em sala de aula para treinamento e formação”. Mercado externo - A empresa não descarta o mercado externo, apesar da participação dos contratos de outros países no faturamento ainda ser pouco expressiva. O mercado interno sustentou o crescimento de 33% da Tuper em 2010, quando a empresa alcançou faturamento de R$ 895 milhões. “Apenas 2% do total das vendas da empresa foram direcionados ao mercado externo no ano passado, em especial para a América do Sul”, comenta Bollmann. Para este ano, quando a empresa projeta faturar R$ 1 bilhão, o quadro não deve se alterar muito: a expectativa é de que a fatia de contratos
externos chegue a 3%, com a inclusão de clientes dos Estados Unidos, do Chile e da Bolívia. Ainda assim, o presidente da empresa considera, no longo prazo, as perspectivas externas “excelentes, apesar das dificuldades relacionadas à política cambial do Brasil”. Além dos já tradicionais clientes do Mercosul, a Tuper pretende atender a outros países das Américas e ao oeste da África. O câmbio valorizado pode ser uma ameaça às ambições da Tuper para o segmento. A empresa admite a existência de concorrentes estrangeiras que comercializam produtos similares no mercado nacional. Por outro lado, as exigências de conteúdo local nas compras de bens e serviços no setor podem pesar favoravelmente para a Tuper. Bollmann afirma que sua empresa será a única de capital 100% nacional a disponibilizar tubos com dimensões e bitolas inovadoras no mercado nacional para o segmento de óleo e gás.
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ARTIGO
O pré-sal e a demanda por profissionais Por Marcelo Gonçalves*
Em 2006, a Petrobras descobriu, a poucos quilômetros de nosso litoral, gigantescas reservas de petróleo e gás natural de alta qualidade que podem fazer do Brasil um dos maiores produtores dessas commodities no mundo. Apesar dos desafios representados pela localização dos campos do pré-sal - como é conhecida esta área localizada em alto mar, entre 250 km e 300 km da costa, em uma faixa que vai do Espírito Santo a Santa Catarina, e cujas jazidas estão, em alguns casos, a mais de 7 mil metros abaixo do nível do mar -, especialistas consideram que a exploração comercial dessa riqueza é plenamente viável, o que deve mexer com a economia nacional. As reservas brasileiras de petróleo e gás anteriores à descoberta do pré-sal somavam aproximadamente 14 bilhões de barris equivalentes. Somente com as reservas estimadas de áreas já descobertas, como Tupi (agora conhecida como campo Lula), Iracema (agora nomeada campo Cenambi), Iara, Guará, Libra, Franco e outras, a disponibilidade total pode chegar a cerca de 40 bilhões de barris. No entanto, há estimativas de que a região do pré-sal (com aproximadamente 800 km de comprimento entre o Espírito Santo e Santa Catarina e largura média de 200 km) possa conter de 50 a 100 bilhões de barris. A maior empresa petrolífera brasileira, a estatal Petrobras, já se prepara para a exploração dessa riqueza, com a perspectiva de que sua exploração comercial se firme a partir de 2014 e consolide-se por volta de 2030, quando se acredita que o Brasil possa ser um dos cinco maiores produtores do mundo. A companhia está se capitalizando para ter recursos necessários aos vultosos investimentos exigidos pela empreitada. Por exemplo, ela realizou em setembro uma oferta pública de ações e aumentou seu capital social em cerca de R$ 120 bilhões, o que equivale à maior operação deste tipo na história em todo o mundo. Grande parte deste investimento foi
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pelo próprio governo, que aumentou sua participação na estatal adquirindo ações. No entanto, sócios minoritários e investidores privados também participaram da empreitada. A Petrobras é reconhecida em todo o mundo como uma das empresas de ponta na exploração de petróleo em águas ultraprofundas (a partir de 1.000 metros). A lâmina d’água onde as perfurações de poços do pré-sal ocorrerão tem entre 2.000 metros e 3.000 metros. O problema é que, além desta enorme faixa de água, atingir os depósitos de petróleo e gás do pré-sal demanda perfurações de até 5.000 metros de solo. A tecnologia já existente permite a exploração comercial de poços nessas condições, mas é preciso investir no desenvolvimento de novas soluções para que os custos de extração sejam reduzidos e, por conseguinte, a capitalização dos poços venha a ser potencializada. Este é um dos grandes desafios que o país tem à frente: desenvolver tecnologias que garantam retorno adequado na relação entre a produção e a comercialização do petróleo e gás do présal. Para que isso ocorra, é preciso, acima de tudo, dispor de capital humano qualificado nos mais variados segmentos para dar sustentação a todo o processo, que foi iniciado com a descoberta das reservas e que exigirá, a partir de agora, pesquisadores, técnicos e gestores capacitados em quantidade suficiente para desenvolver as soluções exigidas; construir e ampliar infraestruturas; operar equipamentos; e gerenciar os processos de extração, armazenamento, distribuição e comercialização. Além da exploração específica da região do pré-sal (que demandará investimentos estimados em mais de US$ 200 bilhões ao longo dos próximos anos, segundo especialistas) e do segmento produtivo de petróleo e gás (que inclui prospecção, refinarias, distribuição, indústria petroquímica, etc.), inúmeros setores serão estimulados,
como a indústria naval, a metalúrgica, a de construção civil, a prestação de serviços e todas as áreas que orbitam e terão contato direto ou indireto com esse fenômeno. Exemplo notável desse envolvimento multissetorial é o mercado imobiliário, que já vem sendo aquecido nas cidades litorâneas próximas às regiões da área de exploração do pré-sal. Para se ter uma idéia da demanda enorme que haverá por profissionais qualificados, somente a Petrobras deve contratar mais de 200 mil pessoas até 2013 para atender às necessidades do projeto do pré-sal. Os reflexos dessa demanda serão percebidos também no setor de Educação. Algumas instituições de ensino superior já estão a criar novos cursos nas áreas de Engenharia e Química para atender mais especificamente o segmento petrolífero. Mas vale lembrar que o mercado exigirá ainda profissionais de nível técnico, administradores e gestores para dar suporte ao crescimento geral esperado. Às empresas que direta ou indiretamente se beneficiarão da exploração do pré-sal cabe planejar seu crescimento e investir desde já na organização ou na contratação de estruturas destinadas a oferecer capacitação a seus colaboradores, para que todos estejam preparados no momento em que a demanda de fato se concretizar. As entidades de ensino também precisam avaliar a procura atual e futura de formação para as atividades específicas do setor de petróleo e gás e para as atividades assessórias, se preparando para atender à crescente demanda. Aos profissionais e estudantes que pretendem “surfar a onda” do pré-sal, capacitação, qualificação e especialização são as palavras-chave para o breve futuro, quando se espera um mercado ávido por um volume enorme de profissionais. No entanto, se iludem aqueles que pensam poder entrar neste mercado sem ter as credenciais exigidas pelas empresas. Em um mundo globalizado como o nosso, a importação de mão de obra, em especial aquela altamente especializada, é um dos fatores que será, sem dúvida, ponderado pelos contratantes na hora de formar suas equipes. *Marcelo Gonçalves é sócio-diretor da BDO, responsável pela área de training no Brasil.