Jornal Nacional da Umbada Ed. 27

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Jornalnacionaldaumbanda.com.br São26Paulo, 26 de Dezembro 2011. contato@jornaldeumbanda.com.br Pág. 1pág. 01 Jornal Nacional da Umbanda São Paulo, de Dezembro de 2011.de Edição 27 contato@jornaldeumbanda.com.br Expediente:

Pai Rubens Saraceni Pai Alan Levasseur

Jornal Nacional da Umbanda Edição nº 27 Índice de Matérias EDITORIAL Mensagem do Arcanjo Mickael (Rubens Saraceni) pág. 02 CADERNO DO LEITOR Regentes da natureza (Rodrigo Queiroz) pág. 04 Comentario sobre o campo mediunico (Rubens Saraceni) pág. 05 Orixa Iansã (Rubens saraceni) pág. 07 As Filhas de Iansã (Rubens saraceni) pág. 08 Yemanja (Alan Levasseur) pág. 09 Lenda de Yemanja (Alan Levasseur) pág. 10 Oração Nossa senhora dos Navegantes (Alan Levasseur) pág. 11

DOUTRINAIA De onde saem os signos Magicos (Rubens Saraceni) pág.12 Jornal de Portugal- Familia de Santo (Bernardo Cruz) pág.13 Jornal de Portugal – Os Elementos (Pai Claudio) pág. 13 Mensagem de Otimismo (Fabiana Lucera Roque) pág. 16 Autoconhecimento e Ego (Raphael Marcondes) pág. 17 Sou eu Zé (Pai Luiz Renato) pág. 18 Absurdos(Pai Silvio Matos) pág. 18 OFERENDAS, MAGIAS E Trabalhos de Umbanda Função das Oferendas (Pai Pedro de Ogum) pág. 20 Sugestão de Oferenda aos Marinheiros (tarot do Amor) pág. 21 AGENDA DE EVENTOS UMBANDISTAS Cursos Presenciais (André G. Santos) pág. 22 ULTIMA PAGINA De Um Preto Velho (Sabedoria Popular) pág. 25


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EDITORIAL MENSAGEM DO ARCANJO MICKAEL DURANTE O CURSO DE MAGIA A pratica da Magia das 7 esferas Sagradas obedece a um desígnio divino trazido até nós pelo Senhor Arcanjo Guardião da Lei e tem por objetivo dotar os magos iniciados nesta magia com um poder ordenador do caos já estabelecido na paralela espiritual pelos adeptos da magia negativa e destrutiva que vem se expandindo cada vez mais porque as pessoas movidas unicamente pelo desejo de se tornarem “poderosos” estão reativando poderes mágicos negativos e altamente destrutivos já recolhidos pela Lei Maior mas que inconformados pela perda da ascendência que possuía sobre os seus seguidores do passado busca-os continuamente quando reencarnam e fazem todo o possível para controla-los e manipulá-los segundo seus interesses muito antigos de terem participação ativa sobre a vida dos espíritos encarnados aos quais veem como seus devedores e supridores de energias revigoradoras que, onde se encontram não existe. Esses poderes negativos inconformados, procuram a todo instante assumir controle mental dos espíritos encarnados e tem obtido um certo sucesso sobre as pessoas que entram em desequilíbrio devido suas dificuldades do plano material e que as afastam do convívio religioso e domestico. Milhões incontáveis de pessoas encontram-se subjugadas por seres mentalmente poderosos e são manipulados continuamente por suas legiões de espíritos trevosos que interferem em suas vidas afastando-os tanto de Deus quanto dos seus familiares, com os quais se antagonizam muito facilmente criando barreiras quase intransponíveis de reaproximação e de restabelecimento de relações fraternas. Isso esta acontecendo a todo instante com casais que ocorrências corriqueiras e facilmente transmutáveis pelo amor, transformam-se em antipatias que esfriam seus relacionamentos e os influenciam a procurar fora da harmonia do casamento a satisfação intima que dentro dele já não encontram mais porque estão sendo manipulados mentalmente por estas legiões de espíritos trevosos ávidos de energias viciadas emitidas continuamente por todas as pessoas que entram em desequilíbrio e caem sob seus domínios mentais e nos olhos maus sedutores. O mesmo vem ocorrendo com os jovens que por falta de um ambiente domestico favorável a sua formação religiosa e moral vem se degenerando consiêncialmente, e entregando-se muito facilmente aos vícios onde também de forma ilusória vivenciam certos prazeres dos sentidos que mais adiante transformam-se em tormentos para suas filhas e filhos e familiares, levando-os a ruptura dos laços de amor com seus entes queridos, fato este que faz com que meninos comecem a roubar para alimentar seus vícios e meninas a comercializarem seus corpos em troca da alimentação de seus vícios. Esta calamidade esta ocorrendo a nível mundial e apesar dos muitos aletas dos servos da Luz encarnados, não estão surtindo efeito nenhum sobre esta degeneração consciêncial porque o assédio continuo dessas legiões trevosas tem sido muito eficientes na indução de casais a separação e de jovens ao vicio das drogas. Ao mago iniciado na Magia Divina das 7 Esferas Sagradas, mistério esse guardado pelos Arcanjos Divinos é necessário o desenvolvimento de um estado elevado de consciência para que suas ações magicas e suas projeções das Esferas Sagradas , essas gigantescas legiões trevosas sejam recolhidas e esgotados dos seus vícios e negativismos assim como, recolham dentro delas os


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poderosos seres manifestadores desses poderes divinos degenerados que estão assentados nas esferas negativas extra-humanas e arregimentar gigantescas legiões de espíritos humanos que quando viveram no plano material também romperam seus laços fraternos não só com seus familiares, mas com todos a sua volta assim como viraram suas costas a Deus e entregaram-se de corpo e alma a vivenciação dos prazeres mundanos que se são ilusórias e passageiras, no entanto tem um poder de atração muito grande junto as pessoas que entram em desequilíbrio. Ao mago iniciado no Mistério das 7 Esferas Sagradas não compete julgar ninguém, mas é de sua competência recolher dentro das esferas divinas que projetaras todos os espíritos que tiverem atuando sobre os desencarnados em desacordo com os princípios que regem os relacionamentos entre habitantes destes dois planos que se complementam e que tem Leis rigorosas a reger ambos os lados de uma mesma coisa. A competência do mago iniciado é ser abrangente em suas ações magicas para recolher o máximo de espíritos desequilibrados em suas ações magicas pois dentro do Mistério das 7 Esferas sagradas os negativismos, sejam eles gerados pelos vícios da matéria ou pelos desequilíbrios consciênciais serão neutralizados e anulados e um novo ser sairá de dentro delas já sem vícios que o atraíram para o lado material e sem os desequilíbrios mentais que o afastaram de Deus . Cada esfera em si é um mistério de Deus, regido pelos seus 7 Tronos Divinos e guardados pelos seres celestiais, que tem por função aplicar as Leis Divinas tanto sobre os seres espirituais quanto os seres naturais que vivem e evoluem nas dimensões paralelas a dimensão espiritual humana e a aplicação aqui no plano material dessa Magia Divina tem por objetivo dar inicio a reordenação do caos estabelecido a partir desse intercambio viciado e degenerado com a paralela espiritual humana e com as paralelas humanas naturais onde seres que também entraram em desequilíbrios nos reinos e domínios onde vivem para a contra parte negativa espiritual humana, onde recebem abrigo e podem dar vazão às suas degenerações. O poder que vem junto com este mistério para os magos iniciados não poderá ser usado para alguns desses dar vazão aos seus negativismos jamais ainda não trabalhados de formas corretas, mas sim destina-se a ser aplicado no auxilio da Lei Maior para os que estão clamando a Deus pelo alivio de seu sofrimento aqui na terra ou nas esferas negativas humanas coalhadas de espíritos já esgotados de negativismos que clamam a Deus pela redenção de seus pecados. Será através da ação abrangente nas suas ações magicas que o mago iniciado auxiliará a Lei maior no resgate de bilhões de espíritos que hoje só saem de onde se encontram de duas formas: a primeira é através de sua entrega total a esses poderes negativos onde torna-se mais um nessas incontáveis legiões trevosas. A segunda maneira de sair é através das magias negativas e destrutivas que abrem para o embaixo humano, portais através dos quais muitos desses sofredores são projetados para dentro dos campos e das casas das varias vitimas desse tipo de ação magica, condenados pela Lei Maior que tem por objetivo a destruição da vida de alguém. A Lei Maior nos ensina que se algo ou alguém nos desagrada a nossa obrigação é a de nos afastarmos desse algo ou desse alguém e não de ameaçarmos tentativas de destruí-los. Esses procedimentos condenáveis pela Lei Maior tem levado milhões de pessoas que recorrem a eles, a serem recolhidos nas faixas vibratórias negativas humanas para neutralização e esgotamento de seus desequilíbrios consciênciais e vícios desumanizados. Essa será a grande tarefa para os Magos iniciados no Mistério das 7 Esferas Sagradas: Retirar das faixas vibratórias negativas humanas os espíritos que regrediram e recolhe-los dentro das Esferas Divinas para que sem interferência humana alguma possam ser livrados de seus desequilíbrios consciênciais e restituídos às suas linhas de evolução originais. É uma tarefa redentora e assim deve ser entendido a concessão desse Mistério Divino a cada um dos que nele se iniciarem, pois suas ações serão comandadas pelo mistério da redenção divina que não busca a punição de quem errou, esta tem a função de retirá-los do negativismo que instalou-se em seu intimo após tomar consciência da gravidade e extensão de seus erros. A redenção divina procura através de canais límpidos de seu instrumento de resgate dos que por razões que não competem ao mago iniciado discuti-las ou questiona-las, ser um instrumento límpido de Deus aqui na Terra. Se assim não for não tem porque iniciar-se nesse mistério Divino, pois ele não esta sendo aberto para a vaidade humana, para a soberbia, e muito menos para acertos de contas pessoais injustificados perante a Lei Maior, e sim, esse grau excelso de magia esta sendo aberto dentro da magia divina como um grau redentor que não pune a ninguém, mas que auxilia a todos, pois quando


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colocado em ação o mistério das 7 Esferas sagradas é a própria misericórdia divina em ação na vida dos seres alcançados pelos seus mistérios. Que nenhum mago iniciado engane-se, pois não lhe será dado nenhum poder destrutivo, pois isto abriria em seu mental canais de acesso para estes poderes negativos que buscam ligar-se ao mental dos vaidosos, dos soberbos e dos invejosos para, a partir dele, atuarem aqui no plano material e inclusive os mais fragilizados aos vícios e às regressões consciênciais. Mensagem do Arcanjo Micael ou Misrael, do mental divino, canalizada por Rubens Saraceni.

Regentes da Natureza. Milagres e fenômenos são as chaves de toda semeadura religiosa e com a Umbanda não seria diferente, pois eles acontecem a todo instante por todo o Brasil e surpreendem os descrentes, os ateus, os zombeteiros e até os fiéis Umbandistas, já acostumados a eles nos seus trabalhos rituais. Saibam que, em se tratando de coisas divinas, os milagres e os fenômenos são coisas comuns e acontecem em todas as religiões, pois só assim o senso comum cede lugar à fé e permite que toda uma vida desregrada seja ordenada e colocada na senda luminosa da evolução espiritual e consciencial. Neste aspecto a Umbanda tem sido destacada, pois os milagres de alguns médiuns e os fenômenos realizados pelos mentores espirituais provam a todos que por trás do visível (matéria) está o invisível (Deus). E se fôssemos listar os prodígios e fenômenos, nunca terminaríamos porque estão se renovando a todo instante em lugares distantes, e sem qualquer ligação material entre si. Mas se assim é, é porque assim acontece com todas as semeaduras religiosas. Algumas pessoas mais afoitas endeusam quem realiza “milagres e não entendem que o correto seria meditarem no porquê deles estarem acontecendo. Não percebem que os prodígios visam dar provas concretas dos mistério ocultos regidos pelos sagrados Orixás e que estes visam fornecer meios mais acessíveis para a propagação da religião Umbandista. A Umbanda ainda é muito recente para prescindir dos prodígios e dos fenômenos. E nós esperamos que nunca os dispense pois as pessoas mais descrentes ou arredias só se convencem da existência dos poderes divinos quando se deparam com os prodígios realizados pelos médiuns. Aí sim deixam de lado o senso comum, despertam para a fé e dedicam parte do tempo à religião. A Umbanda é nova e talvez daqui a uns três séculos os seus dirigentes se reúnam e, tendo muitas idealizações sobre suas mesas, optem por uma que mais fale aos corações dos Umbandistas de então. Mas não esqueçam que, se os primeiros cristãos são vistos como um exemplo a ser seguido no campo religioso do Cristianismo pelo seus desprendimento, fé inabalável e tenacidade na defesa da religião que adotaram, vocês, os Umbandistas de hoje, serão vistos no futuro pela forma que se portarem diante das dificuldades que esta nova religião está sofrendo, já que ela é combatida pelas mais velhas com todas as armas, recursos e truculências que têm à disposição. Afinal, os romanos tinham o circo onde atiravam os cristãos de então aos leões. Os neo cristãos de hoje têm à sua disposição a televisão, onde atiram os Umbandistas às hienas mercadoras da fé em Jesus Cristo. Tenham consciência do momento atual de sua religião e portem-se à altura do que de vocês esperam os sagrados Orixás, já renovados no Ritual de Umbanda Sagrada. E creiam, daqui a


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alguns séculos as hienas terão se calado, pois terão encontrado a resposta de Deus a seus desafios. Mas até que isso aconteça, fortaleçam sua fé no amor aos sagrados Orixás, pois eles são as divindades regentes desse nosso abençoado planeta. E se são chamados de “encantados” é porque encantam quem a eles se consagram e não se deixam abater pelas críticas sofridas, pelas zombarias assacadas ou pela falta de uma literatura Umbandista mais incisiva para o momento atual e mais esclarecedora acerca dos mistérios divinos que são os Orixás. Correspondam ao momento atual de sua religião e, no futuro, quando todos rezarem por uma mesma cartilha, aí se realizarão e dirão: “Meus amados Orixás, valeu a pena minha tenacidade, resignação, humildade, amor e fé, pois minha religião prosperou entre os homens”! Saravá, os Orixás! Saravá, irmãos em Oxalá! (Extraído de “O Código de Umbanda”, adaptado por Rodrigo Queiróz).

COMENTÁRIO SOBRE O CAMPO MEDIÚNICO DO MÉDIUM (Rubens Saraceni - Teologia de Umbanda) Todos sabem que um ser humano, uma planta, um mineral e muitos animais não racionais possuem uma aura que os envolve, protegendo-os do meio exterior. Assim como sabemos que esta aura também é refletora da energia interior dos corpos inanimados. Nos seres vivos, é a refletora dos sentimentos e dos padrões energo-magnéticos e está intimamente relacionada com o campo emocional. O campo mediúnico inicia-se no corpo elementar básico e expande-se uniformemente ao redor dele por aproximadamente uns trinta centímetros, e até uns setenta, no máximo. Este campo mediúnico ou eletromagnético é comum a todos os seres humanos, independente de sua formação cultural ou religiosa. E aqui nos limitaremos só aos seres humanos. O fato é que este campo eletromagnético tem sua sede no mental, que é a “coroa” ou chacra coronário, iniciando-se ao seu redor e derramando-se em torno do corpo elemental básico. “Elemental” porque é elemento puro, e básico porque é o primeiro “corpo” que o ser humano teve formado num estágio virginal onde evoluiu. O campo mediúnico abre-se para o plano espiritual e é através dele que são estabelecidas ligações magnéticas com o mundo espiritual.


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Este campo interpenetra outras dimensões, mas não as sente ou é sentido por quem vive nelas. O mesmo acontece com os espíritos em relação ao plano material: atravessam paredes, corpos, etc., sem alterar suas estruturas espirituais ou as estruturas físicas dos objetos tocados por eles. “No universo, tudo vibra e tudo é vibração.” Logo, se tudo o que existe no plano material obedece ao padrão vibratório “atômico”, no plano espiritual o padrão vibratório é o “etérico”. “Etérico”, de éter ou energia sutilizada a níveis suprafísicos. Em cada padrão vibratório específico, tudo se nos mostra regido pelas mesmas leis que sustentam as formas no plano material: agregados energéticos que, por magnetismos específicos, dão formação às massas ou corpos físicos. Na dimensão onde vivem os espíritos, um magnetismo semelhante ao existente no plano material também existe, e sustenta tudo o que nela possa existir. A única diferença está no relacionamento energético e na mudança do padrão vibratório, tanto dos seres quanto das formas, que são plasmadas a partir do éter. Assim explicado, então saibam que todos nós temos um campo mediúnico que se abre para muitas dimensões da vida, e que as interpenetram, ainda que disto não nos apercebamos, pois nosso campo percepcional espiritual está graduado no mínimo para captar as vibrações exclusivas da dimensão humana e no máximo para captar vibrações espirituais. Mas este campo mediúnico interpenetra as dimensões ígneas, aquáticas, terrosas, eólicas, mistas, cristalinas, minerais, vegetais, etc. se desenvolvermos conscientemente nosso rústico percepcional, então podemos captar as energias circulantes que existem nelas e nos chegam de forma sutil. Este campo mediúnico que, à falta de palavras de melhor definição preferimos nominar de “campo eletromagnético”, é justamente a nossa tela refletora onde as ligações invisíveis costumam acontecer. É neste campo pessoal dos seres humanos que se alojam focos vibratórios ou acúmulos energéticos que refletem na aura e a rompem, alcançando o corpo energético ou mesmo o físico, afetando a saúde. Se em um primeiro momento os padrões vibratórios são diferentes, no entanto, tudo o que nele se alojou vai pouco a pouco sendo induzido pelo nosso magnetismo a adequar-se ao nosso padrão pessoal. Aí começa a ser internalizado por magnetismo. Isto é comum nos casos de obsessão espiritual, quando um ser não afim conosco aloja-se em nosso campo eletromagnético. O padrão vibratório do intruso é outro, só passamos a ser incomodados quando ele adequa seu padrão ao nosso. Então suas vibrações mentais, conscientes ou não, interferem no nosso mental através de nosso emocional conduzindo-nos a desequilíbrios energéticos profundos. Estas interferências, se muito duradouras ou intensas, costumam nos desequilibrar de tal forma que passamos a ter duas personalidades antagônicas num mesmo ser e um mesmo espaço mediúnico. E, porque nosso corpo físico reage a estes estímulos vibrados pelo intruso alojado em nosso campo eletromagnético, então começamos a sentir desequilíbrios (dores) no próprio corpo físico. São as doenças não diagnosticadas pelos médicos. Os “passes” ministrados por médiuns magnetizadores e doadores de energias têm como função descarregar este campo dos acúmulos de energias negativas nele formados no decorrer do tempo. É por isso que os passes magnéticos são fundamentais num tratamento espiritual, pois os mentores curadores precisam tem em seus pacientes este campo totalmente limpo, quando então começam a operar no corpo energético, onde realizam cirurgias corretivas ou desobstruidoras, chegando mesmo a retirarem “tumores” formados unicamente por energias negativas internalizadas pelo corpo energético. Só depois de equilibrarem o campo eletromagnético e o corpo energético dos seres é que os mentores curadores atuam no corpo físico de seus pacientes encarnados, que a eles recorrem pois realizam curas maravilhosas onde a limitada medicina falha. É fundamental que saibam disso pois só assim entenderão o porquê dos passes realizados em todos os centros espíritas ou de Umbanda: é para realizar a limpeza dos campos mediúnicos de seus frequentadores.


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Só que, enquanto nos centros espíritas usa-se o passe magnético, nos centros de Umbanda também se recorre aos passes mágicos energéticos, quando são usados diversos materiais ( fumo, água, ervas, pedras ou colares, etc.) que descarregam os acúmulos negativos alojados nesses campos eletromagnéticos. O uso de guias ou colares pelos médiuns tem esta função durante os trabalhos práticos: as energias que vão sendo captadas, vão se condensando (agregando) às guias e não são absorvidas pelos seus corpos energéticos, não os sobrecarregando e não os desarmonizando durante os trabalhos espirituais. Ervas e fumo, quando potencializadas com energias etéreas pelos mentores, também se tornam poderosos limpadores de campos eletromagnéticos. Enfim, existe toda uma ciência por trás de tais procedimentos dos espíritos que atuam no Ritual de Umbanda Sagrada. Pai Rubens Saraceni.

ORIXÁ IANSÃ lansã é a aplicadora da Lei na vida dos seres emocionados pelos vícios. Seus campo preferencial de atuação é o emocional dos seres: ela os esgota e os redireciona, abrindo-lhes novos campos por onde evoluirão de forma menos “emocional”. Iansã, em seu primeiro elemento é ar e forma com Ogum um par energético onde ele rege o polo positivo e é passivo pois suas irradiações magnéticas são retas. lansã é negativa e ativa, e suas irradiações magnéticas são circulares ou espiraladas. Observem que lansã se irradia de formas diferentes: é cósmica (ativa) e é o Orixá que ocupa o polo negativo da linha elemental pura do ar, onde polariza com Ogum. Já em seu segundo elemento ela polariza com Xangô e atua como o polo ativo da linha da Justiça, que é uma das sete irradiações divinas. Na linha da Justiça, Iansã é seu aspecto móvel e Xangô é seu aspecto assentado ou imutável, pois ela atua na transformação dos seres através de seus magnetismos negativos. Iansã aplica a Lei nos campos da Justiça e é extremamente ativa. Uma de suas atribuições é colher os seres fora-da-Lei e, com um de seus magnetismos, alterar todo o seu emocional, mental e consciência, para, só então, redirecioná-lo numa outra linha de evolução, que o aquietará e facilitará sua caminhada pela linha reta da evolução. As energias irradiadas por Iansã densificam o mental, diminuindo seu magnetismo e estimulam o emocional, acelerando suas vibrações. Com isso, o ser se torna mais emotivo e mais facilmente é redirecionado. Mas quando não é possível reconduzi-lo à linha reta da evolução, então uma de suas sete intermediárias cósmicas, que atuam em seus aspectos negativos, paralisam o ser e o retém em um dos campos de esgotamento mental, emocional e energético, até que ele tenha sido esgotado de seu negativismo e tenha descarregado todo o seu emocional desvirtuado e viciado. Sete atuam junto aos polos magnéticos irradiantes e auxiliam os orixás regentes dos polos positivos, onde entram como aplicadoras da Lei segundo os princípios da Justiça Divina, recorrendo aos aspectos positivos da Orixá Planetária Iansã. São vinte e uma orixás lansãs intermediárias aplicadoras da Lei nas Sete Linhas de Umbanda. Como seus campos preferenciais de atuação são os religiosos, não é de se estranhar que nossa amada mãe Iansã intermediária para a linha da Fé nos campos do Tempo seja confundida com a própria Oiá, já que é ela quem envia ao tempo os eguns fora-da-Lei no campo da religiosidade. Iansã do Tempo, não tenham dúvidas, tem um vasto campo de ação e colhe os espíritos desvirtuados nas coisas da Fé, enviando-os ao Tempo onde serão esgotados. Mas, não tenham dúvidas, antes ela tenta reequilibrá-los e redirecioná-los, só optando por enviá-los a um campo onde o magnetismo os esvazia quando vê que um esgotamento total em todos os sete sentidos é necessário. E isto o Tempo faz muito bem!


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Já Iansã Bale, do Bale, ou das Almas, é outra intermediária de nossa mãe maior lansã que é muito solicitada e muito conhecida, porque atua preferencialmente sobre os espíritos que desvirtuam os princípios da Lei que dão sustentação à vida e, como vida é geração e Omulu atua no polo negativo da linha da Geração, então ela envia aos domínios de Tatá Omulu todos os espíritos que atentaram contra a vida de seus semelhantes ao desvirtuarem os princípios da Lei e da Justiça Divina. Logo, seu campo escuro localiza-se nos domínios do Orixá Omulu, que rege sobre o lado de “baixo” do campo santo. Mas também são muito conhecidas as Iansãs intermediárias Sete Pedreiras, dos Raios, do Mar, das Cachoeiras e dos Ventos (Iansã pura). As outras assumem os nomes dos elementos que lhes chegam através das irradiações inclinadas dos outros orixás, quando surgem as Iansãs irradiantes e multicoloridas. Temos: • uma Iansã do Ar; • uma lansã Ígnea; • uma Iansã Cristalina; • uma lansã Telúrica; • uma lansã Mineral; • uma lansã Aquática. • uma Iansã Vegetal; Bom, só por esta amostra dos múltiplos aspectos de nossa amada regente feminina do ar, já deu para se ter uma ideia do imenso campo de ação do mistério “Iansã”. O fato é que ela aplica a Lei nos campos da Justiça Divina e transforma os seres desequilibrados com suas irradiações espiraladas, que o fazem girar até que tenham descarregado seus emocionais desvirtuados e consciências desordenadas! Não vamos nos alongar mais, pois muito já foi dito e escrito sobre a “Senhora dos Ventos”. OFERENDA: Velas brancas, amarelas e vermelhas; champanhe branca, licor de menta e de anis ou de cereja; rosas e palmas amarelas, tudo depositado no campo aberto, pedreiras, beira-mar, cachoeiras, etc.

As Filhas de Yansã As filhas de Iansã são emotivas e se não se impõem, revoltam-se e abandonam quem não submete-se a elas e logo estão estabelecendo novas ligações...onde se imporão; As filhas de Iansã, no negativo, são apaixonadas, bravas, emotivas, de pavio curto, falantes, briguentas, intolerantes, não perdoam quem as magoa e são explosivas. Já no positivo, são envolventes, risonhas, alegres, amorosas, mas sem pieguice, possessivas com os seus, amigas e expeditas, ágeis no pensar e no falar, objetivas, lutadoras e líderes natas; As filhas de Iansã apreciam festas, pessoas falantes e alegres, ambientes alegres e multicoloridos, viagens a passeio, homens envolventes, trabalhos agitados. Não apreciam homens introvertidos, reuniões monótonas, amizades egoístas, ambientes conservadores, trabalhos ou deveres monótonos, comidas pesadas, roupas sóbrias, a “prisão” da vida doméstica, a repetição das mesmas coisas no seu dia-a-dia; Bem, vamos parar por aqui, senão continuaremos a listar características cada vez mais íntimas das filhas de Iansã. Podemos acrescentar apenas que as filhas de Iansã são muito seletivas e só se apaixonam de fato se o homem for muito envolvente. Do contrário, assim como os atrai os dispensa com uma rapidez impressionante. Saibam que: - na Astrologia, as filhas de Iansã são regidas pelo Sol; - na Numerologia, Iansã é o número 13; - nos elementos, Iansã é o vendaval, que desaba e a ventania que faz tudo balançar; - na irradiação da Lei, Iansã é a Lei atuando no sentido de redirecionar os seres que se desequilibraram; - na fé, Iansã é a novidade que a renova na mente e no coração dos seres; - na vida, Iansã é a busca de melhores condições de vida para os seres; - na criação divina, Iansã é a busca de adaptação do ser ao meio onde vive. (Texto extraído do livro “Gênese Divina de Umbanda Sagrada”, de Rubens Saraceni).


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YEMANJÁ "Yemanjá, rainha do mar, é também conhecida por dona Janaína, Inaê, Princesa de Aiocá e Maria, no paralelismo com a religião católica. Aiocá é o reino das terras misteriosas da felicidade e da liberdade, imagem das terras natais da África, saudades dos dias livres na floresta." Jorge Amado É uma das rainhas das águas, sendo as duas salgadas: as águas provocadas pelo choro da mãe que sofre pela vida de seus filhos, que os vê se afastarem de seu abrigo, tomando rumos independentes; e o mar, sua morada, local onde costuma receber os presentes e oferendas dos devotos. Em Cuba, é conhecida por Yemayá e também possui as cores azul e branca, é uma rainha do mar negra, assume o nome cristão de La Virgen de la Regla e faz parte da Santeria como santa padroeira dos portos de Havana. Odoyá Mãe Yemanjá, Senhora da calunga grande, rainha do mar. Sincretizada com Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora dos Navegantes, é a grande Mãe de toda vida na Terra. As cerimônias em sua homenagem são comumente feitas à beira-mar, as oferendas podem ser feitas na areia ou colocadas em um barquinho que é solto após passar (pular) por 7 ondas. Suas cores são o azul claro e branco, sua bebida é a sidra, espumante e champanhe. A mais tradicional Festa de Yemanjá acontece em Salvador, capital da Bahia, tem lugar na praia do Rio Vermelho todo dia 2 de Fevereiro. Na mesma data, Yemanjá também é cultuada em diversas outras praias brasileiras, onde lhe são ofertadas velas e flores, lançadas ao mar em pequenos barcos artesanais. Na verdade suas festividades e homenagens começam logo após o Natal e se estendem por todo mês de janeiro do ano seguinte em todo Brasil. Na praia de Copacabana as comemorações de Yemanjá marcam a passagem de ano e podem ser vistas também por toda orla marítima do Rio de Janeiro. Qualidades: Candomblé: Yemowô - que na África é mulher de Oxalá, Iyamassê - é a mãe de Sàngó, Yewa - rio africano paralelo ao rio Ògún e que frequentemente é confundido em algumas lendas com Yemanjá, Olossa - lagoa africana na qual desaguam os rios Yewa e Ògún, Yemanjá Ogunté - que casa com Ògún Alagbedé, Yemanjá Asèssu - muito voluntariosa e respeitável, Yemanjá Saba ou Assabá - está sempre fiando algodão é a mais jovem. Dia da semana: Sábado Data: 2 de fevereiro (31 de dezembro/1 de janeiro) Metal: prata e prateados Cor: prata transparente, azul, verde água e branco Comida: manjar branco, acaçá, peixe do mar, bolo de arroz, ebôya e vários tipos de furá Símbolos: abebé prateado, alfange, agadá, obé, peixe, couraça, adê, braceletes, e pulseiras Arquétipo: (Do livro "Orixás - Pierre Fatumbi Verger - Editora Corrupio") Tomamos emprestada a descrição do arquétipo de Yemanjá a Lydia Cabrera, sua filha, certamente a mais competente de todas aquelas que nos foi dado o prazer de conhecer: "As filhas (e filhos) de Yemanjá são voluntariosas, fortes, rigorosas, protetoras, altivas e, algumas vezes, impetuosas e arrogantes; têm o sentido da hierarquia, fazem-se respeitar e são justas mas formais; põem à prova as amizades que lhes são devotadas, custam muito a perdoar uma ofensa e, se a perdoam, não a esquecem jamais. Preocupam-se com os outros, são maternais e sérias. Sem possuírem a vaidade de Oxum, gostam do luxo, das fazendas azuis e vistosas, das jóias caras. Elas têm tendência à vida suntuosa mesmo se as possibilidades do cotidiano não lhes permitem um tal fausto". No arquétipo psicológico, segundo o livro 'Os Orixás', publicado pela Editora Três, expandemse as características insinuadas pela descrição dos mitos e lendas de Yemanjá. Também fica fácil entender os conceitos principais se mantivermos a comparação com o Orixá Oxum. Como os filhos da mãe da água doce, os de Iemanjá, também gostam de luxo, das jóias caras e dos tecidos vistosos. Gostam de viver num ambiente confortável e, mesmo quando pobres, pode-se notar uma certa sofisticação em suas casas, se comparadas com as demais da comunidade de que fazem parte. Enquanto os filhos de Oxum são diplomatas e sinuosos, os de Iemanjá se mostram mais diretos. São capazes de fazer chantagens emocionais, mas nunca diabólicas. A força e a determinação fazem parte de seus caracteres básicos, assim como o sentido da amizade e do


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companheirismo. Como são pessoas presas ao arquétipo da mãe, a família e os filhos têm grande importância na vida dos filhos de Iemanjá. A relação com eles pode ser carinhosa, mas nunca esquecendo conceitos tradicionais como respeito e principalmente hierarquia. São pessoas que não gostam de viver sozinhas, sentem falta da tribo, inconsciente ancestral, e costumam, por isso casar ou associar-se cedo. Não apreciam as viagens, detestam os hotéis, preferindo casas onde rapidamente possam repetir os mecanismos e os quase ritos que fazem do cotidiano. Apesar do gosto pelo luxo, não são pessoas obcecadas pela própria carreira, sem grandes planos para atividades a longo prazo, a não ser quando se trata do futuro de filhos e entes próximos. Todos esses dados nos apresentam uma figura um pouco rígida, refratária a mudanças, apreciadora do cotidiano. Ao mesmo tempo, indicam alguém doce, carinhoso, sentimentalmente envolvente e com grande capacidade de empatia com os problemas e sentimentos dos outros. Mas nem tudo são qualidades em Iemanjá, como em nenhum Orixá. Seu caráter pode levar o filho desse Orixá a ter uma tendência a tentar concertar a vida dos que o cercam - o destino de todos estariam sob sua responsabilidade. Ela é mãe de todos nós. Os filhos de Iemanjá são bons conhecedores da natureza humana, analíticos, demoram um pouco pra confiar em alguém. Quando aceitam uma pessoa no seu círculo íntimo de amigos, deixam de ter restrições, aceitando-a completamente e defendendo-a; seja nos erros ou acertos, tendo grande capacidade de perdoar as pequenas falhas humanas. Se um(a) filho(a) de Iemanjá guarda rancor ou tem sentimentos negativos para com outra pessoa, é melhor se afastar e esquecer. A mãe de toda vida terrena repudia violência, desamor, vingança, ódio e qualquer sentimento negativo entre seus filhos. Enviado por Alan Levasseur E-mail: Alan@hakanaa.com Fonte: Diversas

LENDA DE YEMANJA Retirado do livro de Pierre Verger Yemanjá era a filha de Olokum, a deusa do mar. Em Ifé, ela tornou-se a esposa de OlofinOdudua, com o qual teve dez filhos, estas crianças receberam nomes simbólicos e todos tornaramse orixás. Um deles foi chamado de Oxumaré, o Arco-Íris, “aguele-que-se-desloca-com-a-chuva-erevela-seus-segredos”. De tanto amamentar seus filhos, os seios de Yemanjá tornaram-se imensos. Cansada da sua estadia em Ifé, Yemanjá fugiu na direção do “entardecer-da-terra”, como os iorubas designam o Oeste, chegando a Abeokutá. Ao norte de Abeokutá, vivia Okerê, rei de Xaki. Yemanjá continuava muito bonita. Okerê desejou-a e propôs-lhe casamento. Yemanjá aceitou mas, impondo uma condição, disse-lhe: “Jamais você ridicularizará da imensidão dos meus seios.” Mas, um dia, ele bebeu vinho de palma em excesso. Voltou para casa bêbado e titubeante. Ele não sabia mais o que fazia. Ele não sabia mais o que dizia. Tropeçando em Yemanjá, esta chamou-o de bêbado e imprestável. Okerê, vexado, gritou: “Você, com seus seios compridos e balançantes! Você, com seus seios grandes e trêmulos!” Yemanjá, ofendida, fugiu em disparada. Certa vez, antes do seu primeiro casamento, Yemanjá recebera de sua mãe, Olokum, uma garrafa contendo uma poção mágica pois, dissera-lhe esta: “Nunca se sabe o que pode acontecer amanhã. Em caso de necessidade, quebre a garrafa, jogando-a no chão.” Em sua fuga, Yemanjá tropeçou e caiu, a garrafa quebrou-se e dela nasceu um rio. As águas tumultuadas deste rio levaram Yemanjá em direção ao oceano, residência de sua mãe Olokum. Okerê, contrariado, queria impedir a fuga de sua mulher. Querendo barrar-lhe o caminho, ele transformou-se numa colina, chamada, ainda hoje, Okerê, e colocou-se no seu caminho, Yemanjá quis passar pela direita, Okerê deslocou-se para a direita, Yemanjá quis passar pela esquerda, Okerê deslocou-se para a esquerda. Yemanjá vendo assim bloqueado seu caminho para a casa materna chamou Xangô, o mais poderoso dos seus filhos.


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Xangô veio com dignidade e seguro do seu poder, Ele pediu uma oferenda de um carneiro e quatro galos, um prato de “amalá”, preparado com farinha de inhame, e um prato de “gbeguiri”, feito com feijão e cebola e declarou que, no dia seguinte, Yemanjá encontraria por onde passar. Nesse dia, Xangô desfez todos os nós que prendiam as amarras da chuva, começaram a aparecer nuvens dos lados da manhã e da tarde do dia, começaram a aparecer nuvens da direita e da esquerda do dia e quando todas elas estavam reunidas, chegou Xangô com seu raio. Ouviu-se então: "Kakara rá rá rá" Ele havia lançado seu raio sobre a colina Okere. Ela abriu-se em duas e, "suichchchch" Yemanjá foi-se para o mar de sua mãe Olokum, aí ficou e recusa-se, desde então, a voltar em terra. Enviado por: Alan Levasseur E-mail: alan@hakanaa.com Fonte: Pierre Verger

ORAÇÃO A NOSSA SENHORA DOS NAVEGANTES Ó Nossa Senhora dos Navegantes, Mãe de Deus criador do céu, da terra, dos rios, lagos e mares; protegei-me em todas as minhas viagens. Que ventos, tempestades, borrascas, raios e ressacas, não perturbem a minha embarcação e que monstro nenhum, nem incidentes imprevistos causem alteração e atraso à minha viagem, nem me desviem da rota traçada. Virgem Maria, Senhora dos Navegantes, minha vida é a travessia de um mar furioso. As tentações, os fracassos e as desilusões são ondas impetuosas que ameaçam afundar minha frágil embarcação no abismo do desânimo e do desespero. Nossa Senhora dos Navegantes, nas horas de perigo eu penso em vós e o medo desaparece; o ânimo e a disposição de lutar e de vencer tornam a me fortalecer. Com a vossa proteção e a bênção de vosso Filho, a embarcação da minha vida há de ancorar segura e tranquila no porto da eternidade. Nossa Senhora dos Navegantes, rogai por nós. Enviado por: Alan Levasseur E-mail: alan@hakanaa.com

A profecia é um conto que aborda a saga dos escravos africanos da região do Vale do Paraíba, na busca pela liberdade. A narrativa é elaborada do ponto de vista da senzala, de modo a dar voz às personagens negras e demonstrar que o processo de influencia cultural não é um fenômeno unilateral, que só o dominante impõe ao dominado, e sim, um fenômeno recíproco, o qual ocorre a troca de condutas e valores de ambos os elementos. A profecia não contempla somente o sofrimento dos escravos, mas também, a fé, a esperança, a astúcia e a força para lutar dessa gente que muito contribuiu para a formação da cultura brasileira. Enviado por Edenir Santos. Contatos: E-mail: ogummare-edicoes@bol.com.br E-mail: edenircosta@bol.com.br


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DE ONDE SAEM OS SIGNOS MÁGICOS Os signos mágicos espalhados por todas as culturas religiosas, nem sempre são identificados como tal e sim como caracteres especiais, sagrados mesmo. Vemo-los em máscaras ritualísticas; em brasões religiosos; em estolas; em mantos; em adereços ou vestes de imagens sacras; em cajados; em vasos; em pórticos e altares; em decorações internas e externas de templos etc. Enfim, os signos mágicos estão espalhados por todos os lugares onde surgiram religiões e, mesmo que muitas já tenham deixado de existir, seus signários sobrevivem e têm se mostrado para quem tem olhos para vê-los. Nós entendemos que mesmo sem saberem quais são os seus fundamentos sagrados ainda assim eles são evocadores de poderes e encerram em si toda uma sacralidade silenciosa e que suscitam respeito, admiração curiosidade em quem se sente atraído por eles. A falta de um conhecimento profundo sobre eles não invalida o seu uso, se bem que também não proporciona uma forma de extraírem o seu maior poder de realização. Nós, até onde nos foi possível, procuramos nos livros de magia simbólica ou de pontos riscados de Umbanda de diversos autores e não encontramos uma explicação profunda ou fundamental sobre os signos mágicos usados pelos guias espirituais. O que encontramos foram interpretações pessoais do que viam nos pontos cabalísticos riscados pelos guias espirituais. Alguns autores consultados por nós, até chegaram bem próximo das chaves interpretativas, mas não souberam reconhecê-las ou não identificaram as fechaduras das portas dos fundamentos ocultos da escrita mágica sagrada simbólica usada pelos guias de Umbanda. Com isso, várias interpretações surgiram e criaram um certo antagonismo entre os seus criadores acirrando ânimos e deixando em segundo plano a tal “Lei da Pemba”. A própria espiritualidade superior, vendo mais egocentrismo que fundamentalismo nas várias interpretações e todas eclipsaram, só restando mesmo os livros de pontos riscados compilados a partir da reprodução dos pontos cabalísticos riscados pelos guias espirituais durante os trabalhos nos terreiros. O fato fundamental é que cada signo, símbolo ou risco (onda) mágico inserido nos pontos cabalísticos dos guias de lei saem das irradiações mentais dos sagrados orixás, que são vivas e divinas e têm funções específicas e as mais diversas possíveis. Cada risco escrito em um ponto cabalístico tem sua função e a realiza a nível vibracional, energético e magnético assim que o ponto é riscado pelo guia ou pelo médium autorizado a riscá-lo. Saibam que toda onda tem sua forma de crescimento (modelo); vibra em uma frequência só sua (seu grau vibratório); multiplica-se da mesma forma; absorve um ou vários fatores, abstraindo-os da energia divina emitida por Deus e transmuta-os em emanações, emissões e cargas energéticas capazes de realizar a função a que se destina (seu trabalho na criação). Pai Rubens Saraceni.


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JORNAL UMBANDISTA PORTUGUÊS: “FUNDAMENTO” A FAMÍLIA DE SANTO. Quando os negros africanos foram levados para o Brasil, para viverem como escravos nas fazendas dos senhores brancos foram privados, não só da sua liberdade, mas também das suas raízes familiares, culturais e religiosas. A luta pela sobrevivência numa terra estranha, aliada à falta dos laços familiares e à necessidade de preservar a sua cultura, levou à integração de negros oriundos de diferentes etnias e regiões da África e, consequentemente, à fusão de culturas e cultos religiosos. Nasciam assim nas senzalas os primeiros cultos afro-brasileiros e com eles o conceito de família-de-Santo – a recriação da família perdida, tão importante para a conservação dos costumes e valores das culturas africanas. A Umbanda herdou da sua raiz africana este conceito de família e é fundamental que todos os filhos-de-Santo compreendam a importância do mesmo. Para que uma corrente mediúnica possa realizar com sucesso a missão que lhe foi confiada pelos Orixás, é necessário que existam, entre os seus elementos, sentimentos de amor, união e fraternidade. É essencial que todos se respeitem, sejam verdadeiros e honestos e sejam capazes de estender a mão ao irmão que está mais fraco e necessita de auxílio. Como diz o ditado, “a união faz a força”! Por isso, se todos zelarem pela união da corrente, dificilmente surgirão elos fracos por onde ela se possa quebrar. Mas a família-de-Santo não é apenas importante dentro do Templo de Umbanda. Aos olhos dos Orixás somos todos irmãos e só uma família na qual vibrem sentimentos de amor e união, poderá refletir, tanto dentro como para fora do Templo, os ensinamentos dos Guias espirituais e do nosso amado mestre Jesus. Que Oxalá abençoe a todos e à nossa amada Umbanda! Bernardo Cruz ATUPO – JORNAL FUNDAMENTO E-mail: fundamento@atupo.com

JORNAL UMBANDISTA PORTUGUÊS: “FUNDAMENTO” Ed. 8 – Os Elementos ESTRUTURA: PARTE I 1 – Introdução aos elementos, com a análise da teoria dos elementos nos vários Continentes/Culturas. 2 – Os elementos abordados individualmente. PARTE II 3 – Os elementos da natureza na Umbanda, o seu significado litúrgico e a magia pela transmutação dos mesmos. 4 -Conclusão. OS ELEMENTOS O estudo das forças presentes (e ocultas) na natureza, presentes nos quatro elementos e seus elementais, é recorrente em grande parte das grandes culturas, tanto Ocidentais, como Orientais. É também comum o facto de existir uma base teosófica no estudo dos quatro elementos básicos da natureza: o Ar, a Terra, a Água, e o Fogo. Esta seleção, de certa forma natural, refere-se também à condição humana e à necessidade que temos de todos e cada um desses elementos para poder sobreviver. A origem da Teoria dos Quatro Elementos julga-se ter tido início na Grécia Antiga, entre os filósofos pré-socráticos, envoltos em discussões que procuravam esclarecer a origem material de todas as coisas, atribuindo a determinado Elemento uma determinada particularidade geradora ou


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causadora de algo, na época, inexplicável. Estas dissertações deram origem a várias obras cuja expressão – literária, plástica, filosófica, científica e religiosa – perdura até aos dias de hoje. O mais provável, no entanto, é que a origem desta Teoria tenha vindo do Oriente, adaptada do que hoje conhecemos como a Teoria dos Cinco Elementos, originária da China, sendo considerados, mais do que elementos, formas de transmutação da matéria/energia, a partir de um ciclo natural da transformação dos vários elementos – madeira, fogo, terra, metal, e água. Também na Índia se vê a aplicação da figura dos Elementos (Éter, Fogo, Água, Ar e Terra) que entram em partes equilibradas na composição da matéria. A medicina Ayurvédica, disciplina milenar, ganhou forma no pressuposto do trabalho na procura do equilíbrio entre os vários “humores”, plasmados nas forças da natureza. Não é, seguramente, só um conceito esotérico, mas também a base de formas terapêuticas muito antigas, que já promoviam o equilíbrio energético e espiritual. O princípio dos Cinco Elementos é amplamente usado na medicina tradicional chinesa, classificando na fitoterapia ervas específicas relacionadas com um desses elementos, em conformidade com as ações que promovem em determinada doença, no uso dos protocolos da acupuntura, e até em disciplinas que promovem o bem-estar como o Tai-chi-chuan e o Chi-Kung. As descrições Renascentistas, no entanto, sugerem que o Ocidente também admitia a Teoria dos Elementos como forças subtis que se manifestariam através de transformações recíprocas. É o que se depreende de alguns dos textos clássicos, cuja forma de ver os elementos pressupõe uma certa ligação entre a astrologia e a alquimia, que ocorria naquela época, e que durante séculos subsistiu, dando lugar, mais tarde, à química. O entendimento filosófico pós-socrático veio trazer um “Quinto Elemento”, que os gregos chamaram de “quintessência”. Seria o elemento "perfeito" que somente existiria no plano cósmico, formador do Universo. O entendimento mais consensual prende-se com a simbologia do Éter, representando a negação lógica do vácuo, e, assim, a correspondência com o Divino presente nos próprios Elementos da Natureza. Numa breve análise sobre cada um dos elementos, tendo por base documentos diversos elaborados ao longo dos últimos anos, pode fazer-se uma síntese em sequência algo ordenada de tal forma que possa classificar, da melhor maneira possível, a natureza dos elementos de acordo com uma ideologia espiritualista mais abrangente. Assim, poderemos obter uma visão mais ampla e maior compreensão dos processos criativos com eles relacionados, nas suas diversas fases e transmutações. AR O ar é considerado como um símbolo ou matéria sagrada na maioria das religiões, além da Umbanda, incluindo o Cristianismo e chegando mesmo ao Hinduísmo e à Wicca. Grande parte dos rituais religiosos são realizados na presença de um símbolo deste elemento, seja em forma de incenso (embora este represente também outros elementos), ou simplesmente pelas invocações efetuadas de forma oral. Em algumas religiões neo pagãs, como é o caso do Druidismo, da Wicca, que por si são tendencialmente ligadas à Natureza, também existe a crença na existência dos Elementos presentes no Universo. No Paganismo, o ar foi o terceiro elemento que se formou da “quintessência”, ou Akasha, sendo considerado um elemento intermediário entre o princípio do fogo e o da água, o que, de resto, acontece de forma análoga com os outros Elementos. A partir deste conceito, surgem os Elementais, nome esotérico dado aos espíritos existentes na natureza, e, como tal, também considerados como sagrados dentro da Umbanda. Entre os elementais do ar que, segundo a crença pagã, seriam capazes de controlar o Ar e o representar, estão os silfos, as sílfides e as fadas, entre outros. ÁGUA De igual forma, a água é considerada como sagrada na maioria das religiões, além da Umbanda. O Cristianismo, o Judaísmo, o Islamismo, o Xintoísmo, o Xamanismo e outros, fazem amplo uso deste Elemento nas mais variadas ritualísticas. Pela sua presença em Templos por meio de recipientes como taças, pias ou simplesmente copos, ou, na sua total magnitude, representados


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por um rio, lago ou mar, quando a liturgia é celebrada na natureza, a água é possuidora de mistérios que a fazem ser parte integrante do culto de praticamente todas as crenças e religiões. De entre os elementais da água capazes de controlar o elemento água e o representar, encontramos as descrições esotéricas das ondinas, sereias e das hidras, entre outros seres que tanto abundam na nossa expressão literária e que, outrora, tantos receios trouxeram a quem se sentisse próximo a eles. TERRA Por si só, o nome Terra deixa implícita a importância deste elemento sagrado em praticamente todas as religiões e cultos pagãos. Segundo estes últimos, o elemento Terra foi o último dos elementos a ser formado, pois pela sua principal caraterística, a solidificação, ela integra em si o fogo, a água e o ar. Foi essa característica, segundo a crença pagã, que conferiu uma forma concreta aos outros três elementos. Foi também a partir desse momento que a manifestação dos restantes elementos ganhou força na teoria da transmutação da Terra, e, por consequência, da transmutação humana, e que as Leis da Natureza ganharam forma, tempo e espaço. Os Elementais responsáveis pela sua representação e manipulação são vários e de variadas formas e expressões: os gnomos, os duendes, as ninfas, as dríades, os faunos e todos os restantes ligados à terra e à vegetação mais rasteira. FOGO A generalidade dos cultos ou rituais religiosos são realizados com a presença muito ativa deste elemento seja através de uma fogueira ou de uma simples vela, sendo um elemento transmutador e transformador detentor de um grande misticismo e respeito. Possui caraterísticas opostas às da água, como o calor e a expansão e segundo a crença pagã, o fogo e água teriam sido os elementos básicos com os quais tudo foi criado. Os elementais do fogo que, segundo uma orientação esotérica, serão capazes de controlar o elemento fogo e o representar são as salamandras, a fênix, o dragão e o singular boitatá. ÉTER A “Quintessência”, ou “Akasha” será o princípio original, o espaço cósmico ausente de vazio. É o “substrato espiritual primordial”, aquele que se diferencia. É a matriz do Universo e a base de toda a verdadeira magia. É o local onde ficam retidas todas as emoções, todas as ações e todas as memórias. É nele que reside o verdadeiro conhecimento, equivalendo-se numa comparação livre ao que Jung chamou de inconsciente coletivo, evocando uma memória universal da humanidade, da qual percebemos breves momentos. É por isso que é considerado o mais singular dos cinco elementos, a base de todas as coisas da criação. Segundo Franz Bardon, o que algumas religiões chamam de Deus. Sendo Elementos, “per si”, sagrados, a sua correlação traz aquilo que, com a devida orientação, podemos chamar de magia. A abordagem Umbandista a este tema, não sendo de todo uníssona, parte do pressuposto de se assumir como uma religião anímica, tendo como base a “anima” (alma) da Natureza, que se constitui pela agregação desses elementos, a sua transformação, e o direcionar da energia criada por essa via. Conta uma história bem conhecida que “a 15 de novembro de 1908, compareceu a uma sessão da Federação Espírita, em Niterói, então dirigida por José de Souza, um jovem de 17 anos de família tradicional fluminense. Chamava-se Zélio Fernandino de Moraes. Restabelecera-se, no dia anterior, de moléstia cuja origem os médicos haviam tentado, em vão, identificar. A sua recuperação inesperada por um espírito causara enorme surpresa, pois nem os médicos que o assistiam, nem os tios, sacerdotes católicos, haviam encontrado uma explicação plausível ou mesmo minimamente convincente. A família atendeu, então, à sugestão de um amigo, que se ofereceu para acompanhar o jovem Zélio à Federação Espírita, para o acompanhar num trabalho. Zélio foi convidado a participar da Mesa. Sentiu-se deslocado e constrangido, no meio daquelas pessoas. E causou logo um pequeno tumulto.


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Sem saber porquê, em dado momento, ele disse: (…)"Aqui está faltando uma flor”. E, apesar da advertência de que não poderia afastar-se, levantou-se, foi ao jardim e voltou com uma flor que colocou no centro da mesa. Serenado o ambiente e iniciados os trabalhos, manifestaram-se espíritos que se diziam de índios e escravos. O dirigente advertiu-os para que se retirassem, o que causou um pequeno tumulto e breve diálogo acalorado, no qual os dirigentes dos trabalhos procuravam doutrinar o espírito desconhecido que se manifestava e mantinha argumentação segura. Por fim, um dos videntes pediu que a entidade se identificasse, já que lhe aparecia envolta numa aura de luz…(…). De facto, numa análise mais cuidada a este relato, complementado com outros mais ou menos rigorosos, pode subentender-se que aquilo que o menino Zélio fez foi, mais do que colocar uma flor como símbolo da Natureza, da própria vida, foi acrescentar o Elemento Terra, aos outros que já existiam na sessão Espírita. O Fogo, por meio da vela acesa, a Água, num copo, e o Ar, presente no próprio ambiente. Completando o “ciclo”, terá desencadeado as ações e reações que originaram a Umbanda como hoje a conhecemos… Na próxima Edição, trataremos do significado litúrgico dos elementos da Natureza na Umbanda, o seu uso e a magia presente nas suas transmutações. Vitorino Camelo e Pai Cláudio A.T.U.P.O. – JORNAL FUNDAMENTO E-mail: fundamento@atupo.com

“MENSAGEM DE OTIMISMO” Enviado por Fabiana Lucera Roque.

EU SOU! A Luz da Esperança; Pequenina e singela que habita em todas as Crianças; Trazendo-lhes muito Amor e Confiança; EU SOU! A luz que ilumina e protege; EU SOU! O seu mais Fiel Amigo e, estou sempre contigo; EU SOU! Alegre e Risonho; E a todos os obstáculos transponho, com muita esperteza e destreza; Por isso, peço que não permita que a Força Divina se esvaeça em seu coração; Observe atentamente os sinais que lhe são enviados; Para que encontre a sua verdadeira Essência; E siga sua jornada em harmonia; Pois sempre estarei contigo em todos os momentos; Amparando-o e conduzindo-o; EU SOU! Seu Pai, Sua Mãe, Seu Irmão, Seu Amigo; EU SOU! A Saúde, A Energia, O Amor, A Alegria; EU SOU! A Prosperidade, A Esperança, O Sucesso; EU SOU! O Tudo, O Nada, O Micro e O Macro; EU SOU! A Centelha Divina que habita em ti.

(Orientado pelo Anjo Gabriel) E-mail: fabylucera@terra.com.br


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AUTOCONHECIMENTO E EGO. Nenhum passo é dado em falso nos caminhos tortuosos que encontramos em nossas vidas. Muito além da divisa de carmas e darmas, carregamos o ego infindável. Mas qual valia e necessidade do Ego? Ele é a chave do crescimento, do autoconhecimento, do discernimento claro e puro pois sem ele nossos negativismos se excederiam ainda mais O ego é o escudo O ego nos escuda de enfrentar a nós mesmos, ele é o espelho distorcido Umbandistas, somos servos dos senhores da natureza O ego nos afasta da Luz Divina da razão e da união O ego é egoísta, pois somos egoístas em nossa religiosidade A vontade do ego é deveras vezes traduzidas como vontades dos guias espirituais Nosso dever é saber separar nossas vontades inspiradas como indivíduos religiosos dos desejos do ego e aceitar, pois isso é natural, temos que ter consciência com atenção. Sagrados Orixás entendem essa natureza egóica humana, ela é útil O aprendizado só existirá com o ego como promotor e cobrador consciencial O ego é a balança do equilíbrio, nos coloca defronte a nós mesmos Ele é um aliado armado, maquiavélico e dúbio, por isso humano demais O maior inimigo do ego é o tempo, pois o tempo nos matura e nos equilibra A ponto de conseguirmos enxergar onde nosso o ego comanda Tudo aquilo que nos machuca demais e é simples é o ego em ação Quando ouvimos uma critica e nos sentimos ofendidos é o ego Pois somos aprendizes, somos primários no aprendizado puro da luz do saber E o ego brinca e nos faz sermos marionetes do divino Pois o Poder Divino quer que enxerguemos com nossos olhos E em primeira pessoa busquemos a compreensão do EU Compreender essa codificação Divina que carregamos Não mudaremos radicalmente, jamais, Deus nos quer como somos Mas a compreensão e o autocontrole sobre nós mesmos são úteis e necessários O conhecimento puro sobre nós, sem dogmas, sem amarras esta em nosso intimo A busca do ser nesse estagio evolutivo que estamos é de fora para dentro Estamos voltando ao ventre gerador, e essa volta nos fará expandir E nessa expansão final não haverá mais ego, nem haverá o EU Pois seremos universais, assim como a Umbanda, Assim como nossos Pais e Mães Orixás Um dia seremos apenas um mental consciente de si, amparando o semelhante Por isso, busquemos irmãos, conhecer a si mesmos, hoje e sempre.

A.U.E.E.S.P. Você pode se cadastrar na A.U.E.E.S.P., sendo pessoa física ou jurídica. Pode ser associado individual, núcleo (centro, associação), colaborador jurídico ou colaborador físico. Se você acredita que vale a pena lutar por nossa religião, venha juntar-se a nós, que nada mais queremos além de ver a Umbanda crescer e de valorizar nossas práticas religiosas e nosso sacerdócio. Falar com Sandra Santos Fone: (11) 2954-7014 E-mail: sandracursos@hotmail.com

Rafael Marcondes rafael.marcondes@folha.com.br


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SOU EU ZÉ Sou eu sim e não me importo... Sou Boêmio, Sou Menino, Sou da Noite ou Matutino Sou da Lua, Sou da Rua, acompanhado ou sozinho Sou da gira o agitador, na Umbanda Sou Doutor Sou filho de Maria e de Jesus Nosso Senhor Se me procuram nas esquinas lá também eu estou Se me louvam na Calunga, pra lá eu também vou Se me saúdam na mesa, eu manifesto sim Senhor Se me dão licença, Juremêiro eu também sou... Sou Baiano, Sou Exu, se me chamam eu já vou Sou um risco, sou feitiço, sou o esteio do sofredor Sou socorro, sou ajuda, sou poeira, sou calor Sou o fogo, sou o vento, sou o sol, mas tenho amor Se me procurar na encruza e não me achar Se me procurar na Calunga e eu não estiver Se nas esquinas eu não me encontrar Se na Umbanda eu não estiver, nem na Mesa ou no Candomblé Olhe pra cima e agradeça a Deus E agradeça com muito fervor Zé Pilintra terminou sua missão Por que não há neta terra mais nenhum sofredor... Mensagem recebida pelo Médium Pai Luís Renato Transmitida pelo Espírito: José Pilintra – 13/12/11 – Dia do Seu Zé na Umbanda. E-mail: tuads.umbanda@gmail.com

ABSURDOS Por Pai Silvio Matos.

Por diversas vezes, ouvi alguns “dirigentes” desavisados afirmarem absurdos que qualquer indivíduo que tenha um mínimo de tirocínio, certamente, haverá de discordar. São pessoas que não concatenam a realidade e a lógica dos fatos e com sua ignomínia, contribuem para que a imagem da Umbanda seja denegrida e chacoteada. Elas se assemelham aos vendilhões que traficam o que não lhes pertence, fazendo de seus Guias e Protetores, meras mercadorias, adquiridas por outrem, através de imaginárias negociações, como se esses Entes do Plano Etéreo, trabalhadores da seara divina, fossem reles objetos expostos nas prateleiras de algum supermercado, a espera de que, movido por uma ação impulsiva ou compulsiva, alguém sinta irresistível vontade de possuí-los em sua particular coleção de raridades. Já testemunhei patéticas declarações, feitas por inescrupulosos “pais e mães-de-santo”, não apenas comandantes, ainda inexperientes devido ao pouco tempo em que se acham à frente de seus terreiros, mas também, agravando ainda mais a situação, que partiram de antigos “sacerdotes” tidos como respeitáveis e competentes. Tais elementos, na tentativa de agradarem seus prediletos da casa, prometem dar-lhes, “de presente”, essa ou aquela Entidade Espiritual componente de sua coroa mediúnica. Até determinados exus esses sujeitos ousam dizer que doarão para seus filhos de fé, de modo tal, que venham a suprir-lhes a carência de uma força de “esquerda” em suas vibratórias. Só falta embrulhá-los em papel especial e decorado acompanhado de um cartão de felicitações. Alguns desses cegos e pretensiosos “líderes” chegam a preparar rituais e festas suntuosas, inventadas, exclusivamente, para essa finalidade. E o pior: depois de propalarem o gesto que, em suas parcas mentes se revela como de incomparável magnanimidade, depois de se acharem rodeados pelos paparicos e pelas loas de seus súditos, verão, com consciência dos fatos, esses infelizes contemplados, forjarem incorporações, apenas para agradá-los ou não desagradá-los


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Tal atitude, certamente, instigará outros “médiuns” e os levará a aceitá-la como verdadeira gerando um grande perigo de despertar nos mais incautos, certa inveja e o desejo de receber prêmio igual ou superior ao de seu confrade. Oras! Quem determina quais tarefeiros e respectivas linhas de atuação que, por meio da psicofonia irão se manifestar neste ou naquele sensitivo, são os “Senhores do Karma” (Mestres de altíssima elevação que cuidam de todo o nosso processo reencarnatório e nos atribuem as missões às quais estaremos destinados e nos outorgam as devidas capacidades de acordo com o nosso próprio mérito) e não “um qualquer”, preso a um corpo carnal e que, por vezes, tem uma ascendência espiritual muito inferior à daqueles que se dispõe a laurear. Houve um dia em que, um desses “chefes de templo”, propôs, diante de meus olhos, que, como quase não mais incorporava um certo Caboclo, iria dá-lo a um de seus discípulos. Também chegou ao meu conhecimento o caso de um “pai-de-santo” que, tendo Exus de sobra como guardiões de sua cabeça, ordenou que um deles passasse a ser Guia de esquerda de um dos seus componentes da engira, aliás, aquele que lhe despertava mais simpatia e dizem que a Entidade lhe acatou as ordens e segue cumprindo, até hoje, suas determinações, (???). Já vi doações de Pretos-Velhos, Caboclos, Erês, Pombas giras, Baianos, Ciganos e até de Orixás, que no ritual da Umbanda não incorporam em ninguém, mas que, (o fizeram)!!! (?), obedecendo a tamanho poder, inclusive observei esses falsos profetas cedendo Guias Chefes de Falanges aos seus seguidores, como se suas intensas energias fossem compatíveis às nossas, encarnados, que mal conseguimos suportar o calor do sol que, no universo, representa uma simples estrela de 5ª- grandeza. Se você é médium na verdadeira acepção da palavra, não caia nessa. Os espíritos não nos pertencem e nenhum de nós possui meios de transferi-los, ao bel prazer, de um a outro interposto. Eles sim, é que são donos de nossas coroas e, apesar de possuírem certa autonomia sobre os nossos atos, numa admirável demonstração de grandeza, não interferem sobre a nossa vontade ou o nosso livre-arbítrio e, caso não os queiramos mais como nossos escudos ou aliados, simplesmente se afastam, sem questionamentos, e procuram aproximar-se e ajustar-se a outros verdadeiros médiuns que possuam o mérito de poder servi-los. Seja paciente e aguarde. Lembre-se que, não é a quantidade de entidades espirituais que se manifestam num médium que vai revelar a sua competência, mas, sim, a qualidade desses espíritos. Há “médiuns” que se dizem incorporar representantes de todas as linhas existentes na Umbanda, porém, poucos são os que têm demonstrado uma real competência para solucionar os casos que lhes são apresentados, entretanto, outros sensitivos, honestos, moldados por gestos de humildade e de reconhecimento de suas limitações, trabalhando com um número reduzido de guias e protetores (verdadeiros), têm-se tornado ferramentas infalíveis na realização das propostas de ajuda oferecidas por tais entidades, as quais, sem nenhum estardalhaço, trazem, sempre, resultados seguros e positivos. Dia virá, em que tais “sacerdotes”, indutores dessas lamentáveis manifestações mistificadas, haverão de ser desmascarados e banidos desses templos umbandistas, dando oportunidade para que, autênticos espíritos de luz, sem a submissão de seus comandos, possam, espontaneamente, manifestar-se, utilizando-se dos dons daqueles que lhes estão destinados, envoltos pela verdade derivada da honra e glória que se faz emanar da imorredoura chama que constituirá esse elo, porque tem origem no âmago do Criador. Texto integrante do livro “Casos Reais Acontecidos na Umbanda”, no prelo, de autoria de Pai Silvio F. da Costa Mattos, presidente e fundador da APEU – Associação de Pesquisas Espirituais Ubatuba e sacerdote do Templo de Umbanda Branca do Caboclo Ubatuba, Rua Romildo Finozzi, l37 – Jardim Catarina – Zona Leste – São Paulo – SP Telefones: 2911 41 98 e 2724 95 22 site: www.apeu.rg.com.br


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OFERENDAS, MAGIAS E TRABALHOS DE UMBANDA. FUNÇÃO DAS OFERENDAS

Como as técnicas de extração energética da natureza estão adormecidas em nosso mental? Nós, enquanto viventes no plano astral, nos alimentamos de energia sutil e quando encarnamos esta técnica é adormecida em nosso inconsciente e no Ocidente estas técnicas estão um pouco difundidas. Por isso praticamos a oferenda. A oferenda não passa de um ato ao qual nos submetemos em depositar diversos elementos naturais, que na maioria das vezes não sabemos para que serve, e elevarmos nossos pensamentos aos Mentores e Orixás. Fisicamente é assim que se entende. Do lado espiritual, os nossos amparadores vêm receber a oferta, extraem o prâna dos elementos e revertem para nós mesmos, de acordo com a nossa necessidade. Não pense que os espíritos se alimentam desta ofertas, até porque estão em planos mais elevados, de onde extraem outros tipos de energia, de acordo com as suas condições. Entende-se então, que praticamente fazemos oferendas para nós mesmos. Parece engraçado né? Mas é funcional e esta prática já ocorre há milhões de anos. No caso de médiuns ativos que, de tempos em tempos lhes é solicitado uma oferenda, isto ocorre para direcionar as energias a um irmão necessitado, que este médium por ventura, esteja ajudando. Que fique bem claro, que não quero mudar as práticas litúrgicas, mas tão somente, fortalecê-las, pois, com a racionalização e conhecimento sobre as práticas litúrgicas, levamos todos ao fortalecimento da fé e o controle dos exageros. Retomando o raciocínio, sabemos então, que a natureza física na Terra, funciona como verdadeiros chakras planetários, que absorvem as forças do Universo e irradiam no planeta sua essência, dando assim o equilíbrio ao planeta e aos seres que aqui habitam. Desta forma, não tem lógica, nossos irmãos se dirigirem a uma mata para fazer uma oferta e “esquecerem” garrafas, panos, copos etc, na natureza. Devem pensar que desta forma poluirão o chakra planetário, que com o tempo adoecerá e isto vai refletir e nós. Também denigre a moral da Religião. Quando se oferenda flores, leve em vasos e plante no local, será mais agradável para a natureza e para si mesmo, pois enquanto a flor viver, ela vibrará energias em sua direção ou na direção que você ordenou a ela. Levando flores amputadas você estará ofertando um elemento “defunto”, ou seja: que já está em processo, acelerado de decomposição. Ao invés de depositar a oferenda em cestos de vime, panos de cetim, pratos etc, utilize folhas de ervas do próprio ambiente que estiver. Uma boa dica é utilizar folhas de fumo, bananeira, chapéu-de-couro, nega mina, eucalipto, ou qualquer que estiver no ambiente. Saiba que cada fruta, fruto, raiz, legume, verdura, etc, têm ligações diretas com os chakras. Pai Pedro de Ogum


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SUGESTÃO DE OFERENDA AOS MARINHEIROS 1ª sugestão de Oferenda aos Marinheiros Material: 1 alguidar 3 maças 3 peras 3 laranjas lima 7 velas azuis 1 pedaço de corda 1 boné de marinheiro 1 peixe assado 7 cigarros 1 copo de papel 1 garrafa de rum 7 moedas douradas (lavadas e secas) Modo de preparo: Na beira do mar, colocar o alguidar de modo que a água o toque levemente. Cortar as frutas em 4 pedaços e passá-las simbolicamente pelo seu corpo de baixo para cima pedindo o que deseja aos marinheiros (ou ao marinheiro de sua preferência). Coloque as frutas no alguidar com o peixe por cima. Enfeite com as moedas e acenda os cigarros dando três baforadas em cada um fazendo seus pedidos. Coloque-os no alguidar e acenda as velas em volta. Encha o copo com o rum e despeje o restante por cima do alguidar e em volta coloque o boné em cima do alguidar junto com a corda. Saúda os marinheiros e a Iemanjá 7 vezes fazendo seus pedidos e orações. Obs.: não jogue a garrafa no mar, traga-a de volta e jogue no lixo. 2ª sugestão de Oferenda aos Marinheiros Material 1 alguidar 7 sardinhas (limpas e fritas) 1 cebola 1 tomate maduro 7 moedas (lavadas e secas) 1 melão 1 cacho de uvas 1 laranja lima

1 broche em formato de ancora 1 boné de marinheiro 1 pedaço de corda 1 copo de papel 1 lata de cerveja 7 cigarros 7 velas brancas Flores brancas

Modo de preparo: Corte o melão em 7 partes, retirando as sementes e coloque no centro do alguidar. Coloque o cacho de uva sobre as fatias de melão junto com a laranja cortada em 7 rodelas. Coloque as sardinhas fritas em volta colocando sobre cada sardinha uma rodela de tomate e de cebola. Passe as moedas simbolicamente pelo corpo de baixo para cima fazendo seus pedidos e coloque no alguidar. Coloque por cima de tudo a corda, o boné e o broche. Por fora, enfeite com as flores, acendendo as velas em círculo. Encha o copo com a cerveja jogando o resto em volta. Acenda os cigarros dando três baforadas em cada um fazendo seus pedidos. Encaixe-os no alguidar. Saúde os marinheiros e Iemanjá 7 vezes fazendo seus pedidos e orações. Traga a lata de cerveja vazia e jogue no lixo. e-mail: contato@tarotdoamor.com.br


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AGENDA DE CURSOS PRESENCIAIS - 2012 Com André G. dos Santos.

Meus irmãos e irmãs. Estamos formando algumas turmas presenciais para o começo do ano que vem e que ocorrerão nos fins de semanas. Desde já, vamos iniciar as reservas, pois as vagas são limitadas! Os encontros ocorrerão na Avenida Paulista no Conjunto Nacional. JANEIRO Desdobramento Astral I - Com enfoque Umbandista Curso básico introdutório ao assunto, onde serão abordados os conceitos de desdobramento astral dentro da Umbanda, o que é e sua utilidade, tipos de desdobramentos, sintomas físicos, sonhos x desdobramentos, perigos do desdobramento, para onde vamos, medidas importantes e dificultadoras, desdobramento amparado, corpos, chakras e o desdobramento, cordão de prata e suas funções, bioenergia e defesa energética, plasmagem astral, uso de mantras projetivos, técnicas projetivas, viagem astral no tempo, experiências com outros planos da Vida (elementais, gênios, extraterrestres, etc), Orixás e o desdobramento astral, entre outros temas. Curso Apostilado 2 Encontros Datas: 28/01 e 29/01 Horário: das 13hs às 18hs Valor: R$ 70,00 (parcela única) FEVEREIRO Grupo de Estudo Contínuo de Desdobramento Astral Grupo de estudo, conduzido por André Santos, onde aprofundaremos os estudos de desdobramento astral em encontros semanais. Esse grupo tem como intenção acompanhar o desenvolvimento de cada membro no desdobramento astral, tirando dúvidas, trazendo novas técnicas, realizando práticas em grupo. Conteúdo teórico e prático Aos domingos Início: 05/02 Horário: das 10hs às 12hs Valor: R$ 50,00 (mensal) Magia Divina das Sete Chamas Sagradas (magia do fogo/magia das velas) Reserve sua vaga, curso com inicio em Fevereiro Dependendo dos interessados abriremos uma turma no sábado e outra no domingo. Curso presencial, aos sábados à tarde, onde estudaremos este grau de Magia Divina onde aprendemos as mandalas, cabalas e pontos riscados dos Tronos de Deus e as ativamos com o uso de velas coloridas. Aprenderemos a cortar demandas, cortar magia negra, encaminhar espíritos, afastar espíritos e energias negativas, atrair forças propiciadoras, etc. Esta Magia Divina propiciará qualidade energética na vida de seus praticantes, auxiliará aos médiuns que nem sempre sabem como resolver suas questões energéticas, possibilitará trabalhos de cura, entre outros trabalhos. Aos Sábados Início provável: 04/02 Horário: das 14hs às 16hs Valor: R$ 70,00 (mensal) Inscrições e reservas: E-mail: andre.gsantos@setecaminhos.com.br Tel.: (11) 9605 3739 com Erica Fraternal abraço a todos, um harmonioso Natal e um 2012 de muitas alegrias, prosperidade e saúde!


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O SANTUÁRIO NACIONAL DA UMBANDA ESTARÁ EM RECESSO DO DIA 20 DE DEZEMBRO DE 2.011 ATÉ O DIA 13 DE JANEIRO DE 2.012 A reabertura será no dia 14 de Janeiro de 2.012 para a Festa a Oxosse. Com o pretexto de proteger uma área em Santo André, através de uma ação do Ministério Público, rasgaram uma estrada de 112 anos de existência que serviu aos que desciam à Serra do Mar na época do Império; quebraram a canalização dos córregos expondo a área aos mosquitos da dengue; lacraram o aceso a metros de fiação de luz e telefone impedindo sua manutenção e ameaçando os moradores à falta de energia elétrica e comunicação telefônica; isolaram 200 famílias regularmente instaladas impedindo a circulação da única linha de ônibus local, bem como o acesso dos ônibus escolares impedindo-os de chegar ao trabalho, às escolas e aos Postos de Saúde, além de isolar completamente o único espaço ecológico da região utilizado para rituais de origem africana. Em nome do meio-ambiente, o órgão que deveria protegê-lo: · Sangra a terra, · Desdenha a água; · Coloca em risco a saúde da população; · Fere o direito constitucional de o cidadão ir e vir; · Comete crime religioso quando impede que todos seus praticantes de chegarem ao seu local de culto. Há mais de quarenta anos esse espaço (antes devastado) vem sendo reflorestado pela comunidade umbandista para a prática de seus rituais num local idealizado para esse fim. O Art. 5º, VI da Constituição da República Federativa do Brasil: Estipula ser inviolável a liberdade de consciência e de crença, assegurando o livre exercício dos cultos religiosos e garantindo, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e as suas liturgias. O artigo 19, I, Veda aos Estados, Municípios, à União e ao Distrito Federal o estabelecimento de cultos religiosos ou igrejas, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público. Breve relato: No dia 15 de dezembro de 2.011 a Juíza Ana Lúcia Xavier Goldman da 1ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Santo André assinou pelo fechamento da estrada. Infelizmente não teve tempo de analisar calma e adequadamente do caso e suas implicações, pois, só pode ouvir uma versão dos fatos, ou seja, a versão do Promotor Público de Santo André Luiz Saikali. Durante esse período de recesso o SANTUÁRIO estará disponível nos endereços: SITE: http://www.santuariodaumbanda.com.br E-MAIL: federacaoabc@terra.com.br Somos homens e mulheres de paz, de amor e da caridade. Durante esse período trabalharemos para que essa situação seja revertida, a paz volte a reinar e a natureza possa seguir seu curso divino. O meio-ambiente faz parte de nossa religião e não vamos deixar que ninguém, ninguém mesmo, nos imagine transparentes porque nosso templo é o Universo, nosso Altar a Consciência. Temos Deus por Imagem e nossa Lei é a Caridade. Somos felizes, pois nossa Igreja é a Natureza e isso... não poderão nos tirar! Todos esses fatos ocorreram a tempo dos órgãos públicos competentes entrarem em recesso, mas, em janeiro: Mande uma mensagem para o Vereador, Deputado e Senador que você votou e solicite ajuda para a reabertura da ESTRADA HISTÓRICA DO MONTANHÃO. Mande uma mensagem para a Prefeitura de Santo André, para o Prefeito, para os Vereadores e deixe claro seu descontentamento.


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A partir do dia 09 de janeiro de 2.012 envie sua mensagem para a 1ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Santo André lamentando o ocorrido; SITE DA PREFEITURA DE SANTO ANDRÉ: http://www2.santoandre.sp.gov.br . Aidan Ravin (PTB) prefeito de Santo André. E-mail da 1ª Vara Fazenda Pública Santo André/SP: judicial@satoleiloes.com.br Vamos lembrá-los que estão matando um pedaço da História do Brasil, ignorando a liberdade de crença e violando o direito de acesso ao nosso local de culto. Nunca poderemos esquecer que o espaço em se encontra o SANTUÁRIO NACIONAL DA UMBANDA era um local devastado pela Pedreira Montanhão e a selva nativa que hoje está por todo o parque só existe porque foi reflorestada pela família umbandista! Para finalizar, gostaria de agradecer a todos que estiveram conosco por mais um ano nos bons e maus momentos, mas, sempre juntos. Encaminho anexo meu agradecimento e meu desejo de um Feliz Natal a todos vocês... Pai Ronaldo Linares F. U. G. ”ABC” www.santuariodaumbanda.com.br www.casadepaibenedito.com.br (11 4338-0946 / (11) 4338-0261


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ÚLTIMA PAGINA DE UM PRETO VELHO PRETO VELHO - Meu filho, você tem que evoluir, tudo evolui. MÉDIUM - O que tenho que fazer, meu Pai? PRETO VELHO ? Se desfaça de todos os bens materiais que você tem. Dê uma parte para os pobres e necessitados e a outra para sua mulher e filhos. MÉDIUM ? De tudo? PRETO VELHO ? Sim. E também de sua mulher e filhos. Vamos sair pelo mundo ajudando aqueles que necessitam. Andaremos de cidade em cidade, de lugar em lugar. Quando tiver fome, eu providenciarei comida; quando tiver sono, eu providenciarei lugar seco e seguro para descansar; quando tiver frio, eu providenciarei agasalho e roupas... MÉDIUM - Não sei se posso. O senhor está pedindo muito de mim. PRETO VELHO ? Mas você não quer evoluir, chegar numa consciência maior? MÉDIUM - Eu quero evoluir, mas tenho que perder tudo o que tenho. Largar minha família, meus amigos... Não sei se posso fazer isso para evoluir. Prefiro ficar como estou e buscar uma outra forma de evoluir. O senhor mesmo não disse que existem muitas formas de evoluir, porque só me deu esta escolha? PRETO VELHO ? Quando você disse que era necessário retirar as imagens do meu Gongá que isso era necessário para que minha casa evoluísse, que eu evoluísse, não me deu escolha. Eu deixei. Quando você disse que era necessário retirar os atabaques, que isso era necessário para que minha casa evoluísse, que eu evoluísse, não me deu escolha. Eu deixei. Quando você disse que era necessário parar com as oferendas para os Orixás, que isso era necessário para que minha casa evoluísse, que eu evoluísse, não me deu escolha. Eu deixei. Quando você disse que não era preciso utilizar as guias, que isso era necessário para que minha casa evoluísse, que eu evoluísse, não me deu escolha. Eu deixei. Quando você disse que era necessário que os Guias de nossa casa parassem de beber e fumar, que isso era necessário para que minha casa evoluísse, que eu evoluísse, não me deu escolha. Eu deixei. Você procurou outras formas e outros meios na procura de uma consciência maior. Introduziu várias formas e meios diferentes dos que eu lhe ensinei, pois você começou a achá-los atrasados, primitivos. No entanto, eu pedi a você apenas uma coisa, e você diz que é incapaz. Você mudou tudo o que achou necessário, mas não soube mudar por dentro. Evolução não se faz mudando formas, fundamentos, ritos, meios... Evolução se faz de dentro para fora. Não importa o nosso modo de operar nossa magia, mas sim o que ela representa; sua essência e importância na vida dos que nos procuram; a doutrina e a responsabilidade de nossos rituais; nossos fundamentos; o respeito pelo que é nosso. Você mudou procurando o novo, mas apenas buscou novas formas de fazer velhas coisas. Coisas que você achava que eram primitivas e que não fariam você evoluir. Você hoje se baseia em outros para mostrar sua evolução e consciência: se eles mudam lá, você também muda aqui; se eles fazem lá, você faz aqui. Você fugiu das velhas formas, mas apenas buscou o moderno para fazer o velho. Você já está velho. Em breve irá partir e eu não mais o usarei como cavalo. Tenho, agora, nova missão com outro médium. Nele a tradição será mantida e o novo se fundira´ com o velho em busca da essência e não da forma. MÉDIUM ? O Senhor nunca me recriminou. Nunca disse que não. PRETO VELHO - Se eu dissesse que não, você ficaria frustrado. Faria as coisas por fazer, sem o respeito ou os fundamentos necessários. Então eu deixei que você fizesse o que achava que era correto, pois você o faria com gosto. Na verdade, você nunca perguntou o que eu achava de tudo isso. Mas mesmo em desacordo, reconheço que você ajudou muitas pessoas. MÉDIUM ? Porque o Senhor só está me dizendo isto agora? Depois de tanto tempo trabalhando comigo... PRETO VELHO ? Você mudou tanto... Tanto que nem o reconheço mais... Só que agora você esta velho. Já está indo embora. Então vim para pedir uma última caminhada juntos, para que você encontrasse sua essência e tivesse a oportunidade de alcançar o que você buscou todos esses anos: evoluir, alcançar uma consciência com Deus.


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MÉDIUM - Então todo esse tempo... Todas essas mudanças que fiz... Foram em vão? PRETO VELHO - Não. Muitos que aqui estiveram e saíram para construir suas casas e nelas buscaram a essência daquilo que você ensinou, e que não mudaram por mudar, seguindo um caminho próprio, conseguiram encontrar uma consciência com Deus e uma evolução de dentro para fora. Você, mesmo sem saber, os ajudou. MÉDIUM - Mas eu expulsei muitos médiuns por não quererem seguir com minha linha de trabalho. PRETO VELHO ? Eles souberam tirar o melhor de seus ensinamentos e dos meus. Eles abriram suas casas e hoje fazem Umbanda de várias formas. MÉDIUM - Então... PRETO VELHO - Sim. Aqueles que você dizia que ficaram no caminho; aqueles que não ficaram mudando constantemente, mas souberam degustar cada momento e perpetuar a tradição, os costumes, os fundamentos, os ritos... Eles mudaram a forma de ver o mundo e sua relação com ele. Buscaram a modernidade nas relações com os médiuns, no entendimento dos novos problemas, essa modernidade viciosa do ser humano. Utilizaram a modernidade e o novo para levar a doutrina, os ensinamentos, a palavra e o auxílio aos que necessitavam, mas souberam dar continuidade à nossa cultura e nossa forma, alcançando a essência naturalmente, gradativa. Mesmo o novo precisa de tradição para virar doutrina e buscar em sua própria forma e essência. Agora é hora de seguirmos juntos. MÉDIUM - Mas eu não sei se posso largar tudo... Eu disse ao Senhor que não podia largar tudo o que construí, minha família, mulher, filhos, amigos... PRETO VELHO ? Olhe para baixo... O que você está vendo? MÉDIUM ? Minha família. Minha mulher, meus filhos, meus amigos... Estão à minha volta. E com lágrimas se despedem... Para onde vamos, meu Velho? PRETO VELHO - Encontrar o seu cavalo e o Terreiro onde você irá trabalhar dando auxílio aos necessitados; conforto aos desesperados; curando os enfermos; agasalhando o frio das almas com palavras de calor e esperança; dando de beber a sede de muitas almas em busca de luz... Agora você é um de nós. MÉDIUM - É engraçado, meu Velho. Eu busquei tanto o novo tentando alcançar a evolução que evoluí com a missão da tradição e de perpetuar o que não soube dar o devido valor. O Senhor ficará comigo? PRETO VELHO - Sim, e lhe darei meu nome e minha força. Te ensinarei tudo o que será necessário. O resto será entre você e seu médium. Ele é novo e muito parecido com você. MÉDIUM ? E como devo agir com ele? Também sofrerei como o Senhor sofreu comigo? PRETO VELHO - Eu não sofri com você. MÉDIUM - Mas o Senhor disse... PRETO VELHO - Eu não disse que sofri. Estava preparando você para tudo isso. Às vezes só se dá o real valor a algo quando ele escorre de nossas mãos. Você vivenciou a tradição, os costumes e os novos meios, as novas formas. Adquiriu experiências diferentes. Segure minha mão... MÉDIUM - Estou mudando... NO TERREIRO - Bate tambor lá na Angola, bate tambor... Bate tambor lá na Angola, bate tambor... Os meus Pretos Velhos batem tambor... Nas minhas Almas batem tambor... Para todo povo, batem tambor... Lá na Angola, bate tambor... Bate tambor lá na Angola, bate tambor... Bate tambor lá na Angola, bate tambor...?. PRETO VELHO - É aquele... * O novo PRETO VELHO incorpora e um novo ciclo se inicia... Fonte: Livro Sabedoria Popular


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