Jornal Nacional da Umbanda Ed. 29

Page 1

Expediente: Pai Rubens Saraceni Pai Alan Levasseur

J o r n a l Quinzenal Jornal Nacional da Umbanda

São Paulo, 25 de Janeiro de 2012.

Edição: 29

Ano: 02

contato@jornalnacionaldaumbanda.com.br

sacerdocio umbandista - formatura Formatura de 300 novos sacerdotes umbandistas. No dia 18 de Janeiro, foi realizada a formatura de mais uma turma de Doutrina, Teologia e Sacerdocio de Umbanda. Com cerca de 300 formandos no Colégio de Umbanda Pai Benedito de Aruanda, a cerimonia de formatura contou com a presença de Pai Ronaldo Linares como Paraninfo. pág. 25 UMBANDA NO PARAGUAI Desde os inícios da década dos 50, aparece timidamente a Umbanda no Paraguai, considerada como a nova religião “afro-brasileira” ou diretamente “africana”. pág. 04 BEBIDAS NOS TRABALHOS Muito se comenta, se fala ou critica-se o uso de bebidas alcoólicas nos trabalhos de Umbanda. pág 14 NOSSA FÉ A Umbanda é uma religião fundamentada em nosso plano, para nos auxiliar, para nos mostrar a verdade divina, somos todos filhos de Deus. pág 14 JORNAL NACIONAL DA UMBANDA ED. 29 INDICE DE MATÉRIAS EDITORIAL

O Sagrado na dança nos cultos Afros (Giuliana Marcellino) pág. 02

CADERNO DO LEITOR

Umbanda no Paraguai (Jose Usher) pág. 04 A evolução e o Ego (Ogã Jonathan Barros D’Oxoss) pág. 05 Meus irmãos e irmãs (Junior Pereira) pág. 06 Saudações do caboclo Sete Flechas (Guilherme Duarte) pág. 06 A magoa dilacera nosso corpo e nossa alma (Dinalva Faria) pág 07 Umbanda, uma religião evolucionadora (José de Brito Irmão) pág. 07 Quando eu Morrer (José Carlos Angeli) pág. 09 Para que todos saibam (Cristiane Lima) pág. 10

DOUTRINA

Oxossi, o caminho da conciencia (Celso Alves de Souza) pág. 11 Dialogando e Teologando I (José de Brito Irmão) pág. 13 Oração de Mãe Maria (Vera Tristan Vargas) pág. 13 Arcanjo Miguel (Vera Tristan Vargas) pág. 14 Bebidas nos trabalhos (João Carlos Galerani Jr.) pág. 15

Nossa Fé (Guilherme Duarte) pág. 15 Principios inalteraveis (Nelson Junior) pág. 16 Intolerancia religiosa (Marco Boeng) pág. 17 Quantos filhos sua casa tem? (Marco Boeng) pág. 18 Formatura do Curso de Sacerdocio (Alan Levasseur) . pág. 19

PSICOGRAFIA

No encontro com o passado . . .(Andre Cozta) pág. 21

CURSOS E EVENTOS

Cursos de Magia, Sacerdocio e Outros. pág. 22 MAGIA, OFERENDAS E TRABALHOS UMBANDISTAS Entendendo a Umbanda - Oferendasr (Newton C. Marcellino) pág. 23 A musicalidade na Umbanda (Mauro Benthien Cavichiollo) pág. 24

BENEFICIOS PARA A SAUDE

O segredo da Cebola (Jose Edson Ramos da Silva). pág. 27

ÚLTIMA PÁGINA

Cuidado com as redes sociais (Néia Moura). pág. 28

Jornal Nacional da Umbanda

● página 01


www.jornalnacionaldaumbanda.com.br

EDITORIAL

São Paulo, 25 de Janeiro de 2012. Edição: 29 contato@jornaldeumbanda.com.br

O sagrado na dança e o seu valor nos cultos afro-brasileiros Giuliana Marcellino

Vamos iniciar aqui uma reflexão sobre movimento, dança e expressão corporal nas giras dos cultos afro-brasileiros, sua importância, suas matrizes e seus significados. As danças se manifestam em cultos religiosos das mais variadas vertentes, sendo possível nos remeter as mesmas através dos registros históricos das religiões e cultos pagãos. Porém, nas religiões cristãs e nas suas diferentes manifestações contemporâneas também encontramos a dança como maneira de expressar, louvar e reverenciar a Deus. Na maioria dos templos umbandistas e candomblecistas a dança está presente em boa parte do trabalho espiritual. Algumas pessoas podem ainda não ter percebido qual a real importância desta movimentação dentro do trabalho, dando margem a diversas interpretações e questionamentos. Algumas justificativas comuns a cerca do assunto partem do principio da manutenção da cultura, afinal tanto o candomblé quanto a umbanda remetem diretamente a história dos povos afro-brasileiros que traz a dança como uma forte representação cultural, assim como a música. Outra explicação comumente encontrada é que o ritmo musical faz com que as pessoas deixem seus corpos a vontade e com isso a dança surge, de maneira natural e sem maiores significados. Vamos abordar agora um olhar, pouco menos apontado, mas que acreditamos ajudar no desenvolvimento de nossa caminhada dentro dos estudos sobre cultos afro-brasileiros. A dança, assim como a música, a fala, o olhar e a gestualidade cênica, são linguagens. Nossa sociedade tende a valorizar e utilizar com mais intensidade as linguagens oral e escrita, contudo as demais linguagens não deixam de existir e de terem suas características próprias dotadas de grande poder de comunicação. Sendo a dança e a música duas linguagens do ser humano, pode-se começar a pensar a respeito da presença das mesmas, como maneiras de comunicação entre os membros de uma corrente espiritual, encarnados, desencarnados e também como manipulação de energias. A movimentação corporal, assim como os diferentes ritmos musicais, influencia a energia e interfere nas frequências rítmicas e cardíacas dos corpos, seja de quem dança e toca, como também de quem está envolvido no ambiente. Mais especificamente a dança, com suas movimentações e expressões corporais, pode atingir níveis mentais e emocionais com uma facilidade diferenciada das demais linguagens. Ao trabalhar com os chacras e receptores sensoriais (em regiões corporais nas quais os receptores aparecem com mais intensidade ou menos intensidade), a transmutação energética ocorre, caracterizando assim, já um trabalho espiritual, sem a necessidade do uso da fala, outras linguagens e até mesmo outros paramentos. Pode-se assim seguir o raciocínio e concluir que com uma dança no trabalho espiritual, momentos de descarrego, passe energético, e até mesmo consulta já estariam sendo realizados? Sim! O que nos faz crer que necessitamos desses momentos em particular, com o guia nos orientando verbalmente, cruzando nossos pés com pemba, utilizando de ervas em nosso benzimento e aspergindo água consagrada em nosso corpo é o nosso olhar acostumado para o trabalho espiritual convencional, que não está errado, pelo contrário, mas a necessidade, na verdade não existiria! Até mesmo esta sequência relatada acima, se configura como uma movimentação corporal riquíssima, compondo uma dança se observarmos atentamente como os guias se porta, utilizando os corpos Jornal Nacional da Umbanda

● página 02


www.jornalnacionaldaumbanda.com.br

São Paulo, 25 de Janeiro de 2012. Edição: 29 contato@jornaldeumbanda.com.br

mediúnicos, para trabalharem: movimentação, expressão corporal e dança! Exercite seu olhar para isso quando tiver a oportunidade de assistir a uma gira. Veja quão maravilhoso é o dançar implícito nos movimentos “padrão” das giras. Sobre as danças sagradas, próprias de cada linha ou de cada manifestação da energia dos orixás, sabemos que é possível ler estes movimentos, que nos trazem histórias e memórias. Da mesma maneira que um sábio preto velho nos orienta sobre nossas angustias com suas histórias de encarnações passadas, outros guias e manifestações das energias dos orixás nos aconselham nos remetendo as suas histórias contadas através do corpo que dança. O corpo que dança a coragem de encarar uma batalha, o corpo que dança a colheita, o corpo que dança a purificação nas águas límpidas, o corpo que capta do lodo a transmutação das energias em momentos de passagem... São diversas e inúmeras as possibilidades. Algumas danças características das energias dos orixás já são de conhecimento da maioria dos frequentadores dos cultos. Pode-se facilmente reconhecer quando se dança para Oxum, quando se dança para Ogum e também quando há a manifestação da energia na linguagem corporal. Muitos são os pontos de identificação, porém um deles e talvez o de maior importância seja a postura das mãos. Através da postura e nível de energia das mãos e apenas nisso, é possível identificar o orixá que está sendo louvado ou canalizado. E porque será que é através das mãos que isso ocorre, se temos todo o corpo em movimento? Mais uma vez podemos nos utilizar os saberes da ciência para entendermos isso. No nosso corpo existem pontos de maior concentração de receptores sensoriais, como já dito. Estes pontos conectam-se com nosso cérebro captando sinais físicos e do ambiente para serem processados e armazenados no córtex. Nossas mãos são pontos de grande concentração de receptores sensoriais. Temos outras regiões também muito sensíveis como a boca, olhos, ouvidos e pés, porém as mãos representam uns dos pontos mais sensíveis do nosso corpo. Sendo assim, fica fácil entender o quanto é possível ocorrer à expressão e a comunicação, bem como a representação de uma energia através da postura das mãos (mais firme, direcionada, leve, suave, etc.). Nossa comunicação com o astral, com mundo espiritual está diretamente relacionada com a nossa energia e nossas emoções, o que se relaciona intimamente com nosso corpo (aceitamos aqui a

concepção de que corpo e mente estão integrados e são indissociáveis). Assim sendo, podemos começar a observar com mais atenção e dar mais valor para as danças sagradas nos cultos afro-brasileiros, fazendo destes momentos de grande beleza, possibilidades de meditação, reflexão, transmutação, agradecimento e entrega ao sagrado que se manifesta.

Blog: http://umbandatemfundamento.blogspot.com

AMIGO LEITOR,

Envie- nos os seus comentários sobre o jornal, textos e artigos sobre como é a umbanda onde você frequenta os costumes mais comuns, as festas. Divida com mais de 3.826.872 (esse é o numero de e-mails que temos cadastrados na nossa newsletter), suas experiências, a umbanda que você conhece, dessa forma estaremos diminuindo as distancias e fortalecendo a nossa religião. Caso queira divulgar o calendário do seu terreiro, cursos, homenagens e festas, envie-nos com antecedência de pelo menos 20 dias, pois o JNU é quinzenal, e tem muitos casos em que não foi possível a publicação, pois nos foi enviado em cima da data de realização. J.N.U.

E-mail: contato@jornaldeumbanda.com.br

Jornal Nacional da Umbanda

● página 03


www.jornalnacionaldaumbanda.com.br

São Paulo, 25 de Janeiro de 2012. Edição: 29 contato@jornaldeumbanda.com.br

CADERNO DO LEITOR UMBANDA NO PARAGUAI Enviado por: José Usher

Umbanda: Religião Universal. Religião de união e fraternidade. Religião de caridade sem etiquetas de distinção crenças, de laços e heranças divinas. Religião para todos. Religião que se expande desde o coração ao infinito, e do infinito ao coração de todos. Desde os inícios da década dos 50, aparece timidamente a Umbanda no Paraguai, considerada como a nova religião “afro-brasileira” ou diretamente “africana”. A maioria dos dirigentes de “Templos” foram iniciados no Brasil ou na Argentina, mas sem estudos nem fundamentos, com ideias um tanto confusas, e com misturas de rituais e conceitos. Como, por exemplo, o processo da iniciação na Umbanda que eles oferecem atualmente é: Cumprir com uma serie de trabalhos custosos (aproximadamente 5000 Dólares até mais), deitar-se 7 dias, manter a coroa oculta do sol, comer as comidas de santo, usar o Kelê para evitar incorporações prévias, sacrifícios de animais sobre a cabeça, etc, etc. logo após de que essa pessoa é “iniciada”, está “preparada” para abrir outro “terreiro” mais e fazer-se chamar “Babalorixá ou Pai/Mãe de Santo”. No Paraguai lastimosamente, na maioria, tem muitos falsos umbandistas, que se colocam no papel de sacerdotes destruindo a vida de muitas pessoas. Existem mercadores da fé que utilizam a dor alheia para tirar proveito monetário prometendo-lhes milagres graças ao “Exus e Pomba Giras” que para eles significam escravos que se movem pela conveniência (sangue, bebidas e dinheiro). Amarres, aborrecimentos, separações familiares, evoluções resumidas, supostos milagres no dinheiro, todo isso que até hoje segue latente, fizeram que o umbandista seja tido como uma pessoa ignorante, escura e desequilibrada para a sociedade. Bom, deixando este pesar de lado gostaria de contar-lhes que graças ao Divino Criador atualmente contamos com um Templo de Umbanda que foi construído e fundamentado com os ensinamentos do Colégio Pai Benedito de Aruanda. No ano 2003 lentamente iniciava o nosso trabalho, e dando os primeiros passos, já com uma base teológica, e a uma perspectiva diferente do que a Umbanda “transmitia” aqui, foram chegando pessoas que pensaram do mesmo jeito, e juntos fizemos crescer esse trabalho delicado que é falar de Umbanda sem tabus nem preconceitos. Em outra oportunidade se me permitem, lhes falarei da bela história e o caminho percorrido do que hoje em dia é o “Templo de Umbanda Sagrada Espada Dourada”. Fica mais que esclarecido que a Umbanda no Paraguai também precisa se renovar assim como no Brasil se faz a muitos anos. No Paraguai já se formaram 4 grupo de Teologia que com muito amor vão transmitindo esses ensinamentos nas distintas formas a muitas pessoas. Também aproveitando os meios de comunicação, faz pouco mais de 5 anos, foi criado o site: www.umbandasagrada.com , com a finalidade de contar com uma referência de estudos umbandistas em espanhol, baseados nos ensinamentos do Pai Benedito de Aruanda recebido pelo Mestre Rubens Saraceni. Desde esse ano no mês abril estaremos fazendo o lajeamento do primeiro curso online de Teologia de Umbanda em espanhol. A Umbanda praticada no Paraguai está baseada no idioma espanhol (e aqui faço uma aclaração que muitos templos “umbamdomblecistas” seguem utilizando o idioma português misturado com o espanhol (conhecido como portunhol) para as consultas, porque assim foram ensinados e porque os Guias Espirituais supostamente “na maioria brasileiros”. No nosso templo (Espada Dourada), os cantos, as consultas, as orações e todo o fundamento que praticamos está baseado no nosso idioma. Então, imaginem-se um Baiano falando espanhol? Ou um Preto

Jornal Nacional da Umbanda

● página 04


www.jornalnacionaldaumbanda.com.br

São Paulo, 25 de Janeiro de 2012. Edição: 29 contato@jornaldeumbanda.com.br

Velho? Sim, eles também podem fazer o uso do espanhol. A maravilha de tudo isso, é olhar como o universalismo reina entre tantos espíritos que chegam para auxiliarmos. O trabalho dos Exus e Pombas Giras de Lei no Paraguai é árduo. Muitas pessoas passam pelo Templo Espada Dourada estando obsedadas, com trabalhos de magia negra de muitos anos, desuniões e aborrecimentos pela vida. Mas os nossos amados Guardiões possuem o apoio e a forca da Lei Maior e a Justiça Divina para executar ações maravilhosas na vida de pessoas, e reações determinantes sobre as trevas. Irmãos e amigos! Somos uma única família e os países são as habitações deste grande lar denominado Terra. Confiemos nas palavras dos nossos Guias, eles são grandes mestres da nossa vida e sabem muito bem aonde a luz tem que apontar. Deixemos então que eles nos conduzam e executemos as vontades do Divino Criador. Que os nossos Paes/Mães, os amados Orixás bendigam nossas terras e nos permitam ser instrumentos da Lei Maior e da Justiça Divina. Não quero despedir-me sem antes agradecer a ajuda incondicional dos Orixás, dos Guias Espirituais, dos meus amigos e Irmãos do Brasil que sempre estão para ajudar: Maestro Rubens Saraceni, Rodrigo Queiroz, Alexandre Cumino e Jorge Scritori, também a todas as pessoas que quando tenho oportunidade de estar no Brasil, me recebe, com tanto afeto. Obrigado, Obrigado a todos! Salvem os Amados Orixás e Guias Espirituais Salve a Irmandade e Fraternidade Salve a Umbanda. Templo de Umbanda Espada Dourada Assunção - Paraguai

A EVOLUÇÃO E O EGO Ogã Jonathan Barros D’Oxossi

Nós que trabalhamos nosso lado espiritual, e que somos ferramentas do Divino Criador, pois através de nós falanges, linhas de trabalho, guias e mentores ajudam pessoas e nos ajudam, dessa forma ajudamos a quem precisa dando de graça o que de graça recebemos, e assim nós ferramentas buscamos a nossa evolução. A evolução é um principio divino que acontece independentemente de nossas vontades. É uma lei estabelecida, que dá movimento a tudo no universo. Se tudo evolui, nada permanece estático, isso permite a nós seres humanos (que vivemos uma experiência na carne), mudar situações da vida e suas condições de vivencia das coisas divinas. O fato é que grande parte não faz as suas escolhas de modo coerente, pois possuem valores que não estão de acordo com as leis do Divino Criador. Elevar-se ou cair depende de cada um. Mas vemos alguns irmãos se distanciarem daquilo que é o principio de nossa religião: a pratica da caridade, o fazer o bem sem olhar a quem, e creio que o principal sem soberbia, sem prepotência e sem vaidade. Em muitas ocasiões vemos guias que desenvolvem um trabalho espiritual em auxilio a um irmão, que de alguma forma confortam ou mesmo ajudam esse irmão em algum aspecto, trazendo de volta o sorriso e alimentando sua fé. Mas infelizmente o médium se acha no direito de se vangloriar acerca da

ajuda dada, assim cada vez mais aumentando seu ego, e querendo uma posição divina, achando que o irmão ajudado deve reverenciá-lo. Em nossa religião temos “milagres”, conquistas e ajudas todos os dias, e a beleza é que quando temos uma conquista, não a colocamos em um púlpito e nos vangloriamos, pelo contrario vamos para o próximo, se isso é dito por nossos mentores, por que alguns irmãos insistem em “usar” dos auxílios de nossos guias e mentores para se promover? Esquecemos que os guias não precisam de nós, nós precisamos deles, pois somos seres humanos em busca da evolução, da eliminação de vícios e da compreensão do livre arbítrio. Vamos pregar a tolerância, praticar a caridade sem distinção de raças e, crenças ou opiniões, lutar contra a hipocrisia e o fanatismo, lutar contra a soberbia. Vamos ter em nos nossos guias e mentores, Exus, Caboclos, Pretos Velhos, Erês, Baianos todas as linhas de trabalho, a oportunidade de trabalharmos nosso interior buscando evoluir, ajudando ao próximo e lembrando sempre “Fora da Caridade não há salvação”.

E-mail: johnathan_mb@hotmail.com

Jornal Nacional da Umbanda

● página 05


www.jornalnacionaldaumbanda.com.br

São Paulo, 25 de Janeiro de 2012. Edição: 29 contato@jornaldeumbanda.com.br

MEUS IRMÃOS E IRMÃS, Enviado por: Junior Pereira

Convido a todos para uma reflexão sobre essa “tal felicidade“. Que, ao meu ver, é simples, mas, de tão simples que é, não temos a capacidade e a percepção de senti-la em sua totalidade. Afinal, o quanto você é feliz realmente? Como diz Mário Quintana: “Faça o que for necessário para ser feliz”. Mas não se esqueça de que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixála ir embora por não perceber sua simplicidade. Da para “perder“ um bom tempo pensando nisso não é mesmo? Pois é...Deus nos dá pessoas e coisas para aprendermos a alegria... Depois, retoma coisas e pessoa para ver se já somos capazes da alegria sozinhos...Essa... é a alegria que ele quer Ou então podemos ir pela linha de raciocínio de William Shakespeare, quando dizia: “É muito melhor viver sem felicidade do que sem amor”. Há controvérsia nisso, mas tudo bem... Cada um é feliz de um jeito, de uma maneira ou com alguma situação! Podemos concordar também com Carlos Drummond de Andrade quando disse: “Há duas épocas na vida, infância e velhice, em que a felicidade está numa caixa de bombons...” Allan Kardec, um dia disse: “A nossa felicidade será naturalmente proporcional em relação à felicidade que fizermos para os outros”. Afinal, só recebemos aquilo que proporcionamos, correto? Mas na minha humilde opinião, a felicidade é um problema individual. Aqui, nenhum conselho é válido. Cada um deve procurar, por si, tornar-se feliz. Afinal, a felicidade não é uma estação na qual chegaremos, mas sim uma forma de viajar. (Autoria desconhecida). E você, o que está esperando para ser feliz? Um forte abraço e, seja feliz! Do seu jeito, mas seja!

SAUDAÇÕES DO CABOCLO

SETE FLECHAS Enviado por: Guilherme Duarte.

Perceba na beleza do amanhecer, como é bonito raiar do sol, mesmo quando o tempo não está ensolarado, quando há muitas nuvens, você pode não enxergar o sol, mas tenha certeza ele está ali. È como Papai do céu em nossas vidas, nós podemos não velo, não escuta-lo, mas podemos ter certeza, ele nos guia todos os dias de nossas vidas. E disso não duvides jamais, porque sem o Pai não se há vida , não há sentimentos, nem gestos , nem palavras bonitas para confortar um irmão quando, esse se encontra caído precisando de um braço forte e guerreiro, para levanta-lo e re aproxima-lo do Pai. Por isso filhos se mantenham firmes nessa terra, cumprindo suas missões e celebrando a paz e o amor que o Pai deu a todos seus amados filhos, e que sejam guerreiros para assim construírem seus caminhos dentro da lei e da justiça divina e voltarem de onde todos um dia saímos, do lado do Pai, que nos criou para evoluirmos e crescermos perante seu amor a todos seus filhos. E-mail: gd_duarte@hotmail.com

sugestão para leitura

E-mail: f.pjunior@uol.com.br

Matérias para o Jornal

Não deixe de nos enviar suas matérias, textos e informações sobre festas e cursos. Colocaremos no jornal virtual e no site do jornal para consulta aberta a todos que visitarem a pagina. Lembrando que ao enviar sua matéria, não se esqueça de colocar seu nome, e autorização para divulgação. Jornal Nacional da Umbanda

● página 06


www.jornalnacionaldaumbanda.com.br

São Paulo, 25 de Janeiro de 2012. Edição: 29 contato@jornaldeumbanda.com.br

A MÁGOA DILACERA NOSSO CORPO E NOSSA ALMA Enviado por: Dinalva Faria.

Hoje a medicina possui provas cabais de que sentimentos negativos causam doenças psicossomáticas. A mágoa é um desses sentimentos. A mágoa é ferida que se abre no peito, e que quanto mais se cultiva maior o tamanho e o estrago que causa naquele que a sente. A pessoa que vive a remoer as ofensas e o mal que outro lhe provocou só tende a reforçar tudo o que aconteceu, causando ao seu corpo físico todos os tipos de moléstias. Aquele que causa mal aos outros nem sempre sabe o que faz. Muitas vezes se encontra na fase da infância espiritual. Assim, aquele que se vê como alvo da maldade alheia deve procurar esquecer e perdoar, pois ao cultivar a mágoa será o único prejudicado. Deixemos que cada um responda por seus atos no tempo apropriado. Não há semeadura sem colheita. Aquele que carrega a mágoa dentro de si está algemado à dor e ao sofrimento moral e físico. Libertemo-nos e sigamos nossos caminhos, buscando viver da melhor maneira possível, com a certeza de que Deus não desampara seus filhos, especialmente aqueles que trilham pelo caminho do bem. Lembremo-nos de que todos têm uma consciência e que um dia ela fará as cobranças necessárias pelos erros e faltas cometidas. Mantenhamos, assim, a nossa consciência em paz, esquecendo e perdoando. Deixemos que o tempo se encarregue de colocar as coisas nos seus devidos lugares. Confiemos e esperemos, com a certeza de que tudo o que nos ocorre é para o nosso aprendizado e crescimento, para que possamos evoluir como Espíritos de Deus que somos. E-mail: ddfaria@grsa.com.br

UMBANDA, UMA RELIGIÃO EVOLUCIONADORA. Texto enviado por: Jose de Brito Irmão. Nos dias atuais, a religião que mais evolui qualitati- ses ensinamentos. vamente é sem dúvida a Umbanda; e isto é o resul- Também comprovamos através das Salas tado das revelações que nos foram trazidas através de Aulas, as mudanças conscienciais que ocorrem da Teologia de Umbanda Sagrada. naqueles que conosco estudam, tanto a Teologia É lamentável ler em jornal de divulgação da quanto a Magia Divina. Os depoimentos desses irReligião, a manifestação pueril de expoentes dentro mãos alunos, atestam isso. dela, incitando ao antagonismo, o separatismo e o Esses conhecimentos nos permitem o pensar diálogo conflitante, como se já não houvesse confli- a Religião dentro do aspecto Teológico, e pensando, tos e discórdias suficientes. se percebe a confirmação de aforismos, premissas, Todos os que se aplicam no Servir dentro da axiomas; chamem como quiserem: Umbanda, estão fazendo o melhor de que são ca- “O que existe no Alto, existe na Direita e o pazes; então, isso deve ser pensado e entendido. que existe no Embaixo, existe na Esquerda”. Também deve ser entendido que aquilo que não tem “O que existe no Macro, existe no Micro e consistência, se diluirá no tempo. Para que servirão vice-versa” os incitamentos de irmãos contra irmãos, com cada São expressões que definem Leis na Criação um se arvorando de autoridade, quando todos so- e, com costumo falar aos céticos: pouco importa se mos aprendizes? acreditam ou não; isso são fatos e independem do Com relação aos ensinamentos teológicos e acreditarem. magísticos que representam um avanço para a Reli- Então, as Leis Divinas se repetem como gião: Princípios presentes e atuantes em todos os Planos Como estudiosos e experimentadores, com- Evolutivos, faixas vibratórias, reinos, domínios, diprovamos a realidade daquilo que estudamos, nos mensões, graus, etc. Os Princípios estão presentes, Planos Astrais Humanos, Planos Celestiais e por isso são Leis; somente os modos de manifestanas Dimensões Paralelas. Logo, para nós, não exis- ção é que mudam. tem dúvidas quanto à validade e necessidade des As Religiões, todas elas, podem ser analisaJornal Nacional da Umbanda ● página 07


www.jornalnacionaldaumbanda.com.br

São Paulo, 25 de Janeiro de 2012. Edição: 29 contato@jornaldeumbanda.com.br

das como sendo graus magnéticos, vibratórios, energéticos e espirituais exclusivos e independentes umas das outras, e dentro delas também as Leis da Criação se aplicam e estão presentes, dessa forma temos: faixas vibratórias para cima e para baixo e também para a direita e para a esquerda, que nelas, são sub graus magnéticos, vibratórios, etc. Em todas elas o quarto sub grau horizontal e vertical, é um ponto de escolha e definição e, formam um cruzamento. No eixo vertical ascende (para cima) ou descende (para baixo) e no eixo horizontal evolui (para a direita) ou (para a esquerda). Isto é fato? Afirmamos sem dúvida: É fato. Mas, quais as funções dos sub graus verticais esquerda-direita? Respondendo, diremos que os sub graus da esquerda, do 1º. ao 3º. São aqueles em que ocorrem as transições vindas de outras religiões, no caso da Umbanda, os agrupamentos com fundamentos afros, católicos, espíritas, esotéricos, etc. No nosso 4º. sub-grau , ponto de definição religiosa, ocorreu a vinda do Senhor Caboclo das Sete Encruzilhadas, definindo a Umbanda como religião e trazendo os fundamentos necessários para que ela evolua a partir daí. Os sub graus à direita – 5º. 6º. e 7º. – são aqueles onde a religião deverá desenvolver a sua evolução, com fundamentação própria, tornando-se diferente das suas co-irmãs. Dentro deste contexto, o evolutivo, consideramos a revelação dos ensinos teológicos, como a ativação do 5º. Sub grau da Umbanda, e a Magia Divina, apesar de a praticarmos e ensinarmos fora do nosso contexto religioso, é a Magia Teúrgica, também praticada pelos Guias Espirituais em seus trabalhos, logo? Entendemos a Magia como a ativação do 6º Sub-grau da Umbanda, mesmo que não seja praticada por nós, nos rituais religiosos. E o nosso 7º. Sub-grau? Não está ainda ativado de forma a ser percebida e entendida, mas nela se fundirão Teologia e Magia. E tudo isso sem deixar de ser o que é; Umbanda. Alonguei um pouco nessa abertura ao entendimento, para que aqueles que estejam praticando a Umbanda em qualquer dos seus sub-graus magnéticos e vibracionais, fiquem à vontade e continuem a dar o melhor de si, porém, não critiquem aquilo que ainda não conhecem, mas se quiserem conhecer e entender, estudem e pensem. Nós mesmos, fomos buscar conhecimentos importantes que foram comprovados e são utilizados em nossos atendimentos espirituais através das obras do irmão Robson Pinheiro. Detalhe: Ele é um médium psicógrafo espírita. Então meus irmãos! O Universo está aberto para vocês também e ninguém quer ser dono daquilo que não pode ter dono; a Umbanda. Também a suposta imposição de codificação, é uma falácia discursiva, porque como Religião Evolutiva, a tal “codificação” seria um engessamento dela e, porque a Codificação foi feita pelo Senhor Caboclo das Sete Encruzilhadas quando a fundou. Pensem: O uso de roupas brancas, as manifestações de “Eguns”, os nomes simbólicos, as hierarquias, o objetivo maior a caridade, a gratuidade nos atendimentos espirituais, a aceitação das correntes espirituais, etc. isso é a codificação, porém não engessou o ritual. A fundamentação para os rituais, sim, é necessária e já acontece à revelia dos críticos acastelados na presunção. Lutar e combater isto é atavismo. No mais, façam o que de melhor sabem fazer e, deixem em paz quem também está fazendo, mesmo que seja de forma diferente e ainda não entendida. E-mail: teologia.magia@gmail.com

Jornal Nacional da Umbanda

● página 08


www.jornalnacionaldaumbanda.com.br

São Paulo, 25 de Janeiro de 2012. Edição: 29 contato@jornaldeumbanda.com.br

QUANDO EU MORRER Enviado por José Carlos Angeli.

Vez ou outra acontece. Lembramos que um dia abandonaremos o corpo de carne e partiremos para outra realidade. É nesses momentos que recordamos de elaborar testamento, repartindo o que vamos deixar, entre aqueles que ficarão. As vontades assim expressas, quase sempre criam disputas familiares, que chegam a se prolongar por anos. Quanto maiores forem as posses daquele que se foi, a tendência é aumentar a disputa se, entre os contemplados, não existe entendimento, afeto. Houve um homem, no entanto, que pensando em sua morte, elaborou vontades muito precisas. Pensou em seu funeral e o que ele poderia significar para o mundo. Ele era um líder e dizia que não desejava ser idolatrado, mas sim ouvido. A sua era a luta por direitos humanos e em nome dela, foi preso 10 vezes, nada o demovendo do seu ideal de igualdade entre os homens. Foi na igreja onde ele era pastor, que falou a respeito da sua morte: “Frequentemente eu penso naquilo que é denominador comum e derradeiro da vida: nessa alguma coisa que costumamos chamar de ‘morte’. Frequentemente penso em minha própria morte e em meu funeral, mas não em sentido angustiante. Frequentemente pergunto a mim mesmo o que gostaria que fosse dito então. Eu deixo aqui com vocês, esta manhã, a resposta... Se vocês estiverem ao meu lado, quando eu encontrar meu dia, lembrem-se de que não quero um longo funeral. E se conseguirem alguém para fazer o ‘discurso fúnebre’, digam-lhe para não falar muito. Digam-lhe para não mencionar que eu tenho um Prêmio Nobel da Paz: isto não é importante! Digam-lhe para não mencionar que eu tenho trezentos ou quatrocentos prêmios: isto não é importante! Eu gostaria que alguém mencionasse aquele dia em que Martin Luther King tentou dar a vida a serviço dos outros. Eu gostaria que alguém mencionasse o dia em que Martin Luther King tentou amar alguém. Quero que digam que eu tentei ser direito e caminhar ao lado do próximo. Quero que vocês possam mencionar o dia em que... tentei vestir o mendigo, tentei visitar os que estavam na prisão, tentei amar e servir a Humanidade. Sim, se quiserem dizer algo, digam que eu fui um arauto: um arauto da justiça, um arauto da paz, um arauto do direito. Todas as outras coisas triviais não têm importância. Não quero deixar atrás nenhum dinheiro. Eu só quero deixar atrás uma vida de dedicação! E isto é tudo o que eu tenho a dizer: Jornal Nacional da Umbanda ● página 09


www.jornalnacionaldaumbanda.com.br

São Paulo, 25 de Janeiro de 2012. Edição: 29 contato@jornaldeumbanda.com.br

Se eu puder ajudar alguém a seguir adiante Se eu puder animar alguém com uma canção Se eu puder mostrar a alguém o caminho certo Se eu puder cumprir meu dever cristão Se eu puder levar a salvação para alguém Se eu puder divulgar a mensagem que o Senhor deixou... Então, minha vida não terá sido em vão.” O Reverendo Martin Luther King Junior lutou pelos direitos dos negros nos Estados Unidos. Foi Prêmio Nobel da Paz em 1964. Todas as vezes que foi preso, que sofreu atentados à bomba, que sua casa, esposa e filhos foram ameaçados, respondeu com amor. Dizia que a resposta ao ódio devia ser o amor e continha os seus seguidores para que não reagissem. Morreu assassinado, conforme previra. Em seu túmulo, está a prova de que tinha convicção da vida além desta vida. E que partiu, embora de forma tão brusca, com a alma em paz pela certeza do dever cumprido. O epitáfio diz: “Enfim livre, enfim livre! Graças a Deus Todo-poderoso sou finalmente livre!” Foram estas as palavras que usou para concluir o seu mais famoso discurso, intitulado Eu tenho um sonho, em que traduziu o ideal da liberdade e da igualdade entre todos os homens. Oxalá todos os que abraçamos uma religião, possamos ter essas ideias lúcidas a respeito da vida e da morte. Nesse dia, o mundo será muito melhor. Texto da Redação do Momento Espírita, com base no discurso de Martin Luther King Junior: Quando eu morrer. E-mail: josecarlos@engehidro.com.br

PARA QUE TODOS SAIBAM... Enviado por: Cristiane Lima

A todos os meus amigos que queiram receber o Jornal Nacional de Umbanda. A todos aqueles que me conhecem e vêm até mim para pedir ajuda , eu gostaria de dizer aqui os motivos pelos quais hoje eu posso me ajoelhar perante a Deus e a Natureza com sabedoria e ajudá-los com convicção. Convicção de que todos serão ajudados dentro de seu merecimento e necessidades. Quero agradecer aqui, ao receber mais essa edição do Jornal Nacional de Umbanda cheia de Mistérios Divinos desmistificados e com fundamentos explicados com tanta humildade a todos por um ser humano que coloca-se somente como Instrumento de Deus, meu mestre e pai Rubens Saraceni. Um homem que se coloca a disposição de todos os seus filhos e e irmãos e com amor nos ensina a sermos somente livres ao nos oferendar a Deus sem pretensões, somente a de sermos seres humanos melhores com nossos erros e acertos...independentemente de religião, raça ou condição social e /ou cultural... Ontem tive a experiência magnifica de fazer a firmeza dos nossos pais Boiadeiros na irradiação de nosso Pai Ogum e nossa Divina Mãe Logunan e nessa firmeza , por aprendizado que tive com esse ser e mestre Rubens Saraceni, meu Pai querido, pude ajoelhar e pedir aos pés desse Congá que tanto amo e que sempre me acolheu, que me cortassem as magoas e rancores, dores e temores, que na irradiação dessa linha de boiadeiros eles pudessem no tempo de Mãe Oyá e dentro da Lei de Nosso Pai Ogum levar o que não era meu e trazer de volta apenas o que me pertencia... Senti a presença de todos acolhendo minhas orações e pedidos e hoje me senti mais forte para tomar minhas decisões, decisões pendentes que não conseguia resolver. Durante 10 anos venho estudando magia e todas as obras desse Pai que nunca me negou conhecimento ou explicação e nesses dez anos aprendi a ser mais tolerante, mais compreensiva, aprendi muitas vezes a perdoar e a esperar o que é melhor para mim sem me revoltar ao perder aquilo que eu queria e tinha como certo em minha vida. Aprendi a me amar e a amar aquilo que é Sagrado em mim.... A VIDA e a liberdade de ser que em eu sou do jeito que sou com todos os meus defeitos, tentando sempre me melhorar praticando o amor e a minha fé com resignação e humildade. Aprendi estudando nesse Colégio não só de magia e de Umbanda , mas de vida , que aos poucos Jornal Nacional da Umbanda ● página 10


www.jornalnacionaldaumbanda.com.br

São Paulo, 25 de Janeiro de 2012. Edição: 29 contato@jornaldeumbanda.com.br

somos capazes de nos modificar por dentro...porque nos meus momentos de dificuldades, não tive um Pai acariciando minha cabeça, mas tive um Pai que se levantou , pediu por mim aos pés de nossos PAIS e MÃES ORIXÁS e, ao me olhar, disse “ vá irmã, e tenha fé porque você é filha de OLORUM e ELE vai te amparar sempre em todos os seus momentos” Até hoje é assim que ele me ensina :me libertando simplesmente e me ensinando a ser forte com as Armas que DEUS me deu...através da minha fé e da vontade de evoluir nessa TERRA ABENÇOADA... Obrigada meu Pai Rubens por me fazer sentir assim tão pronta para enfrentar minhas batalhas e por ativar em mim os Instrumentos que DEUS me deu e colocou á minha disposição para ser alguém melhor e seguir meu caminho de evolução rumo a Olorum...que para mim é FELICIDADE Muito obrigada pela sua paciência de JÓ, pelo seu humanismo que nos deixa sentir tão perto dessa sua resignação infinda com sua missão de nos ensinar e muito obrigada por ser tão igual a todos nós...seus irmãos... Com todo o respeito EU AMO O SENHOR DE TODO O MEU CORAÇÃO. SUA irmã e filha de Santo.

DOUTRINA

E-mail: cris_jpg_sp@hotmail.com

OXÓSSI, O CAMINHO DA CONSCIÊNCIA. Celso Alves de Souza

No mês de janeiro são feitas aqui em São Paulo as comemorações ao nosso Pai Oxóssi. Em homenagem a esse amado Orixá vou fazer alguns comentários baseados no livro “Teologia de Umbanda Sagrada” na página 154 . “O conhecimento é uma qualidade de Deus e Oxóssi sua divindade unigênita, pois ele é, em si mesmo, o conhecimento divino que ensina todos a conhecerem a si mesmos a partir do conhecimento sobre nosso Divino Criador Olorum.” “Olorum gerou em Si o conhecimento sobre tudo o que criou, e porque tem o conhecimento sobre toda a Sua criação, então o conhecimento assumiu a condição de uma qualidade Sua, à qual Ele imantou como uma dos mistérios da criação, já que gera em Si o conhecimento e é em Si onisciente ou conhecedor de tudo e de todos.” Nosso Pai Olorum é infinito em suas qualidades, e cada qualidade de Olorum é infinita também, pois ocupa todo o nosso universo e suas múltiplas dimensões. Sendo Oxóssi uma dessas qualidades, justificase o nosso amor e respeito por esse Orixá. O conhecimento é algo que se conquista gradualmente e quando bem direcionado expande nosso entendimento sobre algo ou sobre nós mesmos. Quando você entra na Umbanda, inicialmente você busca o conhecimento sobre as qualidades/ funções dos Orixás e posteriormente percebe elas no seu jeito de ser e agir. Através de uma associação dessas informações com você mesmo, é que se percebe qual Orixá tem mais a ver com você, ou seja, qual a qualidade que mais se evidencia numa determinada pessoa. Esse processo, nos chamamos na casa que eu frequento de “achar o Pai/Mãe de Cabeça”. Se você é realmente filho de Ogum, você vai manifestar em algum sentido as qualidades de Ogum, tais como: lealdade, caráter, compromisso, firmeza de propósito, etc. Esse exemplo serve para todos os Orixás, pois, como filhos Deles, herdamos somente as qualidades. Os defeitos são nossos, certo? Através do autoconhecimento a consciência se expande e muitas respostas são compreendidas. Ou não é verdade que quando aprendemos mais sobre nossas emoções, nossas fraquezas e nossos vícios adquirimos força para vencê-los e transformá-los em qualidades. Já diz o ditado: “Conhecimento é Poder!”. Mas esse poder só é alcançado se nós nos estudarmos e nos observamos. Pode-se afirmar que Oxóssi é o patrono daqueles que querem conhecer mais sobre si mesmos. “Seu magnetismo expande as faculdades dos seres, aguça o raciocínio e os predispõe a buscar a gênese das coisas... Logo, Oxossi é o estimulador natural dessa busca incessante sobre nossa própria origem divina.” Quem somos, de onde viemos, a que viemos e para onde vamos são questionamentos que permeiam a nossa espécie desde os tempos mais remotos e muitas pessoas tem se esforçado para descobrir algo mais sobre nós e o que nos cerca. Seja através de um livro, assistindo a uma palestra ou conversando com alguém mais experiente, pode-se dizer que Oxóssi é força que induz um buscador espiritual na sua caminhada rumo ao seu destino. Se somos espíritos encarnados e em cada encarnação assumimos uma nova forma ou uma nova Jornal Nacional da Umbanda

● página 11


www.jornalnacionaldaumbanda.com.br

São Paulo, 25 de Janeiro de 2012. Edição: 29 contato@jornaldeumbanda.com.br

identidade que é moldada pelo ambiente que nos cerca e pelas escolhas que fazemos, então quem sou eu realmente? Acredito que o verdadeiro “Eu” é a soma de todas as experiências de todas as nossas encarnações anteriores. Mas como acessar esse conhecimento que existe em nós? Oxóssi, com certeza tem a chave e nos impulsiona a buscá-la. Estar em perfeito alinhamento com esse Orixá permite que saibamos uma pequena fração do que Ele sabe, assim como manifestar no plano físico o que Ele manifesta em todo o universo. O chacra Frontal, sede das forças mentais superiores, da aptidão intelectual, da memória, da consciência é associado a nosso Pai Oxossi, a expansão da consciência também faz aumentar nosso conhecimento sobre nós e sobre as coisas ao nosso redor. É como olhar para uma semente e não ver somente ela, mas sim uma grande arvore em potencial, vendo inclusive seus futuros frutos, sua cor, sua textura, seu cheiro, seu sabor...e quanto mais sabemos sobre ela(nossa origem Divina), maior é o nosso respeito para com a criação e mais solida é nossa fé em Deus, pois passamos a encontrá-lo em nos mesmos.” Nossa origem está em Deus, e sendo filhos deles cada um carrega uma herança genética Divina, ainda que só umas poucas religiões preguem isso aos seus adeptos. Acredito que o papel de todas as religiões deveria ser o de despertar essa consciência de nossa origem Divina para a juventude atual do nosso país para que, quem sabe um dia serem adultos melhores no futuro. Nesse ponto a Umbanda saí na frente. Pegue como exemplo uma criança nascida num berço Umbandista, que desde de pequena vê que Deus está na Natureza e que Ela é a beleza Dele manifestada. Essa criança participa das Giras nas matas/praias/cachoeiras e conscientemente associa esse ponto de força como um altar ou Templo natural de Deus. Quando ela se tornar um adulto, ela vai respeitar e amar a natureza, pois ela sabe que lá é a casa do Caboclo/Erê/Encantado/Orixá. Agora imagine pegar a mesma criança e ela tiver nascido em uma religião mentalista ou abstrata, onde dizem que Deus está dentro de um templo de tijolos, sem cor, sem cheiro, sem dança, sem beleza e onde é pregado que a Natureza foi feita para servir ao homem como uma espécie de matéria prima de consumo. Onde a ausência de conhecimento estiver lá estará a ignorância para com as coisas divinas. Tenho uma teoria de que no futuro só a Umbanda salvará a Natureza. Pois somente se o homem entender que a Natureza é a parte visível de Deus, que ela é Sagrada, é que talvez ela não venha a desaparecer. Hoje vemos muitos dirigentes Umbandistas compram pedaços de terra com matas nativas para assim poderem fazer seus Cultos, pois nossa associação do Sagrado para com a Natureza vem de berço. Que nosso Pai Oxóssi desperte a consciência das coisas Divinas em todos nos, para que assim os nossos Templos Naturais, tais como cachoeiras, praias, montanhas, mangues e matas não acabem. Lei e Conhecimento - http://lei-e-conhecimento.blogspot.com

CURSO DE MAGIA DIVINA DOS GÊNIOS Para os que se sentirem atraídos por essa magia divina, fica aqui o meu convite para que venham estudá-la e nela iniciaremse para, daí em diante passarem a trabalhar e servirem-se magicamente dessa classe de seres da natureza criados por Deus para zelarem por ela... e por nós, os seus maiores destruidores.

Informações sobre o curso: Inscrição: 07 de Fevereiro Duração: 4 mêses Investimento: à vista R$ 100,00 ou 4 x R$ 40,00 Dias e horários: Terça-feira: 20h00 ás 22h00

Faça sua reserva pelo telefone (11) 4221-4288 ou pelo e-mail: contato@colegiodeumbanda.com.br Jornal Nacional da Umbanda

● página 12


www.jornalnacionaldaumbanda.com.br

São Paulo, 25 de Janeiro de 2012. Edição: 29 contato@jornaldeumbanda.com.br

DIALOGANDO E TEOLOGANDO I

Para os alunos da escola primária, as crianças, os Mestres delas, são as professoras daquele grau. Para os alunos de nível secundário, outros Mestres, professores ser-lhe-ão oferecidos, e assim por diante até que estejam aptos a serem assistidos por um Professor com Grau de Doutorado. Se em nossa realidade é assim para que não Texto enviado por: Jose de Brito Irmão. haja desperdício de recurso, também é assim nos Planos Espirituais, onde cada um é conduzido por Porque dialogando e teologando? alguém compatível com o seu atual grau evolutivo. Dialogando porque os assuntos serão desChamamos estes Mestres de Guias Espirituais. dobrados na forma de diálogo entre um interlocutor Pergunta: Esse assunto “Guia Espiritual” parece e alguém que lhe responde. E teologando (neolonão ser bem entendido por muitos. O que é um gismo nosso) porque os assuntos abordados inGuia Espiritual? cluem doutrina com fundamentos teológicos. Resposta: - Como a própria denominação já de A numeração fine por si só, Guia I, II, II, etc. sugere ORAÇÃO DE MÃE MARIA é alguém que nos uma sequência sem conduz por lugares limite no tempo, que Ó! Doce Maria, Mãe de Jesus. que ainda não nos estará condicionada Abençoai a todos nós, nesses momentos são familiares. EnTão difíceis, de muitas provações à disponibilidade do tão o Guia ou o espíCom suas mãos cheias de Luz, de calor e parar para refletir. De ternura como só vós tens. rito que designamos Essa forma assim, é alguém que de transitar pelos O! Doce Maria, Mãe de todos nós. nos conduz nos caassuntos se torna Jogai sobre nós teu Manto de Luz minhos espirituais e, Para que possamos caminhar interessante, porque é Guia porque esComo vós na Luz e no amor de Deus. em uma única págises caminhos não na de texto, vários O! Doce Maria, Mãe de Jesus. nos são familiares, assuntos podem ser Estejas sempre conosco em todos os mas Ele os conhece abordados de forma Momentos de nossa vida, nos orientando. bem e é capaz de E nos aconselhando para que não tropecemos simples e direta. nos conduzir com Mais e possamos trilhar na tua senda, Então, SeNa tua Luz, no teu Amor, no Amor de Jesus, segurança. Eles são nhores e Senhoras, De Deus, Amém. os equivalentes dos como leitores (as), professoestejam convidados Oração recebida telepaticamente, enviada por nossos queridos ami- nossos res na matéria. Os para participar da gos e irmãos espirituais. Enviado por: Vera Tristan Vargas. professores encarconversa. E-mail:viriam.kaur@hotmail.com nados nos instruem Pergunta: - Temos para os desafios do notado que nas saPlano Material e os Professores Espirituais nos inslas de Ensinamentos Teológicos e nas de Magia truem para os desafios do Plano Espiritual. Divina, os alunos se referem à você como Mestre. Pergunta: - Esse assunto ainda é bastante controVocê se considera um Mestre? verso, visto que muitos irmãos médiuns, atribuem Resposta: - Para os alunos referidos, é importanaos seus Guias Espirituais a responsabilidade por te que considerem e sintam que quem está lhes tudo o que de mal lhes acontece. Como entender ensinando é um Mestre e fazem questão de se dimelhor isso? rigirem a nós como Mestres. Não adianta querer Resposta: - Vamos pensar isso da seguinte formudar isso, e até porque, depende do ângulo como ma: Estamos caminhando na via material e parase enxerga cada coisa. lelamente na via espiritual. São dois caminhos que Estamos acostumados a considerar como mesmo acontecendo em planos distintos, interaMestres, à aqueles expoentes do conhecimento e, gem entre si. Analogamente ao lado material, os no caso dos Mestres Espirituais, aos Grandes SeProfessores Espirituais não estão ao nosso lado o res com alto grau evolutivo; em relação à estes, sotempo todo, se assim fosse estaríamos sendo “obmos apenas atrapalhados aprendizes. No entanto, sedados” por eles. Eles estão ligados a nós atraestamos no Plano Humano, mergulhados na realivés do nosso mental e, por essas ligações podem dade humana e aqui também podemos estabelecer nos intuir sem no entanto interferir no nosso livreos paralelos, vejam os exemplos: Jornal Nacional da Umbanda ● página 13


www.jornalnacionaldaumbanda.com.br

São Paulo, 25 de Janeiro de 2012. Edição: 29 contato@jornaldeumbanda.com.br

arbítrio. Podemos até classificá-los por funções: Guias Protetores ou Guardiões, Guias Instrutores, Guias Trabalhadores, que também nos instruem. Classifiquei desse modo porque quem não está com o seu dom mediúnico ativado, também tem os seus guardiões e instrutores. Os Guardiões além das funções de proteção, também são disciplinadores e nós os conhecemos como Guardiões Exus e estão vinculados também ao Guia Chefe de cada um. Dessa forma esse guardião pode sinalizar desvios conscienciais e também atuar dentro da Lei, para que o “rumo” seja corrigido. Esses Guardiões são grandes Mestres do Conhecimento dos Mistérios das dimensões onde atuam, e também da psicologia humana. Então, cada passo, cada ação, cada sentimento, cada pensamento nosso é monitorado o tempo todo e todo o tempo por esses Guardiões que têm “carta branca” para atuarem com procedimentos corretivos, se necessários. Na verdade muitos dos que reclamam e querem cobrar dos guias uma boa vida estão sendo submetidos ao rigor da correção na Lei, que lhes dá segundo a sua necessidade e merecimento. Pergunta: - Você falou que o Exu é também um Mestre, só que alguns pensam que Ele é apenas um espírito atrasado, isso porque vive em dimensões escuras. Isso pode ser melhor esclarecido? Resposta: - Pode sim. Na verdade grande parte dos nossos irmãos umbandistas, ainda está presa a conceitos que lhes forma impostos pela cultura religiosa de onde provieram. Lembremos que os ensinamentos cristãos, judaicos, islâmicos, e outros, consideram esses irmãos espirituais como seres endemoniados, aos quais devemos temer e repulsar. No entanto, o tempo flui e os ensinamentos sobre esse Mistério e também sobre os Mistérios Exu Mirim e Pombagira, já estão disponíveis nas obras que nos foram oferecidas através do Mestre Rubens Saraceni. Permanecer na ignorância, e continuar se conflitando com aquilo que devíamos estar em harmonia, é uma questão de escolha. Porém, não se pode alegar mais, a falta de ensinamentos a respeito. Quanto a considerá-los como Mestres, Eles os são de fato. Ocorre que a maioria dos irmãos médiuns só interagem com os seus Guardiões quando é para resolver suas demandas. Nesses casos a atuação dos Guardiões é a de guerreiros e fica a impressão de truculência vinda desses guias. No entanto, quando nos dispomos a aprender de fato, eles se revelarão para nós como extraordinários Mestres e Mestras demonstrando um conhecimento que somente seres de elevada estatura espiritual os têm. Quando falamos do aprender, nos referimos aos estudos dos Mistérios. Interlocutor: - Esse assunto dos guias ainda tem muito a ser explorado, e também o livre arbítrio, mas vamos deixar para o próximo bloco, até lá! Plin! Plin! E-mail: teologia.magia@gmail.com

ARCANJO MIGUEL

Enviado por: Vera Tristan Vargas.

O Arcanjo Miguel nos protege em todos os sentidos: físico, mental, emocional e espiritual. Tanto nossos corpos inferiores como os superiores, nos envolvendo em sua Luz magnífica fazendo uma proteção luminosa à nossa volta, tão forte, tão protetora e tão resistente que nada, nada poderá se quer ultrapassala, nem com a força humana, nem com a força sobre humana, nem as de seres visíveis ou dos invisíveis, nem vermes rastejantes, nenhum tipo de energia nefasta. Estamos protegidos de qualquer energia nefasta, pois a Luz maravilhosa do nosso querido Arcanjo Miguel nos protege e sempre nos protegerá onde quer que estejamos, ele sempre estará conosco, dentro e fora de nós sempre refletindo de dentro para fora de nossos corpos. Iluminará os nossos passos para nos proteger e afugentar para sempre e definitivamente de nossas vidas todos os obstáculos e inimigos dessa vida e de outras vidas, que viemos resgatar e com vossa ajuda e seus guerreiros vamos combater com muita garra, pois somos também seus guerreiros e trazemos sua marca e sua espada de Luz cortando definitivamente todo mal, todo esse mal pela raiz extirpando definitivamente de nossas vidas para sempre, sempre assim seja e assim será, pois assim Ele o quer, nosso querido amigo Arcanjo Miguel, O Grande guerreiro das Estrelas. Namastê. E-mail: viriam.kaur@hotmail.com

Jornal Nacional da Umbanda

● página 14


www.jornalnacionaldaumbanda.com.br

São Paulo, 25 de Janeiro de 2012. Edição: 29 contato@jornaldeumbanda.com.br

BEBIDAS NOS TRABALHOS João Carlos Galerani Junior

Muito se comenta, se fala ou critica-se o uso de bebidas alcoólicas nos trabalhos de Umbanda; Nos hospitais não se usa o álcool para limpar as mãos antes de ter contato com algum enfermo? Não se usa álcool para limpeza de equipamentos hospitalares? Ele serve para desinfetar nossas mãos ou materiais a serem usados de bactérias que podem ser nocivas a nós ou ao enfermo. O mesmo se faz nos trabalhos, o álcool serve para desintegrar energias nocivas impregnada nas pessoas e assim como as bactérias não são visíveis ao olho humano, mas estão ali. È obvio que nossos queridos Pretos Velhos, Caboclos, Baianos, Marinheiros, Compadres e todos os outros não bebem porque gostam, porque ainda tem algum apego a esse ato, mas sim para limparem a pessoa. Não penso que quando algum guia abusa no uso da bebida, devamos perguntar-lhe qual o motivo, não acho que devamos lembrá-lo que ele precisa deixar seu médium limpo. Penso que o guia nunca abusa, ele usa o que precisa, o abuso em minha opinião vai do médium, pois, como sabemos, hoje a maioria dos médiuns são conscientes. Como eu disse, o guia usa o necessário. Mas nós podemos querer mais, mostrar que nosso guia é forte e elegante segurando uma taça de vinho, ou um copo de bebida destilada. Pura inexperiência, com certeza no dia seguinte não passaremos um bom dia, imaginemos que temos um carro e nele cabem cinco pessoas, mas precisamos colocar 10 pessoas ali, impossível, o mesmo acontece nos trabalhos, se nosso guia usou dois copos de vinho, ele ira levar os mesmos dois embora, ficando o que bebemos daí para frente sobre nossa responsabilidade. Com o tempo com certeza nossos médiuns mais novos vão aprendendo a controlar essa ânsia, mas o mais importante em minha opinião é não culpar o guia, dizendo que ele não levou tudo embora, isso é uma covardia, é fácil usar essa desculpa, difícil é assumir nossa falha... Isso acontece mais frequentemente do que imaginamos, o importante é tirar lição disso e ter certeza que os trabalhos de Umbanda são sérios, erros todos cometemos, mas persistir no erro ai sim o médium estará se desvirtuado. Confesso que a uns cinco anos após um trabalho de Marinheiros, passei por essa experiência, foi muito confusa, muito constrangedora para mim, pois sei que falhei, mas em momento algum cobrei meu querido amigo Zé do Porto por isso. Daí para frente meu controle melhorou e graças a Oxalá não passei mais por isso. Assumir uma falha como essa é difícil, mas necessário para outros não passem pela mesma situação. E-mail: terreirodavobenedita@gmail.com

NOSSA FÉ

Escrito por Guilherme Duarte.

Vamos falar um pouco sobre a religiosidade. Não importa qual o nome que é dado a Deus, nosso pai dentro de cada religião, tem um nome diferente, mais isso não importa, Deus é único. E por isso devemos respeitar todas as religiões existentes. Deus nos criou com livre arbítrio para escolher que caminho seguir, qual destino traçar, não importa em qual religião, se plantarmos a fé, a caridade, o amor e tudo o que esta presente dentro de seu amor e Leis Divinas, só colheremos coisas boas para nos ajudar em nossas vidas matérias e espirituais. O que quero passar-lhes, é que não importa que religião vocês estejam, o importante é segui-la com amor e acreditar num Pai que sustenta tudo e todos, amá-lo e respeita-lo. Vamos falar da nossa Sagrada Umbanda. A Umbanda é uma religião fundamentada em nosso plano, para nos auxiliar, para nos mostrar a verdade divina, somos todos filhos de Deus, e se temos a oportunidade de respirar o ar que respiramos é porque ele permitiu e nos dá o dom da vida para evoluirmos. Nossa religião é bela, é a benção de nosso Pai maior na terra, para quem a segue dentro de sua Lei. Nela nos é mostrado quem somos e de onde viemos. Ela nos ensina a amar, semear a luz divina e ajudar nossos semelhantes e temos a obrigação de ajudar quem nos pede ajuda, estando ele na carne ou em espírito, claro que de acordo de seu merecimento perante a lei maior, mais desde que haja uma pequena vontade desse ser, querer mudar sua vida, de voltar a seguir o caminho, que o Pai lhe concedeu, a Umbanda sempre estará de portas abertas para auxilia-lo, pois isto é o que nos é ensinado dentro da sua lei, isso é que deve ser feito por nossos sacerdotes, que já assumiram ou não seus templos, e isso é nosso dever também como médium. É isso que aprendemos dentro de nossa casa, aprendemos nos transmutar, gerar dentro de nosso intimo a fé e o amor a Deus e seus divinos tronos, nos é passado o conhecimento das leis divinas, e como Jornal Nacional da Umbanda ● página 15


www.jornalnacionaldaumbanda.com.br

São Paulo, 25 de Janeiro de 2012. Edição: 29 contato@jornaldeumbanda.com.br

usa-las em nosso auxilio e de nossos irmãos. Essa é nossa divina Umbanda Sagrada, formada pelos tronos e qualidades divinas (Fé, Amor, Conhecimento, Justiça, Lei, Evolução e a Geração) essas são as sete irradiações vivas e divinas de Deus e é isso que o Pai quer que vivenciemos, para um dia voltarmos para ele evoluídos e conscientizados. Isso é o que nossos Mestres Espirituais nos ensinam, isso é Umbanda, por isso que se é pedido tanto para buscarmos do conhecimento divino, para entender a razão de estarmos aqui, para não sucumbirmos e não desapontar nosso Criador, que nos ama, confia em nós e não nos abandona, que nos dá a dádiva de ser suas ferramentas de luz na terra. Tenhamos fé em Deus e em nossos Orixás, que por eles seremos acolhidos e sustentados por toda nossa vida. Salve nossa Umbanda! E-mail: gd_duarte@hotmail.com

PRINCÍPIOS INALTERÁVEIS. Enviado por: Nelson Junior

Existe um livro psicografado por Rubens Saraceni, que tem uma importância fundamental não só para Umbandistas e Magos, mas para todas as pessoas espiritualistas, denominado “Lendas da Criação”. É um daqueles livros que é para ser dados até como presente quando temos alguém que precise de uma compreensão, de como o básico da Criação funciona, tanto no micro quanto no macro cosmos, prevalecendo sempre a vontade de Deus. Sem dúvida é uma obra impar, que merece nossa mais profunda atenção. Embora seja muito comum a nós, Umbandistas e Magos, enxergar a classificação em todos os níveis de compreensão da atuação da Fé, Geração, Amor, Conhecimento, Lei, Justiça, e Evolução, que são muito maiores e mais amplas do que podemos conceber, devemos notar que os Princípios Divinos, não importando quais, não entram em conflito uns com os outros, pois isso geraria o caos e seria por si só uma contradição. Então, também nos é comum notar nos textos e mensagens canalizadas, algumas coisas que sempre nos são familiares, para que não atentemos contra a Lei e a Vida, que por si só resumem todos os princípios, pois a vida sem os 7 Princípios, 7 Qualidades, 7 Elementos etc. Assim sendo, quando o Mestre Jesus disse para “ Amar ao próximo como a si mesmo, e a Deus sobre todas as coisas”, ele resumia todos os profetas e mandamentos e estava trazendo à tona esta verdade: - A de que nada que provem do plano Divina entra em conflito ou anula o sentido de todo o resto. Podemos compreender que temos no nosso dia a dia os Princípios da Vida, da Lei e do Livre Arbítrio como bússolas que nos indicam quando nossas ações se chocam com o Setenário Sagrado Manifestador de todas as Qualidades Divinas. A Vida deve ser mantida, respeitada e compreendida desde sua geração até ao longo de sua evolução, que conta com o Conhecimento que aperfeiçoa, a Justiça que Equilibra, a Lei que Guia, a Fé que Fortalece e o Amor, que nos conduz a Deus e aos nossos irmãos encarnados e desencarnados, da mesma forma que amamos a nós mesmos. Se todos são imagens e semelhanças de Deus, carregando a centelha divina em si, a Criação, manifestada e mantenedora da Vida é a obra sagrada de nosso Criador. Tudo que esta na Criação tem em si um Principio Sagrado, profanado unicamente pelos procedimentos ditos desumanos, pois o humanismo verdadeiro é um principio mantido pelo Setenário Sagrado de Deus, nosso Criador. Vemos então que, no Multiverso que foi Criado por Deus, em todas as Suas realidades e em todas as Suas criaturas, em todas as faixas vibratórias, em todos os locais, a preservação e evolução da Vida é um fato inquestionavelmente necessário. A Vida é compreendida como o “Tudo”, pois se existem os espíritos humanos, também existem os seres naturais e todas as classes de seres que Ele Criou. Além disso, existem os meios onde vivem os seres. Temos, em proporção, no Macro, através das Grandes Catástrofes Naturais, das Guerras, nos Carmas Coletivos, nas Epidemias, nas Intempéries Climáticas, a atuação equilibrada dos princípios Divinos, tanto em reatividade, quanto em aplicação da ordem inibidora do Caos e Mantenedora da Lei e da Vida na Criação. E, no Micro, temos nos carmas, nos antagonismos do meio, no sofrimento que esgota os negativismos pessoais e nos ciclos re encarnacionistas na matéria o lembrete constante de como deveríamos nos portar, não ferindo a Natureza e os nossos semelhantes. Porém profanamos tudo ao nosso redor, tanto quando em espíritos quanto encarnados. Aí vem o entendimento real do Livre Arbítrio e da Lei, que podemos ver claramente numa das partes finais do livro Lendas da Criação, magnífica e inspiradíssima obra de Rubens Saraceni, onde no capitulo “Lenda das palavras ditas a Ogum quando da partida dos Orixás para Morada Exterior”, temos um texto que esclarece profundamente que somos ligados a Deus e temos um caminho de volta a Ele, que podemos seguir de forma mais rápida e direta, ou não, mas quando nos desviamos em demasia desse caminho, a Lei nos conduz a Ele novamente, pelo Amor ou pela Dor, porque nossos desvarios e desequilíbrios não podem Jornal Nacional da Umbanda ● página 16


www.jornalnacionaldaumbanda.com.br

São Paulo, 25 de Janeiro de 2012. Edição: 29 contato@jornaldeumbanda.com.br

desequilibrar a Criação, e ninguém ou nenhuma coisa esta fora desta atuação vigilante e automática da Lei, e nenhum dos Princípios e Qualidades Divinas conflita com esta Imutável Verdade. Nossos conceitos terrenos muitas vezes nos afastam de compreender, mas a vivencia das múltiplas encarnações nessa terra faz com que nosso espírito assimile o aprendizado, e através de nosso livre arbítrio, voltamos à senda do Amor, deixando de sofrer e de fazer nossos irmãos e nossos meios sofrerem com nosso desequilíbrio em que muitas vezes nos encontramos momentaneamente, mas que, pela Misericórdia Divina nunca será permanente. Sempre que os homens interferem no Livre Arbítrio de seus Irmãos, temos Guerras, Escravidão, Fome, Roubo, Tirania, Assassinato, pois tudo que faz prevalecer a vontade de um sobre os princípios da Fé, da Geração, do Amor, do Conhecimento e da Evolução é contrário aos princípios da Lei e da Justiça. E, onde há Guerra, um dia haverá Paz, onde há Escravidão, um dia haverá a Liberdade, onde há Fome, um dia haverá a abundancia e as necessidades serão saciadas. Onde há Roubo, um dia haverá o Ressarcimento, onde há a Tirania, um dia haverá a Liberdade, e onde há o Assassinato, este uma Ilusão da carne, pois não se morre de verdade e nosso espírito é imortal, haverá sempre o prevalecer da Vida, pois se estes negativismos existem na terra, é para que possamos saber que sempre que alguém é algoz de outrem, um dia será vítima de tudo que semeou, e se tinha conhecimento de onde errou, a punição consciencial será maior e mais dura. Resta a cada um de nós, nessa reflexão, compreender então a dualidade de nossos amados Orixás Exú, Pomba Gira e Exú Mirim, que esgotam os Negativismos Desumanizadores, daqueles que atuaram contra os Princípios Divinos. Como os atos de cada ser refletem na reatividade da Lei, e todo o mal que cada um gerou na vida do próximo retorna, para que aprenda a projetar só o bem ao seu irmão, pois não há injustiças na Criação, e aí entra outra ferramenta poderosa, que é o Tempo, pois um dia o equilíbrio prevalece, nessa ou em outra vida. E assim aprendemos a paciência, a resignação e a confiança, pois nem tudo é o que achamos ou nos dizem, mas simplesmente é o que tem que ser. E, se não entendemos, é por que, como crianças, nos deparamos com nossa própria incapacidade de entendimento. Devemos amar todos os Mistérios de Deus, pois somos um mistério divino em nós mesmos, e somos ligados a tantos outros mistérios, que, se nos permitirmos ser guiados pela Divina Providência, seremos plenos, pois manifestaremos de nós mesmos a Plenitude de Deus na vida de nossos semelhantes, e aí, não importa se na Terra, ou em qualquer outro plano, seremos felizes. Em Deus tudo é completo, tudo é perfeito, e tudo é magia, pois o Mago é um servo humilde Dele, mantenedor de Seus Princípios, e Guardião da Lei e da Vida, não por imposição, mas por escolha e mérito. E o Umbandista é praticante de uma Religião, cujo embasamento esta no que há de mais puro na Criação: a Natureza. Assim sendo, devemos abraçar os Princípios Naturais Divinos que tanto nos falam ao íntimo, e tanto enobrecem nosso coração. E-mail: nelsonjuniorguitar@gmail.com

A.U.E.E.S.P. Você pode se cadastrar na A.U.E.E.S.P., sendo pessoa física ou jurídica. Pode ser associado individual, núcleo (centro, associação), colaborador jurídico ou colaborador físico. Se você acredita que vale a pena lutar por nossa religião, venha juntar-se a nós, que nada mais queremos além de ver a Umbanda crescer e de valorizar nossas práticas religiosas e nosso sacerdócio. Falar com Sandra Santos Fone: (11) 2954-7014 E-mail: sandracursos@hotmail.com

“INTOLERÂNCIA RELIGIOSA”. Marco Boeing – ASSEMA/Curitiba

Amanhã, 21 de Janeiro é Dia Nacional do Combate a “INTOLERÂNCIA RELIGIOSA”. Que nome bonito, forte, mas que para mim não representa nada... Antes de eu expor o que penso vamos colocar aqui algumas definições de tolerar: Ato ou efeito de tolerar, de admitir, de aquiescer. Disfarce ou dissimulação a respeito de uma coisa proibida Atitude social de quem reconhece aos outros o direito de manifestar diferenças de conduta e de opinião, mesmo sem aprová-las. Condescendência em consentir todas as opiniões que não são abertamente contrárias à doutrina da Igreja. Se interpretarmos ao pé da letra estas definições, da a entender que aos sermos Umbandistas, estamos cometendo um erro , mas como as pessoas, e o governo são “bons”, nos “toleram” mesmo assim. Jornal Nacional da Umbanda

● página 17


www.jornalnacionaldaumbanda.com.br

São Paulo, 25 de Janeiro de 2012. Edição: 29 contato@jornaldeumbanda.com.br

É isto que eu quero para mim, para minha religião? NÃO! Eu quero ser respeitado, quero que minha casa, meu terreiro, minha religião sejam respeitadas. Não quero que minha filha seja “tolerada” pelas Amiguinhas na escola por ser Umbandista. Quero que ele seja respeitado como pessoa Não quero que meus Filhos de Santo, sejam “tolerados” nos seus empregos por serem Umbandistas. Quero que sejam respeitados como profissionais. Não quero que o Governo tenha “tolerância” com a nossa religião. Quero que a respeite como respeita as demais. O que eu quero, ou melhor, exijo, e acho que todo Umbandista deve fazer o mesmo é ser RESPEITADO. RESPEITADO como alguém que é cidadão e paga seus impostos RESPEITADO em sua opção religiosa. Esta na hora de nós Umbandistas mostrarmos o que queremos e como queremos ser tratados daqui para frente, pois pode ser que um dia “A TOLERÂNCIA ACABE”. E-mail: mboeing@ics.curitiba.pr.gov.br

QUANTOS FILHOS SUA CASA TEM? Marco Boeing – ASSEMA/Curitiba

Um dia um jornalista ao entrevistar uma Mãe de santo, perguntou: Quantos filhos sua casa tem? A senhora não lhe respondeu como ele esperava, disse que ele deveria acompanhar as atividades do terreiro na próxima semana que ele teria a resposta. E assim foi no sábado pouco antes de se iniciarem os trabalhos lá estava ele sentado na assistência observando tudo. Viu que havia mais os menos 40 médiuns, quase todos estavam na corrente, prontos para a gira, e aproveitavam estes momentos que antecediam o inicio dos trabalhos para mostrarem uns aos outros suas roupas novas, ou pra colocar algum assunto em dia. Mas notou também que um grupo de cinco médiuns estava em plena atividade arrumando as coisas para o inicio dos trabalhos. O trabalho foi muito bonito e alegre, quando terminou viu que a grande maioria dos médiuns se apressa em se retirar, uns por que queriam chegar logo em casa, outros por terem algum compromisso. Notou mais uma vez que aqueles mesmos cinco médiuns que antes do inicio arrumavam as coisas, agora eram os que começavam a limpar e organizar o terreiro depois dos trabalhos. Na segunda feira haveria um momento de estudos no terreiro e ele foi convidado, ao chegar ao local, chovia muito e viu que menos da metade da corrente se fazia presente, novamente notou que aquele cinco estava lá. Na quinta-feira haveria um trabalho na linha do Oriente, e também passaria na TV um jogo da seleção, novamente bem menos da metade da corrente compareceu, mas aqueles cinco estavam entre eles. No sábado novamente estava sentado na assistência e novamente repetiu-se o que havia acontecido na semana anterior, os cinco médiuns fazendo os últimos preparativos para o inicio dos trabalhos, e também começaram a limpeza assim que estes se encerraram, e foi no término dos trabalhos que foi chamado pela Mãe de Santo, que lhe perguntou: Você conseguiu descobrir quantos filhos tem em nossa casa? Contei 43 minha mãe – respondeu. Não, filhos verdadeiros tenho cinco. São aqueles que estavam presentes em todas as atividades da casa. E os outros? Os outros são como se fossem “sobrinhos” de quem gosto muito e que também gostam da casa, mas só visitam a “tia” se não houver nenhum atrapalho ou programa “melhor”, e mesmo vindo muitas vezes ficam contando os minutos para acabar os trabalhos. O rapaz muito sério perguntou: E por que a senhora não impõe regras para mudar isto? Meu filho a Umbanda não pode ser imposta a ninguém, tem de ser praticado com entrega, o amor à religião não pode ser uma obrigação, ele deve nascer no coração de cada um, e o mais importante a Umbanda respeita o livre-arbítrio de todos os seres. E nós, somos “filhos” ou “sobrinhos” de Umbanda? Somos Umbandistas em todos os momentos de nossa vida, ou somos Umbandistas somente uma vez por semana durante os trabalhos no terreiro. Associação Espiritualista Mensageiros de Aruanda - Curitiba-PR E-mail: marco@ics.curitiba.org.br Jornal Nacional da Umbanda

● página 18


www.jornalnacionaldaumbanda.com.br

São Paulo, 25 de Janeiro de 2012. Edição: 29 contato@jornaldeumbanda.com.br

FORMATURA DO CURSO DE TEOLOGIA, DOUTRINA E sacerdocio umbandista

Com cerca de 300 formandos, no dia 18

de Janeiro foi realizada a formatura de mais uma turma de Doutrina, Teologia e Sacerdocio de Umbanda no Colégio de Umbanda Pai Benedito de Aruanda. A cerimonia de formatura contou com a presença de Pai Ronaldo Linares como Paraninfo, que emonionou a todos ao rememorar a epoca em que conheceu Zéio Fernandino de Moraes, em 1972. Estiveram presentes também a Drª Miriam Soares de Lima, presidente do Colégio Tradição de de Magia Divina, que alertou a to-

Jornal Nacional da Umbanda

● página 19


www.jornalnacionaldaumbanda.com.br

São Paulo, 25 de Janeiro de 2012. Edição: 29 contato@jornaldeumbanda.com.br

dos quanto ao fato da forma que esta sendo associada a nossa religião as atrocidades cometidas por pessoas insanas, e que nada tem a ver com a Umbanda, criando uma imagem deturpada e negativa da Umbanda. Sandra Santos, predidente da AUEESP esteve presente e destacou a importancia e o comprometimento da AUEESP junto aos novos dirigentes que pretendem abrir suas Tendas futuramente. O JNU Parabeniza a todos os formandos que se esforçaram para concluir o curso livre de Teologia, Doutrina e Sacerdocio de Umbanda que teve duração de um ano e oito meses,. Parabens a todos os Formandos. (fotos de Sergio de Paulo e Sonia R. Oliveira)

Jornal Nacional da Umbanda

● página 20


www.jornalnacionaldaumbanda.com.br

São Paulo, 25 de Janeiro de 2012. Edição: 29 contato@jornaldeumbanda.com.br

PSICOGRAFIAS NO ENCONTRO COM O PASSADO, A FORÇA PARA CHEGAR AO “SOL’ Escrito por André Cozta

Você pode, em um determinado momento da sua caminhada, parar, refletir, fazer uma auto avaliação. Pode, a partir deste movimento, chegar a conclusões variadas, que o levem a acelerar o passo, diminuí-lo, recuar ou até mesmo mudar de rumo. Isto se dá quando você percebe que já trilhou um bom pedaço da estrada, quando percebe que já não vê mais tantas novidades pelo caminho e, consequentemente, pouca coisa lhe surpreende. Este é o sinal da maturidade e da experiência que o ser vai adquirindo durante sua jornada. Se assim ocorre durante a caminhada em uma determinada encarnação, saiba, é assim que ocorre também na jornada o tempo inteiro. Falo dos momentos que sua memória não alcança, pois, foi adormecida antes do seu reencarne. As vivências de todos os tempos, as experiências adquiridas durante todas as etapas da sua jornada evolutiva, tenha certeza, estão depositadas no seu subconsciente. Basta que se recorde de certas situações em que, muitas vezes, estranhamente, pensou por elas já ter passado ou, então, que as cenas estavam se repetindo. Eram momentos em que a imortal memória humana estava agindo. Falo sobre isto, porque quero abordar neste momento sobre os efeitos das experiências adquiridas durante uma jornada evolutiva pelos espíritos humanos. Sempre que uma pessoa atinge certo grau de maturidade, passa a ver certas situações que antes lhe eram corriqueiras, como descartáveis, desnecessárias. Isto ocorre porque não há mais para o ser a necessidade de vivenciar aquele tipo de experiência e passa a buscar por vivências novas e inovadoras, que contribuam de fato para o seu crescimento e sua evolução. Porém, em muitos casos, vejo espíritos humanos (encarnados e desencarnados) teimando contra a sua própria maturidade. Explico melhor com o seguinte exemplo: uma pessoa já não vê mais necessidade em manter uma certa rotina de atividades de lazer, porém, aciona em seu íntimo uma espécie de “saudosismo” que continua levando-a àquele ambiente e à prática daquela atividade que, se por um lado tenta manter viva em seu interior uma chama que ao natural quer apagar-se, por outro, banha-a em uma sensação de desconforto, pois, já não quer mais aquilo e questiona-se intimamente porque ainda pratica. E é aí que começa um conflito interno, prejudicial à saúde espiritual do ser que, invariavelmente, externa-se e manifesta-se em seu corpo físico, afetando também sua saúde material. É primordial que as pessoas tenham noção de que a jornada evolutiva é um caminhar constante para a frente. E que todas e quaisquer experiências adquiridas (positivas ou negativas) devem ser carregadas em seus íntimos como aprendizado, mas, em hipótese alguma, devem ser algemas ou correntes que as impeçam de continuarem caminhando. Sempre insisto em minhas dissertações (e voltarei a este mesmo ponto agora), que o materialismo atua com recursos competentíssimos a fim de manter as pessoas iludidas. E, saiba você, mais cedo ou mais tarde, abrirá os olhos e verá que, a ilusão, apenas “segurou-o” no tempo, não permitindo que trilhasse sua caminhada, mesmo quando você achava que estava andando bem e para a frente. Por isso, sugiro que realmente faça uma auto avaliação. Pare, repense sua vida, suas palavras, pensamentos e atos. Volte-se para o seu interior, converse intimamente com seu Mestre ou com sua Mestra. Porque você tem sim, um(a) Mestre(a) Pessoal, dentro do seu grau evolutivo, cuidando de você e orientando-o(a) o tempo todo. Muitas vezes, suas acertadas decisões, mesmo sem que se aperceba disso, são fruto do trabalho destes valorosos seres que entregaram suas vidas à Deus em prol da evolução da humanidade. Olhe para tudo o que viveu nesta vida, da forma que sugeri, sem prender-se ao passado, mas, usando-o em seu benefício, como o aprendizado que lhe dará a firmeza para seguir em frente no caminho que leva ao “Sol”, o objetivo maior, que é retornar aos braços do Pai. E, durante a caminhada, perceberá que sua visão do que ficou para trás será bem maior do que poderia imaginar e a do que vem pela frente, bem maior do que sempre se considerou capaz de alcançar. Pense nisto tudo. Reflita. Volte-se para si. E saiba que, assim fazendo, concluirá que já tem muito mais experiências vividas do que até então podia imaginar, e, consequentemente, sabedoria adquirida durante uma longa jornada. É como acordar de um sonho. Basta, apenas, abrir os olhos. Desejo que encontre a paz de Deus em seu interior! Mensagem Enviada por Mestre Gehusyoh E-mail: umbandaemagia@gmail.com Jornal Nacional da Umbanda

● página 21


www.jornalnacionaldaumbanda.com.br

São Paulo, 25 de Janeiro de 2012. Edição: 29 contato@jornaldeumbanda.com.br

CURSOS E EVENTOS

CURSO DE MAGIA DIVINA DOS FATORES SOMENTE PARA QUEM JÁ SE INICIOU EM ALGUM DOS GRAUS DA MAGIA DIVINA! Esta magia divina trabalha com os fatores divinos, que são as menores particulas energéticas existentes na Criaçâo e dão inicio à formação das coisas. Os fatores estão na base de tudo, Inclusive de todas as outras magias divinas. Fator é energia, é simbolo, é mandala, é magnetismo, é vibração e é função divina na Criação e quando ativado e programado pelo mago iniciado no seu mistério ele realiza sua ação por si mesmo, atuando tanto pelo lado de dentro quanto pelo lado de fora de quem ou do que for alcançado por ela. Esta magia só pode ser feita por quem já foi iniciado em algum dos outros graus da magia divina, pois, se não foi, não conseguirá receber as imantações iniciadoras e ativadoras deste mistério divino.

Informações sobre o curso: Inscrição: 24,25,26 e 27 de Fevereiro Duração: 4 mêses Investimento: R$ 50,00 Dias e horários: Sexta feira: 20h00 às 22h00 Sábado: 16h00 às 18h00 e 18h00 às 20h00 Domingo: 10h00 às 12h00 Segunda feira: 20h00 ás 22h00

Faça sua reserva pelo telefone (11) 4221-4288 ou pelo e-mail: contato@colegiodeumbanda.com.br Jornal Nacional da Umbanda

● página 22


www.jornalnacionaldaumbanda.com.br

São Paulo, 25 de Janeiro de 2012. Edição: 29 contato@jornaldeumbanda.com.br

MAGIA, OFERENDAS E TRABALHOS UMBANDISTAS ENTENDENDO A UMBANDA Capítulo 08 – Oferendas Por: Newton C. Marcellino

Neste capítulo vemos Sofia, uma sacerdotisa que prazerosamente divide seus conhecimentos, ministrando uma aula sobre oferendas. - Hoje vamos falar de um assunto importante: as oferendas na natureza – disse Sofia aos membros do terreiro. Nós, umbandistas fazemos as oferendas em sinal de respeito, devoção e também como agradecimento aos Orixás. Respeitamos a força e energia emanada pelos Orixás. Nossa devoção demonstra a nossa fé e amor. Agradecemos pelo poder que nos revitaliza e revigora, nos unindo diretamente ao criador. Ao irmos ao local sagrado dos Orixás - matas, cachoeiras, pedreiras, praias, lagos, lagoas, mares, campos floridos, entre tantos outros - caminhamos ao encontro das energias puras divinas que, aliadas à nossa fé, nos ligam ao poder do Orixá. A oferenda que entregamos pode conter frutas, flores, bebidas e ervas, que serão imantados por nosso axé e oferecido em seguida. Esse nosso axé depositado nessa oferenda é usado pelos espíritos responsáveis pelo local sagrado em nosso benefício e às pessoas necessitadas. Só que há um ponto que causa controvérsias entre sacerdotes e pensadores da Umbanda: deixar ou não deixar a oferenda no local sagrado? Em minha opinião, como sacerdotisa que visa à proteção ambiental, é a de que não devemos deixar nada na natureza, e explico por que. A parte óbvia é a de que, o que levamos e deixamos na natureza vira material em decomposição e lixo. Toda comida contida na oferenda assim como flores, folhas, bebidas e até mesmo materiais naturais como barro ou madeira, entrarão em decomposição com o passar do tempo, atraindo animais e aves que, muitas vezes, não fazem parte do habitat, o que desestabiliza a cadeia alimentar. Materiais como vidros, plásticos, metais, parafina, entre outros, levam dezenas ou centenas de anos para se decompor, logo, de imediato, é lixo. Há também a parte que muitas vezes é ignorada por muitos seguidores da Umbanda, que é o fundamento da oferenda, e é nesse ponto que existe a controvérsia. Suponhamos que vamos fazer uma oferenda na mata. Preparamos todos os materiais, colocamos tudo em seus devidos lugares, acendemos as velas, rezamos, depositamos nossa fé, fazemos o agradecimento, seguimos à risca todo o ritual que aprendemos. Nosso axé foi depositado na oferenda desde o momento que adquirimos os materiais até onde rezamos e agradecemos ao Orixá homenageado. A magia do fogo contida na vela foi devidamente orientada com nossa oração. A disposição dos materiais da oferenda abriu um portal de ligação entre nós e as energias contidas no planeta e no espaço. A energia contida na bebida, na comida, nas folhas e flores, também foi orientada de acordo com nossa oração. Outras formas de estímulo magístico também são ativadas se forem devidamente feitas, como riscar ponto com pemba ou cantar um ponto do orixá. Esse processo todo de fazer uma oferenda para um Orixá pode levar vários minutos e em alguns casos, horas. Arriar uma oferenda numa encruzilhada urbanizada e sair o mais depressa possível dali é uma coisa feita por aquele que não faz a menor ideia do que está fazendo, não deposita e não recebe nenhum axé e erra, inclusive, ao acreditar que está oferendando a Exú, mas na verdade está fazendo uma oferenda a qualquer espírito que estiJornal Nacional da Umbanda ● página 23


www.jornalnacionaldaumbanda.com.br

São Paulo, 25 de Janeiro de 2012. Edição: 29 contato@jornaldeumbanda.com.br

ver ali, desejoso de suprir suas necessidades de vícios. Analisando calmamente o ato de ofertar, todo o axé emitido por nós e o axé recebido dos Orixás, é algo que dura poucos segundos, no máximo um ou dois minutos - que sabemos que estamos emitindo e recebendo axé por causa da vibração do nosso corpo. A vela que acendemos normalmente demora quatro horas para queimar e, segundo alguns magos, ela deve ser queimada até o fim. Concordo, mas também acho que podemos levar uma vela que dure menos, talvez uma hora, que é o tempo que dá para esperar a queima total, enquanto refletimos e rezamos por aquilo que fomos buscar com a oferenda. Note que dá para fazer uma oferenda no local sagrado do Orixá, sem pressa, com muita fé, muito axé e sem depredar o meio ambiente. O que realmente manda na oferenda é a nossa fé, pois sem ela, estaríamos desperdiçando tempo e dinheiro. Além de não contribuirmos com a degradação ambiental, ainda reconquistamos o respeito da comunidade em relação à religião que respeita e protege a natureza. Certa vez me perguntaram o que fazer com o material contido na oferenda, já que não será mais usado como lixo ambiental. Ora, uma vez que foi devidamente utilizado como meio de transporte de axé, a comida pode e deve ser consumida, a bebida tomada e materiais não consumíveis, reutilizados. E sabem por que podemos fazer isso? Porque a oferenda de um umbandista só contém coisas boas, boas vibrações, boas intenções, o desejo de fazer o bem, e isso tudo só atrai energia boa para a comida e bebida da oferenda. Isso é Umbanda: o respeito ao ser humano, o respeito aos animais, o respeito à natureza, e por isso, a religião com fundamentos que funcionam. Críticas e sugestões: newton.utf@gmail.com Blog: http://umbandatemfundamento.blogspot.com

ASSOCIAÇÃO ESPIRITUALISTA, CULTURAL E FILANTRÓPICA SÃO FRANCISCO DE ASSIS Mauro Benthien Cavichiollo

AULA SOBRE A MUSICALIDADE NA UMBANDA

Ministrada e pesquisada por Marcelo Wengrat – Estudante da Faculdade de Música de Curitiba, Ogã, pesquisador e professor de música de nossa Associação. Louvação aos Ogãs Ah, como é lindo o batuque do Tambor Ah, como é lindo o batuque do Tambor Na Umbanda linda de Nosso Senhor Na Umbanda linda de Nosso Senhor É a mensagem que enaltece os Orixás É a oração que elevo ao senhor É a vibração que nos faz incorporar Sem batuque na umbanda Que o canto faz a gira de Umbanda Quem canta, encanta a vida dos Orixás É uma benção, divina que emana muita paz. Oração do Músico! Deus todo-poderoso, que nos destes a vida, os sons da natureza, o dom do ritmo, do compasso e da afinação das notas musicais, dai-nos a graça de conseguir técnica aprimorada em nossos instrumentos a fim de que possamos exteriorizar nossos sentimentos através dos sons. Permite Senhor, que os sons por nós emitidos sejam capazes de acalmar nossos irmãos perturbados, de curar doentes e de animar os deprimidos e sejam brilhantes como as estrelas e suaves como o veludo. Permite Senhor, que todo ser que ouvir o som dos nossos instrumentos sinta-se bem e pressinta a vossa presença. Amém! Inicio: A música é utilizada desde os tempos mais remotos, como uma forma de contato entre nós, seres humanos e a Divindade. Na própria Bíblia existem muitas passagens que nos mostram isso. A Umbanda, também se utiliza desse processo, através dos pontos cantados, que são verdadeiras preces Jornal Nacional da Umbanda ● página 24


www.jornalnacionaldaumbanda.com.br

São Paulo, 25 de Janeiro de 2012. Edição: 29 contato@jornaldeumbanda.com.br

musicais, que dinamizam forças naturais e nos fazem entrar em contato íntimo com as Potências Espirituais que nos regem. O ponto cantado está entre os fundamentos de maior importância para os trabalhos dentro de uma tenda de Umbanda e por isso, os curimbeiros e ogãs devem conhecer o mínimo necessário sobre a magia musical gerada por esses cânticos, para que os mesmos sejam entoados no momento certo, uma vez que possuem vibrações e finalidades próprias para cada momento ou tipo de trabalho. Isso é importante, pois, quando entoados em hora imprópria, os pontos podem perder o sentido, ou até atrapalhar a sessão. Quanto à origem, dividem-se em pontos de raiz, que são enviados pelos espíritos (incorporados ou através de outra manifestação mediúnica, como a inspiração), ou pontos terrenos, são feitos pelas pessoas, sem intervenção espiritual. Irmão umbandista, “cante com o coração”, pois palavras jogadas ao vento não trarão as energias necessárias que ele poderia gerar e vibrar dentro do terreiro. Sinta o que você está entoando e deixe a energia fluir, envolvendo sua casa com as forças positivas do Astral. A partir do momento que os ogãns e os médiuns têm a consciência da importância do mantra dos atabaques, o respeito por eles ganha grande importância. Pouca gente cultua, mas junto aos atabaques, o Rum, o Rumpi e o Lé, sempre fica uma entidade zelando pelo som que eles produzem. Inegavelmente os mantras dentro da Umbanda, além do som dos atabaques e sua engoma, são os pontos cantados. Existem pontos cantados para todas as situações do ritual, como abertura da gira até seu encerramento, até mesmo para homenagear visitas de Pais ou Mães de Santos. No caso presente falamos dos pontos que são mantras dentro da Umbanda, ou seja aquele som que ecoa pelo espaço ou éter até alcançar as camadas para as quais esse som foi projetado. Mais objetivamente vamos comentar sobre os pontos cantados individuais dos espíritos e dos de linha. Ponto individual O ponto individual é aquele que é o elo musical com uma determinada entidade. Se no Terreiro sabe estarem chamando por ela. Existem fatos dentro da Umbanda muito interessantes e que passam a servir como proteção aos Terreiros. Em um ponto cantado de uma entidade, dificilmente um obsessor se fará passar por ela. Exemplificando, se vai se chamar um Pai Joaquim de Angola no seu ponto certo, conhecido e tradicional, nenhuma entidade mentirosa se fará passar por ele, porque a sua responsabilidade da eventual falsidade vai lhe acarretar a obrigação de responder por esse ato perante o próprio Pai Joaquim, o que nenhum obsessor com certeza quer. Então o ponto individual é o mantra criado com determinada entidade, que não deve ser mudado e sempre cantado o mesmo. Pontos de linha Ponto de linha é o que chama as entidades de determinada linha, sem ser uma entidade nominada, mas todas as entidades daquela linha. Por exemplo, quando se canta para Oxossi, todos os caboclos podem incorporar, desde que seja desta linha. Não pode é um caboclo de Ogum ou Xangô incorporar em um ponto de Oxossi. Usa-se muito esse recurso. Chama-se a entidade e depois o ponto de linha para que todos os falangeiros da entidade possam incorporar. CURIMBA E ATABAQUES Curimba é o nome que damos para o grupo responsável pelos toques e cantos sagrados dentro de um terreiro de Umbanda. São eles que percutem os atabaques (instrumentos sagrados de percussão), assim como conhecem cantos para as muitas “partes” de todo o ritual umbandista. Esses pontos cantados, junto dos toques de atabaque, são de suma importância no decorrer da gira e por isso devem ser bem fundamentados, esclarecidos e entendidos por todos nós. Muitas são as funções que os pontos cantados têm. Primeiramente uma função ritualística, onde os pontos “marcam” todas as partes do ritual da casa. Assim temos pontos para a defumação, abertura das giras, bater cabeça, etc. Temos também a função de ajudar na concentração dos médiuns. Os toques assim como os cantos envolvem a mente do médium, não o deixando desviar – se do propósito do trabalho espiritual. Além disso, a batida do atabaque induz o cérebro a emitir ondas cerebrais diferentes do padrão comum, facilitando o transe mediúnico. Esse processo também é muito utilizado nas culturas xamânicas do mundo afora. Entrando na parte espiritual, os cantos, quando vibrados de coração, atuam diretamente nos chacras Jornal Nacional da Umbanda ● página 25


www.jornalnacionaldaumbanda.com.br

São Paulo, 25 de Janeiro de 2012. Edição: 29 contato@jornaldeumbanda.com.br

superiores, notavelmente o cardíaco, laríngeo e frontal, ativando-os naturalmente e melhorando a sintonia com a espiritualidade superior, assim como, os toques dos atabaques atuam nos chacras inferiores, criando condições ideais para a prática da mediunidade de incorporação. As ondas energéticas – sonoras emitidas pela curimba vão tomando todo o centro de Umbanda e vão dissolvendo formas – pensamentos negativas, energias pesadas agregadas nas auras das pessoas, diluindo miasmas, larvas astrais, limpando e criando toda uma atmosfera psíquica com condições ideais para a realização das práticas espirituais. A curimba transforma-se em um verdadeiro “polo” irradiador de energia dentro do terreiro, potencializando ainda mais as vibrações dos Orixás. Os pontos transformam-se em “orações cantadas”, ou melhor, verdadeiras determinações de magia, com um altíssimo poder de realização, pois é um fundamento sagrado e divino. Poderíamos chamar tudo isso de “magia do som” dentro da Umbanda. A Curimba também é de suma importância para a manutenção da ordem nos trabalhos espirituais, com os seus pontos de “chamada” das linhas, “subida”, “firmeza”, “saudação”, etc. Entendam bem, os guias não são chamados pelos atabaques como muitos dizem. Todos já se encontram no espaço físico - espiritual do terreiro antes mesmo do começo dos trabalhos. Portanto a curimba não funciona como um “telefone”, mas sim como uma sustentadora da manifestação dos guias. O que realmente invoca os guias e os Orixás são os nossos pensamentos e sentimentos positivos vibrados em vossas direções. Muitas vezes ao cantar expressamos esses sentimentos, mas é o amor aos Orixás a verdadeira invocação de Umbanda. Falando agora da função de atabaqueiro e curimbeiro, ou simplesmente da função de “ogã” como popularmente as pessoas chamam na Umbanda, enfatizamos a importância deles serem bem preparados para exercerem tal função em um terreiro. Infelizmente ainda hoje a mentalidade de que o ogã é “qualquer um que não incorpore” persiste. Mas afirmamos, o ogã como peça fundamental dentro do ritual é também um médium intuitivo que tem como função comandar todo o “setor” da curimba e pode também ser portador de outras faculdades mediúnicas. Por isso faz - se necessário que seja escolhido uma pessoa séria, estudada, conhecedora dos fundamentos da religião. Além disso, o ideal é que o “neófito” que busca ser um novo ogã procure uma escola de curimba, onde aprenderá os fundamentos, os toques de nação e “como”, “o quê” e “quando” cantar. Mulheres também podem ser atabaqueiras e curimbeiras, SIM! Nunca vimos um caboclo ou preto-velho proibindo mulher de tocar atabaque, por isso afirmamos, na Umbanda mulher toca e canta sim e, diga-se de passagem, muitas vezes melhor do que os próprios homens. Por fim, queremos fazer alguns comentários a cerca da espiritualidade que guia os trabalhos da curimba. Muitas linhas de Umbanda existem no astral e trabalham ativamente nele, apesar de não incorporarem. Existem muitas linhas de caboclos, exus, pombo giras, etc., que por motivos próprios trabalham nos “bastidores”, sem incorporarem nos tomarem a “linha de frente” dos trabalhos espirituais. Também existe uma corrente de espíritos que auxiliam nos toques e cantos da curimba. São mestres na música de Umbanda, verdadeiros guardiões dos mistérios do “som”. Normalmente apresentam-se com a aparência de homens e mulheres negras, com forte complexão física para os homens, e bela mas igualmente forte para as mulheres. Seus trajes variam muito, indo desde a roupagem mais simples como um “escravo” da época colonial, como até mesmo o terno e o vestido branco. São espíritos bondosos, muito alegres e divertidos, que com o cantar encantam a muitos no astral. Alguns se fazem presente auxiliando o toque, outros o canto e outros ainda auxiliam a manutenção da energia e sua dissipação dentro do terreiro. Muitas vezes chega a acontecer uma espécie de “incorporação” desses guias com os ogãs, os inspirando a determinados toques e cantos. Qualquer pessoa com experiência em curimba pode relatar casos aonde um ponto vem na hora que ele é necessário e depois você simplesmente o esquece. Isso acontece sobre inspiração desses mentores. Algumas vezes também, em festas de Umbanda e dos Orixás, onde muitos se reúnem, percebemos que diversos espíritos chegam portando seus “tambores astrais”, percutindo-os a partir do astral, ajudando na sustentação e na energia das festividades, potencializando ainda mais os toques dos atabaques e as energias movimentadas. Quando os guias, incorporados fazem sua saudação à frente dos atabaques, estão saudando as pessoas que tocam, estão pedindo para que as forças movimentadas pela curimba sejam benéficas a toJornal Nacional da Umbanda

● página 26


www.jornalnacionaldaumbanda.com.br

São Paulo, 25 de Janeiro de 2012. Edição: 29 contato@jornaldeumbanda.com.br

dos, mas estão principalmente, saudando e agradecendo a toda essa corrente de trabalhadores “anônimos” do astral. Estão percebendo como muita coisa foge aos nossos sentidos em uma “simples” e humilde gira de Umbanda? Sabemos que esse universo da curimba muitas vezes é pouco explicado, e muitos chegam a defender a abolição dos atabaques dos centros de Umbanda. A isso, os próprios guias e mentores de Umbanda respondem, tanto incentivando os toques e trazendo mentores nesse “campo”, como também, abrindo turmas de estudo de Umbanda e desenvolvimento mediúnico, onde percebemos claramente que o “animismo” acontece por despreparo do médium, falta de estudo ou orientação e não pelo uso de atabaques. Os atabaques devem ser tratados com o máximo de respeito e nenhuma pessoa desautorizada deverá tocá-los, o que poderia colocar em risco o equilíbrio da gira e a faixa mediúnica dos médiuns da corrente. Quando fora de uso, os atabaques, devem ser cobertos com pano próprio. É importante observar que o toque (volume) dos atabaques nunca deve exceder as vozes da corrente. Quando o atabaque excede a corrente se desorganiza e o médium perde a concentração, atrapalhando e muito o desenvolvimento dos médiuns e o bom andamento do trabalho.

E-mail: mcavichiollo@globo.com

BENEFICIOS PARA A SAÚDE O SEGREDO DA CEBOLA Enviado por José Edson Ramos da Silva

Em 1919 quando a gripe matou 40 milhões de pessoas, havia um médico que visitava muitos granjeiros para ver se os podia ajudar a combater a gripe. Muitos dos granjeiros e suas famílias haviam contraído a gripe e muitos haviam morrido. O médico chegou a uma granja e para sua surpresa, todos estavam muito saudáveis. Quando o médico lhes perguntou que coisa diferente estavam fazendo, a esposa respondeu que ela havia colocado uma cebola com cascas em um prato nas habitações do lugar. O médico não podia crer… Perguntou se podiam lhe dar uma delas para colocar sob o microscópio. Ela lhe deu e ele encontrou o vírus na cebola. Obviamente, ela havia absorvido a bactéria mantendo saudável toda a família. Também escutei outra história de minha cabelereira. Ela me contou que há vários anos muitas de suas funcionárias caiam enfermas com gripe e suas clientes também. No ano seguinte ela colocou vários pratos com cebolas no local. Para sua surpresa, ninguém de sua equipe caiu enfermo. Mandei esta informação a uma amiga em Oregon, que colabora comigo regularmente com material sobre saúde. Ela me contou esta interessante experiência acerca das cebolas: “-Não sei sobre a história dos granjeiros porém, sei que contraí pneumonia e estive muito enferma... Topei com um artigo que dizia que deveríamos cortar ambos os extremos de uma cebola, furar com um garfo em um dos extremos e colocá-la em um prato ao lado do paciente à noite. Dizia que a cebola se tornaria negra pela manhã por conta dos germes... Dito e feito, sucedeu tal e qual:... a cebola estava um desastre e eu comecei a sentir-me muito melhor.” “Outra coisa que li no artigo é que cebolas e alhos disseminados nas habitações salvaram da peste negra a muitos, faz anos. Têm poderosas propriedades antibacterianas e antissépticas.” A moral desta história é: compre umas cebolas com cascas e coloque-as em pratos por toda sua casa. Se trabalha em um escritório, coloque uma ou duas em sua oficina ou escritório ou em cima de algo por aí. Nós fizemos isto e nunca contrairmos gripe. A cebola lhe ajudará e a seus entes queridos a não enfermar-se e, se gripar, esta poderia ser bem mais leve... Seja o que seja... Que tem a perder? Só uns trocados em cebolas!!! E-mail: edsonervas@hotmail.com Jornal Nacional da Umbanda

● página 27


www.jornalnacionaldaumbanda.com.br

São Paulo, 25 de Janeiro de 2012. Edição: 29 contato@jornaldeumbanda.com.br

ÚLTIMA PAGINA

Giuliana parabéns pelo seu texto Rubens Saraceni

Giuliana e Newton, boa tarde!

Belíssimo e bem fundamentado texto, meus irmãos em oxalá! Nos nossos cursos de magia divina temos estudada e analisado os movimentos das mãos, dos pés, do corpo; a respiração, os gíros e as projeções; todos necessários para se obter resultados magníficos durante as nossas ações magicas em beneficio das pessoas necessitadas. Na magia divina de Exu, as ações com da uma das divindades exu comas quais trabalhamos temos movimentos específicos e repetitivos, senão as ações não são desencadeadas e ficam só no plano do pensamento. Na magia divina dos sete gíros sagrados recebemos movimentos específicos para cada divindade ou classe delas, aos quais recorremos durante nossas ações. Na magia divina de Exu, as sete primeiras iniciações são feitas no Mistério dos Sete Movimentos Sagrados, que é o Mistério divino que dá poder a cada um dos movimentos usados por nós em nossas ações magicas, sendo que nos iniciamos no mistério das sete mãos, dos sete passos, dos sete assopros, dos sete gíros, dos sete campos, das sete passagens e dos sete caminhos. Para nós, na magia divina, cada movimento tem um significado e temos a oportunidade de ver durante as giras dos orixas e dos guias espirituais, em suas danças sagradas, a repetição de vários movimentos que usamos em nossas ações magicas, fato este que, lá atraz, ainda no inicio do ensino da magia divina, nos deu a certeza de que o que o Mestre Seiman Hamiser yê havia nos transmitido era verdadeiro, pois na Magia Divina dos Sete Raios Sagrados, o uso das mãos e dos dedos são fundamentais para suas práticas, sendo que projetamos por cada um dos dedos um raio diferente e podemos combina-los, projetando com dois, três ou mais em determinadas ações. Na Magia Divina dos Sete Eixos sagrados tambem usamos as mãos e os dedos em nossas ações magicas. Na Magia Divina dos Sete Dragões Sagrados, combinado os varios movimentos recebidos, criamos uma “dança draconiana”, muito poderosa e realizadora, cujas ações são desencadeadas a partir dos nossos movimentos feitos durante ela. E o mesmo acontece na magia Divina do Sagrado Orixá Exu, onde temos uma dança com movimentos repetitivos que nos “transporta e nos coloca”no centro da ação e, a partir de nós, tudo se realiza em consonância com os movimentos que fazemos durante esta dança ou movimentos sagrados. Enfim, no estudo da magia divina, em seus muitos graus já abertos pelo nosso amado Mestre Seimam, temos aprendido muito sobre os movimentos sagrados e temos observado eles serem feitos pelos orixas e guias durante as suas danças ou durante os trabalhos. Sabemos o que um guia esta fazendo quando ele assopra fumaça ou outro elemento no corpo de uma pessoa; o que ele esta fazendo quando usa de suas mãos para fazer certos gesto ou movimentos, não percebido por quem não os aprendeu na Magia Divina. Concluindo, nos vinte e poucos graus já abertos por mestre Seiman, já aprendemos tantos movimentos sagrados, que, às vezes, temos que rememorar algum deles para podermos desencadear nossas ações magicas, de tantos que são. E olhem que nós só recebemos uma quantidade mínima deles, certo? Parabéns Giuliana! Sua forma de descrever o sagrado nas danças dos nossos Orixás e Guias Espirituais mereceu ser o Editorial desta edição do JNU! E-mail: contato@jornaldeumbanda.com.br

Jornal Nacional da Umbanda

● página 28


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.