Jornal Nacional da Umbanda ed 38

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Expediente: Pai Rubens Saraceni Pai Alan Levasseur

J o r n a l Quinzenal Jornal Nacional da Umbanda

São Paulo,15 de Junho de 2012.

Edição: 38

Ano: 02

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Lideranças poiam o Vereador Quito Formiga.

Pai Juberli Varela, presidente da SOUESP e Pai Rubens Saraceni apoiam publicamente o Vereador Quito Formiga. JORNAL NACIONAL DA UMBANDA ED. 38

INDICE DE MATÉRIAS EDITORIAL O (falso) pai de santo, a midia e o CONAR (Rosiani Rodrigues) pág. 02 CADERNO DO LEITOR Globo noticia sobre falso pai de santo(Atila Nunes) pág. 04 8º Procissão ao Pai Xango (JNU) pág. 04 Nossa jornada espiritual (Laerte Nogiri) pág. 06 Apenas mais uma história (Tayze Machado) pág 07 DOUTRINA Dialogando e Teologando III (Brito Irmão) pág. 09 Umbanda ecologica deIemanja (Vinicius Grin) pág. 10 Manias que todos temos (Nelson Junior) pág. 12 Desobediencia (André Monteiro Oliveira) pág. 15 Pervertida Inquisição (Eden carlos da Silva) pág. 15 Figado - onde nasceo equilibrio (Suzicleide Oliveira) pág. 18 Você recebe? (Junior Pereira) pág. 20 Senhora dos desejos (André Cozta) pág. 21 Larvas Astrais (Ana Lus) pág. 22 Como tudo começou (Jose Antonio Gil) pág. 22 O pedido de uma criança aos seus pais (Dinalva Faria) pág. 23 INDICAÇÃO DE LEITURA Livros da Editora Madras. pág. 25 ORAÇÕES E DIVERSAS

Consagração e suplica a Mãe Auxiliadora (JNU) pág. 26 Oração ao Pai Oxumaré (Pablo Araujo) pág. 26 Prece de abertura de trabalhos (JNU) pág. 27 Para pedir inspiração(JNU) pág. 27 Oração a Mãe Oxum (Mãe Monica Berezutchi) pág. 27 Oração de Desdobramento (André G. Santos) pág. 28 DIVERSOS Homenagem aos Ciganos (Evandro de Ogum) pág. 29 ÚLTIMA PÁGINA Livro O Guardião do Amor (Alexandre Cumino). pág. 31

Em defesa do Estudo e do Conhecimento da Religião de Umbanda

Houve um tempo em que nada se ensinava sobre a religião de Umbanda, muitos se justificavam dizendo que seus ensinamentos eram um segredo (eró), e o praticante, também conhecido como médium ou “cavalo de Umbanda” permanecia aguardando o momento em que “o segredo” poderia ser revelado a ele. PÁG. 18

PENSANDO UMBANDA

Pensar religião é pensar na evolução do ser em suas mais variadas formas, todas com o mesmo objetivo, Deus, porém, trilhando caminhos diversos. PÁG. 14

8ªProcissão ao Pai Xangô

Mais uma vez a Escola de Curimba Aldeia de Caboclos, dirigida por Pai Engels de Xango realizou a já tradicional procissão em homenagem ao Orixá Xango no Parque da Moóca, aonde reuniu mais de 2000 pessoas, que vibraram intensamente durante a cerimonia pública. PÁG. 05 Jornal Nacional da Umbanda

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O (falso) pai de santo, a mídia e o CONAR Por: Rosiane Rodrigues

A prisão de Edmar Santos de Araújo – o pai Bruno – por extorsão e formação de quadrilha deveria servir para que os sacerdotes de matrizes africanas tomassem uma postura junto aos muitos classificados de jornais que publicam anúncios cada vez mais surpreendentes sobre os ‘trabalhos espirituais’ que fazem e desfazem qualquer coisa. Edmar (ou pai Bruno de Pombagira) foi preso ao extorquir uma cliente. Ele prometia trazer o amor perdido de volta, em – Pasmem! - cinco horas. E cobrava caro! O fato, veiculado por quase todos os veículos de comunicação do Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (13/06), propõe que a mídia e os religiosos repensem sobre as ignorâncias e desconhecimentos que grassam sobre as muitas práticas religiosas de origem africana que permeiam o imaginário da população. Para muitos é apenas menos um marmoteiro em ação. Para quem não sabe o que significa marmoteiro, eu explico: na linguagem dos adeptos e iniciados dos cultos dos orixás, voduns e inkices (e também dos umbandistas) é aquele que se diz sacerdote, se faz passar por sacerdote, mas não é nem nunca foi um sacerdote. É um espertalhão, que se aproveita da ignorância da grande maioria das pessoas sobre os princípios que regem a vida dos religiosos de matrizes afro. O objetivo? Cobrar por coisas que nem Deus se prontificaria a fazer. Em resumo, é um estelionatário das práticas ancestrais dos espíritos africanos. Há muito que os religiosos tradicionais da Umbanda e do Candomblé denunciam esses falsos sacerdotes. Nada incomoda mais uma iyalorisá, um ogan, uma ekedji – ou aqueles que conhecem um pouco mais de perto os ritos e práticas de matrizes africanas – que esses marginais do astral. E não adianta dizer que estou exagerando: Marginais, sim! Uma corja que não apenas lesa os mais desavisados (em busca da resolução de seus problemas), mas que humilha os afro-religiosos com anúncios ridículos que prometem até teletransportar os amores perdidos. Pensa bem, gente! Ninguém com o trânsito caótico do Rio de Janeiro ou São Paulo chega a lugar nenhum em cinco horas. Só de helicóptero ou teletransporte (que ainda precisa ser inventado!). Acreditar que uma coisa dessas é possível nem a falta de conhecimento básico sobre os princípios da Física ou do trânsito, explica. Mas, por que as pessoas acreditam nisso? Será que os sacerdotes da Umbanda e do Candomblé são tão poderosos e macabros que seriam capazes de realizações dessa natureza? Ou seriam eles (os sacerdotes) pessoas dotadas de um conhecimento transcendental tão absurdo que beiraria o cômico? Religião e/ou prática religiosa tem que servir para alguma coisa? Tem que dar resultado? Tem que resolver o problema de uma pessoa que foi desprezada por um amor perdido? Tá certo que o sofrimento deixa muita gente com miopia ou falta de discernimento. E que as práticas rituais das religiões de matrizes africanas são envoltas de ‘mistérios’ e ‘segredos’. Mas, tem alguma coisa por detrás disso que precisamos refletir. Não é apenas o desconhecimento da população sobre os princípios religiosos de umbandistas e candomblecistas que faz com que estelionatários abusem de religiões já tão historicamente vilipendiadas. Os veículos de comunicação precisam decidir se propaganda religiosa é igual a publicidade religiosa e/ou venda de serviços. Jornal Nacional da Umbanda

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Propaganda – como o próprio termo explicita – é propagandear ideias ou conceitos sobre determinado assunto ou produto. Ela pode ser feita para construir opiniões sobre partidos políticos, religiões, times de futebol... Publicidade é a venda de uma mercadoria ou serviço. E toda publicidade é passível de regulamentação. O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (CONAR) existe para fiscalizar se um anúncio é idôneo ou não. Se não for, tanto a empresa que anunciou quanto o veículo que publicou são passíveis de pesadas multas. Ora, se um anunciante contrata um espaço de publicidade para vender um serviço religioso ele não está fazendo propaganda (construindo ideias). Ele está anunciando o seu produto para venda. E isso deveria fazer diferença. Outra coisa que devemos pensar é sobre como controlar esse tipo de anúncio. Se os veículos de comunicação não têm como saber quem é ou não um sacerdote afro-religioso, eles deveriam perguntar a quem de fato deve ter este tipo de conhecimento. Se não existe uma instituição que represente todos os religiosos de matrizes africanas – como a diocese católica, por exemplo – que os veículos, então, elejam um sacerdote reconhecido pela sociedade para que ele possa atestar que o possível anunciante dos classificados não é apenas mais um estelionatário. Mudança de atitude? Sim. Mas só porque a mídia – e as nossas relações com o que é divulgado nos veículos de comunicação, em tempos globalizantes – mudou. O que é informado - nos jornais, rádios, TVs e revistas - é entendido como verdade pelos leitores/ouvintes/espectadores. Mesmo que a informação esteja no caderno de classificados. Isso porque quem não é jornalista ou publicitário não tem a obrigação de saber o que é assunto noticioso ou o que é anúncio. Os Informes Publicitários são caríssimos porque fazem publicidade com ares de notícia... Este é um dos nós contemporâneos que os veículos de comunicação respeitáveis deveriam tentar desatar. Se por um lado, a Umbanda e o Candomblé são expressões religiosas legítimas e autênticas dos brasileiros, por outro, a grande maioria da população desconhece o que efetivamente esses religiosos fazem. O problema é que desconstruir o senso comum – do estereótipo, do folclore, da discriminação – que rondam essas religiões deveria ser também assunto dos veículos de comunicação que efetivamente se comprometem com a liberdade de expressão - que não é sinônimo de irresponsabilidade com os leitores, suas fontes e anunciantes

A.U.E.E.S.P. Você pode se cadastrar na A.U.E.E.S.P., sendo pessoa física ou jurídica. Pode ser associado individual, núcleo (centro, associação), colaborador jurídico ou colaborador físico. Se você acredita que vale a pena lutar por nossa religião, venha juntar-se a nós, que nada mais queremos além de ver a Umbanda crescer e de valorizar nossas práticas religiosas e nosso sacerdócio.

Falar com Sandra Santos Fone: (11) 2954-7014 E-mail: sandracursos@hotmail.com Jornal Nacional da Umbanda

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CADERNO DO LEITOR

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GLOBO NOTICIA FALSO PAI DE SANTO

A TV Globo em seus noticiários de hoje, 14 de junho, reconheceu seu erro na divulgação de uma noticia em que um falso pai de santo foi preso em Nilópolis (RJ) por extorquir “ clientes” afirmando trazer a “ pessoa amada” em 3 horas. O Movimento da Juventude Umbandista, coordenado por Átila Alexandre Nunes, enviou ontem àquela emissora de TV, a nota abaixo: Senhor Editor-Chefe de Jornalismo da Rede Globo de Televisão, O noticiário de hoje aponta Edmar Santos de Araújo, o Pai Bruno da Pombagira, preso em Nilópolis (RJ) por extorsão, como “ pai de santo”. Ele não é e nunca foi diretor de culto umbandista. Não tem um centro com médiuns, nada. Trata-se apenas de um oportunista que se fazia passar por dirigente de centro. Por isso, encarecemos, em nome do Movimento da Juventude Umbandista, que seja corrigida a divulgação, nominando o criminoso como falso pai de santo. É assim que ocorre com os falsos médicos, pastores e padres, que se valem da ingenuidade e boa fé das pessoas. Por último, lembro que não existe dentro do culto umbandista qualquer prática de trazer a “pessoa amada”. Este não é o objetivo da nossa religião. ÁTILA ALEXANDRE NUNES Movimento da Juventude Umbandista atilaalexandrenunes@emdefesadaumbanda.com.br

O “ Bom Dia Rio” , faz a correção. Assista: http://www.globotv.globo.com/rede-globo/bom-dia-rio/t/edicoes/v/movimento-da-juventude-umbandista-afirma-que-falso-pai-de-santo-se-aproveitava-das-pessoas/1992563/ Abaixo, segue o comentário completo de Átila Alexandre Nunes no programa Melodias de Terreiro na RÁDIO BANDEIRANTES am 1360: http://www.youtube.com/watch?v=6uwitFOubpk

8ª PROCISSÃO EM HOMENAGEM AO ORIXÁ XANGO Por: JNU

Mais uma vez a Escola de Curimba Aldeia de Caboclos, dirigida por Pai Engels de Xango realizou a já tradicional procissão em homenagem ao Orixá Xango no Parque da Moóca, aonde reuniu mais de 2000 pessoas, que vibraram intensamente durante a cerimonia pública. Pai Engels reuniu uma plêiade de lideranças umbandistas, todos irmanados na homenagem ao Senhor da Justiça, o nosso amado Pai Xango, mas também homenageou vários outros orixás, entre os quais destacamos Oxóssi, Oxum, Yemanjá e Exú. Também foi apresentada a Escola Aldeia de Curumins, dedicada ao ensino religioso infantil, quando cerca de cinquenta crianças fizeram uma linda apresentação, com cantos e danças. Entre as lideranças presentes estavam Pai Juberli Varela, pres. do SOUESP; vereador Quito Formiga; Sandra Santos, pres. da AUEESP; Pai Jornal Nacional da Umbanda

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Edson dos Anjos, pres. da Associação Paulista de Umbanda; Ogã Juvenal, da União de Tendas; Nilo Massone, pres. da AUCAR; Pai Silvio Mattos e Ogã Sandro Mattos; Pai Ortiz Belo, Mãe Conceição Florindo, Ogã Basílio, Pai Aguirre, Ogã Severino Sena, Ogã Sandro Bernardes, Ogã Zezinho e muitas outras lideranças umbandistas. Este evento, como todos os anteriores, foi conduzido brilhantemente por Pai Engels e a comissão organizadora da 8ª procissão em homenagem ao Orixá Xango. O Colégio de Umbanda Sagrada Pai Benedito de Aruanda foi representado por Pai Rubens Saraceni e o JNU- Jornal Nacional da Umbanda, que registrou todo o evento, foi representado por seu editor Alan Levasseur.

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NOSSA JORNADA ESPIRITUAL - parte final Por Laerte Nogiri.

Em pouco tempo, nossa casa não acomodava mais as pessoas que buscavam o auxilio espiritual, fomos então intuídos a iniciar os trabalhos em 13 de Maio de 2000, inaugurando um novo espaço em nossa chácara, já constituindo Diretoria, Estatutos, CNPJ e um nome. Estiveram presentes na data o corpo mediúnico e Tia Neusa, dirigentes do templo de nosso irmão Fernando Fernandes, Presidente do Colégio de Magia Divina, o Sr Ortiz Belo de Souza e família, irmão Marco Antonio Santos, autor de vários livros psicografados sobre a Umbanda Sagrada, esteve também presente a Mãe Conceição, que incorporou a Cabocla Jurema, consagrando minha esposa como Babá do Templo de Umbanda Sagrada “Pai Benedito de Aruanda”. Continuamos buscando conhecimento, aos Domingos fizemos junto com um grupo de médiuns o curso de Magia das Sete Pedras Sagradas em São Paulo ao qual foi necessário contratar o serviço de uma van para fazer o transporte. Já na segunda-feira, eu e Cristina retornávamos a S. Paulo para fazer o curso de Sacerdócio de Umbanda Sagrada, ministrado também pelo Mestre Rubens. Fizemos e continuamos fazendo os cursos de Magia ministrados pelo colégio, e vamos continuar fazendo quantos cursos à espiritualidade nos permitir, conhecimento não ocupa espaço, apenas agrega experiências. Nos anos de 2003, 2004 e 2005, nosso templo recebeu o Mestre Rubens para ministrar os cursos das Sete Chamas Sagradas e das Sete Pedras Sagradas, participaram destes mais de uma centena de médiuns desta casa e da região. Também em 2005 que recebemos das mãos do Mestre Rubens e do então Presidente do Colégio de Magia Divina, nosso irmão e também mago Fernando Fernandes, a carta constitutiva, que também nos autorizava a atuar como Núcleo de Magia Divina. Devemos lembrar que todos os trabalhos espirituais realizados com amor, fé e conhecimento em prol da sociedade, visando à caridade com trabalhos sérios, sem cobrança material. A própria espiritualidade maior conduz em seu caminho, pessoas certas para auxiliar nas suas necessidades, foi o que aconteceu conosco e continua acontecendo até os dias de hoje. Algum tempo depois, foi necessário ampliar o espaço para atendimento aos necessitados, foi quando mais médiuns apareceram para ajudar na construção de um novo prédio, auxiliando financeiramente e com mão de obra para mais esta realização, não posso deixar de agradecer principalmente meu irmão de Fé e de Ordem Miguel Cinati, membro vitalício da nossa diretoria. No início de 2006 foi realizada a inauguração e consagração deste novo espaço, com a presença de diversos dirigentes espirituais ao qual cito Pai Bagio de Bonfin Paulista, Mãe Idalina de Pirassununga, Pai Orlando de Americana, Irmão Godoy de Campinas, Mãe Conceição e Pai Guimarães de Ogum de São Paulo e nosso irmão e Ogã Severino Sena e família, nosso Mestre Rubens que consagrou nosso Templo e veio Coroar a Mãe Cristina como Sacerdotisa do Templo de Umbanda Sagrada Pai Benedito de Aruanda, além de autoridades do Executivo e Legislativo de nossa cidade. Em 2006, nosso Irmão Ogã Severino Sena e sua família, realizou curso de atabaque para médiuns da cidade de Americana - SP e região, em Fevereiro de 2007, o mesmo veio até São Carlos consagrar nossos médiuns que participaram do curso. Hoje contamos com mais de 120 médiuns, muitos destes sacerdotes e com vários graus da magia divina, a grande maioria formada no Colégio de Umbanda Sagrada Pai Benedito de Aruanda em São Paulo, abaixo nosso cronograma de trabalho espiritual e magístico: Jornal Nacional da Umbanda

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Terças – feiras – Curso de Teologia e Sacerdócio Quartas – feiras – Quinzenalmente – Cirurgia Espiritual Quartas – feiras – Quinzenalmente – Trabalhos de Magia Divina Quintas – feiras – Trabalho Religioso Sexta – feira – Última do mês - trabalho de limpeza com os Srs. Exus e Pombas Giras dos Médiuns. Domingo – 13:00 as 15:00h - Curso aos novos médiuns, ministrado por um médium formado Sacerdote. Domingo – 16:00 as 18:00h – Curso de Magia Divina, ministrado pela Mãe Cristina. Domingo – 18:30 as 20:30h – Curso de Magia Divina, ministrado por Laerte Nogiri. Dirigentes: Maria Cristina Gonçalves Nogiri, Sacerdotisa e Maga iniciadora das magias divinas: Sete Chamas Sagradas, Sete Pedras Sagradas, Sete Ervas Sagradas e Sete Raios Sagrados. Laerte Nogiri, Sacerdote de Umbanda Sagrada e Mago iniciador das magias divinas: Sete Chamas Sagradas, Sete Pedras Sagradas, Sete Ervas Sagradas.

APENAS MAIS UMA HISTÓRIA parte final Por: Tayze Machado um TCC

Outros desconhecem, não acreditam, tem preconceito ou procuram evitar o assunto por desinformação e medo que ainda é um mal menor que o preconceito, que, aliás, é nocivo em qualquer situação. Mas, segundo os estudos realizados com as abordagens de Kardec (1992), Colombo (2001) e Peres (1982) acredita-se necessário, os professores compreenderem, que as crianças de hoje são espíritos encarnados e futuros adultos de amanhã, assumiram nos planos espirituais compromissos pessoais e com o progresso da humanidade, conforme já elucidamos anteriormente e cabe aos educadores colaborarem com esses compromissos, auxiliando as crianças na transformação individual. Quanto a esse compromisso, Kardek (1992) nos esclarece: Será suficiente não fazer o mal para ser agradável a Deus e assegurar uma situação segura? -”Não, é preciso fazer o bem no limite das próprias forças, pois cada um responderá por todo o mal que tiver ocorrido por causa do bem que deixou de fazer.” KARDEK, 1992, p.263 Observa-se dentro desse conceito Kardekiano a dimensão da responsabilidade a qual foi incumbido aos professores e educadores de forma geral em contribuir com as crianças em sua missão neste plano material, com o progresso do planeta, conduzindo ao conhecimento e desenvolvimento das ciências e do das virtudes, ao amor e respeito ao próximo. Pedagogia Espírita A Pedagogia Espírita fundamenta-se em: - a criança é um ser reencarnado, recomeça a existir na Terra, como projeto de transcendência e evolução, - somos seres inexistentes, porque existimos além das dimensões físicas, expandindo-nos em espírito no tempo e no espaço, - a vida é educação permanente, buscando o aperfeiçoamento a Deus, dependendo do grau de evolução, do ambiente, educadores, livre arbítrio e esforço próprio acontecem mais ou menos rápido para cada um - o planeta é um cenário de ação e aprendizagem, escola e laboratório de nossas experiências existenciais, - a educação é o despertar da divindade da alma num processo individual, livre, que se dá do contato do amor do educador ao educando. (COLOMBO, 2001, p. 287) Segundo Colombo (2001), das raízes filosóficas de Sócrates a Kardek, das experiências práticas e das indicações teóricas desenvolvidas no Brasil, surge o paradigma do espírito ou Pedagogia Espírita; embasada na mensagem do Cristo, nas contribuições de Comenius, Rosseau e Jornal Nacional da Umbanda

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Pestalozzi, solidificando-se com Kardek no século XVII, ressurgindo no século XX, com o professor Eurípedes Barsanulfo. (COLOMBO, 2001, p.148) A Pedagogia Espírita compreende que a educação é um processo de evolução permanente do espírito, e ao despertar suas potencialidades, vai desenvolvendo-as gradativamente em todas as suas existências. Renascemos, segundo Kardek, (1992) múltiplas vezes, ascendemos de mundo em mundo, experimentamos ações; fazendo parte do processo pedagógico em que estamos lançados, como espíritos em evolução. Portanto a educação é o sentido da existência, pois conduz o ser para o seu desabrochar espiritual completo. (COLOMBO, 2001, p.93) Além dos fundamentos, segundo Colombo (2001), a Pedagogia Espírita, apresenta os seguintes princípios, que são necessários para que a mesma se concretize: O Amor: o amor move o espírito, o amor que brota do educador ao educando, de inteira doação, de empenho completo pelo seu progresso, a contribuição afetiva pelo seu progresso espiritual. O amor pedagógico não compactua com a tirania, ao contrário, convida, conquista, acalma, acalenta. Por outro lado, precisa ser enérgico, forte e corajoso e ativo para atingir seus objetivos. A liberdade: o respeito à liberdade é consequência do amor. Todo ser espiritual é livre para traçar seu destino, fazendo escolhas... – nesse sentido a pedagogia divina desperta com paciência e por todas as criaturas, para que amadureçam a seu tempo, e contribuam voluntariamente com o progresso coletivo. O ato pedagógico do educador é sempre uma oferta, um convite, uma possibilidade que o educador tem a liberdade de aceitar ou recusar. A igualdade com singularidade: todos os espíritos são essencialmente livres, todos os seres humanos são iguais perante os direitos e deveres, porém, são diferentes em essência, em singularidade, pelo estágio evolutivo em que cada qual se encontra, pelas experiências nesta vida e pelos contextos socioculturais de agora. Assim, a Pedagogia Espírita é igualitária no sentido de tratar todos os seres humanos com respeito, fraternidade e compreensão. Entretanto, têm a tarefa de descobrir as potencialidades de cada um e incentivá-las, observar as formas de imperfeições e trabalhá-las. A natural: estende aos domínios de uma prática pedagógica voltada a natureza humana a ser conhecida e respeitada, para que a educação atinja os resultados de evolução individual e coletiva. Há uma natureza da criança, sua inocência seu mundo de sonhos seu desenvolvimento físico-psíquico de suas características específicas; e há uma natureza particular de cada ser com que o educador se defronta, precisando aprendê-la. A ação: a aprendizagem se dá pela ação livre. A escolha da ação pelos educadores, traduzindo-se em atividades sociais e intelectuais, interagindo com as potencialidades humanas. A educação integral : cada existência na Terra (ou em outro plano) lhe serve para progredir em qualidades morais e intelectuais. A educação deve ser integral no sentido de garantir um balanceamento útil entre as diferenças e potencialidades de cada ser. (COLOMBO, p.290 a 293) A partir dessa teoria apresentada, acredita-se ser possível que a educação integral da criança aconteça de maneira prazerosa e verdadeira, sendo a formação de seu caráter o foco principal. A pedagogia espírita que revela com simplicidade as virtudes de todo o nosso ser e, apesar das inúmeras as dificuldades em que se encontra o contexto escolar, devido a problemas de ordem política, socioculturais, etnias, violência e preconceitos de toda ordem a que estamos expostos, se sugere a proposta da pedagogia espírita, pois, se acredita que as crianças necessitam e muito de uma orientação que possa proporciona condições de escolhas, permitindo que reflitam e tomem as decisões para atingirem o objetivo de desenvolverem consciência critica e reflexiva se tornando adultos melhores, contribuintes de uma sociedade melhor. “Conclusões” Amor, liberdade, igualdade, natureza, ação e integração; essas são as propostas que a pedagogia espírita propõe e pela qual o nosso assunto discorreu durante as elucidações acerca da importância da educação espírita na infância. Diante de todas essas informações que são resultados de pesquisa, conclui-se que a educação espírita se dá de forma continua, a cada nova experiência em que a criança vivência na infância. Portanto, importância da educação espírita na infância precisa de maior atenção por parte especialmente dos pais, porque ela proporcionará à criança toda a segurança necessária durante esta fase que é a mais importante do ser humano. (KARDEK, 1992, p.177). É preciso que os eduJornal Nacional da Umbanda ● página 8


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cadores busquem informações que há um algo mais do que o mundo material, que há ainda, o espiritual e que o nosso mundo melhore, seja mais justo, iluminado. Que a infância seja símbolo de esperança, para todos que acreditam na educação, e a todos nós que almejamos o melhor para o nosso mundo e somos pessoas conscientes do certo e errado diante dos olhos de DEUS e das leis morais que regem a vida: somos educadores! - contribuintes da evolução que não para, avança sempre cumprindo seus deveres e seus objetivos, que é a formação integral do ser humano, tanto moral quanto espiritual rumo à perfeição pela qual incessantemente tentamos conquistar. E-mail: tayzemachado@oi.com.br

DOUTRINA

Dialogando e Teologando III Por José Brito Irmão

Interlocutor: - Vamos entrar na abordagem do Livre Arbítrio antes que nos deviemos noutra direção, porque cada resposta abre um leque para novas perguntas e isso é fascinante. No bloco anterior você mencionou o horário que inicia os trabalhos. Quando tivermos oportunidade vamos retornar naquele ponto; então, falemos sobre o Livre Arbítrio. Pergunta: - De que forma você entende o Livre Arbítrio? Resposta: - Costumo nas palestras em salas de aulas e nos diálogos diretos com pessoas, me utilizar dos exemplos para um melhor entendimento. Então imaginemos um espaço delimitado pelos pais de uma criança. Um quarto ou os próprios limites da residência. Será dito para a criança que ali ela pode brincar, correr, dormir, etc. mas que determinadas coisas, como por exemplo: sair do espaço, ela não deve fazer porque se colocará em situações de risco. Então a criança tem o seu Livre Arbítrio definido para ser aplicado naquele espaço e somente nele. É ilusório pensar que o nosso Livre Arbítrio tem o significa de podermos fazer o que bem entendemos. O nosso espaço de atuação é definido e nossas ações também. Se assim não fosse, poderíamos voar, nos projetarmos fisicamente à distância, assistirmos as aulas em São Paulo sem ter que viajar cansativamente para lá chegar. Bastava uma projeção e vapt-vupt!, estaríamos na sala. Seria ótimo se fosse assim. Estamos limitados no corpo, que é o nosso primeiro limitador. Estamos limitados pela memória, que é o nosso segundo limitador. Estamos vigiados o tempo todo e todo o tempo por aqueles que nos conduzem na evolução, que é o maior limitador. Então do que estamos falando? Liberdade de ação? Ledo engano! Dentro dos limites impostos, quando não “ouvimos a advertência de que não podemos sair do espaço”, a Lei Divina se manifesta na nossa vida, como O Limitador dos excessos. O Livre Arbítrio nos foi concedido nesse atual estado de evolução para que façamos as escolhas corretas, na utilização do tempo, no espaço que nos foi concedido. É o modo que nos faculta a Lei e a Misericórdia Divina de nos exercitarmos nas escolhas e consequências delas, de forma que amadureçamos consciencialmente. Quando evoluímos para graus conscienciais mais altos, a Vontade Divina se manifesta naturalmente em nós e aí, as escolhas são automáticas, porque será isso o que desejaremos. “Que a Jornal Nacional da Umbanda

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Vossa Vontade se manifeste em mim como desejos e, que a minha vontade seja a realização dos Vossos Desejos”. Abrimos mão do que conhecemos como Livre Arbítrio. Pergunta: - Você mencionou a presença da Lei. Como entende a atuação da Lei na regulação dos procedimentos? Resposta: - Este assunto Lei Divina é muito vasto e fascinante. Trazemos de nossas ancestralidades culturais, a percepção errônea da Lei Maior porque os nossos instrutores terrenos em cada época, se referiam ao Nosso Amado Pai o Criador, com expressões atemorizantes: “vingança de Deus, punição de Deus, condenação eterna; ira Divina” e outras expressões que mais definem um ser completamente desequilibrado, emocionalmente. No entanto, já está na hora de vivenciarmos a Lei Maior, como uma das mais altas manifestações da Misericórdia Divina, pois se a Lei, para nós é a manifestação do rigor, da punição, do castigo, é porque ainda em nós ela é assim sentida e vivida. Porém se ampliarmos o nosso entendimento, veremos na Lei, a Misericórdia, porque coloca cada um no melhor lugar e condição para que ali possa retornar à condição de estar em harmonia na Criação. Somente a concessão grandiosa da Misericórdia Divina nos faculta isso, caso contrário jamais recuperaríamos o equilíbrio. Certa vez, ouvindo as instruções de um Senhor da Lei, um Senhor Ogum, Ele nos instruiu da seguinte forma: “De um lado está a Razão da Lei (as causas dos desequilíbrios conscienciais) e do outro está o Objetivo da Lei (auxiliar no retorno ao equilíbrio) e no meio dos dois está a dor” (recurso que força à tomada de decisões e raciocínio). Simples não? Pergunta: - Você mencionou, Lei, dor que produz o sofrimento e isso me lembra da Lei aplicada ao Carma. Como podemos entender melhor isso? Resposta: - Novamente faço o uso do exemplo para o entendimento e o abrir o campo para explanações. Costumo dizer assim: “Já que você tem que ir à padaria para comprar o pão, aproveita e leva o lixo deixando-o no lugar destinado a ele”. É engano entendermos , ensinar, pensar e sentir, que a razão da existência no corpo é para o resgate cármico, como se isso fosse o principal. Na verdade a reincidência no corpo é para que retomemos a nossa movimentação evolutiva, do ponto onde paramos de avançar. Esse estar aqui, no corpo, é aproveitado pela Lei para corrigir as nossas desarmonias com o equilíbrio na Criação. Nesse aspecto, a Lei em sua Misericórdia, nos “cobra” em suaves prestações diárias, os nossos longos “débitos” que se tornou conhecido como Carma. Interlocutor: Vamos encerrar a palestra de hoje, mas deixando pendente para o futuro, o falar sobre: o horário referido, e sobre essas suaves prestações diárias da Lei Divina. Ficam para os próximos. E-mail: teologia.magia@gmail.com

A Umbanda Ecológica de Mãe Iemanjá Por: Vinicius

Gostaria de começar este texto dizendo a todos que não sou o dono da verdade nem muito menos estou impondo uma regra aos zeladores de terreiros de Umbanda ou Candomblé, principalmente os daqui da cidade de São Paulo, no qual o que irei relatar se faz muito presente. Estamos chegando próximo do mês de Dezembro, quando são realizados os festejos a nossa Mãe Iemanjá, por isso gostaria a atenção de todos. Há muitos anos um ritual festivo de nossa Umbanda Sagrada me intriga bastante, ou seja: - as comemorações feitas a Mãe Iemanjá em seu campo de força, as praias. Ritual este realizado quase sempre na primeira ou segunda semana de Dezembro tendo por base o calendário das federações de Umbanda de cada região no qual cada terreiro é filiado. Outras cidades e estados tem datas diferentes. Pois bem, até aqui está tudo ótimo e dentro da legalidade entre as partes envolvidas (terreiros, federações e prefeituras de cidades litorâneas), mas o que a meu ver está indo contra o que a umbanda ensina, é o fato da agressão por parte dos umbandistas para com a mãe natureza. O uso de utensílios e elementos químicos, plásticos, vidros, perfumes, sabonetes além dos Jornal Nacional da Umbanda

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tais barcos de isopor. Pelo amor de Oxalá, santa ignorância não saber que tudo isso só estará agredindo ainda mais o campo de força de Mãe Iemanjá, o que deveria ser sagrado, se torna profano e agressivo. Só pra todos poderem ter uma idéia da gravidade deste assunto, veja a média de anos para decompor alguns dos elementos usados nos tais “barquinhos” de Iemanjá. Tempo de decomposição de resíduos em Oceanos:

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ISOPOR: NÃO MENOS DO QUE 500 ANOS PLÁSTICOS: 450 ANOS PAPEL: DE 3 A 6 MESES TECIDO SIMPLES: DE 6 MESES A 1 ANO MADEIRA PINTADA: 14 ANOS VIDRO: 4 MIL ANOS OU MAIS PALITO DE FÓSFOROS: 6 MESES ALUMÍNIO: NÃO SE CORRÓI

Sou defensor de fazermos nossos rituais nos campos de força de nossos amados Orixás, não tenho dúvidas que é algo importante e necessário para todos nós, porém deveríamos tomar ciência da gravidade de que nossas ações de hoje poderão refletir negativamente no futuro. Nosso planeta pede socorro por culpa de nós mesmo, que no passado retiramos tudo que tínhamos que retirar da natureza e devolvemos resíduos tóxicos, poluidores e agressivos, os quais hoje refletem em nós mesmos. Vamos aprender com os erros do passado e usá-los a nosso favor e, porque não juntar o útil e necessário (preservação da natureza + religiosa) para que possamos evoluir não só no campo espiritual, mas também no plano físico. Eu defendo uma idéia de substituirmos os “barquinhos” de isopor por barcos feito com folhas de bananeira. Seria um trabalho artesanal, mas completamente natural e ecologicamente correto. O mesmo flutua naturalmente sob a água. E dentro do barquinho, não iremos colocar espelhos, pentes, perfumes, ente outras coisas que não se faz mais necessário nos tempos de hoje, garanto que nossa mãe Iemanjá irá agradecer e muito por não poluirmos ainda mais o seu campo de força com vidros, isopor, espelhos etc. Além do que, quando a maré sobe, alguns desses elementos voltam todos quebrados e podem ferir a nós mesmos quanto os banhistas que usam a praia para diversão e laser. Mãe Iemanjá não está lá no oceano esperando tais oferendas para que seus objetivos sejam alcançados, ela estará com todos nós em nossas tendas armadas nas areias de sua praia, onde estaremos louvando-a com muito amor e devoção. Estaremos agradecendo o bom ano que tivemos e pedindo proteção para o ano vindouro. Não precisamos enviar um barco poluidor em suas águas para que nossos objetivos sejam alcançados. Vamos levar flores, sem espinhos é claro, vamos levar nossos bons pensamentos, nossos corações cheios de amor a esta grande mãe da Umbanda. Enfim, vamos começar a defender a nossa umbanda de uma forma ecologicamente correta para que assim possamos não só ajudar a limpar o planeta em seus campos de força, mas também para que possamos ser respeitados por um maior número de pessoas em nossa sociedade, por todos saberem que a umbanda é uma religião que cuida da natureza. Que a umbanda é uma religião que AMA a natureza. Que a umbanda é uma religião que RESPEITA a natureza, pois quem não a respeita não é digno de ser respeitado. O respeito e educação começam em casa. Eu faço um apelo aos sacerdotes e às federações de umbanda para levantarmos esta bandeira juntos, pois somos uma corrente onde cada terreiro é um elo da mesma e cada um de nós individualmente somos responsáveis por manter a corrente firme e forte. Eu faço a minha parte e você fará a sua? Que assim seja e assim será viniciusgrin@yahoo.com.br

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MANIAS QUE TODOS TEMOS Por: Nelson Junior

Somos vítimas de uma memória seletiva que insiste em nos trair quando mais precisamos dela, ou a gerar atos incontestavelmente negativos em função de interpretações muito duras de erros e confusões alheias, e do martírio pessoal de nos colocarmos vitimas de outros. Querem entender do que estou falando? Passem uma vida inteira dizendo bom dia ao seu vizinho e um dia, por distração deixem de cumprimenta-lo ao vê-lo na rua, e uma vida inteira de boa vizinhança pode dar lugar a uma antipatia, onde ele deixará de falar contigo, se julgando ofendido, sendo que ele desconsiderará todas as vezes que foste cordial. Faça o oposto, sendo antipático, e veja que, se um dia fizeres uma ação boa serás visto com desconfiança, pois, se é pregada a mudança íntima, poucos acreditam que ela é possível. Esta é uma das muitas manias que temos, em sempre ver o lado mal das pessoas, pelo simples fato de que, invariavelmente pessoas magoam pessoas, traem pessoas, machucam pessoas e antagonizam-se com pessoas e nessas horas o espírito aflito se compraz em vitimar-se, em sempre atribuir ao outro o erro, sendo que o fator humano da equação, sem dúvida condiz com as coisas que acontecem, pois são tantas as falhas que temos, mergulhados na loucura da carne e dos negativismos do meio em que vivemos, e que nos bombardeia com noticias ruins a todo instante. E, nesse carrossel todos somos culpados de alguma forma, somos vitimas e algozes, pois o senso de auto critica nos escapa por inúmeras vezes de nossas ações, de nossos pensamentos e de nossos sentimentos, por vezes embebidos em amargo fel de angustias e rancores, deixando a justiça confundir-se com vingança, em raciocínio torpe de mente obscurecida por mesquinhos pensamentos, ao invés de cândidos e brandos princípios e sentimentos. Ao longo de milênios a humanidade tem mergulhado nas idas e vindas de espíritos entre vidas de provas, expiações e de missões, cujo propósito sempre é o aprimoramento moral e emocional dos seres, e a evolução contínua, porque Deus é nosso Pai e nos quer sendo espelhos de Seu Amor. Para nós Umbandistas cabe sempre uma observação mais severa do nosso “quintal” do que ao do próximo, porque, sendo vigias cons-

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tantes do alheio nos esquecemos de nossas falhas. Ao ir a um trabalho espiritual tomamos nosso banho de defesa, firmamos nossa Esquerda, firmamos nossos Guias e Orixás, fazemos muitas coisas elevadas antes de servir-nos do branco em nossa vestimenta para a caridade. Mas no caminho quantos de nós não xingam o transito e os outros motoristas, não fecham outros carros, não perdem a paciência? E, mesmo após o entrar no centro, não fofocam sobre seus irmãos de Fé, não criticam seus familiares e amigos, não se ressentem com diretrizes e posturas, desacatando muitas vezes a própria espiritualidade que conduz os trabalhos, por simples ego e falta de humildade, saindo depois dos trabalhos, sem ter aprendido muito do que a nobreza de nossos guias de Lei nos passa? Nem tampouco tem a paciência de ensinar os que não sabem nada, ou compreender as divergências dos que sabem um pouco, ou não criar antagonismos com aqueles que acham saber tudo? Numa Religião tão bela quanto a umbanda deveríamos ter a postura e a resiliência de um Bambu, pois quanto mais flexível sem perder o seu ponto de equilíbrio e eixo, mais difícil de se partir com o vento forte das mudanças diárias deste mundo. Aos Magos então tudo é mais delicado, pois àqueles que ativam mistérios outorgados em iniciação Sublime e Divina não cabe o ego e sim reforma pessoal. Não cabe a crítica e desrespeito com o meio em que atua, pois sem ter o peso do cerimonial Religioso, que por vezes, pelo tempo que dura, chama a atenção dos participantes a graduar-se mentalmente de forma positiva, o Mago pode se esquecer que, se a ele é permitido ativar a Magia onde e quando for necessário, sem restrições a não ser dos necessitados e das situações, cabe o mínimo bom senso do respeito devido a cada Mistério Divino evocado, e a cada pessoa auxiliada. E assim deveria ser observado com mais atenção pelo próprio atuante cada procedimento e postura, tanto no âmbito social quanto em seus atendimentos, consciente de que representa os seus irmãos, não se fazendo de santo nem se privando da vida, mas sendo justo em seu meio, que é o dos espíritos humanos conscientes e que assumiram funções maiores do que só pedir, tendo o doar como seus melhores atributos! Jornal Nacional da Umbanda ● página 12


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Aos Médiuns Umbandistas, que tem a bandeira de Oxalá em nosso hino e em sua postura quando enaltecem nosso Pai Orixá da Fé, poderia caber mais o levar a bandeira da Umbanda, sendo menos perniciosos e menos críticos e mais amorosos e fraternos, pois o certo ao chegar num Centro seria cumprimentarem os irmãos, conversar educadamente com os mesmos, saudar o altar, preparar-se e, em boa vibração, iniciar os trabalhos. E, ao sair respeitosamente deles, sempre agradecer e tentar praticar o que se aprendeu. Não devemos ser hipócritas e achar que teremos Centros silenciosos, como em trabalhos kardecistas, pois essa não é e nunca será a natureza da Umbanda, que tem nos atabaques, nos pontos cantados e no cerimonial sua beleza e distinção. E, se não devemos confundir o desrespeito com a liberdade, não podemos asseverar um ritual de incontestável beneficio, tirando a naturalidade e espontaneidade. Porém, quanto mais médiuns presentes, mais difícil eles mesmos separem o joio do trigo e, por vezes a postura do dirigente, firme e enérgica, faz-se necessária para manter a ordem quando os ânimos exaltados perdem a noção de quando falar, quando calar, quando louvar e quando pedir o perdão. Quase ninguém se lembra de ir ao altar e em prece dizer: - “Se hoje fui injusto e falho, meus Pais Orixás e meus Amados Guias de Lei, me ajudem a melhorar cada dia mais e me retificar mentalmente...”; e esta poderia ser, sem dúvida, uma suplica justa entre tantas que temos feito, seja nos campos financeiros, afetivos, e espirituais. Outro vicio imponente em consciências turvas é achar sempre que um irmão o demanda ou o persegue. Afinal, demanda maior que nossa própria displicência com nosso destino parece não haver, pois, a um médium desatento um pensamento de um simples obsessor, que plante a semente da discórdia em seu meio, é um verdadeiro abismo, onde, por não ver que no dia a dia caímos por problemas da matéria, caem espiritualmente e moralmente muitos que culpam aos desafetos os fracassos da própria vida. Demandas, atuações e perseguições fazem parte da vida de um Umbandista que atende a muitos e se fia na beleza da vida espiritual livrando os enfermos, porque isso irrita aos que se valem dos seus negativismos para prejudicarem aos semelhantes. Porem nem todos recebem isso diaria-

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mente, nem todas as desgraças vêm de magias negras ativadas por desafetos, por inimizades ou ainda por familiares invejosos, que teimamos em ver ao nosso redor, sendo muitas vezes a maneira de ver a vida a fraqueza e derrocada pessoal de cada um, e não Magias Negativas. Muitos realmente têm demandas constantes contra si, atuações tenebrosas, até mais de uma por dia e, infelizmente, quanto mais evidenciado o trabalho caritativo de cada um, mais atuações destrutivas, em geral porque quando uma pessoa se destaca num meio, a inveja toma conta de tantos corações. E, como nem sempre se ensina o amor pelo exemplo em todo, os que não conseguem êxitos de liderança atacam até os que forem próximos desses seus desafetos e que nada fizeram a não ser seguir diretrizes espirituais, aglutinando em torno de si os que precisam do alimento do conhecimento. Sim, quanto mais seguimos um caminho reto mais próximos da cruz ficamos e nos perdemos entre a auto preservação e o amor ao próximo como a nós mesmos. Existem Umbandistas esforçados na empreitada elevada de ensinar e de atender ao próximo. E estes sempre têm muitos seguidores, pois frutífero sempre é o trabalho que Deus nos dá, e infrutífero sempre é aquele que o seu ego nos mostra. E, os que têm o ego como objetivo, têm menos seguidores e mais comparsas, atingindo pela maledicência tudo que lhes parecer maior que eles mesmos. E aquele que não compreende que a Umbanda é um meio de melhoria pessoal e que a Magia é a consumação disso pela busca do aperfeiçoamento individual, com certeza atacará quem vem se esforçando para evoluir. Sou mago e médium coberto de falhas pessoais e intimas, mas que prefiro observar constantemente ao invés de corrigir meus semelhantes. E, embora seja humano e até nisso tenha meus limites e por vezes falhe, procuro enaltecer o meio em que me instruí. Somos uma família espiritual e, embora muitos não queiram irmanar-se nessa idéia, somos como o exemplo de vizinhos que hora se enaltecem e em outras, por mal entendidos, se distanciam ou entram em conflito. Mas não deveria ser assim. São tantos Centros onde a luz dos Orixás cria um farol iluminado, que não deve caber aos cegos ofuscar a Luz de nossa Religião só por discordâncias, porque, se existe um método de Jornal Nacional da Umbanda ● página 13


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confirmação se algo é bom e correto é o da experimentação onde algo resolve uma pendência e um problema, mostra-se funcional. E assim tem sido com a Umbanda Sagrada e com a Magia Divina. Confiem na literatura que lhes tem sido trazida nessa verdadeira revolução Umbandista, numa codificação de procedimentos Divinos e Sagrados, e fiem-se nos resultados que se consegue no novo, admitindo o novo como uma mudança necessária, bem vinda e primordial. Do outro lado da vida, no plano espiritual, a Religião Umbandista se ergue esplendida, sem cair por pendengas de vizinhos, de fofocas de comadres, ou de ações de inveja, que só existem no nosso viver imediatista e, diferente de nós, os guias pensam com certeza em quanto tempo se perde no plano material por simplesmente não se assumir uma postura por um bem maior, que é o do bem em comum de todos, sejam das assistências ou dos Centros em si. Às vezes a mudança real começa pela vibração mental, se externa para a vida e contagia o meio pelo exemplo do amor a Deus, o respeito a seus Mistérios e, no mínimo, o respeito a tudo que nossa Religião representa enquanto Caminho Evolutivo e Transformação Pessoal. Não se esqueçam que a Magia é Divina, a Umbanda é Sagrada e o bom viver é Celestial, mas a União é a Força que podem trazer mais Paz à nossa Bandeira e menos tristeza aos nossos Guias. Para aqueles que precisam aprender mais sobre a Religião que amamos, existe toda uma literatura psicografada por Rubens Saraceni que tenho como minha bússola de procedimentos. Para aqueles que querem ser Magos, que estudem Magia Divina seja com o Mestre Rubens ou com um dos mestres Magos iniciadores outorgados no nosso meio por ele. Em ambos os casos pratiquem em si a reforma necessária, pois o maior desafio é ajudar a si mesmo na batalha diária pela modificação e, se existe em minha vida desafetos e antagonismos, digo que me esforçarei para não deixar este mundo sem tê-los extinguido por completo em mim, pois somos responsáveis por tudo que cativamos, seja em nosso íntimo ou em nosso exterior. Se cativamos trevas, a luz interna desaparece, ofuscada pela falta de brilho dos atos e se cativamos luz, em nosso intimo achamos a paz suficiente para atingir um local especial

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que trazemos dentro de nós, e que esta ligado a Deus, que é nossa centelha Divina. Felizes são aqueles que conseguem ver e crer, ouvir e perceber, sentir e saber que temos algo maior do que nossa vida material e que isso que vivemos é um belo estágio para tarefas vindouras, de auxilio e edificação na Plenitude de Nosso Criador. Eles são felizes por serem plenos em si, tendo nas atitudes diárias a confirmação de suas crenças e não o oposto. A Umbanda e a Magia estão acima de coisas de nosso meio profano, acima de diferenças e de vaidades, acima de politicagem, de dinheiro, de pontos de vista retrógrados e de interesses pessoais, pois são Bens Divinos que recebemos de Nosso Criador, que nos presenteou com uma estada maravilhosa no Brasil, permitindo nessa encarnação conhecer um País de miscigenação, arte e natureza inigualáveis, mas que teima em ter certos preconceitos contra nossas crenças, tendo assim a mania nacional de ver com olhos de descrença muitos de nossos cultos afro descendentes, ou nossas ações magisticas. Somos todos vitimados pela ancora da matéria que nos impede de voar em nosso intimo com os sonhos coerentes de liberdade e amor que nosso Pai Maior nos plantou em sua Infinita Sabedoria, fazendo-nos perfeitos em potencial, mas incompletos se não nos livrarmos de nossos velhos vícios e manias que nos perseguem a muitas encarnações. e-mail: nelsonjuniorguitar@gmail.com

JNU

O maior jornal umbandista, comunica: Pedimos aos leitores que não deixem de confirmar seu cadastro no site: jornalnacionaldaumbanda.com.br

para evitar que deixem de receber o JNU pelo e-mail.

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DESOBEDIÊNCIA

Por: André Monteiro de Oliveira Quando crianças, logo aprendemos o que é a desobediência, nominho difícel né zifio?, Quando queríamos fazê alguma coisa e nossas mãe e nossos pai não deixava, a mente logo achava um jeito de maquinar uma forma de driblar eles, como se dentro de nossa mente um ser gritasse com agente assim,: Vai faz isso, faz aquilo, ocê pode, eles não têm esse direito, só por que ocê é só uma criança, larga de ser bobo, vá em frente, tem um montão de gente que já faz isso, ocê só será mais um. E assim somos movidos a começar essa grande arte de desobedecer, isso ocorre desde os tempos antigos, temos essa historia inté mesmo na Bíblia, quando se fala de Adão e Eva. Veja zifio , isso já vem de longe, parece que os homens já nasceram com esse Dom, mas por quê?, O que é que ta por traz disso? Porque é tão difícil obedecer alguma coisa ou alguém? A verdade é que, como somos uma centelha do Criador , em outras palavras somos Deus em pequena proporção, achamos que somos como Ele e que podemos ser iguais, esse é o nosso erro. Por mais que ocê negue agora, isso tudo que eu to dizendo pra ocê, no fundo de sua alma, com certeza existe isso, em alguns mais forte em outros mais fraco, mas a sensação existe. Entenda que nunca a criação será igual ao Criador, pois o Criador já existia antes da criação, e por isso a criação tem somente pedaços do Criador. O problema esta nesse processo de ser perfeito, pois outros seres também criados pelo Criador usam essa falha para atrapalhar a evolução, argumentam essa perfeição e inflam o Ego dos homens, confundem o real propósito Divino, pois eles não querem a evolução humana. Para esses seres não somos dignos da perfeição e eles querem provar ao Criador que não somos capazes. Mas Zifio acredite, o Criador sabe de tudo isso e acredita que somos capazes sim de evoluir, por isso estamos ainda aqui, evoluindo e conquistando o nosso espaço nas terras do Criador. Pai João de Ronda

E-mail: andre@drogasil.com.br

PERVERTIDA INQUISIÇÃO Por; Eden Carlos da Silva

Quando começamos as reuniões do Grupo Cigana Esmeralda (Casa Sara Kali), elas eram feitas aqui em casa. Conforme o número de participantes foi aumentando, as pessoas já não cabiam dentro de casa e ficavam sentadas no quintal. Só que não há muro na entrada, apenas grades e todos que passavam pela rua viam aquelas pessoas sentadas em cadeiras no quintal. Os participantes da reunião começaram a ficar incomodados com as pessoas que passavam na rua e que ficavam encarando-os. Foi aí que tivemos a brilhante idéia de colocar um plástico preto na grade para dar mais privacidade. Então duas vezes por semana fazíamos toda arrumação de dentro da casa e também do quintal para acomodar um pouquinho melhor as pessoas. Fora isso ficávamos rezando para que não chovesse, para que as crianças não jogassem bola em frente da casa e também para que o cachorro do vizinho não uivasse naquele momento. Só que, com o plástico cobrindo a entrada da casa, isso atiçou ainda mais a curiosidade das pessoas e muitas beatas católicas ficaram incomodadas com essa tal reunião espírita que ocorria em nossa casa. E além da reunião espírita que as incomodava extremamente, agora ainda tinha o tal “plástico preto” que começou a ser comentado pelas mesmas, como se o plástico preto fosse algum objeto de magia negra. Tais beatas sentiram-se tão agredidas que chegaram ir à paróquia delas reclamar com o padre. E é aí que começa o meu “causo”. Jornal Nacional da Umbanda ● página 15


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Com a reclamação delas na igreja acabaram atraindo espiritualmente a tão famosa “Santa Inquisição” que existe nas Trevas até hoje e que de santa nunca teve nada. Numa noite, logo depois que eu e minha esposa dormimos e nos desprendemos do corpo físico, já encontramos a Cigana Esmeralda que nos esperava. Quando saímos de casa e já estávamos no quintal, pois iríamos rumar para algum trabalho espiritual, foi quando vimos chegar um monte de “gente” carregando tochas e uma bandeira, e vários “padres” estavam nessa verdadeira procissão macabra. Eles já chegaram nervosos nos indagando que religião que era essa? Como eu já tenho um histórico passado de ódio desse povo não pensei duas vezes e puxei a minha espada e estava disposto a decapitar um por um daqueles espiritos safados. Mas a Cigana Esmeralda interviu e pediu que eu a deixasse resolver. E aí ela começou todo um falatório como é típico dela e não me lembro de tudo o que ela falou, só me lembro de quando ela disse que “a nossa religião é o amor”, e falou um bocado até que eles se aquietaram e resolveram ir embora e até hoje não voltaram a aparecer. A inquietação das beatas e mais a reclamação na paróquia acabaram atraindo esses espiritos infelizes, que acham que a inquisição ainda reina até hoje. Esse é mais um caso típico de sintonia. Alguns meses depois, o irmão da minha esposa, que também trabalhava com a gente na reunião, teve um câncer muito agressivo, linfoma, e quando as beatas ficaram sabendo logo soltaram suas línguas venenosas e mandaram nos perguntar, porque, se nós fazíamos cura, um de nós estava tão doente? Aí eu respondi para elas que se fosse seguir esse raciocínio então padre nunca ficava doente, papa nunca morria e por coincidência no dia seguinte dessa minha resposta o Papa João Paulo II veio a falecer, aí elas calaram por alguns meses. Só que depois de alguns meses o número de participantes já era grande e tivemos que alugar um local e, por mais uma coincidência, alugamos um salão vizinho da paróquia onde essas beatas frequentavam. Aí elas foram ao delírio e acharam aquilo uma afronta e começaram a infernizar a vida do padre para que ele nos expulsasse de lá. Aonde já se viu um centro espírito vizinho de uma igreja católica? Só que, graças à Deus, ele não era um padre ignorante como tantos por aí, era um padre culto e conhecedor das Leis de Deus e numa missa de domingo quando a igreja estava cheia, inclusive com todas as beatas lá, o tema da missa foi o tal centro espírita vizinho. E ele brilhantemente abordou a questão com sabedoria e ressaltou que Deus está em todos os lugares, portanto também estava na casa espírita ali vizinha e pediu que nos deixassem em paz. E-mail: casasarakali@uol.com.br

Bater Cabeça Por que, Para Quem, Como, Quando e Onde? Por Alexandre Cumino e Maria de Fátima

Alguns elementos da liturgia de Umbanda nos confundem e nem sempre encontramos resposta ou orientação. É o caso do procedimento ritualístico de “Bater Cabeça”, termo que usamos para designar o ato de saudar de forma reverente encostando a cabeça no chão. É comum na Umbanda observar que nem sempre o que se adota em uma casa (terreiro, Jornal Nacional da Umbanda ● página 16


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templo, tenda...) tem valia em outra casa, podendo até ser interpretado como desrespeito ou ignorância. Saudação, Reverencia, Respeito, Entrega, Amor, Devoção e Religiosidade são algumas das atitudes relacionadas com o ato de bater cabeça. Na maioria dos terreiros batemos cabeça diante do altar; saudando Deus, os Orixás e Guias que conduzem o templo. Em algumas casas também se bate cabeça para o dirigente espiritual (sacerdote ou sacerdotisa); noutras poucas se bate cabeça também para a tronqueira. Bater Cabeça diante do Altar é um dos atos mais importantes dentro do ritual de Umbanda, pois é o limiar da entrega do médium que vai trabalhar, estamos nos entregando em uma forma de submissão consentida, por que queremos servir e ser obedientes à orientação e guia que vem do astral. Estamos “dando” nossa cabeça, o mistério da vida, o que há de mais precioso, nosso mental e nossa coroa em prol do trabalho espiritual que vai se realizar. Só batemos cabeça para quem confiamos e amamos, pois neste momento estamos nos doando por inteiro, simbolicamente, por meio de um gesto ritualístico. Mesmo que ninguém nunca nos explique o que significa este ato de bater cabeça, intuitivamente já subentendemos seu significado, o gesto é muito forte e estar prostrado mexe com nosso psiquismo emocional, racional, consciente, subconsciente e inconsciente. O simples ato de sermos submissos a algo ou alguém que nos seja superior e claro de total confiança, quando feito de peito aberto, de coração nos torna também mais tolerantes e pacientes, com as relações humanas. Desperta um ambiente de respeito às diversas limitações e ao comando que vem do alto para baixo e não o contrário. Há milênios rituais religiosos adotaram este gesto de saudação como símbolo de respeito, hierarquia, adoração e devoção para manter a estrutura sacerdotal e o ambiente fraterno. O que causa confusão e as vezes até frustração são alguns detalhes de como deve ser o gestual, deitado ou ajoelhado, com as mãos para frente ou para trás, quantas vezes toco o chão com minha testa e até o que devo falar ou pensar neste momento. Para exemplificar estas dificuldades coloco abaixo um texto de nossa irmã Maria de Fátima Gonçalves, feito durante a Turma 11 do Curso Virtual de Teologia de Umbanda Sagrada: Há uma diversidade muito grande dentro da Umbanda, a gente encontra rituais muito variados, inclusive quanto ao bate-cabeça. A primeira Casa que frequentei, fora do meu próprio trabalho, tinha como regra o médium bater cabeça sem o uso de toalha, deitado e tocando a testa no chão por alguns bons minutos, com as mãos ao lado da cabeça e as palmas voltadas pra baixo. Não usar toalha e colocar as palmas pra baixo era sinal de submissão e obediência. Usar toalha ou virar as mãos pra cima seria arrogância. Ali a regra era bater cabeça no Altar, na frente dos atabaques e para o Dirigente. E o Dirigente poderia exigir que o médium ficasse deitado na frente dele por mais de hora, dependendo do seu “humor” no momento. Depois de bater cabeça, o médium tinha de pedir-lhe a bênção em yorubá, era uma saudação longa. Entrei ali com mais de vinte anos de trabalho, mas um trabalho simples, com poucos rituais, na verdade acendia 1 vela branca e pedia as bênçãos Divinas, e os médiuns se cumprimentavam inclinando a cabeça e com as mãos juntas na altura do coração (saudando o “Deus interno” do outro). Não conhecia o costume de se tomar a bênção, muito menos naquela língua. Não sabia fazer, expliquei que não sabia. O Dirigente se irritou profundamente. Como “exemplo”, ele chamou uma garotinha de 7 anos de idade, mandando que ela pedisse a bênção. A menina fez direitinho. Mas para me “punir”, o Sacerdote determinou que ela batesse cabeça pra ele, deixando-a esticada no chão até ao final da gira, por mais de hora, dizendo que ali ele mandava... Saí dali, achei absurdo. Nunca me esqueço do rostinho dela, inocente, deitada num chão frio de cimento bruto, só pela vaidade daquele homem. Se eu pudesse voltar no tempo, mudaria aquilo, a minha ignorância puniu uma criança inocente. Estou aqui desabafando, me perdoem, mas isso me dói até hoje. Logo depois, estudando, estive numa Casa onde a toalha era essencial: o médium jamais deveria colocar o ori no chão, seria um “sacrilégio”, porque o coronário é o ponto mais sagrado do corpo e jamais deveria tocar o solo. Na minha “primeira vez” fui bater cabeça sem a toalha e levei uma bronca exemplar... Sinceramente, acredito que o que vale é o coração, a intenção. Mas resJornal Nacional da Umbanda ● página 17


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peito às regras de cada casa e procuro aprender... Só não aceito o exagero do “quero porque quero”... Acredito que este texto de nossa irmã ilustra bem a situação e a relação da diversidade ritualística de uma casa para a outra, bem como o fato de que muitas vezes o que é respeito para uns é desrespeito para outros. Assim independente de verdades absolutas e do que é o mais certo para um ou outro, vale compreender o que é valido dentro da casa que frequenta e do contexto em que a mesma se insere. O mais importante é o significado do ato de saudar, entregar-se e reverenciar tocando o solo com a testa. Os que tocam três vezes podem estar saudando “Olorum, Oxalá e Ifá” considerado a santa trindade na Umbanda ou mesmo saudando “Deus, Orixás e Guias” e há quem toque a cabeça de frente, depois para a direita e para a esquerda, saudando o “Alto, Direita e Esquerda”. Pode-se tocar a cabeça três vezes apenas pela força mística e “cabalística” que envolve o numero três; multiplicador e potencializador de todos os atos ritualísticos. Alguns antes do gesto fazem o sinal da cruz no chão ou em si, que também é um ato de saudação e respeito. Batemos cabeça em nosso Altar e no Altar dos terreiros em que somos visita, em sinal de reconhecimento da energia e vibração daquela casa. Quando batemos cabeça ao dirigente estamos reconhecendo sua hierarquia, sua investidura espiritual, outorga de trabalhos e declarando nossa entrega a seu trabalho, reconhecendo a importância do mesmo. Hoje muitos dirigentes não aceitam que lhe bata cabeça, eu mesmo tenho certa resistência, no entanto é um ato ritualístico importante tanto para quem está sendo saudado quanto para quem está saudando. Neste momento o sacerdote pede a Deus e a seus guias e orixás que abençoe este filho que lhe presta homenagem, pois bater cabeça é também um pedido de benção. Hoje também filhos não pedem mas a benção a seus pais, pois desconhecemos o mistério e a força de tal gesto quando realizado com respeito e amor. Nem tudo que os “antigos” faziam desde nossos ancestrais tem explicação, mas é certo que dentro do que diz respeito a ritualística e espiritualidade há gestos e símbolos que aprendemos a recorrer por força dos resultados e da tradição que se inserem. A ritualística também ajuda a criar uma egrégora afim e colocar todos dentro de uma mesma sintonia desejada. Bater Cabeça é algo extremamente simbólico e agregador de sentido para nossa religião e nossas vidas, que cada um de nós tenha orgulho de Bater Cabeça para e na UMBANDA. E-mail: alexandrecumino@uol.com.br

FÍGADO – Onde nasce o verdadeiro equilíbrio emocional Por Suzicleide Oliveira

Na visão da Medicina Tradicional Chinesa (MTC), o fígado, do ponto de vista energético, está estreitamente envolvido com a vesícula biliar (postura e decisões), mas também com os olhos (sentido da visão), ombros, joelhos e tendões (flexibilidade), unhas, seios e todo o aparelho reprodutor feminino. Na MTC se diz que o fígado é o órgão mais importante para a mulher, assim como o rim o é para o homem. Praticamente, todo o sistema reprodutor feminino é regido pelo fígado, responsável por alterações no ciclo menstrual, presença de cistos de ovário, miomas uterinos, corrimentos ou pruridos vaginais, alterações da libido como frigidez e impotência. O fígado é responsável por manter o livre fluxo da energia total do corpo. Como o movimento do sangue segue o movimento da energia, dizemos que o fígado direciona a circulação do sangue e regula também o ciclo menstrual. Mas seu papel mais importante, é sem dúvida, sobre o equilíbrio emocional. É o livre fluir da energia do fígado que vai nos permitir responder vitoriosamente aos desafios da vida, aos estímulos emocionais e afetivos, 24 horas por dia, cada segundo de nossa vida, sem parar. Daí começa a responsabilidade e respeito que devemos ter pelo nosso fígado e sistema hepático. E já podemos deduzir sobre o desgaste intenso ao qual este sistema é submetido no Jornal Nacional da Umbanda ● página 18


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cotidiano da vida moderna. Pouco se sabe sobre sua importância e como auxiliar, ser cúmplice, do fígado nesta missão existencial: equilíbrio emocional e afetivo. Visão, flexibilidade, postura e decisões. Pelo contrário, só pela má alimentação e sedentarismo, a cultura ocidental faz de tudo para fragilizar o sistema hepático. Os maus hábitos alimentares e de vida levam ao seu desequilíbrio funcional, que leva ao desequilíbrio emocional, que desencadeia mais maus hábitos alimentares e de vida. Este desequilíbrio energético pode se manifestar de várias formas. Dependendo da sua localização: insônia, enxaqueca, hipertensão, problemas digestivos, TPM, etc. Os problemas ligados ao fígado podem ser por falta ou por excesso de energia circulante. Um bom exemplo de excesso é a raiva, mais exatamente a raiva reprimida e, num quadro de vazio energético, temos a procrastinação e o medo paralisante, ou síndrome de pânico. A estagnação do fluxo de energia do fígado frequentemente desequilibra o emocional, produzindo sentimentos de frustração e ira. Essas mesmas emoções podem levar a uma disfunção no fígado, resultando em um ciclo interminável de causa e efeito. Como todas as emoções, boas ou más, passam pelo fígado, não devemos reprimi-las infinitamente. A repressão das emoções provoca um bloqueio da energia que leva ao excesso de calor no fígado. Cabe uma distinção entre sentimento e emoção. Os sentimentos, geralmente, fortalecem os órgãos e servem como mecanismos de defesa para o organismo. Uma certa irritação que nos leva a reagir diante de um ataque ou quando nos sentimos lesados, é diferente da raiva que é cega e destrutiva. Os olhos são a manifestação externa do fígado. Em outras palavras, o fígado rege o sentido da visão. Assim, patologias da visão irão sinalizar alguma alteração no fígado. As mais comuns são: conjuntivites, olhos vermelhos sem processo inflamatório, coceiras, “vista” seca, visão fraca, embaçada ou borrada, terçol, pontos brilhantes que aparecem no campo visual, e outros. A lágrima é a secreção interna que ajuda a aliviar o fígado. Cuidado com olhos secos. Daí vem a importância do exercício de “piscar os olhos” (sempre – não esquecer) e de não reprimir o choro, embora nem sempre seja conveniente socialmente. Mas, acredite, conter o choro faz mal à saúde. Ah! Uma forma divertida de chorar / lacrimejar é deixando o riso fluir, acontecer no seu diaa-dia, na sua vida. As unhas são outra manifestação externa das condições do fígado, e as suas deformidades ou a presença de micose sugerem algum comprometimento do fígado, ou desequilíbrio prolongado da sua energia. O fígado rege as articulações do ombro e joelhos, e também os tendões de modo geral. Assim sendo, as bursites e dores nos joelhos, sem causa aparente, são sinais de comprometimento da energia do fígado. As tendinites e os estiramentos frequentes também estão neste quadro. Todo órgão está associado a uma víscera que, no caso do fígado, é a vesícula biliar. Resumidamente, a vesícula atua mantendo o equilíbrio postural. Todos os quadros de tonturas, vertigens, labirintites estão ligados a ela. Rege a articulação tempero mandibular (ATM). Todas as tensões que ficam retidas no fígado podem ser descarregadas nesta região e produzir o bruxismo, que é um quadro de ranger os dentes, que se manifesta mais frequentemente durante o sono. Metafisicamente a vesícula biliar comanda a capacidade de tomarmos decisões assertivas. Jornal Nacional da Umbanda ● página 19


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Uma vesícula desequilibrada se manifestará na forma de indecisões, ou mesmo desorientações, perda de rumo. E, para resumir e partir o mais rápido para a ação de cumplicidade “de bem com o fígado”, é recomendável : - desintoxicar-se diariamente com o aumento do consumo dos alimentos de origem vegetal, maduros, crus, idealmente orgânicos e integrais; - desintoxicar-se diariamente praticando a terapia do riso, as brincadeiras, as artes, o lazer; - praticar atividade física moderada diariamente. - os sabores ácido e amargo, assim como os alimentos de cor verde, são os maiores aliados do fígado. Entretanto, na primavera, evite exagerar nos sabores ácidos e picantes. - evitar intoxicar-se com alimentos muito gordurosos (tanto pela qualidade, gordura animal e óleos refinados, como pela quantidade, frituras, açúcar, café , álcool, substâncias químicas diversas que afetam o humor; etc.) - evitar vida sedentária e estressante, o mau humor, ilusões e grandes expectativas. Fonte: Zhen Jiu E-mail: suzicleideoliveira@hotmail.com

VOCÊ “RECEBE”? Por: Junior Pereira

Olá meus irmãos e irmãs, Ontem, ao sair da faculdade, conversando com alguns colegas surgiu o assunto: religião! E um perguntou ao outro sobre sua religião... Um era espírita, outro católico... E, quando chegou a minha vez, eu disse: sou Umbandista! Aquele famoso silêncio surgiu naquele momento... É até engraçado comentar isso, pois para mim é algo tão natural. Em seguida, o questionamento: - Você recebe? Alguém me perguntou. Parei alguns instantes, refleti sobre as palavras ditas naquele momento e respondi: - Sim, eu recebo sim1 • Recebo todos os dias a condição de fazer minhas escolhas, sabendo que se forem precipitadas, o único culpado por isso serei eu mesmo... • Recebo de Deus uma nova chance no dia seguinte, para tentar fazer o meu melhor... • Recebo de Deus a chance de estimular minha paciência, mesmo sabendo que por vezes irei falhar ao tentar dominá-la... • Recebo da vida aquilo que dou a ela todos os dias... • Recebo dos outros, aquilo que dou a eles a cada momento de minha vida... • Recebo da religião aquilo que ela pode me oferecer sempre: um amor incomparável... Mas só se meu coração estiver em paz... • Recebo de um guia espiritual a palavra certa, na hora certa e no momento certo! O problema é que nem sempre estou disposto a receber... • Recebo sempre flores se semeio essa “terra” divina que é a vida... • Recebo sempre tempestade se espalho incertezas e dúvidas no meu dia a dia... • Recebo sim! Um novo amanhã. • Recebo sim um novo por do Sol mesmo se o dia anterior tenha sido assombroso e triste... mas a claridade sempre estará ali, disposta a me iluminar... • Recebo sorriso se dou um sorriso para a vida... • Recebo lágrimas se só vivo diante delas... • Recebo de Deus uma oportunidade imensa de corrigir falhas e fazer da minha vida, algo precioso e divino... • Recebo chance atrás de chance... Mesmo errando tanto no meu dia a dia... • Recebo o poder da escolha: ou propago a maledicência ou a benevolência, novamente a escolha é minha... • Recebo a chance de sonhar... Jornal Nacional da Umbanda ● página 20


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• Recebo a chance de concretizar um sonho, mesmo deixando de acreditar nele por algum momento da minha vida... • Recebo a chance de viver... E não ter a vergonha de ser feliz! • Recebo um abraço, mesmo as vezes não merecendo... • Recebo um carinho, mesmo as vezes não o procurando... • Recebo a chance de descobrir o que é felicidade... E melhor, de fazer da minha felicidade algo simplesmente único que nem aqui conseguirei expressar-me. • Há, e recebo também a possibilidade de manifestar a natureza de Deus no meu corpo, mesmo ele sendo por vezes um instrumento que anda desafinado, com partículas poluídas por pensamentos inoportunos e negativos e contendo um coração que carrega dúvidas e incertezas... Mas sempre disposto a recomeçar... E através disso, recebo as qualidades de Deus, na minha vida e a partir daí, faço as minhas escolhas, sempre! Respondendo a sua pergunta minha irmã: Sim, eu recebo! Por alguns instantes, o silêncio tomou conta novamente daquele momento e mais nada foi dito... Apenas refletido. E depois eu fui embora, simplesmente esperando “receber “ outra oportunidade dessas... E você, também recebe? E-mail: f.pjunior@uol.com.br

SENHORA DOS DESEJOS Por: André Cozta

Com uma sonora gargalhada Naquele exato instante Captou em meu íntimo Com seu olhar instigante O que em mim habitava: Uma negatividade flamejante Invadiu a minha alma E como uma desbravadora Exteriorizou meus sentimentos Purificou meu interior Livrou-me daqueles tormentos Aplacou a minha ira Sagrado Trono dos Desejos Senhora Orixá Pombagira E-mail: umbandaemagia@gmail.com

CURSO MAGIA DIVINA DAS 7 CHAMAS SAGRADAS

Ministrado por LUIZ DE ANGELIS DE FILHO Inicio - dia 22/06/2012 - das 20:00 as 22:00 Endereço: Rua Bucuituba, 702/704, Vila Ema Próximo ao Fórum da Vila Prudente Entrar em contato com Anita através do telefones: (11) 9213-7196 (Claro) (11) 7856-2530 (Nextel)

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Larvas Astrais

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Por: Ana Lus

Criaturas vampirizadoras de nossos sentimentos, desejos e pensamentos de baixíssima vibração. Alimentam-se dessas energias negativas, sugando nossas reservas. Podem ser inicialmente geradas ou atraídas por nós mesmos, através do desequilíbrio físico, espiritual e emocional ou enviadas por espíritos malignos que encontram “abertura” em nossa defesa psíquica. Quando o indivíduo encontra-se sob forte processo obsessivo, as larvas são continuamente renovadas, crescendo assustadoramente. Muitos casos em que a medicina clínica não consegue diagnosticar o quadro encontram-se nessa categoria. A permanência dessas substâncias é altamente nociva ao ser, implicando em desordens físicas e espirituais que variam de intensidade e danos, dependendo das medidas terapêuticas e profiláticas adequadas. Essas criaturas existem independentes no astral inferior como uma réplica dos parasitas encontrados na vida biológica, e como eles, são potencialmente perigosas para quem está mais vulnerável às suas investidas. Nesse caso, baixa imunidade seria de natureza moral e espiritual. Não que todos os seres vitimados por essas criaturas, sejam pervertidos e desprovidos de valores espirituais elevados, e sim que quando entramos em sintonia de baixa vibração, pela cólera, inveja, ressentimentos, desejos de vingança, pensamentos suicidas ou homicidas, sexualidade promíscua etc, abrimos a nossa guarda e deletamos a nossa imunidade, possibilitando o assédio e crescimento acelerado dessas criaturas. Indica-se a limpeza, desinfecção e imunidade energética através de passes magnéticos, ingestão de água fluidificada, passes em Terreiros de Umbanda, utilização de florais, cromoterapia, banhos de descarrego com ervas, aplicação de Reiki, terapias de orações, repetição de mantras, modificação do padrão mental negativo, através da inovação de hábitos saudáveis como yoga, meditação, caminhadas, abstinência de álcool e fumo excessivo, alimentação comedida e saudável, mudança de hábitos sexuais nocivos e degenerados entre outros. Outros nomes atribuídos a essas criaturas: Larvas espirituais, larvas fluídicas, larvas energéticas, vibriões mentais, bacilos psíquicos, larvas psíquicas, vermes astrais. Facebook: notification+zj4o904af0cy@facebookmail.com

Como tudo começou... Por: José Antonio Gil

No ano de 2010, orientado pelos meus guias espirituais e inspirado pela eterna busca do conhecimento, ingressei em um curso de sacerdócio ministrado pelo mestre Rubens Saraceni. Lá construí toda uma base a cerca da religião e sobre religiosidade. Seus ensinamentos são fundamentais, e através de suas aulas e de seus livros, mergulhei no universo da Umbanda e a cada dia que passa sinto-me mais e mais Umbandista. Logo que comecei o curso, percebi o quanto era importante o estudo, e mais ainda, como era difícil achar informações coerentes sobre a religião. A cada busca no “google” me deparava com textos que simplesmente eram “achometros” sem fundamento algum e muitas vezes contraditórios e confusos, deixando a cabeça do jovem umbandista um caos! Pensando nisso, percebi que faltava um website onde poderíamos esclarecer as nossas dúvidas, ler artigos elucidantes, renovar a nossa religiosidade, etc... Nas aulas do sacerdócio o mestre Rubens sempre nos incentivava em escrever os nossos textos e contribuir com a disseminação da Umbanda. Como já tinha algum conhecimento em programação de websites, pensei em fazer algo do gênero e espalhar o que estava aprendendo, expandindo a religião. Eis que para minha surpresa, algum tempo depois, o próprio Rubens, já assoberbado de cursos, eventos e compromissos com a religião, lança um jornal virtual. O Jornal Nacional da Umbanda, onde, com a contribuição de diversos irmãos, conseguimos um local onde podemos ler, aprender e nos expressar. Tudo isso bem fundamentado e dentro de um código único, fortalecendo Jornal Nacional da Umbanda ● página 22


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e expandindo a religião. Aquietei-me e apenas lia e estudava. E em uma aula do sacerdócio o Rubens estava palestrando sobre casamento, quando se expressou desabafando, inconformado, ele argumentava sobre as outras religiões terem toda uma liturgia com cantos belíssimos de casamento, batismo, etc e a Umbanda que também tem nos seus fundamentos a música e os sons, ser tão pobre nesse aspecto. Ao final do seu discurso ele ainda fez um apelo para que nós umbandistas nos dedicássemos a criar pontos para tais fins, pois, afinal, religião não é só pronto-socorro, não é só demanda, não é só o tratamento mediúnico. A religião tem que fazer parte de todo o ser, acolhendo desde o batismo, casamento e até o seu funeral. Tamanho foi o impacto da sua revolta que um silêncio reinava entre os alunos, e como diz o ditado “quem cala consente”. Nesse período, além do meu trabalho e do curso de sacerdócio, tocava atabaque todas as sextas feiras no terreiro de minha mãe e uma vez por mês ajudava meu cunhado Thiago, que faz os seus trabalhos no Vale dos Orixás. E em uma dessas idas às “matas” (que é como chamamos o Vale), ao caminhar até a tenda onde realizaríamos os trabalhos, escutei diversos pontos diferentes e muito bonitos. Nesse mesmo dia, no decorrer da gira me lembrei de alguns trechos dos pontos, pena que não me lembrava deles por inteiro. Então pensei e foi ai que percebi a nossa dificuldade. O problema não é criar os pontos, afinal temos guias espirituais e mentores a nos orientar e inspirar. O Problema estava em transmitir de forma acessível as letras dos belíssimos pontos passados pelos nossos mentores. E foi assim que nasceu a idéia de criar um website para hospedar as letras e os pontos cantados. Com o tempo e a ajuda de vocês irmãos de fé, tenho certeza que nossos cantos litúrgicos e cantos de louvação serão os mais vastos e mais bem difundidos no meio, tornando cada vez maior e melhor a nossa amada religião. Com algumas horas diárias de dedicação, fui pesquisando, aprendendo e desenvolvendo esse website. O pouco que sabia sobre programação web já estava muito desatualizado, por isso, precisei ler, aprender e construir tudo ao mesmo tempo. Confesso que foi um pouco desgastante, mas valeu a pena, o resultado saiu melhor do que eu imaginava. Essa é minha humilde contribuição para a religião, e espero que através da colaboração de vocês irmãos de fé, conseguiremos multiplicar e expandir para todos os umbandistas. E-mail: jose.a.gil@hotmail.com

O pedido de uma criança aos seus pais. Por: Dinalva Faria

Não tenham medo de serem firmes comigo. Prefiro assim. Isto faz com que eu me sinta mais seguro. Não deixem que eu adquira maus hábitos. Dependo de vocês para saber o que é certo ou errado. Falem e usem comigo com educação e aprenderei como devo fazer dentro e fora de casa. Leiam, cantem e sorriam pra mim e aprenderei a ser feliz. Fiquem atentos ao meu estudo e não façam minhas tarefas, assim ficarei preguiçoso e nada produzirei. Não me corrijam com raiva, nem na presença de estranhos. Aprenderei muito mais se me falarem com calma e em particular. Sempre me falem a verdade e sejam honestos em seus sentimentos, assim aprenderei a ser uma boa pessoa quando crescer . Não me protejam das consequências de meus erros. Às vezes eu preciso aprender pelo caminho áspero. Não levem muito a sério as minhas pequenas dores. Necessito delas para poder amadurecer. Jornal Nacional da Umbanda ● página 23


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Não me estraguem. Sei que não devo ter tudo o que peço. Só estou experimentando vocês. Satisfaço-me com coisas simples. Não precisa gritar comigo para que eu ouça vocês. O grito separa os nossos corações. Não sejam irritantes ao me corrigirem. Se assim o fizerem, eu poderei fazer o contrário do que me pedem. Não me façam promessas que não poderão cumprir depois. Lembrem-se que isto me deixa profundamente desapontado. Não ponham à prova a minha honestidade. Sou facilmente levado a dizer mentiras. Não me apresentem um Deus carrancudo e vingativo. Isso me afastaria Dele. E só me apresentem a Deus se vocês conviverem com Ele. Senão, isso me tornará incrédulo. Não desconversem quando faço perguntas, senão serei levado a procurar respostas na rua todas às vezes que não as tiver em casa. Não se mostrem para mim como pessoas infalíveis. Ficarei extremamente chocado quando descobrir um erro em vocês. Não digam simplesmente que meus receios e medos são bobos ou não existem. Ajudem-me a compreendê-los e vencê-los. Não digam que não conseguem me controlar. Eu me julgarei mais forte que vocês. Não me tratem como uma pessoa sem personalidade. Lembrem-se que eu tenho meu próprio modo de ser e pensar. Não vivam me apontando os defeitos das pessoas que me cercam. Isso irá criar em mim, mais cedo ou mais tarde, o espírito de intolerância. Não se esqueçam que eu gosto de experimentar as coisas por mim mesmo. Não queiram ensinar tudo para mim. Não tenham vergonha de dizer que me amam. Eu necessito desse carinho e amor para poder transmiti-lo à vocês e aos outros Não desistam nunca de me ensinarem o bem, mesmo quando eu parecer não estar aprendendo. Insistam através do exemplo e, no futuro, vocês verão em mim, o fruto daquilo que plantaram. Não existe fórmula para a criação de um filho, mas pense! Duas doses de amor e uma de educação é um bom começo. O EXEMPLO não é a melhor forma de educar seu filho, ele é a única.

Matérias para o Jornal

Não deixe de nos enviar suas matérias, textos e informações sobre festas e cursos. Colocaremos no jornal virtual e no site do jornal para consulta aberta a todos que visitarem a pagina. Lembrando que ao enviar sua matéria, não se esqueça de colocar seu nome, e autorização para divulgação.

E-mail: ddfaria@grsa.com.br

NOVA TURMA DE SACERDOCIO Convidamos a todos para nossa palestra inicial da nova turma do curso de “Doutrina, Teologia e Sacerdócio de Umbanda”. No Núcleo de Umbanda “Àguas de Oxum”, que fica Na Av. Roque Petroni Jr, 373, à 300Mts da Av. Santo Amaro e próximo ao Shopping Morumbi. Será no sábado, dia 30/06, às 14hrs. Jornal Nacional da Umbanda

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INDICAÇÃO DE LEITURA - EDITORA MADRAS Visite o site www.madras.com.br e conheça outros titulos. Adiquira seu livro sem sair de casa.

Este livro não pretende apresentar uma definição acadêmica de hipnose, e sim mostrar que, se ela significar uma condição especial em que uma pessoa é colocada em algum estado místico ou transe profundo e então perde vontade sobre seu ser porque outra pessoa, chamada hipnotizador, cria sugestões tão poderosas e impressionantes que a vítima ou o participante não consegue resistir, então a hipnose não existe. Em sua definição de hipnose, o autor mostra que está qualquer forma de comunicação em que uma ou várias pessoas, seja profissional da saúde, esposa, marido, professor, usam palavras, tonalidades, expressões ou movimentos que provocam e/ou evocam na outra pessoa uma experiência interna e essa experiência se torna uma realidade em si. Se você quer saber como a hipnose funciona de fato (e isso não tem nada a ver com o balanço das mãos e outros absurdos similares), vai querer ler este livro. Se quer conhecer a “mágica” por trás das técnicas ericksonianas e das programações neurolinguísticas, deve ler esta obra. De um dos maiores nomes da hipnoterapia, este livro poderá ajudá-lo a perceber como usar os mesmos métodos de formas diferentes; pegar as mesmas técnicas utilizadas por uma pessoa para construir limitações e aplicá-las para criar novas escolhas e novos horizontes. Release: Steven Heller, Ph.D., é fundador e diretor do The Heller Institute e pratica hipnose clínica desde 1969. Era muito requisitado como palestrante e treinador do método ericksoniano, bem como do seu próprio método, Unconscious Restructuring®. Por seu programa de seminários, Clinical Hypnosis: Innovative Techniques®, Dr. Heller foi um dos primeiros profissionais a apresentar o que se tornou conhecida como “hipnoterapia ericksoniana”. Esse programa foi apresentado em todo o país por vários anos. Por isso, ele ficou conhecido como “instrutor dos instrutores” e foi denominado “O Mágico”. Além de sua prática particular, Dr. Heller treinou membros das profissões de auxílio e conduziu programas de treinamento interno, para equipes de funcionários de hospitais, universidades e associações de médicos, dentistas e psicólogos. Ele foi convidado para vários programas de rádio e TV. Dr. Heller aplicou seus métodos para procedimentos cirúrgicos, quando a anestesia não poderia ser usada. Um exemplo dramático foi o uso da Reestruturação Inconsciente como a única anestesia durante uma mastectomia. A paciente não só ficou livre da dor durante o procedimento, como também não precisou de medicação pós-operatória. Ela também recebeu alta 36 horas depois da cirurgia. Dr. Heller recebeu seu Ph.D. em psicologia clínica da California Western University, onde sua área especial de estudo era, é claro, a hipnose. Ele nasceu em Los Angeles em 1939 e faleceu em 1997. Todos sentem muito sua falta Descrição: Qual é a evidência real de que entidades malignas podem possuir seres humanos e forçá-los a cometer terríveis assassinatos? Assassinatos de magia negra, cultos sexuais satânicos e possessão demoníaca são práticas diabólicas que dominam as manchetes dos tabloides e reforçam o mito de que o mal e a obsessão doentia com o oculto devem levar a culpa por nossa sociedade cada vez mais violenta. Mas, seria a verdade ainda mais sombria e perturbadora? Da magia tribal e do xamanismo, passando pelas obras de W. B. Yeats e Aleister Crowley, aos rituais de magia negra e os niilistas da Nova Era, o que A História Sombria do Oculto indaga é se as “forças satânicas” são simplesmente o surgimento do lado sombrio da natureza humana, ou se temos realmente algo a temer, ou seja, o mal. “Ninguém pode negar que Paul Roland é um mestre completo neste tema.” – Colin Wilson (O Oculto). Release: Paul Roland é jornalista e investigador de assuntos ligados ao ocultismo. Ele é autor de mais de 20 livros publicados, incluindo The Chrysalis Guide to Rock on CD e Crime Scenes. Também é o autor de Os Crimes de Jack, o Estripador e Investigando o Inexplicável – Explorações em Torno de Mistérios, publicados em língua portuguesa pela Madras Editora. Ele é um escritor cronista independente, revisor de muitas publicações em seu país há mais de 25 anos e um colaborador constante de The Mail on Sunday, Kerrang, Which CD e Total Film. Nesta obra, RoJornal Nacional da Umbanda

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land afirma que o Demônio foi uma criação da Igreja em seu estágio inicial e que todos os seus feitos são inteiramente frutos do homem, o que não significa que não haja maldade pelo mundo, “pois, embora o Diabo não exista, seus discípulos e acólitos estão claramente à nossa volta. É com suas atividades e crenças diabólicas que este livro se ocupa. Eu defendo que o Demônio é uma personificação do lado sombrio da natureza humana, de nossos instintos, impulsos e desejos mais básicos, que procuramos negar e renegar, projetando-os em um personagem místico criado por nós mesmos”, enfatiza.

ORAÇÕES DIVERSAS

CONSAGRAÇÃO E SUPLICA A MARIA AUXILIADORA

Enviado por: JNU Santíssima Virgem Maria, por Deus constituída, Auxiliadora dos Cristãos, nós vos elegemos Senhora absoluta desta casa. Dignai-vos, vô-lo pedimos, mostrar nela vosso poderoso auxilio. Preservai-a de todo o mal: do fogo, da agua, do raio, das tempestades, dos terremotos, dos ladrões, dos maus, das incursões, da guerra e de todas as calamidades que vós conheceis. Abençoai protegei e defendei como coisa vossa as pessoas que nela vivem e viverão; preservai-a de todas as desgraças e infortúnios, mas sobretudo concedi-lhe a graça importantíssima de evitar o pecado . Maria Auxiliadora dos cristãos rogai por todos os que moram nesta casa abençoada, que se consagrou a vós para sempre. (Esta oração deve ser colocada atrás da porta de entrada da casa.)

ORAÇÃO AO PAI OXUMARÊ. Enviado por Pablo Araujo.

Amado pai Oxumarê, vós que sois a manifestação viva e divina da qualidade renovadora de Deus Pai Todo Poderoso e Glorioso Senhor Olorum. A ti amado Pai e Senhor Oxumarê, abro as portas do meu coração, para que vós entre na minha vida e dilua todos os meus pecados, amado Pai e Senhor. A ti amado Pai, abro as portas do meu coração, para que a partir do meu intimo realize uma renovação verdadeira em todos os sentidos, afastando de minha vida todos os conceitos errôneos que me conduziram por sendas escuras. Amado Pai, abro a ti as portas do meu coração, para que realize em mim uma verdadeira mudança, e nessa suplica verdadeira, renove meus votos perante a vida e fortaleça minha fé no Divino e Amado Pai Olorum. Abro a ti as comportas do meu coração, para que desague do meu intimo, todas as magoas e tristezas acumuladas em toda a minha vida e no decorrer dessa minha existência humana. Abro meu intimo a ti meu Pai Oxumarê, para que o preencha por inteiro com o vosso amor renovador e rejuvenesça meu espírito já cansado e vergado pelo peso dos meus erros e ferido pela reação infalível dos meu atos. Dirijo a ti essa suplica amado Pai Oxumarê, para que a partir de hoje, já renovado pelo poder imanente que Deus nosso Pai Olorum confiou a ti, eu possa conduzir-me já como um espírito renovado, cujo intimo foi transformado para que sob o vosso amparo divino eu possa novamente dirigir-me de forma digna ao Divino Criador Olorum. Amado Pai e Senhor Oxumarê, peço a vós que me cubra com o vosso manto divino e que de Jornal Nacional da Umbanda ● página 26


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hoje em diante conduza-me em minha jornada humana, para que amparado por ti, eu possa diluir os grilhões e amarras dos meus erros do passado e verdadeiramente arrependido, eu possa voltar minha mente para um futuro promissor e de forma consciente vivenciar o meu destino. (AMEM) Observação: Essa prece deve ser feita com uma vela azul escura de 7 dias acesa, um copo de água mineral e um pires com um punhado de Sal grosso, depositados em um lugar acima de nossa cabeça, deve-se consagrar a vela, o copo com água e o pires com sal grosso à Deus nosso Divino Pai Olorum e ao Nosso Pai Oxumarê, e após o término da oração, devera tomar um gole da água e depositar uma pedra do sal grosso na língua e permanecer com ela na boca até que se dilua. Deve-se repetir essa oração diante da vela por sete dias e após o término desse ciclo de 7 dias, o que sobrou da vela devemos jogar no lixo e a água e o sal grosso devemos jogar na água corrente

PRECE DE ABERTURA DE TRABALHOS Enviado por: JNU

Pai misericordioso e justo, Criador do Universo, lançai as vossas bênçãos sobre os trabalhos que os vossos filhos em Vosso Sagrado Nome vão executar neste terreiro, em benefício de seus irmãos, também vossos filhos. Pai Misericordioso e Justo, dai permissão aos Espíritos de Luz, aos irmãos superiores, aos Anjos aos santos, aos orixás e chefes de falange e seus comandados , aos caboclos e pretos velhos, espíritos do mar, dos rios, das fontes e das cachoeiras, a todos os espíritos puros e purificados, que lancem sobre este terreiro as suas irradiações salutares, seus fluidos regeneradores, tudo em beneficio dos que aqui vêm em busca de alívio, socorro e cura para os seus sofrimentos físicos e espirituais . Oxalá, poderoso e chefe de bondade, lançai sobre nós o vossos eflúvios, infundindo em todos nós a resignação , a boa vontade e a fé para desempenharmos as nossas tarefas. Anjos da Guarda, Guias e protetores derramai a vossa influência sobre os médiuns aqui presentes, para que possuídos da vossa energia, possam eles transmiti-la aos irmãos necessitados de amparo. Espíritos da Luz, dai aos médiuns a vossa força para que eles a possam transmitir aos irmãos que tanto necessitam recebe-la. Que as forças do Universo, sob a ação dos irmãos, dos guias, dos protetores e dos Anjos da Guarda venham a se derramar luminosas , benéficas e fortes neste ambiente para que ele fique completamente iluminado e purificado com o afastamento dos elementos perturbados da terra e do espaço.

PARA PEDIR INSPIRAÇÃO

Enviado por: JNU Peço aos espíritos amigos e simpáticos , principalmente os entendidos no assunto, que me dêem inspiração para iniciar , prosseguir e terminar o trabalho a que proponho realizar , relativo a ....(diz-se o trabalho) ...;que influências estranhas não perturbem a disciplina , a orde me o bom andamento da obra e, ao final , a sua conclusão venha coroar ou premiar os esforços que envidei no sentido de idealizar , criar e termina-la com relativa perfeição , objetivo ou utilidade em benefício de pessoas necessitadas ou interessadas em sua criação.

ORAÇÃO MAMÃE OXUM! Por Mãe Monica Berezutchi.

Quando eu entrar na cachoeira minhas lágrimas rolarão, deixando sair o meu pranto para que toda a minha dor Mamãe Oxum possa levar. Leva mamãe as minhas mágoas, sofrimentos, tristezas, angústias e decepções, que estão sufoJornal Nacional da Umbanda

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cando meu peito, me faltando o ar. Na corredeira de suas águas doces e límpidas, leva para bem longe e transforme em gotas de ouro o meu sofrer em paz. No meu coração, mamãe Oxum cure e cicatrize todas as feridas da minha alma. Energize meu espírito imortal, traga acalanto para meu corpo, me abençoe senhora do amor! Proteja com seu manto luminoso minha coroa e os meus pensamentos. Que seu mistério vivo do amor faça com que eu me torne uma pessoa mais compreensiva, serena, dedicada, pura, esperançosa, alegre e digna de poder receber sua misericordiosa vibração de amor todos os dias. Peço que eu possa aprender a te contemplar em sua beleza, formosura e doce ternura! Mamãe, mamãezinha, mãe de todas as mães renove meus pensamentos, abra os escaninhos da minha mente, purificando-a, iluminando-a e envolvendo-a com seu bálsamo sagrado. Divina mamãe Oxum, me torne alegre e que eu tenha prazer em viver. Que eu possa compreender a dádiva da vida, aonde, por puro e esplendoroso amor, o Pai Olorum me criou em um momento único e especial, como uma pequenina estrelinha de luz e entregou-me em seus braços supremos de amor.

Oração de desdobramento Por André G. Santos

Divino Criador Olorum, Sagrado Orixá Obaluayê. Sagrados Pai e Mães Orixás, Guias, Mentores e Protetores Espirituais. Que nessa noite, enquanto descanso meu corpo físico, eu possa ser útil aos trabalhos espirituais. Em meu benefício e em benefício de meus irmãos e irmãs. Que eu possa desdobrar meu corpo espiritual. Consciente, lúcido e capaz. E que eu possa ser ativo na caridade. Que Vós possais instruir-me, conduzir-me e amparar-me. Para que todo o trabalho que eu realize seja proveitoso e elevado. Que eu possa aprender, observar, doar e, desta forma, possa galgar degraus em minha evolução consciencial. Não permitam que eu me desvie da tarefa iluminada e nem fique paralisado ante ao trabalho. Que tudo que eu faça, durante esse desdobramento, meus atos, pensamentos e sentimentos estejam de acordo com a Lei Maior e a Justiça Divina. Que eu possa ser servo, instrumento e espelho da Vontade Divina. E que amanhã, ao acordar, possa rememorar de tudo que for necessário ao meu aprendizado. Peço proteção e força nesta noite e agradeço por todas as oportunidades que recebo todos os dias, pois entendo e aceito que tudo que recebo é segundo meu merecimento e minhas necessidades de aprendizado. Amém.

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FESTA CIGANA

Homenagem a Santa Sara Kali e o Povo Cigano Evandro de Ogum

Há 11 anos realizamos esta homenagem ao povo cigano e a linha do Oriente. Muito obrigado mais uma vez!

Salve os Ciganos! Optcha!

Fotos da Homenagem a Santa Sara Kali e o Povo Cigano, realizada no dia 26/05/2012 na parte externa da Tenda de Umbanda Pai Joaquim D´Angola e Exú Tiriri. Participação de Mãe Célia de Oxum e equipe de médiuns do Templo de Umbanda Vovó Catarina e Baiano Zé do Côco, de Carapicuiba/SP e de Pai Fernando de Ogum e equipe de médiuns do Grupo Espírita Ogum de Ronda e Mãe Iemanjá, de Limeira/SP. http://evandrodeogum.blogspot.com

Mãe Célia de Oxum e Pai Fernando de Ogum Pai Evandro de Ogum

Mãe Zilda no Ritual do Fogo Sagrado

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Morubixaba Carine e Ogã Murillo comandando a curimba

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Mãe Egunita

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ÚLTIMA PAGINA

PASSAGENS DO LIVRO “GUARDIÃO DO AMOR” Rubens Saraceni - Editora Madras - www.madras.com.br

_ Não sei se sou inútil, meu senhor. Só sei que estou aqui à espera de um rumo à minha caminhada. _ Você já encontrou em mim seu rumo! Sua caminhada começará na fortaleza do Tempo sustentada e dirigida por mim, um Ogum do Tempo. _ Sim, senhor, meu Senhor Ogum do Tempo. _ Pela veste que cobre seu perispírito, você professou a fé umbandista em sua última encarnação, não? _ É, eu fui um médium umbandista, meu senhor. _ O que você fez na Umbanda e por ela? _ Fiz o que todos fazem, creio eu. _ Se você só fez o que todos fazem, então não fez nada, pois na Umbanda os que fazem o que todos fazem é ceder seus corpos para seus guias espirituais incorporarem e auxiliarem aqueles espíritos encarnados confusos, problemáticos e encrenqueiros, quase sempre em vão, porque, ou perdem tempo com eles, ou colhem decepções e mais decepções. _ Sinto muito, meu senhor. _ Não se lamente por ser agora um espírito humano inútil. Você deveria ter descoberto na Umbanda sua utilidade… _ Você também vivia firmando as forças do senhor Orixá Exu contra um inocente, soldado raso aprendiz sete? _ Não, senhor. Eu só firmava as forças dele para me proteger e para auxiliar os que me pediam ajuda, se a solução de suas dificuldades se localizasse nos campos à minha esquerda, meu senhor. _ Você nunca firmou uma vela preta de Exu contra um inocente, soldado raso aprendiz sete? … fazer uma demanda na força do senhor Orixá Exu contra um inocente é uma afronta imperdoável aos olhos de Ogum… ................................................................................................................................................………………….. Na Umbanda, e não só nela, assim que aprendem a usar o poder e as forças dos sagrados Senhores Orixás sustentadores da vida, dão vazão aos seus negativismos, já citados por mim. E, ainda que vivam clamando por ajuda e perdão o tempo todo, só muito raramente ajudam de fato ou perdoam com sinceridade os seus semelhantes. Quando ajudam, sentem-se superiores a quem ajudam, e quando perdoam sentem regozijo por terem perdoado. Ajudam e nunca deixam de lembrar ao ajudado quem o ajudou e perdoam sem nunca esquecer o perdão concedido. Em ambos os casos não são superiores e no entanto vivem apregoando aos quatro cantos que ajudam quem precisa e perdoam quando solicitados. E em momento algum entendem como superior o ato de pedir ajuda e sublime o ato de clamar por perdão. Pelas leis da vida, o pedinte, seja de ajuda ou de perdão, está praticando um ato superior, que só será igualado por quem atende-lo se for concedida a ajuda ou o perdão com amor e sinceridade, meu senhor. ........................................................................................................................................……………………….. São falsos porque se reúnem em público como se fossem irmãos fraternos, mas se combatem na calada da noite, meu senhor e meu pai. E o mesmo está acontecendo na Umbanda, tão jovem como religião e já com um carma terrível gerado por seus iniciados, que mal aprendem sobre os poderes inerentes a ela e já começam a usar para acertar suas contas pessoais com seus desafetos. _ É, isso vem acontecendo na Umbanda, meu ressentido irmão Ogum do Tempo. Jornal Nacional da Umbanda

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_ Meu pai e meu senhor, achas certo que alguém que se diga sacerdote ensine a seus discípulos como fazer o mal? que os ensine a destruir a vida de quem não os agradar? Que os instigue a revidarem a mais banal ofensa com pesadas demandas feitas na força do senhor Orixá Exu?

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