Psicologia da arte Docente : Teresa Santos
Discente : Hélder Carlos
Artes Plásticas e Multimédia
Indice Introdução
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Andy Warhol
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Conceitos
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Piet Mondrian
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Criatividade
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Leis da Gestalt
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Gestalt
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Vitor Rodriguez
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Leis da Gestalt
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Percepção
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René Magritte
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Conclusão
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Georges Mathieu
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Bibliografia
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Introdução Este trabalho resume-se á comparação dos conceitos tais como imagem, percepção, criatividade, teoria da Gestalt, personalidade do individuo e vários artistas afim de desmistificar o que são na realidade estes conceitos aplicados á psicologia da arte tanto na teoria como na prática.
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Conceitos Criatividade Criatividade A criatividade assume-se como uma ferramenta para pensar, produzir, realizar, desconstruir, algo novo que traga de alguma maneira uma certa evolução independentemente do foro de conhecimento em questão. Certamente associada á psicanálise, á maneira como vemos e entendemos o meio que nos rodeia. Este são algumas das componentes que fazem do individuo um ser extremamente criativo.
Psicanálise Psicanálise Individuo Individuo Sensação Sensação percepção percepção
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Criatividade
Preparação: Abundância de ideias.Brainstorming
Iluminação: A chamada génese de ideia, expontaneidade de ideias
Incubação: O inconsciente elabora conexões que constituem a essencia da criação
Verificação: Avalia a utilidade/viabilidade da sua ideia final 3
Gestalt Preenchimento
proximidade
Figura/fundo
Simplicidade
Gestalt
Unidade
Psicologia da Gestalt é uma teoria iniciada no final do século XIX, na Austria e Alemanha, que possibilitou o estudo da percepção humana. Segundo a Gestalt, o cérebro é um sistema versátil e dinâmico no qual se produz uma interação entre os elementos, em determinaso momento, através de principios de organização perceptual como:
Segregação
+proximidade; +Preenchimento; +Simplicidade;
+Segregação; +Unidade; +Figura/fundo
Visão global do homem e do mundo: “O todo é mais que a soma das suas partes” 4
Leis da Gestalt
Lei da segregação A segregação é a capacidade perceptiva de separar,identificar, evidenciar ou destacar unidades formais numa composição; Lei da proximidade Agrupamento de algo por estar proximo de outros mesmo não sendo seus similares; Lei da Continuidade há uma tendência perceptiva para seguir uma direção para conectar elementos que pareçam continuos ou fluir numa determinada direção; Lei da semelhança Os objectos similares tendem a agrupar-se. A similaridade pode acontecer com cor, textura e no tamanho dos objectos. Lei da pregnância É a simplicidade natural da percepção,quanto mais simples mais facil de ser assimilada.
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René Magritte Um olho humano. Processo rico em questões conceptuais usando através da linguagem das suas pinturas. Magritte poe em causa toda a racionalidade tecnica. “Linguagem anti-artistica deliberada”. Valor formal pobre estéticamente. Analise ente linguagem e representação destacando a distância entre palavra-imagem e coisa. A questão conceptual em causa perturba o espectador em termos de percepção e compreensão da imagem, sendo que muitas das vezes o espectador não decifra este trabalho enigmático. Considerada a charneira para a arte contemporânea por ser fundamentalista, Magritte acaba de certa forma por estimular o pensamento critico do espectador como objecto de comunicação. Quer isto dizer que o processo é tão meticuloso que acaba por contaminar o “outro” (entenda-se individuo leigo) a decifrar esta conceptualidade de expoente máximo. Este “click” garante um processo criativo do “outro” e assim começa o “Brainstorming”. Podemos certamente dizer que a fenomenologia da percepção está ligada com o conceito criatividade na capacidade de concentração e exploração de ideias, quase como um “boom conceptual”. Não era por acaso que Freud era antes de tudo, um amante das artes, da literatura e que em função disso entrou em contato com as grandes produções artísticas da humanidade. O surrealismo foi por excelência a corrente artística moderna da representação do inconsciente
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René Magritte Este movimento artístico caracteriza-se pela possibilidade da manifestação da imaginação de forma livre,sem barreira crítica, valorizando a pulsão, ou seja, a emoção mais profunda do ser tem todas as possibilidades de se expressar apenas com a aproximação do fantástico, no ponto onde a razão humana perde o controle. A livre associação e a análise dos sonhos, ambos métodos da psicanálise freudiana, transformaram-se nos procedimentos básicos do surrealismo, embora aplicados a seu modo. Podemos afirmar que são a Psicanálise, assim como a Filosofia, obras de Arte, produzidas por seus pensadores, obviamente num campo muitíssimo mais reflexivo, porém, não menos arte do que um objeto artístico. Sendo assim, fomenta-se a ampliação da capacidade de distinguirmos e interpretarmos uma obra de arte dentro de seu contexto histórico, verificando em seu produtor, os elementos e mecanismos psíquicos aos quais fez-se uso no momento da elaboração da obra de arte; e ainda, atribuir um questionamento filosófico a todo esse engendro, o que contribui marcantemente à uma elevação cada vez mais elaborada do pensamento acerca desta temática deveras interessante.
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René Magritte
René Magritte “The false mirror”,1928
René Magritte “Ceci nést pas une pipe”,1929
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Continuação No seguimento desta logica, considera-se que tudo gira em torno do individuo e da sua personalidade. É a personalidade que constroe as estruturas que acentam no conceito criatividade, influênciada , obrigatoriamente pelos mais variados foros tanto educacionais como veiculos de desenvolvimento psiquico. Esta tonica (criatividade) revela que o criativo assume, portanto, a identidade do louco, do artista e da criança ao entregar-se aos impulsos de criação e ao lançar-se na realização do futuro. É necessário esclarecer que a criatividade é um processo exigente que recorre aos níveis mais elevados de abstracção, devendo encontrar um canal de concretização que pode ser o mais diverso possível, englobando uma produção variada que atenda às necessidades do corpo e da alma, mas que sobretudo redimensione a existência humana emprestando-lhe sentido e significado.
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Continuação Aqui podemos referênciar,obviamente, Jackson Pollock (1912-1956), um dos artistas mais criativos , na época da pós 2ºguerra mundial (1939-1945) num periodo de crise existêncialista onde chega mesmo a ser a filosofia da crise. Aqui considerava-se a fase nilista com representações, a nivel de arte, com paletas crómáticas pobres e mortas afim de retratar uma realidade do quotidiano. Com isto, prende-se demonstrar a capacidade que Pollock tinha de aplicar o seu estado de espirito no seu trabalho. A arte passava a ser não só o estado de espirito do artista como um estado de sociedade. A deprimencia refletia-se nos estados de loucura onde o artista desfrutava do alcool para atingir o seu inconsciente e assim poder retratar de forma absoluta a crise existêncialista.
Jackson Pollock “Catedral” , 1947
Jackson Pollock “Blue Poles, or Number 11”, 1952 10
Georges Mathieu Outro artista também fundamental para esta tipo de trabalho inconsciente influenciado diretamente pelo estilo “action painting” é Georges Mathieu (1921-2012), performer através da pintura em publico. Por ser pintura ao vivo, Mathieu introduz o conceito velocidade no dripping caracteristico de Pollock porque acredita “Acredito que a velocidade do acto criativo é um dos pré-requisitos mais importantes do meu estilo de pintura de qualquer forma sou o primeiro pintor a introduzir o conceito velocidade de acção na pintura ocidental Estou convencido que apenas a velocidade de acção torna possivel agarrar e exprimir o que vem das profundezas do ser, sem considerações racionais nem intervenções que contenham a explosão espontânea ”
Georges Mathieu “Capetians Everywhere”, 1954 11
Andy Warhol Anos mais tarde , em 1960 surge então Andy warhol (1928-1987) um dos pais do poder da imagem, ao longo da cronologia da história de arte. Quando Warhol apresenta as 25 Marlin Monroe o objectivo consiste em gastar a imagem até esvaziar o seu significado,dai a repetição em série podendo ai comparar-se quase a uma obcessão do seu inconsciente em querer possuir, não a marlin mas a sua imagem. Esta obcessão caracteriza-se ainda pela apropriação da imagem onde Warhol acredita “A posse é efémera, o que carimba a realidade é a imagem”. “Temo que, se alguém concentrar a sua atenção numa coisa por muito, ela perde o seu significado”
Andy Warhol “25 Marlyns”, 1962
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Piet Mondrian Nesta linha teorica de aplicação de conceitos podemos ainda, referir a capacidade criativa do artista Piet Mondrian em compor padrões onde podemos relacionar com as capacidaes de organização perceptiva baseada na teoria de Gestalt. É imediata, tirar a conclusão que existe a proximidade de elementos das suas composições harmoniosas e dinâmicas. “Pier and ocean” é um dos projectos de Mondrian onde a inspiração máxima foi o seu proprio estado de espirito criando metáforas com a natureza. Esta obra marca no seu caminho um passo definitivo para a abstração pura eliminando diagonais e linhas curvas, bem como a cor. Os ritmos associados mostram a dinâmica madura de Mondrian numa composição assimétrica sendo que as linhas horizontais representam o horizonte e as linhas verticais, as estacas do cais. Neste entendimento o ritmo criado revela uma associação aos impulsos das ondas do mar. “este trabalho é mais importante do que os outros. Ele transmite a impressão de paz:o silêncio da alma”.
Piet Mondrian “Pier and ocean”, 1915 13
Leis da Gestalt -Lei da semelhança
-Lei da proximidade
Piet Mondrian “Broadway Boogie-woogie”, 1942-1943
Piet Mondrian “Composizione”, 1921
-Lei da semelhança
-Lei do fechamento
Piet Mondrian “Tableau I”, 1926 -Lei da pregnância
Piet Mondrian “Ritmo e linee nere”, 1942 Piet Mondrian “Composizione con giallo patch”, 1930 14
Vitor Rodriguez Victor é considerado o líder da nova geração de artistas hiper-reais trabalhando internacionalmente hoje. Ele exibiu extensivamente internacionalmente, incluindo o Museu de Arte Contemporânea de San Diego, o Instituto Flint de Arte Contemporânea, o Museo de Monterrey, no México e Museo de Arte Contemporáneo de Monterrey MARCO. A imagética de Rodriguez é impecável, descrevendo texturas de superfície intrincados, como pele e roupas de uma forma hiper-realista. Na veia de fotorealismo, a qualidade da superfície é lisa e brilhante como as páginas de uma revista de moda high-end. No entanto, Rodriguez não se identificar como um fotorealista, cuja filosofia do núcleo era puramente objetiva; a pintar como um processo de reproduzir uma fotografia sem narrativa pessoal ou íntimo. E embora ele referêncie os antepassados do fotorealismo como Chuck Close e Franz Gertsch como influências, o seu interesse pela pintura é derivado de artistas do Renascimento, como Vermeer e Velazques, que apelam ao realismo com uma narrativa pessoal ou histórico. Na verdade, as pinturas de Rodriguez são ricas em narrativas profundamente pessoais, agravada pelas imagens que é tão real, quase se pode sentir por ver.
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Percepção
Vitor apresenta varias obras direcionadas para o mundo de transfiguração do corpo feminido, desafiando tematicas como sensualidade, criatividade através da forma, confundindo o espectador numa conposição visual confusa e enigmática. As estratégias de representação convergem para aquilo que se define como “estimulos” tanto a nivel criativo como de percepção visual obrigando-nos a decifrar as suas composições. “As mentes são como os pára-quedas: só funcionam se estiverem abertas." (Ruth Noller) 16
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Conclusão Contudo conseguimos perceber que apesar de tudo o indivio é mentalista, prático, insiciso naquilo que pretede explorar e conhecer e que o poder da imagética é uma realidade no meio criativo , um mundo bastante complexo, não só ao nivel das artes como em qualquer foro do conhecimento.
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Bibliografia ReferĂŞncias Web
http://psiquenoite.blogspot.pt/2011/04/fenomenologia-da-percepcao.html http://www.britannica.com/EBchecked/topic/232098/Gestalt-psychology http://psychology.about.com/od/schoolsofthought/f/gestalt_faq.htm http://www.art.com/gallery/id--a76/andy-warhol-posters.htm http://www.theartstory.org/ http://www.artnet.com/artists/victor-rodriguez/ https://www.algosobre.com.br/biografias/rene-magritte.html
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Fim