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A Magia da GrĂŠcia
Criado e editado por Arthur Harris
Sumário
Conhecendo a Grécia....................................................................................1 A Grécia antiga..............................................................................................2 A magia na Grécia.........................................................................................3 Conhecendo os novos bruxos helenos.......................................................7 Bruxos mestiços famosos..............................................................................17 Eventos e guerras helenas............................................................................21
(Off – as informações contidas aqui têm base nas histórias da Grécia antiga, incluindo sua mitologia. Existem divergências nas informações de livros de história especializados, que enfatizam várias versões para diferentes eventos, especialmente no que diz respeito aos Deuses gregos. No entanto, para que as histórias fizessem sentido com a história bruxa, adaptações foram feitas e com isso, diferenças são percebidas com as histórias encontradas em livros ou na internet – Off)
Conhecendo a Grécia A Grécia é um país localizado no Sudeste Europeu, na porção meridional dos Bálcãs, fazendo fronteira com a Macedônia, Bulgária, Albânia e Turquia, e banhada pelos Mares Mediterrâneo, Jônico e Egeu. A Grécia é um dos países mais ricos em história de todo o mundo ocidental, tanto para os trouxas quanto para os bruxos, sendo conhecida como “berço da democracia”, embora muitas outras coisas tenham surgido e/ou evoluído nesse país, como a literatura ocidental, teatro e também feitiços.
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A Grécia antiga Este é um termo usado tanto por historiados bruxos quanto por historiadores trouxas para denominar um período da história grega compreendido entre 1100 a.C. (após a invasão dórica), e 146 a.C (após a dominação romana). É importante ressaltar que Grécia e gregos são termos de origem latina. Os gregos antigos se denominavam Helenos, e chamavam seu país de Hélade. A cultura grega antiga é a base da cultura ocidental, tendo exercido uma fortíssima influência sobre o Império Romano, e por consequência, de praticamente toda porção ocidental da Europa, que repassou para boa parte de suas colônias, especialmente nas Américas. Apesar do enorme conhecimento que se tem a cerca da história da Grécia antiga, tanto historiadores bruxos quanto historiadores trouxas afirmam que grande parte desse conhecimento é referente a Athenas (atual capital grega), pois os documentos e escritas antigas encontradas são todas feitas por athenienses ou por pessoas próAthenas. 2
A magia na Grécia Embora a magia tenha surgido no Egito Antigo, foi na Grécia antiga (ou Hélade) onde a magia mais se desenvolveu ao longo da história, especialmente no campo dos feitiços e das poções. Bruxos gregos antigos são conhecidos até hoje, e muitas vezes eram vistos pelos trouxas como Deuses, e em outros casos como Titãs. Os primeiros grandes bruxos da Grécia antiga são alguns conhecidos pelos trouxas como Titãs, e pela sociedade mágica como
Bruxos primordiais.
Os bruxos primordiais Estes bruxos primordiais, fisicamente tinham tamanhos gigantescos, principalmente por conta do uso de feitiços e de poções. Outra característica muito marcante era sua enorme arrogância com os trouxas, e bruxos menos poderosos, que muitas vezes eram desprezados por eles. Entre os bruxos primordiais mais famosos,
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podem ser citados: Caos, Eros, Gaia, Urano, Cronos, Átila, entre outros. Caos foi o primeiro destes bruxos, sendo pai de Eros e de Gaia. Esta última foi a bruxa com melhor controle sobre a terra que já existiu, não havendo desde então ninguém que se comparasse a ela. Gaia era capaz de modificar totalmente uma paisagem em questão de horas, e provocar terremotos devastadores a quilômetros de distância. Junto com Urano, Gaia teve doze filhos: Oceano, Ceos, Crios, Hiperion, Japeto, Téia, Têmis, Mnemósines, Febe, Tétis, Réia e Cronos. No caso de Réia, sabe-se que a mesma era adotada por Gaia, não sendo filha legítima de Urano. Eram todos odiados pelo pai, Urano, e precisavam viver escondidos. Cansada da situação, Gaia utilizou os feitiços e poções mais poderosos da época e encantou uma poderosa varinha em formato de uma foice especial, dada a Cronos, que matou Urano. No entanto, Cronos tinha um temperamento semelhante ao do pai, embora mais violento, e tinha muito medo de que fosse destronado pelos irmãos. Por conta desse temor, Cronos aprendeu a controlar o tempo, e em documentos antigos encontrados nos últimos séculos 4
indicam que ele tenha feitos os primeiros esboços de vira-tempos, que funcionavam, mas tinham formatos bastante diferentes dos de hoje. Cronos casou-se com Réia e também teve filhos, que eram odiados pelo pai, que temia que vissem a ser poderosos o suficiente para destroná-lo. Segundo os trouxas, após os filhos nascerem, Cronos os engolia. No entanto, o que de fato acontecia era seus aprisionamentos na ilha de Creta. No entanto, Réia conseguiu libertar um deles, seu favorito, Zeus. Ela o treinou em magia como pôde e o fez desenvolver suas habilidades mágicas e voltou para libertar os irmãos Poseidon e Hades, que juntos tiraram os bruxos primordiais do poder e lhes aplicaram severas penas por tudo que fizeram.
Os bruxos superiores Esses novos bruxos que chegaram ao poder ficaram conhecidos como Bruxos superiores. A primeira providência que tomaram após a queda de Cronos foi re-organizar politicamente a sociedade bruxa
helena. Juntaram outros dez bruxos, e depois outros dois foram incluídos, e formaram uma espécie de Conselho Mágico, sediado no Monte Olimpo. Embora existissem muito mais que 12 bruxos em 5
Hélade, eles governaram por muito tempo a sociedade mágica helena. Faziam parte dessa nova organização: Zeus, Poseidon, Hades, Hera, Athena, Afrodite, Apolo, Ártemis, Hefesto, Ares, Hermes e Dionísio. Os bruxos superiores mantinham ótimas relações com os trouxas, que os viam como Deuses, especialmente pelo fato de tê-los libertado do sofrimento imposto pelos bruxos primordiais durante os reinados de Urano e Cronos. O relacionamento entre trouxas e bruxos superiores era tão estável que comumente estes bruxos se misturavam em meio aos trouxas e conviviam de forma pacífica um tanto harmoniosa. Foi comum naquela época o nascimento de diversos bruxos mestiços, frutos de relacionamento dos bruxos superiores com trouxas, e ficaram conhecidos pela sociedade trouxas como Heróis ou Semideuses. Alguns ficaram bem famosos, como: Hércules, Fineu, Perseu, Jasão, Teseu, Áquiles, Helena e diversos outros, que são importantes em diversos episódios da história helena, sendo abordados em sessões mais a frente.
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Conhecendo os novos bruxos helenos Como dito na sessão anterior, estes novos bruxos helenos viviam principalmente no Monte Olimpo, embora convivessem também entre os trouxas em diversas ocasiões. De um modo geral, diferente de hoje, os bruxos Gregos não eram conhecedores medianos de todas as áreas da magia, mas eram profundos conhecedores de uma parte específica da magia, o que lhes destacava imensamente. Abaixo abordaremos os 12 bruxos superiores, enfatizando o que os fez ficar tão conhecidos até hoje, tanto entre bruxos como entre trouxas. • Zeus – Era casado com Hera, com quem teve dois filhos: Ares e Hefesto. Foi um bruxo especialista em controlar todas as coisas que havia nos céus, em especial tudo relacionado a eletricidade, lhe conferindo o título de Deus dos Céus, entre os trouxas. Sua especialidade nesse ramo da magia foi tamanho, que sua varinha era no formato de um raio, conhecida como “Raio de Zeus”. Outra especialidade de Zeus era ter filhos com trouxas, sendo provavelmente 7
entre os bruxos superiores o pai do maior número de bruxos mestiços possíveis, sendo alguns muito famosos, como: Hércules, Perseu e Helena; • Hera – Foi a esposa de Zeus, mãe de Hefesto e de Ares. Hera foi uma bruxa extremamente dedicada a manter a família unida, sendo fundamental nas reuniões dos bruxos superiores, devido seu poder de persuasão para contornar conflitos, especialmente entre os irmãos Zeus, Poseidon e Hades. Entre os fatos notáveis de sua vida estão o desenvolvimento de poções simples para curar pequenos ferimentos e doenças de crianças. Por conta de sua enorme dedicação em manter sua e outras famílias unidas, ficou conhecida entre os trouxas como a Deusa da Família;
• Poseidon – Foi um bruxo especialista no domínio de tudo relacionado a água. Seu conhecimento nesse ramo da magia era tamanho, que até hoje é o único bruxo que se sabe que podia controlar como ninguém os mares, além de conseguir se comunicar facilmente 8
com os habitantes dessa parte do mundo, fossem habitantes mágicos como os Sereianos, fossem habitantes não mágicos como animais nãomágicos. Foi proclamado por trouxas como Deus dos Mares, e para fazer jus a tal título, sua varinha possuía o formato de um tridente;
• Hades – Entre os trouxas é conhecido como Deus da Morte. No entanto, tal título não faz jus a tudo que fez pelos humanos. Hades foi um bruxo que estudou muitas coisas relacionadas a anatomia humana, o que o fazia ser frequentemente visto pelos cemitérios em busca de cadáveres. Foi lá que desenvolveu também técnicas de produzir fertilizantes de qualidade para os trouxas, e em algumas cidades, até os ajudava, graças a influência de sua esposa, a bruxa Perséfone;
• Athena – Muitos historiadores, bruxos e trouxas, a consideram a bruxa mais inteligente e sábia que já viveu até hoje, tendo sido de forma geral, a voz da razão nas reuniões dos bruxos superiores, quando Hélade passava por algum tipo de crise. Sua inteligência era 9
tamanha, que sabe-se que criou um feitiço/encantamento pra expansão de memória humana e aumento da capacidade de raciocínio. No entanto, segundo registros do diário de Athena, esse feitiço não foi passado para mais ninguém, pelo fato da bruxa temer ser perigoso o excesso de conhecimento na cabeça de uma única pessoa. Uma das maiores admiradoras de Athena foi Rowena Ravenclaw, que além de suas atividades acadêmicas, dedicou parte de seu tempo a estudar sobre a vida de Athena, viajando constantemente para a Grécia em busca de novas descobertas da vida dessa bruxa. Em seus estudos e viagens à Grécia, Rowena Ravenclaw encontrou diversos pertences de Athena, entre eles, o diário e um diadema. Embora facilmente percebesse que tratava-se de um diadema que estava encantado por algum tipo de feitiços, Rowena Ravenclaw sentiu-se extremamente tentada a experimentar este objeto que pertenceu a Athena, e descobrira que o diadema era encantado para que a pessoa que o usasse recebesse uma enorme dose de sabedoria. O diadema foi então guardado por anos por Ravenclaw, em seguida perdido, e reencontrado na última guerra bruxa, tendo sido perdido então de forma definitiva. Um fato marcante da relação de Athena com os 10
trouxas, é que a bruxa era vista como Deusa da Sabedoria, e era a Deusa Patrona de Athenas; • Afrodite – Foi uma bruxa extremamente vaidosa e fascinada por histórias de amor, tendo ficado conhecida entre os trouxas como a Deusa do Amor e da Beleza. A grande maioria dos feitiços e base de outros feitiços que envolvem embelezamento foram criados por Afrodite. Afrodite foi também a bruxa que descobriu o perfume da planta Mimbulus mimbletonia, que dizem ser o perfume mais agradável do mundo. Além disso, as mais potentes poções do amor, como a Amortentia, foram desenvolvidas por Afrodite. Um fato curioso sobre esta bruxa, é que sua varinha tinha o formato de uma rosa, tendo esta flor se tornado o seu símbolo;
• Hefesto – Foi talvez o bruxo mais fascinado por criações e construções, sendo o projetista das varinhas usadas na Grécia antiga, tanto no formato convencional, como em outros formatos (ex: a de Zeus, de Poseidon, de Afrodite, de Hermes). Hefesto costumava 11
praticar seus experimentos mágicos dentro de uma oficina gigante, e sempre que algo saia errado, tendia a causar explosões e incêndios, que aos olhos dos trouxas se assemelhava a um vulcão em erupção, e por conta disso, ficou conhecido também como Deus do Vulcão. Hefesto foi o criador de diversos feitiços que ajudam na construção, para recuperar algo quebrado (como o feitiço Reparo), para dar movimento a algo e controle sobre objetos. No entanto, sua mais notável criação é a famosa Pedra Filosofal. Hefesto a criou e compartilhou com os bruxos superiores, o que lhes resultou conseguir viver durante séculos. As anotações sobre a receita para a Pedra Filosofal eram consideradas perdidas, até que caíram nas mãos do alquimista Nicolau Flamel, que a recriou após traduzir a receita que estava escrita em Grego antigo; • Hermes – Foi um bruxo que se sabe que era ofidioglota, e por conta disso, tinha sua varinha no formato de um cajado enrolado por duas serpentes. Adorava viajar, e consigo levava sempre mensagens e encomendas de um bruxo a outro, e as vezes até de trouxas, tendo ficado conhecido como Deus Mensageiro. Para facilitar a comunicação 12
entre os bruxos, junto com Athena, Hermes desenvolveu os primeiros tipos de correio bruxo. Nos primeiros modelos, eram utilizados cachorros e pombos, até que finalmente decidiram utilizar as corujas, por serem animais que podiam voar de noite a distâncias maiores e não necessitaria tanto treino como os pombos e cachorros. Os dois também foram responsáveis pelos primeiros projetos da rede de flu, embora não se comunicassem a grandes distâncias ainda. Por conta de suas longas viagens, por vezes Hermes topava com outros viajantes que necessitavam de cuidados médicos, e isso o fez desenvolver feitiços e poções curativas usadas até hoje, para ajudar essas pessoas. Por conta disso, até os médicos trouxas helenos o associaram a medicina, e usam o formato de sua varinha como símbolo da profissão, em homenagem a Hermes. Era também bastante adorado pelos trouxas e outros bruxos, por sempre acolhê-los em seus acampamentos de viagem nos momentos que mais precisassem;
• Apolo – Foi o bruxo superior grego mais fascinado por astronomia, e descobriu muitas coisas relativas ao sol. Também foi o 13
criador de feitiços que envolvem luz, e que são usados até hoje, como o Lumus, Lumus Maximo e Lumus Solem. Além disso, a poucos séculos descobriu-se que ele foi o primeiro a pensar em usar energia solar, e de fato a utilizou em sua carruagem, a qual ele batizara de “Carruagem do Sol”. Todo esse fascínio pelo sol acabou lhe rendendo o título entre os trouxas de Deus do sol. Até hoje, esse bruxo é homenageado por trouxas, que batizaram seus veículos para chegar a lua com seu nome. Outra característica marcante deste bruxo é adoração pelas artes, principalmente poesias. Há relatos de que ele foi o criador de uma azaração que faz com que o azarado só consiga falar em rimas;
• Ártemis – Era irmã gêmea de Apolo, no entanto, não era muito ligada em astronomia. Sua verdadeira paixão era conhecer as florestas, lagos, rios e mares na Europa. Com isso, foi necessário aprender a caçar, para que tivesse o que comer em suas viagens. De tempos em tempos se deparava com famílias que precisavam de alimento, e que Ártemis de bom grado caçava algo e lhes oferecia para se alimentar. 14
Tal fato rendeu a ela o título de Deusa da Caça. Um fato curioso é que a enorme vontade de conhecer a natureza européia atraia a atenção de outras jovens com espírito aventureiro, e que pediam para acompanhar e aprender tudo que a bruxa Ártemis podia lhes ensinar em suas viagens;
• Ares – Foi um bruxo grego que ficou conhecido entre os trouxas como Deus da Guerra. Um título injusto, pois a verdade é que Ares não gostava de guerrear, mas adorava um ótimo duelo contra bruxos fortes. Por conta disso, foi o criador de alguns feitiços de proteção, como o Protego, e que foi base para suas variações, além de muitos outros feitiços de ataque, incluindo alguns muito poderosos como Bombarda Maxima e o Reducto. Um fato curioso é que sua varinha era diferente, e tinha o formato de uma adaga;
• Dionísio – Foi um bruxo festeiro, sendo conhecido entre os trouxas como Deus das Festas. Apesar de algumas vezes arrogante, se
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dava bem com muitos outros bruxos e principalmente trouxas. Sabia organizar festas usando magia como ninguém, e constantemente era convidado para festas trouxas. Dionísio também foi um grande herbólogo, e descobriu em experimentos com uvas, como cultivá-las de forma a crescer mais rápido e com qualidade, produzindo os melhores vinhos que podia se encontrar em toda Europa. Há relatos de que ele tenha sido o criador do feitiço Tarantalegra, com utilidade para festas chatas, onde todos começariam a dançar descontroladamente.
Bruxos dos Ventos Entre os novos espetaculares bruxos helenos existia um grupo que é tratado a parte pelos historiadores. Trata-se dos Bruxos dos Ventos. Em termos de habilidade mágica e controle de determinado elemento, eram bruxos excepcionais e do mesmo nível dos bruxos superiores que passaram a governar a sociedade mágica da Grécia antiga.
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Mas por que então eles não viviam no Olimpo e nem eram classificados como bruxos superiores? Essa é uma pergunta que não foi totalmente respondida até hoje. O que se sabe é que os mesmos tinham ligação direta com os Bruxos Superiores, sendo responsáveis por guardar áreas estratégicas das fronteiras de Hélade. Acredita-se que os Bruxos dos Ventos não gostassem muito de se misturar aos trouxas, embora não existam relatos de que os desprezavam ou faziam atrocidades. Cada um era responsável e especializado em controlar os ventos de uma determinada direção, sendo Éolo o mais habilidoso de todos, sendo capaz de controlar e criar ventos que soprassem em toda e qualquer direção que bem entendesse, sendo capaz de provocar alterações climáticas em níveis extraordinários, que nem mesmo Zeus, o bruxo dos céus, era capaz. Os outros Bruxos dos Ventos eram: Bóreas (ventos do Norte); Zéfiro (ventos do Oeste); Euro (ventos do Lest) e Noto (ventos do Sul). Existem histórias passadas entre bruxos e entre trouxas da Grécia antiga de que os bruxos dos ventos (ou Deuses para os trouxas) eram tão poderosos a ponto de terem criado e controlado criaturas 17
feitas de vento. No entanto, nenhum documento histórico confirma essas afirmações.
Bruxos mestiços famosos famosos Como dito na sessão anterior, era muito comum que os bruxos superiores, especialmente Zeus, tivessem muitos filhos com os trouxas. E entre os mais famosos, a grande maioria era filho de Zeus. Abaixo listaremos seis dos mais famosos bruxos mestiços (ou semideuses para os trouxas) da Grécia antiga. • Hércules – Sem sombra de dúvida o mais famoso de todos. Este bruxo mestiço descobriu, com auxílio de seu pai Zeus, como se tornar um humano com uma força muito além da capacidade normal. Hércules ficou conhecido como através de seus “12 trabalhos”, que consistiram principalmente em ajudar aldeias trouxas e bruxas, inclusive precisando enfrentar criaturas e bruxos das trevas;
• Jasão – Outro bruxo mestiço filho de Zeus. Jasão ficou conhecido pela sua história, que envolve seus treinamentos por um centauro 18
chamado Quíron, até a busca junto com os Argonautas pelo artefato mágico conhecido como Velocino de Ouro, que será tratado em uma sessão mais adiante; • Perseu – Mais um bruxo mestiço filho de Zeus, que ficou muito conhecido por derrotar a bruxa Medusa, sob orientação e treinamento de Athena. Medusa era uma bruxa das trevas muito temida na Grécia antiga por usar seus poderes mágicos para petrificar aqueles que ousassem enfrentá-la, de modo semelhante a um basilisco;
• Fineu – Foi um bruxo mestiço filho de Poseidon, com o dom da adivinhação. Fineu conseguia prever facilmente eventos futuros e coisas que acontecendo a quilômetros de distância de si. No entanto, tinha o grave defeito de falar demais e acabou revelando a bruxos das trevas alguns dos planos para organização da sociedade mágica grega pelos bruxos superiores. Como punição, recebeu a cegueira e a punição de ser perseguido por criaturas gregas conhecidas como harpias (mistura de aves com humanos) que tentariam sempre comer sua
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comida até o fim de sua vida. Para os trouxas, essa parte da história não passa de uma lenda;
• Helena – Bruxa mestiça filha de Zeus, considerada uma das mulheres mais belas do mundo na Grécia antiga. Não teve grandes feitos como outros bruxos mestiços, no entanto, sua fama se deve por ser uma das personagens centrais em uma das principais guerras da história bruxa e trouxa: a Guerra de Tróia;
• Aquiles – Bruxo mestiço que lutou na Guerra de Tróia. Não se sabe ao certo quem era seu pai bruxo superior. No entanto, historiadores dividem opiniões de que poderia ser Zeus ou Ares. Aquiles ficou famoso por sua grande habilidade em duelos mágicos e em lutas corporais, no estilo dos trouxas, além de sua trágica morte durante a guerra de Tróia, quando fora atingido com uma flecha no calcanhar, que lhe perfurou uma veia e o fez sangrar até a morte;
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• Orfeu – Filho de Apolo com uma trouxa, e apaixonado pelas artes assim como o pai. Orfeu tinha dom para a música, sendo habilidoso em todos os instrumentos musicais da época, especialmente a Lira, seja tocando da forma convencional, seja encantando magicamente. Seu dom lhe ajudou a abafar sons desagradáveis ou acalmar humanos, animais ou criaturas através de sua música encantada, que lhe foi muito útil na aventura dos argonautas em busca do Velocino de Ouro, para que os homens não fossem afetados pelo canto dos sereianos. Além dos bruxos mestiços acima citados, outros bruxos ficaram conhecidos na Grécia antiga, por serem bruxos das trevas, como Medeia e Circe, mas que tem suas histórias contadas em outras publicações históricas.
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Eventos e Guerras Helenas A busca pelo Velocino de Ouro É impossível contar a história desse grande evento da história mágica da Grécia antiga sem falar da história de vida de Jasão. Quando criança, fora abandonado pela família após a morte da mãe, e foi encontrado próximo a uma floresta por um centauro chamado Quíron. Este centauro, com dó da criança abandonada e a pedido de Zeus, o criou e o treinou para batalhas mágicas. Anos mais tarde, Jasão soube de detalhes de sua história antes do abandono e descobriu que seria o herdeiro de direito do trono da Cidade-Estado Tessália. O jovem bruxo foi até sua cidade exigindo o trono de volta, então ocupado por seu tio Pélias, que sabia através de Fineu, de uma profecia que dizia que o mesmo seria assassinado por Jasão. Na tentativa de fazer com que a profecia não se concretizasse, Pélias desafiou Jasão a encontrar o Velocino de Ouro em troca do trono. O Velocino de Ouro foi um artefato mágico que era uma espécie de manto de lã de ouro, 22
que quem a possuísse manteria longe de si criaturas das trevas e receberia uma dose extra de sorte, e que estava no momento pendurado em um salgueiro lutador (que para os trouxas era apenas um carvalho) em montanhas ao sul de Hélade. Para dar início a sua missão, Jasão anunciou por todas as terras da Grécia antiga a proposta de uma aventura em busca desse famoso artefato mágico, e recebeu 50 respostas, entre elas de Argos, um jovem bruxo construtor ensinado por Athena e Hefesto. Jasão foi até Argos, que lhe propôs a construção de um enorme navio, com capacidade para até 50 remos, que o fariam se mover mais rapidamente. Ambos entraram em acordo e o barco foi construído, recebendo o nome de Argo. No tempo que o barco era construído, Jasão foi ao encontro de cada um dos que respondeu o chamado, e após todos os detalhes da missão acertados, partiram no Argo, pilotado por Argos, que rendeu a tripulação a denominação de Argonautas.
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A primeira parada dos argonautas foi na ilha de Lemnos, que era um local habitado por mulheres amaldiçoadas por Afrodite. A maldição foi lançada nelas por se acharem mais belas que bruxa superior do amor e da beleza e desdenharem da mesma. A maldição consistiu em uma azaração acompanhada de uma poção que deixava a pessoa com cheiro podre o resto da vida. Isso fez com que essas mulheres fossem traídas por seus maridos, e os assassinaram como vingança. Devido a hostilidade com os homens, a estadia dos argonautas não durou muito nessa ilha e logo partiram. Após partirem, os argonautas se depararam com um grupo de sereianos muito hostis. Foi um dos momentos mais críticos da viagem, pois os homens foram encantados pelo canto das sereias e faziam o navio Argo se chocar contra rochas que compunham o cenário da baía dos sereianos. Percebendo que a tripulação estava toda sob o encantamento das sereias, Orfeu usou seu dom e encantou sua música na lira, de forma a sobrepujar o canto das sereias e trazer seus companheiros de volta à realidade. O primeiro de todos a se libertar do canto foi Jasão, que logo partiu para a batalha contra os sereianos 24
hostis, protegido pela música de Orfeu, que aos poucos ia libertando todos os outros argonautas do encantamento. A batalha dos argonautas com os sereianos hostis durou horas, até que finalmente os argonautas conseguiram afugentar os sereianos que voltaram para o fundo do mar e assim o navio Argo pôde seguir viagem. Devido aos estragos causados na batalha contra os sereianos hostis, a segunda parada foi na ilha de Samotrácia, com o objetivo de fazer reparos no navio e evitassem um possível naufrágio. A terceira para foi na península de Propôntida, onde os argonautas foram recebidos com festa devido a fama que sua missão vinha ganhando. Durante a noite, partiram rumo a Mísia, mas foram obrigados a voltar, e foram confundidos com invasores, e tiveram que batalhar com os soldados do povo que os acolheu. Os argonautas saíram vencedores da batalha, no entanto, sabiam que tinham sido atacados sem a intenção e se defenderam como puderam para evitar a morte dos soldados. Apesar do cuidado, houve baixas no exército e os mesmos foram enterrados por Jasão com todas as honrarias possíveis.
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Quando partiram em definitivo rumo a Mísia, os argonautas perderam três de seu grupo. Hilas, o melhor amigo de Hércules, fora capturado por ninfas enquanto buscava água para a tripulação, e Hércules abandonou a missão para ir a procura de seu amigo, junto com Polifermo. Seguindo viagem, os argonautas chegaram a Trácia, onde conheceram Fineu, já amaldiçoado pelos bruxos superiores. O bruxo amaldiçoado ofereceu ajuda aos argonautas em troca deles se livrarem das harpias. Os argonautas aceitaram e prepararam uma armadilha, que quando atraiu as harpias, os mesmo duelaram com elas e as expulsaram em definitivo daquele local. Como acordado, Fineu revelou aos argonautas como sobreviver as Rochas flutuantes, ou rochedos azuis, que eram rochas encantadas por um bruxo das trevas não identificado, que se fechavam e afundavam violentamente qualquer embarcação. Passando pelas rochas flutuantes, conseguiram chegar a Cólquida, local que cabia a Jasão a tarefa mais difícil, que era pegar o Velocino de Ouro, guardado por um salgueiro lutador no reino do rei 26
Eetes. Foi então que Jasão conheceu Medeia, filha do rei, que se apaixonou perdidamente pelo argonauta. Era uma bruxa extremamente talentosa e não mediu esforços para ajudar Jasão. Com este auxílio, Jasão pegou o Velocino de Ouro e partiu de volta para o reino do rei Pélias, e ao final da missão consagrou junto com Argos, o navio Argo ao bruxo Poseidon.
A Guerra de Tróia É sem dúvidas uma das guerras mais famosas que já viveu tanto a sociedade bruxa quanto a sociedade trouxa do mundo ocidental. Trata-se de uma guerra lutada pelos helenos e Troianos. Tróia é um antigo reino, já extinto, localizado no litoral da atual Turquia. Era um reino conhecido por seus ricos ganhos no comércio e atividades portuárias, a qualidade de suas roupas, a produção de ferro e sua fortíssima defesa feita pelas suas muralhas. É um local que Hércules passou antes da guerra e fez parte de seus 12 trabalhos.
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Em Tróia, habitava o jovem príncipe e bruxo Páris, que recebeu de Zeus (que queria evitar problemas para si), a delicada missão de decidir quem era mais bela: Afrodite, Athena ou Hera. Cada uma prometeu uma coisa diferente ao jovem bruxo Páris uma coisa diferente: Hera prometeu-lhe riqueza; Athena prometeu-lhe glória e fama nas batalhas com seus ensinamentos; e Afrodite ofereceu-lhe a bruxa mais bela do mundo depois dela. Como Páris já tinha o que Hera lhe oferecera, e não se interessou pela oferta de Athena, uma vez que não duelava bem, aceitou a proposta de Afrodite. A bruxa conhecida por sua beleza e seu fascínio por histórias de amor, o orientou a ir a Esparta, em uma espécie de visita diplomática, onde conheceria a mulher mais bela do mundo depois de Afrodite. O bruxo obedeceu e seguiu viagem. Em Esparta, Páris conheceu Helena, filha de Zeus, e considerada uma das mulheres mais belas do mundo. Helena era casada com o bruxo Menelau, rei de Esparta. Menelau recepcionou os Troianos, mas precisou partir para cumprir os rituais fúnebres de seu avô em outra Cidade-Estado grega. 28
Após a partida de Menelau, Páris usou o feitiço Confundus e deu a poção Amortentia para Helena, sob a orientação de Afrodite, e logo partiram de volta rumo a Tróia. Ao retornar, Menelau soube da traição e que Helena partira com o príncipe troiano. Com o orgulho ferido, Menelau declarou guerra Tróia e partiu em busca de Helena, tendo apoio de outros bruxos reis de Hélade. A guerra que se seguiu foi um dos conflitos mais sangrentos que já ocorreu na história, envolvendo tanto bruxos como trouxas. A guerra de Tróia se arrastou por longos dez anos, tirando a atenção de bruxos e trouxas de cima dos bruxos superiores. Com o considerável tempo que a guerra já se arrastava, muitas baixas ocorreram dos dois lados, e a falta de atenção incomodou o ego do bruxo superior Poseidon, que decidiu intervir na guerra em favor dos helenos. Para isso, Poseidon plantou na mente do rei Odisseu uma idéia que levaria os helenos à vitória. A idéia do bruxo Poseidon consistiu em os helenos conjurarem um unicórnio de madeira, rico em detalhes e em tamanho real, para que fosse dado de presente aos troianos, que achariam que seria um anúncio de rendição. 29
No entanto, o unicórnio de madeira fora enfeitiçado por Poseidon, com um feitiço que supõe-se ter sido criado pelo próprio bruxo superior, tratando-se do primeiro feitiço de expansão indetectável que se tem registro. O unicórnio de madeira foi então deixado na praia em frente às muralhas de Tróia. Vendo o “presente”, os troianos o levaram para dentro das muralhas do reino. Enquanto se desenrolava esses eventos, nos mares, Poseidon usou de sua habilidade e acalmou as águas dos mares e afastou criaturas que pudessem ser hostis, para que os navios
helenos ficassem escondidos atrás das montanhas. Dentro de Tróia, aconteceu uma enorme festa em celebração à vitória na guerra. De tanto beberem e festejarem, os troianos logo caíram no sono e enquanto os soldados dormiam, sem que ouvissem ou desconfiassem de algo, centenas de bruxos e soldados trouxas
helenos saíram de dentro do unicórnio de madeira e tomaram Tróia. Nesse ataque, ocorreu um dos acontecimentos mais trágicos e incomuns tanto para bruxos como para trouxas. O bruxo Áquiles, perito em duelos, caiu em batalha e fora morto através de uma 30
flechada que atingiu seu calcanhar, e perfurara uma veia, fazendo-o sangrar até a morte, e dando origem ao termo “calcanhar de Aquiles” para designar a fraqueza de alguém. Ao o final da guerra, com a vitória dos helenos, Helena foi libertada do feitiço Confundus e voltou para Esparta, onde viveu com Menelau até sua morte. Um fato curioso dessa guerra é que também é conhecida pelos trouxas, uma vez que eles disputaram também. No entanto, os trouxas acreditam que essa guerra não passe de uma lenda, uma história fantasiosa, onde todos os personagens que participaram eram trouxas, e o unicórnio enfeitiçado seria um cavalo de madeira gigantesco construído pelos helenos.
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